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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.302 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :RÁDIO ELDORADO LTDA ADV.(A/S) :DAVID CURY NETO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA Embargos de declaração no recurso extraordinário. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Administrativo. Programa “A voz do Brasil”. Obrigatoriedade de retransmissão no horário previsto em lei. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. O Plenário desta Corte, no exame da ADI nº 561-MC/DF, concluiu que a Lei nº 4.117/62 foi recepcionada pela vigente Constituição Federal. Desse modo, não se reveste de ilegalidade a determinação para que empresas de radiodifusão procedam à retransmissão diária do programa “A voz do Brasil” no horário determinado na mencionada lei. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e a ele negar provimento, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005944. Supremo Tribunal Federal DJe 06/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.302 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :RÁDIO ELDORADO LTDA ADV.(A/S) :DAVID CURY NETO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Rádio Eldorado Ltda. opõe tempestivos embargos de declaração contra decisão em que dei provimento ao recurso extraordinário da União (fls. 431 a 435), com a seguinte fundamentação: “Vistos. União interpõe recurso extraordinário (fls. 351 a 364), contra acórdão proferido pela Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado: ‘PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO – RETRANSMISSÃO DO PROGRAMA ‘A VOZ DO BRASIL’ - OBRIGATORIEDADE – RETRANSMISSÃO EM HORÁRIO OFICIAL – RESTRIÇÃO AFASTADA. 1. O condicionamento do funcionamento de emissoras de radiodifusão à prévia autorização do Poder Executivo, como determinado pela Constituição Federal no art. 223, não atenta contras as garantias previstas nos incisos IV e IX do art. 5º do texto constitucional. 2. O contrato de permissão para a prestação de serviço público gera direitos e obrigações tanto para o permitente como para o permissionário. 3. O art. 38, alínea ‘e’, ad Lei 4.117/62 veicula duas prescrições. A primeira, relativa à obrigatoriedade da transmissão da ‘Voz do Brasil’. A segunda, concernente à Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005930. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.302 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :RÁDIO ELDORADO LTDA ADV.(A/S) :DAVID CURY NETO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Rádio Eldorado Ltda. opõe tempestivos embargos de declaração contra decisão em que dei provimento ao recurso extraordinário da União (fls. 431 a 435), com a seguinte fundamentação: “Vistos. União interpõe recurso extraordinário (fls. 351 a 364), contra acórdão proferido pela Sexta Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim ementado: ‘PROCESSO CIVIL E ADMINISTRATIVO – RETRANSMISSÃO DO PROGRAMA ‘A VOZ DO BRASIL’ - OBRIGATORIEDADE – RETRANSMISSÃO EM HORÁRIO OFICIAL – RESTRIÇÃO AFASTADA. 1. O condicionamento do funcionamento de emissoras de radiodifusão à prévia autorização do Poder Executivo, como determinado pela Constituição Federal no art. 223, não atenta contras as garantias previstas nos incisos IV e IX do art. 5º do texto constitucional. 2. O contrato de permissão para a prestação de serviço público gera direitos e obrigações tanto para o permitente como para o permissionário. 3. O art. 38, alínea ‘e’, ad Lei 4.117/62 veicula duas prescrições. A primeira, relativa à obrigatoriedade da transmissão da ‘Voz do Brasil’. A segunda, concernente à Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005930. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Relatório RE 596.302 ED / SP sua vinculação no horário das 19:00 às 20:00, diariamente, exceto, sábados, domingos e feriados. 4. Obrigatoriedade de retransmissão do programa ‘A Voz do Brasil’ que se reconhece. 5. A expressão ‘das 19 (dezenove) às 20 (vinte) horas, contida na segunda parte do art. 38, alínea ‘e’, da Lei 4.117/62, não foi recepcionada pela nova ordem constitucional. Incompatibilidade material com o art. 5º, XIV, da Constituição Federal de 1988’ (fl. 268). Opostos embargos de declaração (fls. 273 a 280), foram rejeitados (fls. 282 a 284 e 303 a 308). Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea ‘a’ do permissivo constitucional, contra suposta violação do artigo 5º, incisos XIV, LIV e LV, 6º, § 1º e 220, § 5º, da Constituição Federal, consubstanciada pelo reconhecimento de não ter sido recepcionada, pela vigente Constituição Federal, parte do disposto no artigo 38, alínea ‘e’, da Lei nº 4.117/62. Depois de apresentadas contrarrazões (fls. 383 a 389), o recurso foi admitido na origem (fls. 407 a 409), o que ensejou a subida dos autos a esta Corte. O recurso especial paralelamente interposto já foi definitivamente rejeitado pelo Superior Tribunal de Justiça (fls. 421 a 425). Decido. A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que acrescentou o § 3º ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a exigência da demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005930. Supremo Tribunal Federal RE 596.302 ED / SP sua vinculação no horário das 19:00 às 20:00, diariamente, exceto, sábados, domingos e feriados. 4. Obrigatoriedade de retransmissão do programa ‘A Voz do Brasil’ que se reconhece. 5. A expressão ‘das 19 (dezenove) às 20 (vinte) horas, contida na segunda parte do art. 38, alínea ‘e’, da Lei 4.117/62, não foi recepcionada pela nova ordem constitucional. Incompatibilidade material com o art. 5º, XIV, da Constituição Federal de 1988’ (fl. 268). Opostos embargos de declaração (fls. 273 a 280), foram rejeitados (fls. 282 a 284 e 303 a 308). Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea ‘a’ do permissivo constitucional, contra suposta violação do artigo 5º, incisos XIV, LIV e LV, 6º, § 1º e 220, § 5º, da Constituição Federal, consubstanciada pelo reconhecimento de não ter sido recepcionada, pela vigente Constituição Federal, parte do disposto no artigo 38, alínea ‘e’, da Lei nº 4.117/62. Depois de apresentadas contrarrazões (fls. 383 a 389), o recurso foi admitido na origem (fls. 407 a 409), o que ensejou a subida dos autos a esta Corte. O recurso especial paralelamente interposto já foi definitivamente rejeitado pelo Superior Tribunal de Justiça (fls. 421 a 425). Decido. A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que acrescentou o § 3º ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a exigência da demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005930. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório RE 596.302 ED / SP que, quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão, haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão geral na matéria objeto do recurso. Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação, quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07, deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no apelo. No caso em tela, o recurso extraordinário possui a referida preliminar e o apelo foi interposto contra acórdão publicado em 6/8/07 (fl. 310), quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral. Os artigos 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil e 323, § 1º, in fine, do RISTF, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, prevêem que haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante desta Corte, o que, efetivamente, ocorre no caso dos autos. Com efeito, desde a apreciação, pelo Plenário desta Corte, da ADI nº 561-MC/DF, pacificou-se o entendimento de que a Lei nº 4.117/62 foi recepcionada pela vigente Constituição Federal; por conseguinte, não se reveste de ilegalidade a determinação para que empresas de radiodifusão estejam obrigadas à retransmissão diária do programa conhecido como Voz do Brasil, no horário determinado. Absolutamente pacíficos, nesse mesmo sentido, os julgamentos proferidos a partir de então, por esta Corte, citando-se, para exemplificar, as ementas dos seguintes: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. OBRIGATORIEDADE DE 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005930. Supremo Tribunal Federal RE 596.302 ED / SP que, quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão, haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão geral na matéria objeto do recurso. Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação, quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07, deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da repercussão geral das questões constitucionais discutidas no apelo. No caso em tela, o recurso extraordinário possui a referida preliminar e o apelo foi interposto contra acórdão publicado em 6/8/07 (fl. 310), quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral. Os artigos 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil e 323, § 1º, in fine, do RISTF, na redação da Emenda Regimental nº 21/07, prevêem que haverá repercussão geral sempre que o recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência dominante desta Corte, o que, efetivamente, ocorre no caso dos autos. Com efeito, desde a apreciação, pelo Plenário desta Corte, da ADI nº 561-MC/DF, pacificou-se o entendimento de que a Lei nº 4.117/62 foi recepcionada pela vigente Constituição Federal; por conseguinte, não se reveste de ilegalidade a determinação para que empresas de radiodifusão estejam obrigadas à retransmissão diária do programa conhecido como Voz do Brasil, no horário determinado. Absolutamente pacíficos, nesse mesmo sentido, os julgamentos proferidos a partir de então, por esta Corte, citando-se, para exemplificar, as ementas dos seguintes: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. OBRIGATORIEDADE DE 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005930. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Relatório RE 596.302 ED / SP TRANSMISSÃO DO PROGRAMA A VOZ DO BRASIL. LEI 4.117/1962. RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende que a Lei 4.117/1962, que obriga empresa de radiodifusão a transmitir o programa A Voz do Brasil, foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988. 2. Agravo regimental desprovido’ (RE nº 531.908- AgR/MG, Relator o Ministro Ayres Britto, Segunda Turma, DJe de 13/10/11). ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO RETRANSMISSÃO OBRIGATÓRIA DO PROGRAMA A VOZ DO BRASIL EM HORÁRIO ALTERNATIVO RECEPÇÃO DA LEI Nº 4.117/62 PELA VIGENTE ORDEM CONSTITUCIONAL PRECEDENTES RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Reveste-se de legitimidade jurídico-constitucional a obrigatoriedade, fundada em lei, de retransmissão, por emissoras de radiodifusão, do programa A Voz do Brasil. Recepção, pela vigente Constituição da República, da Lei nº 4.117/1962 (art. 38, e). Precedentes’ (RE nº 571.353-AgR/RS, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 16/6/11). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. LEI 4.117/1962. RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988. CONSTITUCIONALIDADE DA TRANSMISSÃO OBRIGATÓRIA DO PROGRAMA A VOZ DO BRASIL. I O Plenário do STF, ao julgar a ADI 561-MC/DF, Rel. Min. Celso de Mello, decidiu que a Lei 4.117/1962 que prevê a obrigatoriedade de transmissão do programa A Voz do Brasil foi recepcionada pela Constituição Federal. Precedentes. II Agravo regimental improvido’ (RE nº 490.769-AgR/RS, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 21/2/11). 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005930. Supremo Tribunal Federal RE 596.302 ED / SP TRANSMISSÃO DO PROGRAMA A VOZ DO BRASIL. LEI 4.117/1962. RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende que a Lei 4.117/1962, que obriga empresa de radiodifusão a transmitir o programa A Voz do Brasil, foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988. 2. Agravo regimental desprovido’ (RE nº 531.908- AgR/MG, Relator o Ministro Ayres Britto, Segunda Turma, DJe de 13/10/11). ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO RETRANSMISSÃO OBRIGATÓRIA DO PROGRAMA A VOZ DO BRASIL EM HORÁRIO ALTERNATIVO RECEPÇÃO DA LEI Nº 4.117/62 PELA VIGENTE ORDEM CONSTITUCIONAL PRECEDENTES RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Reveste-se de legitimidade jurídico-constitucional a obrigatoriedade, fundada em lei, de retransmissão, por emissoras de radiodifusão, do programa A Voz do Brasil. Recepção, pela vigente Constituição da República, da Lei nº 4.117/1962 (art. 38, e). Precedentes’ (RE nº 571.353-AgR/RS, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 16/6/11). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. LEI 4.117/1962. RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988. CONSTITUCIONALIDADE DA TRANSMISSÃO OBRIGATÓRIA DO PROGRAMA A VOZ DO BRASIL. I O Plenário do STF, ao julgar a ADI 561-MC/DF, Rel. Min. Celso de Mello, decidiu que a Lei 4.117/1962 que prevê a obrigatoriedade de transmissão do programa A Voz do Brasil foi recepcionada pela Constituição Federal. Precedentes. II Agravo regimental improvido’ (RE nº 490.769-AgR/RS, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 21/2/11). 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005930. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Relatório RE 596.302 ED / SP ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. EMPRESA DE RADIODIFUSÃO. TRANSMISSÃO DO PROGRAMA A VOZ DO BRASIL EM HORÁRIO ALTERNATIVO. RECEPÇÃO DA LEI N. 4.117/1962 PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (RE nº 602.421-AgR/SC, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 9/12/10). Assim, a decisão regional, ao dispor de modo diverso, divergiu da pacífica orientação desta Corte sobre o tema e merece ser reformada. Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento para julgar a ação improcedente. Por conseguinte, condeno a recorrida no pagamento das custas processuais e em honorários de advogado que arbitro, nos termos do artigo 20, § 4º, do Código de Processo Civil, em R$ 2.000,00. Publique-se.” Aduz a embargante, in verbis, que: “V. Exa. reputou existente a repercussão geral das questão ventiladas no apelo extremo, porquanto o v. acórdão regional hostilizado teria contrariado a orientação dominante da Corte Suprema (...) Entretanto, da r. decisão aqui embargada nada constou, data venia, a respeito do satisfatório atendimento dos demais requisitos de admissibilidade (...)” (fls. 439/440). É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005930. Supremo Tribunal Federal RE 596.302 ED / SP ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. EMPRESA DE RADIODIFUSÃO. TRANSMISSÃO DO PROGRAMA A VOZ DO BRASIL EM HORÁRIO ALTERNATIVO. RECEPÇÃO DA LEI N. 4.117/1962 PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (RE nº 602.421-AgR/SC, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 9/12/10). Assim, a decisão regional, ao dispor de modo diverso, divergiu da pacífica orientação desta Corte sobre o tema e merece ser reformada. Ante o exposto, nos termos do artigo 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil, conheço do recurso extraordinário e lhe dou provimento para julgar a ação improcedente. Por conseguinte, condeno a recorrida no pagamento das custas processuais e em honorários de advogado que arbitro, nos termos do artigo 20, § 4º, do Código de Processo Civil, em R$ 2.000,00. Publique-se.” Aduz a embargante, in verbis, que: “V. Exa. reputou existente a repercussão geral das questão ventiladas no apelo extremo, porquanto o v. acórdão regional hostilizado teria contrariado a orientação dominante da Corte Suprema (...) Entretanto, da r. decisão aqui embargada nada constou, data venia, a respeito do satisfatório atendimento dos demais requisitos de admissibilidade (...)” (fls. 439/440). É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005930. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.302 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Inicialmente, nos termos da pacífica jurisprudência desta Corte, recebo os embargos de declaração como agravo regimental, o qual passo a analisar. Não merece prosperar a irresignação. A análise dos pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário é pressuposto lógico ao seu provimento, sendo certo que não há necessidade de que o Relator circunstancie na decisão, de forma expressa, o preenchimento de cada um deles, desde que reste evidenciado que o recurso apresenta condições para ser conhecido, como no caso dos autos. De resto, conforme expresso na decisão agravada, o Plenário desta Corte, no exame da ADI nº 561-MC/DF, concluiu que a Lei nº 4.117/62 foi recepcionada pela vigente Constituição Federal. Desse modo, não se reveste de ilegalidade a determinação para que empresas de radiodifusão procedam à retransmissão diária do programa “A voz do Brasil” no horário determinado na mencionada lei. Nesse sentido, além dos precedentes citados na decisão agravada, anotem-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. EMPRESA DE RADIODIFUSÃO. TRANSMISSÃO DO PROGRAMA ‘A VOZ DO BRASIL’ EM HORÁRIO ALTERNATIVO. RECEPÇÃO DA LEI N. 4.117/1962 PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 608.172/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 16/5/11). “EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005929. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.302 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Inicialmente, nos termos da pacífica jurisprudência desta Corte, recebo os embargos de declaração como agravo regimental, o qual passo a analisar. Não merece prosperar a irresignação. A análise dos pressupostos de admissibilidade do recurso extraordinário é pressuposto lógico ao seu provimento, sendo certo que não há necessidade de que o Relator circunstancie na decisão, de forma expressa, o preenchimento de cada um deles, desde que reste evidenciado que o recurso apresenta condições para ser conhecido, como no caso dos autos. De resto, conforme expresso na decisão agravada, o Plenário desta Corte, no exame da ADI nº 561-MC/DF, concluiu que a Lei nº 4.117/62 foi recepcionada pela vigente Constituição Federal. Desse modo, não se reveste de ilegalidade a determinação para que empresas de radiodifusão procedam à retransmissão diária do programa “A voz do Brasil” no horário determinado na mencionada lei. Nesse sentido, além dos precedentes citados na decisão agravada, anotem-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. EMPRESA DE RADIODIFUSÃO. TRANSMISSÃO DO PROGRAMA ‘A VOZ DO BRASIL’ EM HORÁRIO ALTERNATIVO. RECEPÇÃO DA LEI N. 4.117/1962 PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 608.172/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 16/5/11). “EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005929. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 596.302 ED / SP EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO - RETRANSMISSÃO OBRIGATÓRIA DO PROGRAMA ‘A VOZ DO BRASIL’ EM HORÁRIO ALTERNATIVO - RECEPÇÃO DA LEI Nº 4.117/62 PELA VIGENTE ORDEM CONSTITUCIONAL - PRECEDENTES - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. Reveste-se de legitimidade jurídico-constitucional a obrigatoriedade, fundada em lei, de retransmissão, por emissoras de radiodifusão, do programa ‘A Voz do Brasil’. Recepção, pela vigente Constituição da República, da Lei nº 4.117/1962 (art. 38, ‘e’). Precedentes” (RE nº 599.236/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 22/6/11). Nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005929. Supremo Tribunal Federal RE 596.302 ED / SP EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO - RETRANSMISSÃO OBRIGATÓRIA DO PROGRAMA ‘A VOZ DO BRASIL’ EM HORÁRIO ALTERNATIVO - RECEPÇÃO DA LEI Nº 4.117/62 PELA VIGENTE ORDEM CONSTITUCIONAL - PRECEDENTES - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. Reveste-se de legitimidade jurídico-constitucional a obrigatoriedade, fundada em lei, de retransmissão, por emissoras de radiodifusão, do programa ‘A Voz do Brasil’. Recepção, pela vigente Constituição da República, da Lei nº 4.117/1962 (art. 38, ‘e’). Precedentes” (RE nº 599.236/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 22/6/11). Nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005929. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.302 SÃO PAULO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, no tocante aos que estão sob os números 3 e 4, também fico vencido. "A Voz do Brasil", para mim, está a merecer discussão sob o ângulo da Carta da República, no que trouxe novos ares constitucionais ao País, presente a liberdade de expressão. Então, peço vênia a Vossa Excelência para não potencializar o enfoque que foi emprestado quando da análise da medida cautelar – decisão, portanto, precária e efêmera – na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 561 e prover esses agravos, a fim de que abramos o embrulho para saber se persiste realmente a imposição de os veículos de comunicação transmitirem "A Voz do Brasil" e em horário inflexível. Tenho votado assim e continuarei votando, porque sucumbo à ciência e consciência possuídas. Sei bem que não é o entendimento de Vossa Excelência. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Se nós levarmos isso ao extremo, o horário eleitoral gratuito e a propaganda partidária também não poderiam ser impostos. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas, aí, tem-se uma justificativa maior. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Também não poderiam ser impostos, com base na Constituição; e há uma lei. Isso está em discussão no Parlamento. É a minha posição. Mas eu pergunto se há alguma outra divergência. Ministro Marco Aurélio, há algum outro item? Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3042565. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.302 SÃO PAULO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, no tocante aos que estão sob os números 3 e 4, também fico vencido. "A Voz do Brasil", para mim, está a merecer discussão sob o ângulo da Carta da República, no que trouxe novos ares constitucionais ao País, presente a liberdade de expressão. Então, peço vênia a Vossa Excelência para não potencializar o enfoque que foi emprestado quando da análise da medida cautelar – decisão, portanto, precária e efêmera – na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 561 e prover esses agravos, a fim de que abramos o embrulho para saber se persiste realmente a imposição de os veículos de comunicação transmitirem "A Voz do Brasil" e em horário inflexível. Tenho votado assim e continuarei votando, porque sucumbo à ciência e consciência possuídas. Sei bem que não é o entendimento de Vossa Excelência. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Se nós levarmos isso ao extremo, o horário eleitoral gratuito e a propaganda partidária também não poderiam ser impostos. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas, aí, tem-se uma justificativa maior. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Também não poderiam ser impostos, com base na Constituição; e há uma lei. Isso está em discussão no Parlamento. É a minha posição. Mas eu pergunto se há alguma outra divergência. Ministro Marco Aurélio, há algum outro item? Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3042565. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO RE 596.302 ED / SP O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Não. Só esses dois. Ela hoje é "A Voz", porque nasceu como "A Hora do Brasil". Hoje já é "A Voz do Brasil". Isso vem da época de Getúlio, regime de exceção. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3042565. Supremo Tribunal Federal RE 596.302 ED / SP O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Não. Só esses dois. Ela hoje é "A Voz", porque nasceu como "A Hora do Brasil". Hoje já é "A Voz do Brasil". Isso vem da época de Getúlio, regime de exceção. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3042565. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.302 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : RÁDIO ELDORADO LTDA ADV.(A/S) : DAVID CURY NETO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895676 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 596.302 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : RÁDIO ELDORADO LTDA ADV.(A/S) : DAVID CURY NETO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895676 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3051310
2012-09-25T00:00:00
2012-11-06T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental e negou-lhe provimento, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Embargos de declaração no recurso extraordinário. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Administrativo. Programa “A voz do Brasil”. Obrigatoriedade de retransmissão no horário previsto em lei. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. O Plenário desta Corte, no exame da ADI nº 561-MC/DF, concluiu que a Lei nº 4.117/62 foi recepcionada pela vigente Constituição Federal. Desse modo, não se reveste de ilegalidade a determinação para que empresas de radiodifusão procedam à retransmissão diária do programa “A voz do Brasil” no horário determinado na mencionada lei. 3. Agravo regimental não provido.
sjur217867
- Acórdão(s) citado(s): (A VOZ DO BRASIL) STF: ADI 561 MC (TP), RE 608172 AgR (1ªT), RE 599236 AgR (2ªT). Número de páginas: 11. Análise: 07/11/2012, IMC. Revisão: 03/01/2013, MMR.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
596302
[ "LEG-FED LEI-004117 ANO-1962\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
RE-ED
acordaos
RE 596302 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : RÁDIO ELDORADO LTDA ADV.(A/S) : DAVID CURY NETO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
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TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DAVID CURY NETO", "DIAS TOFFOLI", "Sepúlveda Pertence", "Sepúlveda Pertence", "Ayres Britto", "Celso de Mello", "Celso de Mello", "Ricardo Lewandowski", "Ayres Britto", "Celso de Mello", "Celso de Mello", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Cármen Lúcia", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "Cármen Lúcia", "DIAS TOFFOLI", "Cármen Lúcia", "DIAS", "Celso de Mello", "Celso de Mello", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "Marco Aurélio", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "Marco Aurélio", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "DAVID CURY NETO", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "DAVID CURY NETO", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen 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Ementa e Acórdão 02/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.752 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :ERMINIA FONTOLAN ADV.(A/S) :GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CIVIL. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, deste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 2 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004937. Supremo Tribunal Federal DJe 26/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 02/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.752 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :ERMINIA FONTOLAN ADV.(A/S) :GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 30 de agosto de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Erminia Fontolan contra julgado da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Paraná, a qual decidira que “não há possibilidade de se pedirem, em separado, os juros remuneratórios, para obter o principal (crédito da correção monetária) por meio de execução de sentença da ação civil pública”. A decisão embargada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste à Agravante. Inicialmente, cumpre ressalvar que a presente controvérsia não guarda pertinência com a questão constitucional trazida no Agravo de Instrumento n. 722.834, Relator o Ministro Dias Toffoli, cuja repercussão geral foi reconhecida por este Supremo Tribunal. Naqueles autos, a discussão versa sobre direito adquirido às diferenças de correção monetária de depósitos em cadernetas de poupança, decorrentes de expurgos inflacionários, e nestes, especificamente, sobre a possibilidade de se pleitear em juízo a individualização de sentença coletiva, já transitada em julgado, quanto à incidência de juros remuneratórios. 6. A matéria constitucional suscitada no recurso extraordinário Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004938. Supremo Tribunal Federal 02/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.752 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :ERMINIA FONTOLAN ADV.(A/S) :GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 30 de agosto de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Erminia Fontolan contra julgado da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Paraná, a qual decidira que “não há possibilidade de se pedirem, em separado, os juros remuneratórios, para obter o principal (crédito da correção monetária) por meio de execução de sentença da ação civil pública”. A decisão embargada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste à Agravante. Inicialmente, cumpre ressalvar que a presente controvérsia não guarda pertinência com a questão constitucional trazida no Agravo de Instrumento n. 722.834, Relator o Ministro Dias Toffoli, cuja repercussão geral foi reconhecida por este Supremo Tribunal. Naqueles autos, a discussão versa sobre direito adquirido às diferenças de correção monetária de depósitos em cadernetas de poupança, decorrentes de expurgos inflacionários, e nestes, especificamente, sobre a possibilidade de se pleitear em juízo a individualização de sentença coletiva, já transitada em julgado, quanto à incidência de juros remuneratórios. 6. A matéria constitucional suscitada no recurso extraordinário Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004938. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório ARE 698.752 ED / PR não foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: (...) (AI 631.961-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 15.5.2009). 7. Este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao princípio da legalidade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da jurisdição, se dependentes de análise prévia da legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil), configurariam apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: (...) (AI 573.345-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.5.2011). Nada há a prover quanto às alegações da Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 14.9.2012, opõe Erminia Fontolan, em 21.9.2012, tempestivamente, embargos de declaração. 3. Alega a Embargante que “a matéria constitucional levantada pelo relator já vem sendo questionada desde a primeira instância, inclusive no recurso extraordinário e no Agravo de instrumento anteriormente interposto, o que fica demonstrada a omissão desta colenda turma quanto ao julgamento da matéria em questão”. Afirma que, “como não se operou os efeitos da coisa julgada e que sequer a mesma foi pleiteada na Ação Civil Pública, fica clara a violação expressa aos arts. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004938. Supremo Tribunal Federal ARE 698.752 ED / PR não foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: (...) (AI 631.961-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 15.5.2009). 7. Este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao princípio da legalidade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da jurisdição, se dependentes de análise prévia da legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil), configurariam apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: (...) (AI 573.345-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 12.5.2011). Nada há a prover quanto às alegações da Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 14.9.2012, opõe Erminia Fontolan, em 21.9.2012, tempestivamente, embargos de declaração. 3. Alega a Embargante que “a matéria constitucional levantada pelo relator já vem sendo questionada desde a primeira instância, inclusive no recurso extraordinário e no Agravo de instrumento anteriormente interposto, o que fica demonstrada a omissão desta colenda turma quanto ao julgamento da matéria em questão”. Afirma que, “como não se operou os efeitos da coisa julgada e que sequer a mesma foi pleiteada na Ação Civil Pública, fica clara a violação expressa aos arts. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004938. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório ARE 698.752 ED / PR 5º, XXII, e 170, II, da CF/88, o não seguimento ao Agravo de Instrumento, bem como do Recurso Extraordinário, o que restou como flagrante violação ao acesso a justiça previsto no art. 5º, XXXV e XXXVI, da CF/88”. Requer o acolhimento dos presentes embargos. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004938. Supremo Tribunal Federal ARE 698.752 ED / PR 5º, XXII, e 170, II, da CF/88, o não seguimento ao Agravo de Instrumento, bem como do Recurso Extraordinário, o que restou como flagrante violação ao acesso a justiça previsto no art. 5º, XXXV e XXXVI, da CF/88”. Requer o acolhimento dos presentes embargos. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004938. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 02/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.752 PARANÁ V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste à Agravante. 3. O Juízo de origem assentou: “Trata-se de recurso interposto pela parte autora contra sentença que julgou extinto o processo sem resolução de mérito. A parte autora requer a nulidade da sentença: i) por ofensa aos deveres de consulta e prevenção integrantes do princípio da cooperação, decorrente do devido processo legal, bem como pelo cerceamento de defesa da exigência de comprovação de obtenção de extratos e sua autenticação e ii) por admissão de fatos alheios ao presente feito como fundamento para a sua extinção, bem como pelo cerceamento de defesa decorrente da circunstância de referidos elementos de prova não haverem sido submetidos ao contraditório. Em caso de não acolhidas as preliminares, requer a reforma da sentença para o fim de (i) ser afastada a presunção de ilicitude dos extratos bancários juntados com a inicial ou (ii) serem os extratos considerados desnecessários para a propositura da demanda. Registro, desde logo, que sou pessoalmente avesso à figura do juiz inquisidor e que deve existir um distanciamento entre o juiz e as partes. Inicialmente, registro que o art. 515, § 3º, do CPC permite à instância julgadora do recurso o conhecimento originário do mérito da demanda, sempre que se litigue em torno da melhor interpretação Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004939. Supremo Tribunal Federal 02/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.752 PARANÁ V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste à Agravante. 3. O Juízo de origem assentou: “Trata-se de recurso interposto pela parte autora contra sentença que julgou extinto o processo sem resolução de mérito. A parte autora requer a nulidade da sentença: i) por ofensa aos deveres de consulta e prevenção integrantes do princípio da cooperação, decorrente do devido processo legal, bem como pelo cerceamento de defesa da exigência de comprovação de obtenção de extratos e sua autenticação e ii) por admissão de fatos alheios ao presente feito como fundamento para a sua extinção, bem como pelo cerceamento de defesa decorrente da circunstância de referidos elementos de prova não haverem sido submetidos ao contraditório. Em caso de não acolhidas as preliminares, requer a reforma da sentença para o fim de (i) ser afastada a presunção de ilicitude dos extratos bancários juntados com a inicial ou (ii) serem os extratos considerados desnecessários para a propositura da demanda. Registro, desde logo, que sou pessoalmente avesso à figura do juiz inquisidor e que deve existir um distanciamento entre o juiz e as partes. Inicialmente, registro que o art. 515, § 3º, do CPC permite à instância julgadora do recurso o conhecimento originário do mérito da demanda, sempre que se litigue em torno da melhor interpretação Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004939. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 698.752 ED / PR sobre direito estrito. A pretensão da parte autora não merece trânsito, pois não há possibilidade de se pedirem, em separado, os juros remuneratórios, para obter o principal (crédito da correção monetária) por meio de execução de sentença da ação civil pública. Neste sentido: (...) As preliminares de nulidade se revelaram irrelevantes, não havendo prejuízo já que, em última análise, o recorrente pretende ver analisado o mérito de seu pedido. Sem condenação, haja vista que a CEF não integrou a relação jurídica processual”. 4. Como posto na decisão agravada, os dispositivos constitucionais tidos por contrariados não foram objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Prequestionamento. Ausência. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente motivada. 2. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 3. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 4. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 5. Agravo regimental não provido”(ARE 685.969-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 6.9.2012). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004939. Supremo Tribunal Federal ARE 698.752 ED / PR sobre direito estrito. A pretensão da parte autora não merece trânsito, pois não há possibilidade de se pedirem, em separado, os juros remuneratórios, para obter o principal (crédito da correção monetária) por meio de execução de sentença da ação civil pública. Neste sentido: (...) As preliminares de nulidade se revelaram irrelevantes, não havendo prejuízo já que, em última análise, o recorrente pretende ver analisado o mérito de seu pedido. Sem condenação, haja vista que a CEF não integrou a relação jurídica processual”. 4. Como posto na decisão agravada, os dispositivos constitucionais tidos por contrariados não foram objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Prequestionamento. Ausência. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente motivada. 2. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 3. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 4. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 5. Agravo regimental não provido”(ARE 685.969-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 6.9.2012). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004939. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 698.752 ED / PR “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. VERIFICAÇÃO, IN CONCRETO, DA EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA. TEMA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I – Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 desta Corte. II – O exame, in concreto, da ocorrência de coisa julgada que implique a extinção do processo nos termos do Código de Processo Civil restringe-se ao âmbito infraconstitucional. Eventual ofensa ao Texto Maior se daria de forma meramente reflexa. Desse modo, inviável o recurso extraordinário. III – Agravo regimental improvido” (ARE 689.794-ED, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 27.8.2012). 5. Ademais, como afirmado na decisão agravada, o Supremo Tribunal assentou que as alegações de contrariedade aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, como no caso vertente, podem configurar apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. AÇÃO COLETIVA. JUROS REMUNERATÓRIOS. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 697.443-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2012). 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004939. Supremo Tribunal Federal ARE 698.752 ED / PR “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. VERIFICAÇÃO, IN CONCRETO, DA EXISTÊNCIA DE COISA JULGADA. TEMA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I – Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 desta Corte. II – O exame, in concreto, da ocorrência de coisa julgada que implique a extinção do processo nos termos do Código de Processo Civil restringe-se ao âmbito infraconstitucional. Eventual ofensa ao Texto Maior se daria de forma meramente reflexa. Desse modo, inviável o recurso extraordinário. III – Agravo regimental improvido” (ARE 689.794-ED, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 27.8.2012). 5. Ademais, como afirmado na decisão agravada, o Supremo Tribunal assentou que as alegações de contrariedade aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, como no caso vertente, podem configurar apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. AÇÃO COLETIVA. JUROS REMUNERATÓRIOS. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 697.443-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2012). 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004939. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 698.752 ED / PR “AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. DIREITO DO TRABALHO. EXECUÇÃO. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. OFENSA REFLEXA. 1. Nos termos da orientação firmada neste Tribunal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso. 2. A alegada ofensa ao art. 5º, XXXVI, demanda o exame dos limites objetivos da coisa julgada em face da legislação infraconstitucional. Trata-se, portanto, de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 680.679-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 18.9.2012). 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004939. Supremo Tribunal Federal ARE 698.752 ED / PR “AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. DIREITO DO TRABALHO. EXECUÇÃO. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. OFENSA REFLEXA. 1. Nos termos da orientação firmada neste Tribunal, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso. 2. A alegada ofensa ao art. 5º, XXXVI, demanda o exame dos limites objetivos da coisa julgada em face da legislação infraconstitucional. Trata-se, portanto, de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 680.679-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 18.9.2012). 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3004939. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.752 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : ERMINIA FONTOLAN ADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 02.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2974653 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.752 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : ERMINIA FONTOLAN ADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 02.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2974653 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3018001
2012-10-02T00:00:00
2012-10-26T00:00:00
A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 02.10.2012.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CIVIL. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. LIMITES OBJETIVOS DA COISA JULGADA. ANÁLISE DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur217488
- Acórdão(s) citado(s): (SÚMULA 282 e 356) STF: ARE 685969 AgR (1ªT), ARE 689794 ED (2ªT); (OFENSA REFLEXA) STF: ARE 697443 ED (1ªT), ARE 680679 AgR (2ªT). Número de páginas: 9. Análise: 07/11/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
698752
[ "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-ED
acordaos
ARE 698752 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : ERMINIA FONTOLAN ADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA ADV.(A/S) : LINCO KCZAM
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698 . 752", "SÚMULAS N . 282", "Agravo de Instrumento n . 722 . 834", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698 . 752", "Agravo de Instrumento n . 722 . 834", "ARE 698 . 752 ED / PR", "Súmulas n . 282", "AI 631 . 961 - ED", "AI 573 . 345 - AgR", "ARE 698 . 752 ED / PR", "Súmulas n . 282", "AI 631 . 961 - ED", "AI 573 . 345 - AgR", "ARE 698 . 752 ED / PR", "ARE 698 . 752 ED /", "Pet 1 . 245 - ED - AgR", "RE 195 . 578 - ED", "Pet 1 . 245 - ED - AgR", "RE 195 . 578 - ED", "ARE 698 . 752 ED / PR", "Súmulas n . 282", "Súmulas [UNK] 282", "Súmulas [UNK] 636 e 279 / STF", "ARE 685 . 969 - AgR", "ARE 698 . 752 ED / PR", "Súmulas n . 282", "Súmulas [UNK] 282 e 356 / STF", "Súmulas [UNK] 636 e 279 / STF", "ARE 685 . 969 - AgR", "ARE 698 . 752 ED / PR", "SÚMULAS", "Súmula 282 do STF", "Súmula 356 desta Corte", "ARE 689 . 794 - ED", "ARE 697 . 443 - ED", "ARE 698 . 752 ED / PR", "SÚMULAS 282 E 356 DO STF", "Súmula 282 do STF", "Súmula 356 desta Corte", "ARE 689 . 794 - ED", "ARE 697 . 443 - ED", "ARE 698 . 752 ED / PR “", "ARE 680 . 679 - AgR", "ARE 698 . 752 ED / PR", "ARE 680 . 679 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código de Processo Civil", "§", "[UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código de Processo Civil", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , XXXV e XXXVI , da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "[UNK] , XXII , e 170 , II , da CF /", "art . 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dos Juizados Especiais Federais do Paraná", "Supremo Tribunal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "CAIXA ECONÔMICA FEDERAL", "CEF", "[UNK] Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais do Paraná", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "CEF", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "CEF", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "CAIXA ECONÔMICA FEDERAL", "CEF", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "CAIXA ECONÔMICA FEDERAL", "CEF", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "ERMINIA FONTOLAN", "GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS", "ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "ERMINIA FONTOLAN", "GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS", "ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA", "CÁRMEN LÚCIA", "Erminia Fontolan", "Dias Toffoli", "CÁRMEN LÚCIA", "ERMINIA FONTOLAN", "GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS", "ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA", "CÁRMEN LÚCIA", "Erminia Fontolan", "Dias Toffoli", "Erminia Fontolan", "Erminia Fontolan", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Moreira Alves", "Ilmar Galvão", "CÁRMEN LÚCIA", "Moreira Alves", "Ilmar Galvão", "CÁRMEN LÚCIA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "CÁRMEN LÚCIA", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "ERMINIA FONTOLAN", "GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS", "ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "ERMINIA FONTOLAN", "GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS", "ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "02", "/", "10", "/", "2012", "2 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "26", "/", "10", "/", "2012", "02", "/", "10", "/", "2012", "30 de agosto de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "02", "/", "10", "/", "2012", "30 de 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 564.892 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) :RENAN SCARINI VICENTINI ADV.(A/S) :SONIA MARIA MARRON CARLI EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Prequestionamento. Ausência. Pensão. Dependência econômica. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085213. Supremo Tribunal Federal DJe 19/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 564.892 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) :RENAN SCARINI VICENTINI ADV.(A/S) :SONIA MARIA MARRON CARLI RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que o Ministro Sepúlveda Pertence negou provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação: “Inexistente o agravo de instrumento apresentado sem assinatura do procurador do agravante. A assinatura do advogado que subscreve o recurso tem sido considerada pelo Tribunal como ‘formalidade essencial de existência do recurso’, assim, falha insusceptível de suprimento, depois de vencido o prazo de interposição (AI 426.695-AgR, 12.08.2003, 1ª T, Britto; AI 294.726-AgR,17.04.2001, 2ª T, Néri). Não conheço do agravo.” Aduz o agravante, in verbis, que: “(...) É admitida a remessa ao Juizado, por meio eletrônico, de petições em geral e demais peças processuais que as instruírem. (...) o ilustre relator não poderia deixar de conhecer do agravo de instrumento por falta de assinatura, eis que, conforme se observa da certidão de fl. 158, todo o procedimento da ação foi informatizado, incluindo a intimação e a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085214. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 564.892 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) :RENAN SCARINI VICENTINI ADV.(A/S) :SONIA MARIA MARRON CARLI RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que o Ministro Sepúlveda Pertence negou provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação: “Inexistente o agravo de instrumento apresentado sem assinatura do procurador do agravante. A assinatura do advogado que subscreve o recurso tem sido considerada pelo Tribunal como ‘formalidade essencial de existência do recurso’, assim, falha insusceptível de suprimento, depois de vencido o prazo de interposição (AI 426.695-AgR, 12.08.2003, 1ª T, Britto; AI 294.726-AgR,17.04.2001, 2ª T, Néri). Não conheço do agravo.” Aduz o agravante, in verbis, que: “(...) É admitida a remessa ao Juizado, por meio eletrônico, de petições em geral e demais peças processuais que as instruírem. (...) o ilustre relator não poderia deixar de conhecer do agravo de instrumento por falta de assinatura, eis que, conforme se observa da certidão de fl. 158, todo o procedimento da ação foi informatizado, incluindo a intimação e a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085214. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório AI 564.892 AGR / SP interposição de recurso. Ora, se a oposição do agravo de instrumento fora realizada por meio eletrônico (através de envio do arquivo contendo o recurso), não há que se falar em necessidade de assinatura da peça processual pelo procurador responsável, haja vista que essa exigência inviabilizaria a celeridade dos processos nos juizados especiais federais. Portanto, não houve negligência do procurador ao deixar de assinar a peça recursal, mas sim cumprimento de dispositivos legais” (fl. 173). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085214. Supremo Tribunal Federal AI 564.892 AGR / SP interposição de recurso. Ora, se a oposição do agravo de instrumento fora realizada por meio eletrônico (através de envio do arquivo contendo o recurso), não há que se falar em necessidade de assinatura da peça processual pelo procurador responsável, haja vista que essa exigência inviabilizaria a celeridade dos processos nos juizados especiais federais. Portanto, não houve negligência do procurador ao deixar de assinar a peça recursal, mas sim cumprimento de dispositivos legais” (fl. 173). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085214. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 564.892 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Ainda que superado o óbice apontado pela decisão agravada, o inconformismo não mereceria prosperar. Os arts. 5º, inciso XXXVI, 227 e 221 da Constituição Federal, apontados como violados no recurso extraordinário, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que o acórdão proferido pelo Tribunal de origem não cuidou das referidas normas. Ressalte-se, também, que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no julgado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 2. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034742. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 564.892 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Ainda que superado o óbice apontado pela decisão agravada, o inconformismo não mereceria prosperar. Os arts. 5º, inciso XXXVI, 227 e 221 da Constituição Federal, apontados como violados no recurso extraordinário, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que o acórdão proferido pelo Tribunal de origem não cuidou das referidas normas. Ressalte-se, também, que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no julgado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 2. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034742. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 564.892 AGR / SP Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 449.232/CE-AgR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 11/4/08). “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA 454. I - Falta de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 e 356 do STF. II - Não se presta o recurso extraordinário à apreciação de cláusulas contratuais. Incidência da Súmula 454 do STF. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 594.612/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 19/12/07). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/3/06). Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) a Lei 8.213 de 1991 é uma lei geral sobre benefícios previdenciários, ao passo que o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069 de 1990) tem caráter de lei especial. O embate entre essas duas leis, uma omissa e outra expressa sequer chega a configurar uma antinomia, visto inexistir oposição entre dois comandos. Todavia, inda que se entenda que a supressão do termo 'menor sob guarda' do dispositivo acima referido tem o significado de 'não se considerará dependente o menor sob guarda', contrariando a dicção do artigo 33 do ECA a solução a este conflito aparente de 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034742. Supremo Tribunal Federal AI 564.892 AGR / SP Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 449.232/CE-AgR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 11/4/08). “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA 454. I - Falta de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 e 356 do STF. II - Não se presta o recurso extraordinário à apreciação de cláusulas contratuais. Incidência da Súmula 454 do STF. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 594.612/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 19/12/07). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/3/06). Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) a Lei 8.213 de 1991 é uma lei geral sobre benefícios previdenciários, ao passo que o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069 de 1990) tem caráter de lei especial. O embate entre essas duas leis, uma omissa e outra expressa sequer chega a configurar uma antinomia, visto inexistir oposição entre dois comandos. Todavia, inda que se entenda que a supressão do termo 'menor sob guarda' do dispositivo acima referido tem o significado de 'não se considerará dependente o menor sob guarda', contrariando a dicção do artigo 33 do ECA a solução a este conflito aparente de 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034742. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 564.892 AGR / SP normas resolver-se-ia pela clássica lição de Norberto Bobbio, de modo a prevalecer a lei especial. Isso porque esta espécie de norma (especial) subtrai de uma norma geral parte de sua matéria para, em seguida, submetê-la a uma disciplina jurídica diversa. Trata-se de uma diferenciação justificada pela necessidade de se conferir tratamento especial a sujeitos em condições diferentes. Ademais, a imposição de tratamento prioritário às crianças e aos adolescentes decorre da própria Constituição Federal, de modo que a aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente é muito mais condizente com as normas constitucionais do que a indagação acerca da intenção do legislador ao suprimir o menor sob guarda do rol dos dependentes constante do artigo 16 da Lei 8.213/91, conforme sustenta a parte recorrente. Tal entendimento é contemplado no próprio Estatuto, em seus artigos 4º e 6º, ao imputar ao Poder Público, incluindo o INSS, o dever de zelar pela efetivação de direitos fundamentais dos menores e estabelecer como critério de interpretação de normas relativas a esta categoria, os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. (...) Afastar a incidência do Estatuto da Criança e do Adolescente sob a alegação de que muitas vezes a guarda é postulada como forma de assegurar indevidamente direitos previdenciários, como pretende a recorrente, é uma alegação que não tem qualquer cabimento na hipótese em apreço. Ora, as crianças simplesmente não tinham outra pessoa para mantê-las, tampouco poderiam fazer por seus próprios meios. (...) Assim, ante a impossibilidade de se reconhecer uma 'tutela de fato', é forçoso reconhecer, no mínimo, o exercício da guarda pelo avô em relação aos autores, nos moldes impostos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, isto é, com o 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034742. Supremo Tribunal Federal AI 564.892 AGR / SP normas resolver-se-ia pela clássica lição de Norberto Bobbio, de modo a prevalecer a lei especial. Isso porque esta espécie de norma (especial) subtrai de uma norma geral parte de sua matéria para, em seguida, submetê-la a uma disciplina jurídica diversa. Trata-se de uma diferenciação justificada pela necessidade de se conferir tratamento especial a sujeitos em condições diferentes. Ademais, a imposição de tratamento prioritário às crianças e aos adolescentes decorre da própria Constituição Federal, de modo que a aplicação do Estatuto da Criança e do Adolescente é muito mais condizente com as normas constitucionais do que a indagação acerca da intenção do legislador ao suprimir o menor sob guarda do rol dos dependentes constante do artigo 16 da Lei 8.213/91, conforme sustenta a parte recorrente. Tal entendimento é contemplado no próprio Estatuto, em seus artigos 4º e 6º, ao imputar ao Poder Público, incluindo o INSS, o dever de zelar pela efetivação de direitos fundamentais dos menores e estabelecer como critério de interpretação de normas relativas a esta categoria, os fins sociais a que ela se dirige, as exigências do bem comum, os direitos e deveres individuais e coletivos, e a condição peculiar da criança e do adolescente como pessoas em desenvolvimento. (...) Afastar a incidência do Estatuto da Criança e do Adolescente sob a alegação de que muitas vezes a guarda é postulada como forma de assegurar indevidamente direitos previdenciários, como pretende a recorrente, é uma alegação que não tem qualquer cabimento na hipótese em apreço. Ora, as crianças simplesmente não tinham outra pessoa para mantê-las, tampouco poderiam fazer por seus próprios meios. (...) Assim, ante a impossibilidade de se reconhecer uma 'tutela de fato', é forçoso reconhecer, no mínimo, o exercício da guarda pelo avô em relação aos autores, nos moldes impostos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, isto é, com o 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034742. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 564.892 AGR / SP cumprimento do dever de guarda, educação e sustento. O depoimento das testemunhas confirma esta afirmação, conforme se depreende, por exemplo, da narração feita por Catharina Theoderov Gedraite, dando notícia de que 'era a Sra. Sônia e o Sr. Benino quem levavam as crianças à escola', 'quem mais participava da educação das crianças eram a Sra. Sônia e o Sr. Belino' e de que 'quem sustentava a casa era o Sr. Benino'. Note-se, por fim, que o fato de se cuidar de guarda de fato não acarreta qualquer prejuízo ou alteração na solução da lide. A guarda concedida judicialmente tem natureza meramente declaratória, destinando-se apenas a regularizar a posse de fato do menor. Ambas - guarda regularizada e guarda de fato - são equivalentes e geram os mesmos direitos e deveres. Portanto devem ser tratadas de forma idêntica, reconhecendo aos autores a qualidade de dependentes do Sr. Belino Vicentini Neto e os reflexos, principalmente de natureza previdenciária (...) A autarquia recorrente nega a existência de prova de dependência econômica entre o menor e seu avô. Este argumento não encontra qualquer respaldo fático. Os menores viviam com seus avós, casados em regime de comunhão universal de bens. Conforme já referido, somente o Belino auferi renda, a avó era economicamente dependente deste. Logo as crianças não poderiam viver com os recursos prestados por alguém que não seu avô. (...)” (fls. 103 a 105). Desse modo, é certo que o Tribunal de origem, ao reconhecer a existência de dependência econômica para efeito de concessão do benefício de pensão por morte, aplicou ao caso a legislação infraconstitucional pertinente (Leis nºs 8.213/91 e 8.069/90), bem como fundamentou-se nas provas constantes dos autos. Assim, para chegar a entendimento diverso, haveria a necessidade de interpretar a legislação infraconstitucional e reexaminar o conjunto probatório, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279, desta Corte. Nesse sentido, anote-se: 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034742. Supremo Tribunal Federal AI 564.892 AGR / SP cumprimento do dever de guarda, educação e sustento. O depoimento das testemunhas confirma esta afirmação, conforme se depreende, por exemplo, da narração feita por Catharina Theoderov Gedraite, dando notícia de que 'era a Sra. Sônia e o Sr. Benino quem levavam as crianças à escola', 'quem mais participava da educação das crianças eram a Sra. Sônia e o Sr. Belino' e de que 'quem sustentava a casa era o Sr. Benino'. Note-se, por fim, que o fato de se cuidar de guarda de fato não acarreta qualquer prejuízo ou alteração na solução da lide. A guarda concedida judicialmente tem natureza meramente declaratória, destinando-se apenas a regularizar a posse de fato do menor. Ambas - guarda regularizada e guarda de fato - são equivalentes e geram os mesmos direitos e deveres. Portanto devem ser tratadas de forma idêntica, reconhecendo aos autores a qualidade de dependentes do Sr. Belino Vicentini Neto e os reflexos, principalmente de natureza previdenciária (...) A autarquia recorrente nega a existência de prova de dependência econômica entre o menor e seu avô. Este argumento não encontra qualquer respaldo fático. Os menores viviam com seus avós, casados em regime de comunhão universal de bens. Conforme já referido, somente o Belino auferi renda, a avó era economicamente dependente deste. Logo as crianças não poderiam viver com os recursos prestados por alguém que não seu avô. (...)” (fls. 103 a 105). Desse modo, é certo que o Tribunal de origem, ao reconhecer a existência de dependência econômica para efeito de concessão do benefício de pensão por morte, aplicou ao caso a legislação infraconstitucional pertinente (Leis nºs 8.213/91 e 8.069/90), bem como fundamentou-se nas provas constantes dos autos. Assim, para chegar a entendimento diverso, haveria a necessidade de interpretar a legislação infraconstitucional e reexaminar o conjunto probatório, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279, desta Corte. Nesse sentido, anote-se: 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034742. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 564.892 AGR / SP “Agravo regimental no agravo de instrumento. 2. Previdenciário. Concessão de pensão por morte a menor sob guarda da avó. 3. Controvérsia decidida à luz da interpretação dada pelo Tribunal a quo aos dispositivos legais aplicáveis ao caso (leis 7.249/98, do Estado da Bahia, e 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente). Incidência da Súmula 636. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 834.385/BA-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 20/5/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 782.536/PR-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/9/10). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Pensão. Configuração de dependência econômica. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-probatório. Súmula 279/STF. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 543.486/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 8/11/10). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034742. Supremo Tribunal Federal AI 564.892 AGR / SP “Agravo regimental no agravo de instrumento. 2. Previdenciário. Concessão de pensão por morte a menor sob guarda da avó. 3. Controvérsia decidida à luz da interpretação dada pelo Tribunal a quo aos dispositivos legais aplicáveis ao caso (leis 7.249/98, do Estado da Bahia, e 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente). Incidência da Súmula 636. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 834.385/BA-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 20/5/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. PENSÃO POR MORTE. PREENCHIMENTO DOS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 782.536/PR-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/9/10). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Pensão. Configuração de dependência econômica. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-probatório. Súmula 279/STF. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 543.486/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 8/11/10). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034742. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 564.892 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : RENAN SCARINI VICENTINI ADV.(A/S) : SONIA MARIA MARRON CARLI Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098286 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 564.892 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : RENAN SCARINI VICENTINI ADV.(A/S) : SONIA MARIA MARRON CARLI Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3098286 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3098677
2012-10-16T00:00:00
2012-11-19T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Prequestionamento. Ausência. Pensão. Dependência econômica. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental não provido.
sjur218940
- Acórdãos citados: (EMBARGOS DECLARATÓRIOS, FINALIDADE, PREQUESTIONAMENTO) STF: AI 594612 AgR(1ªT), RE 411859 AgR(2ªT), RE 449232 AgR-AgR(2ªT); (SÚMULA 279) STF: AI 782536 AgR(1ªT), AI 834385 AgR(2ªT), RE 543486 AgR(2ªT). Número de páginas: 9. Análise: 22/11/2012, LLD.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
564892
[ "LEG-FED LEI-008069 ANO-1990\r\n ECA-1990 ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-008213 ANO-1991\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 564892 AgR
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AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS ADV.(A/S) : EDUARDO DE FREITAS TORRES AGDO.(A/S) : RENAN SCARINI VICENTINI E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : SONIA MARIA MARRON CARLI
[ "" ]
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[UNK] , inciso XXXVI , 227 e 221 da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , inciso XXXVI , 227 e 221 da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2 . 200", "art . [UNK] , LXIX e 97 , da Carta Magna", "Constituição", "Lei 8 . 213 de 1991", "Estatuto da Criança e do Adolescente", "Lei 8 . 069 de 1990", "artigo 33 do ECA", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.485 AMAZONAS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS AGDO.(A/S) :WALTER MELLO SALGADO ADV.(A/S) :MÁRCIO SILVA TEIXEIRA E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO AMAZONAS - AMAZONPREV ADV.(A/S) :MARIANGELA LADOGANO LEITE DE AZEVEDO SODRÉ RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3087861. Supremo Tribunal Federal DJe 19/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.485 AMAZONAS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS AGDO.(A/S) :WALTER MELLO SALGADO ADV.(A/S) :MÁRCIO SILVA TEIXEIRA E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO AMAZONAS - AMAZONPREV ADV.(A/S) :MARIANGELA LADOGANO LEITE DE AZEVEDO SODRÉ R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folhas 188 e 189, neguei seguimento ao extraordinário, consignando: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA LEGAL E FÁTICA – QUINTOS – INTEGRAÇÃO. 1. Reautuem o extraordinário, considerando que, de acordo com a decisão de folha 182 a 185, foram admitidos os recursos interpostos pelo Fundo Previdenciário do Estado do Amazonas – AMAZONPREV e pelo Estado do Amazonas. 2. O Tribunal de origem dirimiu a controvérsia a partir da análise de fatos com base em preceitos estritamente legais. Registrou a ocorrência de integração dos quintos à luz da legislação de regência, assentando a irredutibilidade de vencimentos e proventos. Somente pelo reexame dos dados fáticos e consideradas normas estritamente legais, seria possível concluir pelo desacerto do acórdão impugnado mediante o extraordinário. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3087862. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.485 AMAZONAS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS AGDO.(A/S) :WALTER MELLO SALGADO ADV.(A/S) :MÁRCIO SILVA TEIXEIRA E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO AMAZONAS - AMAZONPREV ADV.(A/S) :MARIANGELA LADOGANO LEITE DE AZEVEDO SODRÉ R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folhas 188 e 189, neguei seguimento ao extraordinário, consignando: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA LEGAL E FÁTICA – QUINTOS – INTEGRAÇÃO. 1. Reautuem o extraordinário, considerando que, de acordo com a decisão de folha 182 a 185, foram admitidos os recursos interpostos pelo Fundo Previdenciário do Estado do Amazonas – AMAZONPREV e pelo Estado do Amazonas. 2. O Tribunal de origem dirimiu a controvérsia a partir da análise de fatos com base em preceitos estritamente legais. Registrou a ocorrência de integração dos quintos à luz da legislação de regência, assentando a irredutibilidade de vencimentos e proventos. Somente pelo reexame dos dados fáticos e consideradas normas estritamente legais, seria possível concluir pelo desacerto do acórdão impugnado mediante o extraordinário. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3087862. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório RE 555.485 AGR / AM 3. Ante o quadro, nego seguimento ao extraordinário. 4. Publiquem. O Estado do Amazonas, na minuta de folha 191 a 197, insiste na demonstração de ofensa aos artigos 5º, inciso XXXVI, e 40, § 8º, da Constituição Federal. Sustenta não possuir o servidor público direito adquirido à forma de cálculo e à constante atualização de vantagem pessoal. Alega ser desnecessário examinar norma de direito local ou o conjunto fático-probatório do processo. Evoca precedente do Supremo – Recurso Extraordinário nº 563.965/RN –, em que o tema em debate teve a repercussão geral reconhecida e, no mérito, confirmou-se a jurisprudência do Tribunal no sentido de que não há direito adquirido à forma de cálculo de remuneração. A parte agravada não apresentou contraminuta (certidão de folha 200). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3087862. Supremo Tribunal Federal RE 555.485 AGR / AM 3. Ante o quadro, nego seguimento ao extraordinário. 4. Publiquem. O Estado do Amazonas, na minuta de folha 191 a 197, insiste na demonstração de ofensa aos artigos 5º, inciso XXXVI, e 40, § 8º, da Constituição Federal. Sustenta não possuir o servidor público direito adquirido à forma de cálculo e à constante atualização de vantagem pessoal. Alega ser desnecessário examinar norma de direito local ou o conjunto fático-probatório do processo. Evoca precedente do Supremo – Recurso Extraordinário nº 563.965/RN –, em que o tema em debate teve a repercussão geral reconhecida e, no mérito, confirmou-se a jurisprudência do Tribunal no sentido de que não há direito adquirido à forma de cálculo de remuneração. A parte agravada não apresentou contraminuta (certidão de folha 200). É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3087862. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.485 AMAZONAS V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador do Estado, foi protocolada no prazo legal. Conheço. Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas concedeu a segurança, assentando o seguinte entendimento (folha 87): MANDADO DE SEGURANÇA – DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL – FUNCIONÁRIO PÚBLICO, QUE, EM ATIVIDADE, EXERCEU CARGO OU FUNÇÃO DE CONFIANÇA POR MAIS DE 06 (SEIS) ANOS – VANTAGEM PESSOAL DENOMINADA "QUINTO" – INTELIGÊNCIA DO ART. 82 DA LEI 1.762/86 – DIREITO ADQUIRIDO – INFRIGÊNCIA AOS ARTS. 5°, XXXVI E 40°, §8° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – REDUÇÃO INCONSTITUCIONAL DE VENCIMENTOS. As vantagens pessoais legalmente adquiridas pelo servidor público não podem ser calculadas de forma errônea pela Administração. Direito líquido e certo do Impetrante de incorporar, aos seus vencimentos, vantagem pessoal calculada corretamente, de acordo com a lei instituidora. Segurança concedida. O deslinde da controvérsia deu-se à luz dos fatos e das provas e sob o ângulo estritamente legal, não considerada a Constituição da República. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho no Tribunal de origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3087863. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.485 AMAZONAS V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador do Estado, foi protocolada no prazo legal. Conheço. Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas concedeu a segurança, assentando o seguinte entendimento (folha 87): MANDADO DE SEGURANÇA – DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL – FUNCIONÁRIO PÚBLICO, QUE, EM ATIVIDADE, EXERCEU CARGO OU FUNÇÃO DE CONFIANÇA POR MAIS DE 06 (SEIS) ANOS – VANTAGEM PESSOAL DENOMINADA "QUINTO" – INTELIGÊNCIA DO ART. 82 DA LEI 1.762/86 – DIREITO ADQUIRIDO – INFRIGÊNCIA AOS ARTS. 5°, XXXVI E 40°, §8° DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL – REDUÇÃO INCONSTITUCIONAL DE VENCIMENTOS. As vantagens pessoais legalmente adquiridas pelo servidor público não podem ser calculadas de forma errônea pela Administração. Direito líquido e certo do Impetrante de incorporar, aos seus vencimentos, vantagem pessoal calculada corretamente, de acordo com a lei instituidora. Segurança concedida. O deslinde da controvérsia deu-se à luz dos fatos e das provas e sob o ângulo estritamente legal, não considerada a Constituição da República. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho no Tribunal de origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3087863. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO RE 555.485 AGR / AM Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5% sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício do agravado. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3087863. Supremo Tribunal Federal RE 555.485 AGR / AM Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5% sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício do agravado. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3087863. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.485 PROCED. : AMAZONAS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS AGDO.(A/S) : WALTER MELLO SALGADO ADV.(A/S) : MÁRCIO SILVA TEIXEIRA E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO AMAZONAS - AMAZONPREV ADV.(A/S) : MARIANGELA LADOGANO LEITE DE AZEVEDO SODRÉ Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061255 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 555.485 PROCED. : AMAZONAS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS AGDO.(A/S) : WALTER MELLO SALGADO ADV.(A/S) : MÁRCIO SILVA TEIXEIRA E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO AMAZONAS - AMAZONPREV ADV.(A/S) : MARIANGELA LADOGANO LEITE DE AZEVEDO SODRÉ Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061255 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3098674
2012-10-16T00:00:00
2012-11-19T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
sjur218939
Número de páginas: 6. Análise: 28/11/2012, MJC.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
555485
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00036 ART-00040 PAR-00008\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-001762 ANO-1986\r\n ART-00082 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
RE-AgR
acordaos
RE 555485 AgR
[ "" ]
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS INTDO.(A/S) : FUNDO PREVIDENCIÁRIO DO ESTADO DO AMAZONAS - AMAZONPREV AGTE.(S) : ESTADO DO AMAZONAS ADV.(A/S) : MARIANGELA LADOGANO LEITE DE AZEVEDO SODRÉ ADV.(A/S) : MÁRCIO SILVA TEIXEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : WALTER MELLO SALGADO
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.334 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :MAURO LUIS BORBA DE FREITAS ADV.(A/S) :CARLOS ALBERTO NASCIMENTO ADV.(A/S) :LUÍS ALFREDO COSTA ADV.(A/S) :ANDRE ANDRADE DE ARAUJO AGDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – RECURSO IMPROVIDO. - Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066451. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão ARE 708.334 AGR / RS Brasília, 16 de outubro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066451. Supremo Tribunal Federal ARE 708.334 AGR / RS Brasília, 16 de outubro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066451. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.334 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :MAURO LUIS BORBA DE FREITAS ADV.(A/S) :CARLOS ALBERTO NASCIMENTO ADV.(A/S) :LUÍS ALFREDO COSTA ADV.(A/S) :ANDRE ANDRADE DE ARAUJO AGDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que não conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), por não atacados, especificamente, os fundamentos da decisão agravada. Eis o teor da decisão que sofreu a interposição do presente recurso de agravo (fls. 84/85): “O presente recurso não impugna todos os fundamentos em que se apoia o ato decisório ora questionado. Isso significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se, ao recorrente, afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte da decisão agravada (AI 238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). O descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066452. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.334 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :MAURO LUIS BORBA DE FREITAS ADV.(A/S) :CARLOS ALBERTO NASCIMENTO ADV.(A/S) :LUÍS ALFREDO COSTA ADV.(A/S) :ANDRE ANDRADE DE ARAUJO AGDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que não conheceu do agravo (previsto e disciplinado na Lei nº 12.322/2010), por não atacados, especificamente, os fundamentos da decisão agravada. Eis o teor da decisão que sofreu a interposição do presente recurso de agravo (fls. 84/85): “O presente recurso não impugna todos os fundamentos em que se apoia o ato decisório ora questionado. Isso significa que a parte agravante, ao assim proceder, descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se, ao recorrente, afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte da decisão agravada (AI 238.454-AgR/SC, Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.). O descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066452. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório ARE 708.334 AGR / RS jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao desacolhimento do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320): ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – AGRAVO IMPROVIDO. - Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.’ (AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO) Cabe insistir, neste ponto, que se impõe, a quem recorre, como indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que se tornará inviável a apreciação do recurso interposto. Nesse contexto, torna-se insuficiente a mera renovação, em sede de agravo, das razões invocadas como fundamento do recurso extraordinário, que, deduzido pela parte agravante, veio a sofrer juízo negativo de admissibilidade na instância ‘a quo’. Inadmitido o apelo extremo, incumbe, ao recorrente, questionar todos os motivos que conduziram a Presidência do órgão de jurisdição inferior a negar processamento ao recurso extraordinário. Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente agravo, por não atacados, especificamente, os fundamentos da decisão agravada (CPC, art. 544, § 4º, I, segunda parte, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). ....................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066452. Supremo Tribunal Federal ARE 708.334 AGR / RS jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao desacolhimento do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320): ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – AGRAVO IMPROVIDO. - Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo de instrumento, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.’ (AI 428.795-AgR/RJ, Rel. Min. CELSO DE MELLO) Cabe insistir, neste ponto, que se impõe, a quem recorre, como indeclinável dever processual, o ônus da impugnação especificada, sem o que se tornará inviável a apreciação do recurso interposto. Nesse contexto, torna-se insuficiente a mera renovação, em sede de agravo, das razões invocadas como fundamento do recurso extraordinário, que, deduzido pela parte agravante, veio a sofrer juízo negativo de admissibilidade na instância ‘a quo’. Inadmitido o apelo extremo, incumbe, ao recorrente, questionar todos os motivos que conduziram a Presidência do órgão de jurisdição inferior a negar processamento ao recurso extraordinário. Sendo assim, e tendo em consideração as razões expostas, não conheço do presente agravo, por não atacados, especificamente, os fundamentos da decisão agravada (CPC, art. 544, § 4º, I, segunda parte, na redação dada pela Lei nº 12.322/2010). ....................................................................................................... Ministro CELSO DE MELLO Relator” 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066452. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Relatório ARE 708.334 AGR / RS Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu (fls. 89/95). Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066452. Supremo Tribunal Federal ARE 708.334 AGR / RS Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo que deduziu (fls. 89/95). Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066452. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.334 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): A pretensão recursal ora deduzida é inacolhível. É que a parte agravante, ao insurgir-se contra a decisão que inadmitiu o apelo extremo por ela interposto, deixou de ilidir todos os fundamentos jurídicos em que se assentou o ato decisório proferido pelo Presidente do órgão judiciário de origem. Ao assim proceder, a parte agravante descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se, ao recorrente, afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte da decisão agravada. O descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao improvimento do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320). Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066453. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.334 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): A pretensão recursal ora deduzida é inacolhível. É que a parte agravante, ao insurgir-se contra a decisão que inadmitiu o apelo extremo por ela interposto, deixou de ilidir todos os fundamentos jurídicos em que se assentou o ato decisório proferido pelo Presidente do órgão judiciário de origem. Ao assim proceder, a parte agravante descumpriu uma típica obrigação processual que lhe incumbia atender, pois, como se sabe, impõe-se, ao recorrente, afastar, pontualmente, cada uma das razões invocadas como suporte da decisão agravada. O descumprimento desse dever jurídico – ausência de impugnação de cada um dos fundamentos em que se apoia o ato decisório agravado – conduz, nos termos da orientação jurisprudencial firmada por esta Suprema Corte, ao improvimento do agravo interposto (RTJ 126/864 – RTJ 133/485 – RTJ 145/940 – RTJ 146/320). Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066453. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.334 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : MAURO LUIS BORBA DE FREITAS ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO ADV.(A/S) : LUÍS ALFREDO COSTA ADV.(A/S) : ANDRE ANDRADE DE ARAUJO AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052138 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708.334 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : MAURO LUIS BORBA DE FREITAS ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO ADV.(A/S) : LUÍS ALFREDO COSTA ADV.(A/S) : ANDRE ANDRADE DE ARAUJO AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052138 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3076346
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
E M E N T A: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO (LEI Nº 12.322/2010) – DECISÃO QUE NEGA SEGUIMENTO AO APELO EXTREMO – INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO QUE NÃO IMPUGNA AS RAZÕES DESSE ATO DECISÓRIO – RECURSO IMPROVIDO. - Impõe-se, à parte recorrente, quando da interposição do agravo, a obrigação processual de impugnar todas as razões em que se assentou a decisão veiculadora do juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário. Precedentes.
sjur218428
- Acórdãos citados: (AGRAVO, AUSÊNCIA, IMPUGNAÇÃO, FUNDAMENTOS) STF: RTJ 126/864, RTJ 133/485, RTJ 145/940, RTJ 146/320. Número de páginas: 7. Análise: 19/11/2012, LLD.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
708334
[ "LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 708334 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MAURO LUIS BORBA DE FREITAS ADV.(A/S) : CARLOS ALBERTO NASCIMENTO ADV.(A/S) : LUÍS ALFREDO COSTA ADV.(A/S) : ANDRE ANDRADE DE ARAUJO AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 708 . 334", "ARE 708 . 334 AGR / RS", "ARE 708 . 334 AGR", "AI 238 . 454 - AgR / SC", "AI 238 . 454 - AgR / SC", "ARE 708 . 334 AGR", "RTJ", "RTJ", "AI 428 . 795 - AgR / RJ", "ARE 708 . 334 AGR", "RTJ 126 / 864", "RTJ", "RTJ", "AI 428 . 795 - AgR / RJ", "ARE 708 . 334", "AGRAVO 708 . 334", "RTJ 126 / 864" ], "LEGISLACAO": [ "LEI [UNK] 12 . 322 / 2010", "MP n°", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CPC , art . 544 , § [UNK] , I , segunda parte", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CPC , art . 544 , § [UNK] , I , segunda parte", "Lei [UNK] 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "Brasília", "Brasília", "RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL", "ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "RS", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "RS", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "RS", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Suprema", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Suprema Corte", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CELSO DE MELLO", "MAURO LUIS BORBA DE FREITAS", "CARLOS ALBERTO NASCIMENTO", "LUÍS ALFREDO COSTA", "ANDRE ANDRADE DE ARAUJO", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "MAURO LUIS BORBA DE FREITAS", "CARLOS ALBERTO NASCIMENTO", "LUÍS ALFREDO COSTA", "ANDRE ANDRADE DE ARAUJO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "MAURO LUIS BORBA DE FREITAS", "CARLOS ALBERTO NASCIMENTO", "LUÍS ALFREDO COSTA", "ANDRE ANDRADE DE ARAUJO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "MAURO LUIS BORBA DE FREITAS", "CARLOS ALBERTO NASCIMENTO", "LUÍS ALFREDO COSTA", "ANDRE ANDRADE DE ARAUJO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte", "CELSO DE MELLO", "MAURO LUIS BORBA DE FREITAS", "CARLOS ALBERTO NASCIMENTO", "LUÍS ALFREDO COSTA", "ANDRE ANDRADE DE ARAUJO", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", "/", "11", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.085 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) :ÁLVARO S. FRAZÃO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :MARDEN GERALDO FIGUEIREDO SILVA ADV.(A/S) :CLÉBER MARIA MELO E SILVA E OUTRO(A/S) EMENTA Embargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Previdência privada. Contribuição. Restituição. Correção monetária. Ofensa reflexa. Reexame de cláusulas contratuais. Impossibilidade. Repercussão geral. Ausência. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de legislação infraconstitucional e de cláusulas contratuais. Incidência das Súmulas nº 636 e 454/STF. 3. O Plenário desta Corte, no exame do RE nº 582.504/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo ao índice de correção monetária incidente sobre verba a ser restituída a associados que se desligam de plano de previdência privada, dado o caráter infraconstitucional da matéria. 4. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o senhor Ministro Marco Aurélio. Acordam, ainda, os Ministros, por unanimidade de votos, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799280. Supremo Tribunal Federal DJe 26/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Ementa e Acórdão AI 801.085 ED / MG em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799280. Supremo Tribunal Federal AI 801.085 ED / MG em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799280. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.085 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) :ÁLVARO S. FRAZÃO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :MARDEN GERALDO FIGUEIREDO SILVA ADV.(A/S) :CLÉBER MARIA MELO E SILVA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) opõe embargos de declaração contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - Previ, interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso XXXVI, e 202 da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Décima Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado: ‘EMENTA: PREVIDÊNCIA PRIVADA – CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - DEVOLUÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES – CORREÇÃO MONETÁRIA – EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA – OCORRÊNCIA. 1- O associado de fundação de assistência e previdência privada tem direito, por ocasião do rompimento do contrato de trabalho ao recebimento das parcelas que pagou, atualizadas monetariamente pelo índice que mais fielmente reflita a recomposição da real Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799277. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.085 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) :ÁLVARO S. FRAZÃO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :MARDEN GERALDO FIGUEIREDO SILVA ADV.(A/S) :CLÉBER MARIA MELO E SILVA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ) opõe embargos de declaração contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - Previ, interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, inciso XXXVI, e 202 da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Décima Primeira Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado: ‘EMENTA: PREVIDÊNCIA PRIVADA – CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO - DEVOLUÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES – CORREÇÃO MONETÁRIA – EXPURGOS INFLACIONÁRIOS – SUCUMBÊNCIA RECÍPROCA – OCORRÊNCIA. 1- O associado de fundação de assistência e previdência privada tem direito, por ocasião do rompimento do contrato de trabalho ao recebimento das parcelas que pagou, atualizadas monetariamente pelo índice que mais fielmente reflita a recomposição da real Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799277. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório AI 801.085 ED / MG expressão da moeda, com a inclusão, na conta de liquidação, dos chamados 'expurgos inflacionários' que tenham sido excluídos a cada plano econômico do Governo Federal. 2- 'A restituição das parcelas pagas a plano de previdência privada deve ser objeto de correção plena, por índice que recomponha a efetiva desvalorização da moeda' (Súmula 289 do STJ). 3- Os índices integrais a serem aplicados no cálculo de correção monetária, incluídos os 'expurgos inflacionários', de acordo com a orientação da jurisprudência, são de 26,06% em junho de 1987, 42,72% em janeiro de 1989, 10,14% em fevereiro de 1989, 84,82% em março de 1990, 44,80% em abril de 1990, 7,87% em maio de 1990, 21,87% em fevereiro de 1991 e 11,79% em março de 1991. 4- não sendo o autor integralmente vencedor, reconhece-se a ausência recíproca’ (fl. 11). Opostos embargos de declaração (fls. 19 a 29), foram rejeitados (fls. 30 a 35). Decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração foi publicado em 26/5/06, conforme expresso na certidão de folha 36, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Não merece prosperar a irresignação. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que a controvérsia relativa à incidência de correção monetária nos valores restituídos aos associados desligados das entidades de previdência privada está situada no plano infraconstitucional, bem como depende do exame das provas dos autos e dos 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799277. Supremo Tribunal Federal AI 801.085 ED / MG expressão da moeda, com a inclusão, na conta de liquidação, dos chamados 'expurgos inflacionários' que tenham sido excluídos a cada plano econômico do Governo Federal. 2- 'A restituição das parcelas pagas a plano de previdência privada deve ser objeto de correção plena, por índice que recomponha a efetiva desvalorização da moeda' (Súmula 289 do STJ). 3- Os índices integrais a serem aplicados no cálculo de correção monetária, incluídos os 'expurgos inflacionários', de acordo com a orientação da jurisprudência, são de 26,06% em junho de 1987, 42,72% em janeiro de 1989, 10,14% em fevereiro de 1989, 84,82% em março de 1990, 44,80% em abril de 1990, 7,87% em maio de 1990, 21,87% em fevereiro de 1991 e 11,79% em março de 1991. 4- não sendo o autor integralmente vencedor, reconhece-se a ausência recíproca’ (fl. 11). Opostos embargos de declaração (fls. 19 a 29), foram rejeitados (fls. 30 a 35). Decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de declaração foi publicado em 26/5/06, conforme expresso na certidão de folha 36, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Não merece prosperar a irresignação. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que a controvérsia relativa à incidência de correção monetária nos valores restituídos aos associados desligados das entidades de previdência privada está situada no plano infraconstitucional, bem como depende do exame das provas dos autos e dos 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799277. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Relatório AI 801.085 ED / MG contratos celebrados entre as partes. Assim, a violação do texto constitucional, se houvesse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja reexame na via do recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: ‘Agravo regimental no agravo de instrumento. Matéria restrita ao âmbito infraconstitucional. Análise de cláusulas contratuais. Precedentes. 1. Controvérsias situadas no âmbito da legislação infraconstitucional não amparam o recurso extraordinário. 2. Incabível o exame de cláusulas contratuais em sede de recurso extraordinário. Súmula nº 454/STF. 3. Agravo regimental desprovido’ (AI nº 652.980/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 7/12/07). ‘Previdência privada. Associados retirantes da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - PREVI. Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia relativa à incidência de correção monetária decidida à luz da legislação infraconstitucional pertinente e de cláusulas contratuais: a alegada violação do dispositivo constitucional invocado, se ocorresse, seria reflexa ou indireta, que não enseja reexame em recurso extraordinário: incidência das Súmulas 636 e 454’ (AI nº 624.666/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/8/07). ‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Contribuições pagas por associado desligado de plano de previdência privada. Devolução. Correção monetária. Ofensa reflexa. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 522.498/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 6/5/05). Ressalte-se que o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 582.504/RJ, Relator o 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799277. Supremo Tribunal Federal AI 801.085 ED / MG contratos celebrados entre as partes. Assim, a violação do texto constitucional, se houvesse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja reexame na via do recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: ‘Agravo regimental no agravo de instrumento. Matéria restrita ao âmbito infraconstitucional. Análise de cláusulas contratuais. Precedentes. 1. Controvérsias situadas no âmbito da legislação infraconstitucional não amparam o recurso extraordinário. 2. Incabível o exame de cláusulas contratuais em sede de recurso extraordinário. Súmula nº 454/STF. 3. Agravo regimental desprovido’ (AI nº 652.980/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 7/12/07). ‘Previdência privada. Associados retirantes da Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil - PREVI. Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia relativa à incidência de correção monetária decidida à luz da legislação infraconstitucional pertinente e de cláusulas contratuais: a alegada violação do dispositivo constitucional invocado, se ocorresse, seria reflexa ou indireta, que não enseja reexame em recurso extraordinário: incidência das Súmulas 636 e 454’ (AI nº 624.666/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/8/07). ‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Contribuições pagas por associado desligado de plano de previdência privada. Devolução. Correção monetária. Ofensa reflexa. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 522.498/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 6/5/05). Ressalte-se que o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 582.504/RJ, Relator o 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799277. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Relatório AI 801.085 ED / MG Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria versada nesse feito em virtude de sua natureza infraconstitucional. A decisão do Plenário está assim ementada: ‘RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Plano de previdência privada. Resgate das contribuições. Índices de correção. Questão infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto questão de resgate de contribuição de plano de previdência privada, versa sobre matéria infraconstitucional.’ Nego provimento ao agravo.” Aduz a embargante, in verbis, que: “(...) o tema trazido ao exame desse Eg. Supremo Tribunal Federal não diz respeito à simples incidência de correção monetária sobre resgate de contribuições previdenciárias, mas sim da incidência de expurgos inflacionários (correção plena), que tem repercussão geral declarada por essa Eg. Corte. (...) A matéria é exatamente a mesma da caderneta de poupança (correção plena no período dos pactos econômicos), tem repercussão geral já declarada por esse eminente relator (...).” É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799277. Supremo Tribunal Federal AI 801.085 ED / MG Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência da repercussão geral da matéria versada nesse feito em virtude de sua natureza infraconstitucional. A decisão do Plenário está assim ementada: ‘RECURSO. Extraordinário. Incognoscibilidade. Plano de previdência privada. Resgate das contribuições. Índices de correção. Questão infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que, tendo por objeto questão de resgate de contribuição de plano de previdência privada, versa sobre matéria infraconstitucional.’ Nego provimento ao agravo.” Aduz a embargante, in verbis, que: “(...) o tema trazido ao exame desse Eg. Supremo Tribunal Federal não diz respeito à simples incidência de correção monetária sobre resgate de contribuições previdenciárias, mas sim da incidência de expurgos inflacionários (correção plena), que tem repercussão geral declarada por essa Eg. Corte. (...) A matéria é exatamente a mesma da caderneta de poupança (correção plena no período dos pactos econômicos), tem repercussão geral já declarada por esse eminente relator (...).” É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799277. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.085 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Nos termos da jurisprudência desta Corte, recebo os embargos declaratórios como agravo regimental, o qual passo a analisar. Não merece prosperar a irresignação. Anote-se, inicialmente, que, conforme afirmou a próprio agravante, a disciplina que se encontra em repercussão geral diz respeito ao direito, ou não, de recebimento de diferenças de correção monetária por alegados expurgos inflacionários nas cadernetas de poupança, o que não é o caso dos autos. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) não se afigura justa ou jurídica sua pretensão de devolução das quantias sem a real, efetiva e plena correção monetária, conforme vem reiteradamente decidindo nossos Tribunais. Deve-se levar em conta, para o cálculo da contribuição pessoal vertida pelos requerentes, os expurgos inflacionários ocorridos em decorrência dos diversos planos econômicos concebidos e executados pelo Governo Federal. Com efeito, a correção monetária não representa um plus, prestando-se apenas a recompor o valor nominal da moeda, corroído pela inflação. (...) (...) Ora, sendo mera reconstituição do montante devido, e ainda, existindo lei que expressamente a autorize não há qualquer fundamento jurídico relevante na negativa de aplicação dos índices referidos na exordial. Assim, deve ser reconhecido o direito dos recorrentes adesivos ao reembolso das contribuições pagas, com correção monetária plena, visando à efetiva recomposição das quantias, sob pena de prestigiar o enriquecimento sem causa em favor da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799278. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.085 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Nos termos da jurisprudência desta Corte, recebo os embargos declaratórios como agravo regimental, o qual passo a analisar. Não merece prosperar a irresignação. Anote-se, inicialmente, que, conforme afirmou a próprio agravante, a disciplina que se encontra em repercussão geral diz respeito ao direito, ou não, de recebimento de diferenças de correção monetária por alegados expurgos inflacionários nas cadernetas de poupança, o que não é o caso dos autos. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) não se afigura justa ou jurídica sua pretensão de devolução das quantias sem a real, efetiva e plena correção monetária, conforme vem reiteradamente decidindo nossos Tribunais. Deve-se levar em conta, para o cálculo da contribuição pessoal vertida pelos requerentes, os expurgos inflacionários ocorridos em decorrência dos diversos planos econômicos concebidos e executados pelo Governo Federal. Com efeito, a correção monetária não representa um plus, prestando-se apenas a recompor o valor nominal da moeda, corroído pela inflação. (...) (...) Ora, sendo mera reconstituição do montante devido, e ainda, existindo lei que expressamente a autorize não há qualquer fundamento jurídico relevante na negativa de aplicação dos índices referidos na exordial. Assim, deve ser reconhecido o direito dos recorrentes adesivos ao reembolso das contribuições pagas, com correção monetária plena, visando à efetiva recomposição das quantias, sob pena de prestigiar o enriquecimento sem causa em favor da Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799278. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 801.085 ED / MG apelante, repudiado pelo ordenamento jurídico pátrio.” Desse modo, é certo que o Tribunal de origem tratou da controvérsia relativa à incidência de correção monetária nos valores a serem restituídos aos associados em razão do desligamento destes de plano de previdência privada. Assim, conforme expresso na decisão agravada, aplica-se ao caso a pacífica a jurisprudência desta Corte de que a tal discussão não se presta o recurso extraordinário, em razão dos óbices das Súmulas nºs 636 e 454/STF. Sobre o tema, anote-se: “DIREITO CONSTITUCIONAL E CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESGATE DE CONTRIBUIÇÕES. INCLUSÃO DE ÍNDICES DE CORREÇÃO MONETÁRIA DIVERSOS DOS PREVISTOS EM REGULAMENTO. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL E LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. 1. A questão relativa à correção monetária das contribuições devolvidas, por ocasião do desligamento do associado do plano de previdência privada, é de índole infraconstitucional e dependente de interpretação de cláusulas contratuais, o que impede o trânsito do extraordinário, por ser indireta a alegada ofensa à Constituição Federal. Precedentes. 2. Agravo regimental improvido” (AI nº 746.002/MG-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 1º/7/10). “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CABIMENTO. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA EM PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO CONHECIDO. 1. É infraconstitucional o tema relativo à dúvida quanto ao índice de correção monetária correto a ser aplicado no cálculo das contribuições a serem devolvidas em decorrência do desligamento de associado de entidade de previdência privada. 2. Recurso extraordinário não conhecido” 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799278. Supremo Tribunal Federal AI 801.085 ED / MG apelante, repudiado pelo ordenamento jurídico pátrio.” Desse modo, é certo que o Tribunal de origem tratou da controvérsia relativa à incidência de correção monetária nos valores a serem restituídos aos associados em razão do desligamento destes de plano de previdência privada. Assim, conforme expresso na decisão agravada, aplica-se ao caso a pacífica a jurisprudência desta Corte de que a tal discussão não se presta o recurso extraordinário, em razão dos óbices das Súmulas nºs 636 e 454/STF. Sobre o tema, anote-se: “DIREITO CONSTITUCIONAL E CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESGATE DE CONTRIBUIÇÕES. INCLUSÃO DE ÍNDICES DE CORREÇÃO MONETÁRIA DIVERSOS DOS PREVISTOS EM REGULAMENTO. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL E LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. PRECEDENTES. 1. A questão relativa à correção monetária das contribuições devolvidas, por ocasião do desligamento do associado do plano de previdência privada, é de índole infraconstitucional e dependente de interpretação de cláusulas contratuais, o que impede o trânsito do extraordinário, por ser indireta a alegada ofensa à Constituição Federal. Precedentes. 2. Agravo regimental improvido” (AI nº 746.002/MG-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 1º/7/10). “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CABIMENTO. ÍNDICE DE CORREÇÃO MONETÁRIA EM PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO CONHECIDO. 1. É infraconstitucional o tema relativo à dúvida quanto ao índice de correção monetária correto a ser aplicado no cálculo das contribuições a serem devolvidas em decorrência do desligamento de associado de entidade de previdência privada. 2. Recurso extraordinário não conhecido” 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799278. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 801.085 ED / MG (RE nº 408.741/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 29/5/09). “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. NOVO PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO. RESTITUIÇÃO DE VALORES. CORREÇÃO MONETÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DAS CLÁUSULAS DO REGULAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 760.557/RS-ED, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 5/2/10). Ademais, conforme expresso na decisão agravada, o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, concluída em 1º/8/09, no exame do RE nº 582.504/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do referido tema, dado o seu caráter infraconstitucional. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. DESLIGAMENTO. CORREÇÃO MONETÁRIA. ÍNDICE APLICÁVEL. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. Ao analisar o RE 582.504, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso, o Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral do tema versado nestes autos, ante o seu caráter eminentemente infraconstitucional. 2. Nos termos do § 5º do art. 543-A do CPC, a decisão do STF que negar a existência da repercussão geral valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica. Pelo que a decisão ora impugnada não merece reparos. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 754.102/RJ- 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799278. Supremo Tribunal Federal AI 801.085 ED / MG (RE nº 408.741/DF, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 29/5/09). “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PREVIDENCIÁRIO. NOVO PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. COBRANÇA DE CONTRIBUIÇÃO. RESTITUIÇÃO DE VALORES. CORREÇÃO MONETÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DAS CLÁUSULAS DO REGULAMENTO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 454 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 760.557/RS-ED, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 5/2/10). Ademais, conforme expresso na decisão agravada, o Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, concluída em 1º/8/09, no exame do RE nº 582.504/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do referido tema, dado o seu caráter infraconstitucional. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PLANO DE PREVIDÊNCIA PRIVADA. DESLIGAMENTO. CORREÇÃO MONETÁRIA. ÍNDICE APLICÁVEL. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. 1. Ao analisar o RE 582.504, sob a relatoria do ministro Cezar Peluso, o Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral do tema versado nestes autos, ante o seu caráter eminentemente infraconstitucional. 2. Nos termos do § 5º do art. 543-A do CPC, a decisão do STF que negar a existência da repercussão geral valerá para todos os recursos sobre matéria idêntica. Pelo que a decisão ora impugnada não merece reparos. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 754.102/RJ- 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799278. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 801.085 ED / MG AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 10/12/10). No mesmo sentido, colaciono, ainda, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 856.392/RS, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 8/8/12; AI nº 754.035/RS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18/6/12; e AI nº 736.987/SC, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 6/3/12. Nego provimento ao agravo regimental. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799278. Supremo Tribunal Federal AI 801.085 ED / MG AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 10/12/10). No mesmo sentido, colaciono, ainda, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 856.392/RS, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 8/8/12; AI nº 754.035/RS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18/6/12; e AI nº 736.987/SC, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 6/3/12. Nego provimento ao agravo regimental. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799278. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.085 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) : ÁLVARO S. FRAZÃO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : MARDEN GERALDO FIGUEIREDO SILVA ADV.(A/S) : CLÉBER MARIA MELO E SILVA E OUTRO(A/S) Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765430 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 801.085 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) : ÁLVARO S. FRAZÃO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : MARDEN GERALDO FIGUEIREDO SILVA ADV.(A/S) : CLÉBER MARIA MELO E SILVA E OUTRO(A/S) Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765430 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2829512
2012-09-04T00:00:00
2012-09-26T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Embargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Previdência privada. Contribuição. Restituição. Correção monetária. Ofensa reflexa. Reexame de cláusulas contratuais. Impossibilidade. Repercussão geral. Ausência. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de legislação infraconstitucional e de cláusulas contratuais. Incidência das Súmulas nº 636 e 454/STF. 3. O Plenário desta Corte, no exame do RE nº 582.504/RJ, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo ao índice de correção monetária incidente sobre verba a ser restituída a associados que se desligam de plano de previdência privada, dado o caráter infraconstitucional da matéria. 4. Agravo regimental não provido.
sjur215414
- Acórdãos citados: AI 746002 AgR, RE 408741, AI 760557 ED, RE 582504 RG, AI 754102 AgR; - Decisões monocráticas citadas: AI 856392, AI 754035, AI 736987. Número de páginas: 11. Análise: 08/10/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
801085
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AI-ED
acordaos
AI 801085 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : CAIXA DE PREVIDÊNCIA DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL - PREVI ADV.(A/S) : ÁLVARO S. FRAZÃO E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : MARDEN GERALDO FIGUEIREDO SILVA ADV.(A/S) : CLÉBER MARIA MELO E SILVA E OUTRO(A/S)
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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.650 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES DO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO DISTRITO FEDERAL - SINDETRAN ADV.(A/S) :JOSÉ FELÍCIO DUTRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Prequestionamento. Ausência. Sindicato. Registro. Necessidade. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A orientação firmada nesta Corte é no sentido de ser o registro do Sindicato no Ministério do Trabalho e Emprego o ato que o legitima à representação de determinada categoria. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido nessa parte o Senhor Ministro Marco Aurélio. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799284. Supremo Tribunal Federal DJe 26/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.650 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES DO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO DISTRITO FEDERAL - SINDETRAN ADV.(A/S) :JOSÉ FELÍCIO DUTRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Sindicato dos Servidores do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (SINDETRAN) interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Sindicato dos Servidores do Departamento de Trânsito do Distrito Federal - SINDETRAN interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, incisos II, XVII, XXXIII, XXXIV, alíneas ‘a’ e ‘b’, 8º, incisos I e IV, 37 caput e 149 da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado: ‘PROCESSUAL CIVIL. SINDICATO. REGISTRO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NECESSIDADE. SÚMULA 677/STF. PRINCÍPIO DA UNICIDADE SINDICAL. 1. Este mandado de segurança foi impetrado por Sindicato de servidores públicos contra ato supostamente ilegal e abusivo do Secretário de Estado e Planejamento do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799282. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.650 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :SINDICATO DOS SERVIDORES DO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO DISTRITO FEDERAL - SINDETRAN ADV.(A/S) :JOSÉ FELÍCIO DUTRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Sindicato dos Servidores do Departamento de Trânsito do Distrito Federal (SINDETRAN) interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Sindicato dos Servidores do Departamento de Trânsito do Distrito Federal - SINDETRAN interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, incisos II, XVII, XXXIII, XXXIV, alíneas ‘a’ e ‘b’, 8º, incisos I e IV, 37 caput e 149 da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça, assim ementado: ‘PROCESSUAL CIVIL. SINDICATO. REGISTRO NO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NECESSIDADE. SÚMULA 677/STF. PRINCÍPIO DA UNICIDADE SINDICAL. 1. Este mandado de segurança foi impetrado por Sindicato de servidores públicos contra ato supostamente ilegal e abusivo do Secretário de Estado e Planejamento do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799282. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório AI 820.650 AGR / DF Distrito Federal, com o fito de suspender os efeitos da Portaria 212, de 13 de novembro de 2007, que condicionou o repasse mensal da parcela da contribuição facultativa descontada mensalmente da folha de pagamento dos filiados do impetrante ao registro do Sindicato no Ministério do Trabalho. 2. A Corte de origem denegou a ordem por entender que ‘o registro no Ministério do Trabalho e Emprego (...) é ato vinculado que complementa e aperfeiçoa a existência legal de entidade sindical’, sem o qual o Sindicato ‘não é sujeito de direito, não lhe assistindo, então, o direito de ação em juízo, dado que não detém a indispensável representatividade da categoria, o que lhe retira a legitimidade ativa’. 3. O acórdão recorrido está em sintonia com a jurisprudência desta Corte, segundo a qual o registro dos sindicatos no Ministério do Trabalho é indispensável para a defesa de seus representados em juízo, pois é o meio eficaz para a preservação do princípio da unicidade sindical. 4. Precedentes da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça e de suas duas Turmas de Direito Público, bem como do Supremo Tribunal Federal. 5. ‘Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade’ (Súmula 677/STF). 6. O registro no Ministério do Trabalho e Emprego objetiva preservar o princípio da unicidade sindical, que não será observado se as entidades sindicais se registrarem somente nos Cartórios Cíveis de Pessoa Jurídica. Assim, enquanto o impetrante não for registrado, ainda que provisoriamente, no MTE, não faz jus ao recebimento das contribuições facultativas descontadas de seus filiados, já que não se sabe se é o único Sindicato a representar a categoria na base sindical em que atua. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799282. Supremo Tribunal Federal AI 820.650 AGR / DF Distrito Federal, com o fito de suspender os efeitos da Portaria 212, de 13 de novembro de 2007, que condicionou o repasse mensal da parcela da contribuição facultativa descontada mensalmente da folha de pagamento dos filiados do impetrante ao registro do Sindicato no Ministério do Trabalho. 2. A Corte de origem denegou a ordem por entender que ‘o registro no Ministério do Trabalho e Emprego (...) é ato vinculado que complementa e aperfeiçoa a existência legal de entidade sindical’, sem o qual o Sindicato ‘não é sujeito de direito, não lhe assistindo, então, o direito de ação em juízo, dado que não detém a indispensável representatividade da categoria, o que lhe retira a legitimidade ativa’. 3. O acórdão recorrido está em sintonia com a jurisprudência desta Corte, segundo a qual o registro dos sindicatos no Ministério do Trabalho é indispensável para a defesa de seus representados em juízo, pois é o meio eficaz para a preservação do princípio da unicidade sindical. 4. Precedentes da Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça e de suas duas Turmas de Direito Público, bem como do Supremo Tribunal Federal. 5. ‘Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade’ (Súmula 677/STF). 6. O registro no Ministério do Trabalho e Emprego objetiva preservar o princípio da unicidade sindical, que não será observado se as entidades sindicais se registrarem somente nos Cartórios Cíveis de Pessoa Jurídica. Assim, enquanto o impetrante não for registrado, ainda que provisoriamente, no MTE, não faz jus ao recebimento das contribuições facultativas descontadas de seus filiados, já que não se sabe se é o único Sindicato a representar a categoria na base sindical em que atua. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799282. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório AI 820.650 AGR / DF 7. Recurso ordinário não provido.’ Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, haja vista que os artigos 5º, incisos II, XVII, XXXIII, XXXIV, alíneas ‘a’ e ‘b’, 37 caput e 149 do texto constitucional, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, o acórdão recorrido está em sintonia com a jurisprudência desta Corte, no sentido de ser o registro do Sindicato no Ministério do Trabalho e Emprego o ato que o legitima à representação de determinada categoria. Nesse sentido, anote-se: ‘CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REGISTRO SINDICAL. OBSERVÂNCIA DO POSTULADO DA UNICIDADE SINDICAL. 1. É indispensável o registro sindical perante o Ministério do Trabalho e Emprego para a representação de determinada categoria, tendo em vista 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799282. Supremo Tribunal Federal AI 820.650 AGR / DF 7. Recurso ordinário não provido.’ Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, haja vista que os artigos 5º, incisos II, XVII, XXXIII, XXXIV, alíneas ‘a’ e ‘b’, 37 caput e 149 do texto constitucional, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, o acórdão recorrido está em sintonia com a jurisprudência desta Corte, no sentido de ser o registro do Sindicato no Ministério do Trabalho e Emprego o ato que o legitima à representação de determinada categoria. Nesse sentido, anote-se: ‘CONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE REGISTRO SINDICAL. OBSERVÂNCIA DO POSTULADO DA UNICIDADE SINDICAL. 1. É indispensável o registro sindical perante o Ministério do Trabalho e Emprego para a representação de determinada categoria, tendo em vista 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799282. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Relatório AI 820.650 AGR / DF a necessidade de observância ao princípio da unicidade sindical. Precedente. 2. Agravo regimental improvido’ (AI nº 789.108/BA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 28/10/10). ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROPOSTA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. RECLAMAÇÃO AJUIZADA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO REGIMENTAL DE DECISÃO DE RELATOR. ARTIGO 8º, INCISOS I, II E III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE DO SINDICATO PARA ATUAR PERANTE A SUPREMA CORTE. AUSÊNCIA DE REGISTRO SINDICAL NO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DO POSTULADO DA UNICIDADE SINDICAL. LIBERDADE E UNICIDADE SINDICAL. 1. Incumbe ao sindicato comprovar que possui registro sindical junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, instrumento indispensável para a fiscalização do postulado da unicidade sindical. 2. O registro sindical é o ato que habilita as entidades sindicais para a representação de determinada categoria, tendo em vista a necessidade de observância do postulado da unicidade sindical. 3. O postulado da unicidade sindical, devidamente previsto no art. 8º, II, da Constituição Federal, é a mais importante das limitações constitucionais à liberdade sindical. 4. Existência de precedentes do Tribunal em casos análogos. 5. Agravo regimental interposto por sindicato contra decisão que indeferiu seu pedido de admissão na presente reclamação na qualidade de interessado. 6. Agravo regimental improvido’ (RCL nº 4.990/PB, Tribunal Pleno, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 27/3/09). 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799282. Supremo Tribunal Federal AI 820.650 AGR / DF a necessidade de observância ao princípio da unicidade sindical. Precedente. 2. Agravo regimental improvido’ (AI nº 789.108/BA-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 28/10/10). ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECLAMAÇÃO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA PROPOSTA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO. RECLAMAÇÃO AJUIZADA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO REGIMENTAL DE DECISÃO DE RELATOR. ARTIGO 8º, INCISOS I, II E III, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AUSÊNCIA DE LEGITIMIDADE DO SINDICATO PARA ATUAR PERANTE A SUPREMA CORTE. AUSÊNCIA DE REGISTRO SINDICAL NO MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA DO POSTULADO DA UNICIDADE SINDICAL. LIBERDADE E UNICIDADE SINDICAL. 1. Incumbe ao sindicato comprovar que possui registro sindical junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, instrumento indispensável para a fiscalização do postulado da unicidade sindical. 2. O registro sindical é o ato que habilita as entidades sindicais para a representação de determinada categoria, tendo em vista a necessidade de observância do postulado da unicidade sindical. 3. O postulado da unicidade sindical, devidamente previsto no art. 8º, II, da Constituição Federal, é a mais importante das limitações constitucionais à liberdade sindical. 4. Existência de precedentes do Tribunal em casos análogos. 5. Agravo regimental interposto por sindicato contra decisão que indeferiu seu pedido de admissão na presente reclamação na qualidade de interessado. 6. Agravo regimental improvido’ (RCL nº 4.990/PB, Tribunal Pleno, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 27/3/09). 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799282. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Relatório AI 820.650 AGR / DF Essa é a orientação da Súmula nº 677 desta Corte, in verbis: ‘Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade.’ No mesmo sentido, ainda, as seguintes decisões monocráticas: RE nº 828.165/MG, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 3/12/10, AI nº 765.720/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 26/4/10, e AI nº 594.597/MG, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 11/12/09. Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.” Insiste o agravante que foram violados os arts. 5º, incisos II, XVII, XXXIII, XXXIV, alíneas a e b; 8º, incisos I e IV; 37 caput; e 149 da Constituição Federal. Aduz, in verbis, que: “(...) a mesma discussão constitucional versada no Recurso Extraordinário, também o foi no Recurso Ordinário, portanto, considera-se prequestionada a matéria constitucional objeto do Recurso Extraordinário. (...) a vinculação da continuidade do repasse da parcela facultativa mensal de cada servidor tão-somente ao registro prévio do recorrente perante o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE traz graves danos patrimoniais ao recorrente, (...). (...) O que se pretende discutir por meio deste recurso é um assunto de extrema importância para a sociedade, pois, trata da obrigatoriedade, ou não, do registro de entidades sindicais, e porque envolve os basilares princípios organizativos e o próprio sistema sindical brasileiro. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799282. Supremo Tribunal Federal AI 820.650 AGR / DF Essa é a orientação da Súmula nº 677 desta Corte, in verbis: ‘Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade.’ No mesmo sentido, ainda, as seguintes decisões monocráticas: RE nº 828.165/MG, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 3/12/10, AI nº 765.720/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 26/4/10, e AI nº 594.597/MG, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 11/12/09. Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.” Insiste o agravante que foram violados os arts. 5º, incisos II, XVII, XXXIII, XXXIV, alíneas a e b; 8º, incisos I e IV; 37 caput; e 149 da Constituição Federal. Aduz, in verbis, que: “(...) a mesma discussão constitucional versada no Recurso Extraordinário, também o foi no Recurso Ordinário, portanto, considera-se prequestionada a matéria constitucional objeto do Recurso Extraordinário. (...) a vinculação da continuidade do repasse da parcela facultativa mensal de cada servidor tão-somente ao registro prévio do recorrente perante o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE traz graves danos patrimoniais ao recorrente, (...). (...) O que se pretende discutir por meio deste recurso é um assunto de extrema importância para a sociedade, pois, trata da obrigatoriedade, ou não, do registro de entidades sindicais, e porque envolve os basilares princípios organizativos e o próprio sistema sindical brasileiro. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799282. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Relatório AI 820.650 AGR / DF (...) o v. acórdão ora atacado merece ser reformado, haja vista ser evidente que a referida Portaria nº. 212, de 13 de novembro de 2007, encontra-se eivada de ilegalidade em face da ausência da necessária razoabilidade quando da abrupta suspensão do repasse ao recorrente da consignação facultativa na folha de pagamento dos seus filiados, os quais de forma espontânea se filiaram e dele se beneficiam, não havendo que se falar, ainda, na eventual ‘quebra da unicidade sindical’, até porque o SINDETRAN efetuou o seu registro perante o Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas no ano de 2006. (...) O ato implementado pelo governo local contrariou de sobremaneira à legislação federal e a Constituição Federal na medida em que ofende o direito adquirido do recorrente, o princípio da legalidade, da impessoalidade, da razoabilidade, da liberdade sindical e não interferência estatal, dentre outros aspectos.” É o relatório. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799282. Supremo Tribunal Federal AI 820.650 AGR / DF (...) o v. acórdão ora atacado merece ser reformado, haja vista ser evidente que a referida Portaria nº. 212, de 13 de novembro de 2007, encontra-se eivada de ilegalidade em face da ausência da necessária razoabilidade quando da abrupta suspensão do repasse ao recorrente da consignação facultativa na folha de pagamento dos seus filiados, os quais de forma espontânea se filiaram e dele se beneficiam, não havendo que se falar, ainda, na eventual ‘quebra da unicidade sindical’, até porque o SINDETRAN efetuou o seu registro perante o Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas no ano de 2006. (...) O ato implementado pelo governo local contrariou de sobremaneira à legislação federal e a Constituição Federal na medida em que ofende o direito adquirido do recorrente, o princípio da legalidade, da impessoalidade, da razoabilidade, da liberdade sindical e não interferência estatal, dentre outros aspectos.” É o relatório. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799282. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.650 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Conforme expresso na decisão agravada, os arts. 5º, incisos II, XVII, XXXIII, XXXIV, alíneas a e b; 37, caput; e 149 da Constituição Federal, apontados como violados no recurso extraordinário, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que o acórdão proferido pelo Tribunal de origem não cuidou das referidas normas. Ressalte-se, também, que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no julgado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 2. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799281. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.650 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Conforme expresso na decisão agravada, os arts. 5º, incisos II, XVII, XXXIII, XXXIV, alíneas a e b; 37, caput; e 149 da Constituição Federal, apontados como violados no recurso extraordinário, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que o acórdão proferido pelo Tribunal de origem não cuidou das referidas normas. Ressalte-se, também, que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no julgado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 2. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799281. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 820.650 AGR / DF Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 449.232/CE-AgR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 11/4/08). “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA 454. I - Falta de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 e 356 do STF. II - Não se presta o recurso extraordinário à apreciação de cláusulas contratuais. Incidência da Súmula 454 do STF. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 594.612/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 19/12/07). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/3/06). Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) a Corte Suprema editou a Súmula 677/STF, de seguinte teor: ‘Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade’. Não há, portanto, qualquer ilegalidade na Portaria nº 212/09, que condicionou o repasse das contribuições facultativas dos filiados do impetrante ao registro deste no Ministério do Trabalho. O registro no Ministério do Trabalho e Emprego objetiva preservar o princípio da unicidade sindical, que não será 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799281. Supremo Tribunal Federal AI 820.650 AGR / DF Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 449.232/CE-AgR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 11/4/08). “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA 454. I - Falta de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 e 356 do STF. II - Não se presta o recurso extraordinário à apreciação de cláusulas contratuais. Incidência da Súmula 454 do STF. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 594.612/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 19/12/07). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/3/06). Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) a Corte Suprema editou a Súmula 677/STF, de seguinte teor: ‘Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade’. Não há, portanto, qualquer ilegalidade na Portaria nº 212/09, que condicionou o repasse das contribuições facultativas dos filiados do impetrante ao registro deste no Ministério do Trabalho. O registro no Ministério do Trabalho e Emprego objetiva preservar o princípio da unicidade sindical, que não será 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799281. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 820.650 AGR / DF observado se as entidades sindicais se registrarem somente nos Cartórios Cíveis da Pessoa Jurídica. Assim, enquanto o impetrante não for registrado, ainda que provisoriamente, no MTE, não faz jus ao recebimento das contribuições facultativas descontadas de seus filiados, já que não se sabe se é o único Sindicato a representar a categoria na base sindical em que atua.” Desse modo, como já consignado, é certo que o Superior Tribunal de Justiça decidiu em consonância com o entendimento desta Corte no sentido de ser o registro do Sindicato no Ministério do Trabalho e Emprego o ato que o legitima à representação de determinada categoria. Sobre o tema: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - CONFEDERAÇÃO SINDICAL - CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA QUESTÃO DO REGISTRO SINDICAL - SIGNIFICADO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 03/94 DO MINISTÉRIO DO TRABALHO - AÇÃO DIRETA AJUIZADA EM MOMENTO ANTERIOR AO DA VIGENCIA DESSA INSTRUÇÃO NORMATIVA (ART. 9.) - CONFEDERAÇÃO SINDICAL QUE NÃO OBSERVA A REGRA INSCRITA NO ART. 535 DA CLT - NORMA LEGAL QUE FOI RECEBIDA PELA CF/88 - ENTIDADE QUE PODE CONGREGAR PESSOAS JURIDICAS DE DIREITO PÚBLICO E OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CARÁTER CIVIL - DESCARACTERIZAÇÃO COMO ENTIDADE SINDICAL - AÇÃO NÃO CONHECIDA. REGISTRO SINDICAL E LIBERDADE SINDICAL. - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ao interpretar a norma inscrita no art. 8., I, da Carta Politica - e tendo presentes as varias posições assumidas pelo magisterio doutrinario (uma, que sustenta a suficiencia do registro da entidade sindical no Registro Civil das Pessoas Juridicas; outra, que se satisfaz com o registro personificador no Ministério do Trabalho e a última, que exige o duplo registro: no Registro Civil das Pessoas Juridicas, para efeito de aquisição 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799281. Supremo Tribunal Federal AI 820.650 AGR / DF observado se as entidades sindicais se registrarem somente nos Cartórios Cíveis da Pessoa Jurídica. Assim, enquanto o impetrante não for registrado, ainda que provisoriamente, no MTE, não faz jus ao recebimento das contribuições facultativas descontadas de seus filiados, já que não se sabe se é o único Sindicato a representar a categoria na base sindical em que atua.” Desse modo, como já consignado, é certo que o Superior Tribunal de Justiça decidiu em consonância com o entendimento desta Corte no sentido de ser o registro do Sindicato no Ministério do Trabalho e Emprego o ato que o legitima à representação de determinada categoria. Sobre o tema: “AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - CONFEDERAÇÃO SINDICAL - CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA QUESTÃO DO REGISTRO SINDICAL - SIGNIFICADO DA INSTRUÇÃO NORMATIVA N. 03/94 DO MINISTÉRIO DO TRABALHO - AÇÃO DIRETA AJUIZADA EM MOMENTO ANTERIOR AO DA VIGENCIA DESSA INSTRUÇÃO NORMATIVA (ART. 9.) - CONFEDERAÇÃO SINDICAL QUE NÃO OBSERVA A REGRA INSCRITA NO ART. 535 DA CLT - NORMA LEGAL QUE FOI RECEBIDA PELA CF/88 - ENTIDADE QUE PODE CONGREGAR PESSOAS JURIDICAS DE DIREITO PÚBLICO E OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CARÁTER CIVIL - DESCARACTERIZAÇÃO COMO ENTIDADE SINDICAL - AÇÃO NÃO CONHECIDA. REGISTRO SINDICAL E LIBERDADE SINDICAL. - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ao interpretar a norma inscrita no art. 8., I, da Carta Politica - e tendo presentes as varias posições assumidas pelo magisterio doutrinario (uma, que sustenta a suficiencia do registro da entidade sindical no Registro Civil das Pessoas Juridicas; outra, que se satisfaz com o registro personificador no Ministério do Trabalho e a última, que exige o duplo registro: no Registro Civil das Pessoas Juridicas, para efeito de aquisição 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799281. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 820.650 AGR / DF da personalidade meramente civil, e no Ministério do Trabalho, para obtenção da personalidade sindical) -, firmou orientação no sentido de que não ofende o texto da Constituição a exigência de registro sindical no Ministério do Trabalho, órgão este que, sem prejuizo de regime diverso passivel de instituição pelo legislador comum, ainda continua a ser o órgão estatal incumbido de atribuição normativa para proceder a efetivação do ato registral. Precedente: RTJ 147/868, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE. O registro sindical qualifica-se como ato administrativo essencialmente vinculado, devendo ser praticado pelo Ministro do Trabalho, mediante resolução fundamentada, sempre que, respeitado o postulado da unicidade sindical e observada a exigência de regularidade, autenticidade e representação, a entidade sindical interessada preencher, integralmente, os requisitos fixados pelo ordenamento positivo e por este considerados como necessarios a formação dos organismos sindicais. CONFEDERAÇÃO SINDICAL - MODELO NORMATIVO. O sistema confederativo, peculiar a organização sindical brasileira, foi mantido em seus lineamentos essenciais e em sua estrutura basica pela Constituição promulgada em 1988. A norma inscrita no art. 535 da CLT - que foi integralmente recepcionada pela nova ordem constitucional - impõe, para efeito de configuração jurídico- legal das Confederações sindicais, que estas se organizem com o minimo de tres (3) Federações sindicais. Precedente: RTJ 137/82, Rel. Min. MOREIRA ALVES. O desatendimento dessa exigência legal minima por qualquer Confederação importa em descaracterização de sua natureza sindical. Circunstancia ocorrente na espécie. Consequente reconhecimento da ilegitimidade ativa ad causam da Autora” (ADI nº 1121/RS-MC, Pleno, DJ de 6/10/95). Nesse sentido, além dos precedentes indicados na decisão agravada, anotem-se as seguintes decisões monocráticas: ARE nº 663.138/PE, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 13/3/12; e ARE nº 666.255/GO, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 15/2/12. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799281. Supremo Tribunal Federal AI 820.650 AGR / DF da personalidade meramente civil, e no Ministério do Trabalho, para obtenção da personalidade sindical) -, firmou orientação no sentido de que não ofende o texto da Constituição a exigência de registro sindical no Ministério do Trabalho, órgão este que, sem prejuizo de regime diverso passivel de instituição pelo legislador comum, ainda continua a ser o órgão estatal incumbido de atribuição normativa para proceder a efetivação do ato registral. Precedente: RTJ 147/868, Rel. Min. SEPÚLVEDA PERTENCE. O registro sindical qualifica-se como ato administrativo essencialmente vinculado, devendo ser praticado pelo Ministro do Trabalho, mediante resolução fundamentada, sempre que, respeitado o postulado da unicidade sindical e observada a exigência de regularidade, autenticidade e representação, a entidade sindical interessada preencher, integralmente, os requisitos fixados pelo ordenamento positivo e por este considerados como necessarios a formação dos organismos sindicais. CONFEDERAÇÃO SINDICAL - MODELO NORMATIVO. O sistema confederativo, peculiar a organização sindical brasileira, foi mantido em seus lineamentos essenciais e em sua estrutura basica pela Constituição promulgada em 1988. A norma inscrita no art. 535 da CLT - que foi integralmente recepcionada pela nova ordem constitucional - impõe, para efeito de configuração jurídico- legal das Confederações sindicais, que estas se organizem com o minimo de tres (3) Federações sindicais. Precedente: RTJ 137/82, Rel. Min. MOREIRA ALVES. O desatendimento dessa exigência legal minima por qualquer Confederação importa em descaracterização de sua natureza sindical. Circunstancia ocorrente na espécie. Consequente reconhecimento da ilegitimidade ativa ad causam da Autora” (ADI nº 1121/RS-MC, Pleno, DJ de 6/10/95). Nesse sentido, além dos precedentes indicados na decisão agravada, anotem-se as seguintes decisões monocráticas: ARE nº 663.138/PE, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 13/3/12; e ARE nº 666.255/GO, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 15/2/12. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799281. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 820.650 AGR / DF Nego provimento ao agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799281. Supremo Tribunal Federal AI 820.650 AGR / DF Nego provimento ao agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799281. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.650 DISTRITO FEDERAL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, peço vênia para divergir no décimo da lista. É a problemática da necessidade, ou não, de registro do sindicato no Ministério do Trabalho, para ter-se o surgimento, para ter-se como legítima a representação. A meu ver, pela Carta de 1988, o registro é dispensável, levando em conta o disposto no artigo 8º. Provejo o agravo do sindicato para o recurso extraordinário subir. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2812379. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.650 DISTRITO FEDERAL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, peço vênia para divergir no décimo da lista. É a problemática da necessidade, ou não, de registro do sindicato no Ministério do Trabalho, para ter-se o surgimento, para ter-se como legítima a representação. A meu ver, pela Carta de 1988, o registro é dispensável, levando em conta o disposto no artigo 8º. Provejo o agravo do sindicato para o recurso extraordinário subir. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2812379. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.650 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO DISTRITO FEDERAL - SINDETRAN ADV.(A/S) : JOSÉ FELÍCIO DUTRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765437 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 820.650 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO DISTRITO FEDERAL - SINDETRAN ADV.(A/S) : JOSÉ FELÍCIO DUTRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765437 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2829659
2012-09-04T00:00:00
2012-09-26T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Prequestionamento. Ausência. Sindicato. Registro. Necessidade. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A orientação firmada nesta Corte é no sentido de ser o registro do Sindicato no Ministério do Trabalho e Emprego o ato que o legitima à representação de determinada categoria. 3. Agravo regimental não provido.
sjur215423
- Acórdãos citados: RE 449232 AgR-AgR, AI 594612 AgR, RE 411859 AgR, ADI 1121 MC; - Decisões monocráticas citadas: ARE 663138, ARE 666255. Número de páginas: 14. Análise: 09/10/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
820650
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AI-AgR
acordaos
AI 820650 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGTE.(S) : SINDICATO DOS SERVIDORES DO DEPARTAMENTO DE TRÂNSITO DO DISTRITO FEDERAL - SINDETRAN ADV.(A/S) : JOSÉ FELÍCIO DUTRA JÚNIOR E OUTRO(A/S)
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 694.411 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGTE.(S) :LEVY PACHECO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENAL. PROCESSUAL PENAL. INAPLICABILIDADE DOS PRECEDENTES CITADOS NA DECISÃO RECORRIDA. ALEGAÇÃO DE INOCORRÊNCIA DE CONSUNÇÃO. FINALIDADE DA CONDUTA DO AGENTE. ABSORÇÃO DO CRIME MEIO PELO CRIME FIM. USO DE CERTIDÃO EXPEDIDA PELO INSS PARA OBTER ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA EXPEDIDO PELA SECCIONAL ESTADUAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA GRÁFICA – ABRIGRAF/SC. AÇÃO PENAL. COMPETÊNCIA. DELITOS DE FALSIFICAÇÃO E USO. SUJEITOS PASSIVOS DIVERSOS. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os fundamentos da decisão ora impugnada. 2. Nesse sentido, embora a conduta do agente sempre deva ser analisada como um todo, isto não significa que em hipótese de concurso de crimes ou de crime e contravenção esteja o magistrado autorizado a afastar a tipicidade de determinado delito em apuração sobre o fundamento de aplicação da consunção ou da progressão criminosa. 3. A eventual aplicação da consunção ou da absorção de crimes e/ou condutas deve ser averiguada pelo juiz natural da causa. Assim, considerando que as investigações foram realizadas na esfera federal a denúncia apresentada por Procurador da República junto ao juízo da respectiva Seção Judiciária, apontando para a ocorrência de infração contra Autarquia Federal, todos esses dados corroboram os fundamentos da decisão ora impugnada. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095474. Supremo Tribunal Federal DJe 20/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão RE 694.411 AGR / SC 4. Agravo Regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095474. Supremo Tribunal Federal RE 694.411 AGR / SC 4. Agravo Regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095474. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 694.411 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGTE.(S) :LEVY PACHECO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pela Defensoria Pública da União, contra a decisão monocrática mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário ante os seguintes fundamentos: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENAL. PROCESSUAL PENAL. USO DE CERTIDÃO SUPOSTAMENTE EXPEDIDA PELO INSS PARA O FIM DE OBTER ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA EXPEDIDO PELA SECCIONAL ESTADUAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA GRÁFICA ABRIGRAF/SC. AÇÃO PENAL. COMPETÊNCIA. DESTINAÇÃO DA FALSIDADE. EXERCÍCIO DO COMÉRCIO LOCAL. DELITOS DE FALSIFICAÇÃO E USO. SUJEITOS PASSIVOS DIVERSOS. PRECEDENTES DO SUPREMO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE DÁ PROVIMENTO. 1. A repercussão geral é presumida quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante desta Corte (artigo 323, § 1º, do RISTF ). 2. Segundo a jurisprudência perfilhada por este Supremo Tribunal Federal, demonstrada a falsidade documental e o seu consequente uso, há que se perquirir a situação da vítima do delito, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095475. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 694.411 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGTE.(S) :LEVY PACHECO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pela Defensoria Pública da União, contra a decisão monocrática mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário ante os seguintes fundamentos: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENAL. PROCESSUAL PENAL. USO DE CERTIDÃO SUPOSTAMENTE EXPEDIDA PELO INSS PARA O FIM DE OBTER ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA EXPEDIDO PELA SECCIONAL ESTADUAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA GRÁFICA ABRIGRAF/SC. AÇÃO PENAL. COMPETÊNCIA. DESTINAÇÃO DA FALSIDADE. EXERCÍCIO DO COMÉRCIO LOCAL. DELITOS DE FALSIFICAÇÃO E USO. SUJEITOS PASSIVOS DIVERSOS. PRECEDENTES DO SUPREMO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE DÁ PROVIMENTO. 1. A repercussão geral é presumida quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante desta Corte (artigo 323, § 1º, do RISTF ). 2. Segundo a jurisprudência perfilhada por este Supremo Tribunal Federal, demonstrada a falsidade documental e o seu consequente uso, há que se perquirir a situação da vítima do delito, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095475. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório RE 694.411 AGR / SC dessa maneira, atingindo pessoa jurídica de direito público federal, atrair-se-á a competência da Justiça Federal. Na espécie, a vítima do crime de uso de documento falso foi a associação civil de classe, de âmbito local. Todavia, conforme sobressai dos precedentes abaixo transcritos, em hipóteses como na presente não se aplica a progressão criminosa ou o post factum impunível, pois a vítima do uso do falso a associação civil e diversa da vítima da falsificação o Instituto Nacional do Seguro Social. 3. Nesse sentido destaca-se: HABEAS CORPUS. FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO - CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - E USO DO MESMO JUNTO A BANCO PRIVADO PARA RENOVAÇÃO DE FINANCIAMENTO. FALSIFICAÇÃO QUE, POR SI SÓ, CONFIGURA INFRAÇÃO PENAL PRATICADA CONTRA INTERESSE DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. ORDEM CONCEDIDA. A jurisprudência desta Corte, para fixar a competência em casos semelhantes, analisa a questão sob a perspectiva do sujeito passivo do delito. Sendo o sujeito passivo o particular, conseqüentemente a competência será da Justiça Estadual. Entretanto, o particular só é vítima do crime de uso, mas não do crime de falsificação. De fato, o crime de falsum atinge a presunção de veracidade dos atos da Administração, sua fé pública e sua credibilidade. Deste modo, a falsificação de documento público praticada no caso atinge interesse da União, o que conduz à aplicação do art. 109, IV, da Constituição da República. Ordem concedida para fixar a competência da Justiça Federal para processamento e julgamento do feito. (HC 85773, rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 26/04/07). No mesmo sentido: RE 560944, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 18/09/08, RE 468783, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, Dje 28/05/09. 4. In casu, a Sétima Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou provimento ao recurso em sentido estrito, mediante os seguintes fundamentos: PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO CRIMINAL EM SENTIDO ESTRITO. COMPETÊNCIA. USO DE DOCUMENTO FALSO PERANTE 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095475. Supremo Tribunal Federal RE 694.411 AGR / SC dessa maneira, atingindo pessoa jurídica de direito público federal, atrair-se-á a competência da Justiça Federal. Na espécie, a vítima do crime de uso de documento falso foi a associação civil de classe, de âmbito local. Todavia, conforme sobressai dos precedentes abaixo transcritos, em hipóteses como na presente não se aplica a progressão criminosa ou o post factum impunível, pois a vítima do uso do falso a associação civil e diversa da vítima da falsificação o Instituto Nacional do Seguro Social. 3. Nesse sentido destaca-se: HABEAS CORPUS. FALSIFICAÇÃO DE DOCUMENTO PÚBLICO - CERTIDÃO NEGATIVA DE DÉBITO DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - E USO DO MESMO JUNTO A BANCO PRIVADO PARA RENOVAÇÃO DE FINANCIAMENTO. FALSIFICAÇÃO QUE, POR SI SÓ, CONFIGURA INFRAÇÃO PENAL PRATICADA CONTRA INTERESSE DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. ORDEM CONCEDIDA. A jurisprudência desta Corte, para fixar a competência em casos semelhantes, analisa a questão sob a perspectiva do sujeito passivo do delito. Sendo o sujeito passivo o particular, conseqüentemente a competência será da Justiça Estadual. Entretanto, o particular só é vítima do crime de uso, mas não do crime de falsificação. De fato, o crime de falsum atinge a presunção de veracidade dos atos da Administração, sua fé pública e sua credibilidade. Deste modo, a falsificação de documento público praticada no caso atinge interesse da União, o que conduz à aplicação do art. 109, IV, da Constituição da República. Ordem concedida para fixar a competência da Justiça Federal para processamento e julgamento do feito. (HC 85773, rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 26/04/07). No mesmo sentido: RE 560944, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 18/09/08, RE 468783, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, Dje 28/05/09. 4. In casu, a Sétima Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região negou provimento ao recurso em sentido estrito, mediante os seguintes fundamentos: PENAL. PROCESSUAL PENAL. RECURSO CRIMINAL EM SENTIDO ESTRITO. COMPETÊNCIA. USO DE DOCUMENTO FALSO PERANTE 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095475. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Relatório RE 694.411 AGR / SC ENTE LOCAL. JURISDIÇÃO ESTADUAL. 1. O crime de uso de documento falso consuma-se no momento e lugar em que o agente efetivamente utiliza o documento, consciente de sua falsidade. 2. O simples fato da CND ter sido expedida pelo INSS não atrai a competência Federal, pois sendo o documento falso apresentado a órgão local e ali consumido seu potencial lesivo, a competência não é da Justiça Federal. 3. Mantida a sentença que declinou da competência para a Justiça do Estado. 5. Recurso extraordinário a que se dá provimento. Nas razões do agravo sustenta, preliminarmente, a inaplicabilidade dos precedentes do STF citados na decisão agravada, a saber: HC nº 85773, RE nº 560944 e RE nº 468783, pois o sujeito passivo do crime em apuração seria associação privada de interesse local e por não se tratar, segundo sustenta, de concurso entre crimes de falso e uso perpetrados pelo mesmo agente. No mérito, evocando a teoria finalista da ação, aduz ser necessário analisar a conduta do recorrente como um todo indivisível, de maneira a afastar a consunção no caso e, no máximo, realizar a absorção do crime meio (falso) pelo crime fim, articulando, ainda, a falsidade grosseira do documento, para afastar a competência da justiça federal no caso. Cita precedentes do STF: HC nº 84533, Rel. Min. Celso de Mello, HC nº 60716, Rel. Min. Néri da Silveira e HC nº 58611, Rel. Min. Soares Munõz. Requer a reconsideração da decisão, deslocando-se a competência para a justiça comum estadual. Em contrarrazões, o Ministério Público Federal sustenta o acerto da decisão agravada, destacando que a conduta imputada ao réu foi a do delito de falso, praticado contra a Autarquia Federal, embora tenha atingido vítimas diversas no desdobramento do iter criminis. Aponta a semelhança do caso com o precedente do HC nº 85.773, Rel. Ministro 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095475. Supremo Tribunal Federal RE 694.411 AGR / SC ENTE LOCAL. JURISDIÇÃO ESTADUAL. 1. O crime de uso de documento falso consuma-se no momento e lugar em que o agente efetivamente utiliza o documento, consciente de sua falsidade. 2. O simples fato da CND ter sido expedida pelo INSS não atrai a competência Federal, pois sendo o documento falso apresentado a órgão local e ali consumido seu potencial lesivo, a competência não é da Justiça Federal. 3. Mantida a sentença que declinou da competência para a Justiça do Estado. 5. Recurso extraordinário a que se dá provimento. Nas razões do agravo sustenta, preliminarmente, a inaplicabilidade dos precedentes do STF citados na decisão agravada, a saber: HC nº 85773, RE nº 560944 e RE nº 468783, pois o sujeito passivo do crime em apuração seria associação privada de interesse local e por não se tratar, segundo sustenta, de concurso entre crimes de falso e uso perpetrados pelo mesmo agente. No mérito, evocando a teoria finalista da ação, aduz ser necessário analisar a conduta do recorrente como um todo indivisível, de maneira a afastar a consunção no caso e, no máximo, realizar a absorção do crime meio (falso) pelo crime fim, articulando, ainda, a falsidade grosseira do documento, para afastar a competência da justiça federal no caso. Cita precedentes do STF: HC nº 84533, Rel. Min. Celso de Mello, HC nº 60716, Rel. Min. Néri da Silveira e HC nº 58611, Rel. Min. Soares Munõz. Requer a reconsideração da decisão, deslocando-se a competência para a justiça comum estadual. Em contrarrazões, o Ministério Público Federal sustenta o acerto da decisão agravada, destacando que a conduta imputada ao réu foi a do delito de falso, praticado contra a Autarquia Federal, embora tenha atingido vítimas diversas no desdobramento do iter criminis. Aponta a semelhança do caso com o precedente do HC nº 85.773, Rel. Ministro 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095475. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Relatório RE 694.411 AGR / SC Joaquim Barbosa e com o HC nº 74.788, Rel. Min. Sepúlveda Pertence. Pugna pelo desprovimento do agravo. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095475. Supremo Tribunal Federal RE 694.411 AGR / SC Joaquim Barbosa e com o HC nº 74.788, Rel. Min. Sepúlveda Pertence. Pugna pelo desprovimento do agravo. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095475. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 694.411 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O agravo preenche os requisitos de admissibilidade, tendo sido interposto dentro do prazo legal e regularmente assinado pelo Defensor Público da União. Conheço. A irresignação não merece prosperar. As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os fundamentos da decisão ora impugnada. A jurisprudência atualmente consolidada no Supremo afasta a aplicação das teorias da progressão criminosa ou o post factum impunível, quando a vítima do crime de uso do documento objeto do falso – no caso a associação civil – é diversa da vítima da falsificação – o Instituto Nacional do Seguro Social. Cito os precedentes: RE 560944, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 18/09/08, RE 468783, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, Dje 28/05/09 e HC 85773, rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 26/04/07. Nesse sentido, embora a conduta do agente sempre deva ser analisada como um todo, isto não significa que em caso de concurso de crimes ou de crime e contravenção esteja o magistrado autorizado a afastar a tipicidade de determinado delito em apuração sobre o fundamento de aplicação da consunção ou da progressão criminosa. Em que pesem os argumentos do agravante, a eventual aplicação absorção de crimes e/ou condutas devem ser averiguadas pelo juiz natural da causa. Assim, considerando que as investigações foram realizadas na esfera federal a denúncia apresentada por Procurador da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095476. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 694.411 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O agravo preenche os requisitos de admissibilidade, tendo sido interposto dentro do prazo legal e regularmente assinado pelo Defensor Público da União. Conheço. A irresignação não merece prosperar. As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os fundamentos da decisão ora impugnada. A jurisprudência atualmente consolidada no Supremo afasta a aplicação das teorias da progressão criminosa ou o post factum impunível, quando a vítima do crime de uso do documento objeto do falso – no caso a associação civil – é diversa da vítima da falsificação – o Instituto Nacional do Seguro Social. Cito os precedentes: RE 560944, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 18/09/08, RE 468783, Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, Dje 28/05/09 e HC 85773, rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 26/04/07. Nesse sentido, embora a conduta do agente sempre deva ser analisada como um todo, isto não significa que em caso de concurso de crimes ou de crime e contravenção esteja o magistrado autorizado a afastar a tipicidade de determinado delito em apuração sobre o fundamento de aplicação da consunção ou da progressão criminosa. Em que pesem os argumentos do agravante, a eventual aplicação absorção de crimes e/ou condutas devem ser averiguadas pelo juiz natural da causa. Assim, considerando que as investigações foram realizadas na esfera federal a denúncia apresentada por Procurador da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095476. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 694.411 AGR / SC República junto ao juízo da respectiva Seção Judiciária, apontando para a ocorrência de infração contra Autarquia Federal, todos esses dados corroboram os fundamentos da decisão ora impugnada. Aliás, a metodologia adotada pelo Código Penal, ao alocar os artigos 69 a 71 (concurso de crimes) no Capítulo III (aplicação das penas) do Título V do diploma legal deixa claro que a conclusão sobre a absorção, consunção ou progressão criminosa deve ser analisada após o transcurso do processo, no momento da prolação da sentença penal, isto é, em momento processual posterior ao que se encontra esta ação. Com tais considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. É como voto. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095476. Supremo Tribunal Federal RE 694.411 AGR / SC República junto ao juízo da respectiva Seção Judiciária, apontando para a ocorrência de infração contra Autarquia Federal, todos esses dados corroboram os fundamentos da decisão ora impugnada. Aliás, a metodologia adotada pelo Código Penal, ao alocar os artigos 69 a 71 (concurso de crimes) no Capítulo III (aplicação das penas) do Título V do diploma legal deixa claro que a conclusão sobre a absorção, consunção ou progressão criminosa deve ser analisada após o transcurso do processo, no momento da prolação da sentença penal, isto é, em momento processual posterior ao que se encontra esta ação. Com tais considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. É como voto. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095476. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 694.411 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : LEVY PACHECO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108127 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 694.411 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : LEVY PACHECO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108127 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3108122
2012-10-16T00:00:00
2012-11-20T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PENAL. PROCESSUAL PENAL. INAPLICABILIDADE DOS PRECEDENTES CITADOS NA DECISÃO RECORRIDA. ALEGAÇÃO DE INOCORRÊNCIA DE CONSUNÇÃO. FINALIDADE DA CONDUTA DO AGENTE. ABSORÇÃO DO CRIME MEIO PELO CRIME FIM. USO DE CERTIDÃO EXPEDIDA PELO INSS PARA OBTER ATESTADO DE CAPACIDADE TÉCNICA EXPEDIDO PELA SECCIONAL ESTADUAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA GRÁFICA – ABRIGRAF/SC. AÇÃO PENAL. COMPETÊNCIA. DELITOS DE FALSIFICAÇÃO E USO. SUJEITOS PASSIVOS DIVERSOS. AGRAVO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. As razões deduzidas no agravo não são capazes de desconstituir os fundamentos da decisão ora impugnada. 2. Nesse sentido, embora a conduta do agente sempre deva ser analisada como um todo, isto não significa que em hipótese de concurso de crimes ou de crime e contravenção esteja o magistrado autorizado a afastar a tipicidade de determinado delito em apuração sobre o fundamento de aplicação da consunção ou da progressão criminosa. 3. A eventual aplicação da consunção ou da absorção de crimes e/ou condutas deve ser averiguada pelo juiz natural da causa. Assim, considerando que as investigações foram realizadas na esfera federal a denúncia apresentada por Procurador da República junto ao juízo da respectiva Seção Judiciária, apontando para a ocorrência de infração contra Autarquia Federal, todos esses dados corroboram os fundamentos da decisão ora impugnada. 4. Agravo Regimental a que se nega provimento.
sjur219104
- Acórdãos citados: (COMPETÊNCIA) STF: RE 560944 (2ªT), RE 468783 (1ªT), HC 85773 (2ªT). Número de páginas: 9. Análise: 30/11/2012, MAC.
LUIZ FUX
Primeira Turma
694411
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00069 ART-00070 ART-00071 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL" ]
RE-AgR
acordaos
RE 694411 AgR
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AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGTE.(S) : LEVY PACHECO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 694 . 411", "RE 694 . 411 AGR / SC", "RE 694 . 411 AGR / SC", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 694 . 411", "RE 694 . 411 AGR / SC", "HC 85773", "RE 560944", "RE 468783", "RE 694 . 411 AGR / SC", "HC 85773", "RE 560944", "RE 468783", "RE 694 . 411 AGR / SC", "HC [UNK] 85773", "RE [UNK] 560944", "RE [UNK] 468783", "HC [UNK] 84533", "HC [UNK] 60716", "HC [UNK] 58611", "HC [UNK] 85 . 773", "RE 694 . 411 AGR", "HC [UNK] 85773", "RE [UNK] 560944", "RE [UNK] 468783", "HC [UNK] 84533", "HC [UNK] 60716", "HC [UNK] 58611", "HC [UNK] 85 . 773", "RE 694 . 411 AGR / SC", "HC [UNK] 74 . 788", "RE 694 . 411 AGR / SC", "HC [UNK] 74 . 788", "RECURSO", "RE 560944", "RE 468783", "HC 85773", "RE 560944", "RE 468783", "HC 85773", "RE 694 . 411 AGR / SC", "RE 694 . 411", "RECURSO" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 323 , § [UNK] , do RISTF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 323 , § [UNK] , do RISTF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 109 , IV , da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 109 , IV , da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 -", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código", "Penal", "MP", "Código Penal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SANTA CATARINA", "Brasília", "Brasília", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL", "INSS", "SECCIONAL ESTADUAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA GRÁFICA", "ABRIGRAF", "/", "SC", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.853 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :OSMAR FURLAN ADV.(A/S) :GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. AÇÃO COLETIVA. JUROS REMUNERATÓRIOS. 1. Ausência de prequestionamento da matéria constitucional suscitada. Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Limites objetivos da coisa julgada. Análise de norma infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863577. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.853 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :OSMAR FURLAN ADV.(A/S) :GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 30 de agosto de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Osmar Furlan contra julgado da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Paraná, a qual manteve sentença que julgara improcedente pedido quanto aos juros remuneratórios, com base no reconhecimento da coisa julgada. A decisão embargada teve a seguinte fundamentação: 5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. Inicialmente, cumpre ressalvar que a presente controvérsia não guarda pertinência com a questão constitucional trazida no Agravo de Instrumento n. 722.834, Relator o Ministro Dias Toffoli, cuja repercussão geral foi reconhecida por este Supremo Tribunal. Naqueles autos, a discussão versa sobre direito adquirido às diferenças de correção monetária de depósitos em cadernetas de poupança, decorrentes de expurgos inflacionários, e nestes, especificamente, sobre a possibilidade de se pleitear em juízo a individualização de sentença coletiva, já transitada em julgado, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863578. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.853 PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :OSMAR FURLAN ADV.(A/S) :GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 30 de agosto de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Osmar Furlan contra julgado da 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Paraná, a qual manteve sentença que julgara improcedente pedido quanto aos juros remuneratórios, com base no reconhecimento da coisa julgada. A decisão embargada teve a seguinte fundamentação: 5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. Inicialmente, cumpre ressalvar que a presente controvérsia não guarda pertinência com a questão constitucional trazida no Agravo de Instrumento n. 722.834, Relator o Ministro Dias Toffoli, cuja repercussão geral foi reconhecida por este Supremo Tribunal. Naqueles autos, a discussão versa sobre direito adquirido às diferenças de correção monetária de depósitos em cadernetas de poupança, decorrentes de expurgos inflacionários, e nestes, especificamente, sobre a possibilidade de se pleitear em juízo a individualização de sentença coletiva, já transitada em julgado, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863578. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório ARE 697.853 ED / PR quanto à incidência de juros remuneratórios. 6. A matéria constitucional suscitada no recurso extraordinário, não foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. (…) 7. Este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao princípio da legalidade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da jurisdição, se dependentes de análise prévia da legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil), configurariam apenas ofensa constitucional indireta. (…) Nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal). 2. Publicada essa decisão no DJe de 4.9.2012, opõe Osmar Furlan, em 6.9.2012, tempestivamente, embargos de declaração. 3. Alega o Embargante que “a tese sobre a coisa julgada, diga-se protegida por preceito constitucional, já foi ventilada na instancia a quo, 2º grau e tribunais superiores, ficando demonstrada a desnecessidade de prequestionamento perante o Supremo Tribunal Federal”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863578. Supremo Tribunal Federal ARE 697.853 ED / PR quanto à incidência de juros remuneratórios. 6. A matéria constitucional suscitada no recurso extraordinário, não foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. (…) 7. Este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao princípio da legalidade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de ofensa ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da jurisdição, se dependentes de análise prévia da legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil), configurariam apenas ofensa constitucional indireta. (…) Nada há a prover quanto às alegações do Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno no Supremo Tribunal Federal). 2. Publicada essa decisão no DJe de 4.9.2012, opõe Osmar Furlan, em 6.9.2012, tempestivamente, embargos de declaração. 3. Alega o Embargante que “a tese sobre a coisa julgada, diga-se protegida por preceito constitucional, já foi ventilada na instancia a quo, 2º grau e tribunais superiores, ficando demonstrada a desnecessidade de prequestionamento perante o Supremo Tribunal Federal”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863578. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório ARE 697.853 ED / PR Sustenta que, “como não se operaram os efeitos da coisa julgada e que sequer a mesma foi pleiteada na ação civil pública, fica clara a violação expressa aos arts. 5º, XXII, e 170, II, da CF/88, o não seguimento ao agravo de instrumento, bem como do recurso extraordinário, o que restou como flagrante violação ao acesso à justiça previsto no art. 5º, XXXV e XXXVI, da CF/88”. Requer o acolhimento dos presentes embargos. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863578. Supremo Tribunal Federal ARE 697.853 ED / PR Sustenta que, “como não se operaram os efeitos da coisa julgada e que sequer a mesma foi pleiteada na ação civil pública, fica clara a violação expressa aos arts. 5º, XXII, e 170, II, da CF/88, o não seguimento ao agravo de instrumento, bem como do recurso extraordinário, o que restou como flagrante violação ao acesso à justiça previsto no art. 5º, XXXV e XXXVI, da CF/88”. Requer o acolhimento dos presentes embargos. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863578. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.853 PARANÁ VO T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 3. A Turma Recursal de origem decidiu: “Coisa julgada material Por meio da Ação Civil Pública nº 9800160213, que tramitou na 5ª Vara Federal de Curitiba, ajuizada pela Associação Paranaense de Defesa do Consumidor (APADECO), os poupadores do Estado do Paraná obtiveram sentença favorável que condenou a Caixa Econômica Federal a depositar, nas contas de cadernetas de poupança por ela mantidas, iniciadas ou renovadas até 15/06/87 e 15/01/89, o valor da diferença apurada entre o que foi efetivamente creditado nos meses referidos com o que deveria ter sido pago de acordo com o IPC apurado no período – em junho/87 e 42,72% em janeiro/89 –, mais juros de 0,5% ao mês, devendo ser corrigido até o efetivo pagamento, na forma da Lei nº 6.899/81, a contar da data em que era devido, acrescido de juros de mora de 0,5% ao mês, contados da citação. O bem da vida ali pleiteado era a diferença entre o que foi creditado a título de correção monetária nos meses de junho de 1987 e janeiro de 1989, com o que deveria ter sido creditado, sendo os juros remuneratórios consectários daquele pedido considerado principal. Para obter esse bem, o poupador, parte autora, poderia valer-se daquele título executivo judicial transitado em julgado, ou, então, ingressar com ação individual. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863579. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.853 PARANÁ VO T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 3. A Turma Recursal de origem decidiu: “Coisa julgada material Por meio da Ação Civil Pública nº 9800160213, que tramitou na 5ª Vara Federal de Curitiba, ajuizada pela Associação Paranaense de Defesa do Consumidor (APADECO), os poupadores do Estado do Paraná obtiveram sentença favorável que condenou a Caixa Econômica Federal a depositar, nas contas de cadernetas de poupança por ela mantidas, iniciadas ou renovadas até 15/06/87 e 15/01/89, o valor da diferença apurada entre o que foi efetivamente creditado nos meses referidos com o que deveria ter sido pago de acordo com o IPC apurado no período – em junho/87 e 42,72% em janeiro/89 –, mais juros de 0,5% ao mês, devendo ser corrigido até o efetivo pagamento, na forma da Lei nº 6.899/81, a contar da data em que era devido, acrescido de juros de mora de 0,5% ao mês, contados da citação. O bem da vida ali pleiteado era a diferença entre o que foi creditado a título de correção monetária nos meses de junho de 1987 e janeiro de 1989, com o que deveria ter sido creditado, sendo os juros remuneratórios consectários daquele pedido considerado principal. Para obter esse bem, o poupador, parte autora, poderia valer-se daquele título executivo judicial transitado em julgado, ou, então, ingressar com ação individual. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863579. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 697.853 ED / PR Na hipótese destes autos, a parte autora informa que executou a sentença proferida na ação coletiva. Nada obstante, pretende, nesta ação individual de conhecimento, um acessório daquele bem, que, a seu juízo, não foi plenamente contemplado naquela ação coletiva: os juros remuneratórios decorrentes do pedido principal lá veiculado. (…) Desse modo, a parte autora, ao optar por executar o título judicial, em vez de ingressar com ação individual para discutir toda a matéria, exerceu, já, seu direito àquela pretensão, abrindo mão de eventuais parcelas não compreendidas expressamente naquela ação. Vale dizer, ao executar aquele título consumou o exercício de seu direito. Por conta disso, imperioso concluir que existe, de fato, coisa julgada a impedir o prosseguimento do feito”. 4. Inicialmente, como afirmado na decisão agravada, a presente controvérsia não guarda pertinência com a questão constitucional trazida no Agravo de Instrumento n. 722.834, Relator o Ministro Dias Toffoli, cuja repercussão geral foi reconhecida por este Supremo Tribunal. Naqueles autos, a discussão versa sobre direito adquirido às diferenças de correção monetária de depósitos em cadernetas de poupança, decorrentes de expurgos inflacionários, e nestes, especificamente, sobre a possibilidade de se pleitear em juízo a individualização de sentença coletiva, já transitada em julgado, quanto à incidência de juros remuneratórios. 5. Como também posto na decisão agravada, a matéria constitucional suscitada não foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem. Tampouco foram opostos embargos de declaração, de modo a se ter por provocado o necessário prequestionamento. Incidem na espécie as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863579. Supremo Tribunal Federal ARE 697.853 ED / PR Na hipótese destes autos, a parte autora informa que executou a sentença proferida na ação coletiva. Nada obstante, pretende, nesta ação individual de conhecimento, um acessório daquele bem, que, a seu juízo, não foi plenamente contemplado naquela ação coletiva: os juros remuneratórios decorrentes do pedido principal lá veiculado. (…) Desse modo, a parte autora, ao optar por executar o título judicial, em vez de ingressar com ação individual para discutir toda a matéria, exerceu, já, seu direito àquela pretensão, abrindo mão de eventuais parcelas não compreendidas expressamente naquela ação. Vale dizer, ao executar aquele título consumou o exercício de seu direito. Por conta disso, imperioso concluir que existe, de fato, coisa julgada a impedir o prosseguimento do feito”. 4. Inicialmente, como afirmado na decisão agravada, a presente controvérsia não guarda pertinência com a questão constitucional trazida no Agravo de Instrumento n. 722.834, Relator o Ministro Dias Toffoli, cuja repercussão geral foi reconhecida por este Supremo Tribunal. Naqueles autos, a discussão versa sobre direito adquirido às diferenças de correção monetária de depósitos em cadernetas de poupança, decorrentes de expurgos inflacionários, e nestes, especificamente, sobre a possibilidade de se pleitear em juízo a individualização de sentença coletiva, já transitada em julgado, quanto à incidência de juros remuneratórios. 5. Como também posto na decisão agravada, a matéria constitucional suscitada não foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem. Tampouco foram opostos embargos de declaração, de modo a se ter por provocado o necessário prequestionamento. Incidem na espécie as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863579. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 697.853 ED / PR “CONSTITUCIONAL. LIMITAÇÃO DE JUROS REMUNERATÓRIOS. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. I - Inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Súmula 282 do STF. A tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento. II -Agravo regimental improvido” (AI 693.840-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 29.8.2008). “AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS INVOCADAS NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 607.544-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 1º.10.2010). 6. Ademais, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao princípio da legalidade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de afronta ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da jurisdição, se dependentes de análise prévia da legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil), configurariam apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA ENVOLVENDO AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO . LIMITES OBJETIVOS E SUBJETIVOS DA COISA JULGADA. REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. 1. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, suposta ofensa às garantias constitucionais da ampla defesa, do contraditório e aos limites objetivos e subjetivos da coisa julgada pertence ao plano infraconstitucional. Precedentes: AIs 517.643-AgR e 733.272-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello. 2. Agravo regimental desprovido” (AI 755.396-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863579. Supremo Tribunal Federal ARE 697.853 ED / PR “CONSTITUCIONAL. LIMITAÇÃO DE JUROS REMUNERATÓRIOS. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. I - Inadmissível o recurso extraordinário se a questão constitucional suscitada não tiver sido apreciada no acórdão recorrido. Súmula 282 do STF. A tardia alegação de ofensa ao texto constitucional, apenas deduzida em embargos de declaração, não supre o prequestionamento. II -Agravo regimental improvido” (AI 693.840-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 29.8.2008). “AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS INVOCADAS NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 607.544-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 1º.10.2010). 6. Ademais, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de contrariedade ao princípio da legalidade e a verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de afronta ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito, à coisa julgada ou, ainda, aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da jurisdição, se dependentes de análise prévia da legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil), configurariam apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA ENVOLVENDO AS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO . LIMITES OBJETIVOS E SUBJETIVOS DA COISA JULGADA. REEXAME DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. 1. Segundo a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, suposta ofensa às garantias constitucionais da ampla defesa, do contraditório e aos limites objetivos e subjetivos da coisa julgada pertence ao plano infraconstitucional. Precedentes: AIs 517.643-AgR e 733.272-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello. 2. Agravo regimental desprovido” (AI 755.396-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863579. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 697.853 ED / PR Turma, DJe 6.12.2011- grifos nossos). 7. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 8. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863579. Supremo Tribunal Federal ARE 697.853 ED / PR Turma, DJe 6.12.2011- grifos nossos). 7. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 8. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863579. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.853 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : OSMAR FURLAN ADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849278 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.853 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : OSMAR FURLAN ADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849278 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2875324
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. AÇÃO COLETIVA. JUROS REMUNERATÓRIOS. 1. Ausência de prequestionamento da matéria constitucional suscitada. Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Limites objetivos da coisa julgada. Análise de norma infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur215947
- Acórdãos citados: Pet 1245 ED, RE 195578 ED, AI 693840 AgR, AI 607544 AgR, AI 755396 AgR. Número de páginas: 9. Análise: 24/10/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
697853
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-ED
acordaos
ARE 697853 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : OSMAR FURLAN ADV.(A/S) : GUSTAVO ROSENDO SANCHES DE FREITAS E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : ELAINE GARCIA MONTEIRO PEREIRA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697 . 853", "Súmulas n . 282", "Agravo de Instrumento n . 722 . 834", "Agravo de Instrumento n . 722 . 834", "ARE 697 . 853 ED / PR", "Súmulas n . 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal", "ARE 697 . 853 ED / PR", "Súmulas n . 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal", "ARE 697 . 853 ED /", "ARE 697 . 853 ED / PR", "Pet 1 . 245 - ED - AgR", "RE 195 . 578 - ED", "Ação Civil Pública [UNK] 9800160213", "Pet 1 . 245 - ED - AgR", "RE 195 . 578 - ED", "Ação Civil Pública [UNK] 9800160213", "ARE 697 . 853 ED / PR", "Agravo de Instrumento n . 722 . 834", "Súmulas n . 282", "ARE 697 . 853 ED / PR", "Agravo de Instrumento n . 722 . 834", "Súmulas n . 282", "ARE 697 . 853 ED / PR", "Súmula 282 do STF", "AI 693 . 840 - AgR", "SÚMULAS 282", "AI 607 . 544 - AgR", "AIs 517 . 643 - AgR", "733", ".", "272", "-", "AgR", "AI 755 . 396 - AgR", "ARE 697 . 853 ED / PR", "Súmula 282 do STF", "AI 693 . 840 - AgR", "SÚMULAS 282", "AI 607 . 544 - AgR", "AIs 517 . 643 - AgR", "733", ".", "272", "-", "AgR", "AI 755 . 396 - AgR", "ARE 697 . 853", "ARE 697 . 853 ED" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código de Processo Civil", "art . 544 , § [UNK] , inc . 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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.136 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) :LUCIA MARGARIDA ALHEIRO DA SILVA ADV.(A/S) :TATIANA FREIRE ALVES EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 5. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 6. In casu, o acórdão recorrido assentou: “APELAÇÃO CÍVEL - ADMINISTRATIVO - APOSENTADORIA - INVALIDEZ PERMANENTE - PROVENTOS INTEGRAIS – DOENÇA GRAVE - ART. 186, § 1º, DA LEI Nº Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786572. Supremo Tribunal Federal DJe 20/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão RE 634.136 AGR / DF 8.112/90 - HONORÁRIOS – FAZENDA PÚBLICA - RAZOABILIDADE - ART. 20, § 4º DO CPC – REDUÇÃO. 1. A Lei n° 10.887/2004, tratando sobre a aplicabilidade de dispositivos da EC 41/2003, nada dispôs sobre a aposentadoria por invalidez. Logo, incide na espécie a Lei n° 8.112/90, cujo diploma prevê a integralidade de proventos em caso de doença grave listada no § 1º do art. 186. 2. ‘Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior.’ (art. 20, § 4º, do CPC). 3. Recurso voluntário e remessa oficial conhecidos e providos parcialmente. Unânime.” 7. Agravo Regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786572. Supremo Tribunal Federal RE 634.136 AGR / DF 8.112/90 - HONORÁRIOS – FAZENDA PÚBLICA - RAZOABILIDADE - ART. 20, § 4º DO CPC – REDUÇÃO. 1. A Lei n° 10.887/2004, tratando sobre a aplicabilidade de dispositivos da EC 41/2003, nada dispôs sobre a aposentadoria por invalidez. Logo, incide na espécie a Lei n° 8.112/90, cujo diploma prevê a integralidade de proventos em caso de doença grave listada no § 1º do art. 186. 2. ‘Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior.’ (art. 20, § 4º, do CPC). 3. Recurso voluntário e remessa oficial conhecidos e providos parcialmente. Unânime.” 7. Agravo Regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786572. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.136 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) :LUCIA MARGARIDA ALHEIRO DA SILVA ADV.(A/S) :TATIANA FREIRE ALVES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra a seguinte decisão monocrática por mim proferida: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático- Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786573. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.136 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) :LUCIA MARGARIDA ALHEIRO DA SILVA ADV.(A/S) :TATIANA FREIRE ALVES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra a seguinte decisão monocrática por mim proferida: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático- Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786573. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório RE 634.136 AGR / DF probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 5. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 6. In casu, o acórdão recorrido assentou: “APELAÇÃO CÍVEL - ADMINISTRATIVO - APOSENTADORIA - INVALIDEZ PERMANENTE - PROVENTOS INTEGRAIS – DOENÇA GRAVE - ART. 186, § 1º, DA LEI Nº 8.112/90 - HONORÁRIOS – FAZENDA PÚBLICA - RAZOABILIDADE - ART. 20, § 4º DO CPC - REDUÇÃO. 01. A Lei n° 10.887/2004, tratando sobre a aplicabilidade de dispositivos da EC 41/2003, nada dispôs sobre a aposentadoria por invalidez. Logo, incide na espécie a Lei n° 8.112/90, cujo diploma prevê a integralidade de proventos em caso de doença grave listada no § 1º do art. 186. 02. ‘Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior.’ (art. 20, § 4º, do CPC) 03. Recurso voluntário e remessa oficial conhecidos e providos parcialmente. Unânime.” 7. Recurso extraordinário a que se nega seguimento. O agravante sustenta, nas razões de agravo regimental, que “a controvérsia dos autos cinge-se à análise do momento a ser considerado para fins de incidência das novas regras previdenciárias introduzidas pela Emenda Constitucional nº 41/2003 e pela Lei Federal nº. 10.887/04 à aposentadoria por invalidez da autora”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786573. Supremo Tribunal Federal RE 634.136 AGR / DF probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 5. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 6. In casu, o acórdão recorrido assentou: “APELAÇÃO CÍVEL - ADMINISTRATIVO - APOSENTADORIA - INVALIDEZ PERMANENTE - PROVENTOS INTEGRAIS – DOENÇA GRAVE - ART. 186, § 1º, DA LEI Nº 8.112/90 - HONORÁRIOS – FAZENDA PÚBLICA - RAZOABILIDADE - ART. 20, § 4º DO CPC - REDUÇÃO. 01. A Lei n° 10.887/2004, tratando sobre a aplicabilidade de dispositivos da EC 41/2003, nada dispôs sobre a aposentadoria por invalidez. Logo, incide na espécie a Lei n° 8.112/90, cujo diploma prevê a integralidade de proventos em caso de doença grave listada no § 1º do art. 186. 02. ‘Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior.’ (art. 20, § 4º, do CPC) 03. Recurso voluntário e remessa oficial conhecidos e providos parcialmente. Unânime.” 7. Recurso extraordinário a que se nega seguimento. O agravante sustenta, nas razões de agravo regimental, que “a controvérsia dos autos cinge-se à análise do momento a ser considerado para fins de incidência das novas regras previdenciárias introduzidas pela Emenda Constitucional nº 41/2003 e pela Lei Federal nº. 10.887/04 à aposentadoria por invalidez da autora”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786573. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Relatório RE 634.136 AGR / DF Alega que “o direito pleiteado deveria ser apreciado à luz da legislação vigente ao tempo em que a incapacidade definitiva da autora recorrida foi constatada em perícia médica”. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786573. Supremo Tribunal Federal RE 634.136 AGR / DF Alega que “o direito pleiteado deveria ser apreciado à luz da legislação vigente ao tempo em que a incapacidade definitiva da autora recorrida foi constatada em perícia médica”. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786573. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.136 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Preliminarmente, o agravo regimental atende aos pressupostos de admissibilidade indispensáveis para o conhecimento da causa por esta Corte. No mérito, contudo, não merece prosperar. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, no acórdão recorrido, asseverou: “Com efeito, versa o caso sobre invalidez decorrente de doença grave listada no artigo 186, parágrafo I, da Lei 8.112/90. Ora, preceitua o artigo 40, inciso I, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, que os proventos recebidos por invalidez permanente serão proporcionais ao tempo de contribuição. No entanto, o mesmo inciso excetua dessa regra, dentre outros, o caso de doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei. Noutro giro, a Lei nº 10.887/04 não dispôs sobre a aposentadoria obrigatória por invalidez permanente causada nos termos da exceção tratada acima. É de se ver que aposentadoria integral é essencial à sobrevivência do indivíduo que acometido por doença grave, é impossibilitado de prover, sozinho, suas necessidades.” In casu, a Turma Julgadora pronunciou-se quanto à questão sub examine à luz do contexto fático-probatório engendrado nos autos; para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido necessário seria o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786574. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.136 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Preliminarmente, o agravo regimental atende aos pressupostos de admissibilidade indispensáveis para o conhecimento da causa por esta Corte. No mérito, contudo, não merece prosperar. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, no acórdão recorrido, asseverou: “Com efeito, versa o caso sobre invalidez decorrente de doença grave listada no artigo 186, parágrafo I, da Lei 8.112/90. Ora, preceitua o artigo 40, inciso I, da Constituição Federal, com redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, que os proventos recebidos por invalidez permanente serão proporcionais ao tempo de contribuição. No entanto, o mesmo inciso excetua dessa regra, dentre outros, o caso de doença grave, contagiosa ou incurável, na forma da lei. Noutro giro, a Lei nº 10.887/04 não dispôs sobre a aposentadoria obrigatória por invalidez permanente causada nos termos da exceção tratada acima. É de se ver que aposentadoria integral é essencial à sobrevivência do indivíduo que acometido por doença grave, é impossibilitado de prover, sozinho, suas necessidades.” In casu, a Turma Julgadora pronunciou-se quanto à questão sub examine à luz do contexto fático-probatório engendrado nos autos; para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido necessário seria o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786574. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 634.136 AGR / DF extraordinário, sindicar matéria fática. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PROVENTOS INTEGRAIS. CONTROVÉRSIA QUE DEMANDA O REEXAME DAS PROVAS QUE FUNDAMENTARAM A DECISÃO DO TRIBUNAL A QUO E DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 560725-AgR, Rel. Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 8.5.2009). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PROVENTOS INTEGRAIS. MOLÉSTIA PROFISSIONAL. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Os proventos serão integrais quando o servidor for aposentado por invalidez permanente decorrente de moléstia profissional. 2. Reexame de fatos e provas e de legislação local. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 601.787-AgR, Rel. Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJ 7.12.2006). Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o comentário do ilustre professor Roberto Rosas, in Direito Sumular, 12ª edição, Editora Malheiros, verbis: “Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786574. Supremo Tribunal Federal RE 634.136 AGR / DF extraordinário, sindicar matéria fática. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PROVENTOS INTEGRAIS. CONTROVÉRSIA QUE DEMANDA O REEXAME DAS PROVAS QUE FUNDAMENTARAM A DECISÃO DO TRIBUNAL A QUO E DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 560725-AgR, Rel. Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 8.5.2009). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. SERVIDOR PÚBLICO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. PROVENTOS INTEGRAIS. MOLÉSTIA PROFISSIONAL. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO LOCAL. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Os proventos serão integrais quando o servidor for aposentado por invalidez permanente decorrente de moléstia profissional. 2. Reexame de fatos e provas e de legislação local. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 601.787-AgR, Rel. Ministro Eros Grau, Segunda Turma, DJ 7.12.2006). Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o comentário do ilustre professor Roberto Rosas, in Direito Sumular, 12ª edição, Editora Malheiros, verbis: “Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786574. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 634.136 AGR / DF direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175). Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666). A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383).” Ademais, a controvérsia sub judice possui índole infraconstitucional, por isso que eventual ofensa à Constituição operar-se-ia de forma indireta, circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. Nesse sentido, entre outros: AI 757.658-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJ de 24.11.09; RE 148.512, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, 1ª Turma, DJ de 2.8.96; AI 157.906-AgR, Relator o Ministro SYDNEY SANCHES, 1ª Turma, DJ de 9.12.94; AI 145.680-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 1ª Turma, DJ de 30.4.93. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786574. Supremo Tribunal Federal RE 634.136 AGR / DF direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175). Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666). A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383).” Ademais, a controvérsia sub judice possui índole infraconstitucional, por isso que eventual ofensa à Constituição operar-se-ia de forma indireta, circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. Nesse sentido, entre outros: AI 757.658-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJ de 24.11.09; RE 148.512, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, 1ª Turma, DJ de 2.8.96; AI 157.906-AgR, Relator o Ministro SYDNEY SANCHES, 1ª Turma, DJ de 9.12.94; AI 145.680-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 1ª Turma, DJ de 30.4.93. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786574. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.136 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) : LUCIA MARGARIDA ALHEIRO DA SILVA ADV.(A/S) : TATIANA FREIRE ALVES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765382 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 634.136 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) : LUCIA MARGARIDA ALHEIRO DA SILVA ADV.(A/S) : TATIANA FREIRE ALVES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765382 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2792904
2012-09-04T00:00:00
2012-09-20T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REQUISITOS. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, se inexiste questão constitucional, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 5. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 6. In casu, o acórdão recorrido assentou: “APELAÇÃO CÍVEL - ADMINISTRATIVO - APOSENTADORIA - INVALIDEZ PERMANENTE - PROVENTOS INTEGRAIS – DOENÇA GRAVE - ART. 186, § 1º, DA LEI Nº 8.112/90 - HONORÁRIOS – FAZENDA PÚBLICA - RAZOABILIDADE - ART. 20, § 4º DO CPC – REDUÇÃO. 1. A Lei n° 10.887/2004, tratando sobre a aplicabilidade de dispositivos da EC 41/2003, nada dispôs sobre a aposentadoria por invalidez. Logo, incide na espécie a Lei n° 8.112/90, cujo diploma prevê a integralidade de proventos em caso de doença grave listada no § 1º do art. 186. 2. ‘Nas causas de pequeno valor, nas de valor inestimável, naquelas em que não houver condenação ou for vencida a Fazenda Pública, e nas execuções, embargadas ou não, os honorários serão fixados consoante apreciação eqüitativa do juiz, atendidas as normas das alíneas a, b e c do parágrafo anterior.’ (art. 20, § 4º, do CPC). 3. Recurso voluntário e remessa oficial conhecidos e providos parcialmente. Unânime.” 7. Agravo Regimental a que se nega provimento.
sjur214960
- Acórdãos citados: AI 145680 AgR, AI 157906 AgR, AI 601787 AgR, AI 757658 AgR, RE 148512, RE 560725 AgR. - Decisões monocráticas citadas: AI 808361, RE 596682. Número de páginas: 9. Análise: 25/09/2012, LLD.
LUIZ FUX
Primeira Turma
634136
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 PAR-00003 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00323\r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 634136 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL ADV.(A/S) : TATIANA FREIRE ALVES AGDO.(A/S) : LUCIA MARGARIDA ALHEIRO DA SILVA
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.138 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :MARCELLO ALENCAR DE ARAUJO AGDO.(A/S) :MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO ADV.(A/S) :JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. DANOS MORAIS. PROFESSOR. SALA DE AULA. ALUNOS. ADVERTÊNCIA. AMEAÇAS VERBAIS. AGRESSÃO MORAL E FÍSICA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ARTIGO 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O reexame dos fatos e provas que fundamentaram a decisão recorrida inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, ante a vedação contida no enunciado da Súmula n. 279 desta Corte, verbis: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 2. In casu, a recorrida moveu ação de conhecimento com o fim de promover a responsabilização civil do Distrito Federal e dos Diretores do Colégio nº 06 em Taguatinga, por terem agido com culpa, por negligência, em agressão sofrida pela professora, provocada por parte de um aluno daquela escola. 3. O Tribunal a quo, ao proferir o acórdão originariamente recorrido, consignou, verbis: “CÍVEL E PROCESSO CIVIL. DANOS MORAIS. DISTRITO FEDERAL. PROFESSOR. SALA DE AULA. ALUNOS. ADVERTÊNCIA. AMEAÇAS VERBAIS. AGRESSÃO MORAL E FÍSICA. OMISSÃO E NEGLIGÊNCIA DOS AGENTES PÚBLICOS. SENTENÇA. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. RECURSOS DE APELAÇÃO. PRELIMINAR. REJEIÇÃO. MÉRITO. DESPROVIMENTO. MAIORIA. Os réus não apresentaram elementos suficientes que justificassem a declaração de Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786568. Supremo Tribunal Federal DJe 21/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Ementa e Acórdão RE 633.138 AGR / DF não-conhecimento da apelação da autora. Tratando-se de ato omissivo do Poder Público, a responsabilidade civil por esse ato é subjetiva. Imprescindível, portanto, a demonstração de dolo ou culpa, esta numa de suas três modalidades – negligência, imperícia ou imprudência. O dano sofrido pela autora ficou demonstrado pelos relatórios médicos, laudo de exame de corpo de delito, relatório psicológico e relatório do procedimento sindicante, bem como por meio dos depoimentos acostados. Se a autora foi agredida dentro do estabelecimento educacional, houve inequívoco descumprimento do dever legal do Estado na prestação efetiva do serviço de segurança, uma vez que a atuação diligente impediria a ocorrência da agressão física perpetrada pelo aluno. A falta do serviço decorre do não-funcionamento, ou então, do funcionamento insuficiente, inadequado ou tardio do serviço público que o Estado deve prestar. O fato de haver no estabelecimento um policial militar não tem o condão de afastar a responsabilidade do Estado, pois evidenciou-se a má-atuação, consubstanciada na prestação insuficiente e tardia, o que resultou na agressão à professora. Agressão a professores em sala de aula é caso de polícia, e não de diretor de estabelecimento e seu assistente. A responsabilidade é objetiva do Distrito Federal, a quem incumbe garantir a segurança da direção e do corpo docente, por inteiro, de qualquer estabelecimento. A valoração da compensação moral deve ser apurada mediante prudente arbítrio do Juiz, motivado pelo princípio da razoabilidade, e observadas a gravidade e a repercussão do dano, bem como a intensidade, os efeitos do sofrimento e o grau de culpa ou dolo. A finalidade compensatória, por sua vez, deve ter caráter didático-pedagógico, evitado o valor excessivo ou ínfimo, objetivando, sempre, o desestímulo à conduta lesiva. Não se aplica o disposto no art. 1º-F, da Lei 9.494/97, uma vez que se trata de juros de mora incidentes sobre verba indenizatória, devendo incidir os juros de mora legais, nos termos do art. 406, com observância ao percentual de 1% ao mês, fixado pelo art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional (e-STJ fls. 363).” 4. Agravo Regimental a que se nega provimento. A C Ó R D à O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786568. Supremo Tribunal Federal RE 633.138 AGR / DF não-conhecimento da apelação da autora. Tratando-se de ato omissivo do Poder Público, a responsabilidade civil por esse ato é subjetiva. Imprescindível, portanto, a demonstração de dolo ou culpa, esta numa de suas três modalidades – negligência, imperícia ou imprudência. O dano sofrido pela autora ficou demonstrado pelos relatórios médicos, laudo de exame de corpo de delito, relatório psicológico e relatório do procedimento sindicante, bem como por meio dos depoimentos acostados. Se a autora foi agredida dentro do estabelecimento educacional, houve inequívoco descumprimento do dever legal do Estado na prestação efetiva do serviço de segurança, uma vez que a atuação diligente impediria a ocorrência da agressão física perpetrada pelo aluno. A falta do serviço decorre do não-funcionamento, ou então, do funcionamento insuficiente, inadequado ou tardio do serviço público que o Estado deve prestar. O fato de haver no estabelecimento um policial militar não tem o condão de afastar a responsabilidade do Estado, pois evidenciou-se a má-atuação, consubstanciada na prestação insuficiente e tardia, o que resultou na agressão à professora. Agressão a professores em sala de aula é caso de polícia, e não de diretor de estabelecimento e seu assistente. A responsabilidade é objetiva do Distrito Federal, a quem incumbe garantir a segurança da direção e do corpo docente, por inteiro, de qualquer estabelecimento. A valoração da compensação moral deve ser apurada mediante prudente arbítrio do Juiz, motivado pelo princípio da razoabilidade, e observadas a gravidade e a repercussão do dano, bem como a intensidade, os efeitos do sofrimento e o grau de culpa ou dolo. A finalidade compensatória, por sua vez, deve ter caráter didático-pedagógico, evitado o valor excessivo ou ínfimo, objetivando, sempre, o desestímulo à conduta lesiva. Não se aplica o disposto no art. 1º-F, da Lei 9.494/97, uma vez que se trata de juros de mora incidentes sobre verba indenizatória, devendo incidir os juros de mora legais, nos termos do art. 406, com observância ao percentual de 1% ao mês, fixado pelo art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional (e-STJ fls. 363).” 4. Agravo Regimental a que se nega provimento. A C Ó R D à O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786568. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Ementa e Acórdão RE 633.138 AGR / DF Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786568. Supremo Tribunal Federal RE 633.138 AGR / DF Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786568. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.138 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :MARCELLO ALENCAR DE ARAUJO AGDO.(A/S) :MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO ADV.(A/S) :JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pelo Distrito Federal em face de decisão de minha lavra, assim ementada: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. DANOS MORAIS. PROFESSOR. SALA DE AULA. ALUNOS. ADVERTÊNCIA. AMEAÇAS VERBAIS. AGRESSÃO MORAL E FÍSICA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ARTIGO 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O reexame dos fatos e provas que fundamentaram a decisão recorrida inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, ante a vedação contida no enunciado da Súmula n. 279 desta Corte, verbis: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 2. In casu, a recorrida moveu ação de conhecimento com o fim de promover a responsabilização civil do Distrito Federal e dos Diretores do Colégio nº 06 em Taguatinga, por terem agido com culpa, por negligência, em agressão sofrida pela professora, provocada por parte de um aluno daquela escola. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786569. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.138 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :MARCELLO ALENCAR DE ARAUJO AGDO.(A/S) :MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO ADV.(A/S) :JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pelo Distrito Federal em face de decisão de minha lavra, assim ementada: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. DANOS MORAIS. PROFESSOR. SALA DE AULA. ALUNOS. ADVERTÊNCIA. AMEAÇAS VERBAIS. AGRESSÃO MORAL E FÍSICA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ARTIGO 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O reexame dos fatos e provas que fundamentaram a decisão recorrida inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, ante a vedação contida no enunciado da Súmula n. 279 desta Corte, verbis: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 2. In casu, a recorrida moveu ação de conhecimento com o fim de promover a responsabilização civil do Distrito Federal e dos Diretores do Colégio nº 06 em Taguatinga, por terem agido com culpa, por negligência, em agressão sofrida pela professora, provocada por parte de um aluno daquela escola. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786569. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Relatório RE 633.138 AGR / DF 3. O Tribunal a quo, ao proferir o acórdão recorrido, consignou, verbis: “CÍVEL E PROCESSO CIVIL. DANOS MORAIS. DISTRITO FEDERAL. PROFESSOR. SALA DE AULA. ALUNOS. ADVERTÊNCIA. AMEAÇAS VERBAIS. AGRESSÃO MORAL E FÍSICA. OMISSÃO E NEGLIGÊNCIA DOS AGENTES PÚBLICOS. SENTENÇA. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. RECURSOS DE APELAÇÃO. PRELIMINAR. REJEIÇÃO. MÉRITO. DESPROVIMENTO. MAIORIA. Os réus não apresentaram elementos suficientes que justificassem a declaração de não-conhecimento da apelação da autora. Tratando-se de ato omissivo do Poder Público, a responsabilidade civil por esse ato é subjetiva. Imprescindível, portanto, a demonstração de dolo ou culpa, esta numa de suas três modalidades – negligência, imperícia ou imprudência. O dano sofrido pela autora ficou demonstrado pelos relatórios médicos, laudo de exame de corpo de delito, relatório psicológico e relatório do procedimento sindicante, bem como por meio dos depoimentos acostados. Se a autora foi agredida dentro do estabelecimento educacional, houve inequívoco descumprimento do dever legal do Estado na prestação efetiva do serviço de segurança, uma vez que a atuação diligente impediria a ocorrência da agressão física perpetrada pelo aluno. A falta do serviço decorre do não-funcionamento, ou então, do funcionamento insuficiente, inadequado ou tardio do serviço público que o Estado deve prestar. O fato de haver no estabelecimento um policial militar não tem o condão de afastar a responsabilidade do Estado, pois evidenciou-se a má-atuação, consubstanciada na prestação insuficiente e tardia, o que resultou na agressão à professora. Agressão a professores em sala de aula é caso de polícia, e não de diretor de estabelecimento e seu assistente. A responsabilidade é objetiva do Distrito Federal, a quem incumbe garantir a segurança da direção e do corpo docente, por inteiro, de qualquer estabelecimento. A valoração da compensação moral deve ser apurada mediante prudente arbítrio do Juiz, motivado pelo 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786569. Supremo Tribunal Federal RE 633.138 AGR / DF 3. O Tribunal a quo, ao proferir o acórdão recorrido, consignou, verbis: “CÍVEL E PROCESSO CIVIL. DANOS MORAIS. DISTRITO FEDERAL. PROFESSOR. SALA DE AULA. ALUNOS. ADVERTÊNCIA. AMEAÇAS VERBAIS. AGRESSÃO MORAL E FÍSICA. OMISSÃO E NEGLIGÊNCIA DOS AGENTES PÚBLICOS. SENTENÇA. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. RECURSOS DE APELAÇÃO. PRELIMINAR. REJEIÇÃO. MÉRITO. DESPROVIMENTO. MAIORIA. Os réus não apresentaram elementos suficientes que justificassem a declaração de não-conhecimento da apelação da autora. Tratando-se de ato omissivo do Poder Público, a responsabilidade civil por esse ato é subjetiva. Imprescindível, portanto, a demonstração de dolo ou culpa, esta numa de suas três modalidades – negligência, imperícia ou imprudência. O dano sofrido pela autora ficou demonstrado pelos relatórios médicos, laudo de exame de corpo de delito, relatório psicológico e relatório do procedimento sindicante, bem como por meio dos depoimentos acostados. Se a autora foi agredida dentro do estabelecimento educacional, houve inequívoco descumprimento do dever legal do Estado na prestação efetiva do serviço de segurança, uma vez que a atuação diligente impediria a ocorrência da agressão física perpetrada pelo aluno. A falta do serviço decorre do não-funcionamento, ou então, do funcionamento insuficiente, inadequado ou tardio do serviço público que o Estado deve prestar. O fato de haver no estabelecimento um policial militar não tem o condão de afastar a responsabilidade do Estado, pois evidenciou-se a má-atuação, consubstanciada na prestação insuficiente e tardia, o que resultou na agressão à professora. Agressão a professores em sala de aula é caso de polícia, e não de diretor de estabelecimento e seu assistente. A responsabilidade é objetiva do Distrito Federal, a quem incumbe garantir a segurança da direção e do corpo docente, por inteiro, de qualquer estabelecimento. A valoração da compensação moral deve ser apurada mediante prudente arbítrio do Juiz, motivado pelo 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786569. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Relatório RE 633.138 AGR / DF princípio da razoabilidade, e observadas a gravidade e a repercussão do dano, bem como a intensidade, os efeitos do sofrimento e o grau de culpa ou dolo. A finalidade compensatória, por sua vez, deve ter caráter didático- pedagógico, evitado o valor excessivo ou ínfimo, objetivando, sempre, o desestímulo à conduta lesiva. Não se aplica o disposto no art. 1º-F, da Lei 9.494/97, uma vez que se trata de juros de mora incidentes sobre verba indenizatória, devendo incidir os juros de mora legais, nos termos do art. 406, com observância ao percentual de 1% ao mês, fixado pelo art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional (e-STJ fls. 363).” 4. Recurso extraordinário a que se nega seguimento. Em suas razões de agravar, o agravante sustenta que “nestes autos não há, vale repetir, a necessidade de revolvimento de matéria fática mas, sim, de correta apreciação do conjunto probatório diante do comando constitucional do art. 37, § 6º”. Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o consequente provimento do recurso extraordinário. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786569. Supremo Tribunal Federal RE 633.138 AGR / DF princípio da razoabilidade, e observadas a gravidade e a repercussão do dano, bem como a intensidade, os efeitos do sofrimento e o grau de culpa ou dolo. A finalidade compensatória, por sua vez, deve ter caráter didático- pedagógico, evitado o valor excessivo ou ínfimo, objetivando, sempre, o desestímulo à conduta lesiva. Não se aplica o disposto no art. 1º-F, da Lei 9.494/97, uma vez que se trata de juros de mora incidentes sobre verba indenizatória, devendo incidir os juros de mora legais, nos termos do art. 406, com observância ao percentual de 1% ao mês, fixado pelo art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional (e-STJ fls. 363).” 4. Recurso extraordinário a que se nega seguimento. Em suas razões de agravar, o agravante sustenta que “nestes autos não há, vale repetir, a necessidade de revolvimento de matéria fática mas, sim, de correta apreciação do conjunto probatório diante do comando constitucional do art. 37, § 6º”. Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o consequente provimento do recurso extraordinário. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786569. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.138 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): In casu, a recorrida moveu ação de conhecimento com o fim de promover a responsabilização civil do Distrito Federal e dos Diretores do Colégio nº 06 em Taguatinga, por terem agido com culpa, por negligência, em agressão sofrida pela professora, provocada por parte de um aluno daquela escola. O Tribunal a quo, ao proferir o acórdão recorrido, consignou, verbis: “O fato que embasa o pedido está calcado na omissão, na falha dos serviços inerentes às funções de Diretor da Escola e do seu Assistente. Sustenta a autora que, por negligência desses agentes públicos, sofreu agressão moral e física de aluno, o qual já tinha definição de afastamento da Escola, pela administração, em razão de ameaça de morte que dirigiu à autora-professora. Esse quadro fático a ser demonstrado e julgado configura omissão e falha na prestação de serviço, cuja responsabilidade pelos danos causados depende de culpa. Esse elemento subjetivo é exigido tanto para os agentes públicos, pessoas físicas, quanto para o Estado, pessoa de direito público. De acordo com o disposto no art. 37, § 6º, da CF, o Estado responde objetivamente pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Essa regra geral, de acordo com a jurisprudência e doutrina, sofre exceção quando a lesão decorrer de omissão. Nessa hipótese, o Estado responde subjetivamente pelos danos que a falha no serviço causar. Ocorre culpa quando o serviço não funciona, funciona mal, ou funciona intempestivamente. Assim, tratando-se de ato omissivo do Poder Público, a responsabilidade civil por esse ato é subjetiva. Imprescindível, portanto, a demonstração de dolo ou culpa, esta numa de suas Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786570. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.138 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): In casu, a recorrida moveu ação de conhecimento com o fim de promover a responsabilização civil do Distrito Federal e dos Diretores do Colégio nº 06 em Taguatinga, por terem agido com culpa, por negligência, em agressão sofrida pela professora, provocada por parte de um aluno daquela escola. O Tribunal a quo, ao proferir o acórdão recorrido, consignou, verbis: “O fato que embasa o pedido está calcado na omissão, na falha dos serviços inerentes às funções de Diretor da Escola e do seu Assistente. Sustenta a autora que, por negligência desses agentes públicos, sofreu agressão moral e física de aluno, o qual já tinha definição de afastamento da Escola, pela administração, em razão de ameaça de morte que dirigiu à autora-professora. Esse quadro fático a ser demonstrado e julgado configura omissão e falha na prestação de serviço, cuja responsabilidade pelos danos causados depende de culpa. Esse elemento subjetivo é exigido tanto para os agentes públicos, pessoas físicas, quanto para o Estado, pessoa de direito público. De acordo com o disposto no art. 37, § 6º, da CF, o Estado responde objetivamente pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros. Essa regra geral, de acordo com a jurisprudência e doutrina, sofre exceção quando a lesão decorrer de omissão. Nessa hipótese, o Estado responde subjetivamente pelos danos que a falha no serviço causar. Ocorre culpa quando o serviço não funciona, funciona mal, ou funciona intempestivamente. Assim, tratando-se de ato omissivo do Poder Público, a responsabilidade civil por esse ato é subjetiva. Imprescindível, portanto, a demonstração de dolo ou culpa, esta numa de suas Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786570. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 633.138 AGR / DF três modalidades – negligência, imperícia ou imprudência. Destaque-se, ainda, que não é necessário individualizar a responsabilidade, pois pode ser atribuída ao serviço público de forma genérica, ou seja, à falta do serviço. Dessa forma, a presente demanda enquadra-se na responsabilidade subjetiva do Estado, o que exige a demonstração do nexo de causalidade entre o dano e a omissão culposa. (...) Na hipótese dos autos, ficou demonstrado o dano sofrido pela apelada-autora, conforme relatórios médicos (fls. 15/6), laudo de exame de corpo de delito (fls. 17/17-verso), relatório psicológico (fls. 107/8) e relatório do procedimento sindicante (fls. 182/3), bem como por meio dos depoimentos acostados aos autos (fls. 200/20). No que tange ao dever de agir do Estado, é certo que cabe ao Poder Público a vigilância e proteção aos alunos, enquanto mantidos no âmbito escolar, o que se estende aos professores que ali exercem as suas atividades. Portanto, se a apelada- autora foi agredida dentro do estabelecimento educacional, houve inequívoco descumprimento do dever legal do Estado na prestação efetiva do serviço de segurança, uma vez que a atuação diligente impediria a ocorrência da agressão física perpetrada pelo aluno. A falta do serviço decorre do não-funcionamento, ou então, do funcionamento insuficiente, inadequado ou tardio do serviço público que o Estado deve prestar. Na hipótese, o fato de haver no estabelecimento um policial militar não tem o condão de afastar a responsabilidade do Estado, pois evidenciou-se a má-atuação, consubstanciada na prestação insuficiente e tardia, o que resultou na agressão à professora. O Distrito Federal, em suas razões admite que, apesar da presença de policial na Escola, esse não foi, devidamente, avisado pelo Diretor ou seu Assistente, sobre o incidente ocorrido no dia anterior, bem como sobre a ameaça de morte à professora, a qual foi admitida pelo aluno. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786570. Supremo Tribunal Federal RE 633.138 AGR / DF três modalidades – negligência, imperícia ou imprudência. Destaque-se, ainda, que não é necessário individualizar a responsabilidade, pois pode ser atribuída ao serviço público de forma genérica, ou seja, à falta do serviço. Dessa forma, a presente demanda enquadra-se na responsabilidade subjetiva do Estado, o que exige a demonstração do nexo de causalidade entre o dano e a omissão culposa. (...) Na hipótese dos autos, ficou demonstrado o dano sofrido pela apelada-autora, conforme relatórios médicos (fls. 15/6), laudo de exame de corpo de delito (fls. 17/17-verso), relatório psicológico (fls. 107/8) e relatório do procedimento sindicante (fls. 182/3), bem como por meio dos depoimentos acostados aos autos (fls. 200/20). No que tange ao dever de agir do Estado, é certo que cabe ao Poder Público a vigilância e proteção aos alunos, enquanto mantidos no âmbito escolar, o que se estende aos professores que ali exercem as suas atividades. Portanto, se a apelada- autora foi agredida dentro do estabelecimento educacional, houve inequívoco descumprimento do dever legal do Estado na prestação efetiva do serviço de segurança, uma vez que a atuação diligente impediria a ocorrência da agressão física perpetrada pelo aluno. A falta do serviço decorre do não-funcionamento, ou então, do funcionamento insuficiente, inadequado ou tardio do serviço público que o Estado deve prestar. Na hipótese, o fato de haver no estabelecimento um policial militar não tem o condão de afastar a responsabilidade do Estado, pois evidenciou-se a má-atuação, consubstanciada na prestação insuficiente e tardia, o que resultou na agressão à professora. O Distrito Federal, em suas razões admite que, apesar da presença de policial na Escola, esse não foi, devidamente, avisado pelo Diretor ou seu Assistente, sobre o incidente ocorrido no dia anterior, bem como sobre a ameaça de morte à professora, a qual foi admitida pelo aluno. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786570. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 633.138 AGR / DF É importante ressaltar que, a Direção da Escola, em razão do incidente e da ameaça praticados no dia anterior à agressão física, havia deliberado pela transferência do aluno. Esse fato é admitido expressamente pelo Distrito Federal em suas razões. Portanto, houve ineficiência da administração que não impediu o ingresso do aluno na sala de aula, nem tomou nenhuma providência pela segurança da professora ameaçada. Na verdade, ressai claramente da prova que os agentes-réus não tomaram nenhuma providência, além de não darem a devida atenção com a presteza que o caso exigia. Assim, resta claro que, se o Poder Público tivesse agido, no sentido de prestar a segurança adequada e satisfatória dentro do ambiente escolar, a ação que provocou o dano à apelada- autora não teria ocorrido. Dessa forma, diante da presença dos elementos essenciais que caracterizam a responsabilização subjetiva do Estado, quais sejam, o dano, a omissão, consubstanciada na falha na prestação do serviço, a culpa e o nexo causal, está presente o dever da Administração de indenizar o dano moral sofrido pela apelada- autora”. O Tribunal a quo pronunciou-se sobre a questão sub examine – presença dos pressupostos para a responsabilização do Distrito Federal pelos danos morais ocorridos – à luz do contexto fático-probatório engendrado nos autos. Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido necessário seria o reexame de fatos e provas, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado das Súmulas n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o comentário do ilustre professor Roberto Rosas, In Direito Sumular, 12ª edição, Editora Malheiros, verbis: “Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786570. Supremo Tribunal Federal RE 633.138 AGR / DF É importante ressaltar que, a Direção da Escola, em razão do incidente e da ameaça praticados no dia anterior à agressão física, havia deliberado pela transferência do aluno. Esse fato é admitido expressamente pelo Distrito Federal em suas razões. Portanto, houve ineficiência da administração que não impediu o ingresso do aluno na sala de aula, nem tomou nenhuma providência pela segurança da professora ameaçada. Na verdade, ressai claramente da prova que os agentes-réus não tomaram nenhuma providência, além de não darem a devida atenção com a presteza que o caso exigia. Assim, resta claro que, se o Poder Público tivesse agido, no sentido de prestar a segurança adequada e satisfatória dentro do ambiente escolar, a ação que provocou o dano à apelada- autora não teria ocorrido. Dessa forma, diante da presença dos elementos essenciais que caracterizam a responsabilização subjetiva do Estado, quais sejam, o dano, a omissão, consubstanciada na falha na prestação do serviço, a culpa e o nexo causal, está presente o dever da Administração de indenizar o dano moral sofrido pela apelada- autora”. O Tribunal a quo pronunciou-se sobre a questão sub examine – presença dos pressupostos para a responsabilização do Distrito Federal pelos danos morais ocorridos – à luz do contexto fático-probatório engendrado nos autos. Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido necessário seria o reexame de fatos e provas, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado das Súmulas n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o comentário do ilustre professor Roberto Rosas, In Direito Sumular, 12ª edição, Editora Malheiros, verbis: “Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786570. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 633.138 AGR / DF verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175). Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666). A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). Nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786570. Supremo Tribunal Federal RE 633.138 AGR / DF verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175). Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666). A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). Nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786570. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.138 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : MARCELLO ALENCAR DE ARAUJO AGDO.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO ADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765381 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 633.138 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : MARCELLO ALENCAR DE ARAUJO AGDO.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO ADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765381 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2799406
2012-09-04T00:00:00
2012-09-21T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. DANOS MORAIS. PROFESSOR. SALA DE AULA. ALUNOS. ADVERTÊNCIA. AMEAÇAS VERBAIS. AGRESSÃO MORAL E FÍSICA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO. ARTIGO 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O reexame dos fatos e provas que fundamentaram a decisão recorrida inviabiliza o processamento do recurso extraordinário, ante a vedação contida no enunciado da Súmula n. 279 desta Corte, verbis: “para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 2. In casu, a recorrida moveu ação de conhecimento com o fim de promover a responsabilização civil do Distrito Federal e dos Diretores do Colégio nº 06 em Taguatinga, por terem agido com culpa, por negligência, em agressão sofrida pela professora, provocada por parte de um aluno daquela escola. 3. O Tribunal a quo, ao proferir o acórdão originariamente recorrido, consignou, verbis: “CÍVEL E PROCESSO CIVIL. DANOS MORAIS. DISTRITO FEDERAL. PROFESSOR. SALA DE AULA. ALUNOS. ADVERTÊNCIA. AMEAÇAS VERBAIS. AGRESSÃO MORAL E FÍSICA. OMISSÃO E NEGLIGÊNCIA DOS AGENTES PÚBLICOS. SENTENÇA. PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. RECURSOS DE APELAÇÃO. PRELIMINAR. REJEIÇÃO. MÉRITO. DESPROVIMENTO. MAIORIA. Os réus não apresentaram elementos suficientes que justificassem a declaração de não-conhecimento da apelação da autora. Tratando-se de ato omissivo do Poder Público, a responsabilidade civil por esse ato é subjetiva. Imprescindível, portanto, a demonstração de dolo ou culpa, esta numa de suas três modalidades – negligência, imperícia ou imprudência. O dano sofrido pela autora ficou demonstrado pelos relatórios médicos, laudo de exame de corpo de delito, relatório psicológico e relatório do procedimento sindicante, bem como por meio dos depoimentos acostados. Se a autora foi agredida dentro do estabelecimento educacional, houve inequívoco descumprimento do dever legal do Estado na prestação efetiva do serviço de segurança, uma vez que a atuação diligente impediria a ocorrência da agressão física perpetrada pelo aluno. A falta do serviço decorre do não-funcionamento, ou então, do funcionamento insuficiente, inadequado ou tardio do serviço público que o Estado deve prestar. O fato de haver no estabelecimento um policial militar não tem o condão de afastar a responsabilidade do Estado, pois evidenciou-se a má-atuação, consubstanciada na prestação insuficiente e tardia, o que resultou na agressão à professora. Agressão a professores em sala de aula é caso de polícia, e não de diretor de estabelecimento e seu assistente. A responsabilidade é objetiva do Distrito Federal, a quem incumbe garantir a segurança da direção e do corpo docente, por inteiro, de qualquer estabelecimento. A valoração da compensação moral deve ser apurada mediante prudente arbítrio do Juiz, motivado pelo princípio da razoabilidade, e observadas a gravidade e a repercussão do dano, bem como a intensidade, os efeitos do sofrimento e o grau de culpa ou dolo. A finalidade compensatória, por sua vez, deve ter caráter didático-pedagógico, evitado o valor excessivo ou ínfimo, objetivando, sempre, o desestímulo à conduta lesiva. Não se aplica o disposto no art. 1º-F, da Lei 9.494/97, uma vez que se trata de juros de mora incidentes sobre verba indenizatória, devendo incidir os juros de mora legais, nos termos do art. 406, com observância ao percentual de 1% ao mês, fixado pelo art. 161, § 1º, do Código Tributário Nacional (e-STJ fls. 363).” 4. Agravo Regimental a que se nega provimento.
sjur215069
Número de páginas: 11. Análise: 01/10/2012, LLD.
LUIZ FUX
Primeira Turma
633138
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 PAR-00006 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 633138 AgR
[ "" ]
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : MARCELLO ALENCAR DE ARAUJO AGDO.(A/S) : MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO ADV.(A/S) : JÚLIO CÉSAR BORGES DE RESENDE AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.952 SANTA CATARINA RELATORA : MIN. ROSA WEBER REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :ELPÍDIO DE BASTIANI IMPTE.(S) :LEOBERTO BAGGIO CAON E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. PRISÃO PREVENTIVA – IMPUTAÇÃO. A imputação, por si só, não respalda o ato alusivo à preventiva, sob pena de se colocar em segundo plano o princípio da não culpabilidade. PRISÃO PREVENTIVA – PROCESSOS EM CURSO. A simples circunstância de haver processos em curso envolvendo o acusado não conduz à preventiva, presente o princípio da não culpabilidade. PROCESSO – ILEGALIDADE – ORDEM DE OFÍCIO. Em todo e qualquer processo, se o órgão julgador defrontar-se com situação a configurar ilegalidade e estiver ameaçada, direta ou indiretamente, a liberdade de ir e vir do cidadão, impõe-se a concessão da ordem de ofício. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar, por unanimidade, extinto o habeas corpus, ante a inadequação da via Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3115954. Supremo Tribunal Federal DJe 27/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 23 Ementa e Acórdão HC 105.952 / SC processual, e conceder, por empate na votação, a ordem de ofício, nos termos do voto do Ministro Marco Aurélio, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – REDATOR DO ACÓRDÃO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3115954. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC processual, e conceder, por empate na votação, a ordem de ofício, nos termos do voto do Ministro Marco Aurélio, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – REDATOR DO ACÓRDÃO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3115954. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 23 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.952 SANTA CATARINA RELATORA : MIN. ROSA WEBER REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :ELPÍDIO DE BASTIANI IMPTE.(S) :LEOBERTO BAGGIO CAON E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Elpídio de Bastiani contra julgamento colegiado do Superior Tribunal de Justiça nos autos do HC 174.426/SC. O paciente foi condenado, pela prática dos crimes de tráfico de drogas (art. 33 c/c art. 40, III, da Lei 11.343/06) e favorecimento real (art. 349-A do Código Penal), às penas de seis anos de reclusão e cinco meses de detenção, respectivamente. Consta, em síntese, que, na Penitenciária da Comarca de Chapecó, como advogado e em contato profissional com um cliente preso, entregou, em 15.10.2009, para este 70 (setenta) gramas de maconha, um aparelho celular e o respectivo carregador. Foi na ocasião preso em flagrante. Na sentença condenatória, o Juiz ratificou a necessidade de constrição cautelar do acusado ante a presença dos requisitos da prisão preventiva. Contra essa decisão, interposta apelação, a qual a Corte estadual negou provimento. Manejado, então, recurso especial a que se negou seguimento, razão pela qual interposto agravo. No Superior Tribunal de Justiça, o agravo tomou o número 65.659 e foi desprovido em 17.8.2012 por decisão monocrática. Contra esta decisão foi interposto agravo regimental ainda não julgado. Concomitantemente, impetrado habeas corpus perante o Tribunal de Justiça estadual, que denegou a ordem, mantendo-se a prisão preventiva Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991249. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.952 SANTA CATARINA RELATORA : MIN. ROSA WEBER REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :ELPÍDIO DE BASTIANI IMPTE.(S) :LEOBERTO BAGGIO CAON E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado em favor de Elpídio de Bastiani contra julgamento colegiado do Superior Tribunal de Justiça nos autos do HC 174.426/SC. O paciente foi condenado, pela prática dos crimes de tráfico de drogas (art. 33 c/c art. 40, III, da Lei 11.343/06) e favorecimento real (art. 349-A do Código Penal), às penas de seis anos de reclusão e cinco meses de detenção, respectivamente. Consta, em síntese, que, na Penitenciária da Comarca de Chapecó, como advogado e em contato profissional com um cliente preso, entregou, em 15.10.2009, para este 70 (setenta) gramas de maconha, um aparelho celular e o respectivo carregador. Foi na ocasião preso em flagrante. Na sentença condenatória, o Juiz ratificou a necessidade de constrição cautelar do acusado ante a presença dos requisitos da prisão preventiva. Contra essa decisão, interposta apelação, a qual a Corte estadual negou provimento. Manejado, então, recurso especial a que se negou seguimento, razão pela qual interposto agravo. No Superior Tribunal de Justiça, o agravo tomou o número 65.659 e foi desprovido em 17.8.2012 por decisão monocrática. Contra esta decisão foi interposto agravo regimental ainda não julgado. Concomitantemente, impetrado habeas corpus perante o Tribunal de Justiça estadual, que denegou a ordem, mantendo-se a prisão preventiva Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991249. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 23 Relatório HC 105.952 / SC do ora paciente. Inconformada, a Defesa impetrou o citado HC 174.426/SC perante o Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem nos termos a seguir: “PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE. IMPOSSIBILIDADE. RÉU QUE PERMANECEU CUSTODIADO AO LONGO DO PROCESSO. PRISÃO EM FLAGRANTE. LIBERDADE PROVISÓRIA. PROIBIÇÃO DECORRENTE DE TEXTO LEGAL E DE NORMA CONSTITUCIONAL. I - Em relação aos crimes hediondos e aos a eles equiparados, a posição desta Turma é a de que a inafiançabilidade exteriorizada em texto constitucional é, por si só, fundamento suficiente para a manutenção da prisão. II - Nestes casos, o direito de apelar em liberdade de sentença condenatória não se aplica ao réu já preso, desde o início da instrução criminal, em decorrência de flagrante. III- Se, na hipótese dos autos, sobreveio sentença penal condenatória por crime equiparado a hediondo, tendo o réu permanecido preso durante todo o processo, deve ser mantida a prisão durante a tramitação da apelação. IV - Ressalte-se, ainda, que a proibição de concessão do benefício de liberdade provisória para os autores do crime de tráfico ilícito de entorpecentes está prevista no art. 44 da Lei nº 11.343/06, que é, por si, fundamento suficiente por se tratar de norma especial especificamente em relação ao parágrafo único, do art. 310, do CPP. Writ denegado.” No presente writ, alega a Impetrante, em suma: a) inexistência de fundamentação idônea da decisão que manteve a segregação cautelar do paciente; b) ausência dos pressupostos autorizadores para manutenção da prisão preventiva; c) existência de circunstâncias favoráveis ao paciente; d) possibilidade de concessão de liberdade provisória. O pedido liminar foi indeferido pela eminente Min. Ellen Gracie. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991249. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC do ora paciente. Inconformada, a Defesa impetrou o citado HC 174.426/SC perante o Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem nos termos a seguir: “PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS. TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES. DIREITO DE APELAR EM LIBERDADE. IMPOSSIBILIDADE. RÉU QUE PERMANECEU CUSTODIADO AO LONGO DO PROCESSO. PRISÃO EM FLAGRANTE. LIBERDADE PROVISÓRIA. PROIBIÇÃO DECORRENTE DE TEXTO LEGAL E DE NORMA CONSTITUCIONAL. I - Em relação aos crimes hediondos e aos a eles equiparados, a posição desta Turma é a de que a inafiançabilidade exteriorizada em texto constitucional é, por si só, fundamento suficiente para a manutenção da prisão. II - Nestes casos, o direito de apelar em liberdade de sentença condenatória não se aplica ao réu já preso, desde o início da instrução criminal, em decorrência de flagrante. III- Se, na hipótese dos autos, sobreveio sentença penal condenatória por crime equiparado a hediondo, tendo o réu permanecido preso durante todo o processo, deve ser mantida a prisão durante a tramitação da apelação. IV - Ressalte-se, ainda, que a proibição de concessão do benefício de liberdade provisória para os autores do crime de tráfico ilícito de entorpecentes está prevista no art. 44 da Lei nº 11.343/06, que é, por si, fundamento suficiente por se tratar de norma especial especificamente em relação ao parágrafo único, do art. 310, do CPP. Writ denegado.” No presente writ, alega a Impetrante, em suma: a) inexistência de fundamentação idônea da decisão que manteve a segregação cautelar do paciente; b) ausência dos pressupostos autorizadores para manutenção da prisão preventiva; c) existência de circunstâncias favoráveis ao paciente; d) possibilidade de concessão de liberdade provisória. O pedido liminar foi indeferido pela eminente Min. Ellen Gracie. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991249. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 23 Relatório HC 105.952 / SC Substituição da relatora em 19.12.2011. O Ministério Público Federal exarou parecer pela denegação da ordem. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991249. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC Substituição da relatora em 19.12.2011. O Ministério Público Federal exarou parecer pela denegação da ordem. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991249. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.952 SANTA CATARINA VOTO I. A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas corpus foi impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que denegou a ordem de habeas corpus, impetrado contra decisão do Tribunal de Justiça que denegou a ordem em idêntica via processual. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário (art. 102, II, a). Presente a dicção constitucional, incabível a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo. Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao julgar o HC 109.956/PR (HABEAS CORPUS - JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR - IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. PROCESSO – CRIME – DILIGÊNCIAS – INADEQUAÇÃO. Uma vez inexistente base para o implemento de diligências, cumpre ao Juízo, na condução do processo, indeferi-las. Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria, DJe 11.9.2012), tendo a discussão se iniciado no HC 108.715/RJ, cujo julgamento ainda não foi finalizado. Ora, o habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção - ir, vir e permanecer -, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva (art. 5º, LXVIII). Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico, afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY, Leonard W. Origins of the Bill of Rights. New Haven and London: Yale University Press, p. 44). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.952 SANTA CATARINA VOTO I. A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas corpus foi impetrado contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça que denegou a ordem de habeas corpus, impetrado contra decisão do Tribunal de Justiça que denegou a ordem em idêntica via processual. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário (art. 102, II, a). Presente a dicção constitucional, incabível a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo. Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao julgar o HC 109.956/PR (HABEAS CORPUS - JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR - IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. PROCESSO – CRIME – DILIGÊNCIAS – INADEQUAÇÃO. Uma vez inexistente base para o implemento de diligências, cumpre ao Juízo, na condução do processo, indeferi-las. Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria, DJe 11.9.2012), tendo a discussão se iniciado no HC 108.715/RJ, cujo julgamento ainda não foi finalizado. Ora, o habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção - ir, vir e permanecer -, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva (art. 5º, LXVIII). Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico, afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY, Leonard W. Origins of the Bill of Rights. New Haven and London: Yale University Press, p. 44). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 105.952 / SC Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o corpo" em Juízo, e não constituía um instrumento destinado necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D. Habeas Corpus: From England to Empire. Cambridge: Harvard University Press, 2010, p. 29). Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's Bench, começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão, liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva. Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas. Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit., p. 174-175). No Buschel's Case, de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas para libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada na compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto contrário à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul D. op.cit., p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit., p. 52-53). Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law, o seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente, no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act, de 1679, e, no âmbito norte- americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de 1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791. Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o corpo" em Juízo, e não constituía um instrumento destinado necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D. Habeas Corpus: From England to Empire. Cambridge: Harvard University Press, 2010, p. 29). Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's Bench, começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão, liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva. Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas. Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit., p. 174-175). No Buschel's Case, de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas para libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada na compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto contrário à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul D. op.cit., p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit., p. 52-53). Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law, o seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente, no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act, de 1679, e, no âmbito norte- americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de 1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791. Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 105.952 / SC não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não (v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases, Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628; TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings. Oxford University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas Corpus: críticas e perspectivas. 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81). Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no processo penal. Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão- só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit. , p. 228-229). No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda (História e prática do habeas corpus, primeira edição de 1916). É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim denominadas "cartas de seguro" (por todos, STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do habeas corpus no Brasil. In: PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.) Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção. São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo. Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado, entre nós ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento,contudo, veio com o 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não (v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases, Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628; TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings. Oxford University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas Corpus: críticas e perspectivas. 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81). Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no processo penal. Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão- só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit. , p. 228-229). No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda (História e prática do habeas corpus, primeira edição de 1916). É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim denominadas "cartas de seguro" (por todos, STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do habeas corpus no Brasil. In: PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.) Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção. São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo. Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado, entre nós ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento,contudo, veio com o 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 105.952 / SC Código de Processo Criminal de 1832 ("art. 340. Todo o cidadão que entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu favor"). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871, também contra a ameaça de prisão (art. 18, §1º: “Tem lugar o pedido e concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado"). Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, § 22 quanto ao objetivo de tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da "Doutrina brasileira do habeas corpus", que levou o writ, na ausência de outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal, para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier . A memorável construção - a maior criação jurisprudencial brasileira, nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues (História do Supremo Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17)-, chegou, contudo, ao fim em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da liberdade de locomoção. Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tutela da liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva. Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da liberdade física" (História e prática do Habeas 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC Código de Processo Criminal de 1832 ("art. 340. Todo o cidadão que entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu favor"). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871, também contra a ameaça de prisão (art. 18, §1º: “Tem lugar o pedido e concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado"). Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, § 22 quanto ao objetivo de tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da "Doutrina brasileira do habeas corpus", que levou o writ, na ausência de outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal, para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier . A memorável construção - a maior criação jurisprudencial brasileira, nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues (História do Supremo Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus. 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17)-, chegou, contudo, ao fim em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da liberdade de locomoção. Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tutela da liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva. Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da liberdade física" (História e prática do Habeas 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 105.952 / SC Corpus. 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161). Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção ir, vir e permanecer -, contra violência ou coação, pressupondo, portanto, uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de constrangimento físico ou moral à liberdade física. Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 ("Número de habeas corpus dobra em três anos e preocupa Ministros") revela atingida naquela data a marca de duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo ano (de 38.109). Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da vulgarização do habeas corpus . Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão vigente ou sem ameaça senão remota de prisão. A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do desvirtuamento do habeas corpus . O desvirtuamento do habeas corpus também tornou sem sentido o princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões finais ou contra decisões interlocutórias se se entender sempre manejável o habeas corpus. A par de notório que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas corpus a submeterem a mesma questão, sucessiva e até concomitantemente, a diferentes tribunais. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC Corpus. 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161). Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção ir, vir e permanecer -, contra violência ou coação, pressupondo, portanto, uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de constrangimento físico ou moral à liberdade física. Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 ("Número de habeas corpus dobra em três anos e preocupa Ministros") revela atingida naquela data a marca de duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo ano (de 38.109). Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da vulgarização do habeas corpus . Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão vigente ou sem ameaça senão remota de prisão. A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do desvirtuamento do habeas corpus . O desvirtuamento do habeas corpus também tornou sem sentido o princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões finais ou contra decisões interlocutórias se se entender sempre manejável o habeas corpus. A par de notório que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas corpus a submeterem a mesma questão, sucessiva e até concomitantemente, a diferentes tribunais. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 105.952 / SC O desvirtuamento do habeas corpus tem efeito ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das funções precípuas quer do Superior Tribunal de Justiça - a última palavra na interpretação da lei federal quer desta Suprema Corte - a guarda da Constituição. A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal, bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo comandada no art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna, aconselham seja retomada a função constitucional do habeas corpus, sem o seu emprego como substitutivo de recurso no processo penal. No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por Tribunal Superior, o uso do habeas corpus em substituição é ainda mais grave, considerada a expressa previsão do recurso constante do texto constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal). Admitir o habes corpus como substitutivo do recurso, diante de expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os requisitos pertinentes. Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no texto da Constituição. Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem resolução do mérito. II. Como a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o exame da questão de fundo, uma vez, em tese, possível a concessão de habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou arbitrariedade. Em síntese, alega a Impetrante: a) inexistência de fundamentação 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC O desvirtuamento do habeas corpus tem efeito ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das funções precípuas quer do Superior Tribunal de Justiça - a última palavra na interpretação da lei federal quer desta Suprema Corte - a guarda da Constituição. A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal, bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo comandada no art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna, aconselham seja retomada a função constitucional do habeas corpus, sem o seu emprego como substitutivo de recurso no processo penal. No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por Tribunal Superior, o uso do habeas corpus em substituição é ainda mais grave, considerada a expressa previsão do recurso constante do texto constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal). Admitir o habes corpus como substitutivo do recurso, diante de expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os requisitos pertinentes. Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no texto da Constituição. Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem resolução do mérito. II. Como a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o exame da questão de fundo, uma vez, em tese, possível a concessão de habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou arbitrariedade. Em síntese, alega a Impetrante: a) inexistência de fundamentação 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 105.952 / SC idônea da decisão que manteve a segregação cautelar do paciente; b) ausência dos pressupostos autorizadores para manutenção da prisão preventiva; c) existência de circunstâncias favoráveis ao paciente; e d) possibilidade de concessão de liberdade provisória. Cumpre verificar se há motivos para a manutenção da prisão. O caso não envolve a possibilidade de concessão de liberdade provisória ao investigado ou acusado por crime de tráfico de drogas preso em flagrante delito. Com efeito, com a condenação criminal, alterou-se o título da prisão. A questão então diz respeito à possibilidade ou não do condenado por tráfico de drogas recorrer em liberdade. Pelas regras atualmente vigentes do Código de Processo Penal, especialmente do parágrafo único do art. 387 do diploma legal, a prisão preventiva pode ser imposta ou mantida da prolação da sentença: “O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento da apelação que vier a ser interposta.” Resta verificar se os motivos são válidos, ou seja, se estão presentes os pressupostos e fundamentos da prisão preventiva elencados no art. 312 do Código de Processo Penal. Havendo condenação criminal, ainda que submetida à apelação, encontram-se presentes mais do que os pressupostos da preventiva, a saber, prova da materialidade e indícios de autoria. Com efeito, não há aqui apenas um juízo de cognição provisória e sumária acerca da responsabilidade criminal do acusado. Há um julgamento condenatório, que foi precedido por amplo contraditório e no qual as provas foram avaliadas por um órgão judiciário imparcial, ou seja, um juízo efetuado com base em em cognição profunda e exaustiva de que o condenado é culpado de um crime. Para se concluir pela responsabilidade criminal, tem que ser reconhecida a presença de prova acima de qualquer dúvida razoável. Ainda que a sentença esteja sujeita à reavaliação crítica através de recursos, a situação difere da prisão preventiva decretada antes do julgamento. 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC idônea da decisão que manteve a segregação cautelar do paciente; b) ausência dos pressupostos autorizadores para manutenção da prisão preventiva; c) existência de circunstâncias favoráveis ao paciente; e d) possibilidade de concessão de liberdade provisória. Cumpre verificar se há motivos para a manutenção da prisão. O caso não envolve a possibilidade de concessão de liberdade provisória ao investigado ou acusado por crime de tráfico de drogas preso em flagrante delito. Com efeito, com a condenação criminal, alterou-se o título da prisão. A questão então diz respeito à possibilidade ou não do condenado por tráfico de drogas recorrer em liberdade. Pelas regras atualmente vigentes do Código de Processo Penal, especialmente do parágrafo único do art. 387 do diploma legal, a prisão preventiva pode ser imposta ou mantida da prolação da sentença: “O juiz decidirá, fundamentadamente, sobre a manutenção ou, se for o caso, imposição de prisão preventiva ou de outra medida cautelar, sem prejuízo do conhecimento da apelação que vier a ser interposta.” Resta verificar se os motivos são válidos, ou seja, se estão presentes os pressupostos e fundamentos da prisão preventiva elencados no art. 312 do Código de Processo Penal. Havendo condenação criminal, ainda que submetida à apelação, encontram-se presentes mais do que os pressupostos da preventiva, a saber, prova da materialidade e indícios de autoria. Com efeito, não há aqui apenas um juízo de cognição provisória e sumária acerca da responsabilidade criminal do acusado. Há um julgamento condenatório, que foi precedido por amplo contraditório e no qual as provas foram avaliadas por um órgão judiciário imparcial, ou seja, um juízo efetuado com base em em cognição profunda e exaustiva de que o condenado é culpado de um crime. Para se concluir pela responsabilidade criminal, tem que ser reconhecida a presença de prova acima de qualquer dúvida razoável. Ainda que a sentença esteja sujeita à reavaliação crítica através de recursos, a situação difere da prisão preventiva decretada antes do julgamento. 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 105.952 / SC Embora prevaleça nesta Suprema Corte, o entendimento de que o princípio da presunção de inocência tem aplicação até o trânsito em julgado da ação penal (HC 84.078 Plenário Rel. Min. Eros Grau por maioria j. 05.02.2009 Dje-035, de 25.02.2010), é forçoso reconhecer que a força do princípio se atenua depois de um julgamento, ainda que este não seja definitivo. No caso presente, há, aliás, mais do que uma condenação em primeiro grau, pois a apelação apresentada pela Defesa já foi julgada e improvida. Pende apenas, no Superior Tribunal de Justiça, agravo regimental contra decisão monocrática que negou seguimento a agravo de instrumento interposto contra a inadmissão de recurso especial contra o acórdão condenatório (Aresp 65.659). Assim, a condenação está à beira do trânsito em julgado. No que se refere aos fundamentos da prisão preventiva, o magistrado sentenciante justificou suficientemente a manutenção do paciente na prisão. Reportou-se à decisão anterior de denegação da liberdade provisória e pontuou que ele respondeu ao processo até então preso. Na decisão de denegação da liberdade provisória, destacou a gravidade em concreto do crime e a necessidade de resguardar a ordem pública: “Observa-se, sob outro enfoque, que a manutenção da segregação é imprescindível para a garantia da ordem pública e para a conveniência da instrução criminal. (…) Além disso, os fatos objeto de persecução repercutiram negativamente na sociedade, em especial entre os operadores e os acadêmicos de direito, porquanto envolve advogado que é acusado de praticar o narcotráfico e o crime de ingresso de telefone celular em unidade prisional durante o exercício da profissão, aproveitando-se, para tanto das prerrogativas funcionais. A tudo isso acrescente-se que o conduzido foi flagrado entregando aparelho celular e substância tóxica a detento que cumpre 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC Embora prevaleça nesta Suprema Corte, o entendimento de que o princípio da presunção de inocência tem aplicação até o trânsito em julgado da ação penal (HC 84.078 Plenário Rel. Min. Eros Grau por maioria j. 05.02.2009 Dje-035, de 25.02.2010), é forçoso reconhecer que a força do princípio se atenua depois de um julgamento, ainda que este não seja definitivo. No caso presente, há, aliás, mais do que uma condenação em primeiro grau, pois a apelação apresentada pela Defesa já foi julgada e improvida. Pende apenas, no Superior Tribunal de Justiça, agravo regimental contra decisão monocrática que negou seguimento a agravo de instrumento interposto contra a inadmissão de recurso especial contra o acórdão condenatório (Aresp 65.659). Assim, a condenação está à beira do trânsito em julgado. No que se refere aos fundamentos da prisão preventiva, o magistrado sentenciante justificou suficientemente a manutenção do paciente na prisão. Reportou-se à decisão anterior de denegação da liberdade provisória e pontuou que ele respondeu ao processo até então preso. Na decisão de denegação da liberdade provisória, destacou a gravidade em concreto do crime e a necessidade de resguardar a ordem pública: “Observa-se, sob outro enfoque, que a manutenção da segregação é imprescindível para a garantia da ordem pública e para a conveniência da instrução criminal. (…) Além disso, os fatos objeto de persecução repercutiram negativamente na sociedade, em especial entre os operadores e os acadêmicos de direito, porquanto envolve advogado que é acusado de praticar o narcotráfico e o crime de ingresso de telefone celular em unidade prisional durante o exercício da profissão, aproveitando-se, para tanto das prerrogativas funcionais. A tudo isso acrescente-se que o conduzido foi flagrado entregando aparelho celular e substância tóxica a detento que cumpre 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 105.952 / SC pena justamente pela prática de tráfico de drogas, denotando, com tal atitude, desrespeito às normas de convivência pacífica em sociedade e contribuindo para a desestabilização do sistema prisional, uma vez que são conhecidos os efeitos funestos que tais bens causam na manutenção da ordem nos estabelecimentos. (…) É de ser ressaltado, também, que o flagrado Elpídio responde a processo criminal acusado da prática de crime de apropriação indébita qualificada – autos 018.06.021719-4 -, o que é indicativo de que não trata de seu primeiro envolvimento em ilícito.” Os crimes imputados ao paciente se revestem de extrema gravidade. Como advogado, traindo o seu ofício, teria ingressado no estabelecimento penitenciário e entregue droga e aparelho celular para preso. Com tal conduta, além de contribuir para a traficância no âmbito do estabelecimento prisional, forneceu instrumento hábil para que os reclusos persistissem, pelo celular, a comandar crimes de dentro da prisão, o que infelizmente não é raro no sistema carcerário brasileiro. Além dos danos à sociedade, as condutas também comprometeram um dos principais objetivos da pena, a ressocialização dos presos. Quando o profissional do direito, advogado, trai o seu ofício e compromete-se com o crime, tornando-se ele mesmo um criminoso, há grave risco de utilização e de desvirtuamento de suas prerrogativas profissionais em favor do mundo do crime, com elevado risco à sociedade. Ainda que sejam poucos os profissionais que se desvirtuam, suas condutas prejudicam a sociedade e mesmo a classe profissional como um todo, pois colocam sob suspeita prerrogativas profissionais essenciais à ampla defesa. Desse desvirtuamento e da colaboração com a atividade criminal, decorre risco à ordem pública, ensejador da prisão cautelar. Não se trata de prisão decretada com base na gravidade abstrata do crime, mas fundada nas circunstâncias concretas dos crimes, a evidenciarem pelo modus operandi o risco à ordem pública, fundamento suficiente para a decretação da preventiva, conforme art. 312 do Código 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC pena justamente pela prática de tráfico de drogas, denotando, com tal atitude, desrespeito às normas de convivência pacífica em sociedade e contribuindo para a desestabilização do sistema prisional, uma vez que são conhecidos os efeitos funestos que tais bens causam na manutenção da ordem nos estabelecimentos. (…) É de ser ressaltado, também, que o flagrado Elpídio responde a processo criminal acusado da prática de crime de apropriação indébita qualificada – autos 018.06.021719-4 -, o que é indicativo de que não trata de seu primeiro envolvimento em ilícito.” Os crimes imputados ao paciente se revestem de extrema gravidade. Como advogado, traindo o seu ofício, teria ingressado no estabelecimento penitenciário e entregue droga e aparelho celular para preso. Com tal conduta, além de contribuir para a traficância no âmbito do estabelecimento prisional, forneceu instrumento hábil para que os reclusos persistissem, pelo celular, a comandar crimes de dentro da prisão, o que infelizmente não é raro no sistema carcerário brasileiro. Além dos danos à sociedade, as condutas também comprometeram um dos principais objetivos da pena, a ressocialização dos presos. Quando o profissional do direito, advogado, trai o seu ofício e compromete-se com o crime, tornando-se ele mesmo um criminoso, há grave risco de utilização e de desvirtuamento de suas prerrogativas profissionais em favor do mundo do crime, com elevado risco à sociedade. Ainda que sejam poucos os profissionais que se desvirtuam, suas condutas prejudicam a sociedade e mesmo a classe profissional como um todo, pois colocam sob suspeita prerrogativas profissionais essenciais à ampla defesa. Desse desvirtuamento e da colaboração com a atividade criminal, decorre risco à ordem pública, ensejador da prisão cautelar. Não se trata de prisão decretada com base na gravidade abstrata do crime, mas fundada nas circunstâncias concretas dos crimes, a evidenciarem pelo modus operandi o risco à ordem pública, fundamento suficiente para a decretação da preventiva, conforme art. 312 do Código 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 105.952 / SC de Processo Penal. A presunção de inocência, ou de não culpabilidade, é princípio cardeal no processo penal em um Estado Democrático de Direito. Teve longo desenvolvimento histórico, sendo considerada uma conquista da humanidade. Embora sua origem perca-se no tempo, a formulação da máxima latina correspondente (item quilibet presumitur innocens nisi probetur nocens) remonta ao trabalho do canonista francês Johannes Monachus, já no século XIV (sobre a origem da máxima, entre outros, PENNINGTON, Kenneth. The Prince and the Law: 1200-1600: Sovereign and rights in the Western Legal Tradition. Berkeley: University of California Press, 1993, 160-163). A presunção, apesar de sua relevância, não impede em absoluto, a imposição de restrições ao direito do acusado antes do final processo, exigindo apenas que essas sejam necessárias e que não sejam prodigalizadas. A antecipação cautelar da prisão, conforme lição do eminente Ministro Celso de Mello, não se revela incompatível com o princípio constitucional da presunção de não culpabilidade (HC 94.194/CE, decisão monocrática, 28.8.2008, DJE nº 165, de 2.9.2008). Não constitui um véu inibidor da apreensão da realidade pelo juiz, ou mais especificamente do conhecimento dos fatos do processo e da valoração das provas, ainda que em cognição sumária e provisória. O mundo não pode ser colocado entre parênteses. O entendimento de que o fato criminoso em si não pode ser conhecido e valorado para a decretação ou a manutenção da prisão cautelar não é consentâneo com o próprio instituto da prisão preventiva, já que a imposição desta tem por pressuposto a presença de prova da materialidade do crime e de indícios de autoria. Se as circunstâncias concretas da prática do crime indicam o envolvimento significativo do agente com o tráfico de drogas e, por conseguinte, a periculosidade e o risco de reiteração delitiva, está justificada decretação ou a manutenção da prisão cautelar para resguardar a ordem pública, desde que igualmente presentes boas provas da materialidade e da autoria. Nesse sentido, existem vários precedentes desta Suprema Corte (v.g.: HC 109.436, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, Dje-036, de 17.02.2012; HC 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC de Processo Penal. A presunção de inocência, ou de não culpabilidade, é princípio cardeal no processo penal em um Estado Democrático de Direito. Teve longo desenvolvimento histórico, sendo considerada uma conquista da humanidade. Embora sua origem perca-se no tempo, a formulação da máxima latina correspondente (item quilibet presumitur innocens nisi probetur nocens) remonta ao trabalho do canonista francês Johannes Monachus, já no século XIV (sobre a origem da máxima, entre outros, PENNINGTON, Kenneth. The Prince and the Law: 1200-1600: Sovereign and rights in the Western Legal Tradition. Berkeley: University of California Press, 1993, 160-163). A presunção, apesar de sua relevância, não impede em absoluto, a imposição de restrições ao direito do acusado antes do final processo, exigindo apenas que essas sejam necessárias e que não sejam prodigalizadas. A antecipação cautelar da prisão, conforme lição do eminente Ministro Celso de Mello, não se revela incompatível com o princípio constitucional da presunção de não culpabilidade (HC 94.194/CE, decisão monocrática, 28.8.2008, DJE nº 165, de 2.9.2008). Não constitui um véu inibidor da apreensão da realidade pelo juiz, ou mais especificamente do conhecimento dos fatos do processo e da valoração das provas, ainda que em cognição sumária e provisória. O mundo não pode ser colocado entre parênteses. O entendimento de que o fato criminoso em si não pode ser conhecido e valorado para a decretação ou a manutenção da prisão cautelar não é consentâneo com o próprio instituto da prisão preventiva, já que a imposição desta tem por pressuposto a presença de prova da materialidade do crime e de indícios de autoria. Se as circunstâncias concretas da prática do crime indicam o envolvimento significativo do agente com o tráfico de drogas e, por conseguinte, a periculosidade e o risco de reiteração delitiva, está justificada decretação ou a manutenção da prisão cautelar para resguardar a ordem pública, desde que igualmente presentes boas provas da materialidade e da autoria. Nesse sentido, existem vários precedentes desta Suprema Corte (v.g.: HC 109.436, Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, Dje-036, de 17.02.2012; HC 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 105.952 / SC 104.332/ES Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, Dje-175, de 12.9.2011; HC 98.754/SP Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, Dje-232, de 10.12.2009). Por todos eles, destaco o seguinte: "Este Supremo Tribunal assentou que a periculosidade do agente evidenciada pelo modus operandi e o risco concreto de reiteração criminosa são motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar (HC 110.313/MS Rel. Min. Carmen Lúcia 1.ª Turma do STF un. - j. 13.12.2011 Dje-032, de 13.02.2012) É relevante ainda lembrar que a própria Constituição Federal de 1988 conferiu ao crime de tráfico de drogas, juntamente com outros crimes extremamente graves, como a tortura, o terrorismo e os crimes hediondos, um tratamento mais rigoroso, ao estabelecer, em seu art. 5.º, XLIII, a inafiançabilidade do crime de tráfico de drogas. É digno de nota que a inafiançabilidade esteja localizada no art. 5.º da Constituição Federal, sede dos mais importantes direitos fundamentais. Tal localização da norma decorre da compreensão pelo Constituinte de que as espécies delitivas arroladas no inciso XLIII do art. 5º implicam graves agressões aos direitos humanos, considerando o seu efeito danoso e disruptivo no meio social. Oportuno, aliás, destacar que constitui praxe universal o tratamento mais rigoroso do tráfico de drogas em relação a outros crimes, o que conta com reflexos inclusive em tratados internacionais de que o Brasil faz parte. Ilustrativamente, extraio os seguintes trechos do preâmbulo da Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas de 1988, dita Convenção de Viena, promulgada no Brasil pelo Decreto n.º 154/1991: “As Partes nesta Convenção, Profundamente preocupadas com a magnitude e a crescente tendência da produção, da demanda e do tráfico ilícitos de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas, que representam uma grave ameaça à saúde e ao bem-estar dos seres humanos e que têm efeitos nefastos sobre as bases econômica, culturais e políticas da sociedade, 11 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC 104.332/ES Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, Dje-175, de 12.9.2011; HC 98.754/SP Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, Dje-232, de 10.12.2009). Por todos eles, destaco o seguinte: "Este Supremo Tribunal assentou que a periculosidade do agente evidenciada pelo modus operandi e o risco concreto de reiteração criminosa são motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar (HC 110.313/MS Rel. Min. Carmen Lúcia 1.ª Turma do STF un. - j. 13.12.2011 Dje-032, de 13.02.2012) É relevante ainda lembrar que a própria Constituição Federal de 1988 conferiu ao crime de tráfico de drogas, juntamente com outros crimes extremamente graves, como a tortura, o terrorismo e os crimes hediondos, um tratamento mais rigoroso, ao estabelecer, em seu art. 5.º, XLIII, a inafiançabilidade do crime de tráfico de drogas. É digno de nota que a inafiançabilidade esteja localizada no art. 5.º da Constituição Federal, sede dos mais importantes direitos fundamentais. Tal localização da norma decorre da compreensão pelo Constituinte de que as espécies delitivas arroladas no inciso XLIII do art. 5º implicam graves agressões aos direitos humanos, considerando o seu efeito danoso e disruptivo no meio social. Oportuno, aliás, destacar que constitui praxe universal o tratamento mais rigoroso do tráfico de drogas em relação a outros crimes, o que conta com reflexos inclusive em tratados internacionais de que o Brasil faz parte. Ilustrativamente, extraio os seguintes trechos do preâmbulo da Convenção das Nações Unidas contra o Tráfico de Entorpecentes e Substâncias Psicotrópicas de 1988, dita Convenção de Viena, promulgada no Brasil pelo Decreto n.º 154/1991: “As Partes nesta Convenção, Profundamente preocupadas com a magnitude e a crescente tendência da produção, da demanda e do tráfico ilícitos de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas, que representam uma grave ameaça à saúde e ao bem-estar dos seres humanos e que têm efeitos nefastos sobre as bases econômica, culturais e políticas da sociedade, 11 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 105.952 / SC Profundamente preocupadas também com a sustentada e crescente expansão do tráfico ilícito de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas nos diversos grupos sociais e, em particular, pela exploração de crianças em muitas partes do mundo, tanto na qualidade de consumidores como na produção, na distribuição e no comércio ilícitos de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas, o que constitui um perigo de gravidade incalculável, Reconhecendo os vínculos que existem entre o tráfico ilícito e outras atividades criminosas organizadas, a ele relacionadas, que minam as economias lícitas e ameaçam a estabilidade, a segurança e a soberania dos Estados, (...)” E no art. 3.º, itens 6 e 7, encontram-se normas que dispõem sobre o papel das Cortes judiciais na implementação das previsões do tratado: “6. As Partes se esforçarão para assegurar que qualquer poder legal discricionário, com base em seu direito interno, no que se refere ao julgamento de pessoas pelos delitos mencionados neste Artigo, seja exercido para dotar de eficiência máxima as medidas de detecção e repressão desses delitos, levando devidamente em conta a necessidade de se exercer um efeito dissuasivo à prática desses delitos. 7. As Partes velarão para que seus tribunais ou demais autoridades competentes levem em conta a gravidade dos delitos estabelecidos no parágrafo 1 deste Artigo, e as circunstâncias especificadas no parágrafo 5 deste Artigo, ao considerar a possibilidade de conceder liberdade antecipada ou liberdade condicional a pessoas que tenham sido condenadas por alguns desses delitos.” Apesar do reconhecimento internacional da gravidade do crime de tráfico de drogas, não é preciso ir tão longe, considerando que no Brasil é notória a existência até de comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, a viverem em espécie de Estado de exceção permanente, sem lei, sem segurança e sem liberdade. O efeito disruptivo e desagregador do tráfico de drogas, este associado a um mundo de violência, desespero e morte para as suas vítimas e para as comunidades afetadas, justifica tratamento jurídico mais rigoroso em relação aos agentes por eles responsáveis e que deve refletir 12 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC Profundamente preocupadas também com a sustentada e crescente expansão do tráfico ilícito de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas nos diversos grupos sociais e, em particular, pela exploração de crianças em muitas partes do mundo, tanto na qualidade de consumidores como na produção, na distribuição e no comércio ilícitos de entorpecentes e de substâncias psicotrópicas, o que constitui um perigo de gravidade incalculável, Reconhecendo os vínculos que existem entre o tráfico ilícito e outras atividades criminosas organizadas, a ele relacionadas, que minam as economias lícitas e ameaçam a estabilidade, a segurança e a soberania dos Estados, (...)” E no art. 3.º, itens 6 e 7, encontram-se normas que dispõem sobre o papel das Cortes judiciais na implementação das previsões do tratado: “6. As Partes se esforçarão para assegurar que qualquer poder legal discricionário, com base em seu direito interno, no que se refere ao julgamento de pessoas pelos delitos mencionados neste Artigo, seja exercido para dotar de eficiência máxima as medidas de detecção e repressão desses delitos, levando devidamente em conta a necessidade de se exercer um efeito dissuasivo à prática desses delitos. 7. As Partes velarão para que seus tribunais ou demais autoridades competentes levem em conta a gravidade dos delitos estabelecidos no parágrafo 1 deste Artigo, e as circunstâncias especificadas no parágrafo 5 deste Artigo, ao considerar a possibilidade de conceder liberdade antecipada ou liberdade condicional a pessoas que tenham sido condenadas por alguns desses delitos.” Apesar do reconhecimento internacional da gravidade do crime de tráfico de drogas, não é preciso ir tão longe, considerando que no Brasil é notória a existência até de comunidades dominadas pelo tráfico de drogas, a viverem em espécie de Estado de exceção permanente, sem lei, sem segurança e sem liberdade. O efeito disruptivo e desagregador do tráfico de drogas, este associado a um mundo de violência, desespero e morte para as suas vítimas e para as comunidades afetadas, justifica tratamento jurídico mais rigoroso em relação aos agentes por eles responsáveis e que deve refletir 12 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 23 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 105.952 / SC na análise dos casos concretos, inclusive acerca da possibilidade do processado por crime de tráfico de drogas responder em liberdade durante o processo, máxime na fase recursal, após uma sentença condenatória. Na esteira desse entendimento, e considerando que encontram-se presentes pressupostos e fundamentos válidos para a prisão preventiva, não tem o ora paciente direito de recorrer em liberdade. Por fim, agregue-se ao quadro a afirmação constante na decisão do magistrado de primeiro grau de que o paciente já respondia a outra ação penal, não tendo sido o fato devidamente esclarecido na impetração. Mesmo, portanto, que o presente habeas fosse julgado no mérito, seria denegado, não tendo lugar a concessão de ofício. III. Ante o exposto, voto pela extinção do habeas corpus sem resolução do mérito, por sua inadequação como substitutivo do recurso constitucional. É como voto. 13 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC na análise dos casos concretos, inclusive acerca da possibilidade do processado por crime de tráfico de drogas responder em liberdade durante o processo, máxime na fase recursal, após uma sentença condenatória. Na esteira desse entendimento, e considerando que encontram-se presentes pressupostos e fundamentos válidos para a prisão preventiva, não tem o ora paciente direito de recorrer em liberdade. Por fim, agregue-se ao quadro a afirmação constante na decisão do magistrado de primeiro grau de que o paciente já respondia a outra ação penal, não tendo sido o fato devidamente esclarecido na impetração. Mesmo, portanto, que o presente habeas fosse julgado no mérito, seria denegado, não tendo lugar a concessão de ofício. III. Ante o exposto, voto pela extinção do habeas corpus sem resolução do mérito, por sua inadequação como substitutivo do recurso constitucional. É como voto. 13 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 23 Voto - MIN. LUIZ FUX 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.952 SANTA CATARINA VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, eu também vou acompanhar pois entendo que não há teratologia em manter essa prisão, porque o Ministério Público bem destacou que o advogado tem essa facilidade de se contatar com os seus clientes, que deve ser exatamente dessa especialidade delituosa, e é realmente uma temeridade o advogado, com essa "carta de alforria", poder continuar praticando atividade à que foi denunciado. Eu estou de acordo, vou acompanhar a Relatora. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3073457. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.952 SANTA CATARINA VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, eu também vou acompanhar pois entendo que não há teratologia em manter essa prisão, porque o Ministério Público bem destacou que o advogado tem essa facilidade de se contatar com os seus clientes, que deve ser exatamente dessa especialidade delituosa, e é realmente uma temeridade o advogado, com essa "carta de alforria", poder continuar praticando atividade à que foi denunciado. Eu estou de acordo, vou acompanhar a Relatora. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3073457. Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 23 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.952 SANTA CATARINA O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, quanto ao artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, no que veda a liberdade provisória, o Plenário assentou o conflito com a Constituição, oportunidade, na qual, inclusive, fiquei vencido. Houve um pleito de concessão de liberdade provisória e foi indeferido ante a prática criminosa, a imputação, consignando-se: "[...] pelo modus operandi da prática delituosa, 'porquanto envolve advogado que é acusado de praticar o narcotráfico e o crime de ingresso de telefone celular em unidade prisional ... valendo-se das prerrogativas funcionais', e também porque o paciente responde" – quer dizer, o advogado – "a outro processo criminal (apropriação indébita)." O fato de se responder a outro processo, seja qual for a imputação, não respalda a preventiva, e, também, a simples acusação formalizada no processo-crime é elemento neutro para essa mesma preventiva. Por isso, peço vênia para conceder, de ofício, a ordem. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3042627. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.952 SANTA CATARINA O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, quanto ao artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, no que veda a liberdade provisória, o Plenário assentou o conflito com a Constituição, oportunidade, na qual, inclusive, fiquei vencido. Houve um pleito de concessão de liberdade provisória e foi indeferido ante a prática criminosa, a imputação, consignando-se: "[...] pelo modus operandi da prática delituosa, 'porquanto envolve advogado que é acusado de praticar o narcotráfico e o crime de ingresso de telefone celular em unidade prisional ... valendo-se das prerrogativas funcionais', e também porque o paciente responde" – quer dizer, o advogado – "a outro processo criminal (apropriação indébita)." O fato de se responder a outro processo, seja qual for a imputação, não respalda a preventiva, e, também, a simples acusação formalizada no processo-crime é elemento neutro para essa mesma preventiva. Por isso, peço vênia para conceder, de ofício, a ordem. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3042627. Inteiro Teor do Acórdão - Página 20 de 23 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.952 SANTA CATARINA VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu também entendo que é o caso de concessão de ofício, porque houve, aqui, fundamento apenas e tão somente nos critérios objetivos, não individualizados. Mas eu faria uma temperança, Ministro Marco Aurélio. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sim. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu abriria a possibilidade de o Juízo... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sim. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): ...aplicar o art. 319 do CPP. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Medida acauteladora. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Medidas acauteladoras apropriadas. Como Vossa Excelência é que propõe a concessão de ofício, Vossa Excelência adotaria esse expediente? O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, Presidente. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Então, eu também voto pela inadequação, pela extinção, assim como o Ministro Marco Aurélio penso que nessa parte também vota. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034801. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 105.952 SANTA CATARINA VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu também entendo que é o caso de concessão de ofício, porque houve, aqui, fundamento apenas e tão somente nos critérios objetivos, não individualizados. Mas eu faria uma temperança, Ministro Marco Aurélio. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sim. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu abriria a possibilidade de o Juízo... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sim. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): ...aplicar o art. 319 do CPP. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Medida acauteladora. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Medidas acauteladoras apropriadas. Como Vossa Excelência é que propõe a concessão de ofício, Vossa Excelência adotaria esse expediente? O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, Presidente. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Então, eu também voto pela inadequação, pela extinção, assim como o Ministro Marco Aurélio penso que nessa parte também vota. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034801. Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 23 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 105.952 / SC O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sim, também acompanho. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034801. Supremo Tribunal Federal HC 105.952 / SC O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sim, também acompanho. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034801. Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 23 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 105.952 PROCED. : SANTA CATARINA RELATORA : MIN. ROSA WEBER REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : ELPÍDIO DE BASTIANI IMPTE.(S) : LEOBERTO BAGGIO CAON E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual. Por empate na votação, concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto do Senhor Ministro Marco Aurélio, Redator para o acórdão. Votaram pela não concessão da ordem, de ofício, a Senhora Ministra Rosa Weber, Relatora, e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061181 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 105.952 PROCED. : SANTA CATARINA RELATORA : MIN. ROSA WEBER REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : ELPÍDIO DE BASTIANI IMPTE.(S) : LEOBERTO BAGGIO CAON E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual. Por empate na votação, concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto do Senhor Ministro Marco Aurélio, Redator para o acórdão. Votaram pela não concessão da ordem, de ofício, a Senhora Ministra Rosa Weber, Relatora, e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061181 Inteiro Teor do Acórdão - Página 23 de 23
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129548
2012-10-16T00:00:00
2012-11-27T00:00:00
Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual. Por empate na votação, concedeu a ordem, de ofício, nos termos do voto do Senhor Ministro Marco Aurélio, Redator para o acórdão. Votaram pela não concessão da ordem, de ofício, a Senhora Ministra Rosa Weber, Relatora, e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
HABEAS CORPUS
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. PRISÃO PREVENTIVA – IMPUTAÇÃO. A imputação, por si só, não respalda o ato alusivo à preventiva, sob pena de se colocar em segundo plano o princípio da não culpabilidade. PRISÃO PREVENTIVA – PROCESSOS EM CURSO. A simples circunstância de haver processos em curso envolvendo o acusado não conduz à preventiva, presente o princípio da não culpabilidade. PROCESSO – ILEGALIDADE – ORDEM DE OFÍCIO. Em todo e qualquer processo, se o órgão julgador defrontar-se com situação a configurar ilegalidade e estiver ameaçada, direta ou indiretamente, a liberdade de ir e vir do cidadão, impõe-se a concessão da ordem de ofício.
sjur219912
- Acórdão(s) citado): (HABEAS CORPUS, SUBSTITUIÇÃO, RECURSO ORDINÁRIO) STF: HC 109956 (1ªT), HC 108715 (1ªT). (HABEAS CORPUS, CABIMENTO) STF: HC 3536. (PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA, TRÂNSITO EM JULGADO) STF: HC 84078 (TP). (PRISÃO CAUTELAR, GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA) STF: HC 109436 (2ªT), HC 104332 (1ªT), HC 98754 (2ªT), HC 110313 (1ªT). - Decisão monocrática citada: (PRISÃO CAUTELAR, PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA) STF: HC 94194. - Veja HC 174426 e AResp 65659 do STJ. - Legislação estrangeira citada: Magna Carta de 1215 da Inglaterra; Habeas Corpus Act, de 1679, artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de 1787; Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945 de Portugual. - Decisões estrangeiras citadas: Caso James Somerset da King's Bench; Buschel's Case, de 1670, da Court of Common Pleas; Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422, do Superior Tribunal de Justiça português. Número de páginas: 23. Análise: 15/01/2013, AAT. Revisão: 31/01/2013, SEV.
ROSA WEBER
Primeira Turma
105952
[ "LEG-IMP CCI ANO-1830\r\n ART-00183 ART-00184 ART-00185 ART-00186\r\n ART-00187 ART-00188 \r\n CCI-1830 CODIGO CRIMINAL DO IMPERIO DO BRAZIL (LEI DE 16 DE DEZEMBRO)\r\n", "LEG-IMP CPCPI ANO-1832\r\n ART-00340\r\n CPCPI-1832 CODIGO DE PROCESSO CRIMINAL DE PRIMEIRA INSTANCIA (LEI DE 29 DE NOVEMBRO)\r\n", "LEG-IMP LIM-002033 ANO-1871\r\n ART-00018 PAR-00001 \r\n LEI DO IMPÉRIO\r\n", "LEG-FED CF ANO-1891\r\n ART-00072 PAR-00022 REDAÇÃO DADA PELA EMC-3/1926\r\n CF-1891 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED EMC-000003 ANO-1926\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL \r\n", "LEG-FED CF ANO-1934\r\n CF-1934 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1937\r\n CF-1937 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1946\r\n CF-1946 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1967\r\n CF-1967 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED EMC-000001 ANO-1969\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00043 INC-00068 INC-00078\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00312 ART-00319 ART-00387 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n", "LEG-INT CVC ANO-1988\r\n CONVENÇÃO DE VIENA CONTRA O TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E\r\n SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS\r\n", "LEG-FED DLG-000162 ANO-1991\r\n APROVA A CONVENÇÃO CONTRA O TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES E\r\n SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS\r\n DECRETO LEGISLATIVO\r\n", "LEG-FED DEC-000154 ANO-1991\r\n ART-00003 ITEM-6 ITEM-7 \r\n PROMULGA A CONVENÇÃO CONTRA O TRÁFICO ILÍCITO DE ENTORPECENTES\r\n E SUBSTÂNCIAS PSICOTRÓPICAS\r\n DECRETO\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00044 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS" ]
HC
acordaos
HC 105952
[ "" ]
PACTE.(S) : ELPÍDIO DE BASTIANI IMPTE.(S) : LEOBERTO BAGGIO CAON E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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"LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "Marco Aurélio", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "Marco Aurélio", "DIAS TOFFOLI", "Marco Aurélio", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "Marco Aurélio", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "ROSA WEBER", "MARCO AURÉLIO", "ELPÍDIO DE BASTIANI", "LEOBERTO BAGGIO CAON", "Marco Aurélio", "Rosa Weber", "Luiz Fux", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "ROSA WEBER", "MARCO AURÉLIO", "LEOBERTO BAGGIO CAON", "Marco Aurélio", "Rosa Weber", "Luiz Fux", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": 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"2", ".", "9", ".", "2008", "17", ".", "02", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "1993", "28", ".", "8", ".", "2008", "2", ".", "9", ".", "2008", "17", ".", "02", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", ".", "9", ".", "2011", "10", ".", "12", ".", "2009", "13", ".", "12", ".", "2011", "13", ".", "02", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", ".", "9", ".", "2011", "10", ".", "12", ".", "2009", "13", ".", "12", ".", "2011", "13", ".", "02", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.769 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :DESTILARIA ATENAS LTDA ADV.(A/S) :HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E ECONÔMICO. INTERVENÇÃO ESTATAL NA ECONOMIA: RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA UNIÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863453. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.769 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :DESTILARIA ATENAS LTDA ADV.(A/S) :HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 8 de maio de 2012, neguei seguimento ao agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário, interposto pela União contra julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o qual decidira pela responsabilidade civil objetiva da União, por ter fixado os “preços dos produtos sucro-alcooleiros em parâmetros inferiores aos ditames legais” (fl. 86). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste à Agravante. No voto condutor do acórdão recorrido, o Desembargador Federal Souza Prudente afirmou: (...) O julgado recorrido harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, que assentou, quanto à intervenção estatal na economia, a responsabilidade objetiva da União pelos danos decorrentes da fixação de preços em valores inferiores aos praticados no mercado e em desconformidade com a legislação aplicável. Nesse sentido: (...) (RE 422.941, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 24.3.2006). A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863454. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.769 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :DESTILARIA ATENAS LTDA ADV.(A/S) :HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 8 de maio de 2012, neguei seguimento ao agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário, interposto pela União contra julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o qual decidira pela responsabilidade civil objetiva da União, por ter fixado os “preços dos produtos sucro-alcooleiros em parâmetros inferiores aos ditames legais” (fl. 86). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste à Agravante. No voto condutor do acórdão recorrido, o Desembargador Federal Souza Prudente afirmou: (...) O julgado recorrido harmoniza-se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, que assentou, quanto à intervenção estatal na economia, a responsabilidade objetiva da União pelos danos decorrentes da fixação de preços em valores inferiores aos praticados no mercado e em desconformidade com a legislação aplicável. Nesse sentido: (...) (RE 422.941, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 24.3.2006). A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863454. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório AI 754.769 AGR / DF Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da Agravante. 6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 377-378). 2. Intimada dessa decisão em 22.5.2012 (fl. 381), interpõe a União, em 31.5.2012 , tempestivamente, agravo regimental (fls. 387-396). 3. Alega a Agravante que “o precedente citado, considerado pela decisão ora agravada como favorável às empresas do setor, qual seja, o RE n. 422.941/DF, além de ser proveniente de órgão fracionário (2ª Turma) dessa Suprema Corte, ainda não transitou em julgado, pois a União opôs embargos declaratórios, com efeitos infringentes, os quais se encontram pendentes de julgamento. No mais, outras decisões sobre a matéria ora discutida – proferidas nos seguintes precentes: AI n. 752.432/DF, RE-AgR 368.558; AI-AgR 683.098; RE-AgR 583.992 – consubstanciam apenas o posicionamento da 2ª Turma desse Supremo Tribunal Federal, não sendo, portanto, suficientes para que se possa concluir que existe jurisprudência desse Supremo Tribunal Federal consolidada nesse sentido. Assim sendo, inexiste decisão desse Supremo Tribunal Federal, tendo em vista que todos os precedentes citados são provenientes de órgãos fracionários” (fl. 389). Afirma que “admitir que a União venha a se responsabilizar objetivamente pelos danos que particulares venham sofrer quando aquele ente federativo concluir pela necessidade de regulamentação do mercado significa, na prática, esvaziar o conteúdo dessa atribuição constitucional” (fl. 392). Sustenta que “o trabalho de campo exercido pela FGV constituía apenas um indicador daquele setor econômico, não podendo vincular a Administração Pública, sob pena de se engessar a atividade regulatória do Estado, prevista no art. 174 da Constituição (…). A inexistência de obrigação de se adotar linearmente os preços dos produtos do setor sucroalcooleiro estimados pela FGV demonstra, inequivocamente, a ausência de dano jurídico, elemento nuclear 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863454. Supremo Tribunal Federal AI 754.769 AGR / DF Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações da Agravante. 6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 377-378). 2. Intimada dessa decisão em 22.5.2012 (fl. 381), interpõe a União, em 31.5.2012 , tempestivamente, agravo regimental (fls. 387-396). 3. Alega a Agravante que “o precedente citado, considerado pela decisão ora agravada como favorável às empresas do setor, qual seja, o RE n. 422.941/DF, além de ser proveniente de órgão fracionário (2ª Turma) dessa Suprema Corte, ainda não transitou em julgado, pois a União opôs embargos declaratórios, com efeitos infringentes, os quais se encontram pendentes de julgamento. No mais, outras decisões sobre a matéria ora discutida – proferidas nos seguintes precentes: AI n. 752.432/DF, RE-AgR 368.558; AI-AgR 683.098; RE-AgR 583.992 – consubstanciam apenas o posicionamento da 2ª Turma desse Supremo Tribunal Federal, não sendo, portanto, suficientes para que se possa concluir que existe jurisprudência desse Supremo Tribunal Federal consolidada nesse sentido. Assim sendo, inexiste decisão desse Supremo Tribunal Federal, tendo em vista que todos os precedentes citados são provenientes de órgãos fracionários” (fl. 389). Afirma que “admitir que a União venha a se responsabilizar objetivamente pelos danos que particulares venham sofrer quando aquele ente federativo concluir pela necessidade de regulamentação do mercado significa, na prática, esvaziar o conteúdo dessa atribuição constitucional” (fl. 392). Sustenta que “o trabalho de campo exercido pela FGV constituía apenas um indicador daquele setor econômico, não podendo vincular a Administração Pública, sob pena de se engessar a atividade regulatória do Estado, prevista no art. 174 da Constituição (…). A inexistência de obrigação de se adotar linearmente os preços dos produtos do setor sucroalcooleiro estimados pela FGV demonstra, inequivocamente, a ausência de dano jurídico, elemento nuclear 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863454. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório AI 754.769 AGR / DF indispensável para a configuração da responsabilidade civil do Estado” (fl. 394). Requer, assim, a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863454. Supremo Tribunal Federal AI 754.769 AGR / DF indispensável para a configuração da responsabilidade civil do Estado” (fl. 394). Requer, assim, a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863454. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.769 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. O Tribunal de origem assentou: “ADMINISTRATIVO. FIXAÇÃO DE PREÇOS DOS PRODUTOS SUCRO-ALCOOLEIROS EM PARÂMETROS INFERIORES AOS DITAMES LEGAIS. DANO COMPROVADO POR PROVA PERICIAL IDÔNEA. EXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL. RESPONSABILIDADE CIVIL E OBJETIVA DO ESTADO, SEM PREJUÍZO DA POSSÍVEL AÇÃO DE REGRESSO CONTRA OS AGENTES PÚBLICOS RESPONSÁVEIS PELOS DANOS CAUSADOS A TERCEIROS. I Se a União Federal, através do Instituto do Açúcar e do Álcool, fixou os preços dos produtos do setor sucro-alcooleiro em níveis inferiores aos custos de produção levantados pela Fundação Getúlio Vargas, praticou ato ilícito e ilegal, contrariando as disposições da Lei n. 4.870/65 e, por isso, deve responder pelos danos causados aos particulares, sem prejuízo da competente ação de regresso contra os agentes públicos responsáveis, conforme dispõe o art. 37, § 6º, da Constituição Federal e, nos limites da prova pericial constante dos autos. II Na hipótese em exame, a pretensão da autora visa o integral cumprimento das disposições dos arts. 9º e 10 da Lei n. 4.870, de 1º de dezembro de 1965 e 37, § 6º, da Constituição Federal, que restaram violados pelos agentes públicos da União promovida, buscando, no caso, a indenização justa e devida. III Os juros moratórios são devidos, na espécie, a partir do evento danoso, na forma da Súmula n. 54 do colendo Superior Tribunal de Justiça. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863455. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.769 DISTRITO FEDERAL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. O Tribunal de origem assentou: “ADMINISTRATIVO. FIXAÇÃO DE PREÇOS DOS PRODUTOS SUCRO-ALCOOLEIROS EM PARÂMETROS INFERIORES AOS DITAMES LEGAIS. DANO COMPROVADO POR PROVA PERICIAL IDÔNEA. EXISTÊNCIA DE NEXO CAUSAL. RESPONSABILIDADE CIVIL E OBJETIVA DO ESTADO, SEM PREJUÍZO DA POSSÍVEL AÇÃO DE REGRESSO CONTRA OS AGENTES PÚBLICOS RESPONSÁVEIS PELOS DANOS CAUSADOS A TERCEIROS. I Se a União Federal, através do Instituto do Açúcar e do Álcool, fixou os preços dos produtos do setor sucro-alcooleiro em níveis inferiores aos custos de produção levantados pela Fundação Getúlio Vargas, praticou ato ilícito e ilegal, contrariando as disposições da Lei n. 4.870/65 e, por isso, deve responder pelos danos causados aos particulares, sem prejuízo da competente ação de regresso contra os agentes públicos responsáveis, conforme dispõe o art. 37, § 6º, da Constituição Federal e, nos limites da prova pericial constante dos autos. II Na hipótese em exame, a pretensão da autora visa o integral cumprimento das disposições dos arts. 9º e 10 da Lei n. 4.870, de 1º de dezembro de 1965 e 37, § 6º, da Constituição Federal, que restaram violados pelos agentes públicos da União promovida, buscando, no caso, a indenização justa e devida. III Os juros moratórios são devidos, na espécie, a partir do evento danoso, na forma da Súmula n. 54 do colendo Superior Tribunal de Justiça. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863455. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 754.769 AGR / DF IV Remessa oficial desprovida. Apelação da autora provida” (fl. 86). 3. Como posto na decisão agravada, o julgado recorrido harmoniza- se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, que assentou, quanto à intervenção estatal na economia, a responsabilidade objetiva da União pelos danos decorrentes da fixação de preços em valores inferiores aos praticados no mercado e em desconformidade com a legislação aplicável. Nesse sentido, as seguintes decisões transitadas em julgado das duas Turmas do Supremo Tribunal: “Agravo regimental no recurso extraordinário. Responsabilidade civil do Estado. Setor sucroalcooleiro. Fixação de preços. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Princípio da livre iniciativa. Violação. Precedentes. 1. Inadmissível em recurso extraordinário a análise de legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nº s 636 e 279/STF. 2. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que fere o princípio da livre iniciativa a fixação de preços em valores abaixo da realidade. 3. Agravo regimental não provido” (RE 598.537-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 29.3.2011). “DIREITO ECONÔMICO E CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA. RESTRIÇÃO AO LIVRE EXERCÍCIO DA ATIVIDADE ECONÔMICA. RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO. SÚMULA 279 DO STF. 1. A demonstração da responsabilidade objetiva do Poder Público na fixação dos preços dos produtos do setor sucro-alcooleiro abaixo do preço de custo é inviável em sede de recurso extraordinário, por depender de reexame de matéria fático-probatória. Súmula/STF 279. 2. No mérito, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863455. Supremo Tribunal Federal AI 754.769 AGR / DF IV Remessa oficial desprovida. Apelação da autora provida” (fl. 86). 3. Como posto na decisão agravada, o julgado recorrido harmoniza- se com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, que assentou, quanto à intervenção estatal na economia, a responsabilidade objetiva da União pelos danos decorrentes da fixação de preços em valores inferiores aos praticados no mercado e em desconformidade com a legislação aplicável. Nesse sentido, as seguintes decisões transitadas em julgado das duas Turmas do Supremo Tribunal: “Agravo regimental no recurso extraordinário. Responsabilidade civil do Estado. Setor sucroalcooleiro. Fixação de preços. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Princípio da livre iniciativa. Violação. Precedentes. 1. Inadmissível em recurso extraordinário a análise de legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nº s 636 e 279/STF. 2. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que fere o princípio da livre iniciativa a fixação de preços em valores abaixo da realidade. 3. Agravo regimental não provido” (RE 598.537-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 29.3.2011). “DIREITO ECONÔMICO E CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTERVENÇÃO DO ESTADO NA ECONOMIA. RESTRIÇÃO AO LIVRE EXERCÍCIO DA ATIVIDADE ECONÔMICA. RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO. SÚMULA 279 DO STF. 1. A demonstração da responsabilidade objetiva do Poder Público na fixação dos preços dos produtos do setor sucro-alcooleiro abaixo do preço de custo é inviável em sede de recurso extraordinário, por depender de reexame de matéria fático-probatória. Súmula/STF 279. 2. No mérito, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é no 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863455. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 754.769 AGR / DF sentido de que a fixação de preços em valores abaixo da realidade é obstáculo ao livre exercício da atividade econômica, com desrespeito à livre iniciativa. 3. Agravo regimental improvido” (AI 683.098-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.6.2010). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863455. Supremo Tribunal Federal AI 754.769 AGR / DF sentido de que a fixação de preços em valores abaixo da realidade é obstáculo ao livre exercício da atividade econômica, com desrespeito à livre iniciativa. 3. Agravo regimental improvido” (AI 683.098-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.6.2010). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863455. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.769 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : DESTILARIA ATENAS LTDA ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849307 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 754.769 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : DESTILARIA ATENAS LTDA ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849307 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2874792
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E ECONÔMICO. INTERVENÇÃO ESTATAL NA ECONOMIA: RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA UNIÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur215960
- Acórdãos citados: RE 598537 AgR, AI 683098 AgR. Número de páginas: 8. Análise: 15/10/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
754769
[ "LEG-FED LEI-004870 ANO-1965\r\n ART-00009 ART-00010 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
AI-AgR
acordaos
AI 754769 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : DESTILARIA ATENAS LTDA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 754 . 769", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 754 . 769", "RE 422 . 941", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 754 . 769", "RE 422 . 941", "AI 754 . 769", "AGR", "/", "DF", "RE n . 422 . 941 / DF", "AI n . 752 . 432 / DF", "RE", "-", "AgR 368 . 558", "AI", "-", "AgR 683 . 098", "RE", "-", "AgR 583 . 992", "AI 754 . 769", "RE n . 422 . 941 / DF", "AI n . 752 . 432 / DF", "RE", "-", "AgR 368 . 558", "AI", "-", "AgR 683 . 098", "RE", "-", "AgR 583 . 992", "AI 754 . 769 AGR / DF", "AI 754 . 769 AGR / DF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 754 . 769", "Súmula n . 54 do colendo Superior Tribunal de Justiça", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 754 . 769", "Súmula n . 54 do colendo Superior Tribunal de Justiça", "AI 754 . 769 AGR / DF", "Súmulas [UNK] s 636 e 279 / STF", "RE 598 . 537 - AgR", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula", "AI 754 . 769 AGR", "Súmulas [UNK] s 636 e 279 / STF", "RE 598 . 537 - AgR", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula", "STF 279", "AI 754 . 769 AGR / DF", "AI 683 . 098 - AgR", "AI 754 . 769 AGR / DF", "AI 683 . 098 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 754 . 769" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 557 , caput , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "art . 174 da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 557 , caput , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "art . 174 da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 4 . 870 / 65", "Constituição Federal", "arts . [UNK] e 10 da Lei n . 4 . 870", "37 , § [UNK] , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 4 . 870 / 65", "art . 37 , § [UNK] , da Constituição Federal", "arts . [UNK] e 10 da Lei n . 4 . 870", "37 , § [UNK] , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "DISTRITO FEDERAL", "Brasília", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "DESTILARIA ATENAS LTDA", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "DESTILARIA ATENAS LTDA", "União", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "União", "Supremo Tribunal", "União", "Segunda Turma", "Supremo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "DESTILARIA ATENAS LTDA", "União", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "União", "Supremo Tribunal", "União", "Segunda Turma", "Supremo", "Supremo Tribunal Federal", "ICP", "-", "Brasil", "União", "[UNK] Turma", "Suprema", "União", "[UNK] Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "União", "FGV", "FGV", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "AGR", "/", "DF", "União", "[UNK] Turma", "União", "[UNK] Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal", "Supremo Tribunal Federal", "União", "FGV", "FGV", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "União Federal", "Instituto do Açúcar e do Álcool", "Fundação Getúlio Vargas", "União", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "União Federal", "Instituto do Açúcar e do Álcool", "Fundação Getúlio Vargas", "União", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "União", "Supremo Tribunal", "Primeira Turma", "ADMINISTRAÇÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "União", "Supremo Tribunal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "DESTILARIA ATENAS LTDA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "DESTILARIA ATENAS LTDA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "HAMILTON DIAS DE SOUZA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "HAMILTON DIAS DE SOUZA", "CÁRMEN LÚCIA", "Souza Prudente", "Carlos Velloso", "CÁRMEN LÚCIA", "HAMILTON DIAS DE SOUZA", "CÁRMEN LÚCIA", "Souza Prudente", "Carlos Velloso", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "CÁRMEN LÚCIA", "Ellen Gracie", "Ellen Gracie", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.176 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EMBTE.(S) :MARLENE GUEDES ADV.(A/S) :RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. LEI 9.876/1999. CONSTITUCIONALIDADE. ADI 2.111-MC/DF. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. CÁLCULO DO MONTANTE DEVIDO. APLICAÇÃO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I – O Plenário desta Corte, no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, Rel. Min. Sydney Sanches, entendeu constitucional o fator previdenciário previsto no art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei 8.213/1991, com redação dada pelo art. 2º da Lei 9.876/1999. II – Naquela oportunidade, o Tribunal afirmou, ainda, que a matéria atinente ao cálculo do montante do benefício previdenciário já não possui disciplina constitucional. Por essa razão, a utilização do fator previdenciário, previsto na Lei 9.876/1999, no cálculo do valor devido à recorrente a título de aposentadoria não implica qualquer ofensa à Carta Magna. De fato, por ser matéria remetida à disciplina exclusivamente infraconstitucional, a suposta violação do Texto Maior se daria de forma meramente reflexa, circunstância que torna inviável o recurso extraordinário. III – Agravo regimental improvido. A C Ó R D à O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800402. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão ARE 707.176 ED / RS Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, converter os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual nega provimento, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800402. Supremo Tribunal Federal ARE 707.176 ED / RS Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, converter os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual nega provimento, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800402. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.176 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EMBTE.(S) :MARLENE GUEDES ADV.(A/S) :RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão que negou seguimento ao agravo sob o fundamento de que se aplica, na espécie, o precedente firmado pelo Plenário desta Corte no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, Rel. Min. Sydney Sanches. A embargante alegou, em suma, a existência de omissão na decisão recorrida por não ter se pronunciado a respeito da possibilidade de o fator previdenciário, instituído pela Lei 9.876/1999, ser utilizado no cálculo da aposentadoria concedida com fundamento na regra de transição estabelecida pela Emenda Constitucional 20/1998. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800403. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.176 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EMBTE.(S) :MARLENE GUEDES ADV.(A/S) :RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos contra decisão que negou seguimento ao agravo sob o fundamento de que se aplica, na espécie, o precedente firmado pelo Plenário desta Corte no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, Rel. Min. Sydney Sanches. A embargante alegou, em suma, a existência de omissão na decisão recorrida por não ter se pronunciado a respeito da possibilidade de o fator previdenciário, instituído pela Lei 9.876/1999, ser utilizado no cálculo da aposentadoria concedida com fundamento na regra de transição estabelecida pela Emenda Constitucional 20/1998. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800403. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.176 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Preliminarmente, recebo os embargos de declaração como agravo regimental, uma vez que opostos de decisão monocrática. Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. O Plenário desta Corte, no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, Rel. Min. Sydney Sanches, entendeu constitucional o fator previdenciário previsto no art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei 8.213/1991 (redação dada pelo art. 2º da Lei 9.876/1999). Por oportuno, transcrevo a ementa do referido julgado: “DIREITO CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. PREVIDÊNCIA SOCIAL: CÁLCULO DO BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI Nº 9.876, DE 26.11.1999, OU, AO MENOS, DO RESPECTIVO ART. 2º (NA PARTE EM QUE ALTEROU A REDAÇÃO DO ART. 29, 'CAPUT', INCISOS E PARÁGRAFOS DA LEI Nº 8.213/91), BEM COMO DE SEU ART. 3º. ALEGAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA LEI, POR VIOLAÇÃO AO ART. 65, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E DE QUE SEUS ARTIGOS 2º (NA PARTE REFERIDA) E 3º IMPLICAM INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL, POR AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, XXXVI, E 201, §§ 1º E 7º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E AO ART. 3º DA EMENDA Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800404. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.176 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Preliminarmente, recebo os embargos de declaração como agravo regimental, uma vez que opostos de decisão monocrática. Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. O Plenário desta Corte, no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, Rel. Min. Sydney Sanches, entendeu constitucional o fator previdenciário previsto no art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei 8.213/1991 (redação dada pelo art. 2º da Lei 9.876/1999). Por oportuno, transcrevo a ementa do referido julgado: “DIREITO CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. PREVIDÊNCIA SOCIAL: CÁLCULO DO BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI Nº 9.876, DE 26.11.1999, OU, AO MENOS, DO RESPECTIVO ART. 2º (NA PARTE EM QUE ALTEROU A REDAÇÃO DO ART. 29, 'CAPUT', INCISOS E PARÁGRAFOS DA LEI Nº 8.213/91), BEM COMO DE SEU ART. 3º. ALEGAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA LEI, POR VIOLAÇÃO AO ART. 65, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E DE QUE SEUS ARTIGOS 2º (NA PARTE REFERIDA) E 3º IMPLICAM INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL, POR AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, XXXVI, E 201, §§ 1º E 7º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E AO ART. 3º DA EMENDA Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800404. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 707.176 ED / RS CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15.12.1998. MEDIDA CAUTELAR. (...) 2. Quanto à alegação de inconstitucionalidade material do art. 2º da Lei nº 9.876/99, na parte em que deu nova redação ao art. 29, 'caput', incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91, a um primeiro exame, parecem corretas as objeções da Presidência da República e do Congresso Nacional. É que o art. 201, §§ 1º e 7º, da C.F., com a redação dada pela E.C. nº 20, de 15.12.1998, cuidaram apenas, no que aqui interessa, dos requisitos para a obtenção do benefício da aposentadoria. No que tange ao montante do benefício, ou seja, quanto aos proventos da aposentadoria, propriamente ditos, a Constituição Federal de 5.10.1988, em seu texto originário, dele cuidava no art. 202. O texto atual da Constituição, porém, com o advento da E.C. nº 20/98, já não trata dessa matéria, que, assim, fica remetida 'aos termos da lei', a que se referem o 'caput' e o § 7º do novo art. 201. Ora, se a Constituição, em seu texto em vigor, já não trata do cálculo do montante do benefício da aposentadoria, ou melhor, dos respectivos proventos, não pode ter sido violada pelo art. 2º da Lei nº 9.876, de 26.11.1999, que, dando nova redação ao art. 29 da Lei nº 8.213/91, cuidou exatamente disso. E em cumprimento, aliás, ao 'caput' e ao parágrafo 7º do novo art. 201. 3. Aliás, com essa nova redação, não deixaram de ser adotados, na Lei, critérios destinados a preservar o equilíbrio financeiro e atuarial, como determinado no 'caput' do novo art. 201. O equilíbrio financeiro é o previsto no orçamento geral da União. E o equilíbrio atuarial foi buscado, pela Lei, com critérios relacionados com a expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria, com o tempo de contribuição e com a idade, até esse momento, e, ainda, com a alíquota de contribuição correspondente a 0,31. 4. Fica, pois, indeferida a medida cautelar de suspensão do art. 2º da Lei nº 9.876/99, na parte em que deu nova redação ao art. 29, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800404. Supremo Tribunal Federal ARE 707.176 ED / RS CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15.12.1998. MEDIDA CAUTELAR. (...) 2. Quanto à alegação de inconstitucionalidade material do art. 2º da Lei nº 9.876/99, na parte em que deu nova redação ao art. 29, 'caput', incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91, a um primeiro exame, parecem corretas as objeções da Presidência da República e do Congresso Nacional. É que o art. 201, §§ 1º e 7º, da C.F., com a redação dada pela E.C. nº 20, de 15.12.1998, cuidaram apenas, no que aqui interessa, dos requisitos para a obtenção do benefício da aposentadoria. No que tange ao montante do benefício, ou seja, quanto aos proventos da aposentadoria, propriamente ditos, a Constituição Federal de 5.10.1988, em seu texto originário, dele cuidava no art. 202. O texto atual da Constituição, porém, com o advento da E.C. nº 20/98, já não trata dessa matéria, que, assim, fica remetida 'aos termos da lei', a que se referem o 'caput' e o § 7º do novo art. 201. Ora, se a Constituição, em seu texto em vigor, já não trata do cálculo do montante do benefício da aposentadoria, ou melhor, dos respectivos proventos, não pode ter sido violada pelo art. 2º da Lei nº 9.876, de 26.11.1999, que, dando nova redação ao art. 29 da Lei nº 8.213/91, cuidou exatamente disso. E em cumprimento, aliás, ao 'caput' e ao parágrafo 7º do novo art. 201. 3. Aliás, com essa nova redação, não deixaram de ser adotados, na Lei, critérios destinados a preservar o equilíbrio financeiro e atuarial, como determinado no 'caput' do novo art. 201. O equilíbrio financeiro é o previsto no orçamento geral da União. E o equilíbrio atuarial foi buscado, pela Lei, com critérios relacionados com a expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria, com o tempo de contribuição e com a idade, até esse momento, e, ainda, com a alíquota de contribuição correspondente a 0,31. 4. Fica, pois, indeferida a medida cautelar de suspensão do art. 2º da Lei nº 9.876/99, na parte em que deu nova redação ao art. 29, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800404. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 707.176 ED / RS 'caput', incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91. 5. Também não parece caracterizada violação do inciso XXXVI do art. 5º da C.F., pelo art. 3º da Lei impugnada. É que se trata, aí, de norma de transição, para os que, filiados à Previdência Social até o dia anterior ao da publicação da Lei, só depois vieram ou vierem a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social. 6. Enfim, a Ação Direta de Inconstitucionalidade não é conhecida, no ponto em que impugna toda a Lei nº 9.876/99, ao argumento de inconstitucionalidade formal (art. 65, parágrafo único, da Constituição Federal). É conhecida, porém, quanto à impugnação dos artigos 2º (na parte em que deu nova redação ao art. 29, seus incisos e parágrafos da Lei nº 8.213/91) e 3º daquele diploma. Mas, nessa parte, resta indeferida a medida cautelar” (grifei). Conforme se infere da parte destacada da ementa transcrita, este Tribunal assentou que, com a edição da Emenda Constitucional 20/1998, a matéria atinente ao cálculo do montante do benefício previdenciário já não possui disciplina constitucional. Por essa razão, a utilização do fator previdenciário, instituído pela Lei 9.876/1999, no cálculo do valor devido à recorrente a título de aposentadoria não implica qualquer ofensa à Carta Magna. De fato, por ser matéria remetida à disciplina exclusivamente infraconstitucional, a suposta violação do texto Maior se daria de forma meramente reflexa, circunstância que torna inviável o recurso extraordinário. Nesse sentido, transcrevo ementas das seguintes decisões: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. REVISÃO DE BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO: AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 684.245-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800404. Supremo Tribunal Federal ARE 707.176 ED / RS 'caput', incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91. 5. Também não parece caracterizada violação do inciso XXXVI do art. 5º da C.F., pelo art. 3º da Lei impugnada. É que se trata, aí, de norma de transição, para os que, filiados à Previdência Social até o dia anterior ao da publicação da Lei, só depois vieram ou vierem a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social. 6. Enfim, a Ação Direta de Inconstitucionalidade não é conhecida, no ponto em que impugna toda a Lei nº 9.876/99, ao argumento de inconstitucionalidade formal (art. 65, parágrafo único, da Constituição Federal). É conhecida, porém, quanto à impugnação dos artigos 2º (na parte em que deu nova redação ao art. 29, seus incisos e parágrafos da Lei nº 8.213/91) e 3º daquele diploma. Mas, nessa parte, resta indeferida a medida cautelar” (grifei). Conforme se infere da parte destacada da ementa transcrita, este Tribunal assentou que, com a edição da Emenda Constitucional 20/1998, a matéria atinente ao cálculo do montante do benefício previdenciário já não possui disciplina constitucional. Por essa razão, a utilização do fator previdenciário, instituído pela Lei 9.876/1999, no cálculo do valor devido à recorrente a título de aposentadoria não implica qualquer ofensa à Carta Magna. De fato, por ser matéria remetida à disciplina exclusivamente infraconstitucional, a suposta violação do texto Maior se daria de forma meramente reflexa, circunstância que torna inviável o recurso extraordinário. Nesse sentido, transcrevo ementas das seguintes decisões: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. REVISÃO DE BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO: AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 684.245-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800404. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 707.176 ED / RS Lúcia). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PREVIDENCIÁRIO. RENDA MENSAL INICIAL. FATOR PREVIDENCIÁRIO. CÁLCULO. LEI Nº 9.876/99. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. No julgamento da ADI n.º 2.111/DF-MC, Relator o Ministro Sydney Sanches, em que se impugnava a Lei n.º 9.876/99, o Plenário do Supremo Tribunal Federal não conheceu da ação direta em razão da falta de demonstração da alegada inconstitucionalidade formal (Lei n.º 9.868/99, artigo 3º, I), na parte em que se sustentava violação ao processo legislativo (CF, artigo 65, parágrafo único), e prosseguindo no julgamento, por maioria, indeferiu o pedido de medida cautelar relativamente ao artigo 2º da Lei 9.876/99, na parte em que introduziu o fator previdenciário (nova redação dada ao artigo 29 da Lei n.º 8.213/91). Considerou-se, à primeira vista, não estar caracterizada a alegada violação ao artigo 201, § 7º, da CF, dado que, com o advento da EC n.º 20/98, os critérios para o cálculo do benefício foram delegados ao legislador ordinário (CF, artigo 201: 'A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: .... § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:' ). 2. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317- AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 3. In casu, o acórdão recorrido originariamente assentou: 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800404. Supremo Tribunal Federal ARE 707.176 ED / RS Lúcia). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PREVIDENCIÁRIO. RENDA MENSAL INICIAL. FATOR PREVIDENCIÁRIO. CÁLCULO. LEI Nº 9.876/99. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. No julgamento da ADI n.º 2.111/DF-MC, Relator o Ministro Sydney Sanches, em que se impugnava a Lei n.º 9.876/99, o Plenário do Supremo Tribunal Federal não conheceu da ação direta em razão da falta de demonstração da alegada inconstitucionalidade formal (Lei n.º 9.868/99, artigo 3º, I), na parte em que se sustentava violação ao processo legislativo (CF, artigo 65, parágrafo único), e prosseguindo no julgamento, por maioria, indeferiu o pedido de medida cautelar relativamente ao artigo 2º da Lei 9.876/99, na parte em que introduziu o fator previdenciário (nova redação dada ao artigo 29 da Lei n.º 8.213/91). Considerou-se, à primeira vista, não estar caracterizada a alegada violação ao artigo 201, § 7º, da CF, dado que, com o advento da EC n.º 20/98, os critérios para o cálculo do benefício foram delegados ao legislador ordinário (CF, artigo 201: 'A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: .... § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:' ). 2. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317- AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 3. In casu, o acórdão recorrido originariamente assentou: 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800404. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 707.176 ED / RS 'PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA PELO STF. REGRA DE TRANSIÇÃO EC 20/98 ASSEGURA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA PROPORCIONAL APÓS A EXTINÇÃO DESDE BENEFÍCIO, EXIGINDO PEDÁGIO E IDADE MÍNIMA. NÃO IMPEDE APLICAÇÃO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.' 4. Agravo regimental desprovido” (ARE 681.049-AgR/RJ, Rel. Min. Luiz Fux). Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800404. Supremo Tribunal Federal ARE 707.176 ED / RS 'PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA PELO STF. REGRA DE TRANSIÇÃO EC 20/98 ASSEGURA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA PROPORCIONAL APÓS A EXTINÇÃO DESDE BENEFÍCIO, EXIGINDO PEDÁGIO E IDADE MÍNIMA. NÃO IMPEDE APLICAÇÃO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO.' 4. Agravo regimental desprovido” (ARE 681.049-AgR/RJ, Rel. Min. Luiz Fux). Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800404. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.176 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EMBTE.(S) : MARLENE GUEDES ADV.(A/S) : RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849301 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.176 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EMBTE.(S) : MARLENE GUEDES ADV.(A/S) : RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849301 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857257
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. DIREITO PREVIDENCIÁRIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. LEI 9.876/1999. CONSTITUCIONALIDADE. ADI 2.111-MC/DF. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. CÁLCULO DO MONTANTE DEVIDO. APLICAÇÃO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I – O Plenário desta Corte, no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, Rel. Min. Sydney Sanches, entendeu constitucional o fator previdenciário previsto no art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei 8.213/1991, com redação dada pelo art. 2º da Lei 9.876/1999. II – Naquela oportunidade, o Tribunal afirmou, ainda, que a matéria atinente ao cálculo do montante do benefício previdenciário já não possui disciplina constitucional. Por essa razão, a utilização do fator previdenciário, previsto na Lei 9.876/1999, no cálculo do valor devido à recorrente a título de aposentadoria não implica qualquer ofensa à Carta Magna. De fato, por ser matéria remetida à disciplina exclusivamente infraconstitucional, a suposta violação do Texto Maior se daria de forma meramente reflexa, circunstância que torna inviável o recurso extraordinário. III – Agravo regimental improvido.
sjur215735
- Acórdãos citados: ADI 2111 MC, ARE 681049 AgR, ARE 684245 AgR. Número de páginas: 9. Análise: 09/10/2012, LLD.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
707176
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMC-000020 ANO-1998\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-008213 ANO-1991\r\n ART-00029 INC-00001 INC-00002 PAR-00002\r\n PAR-00003 PAR-00004 PAR-00005 PAR-00006\r\n PAR-00007 PAR-00008 PAR-00009 INC-00001\r\n INC-00002 INC-00003 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009876 ANO-1999\r\n ART-00002 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
ARE-ED
acordaos
ARE 707176 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : MARLENE GUEDES ADV.(A/S) : RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "ADI 2 . 111 - MC / DF", "ADI 2 . 111 - MC / DF", "ARE 707 . 176 ED / RS", "ARE 707 . 176 ED / RS", "ADI 2 . 111 - MC / DF", "ADI 2 . 111 - MC / DF", "ADI 2 . 111 - MC / DF", "ADI 2 . 111 - MC / DF", "ARE 707 . 176 ED", "/", "RS CONSTITUCIONAL [UNK] 20", "ARE 684 . 245 - AgR / RJ", "ARE 707 . 176 ED / RS", "ARE 684 . 245 - AgR / RJ", "ADI n . [UNK] 2 . 111 / DF - MC", "AI n . 738 . 145 - AgR", "AI n . 482 . 317 - AgR", "AI n . 646 . 103 - AgR", "ADI n . [UNK] 2 . 111 / DF - MC", "AI n . 738 . 145 - AgR", "AI n . 482 . 317 - AgR", "AI n . 646 . 103 - AgR", "ARE 707 . 176 ED / RS", "ARE 681 . 049 - AgR / RJ", "ARE 707 . 176 ED / RS", "ARE 681 . 049 - AgR / RJ" ], "LEGISLACAO": [ "LEI 9 . 876 / 1999", "art . 29 , caput , incisos e parágrafos , da Lei 8 . 213 / 1991", "art . 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 113.528 MATO GROSSO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :JOSÉ AUGUSTO QUEIROZ DE AMORIM IMPTE.(S) :MARIA MARCIA GONÇALVES DE AMORIM COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Habeas corpus. 2. Tráfico de entorpecentes. Prisão preventiva. Superveniência de sentença condenatória. Necessidade de garantir a ordem pública. Prisão fundamentada. 3. Paciente preso desde 17.5.2011. 4. Ordem denegada, mas concedido de ofício o writ para determinar ao Juízo de origem que avalie se o paciente atende aos requisitos para progressão de regime. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, denegar a ordem, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866009. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 113.528 MATO GROSSO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :JOSÉ AUGUSTO QUEIROZ DE AMORIM IMPTE.(S) :MARIA MARCIA GONÇALVES DE AMORIM COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (Relator): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Maria Márcia Gonçalves de Amorim, em favor de José Augusto Queiroz de Amorim, contra decisão proferida pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que julgou prejudicado, em parte, o HC 218.997/MT e, no mais, denegou a ordem. Na espécie, o paciente foi preso em flagrante no dia 17.5.2011 e, posteriormente, denunciado pela prática do delito descrito no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006, porquanto trazia consigo 4 porções de cocaína, com peso de 0,98g. Em razão da entrada em vigor da Lei 12.403/2011, o Juízo de origem converteu a prisão em flagrante em preventiva. Formulado pedido de liberdade provisória, este restou indeferido pelo Juízo da 9ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá/MT. A defesa, então, impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJ/MT), sustentando ausência dos requisitos autorizadores da custódia cautelar e excesso de prazo no encerramento da instrução criminal. A Corte estadual denegou a ordem. No STJ, a defesa reiterou as alegações deduzidas no TJ/MT. Quanto ao excesso de prazo para encerramento da instrução criminal, a Quinta Turma daquele Tribunal Superior julgou parcialmente prejudicado o writ, por considerar que a ação penal já estaria na fase de apresentação de alegações finais. Já com relação ao pedido de liberdade provisória, o STJ denegou a ordem, considerando que o Tribunal de origem indeferiu o pleito de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866010. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 113.528 MATO GROSSO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :JOSÉ AUGUSTO QUEIROZ DE AMORIM IMPTE.(S) :MARIA MARCIA GONÇALVES DE AMORIM COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (Relator): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Maria Márcia Gonçalves de Amorim, em favor de José Augusto Queiroz de Amorim, contra decisão proferida pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que julgou prejudicado, em parte, o HC 218.997/MT e, no mais, denegou a ordem. Na espécie, o paciente foi preso em flagrante no dia 17.5.2011 e, posteriormente, denunciado pela prática do delito descrito no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006, porquanto trazia consigo 4 porções de cocaína, com peso de 0,98g. Em razão da entrada em vigor da Lei 12.403/2011, o Juízo de origem converteu a prisão em flagrante em preventiva. Formulado pedido de liberdade provisória, este restou indeferido pelo Juízo da 9ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá/MT. A defesa, então, impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso (TJ/MT), sustentando ausência dos requisitos autorizadores da custódia cautelar e excesso de prazo no encerramento da instrução criminal. A Corte estadual denegou a ordem. No STJ, a defesa reiterou as alegações deduzidas no TJ/MT. Quanto ao excesso de prazo para encerramento da instrução criminal, a Quinta Turma daquele Tribunal Superior julgou parcialmente prejudicado o writ, por considerar que a ação penal já estaria na fase de apresentação de alegações finais. Já com relação ao pedido de liberdade provisória, o STJ denegou a ordem, considerando que o Tribunal de origem indeferiu o pleito de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866010. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório HC 113.528 / MT liberdade não só com base na vedação prevista no art. 44 da Lei 11.343/2006 como, também, na gravidade concreta da conduta do paciente. Agora, a impetrante novamente assevera a ausência dos requisitos autorizadores da segregação cautelar e o excesso de prazo. Em 1º.8.2012, indeferi o pedido de liminar. A Procuradoria-Geral da República opinou pelo não conhecimento do habeas corpus e, se conhecido, pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866010. Supremo Tribunal Federal HC 113.528 / MT liberdade não só com base na vedação prevista no art. 44 da Lei 11.343/2006 como, também, na gravidade concreta da conduta do paciente. Agora, a impetrante novamente assevera a ausência dos requisitos autorizadores da segregação cautelar e o excesso de prazo. Em 1º.8.2012, indeferi o pedido de liminar. A Procuradoria-Geral da República opinou pelo não conhecimento do habeas corpus e, se conhecido, pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866010. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. GILMAR MENDES 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 113.528 MATO GROSSO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Consoante relatado, no presente habeas corpus a defesa sustenta ausência dos requisitos autorizadores da segregação cautelar e o excesso de prazo. De início, nos termos do que tive oportunidade de enfatizar por ocasião do indeferimento da liminar, em relação ao excesso de prazo na formação da culpa, a presente impetração encontra-se prejudicada por perda superveniente do objeto. De outro lado, solicitadas informações ao Juízo de origem, veio a notícia de que o paciente foi condenado à pena de 2 anos e 6 meses de reclusão e 250 dias-multa, em regime inicialmente fechado. Colhe-se da sentença o seguinte: “tendo o sentenciado respondido ao processo recolhido à prisão, persistindo a necessidade de garantia da ordem pública, deixo de conceder ao sentenciado o direito de recorrer em liberdade”. Contra essa decisão, a defesa interpôs apelação, recurso pendente de julgamento. Cumpre mencionar que o paciente foi preso em flagrante, tendo a custódia cautelar sido mantida pela sentença condenatória. Poder-se-ia indagar, então, se não seria o caso de julgar prejudicado este feito, em razão da superveniência de novo título prisional. Todavia, bem compulsados os autos, chega-se à conclusão de que a constrição cautelar foi mantida com o mesmo fundamento da decisão que converteu a prisão em flagrante em preventiva, não sendo o caso, portanto, de perda de objeto deste writ. Nesse sentido, jurisprudência remansosa da Corte: HC 91.205/DF, rel. Min. Menezes Direito, 1ª Turma, unânime, DJ 30.11.2007; HC 86.019/RS, rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, maioria, 7.4.2006; e HC 83.777/MG, rel. Min. Nelson Jobim, red. p/o acórdão Min. Marco Aurélio, Pleno, 6.10.2006. Inicialmente, destaco que o Plenário desta Suprema Corte, em sessão realizada em 10-5-2012, ao apreciar o Habeas Corpus 104.339/SP, declarou, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866011. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 113.528 MATO GROSSO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Consoante relatado, no presente habeas corpus a defesa sustenta ausência dos requisitos autorizadores da segregação cautelar e o excesso de prazo. De início, nos termos do que tive oportunidade de enfatizar por ocasião do indeferimento da liminar, em relação ao excesso de prazo na formação da culpa, a presente impetração encontra-se prejudicada por perda superveniente do objeto. De outro lado, solicitadas informações ao Juízo de origem, veio a notícia de que o paciente foi condenado à pena de 2 anos e 6 meses de reclusão e 250 dias-multa, em regime inicialmente fechado. Colhe-se da sentença o seguinte: “tendo o sentenciado respondido ao processo recolhido à prisão, persistindo a necessidade de garantia da ordem pública, deixo de conceder ao sentenciado o direito de recorrer em liberdade”. Contra essa decisão, a defesa interpôs apelação, recurso pendente de julgamento. Cumpre mencionar que o paciente foi preso em flagrante, tendo a custódia cautelar sido mantida pela sentença condenatória. Poder-se-ia indagar, então, se não seria o caso de julgar prejudicado este feito, em razão da superveniência de novo título prisional. Todavia, bem compulsados os autos, chega-se à conclusão de que a constrição cautelar foi mantida com o mesmo fundamento da decisão que converteu a prisão em flagrante em preventiva, não sendo o caso, portanto, de perda de objeto deste writ. Nesse sentido, jurisprudência remansosa da Corte: HC 91.205/DF, rel. Min. Menezes Direito, 1ª Turma, unânime, DJ 30.11.2007; HC 86.019/RS, rel. Min. Ayres Britto, 1ª Turma, maioria, 7.4.2006; e HC 83.777/MG, rel. Min. Nelson Jobim, red. p/o acórdão Min. Marco Aurélio, Pleno, 6.10.2006. Inicialmente, destaco que o Plenário desta Suprema Corte, em sessão realizada em 10-5-2012, ao apreciar o Habeas Corpus 104.339/SP, declarou, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866011. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 113.528 / MT incidenter tantum, a inconstitucionalidade da expressão “liberdade provisória”, constante do art. 44, caput, da Lei 11.343/2006. A despeito de o TJ/MT e o STJ terem feito remissão à proibição prevista no art. 44 da Lei 11.343/2006, é certo que a decisão exarada pela magistrada de primeiro grau não se utilizou desse dispositivo legal para fundamentar o indeferimento do pedido de liberdade provisória formulado. De modo geral, atesto que a prisão preventiva deve indicar, de forma expressa, os seguintes fundamentos para decretação da prisão cautelar, nos termos do art. 312 do CPP: I) garantia da ordem pública; II) garantia da aplicação da lei penal; e III) conveniência da instrução criminal. Na linha da jurisprudência deste Tribunal, porém, não basta a mera explicitação textual dos requisitos previstos, sendo necessário que a alegação abstrata ceda à demonstração concreta e firme de que tais condições realizam-se na espécie. Dessarte, a tarefa de interpretação constitucional para análise de uma excepcional situação jurídica de constrição da liberdade exige que a alusão a esses aspectos esteja lastreada em elementos concretos, devidamente explicitados. Desse modo, saliento que, apesar de o decreto não ser primoroso em termos de motivação, é certo que, bem ou mal, apresenta dados concretos hábeis a justificar a preservação da segregação cautelar, sobretudo a necessidade de resguardar a ordem pública. Nesse diapasão, encaminhar-me-ia no sentido de denegar a ordem de habeas corpus. Contudo, das informações prestadas pelo Juízo da 9ª Vara Especializada de Delito de Tóxico da Comarca de Cuiabá/MT, colho que o paciente foi condenado à pena de 2 anos e 6 meses de reclusão e 250 dias-multa, em regime inicialmente fechado. Ressalto que, em sessão realizada em 27.6.2012, o Plenário desta Suprema Corte, ao analisar o HC 111.840/ES, de relatoria do Ministro Dias Toffoli, por maioria, declarou, incidenter tantum, a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90, com a redação dada pela Lei 11.464/2007 (“A pena por crime previsto neste artigo será 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866011. Supremo Tribunal Federal HC 113.528 / MT incidenter tantum, a inconstitucionalidade da expressão “liberdade provisória”, constante do art. 44, caput, da Lei 11.343/2006. A despeito de o TJ/MT e o STJ terem feito remissão à proibição prevista no art. 44 da Lei 11.343/2006, é certo que a decisão exarada pela magistrada de primeiro grau não se utilizou desse dispositivo legal para fundamentar o indeferimento do pedido de liberdade provisória formulado. De modo geral, atesto que a prisão preventiva deve indicar, de forma expressa, os seguintes fundamentos para decretação da prisão cautelar, nos termos do art. 312 do CPP: I) garantia da ordem pública; II) garantia da aplicação da lei penal; e III) conveniência da instrução criminal. Na linha da jurisprudência deste Tribunal, porém, não basta a mera explicitação textual dos requisitos previstos, sendo necessário que a alegação abstrata ceda à demonstração concreta e firme de que tais condições realizam-se na espécie. Dessarte, a tarefa de interpretação constitucional para análise de uma excepcional situação jurídica de constrição da liberdade exige que a alusão a esses aspectos esteja lastreada em elementos concretos, devidamente explicitados. Desse modo, saliento que, apesar de o decreto não ser primoroso em termos de motivação, é certo que, bem ou mal, apresenta dados concretos hábeis a justificar a preservação da segregação cautelar, sobretudo a necessidade de resguardar a ordem pública. Nesse diapasão, encaminhar-me-ia no sentido de denegar a ordem de habeas corpus. Contudo, das informações prestadas pelo Juízo da 9ª Vara Especializada de Delito de Tóxico da Comarca de Cuiabá/MT, colho que o paciente foi condenado à pena de 2 anos e 6 meses de reclusão e 250 dias-multa, em regime inicialmente fechado. Ressalto que, em sessão realizada em 27.6.2012, o Plenário desta Suprema Corte, ao analisar o HC 111.840/ES, de relatoria do Ministro Dias Toffoli, por maioria, declarou, incidenter tantum, a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90, com a redação dada pela Lei 11.464/2007 (“A pena por crime previsto neste artigo será 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866011. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 113.528 / MT cumprida inicialmente em regime fechado”). Desse modo, ficou superada a obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado aos condenados por crimes hediondos, pela prática da tortura, por tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e por terrorismo. Ademais, o caso apresenta peculiaridades: preso em flagrante delito no dia 17.5.2011, é certo que, nos termos da sentença condenatória datada de 11.6.2012, o paciente faria jus, na pior das hipóteses, à progressão ao regime semiaberto. Ante o exposto, denego a ordem, por reputar presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva. Mas, defiro, de ofício, o habeas corpus, nos termos dos arts. 647 e 654, § 2º, do CPP, e 193, II, do RI/STF, a fim de determinar ao Juízo de origem que avalie se, no caso concreto, o paciente atende aos requisitos para progressão de regime. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866011. Supremo Tribunal Federal HC 113.528 / MT cumprida inicialmente em regime fechado”). Desse modo, ficou superada a obrigatoriedade de início do cumprimento de pena no regime fechado aos condenados por crimes hediondos, pela prática da tortura, por tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins e por terrorismo. Ademais, o caso apresenta peculiaridades: preso em flagrante delito no dia 17.5.2011, é certo que, nos termos da sentença condenatória datada de 11.6.2012, o paciente faria jus, na pior das hipóteses, à progressão ao regime semiaberto. Ante o exposto, denego a ordem, por reputar presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva. Mas, defiro, de ofício, o habeas corpus, nos termos dos arts. 647 e 654, § 2º, do CPP, e 193, II, do RI/STF, a fim de determinar ao Juízo de origem que avalie se, no caso concreto, o paciente atende aos requisitos para progressão de regime. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866011. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 113.528 PROCED. : MATO GROSSO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) : JOSÉ AUGUSTO QUEIROZ DE AMORIM IMPTE.(S) : MARIA MARCIA GONÇALVES DE AMORIM COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, por reputar presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva. Mas, deferiu, de ofício, o habeas corpus, nos termos dos arts. 647 e 654, § 2º, do CPP, e 193, II, do RI/STF, a fim de determinar ao Juízo de origem que avalie se, no caso concreto, o paciente atende ou não aos requisitos para a progressão de regime, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849219 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 113.528 PROCED. : MATO GROSSO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) : JOSÉ AUGUSTO QUEIROZ DE AMORIM IMPTE.(S) : MARIA MARCIA GONÇALVES DE AMORIM COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, por reputar presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva. Mas, deferiu, de ofício, o habeas corpus, nos termos dos arts. 647 e 654, § 2º, do CPP, e 193, II, do RI/STF, a fim de determinar ao Juízo de origem que avalie se, no caso concreto, o paciente atende ou não aos requisitos para a progressão de regime, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849219 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2874835
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, por reputar presentes os requisitos autorizadores da prisão preventiva. Mas, deferiu, de ofício, o habeas corpus, nos termos dos arts. 647 e 654, § 2º, do CPP, e 193, II, do RI/STF, a fim de determinar ao Juízo de origem que avalie se, no caso concreto, o paciente atende ou não aos requisitos para a progressão de regime, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
HABEAS CORPUS
Habeas corpus. 2. Tráfico de entorpecentes. Prisão preventiva. Superveniência de sentença condenatória. Necessidade de garantir a ordem pública. Prisão fundamentada. 3. Paciente preso desde 17.5.2011. 4. Ordem denegada, mas concedido de ofício o writ para determinar ao Juízo de origem que avalie se o paciente atende aos requisitos para progressão de regime.
sjur215908
- Acórdãos citados: HC 83777 - Tribunal Pleno, HC 86019, HC 91205, HC 104339 - Tribunal Pleno, HC 111840 - Tribunal Pleno. - Veja HC 218997 do STJ. Número de páginas: 7. Análise: 18/10/2012, IMC. Revisão: 08/11/2012, MMR.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
113528
[ "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00312 ART-00647 ART-00654 PAR-00002\r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-008072 ANO-1990\r\n ART-00002 PAR-00001 REDAÇÃO DADA PELA LEI-11464/2007 \r\n LCH-1990 LEI DE CRIMES HEDIONDOS\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00044 \"CAPUT\" \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS\r\n", "LEG-FED LEI-011464 ANO-2007\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00193 INC-00002 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL" ]
HC
acordaos
HC 113528
[ "" ]
PACTE.(S) : JOSÉ AUGUSTO QUEIROZ DE AMORIM IMPTE.(S) : MARIA MARCIA GONÇALVES DE AMORIM COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
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Turma", "[UNK] Turma", "Pleno", "Plenário desta Suprema Corte", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "TJ", "/", "MT", "STJ", "[UNK] Vara Especializada de Delito de Tóxico da Comarca de Cuiabá / MT", "Plenário desta Suprema Corte", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "TJ", "/", "MT", "STJ", "[UNK] Vara Especializada de Delito de Tóxico", "Plenário desta Suprema Corte", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.528 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ ADV.(A/S) :PAULA ASSED GONÇALVES DE SOUZA LINHARES AGDO.(A/S) :JOSÉ GILSON DE LIMA ADV.(A/S) :UPIRACI FERREIRA EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor público. Pagamento de serviço extraordinário. Artigo 7º, inciso XVI, da Constituição Federal. Autoaplicabilidade. 1. O art. 7º, inciso XVI, da Constituição Federal, que cuida do direito dos trabalhadores urbanos e rurais à remuneração pelo serviço extraordinário com acréscimo de, no mínimo, 50%, aplica-se imediatamente aos servidores públicos, por consistir em norma autoaplicável. 2. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927396. Supremo Tribunal Federal DJe 15/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.528 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ ADV.(A/S) :PAULA ASSED GONÇALVES DE SOUZA LINHARES AGDO.(A/S) :JOSÉ GILSON DE LIMA ADV.(A/S) :UPIRACI FERREIRA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que neguei provimento ao agravo de instrumento (fls. 60 a 62), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ interpõe recurso extraordinário (folhas 30 a 40) contra acórdão proferido pela Décima Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado: ‘COBRANÇA. HORAS EXTRAS TRABALHADAS. SERVIDOR ESTATUTÁRIO. PROVA NOS AUTOS. NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA PLENA QUE AMPARAM SUA CONCESSÃO. Uma vez comprovada a prestação laboral além da jornada normal de serviço, faz jus o servidor à retribuição pecuniária referente às mesmas. Diante de sua natureza transitória, tal remuneração não deva incidir sobre as parcelas relativas às férias, 13º salário e repouso semanal remunerado. A Carta Política atual, em seu art. 7º, inc. XVI, elenca como direito social ao trabalhador a remuneração atinente ao serviço extraordinário prestado, estendendo-o aos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927393. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.528 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ ADV.(A/S) :PAULA ASSED GONÇALVES DE SOUZA LINHARES AGDO.(A/S) :JOSÉ GILSON DE LIMA ADV.(A/S) :UPIRACI FERREIRA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que neguei provimento ao agravo de instrumento (fls. 60 a 62), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ interpõe recurso extraordinário (folhas 30 a 40) contra acórdão proferido pela Décima Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, assim ementado: ‘COBRANÇA. HORAS EXTRAS TRABALHADAS. SERVIDOR ESTATUTÁRIO. PROVA NOS AUTOS. NORMAS CONSTITUCIONAIS DE EFICÁCIA PLENA QUE AMPARAM SUA CONCESSÃO. Uma vez comprovada a prestação laboral além da jornada normal de serviço, faz jus o servidor à retribuição pecuniária referente às mesmas. Diante de sua natureza transitória, tal remuneração não deva incidir sobre as parcelas relativas às férias, 13º salário e repouso semanal remunerado. A Carta Política atual, em seu art. 7º, inc. XVI, elenca como direito social ao trabalhador a remuneração atinente ao serviço extraordinário prestado, estendendo-o aos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927393. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório AI 642.528 AGR / RJ funcionários públicos por força de expressa menção feita pelo § 3º do art. 39, tendo tais normas eficácia plena, e não contida como supõe a Recorrente, uma vez que definidoras de direito fundamental, como impõe o § 1º do art. 5º do mesmo diploma. Na ausência de lei que fixe o valor da remuneração das horas extras, deverá prevalecer o valor de 50% do valor da hora de trabalho normal, como dispõe o inc. XVI do art. 7º, C.F. Recursos desprovidos, por maioria, nos termos do voto do Desembargador Relator’ (folha 13). Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea ‘a’, do permissivo constitucional, contra alegada contrariedade ao artigo 7º, inciso XVI, da Constituição Federal, em razão de ter sido reconhecido o direito do agravado de receber remuneração pelo trabalho fora do horário normal de expediente, apesar da ausência de regulamentação legal desse dispositivo constitucional. Depois de apresentadas contrarrazões (folhas 41 a 45), o recurso não foi admitido, na origem (folha 47 a 49), daí a interposição do presente agravo. Decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em 31/3/06, conforme expresso na certidão de folha 172, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. A irresignação não merece prosperar. E isso porque o Tribunal de origem, ao aplicar à hipótese em discussão nestes autos, a norma do artigo 7º, inciso XVI, da Constituição Federal, agiu amparado no contido no § 2º do artigo 39 daquela Carta. Ressalte-se que o precedente transcrito nas razões do 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927393. Supremo Tribunal Federal AI 642.528 AGR / RJ funcionários públicos por força de expressa menção feita pelo § 3º do art. 39, tendo tais normas eficácia plena, e não contida como supõe a Recorrente, uma vez que definidoras de direito fundamental, como impõe o § 1º do art. 5º do mesmo diploma. Na ausência de lei que fixe o valor da remuneração das horas extras, deverá prevalecer o valor de 50% do valor da hora de trabalho normal, como dispõe o inc. XVI do art. 7º, C.F. Recursos desprovidos, por maioria, nos termos do voto do Desembargador Relator’ (folha 13). Insurge-se, no apelo extremo, fundado na alínea ‘a’, do permissivo constitucional, contra alegada contrariedade ao artigo 7º, inciso XVI, da Constituição Federal, em razão de ter sido reconhecido o direito do agravado de receber remuneração pelo trabalho fora do horário normal de expediente, apesar da ausência de regulamentação legal desse dispositivo constitucional. Depois de apresentadas contrarrazões (folhas 41 a 45), o recurso não foi admitido, na origem (folha 47 a 49), daí a interposição do presente agravo. Decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi publicado em 31/3/06, conforme expresso na certidão de folha 172, não sendo exigível a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. A irresignação não merece prosperar. E isso porque o Tribunal de origem, ao aplicar à hipótese em discussão nestes autos, a norma do artigo 7º, inciso XVI, da Constituição Federal, agiu amparado no contido no § 2º do artigo 39 daquela Carta. Ressalte-se que o precedente transcrito nas razões do 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927393. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Relatório AI 642.528 AGR / RJ recurso extraordinário (RE nº 169.173/SP), deixa claro que os direitos previstos no artigo 7º se aplicam aos servidores públicos desde logo, à exceção daqueles que demandam legislação específica para tanto, tal como ocorre com o adicional de insalubridade, por força do disposto no inciso XXIII do referido artigo, até porque esse faz expressa menção ao recebimento desse adicional, ‘na forma da lei’. Como o dispositivo referente ao recebimento das horas extras não exige complementação legal, para ser devido, não há que se falar em impossibilidade de sua concessão, desde logo, aos servidores que a ele fizerem jus. A prevalecer o entendimento esposado pelo agravante, a extensão de todos os demais direitos previstos no referido artigo 7º da Constituição Federal, aos servidores públicos, estaria a depender de regulamentação, o que não se mostra minimamente razoável. Correta, pois, a decisão ora atacada, a não merecer reparos. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.” Sustenta a agravante que “inobstante a Carta da República e a Constituição do Estado do Rio de Janeiro tenham conferido aos servidores públicos ocupantes de cargo efetivo o direito ao percebimento de maior remuneração pelas horas extraordinárias, na forma dos artigos 39, § 3º e 83, inc. IX, respectivamente, é certo que tais normas encontram-se despidas de densidade normativa, na medida em que demandam a sua regulamentação pelo legislador estadual” (fl. 89). Aduz que “inexistindo a regulamentação legal do citado direito, a sua concretização demandaria a fixação de parâmetros que 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927393. Supremo Tribunal Federal AI 642.528 AGR / RJ recurso extraordinário (RE nº 169.173/SP), deixa claro que os direitos previstos no artigo 7º se aplicam aos servidores públicos desde logo, à exceção daqueles que demandam legislação específica para tanto, tal como ocorre com o adicional de insalubridade, por força do disposto no inciso XXIII do referido artigo, até porque esse faz expressa menção ao recebimento desse adicional, ‘na forma da lei’. Como o dispositivo referente ao recebimento das horas extras não exige complementação legal, para ser devido, não há que se falar em impossibilidade de sua concessão, desde logo, aos servidores que a ele fizerem jus. A prevalecer o entendimento esposado pelo agravante, a extensão de todos os demais direitos previstos no referido artigo 7º da Constituição Federal, aos servidores públicos, estaria a depender de regulamentação, o que não se mostra minimamente razoável. Correta, pois, a decisão ora atacada, a não merecer reparos. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento.” Sustenta a agravante que “inobstante a Carta da República e a Constituição do Estado do Rio de Janeiro tenham conferido aos servidores públicos ocupantes de cargo efetivo o direito ao percebimento de maior remuneração pelas horas extraordinárias, na forma dos artigos 39, § 3º e 83, inc. IX, respectivamente, é certo que tais normas encontram-se despidas de densidade normativa, na medida em que demandam a sua regulamentação pelo legislador estadual” (fl. 89). Aduz que “inexistindo a regulamentação legal do citado direito, a sua concretização demandaria a fixação de parâmetros que 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927393. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Relatório AI 642.528 AGR / RJ possibilitassem a sua fruição, de maneira equânime entre todos os servidores abarcados pela mesma situação” (fl. 89). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927393. Supremo Tribunal Federal AI 642.528 AGR / RJ possibilitassem a sua fruição, de maneira equânime entre todos os servidores abarcados pela mesma situação” (fl. 89). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927393. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.528 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação que ampara a decisão agravada. Conforme asseverado naquela decisão, é certo que o inciso XVI, do art. 7º, da Constituição Federal, que trata do direito dos trabalhadores urbanos e rurais à remuneração pelo serviço extraordinário com acréscimo de, no mínimo, 50%, aplica-se imediatamente aos servidores públicos, em razão de sua autoaplicabilidade, haja vista que, como se depreende do seu próprio teor, por óbvio que não carece de qualquer complementação legal. Ressalte-se que os precedentes mencionados nas razões do agravo regimental não guardam pertinência com o caso em análise, uma vez que ambos tratam do adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, previstas no inciso XXIII do art. 7º, o qual, dada a determinação expressa contida no referido inciso: “na forma da lei”, efetivamente depende de legislação específica para ter plena eficácia. Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927394. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.528 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação que ampara a decisão agravada. Conforme asseverado naquela decisão, é certo que o inciso XVI, do art. 7º, da Constituição Federal, que trata do direito dos trabalhadores urbanos e rurais à remuneração pelo serviço extraordinário com acréscimo de, no mínimo, 50%, aplica-se imediatamente aos servidores públicos, em razão de sua autoaplicabilidade, haja vista que, como se depreende do seu próprio teor, por óbvio que não carece de qualquer complementação legal. Ressalte-se que os precedentes mencionados nas razões do agravo regimental não guardam pertinência com o caso em análise, uma vez que ambos tratam do adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, previstas no inciso XXIII do art. 7º, o qual, dada a determinação expressa contida no referido inciso: “na forma da lei”, efetivamente depende de legislação específica para ter plena eficácia. Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2927394. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.528 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ ADV.(A/S) : PAULA ASSED GONÇALVES DE SOUZA LINHARES AGDO.(A/S) : JOSÉ GILSON DE LIMA ADV.(A/S) : UPIRACI FERREIRA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895691 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 642.528 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ ADV.(A/S) : PAULA ASSED GONÇALVES DE SOUZA LINHARES AGDO.(A/S) : JOSÉ GILSON DE LIMA ADV.(A/S) : UPIRACI FERREIRA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895691 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2940586
2012-09-25T00:00:00
2012-10-15T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Servidor público. Pagamento de serviço extraordinário. Artigo 7º, inciso XVI, da Constituição Federal. Autoaplicabilidade. 1. O art. 7º, inciso XVI, da Constituição Federal, que cuida do direito dos trabalhadores urbanos e rurais à remuneração pelo serviço extraordinário com acréscimo de, no mínimo, 50%, aplica-se imediatamente aos servidores públicos, por consistir em norma autoaplicável. 2. Agravo regimental não provido.
sjur216587
Número de páginas: 7. Análise: 23/10/2012, AMS.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
642528
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00007 INC-00016 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
AI-AgR
acordaos
AI 642528 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO - UERJ ADV.(A/S) : PAULA ASSED GONÇALVES DE SOUZA LINHARES AGDO.(A/S) : JOSÉ GILSON DE LIMA ADV.(A/S) : UPIRACI FERREIRA
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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.999 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) :ULISSES SCHWARZ VIANA AGDO.(A/S) :ISAIAS ANDRADE BRITO ADV.(A/S) :CLAUDIA ALMEIDA GONÇALVES EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MILITAR. TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA. PROMOÇÃO E PROVENTOS. GRAU IMEDIATAMENTE SUPERIOR. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 53/1990. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMA LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM BASE NAS ALÍNEAS C E D DO INCISO III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissível o RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - O aresto impugnado não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição, tampouco lei local contestada em face de lei federal. Incabível, portanto, o recurso pelas alíneas c e d do art. 102, III, da Constituição. Precedentes. III - Agravo regimental improvido. A C Ó R D à O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843411. Supremo Tribunal Federal DJe 08/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão ARE 702.999 AGR / MS participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 25 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843411. Supremo Tribunal Federal ARE 702.999 AGR / MS participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 25 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843411. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.999 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) :ULISSES SCHWARZ VIANA AGDO.(A/S) :ISAIAS ANDRADE BRITO ADV.(A/S) :CLAUDIA ALMEIDA GONÇALVES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita: 'RECURSO OBRIGATÓRIO E APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO DECLARATÓRIA - TRANSFERÊNCIA PARA RESERVA REMUNERADA - 30 ANOS DE SERVIÇO - PROMOÇÃO AO GRAU HIERÁRQUICO IMEDIATAMENTE SUPERIOR PROVENTOS CALCULADOS SOBRE O SOLDO CORRESPONDENTE AO GRAU IMEDIATAMENTE SUPERIOR - INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 47 E 57 DA LC N. 53/90 - IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA LEI N. 6.880/80 (ESTATUTO DAS FORÇAS ARMADAS) - AUSÊNCIA DE PROIBIÇÃO DE PROMOÇÃO DO MILITAR - RECURSOS NÃO PROVIDOS'. No RE, fundado no art. 102, III, a, c e d, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, caput, 37, caput, 22, XXI, 40, §§ 2º e 3º, 42, §§ 1º e 2º, e 142, §§ 1º e 3º, X, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Isso porque, para se chegar à Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843412. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.999 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) :ULISSES SCHWARZ VIANA AGDO.(A/S) :ISAIAS ANDRADE BRITO ADV.(A/S) :CLAUDIA ALMEIDA GONÇALVES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita: 'RECURSO OBRIGATÓRIO E APELAÇÃO CÍVEL AÇÃO DECLARATÓRIA - TRANSFERÊNCIA PARA RESERVA REMUNERADA - 30 ANOS DE SERVIÇO - PROMOÇÃO AO GRAU HIERÁRQUICO IMEDIATAMENTE SUPERIOR PROVENTOS CALCULADOS SOBRE O SOLDO CORRESPONDENTE AO GRAU IMEDIATAMENTE SUPERIOR - INTELIGÊNCIA DOS ARTS. 47 E 57 DA LC N. 53/90 - IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA LEI N. 6.880/80 (ESTATUTO DAS FORÇAS ARMADAS) - AUSÊNCIA DE PROIBIÇÃO DE PROMOÇÃO DO MILITAR - RECURSOS NÃO PROVIDOS'. No RE, fundado no art. 102, III, a, c e d, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, caput, 37, caput, 22, XXI, 40, §§ 2º e 3º, 42, §§ 1º e 2º, e 142, §§ 1º e 3º, X, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Isso porque, para se chegar à Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843412. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório ARE 702.999 AGR / MS conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame de normas infraconstitucionais locais aplicáveis à espécie (Lei Complementar Estadual 53/90), o que inviabiliza o extraordinário. Nesse sentido, transcrevo ementas de ambas as Turmas desta Corte: 'AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 53/90. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO' (RE 473.602-AgR/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). 'CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROMOÇÃO DO MILITAR. INTERPRETAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR 53/90. SÚMULA STF 280. 1.Para se concluir, como pretende a parte agravante, necessário seria o reexame de legislação local, o que é defeso nesta via extraordinária (Súmula STF 280). Precedentes. 2. Agravo regimental improvido' (AI 762.655-AgR/MS, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma). Por fim, relativamente à alegada ofensa as alíneas c e d, do art. 102, III, da CF/88, melhor sorte não ocorre ao agravante. Isso porque, o Tribunal de origem não julgou válida lei local ou ato de governo contestado local contestado em face da Constituição, tampouco lei local contestada em face de lei federal. Por oportuno, trago à colação julgado proferido por este Tribunal que bem demonstra o entendimento afirmado, qual seja o RE 57.945-ED/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, cuja ementa segue transcrita: 'EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 53/90. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843412. Supremo Tribunal Federal ARE 702.999 AGR / MS conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame de normas infraconstitucionais locais aplicáveis à espécie (Lei Complementar Estadual 53/90), o que inviabiliza o extraordinário. Nesse sentido, transcrevo ementas de ambas as Turmas desta Corte: 'AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 53/90. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO' (RE 473.602-AgR/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). 'CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROMOÇÃO DO MILITAR. INTERPRETAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR 53/90. SÚMULA STF 280. 1.Para se concluir, como pretende a parte agravante, necessário seria o reexame de legislação local, o que é defeso nesta via extraordinária (Súmula STF 280). Precedentes. 2. Agravo regimental improvido' (AI 762.655-AgR/MS, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma). Por fim, relativamente à alegada ofensa as alíneas c e d, do art. 102, III, da CF/88, melhor sorte não ocorre ao agravante. Isso porque, o Tribunal de origem não julgou válida lei local ou ato de governo contestado local contestado em face da Constituição, tampouco lei local contestada em face de lei federal. Por oportuno, trago à colação julgado proferido por este Tribunal que bem demonstra o entendimento afirmado, qual seja o RE 57.945-ED/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, cuja ementa segue transcrita: 'EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 53/90. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843412. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Relatório ARE 702.999 AGR / MS CONSTITUCIONAL INDIRETA. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PELAS ALÍNEAS C E D DO INC. III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO'. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”. O agravante sustenta, em suma, a inaplicabilidade da Súmula 280 desta Corte, ao argumento de que houve ofensa direta aos arts. 142, §§ 1º e 3º, I e X, e 144, §§ 5º e 6º, da Constituição Federal. Alega, ainda, o cabimento do recurso com base nas alíneas c e d do art. 102, III, da Lei maior. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843412. Supremo Tribunal Federal ARE 702.999 AGR / MS CONSTITUCIONAL INDIRETA. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PELAS ALÍNEAS C E D DO INC. III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO'. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”. O agravante sustenta, em suma, a inaplicabilidade da Súmula 280 desta Corte, ao argumento de que houve ofensa direta aos arts. 142, §§ 1º e 3º, I e X, e 144, §§ 5º e 6º, da Constituição Federal. Alega, ainda, o cabimento do recurso com base nas alíneas c e d do art. 102, III, da Lei maior. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843412. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.999 MATO GROSSO DO SUL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Consoante asseverado na decisão agravada, o Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à transferência de militar para a reserva remunerada no grau imediatamente superior e o direito ao recebimento de proventos correspondentes ao grau hierárquico superior com fundamento na análise da legislação local pertinente (Lei complementar estadual 53/1990), conforme se observa do seguinte trecho do acórdão recorrido: “Estabelece o art. 57 da Lei Complementar n. 53/90: 'Art. 57: O policial-militar que contar com mais de 30 (trinta) anos de serviço, será promovido ao grau hierárquico imediatamente superior no mesmo ato que o transferir para a reserva remunerada, independente do quadro a que pertence.' (destacado). Por sua vez, o inciso II do § 1º do art. 47 da referida lei dispõe que: 'Art. 47 – São direitos dos policiais-militares: I – (...) II – percepção de remuneração correspondente ao grau hierárquico superior, ou melhoria da mesma, quando ao ser transferido para a inatividade e, contar, com trinta ou mais anos de serviço;' (...) § 1º - O policial-militar que contar com 30 anos ou mais Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843413. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.999 MATO GROSSO DO SUL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Consoante asseverado na decisão agravada, o Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à transferência de militar para a reserva remunerada no grau imediatamente superior e o direito ao recebimento de proventos correspondentes ao grau hierárquico superior com fundamento na análise da legislação local pertinente (Lei complementar estadual 53/1990), conforme se observa do seguinte trecho do acórdão recorrido: “Estabelece o art. 57 da Lei Complementar n. 53/90: 'Art. 57: O policial-militar que contar com mais de 30 (trinta) anos de serviço, será promovido ao grau hierárquico imediatamente superior no mesmo ato que o transferir para a reserva remunerada, independente do quadro a que pertence.' (destacado). Por sua vez, o inciso II do § 1º do art. 47 da referida lei dispõe que: 'Art. 47 – São direitos dos policiais-militares: I – (...) II – percepção de remuneração correspondente ao grau hierárquico superior, ou melhoria da mesma, quando ao ser transferido para a inatividade e, contar, com trinta ou mais anos de serviço;' (...) § 1º - O policial-militar que contar com 30 anos ou mais Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843413. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 702.999 AGR / MS de serviço ao ingressar na inatividade terá seus proventos calculados sobre o soldo correspondente ao grau hierárquico imediato; se existir na Polícia Militar grau hierárquico superior ao seu, mesmo de outro quadro, se ocupante do último grau de hierarquia da Corporação, o Oficial terá seus proventos calculados, tomando-se por base o soldo de seu próprio posto acrescido de percentual fixado em legislação específica.' Conforme se depreende da análise dos dispositivos legais acima mencionados, o policial militar que contar com mais de 30 anos de serviço e ingressar na inatividade terá direito de ser promovido ao grau hierárquico imediatamente superior, e de ter os seus proventos calculados sobre o soldo correspondente ao grau hierárquico imediato. No caso presente, verifica-se que em 30/7/1997, data da transferência do apelado para a reserva remunerada, deveria ter sido promovido para graduação de 2° Tenente, por contar com mais de 30 anos de serviço, bem como de perceber os seus proventos na graduação de 1º Sargento, ao grau hierárquico imediato” (fl. 260 do e-STJ). Assim, firmar entendimento diverso implicaria em novo exame da legislação mencionada, circunstância que torna inviável o recurso nos termos da Súmula 280 do STF. Nesse sentido, além dos precedentes já mencionados na decisão impugnada, transcrevo os seguintes julgados de ambas as Turmas desta Corte: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 53/1990. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PELAS ALÍNEAS C E D DO INC. III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 633.421-AgR/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843413. Supremo Tribunal Federal ARE 702.999 AGR / MS de serviço ao ingressar na inatividade terá seus proventos calculados sobre o soldo correspondente ao grau hierárquico imediato; se existir na Polícia Militar grau hierárquico superior ao seu, mesmo de outro quadro, se ocupante do último grau de hierarquia da Corporação, o Oficial terá seus proventos calculados, tomando-se por base o soldo de seu próprio posto acrescido de percentual fixado em legislação específica.' Conforme se depreende da análise dos dispositivos legais acima mencionados, o policial militar que contar com mais de 30 anos de serviço e ingressar na inatividade terá direito de ser promovido ao grau hierárquico imediatamente superior, e de ter os seus proventos calculados sobre o soldo correspondente ao grau hierárquico imediato. No caso presente, verifica-se que em 30/7/1997, data da transferência do apelado para a reserva remunerada, deveria ter sido promovido para graduação de 2° Tenente, por contar com mais de 30 anos de serviço, bem como de perceber os seus proventos na graduação de 1º Sargento, ao grau hierárquico imediato” (fl. 260 do e-STJ). Assim, firmar entendimento diverso implicaria em novo exame da legislação mencionada, circunstância que torna inviável o recurso nos termos da Súmula 280 do STF. Nesse sentido, além dos precedentes já mencionados na decisão impugnada, transcrevo os seguintes julgados de ambas as Turmas desta Corte: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. PROMOÇÃO. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL N. 53/1990. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO PELAS ALÍNEAS C E D DO INC. III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 633.421-AgR/MS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma). “CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843413. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 702.999 AGR / MS REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MILITAR. TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA. INTERPRETAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR 53/90. 1. Cabe à lei estadual, nos termos da norma constitucional do art. 142, § 3º, X, regular as disposições do art. 42, § 1º, da Constituição Federal e estabelecer as condições de transferência do militar para a inatividade. Precedentes. 2. Agravo regimental improvido” (RE 495.341-AgR/MS, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma). Por fim, conforme assentado na decisão agravada, o Tribunal de origem não julgou válida lei local ou ato de governo contestado em face da Constituição, tampouco lei local contestada em face de lei federal. Incabível, portanto, o recurso pelas alíneas c e d do art. 102, III, da Constituição. No mesmo sentido, em hipóteses semelhantes à destes autos, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 598.310/MS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 636.651/DF, Rel. Min. Luiz Fux; AI 791.589/MS e AI 682.364/MS, Rel. Min. Dias Toffoli; ARE 682.652/MS, de minha relatoria. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843413. Supremo Tribunal Federal ARE 702.999 AGR / MS REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MILITAR. TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA. INTERPRETAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR 53/90. 1. Cabe à lei estadual, nos termos da norma constitucional do art. 142, § 3º, X, regular as disposições do art. 42, § 1º, da Constituição Federal e estabelecer as condições de transferência do militar para a inatividade. Precedentes. 2. Agravo regimental improvido” (RE 495.341-AgR/MS, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma). Por fim, conforme assentado na decisão agravada, o Tribunal de origem não julgou válida lei local ou ato de governo contestado em face da Constituição, tampouco lei local contestada em face de lei federal. Incabível, portanto, o recurso pelas alíneas c e d do art. 102, III, da Constituição. No mesmo sentido, em hipóteses semelhantes à destes autos, menciono as seguintes decisões, entre outras: RE 598.310/MS, Rel. Min. Joaquim Barbosa; RE 636.651/DF, Rel. Min. Luiz Fux; AI 791.589/MS e AI 682.364/MS, Rel. Min. Dias Toffoli; ARE 682.652/MS, de minha relatoria. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2843413. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.999 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) : ULISSES SCHWARZ VIANA AGDO.(A/S) : ISAIAS ANDRADE BRITO ADV.(A/S) : CLAUDIA ALMEIDA GONÇALVES Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885567 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.999 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) : ULISSES SCHWARZ VIANA AGDO.(A/S) : ISAIAS ANDRADE BRITO ADV.(A/S) : CLAUDIA ALMEIDA GONÇALVES Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885567 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2895310
2012-09-25T00:00:00
2012-10-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. MILITAR. TRANSFERÊNCIA PARA A RESERVA REMUNERADA. PROMOÇÃO E PROVENTOS. GRAU IMEDIATAMENTE SUPERIOR. LEI COMPLEMENTAR ESTADUAL 53/1990. REAPRECIAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE NORMA LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 280 DO STF. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM BASE NAS ALÍNEAS C E D DO INCISO III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Inadmissível o RE, ante a incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. II - O aresto impugnado não julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição, tampouco lei local contestada em face de lei federal. Incabível, portanto, o recurso pelas alíneas c e d do art. 102, III, da Constituição. Precedentes. III - Agravo regimental improvido.
sjur216149
- Acórdãos citados: RE 633421 AgR, RE 495341 AgR. - Decisões monocráticas citadas: RE 598310, RE 636651, AI 791589, AI 682364, ARE 682652. Número de páginas: 9. Análise: 18/10/2012, MJC.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
702999
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 LET-C LET-D\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-EST LCP-000053 ANO-1990\r\n LEI COMPLEMENTAR, MS" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 702999 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) : ULISSES SCHWARZ VIANA AGDO.(A/S) : ISAIAS ANDRADE BRITO ADV.(A/S) : CLAUDIA ALMEIDA GONÇALVES
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.707 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :GUILHERME RIBEIRO PONTES IMPTE.(S) :EDIMAR CRISTIANO ALVES E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. SUBSTITUTIVO DO RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. TRANCAMENTO DE AÇÃO PENAL. EXCEPCIONALIDADE 1. O habeas corpus tem uma rica história, constituindo garantia fundamental do cidadão. Ação constitucional que é, não pode ser o writ amesquinhado, mas também não é passível de vulgarização, sob pena de restar descaracterizado como remédio heroico. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla do preceito constitucional. Precedente da Primeira Turma desta Suprema Corte. 2. Paciente denunciado pela prática de crimes de peculato e licitatórios. Suficiente a descrição das condutas imputadas ao paciente e as razões de imputação veiculadas na denúncia, cumpridos os requisitos do artigo 41 do Código de Processo Penal. Pode-se confiar no devido processo legal, com o trâmite natural da ação penal, para prevenir de forma suficiente eventuais ilegalidades, abusos ou injustiças no processo penal. Salvo situações excepcionais, não se justifica o trancamento da ação penal. 3. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito pela inadequação da via eleita. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800506. Supremo Tribunal Federal DJe 16/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 16 Ementa e Acórdão HC 104.707 / MG A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800506. Supremo Tribunal Federal HC 104.707 / MG A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800506. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 16 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.707 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :GUILHERME RIBEIRO PONTES IMPTE.(S) :EDIMAR CRISTIANO ALVES E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO A Sra. Min. Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas corpus impetrado por Edimar Cristiano Alves, advogado, e Outro em favor de Guilherme Ribeiro Pontes contra acórdão denegatório do HC 114.717/MG pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça. O paciente foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais pelos crimes dos art. 312 do Código Penal (peculato) e dos artigos 90 e 91 da Lei nº 8.666/1993. Teria, em síntese, na condição de Secretário de Agricultura e do Meio Ambiente do Município de Ouro Preto/MG, participado da contratação de empresa privada para a realização de serviço desnecessário, com o consequente desvio de verba pública, e ainda de fraudes à licitação havidas durante a contratação. A denúncia foi recebida, em 21.8.2007, pela Vara Criminal da Justiça Estadual de Ouro Preto/MG (ação penal 0461.06.038069-2). Buscou o paciente o trancamento da ação penal por meio de sucessivos habeas corpus. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais denegou o HC 1.0000.08.468514-8. O Superior Tribunal de Justiça, na apreciação do HC 114.717/MG, concedeu parcialmente a ordem para trancamento da ação penal em relação ao crime do art. 91 da Lei nº 8.666/1993, denegando-o quanto aos demais delitos. Transcrevo a ementa: “PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS . PECULATO- DESVIO TENTADO. LEI 8.666/93: ARTS. 90 E 91. FALTA DE JUSTA CAUSA. RECONHECIMENTO EM PARTE. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800507. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.707 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :GUILHERME RIBEIRO PONTES IMPTE.(S) :EDIMAR CRISTIANO ALVES E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO A Sra. Min. Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas corpus impetrado por Edimar Cristiano Alves, advogado, e Outro em favor de Guilherme Ribeiro Pontes contra acórdão denegatório do HC 114.717/MG pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça. O paciente foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais pelos crimes dos art. 312 do Código Penal (peculato) e dos artigos 90 e 91 da Lei nº 8.666/1993. Teria, em síntese, na condição de Secretário de Agricultura e do Meio Ambiente do Município de Ouro Preto/MG, participado da contratação de empresa privada para a realização de serviço desnecessário, com o consequente desvio de verba pública, e ainda de fraudes à licitação havidas durante a contratação. A denúncia foi recebida, em 21.8.2007, pela Vara Criminal da Justiça Estadual de Ouro Preto/MG (ação penal 0461.06.038069-2). Buscou o paciente o trancamento da ação penal por meio de sucessivos habeas corpus. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais denegou o HC 1.0000.08.468514-8. O Superior Tribunal de Justiça, na apreciação do HC 114.717/MG, concedeu parcialmente a ordem para trancamento da ação penal em relação ao crime do art. 91 da Lei nº 8.666/1993, denegando-o quanto aos demais delitos. Transcrevo a ementa: “PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS . PECULATO- DESVIO TENTADO. LEI 8.666/93: ARTS. 90 E 91. FALTA DE JUSTA CAUSA. RECONHECIMENTO EM PARTE. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800507. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 16 Relatório HC 104.707 / MG 1. O crime de peculato-desvio é material e admite, portanto, a tentativa. In casu, tendo o paciente, supostamente, empregado todos os esforços para desviar recursos públicos, o que não teria se consumado tão somente em razão de medida liminar deferida no seio ação popular ajuizada, afigura-se típico o conatus. Em igual medida, também é relevante para o direito penal, amoldando-se ao disposto no art. 90 da Lei 8.666/93, a ação de promover licitação, mediante o convite de apenas duas empresas, sendo que uma delas sequer atuava no ramo profissional, cujo serviço compunha o objeto do certame. 2. Carece de justa causa a ação penal quando se imputa a prática do crime do art. 91 da Lei 8.666/93, que depende da invalidação da contratação, uma vez coarctada, ab ovo, a concretização da licitação. 3. Ordem concedida, em menor extensão, para trancar, em parte, a ação penal em relação ao paciente, apenas em relação ao art. 91 da Lei 8.666/93.(com voto-vencido)” Na presente impetração, alega, em síntese: a) que o paciente apenas "vistou" a solicitação de contratação de serviço; b) que a solicitação da contratação partiu da Diretora de Agricultura do Município e contou com parecer jurídico favorável; e c) que não participou do restante do procedimento de licitação ou de contratação. A liminar foi indeferida pela eminente Ministra Ellen Gracie e dispensadas as informações. O Ministério Público Federal, em parecer subscrito pelo Subprocurador-Geral da República Mário José Gisi, opinou pela denegação da ordem (fls. 148-157). Em consulta ao site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, verifiquei que a ação penal foi julgada parcialmente procedente, desafiando apelações. Não foi possível verificar o conteúdo exato da sentença. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800507. Supremo Tribunal Federal HC 104.707 / MG 1. O crime de peculato-desvio é material e admite, portanto, a tentativa. In casu, tendo o paciente, supostamente, empregado todos os esforços para desviar recursos públicos, o que não teria se consumado tão somente em razão de medida liminar deferida no seio ação popular ajuizada, afigura-se típico o conatus. Em igual medida, também é relevante para o direito penal, amoldando-se ao disposto no art. 90 da Lei 8.666/93, a ação de promover licitação, mediante o convite de apenas duas empresas, sendo que uma delas sequer atuava no ramo profissional, cujo serviço compunha o objeto do certame. 2. Carece de justa causa a ação penal quando se imputa a prática do crime do art. 91 da Lei 8.666/93, que depende da invalidação da contratação, uma vez coarctada, ab ovo, a concretização da licitação. 3. Ordem concedida, em menor extensão, para trancar, em parte, a ação penal em relação ao paciente, apenas em relação ao art. 91 da Lei 8.666/93.(com voto-vencido)” Na presente impetração, alega, em síntese: a) que o paciente apenas "vistou" a solicitação de contratação de serviço; b) que a solicitação da contratação partiu da Diretora de Agricultura do Município e contou com parecer jurídico favorável; e c) que não participou do restante do procedimento de licitação ou de contratação. A liminar foi indeferida pela eminente Ministra Ellen Gracie e dispensadas as informações. O Ministério Público Federal, em parecer subscrito pelo Subprocurador-Geral da República Mário José Gisi, opinou pela denegação da ordem (fls. 148-157). Em consulta ao site do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, verifiquei que a ação penal foi julgada parcialmente procedente, desafiando apelações. Não foi possível verificar o conteúdo exato da sentença. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800507. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 16 Voto - MIN. ROSA WEBER 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.707 MINAS GERAIS VOTO I. A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas corpus foi impetrado contra acórdão denegatório do HC 114.717/MG proferido pelo Superior Tribunal de Justiça. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário (art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe, em decorrência, a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo. Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao julgar o HC 109.956 (Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria), tendo a discussão se iniciado no HC 108.715, cujo julgamento ainda não foi finalizado. Ora, o habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção - ir, vir e permanecer -, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva (art. 5.º, LXVIII). Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico, afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY, Leonard W. Origins of the Bill of Rights . New Haven and London: Yale University Press, p. 44). Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o corpo" em Juízo, e não constituía um instrumento destinado necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D. Habeas Corpus: From England to Empire . Cambridge: Harvard University Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.707 MINAS GERAIS VOTO I. A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): O presente habeas corpus foi impetrado contra acórdão denegatório do HC 114.717/MG proferido pelo Superior Tribunal de Justiça. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição da República remédio jurídico expresso, o recurso ordinário (art. 102, II, a). Diante da dicção constitucional não cabe, em decorrência, a utilização de novo habeas corpus, em caráter substitutivo. Esta Primeira Turma assentou tal entendimento, em 08.8.2012, ao julgar o HC 109.956 (Rel. Min. Marco Aurélio, por maioria), tendo a discussão se iniciado no HC 108.715, cujo julgamento ainda não foi finalizado. Ora, o habeas corpus constitui garantia fundamental prevista na Constituição da República para a tutela da liberdade de locomoção - ir, vir e permanecer -, contra prisão ou ameaça de prisão ilegal ou abusiva (art. 5.º, LXVIII). Sua origem perde-se no tempo. Na Inglaterra, o seu berço histórico, afirma-se que é mais antigo que a própria Magna Carta de 1215 (LEVY, Leonard W. Origins of the Bill of Rights . New Haven and London: Yale University Press, p. 44). Originariamente, era utilizado pelos Tribunais para determinar a apresentação de alguém, um prisioneiro, à Corte, para literalmente "ter o corpo" em Juízo, e não constituía um instrumento destinado necessariamente à salvaguarda da liberdade. Ilustrativamente, em 1554, a Queen's Bench utilizou dois habeas corpus para trazer a julgamento diversas pessoas envolvidas em rebelião, sendo identificadas nos writs notas de que os rebeldes deveriam ser enforcados (HALLIDAY, Paul D. Habeas Corpus: From England to Empire . Cambridge: Harvard University Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 16 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 104.707 / MG Press, 2010, p. 29). Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's Bench , começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão, liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva. Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas. Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit ., p. 174-175). No Buschel's Case , de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas para libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada na compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto contrário à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul D. op.cit. , p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit ., p. 52-53). Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law , o seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente, no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act , de 1679, e, no âmbito norte- americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de 1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791. Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade, não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não (v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases, Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628; TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings . Oxford University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas Corpus: críticas e perspectivas . 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81). Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Supremo Tribunal Federal HC 104.707 / MG Press, 2010, p. 29). Com o tempo, porém, as Cortes inglesas, especialmente a King's Bench , começaram a utilizar o habeas corpus para avaliar a causa da prisão, liberando o preso quando reputavam a medida ilegal ou abusiva. Foi o habeas corpus o veículo para a afirmação progressiva das liberdades públicas inglesas, uma vez utilizado como instrumento contra prisões decorrentes de perseguições religiosas e políticas. Entre o rico histórico de casos, destaco apenas dois para não ser cansativa. James Somerset obteve, por meio de habeas corpus impetrado em 1771, a libertação pela King's Bench da condição de escravo por haver sido deportado da Inglaterra pelo seu proprietário sem seu consentimento (HALLIDAY, Paul D. op.cit ., p. 174-175). No Buschel's Case , de 1670, o habeas corpus foi concedido pela Court of Common Pleas para libertar jurados presos por ordem do Juiz Presidente do Júri fundada na compreensão deste de que eles haviam proferido um veredicto contrário à prova dos autos. O Buschel's Case confunde-se com o próprio nascimento do princípio da soberania dos veredictos (HALLIDAY, Paul D. op.cit. , p. 235-236, e LEVY, Leonard W. op.cit ., p. 52-53). Embora o habeas corpus constitua remédio criado pela common law , o seu prestígio ensejou-lhe posterior consagração legislativa, especialmente, no âmbito inglês, com o Habeas Corpus Act , de 1679, e, no âmbito norte- americano, com o artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de 1787, ainda antes da adoção das dez primeiras emendas de 1791. Interessante nesse breve relato é que, a despeito da importância histórica do instituto, confundido com a própria essência da liberdade, não foi e não é o habeas corpus utilizado, no Direito anglo-saxão, senão diretamente contra uma prisão, decretada em processo criminal ou não (v.g. KAMISAR, Yale e outros. Modern Criminal Procedures: Cases, Comments, Questions. 10. ed. St. Paul: West Group, 2002, p. 1.585-628; TRECHSEL, Stefan. Human Rights in Criminal Proceedings . Oxford University Press, 2005, p. 462-495; GUIMARÃES, Isaac Sabbá. Habeas Corpus: críticas e perspectivas . 3. ed. Curitiba, Juruá, 2009, p. 165-81). Jamais se cogitou de sua utilização como um substitutivo de recurso no 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 16 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 104.707 / MG processo penal. Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão- só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit. , p. 228-229). No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda ( História e prática do habeas corpus , primeira edição de 1916). É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim denominadas "cartas de seguro" (por todos, STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do habeas corpus no Brasil. In : PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.) Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção . São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo. Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado, entre nós ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento,contudo, veio com o Código de Processo Criminal de 1832 ( "art. 340. Todo o cidadão que entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu favor" ). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871, também contra a ameaça de prisão ( art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado" ). 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Supremo Tribunal Federal HC 104.707 / MG processo penal. Também em Portugal, onde o habeas corpus foi adotado apenas no século XX (Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945), constitui ação destinada apenas à impugnação de uma prisão. Como já decidiu o Superior Tribunal de Justiça português, "a providência de habeas corpus destina-se tão- só a controlar a legalidade da prisão no momento em que se decide, tendo como finalidade verificar a legalidade das prisões a que os cidadãos estão sujeitos, nela não se incluindo a verificação de qualquer ilegalidade que possa ter sido cometida no processo, seja criminal ou disciplinar, nem qualquer medida contra os responsáveis por tais ilegalidades" (Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422 - apud GUIMARÃES, Isaac Sabbá. op.cit. , p. 228-229). No Brasil, o habeas corpus tem igualmente rica história, contada em diversas obras, entre as quais a famosa de Pontes de Miranda ( História e prática do habeas corpus , primeira edição de 1916). É certo que, no período colonial, não eram totalmente inexistentes remédios jurídicos para a proteção da liberdade, entre eles as assim denominadas "cartas de seguro" (por todos, STRAUS, Flávio Augusto Saraiva. A tutela da liberdade pessoal antes da instituição formal do habeas corpus no Brasil. In : PIOVESAN, Flávia e GARCIA, Maria (org.) Doutrinas essenciais: Direitos Humanos: Instrumentos e garantias de proteção . São Paulo: RT, 2011, v. 5, p. 799-51), mas somente com o habeas corpus a liberdade passou a ser assegurada por um remédio pronto, fácil e efetivo. Devido ao prestígio das instituições inglesas, o writ foi adotado, entre nós ainda no período imperial. O Código Criminal de 1830 a ele já faz referência nos arts. 183 a 188. Seu regramento,contudo, veio com o Código de Processo Criminal de 1832 ( "art. 340. Todo o cidadão que entender, que elle ou outrem soffre uma prisão ou constrangimento illegal, em sua liberdade, tem direito de pedir uma ordem de - Habeas-Corpus - em seu favor" ). Ainda no Império ampliou-se o cabimento do habeas corpus, que passou a ser admitido, com a promulgação da Lei nº 2.033, de 1871, também contra a ameaça de prisão ( art. 18, §1º: Tem lugar o pedido e concessão da ordem de habeas-corpus ainda quando o impetrante não tenha chegado a soffrer o constrangimento corporal, mas se veja delle ameaçado" ). 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 16 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 104.707 / MG Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, §22 quanto ao objetivo de tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da "Doutrina brasileira do habeas corpus", que levou o writ , na ausência de outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal, para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier . A memorável construção - a maior criação jurisprudencial brasileira , nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues ( História do Supremo Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus . 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17)-, chegou, contudo, ao fim em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da liberdade de locomoção. Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tetela da liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva. Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da liberdade física" ( História e prática do Habeas Corpus . 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161). Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção ir, vir e permanecer -, contra violência ou coação, pressupondo, portanto, uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de constrangimento físico ou moral à liberdade física. Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 ( "Número de habeas corpus dobra 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Supremo Tribunal Federal HC 104.707 / MG Já na primeira Constituição Republicana, de 1891, o habeas corpus foi constitucionalizado. E o silêncio do art. 72, §22 quanto ao objetivo de tutela apenas da liberdade de locomoção propiciou o desenvolvimento da "Doutrina brasileira do habeas corpus", que levou o writ , na ausência de outras ações constitucionais, a ser utilizado para a salvaguarda de outras liberdades que não a de locomoção, caso, v.g., do Habeas Corpus 3.536, em que concedida ordem, em 05.6.1914, por este Supremo Tribunal Federal, para garantir o direito do então Senador Ruy Barbosa a publicar os seus discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe convier . A memorável construção - a maior criação jurisprudencial brasileira , nos dizeres da historiadora Leda Boechat Rodrigues ( História do Supremo Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina brasileira do habeas corpus . 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, 1991, vol. 3, p. 17)-, chegou, contudo, ao fim em 1926, com a reforma constitucional promovida pelo Presidente Artur Bernardes, que, mediante alteração do mencionado art. 72 da Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus à tutela da liberdade de locomoção. Desde então o habeas foi contemplado em todas as Constituições republicanas, de 1934, 1937, 1946, 1967, 1969 e 1988, para a tetela da liberdade de locomoção contra violência ou coação ilegal ou abusiva. Todo esse rico histórico evidencia o caráter nobre da ação constitucional do habeas corpus, garantia fundamental que, se não pode ser amesquinhada, também não é passível de vulgarização. No dizer de Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da liberdade física" ( História e prática do Habeas Corpus . 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161). Assim, é o habeas corpus uma garantia da liberdade de locomoção ir, vir e permanecer -, contra violência ou coação, pressupondo, portanto, uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de constrangimento físico ou moral à liberdade física. Nos últimos anos, todavia, tem se verificado um desvirtuamento da garantia constitucional. Ilustrativamente, notícia divulgada no site do Superior Tribunal de Justiça em 29.5.2011 ( "Número de habeas corpus dobra 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 16 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 104.707 / MG em três anos e preocupa Ministros" ) revela atingida naquela data a marca de duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo ano (de 38.109). Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da vulgarização do habeas corpus . Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão vigente ou sem ameaça senão remota de prisão. A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do desvirtuamento do habeas corpus . O desvirtuamento do habeas corpus também tornou sem sentido o princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões finais ou contra decisões interlocutórias se a jurisprudência entender, à falta de previsão do recurso, manejável o habeas corpus. A par de notório que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas corpus a submeterem a mesma questão, sucessiva e até concomitantemente, a diferentes tribunais. O desvirtuamento do habeas corpus tem efeito ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das funções precípuas do Superior Tribunal de Justiça - a última palavra na interpretação da lei federal e desta Suprema Corte - a guarda da Constituição. A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal, bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo, comandada pelo art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna, aconselham seja 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Supremo Tribunal Federal HC 104.707 / MG em três anos e preocupa Ministros" ) revela atingida naquela data a marca de duzentos mil habeas corpus impetrados perante aquela Corte. E, segundo os dados estatísticos disponibilizados, naquele ano nela foram distribuídos 36.125 habeas corpus, número quase equivalente ao total de processos distribuídos perante este Supremo Tribunal Federal no mesmo ano (de 38.109). Tais números só foram possíveis em virtude da prodigalização e da vulgarização do habeas corpus . Embora restrito seu cabimento, segundo a Constituição, a casos de prisão ou ameaça de prisão, passou-se a admiti-lo como substitutivo de recursos no processo penal, por vezes até mesmo sem qualquer prisão vigente ou sem ameaça senão remota de prisão. A pauta, aliás, desta Primeira Turma, com mais de uma centena de habeas corpus sobre os mais variados temas, poucos relacionados à impugnação da prisão ou efetiva ameaça de, é ilustrativa do desvirtuamento do habeas corpus . O desvirtuamento do habeas corpus também tornou sem sentido o princípio da exaustividade dos recursos no processo legal. De nada adianta a lei prever um número limitado de recursos contra decisões finais ou contra decisões interlocutórias se a jurisprudência entender, à falta de previsão do recurso, manejável o habeas corpus. A par de notório que a possibilidade de recorrer contra toda e qualquer decisão interlocutória é fatal para a duração razoável do processo também assegurada constitucionalmente, há verdadeira avalanche de habeas corpus a submeterem a mesma questão, sucessiva e até concomitantemente, a diferentes tribunais. O desvirtuamento do habeas corpus tem efeito ainda mais grave nos Tribunais Superiores, diante das funções precípuas do Superior Tribunal de Justiça - a última palavra na interpretação da lei federal e desta Suprema Corte - a guarda da Constituição. A preservação da racionalidade do sistema processual e recursal, bem como a necessidade de assegurar a razoável duração do processo, comandada pelo art. 5º, LXXVIII, da Carta Magna, aconselham seja 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 16 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 104.707 / MG retomada a função constitucional do habeas corpus, sem o seu emprego como substitutivo de recurso no processo penal. No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por Tribunal Superior, o uso do habeas corpus em substituição é ainda mais grave, considerada a expressa previsão do recurso no texto constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal). Admitir o habeas corpus como substitutivo do recurso, diante da expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os requisitos pertinentes. Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no texto da Constituição. Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem resolução do mérito. II. Como a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o exame da questão de fundo, uma vez, em tese, possível a concessão de habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou arbitrariedade. Segundo a denúncia, o acusado, ora paciente, na condição de Secretário de Agricultura do Município de Ouro Preto/MG, teria aprovado, ao final do ano de 2004, a solicitação de "contratação de uma empresa para promoção de estudos técnicos sobre a organização das políticas de incentivos rurais, promovendo a avaliação e análise dos programas em andamento, visando suporte ao planejamento das políticas de desenvolvimento agrícola do Município de Ouro Preto”. Outras duas similares contratações – estas sem interferência direta 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Supremo Tribunal Federal HC 104.707 / MG retomada a função constitucional do habeas corpus, sem o seu emprego como substitutivo de recurso no processo penal. No caso do recurso ordinário contra a denegação do writ por Tribunal Superior, o uso do habeas corpus em substituição é ainda mais grave, considerada a expressa previsão do recurso no texto constitucional (art. 102, II, a, da Constituição Federal). Admitir o habeas corpus como substitutivo do recurso, diante da expressa previsão constitucional, representa burla indireta ao instituto próprio, cujo manejo está à disposição do sucumbente, observados os requisitos pertinentes. Em síntese, o habeas corpus é garantia fundamental que não pode ser vulgarizada, sob pena de sua descaracterização como remédio heroico, e seu emprego não pode servir a escamotear o instituto recursal previsto no texto da Constituição. Como foi o que ocorreu no presente caso, voto por afirmar a inadequação do habeas corpus e por sua consequente extinção sem resolução do mérito. II. Como a não admissão do habeas corpus como substitutivo do recurso ordinário constitucional representa guinada da jurisprudência desta Corte, entendo que se impõe, quanto aos habeas corpus já impetrados, o exame da questão de fundo, uma vez, em tese, possível a concessão de habeas corpus de ofício diante de flagrante ilegalidade ou arbitrariedade. Segundo a denúncia, o acusado, ora paciente, na condição de Secretário de Agricultura do Município de Ouro Preto/MG, teria aprovado, ao final do ano de 2004, a solicitação de "contratação de uma empresa para promoção de estudos técnicos sobre a organização das políticas de incentivos rurais, promovendo a avaliação e análise dos programas em andamento, visando suporte ao planejamento das políticas de desenvolvimento agrícola do Município de Ouro Preto”. Outras duas similares contratações – estas sem interferência direta 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 16 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 104.707 / MG do paciente -, com ligeiras modificações do objeto, teriam sido promovidas na mesma época pela Secretaria de Cultura e pela Direção de Ação Social do Município. Segundo a denúncia (fls. 19-25), os editais de licitações relativamente às três contratações eram praticamente idênticos. O valor do serviço foi estimado em R$ 79.000,00 para cada uma das contratações. Nos editais, constava a mesma exigência de que o licitante fosse agência de propaganda (item 2.1 do edital). Na realização das licitações, modalidade carta-convite, incompatível com o valor estimado do serviço, teriam sido convidadas as mesmas três empresas. Entre as empresas convidadas, apenas uma delas atendia ao edital, no sentido de ser uma agência de propaganda. Nos três certames foi vitoriosa a mesma empresa, a ZB Design. Em decorrência de ação popular, as contratações foram suspensas e, posteriormente, canceladas no mandato do novo Prefeito, em 2005. A denúncia aponta vícios tão gritantes nos certames e nas contratações que, com base neles, afirma que os expedientes se destinavam a mero desvio de recursos públicos. Não cabe aqui análise aprofundada da imputação, mas, de fato, chama a atenção a similitude do objeto das três contratações, com pequenas diferenças, inclusive coincidentes no preço. Também merece destaque o fato de os editais de licitação exigirem das licitantes a qualidade de "agência de propaganda", absolutamente incompatível com o objeto do serviço licitado (no caso do paciente, “estudos técnicos sobre a organização das políticas de incentivos rurais”). Também merece destaque a realização dos certames no final do último ano do mandato da então Prefeita, mesmo tendo eles por objeto a realização de estudos para habilitar a Administração Pública em planejamento de políticas de longo prazo. Relativamente ao ora paciente, afirma a denúncia: "Na carta convite 157, houve, ainda, a consciente participação da quarta e do quinto acusados [o último, o ora paciente], os quais, como diretora de agricultura e secretário municipal de agricultura e 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Supremo Tribunal Federal HC 104.707 / MG do paciente -, com ligeiras modificações do objeto, teriam sido promovidas na mesma época pela Secretaria de Cultura e pela Direção de Ação Social do Município. Segundo a denúncia (fls. 19-25), os editais de licitações relativamente às três contratações eram praticamente idênticos. O valor do serviço foi estimado em R$ 79.000,00 para cada uma das contratações. Nos editais, constava a mesma exigência de que o licitante fosse agência de propaganda (item 2.1 do edital). Na realização das licitações, modalidade carta-convite, incompatível com o valor estimado do serviço, teriam sido convidadas as mesmas três empresas. Entre as empresas convidadas, apenas uma delas atendia ao edital, no sentido de ser uma agência de propaganda. Nos três certames foi vitoriosa a mesma empresa, a ZB Design. Em decorrência de ação popular, as contratações foram suspensas e, posteriormente, canceladas no mandato do novo Prefeito, em 2005. A denúncia aponta vícios tão gritantes nos certames e nas contratações que, com base neles, afirma que os expedientes se destinavam a mero desvio de recursos públicos. Não cabe aqui análise aprofundada da imputação, mas, de fato, chama a atenção a similitude do objeto das três contratações, com pequenas diferenças, inclusive coincidentes no preço. Também merece destaque o fato de os editais de licitação exigirem das licitantes a qualidade de "agência de propaganda", absolutamente incompatível com o objeto do serviço licitado (no caso do paciente, “estudos técnicos sobre a organização das políticas de incentivos rurais”). Também merece destaque a realização dos certames no final do último ano do mandato da então Prefeita, mesmo tendo eles por objeto a realização de estudos para habilitar a Administração Pública em planejamento de políticas de longo prazo. Relativamente ao ora paciente, afirma a denúncia: "Na carta convite 157, houve, ainda, a consciente participação da quarta e do quinto acusados [o último, o ora paciente], os quais, como diretora de agricultura e secretário municipal de agricultura e 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 16 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 104.707 / MG meio ambiente, respectivamente, solicitaram a contratação de serviço desnecessário, em evidente desvio de verba pública, através de procedimento nulo e que teve o seu caráter competitivo frustrado." O ato de aprovação pelo paciente da solicitação de contratação não pode ser considerado isoladamente. Conforme adiantado, segundo a denúncia, as três contratações realizadas em pastas diferentes da Administração Pública Municipal sofriam vícios tão gritantes que configurariam verdadeiro desvio de dinheiro público ao final do mandato da então Prefeita. Nessa perspectiva, há certa plausibilidade na argumentação constante da denúncia de que os vícios não teriam sido produto do acaso, mas de consciente e deliberada concertação fraudulenta entre os membros da Administração Pública envolvidos, incluindo o ora paciente, Secretário Municipal de Agricultura, visando à prática de crimes funcionais já no final do mandato da então Prefeita. Há, portanto, na denúncia descrição fática hábil ao início da ação penal, com o apontamento das provas e das razões de imputação aos acusados, entre eles o ora paciente, a configurar justa causa. Evidentemente, a imputação não equivale à condenação e tem o paciente condições de, por meio do exercício da ampla defesa, derrubar a tese da acusação e lograr a absolvição. Por outro lado, observo que não há notícia de que o paciente se encontre preso ou sujeito à ameaça iminente ou mesmo próxima de prisão. Estando em liberdade, tem condições de aguardar o desfecho da ação penal. Pode-se confiar no devido processo legal, com o trâmite natural da ação penal, para prevenir de forma suficiente eventuais ilegalidades, abusos ou injustiças no processo penal, não se justificando o trancamento da ação penal, salvo em situações excepcionalíssimas. A esse respeito, a jurisprudência desta Corte orienta-se no sentido de que “a concessão de habeas corpus com a finalidade de trancamento de ação penal em curso só é possível em situações excepcionais, quando estiverem comprovadas, de plano, a atipicidade da conduta, causa extintiva da punibilidade ou ausência de indícios de autoria” (HC 107412/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Supremo Tribunal Federal HC 104.707 / MG meio ambiente, respectivamente, solicitaram a contratação de serviço desnecessário, em evidente desvio de verba pública, através de procedimento nulo e que teve o seu caráter competitivo frustrado." O ato de aprovação pelo paciente da solicitação de contratação não pode ser considerado isoladamente. Conforme adiantado, segundo a denúncia, as três contratações realizadas em pastas diferentes da Administração Pública Municipal sofriam vícios tão gritantes que configurariam verdadeiro desvio de dinheiro público ao final do mandato da então Prefeita. Nessa perspectiva, há certa plausibilidade na argumentação constante da denúncia de que os vícios não teriam sido produto do acaso, mas de consciente e deliberada concertação fraudulenta entre os membros da Administração Pública envolvidos, incluindo o ora paciente, Secretário Municipal de Agricultura, visando à prática de crimes funcionais já no final do mandato da então Prefeita. Há, portanto, na denúncia descrição fática hábil ao início da ação penal, com o apontamento das provas e das razões de imputação aos acusados, entre eles o ora paciente, a configurar justa causa. Evidentemente, a imputação não equivale à condenação e tem o paciente condições de, por meio do exercício da ampla defesa, derrubar a tese da acusação e lograr a absolvição. Por outro lado, observo que não há notícia de que o paciente se encontre preso ou sujeito à ameaça iminente ou mesmo próxima de prisão. Estando em liberdade, tem condições de aguardar o desfecho da ação penal. Pode-se confiar no devido processo legal, com o trâmite natural da ação penal, para prevenir de forma suficiente eventuais ilegalidades, abusos ou injustiças no processo penal, não se justificando o trancamento da ação penal, salvo em situações excepcionalíssimas. A esse respeito, a jurisprudência desta Corte orienta-se no sentido de que “a concessão de habeas corpus com a finalidade de trancamento de ação penal em curso só é possível em situações excepcionais, quando estiverem comprovadas, de plano, a atipicidade da conduta, causa extintiva da punibilidade ou ausência de indícios de autoria” (HC 107412/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 16 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 104.707 / MG Turma, DJe 23.5.2012). Outrossim, os arestos verbis: “(...) 5. É firme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal quanto à excepcionalidade do trancamento de ação penal pela via processualmente acanhada do habeas corpus. Jurisprudência, essa, assentada na idéia-força de que o trancamento da ação penal é medida restrita a situações que se reportem a conduta não-constitutiva de crime em tese, ou quando já estiver extinta a punibilidade, ou, ainda, se não ocorrentes indícios mínimos da autoria (HCs 87.310, 91.005 e RHC 88.139, da minha relatoria; HC 87.293, da relatoria do ministro Eros Grau; HC 85.740, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; e HC 85.134, da relatoria do ministro Marco Aurélio). 6. Não é inepta a denúncia que descreve, suficientemente, os fatos supostamente ilícitos e permite o exercício da ampla defesa pelo acusado. No caso, a peça ministerial pública descreveu as condutas tidas por delituosas com todas as circunstâncias até então conhecidas, de modo a permitir o amplo exercício do direito de defesa dos acusados. 7. Não cabe ao Supremo Tribunal Federal examinar, per saltum, pretensão de desclassificação da conduta debitada ao paciente. 8. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa extensão, denegada a ordem. (HC 101066/GO), Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 6.3.2012).” “(...) 1. A inépcia da inicial e sua apreciação na via estreita do habeas corpus exige a demonstração, de plano, de flagrante ilegalidade ou abuso de poder, prima facie evidente na denúncia oferecida, de tal sorte que não reclame a apreciação do acervo probatório. Precedentes: HC 107839, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 07/06/2011; HC 102730, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, julgado em 08/02/2011; HC 104271, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, julgado em 28/09/2010. (HC 109308/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 26.3.2012).” Logo, deve-se dar ao processo uma chance, sem o seu prematuro 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Supremo Tribunal Federal HC 104.707 / MG Turma, DJe 23.5.2012). Outrossim, os arestos verbis: “(...) 5. É firme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal quanto à excepcionalidade do trancamento de ação penal pela via processualmente acanhada do habeas corpus. Jurisprudência, essa, assentada na idéia-força de que o trancamento da ação penal é medida restrita a situações que se reportem a conduta não-constitutiva de crime em tese, ou quando já estiver extinta a punibilidade, ou, ainda, se não ocorrentes indícios mínimos da autoria (HCs 87.310, 91.005 e RHC 88.139, da minha relatoria; HC 87.293, da relatoria do ministro Eros Grau; HC 85.740, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski; e HC 85.134, da relatoria do ministro Marco Aurélio). 6. Não é inepta a denúncia que descreve, suficientemente, os fatos supostamente ilícitos e permite o exercício da ampla defesa pelo acusado. No caso, a peça ministerial pública descreveu as condutas tidas por delituosas com todas as circunstâncias até então conhecidas, de modo a permitir o amplo exercício do direito de defesa dos acusados. 7. Não cabe ao Supremo Tribunal Federal examinar, per saltum, pretensão de desclassificação da conduta debitada ao paciente. 8. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa extensão, denegada a ordem. (HC 101066/GO), Rel. Min. Ayres Britto, 2ª Turma, DJe 6.3.2012).” “(...) 1. A inépcia da inicial e sua apreciação na via estreita do habeas corpus exige a demonstração, de plano, de flagrante ilegalidade ou abuso de poder, prima facie evidente na denúncia oferecida, de tal sorte que não reclame a apreciação do acervo probatório. Precedentes: HC 107839, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 07/06/2011; HC 102730, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, julgado em 08/02/2011; HC 104271, Relator(a): Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, julgado em 28/09/2010. (HC 109308/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 26.3.2012).” Logo, deve-se dar ao processo uma chance, sem o seu prematuro 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 16 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 104.707 / MG encerramento. Ainda, portanto, que o presente habeas corpus fosse julgado no mérito, seria denegado, não tendo lugar a concessão da ordem de ofício. III. Ante o exposto, voto pela extinção do habeas corpus por sua inadequação como substitutivo do recurso constitucional. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Supremo Tribunal Federal HC 104.707 / MG encerramento. Ainda, portanto, que o presente habeas corpus fosse julgado no mérito, seria denegado, não tendo lugar a concessão da ordem de ofício. III. Ante o exposto, voto pela extinção do habeas corpus por sua inadequação como substitutivo do recurso constitucional. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800508. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 16 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.707 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, eu, também, estou acompanhando porque é um delito previsto na Lei de Licitações e, aqui, o habeas corpus substitutivo; e, no mérito, nós teríamos que fazer uma análise, que o próprio juiz de primeiro grau vai fazer para verificar essa figura remanescente de delito contra a Lei de Licitações. Eu, também, não deferiria ex officio. De sorte que acompanho a eminente Relatora. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2928671. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.707 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, eu, também, estou acompanhando porque é um delito previsto na Lei de Licitações e, aqui, o habeas corpus substitutivo; e, no mérito, nós teríamos que fazer uma análise, que o próprio juiz de primeiro grau vai fazer para verificar essa figura remanescente de delito contra a Lei de Licitações. Eu, também, não deferiria ex officio. De sorte que acompanho a eminente Relatora. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2928671. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 16 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 104.707 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) : GUILHERME RIBEIRO PONTES IMPTE.(S) : EDIMAR CRISTIANO ALVES E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848578 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 104.707 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) : GUILHERME RIBEIRO PONTES IMPTE.(S) : EDIMAR CRISTIANO ALVES E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848578 Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2948319
2012-09-18T00:00:00
2012-10-16T00:00:00
A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
HABEAS CORPUS
EMENTA HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL. SUBSTITUTIVO DO RECURSO CONSTITUCIONAL. INADEQUAÇÃO DA VIA ELEITA. CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. TRANCAMENTO DE AÇÃO PENAL. EXCEPCIONALIDADE 1. O habeas corpus tem uma rica história, constituindo garantia fundamental do cidadão. Ação constitucional que é, não pode ser o writ amesquinhado, mas também não é passível de vulgarização, sob pena de restar descaracterizado como remédio heroico. Contra a denegação de habeas corpus por Tribunal Superior prevê a Constituição Federal remédio jurídico expresso, o recurso ordinário. Diante da dicção do art. 102, II, a, da Constituição da República, a impetração de novo habeas corpus em caráter substitutivo escamoteia o instituto recursal próprio, em manifesta burla do preceito constitucional. Precedente da Primeira Turma desta Suprema Corte. 2. Paciente denunciado pela prática de crimes de peculato e licitatórios. Suficiente a descrição das condutas imputadas ao paciente e as razões de imputação veiculadas na denúncia, cumpridos os requisitos do artigo 41 do Código de Processo Penal. Pode-se confiar no devido processo legal, com o trâmite natural da ação penal, para prevenir de forma suficiente eventuais ilegalidades, abusos ou injustiças no processo penal. Salvo situações excepcionais, não se justifica o trancamento da ação penal. 3. Habeas corpus extinto sem resolução do mérito pela inadequação da via eleita.
sjur216685
- Acórdãos citados: HC 3536, HC 101066, HC 107412, HC 108715, HC 109308, HC 109956. - Veja HC 114717 do STJ. - Legislação estrangeira citada: Magna Carta de 1215 da Inglaterra; Habeas Corpus Act, de 1679; artigo I, seção 9, da Constituição norte-americana de 1787; Decreto-lei nº 35.043, de 20.10.1945 de Portugal. - Decisões estrangeiras citadas: Caso James Somerset da King's Bench; Buschel's Case, de 1670, da Court of Common Pleas; Acórdão de 26.04.1989, processo 10/89, BMJ 386, p. 422, do Superior Tribunal de Justiça português. - Termo(s) de resgate: princípio da exaustividade dos recursos. Número de páginas: 16. Análise: 24/10/2012, IMC. Revisão: 13/11/2012, MMR.
ROSA WEBER
Primeira Turma
104707
[ "LEG-IMP LEI-089313 ANO-1830\r\n ART-00183 ART-00184 ART-00185 ART-00186\r\n ART-00187 ART-00188 \r\n CCI-1830 CODIGO CRIMINAL DO IMPERIO DO BRAZIL\r\n", "LEG-IMP LEI ANO-1832\r\n ART-00340\r\n CÓDIGO DE PROCESSO CRIMINAL\r\n", "LEG-IMP LIM-002033 ANO-1871\r\n ART-00018 PAR-00001 \r\n LEI DO IMPÉRIO\r\n", "LEG-FED CF ANO-1891\r\n ART-00072 PAR-00022\r\n ART-00072 PAR-00022 REDAÇÃO DADA PELA EMC-3/1926\r\n CF-1891 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED EMC-000003 ANO-1926\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL \r\n", "LEG-FED CF ANO-1934\r\n CF-1934 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1937\r\n CF-1937 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1946\r\n CF-1946 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1967\r\n CF-1967 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED EMC-000001 ANO-1969\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n", "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00068 INC-00078 ART-00102\r\n INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00041 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL" ]
HC
acordaos
HC 104707
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PACTE.(S) : GUILHERME RIBEIRO PONTES IMPTE.(S) : EDIMAR CRISTIANO ALVES E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.997 SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :CENTRO TRANSMONTANO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) :SILVIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :CARMINDA DOS ANJOS RODRIGUES ADV.(A/S) :CÂNDIDA MARIA SALES RODRIGUES DE OLIVEIRA EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE COBERTURA DE DESPESAS COM TRATAMENTOS. INTERPRETAÇÃO DA DISPOSIÇÃO CONTRATUAL. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, XXXVI, DA CF/88. INOCORRÊNCIA. DEMANDA QUE NECESSITA DA ANÁLISE DO CONTRATO DE PLANO DE SAÚDE. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. ÓBICE DA SÚMULA 454 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. 1. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo o óbice da Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal. 2. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 3. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786512. Supremo Tribunal Federal DJe 21/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Ementa e Acórdão ARE 668.997 AGR / SP implicarem análise de matéria infraconstitucional. 4. As cláusulas contratuais ou editalícias e a verificação de suas validades encerram reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incidindo, in casu, o óbice da Súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Precedentes: RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11, e AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11. 5. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “PLANO DE SAÚDE – Preliminares de cerceamento de defesa, de nulidade da sentença e de decadência do direito da autora, rejeitadas – Negativa de cobertura de despesas com tratamentos necessários para a manutenção da vida da paciente (hemodiálise e uso de albumina) – Abusividade configurada – Configurada devida – Precedentes desta Corte – Sentença de procedência mantida – Recurso desprovido.” 6. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786512. Supremo Tribunal Federal ARE 668.997 AGR / SP implicarem análise de matéria infraconstitucional. 4. As cláusulas contratuais ou editalícias e a verificação de suas validades encerram reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incidindo, in casu, o óbice da Súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Precedentes: RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11, e AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11. 5. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “PLANO DE SAÚDE – Preliminares de cerceamento de defesa, de nulidade da sentença e de decadência do direito da autora, rejeitadas – Negativa de cobertura de despesas com tratamentos necessários para a manutenção da vida da paciente (hemodiálise e uso de albumina) – Abusividade configurada – Configurada devida – Precedentes desta Corte – Sentença de procedência mantida – Recurso desprovido.” 6. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786512. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.997 SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :CENTRO TRANSMONTANO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) :SILVIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :CARMINDA DOS ANJOS RODRIGUES ADV.(A/S) :CÂNDIDA MARIA SALES RODRIGUES DE OLIVEIRA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pelo CENTRO TRANSMONTANO DE SÃO PAULO, contra a decisão que prolatei, assim ementada, verbis: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE COBERTURA DE DESPESAS COM TRATAMENTOS. INTERPRETAÇÃO DA DISPOSIÇÃO CONTRATUAL. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, XXXVI, DA CF/88. INOCORRÊNCIA. DEMANDA QUE NECESSITA DA ANÁLISE DO CONTRATO DE PLANO DE SAÚDE. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. ÓBICE DA SÚMULA 454 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. O prequestionamento explícito da questão Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786513. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.997 SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :CENTRO TRANSMONTANO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) :SILVIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :CARMINDA DOS ANJOS RODRIGUES ADV.(A/S) :CÂNDIDA MARIA SALES RODRIGUES DE OLIVEIRA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pelo CENTRO TRANSMONTANO DE SÃO PAULO, contra a decisão que prolatei, assim ementada, verbis: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE COBERTURA DE DESPESAS COM TRATAMENTOS. INTERPRETAÇÃO DA DISPOSIÇÃO CONTRATUAL. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, XXXVI, DA CF/88. INOCORRÊNCIA. DEMANDA QUE NECESSITA DA ANÁLISE DO CONTRATO DE PLANO DE SAÚDE. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. ÓBICE DA SÚMULA 454 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. O prequestionamento explícito da questão Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786513. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório ARE 668.997 AGR / SP constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário. 3. A Súmula 282 do STF dispõe, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada”. 4. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise de matéria infraconstitucional. 5. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 6. As cláusulas contratuais e a verificação de suas validades encerram reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incidindo, in casu o óbice da Súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Precedentes: RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11, e AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11. 7. In casu, o acórdão recorrido assentou: “PLANO DE SAÚDE – Preliminares de cerceamento de defesa, de nulidade da sentença e de decadência do direito da autora, rejeitadas – Negativa de cobertura de despesas com tratamentos necessários para a manutenção da vida da paciente (hemodiálise e uso de albumina) – Abusividade configurada – Configurada devida – Precedentes desta Corte – Sentença de procedência mantida – Recurso desprovido.” 8. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento. Inconformada com a decisão supra, a agravante interpõe o recurso de fls. 510/522 alegando em síntese que: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786513. Supremo Tribunal Federal ARE 668.997 AGR / SP constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário. 3. A Súmula 282 do STF dispõe, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada”. 4. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicar análise de matéria infraconstitucional. 5. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 6. As cláusulas contratuais e a verificação de suas validades encerram reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incidindo, in casu o óbice da Súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Precedentes: RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11, e AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11. 7. In casu, o acórdão recorrido assentou: “PLANO DE SAÚDE – Preliminares de cerceamento de defesa, de nulidade da sentença e de decadência do direito da autora, rejeitadas – Negativa de cobertura de despesas com tratamentos necessários para a manutenção da vida da paciente (hemodiálise e uso de albumina) – Abusividade configurada – Configurada devida – Precedentes desta Corte – Sentença de procedência mantida – Recurso desprovido.” 8. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento. Inconformada com a decisão supra, a agravante interpõe o recurso de fls. 510/522 alegando em síntese que: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786513. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Relatório ARE 668.997 AGR / SP “(...) cai por terra a possibilidade de se indeferir o seguimento do recurso no que tange à suposta ausência de prequestionamento (…). Em segundo lugar, não pretende o recurso interposto a reapreciação de provas. Nota-se, por simples leitura das razões recursais do apelo extraordinário que não é essa a intenção da agravante, tratando-se exatamente de valoração da prova. Por primeiro, ressalte-se que a matéria recursal também diz respeito a violação dos artigos 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal, por afronta ao princípio do ATO JURÍDICO PERFEITO, vez que o contrato celebrado entre as partes foi realizado em 1992. Em terceiro lugar, o questionamento recursal envolve a violação dos dispositivos constitucionais relativos aos artigo 5º, incisos XVII, XVIII, XXXVI e LV, parágrafo 5º do artigo 195, todos da Magna Carta, bem como artigo 35 da Lei nº 9.656/98”. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786513. Supremo Tribunal Federal ARE 668.997 AGR / SP “(...) cai por terra a possibilidade de se indeferir o seguimento do recurso no que tange à suposta ausência de prequestionamento (…). Em segundo lugar, não pretende o recurso interposto a reapreciação de provas. Nota-se, por simples leitura das razões recursais do apelo extraordinário que não é essa a intenção da agravante, tratando-se exatamente de valoração da prova. Por primeiro, ressalte-se que a matéria recursal também diz respeito a violação dos artigos 5º, incisos LIV e LV da Constituição Federal, por afronta ao princípio do ATO JURÍDICO PERFEITO, vez que o contrato celebrado entre as partes foi realizado em 1992. Em terceiro lugar, o questionamento recursal envolve a violação dos dispositivos constitucionais relativos aos artigo 5º, incisos XVII, XVIII, XXXVI e LV, parágrafo 5º do artigo 195, todos da Magna Carta, bem como artigo 35 da Lei nº 9.656/98”. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786513. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.997 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: Cuida-se de agravo nos próprios autos interposto pelo CENTRO TRANSMONTANO DE SÃO PAULO, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 277/278 que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ementado nos seguintes termos (fl. 200), verbis: PLANO DE SAÚDE – Preliminares de cerceamento de defesa, de nulidade da sentença e de decadência do direito da autora, rejeitadas – Negativa de cobertura de despesas com tratamentos necessários para a manutenção da vida da paciente (hemodiálise e uso de albumina) – Abusividade configurada – Configurada devida – Precedentes desta Corte – Sentença de procedência mantida – Recurso desprovido. Os embargos de declaração opostos foram rejeitados. Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, alega violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal. O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo por entender que a ofensa à Constituição Federal, se houvesse, seria meramente reflexa. É o Relatório. DECIDO. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786514. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.997 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: Cuida-se de agravo nos próprios autos interposto pelo CENTRO TRANSMONTANO DE SÃO PAULO, com fundamento no art. 544 do Código de Processo Civil, com o objetivo de ver reformada a r. decisão de fls. 277/278 que inadmitiu seu recurso extraordinário manejado com arrimo na alínea a do permissivo Constitucional contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ementado nos seguintes termos (fl. 200), verbis: PLANO DE SAÚDE – Preliminares de cerceamento de defesa, de nulidade da sentença e de decadência do direito da autora, rejeitadas – Negativa de cobertura de despesas com tratamentos necessários para a manutenção da vida da paciente (hemodiálise e uso de albumina) – Abusividade configurada – Configurada devida – Precedentes desta Corte – Sentença de procedência mantida – Recurso desprovido. Os embargos de declaração opostos foram rejeitados. Nas razões do apelo extremo, sustenta a preliminar de repercussão geral e, no mérito, alega violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal. O Tribunal a quo negou seguimento ao apelo extremo por entender que a ofensa à Constituição Federal, se houvesse, seria meramente reflexa. É o Relatório. DECIDO. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786514. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 668.997 AGR / SP Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). No mérito, melhor sorte não socorre à agravante. A interposição do recurso extraordinário impõe que o dispositivo constitucional tido por violado como meio de se aferir a admissão da impugnação tenha sido debatido no acórdão recorrido, sob pena de padecer o recurso da imposição jurisprudencial do prequestionamento. Com efeito, impende asseverar que a exigência do prequestionamento não é mero rigorismo formal que pode ser afastado pelo julgador a qualquer pretexto. Ele consubstancia a necessidade de obediência aos limites impostos ao julgamento das questões submetidas a este Supremo Tribunal Federal, cuja competência fora outorgada pela Constituição Federal, em seu art. 102. Nesse dispositivo não há previsão de apreciação originária por este Pretório Excelso de questões como as que ora se apresentam. A competência para a apreciação originária de pleitos no C. STF está exaustivamente arrolada no antecitado dispositivo constitucional, não podendo sofrer ampliação na via do recurso extraordinário. In casu, dessume-se dos autos que a recorrente furtou-se em prequestionar, em momento oportuno, o dispositivo constitucional apontado como violado nas razões do apelo extremo, atraindo, inarredavelmente, o óbice da ausência de prequestionamento, requisito essencial à admissão do mesmo. Deveras, a simples oposição dos embargos de declaração, sem o efetivo debate, no Tribunal de origem, acerca da matéria versada pelos dispositivos constitucionais apontados como violados, não supre a falta do requisito do prequestionamento, viabilizador da abertura da instância extraordinária. Incidência do óbice erigido pelo enunciado da Súmula 282/STF, de seguinte teor: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786514. Supremo Tribunal Federal ARE 668.997 AGR / SP Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). No mérito, melhor sorte não socorre à agravante. A interposição do recurso extraordinário impõe que o dispositivo constitucional tido por violado como meio de se aferir a admissão da impugnação tenha sido debatido no acórdão recorrido, sob pena de padecer o recurso da imposição jurisprudencial do prequestionamento. Com efeito, impende asseverar que a exigência do prequestionamento não é mero rigorismo formal que pode ser afastado pelo julgador a qualquer pretexto. Ele consubstancia a necessidade de obediência aos limites impostos ao julgamento das questões submetidas a este Supremo Tribunal Federal, cuja competência fora outorgada pela Constituição Federal, em seu art. 102. Nesse dispositivo não há previsão de apreciação originária por este Pretório Excelso de questões como as que ora se apresentam. A competência para a apreciação originária de pleitos no C. STF está exaustivamente arrolada no antecitado dispositivo constitucional, não podendo sofrer ampliação na via do recurso extraordinário. In casu, dessume-se dos autos que a recorrente furtou-se em prequestionar, em momento oportuno, o dispositivo constitucional apontado como violado nas razões do apelo extremo, atraindo, inarredavelmente, o óbice da ausência de prequestionamento, requisito essencial à admissão do mesmo. Deveras, a simples oposição dos embargos de declaração, sem o efetivo debate, no Tribunal de origem, acerca da matéria versada pelos dispositivos constitucionais apontados como violados, não supre a falta do requisito do prequestionamento, viabilizador da abertura da instância extraordinária. Incidência do óbice erigido pelo enunciado da Súmula 282/STF, de seguinte teor: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786514. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 668.997 AGR / SP ventilada na decisão recorrida, a questão federal suscitada”. Quanto à alegada violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição, a jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação, em cada caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada não desafia a instância extraordinária, visto situar-se no âmbito infraconstitucional. Nesse sentido: “DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, CAPUT, I, XXXV, XXXVI, LIV E LV, CF/1988. COISA JULGADA. LITISPENDÊNCIA. TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA PROFERIDA EM MANDADO DE SEGURANÇA. OFENSA INDIRETA. 1. Necessidade do revolvimento de legislação infraconstitucional para se concluir pela afronta à Constituição Federal. 2. Alegação de ofensa aos princípios da legalidade, da prestação jurisdicional, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, dos limites da coisa julgada, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa configura, quando muito, ofensa meramente reflexa à Constituição Federal. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 692.591- AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 13/06/2011) Demais disso, a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros. O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a verificação da validade de cláusulas contratuais encerra reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incide, no caso, o óbice da súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Sobre o verbete sumular, assim discorre Roberto Rosas: 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786514. Supremo Tribunal Federal ARE 668.997 AGR / SP ventilada na decisão recorrida, a questão federal suscitada”. Quanto à alegada violação ao artigo 5º, XXXVI, da Constituição, a jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação, em cada caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada não desafia a instância extraordinária, visto situar-se no âmbito infraconstitucional. Nesse sentido: “DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, CAPUT, I, XXXV, XXXVI, LIV E LV, CF/1988. COISA JULGADA. LITISPENDÊNCIA. TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA PROFERIDA EM MANDADO DE SEGURANÇA. OFENSA INDIRETA. 1. Necessidade do revolvimento de legislação infraconstitucional para se concluir pela afronta à Constituição Federal. 2. Alegação de ofensa aos princípios da legalidade, da prestação jurisdicional, do direito adquirido, do ato jurídico perfeito, dos limites da coisa julgada, do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa configura, quando muito, ofensa meramente reflexa à Constituição Federal. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 692.591- AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 13/06/2011) Demais disso, a violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Nesse sentido: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10, entre outros. O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a verificação da validade de cláusulas contratuais encerra reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incide, no caso, o óbice da súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Sobre o verbete sumular, assim discorre Roberto Rosas: 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786514. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 668.997 AGR / SP O Código Civil não se estende além do art. 85 no tocante à interpretação dos atos jurídicos. Nele adota-se o princípio da manifestação da vontade acima do sentido literal da linguagem. Menos regras temos em relação à interpretação dos contratos. Mas podemos verificar que essa interpretação está no plano dos fatos, principalmente como deixa entrever Danz. Como observa Washington de Barros Monteiro, para chegarmos à interpretação do contrato é necessário reconstruir o ato volitivo em que se exteriorizou o negócio jurídico, pesquisando meticulosamente qual teria sido a real vontade do agente e, assim, corrigindo sua manifestação, verbal ou escrita, expressa erradamente ( Curso , v. 5/38). Portanto, os fatos voltariam a ser examinados no STF quando da apreciação do recurso extraordinário. Teríamos o STF como terceira instância, aliás entendida assim por João Mendes, contraditado por José Rodrigues de Carvalho (Do Recurso Extraordinário, Paraíba, 1920, p. 14; RTJ 109/814). Ver súmula 5 do STJ. (ROSAS, Roberto, in , Direito Sumular, Malheiros). Nesse sentido: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO EDITALÍCIA DESCUMPRIDA PELA ADMINISTRAÇÃO. CONTROVÉRSIA CIRCUNSCRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Piauí demandaria o reexame do edital do concurso em questão. Providência vedada na instância recursal extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido. (RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11) AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO EDITALÍCIA DESCUMPRIDA PELA ADMINISTRAÇÃO. CONTROVÉRSIA CIRCUNSCRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786514. Supremo Tribunal Federal ARE 668.997 AGR / SP O Código Civil não se estende além do art. 85 no tocante à interpretação dos atos jurídicos. Nele adota-se o princípio da manifestação da vontade acima do sentido literal da linguagem. Menos regras temos em relação à interpretação dos contratos. Mas podemos verificar que essa interpretação está no plano dos fatos, principalmente como deixa entrever Danz. Como observa Washington de Barros Monteiro, para chegarmos à interpretação do contrato é necessário reconstruir o ato volitivo em que se exteriorizou o negócio jurídico, pesquisando meticulosamente qual teria sido a real vontade do agente e, assim, corrigindo sua manifestação, verbal ou escrita, expressa erradamente ( Curso , v. 5/38). Portanto, os fatos voltariam a ser examinados no STF quando da apreciação do recurso extraordinário. Teríamos o STF como terceira instância, aliás entendida assim por João Mendes, contraditado por José Rodrigues de Carvalho (Do Recurso Extraordinário, Paraíba, 1920, p. 14; RTJ 109/814). Ver súmula 5 do STJ. (ROSAS, Roberto, in , Direito Sumular, Malheiros). Nesse sentido: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO EDITALÍCIA DESCUMPRIDA PELA ADMINISTRAÇÃO. CONTROVÉRSIA CIRCUNSCRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Piauí demandaria o reexame do edital do concurso em questão. Providência vedada na instância recursal extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido. (RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11) AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONCURSO PÚBLICO. PREVISÃO EDITALÍCIA DESCUMPRIDA PELA ADMINISTRAÇÃO. CONTROVÉRSIA CIRCUNSCRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786514. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 668.997 AGR / SP Tribunal de Justiça do Estado do Piauí demandaria o reexame do edital do concurso em questão. Providência vedada na instância recursal extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido. (AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11). Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF. Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Ex positis, agravo regimental a que se nega provimento. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786514. Supremo Tribunal Federal ARE 668.997 AGR / SP Tribunal de Justiça do Estado do Piauí demandaria o reexame do edital do concurso em questão. Providência vedada na instância recursal extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido. (AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11). Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF. Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Ex positis, agravo regimental a que se nega provimento. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786514. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.997 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : CENTRO TRANSMONTANO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) : SILVIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : CARMINDA DOS ANJOS RODRIGUES ADV.(A/S) : CÂNDIDA MARIA SALES RODRIGUES DE OLIVEIRA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765393 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.997 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : CENTRO TRANSMONTANO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) : SILVIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : CARMINDA DOS ANJOS RODRIGUES ADV.(A/S) : CÂNDIDA MARIA SALES RODRIGUES DE OLIVEIRA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765393 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
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2012-09-04T00:00:00
2012-09-21T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CIVIL E CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. NEGATIVA DE COBERTURA DE DESPESAS COM TRATAMENTOS. INTERPRETAÇÃO DA DISPOSIÇÃO CONTRATUAL. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ARTIGO 5º, XXXVI, DA CF/88. INOCORRÊNCIA. DEMANDA QUE NECESSITA DA ANÁLISE DO CONTRATO DE PLANO DE SAÚDE. MATÉRIA DE ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. ÓBICE DA SÚMULA 454 DO STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM A ADMISSÃO DO APELO EXTREMO. 1. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo o óbice da Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal. 2. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 3. O direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada, quando objeto de verificação de cada caso concreto acerca da ocorrência ou não de violação, não desafiam a instância extraordinária, posto implicarem análise de matéria infraconstitucional. 4. As cláusulas contratuais ou editalícias e a verificação de suas validades encerram reexame de norma infraconstitucional, insuscetível de discussão via recurso extraordinário, incidindo, in casu, o óbice da Súmula 454 do STF, verbis: Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá lugar a recurso extraordinário. Precedentes: RE 599.127-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, Dje de 04/03/11, e AI 829.036-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 24/03/11. 5. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “PLANO DE SAÚDE – Preliminares de cerceamento de defesa, de nulidade da sentença e de decadência do direito da autora, rejeitadas – Negativa de cobertura de despesas com tratamentos necessários para a manutenção da vida da paciente (hemodiálise e uso de albumina) – Abusividade configurada – Configurada devida – Precedentes desta Corte – Sentença de procedência mantida – Recurso desprovido.” 6. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur215076
- Acórdãos citados: AI 482317 AgR, AI 646103 AgR, AI 738145 AgR, AI 829036 AgR, RE 599127 AgR. Número de páginas: 11. Análise: 01/10/2012, LLD.
LUIZ FUX
Primeira Turma
668997
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00036 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000454 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 668997 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : CENTRO TRANSMONTANO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) : RICARDO LEANDRO MONTEIRO DE CARVALHO ADV.(A/S) : SILVIO PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : CARMINDA DOS ANJOS RODRIGUES ADV.(A/S) : CÂNDIDA MARIA SALES RODRIGUES DE OLIVEIRA
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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.829 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S/A ADV.(A/S) :MAX ROBERTO BORNHOLDT ADV.(A/S) :ERICSON MEISTER SCORSIM ADV.(A/S) :RODRIGO MEYER BORNHOLDT AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – TAXA REFERENCIAL DIÁRIA (TRD) – LEI Nº 8.177/91, NA REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 8.218/91 – ALEGADA VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS – INOCORRÊNCIA – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Brasília, 25 de setembro de 2012. CELSO DE MELLO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036366. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.829 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S/A ADV.(A/S) :MAX ROBERTO BORNHOLDT ADV.(A/S) :ERICSON MEISTER SCORSIM ADV.(A/S) :RODRIGO MEYER BORNHOLDT AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que negou provimento ao agravo de instrumento deduzido pela parte ora agravante. Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo de instrumento que deduziu. Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036367. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.829 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) :INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S/A ADV.(A/S) :MAX ROBERTO BORNHOLDT ADV.(A/S) :ERICSON MEISTER SCORSIM ADV.(A/S) :RODRIGO MEYER BORNHOLDT AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Trata-se de recurso de agravo, tempestivamente interposto, contra decisão que negou provimento ao agravo de instrumento deduzido pela parte ora agravante. Inconformada com esse ato decisório, a parte ora agravante interpõe o presente recurso, postulando o provimento do agravo de instrumento que deduziu. Por não me convencer das razões expostas, submeto, à apreciação desta colenda Turma, o presente recurso de agravo. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036367. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. CELSO DE MELLO 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.829 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Não assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise. Com efeito, a controvérsia constitucional objeto deste processo já foi dirimida pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, que, ao julgar a ADI 835-MC/DF, Rel. Min. CARLOS VELLOSO (RTJ 152/452), fixou entendimento que a colenda Primeira Turma deste Tribunal, na apreciação de causa idêntica à que ora se examina, resumiu, com fidelidade, em acórdão assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. LEI N. 8.177/91, ALTERADA PELA LEI N. 8.218/91. INCIDÊNCIA DA TAXA REFERENCIAL DIÁRIA – TRD. IRRETROATIVIDADE. Medida provisória n. 294, que resultou na Lei n. 8.177/91, já determinava a incidência, a partir de fevereiro de 1991, da TRD sobre impostos, multas e demais obrigações fiscais e parafiscais. Lei n. 8.218/91, artigo 30. Aplicação retroativa. Inexistência. Agravo regimental não provido.” (RE 282.066-AgR/RS, Rel. Min. EROS GRAU) Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem sendo observado em sucessivos julgamentos, monocráticos e colegiados, proferidos no âmbito desta Corte (AI 370.152/RS, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – RE 218.290/RS, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – RE 230.098- Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036368. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.829 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO - (Relator): Não assiste razão à parte ora recorrente, eis que a decisão agravada ajusta-se, com integral fidelidade, à diretriz jurisprudencial que o Supremo Tribunal Federal firmou na matéria em análise. Com efeito, a controvérsia constitucional objeto deste processo já foi dirimida pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal, que, ao julgar a ADI 835-MC/DF, Rel. Min. CARLOS VELLOSO (RTJ 152/452), fixou entendimento que a colenda Primeira Turma deste Tribunal, na apreciação de causa idêntica à que ora se examina, resumiu, com fidelidade, em acórdão assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. LEI N. 8.177/91, ALTERADA PELA LEI N. 8.218/91. INCIDÊNCIA DA TAXA REFERENCIAL DIÁRIA – TRD. IRRETROATIVIDADE. Medida provisória n. 294, que resultou na Lei n. 8.177/91, já determinava a incidência, a partir de fevereiro de 1991, da TRD sobre impostos, multas e demais obrigações fiscais e parafiscais. Lei n. 8.218/91, artigo 30. Aplicação retroativa. Inexistência. Agravo regimental não provido.” (RE 282.066-AgR/RS, Rel. Min. EROS GRAU) Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem sendo observado em sucessivos julgamentos, monocráticos e colegiados, proferidos no âmbito desta Corte (AI 370.152/RS, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA – RE 218.290/RS, Rel. Min. ILMAR GALVÃO – RE 230.098- Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036368. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. CELSO DE MELLO AI 854.829 AGR / RS -AgR/PE, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RE 249.391-AgR/RS, Rel. Min. NELSON JOBIM – RE 429.132/RS, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, v.g.). Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036368. Supremo Tribunal Federal AI 854.829 AGR / RS -AgR/PE, Rel. Min. ELLEN GRACIE – RE 249.391-AgR/RS, Rel. Min. NELSON JOBIM – RE 429.132/RS, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, v.g.). Sendo assim, tendo em consideração as razões expostas, nego provimento ao presente recurso de agravo, mantendo, em consequência, por seus próprios fundamentos, a decisão ora agravada. É o meu voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3036368. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.829 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S/A ADV.(A/S) : MAX ROBERTO BORNHOLDT ADV.(A/S) : ERICSON MEISTER SCORSIM ADV.(A/S) : RODRIGO MEYER BORNHOLDT AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885709 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.829 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO AGTE.(S) : INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S/A ADV.(A/S) : MAX ROBERTO BORNHOLDT ADV.(A/S) : ERICSON MEISTER SCORSIM ADV.(A/S) : RODRIGO MEYER BORNHOLDT AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885709 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3076987
2012-09-25T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
E M E N T A: AGRAVO DE INSTRUMENTO – TAXA REFERENCIAL DIÁRIA (TRD) – LEI Nº 8.177/91, NA REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 8.218/91 – ALEGADA VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE DAS LEIS – INOCORRÊNCIA – PRECEDENTES – RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO.
sjur218462
- Acórdãos citados: (TAXA REFERENCIAL DIÁRIA, IRRETROATIVIDADE) STF: ADI 835 MC(TP), RE 218290(1ªT), RE 230098 AgR(1ªT), RE 249391 AgR(2ªT), RE 282066 AgR(1ªT); RTJ 152/452. - Decisões monocráticas citadas: AI 370152, RE 429132. Número de páginas: 5. Análise: 19/11/2012, LLD.
CELSO DE MELLO
Segunda Turma
854829
[ "LEG-FED LEI-008177 ANO-1991\r\n REDAÇÃO DADA PELA LEI-8218/1991\r\n LEI ORDINÁRIA \r\n\r\n", "LEG-FED LEI-008218 ANO-1991\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
AI-AgR
acordaos
AI 854829 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S/A ADV.(A/S) : MAX ROBERTO BORNHOLDT ADV.(A/S) : ERICSON MEISTER SCORSIM ADV.(A/S) : RODRIGO MEYER BORNHOLDT AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 854 . 829", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 854 . 829", "ADI 835 - MC / DF", "RTJ 152 / 452", "RE 282 . 066 - AgR / RS", "AI 370 . 152 / RS", "RE 218 . 290 / RS", "RE 230 . 098", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 854 . 829", "ADI 835 - MC / DF", "RTJ", "RE 282 . 066 - AgR / RS", "AI 370 . 152 / RS", "RE 218 . 290 / RS", "RE 230 . 098", "AI 854 . 829 AGR / RS - AgR", "RE 249 . 391 - AgR / RS", "RE 429 . 132 / RS", "AI 854 . 829 AGR / RS - AgR", "RE 249 . 391 - AgR / RS", "RE 429 . 132 / RS", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 854 . 829", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 854 . 829" ], "LEGISLACAO": [ "LEI [UNK] 8 . 177 / 91", "LEI [UNK] 8 . 218 / 91", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI N . 8 . 177 / 91", "LEI N . 8 . 218 / 91", "Medida provisória n . 294", "Lei n . 8 . 177 / 91", "Lei n . 8 . 218 / 91", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI N . 8 . 177 / 91", "LEI N . 8 . 218 / 91", "Medida provisória n . 294", "Lei n . 8 . 177 / 91", "Lei n . 8 . 218 / 91", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO GRANDE DO SUL", "Brasília", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S / A", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S / A", "UNIÃO", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S / A", "UNIÃO", "FAZENDA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Plenário do Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Plenário do Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S / A", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "INPLAC INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS S / A", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CELSO DE MELLO", "MAX ROBERTO BORNHOLDT", "ERICSON MEISTER SCORSIM", "RODRIGO MEYER BORNHOLDT", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "MAX ROBERTO BORNHOLDT", "ERICSON MEISTER SCORSIM", "RODRIGO MEYER BORNHOLDT", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "MAX ROBERTO BORNHOLDT", "ERICSON MEISTER SCORSIM", "RODRIGO MEYER BORNHOLDT", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "EROS GRAU", "JOAQUIM BARBOSA", "ILMAR GALVÃO", "CELSO DE MELLO", "CARLOS VELLOSO", "EROS GRAU", "JOAQUIM BARBOSA", "ILMAR GALVÃO", "CELSO DE MELLO", "ELLEN GRACIE", "NELSON JOBIM", "JOAQUIM BARBOSA", "ELLEN GRACIE", "NELSON JOBIM", "JOAQUIM BARBOSA", "CELSO DE MELLO", "MAX ROBERTO BORNHOLDT", "ERICSON MEISTER SCORSIM", "RODRIGO MEYER BORNHOLDT", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "CELSO DE MELLO", "MAX ROBERTO BORNHOLDT", "ERICSON MEISTER SCORSIM", "RODRIGO MEYER BORNHOLDT", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", "/", "11", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "fevereiro de 1991", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "fevereiro de 1991", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.476 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :COMPANHIA SALINAS PERYNAS ADV.(A/S) :MARINA DELBONS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S/A - EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL ADV.(A/S) :CARLOS JOSÉ MARIANO DA SILVA E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. DISCUSSÃO SOBRE A EXISTÊNCIA DE CONEXÃO E LITISPENDÊNCIA ENTRE AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E EXECUÇÃO QUE TRAMITAM EM JUÍZOS DIVERSOS. REEXAME DE PROVAS E DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE NESTA ESFERA. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário o exame prévio das provas dos autos e da legislação infraconstitucional pertinente. Súmulas 279 e 636 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969897. Supremo Tribunal Federal DJe 26/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.476 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :COMPANHIA SALINAS PERYNAS ADV.(A/S) :MARINA DELBONS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S/A - EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL ADV.(A/S) :CARLOS JOSÉ MARIANO DA SILVA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): É este o teor da decisão agravada (fls. 1385/1386): Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão, prolatado por Tribunal de Justiça estadual, cuja ementa possui o seguinte teor: “Agravo Interno. Agravo de instrumento contra decisão que rejeitou a sustentação da agravante de conexão entre a ação de prestação de contas em trâmite perante o Juízo a quo e uma ação de execução de título extrajudicial que tramita perante outro Juízo. Decisão devidamente fundamentada, inexistindo violação ao texto Constitucional. Inexistência de litispendência. Ainda que haja conexão entre as ações, a prevenção é do Juízo onde se processa a ação de prestação de contas, pois foi quem proferiu o primeiro despacho de cunho positivo. Ademais, a hipótese não revela possibilidade de decisões conflitantes, pois o Juízo onde se processa a execução extrajudicial, através de decisão preclusa, determinou o arquivamento da execução até o deslinde da ação de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969898. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.476 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :COMPANHIA SALINAS PERYNAS ADV.(A/S) :MARINA DELBONS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S/A - EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL ADV.(A/S) :CARLOS JOSÉ MARIANO DA SILVA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): É este o teor da decisão agravada (fls. 1385/1386): Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição federal) interposto de acórdão, prolatado por Tribunal de Justiça estadual, cuja ementa possui o seguinte teor: “Agravo Interno. Agravo de instrumento contra decisão que rejeitou a sustentação da agravante de conexão entre a ação de prestação de contas em trâmite perante o Juízo a quo e uma ação de execução de título extrajudicial que tramita perante outro Juízo. Decisão devidamente fundamentada, inexistindo violação ao texto Constitucional. Inexistência de litispendência. Ainda que haja conexão entre as ações, a prevenção é do Juízo onde se processa a ação de prestação de contas, pois foi quem proferiu o primeiro despacho de cunho positivo. Ademais, a hipótese não revela possibilidade de decisões conflitantes, pois o Juízo onde se processa a execução extrajudicial, através de decisão preclusa, determinou o arquivamento da execução até o deslinde da ação de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969898. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Relatório AI 833.476 AGR / RJ prestação de contas. Recurso a que se nega provimento.” (fls. 1.293) Alega-se violação do disposto nos arts. 5º, II, e 93, IX, da Constituição federal. Decido. Inicialmente, verifico que inexiste a alegada ofensa ao art. 93, IX, da Constituição federal, pois o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com ele não concorde a parte. Ademais, observo que concluir diversamente do Tribunal de origem demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-probatório, de forma que eventual ofensa à Constituição federal seria meramente indireta ou reflexa, insuscetível, portanto, de conhecimento na via estreita do recurso extraordinário (Súmulas 279 e 636/STF). Do exposto, nego seguimento ao presente agravo. A parte agravante reitera a alegação de ofensa aos dispositivos constitucionais invocados no recurso extraordinário. Ademais, sustenta a inaplicabilidade das Súmulas 279 e 636 do Supremo Tribunal Federal. Mantenho a decisão agravada e submeto o presente agravo regimental à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969898. Supremo Tribunal Federal AI 833.476 AGR / RJ prestação de contas. Recurso a que se nega provimento.” (fls. 1.293) Alega-se violação do disposto nos arts. 5º, II, e 93, IX, da Constituição federal. Decido. Inicialmente, verifico que inexiste a alegada ofensa ao art. 93, IX, da Constituição federal, pois o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com ele não concorde a parte. Ademais, observo que concluir diversamente do Tribunal de origem demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-probatório, de forma que eventual ofensa à Constituição federal seria meramente indireta ou reflexa, insuscetível, portanto, de conhecimento na via estreita do recurso extraordinário (Súmulas 279 e 636/STF). Do exposto, nego seguimento ao presente agravo. A parte agravante reitera a alegação de ofensa aos dispositivos constitucionais invocados no recurso extraordinário. Ademais, sustenta a inaplicabilidade das Súmulas 279 e 636 do Supremo Tribunal Federal. Mantenho a decisão agravada e submeto o presente agravo regimental à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969898. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.476 RIO DE JANEIRO V OTO O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Inconsistente o recurso. Com efeito, o Tribunal de origem manteve a sentença que decidira pela não ocorrência de conexão e litispendência sustentadas pela parte ora agravante. Para se chegar a conclusão diversa, seria necessário o reexame das provas dos autos e da legislação infraconstitucional pertinente, o que é vedado em recurso extraordinário. Aplicam-se, pois, ao caso, as Súmulas 279 e 636 do Supremo Tribunal Federal. Do exposto, nego provimento ao presente agravo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969899. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.476 RIO DE JANEIRO V OTO O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Inconsistente o recurso. Com efeito, o Tribunal de origem manteve a sentença que decidira pela não ocorrência de conexão e litispendência sustentadas pela parte ora agravante. Para se chegar a conclusão diversa, seria necessário o reexame das provas dos autos e da legislação infraconstitucional pertinente, o que é vedado em recurso extraordinário. Aplicam-se, pois, ao caso, as Súmulas 279 e 636 do Supremo Tribunal Federal. Do exposto, nego provimento ao presente agravo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969899. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.476 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : COMPANHIA SALINAS PERYNAS ADV.(A/S) : MARINA DELBONS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S/A - EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL ADV.(A/S) : CARLOS JOSÉ MARIANO DA SILVA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885686 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 833.476 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : COMPANHIA SALINAS PERYNAS ADV.(A/S) : MARINA DELBONS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S/A - EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL ADV.(A/S) : CARLOS JOSÉ MARIANO DA SILVA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885686 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3014812
2012-09-25T00:00:00
2012-10-26T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. DISCUSSÃO SOBRE A EXISTÊNCIA DE CONEXÃO E LITISPENDÊNCIA ENTRE AÇÃO DE PRESTAÇÃO DE CONTAS E EXECUÇÃO QUE TRAMITAM EM JUÍZOS DIVERSOS. REEXAME DE PROVAS E DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE NESTA ESFERA. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário o exame prévio das provas dos autos e da legislação infraconstitucional pertinente. Súmulas 279 e 636 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217551
Número de páginas: 5. Análise: 06/11/2012, LLD.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
833476
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 833476 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : COMPANHIA SALINAS PERYNAS ADV.(A/S) : MARINA DELBONS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S/A - EM LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL ADV.(A/S) : CARLOS JOSÉ MARIANO DA SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : SERGIO LUIZ MADDALENA DOURADO ADV.(A/S) : SÉRGIO RODRIGO CAMPOS MONTEIRO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 833 . 476", "Súmulas 279", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 833 . 476", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 833 . 476", "AI 833 . 476 AGR / RJ", "Súmulas 279 e 636 / STF", "Súmulas 279 e 636 do Supremo Tribunal Federal", "AI 833 . 476 AGR / RJ", "Súmulas 279 e 636 / STF", "Súmulas 279 e 636 do Supremo Tribunal Federal", "Súmulas 279 e 636 do Supremo Tribunal Federal", "Súmulas 279 e 636 do Supremo Tribunal Federal", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 833 . 476" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , II , e 93 , IX , da Constituição federal", "art . 93 , IX , da Constituição federal", "Constituição federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , II , e 93 , IX , da Constituição federal", "art . 93 , IX , da Constituição federal", "Constituição federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO DE JANEIRO", "Brasília", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "Brasil", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "COMPANHIA SALINAS PERYNAS", "BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S / A", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "COMPANHIA SALINAS PERYNAS", "BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S / A", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S / A", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "COMPANHIA SALINAS PERYNAS", "BANCO BAMERINDUS DO BRASIL S / A", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "COMPANHIA", "BANCO BAMERINDUS DO BRASIL", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "JOAQUIM BARBOSA", "MARINA DELBONS", "CARLOS JOSÉ MARIANO DA SILVA", "Ricardo Lewandowski", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "MARINA DELBONS", "CARLOS JOSÉ MARIANO DA SILVA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "COMPANHIA SALINAS PERYNAS", "MARINA DELBONS", "CARLOS JOSÉ MARIANO DA SILVA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "MARINA DELBONS", "CARLOS JOSÉ MARIANO DA SILVA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "JOAQUIM BARBOSA", "MARINA DELBONS", "CARLOS JOSÉ MARIANO DA SILVA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "26", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 113.086 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :REINALDO CARDOSO PINHEIRO IMPTE.(S) :MARCELO NAPOLITANO DE OLIVEIRA IMPTE.(S) :MARIA CLAUDIA NAPOLITANO DE OLIVEIRA MIRANDA VILLANO IMPTE.(S) :LUIZ RODRIGO DE AGUIAR BARBUDA BROCCHI COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Habeas corpus. 2. Militar. Furto de combustível de viatura policial. 3. Ausência de um dos vetores considerados para aplicação do princípio da insignificância: o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento. 4. Ordem denegada. A C Ó R D à O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, indeferir a ordem, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858994. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 113.086 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :REINALDO CARDOSO PINHEIRO IMPTE.(S) :MARCELO NAPOLITANO DE OLIVEIRA IMPTE.(S) :MARIA CLAUDIA NAPOLITANO DE OLIVEIRA MIRANDA VILLANO IMPTE.(S) :LUIZ RODRIGO DE AGUIAR BARBUDA BROCCHI COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (Relator): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Maria Claudia Napolitano de Oliveira Miranda Villano, em favor de Reinaldo Cardoso Pinheiro, contra acórdão proferido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que denegou a ordem, nos autos do HC 160.435/RJ. Na espécie, o paciente, policial militar, foi denunciado pela suposta prática do crime previsto no art. 240, §§ 4º e 6º, II, do Código Penal Militar, porquanto teria transferido certa quantidade de gasolina de uma viatura oficial da Polícia Militar para automóvel particular de sua propriedade. Inconformada, a defesa impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, cuja ordem foi denegada. Impetrou, então, habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça que, também, denegou a ordem. Daí, o presente writ, no qual a defesa reitera os argumentos submetidos a exame da Corte estadual e do STJ, para requerer a aplicação do princípio da insignificância. Sustenta que “(...) a perícia não foi capaz de detectar se houve transferência de combustível de um carro para o outro e se houve, qual fora o volume, e que o preço médio para inserir em um taque de gasolina a quantidade máxima de litros que este suporta é R$ 120,00 (cento e vinte reais) (...)”. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866006. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 113.086 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :REINALDO CARDOSO PINHEIRO IMPTE.(S) :MARCELO NAPOLITANO DE OLIVEIRA IMPTE.(S) :MARIA CLAUDIA NAPOLITANO DE OLIVEIRA MIRANDA VILLANO IMPTE.(S) :LUIZ RODRIGO DE AGUIAR BARBUDA BROCCHI COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (Relator): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Maria Claudia Napolitano de Oliveira Miranda Villano, em favor de Reinaldo Cardoso Pinheiro, contra acórdão proferido pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que denegou a ordem, nos autos do HC 160.435/RJ. Na espécie, o paciente, policial militar, foi denunciado pela suposta prática do crime previsto no art. 240, §§ 4º e 6º, II, do Código Penal Militar, porquanto teria transferido certa quantidade de gasolina de uma viatura oficial da Polícia Militar para automóvel particular de sua propriedade. Inconformada, a defesa impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, cuja ordem foi denegada. Impetrou, então, habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça que, também, denegou a ordem. Daí, o presente writ, no qual a defesa reitera os argumentos submetidos a exame da Corte estadual e do STJ, para requerer a aplicação do princípio da insignificância. Sustenta que “(...) a perícia não foi capaz de detectar se houve transferência de combustível de um carro para o outro e se houve, qual fora o volume, e que o preço médio para inserir em um taque de gasolina a quantidade máxima de litros que este suporta é R$ 120,00 (cento e vinte reais) (...)”. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866006. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório HC 113.086 / RJ Requer, liminarmente, seja determinada a suspensão da Ação Penal n. 0007459-12.2004.8.19.0001, em trâmite na Auditoria da Justiça Militar do Rio de Janeiro, até o julgamento final deste habeas. No mérito, requer o trancamento da referida ação penal. Liminar indeferida. A Procuradoria-Geral da República opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866006. Supremo Tribunal Federal HC 113.086 / RJ Requer, liminarmente, seja determinada a suspensão da Ação Penal n. 0007459-12.2004.8.19.0001, em trâmite na Auditoria da Justiça Militar do Rio de Janeiro, até o julgamento final deste habeas. No mérito, requer o trancamento da referida ação penal. Liminar indeferida. A Procuradoria-Geral da República opinou pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866006. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Voto - MIN. GILMAR MENDES 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 113.086 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (Relator): No presente habeas corpus, discute-se a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância. Na espécie, policial militar foi denunciado pela suposta prática do crime previsto no art. 240, §§ 4º e 6º, II, do Código Penal Militar, porquanto teria transferido certa quantidade de gasolina de uma viatura oficial da Polícia Militar para automóvel particular de sua propriedade. Inicialmente, evidencio que, após longo processo de formação, marcado por decisões casuais e excepcionais, o referido princípio acabou por solidificar-se como importante instrumento de aprimoramento do Direito Penal, sendo paulatinamente reconhecido pela jurisprudência dos tribunais superiores, em especial a deste Supremo Tribunal Federal. Por isso, é que reconheço plausibilidade à tese sustentada pelos impetrantes. Em casos análogos, esta Suprema Corte tem admitido a possibilidade de aplicação do referido princípio. A propósito, menciono os seguintes precedentes: “PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – IDENTIFICAÇÃO DOS VETORES CUJA PRESENÇA LEGITIMA O RECONHECIMENTO DESSE POSTULADO DE POLÍTICA CRIMINAL – CONSEQÜENTE DESCARACTERIZAÇÃO DA TIPICIDADE PENAL EM SEU ASPECTO MATERIAL – TENTATIVA DE FURTO SIMPLES (CP, ART. 155, ‘CAPUT’) DE CINCO BARRAS DE CHOCOLATE - ‘RES FURTIVA’ NO VALOR (ÍNFIMO) DE R$ 20,00 (EQUIVALENTE A 4,3% DO SALÁRIO MÍNIMO ATUALMENTE EM VIGOR) – DOUTRINA - CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - ‘HABEAS CORPUS’ CONCEDIDO PARA ABSOLVER O PACIENTE. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 113.086 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (Relator): No presente habeas corpus, discute-se a possibilidade de aplicação do princípio da insignificância. Na espécie, policial militar foi denunciado pela suposta prática do crime previsto no art. 240, §§ 4º e 6º, II, do Código Penal Militar, porquanto teria transferido certa quantidade de gasolina de uma viatura oficial da Polícia Militar para automóvel particular de sua propriedade. Inicialmente, evidencio que, após longo processo de formação, marcado por decisões casuais e excepcionais, o referido princípio acabou por solidificar-se como importante instrumento de aprimoramento do Direito Penal, sendo paulatinamente reconhecido pela jurisprudência dos tribunais superiores, em especial a deste Supremo Tribunal Federal. Por isso, é que reconheço plausibilidade à tese sustentada pelos impetrantes. Em casos análogos, esta Suprema Corte tem admitido a possibilidade de aplicação do referido princípio. A propósito, menciono os seguintes precedentes: “PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA – IDENTIFICAÇÃO DOS VETORES CUJA PRESENÇA LEGITIMA O RECONHECIMENTO DESSE POSTULADO DE POLÍTICA CRIMINAL – CONSEQÜENTE DESCARACTERIZAÇÃO DA TIPICIDADE PENAL EM SEU ASPECTO MATERIAL – TENTATIVA DE FURTO SIMPLES (CP, ART. 155, ‘CAPUT’) DE CINCO BARRAS DE CHOCOLATE - ‘RES FURTIVA’ NO VALOR (ÍNFIMO) DE R$ 20,00 (EQUIVALENTE A 4,3% DO SALÁRIO MÍNIMO ATUALMENTE EM VIGOR) – DOUTRINA - CONSIDERAÇÕES EM TORNO DA JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - ‘HABEAS CORPUS’ CONCEDIDO PARA ABSOLVER O PACIENTE. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 113.086 / RJ O POSTULADO DA INSIGNIFICÂNCIA E A FUNÇÃO DO DIREITO PENAL: ‘DE MINIMIS, NON CURAT PRAETOR’. - O sistema jurídico há de considerar a relevantíssima circunstância de que a privação da liberdade e a restrição de direitos do indivíduo somente se justificam quando estritamente necessárias à própria proteção das pessoas, da sociedade e de outros bens jurídicos que lhes sejam essenciais, notadamente naqueles casos em que os valores penalmente tutelados se exponham a dano, efetivo ou potencial, impregnado de significativa lesividade . - O direito penal não se deve ocupar de condutas que produzam resultado, cujo desvalor - por não importar em lesão significativa a bens jurídicos relevantes - não represente , por isso mesmo, prejuízo importante, seja ao titular do bem jurídico tutelado, seja à integridade da própria ordem social. O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA QUALIFICA-SE COMO FATOR DE DESCARACTERIZAÇÃO MATERIAL DA TIPICIDADE PENAL. - O princípio da insignificância – que deve ser analisado em conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal - tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, examinada esta na perspectiva de seu caráter material. Doutrina. Precedentes. Tal postulado – que considera necessária, na aferição do relevo material da tipicidade penal, a presença de certos vetores, tais como (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada - apoiou-se , em seu processo de formulação teórica, no reconhecimento de que o caráter subsidiário do sistema penal reclama e impõe , em função dos próprios objetivos por ele visados, a intervenção mínima do Poder Público. O FATO INSIGNIFICANTE, PORQUE DESTITUÍDO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Supremo Tribunal Federal HC 113.086 / RJ O POSTULADO DA INSIGNIFICÂNCIA E A FUNÇÃO DO DIREITO PENAL: ‘DE MINIMIS, NON CURAT PRAETOR’. - O sistema jurídico há de considerar a relevantíssima circunstância de que a privação da liberdade e a restrição de direitos do indivíduo somente se justificam quando estritamente necessárias à própria proteção das pessoas, da sociedade e de outros bens jurídicos que lhes sejam essenciais, notadamente naqueles casos em que os valores penalmente tutelados se exponham a dano, efetivo ou potencial, impregnado de significativa lesividade . - O direito penal não se deve ocupar de condutas que produzam resultado, cujo desvalor - por não importar em lesão significativa a bens jurídicos relevantes - não represente , por isso mesmo, prejuízo importante, seja ao titular do bem jurídico tutelado, seja à integridade da própria ordem social. O PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA QUALIFICA-SE COMO FATOR DE DESCARACTERIZAÇÃO MATERIAL DA TIPICIDADE PENAL. - O princípio da insignificância – que deve ser analisado em conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal - tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, examinada esta na perspectiva de seu caráter material. Doutrina. Precedentes. Tal postulado – que considera necessária, na aferição do relevo material da tipicidade penal, a presença de certos vetores, tais como (a) a mínima ofensividade da conduta do agente, (b) a nenhuma periculosidade social da ação, (c) o reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento e (d) a inexpressividade da lesão jurídica provocada - apoiou-se , em seu processo de formulação teórica, no reconhecimento de que o caráter subsidiário do sistema penal reclama e impõe , em função dos próprios objetivos por ele visados, a intervenção mínima do Poder Público. O FATO INSIGNIFICANTE, PORQUE DESTITUÍDO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 113.086 / RJ DE TIPICIDADE PENAL, IMPORTA EM ABSOLVIÇÃO CRIMINAL DO RÉU. - A aplicação do princípio da insignificância, por excluir a própria tipicidade material da conduta atribuída ao agente, importa , necessariamente, na absolvição penal do réu (CPP, art. 386, III), eis que o fato insignificante, por ser atípico, não se reveste de relevo jurídico-penal. Precedentes” . (HC 98.152/MG, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJe 5.6.2009). “AÇÃO PENAL. Delito de furto. Subtração de aparelho de som de veículo. Tentativa. Coisa estimada em cento e trinta reais. Res furtiva de valor insignificante. Inexistência de fuga, reação, arrombamento ou prejuízo material. Periculosidade não considerável do agente. Circunstâncias relevantes. Crime de bagatela. Caracterização. Aplicação do princípio da insignificância. Atipicidade reconhecida. Absolvição decretada. HC concedido para esse fim. Precedentes. Verificada a objetiva insignificância jurídica do ato tido por delituoso, à luz das suas circunstâncias, deve o réu, em recurso ou habeas corpus, ser absolvido por atipicidade do comportamento, quando tenha sido condenado”. (HC 92.988/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, 2ª Turma, unânime, DJe 26.6.2009). “HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL. TENTATIVA DE FURTO. INEXISTÊNCIA DE LESÃO A BEM JURIDICAMENTE PROTEGIDO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: INCIDÊNCIA. ANÁLISE RESERVADA AOS ASPECTOS OBJETIVOS DO FATO. PRECEDENTES. ORDEM CONCEDIDA. 1. A tentativa de furto praticada pela Paciente não resultou em dano ou perigo concreto relevante, de modo a lesionar ou colocar em perigo o bem jurídico reclamado pelo princípio da ofensividade. A conduta tem contornos que demonstram pouca importância de relevância na seara penal, pois, apesar de haver lesão a bem juridicamente tutelado pela norma, incide, na 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Supremo Tribunal Federal HC 113.086 / RJ DE TIPICIDADE PENAL, IMPORTA EM ABSOLVIÇÃO CRIMINAL DO RÉU. - A aplicação do princípio da insignificância, por excluir a própria tipicidade material da conduta atribuída ao agente, importa , necessariamente, na absolvição penal do réu (CPP, art. 386, III), eis que o fato insignificante, por ser atípico, não se reveste de relevo jurídico-penal. Precedentes” . (HC 98.152/MG, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJe 5.6.2009). “AÇÃO PENAL. Delito de furto. Subtração de aparelho de som de veículo. Tentativa. Coisa estimada em cento e trinta reais. Res furtiva de valor insignificante. Inexistência de fuga, reação, arrombamento ou prejuízo material. Periculosidade não considerável do agente. Circunstâncias relevantes. Crime de bagatela. Caracterização. Aplicação do princípio da insignificância. Atipicidade reconhecida. Absolvição decretada. HC concedido para esse fim. Precedentes. Verificada a objetiva insignificância jurídica do ato tido por delituoso, à luz das suas circunstâncias, deve o réu, em recurso ou habeas corpus, ser absolvido por atipicidade do comportamento, quando tenha sido condenado”. (HC 92.988/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, 2ª Turma, unânime, DJe 26.6.2009). “HABEAS CORPUS. PENAL. PROCESSUAL PENAL. TENTATIVA DE FURTO. INEXISTÊNCIA DE LESÃO A BEM JURIDICAMENTE PROTEGIDO. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA: INCIDÊNCIA. ANÁLISE RESERVADA AOS ASPECTOS OBJETIVOS DO FATO. PRECEDENTES. ORDEM CONCEDIDA. 1. A tentativa de furto praticada pela Paciente não resultou em dano ou perigo concreto relevante, de modo a lesionar ou colocar em perigo o bem jurídico reclamado pelo princípio da ofensividade. A conduta tem contornos que demonstram pouca importância de relevância na seara penal, pois, apesar de haver lesão a bem juridicamente tutelado pela norma, incide, na 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 113.086 / RJ espécie, o princípio da insignificância, que reduz o âmbito de proibição aparente da tipicidade legal e, por conseqüência, torna atípico o fato denunciado. 2. A jurisprudência deste Supremo Tribunal admite, em casos específicos, a incidência do princípio da insignificância, em face de aspectos objetivos do fato. Tais aspectos apresentam- se no caso, a autorizar a concessão da ordem pleiteada. 3. Ordem concedida”. (HC 96.822/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, DJe 7.8.2009). “HABEAS CORPUS. PENAL. FURTO. TENTATIVA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. APLICABILIDADE. OCULTA COMPENSATIO. 1. A aplicação do princípio da insignificância há de ser criteriosa e casuística. 2. Princípio que se presta a beneficiar as classes subalternas, conduzindo à atipicidade da conduta de quem comete delito movido por razões análogas às que toma São Tomás de Aquino, na Suma Teológica, para justificar a oculta compensatio. A conduta do paciente não excede esse modelo. 3. O paciente tentou subtrair de um estabelecimento comercial mercadorias de valores inexpressivos. O direito penal não deve se ocupar de condutas que não causem lesão significativa a bens jurídicos relevantes ou prejuízos importantes ao titular do bem tutelado, bem assim à integridade da ordem social. Ordem deferida”. (HC 97.189/RS, Rel. Originária Min. Ellen Gracie, Red. p/ o acórdão Min. Eros Grau, 2ª Turma, maioria, DJe 14.8.2009). Impende destacar, por oportuno, que o princípio da bagatela – como postulado hermenêutico voltado à descriminalização de condutas formalmente típicas – atua, exatamente, sobre a tipicidade. Embora admita que a tipicidade penal deva ser vista sob o prisma da tipicidade formal, assevero, todavia, que, hodiernamente, ganha relevo a denominada tipicidade material, consoante frisou o Ministro Celso de 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Supremo Tribunal Federal HC 113.086 / RJ espécie, o princípio da insignificância, que reduz o âmbito de proibição aparente da tipicidade legal e, por conseqüência, torna atípico o fato denunciado. 2. A jurisprudência deste Supremo Tribunal admite, em casos específicos, a incidência do princípio da insignificância, em face de aspectos objetivos do fato. Tais aspectos apresentam- se no caso, a autorizar a concessão da ordem pleiteada. 3. Ordem concedida”. (HC 96.822/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, DJe 7.8.2009). “HABEAS CORPUS. PENAL. FURTO. TENTATIVA. PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. APLICABILIDADE. OCULTA COMPENSATIO. 1. A aplicação do princípio da insignificância há de ser criteriosa e casuística. 2. Princípio que se presta a beneficiar as classes subalternas, conduzindo à atipicidade da conduta de quem comete delito movido por razões análogas às que toma São Tomás de Aquino, na Suma Teológica, para justificar a oculta compensatio. A conduta do paciente não excede esse modelo. 3. O paciente tentou subtrair de um estabelecimento comercial mercadorias de valores inexpressivos. O direito penal não deve se ocupar de condutas que não causem lesão significativa a bens jurídicos relevantes ou prejuízos importantes ao titular do bem tutelado, bem assim à integridade da ordem social. Ordem deferida”. (HC 97.189/RS, Rel. Originária Min. Ellen Gracie, Red. p/ o acórdão Min. Eros Grau, 2ª Turma, maioria, DJe 14.8.2009). Impende destacar, por oportuno, que o princípio da bagatela – como postulado hermenêutico voltado à descriminalização de condutas formalmente típicas – atua, exatamente, sobre a tipicidade. Embora admita que a tipicidade penal deva ser vista sob o prisma da tipicidade formal, assevero, todavia, que, hodiernamente, ganha relevo a denominada tipicidade material, consoante frisou o Ministro Celso de 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 113.086 / RJ Mello, ao deferir a ordem no HC 98.152/MG (DJe 5.6.2009): “É importante assinalar, neste ponto, por oportuno, que o princípio da insignificância — que deve ser analisado em conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal — tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu caráter material [...]”. Assim, para que seja razoável concluir, em caso concreto, no sentido da tipicidade, mister se faz a conjugação da tipicidade formal com a material, sob pena de abandonar-se, assim, o desiderato do próprio ordenamento jurídico criminal. Nesses termos, evidenciando o aplicador do direito a presença da tipicidade formal, mas a ausência da material, encontrar-se-á diante de caso manifestamente atípico. Postas essas premissas, cumpre destacar — não obstante a importância do princípio da insignificância como instrumento descaracterizador da própria tipicidade penal — que o caso guarda peculiaridades, merecendo algumas ponderações. É que o STF tem entendido que, para a incidência do princípio da insignificância, alguns vetores devem ser considerados, quais sejam: a) a mínima ofensividade da conduta do agente; b) a ausência de periculosidade social da ação; c) o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; d) a inexpressividade da lesão jurídica causada (Cf. HC n. 84.412/SP, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJe 19.11.2004). Importante observar que, para aplicação do princípio em tela, não se deve sopesar somente o valor patrimonial do bem subtraído (na espécie, não foi possível aferir a quantidade de combustível furtada). Há, por outro lado, que se analisar a espécie perante todo o contexto jurídico, examinando-se um a um os elementos caracterizadores da insignificância, na medida em que o valor da coisa furtada é somente um dos pressupostos para a sua escorreita aplicação. Dessarte, levando-se em conta as circunstâncias peculiares do caso concreto, entendo que ao menos um desses vetores não se encontra 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Supremo Tribunal Federal HC 113.086 / RJ Mello, ao deferir a ordem no HC 98.152/MG (DJe 5.6.2009): “É importante assinalar, neste ponto, por oportuno, que o princípio da insignificância — que deve ser analisado em conexão com os postulados da fragmentariedade e da intervenção mínima do Estado em matéria penal — tem o sentido de excluir ou de afastar a própria tipicidade penal, examinada na perspectiva de seu caráter material [...]”. Assim, para que seja razoável concluir, em caso concreto, no sentido da tipicidade, mister se faz a conjugação da tipicidade formal com a material, sob pena de abandonar-se, assim, o desiderato do próprio ordenamento jurídico criminal. Nesses termos, evidenciando o aplicador do direito a presença da tipicidade formal, mas a ausência da material, encontrar-se-á diante de caso manifestamente atípico. Postas essas premissas, cumpre destacar — não obstante a importância do princípio da insignificância como instrumento descaracterizador da própria tipicidade penal — que o caso guarda peculiaridades, merecendo algumas ponderações. É que o STF tem entendido que, para a incidência do princípio da insignificância, alguns vetores devem ser considerados, quais sejam: a) a mínima ofensividade da conduta do agente; b) a ausência de periculosidade social da ação; c) o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento; d) a inexpressividade da lesão jurídica causada (Cf. HC n. 84.412/SP, rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJe 19.11.2004). Importante observar que, para aplicação do princípio em tela, não se deve sopesar somente o valor patrimonial do bem subtraído (na espécie, não foi possível aferir a quantidade de combustível furtada). Há, por outro lado, que se analisar a espécie perante todo o contexto jurídico, examinando-se um a um os elementos caracterizadores da insignificância, na medida em que o valor da coisa furtada é somente um dos pressupostos para a sua escorreita aplicação. Dessarte, levando-se em conta as circunstâncias peculiares do caso concreto, entendo que ao menos um desses vetores não se encontra 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 113.086 / RJ presente: o reduzido grau de reprovabilidade da conduta. Bem compulsados os autos, não há como não chegar à conclusão de que o comportamento do paciente é reprovável, merecendo pronta atuação do direito penal. Com efeito, consoante delimitado no acórdão atacado, o paciente, utilizando-se da condição de policial militar, “levou uma viatura policial do BOPE de sua responsabilidade para local ermo, localizado ao lado do próprio batalhão que servia e, utilizando-se de uma mangueira e bomba, transferiu combustível da viatura oficial para seu carro particular”. Não destoa desse entendimento, a recente jurisprudência desta Suprema Corte: “HABEAS CORPUS. ESTELIONATO. POLICIAL MILITAR RODOVIÁRIO NA RESERVA. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE. ELEVADA REPROVABILIDADE DA CONDUTA. ORDEM DENEGADA. 1. A pertinência do princípio da insignificância deve ser avaliada considerando não só o valor do dano decorrente do crime, mas igualmente outros aspectos relevantes da conduta imputada. 2. O pequeno valor da vantagem auferida é insuficiente para aplicação do princípio da insignificância ante a elevada reprovabilidade da conduta do militar da reserva que usa documento falso para não pagar passagem de ônibus. 3. Aos militares cabe a guarda da lei e da ordem, competindo-lhes o papel de guardiões da estabilidade, a serviço do direito e da paz social, razão pela qual deles se espera, ainda que na reserva, conduta exemplar para o restante da sociedade, o que não se verificou na espécie. 4. Ordem denegada”. (destaques do original - HC 108.884/RS, Rel. Min. Rosa Weber, 1ª Turma, unânime, DJe 27.6.2012). “Habeas corpus. Penal e Processual Penal Militar. Delitos de embriaguez em serviço e de furto qualificado praticados 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Supremo Tribunal Federal HC 113.086 / RJ presente: o reduzido grau de reprovabilidade da conduta. Bem compulsados os autos, não há como não chegar à conclusão de que o comportamento do paciente é reprovável, merecendo pronta atuação do direito penal. Com efeito, consoante delimitado no acórdão atacado, o paciente, utilizando-se da condição de policial militar, “levou uma viatura policial do BOPE de sua responsabilidade para local ermo, localizado ao lado do próprio batalhão que servia e, utilizando-se de uma mangueira e bomba, transferiu combustível da viatura oficial para seu carro particular”. Não destoa desse entendimento, a recente jurisprudência desta Suprema Corte: “HABEAS CORPUS. ESTELIONATO. POLICIAL MILITAR RODOVIÁRIO NA RESERVA. APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IMPOSSIBILIDADE. ELEVADA REPROVABILIDADE DA CONDUTA. ORDEM DENEGADA. 1. A pertinência do princípio da insignificância deve ser avaliada considerando não só o valor do dano decorrente do crime, mas igualmente outros aspectos relevantes da conduta imputada. 2. O pequeno valor da vantagem auferida é insuficiente para aplicação do princípio da insignificância ante a elevada reprovabilidade da conduta do militar da reserva que usa documento falso para não pagar passagem de ônibus. 3. Aos militares cabe a guarda da lei e da ordem, competindo-lhes o papel de guardiões da estabilidade, a serviço do direito e da paz social, razão pela qual deles se espera, ainda que na reserva, conduta exemplar para o restante da sociedade, o que não se verificou na espécie. 4. Ordem denegada”. (destaques do original - HC 108.884/RS, Rel. Min. Rosa Weber, 1ª Turma, unânime, DJe 27.6.2012). “Habeas corpus. Penal e Processual Penal Militar. Delitos de embriaguez em serviço e de furto qualificado praticados 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 113.086 / RJ durante a noite mediante concurso de agentes. Artigos 202 e 240, §§ 4º e 6º, inciso IV, do Código Penal Militar. (...) 3. A aplicabilidade do postulado da insignificância ao delito de furto qualificado restou afastada na espécie, uma vez que não se pode falar em reduzido grau de reprovabilidade da conduta praticada pelos pacientes, que, em serviço, durante a madrugada, arrombaram, com o uso da força, os armários de marinheiros recrutas para furtar os objetos que lá se encontravam. Conforme já assentou este Supremo Tribunal, ‘a aplicação do princípio da insignificância, de modo a tornar a conduta atípica, exige, além da pequena expressão econômica do bem que fora objeto de subtração, um reduzido grau de reprovabilidade da conduta do agente’ (HC n. 110.370/DF, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/12/11). 4. Ordem denegada”. – (destaques do original - HC 104.879/BA, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, unânime, DJe 30.8.2012). “HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. INFRAÇÃO DO ART. 240, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL MILITAR. PRETENSÃO DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IMPROCEDÊNCIA. (...) 3. Para a incidência do princípio da insignificância, devem ser relevados o valor do objeto do crime e os aspectos objetivos do fato, tais como, a mínima ofensividade da conduta do agente, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica causada. 4. Impossibilidade de incidência, na espécie vertente, do princípio da insignificância. Bem furtado dentro das instalações de instituição militar e de valor quase três vezes e meia o valor do salário mínimo da data dos fatos. 5. Ordem denegada”. (destaques do original - HC 112.224/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, DJe 12-6-2012). 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Supremo Tribunal Federal HC 113.086 / RJ durante a noite mediante concurso de agentes. Artigos 202 e 240, §§ 4º e 6º, inciso IV, do Código Penal Militar. (...) 3. A aplicabilidade do postulado da insignificância ao delito de furto qualificado restou afastada na espécie, uma vez que não se pode falar em reduzido grau de reprovabilidade da conduta praticada pelos pacientes, que, em serviço, durante a madrugada, arrombaram, com o uso da força, os armários de marinheiros recrutas para furtar os objetos que lá se encontravam. Conforme já assentou este Supremo Tribunal, ‘a aplicação do princípio da insignificância, de modo a tornar a conduta atípica, exige, além da pequena expressão econômica do bem que fora objeto de subtração, um reduzido grau de reprovabilidade da conduta do agente’ (HC n. 110.370/DF, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15/12/11). 4. Ordem denegada”. – (destaques do original - HC 104.879/BA, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, unânime, DJe 30.8.2012). “HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. INFRAÇÃO DO ART. 240, CAPUT, DO CÓDIGO PENAL MILITAR. PRETENSÃO DE APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA INSIGNIFICÂNCIA. IMPROCEDÊNCIA. (...) 3. Para a incidência do princípio da insignificância, devem ser relevados o valor do objeto do crime e os aspectos objetivos do fato, tais como, a mínima ofensividade da conduta do agente, a ausência de periculosidade social da ação, o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da lesão jurídica causada. 4. Impossibilidade de incidência, na espécie vertente, do princípio da insignificância. Bem furtado dentro das instalações de instituição militar e de valor quase três vezes e meia o valor do salário mínimo da data dos fatos. 5. Ordem denegada”. (destaques do original - HC 112.224/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, DJe 12-6-2012). 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 113.086 / RJ Não bastasse o que venho de expor, tenho para mim que o caso deve ser analisado, também, sob outras balizas, sobretudo os princípios constitucionais que regem a atuação dos agentes públicos, principalmente em casos a envolver policiais militares, de quem se exige e se espera, na condição de tutores da lei e da ordem, uma conduta escorreita, abalizada nos mais variados princípios, dentre os quais cito, à guisa de mera exemplificação, a legalidade e a impessoalidade. É certo que o policial militar deve — no exercício das atribuições do cargo, ao promover o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública — pautar sua atuação funcional sempre com o fim de promover a realização do interesse público. Não cabe a esse agente público, de quem se espera uma atuação irrefutável, incontestável, buscar a efetivação de interesses particulares, sob pena de ferir, indevidamente, o princípio da impessoalidade, em inaceitável desvio de finalidade. Nesse diapasão, apesar de não negar a importância do postulado da insignificância na atual dogmática penal, assevero não se poder utilizá-lo como manto protetor de práticas escusas, sob pena de fomentar, mesmo que reflexamente, atividades ilícitas, podendo vir a comprometer a ordem pública. Nesses termos, voto no sentido de denegar a ordem de habeas corpus. 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Supremo Tribunal Federal HC 113.086 / RJ Não bastasse o que venho de expor, tenho para mim que o caso deve ser analisado, também, sob outras balizas, sobretudo os princípios constitucionais que regem a atuação dos agentes públicos, principalmente em casos a envolver policiais militares, de quem se exige e se espera, na condição de tutores da lei e da ordem, uma conduta escorreita, abalizada nos mais variados princípios, dentre os quais cito, à guisa de mera exemplificação, a legalidade e a impessoalidade. É certo que o policial militar deve — no exercício das atribuições do cargo, ao promover o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública — pautar sua atuação funcional sempre com o fim de promover a realização do interesse público. Não cabe a esse agente público, de quem se espera uma atuação irrefutável, incontestável, buscar a efetivação de interesses particulares, sob pena de ferir, indevidamente, o princípio da impessoalidade, em inaceitável desvio de finalidade. Nesse diapasão, apesar de não negar a importância do postulado da insignificância na atual dogmática penal, assevero não se poder utilizá-lo como manto protetor de práticas escusas, sob pena de fomentar, mesmo que reflexamente, atividades ilícitas, podendo vir a comprometer a ordem pública. Nesses termos, voto no sentido de denegar a ordem de habeas corpus. 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2866007. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 113.086 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) : REINALDO CARDOSO PINHEIRO IMPTE.(S) : MARCELO NAPOLITANO DE OLIVEIRA IMPTE.(S) : MARIA CLAUDIA NAPOLITANO DE OLIVEIRA MIRANDA VILLANO IMPTE.(S) : LUIZ RODRIGO DE AGUIAR BARBUDA BROCCHI COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, indeferiu a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849214 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 113.086 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) : REINALDO CARDOSO PINHEIRO IMPTE.(S) : MARCELO NAPOLITANO DE OLIVEIRA IMPTE.(S) : MARIA CLAUDIA NAPOLITANO DE OLIVEIRA MIRANDA VILLANO IMPTE.(S) : LUIZ RODRIGO DE AGUIAR BARBUDA BROCCHI COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma, por unanimidade, indeferiu a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849214 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2874831
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, indeferiu a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
HABEAS CORPUS
Habeas corpus. 2. Militar. Furto de combustível de viatura policial. 3. Ausência de um dos vetores considerados para aplicação do princípio da insignificância: o reduzido grau de reprovabilidade do comportamento. 4. Ordem denegada.
sjur215906
- Acórdãos citados: HC 84412, HC 92988, HC 96822, HC 97189, HC 98152, HC 104879, HC 108884, HC 112224. - Veja HC 160435 do STJ. Número de páginas: 12. Análise: 17/10/2012, AAT.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
113086
[ "LEG-FED DEL-001001 ANO-1969\r\n ART-00240 PAR-00004 PAR-00006 INC-00002\r\n CPM-1969 CÓDIGO PENAL MILITAR" ]
HC
acordaos
HC 113086
[ "" ]
PACTE.(S) : REINALDO CARDOSO PINHEIRO IMPTE.(S) : MARCELO NAPOLITANO DE OLIVEIRA IMPTE.(S) : MARIA CLAUDIA NAPOLITANO DE OLIVEIRA MIRANDA VILLANO IMPTE.(S) : LUIZ RODRIGO DE AGUIAR BARBUDA BROCCHI COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "HABEAS CORPUS 113 . 086", "HABEAS CORPUS 113 . 086", "HC 160 . 435 / RJ", "HABEAS CORPUS 113 . 086", "HC 160 . 435 / RJ", "HC 113 . 086 / RJ", "Ação Penal n . 0007459 - 12 . 2004 . 8 . 19 . 0001", "HC 113 . 086 / RJ", "Ação Penal n . 0007459 - 12 . 2004 . 8 . 19 . 0001", "HABEAS CORPUS 113 . 086", "HABEAS CORPUS 113 . 086", "HC 113 . 086 / RJ", "HC 113 . 086 / RJ", "HC 113 . 086 / RJ", "HC 98 . 152 / MG", "HC 92 . 988 / RS", "HC 113 . 086 / RJ", "HC 98 . 152 / MG", "HC 92 . 988 / RS", "HC 113 . 086 / RJ", "HC 96 . 822 / RS", "HC 97 . 189 / RS", "HC 113 . 086 / RJ", "HC 96 . 822 / RS", "HC 97 . 189 / RS", "HC 113 . 086 / RJ", "HC 98 . 152 / MG", "HC n . 84 . 412 / SP", "HC 113 . 086 / RJ", "HC 98 . 152 / MG", "HC n . 84 . 412 / SP", "HC 113 . 086 / RJ", "HC 108 . 884 / RS", "HC 113 . 086 / RJ", "HC 108 . 884 / RS", "HC 113 . 086 / RJ", "HC n . 110 . 370 / DF", "HC 104 . 879 / BA", "HC 112 . 224 / DF", "HC 113 . 086 / RJ", "HC n . 110 . 370 / DF", "HC 104 . 879 / 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"GILMAR MENDES", "Mello", "Celso de Mello", "Mello", "Celso de Mello", "GILMAR MENDES", "Rosa Weber", "Rosa Weber", "GILMAR MENDES", "Ricardo Lewandowski", "Dias Toffoli", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Dias Toffoli", "Cármen Lúcia", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "REINALDO CARDOSO PINHEIRO", "MARCELO NAPOLITANO DE OLIVEIRA", "MARIA CLAUDIA NAPOLITANO DE OLIVEIRA MIRANDA VILLANO", "LUIZ RODRIGO DE AGUIAR BARBUDA BROCCHI", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte", "GILMAR MENDES", "REINALDO CARDOSO PINHEIRO", "MARCELO NAPOLITANO DE OLIVEIRA", "MARIA CLAUDIA NAPOLITANO DE OLIVEIRA MIRANDA VILLANO", "LUIZ RODRIGO DE AGUIAR BARBUDA BROCCHI", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte", "2001" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.010 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ITAPOÁ TERMINAIS PORTUÁRIOS S/A ADV.(A/S) :ANDRÉ FONSECA ROLLER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA: TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS AO CUSTEIO DAS OBRIGAÇÕES DA UNIÃO DECORRENTES DE CONDENAÇÕES À RECOMPOSIÇÃO DO FGTS. CONSTITUCIONALIDADE. RESPEITO À REGRA DA ANTERIORIDADE. LC 110/2001, ARTS. 1º E 2º. AGRAVO REGIMENTAL. Esta Suprema Corte considerou constitucionais os tributos destinados ao custeio das condenações sofridas pela União à atualização das contas vinculadas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, ressalvada a proibição de cobrança no período definido pela regra da anterioridade. A perda superveniente da justificativa para manutenção das cobranças e consequente inconstitucionalidade devem ser examinadas a tempo e modo próprios. Agravo regimental ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969837. Supremo Tribunal Federal DJe 26/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão AI 763.010 AGR / DF ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969837. Supremo Tribunal Federal AI 763.010 AGR / DF ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969837. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.010 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ITAPOÁ TERMINAIS PORTUÁRIOS S/A ADV.(A/S) :ANDRÉ FONSECA ROLLER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “DECISÃO : Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a , da Constituição) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que considerou constitucional a contribuição criada pelo art. 2º, da Lei Complementar 110/2001, e aplicou-lhe o regime do art. 150, III, b , da Constituição. Sustenta-se, em síntese, a inconstitucionalidade da já referida contribuição, assim como defende a violação dos arts. 5º, XXXV e LV, e 93, IX, da Constituição. Inexiste a alegada ofensa ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, pois o acórdão recorrido, ao julgar o recurso interposto, inequivocamente prestou jurisdição, tendo enfrentado as questões que lhe foram postas, em observância aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ademais, não há afronta ao art. 93, IX, da Constituição, na medida em que o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde a ora agravante. Passando à questão de fundo, o Supremo Tribunal Federal, em 13.06.2012, julgou conjuntamente as ADIs 2.556 e Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969838. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.010 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ITAPOÁ TERMINAIS PORTUÁRIOS S/A ADV.(A/S) :ANDRÉ FONSECA ROLLER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “DECISÃO : Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a , da Constituição) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que considerou constitucional a contribuição criada pelo art. 2º, da Lei Complementar 110/2001, e aplicou-lhe o regime do art. 150, III, b , da Constituição. Sustenta-se, em síntese, a inconstitucionalidade da já referida contribuição, assim como defende a violação dos arts. 5º, XXXV e LV, e 93, IX, da Constituição. Inexiste a alegada ofensa ao art. 5º, XXXV e LV, da Constituição, pois o acórdão recorrido, ao julgar o recurso interposto, inequivocamente prestou jurisdição, tendo enfrentado as questões que lhe foram postas, em observância aos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ademais, não há afronta ao art. 93, IX, da Constituição, na medida em que o acórdão recorrido está devidamente fundamentado, ainda que com sua fundamentação não concorde a ora agravante. Passando à questão de fundo, o Supremo Tribunal Federal, em 13.06.2012, julgou conjuntamente as ADIs 2.556 e Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969838. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório AI 763.010 AGR / DF 2.568, de minha relatoria, que tratavam das contribuições previstas pela Lei Complementar 110/2001, para o FGTS. As ações diretas de inconstitucionalidade foram julgadas prejudicadas em relação ao artigo 2º da LC 110/2001 e, quanto aos artigos remanescentes, parcialmente procedentes, apenas para declarar a inconstitucionalidade do artigo 14, caput , no que se refere à expressão " produzindo efeitos ", bem como de seus incisos I e II. Em consequência, ficou confirmada a constitucionalidade da contribuição prevista pelo art. 1º da Lei Complementar 110/2001. Naquela oportunidade, esta Suprema Corte não se pronunciou sobre a alegada perda superveniente de objeto do tributo, devido ao atendimento da finalidade da exação. Não obstante o fato de a análise do art. 2º da Lei Complementar 110/2001 ter ficado prejudicada, ele foi considerado constitucional quando da apreciação da medida cautelar, pelo Plenário desta Corte, nos termos da ementa infra transcrita: Ação direta de inconstitucionalidade. Impugnação de artigos e de expressões contidas na Lei Complementar federal nº 110, de 29 de junho de 2001. Pedido de liminar. - A natureza jurídica das duas exações criadas pela lei em causa, neste exame sumário, é a de que são elas tributárias, caracterizando-se como contribuições sociais que se enquadram na sub-espécie contribuições sociais gerais que se submetem à regência do artigo 149 da Constituição, e não à do artigo 195 da Carta Magna. - Não- ocorrência de plausibilidade jurídica quanto às alegadas ofensas aos artigos 145, § 1º, 154, I, 157, II, e 167, IV, da Constituição. - Também não apresentam plausibilidade jurídica suficiente para a concessão de medida excepcional como é a liminar as alegações de infringência ao artigo 5º, LIV, da Carta Magna e ao artigo 10, I, de seu ADCT. - Há, porém, plausibilidade jurídica no tocante à argüição de 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969838. Supremo Tribunal Federal AI 763.010 AGR / DF 2.568, de minha relatoria, que tratavam das contribuições previstas pela Lei Complementar 110/2001, para o FGTS. As ações diretas de inconstitucionalidade foram julgadas prejudicadas em relação ao artigo 2º da LC 110/2001 e, quanto aos artigos remanescentes, parcialmente procedentes, apenas para declarar a inconstitucionalidade do artigo 14, caput , no que se refere à expressão " produzindo efeitos ", bem como de seus incisos I e II. Em consequência, ficou confirmada a constitucionalidade da contribuição prevista pelo art. 1º da Lei Complementar 110/2001. Naquela oportunidade, esta Suprema Corte não se pronunciou sobre a alegada perda superveniente de objeto do tributo, devido ao atendimento da finalidade da exação. Não obstante o fato de a análise do art. 2º da Lei Complementar 110/2001 ter ficado prejudicada, ele foi considerado constitucional quando da apreciação da medida cautelar, pelo Plenário desta Corte, nos termos da ementa infra transcrita: Ação direta de inconstitucionalidade. Impugnação de artigos e de expressões contidas na Lei Complementar federal nº 110, de 29 de junho de 2001. Pedido de liminar. - A natureza jurídica das duas exações criadas pela lei em causa, neste exame sumário, é a de que são elas tributárias, caracterizando-se como contribuições sociais que se enquadram na sub-espécie contribuições sociais gerais que se submetem à regência do artigo 149 da Constituição, e não à do artigo 195 da Carta Magna. - Não- ocorrência de plausibilidade jurídica quanto às alegadas ofensas aos artigos 145, § 1º, 154, I, 157, II, e 167, IV, da Constituição. - Também não apresentam plausibilidade jurídica suficiente para a concessão de medida excepcional como é a liminar as alegações de infringência ao artigo 5º, LIV, da Carta Magna e ao artigo 10, I, de seu ADCT. - Há, porém, plausibilidade jurídica no tocante à argüição de 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969838. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório AI 763.010 AGR / DF inconstitucionalidade do artigo 14, caput, quanto à expressão produzindo efeitos, e seus incisos I e II da Lei Complementar objeto desta ação direta, sendo conveniente, dada a sua relevância, a concessão da liminar nesse ponto. Liminar deferida em parte, para suspender, ex tunc e até final julgamento, a expressão produzindo efeitos do caput do artigo 14, bem como seus incisos I e II, todos da Lei Complementar federal nº 110, de 29 de junho de 2001. (ADI 2.556 MC e ADI 2.568 MC, rel. min. Moreira Alves, Tribunal Pleno, DJ de 08.08.2003) Nesse sentido: RE 558.157-AgR (rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ de 19.12.2007), RE 527.128-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJ de 13.02.2009), RE 494.557- AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ de 07.11.2008), RE 479.844-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 02.05.2008), AI 738.064 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 04.05.2012), RE 599.428 (rel. min. Dias Toffoli, DJ de 24.10.2011) e RE 542.932-AgR (rel. min. Ayres Britto, DJ de 10.06.2011). Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento. Publique-se.” (fls. 96-98). Em síntese, a parte-agravante sustenta a inconstitucionalidade das exações, na medida em que os tributos foram criados para custear derrota judicial da União e, assim, com desvio de finalidade do tributo. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969838. Supremo Tribunal Federal AI 763.010 AGR / DF inconstitucionalidade do artigo 14, caput, quanto à expressão produzindo efeitos, e seus incisos I e II da Lei Complementar objeto desta ação direta, sendo conveniente, dada a sua relevância, a concessão da liminar nesse ponto. Liminar deferida em parte, para suspender, ex tunc e até final julgamento, a expressão produzindo efeitos do caput do artigo 14, bem como seus incisos I e II, todos da Lei Complementar federal nº 110, de 29 de junho de 2001. (ADI 2.556 MC e ADI 2.568 MC, rel. min. Moreira Alves, Tribunal Pleno, DJ de 08.08.2003) Nesse sentido: RE 558.157-AgR (rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ de 19.12.2007), RE 527.128-AgR (rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJ de 13.02.2009), RE 494.557- AgR (rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJ de 07.11.2008), RE 479.844-AgR (rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ de 02.05.2008), AI 738.064 (rel. min. Gilmar Mendes, DJ de 04.05.2012), RE 599.428 (rel. min. Dias Toffoli, DJ de 24.10.2011) e RE 542.932-AgR (rel. min. Ayres Britto, DJ de 10.06.2011). Dessa orientação não divergiu o acórdão recorrido. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento. Publique-se.” (fls. 96-98). Em síntese, a parte-agravante sustenta a inconstitucionalidade das exações, na medida em que os tributos foram criados para custear derrota judicial da União e, assim, com desvio de finalidade do tributo. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969838. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.010 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte-agravante. Por ocasião do julgamento da AD 2.556 e da ADI 2.568, esta Suprema Corte considerou constitucional a contribuição destinada a custear as condenações sofridas pela União à recomposição das contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, prevista no art. 1º da LC 110/2001. Nesse sentido, confira-se o resumo constante do Informativo STF 670: O Plenário, por maioria, julgou parcialmente procedente pedido formulado em ações diretas de inconstitucionalidade ajuizadas, pelo Partido Social Liberal - PSL e pela Confederação Nacional da Indústria - CNI, contra os artigos 1º; 2º; 3º; 4º, I e II; 6º, § 7º; 12; 13 e 14, caput, I e II, da Lei Complementar 110/2001. A norma adversada instituíra contribuição social, devida pelos empregadores em caso de despedida de empregado sem justa causa, à alíquota de 10% sobre o montante de todos os depósitos devidos, referentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - fgts. Também criara contribuição social, a cargo dos empregadores, à alíquota de 0,5% sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada trabalhador. De início, afastou-se alegação, suscitada após a conclusão dos autos, de que as exações seriam indevidas, por terem cumprido suas finalidades, já que a União ressarcira integralmente todos os beneficiários do fgts. Ressaltou-se que a perda da necessidade pública legitimadora do tributo não seria objeto da inquirição e, portanto, a Corte e os envolvidos no controle de constitucionalidade não teriam tido a oportunidade de exercer poder instrutório em sua plenitude. Descaberia, neste momento, reiniciar o controle de constitucionalidade nestes Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969839. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.010 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte-agravante. Por ocasião do julgamento da AD 2.556 e da ADI 2.568, esta Suprema Corte considerou constitucional a contribuição destinada a custear as condenações sofridas pela União à recomposição das contas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, prevista no art. 1º da LC 110/2001. Nesse sentido, confira-se o resumo constante do Informativo STF 670: O Plenário, por maioria, julgou parcialmente procedente pedido formulado em ações diretas de inconstitucionalidade ajuizadas, pelo Partido Social Liberal - PSL e pela Confederação Nacional da Indústria - CNI, contra os artigos 1º; 2º; 3º; 4º, I e II; 6º, § 7º; 12; 13 e 14, caput, I e II, da Lei Complementar 110/2001. A norma adversada instituíra contribuição social, devida pelos empregadores em caso de despedida de empregado sem justa causa, à alíquota de 10% sobre o montante de todos os depósitos devidos, referentes ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - fgts. Também criara contribuição social, a cargo dos empregadores, à alíquota de 0,5% sobre a remuneração devida, no mês anterior, a cada trabalhador. De início, afastou-se alegação, suscitada após a conclusão dos autos, de que as exações seriam indevidas, por terem cumprido suas finalidades, já que a União ressarcira integralmente todos os beneficiários do fgts. Ressaltou-se que a perda da necessidade pública legitimadora do tributo não seria objeto da inquirição e, portanto, a Corte e os envolvidos no controle de constitucionalidade não teriam tido a oportunidade de exercer poder instrutório em sua plenitude. Descaberia, neste momento, reiniciar o controle de constitucionalidade nestes Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969839. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 763.010 AGR / DF autos, com base na nova arguição. Em seguida, o Tribunal declarou o prejuízo das ações diretas de inconstitucionalidade, em relação ao art. 2º da LC 110/2001, porquanto a aludida contribuição, calculada à alíquota de 0,5% sobre remuneração devida no mês anterior a cada trabalhador, teria se extinguido por ter alcançado o prazo de vigência de sessenta meses, contado a partir da sua exigibilidade. ADI 2556/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 13.6.2012. (ADI-2556) e ADI 2568/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 13.6.2012. (ADI-2568) Observou-se que a espécie tributária contribuição ocuparia lugar de destaque no sistema constitucional tributário e na formação de políticas públicas, além de caracterizar-se pela previsão de destinação específica do produto arrecadado com a tributação. As contribuições escapariam à força atrativa do pacto federativo, pois a União estaria desobrigada a partilhar o dinheiro recebido com os demais entes federados. Por outro lado, a especificação parcimoniosa do destino da arrecadação, antes da efetiva coleta, seria importante ferramenta técnica e de planejamento para garantir autonomia a setores da atividade pública. Relembrou-se que o uso compartilhado de base de cálculo própria de imposto pelas contribuições não se revelaria bitributação. Enfatizou-se que a tributação somente se legitimaria pela adesão popular e democrática, cujo expoente seria a regra da legalidade. Além disso, afirmou-se que a cobrança de contribuições somente se justificaria se a exação respeitasse os limites constitucionais e legais que a caracterizariam. Assim, a existência das contribuições com todas as suas vantagens e condicionantes deveria preservar sua destinação e finalidade. Frisou-se que a constitucionalidade das contribuições seria aferida pela necessidade pública atual do dispêndio vinculado e pela eficácia dos meios escolhidos para alcançar essa finalidade. Sublinhou-se que a jurisprudência do Supremo teria considerado constitucionais as referidas contribuições, que objetivariam custear os dispêndios da União, em decorrência de decisão do STF que entendera devido o 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969839. Supremo Tribunal Federal AI 763.010 AGR / DF autos, com base na nova arguição. Em seguida, o Tribunal declarou o prejuízo das ações diretas de inconstitucionalidade, em relação ao art. 2º da LC 110/2001, porquanto a aludida contribuição, calculada à alíquota de 0,5% sobre remuneração devida no mês anterior a cada trabalhador, teria se extinguido por ter alcançado o prazo de vigência de sessenta meses, contado a partir da sua exigibilidade. ADI 2556/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 13.6.2012. (ADI-2556) e ADI 2568/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 13.6.2012. (ADI-2568) Observou-se que a espécie tributária contribuição ocuparia lugar de destaque no sistema constitucional tributário e na formação de políticas públicas, além de caracterizar-se pela previsão de destinação específica do produto arrecadado com a tributação. As contribuições escapariam à força atrativa do pacto federativo, pois a União estaria desobrigada a partilhar o dinheiro recebido com os demais entes federados. Por outro lado, a especificação parcimoniosa do destino da arrecadação, antes da efetiva coleta, seria importante ferramenta técnica e de planejamento para garantir autonomia a setores da atividade pública. Relembrou-se que o uso compartilhado de base de cálculo própria de imposto pelas contribuições não se revelaria bitributação. Enfatizou-se que a tributação somente se legitimaria pela adesão popular e democrática, cujo expoente seria a regra da legalidade. Além disso, afirmou-se que a cobrança de contribuições somente se justificaria se a exação respeitasse os limites constitucionais e legais que a caracterizariam. Assim, a existência das contribuições com todas as suas vantagens e condicionantes deveria preservar sua destinação e finalidade. Frisou-se que a constitucionalidade das contribuições seria aferida pela necessidade pública atual do dispêndio vinculado e pela eficácia dos meios escolhidos para alcançar essa finalidade. Sublinhou-se que a jurisprudência do Supremo teria considerado constitucionais as referidas contribuições, que objetivariam custear os dispêndios da União, em decorrência de decisão do STF que entendera devido o 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969839. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 763.010 AGR / DF reajuste do saldo do fgts, desde que respeitado o prazo de anterioridade para início das respectivas exigibilidades. ADI 2556/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 13.6.2012. (ADI-2556) e ADI 2568/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 13.6.2012. (ADI-2568) Consignou-se que as restrições previstas nos artigos 157, II, e 167, IV, da CF, seriam aplicáveis aos impostos e, no caso em exame, tratar-se-ia da espécie tributária contribuição, nitidamente caracterizada pela prévia escolha da destinação específica do produto arrecadado. Afastou-se a suposta ofensa ao art.194 e seguintes da CF, uma vez que o produto arrecadado não seria vinculado a qualquer dos programas, ou iniciativa de seguridade social. Não se vislumbrou vulneração ao art.10, I, do ADCT, em face de a exação, em análise, não se confundir com a contribuição devida ao fgts, tendo em conta a diferente finalidade do produto arrecadado. O tributo não se destinaria à formação do próprio fundo, mas visaria custear uma obrigação da União. Repeliu-se, ainda, a assertiva de violação da capacidade contributiva (CF, art. 145, § 1º). O perfil da exação não se remeteria às características de ordem pessoal do contribuinte ou dos demais critérios da regra matriz, mas tomaria por hipótese de incidência a circunstância objetiva da demissão sem justa causa do trabalhador. Essa materialidade não constituiria ato ilícito por se inserir na esfera de livre gestão do empregador, ainda que desencorajada pelo sistema jurídico e, portanto, poderia ser tomada por hipótese de incidência tributária. Por fim, julgaram-se parcialmente procedentes os pleitos para declarar a inconstitucionalidade do art. 14, caput, I e II, da norma questionada, no que se refere à expressão produzindo efeitos. Vencido o Min. Marco Aurélio, que assentava a procedência do pedido. Reputava que teriam sido criadas contribuições com o objetivo não contemplado na Constituição, qual seja, reforçar o caixa e a responsabilidade do Tesouro Nacional. Asseverava que os valores arrecadados não colimariam beneficiar os empregados, porém cumprir o que o STF reconhecera como direito dos trabalhadores em geral: a 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969839. Supremo Tribunal Federal AI 763.010 AGR / DF reajuste do saldo do fgts, desde que respeitado o prazo de anterioridade para início das respectivas exigibilidades. ADI 2556/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 13.6.2012. (ADI-2556) e ADI 2568/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 13.6.2012. (ADI-2568) Consignou-se que as restrições previstas nos artigos 157, II, e 167, IV, da CF, seriam aplicáveis aos impostos e, no caso em exame, tratar-se-ia da espécie tributária contribuição, nitidamente caracterizada pela prévia escolha da destinação específica do produto arrecadado. Afastou-se a suposta ofensa ao art.194 e seguintes da CF, uma vez que o produto arrecadado não seria vinculado a qualquer dos programas, ou iniciativa de seguridade social. Não se vislumbrou vulneração ao art.10, I, do ADCT, em face de a exação, em análise, não se confundir com a contribuição devida ao fgts, tendo em conta a diferente finalidade do produto arrecadado. O tributo não se destinaria à formação do próprio fundo, mas visaria custear uma obrigação da União. Repeliu-se, ainda, a assertiva de violação da capacidade contributiva (CF, art. 145, § 1º). O perfil da exação não se remeteria às características de ordem pessoal do contribuinte ou dos demais critérios da regra matriz, mas tomaria por hipótese de incidência a circunstância objetiva da demissão sem justa causa do trabalhador. Essa materialidade não constituiria ato ilícito por se inserir na esfera de livre gestão do empregador, ainda que desencorajada pelo sistema jurídico e, portanto, poderia ser tomada por hipótese de incidência tributária. Por fim, julgaram-se parcialmente procedentes os pleitos para declarar a inconstitucionalidade do art. 14, caput, I e II, da norma questionada, no que se refere à expressão produzindo efeitos. Vencido o Min. Marco Aurélio, que assentava a procedência do pedido. Reputava que teriam sido criadas contribuições com o objetivo não contemplado na Constituição, qual seja, reforçar o caixa e a responsabilidade do Tesouro Nacional. Asseverava que os valores arrecadados não colimariam beneficiar os empregados, porém cumprir o que o STF reconhecera como direito dos trabalhadores em geral: a 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969839. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 763.010 AGR / DF reposição do poder aquisitivo dos saldos das contas do fgts, a prescindir de normatividade. ADI 2556/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 13.6.2012. (ADI-2556) e ADI 2568/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 13.6.2012. (ADI-2568). Eventual perda superveniente de validade do tributo, em razão do cumprimento de seus objetivos, deverá ser examinada a tempo e modo próprios, pelos órgãos administrativos ou judiciais dotados de competência originária para tanto. Em relação ao risco de tal precedente chancelar futuras instituições de tributos destinados a custear hipotéticas malversação de recursos públicos ou má administração do Estado, a inafastabilidade da jurisdição garante que tais questões também deverão ser examinadas a tempo e modo próprios, se elas vierem a ocorrer. No caso em exame, por maioria, o Plenário concluiu existir relação entre os contribuintes e a finalidade das exações que justificasse suas instituições. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969839. Supremo Tribunal Federal AI 763.010 AGR / DF reposição do poder aquisitivo dos saldos das contas do fgts, a prescindir de normatividade. ADI 2556/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 13.6.2012. (ADI-2556) e ADI 2568/DF, rel. Min. Joaquim Barbosa, 13.6.2012. (ADI-2568). Eventual perda superveniente de validade do tributo, em razão do cumprimento de seus objetivos, deverá ser examinada a tempo e modo próprios, pelos órgãos administrativos ou judiciais dotados de competência originária para tanto. Em relação ao risco de tal precedente chancelar futuras instituições de tributos destinados a custear hipotéticas malversação de recursos públicos ou má administração do Estado, a inafastabilidade da jurisdição garante que tais questões também deverão ser examinadas a tempo e modo próprios, se elas vierem a ocorrer. No caso em exame, por maioria, o Plenário concluiu existir relação entre os contribuintes e a finalidade das exações que justificasse suas instituições. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969839. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.010 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ITAPOÁ TERMINAIS PORTUÁRIOS S/A ADV.(A/S) : ANDRÉ FONSECA ROLLER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885650 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 763.010 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ITAPOÁ TERMINAIS PORTUÁRIOS S/A ADV.(A/S) : ANDRÉ FONSECA ROLLER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885650 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3017901
2012-09-25T00:00:00
2012-10-26T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÕES DESTINADAS AO CUSTEIO DAS OBRIGAÇÕES DA UNIÃO DECORRENTES DE CONDENAÇÕES À RECOMPOSIÇÃO DO FGTS. CONSTITUCIONALIDADE. RESPEITO À REGRA DA ANTERIORIDADE. LC 110/2001, ARTS. 1º E 2º. AGRAVO REGIMENTAL. Esta Suprema Corte considerou constitucionais os tributos destinados ao custeio das condenações sofridas pela União à atualização das contas vinculadas ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, ressalvada a proibição de cobrança no período definido pela regra da anterioridade. A perda superveniente da justificativa para manutenção das cobranças e consequente inconstitucionalidade devem ser examinadas a tempo e modo próprios. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur217539
- Acórdãos citados: (CONTRIBUIÇÕES, DECISÃO JUDICIAL, RECOMPOSIÇÃO, FGTS) STF: ADI 2556(TP), ADI 2568(TP). Número de páginas: 10. Análise: 06/11/2012, LLD.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
763010
[ "LEG-FED LCP-000110 ANO-2001\r\n ART-00001 ART-00002 \r\n LEI COMPLEMENTAR" ]
AI-AgR
acordaos
AI 763010 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ANDRÉ FONSECA ROLLER E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : ITAPOÁ TERMINAIS PORTUÁRIOS S/A PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 763 . 010", "AI 763 . 010 AGR / DF", "AI 763 . 010", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 763 . 010", "ADIs 2 . 556", "ADIs 2 . 556", "AI 763 . 010 AGR / DF 2 . 568", "AI 763 . 010 AGR", "/", "DF 2 . 568", "AI 763 . 010 AGR", "ADI 2 . 556 MC", "ADI 2 . 568 MC", "RE 558 . 157 - AgR", "RE 527 . 128 - AgR", "RE 494 . 557 - AgR", "RE 479 . 844 - AgR", "AI 738 . 064", "RE 599 . 428", "RE 542 . 932 - AgR", "AI 763 . 010 AGR", "ADI 2 . 556 MC", "ADI 2 . 568 MC", "RE 558 . 157 - AgR", "RE 527 . 128 - AgR", "RE 494 . 557 - AgR", "RE 479 . 844 - AgR", "AI 738 . 064", "RE 599 . 428", "RE 542 . 932 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 763 . 010", "AD 2 . 556", "ADI 2 . 568", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 763 . 010", "AD 2 . 556", "ADI 2 . 568", "AI 763 . 010 AGR / DF", "ADI 2556 / DF", "ADI 2568 / DF", "AI 763 . 010", "ADI 2556 / DF", "ADI 2568 / DF", "AI 763 . 010 AGR", "ADI 2556 / DF", "ADI 2568 / DF", "AI 763 . 010", "ADI 2556 / DF", "ADI", "ADI 2568 / DF", "ADI", "AI 763 . 010 AGR", "ADI 2556 / DF", "ADI 2568 / DF", "AI 763 . 010 AGR /", "ADI 2556 / DF", "ADI 2568 / DF", "ADI", "-", "2568", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 763 . 010", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 763 . 010" ], "LEGISLACAO": [ "LC 110 / 2001 , ARTS . [UNK] E [UNK]", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "art . [UNK] , da Lei Complementar 110 / 2001", "art . 150 , III , b , da Constituição", "arts . [UNK] , XXXV e LV , e 93 , IX , da Constituição", "art . [UNK] , XXXV e LV , da Constituição", "art . 93 , IX , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "art . [UNK] , da Lei Complementar 110 / 2001", "art . 150 , III , b , da Constituição", "arts . [UNK] , XXXV e LV , e 93 , IX , da Constituição", "art . [UNK] , XXXV e LV , da Constituição", "art . 93 , IX , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei Complementar 110 / 2001", "artigo [UNK] da LC 110 / 2001", "art . [UNK] da Lei Complementar 110 / 2001", "art . [UNK] da Lei Complementar 110 / 2001", "Lei Complementar federal [UNK] 110", "artigo 149 da Constituição", "artigo 195 da Carta Magna", "artigos 145 , § [UNK] , 154 , I , 157 , II , e 167 , IV , da Constituição", "artigo [UNK] , LIV , da Carta Magna", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei Complementar 110 / 2001", "artigo [UNK] da LC 110 / 2001", "art . [UNK] da Lei Complementar 110 / 2001", "art . [UNK] da Lei Complementar 110 / 2001", "Lei Complementar federal [UNK] 110", "artigo 149 da Constituição", "artigo 195 da Carta Magna", "artigos 145 , § [UNK] , 154 , I , 157 , II , e 167 , IV , da Constituição", "artigo [UNK] , LIV , da Carta Magna", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "incisos I e II da Lei Complementar", "artigo", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 14", "incisos I e II da Lei Complementar", "incisos I e II , todos da Lei Complementar federal [UNK] 110", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 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"-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "ITAPOÁ TERMINAIS PORTUÁRIOS S / A", "UNIÃO", "FAZENDA NACIONAL", "Tribunal", "Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "FAZENDA", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Suprema", "Plenário", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Suprema Corte", "Plenário", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "DF", "Tribunal Pleno", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "União", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "Tribunal Pleno", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "União", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Suprema", "União", "STF", "Plenário", "Partido Social Liberal", "PSL", "Confederação Nacional da Indústria", "CNI", "União", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Suprema", "União", "STF", "Plenário", "Partido Social Liberal", "PSL", "Confederação Nacional da Indústria", "CNI", "União", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "União", "Supremo", "União", "STF", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "União", "Supremo", "União", "STF", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "União", "Tesouro Nacional", "STF", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "União", "Tesouro 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Toffoli", "Ayres Britto", "Moreira Alves", "Eros Grau", "Cármen Lúcia", "Marco Aurélio", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Dias Toffoli", "Ayres Britto", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "JOAQUIM BARBOSA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Marco Aurélio", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Marco Aurélio", "JOAQUIM BARBOSA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "JOAQUIM BARBOSA", "ANDRÉ FONSECA ROLLER", "Ricardo Lewandowski", "Celso de", "Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "JOAQUIM BARBOSA", "ANDRÉ FONSECA ROLLER", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.531 SANTA CATARINA RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :NICÁCIA DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA CUNHA REPRESENTADA POR JANETE DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA ADV.(A/S) :VORLEI ALVES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. EX- COMBATENTE. PENSÃO ESPECIAL. REVERSÃO DE COTA-PARTE. IMPOSSIBILIDADE DE EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS POR DECISÃO JUDICIAL SOB O FUNDAMENTO DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA ISONOMIA: SÚMULA N. 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904184. Supremo Tribunal Federal DJe 15/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.531 SANTA CATARINA RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :NICÁCIA DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA CUNHA REPRESENTADA POR JANETE DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA ADV.(A/S) :VORLEI ALVES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 29 de fevereiro de 2012, dei provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário interposto pela União contra julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o qual manteve sentença que julgara procedente pedido de transferência de cota-parte extinta de pensão especial paga a filha que atingira a maioridade. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “9. Inicialmente, cumpre afastar os fundamentos da decisão agravada, pois a controvérsia é de natureza constitucional e prescinde do reexame do conjunto fático-probatório. 10. Superado esse óbice, razão jurídica assiste à Agravante. 11. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a equiparação de vencimentos, em respeito ao princípio da isonomia, não pode ser concedida por decisão judicial, em razão de ser necessária a edição de lei específica para tanto. Incide na espécie a Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904185. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.531 SANTA CATARINA RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :NICÁCIA DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA CUNHA REPRESENTADA POR JANETE DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA ADV.(A/S) :VORLEI ALVES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 29 de fevereiro de 2012, dei provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário interposto pela União contra julgado do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o qual manteve sentença que julgara procedente pedido de transferência de cota-parte extinta de pensão especial paga a filha que atingira a maioridade. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “9. Inicialmente, cumpre afastar os fundamentos da decisão agravada, pois a controvérsia é de natureza constitucional e prescinde do reexame do conjunto fático-probatório. 10. Superado esse óbice, razão jurídica assiste à Agravante. 11. Este Supremo Tribunal Federal assentou que a equiparação de vencimentos, em respeito ao princípio da isonomia, não pode ser concedida por decisão judicial, em razão de ser necessária a edição de lei específica para tanto. Incide na espécie a Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904185. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório AI 845.531 AGR-AGR / SC Em casos análogos, os seguintes julgados: (...) (RE 598.093-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, Dje 9.10.2009). ‘REMUNERAÇÃO FUNCIONAL - EXCLUSÃO DE BENEFÍCIO - PRETENDIDA EXTENSÃO JURISDICIONAL, A SERVIDOR PRETERIDO, DE DETERMINADA VANTAGEM PECUNIÁRIA - INADMISSIBILIDADE - RESERVA DE LEI E POSTULADO DA SEPARAÇÃO DE PODERES - AGRAVO IMPROVIDO. - O Poder Judiciário - que não dispõe de função legislativa - não pode conceder, a servidores públicos, sob fundamento de isonomia, mesmo que se trate de hipótese de exclusão de benefício, a extensão, por via jurisdicional, de vantagens pecuniárias que foram outorgadas, por lei, a determinada categoria de agentes estatais. - A Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal - que consagra específica projeção do princípio da separação de poderes - foi recebida pela Carta Política de 1988, revestindo-se, em consequência, de plena eficácia e de integral aplicabilidade sob a vigente ordem constitucional. Precedentes’ (AI 273.561-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 4.10.2002). E, ainda, a seguinte decisão monocrática transitada em julgado: ARE 652.515, de minha relatoria, DJe 29.8.2011. Dessa orientação jurisprudencial divergiu o acórdão recorrido. 12. Pelo exposto, dou provimento a este agravo, na forma do art. 544, §§ 3º e 4º, do Código de Processo Civil, e, desde logo, ao recurso extraordinário, nos termos do art. 557, § 1º-A, do mesmo diploma legal, invertidos os ônus da sucumbência, ressalvada a concessão de justiça gratuita” (fls. 339-342). 2. Publicada essa decisão no DJe de 6.3.2012 (fl. 343), interpõem Nicácia da Conceição de Almeida Cunha, representada por Janete da Conceição de Almeida, e Janete da Conceição de Almeida, em 8.3.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 347-360). 3. Alegam as Agravantes que “o art. 14, parágrafo único, da Lei n. 8.059/1990 é de reconhecida inconstitucionalidade, eis que o art. 53, II, do 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904185. Supremo Tribunal Federal AI 845.531 AGR-AGR / SC Em casos análogos, os seguintes julgados: (...) (RE 598.093-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, Dje 9.10.2009). ‘REMUNERAÇÃO FUNCIONAL - EXCLUSÃO DE BENEFÍCIO - PRETENDIDA EXTENSÃO JURISDICIONAL, A SERVIDOR PRETERIDO, DE DETERMINADA VANTAGEM PECUNIÁRIA - INADMISSIBILIDADE - RESERVA DE LEI E POSTULADO DA SEPARAÇÃO DE PODERES - AGRAVO IMPROVIDO. - O Poder Judiciário - que não dispõe de função legislativa - não pode conceder, a servidores públicos, sob fundamento de isonomia, mesmo que se trate de hipótese de exclusão de benefício, a extensão, por via jurisdicional, de vantagens pecuniárias que foram outorgadas, por lei, a determinada categoria de agentes estatais. - A Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal - que consagra específica projeção do princípio da separação de poderes - foi recebida pela Carta Política de 1988, revestindo-se, em consequência, de plena eficácia e de integral aplicabilidade sob a vigente ordem constitucional. Precedentes’ (AI 273.561-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJ 4.10.2002). E, ainda, a seguinte decisão monocrática transitada em julgado: ARE 652.515, de minha relatoria, DJe 29.8.2011. Dessa orientação jurisprudencial divergiu o acórdão recorrido. 12. Pelo exposto, dou provimento a este agravo, na forma do art. 544, §§ 3º e 4º, do Código de Processo Civil, e, desde logo, ao recurso extraordinário, nos termos do art. 557, § 1º-A, do mesmo diploma legal, invertidos os ônus da sucumbência, ressalvada a concessão de justiça gratuita” (fls. 339-342). 2. Publicada essa decisão no DJe de 6.3.2012 (fl. 343), interpõem Nicácia da Conceição de Almeida Cunha, representada por Janete da Conceição de Almeida, e Janete da Conceição de Almeida, em 8.3.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 347-360). 3. Alegam as Agravantes que “o art. 14, parágrafo único, da Lei n. 8.059/1990 é de reconhecida inconstitucionalidade, eis que o art. 53, II, do 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904185. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório AI 845.531 AGR-AGR / SC ADCT assegura a pensão especial integral correspondente à deixada por segundo-tenente das Forças Armadas e não apenas parte dela” (fl. 348). Sustentam, assim, que “a pensão especial de ex-combatente é de ser considerada no valor integral, devendo ser revertida às agravantes a cota parte do total do benefício, que as demais pensionistas recebiam até completarem a maioridade, por ser inconstitucional o parágrafo único do art. 14 da Lei n. 8.059/1990, [que,] ao vedar a reversibilidade da cota-parte da pensão aos demais dependentes, afrontou o princípio constitucional da isonomia (art. 5º, caput, CF/88), criando direitos desiguais entre as viúvas pensionistas, a exemplo do que ocorreu no caso em tela” (fl. 352). Requerem a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904185. Supremo Tribunal Federal AI 845.531 AGR-AGR / SC ADCT assegura a pensão especial integral correspondente à deixada por segundo-tenente das Forças Armadas e não apenas parte dela” (fl. 348). Sustentam, assim, que “a pensão especial de ex-combatente é de ser considerada no valor integral, devendo ser revertida às agravantes a cota parte do total do benefício, que as demais pensionistas recebiam até completarem a maioridade, por ser inconstitucional o parágrafo único do art. 14 da Lei n. 8.059/1990, [que,] ao vedar a reversibilidade da cota-parte da pensão aos demais dependentes, afrontou o princípio constitucional da isonomia (art. 5º, caput, CF/88), criando direitos desiguais entre as viúvas pensionistas, a exemplo do que ocorreu no caso em tela” (fl. 352). Requerem a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904185. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.531 SANTA CATARINA V OTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste às Agravantes. 2. Na espécie vertente, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região assentou: “A sentença recorrida deve ser confirmada. Nos seus dizeres, Janete da Conceição de Almeida é companheira e Nicácia da Conceição de Almeida Cunha, filha do ex-combatente Vanildo João da Cunha, reformado segundo a Lei 4.242/93 e casado com Odete dos Santos da Cunha, da qual se separara de fato, passando a conviver em união estável com a companheira. O ‘de cujus’ teve ao todo dez filhos, sete deles menores à época do óbito. A pensão foi dividida em nove cotas, cabendo a cada beneficiário a parcela de 1/9. Com a extinção da pensão paga às filhas do instituidor, suas cotas, equivalentes a 6/9, não foram revertidas às acima nominadas autoras, sob o fundamento de que o art. 14, parágrafo único, da Lei 8.059/90, veda a transferência das frações de pensão extintas aos demais dependentes. (...) O Plenário do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no julgamento do Incidente de Inconstitucionalidade na Apelação Cível n. 1999.04.01.091492-0, reconheceu que a Lei 8.059/90, ao proibir a transferência da cota-parte da pensão especial, nos casos do artigo 14, aos demais pensionistas, afrontou o art. 53 do ADCT, bem como o art. 5º da Constituição Federal, conforme ementa a seguir transcrita: (...) 2. Incompreensível, ademais, que uma viúva que não tenha filhos venha a perceber a pensão integral, enquanto outra, por ter Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904186. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.531 SANTA CATARINA V OTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste às Agravantes. 2. Na espécie vertente, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região assentou: “A sentença recorrida deve ser confirmada. Nos seus dizeres, Janete da Conceição de Almeida é companheira e Nicácia da Conceição de Almeida Cunha, filha do ex-combatente Vanildo João da Cunha, reformado segundo a Lei 4.242/93 e casado com Odete dos Santos da Cunha, da qual se separara de fato, passando a conviver em união estável com a companheira. O ‘de cujus’ teve ao todo dez filhos, sete deles menores à época do óbito. A pensão foi dividida em nove cotas, cabendo a cada beneficiário a parcela de 1/9. Com a extinção da pensão paga às filhas do instituidor, suas cotas, equivalentes a 6/9, não foram revertidas às acima nominadas autoras, sob o fundamento de que o art. 14, parágrafo único, da Lei 8.059/90, veda a transferência das frações de pensão extintas aos demais dependentes. (...) O Plenário do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, no julgamento do Incidente de Inconstitucionalidade na Apelação Cível n. 1999.04.01.091492-0, reconheceu que a Lei 8.059/90, ao proibir a transferência da cota-parte da pensão especial, nos casos do artigo 14, aos demais pensionistas, afrontou o art. 53 do ADCT, bem como o art. 5º da Constituição Federal, conforme ementa a seguir transcrita: (...) 2. Incompreensível, ademais, que uma viúva que não tenha filhos venha a perceber a pensão integral, enquanto outra, por ter Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904186. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 845.531 AGR-AGR / SC dividido a pensão com o filho, continue, com a maioridade deste, a perceber apenas a metade do valor integral da pensão. Caracterizada a violação ao princípio isonômico, porque o critério eleito em lei para constituir o fator de discrimen - ter filhos - não se justifica . 3. Caso em que, tendo o Plenário acolhido a arguição de inconstitucionalidade do parágrafo único do artigo 14 da Lei n. 8059, de 1990, nega-se provimento à apelação e à remessa oficial. (DJ 15/01/2003, pág. 966, Relatora MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE) Dessa forma, aplicando-se o entendimento ao caso concreto, o pedido das autoras é procedente, de sorte que, com a extinção da pensão paga às demais filhas do ex-combatente, deve ser transferido em favor das autoras a cota que era paga às pensionistas, observada a respectiva proporção, tendo em vista que além das autoras, existe mais uma beneficiária da pensão, a viúva do ex-combatente, ODETE DOS SANTOS CUNHA (fl. 61). Assim, não é possível acolher o pedido de pagamento da fração correspondente a 4/9, conforme pleiteado na inicial. No caso, sendo atualmente três as beneficiárias da pensão, deverá ser pago a cada qual a cota de 1/3 da pensão deixada pelo ex-combatente, conforme contestação da União, corroborada pela manifestação do Ministério Público Federal” (fls. 165-166 - grifos nossos). 3. Como afirmado na decisão agravada, o Poder Judiciário não pode equiparar vencimentos sob o fundamento do princípio constitucional da isonomia, conforme entendimento consolidado na Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia”. Nesse sentido: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904186. Supremo Tribunal Federal AI 845.531 AGR-AGR / SC dividido a pensão com o filho, continue, com a maioridade deste, a perceber apenas a metade do valor integral da pensão. Caracterizada a violação ao princípio isonômico, porque o critério eleito em lei para constituir o fator de discrimen - ter filhos - não se justifica . 3. Caso em que, tendo o Plenário acolhido a arguição de inconstitucionalidade do parágrafo único do artigo 14 da Lei n. 8059, de 1990, nega-se provimento à apelação e à remessa oficial. (DJ 15/01/2003, pág. 966, Relatora MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE) Dessa forma, aplicando-se o entendimento ao caso concreto, o pedido das autoras é procedente, de sorte que, com a extinção da pensão paga às demais filhas do ex-combatente, deve ser transferido em favor das autoras a cota que era paga às pensionistas, observada a respectiva proporção, tendo em vista que além das autoras, existe mais uma beneficiária da pensão, a viúva do ex-combatente, ODETE DOS SANTOS CUNHA (fl. 61). Assim, não é possível acolher o pedido de pagamento da fração correspondente a 4/9, conforme pleiteado na inicial. No caso, sendo atualmente três as beneficiárias da pensão, deverá ser pago a cada qual a cota de 1/3 da pensão deixada pelo ex-combatente, conforme contestação da União, corroborada pela manifestação do Ministério Público Federal” (fls. 165-166 - grifos nossos). 3. Como afirmado na decisão agravada, o Poder Judiciário não pode equiparar vencimentos sob o fundamento do princípio constitucional da isonomia, conforme entendimento consolidado na Súmula n. 339 do Supremo Tribunal Federal: “Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos sob fundamento de isonomia”. Nesse sentido: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904186. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 845.531 AGR-AGR / SC “Servidor público. Isonomia. Artigo 39, § 1º, da Constituição Federal. Súmula 339 do STF. Esta Corte, como demonstram os precedentes invocados no parecer da Procuradoria-Geral da República, tem entendido que continua em vigor, em face da atual Constituição, a súmula 339 (Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia), porquanto o § 1º do artigo 39 da Carta Magna é preceito dirigido ao legislador, a quem compete concretizar o princípio da isonomia, considerando especificamente os casos de atribuições iguais ou assemelhadas, não cabendo ao Poder Judiciário substituir-se ao legislador. Contra lei que viola o princípio da isonomia é cabível, no âmbito do controle concentrado, ação direta de inconstitucionalidade por omissão, que, se procedente, dará margem a que dessa declaração seja dada ciência ao Poder Legislativo para que aplique, por lei, o referido princípio constitucional; já na esfera do controle difuso, vício dessa natureza só pode conduzir à declaração de inconstitucionalidade da norma que infringiu esse princípio, o que, eliminando o beneficio dado a um cargo quando deveria abranger também outros com atribuições iguais ou assemelhadas, impede a sua extensão a estes. Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido. Recurso extraordinário conhecido e provido” (RE 173.252, Rel. Min. Moreira Alves, Plenário, DJ 18.5.2001). Cumpre ressaltar que esse entendimento tem sido aplicado aos casos análogos ao dos autos: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. REVERSÃO DA QUOTA-PARTE DA PENSÃO ESPECIAL DO FILHO QUE ATINGIU A MAIORIDADE EM FAVOR DE SUA MÃE, VIÚVA DE EX-COMBATENTE. ARTIGO 14 DA LEI N. 8.059/90. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 339 DO STF. 1. Impossibilidade de reversão da quota-parte da pensão especial do filho que completou a maioridade em favor de sua mãe, viúva de ex-combatente, prevista no 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904186. Supremo Tribunal Federal AI 845.531 AGR-AGR / SC “Servidor público. Isonomia. Artigo 39, § 1º, da Constituição Federal. Súmula 339 do STF. Esta Corte, como demonstram os precedentes invocados no parecer da Procuradoria-Geral da República, tem entendido que continua em vigor, em face da atual Constituição, a súmula 339 (Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia), porquanto o § 1º do artigo 39 da Carta Magna é preceito dirigido ao legislador, a quem compete concretizar o princípio da isonomia, considerando especificamente os casos de atribuições iguais ou assemelhadas, não cabendo ao Poder Judiciário substituir-se ao legislador. Contra lei que viola o princípio da isonomia é cabível, no âmbito do controle concentrado, ação direta de inconstitucionalidade por omissão, que, se procedente, dará margem a que dessa declaração seja dada ciência ao Poder Legislativo para que aplique, por lei, o referido princípio constitucional; já na esfera do controle difuso, vício dessa natureza só pode conduzir à declaração de inconstitucionalidade da norma que infringiu esse princípio, o que, eliminando o beneficio dado a um cargo quando deveria abranger também outros com atribuições iguais ou assemelhadas, impede a sua extensão a estes. Dessa orientação divergiu o acórdão recorrido. Recurso extraordinário conhecido e provido” (RE 173.252, Rel. Min. Moreira Alves, Plenário, DJ 18.5.2001). Cumpre ressaltar que esse entendimento tem sido aplicado aos casos análogos ao dos autos: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. REVERSÃO DA QUOTA-PARTE DA PENSÃO ESPECIAL DO FILHO QUE ATINGIU A MAIORIDADE EM FAVOR DE SUA MÃE, VIÚVA DE EX-COMBATENTE. ARTIGO 14 DA LEI N. 8.059/90. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 339 DO STF. 1. Impossibilidade de reversão da quota-parte da pensão especial do filho que completou a maioridade em favor de sua mãe, viúva de ex-combatente, prevista no 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904186. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 845.531 AGR-AGR / SC artigo 14 da Lei n. 8.059/90. 2. Este Tribunal fixou jurisprudência no sentido de que ‘[n]ão cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia’. Incidência da Súmula 339 do STF. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 598.093-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 9.10.2009 – grifos nossos). E, ainda, as seguintes decisões monocráticas: ARE 645.735, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 13.2.2012, trânsito em julgado em 5.3.2012; ARE 652.515, de minha relatoria, DJe 29.8.2011, trânsito em julgado em 12.9.2011; e RE 598.248, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 1º.2.2010, trânsito em julgado em 26.2.2010. 4. Os argumentos das Agravantes, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904186. Supremo Tribunal Federal AI 845.531 AGR-AGR / SC artigo 14 da Lei n. 8.059/90. 2. Este Tribunal fixou jurisprudência no sentido de que ‘[n]ão cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia’. Incidência da Súmula 339 do STF. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 598.093-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 9.10.2009 – grifos nossos). E, ainda, as seguintes decisões monocráticas: ARE 645.735, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 13.2.2012, trânsito em julgado em 5.3.2012; ARE 652.515, de minha relatoria, DJe 29.8.2011, trânsito em julgado em 12.9.2011; e RE 598.248, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 1º.2.2010, trânsito em julgado em 26.2.2010. 4. Os argumentos das Agravantes, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904186. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.531 PROCED. : SANTA CATARINA RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : NICÁCIA DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA CUNHA REPRESENTADA POR JANETE DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA ADV.(A/S) : VORLEI ALVES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885698 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.531 PROCED. : SANTA CATARINA RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : NICÁCIA DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA CUNHA REPRESENTADA POR JANETE DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA ADV.(A/S) : VORLEI ALVES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885698 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2940320
2012-09-25T00:00:00
2012-10-15T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. EX-COMBATENTE. PENSÃO ESPECIAL. REVERSÃO DE COTA-PARTE. IMPOSSIBILIDADE DE EQUIPARAÇÃO DE VENCIMENTOS POR DECISÃO JUDICIAL SOB O FUNDAMENTO DO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA ISONOMIA: SÚMULA N. 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur216598
- Acórdãos citados: RE 173252 - Tribunal Pleno, RE 598093 AgR. - Decisões monocráticas citadas: ARE 645735, ARE 652515, RE 598248. Número de páginas: 9. Análise: 22/10/2012, MLM.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
845531
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED ADCT ANO-1988\r\n ART-00053 \r\n ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-004242 ANO-1963\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-008059 ANO-1990\r\n ART-00014 PAR-ÚNICO \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000339 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR-AgR
acordaos
AI 845531 AgR-AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : NICÁCIA DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA CUNHA REPRESENTADA POR JANETE DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA ADV.(A/S) : VORLEI ALVES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 845 . 531", "SÚMULA N . 339 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 845 . 531", "Súmula n . 339 do Supremo Tribunal Federal", "Súmula n . 339 do Supremo Tribunal Federal", "AI 845 . 531 AGR", "RE 598 . 093 - AgR", "Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal", "AI 273 .", "ARE 652 . 515", "AI 845 . 531", "RE 598 . 093 - AgR", "Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal", "AI 273 . 561 - AgR", "ARE 652 . 515", "AI 845 . 531 AGR", "AI 845 . 531 AGR - AGR /", "AGRAVO", "Incidente de Inconstitucionalidade na Apelação Cível n . 1999 . 04 . 01 . 091492 - 0", "Incidente", "Apelação Cível n . 1999 . 04 . 01 . 091492 - 0", "AI 845 . 531 AGR -", "AGR /", "Súmula n . 339 do Supremo Tribunal Federal", "AI 845 . 531 AGR - AGR / SC", "Súmula n . 339 do Supremo Tribunal Federal", "AI 845 . 531", "Súmula 339 do STF", "RE 173 . 252", "SÚMULA N . 339 DO STF", "AI 845 . 531", "Súmula 339 do STF", "RE 173 . 252", "SÚMULA N . 339 DO STF", "AI 845 . 531", "Súmula 339 do STF", "RE 598 . 093 - AgR", "ARE 645 . 735", "ARE 652 . 515", "RE 598 . 248", "AI 845 . 531", "Súmula 339 do STF", "RE 598 . 093 - AgR", "ARE 645 . 735", "ARE 652 . 515", "RE 598 . 248", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 845 . 531" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta Política de 1988", "art . 544 , § § [UNK] e [UNK] , do Código de Processo Civil", "art . 14 , parágrafo único , da Lei n . 8 . 059 / 1990", "art . 53 , II , do 2 Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta Política de 1988", "art . 544 , § § [UNK] e [UNK] , do Código de Processo Civil", "art . 14 , parágrafo único , da Lei n . 8 . 059 / 1990", "art . 53 , II", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 14 da Lei n . 8 . 059 / 1990", "art . [UNK] , caput , CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 14 da Lei n . 8 . 059 / 1990", "art . [UNK] , caput , CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei 4 . 242 / 93", "art . 14 , parágrafo único , da Lei 8 . 059 / 90", "Lei 8 . 059 / 90", "art . 53 do ADCT", "art . [UNK] da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei 4 . 242 / 93", "art . 14 , parágrafo único , da Lei 8 . 059 / 90", "Lei 8 . 059 / 90", "art", "art . [UNK] da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "parágrafo único do artigo 14 da Lei n . 8059", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Artigo 39 , § [UNK] , da Constituição Federal", "Constituição", "§ [UNK] do artigo 39 da Carta Magna", "ARTIGO 14 DA LEI N . 8 . 059 / 90", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Artigo 39 , § [UNK] , da Constituição Federal", "Constituição", "§ [UNK] do artigo 39 da Carta Magna", "ARTIGO 14 DA LEI N . 8 . 059 / 90", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 14 da Lei n . 8 . 059 / 90", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 14 da Lei n . 8 . 059 / 90", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SANTA CATARINA", "Brasília", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "União", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "União", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "-", "AGR", "/", "SC", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Plenário do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Plenário do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Plenário", "União", "Ministério Público Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Plenário", "União", "Ministério Público Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Procuradoria", "-", "Geral da República", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "AGR", "/", "SC", "Procuradoria", "-", "Geral da República", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "LÚCIA", "NICÁCIA DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA CUNHA", "JANETE DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA", "VORLEI ALVES", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "NICÁCIA DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA CUNHA", "JANETE DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA", "VORLEI ALVES", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "NICÁCIA DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA CUNHA", "JANETE DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA", "VORLEI ALVES", "CÁRMEN LÚCIA", "Eros Grau", "Celso de Mello", "Nicácia da Conceição de Almeida Cunha", "Janete da Conceição de Almeida", "Janete da Conceição de Almeida", "Eros Grau", "Celso de Mello", "Nicácia da Conceição de Almeida Cunha", "Janete da Conceição de Almeida", "Janete da Conceição de Almeida", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Janete da Conceição de Almeida", "Nicácia da Conceição de Almeida Cunha", "Vanildo João da Cunha", "Odete dos Santos da Cunha", "CÁRMEN LÚCIA", "Janete da Conceição de Almeida", "Nicácia da Conceição de Almeida Cunha", "Vanildo João da Cunha", "Odete dos Santos da Cunha", "CÁRMEN LÚCIA", "MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE", "ODETE DOS SANTOS CUNHA", "MARIA DE FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE", "ODETE DOS SANTOS CUNHA", "CÁRMEN LÚCIA", "Moreira Alves", "Moreira Alves", "CÁRMEN LÚCIA", "Eros Grau", "Dias Toffoli", "Ricardo Lewandowski", "Eros Grau", "Dias Toffoli", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "NICÁCIA DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA CUNHA", "JANETE DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA", "VORLEI ALVES", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane", "CÁRMEN LÚCIA", "NICÁCIA DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA CUNHA", "JANETE DA CONCEIÇÃO DE ALMEIDA", "VORLEI ALVES", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "15", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "29 de fevereiro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "29 de fevereiro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "9", ".", "10", ".", "2009", "4", ".", "10", ".", "2002", "29", ".", "8", ".", "2011", "6", ".", "3", ".", "2012", "8", ".", "3", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "9", ".", "10", ".", "2009", "4", ".", "10", ".", "2002", "29", ".", "8", ".", "2011", "6", ".", "3", ".", "2012", "8", ".", "3", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "1990", "15", "/", "01", "/", "2003", "24", "/", "08", "/", "2001", "1990", "15", "/", "01", "/", "2003", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "5", ".", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "5", ".", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "9", ".", "10", ".", "2009", "13", ".", "2", ".", "2012", "5", ".", "3", ".", "2012", "29", ".", "8", ".", "2011", "12", ".", "9", ".", "2011", "[UNK]", ".", "2", ".", "2010", "26", ".", "2", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "9", ".", "10", ".", "2009", "13", ".", "2", ".", "2012", "5", ".", "3", ".", "2012", "29", ".", "8", ".", "2011", "12", ".", "9", ".", "2011", "[UNK]", ".", "2", ".", "2010", "26", ".", "2", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463.075 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ANA CLEDI BATISTA MENEZES ADV.(A/S) :CLÁUDIO SANTOS DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL PRINCÍPIO DA UNICIDADE RECURSAL – AFASTAMENTO – INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA DOS RECURSOS EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL – PREFERÊNCIA NO JULGAMENTO – PRECLUSÃO DA DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – AUSÊNCIA DE PREJUÍZO AO EXTRAORDINÁRIO. O fato de o Superior Tribunal de Justiça, julgando o recurso especial ou o agravo que tenha sido protocolado visando a imprimir-lhe trânsito, haver decidido sob o ângulo estritamente legal não implica preclusão presente o extraordinário simultaneamente interposto contra o dispositivo do acórdão alicerçado em preceitos constitucionais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO REGIMENTAL – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – BALIZAS. Aprecia-se o recurso extraordinário a partir das premissas fixadas no acórdão proferido, sendo defeso inovar sobre a matéria em agravo regimental. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158668. Supremo Tribunal Federal DJe 14/12/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão RE 463.075 AGR / RS conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158668. Supremo Tribunal Federal RE 463.075 AGR / RS conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158668. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463.075 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ANA CLEDI BATISTA MENEZES ADV.(A/S) :CLÁUDIO SANTOS DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – À folha 177, proferi a seguinte decisão: EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA – EMBARGOS À EXECUÇÃO – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – EXCLUSÃO. 1. O Plenário, ao julgar os Recursos Extraordinários nos 415.932-5 e 420.816-4, por mim relatado e pelo ministro Carlos Velloso, respectivamente, conferiu à Medida Provisória nº 2.180-35, no que deu nova redação à Lei nº 9.494/97, presente o artigo 1º-D, interpretação conforme a Constituição Federal, entendendo o preceito harmônico com os ditames maiores quanto às execuções, não embargadas, submetidas ao sistema de precatório. Vencidos os relatores e o ministro Carlos Ayres Britto, no que votaram pela inconstitucionalidade linear da norma, e ausentes os ministros Nelson Jobim e Ellen Gracie, foi designado para redigir o acórdão o ministro Sepúlveda Pertence. 2. Ante a proclamação, conheço e provejo este recurso extraordinário, para excluir os honorários advocatícios, ressalvado o entendimento pessoal. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158669. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463.075 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ANA CLEDI BATISTA MENEZES ADV.(A/S) :CLÁUDIO SANTOS DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – À folha 177, proferi a seguinte decisão: EXECUÇÃO CONTRA A FAZENDA – EMBARGOS À EXECUÇÃO – HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – EXCLUSÃO. 1. O Plenário, ao julgar os Recursos Extraordinários nos 415.932-5 e 420.816-4, por mim relatado e pelo ministro Carlos Velloso, respectivamente, conferiu à Medida Provisória nº 2.180-35, no que deu nova redação à Lei nº 9.494/97, presente o artigo 1º-D, interpretação conforme a Constituição Federal, entendendo o preceito harmônico com os ditames maiores quanto às execuções, não embargadas, submetidas ao sistema de precatório. Vencidos os relatores e o ministro Carlos Ayres Britto, no que votaram pela inconstitucionalidade linear da norma, e ausentes os ministros Nelson Jobim e Ellen Gracie, foi designado para redigir o acórdão o ministro Sepúlveda Pertence. 2. Ante a proclamação, conheço e provejo este recurso extraordinário, para excluir os honorários advocatícios, ressalvado o entendimento pessoal. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158669. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório RE 463.075 AGR / RS 3. Publique-se. Na minuta de folha 186 a 193, os agravantes sustentam ter iniciado a execução antes de editada a Medida Provisória nº 2.180/35/2001, razão pela qual consideram inaplicável à espécie o artigo 1º-D da Lei nº 9.494/97. Articulam com o prejuízo do extraordinário, diante do desprovimento de recurso especial, fazendo com que prevalecesse base infraconstitucional suficiente para a manutenção da condenação da União à verba honorária. O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS apresentou a contraminuta de folha 213 a 215, apontando o acerto do ato impugnado. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158669. Supremo Tribunal Federal RE 463.075 AGR / RS 3. Publique-se. Na minuta de folha 186 a 193, os agravantes sustentam ter iniciado a execução antes de editada a Medida Provisória nº 2.180/35/2001, razão pela qual consideram inaplicável à espécie o artigo 1º-D da Lei nº 9.494/97. Articulam com o prejuízo do extraordinário, diante do desprovimento de recurso especial, fazendo com que prevalecesse base infraconstitucional suficiente para a manutenção da condenação da União à verba honorária. O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS apresentou a contraminuta de folha 213 a 215, apontando o acerto do ato impugnado. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158669. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463.075 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por profissionais da advocacia regularmente constituídos (folhas 15, 16 e 128), foi protocolada no prazo legal. Conheço. Não há o prejuízo do extraordinário simultaneamente interposto com o especial. A visão decorre da quebra do princípio da unicidade recursal em 1988. Tive a oportunidade de veicular as seguintes ideias a respeito do tema: A Carta de 1988 apanhou sistema recursal consagrado, notando-se a homenagem ao princípio da unirrecorribilidade. Entrementes, o Constituinte, ao criar o Superior Tribunal de Justiça, veio a imprimir, à recorribilidade via o recurso especial, tratamento discrepante da sistemática em vigor. É que previu a adequação do citado recurso contra decisão de tribunal, alusiva à causa, proferida em única ou última instância, quando: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válida lei ou ato de governo local contestada em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Assim, previu-se a interposição simultânea dos recursos especial e extraordinário quando em jogo decisão contendo fundamentos legais e constitucionais, e quase todas as têm. Deu-se o dissenso sobre a matéria e, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158670. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463.075 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por profissionais da advocacia regularmente constituídos (folhas 15, 16 e 128), foi protocolada no prazo legal. Conheço. Não há o prejuízo do extraordinário simultaneamente interposto com o especial. A visão decorre da quebra do princípio da unicidade recursal em 1988. Tive a oportunidade de veicular as seguintes ideias a respeito do tema: A Carta de 1988 apanhou sistema recursal consagrado, notando-se a homenagem ao princípio da unirrecorribilidade. Entrementes, o Constituinte, ao criar o Superior Tribunal de Justiça, veio a imprimir, à recorribilidade via o recurso especial, tratamento discrepante da sistemática em vigor. É que previu a adequação do citado recurso contra decisão de tribunal, alusiva à causa, proferida em única ou última instância, quando: a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; b) julgar válida lei ou ato de governo local contestada em face de lei federal; c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal. Assim, previu-se a interposição simultânea dos recursos especial e extraordinário quando em jogo decisão contendo fundamentos legais e constitucionais, e quase todas as têm. Deu-se o dissenso sobre a matéria e, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158670. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO RE 463.075 AGR / RS passados dez anos da vigência da Carta, não se conta, ainda, com definição final sobre em que hipótese fica prejudicado o recurso extraordinário simultaneamente interposto com o especial, uma vez apreciado este último. Estabeleceu-se um verdadeiro pandemônio para os profissionais da advocacia, sendo que as decisões divergentes sobre o prejuízo vêm causando muitos transtornos aos jurisdicionados e provocando inúmeros incidentes, com a interposição de sucessivos recursos. Por outro lado, acabou-se por consagrar, sob o ângulo da competência, disciplinas diversas. É que, relativamente a dois outros tribunais superiores, tem-se a competência para conhecer-se de recursos de natureza extraordinária a partir da contrariedade a dispositivo da Constituição Federal. Assim é que o recurso especial eleitoral, da competência do Tribunal Superior Eleitoral, cabe por infringência a preceito da Constituição - artigo 121, § 4º, inciso I da Constituição Federal. Também a revista do processo do trabalho, a ser julgada pelo Tribunal Superior do Trabalho, é pertinente por ofensa a texto da Lei Maior - artigo 896, alínea “c” e § 2º da Consolidação das Leis do Trabalho. Enquanto os dois outros tribunais que atuam em sede extraordinária fazem-no com base, entre outras causas, na premissa de desrespeito a norma constitucional, isso não ocorre com o Superior Tribunal de Justiça. Tudo recomenda o restabelecimento do princípio da unirrecorribilidade, igualizando-se, em se tratando de competência, os Tribunais Superiores - Eleitoral, do Trabalho e de Justiça, já que o Superior Tribunal Militar, embora contando com tal qualificação - a de superior -, não atua na via excepcional, mas como corte de cassação. Frise-se, por oportuno, que o Superior Tribunal de Justiça, como qualquer outro órgão investido do ofício judicante, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158670. Supremo Tribunal Federal RE 463.075 AGR / RS passados dez anos da vigência da Carta, não se conta, ainda, com definição final sobre em que hipótese fica prejudicado o recurso extraordinário simultaneamente interposto com o especial, uma vez apreciado este último. Estabeleceu-se um verdadeiro pandemônio para os profissionais da advocacia, sendo que as decisões divergentes sobre o prejuízo vêm causando muitos transtornos aos jurisdicionados e provocando inúmeros incidentes, com a interposição de sucessivos recursos. Por outro lado, acabou-se por consagrar, sob o ângulo da competência, disciplinas diversas. É que, relativamente a dois outros tribunais superiores, tem-se a competência para conhecer-se de recursos de natureza extraordinária a partir da contrariedade a dispositivo da Constituição Federal. Assim é que o recurso especial eleitoral, da competência do Tribunal Superior Eleitoral, cabe por infringência a preceito da Constituição - artigo 121, § 4º, inciso I da Constituição Federal. Também a revista do processo do trabalho, a ser julgada pelo Tribunal Superior do Trabalho, é pertinente por ofensa a texto da Lei Maior - artigo 896, alínea “c” e § 2º da Consolidação das Leis do Trabalho. Enquanto os dois outros tribunais que atuam em sede extraordinária fazem-no com base, entre outras causas, na premissa de desrespeito a norma constitucional, isso não ocorre com o Superior Tribunal de Justiça. Tudo recomenda o restabelecimento do princípio da unirrecorribilidade, igualizando-se, em se tratando de competência, os Tribunais Superiores - Eleitoral, do Trabalho e de Justiça, já que o Superior Tribunal Militar, embora contando com tal qualificação - a de superior -, não atua na via excepcional, mas como corte de cassação. Frise-se, por oportuno, que o Superior Tribunal de Justiça, como qualquer outro órgão investido do ofício judicante, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158670. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO RE 463.075 AGR / RS até o da mais longínqua comarca, age no âmbito do controle difuso de constitucionalidade. Daí a necessidade de inserir-se na alínea “a” do inciso III do artigo 105 da Constituição Federal o cabimento do recurso especial levando em conta, também, contrariedade a dispositivo da Constituição Federal. Com isso, ter-se-á não só a uniformização no tratamento da matéria, preservando-se o sistema recursal como um grande todo, como também verdadeira triagem considerado o acesso ao Supremo Tribunal Federal, diminuindo-se a grande carga de processos que vem sendo suportada pela Corte. A modificação não acarreta maior volume de processos para o Superior Tribunal de Justiça. A regra direciona à existência, nos acórdãos dos tribunais, de fundamentos legais e constitucionais a sugerirem, hoje, portanto, a dupla interposição de recursos – o especial para atacar a decisão no que baseada em norma legal e o extraordinário tendo em vista o fundamento constitucional. Em síntese, implicará tal sistemática a racionalização dos trabalhos, evitando o uso imediato da via de acesso ao Supremo Tribunal Federal, quando possível o desfecho final da causa no Superior Tribunal de Justiça. O preceito passaria a ter a seguinte redação: “Art. 105 [...] I – [...] II – [...] III – [...] “a) contrariar dispositivo desta Constituição, de tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; (NR) b) [...]; c) [...]” 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158670. Supremo Tribunal Federal RE 463.075 AGR / RS até o da mais longínqua comarca, age no âmbito do controle difuso de constitucionalidade. Daí a necessidade de inserir-se na alínea “a” do inciso III do artigo 105 da Constituição Federal o cabimento do recurso especial levando em conta, também, contrariedade a dispositivo da Constituição Federal. Com isso, ter-se-á não só a uniformização no tratamento da matéria, preservando-se o sistema recursal como um grande todo, como também verdadeira triagem considerado o acesso ao Supremo Tribunal Federal, diminuindo-se a grande carga de processos que vem sendo suportada pela Corte. A modificação não acarreta maior volume de processos para o Superior Tribunal de Justiça. A regra direciona à existência, nos acórdãos dos tribunais, de fundamentos legais e constitucionais a sugerirem, hoje, portanto, a dupla interposição de recursos – o especial para atacar a decisão no que baseada em norma legal e o extraordinário tendo em vista o fundamento constitucional. Em síntese, implicará tal sistemática a racionalização dos trabalhos, evitando o uso imediato da via de acesso ao Supremo Tribunal Federal, quando possível o desfecho final da causa no Superior Tribunal de Justiça. O preceito passaria a ter a seguinte redação: “Art. 105 [...] I – [...] II – [...] III – [...] “a) contrariar dispositivo desta Constituição, de tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência; (NR) b) [...]; c) [...]” 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158670. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO RE 463.075 AGR / RS O acórdão, já alterado, no extraordinário, mediante decisão monocrática, a partir de precedentes do Plenário, implicou abordagem da matéria sob o ângulo da Carta Federal, aludindo o Supremo ao que concluído no incidente de inconstitucionalidade suscitado no Agravo de Instrumento nº 2002.04.01.018302-1/RS. A interposição do extraordinário veio a obstaculizar a preclusão maior. Quanto à alegada incidência retroativa do artigo 1º-D da Lei nº 9.494/97, a questão, além de demandar a interpretação de normas estritamente legais, não foi debatida pelo Colegiado de origem. Há pronunciamentos de ambas as Turmas no sentido de ser inadmissível a inovação de argumentos quando do agravo regimental. Ante o quadro, desprovejo o regimental. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158670. Supremo Tribunal Federal RE 463.075 AGR / RS O acórdão, já alterado, no extraordinário, mediante decisão monocrática, a partir de precedentes do Plenário, implicou abordagem da matéria sob o ângulo da Carta Federal, aludindo o Supremo ao que concluído no incidente de inconstitucionalidade suscitado no Agravo de Instrumento nº 2002.04.01.018302-1/RS. A interposição do extraordinário veio a obstaculizar a preclusão maior. Quanto à alegada incidência retroativa do artigo 1º-D da Lei nº 9.494/97, a questão, além de demandar a interpretação de normas estritamente legais, não foi debatida pelo Colegiado de origem. Há pronunciamentos de ambas as Turmas no sentido de ser inadmissível a inovação de argumentos quando do agravo regimental. Ante o quadro, desprovejo o regimental. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158670. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463.075 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : ANA CLEDI BATISTA MENEZES ADV.(A/S) : CLÁUDIO SANTOS DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3177411 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463.075 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : ANA CLEDI BATISTA MENEZES ADV.(A/S) : CLÁUDIO SANTOS DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3177411 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3195509
2012-10-16T00:00:00
2012-12-14T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
PRINCÍPIO DA UNICIDADE RECURSAL – AFASTAMENTO – INTERPOSIÇÃO SIMULTÂNEA DOS RECURSOS EXTRAORDINÁRIO E ESPECIAL – PREFERÊNCIA NO JULGAMENTO – PRECLUSÃO DA DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA – AUSÊNCIA DE PREJUÍZO AO EXTRAORDINÁRIO. O fato de o Superior Tribunal de Justiça, julgando o recurso especial ou o agravo que tenha sido protocolado visando a imprimir-lhe trânsito, haver decidido sob o ângulo estritamente legal não implica preclusão presente o extraordinário simultaneamente interposto contra o dispositivo do acórdão alicerçado em preceitos constitucionais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO REGIMENTAL – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – BALIZAS. Aprecia-se o recurso extraordinário a partir das premissas fixadas no acórdão proferido, sendo defeso inovar sobre a matéria em agravo regimental.
sjur221685
Número de páginas: 9. Análise: 07/01/2013, LLD.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
463075
[ "LEG-FED LEI-009494 ANO-1997\r\n ART-0001D \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
RE-AgR
acordaos
RE 463075 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ANA CLEDI BATISTA MENEZES ADV.(A/S) : CLÁUDIO SANTOS DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL ADV.(A/S) : GLÊNIO OHLWEILER FERREIRA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463 . 075", "RE 463 . 075 AGR / RS", "RE 463 . 075 AGR / RS", "Recursos Extraordinários nos 415 . 932 - 5", "420", ".", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463 . 075", "Recursos", "RE 463 . 075 AGR / RS", "RE 463 . 075 AGR / RS", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463 . 075", "RE 463 . 075 AGR / RS", "RE 463 . 075", "RE 463 . 075 AGR / RS", "RE 463 . 075 AGR / RS", "RE 463 . 075 AGR / RS", "Agravo de Instrumento [UNK] 2002 . 04 . 01 . 018302 - 1 / RS", "RE 463 . 075 AGR / RS", "Agravo de Instrumento [UNK] 2002 . 04 . 01 . 018302 - 1 / RS", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463 .", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 463 . 075" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Medida Provisória [UNK] 2 . 180 - 35", "Lei [UNK] 9 . 494 / 97", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Medida Provisória [UNK] 2 . 180 - 35", "Lei [UNK] 9 . 494 / 97", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Medida Provisória [UNK] 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 114.190 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO RECTE.(S) :PAULO ROGERIO PENA CRUZ PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA PENA – REGIME DE CUMPRIMENTO. O regime de cumprimento da pena é fixado, presentes os parâmetros do artigo 33 do Código Penal, ante as circunstâncias judiciais. Sendo a pena-base estabelecida no mínimo previsto para o tipo e a final em quantitativo inferior a quatro anos, não se tratando de condenado reincidente, impõe-se o regime aberto. PENA RESTRITIVA DA LIBERDADE – SUBSTITUIÇÃO PELA DE DIREITOS. Considerada a óptica segundo a qual a substituição não é suficiente à repressão do crime, descabe cogitar de ilegalidade no que indeferida a substituição. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em prover o recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005521. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 114.190 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO RECTE.(S) :PAULO ROGERIO PENA CRUZ PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de relatório, as informações prestadas pelo Gabinete: A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, ao indeferir a ordem no Habeas Corpus nº 220.276/RS, proclamou a ausência de preenchimento dos requisitos subjetivos para a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, haja vista a gravidade concreta do delito cometido, dada a diversidade, quantidade e natureza do entorpecente apreendido, além das circunstâncias em que o crime foi praticado. Consignou que, não obstante a sanção tenha sido definida em patamar inferior a quatro anos de reclusão, o delito teria sido consumado após o advento da Lei nº 11.464/2007, tornando-se obrigatória a imposição do regime inicial fechado, independentemente da duração da pena estabelecida. O acórdão encontra-se assim ementado: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS. VEDAÇÃO LEGAL. ART. 44 DA NOVA LEI DE DROGAS. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DA EXECUÇÃO DE PARTE DO ART. 33, § 4º, DA LEI 11.343/06. PERMUTA Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005522. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 114.190 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO RECTE.(S) :PAULO ROGERIO PENA CRUZ PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de relatório, as informações prestadas pelo Gabinete: A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, ao indeferir a ordem no Habeas Corpus nº 220.276/RS, proclamou a ausência de preenchimento dos requisitos subjetivos para a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos, haja vista a gravidade concreta do delito cometido, dada a diversidade, quantidade e natureza do entorpecente apreendido, além das circunstâncias em que o crime foi praticado. Consignou que, não obstante a sanção tenha sido definida em patamar inferior a quatro anos de reclusão, o delito teria sido consumado após o advento da Lei nº 11.464/2007, tornando-se obrigatória a imposição do regime inicial fechado, independentemente da duração da pena estabelecida. O acórdão encontra-se assim ementado: HABEAS CORPUS. TRÁFICO DE DROGAS. SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR RESTRITIVAS DE DIREITOS. VEDAÇÃO LEGAL. ART. 44 DA NOVA LEI DE DROGAS. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL DA EXECUÇÃO DE PARTE DO ART. 33, § 4º, DA LEI 11.343/06. PERMUTA Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005522. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório RHC 114.190 / RS EM TESE ADMITIDA. ART. 44 DO CP. REQUISITOS SUBJETIVOS. AUSÊNCIA DE PREENCHIMENTO. ILEGALIDADE NÃO DEMONSTRADA. Contra esse julgado foi interposto recurso ordinário em habeas corpus. O recorrente sustenta ter o Tribunal de Justiça indeferido a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos em virtude apenas da expressa vedação prevista no artigo 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06, não cabendo ao Superior Tribunal de Justiça trazer novos argumentos, complementando, de maneira indevida, o acórdão estadual. Assevera não serem idôneos os fundamentos para a manutenção do regime inicial mais gravoso, mostrando-se patente a violação ao princípio constitucional da individualização da pena. Afirma que o Supremo admite a substituição da sanção privativa de liberdade pela restritiva de direitos e, com mais razão, a possibilidade de fixação do regime inicial semiaberto ou aberto. Requer o implemento de liminar a fim de determinar-se a imediata suspensão da execução da pena, com a consequente expedição do alvará de soltura, até o julgamento definitivo do recurso. No mérito, busca seja assegurada a substituição da pena corporal por restritivas de direitos ou a alteração do regime inicial ou determinado ao Tribunal de Justiça novo pronunciamento acerca do caso. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Juarez Tavares, manifesta-se pelo provimento do recurso. Lancei visto no processo em 6 de outubro de 2012, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 16 seguinte, isso objetivando a ciência do recorrente. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005522. Supremo Tribunal Federal RHC 114.190 / RS EM TESE ADMITIDA. ART. 44 DO CP. REQUISITOS SUBJETIVOS. AUSÊNCIA DE PREENCHIMENTO. ILEGALIDADE NÃO DEMONSTRADA. Contra esse julgado foi interposto recurso ordinário em habeas corpus. O recorrente sustenta ter o Tribunal de Justiça indeferido a substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos em virtude apenas da expressa vedação prevista no artigo 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06, não cabendo ao Superior Tribunal de Justiça trazer novos argumentos, complementando, de maneira indevida, o acórdão estadual. Assevera não serem idôneos os fundamentos para a manutenção do regime inicial mais gravoso, mostrando-se patente a violação ao princípio constitucional da individualização da pena. Afirma que o Supremo admite a substituição da sanção privativa de liberdade pela restritiva de direitos e, com mais razão, a possibilidade de fixação do regime inicial semiaberto ou aberto. Requer o implemento de liminar a fim de determinar-se a imediata suspensão da execução da pena, com a consequente expedição do alvará de soltura, até o julgamento definitivo do recurso. No mérito, busca seja assegurada a substituição da pena corporal por restritivas de direitos ou a alteração do regime inicial ou determinado ao Tribunal de Justiça novo pronunciamento acerca do caso. O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do Subprocurador-Geral da República Juarez Tavares, manifesta-se pelo provimento do recurso. Lancei visto no processo em 6 de outubro de 2012, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 16 seguinte, isso objetivando a ciência do recorrente. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005522. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 114.190 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na interposição deste recurso, atendeu-se aos pressupostos de recorribilidade. O acórdão atacado foi disponibilizado no Diário da Justiça eletrônico/STJ em 12 de abril de 2012, tendo sido considerado publicado em 13 de abril, sexta-feira. A intimação da Defensoria Pública da União deu-se em 16 subsequente e a manifestação do inconformismo ocorreu no dia 20 imediato, sexta-feira. Conheço. O Juízo apontou serem as circunstâncias judiciais positivas, consignando tratar-se de acusado tecnicamente primário. Por isso, estabeleceu a pena-base no mínimo previsto para o tipo – cinco anos –, acionando a causa de diminuição do § 4º do artigo 33 da Lei nº 11.343/06. Vê-se que não considerou, na fixação do regime de cumprimento da pena, o disposto no artigo 33, § 3º, do Código Penal, no que remete às circunstâncias judiciais. Sob esse ângulo, o recurso está a merecer provimento. O mesmo não acontece quanto à substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. O Juízo, evocando o precedente do Plenário – Habeas Corpus nº 97.256 –, fez ver que a pena mais branda não seria suficiente à repressão da prática criminosa. Idêntica óptica consta do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, no que mencionado o inciso III do artigo 44 do Código Penal. Provejo o recurso interposto para substituir o regime fechado pelo aberto, presentes os preceitos do artigo 33, § 1º , alínea “c”, e § 3º, do Código Penal. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005523. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 114.190 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na interposição deste recurso, atendeu-se aos pressupostos de recorribilidade. O acórdão atacado foi disponibilizado no Diário da Justiça eletrônico/STJ em 12 de abril de 2012, tendo sido considerado publicado em 13 de abril, sexta-feira. A intimação da Defensoria Pública da União deu-se em 16 subsequente e a manifestação do inconformismo ocorreu no dia 20 imediato, sexta-feira. Conheço. O Juízo apontou serem as circunstâncias judiciais positivas, consignando tratar-se de acusado tecnicamente primário. Por isso, estabeleceu a pena-base no mínimo previsto para o tipo – cinco anos –, acionando a causa de diminuição do § 4º do artigo 33 da Lei nº 11.343/06. Vê-se que não considerou, na fixação do regime de cumprimento da pena, o disposto no artigo 33, § 3º, do Código Penal, no que remete às circunstâncias judiciais. Sob esse ângulo, o recurso está a merecer provimento. O mesmo não acontece quanto à substituição da pena privativa de liberdade pela restritiva de direitos. O Juízo, evocando o precedente do Plenário – Habeas Corpus nº 97.256 –, fez ver que a pena mais branda não seria suficiente à repressão da prática criminosa. Idêntica óptica consta do acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, no que mencionado o inciso III do artigo 44 do Código Penal. Provejo o recurso interposto para substituir o regime fechado pelo aberto, presentes os preceitos do artigo 33, § 1º , alínea “c”, e § 3º, do Código Penal. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005523. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Notas para o Voto 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 114.190 RIO GRANDE DO SUL NOTAS PARA O VOTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - No anterior, eu o acompanhei, eram 49 pedras de crack. Aqui são 202 pedras de crack, 23 buchas de cocaína e um tijolo de maconha. Mas a pena, como pondera o Ministro Marco Aurélio, foi baixa. Foi fixada em dois anos e seis meses de reclusão, regime inicial fechado. Estou destacando esses dados, porque, quem sabe, a Turma chega a um entendimento mais brando nessa mesma linha proposta. Confesso que, como a fixação, a pena é baixa, necessariamente um regime inicial fechado. As prisões estão tão cheias. Faço o registro, Ministro Luiz Fux, porque vou passar a olhar os habeas que me são distribuídos com esse olhar mais suave com relação ao regime inicial fechado, nessa linha. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Foi mais ou menos, vamos dizer assim, o recado que o Plenário mandou quando decidiu que não é necessariamente fechado. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Sim, mas temos ponderado a quantidade da droga, esses aspectos. Também entendo que, se a pena final fixada foi a de dois anos e seis meses, o paciente não tem uma periculosidade. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Já deve ter ficado em regime fechado um tempo. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Já deve ter ficado um Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058655. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 114.190 RIO GRANDE DO SUL NOTAS PARA O VOTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - No anterior, eu o acompanhei, eram 49 pedras de crack. Aqui são 202 pedras de crack, 23 buchas de cocaína e um tijolo de maconha. Mas a pena, como pondera o Ministro Marco Aurélio, foi baixa. Foi fixada em dois anos e seis meses de reclusão, regime inicial fechado. Estou destacando esses dados, porque, quem sabe, a Turma chega a um entendimento mais brando nessa mesma linha proposta. Confesso que, como a fixação, a pena é baixa, necessariamente um regime inicial fechado. As prisões estão tão cheias. Faço o registro, Ministro Luiz Fux, porque vou passar a olhar os habeas que me são distribuídos com esse olhar mais suave com relação ao regime inicial fechado, nessa linha. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Foi mais ou menos, vamos dizer assim, o recado que o Plenário mandou quando decidiu que não é necessariamente fechado. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Sim, mas temos ponderado a quantidade da droga, esses aspectos. Também entendo que, se a pena final fixada foi a de dois anos e seis meses, o paciente não tem uma periculosidade. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Já deve ter ficado em regime fechado um tempo. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Já deve ter ficado um Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058655. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Notas para o Voto RHC 114.190 / RS bom tempo, então me parece extremamente razoável. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Fixou a pena-base no mínimo e também observou a causa de diminuição. Ele ficou no regime fechado enquanto vigente a prisão provisória. Tem-se situação idêntica à do processo anterior. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Eu o acompanho. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – A pena ficou em quantitativo a atrair a alínea “c” contida no artigo 33 do Código Penal. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Evoluí também para isso, apesar de ser um belo comerciante ele. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - É, 202 pedras. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Esperamos que não volte a esse comércio. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058655. Supremo Tribunal Federal RHC 114.190 / RS bom tempo, então me parece extremamente razoável. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Fixou a pena-base no mínimo e também observou a causa de diminuição. Ele ficou no regime fechado enquanto vigente a prisão provisória. Tem-se situação idêntica à do processo anterior. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Eu o acompanho. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – A pena ficou em quantitativo a atrair a alínea “c” contida no artigo 33 do Código Penal. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Evoluí também para isso, apesar de ser um belo comerciante ele. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - É, 202 pedras. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Esperamos que não volte a esse comércio. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058655. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 114.190 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO RECTE.(S) : PAULO ROGERIO PENA CRUZ PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma deu provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061197 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 114.190 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO RECTE.(S) : PAULO ROGERIO PENA CRUZ PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma deu provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061197 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3077189
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
Decisão: A Turma deu provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
PENA – REGIME DE CUMPRIMENTO. O regime de cumprimento da pena é fixado, presentes os parâmetros do artigo 33 do Código Penal, ante as circunstâncias judiciais. Sendo a pena-base estabelecida no mínimo previsto para o tipo e a final em quantitativo inferior a quatro anos, não se tratando de condenado reincidente, impõe-se o regime aberto. PENA RESTRITIVA DA LIBERDADE – SUBSTITUIÇÃO PELA DE DIREITOS. Considerada a óptica segundo a qual a substituição não é suficiente à repressão do crime, descabe cogitar de ilegalidade no que indeferida a substituição.
sjur218371
- Acórdão(s) citado(s): (SUBSTITUIÇÃO, PENA, TRÁFICO DE ENTORPECENTES) STF: HC 97256 (TP). Número de páginas: 7. Análise: 19/11/2012, SEV. Revisão: 27/11/2012, AAT.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
114190
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RHC
acordaos
RHC 114190
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RECTE.(S) : PAULO ROGERIO PENA CRUZ PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.261 PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ANTÔNIO CAVALCANTI DOS SANTOS FILHO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. MODIFICAÇÃO DA FORMA DE CÁLCULO. 1. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico e à fórmula de composição da remuneração. Precedentes. 2. Alegação de redução dos vencimentos: impossibilidade do reexame de provas e legislação local. Súmulas n. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Joaquim Barbosa. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975471. Supremo Tribunal Federal DJe 23/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão ARE 700.261 AGR / PE Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975471. Supremo Tribunal Federal ARE 700.261 AGR / PE Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975471. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.261 PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ANTÔNIO CAVALCANTI DOS SANTOS FILHO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 31 de agosto de 2011, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Antônio Cavalcanti dos Santos Filho e outros contra julgado do Tribunal de Justiça de Pernambuco, o qual decidira que “servidor público não possui direito adquirido a regime remuneratório” e, por isso, “não se lhes pode dar guarida ao pleito por inconstitucionalidade da legislação estadual que desvinculou a Gratificação de Representação do soldo, a não ser que a dissociação em questão tivesse implicado decesso remuneratório aos servidores, o que, nos autos, não restou demonstrado pelo plexo probatório coligido” A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes. 6. Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria a análise das leis locais (Leis Complementares Estaduais n. 03/1990 e 32/2001 e Lei Estadual n. 10.426/1990) que fundamentaram o julgado recorrido. Incide na espécie a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: (…) (AI 689.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975472. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.261 PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ANTÔNIO CAVALCANTI DOS SANTOS FILHO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 31 de agosto de 2011, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Antônio Cavalcanti dos Santos Filho e outros contra julgado do Tribunal de Justiça de Pernambuco, o qual decidira que “servidor público não possui direito adquirido a regime remuneratório” e, por isso, “não se lhes pode dar guarida ao pleito por inconstitucionalidade da legislação estadual que desvinculou a Gratificação de Representação do soldo, a não ser que a dissociação em questão tivesse implicado decesso remuneratório aos servidores, o que, nos autos, não restou demonstrado pelo plexo probatório coligido” A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste aos Agravantes. 6. Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria a análise das leis locais (Leis Complementares Estaduais n. 03/1990 e 32/2001 e Lei Estadual n. 10.426/1990) que fundamentaram o julgado recorrido. Incide na espécie a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: (…) (AI 689.921-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975472. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório ARE 700.261 AGR / PE Primeira Turma, DJe 20.2.2009). 7. O Supremo Tribunal assentou, ainda, que as alegações de contrariedade aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: (...) (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009). 8. Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes. 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 10.9.2012, interpõem Antônio Cavalcanti dos Santos Filho e outros, em 17.9.2011, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alegam os Agravantes que “a presente demanda é fundamentada levando-se em consideração a violação ao princípio do direito adquirido, a qual resta cabalmente evidenciada na medida em que modificou a sistemática de aplicação da gratificação sobre o vencimento base, e não mais sobre a totalidade dos vencimentos, o que acarretou decesso remuneratório, bem como no que concerne a estabilidade financeira”. Afirmam que “a violação ao princípio do direito adquirido por meio da LC 32/2001 resta cabalmente evidenciada na medida em que modificou a sistemática de pagamento da Gratificação de Motorista em desfavor dos Servidores Militares, já que o Estado de Pernambuco, a partir do março de 2001, passou a pagar a citada gratificação no valor de R$ 79,80, e não mais no percentual de 25% do soldo de Coronel PM/BM, bem como não incorporou citada gratificação nos proventos dos Agravantes. Considerando que os Servidores Militares foram admitidos no Serviço Público Estadual sob a égide da LC 18/97, que determinava o pagamento da Gratificação de Motorista no percentual de 25% do soldo de Coronel PM/BM, observa-se de forma cristalina que o cumprimento dos 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975472. Supremo Tribunal Federal ARE 700.261 AGR / PE Primeira Turma, DJe 20.2.2009). 7. O Supremo Tribunal assentou, ainda, que as alegações de contrariedade aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa constitucional indireta. Nesse sentido: (...) (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009). 8. Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes. 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 10.9.2012, interpõem Antônio Cavalcanti dos Santos Filho e outros, em 17.9.2011, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alegam os Agravantes que “a presente demanda é fundamentada levando-se em consideração a violação ao princípio do direito adquirido, a qual resta cabalmente evidenciada na medida em que modificou a sistemática de aplicação da gratificação sobre o vencimento base, e não mais sobre a totalidade dos vencimentos, o que acarretou decesso remuneratório, bem como no que concerne a estabilidade financeira”. Afirmam que “a violação ao princípio do direito adquirido por meio da LC 32/2001 resta cabalmente evidenciada na medida em que modificou a sistemática de pagamento da Gratificação de Motorista em desfavor dos Servidores Militares, já que o Estado de Pernambuco, a partir do março de 2001, passou a pagar a citada gratificação no valor de R$ 79,80, e não mais no percentual de 25% do soldo de Coronel PM/BM, bem como não incorporou citada gratificação nos proventos dos Agravantes. Considerando que os Servidores Militares foram admitidos no Serviço Público Estadual sob a égide da LC 18/97, que determinava o pagamento da Gratificação de Motorista no percentual de 25% do soldo de Coronel PM/BM, observa-se de forma cristalina que o cumprimento dos 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975472. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Relatório ARE 700.261 AGR / PE requisitos instituídos pela legislação na época vigente, por parte do servidor, gera a este direito adquirido aos benefícios, vantagens e garantias previstas naquela normativa, ainda que o ordenamento jurídico venha a ser futuramente alterado”. Requerem a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975472. Supremo Tribunal Federal ARE 700.261 AGR / PE requisitos instituídos pela legislação na época vigente, por parte do servidor, gera a este direito adquirido aos benefícios, vantagens e garantias previstas naquela normativa, ainda que o ordenamento jurídico venha a ser futuramente alterado”. Requerem a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975472. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.261 PERNAMBUCO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste aos Agravantes. 2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu: “DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO DE AGRAVO. POLICIAIS MILITARES. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. ALTERAÇÃO DA FORMA DE CÁLCULO. POSSIBILIDADE, DESDE QUE RESPEITADA A IRREDUTIBILIDADE VENCIMENTAL. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME REMUNERATÓRIO. INEXISTÊNCIA. RECURSO DESACOLHIDO. DECISÃO UNÂNIME. a) É entendimento sedimentado, inclusive, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, que servidor público não possui direito adquirido a regime remuneratório; b) Destarte, no caso dos agravantes, não se lhes pode dar guarida ao pleito por inconstitucionalidade da legislação estadual que desvinculou a Gratificação de Representação do soldo, a não ser que a dissociação em questão tivesse implicado decesso remuneratório aos servidores, o que, nos autos, não restou demonstrado pelo plexo probatório coligido; c) Recurso de Agravo conhecido e desprovido, em decisão unânime”. 3. O julgado do Tribunal a quo está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assentou inexistir direito adquirido a regime jurídico e à fórmula de composição da remuneração dos servidores públicos, desde que não acarrete redução no valor nominal dos vencimentos. Nesse sentido: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975473. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.261 PERNAMBUCO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste aos Agravantes. 2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu: “DIREITO ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO DE AGRAVO. POLICIAIS MILITARES. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. ALTERAÇÃO DA FORMA DE CÁLCULO. POSSIBILIDADE, DESDE QUE RESPEITADA A IRREDUTIBILIDADE VENCIMENTAL. DIREITO ADQUIRIDO A REGIME REMUNERATÓRIO. INEXISTÊNCIA. RECURSO DESACOLHIDO. DECISÃO UNÂNIME. a) É entendimento sedimentado, inclusive, no âmbito do Supremo Tribunal Federal, que servidor público não possui direito adquirido a regime remuneratório; b) Destarte, no caso dos agravantes, não se lhes pode dar guarida ao pleito por inconstitucionalidade da legislação estadual que desvinculou a Gratificação de Representação do soldo, a não ser que a dissociação em questão tivesse implicado decesso remuneratório aos servidores, o que, nos autos, não restou demonstrado pelo plexo probatório coligido; c) Recurso de Agravo conhecido e desprovido, em decisão unânime”. 3. O julgado do Tribunal a quo está em harmonia com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, que assentou inexistir direito adquirido a regime jurídico e à fórmula de composição da remuneração dos servidores públicos, desde que não acarrete redução no valor nominal dos vencimentos. Nesse sentido: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975473. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 700.261 AGR / PE “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. (...) DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO E A FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. INEXISTÊNCIA. PRESERVAÇÃO DO VALOR NOMINAL. INOCORRÊNCIA DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA NO RE N. 563.965. 1. O regime jurídico pertinente à composição dos vencimentos, desde que a eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração e, em consequência, não provoque decesso de caráter pecuniário, não viola o direito adquirido (Precedentes: RE n. 597.838-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe de 24.2.11; RE n. 601.985-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe de 1.10.10; RE n. 375.936-AgR, Relator o Ministro Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 25.8.06; RE n. 550.650-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, 2ª Turma, DJe de 27.6.08, entre outros). 2. Reconhecida a repercussão geral do tema no julgamento do RE n. 563.965-RG/RN, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, confirmando a jurisprudência desta Corte no sentido de que não há direito adquirido à forma de cálculo de remuneração, enfatizando, ainda, a legitimidade de lei superveniente que, sem causar decesso remuneratório, desvincule o cálculo da vantagem incorporada dos vencimentos do cargo em comissão ou função de confiança outrora ocupado pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente a ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 647.680-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 16.5.2012). “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Servidor público militar. 3. Existência de fundamento infraconstitucional autônomo suficiente para manter acórdão recorrido. Verbete 283. 4. Prescrição. Matéria infraconstitucional. Precedentes. 5. Soldo e Valor Básico de Referência (VBR). Lei estadual 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975473. Supremo Tribunal Federal ARE 700.261 AGR / PE “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. (...) DIREITO ADQUIRIDO A REGIME JURÍDICO E A FORMA DE CÁLCULO DA REMUNERAÇÃO. INEXISTÊNCIA. PRESERVAÇÃO DO VALOR NOMINAL. INOCORRÊNCIA DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA NO RE N. 563.965. 1. O regime jurídico pertinente à composição dos vencimentos, desde que a eventual modificação introduzida por ato legislativo superveniente preserve o montante global da remuneração e, em consequência, não provoque decesso de caráter pecuniário, não viola o direito adquirido (Precedentes: RE n. 597.838-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe de 24.2.11; RE n. 601.985-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe de 1.10.10; RE n. 375.936-AgR, Relator o Ministro Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 25.8.06; RE n. 550.650-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, 2ª Turma, DJe de 27.6.08, entre outros). 2. Reconhecida a repercussão geral do tema no julgamento do RE n. 563.965-RG/RN, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, confirmando a jurisprudência desta Corte no sentido de que não há direito adquirido à forma de cálculo de remuneração, enfatizando, ainda, a legitimidade de lei superveniente que, sem causar decesso remuneratório, desvincule o cálculo da vantagem incorporada dos vencimentos do cargo em comissão ou função de confiança outrora ocupado pelo servidor, passando a quantia a ela correspondente a ser reajustada segundo os critérios das revisões gerais de remuneração do funcionalismo. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 647.680-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 16.5.2012). “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Servidor público militar. 3. Existência de fundamento infraconstitucional autônomo suficiente para manter acórdão recorrido. Verbete 283. 4. Prescrição. Matéria infraconstitucional. Precedentes. 5. Soldo e Valor Básico de Referência (VBR). Lei estadual 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975473. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 700.261 AGR / PE 11.216/1996 e LCE 32/01. Exame de legislação local. Verbete 280. Precedentes. 6. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Irredutibilidade de vencimentos. 7. Necessidade de reexame fático probatório. Enunciado 279. 8. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão agravada. 9. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 671.171-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 1º.8.2012). 5. Quanto, à análise da suposta redução de vencimentos, essa questão não viabiliza o processamento do recurso extraordinário, por demandar o reexame de fatos e provas e a análise prévia de legislação local (Leis Complementares estaduais n. 03/1990 e 32/2001 e Lei estadual n. 10.426/1990). Incidem na espécie as Súmulas n. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal (RE 613.160-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.2.2011). 6. Os argumentos dos Agravantes, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975473. Supremo Tribunal Federal ARE 700.261 AGR / PE 11.216/1996 e LCE 32/01. Exame de legislação local. Verbete 280. Precedentes. 6. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico. Irredutibilidade de vencimentos. 7. Necessidade de reexame fático probatório. Enunciado 279. 8. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão agravada. 9. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 671.171-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 1º.8.2012). 5. Quanto, à análise da suposta redução de vencimentos, essa questão não viabiliza o processamento do recurso extraordinário, por demandar o reexame de fatos e provas e a análise prévia de legislação local (Leis Complementares estaduais n. 03/1990 e 32/2001 e Lei estadual n. 10.426/1990). Incidem na espécie as Súmulas n. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal (RE 613.160-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 1º.2.2011). 6. Os argumentos dos Agravantes, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975473. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.261 PROCED. : PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ANTÔNIO CAVALCANTI DOS SANTOS FILHO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885543 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.261 PROCED. : PERNAMBUCO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ANTÔNIO CAVALCANTI DOS SANTOS FILHO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885543 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2991883
2012-09-25T00:00:00
2012-10-23T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. GRATIFICAÇÃO DE REPRESENTAÇÃO. MODIFICAÇÃO DA FORMA DE CÁLCULO. 1. Inexistência de direito adquirido a regime jurídico e à fórmula de composição da remuneração. Precedentes. 2. Alegação de redução dos vencimentos: impossibilidade do reexame de provas e legislação local. Súmulas n. 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur217171
- Acórdãos citados: ARE 671171 AgR, RE 613160 AgR, RE 647680 AgR. Número de páginas: 9. Análise: 26/10/2012, LLD.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
700261
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-EST LCP-000003 ANO-1990\r\n LEI COMPLEMENTAR, PE\r\n\r\n", "LEG-EST LCP-000032 ANO-2001\r\n LEI COMPLEMENTAR, PE\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-010426 ANO-1990\r\n LEI ORDINÁRIA, PE" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 700261 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ANTÔNIO CAVALCANTI DOS SANTOS FILHO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700 . 261", "Súmulas n . 279", "ARE 700 . 261 AGR / PE", "ARE 700 . 261 AGR", "Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal", "AI 689 . 921 - AgR", "Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal", "AI 689 . 921 - AgR", "ARE 700 . 261", "AI 643 . 746 - AgR", "ARE 700 . 261 AGR / PE", "AI 643 . 746 - AgR", "ARE 700 . 261 AGR / PE", "ARE 700 . 261 AGR / PE", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700 . 261", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700 . 261", "RE N . 563 . 965 .", "RE n . 597 . 838 - AgR", "RE n . 601 . 985 - AgR", "RE n . 375 . 936 - AgR", "RE n . 550 . 650", "RE n . 563 . 965 - RG / RN", "RE 647 . 680 - AgR", "ARE 700 . 261", "RE N . 563 . 965", "RE n . 597 . 838 - AgR", "RE n . 601 . 985 - AgR", "RE n . 375 . 936 - AgR", "RE n . 550 . 650 - AgR", "RE n . 563 . 965 - RG / RN", "RE 647 . 680 - AgR", "ARE 700 . 261 AGR", "ARE 671 . 171 - AgR", "Súmulas n . 279", "RE 613 . 160 - AgR", "ARE 700 . 261 AGR / PE 11 . 216 / 1996", "ARE 671 . 171 - AgR", "Súmulas n . 279", "RE 613 . 160 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "leis", "Leis Complementares Estaduais n . 03 / 1990", "32", "/", "2001", "Lei Estadual n . 10 . 426 / 1990", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis Complementares Estaduais n . 03 / 1990", "32", "/", "2001", "Lei Estadual n . 10 . 426 / 1990", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "LC 32 / 2001", "LC 18 / 97", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . 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DE PERNAMBUCO", "PERNAMBUCO", "ESTADO DE PERNAMBUCO", "ESTADO DE PERNAMBUCO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça de Pernambuco", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça de Pernambuco", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", 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"Antônio Cavalcanti dos Santos Filho", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "ANTÔNIO CAVALCANTI DOS SANTOS FILHO", "ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO", "CÁRMEN LÚCIA", "Antônio Cavalcanti dos Santos Filho", "Ricardo Lewandowski", "Antônio Cavalcanti dos Santos Filho", "Antônio Cavalcanti dos Santos Filho", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Carlos Britto", "Eros Grau", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Carlos Britto", "Eros Grau", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "CÁRMEN LÚCIA", "Gilmar Mendes", "Gilmar Mendes", "CÁRMEN LÚCIA", "ANTÔNIO CAVALCANTI DOS SANTOS FILHO", "ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "CÁRMEN LÚCIA", "ANTÔNIO CAVALCANTI DOS SANTOS FILHO", "ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 664.045 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE EMBDO.(A/S) :ROSILANE RODRIGUES MENDES LARA ADV.(A/S) :MARCELE FERNANDES DIAS EMENTA Embargos de declaração no recurso extraordinário com agravo. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Servidor público municipal. Contagem de tempo de serviço sob o regime celetista. Férias-prêmio. Concessão. Ofensa a direito local. Artigo 462 do CPC. Inaplicabilidade na via extraordinária. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. 3. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que o art. 462 do Código de Processo Civil não se aplica na via extraordinária. 4. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Acordam, ademais, os Ministros, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980486. Supremo Tribunal Federal DJe 26/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão ARE 664.045 ED / MG Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980486. Supremo Tribunal Federal ARE 664.045 ED / MG Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980486. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 664.045 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE EMBDO.(A/S) :ROSILANE RODRIGUES MENDES LARA ADV.(A/S) :MARCELE FERNANDES DIAS RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Município de Belo Horizonte opõe tempestivos embargos de declaração contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 204 a 208), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado: ‘ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE - FÉRIAS-PRÊMIO - PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO - NÃO OCORRÊNCIA - CONTAGEM DO TEMPO LABORADO NO REGIME CELETISTA - ADMISSIBILIDADE. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. 1- O prazo prescricional não corre para a cobrança de férias-prêmio até a aposentadoria ou exoneração do servidor, se anteriormente a Administração não lhe houver negado o pagamento do referido benefício. 2- Tendo em vista o que dispunha o artigo 56, inciso III, da Lei Orgânica do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980488. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 664.045 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE EMBDO.(A/S) :ROSILANE RODRIGUES MENDES LARA ADV.(A/S) :MARCELE FERNANDES DIAS RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Município de Belo Horizonte opõe tempestivos embargos de declaração contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 204 a 208), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Sexta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado: ‘ADMINISTRATIVO - SERVIDOR PÚBLICO DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE - FÉRIAS-PRÊMIO - PRESCRIÇÃO DO FUNDO DE DIREITO - NÃO OCORRÊNCIA - CONTAGEM DO TEMPO LABORADO NO REGIME CELETISTA - ADMISSIBILIDADE. HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS. 1- O prazo prescricional não corre para a cobrança de férias-prêmio até a aposentadoria ou exoneração do servidor, se anteriormente a Administração não lhe houver negado o pagamento do referido benefício. 2- Tendo em vista o que dispunha o artigo 56, inciso III, da Lei Orgânica do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980488. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório ARE 664.045 ED / MG Município de Belo Horizonte, que assegurava o direito de férias-prêmio de seis meses a cada período de 10 anos de efetivo exercício na administração pública, o tempo em que o servidor trabalhou sob o regime celetista, antes do seu ingresso no regime estatutário, deve ser computado para tal finalidade, admitida ainda a sua conversão em espécie ou contagem em dobro para fins de aposentadoria. 3- Devem ser mantidos os honorários fixados com base no § 4º do artigo 20 do CPC, e com a observância das diretrizes traçadas pelo § 3º do mesmo artigo’ (fl. 124). No recurso extraordinário (fls. 132 a 143) sustenta-se violação dos artigos 22, inciso I, 37, incisos V e IX, 84, inciso XXIII, e 169, paragrafo 1º, incisos I e II, da Constituição Federal, uma vez que ‘não se pode admitir a extensão do benefício licença- prêmio do regime jurídico estatutário aos empregados admitidos sob a égide do regime jurídico celetista’ (fl. 139). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que os artigos 22, inciso I, 37, incisos V e IX, 84, inciso XXIII, e 169, paragrafo 1º, incisos I e II, da Constituição Federal, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980488. Supremo Tribunal Federal ARE 664.045 ED / MG Município de Belo Horizonte, que assegurava o direito de férias-prêmio de seis meses a cada período de 10 anos de efetivo exercício na administração pública, o tempo em que o servidor trabalhou sob o regime celetista, antes do seu ingresso no regime estatutário, deve ser computado para tal finalidade, admitida ainda a sua conversão em espécie ou contagem em dobro para fins de aposentadoria. 3- Devem ser mantidos os honorários fixados com base no § 4º do artigo 20 do CPC, e com a observância das diretrizes traçadas pelo § 3º do mesmo artigo’ (fl. 124). No recurso extraordinário (fls. 132 a 143) sustenta-se violação dos artigos 22, inciso I, 37, incisos V e IX, 84, inciso XXIII, e 169, paragrafo 1º, incisos I e II, da Constituição Federal, uma vez que ‘não se pode admitir a extensão do benefício licença- prêmio do regime jurídico estatutário aos empregados admitidos sob a égide do regime jurídico celetista’ (fl. 139). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que os artigos 22, inciso I, 37, incisos V e IX, 84, inciso XXIII, e 169, paragrafo 1º, incisos I e II, da Constituição Federal, apontados como violados, carecem do necessário prequestionamento, 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980488. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Relatório ARE 664.045 ED / MG sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão atacado a seguinte fundamentação: ‘Dispõe o artigo 159 da Lei Municipal nº 7.169/1996 que, ‘após cada período de 10 (dez) anos de efetivo exercício em cargo ou função pública da administração direta do Município, o servidor fará jus a 6 (seis) meses de licença por assiduidade, com direito à percepção do seu vencimento e das vantagens de caráter permanente’. Não só pela letra da lei, que continua mencionando ‘efetivo exercício’ e não ‘exercício de cargo efetivo’, mas principalmente em razão da hierarquia das leis, não há que se falar em óbice à pretensão inicial em razão do que dispõe o referido Estatuto dos Servidores’ (fl. 127). Nesse caso, verifica-se que o Tribunal de origem fundamentou sua decisão com base na interpretação da legislação infraconstitucional local pertinente, cujo reexame é incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. Anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONCESSÃO DE FÉRIAS-PRÊMIO. 1) CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO SOB REGIME CELETISTA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL: SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) ALEGADA INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI MUNICIPAL N. 5.809/1990: AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DECLARADA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980488. Supremo Tribunal Federal ARE 664.045 ED / MG sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão atacado a seguinte fundamentação: ‘Dispõe o artigo 159 da Lei Municipal nº 7.169/1996 que, ‘após cada período de 10 (dez) anos de efetivo exercício em cargo ou função pública da administração direta do Município, o servidor fará jus a 6 (seis) meses de licença por assiduidade, com direito à percepção do seu vencimento e das vantagens de caráter permanente’. Não só pela letra da lei, que continua mencionando ‘efetivo exercício’ e não ‘exercício de cargo efetivo’, mas principalmente em razão da hierarquia das leis, não há que se falar em óbice à pretensão inicial em razão do que dispõe o referido Estatuto dos Servidores’ (fl. 127). Nesse caso, verifica-se que o Tribunal de origem fundamentou sua decisão com base na interpretação da legislação infraconstitucional local pertinente, cujo reexame é incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. Anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. CONCESSÃO DE FÉRIAS-PRÊMIO. 1) CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO SOB REGIME CELETISTA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL: SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2) ALEGADA INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI MUNICIPAL N. 5.809/1990: AUSÊNCIA DE PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS DECLARADA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980488. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Relatório ARE 664.045 ED / MG PROVIMENTO’ (AI nº 835.384/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 12/4/11). ‘Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Servidor público. Concessão de férias-prêmio. Cômputo do tempo de serviço sob regime celetista. Controvérsia decidida com base em legislação local (leis municipais 5.809/90 e 7.169/96). 3. Incidência da Súmula 280. 4. Ausência de prequestionamento. Súmula 282. 5. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 6. Agravo regimental a que se nega provimento’ (ARE nº 657.716/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 29/11/11). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. LEI MUNICIPAL. CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO SOB O REGIME CELETISTA PARA FINS DE CONCESSÃO DE FÉRIAS- PRÊMIO. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. NÃO-CONHECIMENTO DO RECURSO. LEIS MUNICIPAIS 5.809/90 E 7.169/96. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DESTA CORTE. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o recorrente demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543- A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: ‘O recorrente deverá demonstrar, em 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980488. Supremo Tribunal Federal ARE 664.045 ED / MG PROVIMENTO’ (AI nº 835.384/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 12/4/11). ‘Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Servidor público. Concessão de férias-prêmio. Cômputo do tempo de serviço sob regime celetista. Controvérsia decidida com base em legislação local (leis municipais 5.809/90 e 7.169/96). 3. Incidência da Súmula 280. 4. Ausência de prequestionamento. Súmula 282. 5. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 6. Agravo regimental a que se nega provimento’ (ARE nº 657.716/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 29/11/11). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. LEI MUNICIPAL. CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO SOB O REGIME CELETISTA PARA FINS DE CONCESSÃO DE FÉRIAS- PRÊMIO. INADMISSIBILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. NÃO-CONHECIMENTO DO RECURSO. LEIS MUNICIPAIS 5.809/90 E 7.169/96. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DESTA CORTE. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o recorrente demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543- A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: ‘O recorrente deverá demonstrar, em 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980488. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Relatório ARE 664.045 ED / MG preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral’). 2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI 797.515 – AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe de 28/02/11: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto’. 3. Em relação à repercussão geral, o recorrente limitou-se a afirmar que ‘verifica-se que o presente recurso atende a esse requisito uma vez que tem sido inúmeras as ações propostas requerendo a contagem de tempo de serviço prestado sob o regime celetista para fins de férias-prêmio’ (fl. 116). Por essa razão, o requisito constitucional de admissibilidade recursal não restou atendido. 4. A ofensa a direito local não viabiliza o apelo extremo. Incide o disposto na Súmula 280 desta Corte. 5. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘LEI MUNICIPAL. CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO SOB O REGIME CELETISTA PARA FINS DE CONCESSÃO DE FÉRIAS-PRÊMIO. ADMISSIBILIDADE. Ao servidor do 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980488. Supremo Tribunal Federal ARE 664.045 ED / MG preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral’). 2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI 797.515 – AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe de 28/02/11: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto’. 3. Em relação à repercussão geral, o recorrente limitou-se a afirmar que ‘verifica-se que o presente recurso atende a esse requisito uma vez que tem sido inúmeras as ações propostas requerendo a contagem de tempo de serviço prestado sob o regime celetista para fins de férias-prêmio’ (fl. 116). Por essa razão, o requisito constitucional de admissibilidade recursal não restou atendido. 4. A ofensa a direito local não viabiliza o apelo extremo. Incide o disposto na Súmula 280 desta Corte. 5. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘LEI MUNICIPAL. CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO SOB O REGIME CELETISTA PARA FINS DE CONCESSÃO DE FÉRIAS-PRÊMIO. ADMISSIBILIDADE. Ao servidor do 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980488. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Relatório ARE 664.045 ED / MG Município de Belo Horizonte que, nos termos da Lei nº 7.169/96, optou pela transformação do emprego público em cargo público, este de índole estatutária, é devido o direito de contagem do tempo de serviço para fins de licença prêmio por assiduidade, o período de efetivo exercício prestado sob o regime celetista, bem como a contagem em dobro do benefício adquirido antes da EC nº 20/98, e não usufruído, para fins de aposentadoria.’ 6. Agravo regimental não provido’ (ARE nº 662.762/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 14/3/12). Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Aduz o embargante, in verbis, que: “Fixada a premissa de que o art. 462 do CPC é inteiramente aplicável em sede de recurso extraordinário – a despeito da divergência jurisprudencial ainda presente no âmbito dessa Suprema Corte -, cabe identificar o fato novo ocorrido após o julgamento do recurso de apelação e que tem potencial para influir no resultado da lide. Após o julgamento do recurso de apelação, findou perante o mesmo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais o julgamento da questão acerca da constitucionalidade do par. 5º do art. 19 da Lei Municipal 5.809/90, que, a seu turno, estendeu aos celetistas a vantagem consubstanciada na contagem do tempo de trabalho sob o regime trabalhista para fins de contagem de férias-prêmio. O julgamento aqui referido findou em 22/03/2011, oportunidade em que se declarou a inconstitucionalidade do dispositivo legal apontado como inconstitucional no presente recurso extraordinário” (fl. 214). É o relatório. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980488. Supremo Tribunal Federal ARE 664.045 ED / MG Município de Belo Horizonte que, nos termos da Lei nº 7.169/96, optou pela transformação do emprego público em cargo público, este de índole estatutária, é devido o direito de contagem do tempo de serviço para fins de licença prêmio por assiduidade, o período de efetivo exercício prestado sob o regime celetista, bem como a contagem em dobro do benefício adquirido antes da EC nº 20/98, e não usufruído, para fins de aposentadoria.’ 6. Agravo regimental não provido’ (ARE nº 662.762/MG, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 14/3/12). Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Aduz o embargante, in verbis, que: “Fixada a premissa de que o art. 462 do CPC é inteiramente aplicável em sede de recurso extraordinário – a despeito da divergência jurisprudencial ainda presente no âmbito dessa Suprema Corte -, cabe identificar o fato novo ocorrido após o julgamento do recurso de apelação e que tem potencial para influir no resultado da lide. Após o julgamento do recurso de apelação, findou perante o mesmo Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais o julgamento da questão acerca da constitucionalidade do par. 5º do art. 19 da Lei Municipal 5.809/90, que, a seu turno, estendeu aos celetistas a vantagem consubstanciada na contagem do tempo de trabalho sob o regime trabalhista para fins de contagem de férias-prêmio. O julgamento aqui referido findou em 22/03/2011, oportunidade em que se declarou a inconstitucionalidade do dispositivo legal apontado como inconstitucional no presente recurso extraordinário” (fl. 214). É o relatório. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980488. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 664.045 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Inicialmente, nos termos da pacífica jurisprudência desta Corte, recebo os embargos de declaração como agravo regimental, o qual passo a analisar. Não merece prosperar a irresignação. Conforme consignado na decisão agravada, é firme a jurisprudência deste Tribunal no sentido de que é matéria de âmbito infraconstitucional local a discussão acerca da possibilidade de aproveitamento, com base nas Leis do Município de Belo Horizonte nºs 5.809/90 e 7.4169/96, do tempo de serviço trabalhado sob o regime celetista, após a transformação do vínculo em estatutário, para fins de concessão de férias-prêmio. Incidência da Súmula nº 280/STF. Nesse sentido, anote-se: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé” (ARE nº 670.792/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 23/5/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO PARA FINS DE FÉRIAS-PRÊMIO. 1. Ausência de prequestionamento da matéria constitucional. Incidência das Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980487. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 664.045 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Inicialmente, nos termos da pacífica jurisprudência desta Corte, recebo os embargos de declaração como agravo regimental, o qual passo a analisar. Não merece prosperar a irresignação. Conforme consignado na decisão agravada, é firme a jurisprudência deste Tribunal no sentido de que é matéria de âmbito infraconstitucional local a discussão acerca da possibilidade de aproveitamento, com base nas Leis do Município de Belo Horizonte nºs 5.809/90 e 7.4169/96, do tempo de serviço trabalhado sob o regime celetista, após a transformação do vínculo em estatutário, para fins de concessão de férias-prêmio. Incidência da Súmula nº 280/STF. Nesse sentido, anote-se: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé” (ARE nº 670.792/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJe de 23/5/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. CÔMPUTO DE TEMPO DE SERVIÇO PARA FINS DE FÉRIAS-PRÊMIO. 1. Ausência de prequestionamento da matéria constitucional. Incidência das Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 664.045 ED / MG Impossibilidade de análise da legislação local. Ofensa constitucional indireta. Incidência da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE nº 664.048/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/4/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. FÉRIAS-PRÊMIO. TEMPO DE SERVIÇO. REGIME CELETISTA. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. LEIS MUNICIPAIS NºS. 5.809/90 E 7.169/96. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF. PRECEDENTES. 1. A ofensa ao direito local não viabiliza o apelo extremo (Súmula 280 do STF). Precedentes: AI n. 835.384-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 12.04.2011, e ARE n. 657.716-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 29.11.2011. 2. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘Apelação cível. Ação cominatória. Férias prêmio. Tempo de serviço pelo regime celetista. Direito existente. Concessão devida. Sentença confirmada 1. O tempo de serviço prestado anteriormente pelo funcionário público no regime celetista deve ser contado para concessão de férias prêmio. 2. Revela-se, portanto, correta a sentença que determinou a concessão do referido direito. Remessa oficial conhecida. 4. Sentença que acolheu a pretensão inicial confirmada no reexame necessário.’ 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº 652.016/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 8/3/12). Relata, ainda, o agravante que, em incidente de inconstitucionalidade na origem, a norma que fundamentou a concessão do benefício concedido à ora agravada teria sido declarada inconstitucional, razão pela qual seria aplicável ao caso o art. 462 do CPC, por se tratar de fato novo. Ocorre que o próprio recorrente aduz ter sido julgado o referido incidente em 22/3/11. Havendo o acórdão ora recorrido sido publicado 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980487. Supremo Tribunal Federal ARE 664.045 ED / MG Impossibilidade de análise da legislação local. Ofensa constitucional indireta. Incidência da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Precedentes. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE nº 664.048/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/4/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. FÉRIAS-PRÊMIO. TEMPO DE SERVIÇO. REGIME CELETISTA. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. LEIS MUNICIPAIS NºS. 5.809/90 E 7.169/96. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO STF. PRECEDENTES. 1. A ofensa ao direito local não viabiliza o apelo extremo (Súmula 280 do STF). Precedentes: AI n. 835.384-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 12.04.2011, e ARE n. 657.716-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 29.11.2011. 2. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘Apelação cível. Ação cominatória. Férias prêmio. Tempo de serviço pelo regime celetista. Direito existente. Concessão devida. Sentença confirmada 1. O tempo de serviço prestado anteriormente pelo funcionário público no regime celetista deve ser contado para concessão de férias prêmio. 2. Revela-se, portanto, correta a sentença que determinou a concessão do referido direito. Remessa oficial conhecida. 4. Sentença que acolheu a pretensão inicial confirmada no reexame necessário.’ 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE nº 652.016/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 8/3/12). Relata, ainda, o agravante que, em incidente de inconstitucionalidade na origem, a norma que fundamentou a concessão do benefício concedido à ora agravada teria sido declarada inconstitucional, razão pela qual seria aplicável ao caso o art. 462 do CPC, por se tratar de fato novo. Ocorre que o próprio recorrente aduz ter sido julgado o referido incidente em 22/3/11. Havendo o acórdão ora recorrido sido publicado 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 664.045 ED / MG em 29/4/11 (certidão de fl. 130), cabia ao agravante opor embargos de declaração a fim de incitar a Corte de origem a se manifestar sobre a aplicabilidade do resultado do incidente nos presentes autos, o que não fez. Ademais, o Tribunal de Justiça afirmou expressamente, no julgamento da apelação, a inexistência de prejudicialidade do julgamento do mencionado incidente com relação a causa em comento, nos seguintes termos: “Finalmente, não se interpondo a questão de alegada inconstitucionalidade do § 5º do artigo 19 da Lei Municipal nº 5.809/1990 (que regulamentou a Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte) como antecedente necessário ao deslinde da lide, não há que se falar em suspensão do presente feito até o julgamento do citado incidente de arguição de inconstitucionalidade pelo órgão competente deste Tribunal” (fl. 128). Por outro lado, a jurisprudência desta Corte é no sentido de que o art. 462 do Código de Processo Civil não se aplica na via extraordinária. Nesse sentido, anote-se: “Direito Processual Civil e Tributário. Embargos de declaração em agravo de instrumento. Conversão em agravo regimental. 1. A jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que o art. 462 do CPC não se aplica na instância extraordinária. 2. A tese da incidência ou não da Lei Complementar n. 1.012/2007, que teria revogado a Lei Complementar n. 954/2003, ambas do Estado de São Paulo, não foi discutida no acórdão prolatado na origem e, por isso, não desafia recurso extraordinário (enunciados n. 282 e 356 da Súmula do STF). 3. Agravo regimental não provido” (AI nº 776.225/SP-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 19/6/12). 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980487. Supremo Tribunal Federal ARE 664.045 ED / MG em 29/4/11 (certidão de fl. 130), cabia ao agravante opor embargos de declaração a fim de incitar a Corte de origem a se manifestar sobre a aplicabilidade do resultado do incidente nos presentes autos, o que não fez. Ademais, o Tribunal de Justiça afirmou expressamente, no julgamento da apelação, a inexistência de prejudicialidade do julgamento do mencionado incidente com relação a causa em comento, nos seguintes termos: “Finalmente, não se interpondo a questão de alegada inconstitucionalidade do § 5º do artigo 19 da Lei Municipal nº 5.809/1990 (que regulamentou a Lei Orgânica do Município de Belo Horizonte) como antecedente necessário ao deslinde da lide, não há que se falar em suspensão do presente feito até o julgamento do citado incidente de arguição de inconstitucionalidade pelo órgão competente deste Tribunal” (fl. 128). Por outro lado, a jurisprudência desta Corte é no sentido de que o art. 462 do Código de Processo Civil não se aplica na via extraordinária. Nesse sentido, anote-se: “Direito Processual Civil e Tributário. Embargos de declaração em agravo de instrumento. Conversão em agravo regimental. 1. A jurisprudência do STF firmou-se no sentido de que o art. 462 do CPC não se aplica na instância extraordinária. 2. A tese da incidência ou não da Lei Complementar n. 1.012/2007, que teria revogado a Lei Complementar n. 954/2003, ambas do Estado de São Paulo, não foi discutida no acórdão prolatado na origem e, por isso, não desafia recurso extraordinário (enunciados n. 282 e 356 da Súmula do STF). 3. Agravo regimental não provido” (AI nº 776.225/SP-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 19/6/12). 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 664.045 ED / MG “AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ART. 462 DO CPC. INAPLICABILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. LEI 10.736/2003. VERIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE REMISSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO DISCUTIDO NOS AUTOS. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o art. 462 do CPC não se aplica na instância extraordinária. II – A questão referente à aplicabilidade da Lei 10.736/2003 ao caso dos autos restringe-se ao âmbito infraconstitucional, além de demandar o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos. Eventual ofensa à Constituição se daria de forma meramente reflexa, além de incidir, na espécie, a Súmula 279 do STF. III – Agravo regimental improvido” (RE nº 418.473/PR-ED-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 26/5/11). “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. FATO NOVO SUPERVENIENTE. EC 37/2010. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE ALAGOAS. ART. 462 DO CPC. INAPLICABILIDADE. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. 1. Inaplicabilidade, na via extrema, do art. 462 do CPC, a não ser em hipóteses excepcionais, como na de alteração de competência constitucional. Precedentes. 2. Alteração na redação do art. 152 da Constituição Estadual que não influi no julgamento da presente demanda. 3. Embargos de declaração rejeitados” (AI nº 542.892/AL-AgR-ED-ED, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 6/12/10). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1) CONSTITUCIONAL E 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980487. Supremo Tribunal Federal ARE 664.045 ED / MG “AGRAVO REGIMENTAL EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PROCESSUAL CIVIL. ART. 462 DO CPC. INAPLICABILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. LEI 10.736/2003. VERIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE REMISSÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO DISCUTIDO NOS AUTOS. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o art. 462 do CPC não se aplica na instância extraordinária. II – A questão referente à aplicabilidade da Lei 10.736/2003 ao caso dos autos restringe-se ao âmbito infraconstitucional, além de demandar o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos. Eventual ofensa à Constituição se daria de forma meramente reflexa, além de incidir, na espécie, a Súmula 279 do STF. III – Agravo regimental improvido” (RE nº 418.473/PR-ED-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 26/5/11). “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. FATO NOVO SUPERVENIENTE. EC 37/2010. CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE ALAGOAS. ART. 462 DO CPC. INAPLICABILIDADE. OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. 1. Inaplicabilidade, na via extrema, do art. 462 do CPC, a não ser em hipóteses excepcionais, como na de alteração de competência constitucional. Precedentes. 2. Alteração na redação do art. 152 da Constituição Estadual que não influi no julgamento da presente demanda. 3. Embargos de declaração rejeitados” (AI nº 542.892/AL-AgR-ED-ED, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 6/12/10). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1) CONSTITUCIONAL E 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 664.045 ED / MG PREVIDENCIÁRIO. LIMITAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO À INICIATIVA PRIVADA PARA EFEITO DE APOSENTADORIA ESTATUTÁRIA DE SERVIDOR OCUPANTE EXCLUSIVAMENTE DE CARGO EM COMISSÃO: CONSTITUCIONALIDADE. 2) PROCESSUAL CIVIL. ART. 462 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL: INAPLICABILIDADE À INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 483.684/MS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 11/6/10). Nego provimento ao agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980487. Supremo Tribunal Federal ARE 664.045 ED / MG PREVIDENCIÁRIO. LIMITAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO À INICIATIVA PRIVADA PARA EFEITO DE APOSENTADORIA ESTATUTÁRIA DE SERVIDOR OCUPANTE EXCLUSIVAMENTE DE CARGO EM COMISSÃO: CONSTITUCIONALIDADE. 2) PROCESSUAL CIVIL. ART. 462 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL: INAPLICABILIDADE À INSTÂNCIA EXTRAORDINÁRIA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 483.684/MS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 11/6/10). Nego provimento ao agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2980487. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 664.045 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE EMBDO.(A/S) : ROSILANE RODRIGUES MENDES LARA ADV.(A/S) : MARCELE FERNANDES DIAS Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895700 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 664.045 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE EMBDO.(A/S) : ROSILANE RODRIGUES MENDES LARA ADV.(A/S) : MARCELE FERNANDES DIAS Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895700 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3017159
2012-09-25T00:00:00
2012-10-26T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Embargos de declaração no recurso extraordinário com agravo. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Servidor público municipal. Contagem de tempo de serviço sob o regime celetista. Férias-prêmio. Concessão. Ofensa a direito local. Artigo 462 do CPC. Inaplicabilidade na via extraordinária. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280 desta Corte. 3. A jurisprudência desta Corte é no sentido de que o art. 462 do Código de Processo Civil não se aplica na via extraordinária. 4. Agravo regimental não provido.
sjur217451
- Acórdãos citados: (SÚMULA 280) STF: ARE 670792 AgR (1ªT), ARE 664048 AgR (1ªT), ARE 652016 AgR (1ªT); (ARTIGO 462 DO CPC) STF: AI 776225 AgR-ED (2ªT), RE 418473 ED-AgR (1ªT), AI 542892 AgR-ED-ED (2ªT), RE 483684 AgR (1ªT). Número de páginas: 14. Análise: 07/11/2012, MAC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
664045
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00462 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-005809 ANO-1990\r\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE, MG\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-007169 ANO-1996\r\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE, MG" ]
ARE-ED
acordaos
ARE 664045 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE EMBDO.(A/S) : ROSILANE RODRIGUES MENDES LARA ADV.(A/S) : MARCELE FERNANDES DIAS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 664 . 045", "ARE 664 . 045 ED / MG", "ARE 664 . 045 ED / MG", "ARE 664 . 045 ED", "ARE 664 . 045 ED / MG", "Questão de Ordem no Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS", "ARE 664 . 045 ED / MG", "SÚMULA N . 280 DO SUPREMO", "ARE 664 . 045 ED / MG", "Súmula", "SÚMULA N . 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "ARE 664 . 045 ED / MG", "AI [UNK] 835 . 384 / MG - AgR", "ARE [UNK] 657 . 716 / MG - AgR", "ARE 664 . 045 ED / MG", "AI [UNK] 835 . 384 / MG - AgR", "ARE [UNK] 657 . 716 / MG - AgR", "SÚMULA 280 DESTA CORTE", "ARE 664 . 045 ED / MG", "AI 797 . 515 – AgR", "Súmula 280 desta Corte", "ARE 664 . 045 ED", "AI 797 . 515 – AgR", "Súmula 280 desta Corte", "ARE 664 . 045", "ARE [UNK] 662 . 762 / MG", "ARE 664 . 045 ED", "ARE [UNK] 662 . 762 / MG", "Súmula [UNK] 280 / STF", "ARE [UNK] 670 . 792 / MG - AgR", "Súmulas n . 282", "Súmula [UNK] 280 / STF", "ARE [UNK] 670 . 792 / MG - AgR", "Súmulas n . 282", "ARE 664 . 045 ED / MG", "Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal", "ARE [UNK] 664 . 048 / MG - AgR", "SÚMULA 280 DO STF", "Súmula 280 do STF", "AI n . 835 . 384 - AgR", "ARE n . 657", ".", "716", "-", "AgR", "ARE [UNK] 652 . 016 / MG - AgR", "ARE 664 . 045 ED / MG", "Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal", "ARE [UNK] 664 . 048 / MG - AgR", "SÚMULA 280 DO STF", "Súmula 280 do STF", "AI n . 835 . 384 - AgR", "ARE n . 657 . 716 - AgR", "ARE [UNK] 652 . 016 / MG - AgR", "ARE 664 . 045 ED / MG", "enunciados n . 282", "AI [UNK] 776 . 225 / SP - AgR - ED", "ARE 664 . 045 ED / MG", "enunciados n . 282", "AI [UNK] 776 . 225 / SP", "ARE 664 . 045 ED / MG", "SÚMULA 279 STF", "Súmula 279 do STF", "RE [UNK] 418 . 473 / PR - ED - AgR", "AI [UNK] 542 . 892 / AL - AgR - ED - ED", "ARE 664 . 045 ED / MG", "SÚMULA 279 STF", "Súmula 279 do STF", "RE [UNK] 418 . 473 / PR - ED - AgR", "AI [UNK] 542 . 892 / AL - AgR - ED - ED", "ARE 664 . 045 ED / MG", "RE [UNK] 483 . 684 / MS - AgR", "ARE 664 . 045 ED / MG", "RE [UNK] 483 . 684 / MS - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "Artigo 462 do CPC", "art . 462 do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 56 , inciso III , da Lei Orgânica", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 56 , inciso III", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ [UNK] do artigo 20 do CPC", "artigos 22 , inciso I , 37 , incisos V e IX , 84 , inciso XXIII , e 169 , paragrafo [UNK] , incisos I e II , da Constituição Federal", "artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Emenda Regimental [UNK] 21 / 07", "artigos 22 , inciso I , 37 , incisos V e IX , 84 , inciso XXIII , e 169 , paragrafo [UNK] , incisos I e II , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ [UNK] do artigo 20 do CPC", "artigos 22 , inciso I , 37 , incisos V e IX , 84 , inciso XXIII , e 169 , paragrafo [UNK] , incisos I e II , da Constituição Federal", "artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Emenda Regimental [UNK] 21 / 07", "artigos 22 , inciso I , 37 , incisos V e IX , 84 ,", "inciso XXIII , e 169 , paragrafo [UNK] , incisos I e II , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 159 da Lei Municipal [UNK] 7 . 169 / 1996", "Estatuto dos", "LEI MUNICIPAL N . 5 . 809 / 1990", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 159 da Lei Municipal [UNK] 7 . 169 / 1996", "LEI MUNICIPAL N . 5 . 809 / 1990", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "leis municipais 5 . 809 / 90", "7", ".", "169", "/", "96", "ARTIGO 543 - A , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL", "ART . 327 , § [UNK] , DO RISTF", "LEIS MUNICIPAIS 5 . 809 / 90", "7", ".", "169", "/", "96", "artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei n . 11 . 418 / 06", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "leis", "municipais 5 . 809 / 90", "7", ".", "169", "/", "96", "ARTIGO 543 - A , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C . 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 685.227 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :KLEBER ALEXANDRE DE SOUZA GONÇALVES ADV.(A/S) :HAMILTON GOMES PEREIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor público. Militar. Exclusão. Procedimento disciplinar simplificado. Princípios do contraditório e da ampla defesa. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Esta Corte já se pronunciou no sentido da possibilidade de o militar não estável sofrer sanção disciplinar após a instauração de procedimento simplificado para apuração de falta, desde que atendidas as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279 destas Corte. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034748. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 16 Ementa e Acórdão RE 685.227 AGR / MG Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034748. Supremo Tribunal Federal RE 685.227 AGR / MG Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034748. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 16 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 685.227 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :KLEBER ALEXANDRE DE SOUZA GONÇALVES ADV.(A/S) :HAMILTON GOMES PEREIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Kleber Alexandre de Souza Gonçalves interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 448 a 456 – fax – e 462 a 470 – original) contra decisão em que neguei seguimento ao recurso extraordinário (fls. 439 a 444), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado: ‘CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO – AÇÃO ORDINÁRIA – POLICIAL MILITAR – EXCLUSÃO DA CORPORAÇÃO – ATO DA ADMINISTRAÇÃO – CONTROLE DO JUDICIÁRIO – LEGALIDADE – DEFESA ADMINISTRATIVA – CERCEAMENTO DE DEFESA – INEXISTÊNCIA. É defeso ao poder judiciário adentrar-se no mérito do ato administrativo, para análise da conveniência, oportunidade, eficiência ou Justiça do ato perfeito praticado, sob pena de substituir os deveres próprios do administrador, em cumprimento ao princípio da independência entre os poderes. A defesa administrativa não é restrita a advogado, podendo ser feita por servido, razão pela qual não há que se falar em Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 685.227 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :KLEBER ALEXANDRE DE SOUZA GONÇALVES ADV.(A/S) :HAMILTON GOMES PEREIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Kleber Alexandre de Souza Gonçalves interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 448 a 456 – fax – e 462 a 470 – original) contra decisão em que neguei seguimento ao recurso extraordinário (fls. 439 a 444), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão da Quinta Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado: ‘CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO – AÇÃO ORDINÁRIA – POLICIAL MILITAR – EXCLUSÃO DA CORPORAÇÃO – ATO DA ADMINISTRAÇÃO – CONTROLE DO JUDICIÁRIO – LEGALIDADE – DEFESA ADMINISTRATIVA – CERCEAMENTO DE DEFESA – INEXISTÊNCIA. É defeso ao poder judiciário adentrar-se no mérito do ato administrativo, para análise da conveniência, oportunidade, eficiência ou Justiça do ato perfeito praticado, sob pena de substituir os deveres próprios do administrador, em cumprimento ao princípio da independência entre os poderes. A defesa administrativa não é restrita a advogado, podendo ser feita por servido, razão pela qual não há que se falar em Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 16 Relatório RE 685.227 AGR / MG cerceamento de defesa e nulidade do procedimento administrativo’ (fl. 320). No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos 5º, inciso LV, 125, parágrafo 4º, e 133 da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. A irresignação não merece prosperar, haja vista que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que a discussão em torno do respeito ao princípio da ampla defesa, no âmbito de processos administrativos, possui natureza eminentemente processual, o que enseja a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie e, também, não prescinde do reexame das provas dos autos, o que não é passível de análise no recurso extraordinário. A propósito, confiram-se os seguintes julgados: ‘CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO. EXCLUSÃO DAS FILEIRAS DA CORPORAÇÃO. ART. 5º, LV, DA CF. AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. SÚMULA STF 279. AUSÊNCIA DE 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Supremo Tribunal Federal RE 685.227 AGR / MG cerceamento de defesa e nulidade do procedimento administrativo’ (fl. 320). No recurso extraordinário sustenta-se violação dos artigos 5º, inciso LV, 125, parágrafo 4º, e 133 da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. A irresignação não merece prosperar, haja vista que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que a discussão em torno do respeito ao princípio da ampla defesa, no âmbito de processos administrativos, possui natureza eminentemente processual, o que enseja a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie e, também, não prescinde do reexame das provas dos autos, o que não é passível de análise no recurso extraordinário. A propósito, confiram-se os seguintes julgados: ‘CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO. EXCLUSÃO DAS FILEIRAS DA CORPORAÇÃO. ART. 5º, LV, DA CF. AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. SÚMULA STF 279. AUSÊNCIA DE 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 16 Relatório RE 685.227 AGR / MG PREQUESTIONAMENTO QUANTO AO ART. 5º, LVII, DA CF. 1. Não tendo sido apreciada pelo Tribunal a quo a questão constitucional em que se apóia o extraordinário não se encontra configurado o prequestionamento. Súmulas STF 282 e 356. 2. O Supremo Tribunal Federal, em princípio, não admite o ‘prequestionamento implícito’ da questão constitucional. Precedentes. 3. Para se concluir, como pretende a parte agravante, pela observância da garantia da ampla defesa e do contraditório, no processo administrativo disciplinar, que culminou com a exclusão do ora agravado, servidor militar do Estado de Goiás, das fileiras da corporação, seria necessário o reexame de fatos e provas (Súmulas STF 279), hipótese inviável nesta via extraordinária. 4. Agravo regimental improvido’ (AI nº 682.458/GO-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 21/5/10). ‘AGRAVO REGIMENTAL. POLICIAL MILITAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO. PUNIÇÃO DISCIPLINAR. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. APLICAÇÃO DA PENA DE EXCLUSÃO. SÚMULA 673 DO STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido seria necessário o reexame das provas dos autos, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo com a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 564.106/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 30/4/10). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. EXCLUSÃO. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA E DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Supremo Tribunal Federal RE 685.227 AGR / MG PREQUESTIONAMENTO QUANTO AO ART. 5º, LVII, DA CF. 1. Não tendo sido apreciada pelo Tribunal a quo a questão constitucional em que se apóia o extraordinário não se encontra configurado o prequestionamento. Súmulas STF 282 e 356. 2. O Supremo Tribunal Federal, em princípio, não admite o ‘prequestionamento implícito’ da questão constitucional. Precedentes. 3. Para se concluir, como pretende a parte agravante, pela observância da garantia da ampla defesa e do contraditório, no processo administrativo disciplinar, que culminou com a exclusão do ora agravado, servidor militar do Estado de Goiás, das fileiras da corporação, seria necessário o reexame de fatos e provas (Súmulas STF 279), hipótese inviável nesta via extraordinária. 4. Agravo regimental improvido’ (AI nº 682.458/GO-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 21/5/10). ‘AGRAVO REGIMENTAL. POLICIAL MILITAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO. PUNIÇÃO DISCIPLINAR. OBSERVÂNCIA DOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. APLICAÇÃO DA PENA DE EXCLUSÃO. SÚMULA 673 DO STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido seria necessário o reexame das provas dos autos, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo com a Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 564.106/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 30/4/10). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. POLICIAL MILITAR. EXCLUSÃO. ALEGAÇÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA E DE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 16 Relatório RE 685.227 AGR / MG IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A perda da graduação pode decorrer de processo administrativo disciplinar, desde que observados os princípios do contraditório e da ampla defesa’ (AI nº 774.891/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/4/10). Esta Corte também já assentou ser cabível a exclusão de policial militar com base em procedimento administrativo simplificado, desde que respeitados os princípios constitucionais. Nesse sentido: ‘AGRAVO REGIMENTAL. POLICIAL MILITAR NÃO ESTÁVEL. LICENCIAMENTO. SINDICÂNCIA SUMÁRIA. Licenciamento de policial militar sem estabilidade pode resultar de procedimento administrativo mais simplificado, desde que respeitado o contraditório e a ampla defesa. Verificação da ocorrência do contraditório e da ampla defesa é discussão que demanda reexame de fatos e provas - vedação da Súmula 279. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI 504.869/PE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Dje de 18/2/05). No caso em tela, o acórdão atacado destacou, expressamente, que: ‘(...) Assim, os fatos relatados, devidamente comprovados nos autos, afasta as alegações do Apelante sobre o cerceamento de defesa e inobservância do devido processo legal, pois ciente da possibilidade de se fazer acompanhar por defensor em todas as fases do procedimento, sobre o 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Supremo Tribunal Federal RE 685.227 AGR / MG IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS: INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A perda da graduação pode decorrer de processo administrativo disciplinar, desde que observados os princípios do contraditório e da ampla defesa’ (AI nº 774.891/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/4/10). Esta Corte também já assentou ser cabível a exclusão de policial militar com base em procedimento administrativo simplificado, desde que respeitados os princípios constitucionais. Nesse sentido: ‘AGRAVO REGIMENTAL. POLICIAL MILITAR NÃO ESTÁVEL. LICENCIAMENTO. SINDICÂNCIA SUMÁRIA. Licenciamento de policial militar sem estabilidade pode resultar de procedimento administrativo mais simplificado, desde que respeitado o contraditório e a ampla defesa. Verificação da ocorrência do contraditório e da ampla defesa é discussão que demanda reexame de fatos e provas - vedação da Súmula 279. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI 504.869/PE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Dje de 18/2/05). No caso em tela, o acórdão atacado destacou, expressamente, que: ‘(...) Assim, os fatos relatados, devidamente comprovados nos autos, afasta as alegações do Apelante sobre o cerceamento de defesa e inobservância do devido processo legal, pois ciente da possibilidade de se fazer acompanhar por defensor em todas as fases do procedimento, sobre o 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 16 Relatório RE 685.227 AGR / MG que se silenciou, sendo nomeado defensor militar (fls. 61- TJ). Ademais, os documentos de fls. 48 e ss.-TJ, demonstram a existência de termos de oitivas de testemunhas arroladas pelo próprio Autor e depoimento pessoal seu, descaracterizando a alegação de cerceamento de defesa’ (fl. 322). Ressalte-se, outrossim, o teor da Súmula nº 673 desta Corte, in verbis: ‘O ART. 125, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO NÃO IMPEDE A PERDA DE GRADUAÇÃO DE MILITAR MEDIANTE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO.’ Sobre o tema, ainda, anote-se: ‘CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MILITAR. PRAÇA. EXCLUSÃO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. AMPLA DEFESA. COMPETÊNCIA. REEXAME DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. E ALEGADO CERCEAMENTO DE DEFESA. OFENSA INDIRETA. FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. ART. 125, § 4º, E ECs 18 E 20 DE 1998. INAPLICÁVEIS À ESPÉCIE. 1. O recurso extraordinário é inviável para debater matéria processual relativa ao reexame de julgamento de embargos de declaração no Tribunal de origem. Precedentes. 2. Necessidade do revolvimento de matéria fático-probatória (Súmula STF 279) e de legislação infraconstitucional (CPC) para se concluir pela observância do princípio da ampla defesa em processo administrativo disciplinar, in casu, que resultou na exclusão de policial militar da corporação. 3. A competência conferida à Justiça Militar pelo art. 125, § 4º, da CF refere-se à perda de graduação como pena acessória 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Supremo Tribunal Federal RE 685.227 AGR / MG que se silenciou, sendo nomeado defensor militar (fls. 61- TJ). Ademais, os documentos de fls. 48 e ss.-TJ, demonstram a existência de termos de oitivas de testemunhas arroladas pelo próprio Autor e depoimento pessoal seu, descaracterizando a alegação de cerceamento de defesa’ (fl. 322). Ressalte-se, outrossim, o teor da Súmula nº 673 desta Corte, in verbis: ‘O ART. 125, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO NÃO IMPEDE A PERDA DE GRADUAÇÃO DE MILITAR MEDIANTE PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO.’ Sobre o tema, ainda, anote-se: ‘CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MILITAR. PRAÇA. EXCLUSÃO. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. AMPLA DEFESA. COMPETÊNCIA. REEXAME DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. E ALEGADO CERCEAMENTO DE DEFESA. OFENSA INDIRETA. FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. ART. 125, § 4º, E ECs 18 E 20 DE 1998. INAPLICÁVEIS À ESPÉCIE. 1. O recurso extraordinário é inviável para debater matéria processual relativa ao reexame de julgamento de embargos de declaração no Tribunal de origem. Precedentes. 2. Necessidade do revolvimento de matéria fático-probatória (Súmula STF 279) e de legislação infraconstitucional (CPC) para se concluir pela observância do princípio da ampla defesa em processo administrativo disciplinar, in casu, que resultou na exclusão de policial militar da corporação. 3. A competência conferida à Justiça Militar pelo art. 125, § 4º, da CF refere-se à perda de graduação como pena acessória 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 16 Relatório RE 685.227 AGR / MG criminal, e não à sanção disciplinar administrativa, como acontece no caso em exame. Precedentes. 4. Agravo regimental desprovido’ (AI nº 596.982/MG-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 25/6/10). ‘CONSTITUCIONAL. MILITAR. PRAÇA DA POLÍCIA MILITAR. EXPULSÃO. C.F., art. 125, § 4º. I. - A prática de ato incompatível com a função policial militar pode implicar a perda da graduação como sanção administrativa, assegurando-se à praça o direito de defesa e o contraditório. Neste caso, entretanto, não há invocar julgamento pela Justiça Militar estadual. A esta compete decidir sobre a perda da graduação das praças, como pena acessória do crime que a ela, Justiça Militar estadual, coube decidir, não subsistindo, em conseqüência, relativamente aos graduados, o art. 102 do Cód. Penal Militar, que a impunha como pena acessória da condenação criminal a prisão superior a dois anos. II. - R.E. não conhecido’ (RE 199.800/SP, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ 4/5/01). Igualmente não procede a alegada nulidade em virtude da ausência de defesa por advogado legalmente habilitado, a teor que dispõe a Súmula Vinculante nº 5 deste Supremo Tribunal Federal, in verbis: ‘A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.’ Sobre o tema, o seguinte precedente de minha relatoria: ‘Agravo regimental no recurso extraordinário. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Processo administrativo disciplinar. Advogado. Ausência. Súmula Vinculante nº 5. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Supremo Tribunal Federal RE 685.227 AGR / MG criminal, e não à sanção disciplinar administrativa, como acontece no caso em exame. Precedentes. 4. Agravo regimental desprovido’ (AI nº 596.982/MG-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 25/6/10). ‘CONSTITUCIONAL. MILITAR. PRAÇA DA POLÍCIA MILITAR. EXPULSÃO. C.F., art. 125, § 4º. I. - A prática de ato incompatível com a função policial militar pode implicar a perda da graduação como sanção administrativa, assegurando-se à praça o direito de defesa e o contraditório. Neste caso, entretanto, não há invocar julgamento pela Justiça Militar estadual. A esta compete decidir sobre a perda da graduação das praças, como pena acessória do crime que a ela, Justiça Militar estadual, coube decidir, não subsistindo, em conseqüência, relativamente aos graduados, o art. 102 do Cód. Penal Militar, que a impunha como pena acessória da condenação criminal a prisão superior a dois anos. II. - R.E. não conhecido’ (RE 199.800/SP, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ 4/5/01). Igualmente não procede a alegada nulidade em virtude da ausência de defesa por advogado legalmente habilitado, a teor que dispõe a Súmula Vinculante nº 5 deste Supremo Tribunal Federal, in verbis: ‘A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.’ Sobre o tema, o seguinte precedente de minha relatoria: ‘Agravo regimental no recurso extraordinário. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Processo administrativo disciplinar. Advogado. Ausência. Súmula Vinculante nº 5. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 16 Relatório RE 685.227 AGR / MG Precedentes. 1. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que não ofende a Constituição Federal a ausência de defesa técnica em processo administrativo disciplinar. Incidência da Súmula Vinculante nº 5. 4. Agravo regimental não provido’ (RE nº 451.840/SP-AgR, Primeira Turma, DJe de 22/2/12). Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Insiste o agravante que foi violado o art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal. Aduz, in verbis, que: “(...) o caso versa sobre a possibilidade de exclusão de militar dos quadros da Polícia Militar de Minas Gerais, por falta disciplinar, sem instauração de processo administrativo. A demissão do servidor público ora Agravante não foi precedida de processo administrativo para apuração da falta, violando os princípios da ampla defesa e do contraditório. (...) O ‘Procedimento Administrativo’ mencionado não se refere a Processo Administrativo Formal, mas a mera Sindicância Sumária” (fls. 464/465). 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Supremo Tribunal Federal RE 685.227 AGR / MG Precedentes. 1. A afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que não ofende a Constituição Federal a ausência de defesa técnica em processo administrativo disciplinar. Incidência da Súmula Vinculante nº 5. 4. Agravo regimental não provido’ (RE nº 451.840/SP-AgR, Primeira Turma, DJe de 22/2/12). Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Insiste o agravante que foi violado o art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal. Aduz, in verbis, que: “(...) o caso versa sobre a possibilidade de exclusão de militar dos quadros da Polícia Militar de Minas Gerais, por falta disciplinar, sem instauração de processo administrativo. A demissão do servidor público ora Agravante não foi precedida de processo administrativo para apuração da falta, violando os princípios da ampla defesa e do contraditório. (...) O ‘Procedimento Administrativo’ mencionado não se refere a Processo Administrativo Formal, mas a mera Sindicância Sumária” (fls. 464/465). 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 16 Relatório RE 685.227 AGR / MG É o relatório. 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Supremo Tribunal Federal RE 685.227 AGR / MG É o relatório. 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034745. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 16 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 685.227 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Conforme consignado na decisão agravada, esta Corte já se pronunciou no sentido da possibilidade de o militar não estável sofrer sanção disciplinar após a instauração de procedimento simplificado para apuração de falta, desde que atendidas as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório. Nesse sentido, além do precedente transcrito na decisão agravada, registre-se o seguinte, no qual, em igual situação (aplicação de penalidade a militar não estável após sindicância sumária), considerou-se a legalidade do procedimento, uma vez cumpridas as exigências constitucionais: “ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR NÃO- ESTÁVEL. LICENCIAMENTO A BEM DA DISCIPLINA. SINDICÂNCIA. AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA. RAZÕES DO AI QUE NÃO ATACAM UM DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA: SÚMULA STF 284. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. 1. As razões do agravo de instrumento não atacam um dos fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário relativo à Súmula STF 284. 2. A exoneração de militar não- estável, não obstante possa se operar por meio de sindicância administrativa simplificada, não prescinde da observância da garantia dos princípios da ampla defesa e do contraditório. Precedentes. 3. Para divergir da conclusão do aresto impugnado quanto à ocorrência do contraditório e da ampla defesa, como pretende o recorrente, seria necessária a análise de fatos e provas da causa (Súmula STF 279)” (RE nº 661.301/SC-AgR, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034746. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 685.227 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Conforme consignado na decisão agravada, esta Corte já se pronunciou no sentido da possibilidade de o militar não estável sofrer sanção disciplinar após a instauração de procedimento simplificado para apuração de falta, desde que atendidas as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório. Nesse sentido, além do precedente transcrito na decisão agravada, registre-se o seguinte, no qual, em igual situação (aplicação de penalidade a militar não estável após sindicância sumária), considerou-se a legalidade do procedimento, uma vez cumpridas as exigências constitucionais: “ADMINISTRATIVO. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR NÃO- ESTÁVEL. LICENCIAMENTO A BEM DA DISCIPLINA. SINDICÂNCIA. AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. NECESSIDADE DE OBSERVÂNCIA. RAZÕES DO AI QUE NÃO ATACAM UM DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA: SÚMULA STF 284. NECESSIDADE DE REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA STF 279. 1. As razões do agravo de instrumento não atacam um dos fundamentos da decisão que inadmitiu o recurso extraordinário relativo à Súmula STF 284. 2. A exoneração de militar não- estável, não obstante possa se operar por meio de sindicância administrativa simplificada, não prescinde da observância da garantia dos princípios da ampla defesa e do contraditório. Precedentes. 3. Para divergir da conclusão do aresto impugnado quanto à ocorrência do contraditório e da ampla defesa, como pretende o recorrente, seria necessária a análise de fatos e provas da causa (Súmula STF 279)” (RE nº 661.301/SC-AgR, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034746. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 16 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 685.227 AGR / MG Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 13/6/11). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. VIOLAÇÕES DEPENDENTES DE REEXAME PRÉVIO DE NORMAS INFERIORES. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. EXCLUSÃO DE POLICIAL MILITAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. 1. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 2. A exclusão de policial militar, ainda que sem estabilidade, pode resultar, se não há a imposição de pena criminal, de procedimento administrativo sem os rigores formais do processo administrativo assegurados aos estáveis, desde que assegurado a ele o contraditório e a ampla defesa. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 516.771/PE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 24/6/05). No mesmo sentido, a seguinte decisão monocrática: RE nº 433.239/SC, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 2/12/09. Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “A respeito de sua exclusão das fileiras da Corporação após quatro anos de serviços, determina o art. 31, do RDPM, ‘verbis’: (...) Comprovada, portanto, a legalidade de apuração dos fatos em sindicância sumária, no caso de a praça contar com menos 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034746. Supremo Tribunal Federal RE 685.227 AGR / MG Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 13/6/11). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. VIOLAÇÕES DEPENDENTES DE REEXAME PRÉVIO DE NORMAS INFERIORES. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. EXCLUSÃO DE POLICIAL MILITAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO. CONTRADITÓRIO E AMPLA DEFESA. 1. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 2. A exclusão de policial militar, ainda que sem estabilidade, pode resultar, se não há a imposição de pena criminal, de procedimento administrativo sem os rigores formais do processo administrativo assegurados aos estáveis, desde que assegurado a ele o contraditório e a ampla defesa. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 516.771/PE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 24/6/05). No mesmo sentido, a seguinte decisão monocrática: RE nº 433.239/SC, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 2/12/09. Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “A respeito de sua exclusão das fileiras da Corporação após quatro anos de serviços, determina o art. 31, do RDPM, ‘verbis’: (...) Comprovada, portanto, a legalidade de apuração dos fatos em sindicância sumária, no caso de a praça contar com menos 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034746. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 16 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 685.227 AGR / MG de 5 (cinco) anos de serviço, tal qual é a hipótese aqui posta em discussão. Assim, os fatos relatados, devidamente comprovados nos autos, afasta as alegações do Apelante sobre o cerceamento de defesa e inobservância do devido processo legal, pois ciente da possibilidade de se fazer acompanhar por defensor em todas as fases do procedimento, sobre o que se silenciou, sendo nomeado defensor militar (fls. 61-TJ). Ademais, os documentos de fls. 48 e ss.-TJ, demonstram a existência de termos de oitivas de testemunhas arroladas pelo próprio Autor e depoimento pessoal seu, descaracterizando a alegação de cerceamento de defesa” (fls. 321/322). Desse modo, é certo que o Tribunal de origem, com base na legislação infraconstitucional e nos fatos e nas provas dos autos, concluiu pela regularidade do procedimento administrativo disciplinar do qual resultou aplicação de sanção ao agravante, uma vez que lhe foi dada oportunidade de defesa. Assim, para divergir desse entendimento e acolher a tese do agravante de que teria havido cerceamento de defesa, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional pertinente e reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OCORRÊNCIA DE OMISSÃO NO JULGADO. COMPETÊNCIA. COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR. EXCLUSÃO DA CORPORAÇÃO. POLICIAL MILITAR. AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, sobre a observância, ou não, das garantias do contraditório e da ampla defesa, seria necessário reexaminar os fatos da causa, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034746. Supremo Tribunal Federal RE 685.227 AGR / MG de 5 (cinco) anos de serviço, tal qual é a hipótese aqui posta em discussão. Assim, os fatos relatados, devidamente comprovados nos autos, afasta as alegações do Apelante sobre o cerceamento de defesa e inobservância do devido processo legal, pois ciente da possibilidade de se fazer acompanhar por defensor em todas as fases do procedimento, sobre o que se silenciou, sendo nomeado defensor militar (fls. 61-TJ). Ademais, os documentos de fls. 48 e ss.-TJ, demonstram a existência de termos de oitivas de testemunhas arroladas pelo próprio Autor e depoimento pessoal seu, descaracterizando a alegação de cerceamento de defesa” (fls. 321/322). Desse modo, é certo que o Tribunal de origem, com base na legislação infraconstitucional e nos fatos e nas provas dos autos, concluiu pela regularidade do procedimento administrativo disciplinar do qual resultou aplicação de sanção ao agravante, uma vez que lhe foi dada oportunidade de defesa. Assim, para divergir desse entendimento e acolher a tese do agravante de que teria havido cerceamento de defesa, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional pertinente e reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. OCORRÊNCIA DE OMISSÃO NO JULGADO. COMPETÊNCIA. COMANDANTE GERAL DA POLÍCIA MILITAR. EXCLUSÃO DA CORPORAÇÃO. POLICIAL MILITAR. AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, sobre a observância, ou não, das garantias do contraditório e da ampla defesa, seria necessário reexaminar os fatos da causa, o que é vedado na esfera do recurso extraordinário, de acordo 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034746. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 16 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 685.227 AGR / MG com a Súmula 279/STF. A competência conferida à Justiça Militar pelo art. 125, § 4º, da Constituição, refere-se à perda de graduação como pena acessória criminal, e não à sanção disciplinar administrativa, como acontece no caso em exame. Incidência da Súmula 673 do STF. Embargos de declaração acolhidos para sanar a omissão apontada, mantendo-se, contudo, a decisão que negou seguimento ao agravo de instrumento” (AI nº 539.744/MG-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 16/3/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. EXCLUSÃO DE POLICIAL MILITAR DA CORPORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL E DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 843.907/PR-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 22/6/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MILITAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. APLICAÇÃO DA PENA DE EXCLUSÃO. SÚMULA 673 DO STF. ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. VIOLAÇÃO. INEXISTÊNCIA. ACÓRDÃO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO. I – Concluir de forma diversa do acórdão recorrido, no caso, demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II – A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a competência conferida à Justiça Militar pelo art. 125, § 4º, da Constituição (em redação anterior à EC 45/2004), refere-se à 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034746. Supremo Tribunal Federal RE 685.227 AGR / MG com a Súmula 279/STF. A competência conferida à Justiça Militar pelo art. 125, § 4º, da Constituição, refere-se à perda de graduação como pena acessória criminal, e não à sanção disciplinar administrativa, como acontece no caso em exame. Incidência da Súmula 673 do STF. Embargos de declaração acolhidos para sanar a omissão apontada, mantendo-se, contudo, a decisão que negou seguimento ao agravo de instrumento” (AI nº 539.744/MG-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 16/3/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. EXCLUSÃO DE POLICIAL MILITAR DA CORPORAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL E DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS N. 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 843.907/PR-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 22/6/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MILITAR. PROCESSO ADMINISTRATIVO DISCIPLINAR. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO CONSTANTE DOS AUTOS. SÚMULA 279 DO STF. APLICAÇÃO DA PENA DE EXCLUSÃO. SÚMULA 673 DO STF. ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO. VIOLAÇÃO. INEXISTÊNCIA. ACÓRDÃO SUFICIENTEMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO. I – Concluir de forma diversa do acórdão recorrido, no caso, demandaria o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II – A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a competência conferida à Justiça Militar pelo art. 125, § 4º, da Constituição (em redação anterior à EC 45/2004), refere-se à 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034746. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 16 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 685.227 AGR / MG perda de graduação como pena acessória criminal e não à sanção disciplinar, que pode decorrer de adequado processo administrativo (Súmula 673 do STF). III – A exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento. IV – Agravo regimental improvido” (AI nº 822.641/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 4/5/11). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034746. Supremo Tribunal Federal RE 685.227 AGR / MG perda de graduação como pena acessória criminal e não à sanção disciplinar, que pode decorrer de adequado processo administrativo (Súmula 673 do STF). III – A exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu convencimento. IV – Agravo regimental improvido” (AI nº 822.641/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 4/5/11). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034746. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 16 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 685.227 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : KLEBER ALEXANDRE DE SOUZA GONÇALVES ADV.(A/S) : HAMILTON GOMES PEREIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061299 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 685.227 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : KLEBER ALEXANDRE DE SOUZA GONÇALVES ADV.(A/S) : HAMILTON GOMES PEREIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061299 Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3076361
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor público. Militar. Exclusão. Procedimento disciplinar simplificado. Princípios do contraditório e da ampla defesa. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Esta Corte já se pronunciou no sentido da possibilidade de o militar não estável sofrer sanção disciplinar após a instauração de procedimento simplificado para apuração de falta, desde que atendidas as garantias constitucionais da ampla defesa e do contraditório. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279 destas Corte. 3. Agravo regimental não provido.
sjur218407
- Acórdão(s) citado(s) (MILITAR, NÃO ESTÁVEL,SANÇÃO DISCIPLINAR) STF: RE 661301 AgR (2ªT), AI 516771 AgR (1ªT); (SÚMULA 279) STF: AI 539744 AgR-ED (2ªT), AI 843907 AgR (1ªT), AI 822641 AgR (1ªT); - Decisão(ões) monocrática(s) citada(s) (MILITAR, NÃO ESTÁVEL,SANÇÃO DISCIPLINAR) STF: RE 433239. Número de páginas: 16. Análise: 22/11/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
685227
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 685227 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS AGTE.(S) : KLEBER ALEXANDRE DE SOUZA GONÇALVES ADV.(A/S) : HAMILTON GOMES PEREIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.450 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :COPESUL - COMPANHIA PETROQUÍMICA DO SUL ADV.(A/S) :ANE STRECK SILVEIRA E OUTROS EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. CREDITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO. PRAZO PRESCRICIONAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de alegada violação, acaso existente, situada no âmbito infraconstitucional. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864212. Supremo Tribunal Federal DJe 08/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.450 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :COPESUL - COMPANHIA PETROQUÍMICA DO SUL ADV.(A/S) :ANE STRECK SILVEIRA E OUTROS R E L A T Ó R I O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, publicada no DJe de 24.6.2011 (fl. 2.057), pela qual negou seguimento ao agravo de instrumento, forte nas Súmulas STF 279 e 636, dada a inviabilidade de análise da legislação infraconstitucional e de fatos e provas em sede extraordinária, a União maneja agravo regimental (fls. 2.062-87). A agravante consigna, inicialmente, que “o caso em discussão nos autos versa ação em que se reconheceu a prescrição de cerca de R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais)” (fl. 2.063) e entende violados “importantes postulados constitucionais implícitos ou explícitos” (fl. 2.063), de forma direta, a dispensar o revolvimento de legislação infraconstitucional. Segundo assevera: “a interpretação jurídica concedida pelo acórdão recorrido às premissas fáticas no julgado relativamente à amplitude da liminar concedida nos autos da ação cautelar nº 96.000048-4 e aos efeitos decorrentes do comportamento do contribuinte, no caso dos autos, violou diretamente os princípios constitucionais implícitos da boa-fé objetiva, no aspecto do venire contra factum proprium, da segurança jurídica, do art. 37 da Constituição Republicana de 1988, que acolheria o princípio da moralidade, o princípio da legalidade e os princípios da supremacia do interesse público e da indisponibilidade da coisa pública, bem como se Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864213. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.450 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :COPESUL - COMPANHIA PETROQUÍMICA DO SUL ADV.(A/S) :ANE STRECK SILVEIRA E OUTROS R E L A T Ó R I O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, publicada no DJe de 24.6.2011 (fl. 2.057), pela qual negou seguimento ao agravo de instrumento, forte nas Súmulas STF 279 e 636, dada a inviabilidade de análise da legislação infraconstitucional e de fatos e provas em sede extraordinária, a União maneja agravo regimental (fls. 2.062-87). A agravante consigna, inicialmente, que “o caso em discussão nos autos versa ação em que se reconheceu a prescrição de cerca de R$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de reais)” (fl. 2.063) e entende violados “importantes postulados constitucionais implícitos ou explícitos” (fl. 2.063), de forma direta, a dispensar o revolvimento de legislação infraconstitucional. Segundo assevera: “a interpretação jurídica concedida pelo acórdão recorrido às premissas fáticas no julgado relativamente à amplitude da liminar concedida nos autos da ação cautelar nº 96.000048-4 e aos efeitos decorrentes do comportamento do contribuinte, no caso dos autos, violou diretamente os princípios constitucionais implícitos da boa-fé objetiva, no aspecto do venire contra factum proprium, da segurança jurídica, do art. 37 da Constituição Republicana de 1988, que acolheria o princípio da moralidade, o princípio da legalidade e os princípios da supremacia do interesse público e da indisponibilidade da coisa pública, bem como se Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864213. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório AI 842.450 AGR / RS alegando a ofensa ao art. 146, III, alínea `b´, da CF/88” (fl. 2.069). Sustenta a inaplicabilidade ao caso da Súmula STF 279, porquanto a conclusão posta no acórdão recorrido, assentando que a liminar concedida não impediria o ajuizamento de execução fiscal, constitui “juízo interpretativo (e de ordem jurídica)”. Entretanto, a seu ver, a verificação, “in casu, da procedência da tese defendida pela União depende única e exclusivamente da valoração jurídica de premissas fáticas constantes do acórdão regional” (fl. 2.065). Na manifestação apresentada às fls. 2.091-110, pugnou-se pela manutenção da decisão agravada. Substituição do Relator à fl. 680 (art. 38 do RISTF). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864213. Supremo Tribunal Federal AI 842.450 AGR / RS alegando a ofensa ao art. 146, III, alínea `b´, da CF/88” (fl. 2.069). Sustenta a inaplicabilidade ao caso da Súmula STF 279, porquanto a conclusão posta no acórdão recorrido, assentando que a liminar concedida não impediria o ajuizamento de execução fiscal, constitui “juízo interpretativo (e de ordem jurídica)”. Entretanto, a seu ver, a verificação, “in casu, da procedência da tese defendida pela União depende única e exclusivamente da valoração jurídica de premissas fáticas constantes do acórdão regional” (fl. 2.065). Na manifestação apresentada às fls. 2.091-110, pugnou-se pela manutenção da decisão agravada. Substituição do Relator à fl. 680 (art. 38 do RISTF). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864213. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.450 RIO GRANDE DO SUL V O T O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado: ‘TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA. CANCELAMENTO E RE- INSCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. PRESCRIÇÃO. ART. 174 DO CTN. CONSUMADA. Indevido o cancelamento e re-inscrição de créditos em dívida ativa por conta de liminar deferida em ação cautelar que não abrange os créditos inscritos em dívida ativa originários. Tendo decorrido mais de cinco anos da constituição definitiva do crédito exeqüendo sem que o credor promova a execução fiscal, impõe reconhecer a prescrição do direito do Fisco promover a ação de cobrança, nos termos do art. 174, caput, do Código Tributário Nacional’ (fl. 153). Os embargos de declaração opostos foram acolhidos apenas para fins de prequestionamento. 2. Nas razões do RE, sustenta-se ofensa aos artigos 37, caput e 146, III, b, da Constituição Federal. 3. O recurso não merece prosperar. Verifico que o Tribunal a quo decidiu a causa com fundamento no exame do conjunto fático-probatório constante nos autos. Assim, eventual ofensa à Constituição, se existente, seria meramente reflexa ou indireta. Incide, no presente caso, o óbice da Súmula STF 279. Para melhor ilustrar, transcrevo o seguinte trecho do acórdão Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.450 RIO GRANDE DO SUL V O T O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão assim ementado: ‘TRIBUTÁRIO. MANDADO DE SEGURANÇA. INSCRIÇÃO EM DÍVIDA ATIVA. CANCELAMENTO E RE- INSCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. PRESCRIÇÃO. ART. 174 DO CTN. CONSUMADA. Indevido o cancelamento e re-inscrição de créditos em dívida ativa por conta de liminar deferida em ação cautelar que não abrange os créditos inscritos em dívida ativa originários. Tendo decorrido mais de cinco anos da constituição definitiva do crédito exeqüendo sem que o credor promova a execução fiscal, impõe reconhecer a prescrição do direito do Fisco promover a ação de cobrança, nos termos do art. 174, caput, do Código Tributário Nacional’ (fl. 153). Os embargos de declaração opostos foram acolhidos apenas para fins de prequestionamento. 2. Nas razões do RE, sustenta-se ofensa aos artigos 37, caput e 146, III, b, da Constituição Federal. 3. O recurso não merece prosperar. Verifico que o Tribunal a quo decidiu a causa com fundamento no exame do conjunto fático-probatório constante nos autos. Assim, eventual ofensa à Constituição, se existente, seria meramente reflexa ou indireta. Incide, no presente caso, o óbice da Súmula STF 279. Para melhor ilustrar, transcrevo o seguinte trecho do acórdão Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 842.450 AGR / RS recorrido: Dessa forma, entendo que não merece guarida a alegação desenvolvida pela autoridade impetrada (fls. 326/344) e acolhida pela sentença de que, embora tenha decorrido o prazo de prescrição para o ajuizamento da execução fiscal, ela não pode ser consumada porque a impetrante estaria sendo beneficiada de sua própria torpeza. O que transparece destes autos, como referido pelo agente ministerial, é que associou-se a conduta inadequada da devedora com o descuido da autoridade administrativa, que deixou, desde o início, de verificar a pertinência daqueles processos, tanto que, com base neles, e a despeito de sua impertinência, não deu seguimento ao processo de cobrança dos créditos fiscais (fl. 145v.). Além disso, constato que, para o exame das alegadas ofensas à Constituição Federal, seria necessária a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, hipótese inviável em sede extraordinária. No presente caso, incide o óbice da Súmula STF 636: ‘Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida’. 4. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput )” (fls. 2.055-6) Nada colhe o agravo. Para elucidar a situação fática e a controvérsia estabelecida entre as partes, sirvo-me do voto proferido pela relatora do acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região: “[...] A decisão que deferiu a liminar (fl. 155) consignou que o fazia ‘nos termos e para os fins como posto na inicial (fls. 14).’ E na inicial da cautelar, exatamente na fl. 14 da ação cautelar (volume I – apenso), se verifica a insurgência da parte autora contra a adoção de ‘todo e qualquer ato de constrição contra a Requerente, por se aproveitar dos efeitos da Lei nº 8200/91 – revigorada pela Lei nº 8682/93 – já no ano-base de 1995 e nos demais 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Supremo Tribunal Federal AI 842.450 AGR / RS recorrido: Dessa forma, entendo que não merece guarida a alegação desenvolvida pela autoridade impetrada (fls. 326/344) e acolhida pela sentença de que, embora tenha decorrido o prazo de prescrição para o ajuizamento da execução fiscal, ela não pode ser consumada porque a impetrante estaria sendo beneficiada de sua própria torpeza. O que transparece destes autos, como referido pelo agente ministerial, é que associou-se a conduta inadequada da devedora com o descuido da autoridade administrativa, que deixou, desde o início, de verificar a pertinência daqueles processos, tanto que, com base neles, e a despeito de sua impertinência, não deu seguimento ao processo de cobrança dos créditos fiscais (fl. 145v.). Além disso, constato que, para o exame das alegadas ofensas à Constituição Federal, seria necessária a análise da legislação infraconstitucional aplicável à espécie, hipótese inviável em sede extraordinária. No presente caso, incide o óbice da Súmula STF 636: ‘Não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida’. 4. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput )” (fls. 2.055-6) Nada colhe o agravo. Para elucidar a situação fática e a controvérsia estabelecida entre as partes, sirvo-me do voto proferido pela relatora do acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região: “[...] A decisão que deferiu a liminar (fl. 155) consignou que o fazia ‘nos termos e para os fins como posto na inicial (fls. 14).’ E na inicial da cautelar, exatamente na fl. 14 da ação cautelar (volume I – apenso), se verifica a insurgência da parte autora contra a adoção de ‘todo e qualquer ato de constrição contra a Requerente, por se aproveitar dos efeitos da Lei nº 8200/91 – revigorada pela Lei nº 8682/93 – já no ano-base de 1995 e nos demais 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 842.450 AGR / RS subseqüentes.’ Como os autos de infração diziam respeito aos períodos anteriores (1992 a 1994), é evidente que a exigibilidade não estava suspensa. Ademais, essa documentação, especialmente a cópia da inicial da ação cautelar, foi juntada nos autos dos dois processos administrativos, o que se verifica nos volumes III e IV em apenso. Assim, esse fato estava ao alcance do conhecimento direto da autoridade fiscal, com acesso nos próprios autos do processo administrativo” (fl. 144). [...] Embora a ação cautelar não dissesse respeito ao auto de infração ora em discussão, os respectivos créditos não tiveram sua cobrança ajuizada, porque, ao que tudo indica, a Fazenda o considerava com exigibilidade suspensa pela liminar daquela ação, depois confirmada em sentença. E quando, já em fase de recurso, a liminar foi revogada, tratou então a Fazenda de reativar-lhe a cobrança, o que motivou a impetração do presente mandado de segurança, no qual sustentada a prescrição dos créditos em discussão. Ademais, embora não conste dos autos a data na qual a impetrante foi notificada da decisão que não conheceu do recurso, em ambos os processos administrativos consta o envio de carta de cobrança em 31/10/96 (fl. 16 - volume III e fl. 10 - volume IV), com manifestação expressa da devedora em 26/11/96 (fl. 18 - volume III e fl. 12 - volume IV). Assim, nessa data, não há dúvida que os créditos estavam definitivamente constituídos, passando a ter curso o prazo prescricional, nos termos do art. 174 do CTN. […] Ocorre que, como já salientado acima, a impetrada não ajuizou execução fiscal para cobrança de tais débitos nesse interregno, restando demonstrado, ademais, por intermédio do documento juntado às fls. 29/34, que a Procuradoria da Fazenda Nacional, em 17/04/2006, proferiu despacho visando o cancelamento das inscrições de dívida ativa de números 00296008760-10 e 0069026180-93 e determinando suas reinscrições. Nessa ocasião, há muito já havia decorrido o lapso 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Supremo Tribunal Federal AI 842.450 AGR / RS subseqüentes.’ Como os autos de infração diziam respeito aos períodos anteriores (1992 a 1994), é evidente que a exigibilidade não estava suspensa. Ademais, essa documentação, especialmente a cópia da inicial da ação cautelar, foi juntada nos autos dos dois processos administrativos, o que se verifica nos volumes III e IV em apenso. Assim, esse fato estava ao alcance do conhecimento direto da autoridade fiscal, com acesso nos próprios autos do processo administrativo” (fl. 144). [...] Embora a ação cautelar não dissesse respeito ao auto de infração ora em discussão, os respectivos créditos não tiveram sua cobrança ajuizada, porque, ao que tudo indica, a Fazenda o considerava com exigibilidade suspensa pela liminar daquela ação, depois confirmada em sentença. E quando, já em fase de recurso, a liminar foi revogada, tratou então a Fazenda de reativar-lhe a cobrança, o que motivou a impetração do presente mandado de segurança, no qual sustentada a prescrição dos créditos em discussão. Ademais, embora não conste dos autos a data na qual a impetrante foi notificada da decisão que não conheceu do recurso, em ambos os processos administrativos consta o envio de carta de cobrança em 31/10/96 (fl. 16 - volume III e fl. 10 - volume IV), com manifestação expressa da devedora em 26/11/96 (fl. 18 - volume III e fl. 12 - volume IV). Assim, nessa data, não há dúvida que os créditos estavam definitivamente constituídos, passando a ter curso o prazo prescricional, nos termos do art. 174 do CTN. […] Ocorre que, como já salientado acima, a impetrada não ajuizou execução fiscal para cobrança de tais débitos nesse interregno, restando demonstrado, ademais, por intermédio do documento juntado às fls. 29/34, que a Procuradoria da Fazenda Nacional, em 17/04/2006, proferiu despacho visando o cancelamento das inscrições de dívida ativa de números 00296008760-10 e 0069026180-93 e determinando suas reinscrições. Nessa ocasião, há muito já havia decorrido o lapso 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 842.450 AGR / RS legal de prescrição, que, não é demasia lembrar, rege-se pelo princípio da legalidade (art. 146, inc. III, "b", da CF/88 e art. 97, inc. VI, do CTN). As hipóteses de suspensão e interrupção do prazo prescricional são taxativas. Todavia, não obstante o reconhecimento do decurso do lapso prescricional e, por isso, a extinção dos créditos tributários, é importante tecer algumas considerações acerca do comportamento processual da devedora no âmbito administrativo, que, por diversas vezes, como bem relatado pelo representante do Ministério Público Federal em seu parecer, gerou petições com dubiedade ou expressas no sentido de que pretendia que não lhe fossem impostas restrições em razão de que a exigibilidade dos débitos estava suspensa. Todas as cópias dessas manifestações fazem parte dos volumes III e IV em apenso, além de algumas delas terem sido juntadas pela autoridade impetrada (fls. 349/377). Nesse contexto, todavia, é importante repisar que a cópia da inicial da ação cautelar nº 96.0000048-4 (Brasília/DF) foi juntada pela devedora nos autos dos processos administrativos, documento que deixava clara a situação de que a liminar não lançava qualquer efeito em relação aos débitos relativos aos processos administrativos. A esse respeito, peço vênia para transcrever a análise feita pelo Procurador da República, Dr. Lafayete Josué Petter, acerca das conclusões que resultam da análise aprofundada dos processos administrativos, às fls. 628/629, adotadas neste voto como fundamentos de decidir, in verbis: "a) como constou em sentença, a COPESUL "deliberadamente, ou não, informou fatos em processos administrativos que não guardavam correspondência com a realidade, induzindo a autoridade administrativo [sic] a erro, realidade que a impetrante agora quer fazer valer. A meu juízo, mais do que desrespeito à boa-fé objetiva, à atitude da impetrante é cabível a aplicação do princípio hermenêutico que traduz a vedação de alguém alegar em seu favor e querer se beneficiar com a própria torpeza" (fl. 452 dos autos). Os fatos relatados comprovam essa realidade fática. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Supremo Tribunal Federal AI 842.450 AGR / RS legal de prescrição, que, não é demasia lembrar, rege-se pelo princípio da legalidade (art. 146, inc. III, "b", da CF/88 e art. 97, inc. VI, do CTN). As hipóteses de suspensão e interrupção do prazo prescricional são taxativas. Todavia, não obstante o reconhecimento do decurso do lapso prescricional e, por isso, a extinção dos créditos tributários, é importante tecer algumas considerações acerca do comportamento processual da devedora no âmbito administrativo, que, por diversas vezes, como bem relatado pelo representante do Ministério Público Federal em seu parecer, gerou petições com dubiedade ou expressas no sentido de que pretendia que não lhe fossem impostas restrições em razão de que a exigibilidade dos débitos estava suspensa. Todas as cópias dessas manifestações fazem parte dos volumes III e IV em apenso, além de algumas delas terem sido juntadas pela autoridade impetrada (fls. 349/377). Nesse contexto, todavia, é importante repisar que a cópia da inicial da ação cautelar nº 96.0000048-4 (Brasília/DF) foi juntada pela devedora nos autos dos processos administrativos, documento que deixava clara a situação de que a liminar não lançava qualquer efeito em relação aos débitos relativos aos processos administrativos. A esse respeito, peço vênia para transcrever a análise feita pelo Procurador da República, Dr. Lafayete Josué Petter, acerca das conclusões que resultam da análise aprofundada dos processos administrativos, às fls. 628/629, adotadas neste voto como fundamentos de decidir, in verbis: "a) como constou em sentença, a COPESUL "deliberadamente, ou não, informou fatos em processos administrativos que não guardavam correspondência com a realidade, induzindo a autoridade administrativo [sic] a erro, realidade que a impetrante agora quer fazer valer. A meu juízo, mais do que desrespeito à boa-fé objetiva, à atitude da impetrante é cabível a aplicação do princípio hermenêutico que traduz a vedação de alguém alegar em seu favor e querer se beneficiar com a própria torpeza" (fl. 452 dos autos). Os fatos relatados comprovam essa realidade fática. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 842.450 AGR / RS b) fica claro uma inadequada apreciação administrativa da Procuradoria da Fazenda Nacional quanto aos processos administrativos, talvez configurando até uma atitude negligente. Tinha ela condições e todas as informações - mesmo considerando as equivocadas manifestações/requerimentos da COPESUL - para dar-se conta da NÃO SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS (com base no fundamento de liminar vigente). Isto seria possível pela simples leitura das certidões narratórias juntadas em cotejo com a inicial da cautelar e da ordinária que lhe seguiu. c) a atuação do contribuinte foi eficaz quanto ao resultado (fez crer que o crédito estava com exigibilidade suspensa), mas para esta eficácia concorreu a própria Procuradoria da Fazenda Nacional. Dessa forma, entendo que não merece guarida a alegação desenvolvida pela autoridade impetrada (fls. 326/344) e acolhida pela sentença de que, embora tenha decorrido o prazo de prescrição para o ajuizamento da execução fiscal, ela não pode não ser consumada porque a impetrante estaria sendo beneficiada de sua própria torpeza. O que transparece destes autos, como referido pelo agente ministerial, é que associou-se a conduta inadequada da devedora com o descuido da autoridade administrativa, que deixou, desde o início, de verificar a pertinência daqueles processos, tanto que, com base neles, e a despeito de sua impertinência, não deu seguimento ao processo de cobrança dos créditos fiscais. Frente ao exposto, voto por dar provimento ao apelo da impetrante para declarar a ocorrência da prescrição do direito de ação da União em relação aos débitos objeto das inscrições em dívida ativa nº 00296008760-10 e nº 0069026180-93 e negar provimento à remessa oficial. Da leitura desse voto, verifica-se que o acolhimento da pretensão da agravante, como destacado pela decisão ora agravada, demandaria a reapreciação do conjunto fático-probatório, encontrando óbice, portanto, no entendimento cristalizado na Súmula 279 desta Corte: “Para simples 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Supremo Tribunal Federal AI 842.450 AGR / RS b) fica claro uma inadequada apreciação administrativa da Procuradoria da Fazenda Nacional quanto aos processos administrativos, talvez configurando até uma atitude negligente. Tinha ela condições e todas as informações - mesmo considerando as equivocadas manifestações/requerimentos da COPESUL - para dar-se conta da NÃO SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DOS CRÉDITOS TRIBUTÁRIOS (com base no fundamento de liminar vigente). Isto seria possível pela simples leitura das certidões narratórias juntadas em cotejo com a inicial da cautelar e da ordinária que lhe seguiu. c) a atuação do contribuinte foi eficaz quanto ao resultado (fez crer que o crédito estava com exigibilidade suspensa), mas para esta eficácia concorreu a própria Procuradoria da Fazenda Nacional. Dessa forma, entendo que não merece guarida a alegação desenvolvida pela autoridade impetrada (fls. 326/344) e acolhida pela sentença de que, embora tenha decorrido o prazo de prescrição para o ajuizamento da execução fiscal, ela não pode não ser consumada porque a impetrante estaria sendo beneficiada de sua própria torpeza. O que transparece destes autos, como referido pelo agente ministerial, é que associou-se a conduta inadequada da devedora com o descuido da autoridade administrativa, que deixou, desde o início, de verificar a pertinência daqueles processos, tanto que, com base neles, e a despeito de sua impertinência, não deu seguimento ao processo de cobrança dos créditos fiscais. Frente ao exposto, voto por dar provimento ao apelo da impetrante para declarar a ocorrência da prescrição do direito de ação da União em relação aos débitos objeto das inscrições em dívida ativa nº 00296008760-10 e nº 0069026180-93 e negar provimento à remessa oficial. Da leitura desse voto, verifica-se que o acolhimento da pretensão da agravante, como destacado pela decisão ora agravada, demandaria a reapreciação do conjunto fático-probatório, encontrando óbice, portanto, no entendimento cristalizado na Súmula 279 desta Corte: “Para simples 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 842.450 AGR / RS reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Com efeito, a situação fática consignada no acórdão de origem não é translúcida, apresentando nuances que não podem ser reexaminadas em sede de recurso extraordinário. É verdade que o acórdão fustigado refere a inadequada conduta da empresa contribuinte, mas, por outro lado, reconhece a existência de visível descuido da Administração Tributária, que tinha plenas condições (e o dever de ofício) de aferir o efetivo alcance da decisão judicial proferida na ação cautelar nº 96.0000048-4 e, assim, a subsistência da exigibilidade do crédito tributário em foco, notadamente porque foram acostadas ao processo administrativo as peças da ação cautelar, na qual se determinou a suspensão da exigibilidade de créditos tributários relativos a outras competências. Desse modo, somente após minuciosa reapreciação do contexto probatório esta Suprema Corte poderia reconhecer, com segurança, a alegada má-fé da agravada e cogitar de afastar a ocorrência da prescrição. Ademais, o acolhimento da pretensão da União demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional que disciplina a matéria relativa à suspensão e à interrupção do prazo prescricional, nos termos dos arts. 151 e 174 do CTN, procedimento vedado em sede extraordinária: “Agravo regimental no recurso extraordinário. Execução fiscal. Crédito tributário. Alegada afronta ao disposto no art. 146, III, pela não aplicação do art. 8º da Lei nº 6.830/80 em face do CTN. Legislação infraconstitucional e ofensa reflexa. Ausência de repercussão da matéria reconhecida pela Corte. 1. A questão relativa à instituição e à fixação de prazos prescricionais na forma do art. 8º da Lei nº 6.830/80 foi decidida à luz da legislação infraconstitucional. Ofensa meramente reflexa. 2. Ausência de repercussão geral da questão de mérito envolvendo conflito entre a aplicação do art. 174, CTN, e o art. 8º, § 2º, da Lei nº 6.830/80, reconhecida pela Corte no RE nº 602.883/SP, Relatora a Ministra Ellen Gracie. 3. Agravo regimental não provido” (RE 462.513-AgR/DF, 1ª Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 28.02.2012); 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Supremo Tribunal Federal AI 842.450 AGR / RS reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Com efeito, a situação fática consignada no acórdão de origem não é translúcida, apresentando nuances que não podem ser reexaminadas em sede de recurso extraordinário. É verdade que o acórdão fustigado refere a inadequada conduta da empresa contribuinte, mas, por outro lado, reconhece a existência de visível descuido da Administração Tributária, que tinha plenas condições (e o dever de ofício) de aferir o efetivo alcance da decisão judicial proferida na ação cautelar nº 96.0000048-4 e, assim, a subsistência da exigibilidade do crédito tributário em foco, notadamente porque foram acostadas ao processo administrativo as peças da ação cautelar, na qual se determinou a suspensão da exigibilidade de créditos tributários relativos a outras competências. Desse modo, somente após minuciosa reapreciação do contexto probatório esta Suprema Corte poderia reconhecer, com segurança, a alegada má-fé da agravada e cogitar de afastar a ocorrência da prescrição. Ademais, o acolhimento da pretensão da União demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional que disciplina a matéria relativa à suspensão e à interrupção do prazo prescricional, nos termos dos arts. 151 e 174 do CTN, procedimento vedado em sede extraordinária: “Agravo regimental no recurso extraordinário. Execução fiscal. Crédito tributário. Alegada afronta ao disposto no art. 146, III, pela não aplicação do art. 8º da Lei nº 6.830/80 em face do CTN. Legislação infraconstitucional e ofensa reflexa. Ausência de repercussão da matéria reconhecida pela Corte. 1. A questão relativa à instituição e à fixação de prazos prescricionais na forma do art. 8º da Lei nº 6.830/80 foi decidida à luz da legislação infraconstitucional. Ofensa meramente reflexa. 2. Ausência de repercussão geral da questão de mérito envolvendo conflito entre a aplicação do art. 174, CTN, e o art. 8º, § 2º, da Lei nº 6.830/80, reconhecida pela Corte no RE nº 602.883/SP, Relatora a Ministra Ellen Gracie. 3. Agravo regimental não provido” (RE 462.513-AgR/DF, 1ª Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 28.02.2012); 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 842.450 AGR / RS “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Tributário. 3. Compensação de tributos federais com apólices da dívida pública. Prescrição. 4. Matéria infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 834.353 AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/02/2012); “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRAZO PRESCRICIONAL CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. DECRETO-LEI 20.910/32. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA. INOCORRÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A violação constitucional dependente da análise do malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. 2. In casu, o Tribunal a quo, interpretando a norma infraconstitucional aplicável a espécie (Decreto-Lei 20.910/32), entendeu pela possibilidade da aplicação da prescrição quinquenal contra a UNIÃO. Precedentes: AI 735.798, decisão monocrática, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 14.05.2010; AI 807.225, decisão monocrática, Rel. Min. Ellen Gracie, Dje de 12.08.2011; AI 646.788, decisão monocrática, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Dje de 04.04.2011; RE 630.042, decisão monocrática, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 13.10.2010; AI 793.255, decisão monocrática, Rel. Min. Gilmar Mendes, Dje de 23.09.2010, entre outros. 3. Agravo regimental desprovido.” (AI 737.310 AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 30/08/2011); “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. OFENSA REFLEXA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela Instância Judicante de origem demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie. Logo, 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Supremo Tribunal Federal AI 842.450 AGR / RS “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Tributário. 3. Compensação de tributos federais com apólices da dívida pública. Prescrição. 4. Matéria infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 834.353 AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/02/2012); “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL. PRAZO PRESCRICIONAL CONTRA A FAZENDA PÚBLICA. DECRETO-LEI 20.910/32. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA. INOCORRÊNCIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A violação constitucional dependente da análise do malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra violação reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. 2. In casu, o Tribunal a quo, interpretando a norma infraconstitucional aplicável a espécie (Decreto-Lei 20.910/32), entendeu pela possibilidade da aplicação da prescrição quinquenal contra a UNIÃO. Precedentes: AI 735.798, decisão monocrática, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 14.05.2010; AI 807.225, decisão monocrática, Rel. Min. Ellen Gracie, Dje de 12.08.2011; AI 646.788, decisão monocrática, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Dje de 04.04.2011; RE 630.042, decisão monocrática, Rel. Min. Cármen Lúcia, Dje de 13.10.2010; AI 793.255, decisão monocrática, Rel. Min. Gilmar Mendes, Dje de 23.09.2010, entre outros. 3. Agravo regimental desprovido.” (AI 737.310 AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 30/08/2011); “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUÇÃO FISCAL. PRESCRIÇÃO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. OFENSA REFLEXA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela Instância Judicante de origem demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie. Logo, 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 842.450 AGR / RS afronta à Carta Magna de 1988, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto, o que não autoriza a abertura da via extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido.” (AI 663.944 AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, julgado em 01/06/2010); e “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRESCRIÇÃO. TRIBUTO DECLARADO INCONSTITUCIONAL PELO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. 1. Controvérsia decidida à luz de legislações infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 619.163 AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Eros Grau, julgado em 20/10/2009) Por fim, na esteira da Súmula STF 636, a ofensa aos princípios albergados no art. 37 e à reserva de lei complementar estabelecida pelo art. 146, III, b, ambos da Constituição de 1988, somente se mostra passível de caracterização, em casos como o dos autos, pela via reflexa, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária desta Corte. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Supremo Tribunal Federal AI 842.450 AGR / RS afronta à Carta Magna de 1988, se existente, ocorreria de modo reflexo ou indireto, o que não autoriza a abertura da via extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido.” (AI 663.944 AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Ayres Britto, julgado em 01/06/2010); e “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PRESCRIÇÃO. TRIBUTO DECLARADO INCONSTITUCIONAL PELO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. 1. Controvérsia decidida à luz de legislações infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 619.163 AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Eros Grau, julgado em 20/10/2009) Por fim, na esteira da Súmula STF 636, a ofensa aos princípios albergados no art. 37 e à reserva de lei complementar estabelecida pelo art. 146, III, b, ambos da Constituição de 1988, somente se mostra passível de caracterização, em casos como o dos autos, pela via reflexa, o que refoge à competência jurisdicional extraordinária desta Corte. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864214. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.450 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : COPESUL - COMPANHIA PETROQUÍMICA DO SUL ADV.(A/S) : ANE STRECK SILVEIRA E OUTROS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895752 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 842.450 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : COPESUL - COMPANHIA PETROQUÍMICA DO SUL ADV.(A/S) : ANE STRECK SILVEIRA E OUTROS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895752 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2895997
2012-09-25T00:00:00
2012-10-08T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. CREDITO TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO. PRAZO PRESCRICIONAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de alegada violação, acaso existente, situada no âmbito infraconstitucional. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur216169
- Acórdãos citados: RE 462513 AgR, AI 737310 AgR, AI 663944, AI 619163 AgR. Número de páginas: 12. Análise: 18/10/2012, MJC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
842450
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 ART-00146 INC-00003 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-005172 ANO-1966\r\n ART-00151 ART-00174 \r\n CTN-1966 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 842450 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : COPESUL - COMPANHIA PETROQUÍMICA DO SUL ADV.(A/S) : ANE STRECK SILVEIRA E OUTROS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 842 . 450", "Súmulas", "ação cautelar [UNK] 96 . 000048 - 4", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 842 . 450", "ação cautelar [UNK] 96 . 000048 - 4", "AI 842 . 450 AGR / RS", "Súmula STF 279", "AI 842 . 450 AGR / RS", "Súmula STF 279", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 842 . 450", "Súmula STF 279", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 842 . 450", "Súmula STF 279", "AI 842 . 450 AGR", "Súmula STF 636 :", "AI 842 . 450 AGR / RS", "Súmula STF 636 :", "AI 842 . 450 AGR / RS", "AI 842 . 450 AGR / RS", "AI 842 . 450 AGR / RS", "AI 842 . 450 AGR / RS", "ação cautelar [UNK] 96 . 0000048 - 4", "AI 842 . 450 AGR / RS", "Súmula 279 desta Corte", "AI 842 . 450 AGR / RS", "Súmula 279 desta Corte", "AI 842 . 450 AGR", "ação cautelar [UNK] 96 . 0000048 - 4", "RE [UNK] 602 . 883 / SP", "RE 462 . 513 - AgR / DF", "AI 842 . 450 AGR / RS", "ação cautelar [UNK] 96 . 0000048 - 4", "RE [UNK] 602 . 883 / SP", "RE 462 . 513 - AgR / DF", "AI 842 . 450 AGR / RS", "AI 834 . 353 AgR", "AI 735 . 798", "AI 807 . 225", "AI 646 . 788", "RE 630 . 042", "AI 793 . 255", "AI 737 . 310 AgR", "AI 842 . 450 AGR / RS", "AI 834 . 353 AgR", "AI 735 . 798", "AI 807 . 225", "AI 646 . 788", "RE 630 . 042", "AI 793 . 255", "AI 737 . 310 AgR", "AI 842 . 450 AGR / RS", "AI 663 . 944 AgR", "AI 619 . 163 AgR", "Súmula", "AI 842 . 450 AGR / RS", "AI 663 . 944 AgR", "AI 619 . 163 AgR", "Súmula STF 636", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 842 . 450", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 842 . 450" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 37 da Constituição Republicana de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 37 da Constituição Republicana de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 146 , III , alínea ` [UNK] , da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", ", III , alínea ` [UNK] , da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 174 DO CTN", "art . 174 , caput , do Código Tributário Nacional", "artigos 37 , caput e 146 , III , b , da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 174 DO CTN", "art . 174 , caput , do Código Tributário Nacional", "artigos 37 , caput e 146 , III , b , da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "CPC , art . 557 , caput", "Lei [UNK] 8200 / 91", "Lei [UNK] 8682 / 93", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "CPC , art . 557 , caput", "Lei [UNK] 8200 / 91", "Lei [UNK] 8682 / 93", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 174 do CTN", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 174 do CTN", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 146 , inc", "art . 97 , inc . VI , do CTN", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 146 , inc . III , \" b \" , da CF / 88", "art . 97 , inc . VI , do CTN", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . 151 e 174 do CTN", "art . [UNK] da Lei [UNK] 6 . 830 / 80", "CTN", "art . [UNK] da Lei [UNK] 6 . 830 / 80", "art . 174 , CTN", "art . [UNK] , § [UNK] , da Lei [UNK] 6 . 830 / 80", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . 151 e 174 do CTN", "art . [UNK] da Lei [UNK] 6 . 830 / 80", "CTN", "art . [UNK] da Lei [UNK] 6 . 830 / 80", "art . 174 , CTN", "art . [UNK] , § [UNK] , da Lei [UNK] 6 . 830 / 80", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "DECRETO", "-", "LEI 20 . 910 / 32", "Decreto", "-", "Lei 20 . 910 / 32", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "DECRETO", "-", "LEI 20 . 910 / 32", "Decreto", "-", "Lei 20 . 910 / 32", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta Magna de 1988", "Constituição do Brasil", "Constituição", "art . 37", "art . 146 , III , b , ambos da Constituição de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta Magna de 1988", "Constituição do Brasil", "Constituição", "art . 37", "art . 146 , III , b , ambos da Constituição de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO GRANDE DO SUL", "Brasília", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "Brasília", "/", "DF", "Brasília", "/", "DF", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "UNIÃO", "COPESUL", "-", "COMPANHIA PETROQUÍMICA DO SUL", "Supremo Tribunal Federal", 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WEBER", "ROSA WEBER", "ROSA WEBER", "Lafayete Josué Petter", "Lafayete Josué Petter", "ROSA WEBER", "ROSA WEBER", "Ellen Gracie", "Dias Toffoli", "Ellen Gracie", "Dias Toffoli", "ROSA WEBER", "Gilmar Mendes", "Marco Aurélio", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Gilmar Mendes", "Luiz Fux", "Gilmar Mendes", "Marco Aurélio", "Ellen Gracie", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Gilmar Mendes", "Luiz Fux", "ROSA WEBER", "Ayres Britto", "Eros Grau", "Ayres Britto", "Eros Grau", "ROSA WEBER", "ANE STRECK SILVEIRA", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "ROSA WEBER", "ANE STRECK SILVEIRA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", ".", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 418.554 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :FABIO CARVALHO ADV.(A/S) :MARCO ANTÔNIO INNOCENTI ADV.(A/S) :MARIA CRISTINA LAPENTA EMBDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA Embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento. Não há omissão, contradição ou obscuridade. Ausência das hipóteses legais autorizadoras dos embargos declaratórios. Inaplicabilidade do art. 13 do Código de Processo Civil. Precedentes. 1. Inexistência, no caso, de quaisquer dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil. 2. Não se aplica, na via extraordinária, a norma do art. 13 do Código de Processo Civil. 3. Embargos de declaração rejeitados. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034915. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 418.554 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :FABIO CARVALHO ADV.(A/S) :MARCO ANTÔNIO INNOCENTI ADV.(A/S) :MARIA CRISTINA LAPENTA EMBDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Fábio Carvalho opõe tempestivos embargos de declaração contra acórdão da Primeira Turma desta Corte (fls. 148 a 156) assim ementado: “Agravo regimental no agravo regimental no agravo de instrumento. Ausência de procuração. Recurso inexistente. Precedentes. 1. É pacífico o entendimento deste Supremo Tribunal Federal em considerar inexistente o recurso interposto por advogado sem o instrumento de mandato outorgado pela parte. 2. Agravo regimental não conhecido.” Alega o embargante que o acórdão embargado teria incorrido em omissão, uma vez que a “subscritora do agravo regimental está devidamente substabelecida nos autos do processo, conforme verifica-se dos documentos anexos que muito bem demonstram o alegado” (fl. 162). Aduz, ainda, que “mesmo que assim não fosse, ao contrário de negar seguimento ao recurso, inviabilizando totalmente o acesso do embargante à instância extraordinária, a solução mais razoável é sem dúvida a abertura de prazo para que o embargante possa regularizar a sua representação processual” (fl. 162), nos termos do art. 13 do CPC. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034909. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 418.554 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) :FABIO CARVALHO ADV.(A/S) :MARCO ANTÔNIO INNOCENTI ADV.(A/S) :MARIA CRISTINA LAPENTA EMBDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Fábio Carvalho opõe tempestivos embargos de declaração contra acórdão da Primeira Turma desta Corte (fls. 148 a 156) assim ementado: “Agravo regimental no agravo regimental no agravo de instrumento. Ausência de procuração. Recurso inexistente. Precedentes. 1. É pacífico o entendimento deste Supremo Tribunal Federal em considerar inexistente o recurso interposto por advogado sem o instrumento de mandato outorgado pela parte. 2. Agravo regimental não conhecido.” Alega o embargante que o acórdão embargado teria incorrido em omissão, uma vez que a “subscritora do agravo regimental está devidamente substabelecida nos autos do processo, conforme verifica-se dos documentos anexos que muito bem demonstram o alegado” (fl. 162). Aduz, ainda, que “mesmo que assim não fosse, ao contrário de negar seguimento ao recurso, inviabilizando totalmente o acesso do embargante à instância extraordinária, a solução mais razoável é sem dúvida a abertura de prazo para que o embargante possa regularizar a sua representação processual” (fl. 162), nos termos do art. 13 do CPC. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034909. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 418.554 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não está presente nenhuma hipótese autorizadora da oposição do recurso declaratório. O acórdão embargado não incorreu em omissão, tendo o órgão julgador decidido, fundamentadamente, todas as questões postas em debate, nos limites necessários ao deslinde do feito. Ademais, a contradição que autoriza a oposição do recurso declaratório deve ser interna à decisão, verificada entre os fundamentos do julgado e a sua conclusão, o que não ocorreu no caso em tela. Da mesma forma, a decisão não é obscura, pois a ela não faltam clareza nem certeza quanto ao que foi decidido. Anote-se que, ao contrário do que alega o embargante, os documentos de fls. 164 e 165 (procuração e substabelecimento conferindo poderes à advogada que subscreveu o agravo regimental) em nenhum momento foram juntados aos autos deste agravo de instrumento, sendo certo que sua juntada somente nos autos principais inviabiliza a fiscalização desse pressuposto processual nesta instância. Não procedem, portanto, os presentes embargos, porque ausentes as situações legais autorizadoras do recurso aclaratório. Sobre o tema, anote- se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil. II - O embargante busca, tão somente, a rediscussão da matéria nestes embargos de declaração, os quais, por sua vez, não constituem meio processual adequado para a reforma do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034908. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 418.554 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não está presente nenhuma hipótese autorizadora da oposição do recurso declaratório. O acórdão embargado não incorreu em omissão, tendo o órgão julgador decidido, fundamentadamente, todas as questões postas em debate, nos limites necessários ao deslinde do feito. Ademais, a contradição que autoriza a oposição do recurso declaratório deve ser interna à decisão, verificada entre os fundamentos do julgado e a sua conclusão, o que não ocorreu no caso em tela. Da mesma forma, a decisão não é obscura, pois a ela não faltam clareza nem certeza quanto ao que foi decidido. Anote-se que, ao contrário do que alega o embargante, os documentos de fls. 164 e 165 (procuração e substabelecimento conferindo poderes à advogada que subscreveu o agravo regimental) em nenhum momento foram juntados aos autos deste agravo de instrumento, sendo certo que sua juntada somente nos autos principais inviabiliza a fiscalização desse pressuposto processual nesta instância. Não procedem, portanto, os presentes embargos, porque ausentes as situações legais autorizadoras do recurso aclaratório. Sobre o tema, anote- se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE OMISSÃO, OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. I - Ausência dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil. II - O embargante busca, tão somente, a rediscussão da matéria nestes embargos de declaração, os quais, por sua vez, não constituem meio processual adequado para a reforma do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034908. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 418.554 AGR-AGR-ED / SP decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. III - Embargos de declaração rejeitados” (RE nº 558.258/SP-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 30/6/11). “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. INOVAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Os embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo 535 do Código de Processo Civil e não para rediscutir os fundamentos do acórdão embargado. 2. Não é possível, neste momento processual, inovar a causa com questão que não foi objeto do recurso extraordinário. Embargos de declaração rejeitados” (AI nº 642.104/RO-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 27/6/08). “Embargos de declaração que pretendem rediscutir os fundamentos já repelidos no julgamento do recurso extraordinário e do agravo regimental: ausência de omissão, contradição ou obscuridade a suprir: caráter manifestamente protelatório: rejeição e condenação dos embargantes ao pagamento de multa, nos termos do art. 538, parágrafo único, C.Pr.Civil” (RE nº 449.191/DF-AgR-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/8/07). Ressalte-se, por fim, que não há falar em suspensão do processo para o suprimento de eventuais falhas, haja vista que a orientação firmada nesta Corte é de que não se aplica, na via extraordinária, a norma do art. 13 do Código de Processo Civil, pois é dever do recorrente, na interposição do recurso, zelar pela regularidade de sua representação. Nesse sentido, os seguintes precedentes: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034908. Supremo Tribunal Federal AI 418.554 AGR-AGR-ED / SP decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em questão. III - Embargos de declaração rejeitados” (RE nº 558.258/SP-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 30/6/11). “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO. INEXISTÊNCIA. INOVAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Os embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo 535 do Código de Processo Civil e não para rediscutir os fundamentos do acórdão embargado. 2. Não é possível, neste momento processual, inovar a causa com questão que não foi objeto do recurso extraordinário. Embargos de declaração rejeitados” (AI nº 642.104/RO-AgR-ED, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 27/6/08). “Embargos de declaração que pretendem rediscutir os fundamentos já repelidos no julgamento do recurso extraordinário e do agravo regimental: ausência de omissão, contradição ou obscuridade a suprir: caráter manifestamente protelatório: rejeição e condenação dos embargantes ao pagamento de multa, nos termos do art. 538, parágrafo único, C.Pr.Civil” (RE nº 449.191/DF-AgR-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/8/07). Ressalte-se, por fim, que não há falar em suspensão do processo para o suprimento de eventuais falhas, haja vista que a orientação firmada nesta Corte é de que não se aplica, na via extraordinária, a norma do art. 13 do Código de Processo Civil, pois é dever do recorrente, na interposição do recurso, zelar pela regularidade de sua representação. Nesse sentido, os seguintes precedentes: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034908. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 418.554 AGR-AGR-ED / SP EXTRAORDINÁRIO SUBSCRITO POR ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO NOS AUTOS. RECURSO INEXISTENTE. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de considerar inexistente o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos e de que não se aplica a regra do art. 13 do CPC em sede extraordinária. II - Agravo regimental improvido” (AI nº 776.736/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/7/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO SUBSCRITO POR ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO NOS AUTOS. RECURSO INEXISTENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. O recurso interposto por advogado que não tenha procuração nos autos é inexistente. Inaplicabilidade do art. 13 do Código de Processo Civil na via extraordinária. Precedente” (AI nº 818.208/RO-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/2/11). Ante o exposto, voto pela rejeição dos embargos de declaração. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034908. Supremo Tribunal Federal AI 418.554 AGR-AGR-ED / SP EXTRAORDINÁRIO SUBSCRITO POR ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO NOS AUTOS. RECURSO INEXISTENTE. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de considerar inexistente o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos e de que não se aplica a regra do art. 13 do CPC em sede extraordinária. II - Agravo regimental improvido” (AI nº 776.736/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/7/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO SUBSCRITO POR ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO NOS AUTOS. RECURSO INEXISTENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. O recurso interposto por advogado que não tenha procuração nos autos é inexistente. Inaplicabilidade do art. 13 do Código de Processo Civil na via extraordinária. Precedente” (AI nº 818.208/RO-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/2/11). Ante o exposto, voto pela rejeição dos embargos de declaração. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034908. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 418.554 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : FABIO CARVALHO ADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO INNOCENTI ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061209 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 418.554 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI EMBTE.(S) : FABIO CARVALHO ADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO INNOCENTI ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061209 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3076950
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento. Não há omissão, contradição ou obscuridade. Ausência das hipóteses legais autorizadoras dos embargos declaratórios. Inaplicabilidade do art. 13 do Código de Processo Civil. Precedentes. 1. Inexistência, no caso, de quaisquer dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil. 2. Não se aplica, na via extraordinária, a norma do art. 13 do Código de Processo Civil. 3. Embargos de declaração rejeitados.
sjur218374
- Acórdão(s) citado(s) (EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, AUSÊNCIA, OMISSÃO, OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO) STF: RE 558258 ED (1ªT), AI 642104 AgR-ED (2ªT), RE 449191 AgR-ED (1ªT); (RECURSO EXTRAORDINÁRIO, AUSÊNCIA, PROCURAÇÃO, ADVOGADO SUBSCRITOR) STF: AI 776736 AgR (1ªT), AI 818208 AgR (1ªT). Número de páginas: 6. Análise: 22/11/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
418554
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00013 ART-00535 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL" ]
AI-AgR-AgR-ED
acordaos
AI 418554 AgR-AgR-ED
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EMBDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO ADV.(A/S) : MARCO ANTÔNIO INNOCENTI ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA LAPENTA EMBTE.(S) : FABIO CARVALHO
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586.560 RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN ADV.(A/S) :ANNA CHRISTINA PISCO ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE JANDUÍS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE INTDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE EMENTA: TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA. DECRETO 13.402/97 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. REMISSÃO DE DÉBITOS DE ICMS NÃO PREVISTA EM LEI. IMPOSSIBILIDADE. ARTIGO 150, § 6º, DA CF/88. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A repercussão geral é presumida quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante desta Corte (artigo 323, § 1º, do RISTF ). 2. “A outorga de qualquer subsídio, isenção ou crédito presumido, a redução de base de cálculo e a concessão de anistia ou remissão em matéria tributária só podem ser deferidas mediante lei específica, sendo vedado ao Poder Legislativo conferir ao Chefe do Executivo a prerrogativa extraordinária de dispor, normativamente, sobre tais categorias temáticas, sob pena de ofensa ao postulado nuclear da separação de poderes e de transgressão ao princípio da reserva constitucional de competência legislativa” (ADI 1.247, Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 8.9.95). No mesmo sentido: ADI 2.688, Pleno, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 26.08.11. 3. In casu, o acórdão originalmente recorrido assentou que: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786551. Supremo Tribunal Federal DJe 21/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão RE 586.560 AGR / RN CONSTITUCIONAL, TRIBUTÁRIO E ADMINSITRATIVO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE DE PARTE, COMO LITISCONSORTE PASSIVA DA AÇÃO, SUCITADA PELA COSERN. REJEIÇÃO. POSSIBILIDADE DE DESCONSTITUIÇÃO DA REMISSÃO, A AFETAR, INDUBITAVELMENTE, A COMPANHI ANERGÉTICA. OBSERVÂNCIA AO ART. 47, DO CPC. ICMS. REMISSÃO, MEDIANTE DECRETO DO GOVERNADOR DO ESTADO. AUSÊNCIA DE LEI ESPECÍFICA. INFRINGÊNCAI AO ART. 150, § 6º, CF. NULIDADE DO ATO GOVERNAMENTAL. EFEITOS ‘EX TUNC’. REPERCUSSÃO DA INVALIDAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO. DIREITO DOS MUNICÍPIOS A 25% DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS, CUJAS PARCELAS DE RECEITAS SERÃO CREDITADAS OBSERVADO O CRITÉRIO DE 3/4, NO MÍNIMO, NA RESPECTIVA OPERAÇÃO GERADORA DO IMPOSTO, REALIZADA NO TERRITÓRIO DO MUNICÍPIO BENEFICIADO. PREVALÊNCIA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA O CONTRIBUINTE E O DIREITO À ARRECADAÇÃO PARA O ENTE PÚBLICO COMPETENTE, COM A APLICAÇÃO COMPULSÓRIA DO PROCEDIMENTO RELATIVO À BUSCA DA RECUPERAÇÃO DA RECEITA TRIBUTÁRIA ANTERIORMENTE PERDOADA, OBEDECIDA A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À ESPÉCIE. LEVANTAMENTO, APURAÇÃO E COBRANÇA DO IMPOSTO DEVIDO QUE SE IMPÕE. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786551. Supremo Tribunal Federal RE 586.560 AGR / RN CONSTITUCIONAL, TRIBUTÁRIO E ADMINSITRATIVO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE DE PARTE, COMO LITISCONSORTE PASSIVA DA AÇÃO, SUCITADA PELA COSERN. REJEIÇÃO. POSSIBILIDADE DE DESCONSTITUIÇÃO DA REMISSÃO, A AFETAR, INDUBITAVELMENTE, A COMPANHI ANERGÉTICA. OBSERVÂNCIA AO ART. 47, DO CPC. ICMS. REMISSÃO, MEDIANTE DECRETO DO GOVERNADOR DO ESTADO. AUSÊNCIA DE LEI ESPECÍFICA. INFRINGÊNCAI AO ART. 150, § 6º, CF. NULIDADE DO ATO GOVERNAMENTAL. EFEITOS ‘EX TUNC’. REPERCUSSÃO DA INVALIDAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO. DIREITO DOS MUNICÍPIOS A 25% DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS, CUJAS PARCELAS DE RECEITAS SERÃO CREDITADAS OBSERVADO O CRITÉRIO DE 3/4, NO MÍNIMO, NA RESPECTIVA OPERAÇÃO GERADORA DO IMPOSTO, REALIZADA NO TERRITÓRIO DO MUNICÍPIO BENEFICIADO. PREVALÊNCIA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA O CONTRIBUINTE E O DIREITO À ARRECADAÇÃO PARA O ENTE PÚBLICO COMPETENTE, COM A APLICAÇÃO COMPULSÓRIA DO PROCEDIMENTO RELATIVO À BUSCA DA RECUPERAÇÃO DA RECEITA TRIBUTÁRIA ANTERIORMENTE PERDOADA, OBEDECIDA A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À ESPÉCIE. LEVANTAMENTO, APURAÇÃO E COBRANÇA DO IMPOSTO DEVIDO QUE SE IMPÕE. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786551. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586.560 RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN ADV.(A/S) :ANNA CHRISTINA PISCO ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE JANDUÍS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE INTDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de agravo regimental interposto pela COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE – COSERN, em face da decisão de fls. 562/564, prolatada pelo E. Ministro Eros Grau, que não conheceu do recurso extraordinário interposto pelo Estado do Rio Grande do Norte e negou seguimento ao apelo extremo interposto pela COSERN nos seguintes termos: “DECISÃO: Trata-se de recursos extraordinários interpostos com fundamento no artigo 102, III, ‘a’, da Constituição do Brasil, contra acórdão proferido pelo Tribunal Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, ementado nos seguintes termos [fl. 344]: ‘CONSTITUCIONAL, TRIBUTÁRIO E ADMINSITRATIVO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE DE PARTE, COMO LITISCONSORTE PASSIVA DA AÇÃO, SUCITADA PELA COSERN. REJEIÇÃO. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786552. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586.560 RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN ADV.(A/S) :ANNA CHRISTINA PISCO ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE JANDUÍS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE INTDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de agravo regimental interposto pela COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE – COSERN, em face da decisão de fls. 562/564, prolatada pelo E. Ministro Eros Grau, que não conheceu do recurso extraordinário interposto pelo Estado do Rio Grande do Norte e negou seguimento ao apelo extremo interposto pela COSERN nos seguintes termos: “DECISÃO: Trata-se de recursos extraordinários interpostos com fundamento no artigo 102, III, ‘a’, da Constituição do Brasil, contra acórdão proferido pelo Tribunal Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, ementado nos seguintes termos [fl. 344]: ‘CONSTITUCIONAL, TRIBUTÁRIO E ADMINSITRATIVO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE DE PARTE, COMO LITISCONSORTE PASSIVA DA AÇÃO, SUCITADA PELA COSERN. REJEIÇÃO. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786552. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório RE 586.560 AGR / RN POSSIBILIDADE DE DESCONSTITUIÇÃO DA REMISSÃO, A AFETAR, INDUBITAVELMENTE, A COMPANHI ANERGÉTICA. OBSERVÂNCIA AO ART. 47, DO CPC. ICMS. REMISSÃO, MEDIANTE DECRETO DO GOVERNADOR DO ESTADO. AUSÊNCIA DE LEI ESPECÍFICA. INFRINGÊNCAI AO ART. 150, § 6º, CF. NULIDADE DO ATO GOVERNAMENTAL. EFEITOS ‘EX TUNC’. REPERCUSSÃO DA INVALIDAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO. DIREITO DOS MUNICÍPIOS A 25% DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS, CUJAS PARCELAS DE RECEITAS SERÃO CREDITADAS OBSERVADO O CRITÉRIO DE 3/4, NO MÍNIMO, NA RESPECTIVA OPERAÇÃO GERADORA DO IMPOSTO, REALIZADA NO TERRITÓRIO DO MUNICÍPIO BENEFICIADO. PREVALÊNCIA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA O CONTRIBUINTE E O DIREITO À ARRECADAÇÃO PARA O ENTE PÚBLICO COMPETENTE, COM A APLICAÇÃO COMPULSÓRIA DO PROCEDIMENTO RELATIVO À BUSCA DA RECUPERAÇÃO DA RECEITA TRIBUTÁRIA ANTERIORMENTE PERDOADA, OBEDECIDA A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À ESPÉCIE. LEVANTAMENTO, APURAÇÃO E COBRANÇA DO IMPOSTO DEVIDO QUE SE IMPÕE.’ 2. A Companhia Energética do Rio Grande do Norte - COSERN alega, no recurso extraordinário, violação do disposto nos arts. 150, § 6º, e 155, § 2º, XII, ‘g’, da CB/88. 3. O Estado do Rio Grande do Norte alega, no recurso extraordinário, violação do disposto nos arts. 5º, LIV e LV, e 155, § 2º, XII, ‘g’, da CB/88. 4. O recurso extraordinário interposto pelo Estado do Rio Grande do Norte não deve ser conhecido. O acórdão que julgou os embargos de declaração –-- que integra o aresto recorrido, formando com este decisão de última instância --- foi publicado em 13.12.05 [certidão de fl. 374-verso]. A petição de interposição 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786552. Supremo Tribunal Federal RE 586.560 AGR / RN POSSIBILIDADE DE DESCONSTITUIÇÃO DA REMISSÃO, A AFETAR, INDUBITAVELMENTE, A COMPANHI ANERGÉTICA. OBSERVÂNCIA AO ART. 47, DO CPC. ICMS. REMISSÃO, MEDIANTE DECRETO DO GOVERNADOR DO ESTADO. AUSÊNCIA DE LEI ESPECÍFICA. INFRINGÊNCAI AO ART. 150, § 6º, CF. NULIDADE DO ATO GOVERNAMENTAL. EFEITOS ‘EX TUNC’. REPERCUSSÃO DA INVALIDAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO. DIREITO DOS MUNICÍPIOS A 25% DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS, CUJAS PARCELAS DE RECEITAS SERÃO CREDITADAS OBSERVADO O CRITÉRIO DE 3/4, NO MÍNIMO, NA RESPECTIVA OPERAÇÃO GERADORA DO IMPOSTO, REALIZADA NO TERRITÓRIO DO MUNICÍPIO BENEFICIADO. PREVALÊNCIA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA O CONTRIBUINTE E O DIREITO À ARRECADAÇÃO PARA O ENTE PÚBLICO COMPETENTE, COM A APLICAÇÃO COMPULSÓRIA DO PROCEDIMENTO RELATIVO À BUSCA DA RECUPERAÇÃO DA RECEITA TRIBUTÁRIA ANTERIORMENTE PERDOADA, OBEDECIDA A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À ESPÉCIE. LEVANTAMENTO, APURAÇÃO E COBRANÇA DO IMPOSTO DEVIDO QUE SE IMPÕE.’ 2. A Companhia Energética do Rio Grande do Norte - COSERN alega, no recurso extraordinário, violação do disposto nos arts. 150, § 6º, e 155, § 2º, XII, ‘g’, da CB/88. 3. O Estado do Rio Grande do Norte alega, no recurso extraordinário, violação do disposto nos arts. 5º, LIV e LV, e 155, § 2º, XII, ‘g’, da CB/88. 4. O recurso extraordinário interposto pelo Estado do Rio Grande do Norte não deve ser conhecido. O acórdão que julgou os embargos de declaração –-- que integra o aresto recorrido, formando com este decisão de última instância --- foi publicado em 13.12.05 [certidão de fl. 374-verso]. A petição de interposição 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786552. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório RE 586.560 AGR / RN do recurso extraordinário foi protocolada em 28.3.05, sem posterior ratificação. 5. O Supremo fixou entendimento no sentido de que é extemporâneo o recurso extraordinário protocolado antes da publicação do acórdão que julgou os embargos de declaração, sem posterior ratificação. Nesse sentido, o AI n. 329.359-AgR, Relator o Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ de 14.12.01; o AI n. 508.525- AgR, Relator o Ministro Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4.11.05; o AI n. 448.152-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 22.8.03, e o AI n. 447.090-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ de 24.6.05, entre outros. 6. O recurso interposto pela COSERN não merece prosperar. O acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência deste Tribunal, como se depreende da ementa do seguinte julgado: ‘E M E N T A: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - INEXISTÊNCIA DE PRAZO DECADENCIAL - ICMS - CONCESSÃO DE ISENÇÃO E DE OUTROS BENEFÍCIOS FISCAIS, INDEPENDENTEMENTE DE PREVIA DELIBERAÇÃO DOS DEMAIS ESTADOS-MEMBROS E DO DISTRITO FEDERAL - LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DO ESTADO-MEMBRO EM TEMA DE ICMS (CF, ART. 155, § 2º, XII, ‘G’) - NORMA LEGAL QUE VEICULA INADMISSIVEL DELEGAÇÃO LEGISLATIVA EXTERNA AO GOVERNADOR DO ESTADO - PRECEDENTES DO STF - MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA EM PARTE. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E PRAZO DECADENCIAL [...] A outorga de qualquer subsídio, isenção ou crédito presumido, a redução de base de cálculo e a concessão de anistia ou remissão em matéria tributária só podem ser deferidas mediante lei específica, sendo vedado ao Poder Legislativo conferir ao Chefe do Executivo a prerrogativa extraordinária de dispor, normativamente, sobre tais categorias temáticas, sob pena 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786552. Supremo Tribunal Federal RE 586.560 AGR / RN do recurso extraordinário foi protocolada em 28.3.05, sem posterior ratificação. 5. O Supremo fixou entendimento no sentido de que é extemporâneo o recurso extraordinário protocolado antes da publicação do acórdão que julgou os embargos de declaração, sem posterior ratificação. Nesse sentido, o AI n. 329.359-AgR, Relator o Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ de 14.12.01; o AI n. 508.525- AgR, Relator o Ministro Carlos Britto, 1ª Turma, DJ de 4.11.05; o AI n. 448.152-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 22.8.03, e o AI n. 447.090-AgR, Relator o Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ de 24.6.05, entre outros. 6. O recurso interposto pela COSERN não merece prosperar. O acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência deste Tribunal, como se depreende da ementa do seguinte julgado: ‘E M E N T A: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - INEXISTÊNCIA DE PRAZO DECADENCIAL - ICMS - CONCESSÃO DE ISENÇÃO E DE OUTROS BENEFÍCIOS FISCAIS, INDEPENDENTEMENTE DE PREVIA DELIBERAÇÃO DOS DEMAIS ESTADOS-MEMBROS E DO DISTRITO FEDERAL - LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DO ESTADO-MEMBRO EM TEMA DE ICMS (CF, ART. 155, § 2º, XII, ‘G’) - NORMA LEGAL QUE VEICULA INADMISSIVEL DELEGAÇÃO LEGISLATIVA EXTERNA AO GOVERNADOR DO ESTADO - PRECEDENTES DO STF - MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA EM PARTE. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE E PRAZO DECADENCIAL [...] A outorga de qualquer subsídio, isenção ou crédito presumido, a redução de base de cálculo e a concessão de anistia ou remissão em matéria tributária só podem ser deferidas mediante lei específica, sendo vedado ao Poder Legislativo conferir ao Chefe do Executivo a prerrogativa extraordinária de dispor, normativamente, sobre tais categorias temáticas, sob pena 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786552. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Relatório RE 586.560 AGR / RN de ofensa ao postulado nuclear da separação de poderes e de transgressão ao princípio da reserva constitucional de competência legislativa.’ [ADI 1.247, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 8.9.95]. Não conheço do recurso interposto pelo Estado do Rio Grande do Norte e nego seguimento ao da Companhia Energética do Rio Grande do Norte com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.” Em suas razões, a agravante sustenta que “o artigo 150, § 6º, da Constituição Federal, que determina que qualquer benefício fiscal só poderá ser concedido mediante lei ordinária, não representa a regra a ser aplicada para o ICMS, imposto tratado no presente caso, que exige Lei Complementar” (fl. 571). Afirma ainda que “essa Lei Complementar é a Lei Complementar nº 24/75, que sujeita a criação ou revogação de benefícios fiscais relativos ao ICMS à celebração de Convênios entre os Estados e o Distrito Federal” (fl. 571). A Procuradoria Geral da República manifesta-se pelo não provimento do recurso, reiterando a fundamentação expendida no parecer ministerial anteriormente concedido, cuja ementa transcrevo (fl. 556): “EMENTA: RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS – AÇÃO ORDINÁRIA – DECRETO ESTADUAL Nº 13.402/97 – ICMS – ENERGIA ELÉTRICA – REMISSÃO DE DÉBITOS – NECESSIDADE DE LEI EM SENTIDO FORMAL – ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AOS ARTS. 5º, INCISOS LIV E LV, 150, § 6º, E 155, § 2º, INCISO XII, ‘g’, DA CF/88 – IMPROCEDÊNCIA – RECURSO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROTOCOLADO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786552. Supremo Tribunal Federal RE 586.560 AGR / RN de ofensa ao postulado nuclear da separação de poderes e de transgressão ao princípio da reserva constitucional de competência legislativa.’ [ADI 1.247, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 8.9.95]. Não conheço do recurso interposto pelo Estado do Rio Grande do Norte e nego seguimento ao da Companhia Energética do Rio Grande do Norte com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF.” Em suas razões, a agravante sustenta que “o artigo 150, § 6º, da Constituição Federal, que determina que qualquer benefício fiscal só poderá ser concedido mediante lei ordinária, não representa a regra a ser aplicada para o ICMS, imposto tratado no presente caso, que exige Lei Complementar” (fl. 571). Afirma ainda que “essa Lei Complementar é a Lei Complementar nº 24/75, que sujeita a criação ou revogação de benefícios fiscais relativos ao ICMS à celebração de Convênios entre os Estados e o Distrito Federal” (fl. 571). A Procuradoria Geral da República manifesta-se pelo não provimento do recurso, reiterando a fundamentação expendida no parecer ministerial anteriormente concedido, cuja ementa transcrevo (fl. 556): “EMENTA: RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS – AÇÃO ORDINÁRIA – DECRETO ESTADUAL Nº 13.402/97 – ICMS – ENERGIA ELÉTRICA – REMISSÃO DE DÉBITOS – NECESSIDADE DE LEI EM SENTIDO FORMAL – ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AOS ARTS. 5º, INCISOS LIV E LV, 150, § 6º, E 155, § 2º, INCISO XII, ‘g’, DA CF/88 – IMPROCEDÊNCIA – RECURSO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROTOCOLADO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786552. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Relatório RE 586.560 AGR / RN PREMATURAMENTE – RE DA COSERN CONTRÁRIA À JURISPRUDÊNCIA DO STF – PARECER PELO NÃO CONHECIMENTO DO RE DO PRIMEIRO RECORRENTE E PELO IMPROVIMENTO DAQUELE INTERPOSTO PELA SEGUNDA.” É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786552. Supremo Tribunal Federal RE 586.560 AGR / RN PREMATURAMENTE – RE DA COSERN CONTRÁRIA À JURISPRUDÊNCIA DO STF – PARECER PELO NÃO CONHECIMENTO DO RE DO PRIMEIRO RECORRENTE E PELO IMPROVIMENTO DAQUELE INTERPOSTO PELA SEGUNDA.” É o relatório. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786552. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586.560 RIO GRANDE DO NORTE V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação não prospera. A controvérsia dos autos refere-se à constitucionalidade, ou não, do Decreto 13.402/97, do Estado do Rio Grande do Norte, que concedeu à agravante a remissão de débitos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias – ICMS referentes a operações de energia elétrica realizadas entre 1º de março de 1989 e 31 de dezembro de 1996. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte declarou a nulidade do referido Decreto, sob o fundamento de que a remissão apenas poderia ser concedida mediante lei específica, nos termos do artigo 150, § 6º, da CF/88. A agravante, entretanto, sustenta a inaplicabilidade, in casu, daquele preceito constitucional. Ressalta que, em se tratando de remissão de débitos do ICMS, aplicar-se-ia a LC 24/75, “que sujeita a criação ou revogação de benefícios fiscais relativos ao ICMS à celebração de Convênios entre os Estados e o Distrito Federal” (fl. 571). Ocorre que, consoante apontado na decisão agravada, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, analisando a possibilidade de concessão de isenção e outros benefícios fiscais a devedores de ICMS, fixou entendimento no sentido de que “a outorga de qualquer subsídio, isenção ou crédito presumido, a redução de base de cálculo e a concessão de anistia ou remissão em matéria tributária só podem ser deferidas mediante lei específica, sendo vedado ao Poder Legislativo conferir ao Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786553. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586.560 RIO GRANDE DO NORTE V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação não prospera. A controvérsia dos autos refere-se à constitucionalidade, ou não, do Decreto 13.402/97, do Estado do Rio Grande do Norte, que concedeu à agravante a remissão de débitos do Imposto sobre Circulação de Mercadorias – ICMS referentes a operações de energia elétrica realizadas entre 1º de março de 1989 e 31 de dezembro de 1996. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte declarou a nulidade do referido Decreto, sob o fundamento de que a remissão apenas poderia ser concedida mediante lei específica, nos termos do artigo 150, § 6º, da CF/88. A agravante, entretanto, sustenta a inaplicabilidade, in casu, daquele preceito constitucional. Ressalta que, em se tratando de remissão de débitos do ICMS, aplicar-se-ia a LC 24/75, “que sujeita a criação ou revogação de benefícios fiscais relativos ao ICMS à celebração de Convênios entre os Estados e o Distrito Federal” (fl. 571). Ocorre que, consoante apontado na decisão agravada, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, analisando a possibilidade de concessão de isenção e outros benefícios fiscais a devedores de ICMS, fixou entendimento no sentido de que “a outorga de qualquer subsídio, isenção ou crédito presumido, a redução de base de cálculo e a concessão de anistia ou remissão em matéria tributária só podem ser deferidas mediante lei específica, sendo vedado ao Poder Legislativo conferir ao Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786553. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 586.560 AGR / RN Chefe do Executivo a prerrogativa extraordinária de dispor, normativamente, sobre tais categorias temáticas, sob pena de ofensa ao postulado nuclear da separação de poderes e de transgressão ao princípio da reserva constitucional de competência legislativa” (ADI 1.247, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 8.9.95). No mesmo sentido, o seguinte julgado: “Ementa: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL. ISENÇÃO CONCEDIDA A TÍTULO DE AUXÍLIO-TRANSPORTE AOS INTEGRANTES DA POLÍCIA CIVIL E MILITAR EM ATIVIDADE OU INATIVIDADE. AUSÊNCIA DE PRÉVIO CONVÊNIO INTERESTADUAL. PERMISSÃO GENÉRICA AO EXECUTIVO. INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 13.561/2002 DO ESTADO DO PARANÁ. 1. A concessão de benefício ou de incentivo fiscal relativo ao ICMS sem prévio convênio interestadual que os autorize viola o art. 155, § 2º, XII, g da Constituição. 2. Todos os critérios essenciais para a identificação dos elementos que deverão ser retirados do campo de incidência do tributo (regra-matriz) devem estar previstos em lei, nos termos do art. 150, § 6º da Constituição. A permissão para que tais elementos fossem livremente definidos em decreto do Poder Executivo viola a separação de funções estatais prevista na Constituição. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente.” (ADI 2.688, Pleno, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 26.08.11) Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786553. Supremo Tribunal Federal RE 586.560 AGR / RN Chefe do Executivo a prerrogativa extraordinária de dispor, normativamente, sobre tais categorias temáticas, sob pena de ofensa ao postulado nuclear da separação de poderes e de transgressão ao princípio da reserva constitucional de competência legislativa” (ADI 1.247, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 8.9.95). No mesmo sentido, o seguinte julgado: “Ementa: TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL. ISENÇÃO CONCEDIDA A TÍTULO DE AUXÍLIO-TRANSPORTE AOS INTEGRANTES DA POLÍCIA CIVIL E MILITAR EM ATIVIDADE OU INATIVIDADE. AUSÊNCIA DE PRÉVIO CONVÊNIO INTERESTADUAL. PERMISSÃO GENÉRICA AO EXECUTIVO. INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 13.561/2002 DO ESTADO DO PARANÁ. 1. A concessão de benefício ou de incentivo fiscal relativo ao ICMS sem prévio convênio interestadual que os autorize viola o art. 155, § 2º, XII, g da Constituição. 2. Todos os critérios essenciais para a identificação dos elementos que deverão ser retirados do campo de incidência do tributo (regra-matriz) devem estar previstos em lei, nos termos do art. 150, § 6º da Constituição. A permissão para que tais elementos fossem livremente definidos em decreto do Poder Executivo viola a separação de funções estatais prevista na Constituição. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente.” (ADI 2.688, Pleno, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 26.08.11) Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786553. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586.560 PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN ADV.(A/S) : ANNA CHRISTINA PISCO ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE JANDUÍS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765367 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586.560 PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN ADV.(A/S) : ANNA CHRISTINA PISCO ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE JANDUÍS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765367 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2798549
2012-09-04T00:00:00
2012-09-21T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA. DECRETO 13.402/97 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. REMISSÃO DE DÉBITOS DE ICMS NÃO PREVISTA EM LEI. IMPOSSIBILIDADE. ARTIGO 150, § 6º, DA CF/88. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A repercussão geral é presumida quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante desta Corte (artigo 323, § 1º, do RISTF ). 2. “A outorga de qualquer subsídio, isenção ou crédito presumido, a redução de base de cálculo e a concessão de anistia ou remissão em matéria tributária só podem ser deferidas mediante lei específica, sendo vedado ao Poder Legislativo conferir ao Chefe do Executivo a prerrogativa extraordinária de dispor, normativamente, sobre tais categorias temáticas, sob pena de ofensa ao postulado nuclear da separação de poderes e de transgressão ao princípio da reserva constitucional de competência legislativa” (ADI 1.247, Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 8.9.95). No mesmo sentido: ADI 2.688, Pleno, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 26.08.11. 3. In casu, o acórdão originalmente recorrido assentou que: CONSTITUCIONAL, TRIBUTÁRIO E ADMINSITRATIVO. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE DE PARTE, COMO LITISCONSORTE PASSIVA DA AÇÃO, SUCITADA PELA COSERN. REJEIÇÃO. POSSIBILIDADE DE DESCONSTITUIÇÃO DA REMISSÃO, A AFETAR, INDUBITAVELMENTE, A COMPANHI ANERGÉTICA. OBSERVÂNCIA AO ART. 47, DO CPC. ICMS. REMISSÃO, MEDIANTE DECRETO DO GOVERNADOR DO ESTADO. AUSÊNCIA DE LEI ESPECÍFICA. INFRINGÊNCAI AO ART. 150, § 6º, CF. NULIDADE DO ATO GOVERNAMENTAL. EFEITOS ‘EX TUNC’. REPERCUSSÃO DA INVALIDAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO. DIREITO DOS MUNICÍPIOS A 25% DO PRODUTO DA ARRECADAÇÃO DO ICMS, CUJAS PARCELAS DE RECEITAS SERÃO CREDITADAS OBSERVADO O CRITÉRIO DE 3/4, NO MÍNIMO, NA RESPECTIVA OPERAÇÃO GERADORA DO IMPOSTO, REALIZADA NO TERRITÓRIO DO MUNICÍPIO BENEFICIADO. PREVALÊNCIA DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA PARA O CONTRIBUINTE E O DIREITO À ARRECADAÇÃO PARA O ENTE PÚBLICO COMPETENTE, COM A APLICAÇÃO COMPULSÓRIA DO PROCEDIMENTO RELATIVO À BUSCA DA RECUPERAÇÃO DA RECEITA TRIBUTÁRIA ANTERIORMENTE PERDOADA, OBEDECIDA A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL À ESPÉCIE. LEVANTAMENTO, APURAÇÃO E COBRANÇA DO IMPOSTO DEVIDO QUE SE IMPÕE. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur215062
- Acórdãos citados: ADI 1247 - Tribunal Pleno, ADI 2688 - Tribunal Pleno. Número de páginas: 10. Análise: 01/10/2012, LLD.
LUIZ FUX
Primeira Turma
586560
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00150 PAR-00006 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LCP-000024 ANO-1975\r\n LEI COMPLEMENTAR\r\n\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00323 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-EST DEC-013402 ANO-1997\r\n DECRETO, RN" ]
RE-AgR
acordaos
RE 586560 AgR
[ "" ]
INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ADV.(A/S) : ARMANDO ROBERTO HOLANDA LEITE ADV.(A/S) : ANNA CHRISTINA PISCO ROCHA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : COMPANHIA ENERGÉTICA DO RIO GRANDE DO NORTE - COSERN AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE JANDUÍS E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586 . 560", "ADI 1 . 247", "ADI 2 . 688", "RE 586 . 560 AGR / RN", "RE 586 . 560 AGR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586 . 560", "RE 586 . 560 AGR / RN", "RE 586 . 560 AGR / RN", "RE 586 . 560 AGR / RN", "AI n . 329 . 359 - AgR", "AI n . 508 . 525 - AgR", "AI n . 448 . 152 - AgR", "AI n . 447 . 090 - AgR", "RE 586 . 560", "AI n . 329 . 359 - AgR", "AI n . 508 . 525 - AgR", "AI n . 448 . 152 - AgR", "AI n . 447 . 090 - AgR", "RE 586 . 560 AGR / RN", "ADI 1 . 247", "RE 586 . 560 AGR / RN", "ADI 1 . 247", "RE 586 . 560 AGR /", "RE 586 . 560 AGR /", "RE 586 . 560 AGR", "ADI 1 . 247", "ADI 2 . 688", "RE 586 . 560 AGR", "ADI 1 . 247", "ADI 2 . 688", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586 . 560", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 586 . 560" ], "LEGISLACAO": [ "DECRETO 13 . 402 / 97", "ARTIGO 150 , § [UNK] , DA CF / 88", "artigo 323 , § [UNK] , do RISTF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 47 , DO CPC", "ART . 150 , § [UNK] , CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 47 , DO CPC", "ART . 150 , § [UNK] , CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 102 , III , ‘ a ’ , da Constituição do Brasil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 102 , III , ‘ a ’ , da Constituição do Brasil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 47 , DO CPC", "ART . 150 , § [UNK] , CF", "arts . 150 , § [UNK] , e 155 , § [UNK] , XII , ‘ g ’ , da CB / 88", "arts . [UNK] , LIV e LV , e 155 , § [UNK] , XII , ‘ g ’ , da CB / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 47 , DO CPC", "ART . 150 , § [UNK] , CF", "arts . [UNK] , LIV e LV , e 155 , § [UNK] , XII , ‘ g ’ , da CB / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CF , ART . 155 , § [UNK] , XII , ‘ G ’", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CF , ART . 155 , § [UNK] , XII , ‘ G ’", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 21 , § [UNK] , do RISTF .", "artigo 150 , § [UNK] , da Constituição Federal", "Lei Complementar [UNK] 24 / 75", "DECRETO ESTADUAL [UNK] 13 . 402 /", "ARTS . [UNK] , INCISOS LIV E LV , 150 , § [UNK] , E 155 , § [UNK] , INCISO XII , ‘ g ’ , DA CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 21 , § [UNK] , do RISTF .", "artigo 150 , § [UNK] , da Constituição Federal", "Lei Complementar [UNK] 24 / 75", "DECRETO ESTADUAL [UNK] 13 . 402 / 97", "ARTS . [UNK] , INCISOS LIV E LV , 150 , § [UNK] , E 155 , § [UNK] , INCISO XII , ‘ g ’ , DA CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Decreto 13 . 402 / 97", "artigo 150 , § [UNK] , da CF / 88", "LC 24 / 75", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Decreto 13 . 402 / 97", "artigo 150 , § [UNK] , da CF / 88", "LC 24 / 75", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI 13 . 561 / 2002", "art . 155 , § [UNK] , XII , g da Constituição .", "art . 150 , § [UNK] da Constituição", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI 13 . 561 / 2002", "art . 155 , § [UNK] , XII , g da Constituição", "art . 150 , § [UNK] da Constituição", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Art . 41 do RISTF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Art . 41 do RISTF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE", "Brasília", "Brasília", "RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE 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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.282 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :JOEL FERREIRA DOS PASSOS ADV.(A/S) :DANIEL VON HOHENDORFF AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE PORTÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNÍCIPIO DE PORTÃO EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. LICENÇA-PRÊMIO. LEI LOCAL. CONTESTAÇÃO EM FACE DE LEI FEDERAL. INEXISTÊNCIA. A Corte de origem não julgou válida lei local contestada em face de lei federal. Impossibilidade do exame de recurso extraordinário interposto com fundamento no art. 102, III, ‘d’, da Constituição Federal. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 04 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691435. Supremo Tribunal Federal DJe 25/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.282 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :JOEL FERREIRA DOS PASSOS ADV.(A/S) :DANIEL VON HOHENDORFF AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE PORTÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNÍCIPIO DE PORTÃO RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão monocrática proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual dado provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, maneja agravo regimental Joel Ferreira dos Passos. Quanto à alegada violação do art. 37, X, da Constituição Federal foi aplicada a sistemática da repercussão geral (arts. 543-B do CPC e 328 do RISTF). No tocante ao direito à licença prêmio, o recurso teve seu seguimento negado, forte na aplicação da Súmula 284/STF. O agravante sustenta que “apontou o dispositivo constitucional violado” (fl. 407). Aduz que “se discute a incidência de lei federal, lei de introdução ao código civil [sic], ao caso concreto, tendo a Corte julgada válida lei municipal, lei local, frente à lei de introdução ao código civil [sic]” (fl. 407). Afirma ser “cabível a apreciação da matéria, revogação de lei, em sede de recurso extraordinário, face ao disposto no art. 102, III, ‘d’, da CF” (fl. 408). Reitera a alegação de que é “devido o deferimento de licença-prêmio, com a fixação de seu período ou, em caso de indeferimento, a contagem em dobro do tempo de licença-prêmio, para fins de gratificação adicional e aposentadoria, na forma do art. 165 da lei 175/52 e do atual estatuto do funcionalismo estadual” (fl. 413). Acórdão do Tribunal de origem publicado em 26.10.2007 (fl. 303). Substituição do Relator à fl. 422 (art. 38 do RISTF). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691436. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.282 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :JOEL FERREIRA DOS PASSOS ADV.(A/S) :DANIEL VON HOHENDORFF AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE PORTÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNÍCIPIO DE PORTÃO RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão monocrática proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual dado provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, maneja agravo regimental Joel Ferreira dos Passos. Quanto à alegada violação do art. 37, X, da Constituição Federal foi aplicada a sistemática da repercussão geral (arts. 543-B do CPC e 328 do RISTF). No tocante ao direito à licença prêmio, o recurso teve seu seguimento negado, forte na aplicação da Súmula 284/STF. O agravante sustenta que “apontou o dispositivo constitucional violado” (fl. 407). Aduz que “se discute a incidência de lei federal, lei de introdução ao código civil [sic], ao caso concreto, tendo a Corte julgada válida lei municipal, lei local, frente à lei de introdução ao código civil [sic]” (fl. 407). Afirma ser “cabível a apreciação da matéria, revogação de lei, em sede de recurso extraordinário, face ao disposto no art. 102, III, ‘d’, da CF” (fl. 408). Reitera a alegação de que é “devido o deferimento de licença-prêmio, com a fixação de seu período ou, em caso de indeferimento, a contagem em dobro do tempo de licença-prêmio, para fins de gratificação adicional e aposentadoria, na forma do art. 165 da lei 175/52 e do atual estatuto do funcionalismo estadual” (fl. 413). Acórdão do Tribunal de origem publicado em 26.10.2007 (fl. 303). Substituição do Relator à fl. 422 (art. 38 do RISTF). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691436. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório AI 727.282 AGR / RS 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691436. Supremo Tribunal Federal AI 727.282 AGR / RS 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691436. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.282 RIO GRANDE DO SUL VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. A hipótese dos autos versa sobre concessão de licença prêmio e sobre o cabimento de indenização aos servidores públicos em razão de omissão legislativa relativa ao reajuste anual dos vencimentos, conforme preceitua o art. 37, X, da Constituição Federal. 2. Com relação à licença prêmio, revela-se deficiente o recurso porque o agravante não apontou, nas razões do RE, os dispositivos constitucionais que teriam sido violados pelo acórdão recorrido (Súmula STF 284). Veja-se o AI 408.959-AgR, rel. Min. Cezar Peluso, 1ª Turma, unânime, DJ 18.03.2005, e o RE 560.905-AgR, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 10.04.2008, cuja ementa transcrevo: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NÃO INDICAÇÃO DOS ARTIGOS VIOLADOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284-STF. 2. Controvérsia decidida à luz da legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. Inadmissibilidade do recurso extraordinário. 3. A agravante não conseguiu demonstrar de modo objetivo qual o artigo da Constituição do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691437. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.282 RIO GRANDE DO SUL VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. A hipótese dos autos versa sobre concessão de licença prêmio e sobre o cabimento de indenização aos servidores públicos em razão de omissão legislativa relativa ao reajuste anual dos vencimentos, conforme preceitua o art. 37, X, da Constituição Federal. 2. Com relação à licença prêmio, revela-se deficiente o recurso porque o agravante não apontou, nas razões do RE, os dispositivos constitucionais que teriam sido violados pelo acórdão recorrido (Súmula STF 284). Veja-se o AI 408.959-AgR, rel. Min. Cezar Peluso, 1ª Turma, unânime, DJ 18.03.2005, e o RE 560.905-AgR, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 10.04.2008, cuja ementa transcrevo: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NÃO INDICAÇÃO DOS ARTIGOS VIOLADOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284-STF. 2. Controvérsia decidida à luz da legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. Inadmissibilidade do recurso extraordinário. 3. A agravante não conseguiu demonstrar de modo objetivo qual o artigo da Constituição do Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691437. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 727.282 AGR / RS Brasil teria sido violado pelo acórdão e a fundamentação respectiva capaz de ensejar a exata compreensão da controvérsia. Incidência da Súmula n. 284 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento.’ 3. Quanto à pretendida indenização por omissão legislativa, esta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 565.089, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 31.01.2008. No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 16.10.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, DJe 04.09.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC. 4. Dessa forma, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e assim decidir: a) Quanto à alegada violação ao art. 37, X, da Constituição Federal, nos termos do art. 328 do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil; b) No tocante ao direito à licença prêmio, dada a incidência da Súmula STF 284, nego seguimento ao recurso extraordinário.” (fls. 382-3) Nada colhe. Reputo adequado à solução da controvérsia reproduzir o seguinte trecho do acórdão proferido pelo Tribunal de origem: “Passo ao exame do mérito da irresignação do autor que, adianto, não prospera em nenhum de seus termos, como tem ocorrido em inúmeros precedentes oriundos da mesma Comarca de Portão. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691437. Supremo Tribunal Federal AI 727.282 AGR / RS Brasil teria sido violado pelo acórdão e a fundamentação respectiva capaz de ensejar a exata compreensão da controvérsia. Incidência da Súmula n. 284 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento.’ 3. Quanto à pretendida indenização por omissão legislativa, esta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 565.089, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 31.01.2008. No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 16.10.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, DJe 04.09.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC. 4. Dessa forma, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e assim decidir: a) Quanto à alegada violação ao art. 37, X, da Constituição Federal, nos termos do art. 328 do RISTF, determino a devolução dos autos ao Tribunal de origem para que seja observado o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil; b) No tocante ao direito à licença prêmio, dada a incidência da Súmula STF 284, nego seguimento ao recurso extraordinário.” (fls. 382-3) Nada colhe. Reputo adequado à solução da controvérsia reproduzir o seguinte trecho do acórdão proferido pelo Tribunal de origem: “Passo ao exame do mérito da irresignação do autor que, adianto, não prospera em nenhum de seus termos, como tem ocorrido em inúmeros precedentes oriundos da mesma Comarca de Portão. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691437. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 727.282 AGR / RS Para que se estabeleça o enfoque a ser dado à análise das questões colocadas no recurso, impõe-se destacar que o princípio da legalidade, especificamente no comando da lei local, justifica o afastamento da pretensão do apelante, como se verá. Pretende o autor a declaração da incidência do Estatuto dos Servidores Estaduais por força da LM nº 3246/80, que não teria sido revogada pelas legislações que lhe sucederam, em especial a LM nº 425/92, que instituiu o Regime Jurídico Único no Município de Portão. Como se verifica, a partir do ano de 1992, os servidores públicos municipais de Portão passaram a ser regidos pela Lei Municipal nº 425/92, que não previu dentre as licenças possíveis de serem concedidas aos seus servidores (artigos 120 e seguintes), a licença-prêmio. A LM nº 3246/80, que garantia aos servidores públicos municipais, os direitos dos funcionários públicos estaduais, fora expressamente revogada pela LM nº 425/92, que em seu art. 259, expressamente estabeleceu: ‘Art. 259 – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogada toda a legislação municipal que disponha de matéria de que trata a presente lei.’ Em 1996, foi editada a Lei Municipal nº 804, que, igualmente, ao instituir o Regime Jurídico Único dos Servidores do Município de Portão, não previu dentre as licenças ali elencadas, a concessão de licença-prêmio, ou assiduidade, também revogando as demais legislações em sentido contrário. Tais fatos demonstram a impossibilidade da pretendida interpretação analógica com a legislação estadual para amparar a pretensão do recorrente, na medida em que a Administração está limitada pelo princípio da legalidade. Havendo lei local dispondo sobre a matéria deve ela ser rigorosamente observada, até porque o município goza de autonomia político-administrativa, podendo organizar seu quadro de pessoal independentemente dos demais entes federativos, nos termos do art. 18 da CF/88. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691437. Supremo Tribunal Federal AI 727.282 AGR / RS Para que se estabeleça o enfoque a ser dado à análise das questões colocadas no recurso, impõe-se destacar que o princípio da legalidade, especificamente no comando da lei local, justifica o afastamento da pretensão do apelante, como se verá. Pretende o autor a declaração da incidência do Estatuto dos Servidores Estaduais por força da LM nº 3246/80, que não teria sido revogada pelas legislações que lhe sucederam, em especial a LM nº 425/92, que instituiu o Regime Jurídico Único no Município de Portão. Como se verifica, a partir do ano de 1992, os servidores públicos municipais de Portão passaram a ser regidos pela Lei Municipal nº 425/92, que não previu dentre as licenças possíveis de serem concedidas aos seus servidores (artigos 120 e seguintes), a licença-prêmio. A LM nº 3246/80, que garantia aos servidores públicos municipais, os direitos dos funcionários públicos estaduais, fora expressamente revogada pela LM nº 425/92, que em seu art. 259, expressamente estabeleceu: ‘Art. 259 – Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogada toda a legislação municipal que disponha de matéria de que trata a presente lei.’ Em 1996, foi editada a Lei Municipal nº 804, que, igualmente, ao instituir o Regime Jurídico Único dos Servidores do Município de Portão, não previu dentre as licenças ali elencadas, a concessão de licença-prêmio, ou assiduidade, também revogando as demais legislações em sentido contrário. Tais fatos demonstram a impossibilidade da pretendida interpretação analógica com a legislação estadual para amparar a pretensão do recorrente, na medida em que a Administração está limitada pelo princípio da legalidade. Havendo lei local dispondo sobre a matéria deve ela ser rigorosamente observada, até porque o município goza de autonomia político-administrativa, podendo organizar seu quadro de pessoal independentemente dos demais entes federativos, nos termos do art. 18 da CF/88. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691437. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 727.282 AGR / RS Com isso, fica afastada a alegada incidência à espécie da Lei de Introdução do Código Civil, quanto à aplicação de lei municipal.” (fls. 299 verso-300) Da leitura do acórdão recorrido e das razões recursais, verifico que o Tribunal a quo não julgou válida lei local contestada em face de lei federal, conforme exigido pelo art. 102, III, ‘d’, da Constituição Federal, dispositivo invocado pelo agravante como autorizador da interposição do recurso extraordinário. A discussão em torno da possibilidade de interpretação analógica de legislação estadual para a concessão de licença-prêmio ao ora agravante restou afastada, pela instância de origem, em razão da existência de lei municipal sobre a matéria. Tampouco o ora agravante demonstrou, nas razões do recurso extraordinário, de que forma a Corte de origem teria ofendido o sistema de repartição de competências legislativas previsto na Constituição Federal. Ressalto que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal exige tal demonstração para que o recurso extraordinário seja apreciado. Nesse sentido, cito o AI 774.514-AgR/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, por unanimidade, DJe 1º.10.2010, cujo acórdão está assim ementado: “CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. CONSTITUIÇÃO, ART. 102, III, D. CABIMENTO. INVIABILIDADE. INTERPRETAÇÃO DE LEI ORDINÁRIA. QUESTÃO MERAMENTE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE CONFLITO DE COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS. Nos termos da orientação deste Tribunal, cabe à parte impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso. Ademais, o enquadramento do recurso extraordinário na hipótese de cabimento inscrita no art. 102, III, ‘d’ exige a demonstração, pelo recorrente, de que a Corte de origem, ao julgar válida lei local contestada em face de lei federal, ofendeu o sistema de repartição de competências 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691437. Supremo Tribunal Federal AI 727.282 AGR / RS Com isso, fica afastada a alegada incidência à espécie da Lei de Introdução do Código Civil, quanto à aplicação de lei municipal.” (fls. 299 verso-300) Da leitura do acórdão recorrido e das razões recursais, verifico que o Tribunal a quo não julgou válida lei local contestada em face de lei federal, conforme exigido pelo art. 102, III, ‘d’, da Constituição Federal, dispositivo invocado pelo agravante como autorizador da interposição do recurso extraordinário. A discussão em torno da possibilidade de interpretação analógica de legislação estadual para a concessão de licença-prêmio ao ora agravante restou afastada, pela instância de origem, em razão da existência de lei municipal sobre a matéria. Tampouco o ora agravante demonstrou, nas razões do recurso extraordinário, de que forma a Corte de origem teria ofendido o sistema de repartição de competências legislativas previsto na Constituição Federal. Ressalto que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal exige tal demonstração para que o recurso extraordinário seja apreciado. Nesse sentido, cito o AI 774.514-AgR/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, por unanimidade, DJe 1º.10.2010, cujo acórdão está assim ementado: “CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. CONSTITUIÇÃO, ART. 102, III, D. CABIMENTO. INVIABILIDADE. INTERPRETAÇÃO DE LEI ORDINÁRIA. QUESTÃO MERAMENTE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE CONFLITO DE COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS. Nos termos da orientação deste Tribunal, cabe à parte impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso. Ademais, o enquadramento do recurso extraordinário na hipótese de cabimento inscrita no art. 102, III, ‘d’ exige a demonstração, pelo recorrente, de que a Corte de origem, ao julgar válida lei local contestada em face de lei federal, ofendeu o sistema de repartição de competências 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691437. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 727.282 AGR / RS legislativas estatuído na Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento.” Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691437. Supremo Tribunal Federal AI 727.282 AGR / RS legislativas estatuído na Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento.” Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691437. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.282 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : JOEL FERREIRA DOS PASSOS ADV.(A/S) : DANIEL VON HOHENDORFF AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNÍCIPIO DE PORTÃO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765412 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 727.282 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : JOEL FERREIRA DOS PASSOS ADV.(A/S) : DANIEL VON HOHENDORFF AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNÍCIPIO DE PORTÃO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765412 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2822326
2012-09-04T00:00:00
2012-09-25T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. LICENÇA-PRÊMIO. LEI LOCAL. CONTESTAÇÃO EM FACE DE LEI FEDERAL. INEXISTÊNCIA. A Corte de origem não julgou válida lei local contestada em face de lei federal. Impossibilidade do exame de recurso extraordinário interposto com fundamento no art. 102, III, ‘d’, da Constituição Federal. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur215351
- Acórdão citado: AI 774514 AgR. Número de páginas: 9. Análise: 02/10/2012, LLD.
ROSA WEBER
Primeira Turma
727282
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 LET-D \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
AI-AgR
acordaos
AI 727282 AgR
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AGTE.(S) : JOEL FERREIRA DOS PASSOS ADV.(A/S) : DANIEL VON HOHENDORFF AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PORTÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNÍCIPIO DE PORTÃO
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 727 . 282", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 727 . 282", "Súmula 284 / STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 727 . 282", "Súmula 284 / STF", "AI 727 . 282 AGR / RS", "AI 727 . 282 AGR / RS", "Súmula STF 284", "AI 408 . 959 - AgR", "RE 560 . 905 - AgR", "SÚMULA 284 - STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 727 . 282", "Súmula STF 284", "AI 408 . 959 - AgR", "RE 560 . 905 - AgR", "SÚMULA 284 - STF", "AI 727 . 282 AGR / RS", "Súmula n . 284 do Supremo Tribunal Federal", "RE 565 . 089", "RE 540 . 410 - QO", "AI 715 . 423 - QO", "Súmula STF 284", "AI 727 . 282 AGR", "Súmula n . 284 do Supremo Tribunal Federal", "RE 565 . 089", "RE 540 . 410 - QO", "AI 715 . 423 - QO", "Súmula STF 284", "AI 727 . 282 AGR / RS", "AI 727 . 282 AGR / RS", "AI 727 . 282 AGR / RS", "AI 774 . 514 - AgR / SP", "AI 727 . 282 AGR / RS", "AI 774 . 514 - AgR / SP", "AI 727 . 282 AGR / RS", "AI 727 . 282 AGR / RS", "AGRAVO", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 727 . 282" ], "LEGISLACAO": [ "art . 102 , III , ‘ d ’ , 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 346.197 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ASSISTENTES JURÍDICOS DA UNIÃO - ANAJUR ADV.(A/S) :HUMBERTO LACERDA ALVES INTDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Previdenciário. Servidor público. Contribuição previdenciária. Alíquota progressiva. Impossibilidade. Precedentes. 1. Esta Corte já decidiu que a instituição de alíquotas progressivas para a contribuição previdenciária dos servidores públicos ofende o princípio da vedação à utilização de qualquer tributo com efeito de confisco (art. 150, inciso IV, da Constituição Federal). 2. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034522. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 346.197 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ASSISTENTES JURÍDICOS DA UNIÃO - ANAJUR ADV.(A/S) :HUMBERTO LACERDA ALVES INTDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que neguei seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, assim ementado, na parte que interessa: ‘PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SERVIDORES ATIVOS. LEI 9.783/99. LEGITIMIDADE PASSIVA. (...) 4. No mesmo julgamento, o Supremo Tribunal Federal, por maioria, deferiu pedido de liminar para suspender a eficácia do art. 2º e seu parágrafo único da Lei Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 346.197 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ASSISTENTES JURÍDICOS DA UNIÃO - ANAJUR ADV.(A/S) :HUMBERTO LACERDA ALVES INTDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que neguei seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA interpõe recurso extraordinário, com fundamento na alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão da Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, assim ementado, na parte que interessa: ‘PROCESSUAL CIVIL, CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. SERVIDORES ATIVOS. LEI 9.783/99. LEGITIMIDADE PASSIVA. (...) 4. No mesmo julgamento, o Supremo Tribunal Federal, por maioria, deferiu pedido de liminar para suspender a eficácia do art. 2º e seu parágrafo único da Lei Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13 Relatório RE 346.197 AGR / DF 9.783/99, que majora, progressivamente, a contribuição previdenciária devida pelos servidores públicos ativos’ (fl. 285). Sustenta o recorrente violação dos artigos 5º, caput, 37, 61, § 1º e inciso II, 62, 145, § 1º, 150, 194, 195, § 4º, da Constituição Federal, uma vez que não há se falar em efeito confiscatório da contribuição, pois não destrói a fonte dos recursos, os proventos do Recorrido, muito pelo contrário, visa única e exclusivamente garantir o equilíbrio entre o custeio e a despesa da previdência social’ (fl. 309). Sem contrarrazões (fl. 316V), o recurso extraordinário (fls. 300 a 316) foi admitido (fl. 317). Decido. Anote-se, primeiramente, que o acórdão recorrido foi publicado em 4/5/01, como expresso na certidão de folha 286, não sendo exigível, conforme decidido na Questão de Ordem no AI nº 664.567, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. A irresignação não merece prosperar. No que se refere aos artigos 5º, caput, 37, 61, § 1º e inciso II, 62, 145, § 1º, 194, 195, § 4º, da Constituição Federal, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. Verifica-se que a análise da eventual ofensa à Constituição, no que se refere à alegação de ilegitimidade passiva ad causam , demandaria o exame prévio da legislação infraconstitucional. Desse modo, a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR: 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Supremo Tribunal Federal RE 346.197 AGR / DF 9.783/99, que majora, progressivamente, a contribuição previdenciária devida pelos servidores públicos ativos’ (fl. 285). Sustenta o recorrente violação dos artigos 5º, caput, 37, 61, § 1º e inciso II, 62, 145, § 1º, 150, 194, 195, § 4º, da Constituição Federal, uma vez que não há se falar em efeito confiscatório da contribuição, pois não destrói a fonte dos recursos, os proventos do Recorrido, muito pelo contrário, visa única e exclusivamente garantir o equilíbrio entre o custeio e a despesa da previdência social’ (fl. 309). Sem contrarrazões (fl. 316V), o recurso extraordinário (fls. 300 a 316) foi admitido (fl. 317). Decido. Anote-se, primeiramente, que o acórdão recorrido foi publicado em 4/5/01, como expresso na certidão de folha 286, não sendo exigível, conforme decidido na Questão de Ordem no AI nº 664.567, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. A irresignação não merece prosperar. No que se refere aos artigos 5º, caput, 37, 61, § 1º e inciso II, 62, 145, § 1º, 194, 195, § 4º, da Constituição Federal, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. Verifica-se que a análise da eventual ofensa à Constituição, no que se refere à alegação de ilegitimidade passiva ad causam , demandaria o exame prévio da legislação infraconstitucional. Desse modo, a alegada violação dos dispositivos constitucionais invocados seria, se ocorresse, indireta ou reflexa, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: ‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. ASSOCIAÇÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR: 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13 Relatório RE 346.197 AGR / DF LEGITIMIDADE ATIVA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil’ (AI nº 642.194/RS- AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJE de 13/3/09). Ademais, observa-se que a lide trata da instituição, pela Lei nº 9.783/99, de alíquotas progressivas para a contribuição previdenciária dos servidores públicos em atividade. A irresignação, todavia, não merece prosperar, uma vez que esta Corte no julgamento da ADI nº 2.010/DF–MC, Relator o Ministro Celso de Mello, em sede de cautelar, firmou entendimento no sentido de ser vedada a progressividade de alíquotas referentes à contribuição de seguridade social recolhida dos servidores ativos. Colhe-se parte da ementa: ‘CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL - SERVIDORES EM ATIVIDADE - ESTRUTURA PROGRESSIVA DAS ALÍQUOTAS: A PROGRESSIVIDADE EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA SUPÕE EXPRESSA AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL. RELEVO JURÍDICO DA TESE. - Relevo jurídico da tese segundo a qual o legislador comum, fora das hipóteses taxativamente indicadas no texto da Carta Política, não pode valer-se da progressividade na definição das alíquotas pertinentes à contribuição de seguridade social devida por servidores públicos em atividade. Tratando-se de matéria sujeita a estrita previsão constitucional - CF, art. 153, § 2º, I; art. 153, § 4º; art. 156, § 1º; art. 182, § 4º, II; art. 195, § 9º (contribuição social devida pelo empregador) - inexiste 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Supremo Tribunal Federal RE 346.197 AGR / DF LEGITIMIDADE ATIVA. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil’ (AI nº 642.194/RS- AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJE de 13/3/09). Ademais, observa-se que a lide trata da instituição, pela Lei nº 9.783/99, de alíquotas progressivas para a contribuição previdenciária dos servidores públicos em atividade. A irresignação, todavia, não merece prosperar, uma vez que esta Corte no julgamento da ADI nº 2.010/DF–MC, Relator o Ministro Celso de Mello, em sede de cautelar, firmou entendimento no sentido de ser vedada a progressividade de alíquotas referentes à contribuição de seguridade social recolhida dos servidores ativos. Colhe-se parte da ementa: ‘CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL - SERVIDORES EM ATIVIDADE - ESTRUTURA PROGRESSIVA DAS ALÍQUOTAS: A PROGRESSIVIDADE EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA SUPÕE EXPRESSA AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL. RELEVO JURÍDICO DA TESE. - Relevo jurídico da tese segundo a qual o legislador comum, fora das hipóteses taxativamente indicadas no texto da Carta Política, não pode valer-se da progressividade na definição das alíquotas pertinentes à contribuição de seguridade social devida por servidores públicos em atividade. Tratando-se de matéria sujeita a estrita previsão constitucional - CF, art. 153, § 2º, I; art. 153, § 4º; art. 156, § 1º; art. 182, § 4º, II; art. 195, § 9º (contribuição social devida pelo empregador) - inexiste 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13 Relatório RE 346.197 AGR / DF espaço de liberdade decisória para o Congresso Nacional, em tema de progressividade tributária, instituir alíquotas progressivas em situações não autorizadas pelo texto da Constituição. Inaplicabilidade, aos servidores estatais, da norma inscrita no art. 195, § 9º, da Constituição, introduzida pela EC nº 20/98. A inovação do quadro normativo resultante da promulgação da EC nº 20/98 - que introduziu, na Carta Política, a regra consubstanciada no art. 195, § 9º (contribuição patronal) - parece tornar insuscetível de invocação o precedente firmado na ADI nº 790-DF (RTJ 147/921). A TRIBUTAÇÃO CONFISCATÓRIA É VEDADA PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende cabível, em sede de controle normativo abstrato, a possibilidade de a Corte examinar se determinado tributo ofende, ou não, o princípio constitucional da não-confiscatoriedade consagrado no art. 150, IV, da Constituição. Precedente: ADI 1.075-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO (o Relator ficou vencido, no precedente mencionado, por entender que o exame do efeito confiscatório do tributo depende da apreciação individual de cada caso concreto). - A proibição constitucional do confisco em matéria tributária nada mais representa senão a interdição, pela Carta Política, de qualquer pretensão governamental que possa conduzir, no campo da fiscalidade, à injusta apropriação estatal, no todo ou em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, ou a prática de atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas necessidades vitais (educação, saúde e habitação, por exemplo). A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, mediante verificação da capacidade de que dispõe o contribuinte - considerado o montante de sua riqueza (renda e capital) - 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Supremo Tribunal Federal RE 346.197 AGR / DF espaço de liberdade decisória para o Congresso Nacional, em tema de progressividade tributária, instituir alíquotas progressivas em situações não autorizadas pelo texto da Constituição. Inaplicabilidade, aos servidores estatais, da norma inscrita no art. 195, § 9º, da Constituição, introduzida pela EC nº 20/98. A inovação do quadro normativo resultante da promulgação da EC nº 20/98 - que introduziu, na Carta Política, a regra consubstanciada no art. 195, § 9º (contribuição patronal) - parece tornar insuscetível de invocação o precedente firmado na ADI nº 790-DF (RTJ 147/921). A TRIBUTAÇÃO CONFISCATÓRIA É VEDADA PELA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. - A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal entende cabível, em sede de controle normativo abstrato, a possibilidade de a Corte examinar se determinado tributo ofende, ou não, o princípio constitucional da não-confiscatoriedade consagrado no art. 150, IV, da Constituição. Precedente: ADI 1.075-DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO (o Relator ficou vencido, no precedente mencionado, por entender que o exame do efeito confiscatório do tributo depende da apreciação individual de cada caso concreto). - A proibição constitucional do confisco em matéria tributária nada mais representa senão a interdição, pela Carta Política, de qualquer pretensão governamental que possa conduzir, no campo da fiscalidade, à injusta apropriação estatal, no todo ou em parte, do patrimônio ou dos rendimentos dos contribuintes, comprometendo-lhes, pela insuportabilidade da carga tributária, o exercício do direito a uma existência digna, ou a prática de atividade profissional lícita ou, ainda, a regular satisfação de suas necessidades vitais (educação, saúde e habitação, por exemplo). A identificação do efeito confiscatório deve ser feita em função da totalidade da carga tributária, mediante verificação da capacidade de que dispõe o contribuinte - considerado o montante de sua riqueza (renda e capital) - 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13 Relatório RE 346.197 AGR / DF para suportar e sofrer a incidência de todos os tributos que ele deverá pagar, dentro de determinado período, à mesma pessoa política que os houver instituído (a União Federal, no caso), condicionando-se, ainda, a aferição do grau de insuportabilidade econômico-financeira, à observância, pelo legislador, de padrões de razoabilidade destinados a neutralizar excessos de ordem fiscal eventualmente praticados pelo Poder Público. Resulta configurado o caráter confiscatório de determinado tributo, sempre que o efeito cumulativo - resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal - afetar, substancialmente, de maneira irrazoável, o patrimônio e/ou os rendimentos do contribuinte. - O Poder Público, especialmente em sede de tributação (as contribuições de seguridade social revestem-se de caráter tributário), não pode agir imoderadamente, pois a atividade estatal acha-se essencialmente condicionada pelo princípio da razoabilidade. A CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL POSSUI DESTINAÇÃO CONSTITUCIONAL ESPECÍFICA. - A contribuição de seguridade social não só se qualifica como modalidade autônoma de tributo (RTJ 143/684), como também representa espécie tributária essencialmente vinculada ao financiamento da seguridade social, em função de específica destinação constitucional. A vigência temporária das alíquotas progressivas (art. 2º da Lei nº 9.783/99), além de não implicar concessão adicional de outras vantagens, benefícios ou serviços - rompendo, em conseqüência, a necessária vinculação causal que deve existir entre contribuições e benefícios (RTJ 147/921) - constitui expressiva evidência de que se buscou, unicamente, com a arrecadação desse plus, o aumento da receita da União, em ordem a viabilizar o pagamento de encargos (despesas de pessoal) cuja satisfação deve resultar, ordinariamente, da arrecadação de impostos. RAZÕES DE ESTADO NÃO PODEM SER 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Supremo Tribunal Federal RE 346.197 AGR / DF para suportar e sofrer a incidência de todos os tributos que ele deverá pagar, dentro de determinado período, à mesma pessoa política que os houver instituído (a União Federal, no caso), condicionando-se, ainda, a aferição do grau de insuportabilidade econômico-financeira, à observância, pelo legislador, de padrões de razoabilidade destinados a neutralizar excessos de ordem fiscal eventualmente praticados pelo Poder Público. Resulta configurado o caráter confiscatório de determinado tributo, sempre que o efeito cumulativo - resultante das múltiplas incidências tributárias estabelecidas pela mesma entidade estatal - afetar, substancialmente, de maneira irrazoável, o patrimônio e/ou os rendimentos do contribuinte. - O Poder Público, especialmente em sede de tributação (as contribuições de seguridade social revestem-se de caráter tributário), não pode agir imoderadamente, pois a atividade estatal acha-se essencialmente condicionada pelo princípio da razoabilidade. A CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL POSSUI DESTINAÇÃO CONSTITUCIONAL ESPECÍFICA. - A contribuição de seguridade social não só se qualifica como modalidade autônoma de tributo (RTJ 143/684), como também representa espécie tributária essencialmente vinculada ao financiamento da seguridade social, em função de específica destinação constitucional. A vigência temporária das alíquotas progressivas (art. 2º da Lei nº 9.783/99), além de não implicar concessão adicional de outras vantagens, benefícios ou serviços - rompendo, em conseqüência, a necessária vinculação causal que deve existir entre contribuições e benefícios (RTJ 147/921) - constitui expressiva evidência de que se buscou, unicamente, com a arrecadação desse plus, o aumento da receita da União, em ordem a viabilizar o pagamento de encargos (despesas de pessoal) cuja satisfação deve resultar, ordinariamente, da arrecadação de impostos. RAZÕES DE ESTADO NÃO PODEM SER 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13 Relatório RE 346.197 AGR / DF INVOCADAS PARA LEGITIMAR O DESRESPEITO À SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. - A invocação das razões de Estado - além de deslegitimar-se como fundamento idôneo de justificação de medidas legislativas - representa, por efeito das gravíssimas conseqüências provocadas por seu eventual acolhimento, uma ameaça inadmissível às liberdades públicas, à supremacia da ordem constitucional e aos valores democráticos que a informam, culminando por introduzir, no sistema de direito positivo, um preocupante fator de ruptura e de desestabilização político-jurídica. Nada compensa a ruptura da ordem constitucional. Nada recompõe os gravíssimos efeitos que derivam do gesto de infidelidade ao texto da Lei Fundamental. A defesa da Constituição não se expõe, nem deve submeter-se, a qualquer juízo de oportunidade ou de conveniência, muito menos a avaliações discricionárias fundadas em razões de pragmatismo governamental. A relação do Poder e de seus agentes, com a Constituição, há de ser, necessariamente, uma relação de respeito. Se, em determinado momento histórico, circunstâncias de fato ou de direito reclamarem a alteração da Constituição, em ordem a conferir-lhe um sentido de maior contemporaneidade, para ajustá-la, desse modo, às novas exigências ditadas por necessidades políticas, sociais ou econômicas, impor-se-á a prévia modificação do texto da Lei Fundamental, com estrita observância das limitações e do processo de reforma estabelecidos na própria Carta Política. A DEFESA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA REPRESENTA O ENCARGO MAIS RELEVANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. - O Supremo Tribunal Federal - que é o guardião da Constituição, por expressa delegação do Poder Constituinte - não pode renunciar ao exercício desse encargo, pois, se a Suprema Corte falhar no desempenho da gravíssima atribuição que lhe foi outorgada, a integridade do sistema político, a proteção 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Supremo Tribunal Federal RE 346.197 AGR / DF INVOCADAS PARA LEGITIMAR O DESRESPEITO À SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. - A invocação das razões de Estado - além de deslegitimar-se como fundamento idôneo de justificação de medidas legislativas - representa, por efeito das gravíssimas conseqüências provocadas por seu eventual acolhimento, uma ameaça inadmissível às liberdades públicas, à supremacia da ordem constitucional e aos valores democráticos que a informam, culminando por introduzir, no sistema de direito positivo, um preocupante fator de ruptura e de desestabilização político-jurídica. Nada compensa a ruptura da ordem constitucional. Nada recompõe os gravíssimos efeitos que derivam do gesto de infidelidade ao texto da Lei Fundamental. A defesa da Constituição não se expõe, nem deve submeter-se, a qualquer juízo de oportunidade ou de conveniência, muito menos a avaliações discricionárias fundadas em razões de pragmatismo governamental. A relação do Poder e de seus agentes, com a Constituição, há de ser, necessariamente, uma relação de respeito. Se, em determinado momento histórico, circunstâncias de fato ou de direito reclamarem a alteração da Constituição, em ordem a conferir-lhe um sentido de maior contemporaneidade, para ajustá-la, desse modo, às novas exigências ditadas por necessidades políticas, sociais ou econômicas, impor-se-á a prévia modificação do texto da Lei Fundamental, com estrita observância das limitações e do processo de reforma estabelecidos na própria Carta Política. A DEFESA DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA REPRESENTA O ENCARGO MAIS RELEVANTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. - O Supremo Tribunal Federal - que é o guardião da Constituição, por expressa delegação do Poder Constituinte - não pode renunciar ao exercício desse encargo, pois, se a Suprema Corte falhar no desempenho da gravíssima atribuição que lhe foi outorgada, a integridade do sistema político, a proteção 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13 Relatório RE 346.197 AGR / DF das liberdades públicas, a estabilidade do ordenamento normativo do Estado, a segurança das relações jurídicas e a legitimidade das instituições da República restarão profundamente comprometidas. O inaceitável desprezo pela Constituição não pode converter-se em prática governamental consentida. Ao menos, enquanto houver um Poder Judiciário independente e consciente de sua alta responsabilidade política, social e jurídico-instituciona’ (ADI nº 2.010/DF-MC, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 12/4/02). No mesmo sentido: ‘EMENTA: Contribuição previdenciária sobre vencimentos de servidores em atividade: acórdão recorrido que decidiu pela inconstitucionalidade da progressividade das alíquotas, na linha do entendimento firmado pelo plenário da Corte, no julgamento da ADI MC 2.010, Celso de Mello, DJ 12/4/2002, quando se deferiu medida cautelar para suspender a eficácia do art. 2º e seu parágrafo único, da L. 9.783/99, à vista ‘do relevo jurídico da tese segundo a qual o legislador comum, fora das hipóteses taxativamente indicadas no texto da Carta Política, não pode valer-se da progressividade na definição das alíquotas pertinentes à contribuição de seguridade social devida por servidores públicos em atividade’’ (RE nº 386.098/MT-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 27/2/04). ‘EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL - SERVIDORES EM ATIVIDADE - ESTRUTURA PROGRESSIVA DAS ALÍQUOTAS: IMPOSSIBILIDADE - A PROGRESSIVIDADE EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA SUPÕE EXPRESSA AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL - INEXISTÊNCIA DESSA AUTORIZAÇÃO - 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Supremo Tribunal Federal RE 346.197 AGR / DF das liberdades públicas, a estabilidade do ordenamento normativo do Estado, a segurança das relações jurídicas e a legitimidade das instituições da República restarão profundamente comprometidas. O inaceitável desprezo pela Constituição não pode converter-se em prática governamental consentida. Ao menos, enquanto houver um Poder Judiciário independente e consciente de sua alta responsabilidade política, social e jurídico-instituciona’ (ADI nº 2.010/DF-MC, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 12/4/02). No mesmo sentido: ‘EMENTA: Contribuição previdenciária sobre vencimentos de servidores em atividade: acórdão recorrido que decidiu pela inconstitucionalidade da progressividade das alíquotas, na linha do entendimento firmado pelo plenário da Corte, no julgamento da ADI MC 2.010, Celso de Mello, DJ 12/4/2002, quando se deferiu medida cautelar para suspender a eficácia do art. 2º e seu parágrafo único, da L. 9.783/99, à vista ‘do relevo jurídico da tese segundo a qual o legislador comum, fora das hipóteses taxativamente indicadas no texto da Carta Política, não pode valer-se da progressividade na definição das alíquotas pertinentes à contribuição de seguridade social devida por servidores públicos em atividade’’ (RE nº 386.098/MT-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 27/2/04). ‘EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO - CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL - SERVIDORES EM ATIVIDADE - ESTRUTURA PROGRESSIVA DAS ALÍQUOTAS: IMPOSSIBILIDADE - A PROGRESSIVIDADE EM MATÉRIA TRIBUTÁRIA SUPÕE EXPRESSA AUTORIZAÇÃO CONSTITUCIONAL - INEXISTÊNCIA DESSA AUTORIZAÇÃO - 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13 Relatório RE 346.197 AGR / DF PRECEDENTES DO STF - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO’ (RE nº 464.582/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJE de 19/2/10). Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Alega a agravante que, com o afastamento da incidência dos arts. 1º e 2º da Lei nº 9.783/89, também se afastarão os princípios da isonomia e da capacidade contributiva. Aduz, in verbis, que “a progressividade da cobrança da contribuição em comento não vulnera a Carta Política Brasileira de 1988”. É o relatório. 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Supremo Tribunal Federal RE 346.197 AGR / DF PRECEDENTES DO STF - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO’ (RE nº 464.582/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJE de 19/2/10). Ante o exposto, nos termos do artigo 557, caput, do Código de Processo Civil, nego seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Alega a agravante que, com o afastamento da incidência dos arts. 1º e 2º da Lei nº 9.783/89, também se afastarão os princípios da isonomia e da capacidade contributiva. Aduz, in verbis, que “a progressividade da cobrança da contribuição em comento não vulnera a Carta Política Brasileira de 1988”. É o relatório. 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034520. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 346.197 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal. Reitero que os arts. 5º, caput; 37; 61; § 1º e inciso II; 62; 145, § 1º; 194; e 195, § 4º, da Constituição Federal, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ressalto que este Tribunal, no julgamento da ADI nº 2.010/DF–MC, Relator o Ministro Celso de Mello, firmou entendimento no sentido de ser vedada a progressividade de alíquotas referentes à contribuição de seguridade social recolhida dos servidores ativos. Esse entendimento se manteve nos julgados desta Corte sobre o tema que se seguiram. Observe-se: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL DE SERVIDORES PÚBLICOS. ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS. INCONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTES. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a instituição de alíquota progressiva para contribuição previdenciária de servidores públicos fere o texto da Constituição Federal. Precedentes. 2. Agravo regimental desprovido” (RE nº 581.500/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 16/5/11). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034519. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 346.197 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal. Reitero que os arts. 5º, caput; 37; 61; § 1º e inciso II; 62; 145, § 1º; 194; e 195, § 4º, da Constituição Federal, carecem do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ressalto que este Tribunal, no julgamento da ADI nº 2.010/DF–MC, Relator o Ministro Celso de Mello, firmou entendimento no sentido de ser vedada a progressividade de alíquotas referentes à contribuição de seguridade social recolhida dos servidores ativos. Esse entendimento se manteve nos julgados desta Corte sobre o tema que se seguiram. Observe-se: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL DE SERVIDORES PÚBLICOS. ALÍQUOTAS PROGRESSIVAS. INCONSTITUCIONALIDADE. PRECEDENTES. 1. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de que a instituição de alíquota progressiva para contribuição previdenciária de servidores públicos fere o texto da Constituição Federal. Precedentes. 2. Agravo regimental desprovido” (RE nº 581.500/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 16/5/11). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034519. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 346.197 AGR / DF “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS ADOTADOS PELA DECISÃO AGRAVADA. CAUSA DE REJEIÇÃO DO RECURSO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DESTINADA AO CUSTEIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. ESTADO DO PARANÁ. PARANÁPREVIDÊNCIA. LEI 12.398/1998. PROGRESSIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. 1. É dever da recorrente impugnar todos os fundamentos capazes, isoladamente, de manter a decisão agravada. A inobservância do dever acarreta a rejeição do recurso (art. 317, § 1º do RISTF). 2. Para as contribuições sociais destinadas ao custeio da previdência, a adoção de alíquotas progressivas depende de autorização constitucional expressa. Progressividade não se limita ao escalonamento do cálculo do tributo em função do tempo, mas também abrange a exasperação da carga tributária com base na capacidade contributiva, na seletividade, na essencialidade ou na função social da propriedade. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (RE nº 396.411/AgR- PR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 11/11/10). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ALÍQUOTA PROGRESSIVA: IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 365.318/PR-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 26/6/09). No mesmo sentido, ainda, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 837.425/PR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 8/8/12 e RE nº 600.615/PR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18/6/12. Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional (RE 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034519. Supremo Tribunal Federal RE 346.197 AGR / DF “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS ADOTADOS PELA DECISÃO AGRAVADA. CAUSA DE REJEIÇÃO DO RECURSO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DESTINADA AO CUSTEIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. ESTADO DO PARANÁ. PARANÁPREVIDÊNCIA. LEI 12.398/1998. PROGRESSIVIDADE. IMPOSSIBILIDADE. 1. É dever da recorrente impugnar todos os fundamentos capazes, isoladamente, de manter a decisão agravada. A inobservância do dever acarreta a rejeição do recurso (art. 317, § 1º do RISTF). 2. Para as contribuições sociais destinadas ao custeio da previdência, a adoção de alíquotas progressivas depende de autorização constitucional expressa. Progressividade não se limita ao escalonamento do cálculo do tributo em função do tempo, mas também abrange a exasperação da carga tributária com base na capacidade contributiva, na seletividade, na essencialidade ou na função social da propriedade. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (RE nº 396.411/AgR- PR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, 11/11/10). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PREVIDENCIÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ALÍQUOTA PROGRESSIVA: IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 365.318/PR-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 26/6/09). No mesmo sentido, ainda, as seguintes decisões monocráticas: AI nº 837.425/PR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 8/8/12 e RE nº 600.615/PR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18/6/12. Os fundamentos da agravante, insuficientes para modificar a decisão ora agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo ao processo, em detrimento da eficiente prestação jurisdicional (RE 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034519. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 346.197 AGR / DF nº 408.537-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 6/3/08). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034519. Supremo Tribunal Federal RE 346.197 AGR / DF nº 408.537-AgR, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 6/3/08). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034519. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 346.197 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ASSISTENTES JURÍDICOS DA UNIÃO - ANAJUR ADV.(A/S) : HUMBERTO LACERDA ALVES INTDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061203 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 346.197 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ASSISTENTES JURÍDICOS DA UNIÃO - ANAJUR ADV.(A/S) : HUMBERTO LACERDA ALVES INTDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061203 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3076881
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Previdenciário. Servidor público. Contribuição previdenciária. Alíquota progressiva. Impossibilidade. Precedentes. 1. Esta Corte já decidiu que a instituição de alíquotas progressivas para a contribuição previdenciária dos servidores públicos ofende o princípio da vedação à utilização de qualquer tributo com efeito de confisco (art. 150, inciso IV, da Constituição Federal). 2. Agravo regimental não provido.
sjur218372
- Acórdão(s) citado(s) (CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL, SERVIDOR PÚBLICO ATIVO, PROGRESSIVIDADE) STF: ADI 2010 (TP), RE 581500 AgR (2ªT), RE 396411 AgR (2ªT), RE 365318 AgR (1ªT); (RAZÕES NOVAS, AUSÊNCIA) STF: RE 408537 AgR; - Decisão(ões) monocrática(s) citada(s) (CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL, SERVIDOR PÚBLICO ATIVO, PROGRESSIVIDADE) STF: AI 837425, RE 600615; Número de páginas: 13. Análise: 22/11/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
346197
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00150 INC-00004 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 346197 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS - IBAMA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ASSISTENTES JURÍDICOS DA UNIÃO - ANAJUR ADV.(A/S) : HUMBERTO LACERDA ALVES INTDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 346 . 197", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 346 . 197", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 346 . 197", "RE 346 . 197 AGR / DF 9 . 783 / 99", "AI [UNK] 664 . 567", "Súmulas [UNK] 282 e 356 / STF", "RE 346 . 197 AGR / DF 9 . 783 / 99", "Questão", "Súmulas [UNK] 282 e 356 / STF", "RE 346 . 197 AGR / DF", "AI [UNK] 642 . 194 / RS - AgR", "ADI [UNK] 2 . 010 / DF – MC", "RE 346 . 197 AGR /", "AI [UNK] 642 . 194 / RS - AgR", "ADI [UNK] 2 . 010 / DF", "RE 346 . 197 AGR / DF", "ADI [UNK] 790 - DF", "RTJ 147 / 921", "ADI 1 . 075 - DF", "RE 346 . 197 AGR / DF", "ADI [UNK] 790 - DF", "RTJ 147 / 921", "ADI 1 . 075 - DF", "RE 346 . 197 AGR / DF", "RTJ 143 / 684", "RTJ 147 / 921", "RE 346 . 197 AGR / DF", "RTJ 143 / 684", "RTJ 147 / 921", "RE 346 . 197 AGR", "RE 346 . 197 AGR / DF", "RE 346 . 197 AGR / DF", "ADI [UNK] 2 . 010 / DF - MC", "ADI MC 2 . 010", "RE [UNK] 386 . 098 / MT - AgR", "RE 346 . 197 AGR / DF", "ADI [UNK] 2 . 010 / DF - MC", "ADI MC 2 . 010", "RE [UNK] 386 . 098 / MT - AgR", "RE 346 . 197 AGR / DF", "RE [UNK] 464 . 582 / PR - AgR", "RE 346 . 197 AGR / DF", "RE [UNK] 464 . 582 / PR - AgR", "RECURSO", "ADI [UNK] 2 . 010 / DF – MC", "RE [UNK] 581 . 500 / PR - AgR", "RECURSO", "ADI [UNK] 2 . 010 / DF – MC", "RE [UNK] 581 . 500 / PR - AgR", "RE 346 . 197 AGR", "RE [UNK] 396 . 411 / AgR - PR", "RE [UNK] 365 . 318 / PR - AgR", "AI [UNK] 837 . 425 / PR", "RE [UNK] 600 . 615 / PR", "RE 346 . 197 AGR / DF", "RE [UNK] 396 . 411 / AgR - PR", "RE [UNK] 365 . 318 / PR - AgR", "AI [UNK] 837 . 425 / PR", "RE [UNK] 600 . 615 / PR", "RE 346 . 197", "AGR", "DF [UNK] 408 . 537 - AgR", "RE 346 . 197 AGR / DF [UNK] 408 . 537 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "art . 150 , inciso IV , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI 9 . 783 / 99", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI 9 . 783 / 99", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigos [UNK] , caput , 37 , 61 , § [UNK] e inciso II , 62 , 145 , § [UNK] , 150 , 194 , 195 , § [UNK] , da Constituição Federal", "artigos [UNK] , caput , 37 , 61 , § [UNK] e inciso II , 62 , 145 , § [UNK] , 194 , 195 , § [UNK] , da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigos [UNK] , caput , 37 , 61 , § [UNK] e inciso II , 62 , 145 , § [UNK] , 150 , 194 , 195 , § [UNK] , da Constituição Federal", "artigos [UNK] , caput , 37 , 61 , § [UNK] e inciso II , 62 , 145 , § [UNK] , 194 , 195 , § [UNK] , da Constituição Federal", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil", "Lei [UNK] 9 . 783 / 99", "Carta Política", "CF , art", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil", "Lei [UNK] 9 . 783 / 99", "Carta Política", "CF , art . 153 , § [UNK] , I", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "art . 195 , § [UNK] , da Constituição", "EC [UNK] 20 / 98", "EC [UNK] 20 / 98", "art . 150 , IV , da Constituição", "Carta Política", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "art . 195 , § [UNK] , da Constituição", "EC [UNK] 20 / 98", "EC [UNK] 20 / 98", "art . 150 , IV , da Constituição", "Carta Política", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] da Lei [UNK] 9 . 783 / 99", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] da Lei [UNK] 9 . 783 / 99", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 .", "art . [UNK] e seu parágrafo único , da L . 9 . 783 / 99", "Carta Política", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] e seu", "Carta Política", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 557 , caput , do Código de Processo Civil", "arts . [UNK] e [UNK] da Lei [UNK] 9 . 783 / 89", "Carta Política Brasileira de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 557 , caput , do Código de Processo Civil", "arts . [UNK] e [UNK] da Lei [UNK] 9 . 783 / 89", "Carta Política Brasileira de 1988", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , caput ; 37 ; 61 ; § [UNK] e inciso II ; 62 ; 145 , § [UNK] ; 194 ; e 195 , § [UNK] , da Constituição Federal", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , caput ; 37 ; 61 ; § [UNK] e inciso II ; 62 ; 145 , § [UNK] ; 194 ; e 195 , § [UNK] , da Constituição Federal", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI 12 . 398 / 1998", "art . 317 , § [UNK] do RISTF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI 12 . 398 / 1998", "MP n° 2 . 200", "MP n° 2 . 200 - 2", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "DISTRITO FEDERAL", "Brasília", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL", "ESTADO DO PARANÁ", "PARANÁPREVIDÊNCIA", "ESTADO DO PARANÁ", "PARANÁPREVIDÊNCIA", "DISTRITO FEDERAL", "DISTRITO FEDERAL" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS", "IBAMA", "ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS ASSISTENTES JURÍDICOS DA", "UNIÃO", "ANAJUR", "UNIÃO", "UNIÃO", "Primeira Turma do", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.406 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :JORGE GIORDANO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RAFAEL DE CASTRO VOLKMER E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RAFAEL DE CASTRO VOLKMER AGDO.(A/S) :CHEVRON BRASIL LTDA ADV.(A/S) :ROBERTA CAUDURO HERMES EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Processo civil. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Embargos de terceiro. Ineficácia do negócio jurídico. Prova da boa-fé. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034752. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 15 Ementa e Acórdão AI 846.406 AGR / RS MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034752. Supremo Tribunal Federal AI 846.406 AGR / RS MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034752. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 15 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.406 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :JORGE GIORDANO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RAFAEL DE CASTRO VOLKMER E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RAFAEL DE CASTRO VOLKMER AGDO.(A/S) :CHEVRON BRASIL LTDA ADV.(A/S) :ROBERTA CAUDURO HERMES RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): José Giordano e outros interpõem tempestivo agravo regimental contra decisão em que neguei provimento ao agravo de instrumento (fls. 976 a 980), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Jorge Giordano e outros interpõem agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, incisos XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado: ‘APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. Os adquirentes de imóvel que conheciam o estado falimentar do promitente-vendedor, falência decretada meses antes da compra e venda e da tramitação de ação executiva contra o casal alienante, não podem ser considerados adquirentes de boa-fé. Caso concreto em que era desnecessário o registro da tramitação das demandas no álbum imobiliário eis que as anotações se destinam a dar conhecimento das restrições a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.406 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :JORGE GIORDANO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RAFAEL DE CASTRO VOLKMER E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RAFAEL DE CASTRO VOLKMER AGDO.(A/S) :CHEVRON BRASIL LTDA ADV.(A/S) :ROBERTA CAUDURO HERMES RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): José Giordano e outros interpõem tempestivo agravo regimental contra decisão em que neguei provimento ao agravo de instrumento (fls. 976 a 980), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Jorge Giordano e outros interpõem agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, incisos XXXV, LIV e LV, da Constituição Federal. Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão da 16ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, assim ementado: ‘APELAÇÃO CÍVEL. EMBARGOS DE TERCEIRO. Os adquirentes de imóvel que conheciam o estado falimentar do promitente-vendedor, falência decretada meses antes da compra e venda e da tramitação de ação executiva contra o casal alienante, não podem ser considerados adquirentes de boa-fé. Caso concreto em que era desnecessário o registro da tramitação das demandas no álbum imobiliário eis que as anotações se destinam a dar conhecimento das restrições a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 15 Relatório AI 846.406 AGR / RS terceiros eventualmente interessados em adquirir o bem. APELO IMPROVIDO’ (fl. 779). Foram opostos dois embargos de declaração (fls. 784 a 793 e 828 a 832), ambos desacolhidos (fls. 821 a 825 e 855/856). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Supremo Tribunal Federal AI 846.406 AGR / RS terceiros eventualmente interessados em adquirir o bem. APELO IMPROVIDO’ (fl. 779). Foram opostos dois embargos de declaração (fls. 784 a 793 e 828 a 832), ambos desacolhidos (fls. 821 a 825 e 855/856). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 15 Relatório AI 846.406 AGR / RS Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP - AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Colhe-se do voto condutor do acórdão da apelação os seguintes fundamentos: ‘Respeitosa vênia, evitando desnecessária tautologia, transcrevo parte dos fundamentos da sentença da lavra do Doutor Mário Roberto Fernandes Corrêa, que ao exame dos fatos e do direito deu adequada solução ao litígio, adotando-os como razões de decidir: ‘Rejeito os embargos de terceiro. E o faço com fundamento na própria manifestação dos embargantes. O imóvel que tem como destinação o comércio de combustíveis sob a bandeira Texaco foi adquirido 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Supremo Tribunal Federal AI 846.406 AGR / RS Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP - AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Colhe-se do voto condutor do acórdão da apelação os seguintes fundamentos: ‘Respeitosa vênia, evitando desnecessária tautologia, transcrevo parte dos fundamentos da sentença da lavra do Doutor Mário Roberto Fernandes Corrêa, que ao exame dos fatos e do direito deu adequada solução ao litígio, adotando-os como razões de decidir: ‘Rejeito os embargos de terceiro. E o faço com fundamento na própria manifestação dos embargantes. O imóvel que tem como destinação o comércio de combustíveis sob a bandeira Texaco foi adquirido 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 15 Relatório AI 846.406 AGR / RS pelos ora embargantes mediante Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda realizado em 04.06.2001. Na época do negócio (expressão dos embargantes – fl. 04) já era por eles conhecida a falência da sociedade empresária do promitente vendedor Édison Paulo Triboli a qual fora decretada em 06.11.2000. Também já era do conhecimento dos ora embargantes a tramitação da execução de título extrajudicial movida pela Texaco Brasil S.A., perante a 3º Vara Cível contra o promitente vendedor. Ora, torna-se evidente que o contrato de promessa de compra e venda do bem imóvel realizado nessas circunstâncias não se realizou com o necessário e indispensável ânimo de boa-fé. O negócio realizado é simplesmente ineficaz perante os credores do promitente vendedor e perante os credores habilitados no processo de falência da sociedade empresária de que este era sócio, por evidente, conduta fraudulenta segundo a inteligência do art. 593, II, do CPC. A ineficácia da alienação com essas características pode ser reconhecida e declarada a qualquer tempo, mesmo de ofício, o que ora se faz. Assim, relevância alguma assume o fato de que na época da realização do negócio não havia registro perante o álbum imobiliário da indisponibilidade do bem decretada pela Vara de Falências ou até mesmo a penhora’’ (fl. 780). Desse modo, verifica-se que para ultrapassar o entendimento das instâncias de origem seria necessário o reexame da legislação processual pertinente, bem como dos fatos e provas que compõe a lide, o que se mostra incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Supremo Tribunal Federal AI 846.406 AGR / RS pelos ora embargantes mediante Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda realizado em 04.06.2001. Na época do negócio (expressão dos embargantes – fl. 04) já era por eles conhecida a falência da sociedade empresária do promitente vendedor Édison Paulo Triboli a qual fora decretada em 06.11.2000. Também já era do conhecimento dos ora embargantes a tramitação da execução de título extrajudicial movida pela Texaco Brasil S.A., perante a 3º Vara Cível contra o promitente vendedor. Ora, torna-se evidente que o contrato de promessa de compra e venda do bem imóvel realizado nessas circunstâncias não se realizou com o necessário e indispensável ânimo de boa-fé. O negócio realizado é simplesmente ineficaz perante os credores do promitente vendedor e perante os credores habilitados no processo de falência da sociedade empresária de que este era sócio, por evidente, conduta fraudulenta segundo a inteligência do art. 593, II, do CPC. A ineficácia da alienação com essas características pode ser reconhecida e declarada a qualquer tempo, mesmo de ofício, o que ora se faz. Assim, relevância alguma assume o fato de que na época da realização do negócio não havia registro perante o álbum imobiliário da indisponibilidade do bem decretada pela Vara de Falências ou até mesmo a penhora’’ (fl. 780). Desse modo, verifica-se que para ultrapassar o entendimento das instâncias de origem seria necessário o reexame da legislação processual pertinente, bem como dos fatos e provas que compõe a lide, o que se mostra incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 279 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 15 Relatório AI 846.406 AGR / RS e 636/STF. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. EMBARGOS DE TERCEIRO. FRAUDE À EXECUÇÃO. CONSTRIÇÃO DO BEM IMÓVEL. NECESSIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 830.028/BA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/3/11); ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela instância judicante de origem demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie e a análise dos fatos e provas constantes dos autos. Providências vedadas neste momento processual. 2. Agravo regimental desprovido’ (AI nº 813.007/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 3/3/11); ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I – A verificação da existência ou não de fraude à execução, na espécie, demanda a análise do conjunto fático- probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Precedentes. II – A questão atinente aos pressupostos de admissibilidade dos recursos de 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Supremo Tribunal Federal AI 846.406 AGR / RS e 636/STF. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. EMBARGOS DE TERCEIRO. FRAUDE À EXECUÇÃO. CONSTRIÇÃO DO BEM IMÓVEL. NECESSIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 830.028/BA-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24/3/11); ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pela instância judicante de origem demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à espécie e a análise dos fatos e provas constantes dos autos. Providências vedadas neste momento processual. 2. Agravo regimental desprovido’ (AI nº 813.007/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 3/3/11); ‘AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE OUTROS TRIBUNAIS. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I – A verificação da existência ou não de fraude à execução, na espécie, demanda a análise do conjunto fático- probatório dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Precedentes. II – A questão atinente aos pressupostos de admissibilidade dos recursos de 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 15 Relatório AI 846.406 AGR / RS competência de outros Tribunais possui natureza infraconstitucional. III – Agravo regimental improvido’ (RE nº 602.951/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 4/11/11). Ante o exposto, nego provimento ao agravo. Publique-se.” Insistem os agravantes que foram violados ao incisos XXXV, LIV e LV do art. 5º da Constituição Federal, aduzindo, in verbis, que: “(...) em sede de EMBARGOS DE TERCEIRO, houve rejeição liminar. Isso quer dizer que, opostos em 6-12-2006, ele foi rejeitado no dia seguinte, 7-12-2006. O fundamento foi presunção de que o certo negócio ‘não se realizou com o necessário e indispensável ânimo de boa-fé’. Por conta desta suposição do magistrado – que analisou apenas a petição inicial e seus documentos – houve a declaração de ineficácia e a declaração de conduta de fraude à execução, na forma do inciso II do artigo 593 do Código de Processo Civil. Os terceiros embargantes, ora Agravantes, tiveram subtraído o direito de, durante a instrução processual provar os fatos que alegaram na petição inicial e, ainda, considerando os termos em que foi prolatada a decisão de rejeição liminar, a boa-fé na aquisição do imóvel. (...) Não perseguem o provimento de seu recurso para que o pleito de EMBARGOS DE TERCEIRO seja julgado procedente, o que lhe asseguraria a posse e a propriedade do imóvel. O direito que insistem em ver reconhecido é o de ter assegurada a tramitação do processo para a prova da sua condição de terceiros adquirentes de boa-fé. (...) No caso concreto, com a oposição dos EMBARGOS DE TERCEIRO, os Agravantes tinham por objetivo PROVAR a licitude do negócio e, ainda, a anuência da credora-Embargada, 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Supremo Tribunal Federal AI 846.406 AGR / RS competência de outros Tribunais possui natureza infraconstitucional. III – Agravo regimental improvido’ (RE nº 602.951/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 4/11/11). Ante o exposto, nego provimento ao agravo. Publique-se.” Insistem os agravantes que foram violados ao incisos XXXV, LIV e LV do art. 5º da Constituição Federal, aduzindo, in verbis, que: “(...) em sede de EMBARGOS DE TERCEIRO, houve rejeição liminar. Isso quer dizer que, opostos em 6-12-2006, ele foi rejeitado no dia seguinte, 7-12-2006. O fundamento foi presunção de que o certo negócio ‘não se realizou com o necessário e indispensável ânimo de boa-fé’. Por conta desta suposição do magistrado – que analisou apenas a petição inicial e seus documentos – houve a declaração de ineficácia e a declaração de conduta de fraude à execução, na forma do inciso II do artigo 593 do Código de Processo Civil. Os terceiros embargantes, ora Agravantes, tiveram subtraído o direito de, durante a instrução processual provar os fatos que alegaram na petição inicial e, ainda, considerando os termos em que foi prolatada a decisão de rejeição liminar, a boa-fé na aquisição do imóvel. (...) Não perseguem o provimento de seu recurso para que o pleito de EMBARGOS DE TERCEIRO seja julgado procedente, o que lhe asseguraria a posse e a propriedade do imóvel. O direito que insistem em ver reconhecido é o de ter assegurada a tramitação do processo para a prova da sua condição de terceiros adquirentes de boa-fé. (...) No caso concreto, com a oposição dos EMBARGOS DE TERCEIRO, os Agravantes tinham por objetivo PROVAR a licitude do negócio e, ainda, a anuência da credora-Embargada, 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 15 Relatório AI 846.406 AGR / RS ora Agravada, de sua permanência no local e tratativas negociais” (fls. 986 a 988). É o relatório. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Supremo Tribunal Federal AI 846.406 AGR / RS ora Agravada, de sua permanência no local e tratativas negociais” (fls. 986 a 988). É o relatório. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034749. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 15 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.406 RIO GRANDE DO SUL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. O Tribunal de origem, no julgamento da apelação interposta contra sentença na qual se julgaram improcedentes os embargos de terceiros, consignou o seguinte: “Respeitosa vênia, evitando desnecessária tautologia, transcrevo parte dos fundamentos da sentença da lavra do Doutor Mário Roberto Fernandes Corrêa, que ao exame dos fatos e do direito deu adequada solução ao litígio, adotando-os como razões de decidir: ‘Rejeito os embargos de terceiro. E o faço com fundamento na própria manifestação dos embargantes. O imóvel que tem como destinação o comércio de combustíveis sob a bandeira Texaco foi adquirido pelos ora embargantes mediante Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda realizado em 04.06.2001. Na época do negócio (expressão dos embargantes – fl. 04) já era por eles conhecida a falência da sociedade empresária do promitente vendedor Édison Paulo Triboli a qual fora decretada em 06.11.2000. Também já era do conhecimento dos ora embargantes a tramitação da execução de título extrajudicial movida pela Texaco Brasil S.A., perante a 3º Vara Cível contra o promitente vendedor. Ora, torna-se evidente que o contrato de promessa de compra e venda do bem imóvel realizado nessas circunstâncias não se realizou com o necessário e indispensável ânimo de boa-fé. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034750. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.406 RIO GRANDE DO SUL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. O Tribunal de origem, no julgamento da apelação interposta contra sentença na qual se julgaram improcedentes os embargos de terceiros, consignou o seguinte: “Respeitosa vênia, evitando desnecessária tautologia, transcrevo parte dos fundamentos da sentença da lavra do Doutor Mário Roberto Fernandes Corrêa, que ao exame dos fatos e do direito deu adequada solução ao litígio, adotando-os como razões de decidir: ‘Rejeito os embargos de terceiro. E o faço com fundamento na própria manifestação dos embargantes. O imóvel que tem como destinação o comércio de combustíveis sob a bandeira Texaco foi adquirido pelos ora embargantes mediante Instrumento Particular de Promessa de Compra e Venda realizado em 04.06.2001. Na época do negócio (expressão dos embargantes – fl. 04) já era por eles conhecida a falência da sociedade empresária do promitente vendedor Édison Paulo Triboli a qual fora decretada em 06.11.2000. Também já era do conhecimento dos ora embargantes a tramitação da execução de título extrajudicial movida pela Texaco Brasil S.A., perante a 3º Vara Cível contra o promitente vendedor. Ora, torna-se evidente que o contrato de promessa de compra e venda do bem imóvel realizado nessas circunstâncias não se realizou com o necessário e indispensável ânimo de boa-fé. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 15 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 846.406 AGR / RS O negócio realizado é simplesmente ineficaz perante os credores do promitente vendedor e perante os credores habilitados no processo de falência da sociedade empresária de que este era sócio, por evidente, conduta fraudulenta segundo a inteligência do art. 593, II, do CPC. A ineficácia da alienação com essas características pode ser reconhecida e declarada a qualquer tempo, mesmo de ofício, o que ora se faz. Assim, relevância alguma assume o fato de que na época da realização do negócio não havia registro perante o álbum imobiliário da indisponibilidade do bem decretada pela Vara de Falências ou até mesmo a penhora (...).’ Com efeito: os embargantes esclarecem na própria inicial que tinham conhecimento – antes da aquisição do imóvel – do decreto de falência da sociedade empresária da qual o vendedor era sócio, o que ocorrera em 06-11-2000, e que contra o casal tramitava ação executiva. De todo desnecessário, no caso concreto, exigir houvesse registro das restrições no álbum imobiliário porque as anotações se destinam, exatamente, dar conhecimento a terceiros da eventual existência de demandas prevenindo os adquirentes enfrentar a declaração de ineficácia ou nulidade do negócio” (fls. 799/800). Desse modo, é certo que o Tribunal de Justiça concluiu, com fundamento no Código de Processo Civil e nos fatos e nas provas dos autos, que os ora agravantes, autores da ação de embargos de terceiro na origem, tinham conhecimento do decreto que declarou falida a sociedade vendedora do imóvel objeto dos embargos e de que, contra essa, já havia ação de execução em andamento, motivos pelos quais declarou ineficaz a venda do bem em questão. Assim, para divergir desse entendimento e concluir que o acórdão recorrido não se fundamentou em elementos suficientes para reconhecer que os ora agravantes não estavam de boa-fé, seria necessário interpretar 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034750. Supremo Tribunal Federal AI 846.406 AGR / RS O negócio realizado é simplesmente ineficaz perante os credores do promitente vendedor e perante os credores habilitados no processo de falência da sociedade empresária de que este era sócio, por evidente, conduta fraudulenta segundo a inteligência do art. 593, II, do CPC. A ineficácia da alienação com essas características pode ser reconhecida e declarada a qualquer tempo, mesmo de ofício, o que ora se faz. Assim, relevância alguma assume o fato de que na época da realização do negócio não havia registro perante o álbum imobiliário da indisponibilidade do bem decretada pela Vara de Falências ou até mesmo a penhora (...).’ Com efeito: os embargantes esclarecem na própria inicial que tinham conhecimento – antes da aquisição do imóvel – do decreto de falência da sociedade empresária da qual o vendedor era sócio, o que ocorrera em 06-11-2000, e que contra o casal tramitava ação executiva. De todo desnecessário, no caso concreto, exigir houvesse registro das restrições no álbum imobiliário porque as anotações se destinam, exatamente, dar conhecimento a terceiros da eventual existência de demandas prevenindo os adquirentes enfrentar a declaração de ineficácia ou nulidade do negócio” (fls. 799/800). Desse modo, é certo que o Tribunal de Justiça concluiu, com fundamento no Código de Processo Civil e nos fatos e nas provas dos autos, que os ora agravantes, autores da ação de embargos de terceiro na origem, tinham conhecimento do decreto que declarou falida a sociedade vendedora do imóvel objeto dos embargos e de que, contra essa, já havia ação de execução em andamento, motivos pelos quais declarou ineficaz a venda do bem em questão. Assim, para divergir desse entendimento e concluir que o acórdão recorrido não se fundamentou em elementos suficientes para reconhecer que os ora agravantes não estavam de boa-fé, seria necessário interpretar 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 15 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 846.406 AGR / RS a legislação infraconstitucional e reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE TERCEIRO. COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. FINANCIAMENTO. INEFICÁCIA DA HIPOTECA CONSTITUÍDA EM FAVOR DE INSTITUIÇÃO DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. A questão referente à exclusão de imóvel dado em garantia hipotecária é de âmbito infraconstitucional. Por essa razão, incabível o recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à Constituição federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 426.381/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 30/4/10). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO DE EMBARGOS DE TERCEIRO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 663.290/DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 20/6/08). “AGRAVO REGIMENTAL. FRAUDE À EXECUÇÃO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTS. 5º, LIV E LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A questão dos autos restringiu-se à análise de fraude à execução, por ter a compra e venda de bem imóvel ocorrido quando já pendente ação de conhecimento contra os alienantes, razão por que subsistiu a penhora realizada. Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional. Jurisdição prestada por acórdão devidamente fundamentado, sem violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034750. Supremo Tribunal Federal AI 846.406 AGR / RS a legislação infraconstitucional e reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL. EMBARGOS DE TERCEIRO. COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE IMÓVEL. FINANCIAMENTO. INEFICÁCIA DA HIPOTECA CONSTITUÍDA EM FAVOR DE INSTITUIÇÃO DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. A questão referente à exclusão de imóvel dado em garantia hipotecária é de âmbito infraconstitucional. Por essa razão, incabível o recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à Constituição federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 426.381/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 30/4/10). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO DE EMBARGOS DE TERCEIRO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. COMPETÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 663.290/DF-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 20/6/08). “AGRAVO REGIMENTAL. FRAUDE À EXECUÇÃO. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS ARTS. 5º, LIV E LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. A questão dos autos restringiu-se à análise de fraude à execução, por ter a compra e venda de bem imóvel ocorrido quando já pendente ação de conhecimento contra os alienantes, razão por que subsistiu a penhora realizada. Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional. Jurisdição prestada por acórdão devidamente fundamentado, sem violação dos princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 15 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 846.406 AGR / RS 524.906/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 30/3/07). “Execução. Embargos de terceiro. Penhora e praça de imóvel. Lei 8.009/90. Hipoteca. Debate infraconstitucional. Regimental não provido” (AI nº 357.922/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ de 4/10/02). Ademais, conforme expresso na decisão agravada, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE EMPRESARIAL. INDEFERIMENTO DA PRODUÇÃO DE PROVAS. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Os postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010; e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 2. Agravo regimental desprovido” (ARE nº 644.667/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 5/10/11). 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034750. Supremo Tribunal Federal AI 846.406 AGR / RS 524.906/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 30/3/07). “Execução. Embargos de terceiro. Penhora e praça de imóvel. Lei 8.009/90. Hipoteca. Debate infraconstitucional. Regimental não provido” (AI nº 357.922/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Nelson Jobim, DJ de 4/10/02). Ademais, conforme expresso na decisão agravada, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE EMPRESARIAL. INDEFERIMENTO DA PRODUÇÃO DE PROVAS. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Os postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010; e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 2. Agravo regimental desprovido” (ARE nº 644.667/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 5/10/11). 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 15 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 846.406 AGR / RS “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. O acórdão que mantém o indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da Constituição do Brasil. Precedentes. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 531.906/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 14/11/07). “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 22/6/07). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034750. Supremo Tribunal Federal AI 846.406 AGR / RS “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. O acórdão que mantém o indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da Constituição do Brasil. Precedentes. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 531.906/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 14/11/07). “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 22/6/07). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034750. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 15 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.406 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : JORGE GIORDANO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RAFAEL DE CASTRO VOLKMER E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RAFAEL DE CASTRO VOLKMER AGDO.(A/S) : CHEVRON BRASIL LTDA ADV.(A/S) : ROBERTA CAUDURO HERMES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061334 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 846.406 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : JORGE GIORDANO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RAFAEL DE CASTRO VOLKMER E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RAFAEL DE CASTRO VOLKMER AGDO.(A/S) : CHEVRON BRASIL LTDA ADV.(A/S) : ROBERTA CAUDURO HERMES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061334 Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 15
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3077032
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Processo civil. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Embargos de terceiro. Ineficácia do negócio jurídico. Prova da boa-fé. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Agravo regimental não provido.
sjur218458
- Acórdão(s) citado(s) (SÚMULA 279) STF: AI 426381 AgR (2ªT), AI 663290 AgR (1ªT), AI 524906 AgR (2ªT), AI 357922 AgR (2ªT); (OFENSA REFLEXA) STF: ARE 644667 AgR (1ªT), AI 531906 AgR (2ªT), AI 643654 AgR (1ªT). Número de páginas: 15. Análise: 23/11/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
846406
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 846406 AgR
[ "" ]
ADV.(A/S) : RAFAEL DE CASTRO VOLKMER E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : CHEVRON BRASIL LTDA AGTE.(S) : JORGE GIORDANO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ROBERTA CAUDURO HERMES ADV.(A/S) : RAFAEL DE CASTRO VOLKMER
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VOLKMER", "RAFAEL DE CASTRO VOLKMER", "ROBERTA CAUDURO HERMES", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "JORGE GIORDANO", "RAFAEL DE CASTRO VOLKMER", "RAFAEL DE CASTRO VOLKMER", "ROBERTA CAUDURO HERMES", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "12", "/", "11", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", "/", "5", "/", "07", "6", "/", "9", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", "/", "5", "/", "07", "6", "/", "9", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", "/", "11", "/", "07", "20", "/", "9", "/", "02", "24", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.337 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :JOSÉ ANTÔNIO BARROS MUNHOZ ADV.(A/S) :EDUARDO SECCHI MUNHOZ AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Prequestionamento. Não ocorrência. Competência para processamento do feito. Inovação recursal. Inadmissibilidade. 1. Não há que se falar em justificativa para a ausência de prequestionamento observada nos autos, pois tal requisito de admissibilidade do recurso extraordinário é uma exigência estrita, ainda que se cuide de matéria de ordem pública. 2. Tema que não constou da fundamentação do recurso extraordinário deduzido dos autos não pode ser trazido nas razões do agravo regimental interposto contra a decisão monocrática em que se nega provimento ao agravo tirado contra o despacho denegatório de seu seguimento. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085203. Supremo Tribunal Federal DJe 16/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 25 Ementa e Acórdão AI 624.337 AGR / SP MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085203. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085203. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 25 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.337 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :JOSÉ ANTÔNIO BARROS MUNHOZ ADV.(A/S) :EDUARDO SECCHI MUNHOZ AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: José Antonio Barros Munhoz interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 1741 a 1744) contra a decisão monocrática mediante a qual o saudoso Ministro Menezes Direito negou provimento ao agravo de instrumento (fls. 1670 a 1674), nos seguintes termos: “DECISÃO Vistos. José Antônio Barros Munhoz interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, incisos LIII e LV, e 29, inciso X, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sexta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: ‘IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - Rejeição das alegações de nulidade da sentença: (a) deferimento da produção de prova oral, no saneador, não o impede de dispensa, posteriormente, caso caracterizada a inutilidade para o julgamento da produção de tal prova e da respectiva audiência de instrução e julgamento; (b) realização de prova pericial não torna obrigatória a realização de audiência de instrução e julgamento, quanto impertinente a produção de prova oral, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.337 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :JOSÉ ANTÔNIO BARROS MUNHOZ ADV.(A/S) :EDUARDO SECCHI MUNHOZ AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO RELATÓRIO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: José Antonio Barros Munhoz interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 1741 a 1744) contra a decisão monocrática mediante a qual o saudoso Ministro Menezes Direito negou provimento ao agravo de instrumento (fls. 1670 a 1674), nos seguintes termos: “DECISÃO Vistos. José Antônio Barros Munhoz interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade aos artigos 5º, incisos LIII e LV, e 29, inciso X, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Sexta Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: ‘IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - Rejeição das alegações de nulidade da sentença: (a) deferimento da produção de prova oral, no saneador, não o impede de dispensa, posteriormente, caso caracterizada a inutilidade para o julgamento da produção de tal prova e da respectiva audiência de instrução e julgamento; (b) realização de prova pericial não torna obrigatória a realização de audiência de instrução e julgamento, quanto impertinente a produção de prova oral, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 25 Relatório AI 624.337 AGR / SP ainda mais se inexistir pedido para esclarecimentos do perito em audiência apresentado pela parte, no prazo concedido para manifestação sobre o trabalho apresentado pelo vistor oficial; (c) embora seja descabido o aproveitamento da prova oral colhida em inquérito policial, que não passou pelo crivo do contraditório, para o julgamento de parcial procedência da ação, é incabível a anulação da sentença por este fundamento, porque as questões de fato estão esclarecidas, ante a prova documental e pericial constante dos autos, e a produção de prova oral era, de todo, impertinente para o julgamento da causa; (d) a condenação ao pagamento de multa civil deste réu em valor superior ao pleiteado na inicial não caracteriza julgamento extra petita , mas sim, em tese, ultra petita , que não é causa de anulação da r. sentença, mas apenas de redução aos limites do pedido; e (e) inexistindo supressão de oportunidade de produção de prova essencial para o julgamento do feito, não há como se acolher a alegação de nulidade da sentença, por violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa — Restou provado que o réu José Antonio Barros Munhoz praticou o ato de improbidade administrativa imputado, previsto no art. 11, capa! e 1, da Lei 8.429/92, consistente na cassação da licença para a realização de bailes de carnaval no Clube de Campo Santa Fé, com desvio de finalidade, porque realizado para satisfazer seu interesse pessoal, consistente em vingança pelo incidente acontecido no Clube de Campo Santa Fé, no fim da noite do dia 23 de fevereiro de 1998 ou início da madrugada do dia 24 de fevereiro de 1998, envolvendo o impedimento da entrada do referido réu com seus acompanhantes - Restou provado que os réus José Antonio Barros Munhoz e Noé Massari praticaram ato de improbidade administrativa, que se enquadra no art. 10, caput , da Lei 8.429/92, consistente na execução direta do segundo em atendimento a determinação do primeiro, de utilização de bens e serviços da autarquia municipal SAAE, para realização de escavações indevidas em vias públicas, com prejuízo aos cofres públicos, sem interesse da coletividade, por praticado com desvio de finalidade, porquanto não realizadas em razão da necessidade 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP ainda mais se inexistir pedido para esclarecimentos do perito em audiência apresentado pela parte, no prazo concedido para manifestação sobre o trabalho apresentado pelo vistor oficial; (c) embora seja descabido o aproveitamento da prova oral colhida em inquérito policial, que não passou pelo crivo do contraditório, para o julgamento de parcial procedência da ação, é incabível a anulação da sentença por este fundamento, porque as questões de fato estão esclarecidas, ante a prova documental e pericial constante dos autos, e a produção de prova oral era, de todo, impertinente para o julgamento da causa; (d) a condenação ao pagamento de multa civil deste réu em valor superior ao pleiteado na inicial não caracteriza julgamento extra petita , mas sim, em tese, ultra petita , que não é causa de anulação da r. sentença, mas apenas de redução aos limites do pedido; e (e) inexistindo supressão de oportunidade de produção de prova essencial para o julgamento do feito, não há como se acolher a alegação de nulidade da sentença, por violação aos princípios do contraditório e da ampla defesa — Restou provado que o réu José Antonio Barros Munhoz praticou o ato de improbidade administrativa imputado, previsto no art. 11, capa! e 1, da Lei 8.429/92, consistente na cassação da licença para a realização de bailes de carnaval no Clube de Campo Santa Fé, com desvio de finalidade, porque realizado para satisfazer seu interesse pessoal, consistente em vingança pelo incidente acontecido no Clube de Campo Santa Fé, no fim da noite do dia 23 de fevereiro de 1998 ou início da madrugada do dia 24 de fevereiro de 1998, envolvendo o impedimento da entrada do referido réu com seus acompanhantes - Restou provado que os réus José Antonio Barros Munhoz e Noé Massari praticaram ato de improbidade administrativa, que se enquadra no art. 10, caput , da Lei 8.429/92, consistente na execução direta do segundo em atendimento a determinação do primeiro, de utilização de bens e serviços da autarquia municipal SAAE, para realização de escavações indevidas em vias públicas, com prejuízo aos cofres públicos, sem interesse da coletividade, por praticado com desvio de finalidade, porquanto não realizadas em razão da necessidade 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 25 Relatório AI 624.337 AGR / SP das mesmas, mas sim para dificultar o acesso ao clube, cujo alvará já havia sido ilegalmente cassado pelo réu José Antonio Barros Munhoz - A aplicação das sanções, por atos de improbidade administrativa, dependem do juízo de proporcionalidade e razoabilidade, de maneira a impor sanções compatíveis com o ato ilícito praticado e sem privilegiar a impunidade, não sendo obrigatória a aplicação, de forma cumulativa e em bloco, das sanções previstas nos incisos do art. 12, da Lei 8.429/92 — Condenação solidária dos réus na reparação dos danos — Condenação do réu José Antonio Barros Munhoz ao pagamento de multa civil prevista nos arts. 12, 11 e 111, da Lei 8.429/92 e do réu Noé Massari da prevista no arts. 12, 11, da Lei 8.429/92 — Condenação dos réus na sanção de proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica de que, eventualmente, sejam sócios majoritários, pelo o prazo de cinco anos, como estabelecido pelo inciso 11, do art. 12, da Lei 8.429192 — Incabível o cancelamento da condenação dos réus ao pagamento da verba honorária, porquanto tal condenação não foi objeto de impugnação específica nos recursos oferecidos. - Recursos do autor e do réu Noé Massari providos, em parte, e do réu José Antonio de Barros Munhoz improvido’ (fls. 31/32). Sustenta o recorrente ‘ser imperativo, no caso, o reconhecimento do foro privilegiado por prerrogativa de função de Prefeito Municipal, a fim de não se estender inutilmente o julgamento de processo inexistente, posto que em evidente afronta ao princípio constitucional do juiz competente e à garantia do devido processo legal’ (fl. 76) e acrescenta que ‘ocorreu atentado à garantia constitucional de ampla defesa pelo indeferimento da produção de provas capazes de demonstrar fato modificativo do direito’ (fl.77). Decido. Anote-se, primeiramente, que o acórdão dos embargos de declaração, conforme expresso na certidão de folha 1.190, foi publicado em 6/7/05, não sendo exigível, conforme decidido na 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP das mesmas, mas sim para dificultar o acesso ao clube, cujo alvará já havia sido ilegalmente cassado pelo réu José Antonio Barros Munhoz - A aplicação das sanções, por atos de improbidade administrativa, dependem do juízo de proporcionalidade e razoabilidade, de maneira a impor sanções compatíveis com o ato ilícito praticado e sem privilegiar a impunidade, não sendo obrigatória a aplicação, de forma cumulativa e em bloco, das sanções previstas nos incisos do art. 12, da Lei 8.429/92 — Condenação solidária dos réus na reparação dos danos — Condenação do réu José Antonio Barros Munhoz ao pagamento de multa civil prevista nos arts. 12, 11 e 111, da Lei 8.429/92 e do réu Noé Massari da prevista no arts. 12, 11, da Lei 8.429/92 — Condenação dos réus na sanção de proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica de que, eventualmente, sejam sócios majoritários, pelo o prazo de cinco anos, como estabelecido pelo inciso 11, do art. 12, da Lei 8.429192 — Incabível o cancelamento da condenação dos réus ao pagamento da verba honorária, porquanto tal condenação não foi objeto de impugnação específica nos recursos oferecidos. - Recursos do autor e do réu Noé Massari providos, em parte, e do réu José Antonio de Barros Munhoz improvido’ (fls. 31/32). Sustenta o recorrente ‘ser imperativo, no caso, o reconhecimento do foro privilegiado por prerrogativa de função de Prefeito Municipal, a fim de não se estender inutilmente o julgamento de processo inexistente, posto que em evidente afronta ao princípio constitucional do juiz competente e à garantia do devido processo legal’ (fl. 76) e acrescenta que ‘ocorreu atentado à garantia constitucional de ampla defesa pelo indeferimento da produção de provas capazes de demonstrar fato modificativo do direito’ (fl.77). Decido. Anote-se, primeiramente, que o acórdão dos embargos de declaração, conforme expresso na certidão de folha 1.190, foi publicado em 6/7/05, não sendo exigível, conforme decidido na 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 25 Relatório AI 624.337 AGR / SP Questão de Ordem no AI nº 664.567, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. Não merece prosperar a irresignação. A alegada violação dos artigos 5º, inciso LIII, e 29, inciso X, da Constituição Federal em razão da incompetência de foro, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que essa questão não foi objeto dos acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem e, tampouco, dos embargos de declaração opostos pelo recorrente. Anote-se que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que mesmo se tratando de matéria de ordem pública há a necessidade de discuti-la na instância de origem para viabilizar o recurso extraordinário. Nesse sentido: ‘PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 282. I - A questão constitucional impugnada no recurso extraordinário não foi objeto de apreciação do acórdão recorrido, o que atrai a incidência da Súmula 282 do STF. II - Matéria de ordem pública não afasta a necessidade do prequestionamento da questão. III - Agravo regimental improvido’ (AI nº 633.188-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 31/10/07) ‘1. O prequestionamento é requisito de admissibilidade recursal na via extraordinária, ainda que a questão debatida seja de ordem pública. 2. Além de ser de índole infraconstitucional, constitui inovação à discussão da lide controvérsia relativa à prescrição, não impugnada no apelo extremo. 3. Agravo regimental improvido’ (AI nº 518.051-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ 17/2/06). ‘CONSTITUCIONAL. RECURSO 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP Questão de Ordem no AI nº 664.567, Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07, a demonstração da existência de repercussão geral das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário. Não merece prosperar a irresignação. A alegada violação dos artigos 5º, inciso LIII, e 29, inciso X, da Constituição Federal em razão da incompetência de foro, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que essa questão não foi objeto dos acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem e, tampouco, dos embargos de declaração opostos pelo recorrente. Anote-se que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que mesmo se tratando de matéria de ordem pública há a necessidade de discuti-la na instância de origem para viabilizar o recurso extraordinário. Nesse sentido: ‘PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGAÇÃO DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULA 282. I - A questão constitucional impugnada no recurso extraordinário não foi objeto de apreciação do acórdão recorrido, o que atrai a incidência da Súmula 282 do STF. II - Matéria de ordem pública não afasta a necessidade do prequestionamento da questão. III - Agravo regimental improvido’ (AI nº 633.188-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 31/10/07) ‘1. O prequestionamento é requisito de admissibilidade recursal na via extraordinária, ainda que a questão debatida seja de ordem pública. 2. Além de ser de índole infraconstitucional, constitui inovação à discussão da lide controvérsia relativa à prescrição, não impugnada no apelo extremo. 3. Agravo regimental improvido’ (AI nº 518.051-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ 17/2/06). ‘CONSTITUCIONAL. RECURSO 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 25 Relatório AI 624.337 AGR / SP EXTRAORDINÁRIO. OFENSA À CONSTITUIÇÃO. I. - Em se tratando de recurso extraordinário, qualquer questão, inclusive de ordem pública, necessita ter sido discutida e apreciada na instância a quo. Precedentes. II. - Somente a ofensa direta à Constituição autoriza a admissão do recurso extraordinário. No caso, o acórdão limita-se a interpretar normas infraconstitucionais. III. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. IV. - Agravo não provido’ (AI nº 505.029, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 6/5/05). Não socorre o recorrente o argumento de que a lei que estabeleceu a competência é posterior ao julgamento da apelação e que a primeira oportunidade para levantar a matéria seria no momento da interposição do recurso extraordinário. Com efeito, a Lei nº 10.628/02, argüida pelo recorrente para sustentar a incompetência do foro, foi publicada em 24/12/02, antes, portanto, da oposição dos embargos declaratórios contra o primeiro acórdão proferido pelo Tribunal de origem, que somente ocorreu em 26/1/05 (fl. 1.172). Com relação ao indeferimento da prova oral, o acórdão atacado assevera, expressamente, que: ‘(...) as questões de fato estão esclarecidas, ante a prova documental e pericial constante dos autos e a produção de prova oral era, de todo, impertinente para o julgamento da causa’ (fl. 1.154). Este Tribunal já pacificou o entendimento de que não há ofensa à ampla defesa no indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária, podendo o julgador apreciar e valorizar as alegações e as provas que lhe são submetidas. Anote-se: 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP EXTRAORDINÁRIO. OFENSA À CONSTITUIÇÃO. I. - Em se tratando de recurso extraordinário, qualquer questão, inclusive de ordem pública, necessita ter sido discutida e apreciada na instância a quo. Precedentes. II. - Somente a ofensa direta à Constituição autoriza a admissão do recurso extraordinário. No caso, o acórdão limita-se a interpretar normas infraconstitucionais. III. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. IV. - Agravo não provido’ (AI nº 505.029, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 6/5/05). Não socorre o recorrente o argumento de que a lei que estabeleceu a competência é posterior ao julgamento da apelação e que a primeira oportunidade para levantar a matéria seria no momento da interposição do recurso extraordinário. Com efeito, a Lei nº 10.628/02, argüida pelo recorrente para sustentar a incompetência do foro, foi publicada em 24/12/02, antes, portanto, da oposição dos embargos declaratórios contra o primeiro acórdão proferido pelo Tribunal de origem, que somente ocorreu em 26/1/05 (fl. 1.172). Com relação ao indeferimento da prova oral, o acórdão atacado assevera, expressamente, que: ‘(...) as questões de fato estão esclarecidas, ante a prova documental e pericial constante dos autos e a produção de prova oral era, de todo, impertinente para o julgamento da causa’ (fl. 1.154). Este Tribunal já pacificou o entendimento de que não há ofensa à ampla defesa no indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária, podendo o julgador apreciar e valorizar as alegações e as provas que lhe são submetidas. Anote-se: 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 25 Relatório AI 624.337 AGR / SP ‘Agravo regimental. Recurso extraordinário. Ação de indenização por dano causado por acidente de trânsito. Indeferimento de diligência probatória. Cerceamento de defesa. Inocorrência. 1. Não incorre em ofensa à ampla defesa o indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária. 2. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. 3. Agravo regimental desprovido’ (AI nº 631.856-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJ de 7/12/07). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVAS CONSIDERADAS DESNECESSÁRIAS. VIOLAÇÃO DA AMPLA DEFESA. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. A análise de eventual cerceamento de defesa por falta de necessidade de produção de provas está restrita ao âmbito de legislação infraconstitucional. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 597.614-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 27/10/06). Nego provimento ao agravo. Intime-se. Brasília, 14 de maio de 2008.” 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP ‘Agravo regimental. Recurso extraordinário. Ação de indenização por dano causado por acidente de trânsito. Indeferimento de diligência probatória. Cerceamento de defesa. Inocorrência. 1. Não incorre em ofensa à ampla defesa o indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária. 2. Não se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. 3. Agravo regimental desprovido’ (AI nº 631.856-AgR, Primeira Turma, de minha relatoria, DJ de 7/12/07). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDEFERIMENTO DE PRODUÇÃO DE PROVAS CONSIDERADAS DESNECESSÁRIAS. VIOLAÇÃO DA AMPLA DEFESA. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. A análise de eventual cerceamento de defesa por falta de necessidade de produção de provas está restrita ao âmbito de legislação infraconstitucional. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 597.614-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 27/10/06). Nego provimento ao agravo. Intime-se. Brasília, 14 de maio de 2008.” 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 25 Relatório AI 624.337 AGR / SP Asseverou o agravante que houve o devido prequestionamento da norma do inciso LIV do art. 5º da Constituição Federal, cuja violação, no presente caso, teria ocorrido em razão da aplicação da Lei de Improbidade a agente político. Por isso, postulou o provimento deste agravo, para que seja julgada extinta a ação civil pública em tela. É o relatório. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP Asseverou o agravante que houve o devido prequestionamento da norma do inciso LIV do art. 5º da Constituição Federal, cuja violação, no presente caso, teria ocorrido em razão da aplicação da Lei de Improbidade a agente político. Por isso, postulou o provimento deste agravo, para que seja julgada extinta a ação civil pública em tela. É o relatório. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085201. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.337 SÃO PAULO VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Não merece prosperar a irresignação. Depois de proferidos os acórdãos, nos autos, pela Corte regional, o ora agravante interpôs recurso extraordinário, que se assentou em dois tópicos, a saber: a) atentado à ampla defesa e b) incompetência absoluta do Juízo, os quais configurariam violação das normas dos arts. 5º, inciso LV, e 29, inciso X; e 50, inciso LIII, respectivamente. Bem por isso, dois foram os pedidos então formulados pelo requerente. O primeiro, no sentido de que fosse reconhecida a incompetência absoluta do Juízo de primeiro grau para o julgamento e o processamento da ação e, alternativamente, para que o feito fosse anulado, a partir da sentença, para que fosse produzida a prova oral por ele postulada ao longo da instrução do feito (fls. 1231/1232). A esse recurso foi negado trânsito, pelo então Presidente da Seção de Direito Público da Corte de origem, com fundamento na ausência de prequestionamento, na necessidade de análise de fatos e provas e, ainda, no reconhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal, da inconstitucionalidade do aludido foro especial (fls. 1525/1526). No agravo de instrumento que se seguiu, o agravante asseverou ter ocorrido o devido prequestionamento da norma do art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal, cuja vulneração teria decorrido da admissão do julgamento antecipado da lide sem que fossem ouvidas as testemunhas por ele arroladas e, também, do julgamento do litígio por juízo incompetente, pois incumbiria ao Tribunal de Justiça local, em razão de sua competência originária, conhecer da ação. A esse recurso foi negado provimento, por meio da decisão ora agravada, que assentou, na parte que interessa para o julgamento deste agravo, que Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.337 SÃO PAULO VOTO O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI: Não merece prosperar a irresignação. Depois de proferidos os acórdãos, nos autos, pela Corte regional, o ora agravante interpôs recurso extraordinário, que se assentou em dois tópicos, a saber: a) atentado à ampla defesa e b) incompetência absoluta do Juízo, os quais configurariam violação das normas dos arts. 5º, inciso LV, e 29, inciso X; e 50, inciso LIII, respectivamente. Bem por isso, dois foram os pedidos então formulados pelo requerente. O primeiro, no sentido de que fosse reconhecida a incompetência absoluta do Juízo de primeiro grau para o julgamento e o processamento da ação e, alternativamente, para que o feito fosse anulado, a partir da sentença, para que fosse produzida a prova oral por ele postulada ao longo da instrução do feito (fls. 1231/1232). A esse recurso foi negado trânsito, pelo então Presidente da Seção de Direito Público da Corte de origem, com fundamento na ausência de prequestionamento, na necessidade de análise de fatos e provas e, ainda, no reconhecimento, pelo Supremo Tribunal Federal, da inconstitucionalidade do aludido foro especial (fls. 1525/1526). No agravo de instrumento que se seguiu, o agravante asseverou ter ocorrido o devido prequestionamento da norma do art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal, cuja vulneração teria decorrido da admissão do julgamento antecipado da lide sem que fossem ouvidas as testemunhas por ele arroladas e, também, do julgamento do litígio por juízo incompetente, pois incumbiria ao Tribunal de Justiça local, em razão de sua competência originária, conhecer da ação. A esse recurso foi negado provimento, por meio da decisão ora agravada, que assentou, na parte que interessa para o julgamento deste agravo, que Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP “a alegada violação dos artigos 5º, inciso LIII, e 29, inciso X, da Constituição Federal em razão da incompetência de foro, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que essa questão não foi objeto dos acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem e, tampouco, dos embargos de declaração opostos pelo recorrente. Anote-se que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que mesmo se tratando de matéria de ordem pública há a necessidade de discuti-la na instância de origem para viabilizar o recurso extraordinário (…) Não socorre o recorrente o argumento de que a lei que estabeleceu a competência é posterior ao julgamento da apelação e que a primeira oportunidade para levantar a matéria seria no momento da interposição do recurso extraordinário. Com efeito, a Lei nº 10.628/02, argüida pelo recorrente para sustentar a incompetência do foro, foi publicada em 24/12/02, antes, portanto, da oposição dos embargos declaratórios contra o primeiro acórdão proferido pelo Tribunal de origem, que somente ocorreu em 26/1/05” (fls. 1672/1673). Com relação à dispensabilidade do prequestionamento, invocada pelo agravante, convém reiterar, tal como já constou da decisão agravada, que esta Corte tem o firme entendimento de que esse requisito sempre se faz necessário, mesmo em face de matéria de ordem pública. Em acréscimo aos precedentes então transcritos, confiram-se os seguintes, mais recentes e de ambas as Turmas desta Corte: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Matéria de ordem pública. Prequestionamento. Necessidade. Danos morais. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que, ainda que se trate de matéria de ordem pública, é necessário o seu exame na instância de origem para que se viabilize o recurso extraordinário. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (AI nº 731.255/RJ-AgR, de 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP “a alegada violação dos artigos 5º, inciso LIII, e 29, inciso X, da Constituição Federal em razão da incompetência de foro, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que essa questão não foi objeto dos acórdãos proferidos pelo Tribunal de origem e, tampouco, dos embargos de declaração opostos pelo recorrente. Anote-se que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que mesmo se tratando de matéria de ordem pública há a necessidade de discuti-la na instância de origem para viabilizar o recurso extraordinário (…) Não socorre o recorrente o argumento de que a lei que estabeleceu a competência é posterior ao julgamento da apelação e que a primeira oportunidade para levantar a matéria seria no momento da interposição do recurso extraordinário. Com efeito, a Lei nº 10.628/02, argüida pelo recorrente para sustentar a incompetência do foro, foi publicada em 24/12/02, antes, portanto, da oposição dos embargos declaratórios contra o primeiro acórdão proferido pelo Tribunal de origem, que somente ocorreu em 26/1/05” (fls. 1672/1673). Com relação à dispensabilidade do prequestionamento, invocada pelo agravante, convém reiterar, tal como já constou da decisão agravada, que esta Corte tem o firme entendimento de que esse requisito sempre se faz necessário, mesmo em face de matéria de ordem pública. Em acréscimo aos precedentes então transcritos, confiram-se os seguintes, mais recentes e de ambas as Turmas desta Corte: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Matéria de ordem pública. Prequestionamento. Necessidade. Danos morais. Ofensa reflexa. Reexame de provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que, ainda que se trate de matéria de ordem pública, é necessário o seu exame na instância de origem para que se viabilize o recurso extraordinário. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (AI nº 731.255/RJ-AgR, de 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP minha relatoria, Primeira Turma, DJe de 3/8/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGAÇÃO DE MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. PREQUESTIONAMENTO. NECESSIDADE. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LIV e LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. SÚMULA 636 DO STF. INCIDÊNCIA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Matéria de ordem pública não afasta a necessidade do prequestionamento da questão. Precedentes. II – A orientação desta Corte, por meio da remansosa jurisprudência, é a de que, em regra, a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, quando dependente de exame de legislação infraconstitucional, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Precedentes. III – O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). Precedentes. IV – Não há negativa de prestação jurisdicional, tampouco contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes. V – Agravo regimental improvido” (AI nº 758.732/SP-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 28/5/12). Nas razões do agravo regimental ora em análise, asseverou o agravante que, além de estar efetivamente presente o requisito do prequestionamento, sua insurgência não fora deduzida com fundamento na edição da Lei nº 10.628/02, mas, sim, no que constou do julgamento da Rcl nº 2.138/DF, no qual esta Corte teria dado nova interpretação à matéria em discussão nestes autos. Postulou, desse modo, a extinção da ação civil pública em tela, em razão da inaplicabilidade da Lei de 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP minha relatoria, Primeira Turma, DJe de 3/8/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ALEGAÇÃO DE MATÉRIA DE ORDEM PÚBLICA. PREQUESTIONAMENTO. NECESSIDADE. ALEGADA VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LIV e LV, DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. SÚMULA 636 DO STF. INCIDÊNCIA. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I - Matéria de ordem pública não afasta a necessidade do prequestionamento da questão. Precedentes. II – A orientação desta Corte, por meio da remansosa jurisprudência, é a de que, em regra, a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, quando dependente de exame de legislação infraconstitucional, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. Precedentes. III – O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade princípio da legalidade quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). Precedentes. IV – Não há negativa de prestação jurisdicional, tampouco contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes. V – Agravo regimental improvido” (AI nº 758.732/SP-AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 28/5/12). Nas razões do agravo regimental ora em análise, asseverou o agravante que, além de estar efetivamente presente o requisito do prequestionamento, sua insurgência não fora deduzida com fundamento na edição da Lei nº 10.628/02, mas, sim, no que constou do julgamento da Rcl nº 2.138/DF, no qual esta Corte teria dado nova interpretação à matéria em discussão nestes autos. Postulou, desse modo, a extinção da ação civil pública em tela, em razão da inaplicabilidade da Lei de 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP Improbidade Administrativa a agentes políticos como ele. Ora, constata-se, assim, facilmente, que as razões deste agravo regimental se encontram dissociadas dos fundamentos do recurso extraordinário e do agravo de instrumento interpostos nos autos, fato inadmissível, a acarretar sua rejeição, pois constitui inovação recursal manifesta em momento inoportuno. Com efeito, o agravante não suscitou essa questão nas oportunidades anteriores que teve para se expressar nos autos, impossibilitando, dessa forma, o exercício do contraditório e o debate prévio nas instâncias originárias, o que impede a análise do tema, por primeiro, nesta oportunidade. Nesse sentido, os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO JULGADO PREJUDICADO POR AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. INADMISSIBILIDADE DE INOVAÇÃO DE FUNDAMENTO NO AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO DESPROVIDO” (AI nº 453.707-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 20/4/07). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Princípio da legalidade. Ofensa não argüida no recurso extraordinário. inovação dos argumentos em agravo regimental. Impossibilidade. Precedentes. 3. Indenização por dano moral. Princípios do contraditório e ampla defesa. Ofensa reflexa. Precedente. 4. Art. 93, IX, da Constituição. Ofensa não configurada. Acórdão devidamente fundamentado. 5. agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 500.501-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 4/3/05). “(...) RECEPÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO (...) A questão que não foi debatida em momento processual 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP Improbidade Administrativa a agentes políticos como ele. Ora, constata-se, assim, facilmente, que as razões deste agravo regimental se encontram dissociadas dos fundamentos do recurso extraordinário e do agravo de instrumento interpostos nos autos, fato inadmissível, a acarretar sua rejeição, pois constitui inovação recursal manifesta em momento inoportuno. Com efeito, o agravante não suscitou essa questão nas oportunidades anteriores que teve para se expressar nos autos, impossibilitando, dessa forma, o exercício do contraditório e o debate prévio nas instâncias originárias, o que impede a análise do tema, por primeiro, nesta oportunidade. Nesse sentido, os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO JULGADO PREJUDICADO POR AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL. INADMISSIBILIDADE DE INOVAÇÃO DE FUNDAMENTO NO AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO DESPROVIDO” (AI nº 453.707-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 20/4/07). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Princípio da legalidade. Ofensa não argüida no recurso extraordinário. inovação dos argumentos em agravo regimental. Impossibilidade. Precedentes. 3. Indenização por dano moral. Princípios do contraditório e ampla defesa. Ofensa reflexa. Precedente. 4. Art. 93, IX, da Constituição. Ofensa não configurada. Acórdão devidamente fundamentado. 5. agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 500.501-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 4/3/05). “(...) RECEPÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO (...) A questão que não foi debatida em momento processual 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP anterior constitui inovação recursal, insuscetível de ser levantada nas razões do agravo regimental. Precedentes. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 854.307-AgR/AC, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 24/9/12). “DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. VIOLAÇÃO DO ART. 17 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALEGAÇÃO NA PETIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE INOVAÇÃO PROCESSUAL. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. A violação do art. 17 da Constituição Federal não foi alegada na petição do recurso extraordinário. O debate da questão no agravo de instrumento constitui inovação recursal insuscetível de apreciação. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 823.348-ED/RJ, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 27/4/12). Não se diga que a renovação recursal é possível em razão de ulterior julgamento proferido por esta Corte em outro recurso, pois, tampouco nessa hipótese, isso é admissível, conforme se colhe do seguinte precedente: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO PARA A CONCESSÃO DE VANTAGENS AOS SERVIDORES PÚBLICOS. MATÉRIA NÃO PREQUESTIONADA. NÃO- CONHECIMENTO. 1. Ofensa ao princípio da isonomia. Matéria não argüida nas razões do extraordinário. Inovação da lide em sede de agravo regimental. 3. Apreciação do mérito da controvérsia em face da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Impossibilidade, visto que o recurso extraordinário não ultrapassou o juízo preliminar de conhecimento. Agravo 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP anterior constitui inovação recursal, insuscetível de ser levantada nas razões do agravo regimental. Precedentes. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 854.307-AgR/AC, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe de 24/9/12). “DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. VIOLAÇÃO DO ART. 17 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALEGAÇÃO NA PETIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPOSSIBILIDADE DE INOVAÇÃO PROCESSUAL. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. A violação do art. 17 da Constituição Federal não foi alegada na petição do recurso extraordinário. O debate da questão no agravo de instrumento constitui inovação recursal insuscetível de apreciação. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 823.348-ED/RJ, Relatora a Ministra Rosa Weber, Primeira Turma, DJe de 27/4/12). Não se diga que a renovação recursal é possível em razão de ulterior julgamento proferido por esta Corte em outro recurso, pois, tampouco nessa hipótese, isso é admissível, conforme se colhe do seguinte precedente: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. PRINCÍPIO DA LEGALIDADE E DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA DO CHEFE DO EXECUTIVO PARA A CONCESSÃO DE VANTAGENS AOS SERVIDORES PÚBLICOS. MATÉRIA NÃO PREQUESTIONADA. NÃO- CONHECIMENTO. 1. Ofensa ao princípio da isonomia. Matéria não argüida nas razões do extraordinário. Inovação da lide em sede de agravo regimental. 3. Apreciação do mérito da controvérsia em face da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Impossibilidade, visto que o recurso extraordinário não ultrapassou o juízo preliminar de conhecimento. Agravo 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP regimental não-provido” (RE nº 223.271/SP-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ de 10/9/99). Vê-se, pois, que a única questão controversa passível de discussão nestes autos é aquela relativa à competência do Juízo de primeiro grau para o processamento do feito. Quanto a essa questão, a decisão atacada se encontra em consonância com a pacífica jurisprudência desta Corte acerca do tema, a qual repele a existência de privilégio de foro em tais hipóteses, citando-se, para exemplificar, recentes decisões monocráticas de dois ilustres Ministros integrantes desta Turma assim dispondo: “Decisão Vistos etc. O Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina decidiu que o juízo de primeiro grau é o competente para processar e julgar ação civil pública por improbidade administrativa. Nas razões do extraordinário, com base no art. 102, III, ‘a’, da Lei Maior, Luiz Henrique da Silveira alega ofensa ao art. 5º, LIII (juiz natural) e LIV (devido processo legal), da Constituição Federal Sustenta que ‘as ações que versem sobre improbidade administrativa, propostas em face dos Governadores dos Estados, devem ser processadas perante Superior Tribunal de Justiça (...) ainda que o suposto ato de improbidade tenha sido praticado na qualidade de Prefeito Municipal, uma vez que o recorrente dispõe de prerrogativa pela atual função’ (fl. 125). Contrarrazões. É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Ao adequado enfrentamento da controvérsia, transcrevo as razões de decidir, quando do julgamento do recurso veiculado na origem: ‘O agravo foi interposto contra a decisão que determinou a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça com fundamento no art. 84 do Código de Processo 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP regimental não-provido” (RE nº 223.271/SP-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ de 10/9/99). Vê-se, pois, que a única questão controversa passível de discussão nestes autos é aquela relativa à competência do Juízo de primeiro grau para o processamento do feito. Quanto a essa questão, a decisão atacada se encontra em consonância com a pacífica jurisprudência desta Corte acerca do tema, a qual repele a existência de privilégio de foro em tais hipóteses, citando-se, para exemplificar, recentes decisões monocráticas de dois ilustres Ministros integrantes desta Turma assim dispondo: “Decisão Vistos etc. O Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina decidiu que o juízo de primeiro grau é o competente para processar e julgar ação civil pública por improbidade administrativa. Nas razões do extraordinário, com base no art. 102, III, ‘a’, da Lei Maior, Luiz Henrique da Silveira alega ofensa ao art. 5º, LIII (juiz natural) e LIV (devido processo legal), da Constituição Federal Sustenta que ‘as ações que versem sobre improbidade administrativa, propostas em face dos Governadores dos Estados, devem ser processadas perante Superior Tribunal de Justiça (...) ainda que o suposto ato de improbidade tenha sido praticado na qualidade de Prefeito Municipal, uma vez que o recorrente dispõe de prerrogativa pela atual função’ (fl. 125). Contrarrazões. É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Ao adequado enfrentamento da controvérsia, transcrevo as razões de decidir, quando do julgamento do recurso veiculado na origem: ‘O agravo foi interposto contra a decisão que determinou a remessa dos autos ao Superior Tribunal de Justiça com fundamento no art. 84 do Código de Processo 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP Penal (redação modificada pela Lei n. 10.628, de 24 de dezembro de 2002) e art. 105, inc. I, alínea ‘a’ da Constituição Federal. O reclamo merece ser acolhido, em parte. Inicialmente, no tocante à alegada prerrogativa de função do recorrido, por ter assumido o cargo de Governador de Estado, oportuna a transcrição do texto constitucional: ‘Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I — processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal (...)’ (grifou-se) A demanda ajuizada pelo órgão ministerial, no âmbito civil, objetiva a apuração de atos de improbidade administrativa no exercício do cargo de Prefeito Municipal. O art. 37, § 4º da Constituição Federal prescreve aludida hipótese: ‘A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível’. Os atos de improbidade administrativa poderão, em 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP Penal (redação modificada pela Lei n. 10.628, de 24 de dezembro de 2002) e art. 105, inc. I, alínea ‘a’ da Constituição Federal. O reclamo merece ser acolhido, em parte. Inicialmente, no tocante à alegada prerrogativa de função do recorrido, por ter assumido o cargo de Governador de Estado, oportuna a transcrição do texto constitucional: ‘Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: I — processar e julgar, originariamente: a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal (...)’ (grifou-se) A demanda ajuizada pelo órgão ministerial, no âmbito civil, objetiva a apuração de atos de improbidade administrativa no exercício do cargo de Prefeito Municipal. O art. 37, § 4º da Constituição Federal prescreve aludida hipótese: ‘A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível’. Os atos de improbidade administrativa poderão, em 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP circunstâncias concretas, tipificar um crime (v.g. arts. 321- 322 do CP). Todavia, a lei de improbidade alude às sanções de natureza civil, como deixou claro o texto constitucional. Dessa forma, não existe fundamento para a modificação da competência ao Superior Tribunal de Justiça, visto não se tratar de ação penal por prática de crime comum ou mesmo de responsabilidade, mas, sim, demanda com caráter eminentemente civil. De outra sorte, a Lei Federal n. 10.628, de 24/12/2002, que alterou a redação do art. 84 do CPP, cuja constitucionalidade está sendo discutida perante o STF na ADI n. 2.797 proposta pela CONAMP, dispõe em seu artigo 1º: ‘O art. 84 do Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, passa a vigorar com a seguinte redação: ‘A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade. § 1º A competência especial por prerrogativa de função, relativa a atos administrativos do agente, prevalece ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do exercício da função pública. § 2º A ação de improbidade, de que trata a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, será proposta perante o tribunal competente para processar e julgar criminalmente o funcionário ou autoridade na hipótese de prerrogativa de foro em razão do exercício de função pública, 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP circunstâncias concretas, tipificar um crime (v.g. arts. 321- 322 do CP). Todavia, a lei de improbidade alude às sanções de natureza civil, como deixou claro o texto constitucional. Dessa forma, não existe fundamento para a modificação da competência ao Superior Tribunal de Justiça, visto não se tratar de ação penal por prática de crime comum ou mesmo de responsabilidade, mas, sim, demanda com caráter eminentemente civil. De outra sorte, a Lei Federal n. 10.628, de 24/12/2002, que alterou a redação do art. 84 do CPP, cuja constitucionalidade está sendo discutida perante o STF na ADI n. 2.797 proposta pela CONAMP, dispõe em seu artigo 1º: ‘O art. 84 do Decreto-Lei n. 3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, passa a vigorar com a seguinte redação: ‘A competência pela prerrogativa de função é do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de Justiça, dos Tribunais Regionais Federais e Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, relativamente às pessoas que devam responder perante eles por crimes comuns e de responsabilidade. § 1º A competência especial por prerrogativa de função, relativa a atos administrativos do agente, prevalece ainda que o inquérito ou a ação judicial sejam iniciados após a cessação do exercício da função pública. § 2º A ação de improbidade, de que trata a Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992, será proposta perante o tribunal competente para processar e julgar criminalmente o funcionário ou autoridade na hipótese de prerrogativa de foro em razão do exercício de função pública, 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP observado o disposto no § 1º.’’ Não obstante a Constituição Federal prever a competência originária do Tribunal de Justiça para os feitos criminais envolvendo os prefeitos municipais (art. 29, X e 83, XI, b da Constituição Estadual), em relação às demais ações ajuizadas, quais sejam, ações populares, ações civis públicas e ações por ato de improbidade, carece a Corte Estadual de competência por falta de previsão específica nas Cartas Federal e Estadual (art. 125, §1° da Constituição Federal). Dessa forma, inaplicáveis as regras do art. 84 do Código de Processo Penal quando as ações de improbidade possuírem natureza civil, não havendo necessidade da aferição da constitucionalidade ou não do dispositivo em referência. Não destoam os precedentes desta Corte: (...) III - DECISÃO: Ante o exposto, decidiu a Terceira Câmara de Direito Público, por votação unânime, dar provimento parcial ao recurso, tão-somente para fixar a competência do juízo de primeiro grau para processar e julgar a ação civil pública n. 038.01.007904-9’. (fls. 64-7). Nada colhe o recurso. O acórdão recorrido está em harmonia com o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 2.797/PR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, sessão de 15.9.2005, que declarou a inconstitucionalidade da Lei 10.628/2002, a qual estendia a prerrogativa de foro às ações por improbidade administrativa e previa a incidência da regra de foro especial por prerrogativa de função para quem já não fosse titular da função pública que o determinava. Na oportunidade, fixou-se o entendimento de que inexiste foro por prerrogativa de função nas ações de 9 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP observado o disposto no § 1º.’’ Não obstante a Constituição Federal prever a competência originária do Tribunal de Justiça para os feitos criminais envolvendo os prefeitos municipais (art. 29, X e 83, XI, b da Constituição Estadual), em relação às demais ações ajuizadas, quais sejam, ações populares, ações civis públicas e ações por ato de improbidade, carece a Corte Estadual de competência por falta de previsão específica nas Cartas Federal e Estadual (art. 125, §1° da Constituição Federal). Dessa forma, inaplicáveis as regras do art. 84 do Código de Processo Penal quando as ações de improbidade possuírem natureza civil, não havendo necessidade da aferição da constitucionalidade ou não do dispositivo em referência. Não destoam os precedentes desta Corte: (...) III - DECISÃO: Ante o exposto, decidiu a Terceira Câmara de Direito Público, por votação unânime, dar provimento parcial ao recurso, tão-somente para fixar a competência do juízo de primeiro grau para processar e julgar a ação civil pública n. 038.01.007904-9’. (fls. 64-7). Nada colhe o recurso. O acórdão recorrido está em harmonia com o entendimento adotado pelo Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 2.797/PR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Plenário, sessão de 15.9.2005, que declarou a inconstitucionalidade da Lei 10.628/2002, a qual estendia a prerrogativa de foro às ações por improbidade administrativa e previa a incidência da regra de foro especial por prerrogativa de função para quem já não fosse titular da função pública que o determinava. Na oportunidade, fixou-se o entendimento de que inexiste foro por prerrogativa de função nas ações de 9 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP improbidade administrativa. Nesse sentido: Rcl 3.021-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 06.02.2009; AI 678.927-AgR/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 1º.02.2011; RE 586.545-AgR/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 1º.02.2011; e AI 556.727-AgR/SP, Rel. Min Dias Tóffoli, 1ª Turma, DJe 26.4.2012, este assim ementado: ‘Agravo regimental no agravo de instrumento. Improbidade administrativa. Prerrogativa de foro. Inexistência. Precedentes. 1. Inexiste foro por prerrogativa de função nas ações de improbidade administrativa. 2. Agravo regimental não provido.’ Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se. Brasília, 1º de outubro de 2012” (RE nº 594.365/SC, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 8/10/12). “Decisão RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PREFEITO. PRERROGATIVA DE FORO AOS AGENTES POLÍTICOS. INCONSTITUCIONALIDADE. JURISPRUDÊNCIA ASSENTADA PELO PLENÁRIO DESTA SUPREMA CORTE NA ADI N. 2.797. 1. No julgamento da ADI n. 2.797, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 19.12.06, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu pela inexistência de foro privilegiado para prefeito processado por improbidade administrativa. (Ainda nesse sentido: AI n. 678.927-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 01.02.2011; AI n. 506.323-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP improbidade administrativa. Nesse sentido: Rcl 3.021-AgR/SP, Rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 06.02.2009; AI 678.927-AgR/SP, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 1º.02.2011; RE 586.545-AgR/MG, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 1º.02.2011; e AI 556.727-AgR/SP, Rel. Min Dias Tóffoli, 1ª Turma, DJe 26.4.2012, este assim ementado: ‘Agravo regimental no agravo de instrumento. Improbidade administrativa. Prerrogativa de foro. Inexistência. Precedentes. 1. Inexiste foro por prerrogativa de função nas ações de improbidade administrativa. 2. Agravo regimental não provido.’ Nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput). Publique-se. Brasília, 1º de outubro de 2012” (RE nº 594.365/SC, Relatora a Ministra Rosa Weber, DJe de 8/10/12). “Decisão RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PREFEITO. PRERROGATIVA DE FORO AOS AGENTES POLÍTICOS. INCONSTITUCIONALIDADE. JURISPRUDÊNCIA ASSENTADA PELO PLENÁRIO DESTA SUPREMA CORTE NA ADI N. 2.797. 1. No julgamento da ADI n. 2.797, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 19.12.06, o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu pela inexistência de foro privilegiado para prefeito processado por improbidade administrativa. (Ainda nesse sentido: AI n. 678.927-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 01.02.2011; AI n. 506.323-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP 01.07.2009, entre outros). 2. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. OBJEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU SUSCITADA EX OFFCIO PELO RELATOR. AGENTES POLÍTICOS COM FORO PRIVILEGIADO EM AÇÕES DE IMPROBIDADE. REMESSA DOS AUTOS AO PELNÁRIO DESTA CORTE DE JUSTIÇA PARA PROCESSAMENTO EM COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA. PRECEDENTES. APELO PREJUDICADO.’ 3. Recurso extraordinário provido. Decisão: Cuida-se de recurso extraordinário interposto pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE com fulcro no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal de 1988, em face de v. acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, assim ementado: ‘EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. OBJEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU SUSCITADA EX OFFCIO PELO RELATOR. AGENTES POLÍTICOS COM FORO PRIVILEGIADO EM AÇÕES DE IMPROBIDADE. REMESSA DOS AUTOS AO PELNÁRIO DESTA CORTE DE JUSTIÇA PARA PROCESSAMENTO EM COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA. PRECEDENTES. APELO PREJUDICADO.’ Não foram opostos embargos de declaração. Em suas razões recursais, o recorrente sustenta, em síntese, que ‘a competência dos juízes de primeiro grau para o julgamento das ações de improbidade administrativa foi reconhecida por este Supremo Tribunal Federal na Ação Direta 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP 01.07.2009, entre outros). 2. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. OBJEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU SUSCITADA EX OFFCIO PELO RELATOR. AGENTES POLÍTICOS COM FORO PRIVILEGIADO EM AÇÕES DE IMPROBIDADE. REMESSA DOS AUTOS AO PELNÁRIO DESTA CORTE DE JUSTIÇA PARA PROCESSAMENTO EM COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA. PRECEDENTES. APELO PREJUDICADO.’ 3. Recurso extraordinário provido. Decisão: Cuida-se de recurso extraordinário interposto pelo MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE com fulcro no art. 102, III, “a”, da Constituição Federal de 1988, em face de v. acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, assim ementado: ‘EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. OBJEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUÍZO DE PRIMEIRO GRAU SUSCITADA EX OFFCIO PELO RELATOR. AGENTES POLÍTICOS COM FORO PRIVILEGIADO EM AÇÕES DE IMPROBIDADE. REMESSA DOS AUTOS AO PELNÁRIO DESTA CORTE DE JUSTIÇA PARA PROCESSAMENTO EM COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA. PRECEDENTES. APELO PREJUDICADO.’ Não foram opostos embargos de declaração. Em suas razões recursais, o recorrente sustenta, em síntese, que ‘a competência dos juízes de primeiro grau para o julgamento das ações de improbidade administrativa foi reconhecida por este Supremo Tribunal Federal na Ação Direta 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 20 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP de Inconstitucionalidade nº 2.797, ocasião em que foi declarada a inconstitucionalidade da Lei nº 10.628/2002, que acrescentou os §§ 1º e 2º ao art. 84 do Código de Processo Penal’ (fls. 100/101). Não foram apresentadas contrarrazões ao recurso extraordinário. É o relatório. DECIDO. O recurso merece prosperar. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI n. 2.797, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 19.12.06, decidiu pela inexistência de foro privilegiado para prefeito processado por improbidade administrativa. Eis a ementa, na parte que interessa: ‘(...) III. Foro especial por prerrogativa de função: extensão, no tempo, ao momento posterior à cessação da investidura na função dele determinante. Súmula 394/STF (cancelamento pelo Supremo Tribunal Federal). Lei 10.628/2002, que acrescentou os §§ 1º e 2º ao artigo 84 do C. Processo Penal: pretensão inadmissível de interpretação autêntica da Constituição por lei ordinária e usurpação da competência do Supremo Tribunal para interpretar a Constituição: inconstitucionalidade declarada. (...) IV. Ação de improbidade administrativa: extensão da competência especial por prerrogativa de função estabelecida para o processo penal condenatório contra o mesmo dignitário (§ 2º do art. 84 do C Pr Penal introduzido pela L. 10.628/2002): declaração, por lei, de competência originária não prevista na Constituição: inconstitucionalidade. (…) 3. Por outro lado, ao contrário do que sucede com os crimes comuns, a regra é que cessa a imputabilidade por crimes de responsabilidade com o termo da investidura do 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP de Inconstitucionalidade nº 2.797, ocasião em que foi declarada a inconstitucionalidade da Lei nº 10.628/2002, que acrescentou os §§ 1º e 2º ao art. 84 do Código de Processo Penal’ (fls. 100/101). Não foram apresentadas contrarrazões ao recurso extraordinário. É o relatório. DECIDO. O recurso merece prosperar. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao julgar a ADI n. 2.797, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 19.12.06, decidiu pela inexistência de foro privilegiado para prefeito processado por improbidade administrativa. Eis a ementa, na parte que interessa: ‘(...) III. Foro especial por prerrogativa de função: extensão, no tempo, ao momento posterior à cessação da investidura na função dele determinante. Súmula 394/STF (cancelamento pelo Supremo Tribunal Federal). Lei 10.628/2002, que acrescentou os §§ 1º e 2º ao artigo 84 do C. Processo Penal: pretensão inadmissível de interpretação autêntica da Constituição por lei ordinária e usurpação da competência do Supremo Tribunal para interpretar a Constituição: inconstitucionalidade declarada. (...) IV. Ação de improbidade administrativa: extensão da competência especial por prerrogativa de função estabelecida para o processo penal condenatório contra o mesmo dignitário (§ 2º do art. 84 do C Pr Penal introduzido pela L. 10.628/2002): declaração, por lei, de competência originária não prevista na Constituição: inconstitucionalidade. (…) 3. Por outro lado, ao contrário do que sucede com os crimes comuns, a regra é que cessa a imputabilidade por crimes de responsabilidade com o termo da investidura do 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP dignitário acusado.’ Ainda sobre o tema, os seguintes acórdãos: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRERROGATIVA DE FORO. APLICAÇÃO A AGENTES POLÍTICOS. INCONSTITUCIONALIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – A prerrogativa de função para prefeitos em processo de improbidade administrativa foi declarada inconstitucional pela ADI 2.797/DF. II – Agravo regimental improvido.’ (AI n. 678.927-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 01.02.2011)' ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ALEGADA IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA LEI Nº 8.429/1992, POR MAGISTRADO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA, A AGENTES POLÍTICOS QUE DISPÕEM DE PRERROGATIVA DE FORO EM MATÉRIA PENAL - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO - CONHECIMENTO, PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DE OFÍCIO, DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL - MATÉRIA QUE, POR SER ESTRANHA À PRESENTE CAUSA, NÃO FOI EXAMINADA NA DECISÃO OBJETO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - INVOCAÇÃO DO PRINCÍPIO ‘JURA NOVIT CURIA’ EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA - DESCABIMENTO - AÇÃO CIVIL POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - COMPETÊNCIA DE MAGISTRADO DE PRIMEIRO GRAU, QUER SE CUIDE DE OCUPANTE DE CARGO PÚBLICO, QUER SE TRATE DE TITULAR DE MANDATO ELETIVO AINDA NO EXERCÍCIO DAS RESPECTIVAS FUNÇÕES - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Não se revela aplicável o princípio ‘jura 13 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP dignitário acusado.’ Ainda sobre o tema, os seguintes acórdãos: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PRERROGATIVA DE FORO. APLICAÇÃO A AGENTES POLÍTICOS. INCONSTITUCIONALIDADE. AGRAVO IMPROVIDO. I – A prerrogativa de função para prefeitos em processo de improbidade administrativa foi declarada inconstitucional pela ADI 2.797/DF. II – Agravo regimental improvido.’ (AI n. 678.927-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 01.02.2011)' ‘RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ALEGADA IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA LEI Nº 8.429/1992, POR MAGISTRADO DE PRIMEIRA INSTÂNCIA, A AGENTES POLÍTICOS QUE DISPÕEM DE PRERROGATIVA DE FORO EM MATÉRIA PENAL - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO - CONHECIMENTO, PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DE OFÍCIO, DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL - MATÉRIA QUE, POR SER ESTRANHA À PRESENTE CAUSA, NÃO FOI EXAMINADA NA DECISÃO OBJETO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - INVOCAÇÃO DO PRINCÍPIO ‘JURA NOVIT CURIA’ EM SEDE RECURSAL EXTRAORDINÁRIA - DESCABIMENTO - AÇÃO CIVIL POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - COMPETÊNCIA DE MAGISTRADO DE PRIMEIRO GRAU, QUER SE CUIDE DE OCUPANTE DE CARGO PÚBLICO, QUER SE TRATE DE TITULAR DE MANDATO ELETIVO AINDA NO EXERCÍCIO DAS RESPECTIVAS FUNÇÕES - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Não se revela aplicável o princípio ‘jura 13 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP novit curia’ ao julgamento do recurso extraordinário, sendo vedado, ao Supremo Tribunal Federal, quando do exame do apelo extremo, apreciar questões que não tenham sido analisadas, de modo expresso, na decisão recorrida. Precedentes. - Esta Suprema Corte tem advertido que, tratando-se de ação civil por improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92), mostra-se irrelevante, para efeito de definição da competência originária dos Tribunais, que se cuide de ocupante de cargo público ou de titular de mandato eletivo ainda no exercício das respectivas funções, pois a ação civil em questão deverá ser ajuizada perante magistrado de primeiro grau. Precedentes.’ (AI n. 506.323-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 01.07.2009) Verifico, que o acórdão recorrido divergiu do entendimento desta Corte. Ex positis, DOU PROVIMENTO ao recurso extraordinário (art. 557, § 1º-A, do CPC). Publique-se. Brasília, 31 de agosto de 2012” (RE nº 705.687/RN, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 6/9/12). Diga-se, por fim, que o julgamento da Rcl nº 2.128/DF, a que o agravante fez expressa referência, não deu “novo contorno à matéria”, ao contrário do que foi por ele asseverado, pois aquela decisão apenas assentou, na parte que interessa ao julgamento deste agravo, “[a] incompetência dos juízos de primeira instância para processar e julgar ação civil de improbidade administrativa ajuizada contra agente político que possui prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal, por crime de responsabilidade, conforme o art. 102, I, ‘c’, da Constituição”. Como facilmente se constata, essa situação é absolutamente distinta da que ocorre nestes autos. 14 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP novit curia’ ao julgamento do recurso extraordinário, sendo vedado, ao Supremo Tribunal Federal, quando do exame do apelo extremo, apreciar questões que não tenham sido analisadas, de modo expresso, na decisão recorrida. Precedentes. - Esta Suprema Corte tem advertido que, tratando-se de ação civil por improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92), mostra-se irrelevante, para efeito de definição da competência originária dos Tribunais, que se cuide de ocupante de cargo público ou de titular de mandato eletivo ainda no exercício das respectivas funções, pois a ação civil em questão deverá ser ajuizada perante magistrado de primeiro grau. Precedentes.’ (AI n. 506.323-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 01.07.2009) Verifico, que o acórdão recorrido divergiu do entendimento desta Corte. Ex positis, DOU PROVIMENTO ao recurso extraordinário (art. 557, § 1º-A, do CPC). Publique-se. Brasília, 31 de agosto de 2012” (RE nº 705.687/RN, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 6/9/12). Diga-se, por fim, que o julgamento da Rcl nº 2.128/DF, a que o agravante fez expressa referência, não deu “novo contorno à matéria”, ao contrário do que foi por ele asseverado, pois aquela decisão apenas assentou, na parte que interessa ao julgamento deste agravo, “[a] incompetência dos juízos de primeira instância para processar e julgar ação civil de improbidade administrativa ajuizada contra agente político que possui prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal, por crime de responsabilidade, conforme o art. 102, I, ‘c’, da Constituição”. Como facilmente se constata, essa situação é absolutamente distinta da que ocorre nestes autos. 14 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 23 de 25 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 624.337 AGR / SP Cumpre frisar que, mesmo depois da prolação do referido acórdão, firme continuou a jurisprudência desta Corte quanto à competência para o processamento de ações como a presente, conforme precedentes já destacados, citando-se, apenas para ilustrar, parte da ementa do seguinte julgado: “(...) Esta Suprema Corte tem advertido que, tratando-se de ação civil por improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92), mostra-se irrelevante, para efeito de definição da competência originária dos Tribunais, que se cuide de ocupante de cargo público ou de titular de mandato eletivo ainda no exercício das respectivas funções, pois a ação civil em questão deverá ser ajuizada perante magistrado de primeiro grau. Precedentes” (AI nº 506.323/PR-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 1/7/09). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Supremo Tribunal Federal AI 624.337 AGR / SP Cumpre frisar que, mesmo depois da prolação do referido acórdão, firme continuou a jurisprudência desta Corte quanto à competência para o processamento de ações como a presente, conforme precedentes já destacados, citando-se, apenas para ilustrar, parte da ementa do seguinte julgado: “(...) Esta Suprema Corte tem advertido que, tratando-se de ação civil por improbidade administrativa (Lei nº 8.429/92), mostra-se irrelevante, para efeito de definição da competência originária dos Tribunais, que se cuide de ocupante de cargo público ou de titular de mandato eletivo ainda no exercício das respectivas funções, pois a ação civil em questão deverá ser ajuizada perante magistrado de primeiro grau. Precedentes” (AI nº 506.323/PR-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, Segunda Turma, DJe de 1/7/09). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005831. Inteiro Teor do Acórdão - Página 24 de 25 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.337 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : JOSÉ ANTÔNIO BARROS MUNHOZ ADV.(A/S) : EDUARDO SECCHI MUNHOZ AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3088067 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.337 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : JOSÉ ANTÔNIO BARROS MUNHOZ ADV.(A/S) : EDUARDO SECCHI MUNHOZ AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3088067 Inteiro Teor do Acórdão - Página 25 de 25
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3092582
2012-10-16T00:00:00
2012-11-16T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Prequestionamento. Não ocorrência. Competência para processamento do feito. Inovação recursal. Inadmissibilidade. 1. Não há que se falar em justificativa para a ausência de prequestionamento observada nos autos, pois tal requisito de admissibilidade do recurso extraordinário é uma exigência estrita, ainda que se cuide de matéria de ordem pública. 2. Tema que não constou da fundamentação do recurso extraordinário deduzido dos autos não pode ser trazido nas razões do agravo regimental interposto contra a decisão monocrática em que se nega provimento ao agravo tirado contra o despacho denegatório de seu seguimento. 3. Agravo regimental não provido.
sjur218833
- Acórdãos citados: (PREQUESTIONAMENTO, NECESSIDADE) STF: AI 731255 AgR(1ªT), AI 758732 AgR(2ªT); (INOVAÇÃO RECURSAL, VEDAÇÃO) STF: AI 453707 AgR(1ªT), AI 500501 AgR(2ªT), AI 854307 AgR(2ªT), AI 823348 ED(1ªT), RE 223271 AgR; STF: Rcl 2138. Número de páginas: 25. Análise: 22/11/2012, LLD.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
624337
[ "LEG-FED LEI-010628 ANO-2002\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
AI-AgR
acordaos
AI 624337 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : JOSÉ ANTÔNIO BARROS MUNHOZ ADV.(A/S) : EDUARDO SECCHI MUNHOZ AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO
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"27", "/", "10", "/", "06", "14 de maio de 2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "7", "/", "12", "/", "07", "27", "/", "10", "/", "06", "14 de maio de 2008", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "12", "/", "02", "26", "/", "1", "/", "05", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "12", "/", "02", "26", "/", "1", "/", "05", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", "/", "8", "/", "12", "28", "/", "5", "/", "12", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", "/", "8", "/", "12", "28", "/", "5", "/", "12", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", "/", "4", "/", "07", "4", "/", "3", "/", "05", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", "/", "4", "/", "07", "4", "/", "3", "/", "05", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "9", "/", "12", "27", "/", "4", "/", "12", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "9", "/", "12", "27", "/", "4", "/", "12", "24", "/", "08", "/", "2001", "10", "/", "9", "/", "99", "24", "/", "08", "/", "2001", "10", "/", "9", "/", "99", "24", "/", "08", "/", "2001", "24 de dezembro de 2002", "24", "/", "08", "/", "2001", "24 de dezembro de 2002", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "12", "/", "2002", "3 de outubro de 1941", "2 de junho de 1992", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "12", "/", "2002", "3 de outubro de 1941", "2 de junho de 1992", "24", "/", "08", "/", "2001", "15", ".", "9", ".", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "15", ".", "9", ".", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "06", ".", "02", ".", "2009", "[UNK]", ".", "02", ".", "2011", "[UNK]", ".", "02", ".", "2011", "26", ".", "4", ".", "2012", "[UNK] de outubro de 2012", "8", "/", "10", "/", "12", "19", ".", "12", ".", "06", "01", ".", "02", ".", "2011", "10", "24", "/", "08", "/", "2001", "06", ".", "02", ".", "2009", "[UNK]", ".", "02", ".", "2011", "[UNK]", ".", "02", ".", "2011", "26", ".", "4", ".", "2012", "[UNK] de outubro de 2012", "8", "/", "10", "/", "12", "19", ".", "12", ".", "06", "01", ".", "02", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", ".", "07", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", ".", "07", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "19", ".", "12", ".", "06", "24", "/", "08", "/", "2001", "19", ".", "12", ".", "06", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", ".", "02", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", ".", "02", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", ".", "07", ".", "2009", "31 de agosto de 2012", "6", "/", "9", "/", "12", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", ".", "07", ".", "2009", "31 de agosto de 2012", "6", "/", "9", "/", "12", "24", "/", "08", "/", "2001", "1", "/", "7", "/", "09", "24", "/", "08", "/", "2001", "1", "/", "7", "/", "09", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 605.681 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :RÁDIO CIDADE DO RIO DE JANEIRO LTDA ADV.(A/S) :ANTÔNIO LAERT VIEIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA: SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO. TRANSMISSÃO DO PROGRAMA “A VOZ DO BRASIL” EM HORÁRIO ALTERNATIVO. IMPOSSIBILIDADE. RECEPÇÃO DA LEI N. 4.117/62 PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. JURISPRUDÊNCIA ASSENTADA PELO PLENÁRIO DESTA SUPREMA CORTE NA ADI N. 561 – MC. 1. A Lei n. 4.117/62, que prevê a obrigatoriedade da transmissão do programa “A Voz do Brasil”, foi recepcionada pela Constituição Federal. (Precedentes: ADI n. 561-MC, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 23.3.01). 2. Ambas as Turmas possuem recentes julgados sobre o tema, o que torna inviável o pedido da agravante para que a Corte rediscuta a matéria, sob o argumento de que o acórdão paradigma para fundamento das decisões é antigo. 3. Segundo agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em negar provimento ao segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786556. Supremo Tribunal Federal DJe 23/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 605.681 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :RÁDIO CIDADE DO RIO DE JANEIRO LTDA ADV.(A/S) :ANTÔNIO LAERT VIEIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra a seguinte decisão monocrática por mim proferida, assim ementada: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO. TRANSMISSÃO DO PROGRAMA “A VOZ DO BRASIL” EM HORÁRIO ALTERNATIVO. IMPOSSIBILIDADE. RECEPÇÃO DA LEI N. 4.117/62 PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. JURISPRUDÊNCIA ASSENTADA PELO PLENÁRIO DESTA SUPREMA CORTE NA ADI N. 561 – MC. 1. A Lei n. 4.117/62, que prevê a obrigatoriedade da transmissão do programa “A Voz do Brasil”, foi recepcionada pela Constituição Federal. (Precedentes: ADI n. 561-MC, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 23.3.01; RE n. 602.421-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe de 9.11.10; RE n. 646.132, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 5.8.11; RE n. 611.653, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 1.4.11; AI n. 727.041, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 14.2.11; AI n. 805.719, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 2.2.11; RE n. 547.560, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 5.2.9; RE n. 522.816, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 25.6.08). 2. Recurso extraordinário a que se nega seguimento. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786557. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 605.681 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :RÁDIO CIDADE DO RIO DE JANEIRO LTDA ADV.(A/S) :ANTÔNIO LAERT VIEIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra a seguinte decisão monocrática por mim proferida, assim ementada: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO. TRANSMISSÃO DO PROGRAMA “A VOZ DO BRASIL” EM HORÁRIO ALTERNATIVO. IMPOSSIBILIDADE. RECEPÇÃO DA LEI N. 4.117/62 PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. JURISPRUDÊNCIA ASSENTADA PELO PLENÁRIO DESTA SUPREMA CORTE NA ADI N. 561 – MC. 1. A Lei n. 4.117/62, que prevê a obrigatoriedade da transmissão do programa “A Voz do Brasil”, foi recepcionada pela Constituição Federal. (Precedentes: ADI n. 561-MC, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 23.3.01; RE n. 602.421-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe de 9.11.10; RE n. 646.132, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 5.8.11; RE n. 611.653, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 1.4.11; AI n. 727.041, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 14.2.11; AI n. 805.719, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 2.2.11; RE n. 547.560, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 5.2.9; RE n. 522.816, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 25.6.08). 2. Recurso extraordinário a que se nega seguimento. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786557. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório RE 605.681 AGR-SEGUNDO / RJ O agravante alega que o precedente utilizado com parâmetro para decisão foi julgado há 11 anos, quando bastante diversa a composição da Suprema Corte. Sustenta que a discussão deve ser retomada, pois que “A doutrina e a jurisprudência dessa Corte admitem a caracterização da inconstitucionalidade da lei tendo em vista significativas alterações das relações fáticas” (fl. 446). Por fim, requer a reconsideração da decisão, e caso assim não entenda esse relator, seja levado à Turma para julgamento do regimental. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786557. Supremo Tribunal Federal RE 605.681 AGR-SEGUNDO / RJ O agravante alega que o precedente utilizado com parâmetro para decisão foi julgado há 11 anos, quando bastante diversa a composição da Suprema Corte. Sustenta que a discussão deve ser retomada, pois que “A doutrina e a jurisprudência dessa Corte admitem a caracterização da inconstitucionalidade da lei tendo em vista significativas alterações das relações fáticas” (fl. 446). Por fim, requer a reconsideração da decisão, e caso assim não entenda esse relator, seja levado à Turma para julgamento do regimental. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786557. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. LUIZ FUX 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 605.681 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação não merece prosperar. O acórdão recorrido não divergiu do entendimento esposado por esta Corte ao assentar que “correta a decisão do doutro juízo ‘a quo’ quando entende que não se mostra incompatível com a Constituição a obrigatoriedade de transmitir programas oficiais, tendo-se por recepcionado o respectivo regramento”. O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a Lei n. 4.117/62, que prevê a obrigatoriedade da transmissão pelas emissoras de radiodifusão do programa “A Voz do Brasil” diariamente das 19 (dezenove) horas às 20 (vinte) horas, exceto aos sábados, domingos e feriados, foi recepcionada pela Constituição Federal. Não comporta o argumento de que o acórdão paradigma para fundamentar essa decisão foi tomada há anos. Isso porque, conforme demonstrado, há decisões recentes de ambas as Turmas desse sodalício, bem como dos Ministros que atuam na Corte. Nesse sentido: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO - RETRANSMISSÃO OBRIGATÓRIA DO PROGRAMA “A VOZ DO BRASIL” EM HORÁRIO ALTERNATIVO - RECEPÇÃO DA LEI Nº 4.117/62 PELA VIGENTE ORDEM CONSTITUCIONAL - PRECEDENTES - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Reveste-se de legitimidade jurídico-constitucional a Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786558. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 605.681 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação não merece prosperar. O acórdão recorrido não divergiu do entendimento esposado por esta Corte ao assentar que “correta a decisão do doutro juízo ‘a quo’ quando entende que não se mostra incompatível com a Constituição a obrigatoriedade de transmitir programas oficiais, tendo-se por recepcionado o respectivo regramento”. O Supremo Tribunal Federal firmou jurisprudência no sentido de que a Lei n. 4.117/62, que prevê a obrigatoriedade da transmissão pelas emissoras de radiodifusão do programa “A Voz do Brasil” diariamente das 19 (dezenove) horas às 20 (vinte) horas, exceto aos sábados, domingos e feriados, foi recepcionada pela Constituição Federal. Não comporta o argumento de que o acórdão paradigma para fundamentar essa decisão foi tomada há anos. Isso porque, conforme demonstrado, há decisões recentes de ambas as Turmas desse sodalício, bem como dos Ministros que atuam na Corte. Nesse sentido: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO - EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO - RETRANSMISSÃO OBRIGATÓRIA DO PROGRAMA “A VOZ DO BRASIL” EM HORÁRIO ALTERNATIVO - RECEPÇÃO DA LEI Nº 4.117/62 PELA VIGENTE ORDEM CONSTITUCIONAL - PRECEDENTES - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. - Reveste-se de legitimidade jurídico-constitucional a Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786558. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 605.681 AGR-SEGUNDO / RJ obrigatoriedade, fundada em lei, de retransmissão, por emissoras de radiodifusão, do programa “A Voz do Brasil”. Recepção, pela vigente Constituição da República, da Lei nº 4.117/1962 (art. 38, “e”). Precedentes.” (RE nº 571.353-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 16/06/2011) “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. LEI 4.117/1962. RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988. CONSTITUCIONALIDADE DA TRANSMISSÃO OBRIGATÓRIA DO PROGRAMA “A VOZ DO BRASIL”. I – O Plenário do STF, ao julgar a ADI 561-MC/DF, Rel. Min. Celso de Mello, decidiu que a Lei 4.117/1962 – que prevê a obrigatoriedade de transmissão do programa “A Voz do Brasil” – foi recepcionada pela Constituição Federal. Precedentes. II – Agravo regimental improvido.” (RE nº 490.769-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 21/02/2011) Ainda sobre o tema, em decisões monocráticas: RE nº 602.421-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 09/11/2010; RE nº 646.132, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 05/08/2011; RE nº 611.653, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 01/04/2011; AI nº 727.041, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 14/02/2011; AI nº 805.719, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 02/02/2011. Desta feita, resta evidenciado que a parte ora agravante não expendeu qualquer argumento capaz de infirmar a decisão monocrática que pretende ver reformada, razão pela qual tenho que a mesma há de ser mantida íntegra por seus próprios fundamentos. Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao segundo agravo regimental. É como voto. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786558. Supremo Tribunal Federal RE 605.681 AGR-SEGUNDO / RJ obrigatoriedade, fundada em lei, de retransmissão, por emissoras de radiodifusão, do programa “A Voz do Brasil”. Recepção, pela vigente Constituição da República, da Lei nº 4.117/1962 (art. 38, “e”). Precedentes.” (RE nº 571.353-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 16/06/2011) “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. LEI 4.117/1962. RECEPÇÃO PELA CONSTITUIÇÃO DE 1988. CONSTITUCIONALIDADE DA TRANSMISSÃO OBRIGATÓRIA DO PROGRAMA “A VOZ DO BRASIL”. I – O Plenário do STF, ao julgar a ADI 561-MC/DF, Rel. Min. Celso de Mello, decidiu que a Lei 4.117/1962 – que prevê a obrigatoriedade de transmissão do programa “A Voz do Brasil” – foi recepcionada pela Constituição Federal. Precedentes. II – Agravo regimental improvido.” (RE nº 490.769-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 21/02/2011) Ainda sobre o tema, em decisões monocráticas: RE nº 602.421-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 09/11/2010; RE nº 646.132, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 05/08/2011; RE nº 611.653, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 01/04/2011; AI nº 727.041, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 14/02/2011; AI nº 805.719, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 02/02/2011. Desta feita, resta evidenciado que a parte ora agravante não expendeu qualquer argumento capaz de infirmar a decisão monocrática que pretende ver reformada, razão pela qual tenho que a mesma há de ser mantida íntegra por seus próprios fundamentos. Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao segundo agravo regimental. É como voto. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786558. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 605.681 RIO DE JANEIRO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, faço minha a "voz do Brasil": vamos rediscutir um horário alternativo. Peço vênia ao relator – e assim já votei na Turma – para prover o agravo a fim de que enfrentemos o tema. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Eu estou anotando, aqui, jurisprudência assentada, pelo Plenário da Corte, na ADI 561. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu tenho votado assim também. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Não, é. Então, tem uma outra jurisprudência nesse sentido. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Reconheço a concessão de medida liminar. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Acho que essa é a "Voz do Ministro Marco Aurélio"; a minha é a "Voz do Brasil". O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Uma voz extremamente abalizada e respeitada. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas se os brasileiros pudessem pronunciar-se, talvez a conclusão fosse outra. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972550. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 605.681 RIO DE JANEIRO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, faço minha a "voz do Brasil": vamos rediscutir um horário alternativo. Peço vênia ao relator – e assim já votei na Turma – para prover o agravo a fim de que enfrentemos o tema. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Eu estou anotando, aqui, jurisprudência assentada, pelo Plenário da Corte, na ADI 561. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu tenho votado assim também. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Não, é. Então, tem uma outra jurisprudência nesse sentido. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Reconheço a concessão de medida liminar. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Acho que essa é a "Voz do Ministro Marco Aurélio"; a minha é a "Voz do Brasil". O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Uma voz extremamente abalizada e respeitada. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas se os brasileiros pudessem pronunciar-se, talvez a conclusão fosse outra. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2972550. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 605.681 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : RÁDIO CIDADE DO RIO DE JANEIRO LTDA ADV.(A/S) : ANTÔNIO LAERT VIEIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765371 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 605.681 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : RÁDIO CIDADE DO RIO DE JANEIRO LTDA ADV.(A/S) : ANTÔNIO LAERT VIEIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765371 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2798797
2012-09-04T00:00:00
2012-10-23T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EMISSORAS DE RADIODIFUSÃO. TRANSMISSÃO DO PROGRAMA “A VOZ DO BRASIL” EM HORÁRIO ALTERNATIVO. IMPOSSIBILIDADE. RECEPÇÃO DA LEI N. 4.117/62 PELA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. JURISPRUDÊNCIA ASSENTADA PELO PLENÁRIO DESTA SUPREMA CORTE NA ADI N. 561 – MC. 1. A Lei n. 4.117/62, que prevê a obrigatoriedade da transmissão do programa “A Voz do Brasil”, foi recepcionada pela Constituição Federal. (Precedentes: ADI n. 561-MC, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 23.3.01). 2. Ambas as Turmas possuem recentes julgados sobre o tema, o que torna inviável o pedido da agravante para que a Corte rediscuta a matéria, sob o argumento de que o acórdão paradigma para fundamento das decisões é antigo. 3. Segundo agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217158
- Acórdãos citados: ADI 561 MC, RE 571353 AgR, RE 490769 AgR, RE 602421 AgR. - Decisões monocráticas citadas: RE 646132, RE 611653, AI 727041, AI 805719. Número de páginas: 7. Análise: 07/11/2012, MAC.
LUIZ FUX
Primeira Turma
605681
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-004117 ANO-1962\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
RE-AgR-segundo
acordaos
RE 605681 AgR-segundo
[ "" ]
AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGTE.(S) : RÁDIO CIDADE DO RIO DE JANEIRO LTDA ADV.(A/S) : ANTÔNIO LAERT VIEIRA JÚNIOR E OUTRO(A/S)
[ "" ]
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"Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Luiz Fux", "Ellen Gracie", "Ayres Britto", "Celso de Mello", "Eros Grau", "LUIZ FUX", "ANTÔNIO LAERT VIEIRA JÚNIOR", "LUIZ FUX", "Celso de Mello", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Luiz Fux", "Ellen Gracie", "Ayres Britto", "Celso de Mello", "Eros Grau", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "Celso de Mello", "Celso de Mello", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Luiz Fux", "Ellen Gracie", "Ayres Britto", "Celso de Mello", "Celso de Mello", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Luiz Fux", "Ellen Gracie", "Ayres Britto", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "LUIZ FUX", "DIAS TOFFOLI", "LUIZ FUX", "MARCO AURÉLIO", "LUIZ FUX", "Marco Aurélio", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "LUIZ FUX", "DIAS TOFFOLI", "LUIZ FUX", "MARCO AURÉLIO", "LUIZ FUX", "Marco Aurélio", "DIAS TOFFOLI", "MARCO AURÉLIO", "LUIZ FUX", "ANTÔNIO LAERT VIEIRA JÚNIOR", "Marco Aurélio", "Cármen Lúcia", "Dias Toffoli", "Dias 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.324 SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :EVANDRO GAMBIM IMPTE.(S) :EVANDRO GAMBIM COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. PENA – REGIME DE CUMPRIMENTO – CONCESSÃO DA ORDEM DE OFÍCIO. Ante a passagem do tempo, impõe-se o implemento de ordem de ofício, a fim de que o Juízo da Vara de Execuções Criminais aprecie o direito do paciente-impetrante à progressão no regime de cumprimento da pena. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas em concedê-la de ofício, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005474. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.324 SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :EVANDRO GAMBIM IMPTE.(S) :EVANDRO GAMBIM COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, como relatório, as informações prestadas pelo Gabinete: O paciente-impetrante foi condenado a quatorze anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática dos crimes de tráfico e de associação para esse fim. Requereu ao Juízo da 1ª Vara de Execuções Criminais da Comarca de Bauru/SP a progressão para o semiaberto, ante o cumprimento de um sexto da pena e o atestado de boa conduta carcerária. O pedido foi acolhido em 2 de dezembro de 2009. Em 18 de agosto de 2010, a 11ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo negou provimento ao Agravo em Execução Penal nº 990.10.109.454-1, interposto pelo Ministério Público, mantendo a promoção do réu ao regime intermediário. Impetrou-se habeas no Tribunal de Justiça estadual, buscando-se a progressão ao regime aberto, em virtude de contar com tempo suficiente para tanto. O Tribunal não conheceu do pleito formulado. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005475. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.324 SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :EVANDRO GAMBIM IMPTE.(S) :EVANDRO GAMBIM COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, como relatório, as informações prestadas pelo Gabinete: O paciente-impetrante foi condenado a quatorze anos e quatro meses de reclusão, em regime inicial fechado, pela prática dos crimes de tráfico e de associação para esse fim. Requereu ao Juízo da 1ª Vara de Execuções Criminais da Comarca de Bauru/SP a progressão para o semiaberto, ante o cumprimento de um sexto da pena e o atestado de boa conduta carcerária. O pedido foi acolhido em 2 de dezembro de 2009. Em 18 de agosto de 2010, a 11ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo negou provimento ao Agravo em Execução Penal nº 990.10.109.454-1, interposto pelo Ministério Público, mantendo a promoção do réu ao regime intermediário. Impetrou-se habeas no Tribunal de Justiça estadual, buscando-se a progressão ao regime aberto, em virtude de contar com tempo suficiente para tanto. O Tribunal não conheceu do pleito formulado. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005475. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório HC 103.324 / SP Idêntica medida foi formalizada no Superior Tribunal de Justiça – de nº 161.109/SP. Sustentou-se que, embora o período necessário à transferência para o regime semiaberto tenha-se completado em 5 de dezembro de 2008, tal benesse só lhe foi deferida em 2 de dezembro de 2009, motivo pelo qual o lapso de um ano cumprido a maior autorizaria a progressão ao aberto. Em 10 de fevereiro de 2010, o relator, ministro Félix Fischer, indeferiu o pedido liminar. Anotou não vislumbrar hipótese de antecipação do deferimento do pleito. Neste habeas, o paciente-impetrante sustenta a ocorrência de flagrante ilegalidade na manutenção em regime mais gravoso – excepcionalidade capaz de superar o óbice do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo, porquanto já preenche os requisitos para progressão ao aberto. Ressalta que, por ocasião da transferência ao semiaberto, foi submetido a exame criminológico, obtendo parecer favorável. Em atenção às informações solicitadas por Vossa Excelência, o Juízo da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Bauru/SP enviou cópia da decisão mediante a qual deferiu a progressão ao regime semiaberto. O presidente da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – em resposta aos Ofícios nº 7.967/R e nº 11.482/R – remeteu reprodução do acórdão formalizado em agravo de execução. O Superior Tribunal de Justiça encaminhou cópia da inicial e do ato por meio do qual não se conheceu do pleito do paciente. A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma não ser caso de superação do óbice do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Em 15 de junho de 2010, sobreveio julgamento de mérito do Habeas Corpus nº 161.109/SP. A Quinta Turma do Superior 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005475. Supremo Tribunal Federal HC 103.324 / SP Idêntica medida foi formalizada no Superior Tribunal de Justiça – de nº 161.109/SP. Sustentou-se que, embora o período necessário à transferência para o regime semiaberto tenha-se completado em 5 de dezembro de 2008, tal benesse só lhe foi deferida em 2 de dezembro de 2009, motivo pelo qual o lapso de um ano cumprido a maior autorizaria a progressão ao aberto. Em 10 de fevereiro de 2010, o relator, ministro Félix Fischer, indeferiu o pedido liminar. Anotou não vislumbrar hipótese de antecipação do deferimento do pleito. Neste habeas, o paciente-impetrante sustenta a ocorrência de flagrante ilegalidade na manutenção em regime mais gravoso – excepcionalidade capaz de superar o óbice do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo, porquanto já preenche os requisitos para progressão ao aberto. Ressalta que, por ocasião da transferência ao semiaberto, foi submetido a exame criminológico, obtendo parecer favorável. Em atenção às informações solicitadas por Vossa Excelência, o Juízo da Vara de Execuções Criminais da Comarca de Bauru/SP enviou cópia da decisão mediante a qual deferiu a progressão ao regime semiaberto. O presidente da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo – em resposta aos Ofícios nº 7.967/R e nº 11.482/R – remeteu reprodução do acórdão formalizado em agravo de execução. O Superior Tribunal de Justiça encaminhou cópia da inicial e do ato por meio do qual não se conheceu do pleito do paciente. A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma não ser caso de superação do óbice do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Em 15 de junho de 2010, sobreveio julgamento de mérito do Habeas Corpus nº 161.109/SP. A Quinta Turma do Superior 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005475. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório HC 103.324 / SP Tribunal de Justiça não conheceu da impetração. Assinalou haver impedimento à análise da questão referente à progressão para o regime aberto, porquanto não apreciada no Tribunal de origem. O habeas encontra-se instruído para exame de mérito, com pedido de liminar pendente. Lancei visto no processo em 8 de outubro de 2012, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 16 seguinte, isso objetivando a ciência do paciente-impetrante. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005475. Supremo Tribunal Federal HC 103.324 / SP Tribunal de Justiça não conheceu da impetração. Assinalou haver impedimento à análise da questão referente à progressão para o regime aberto, porquanto não apreciada no Tribunal de origem. O habeas encontra-se instruído para exame de mérito, com pedido de liminar pendente. Lancei visto no processo em 8 de outubro de 2012, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 16 seguinte, isso objetivando a ciência do paciente-impetrante. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005475. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.324 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Inicialmente, aponto a existência de pronunciamento de Colegiado indeferindo a ordem. Consigno a óptica sobre a inadequação do habeas corpus quando o caso sugere recurso ordinário constitucional. A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus – este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005476. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 103.324 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Inicialmente, aponto a existência de pronunciamento de Colegiado indeferindo a ordem. Consigno a óptica sobre a inadequação do habeas corpus quando o caso sugere recurso ordinário constitucional. A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus – este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005476. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 103.324 / SP tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira – na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005476. Supremo Tribunal Federal HC 103.324 / SP tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira – na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005476. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 103.324 / SP judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo Superior Tribunal de Justiça. Na situação concreta, o contexto está a ensejar a concessão da ordem de ofício. Assim o faço, a fim de que o Juízo da 1ª Vara de Execuções Criminais da Comarca de Bauru/SP aprecie o direito do paciente- impetrante ao regime aberto, informando a este Tribunal a conclusão que venha a formalizar. Remetam cópia deste acórdão, mediante postado com aviso de recebimento, ao paciente-impetrante. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005476. Supremo Tribunal Federal HC 103.324 / SP judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo Superior Tribunal de Justiça. Na situação concreta, o contexto está a ensejar a concessão da ordem de ofício. Assim o faço, a fim de que o Juízo da 1ª Vara de Execuções Criminais da Comarca de Bauru/SP aprecie o direito do paciente- impetrante ao regime aberto, informando a este Tribunal a conclusão que venha a formalizar. Remetam cópia deste acórdão, mediante postado com aviso de recebimento, ao paciente-impetrante. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3005476. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 103.324 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : EVANDRO GAMBIM IMPTE.(S) : EVANDRO GAMBIM COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061179 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 103.324 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : EVANDRO GAMBIM IMPTE.(S) : EVANDRO GAMBIM COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061179 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3064922
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
HABEAS CORPUS
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. PENA – REGIME DE CUMPRIMENTO – CONCESSÃO DA ORDEM DE OFÍCIO. Ante a passagem do tempo, impõe-se o implemento de ordem de ofício, a fim de que o Juízo da Vara de Execuções Criminais aprecie o direito do paciente-impetrante à progressão no regime de cumprimento da pena.
sjur218051
Número de páginas: 8. Análise: 14/11/2012, MJC.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
103324
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-a \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
HC
acordaos
HC 103324
[ "" ]
PACTE.(S) : EVANDRO GAMBIM IMPTE.(S) : EVANDRO GAMBIM COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 161109 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
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/ 2001", "Carta Federal", "Carta da República", "inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta Federal", "Carta da República", "inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta Federal", "Lei Fundamental", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta Federal", "Lei Fundamental", "MP n° 2 . 200", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "Brasília", "Vara de Execuções Criminais da Comarca de Bauru / SP", "Vara de Execuções Criminais da Comarca de Bauru / SP", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "Vara de Execuções", "Primeira Turma do", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA", "[UNK] Vara 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Lilian Oliveira de Souza", "MARCO AURÉLIO", "EVANDRO GAMBIM", "EVANDRO GAMBIM", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "16", "/", "10", "/", "2012", "2 de dezembro de 2009", "18 de agosto de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "2 de dezembro de 2009", "18 de agosto de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "5 de dezembro de 2008", "2 de dezembro de 2009", "10 de", "fevereiro de 2010", "15 de junho de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "5 de dezembro de 2008", "2 de dezembro de 2009", "10 de fevereiro de 2010", "15 de junho de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "8 de outubro de 2012", "16", "24", "/", "08", "/", "2001", "8 de outubro de 2012", "16", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "primeiro semestre de 2012", "24", 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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 111.920 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) :VANIA SUELLEN ESTEICE ASSIS SOUZA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional. Artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal. Inadequação da via eleita ao caso concreto. Precedente da Primeira Turma. Flexibilização circunscrita às hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia. Não ocorrência. Writ extinto. 1. Impetração manejada em substituição ao recurso ordinário constitucional prescrito no art. 102, inciso II, alínea a, da Carta da República, a qual esbarra na decisão da Primeira Turma, que, em sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade de habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinário. 2. Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso II, alínea a, da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia, o que não é o caso dos autos. 3. Habeas corpus extinto, por inadequação da via processual eleita. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar extinta a ordem de habeas corpus, por inadequação da via processual eleita, nos termos do voto do Relator. Acordam, ademais, os Ministros, por maioria de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752896. Supremo Tribunal Federal DJe 28/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão HC 111.920 / MG votos, em rejeitar a proposta formulada pelo Senhor Ministro Marco Aurélio de concessão da ordem de ofício. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752896. Supremo Tribunal Federal HC 111.920 / MG votos, em rejeitar a proposta formulada pelo Senhor Ministro Marco Aurélio de concessão da ordem de ofício. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752896. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 111.920 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) :VANIA SUELLEN ESTEICE ASSIS SOUZA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de Vânia Suellen Esteice Assis Souza, presa em flagrante pelo delito de tráfico de drogas (art. 33 da Lei nº 11.343/06), buscando a liberdade provisória da paciente, a ampliação do grau de redução de pena com base no § 4º do art. 33 da Lei de Tóxicos, a fixação do regime inicial aberto para o cumprimento da reprimenda carcerária e a sua substituição por pena restritiva de direitos. Aponta a impetrante como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº 215.372/MG impetrado àquela Corte, Relatora a Ministra Laurita Vaz. Sustenta, basicamente, o constrangimento ilegal imposto à paciente, pois ausentes os fundamentos legais para justificar a sua custódia cautelar, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal. Aduz, ainda, que: “(...) Devido às circunstâncias favoráveis: primariedade, bons antecedentes, e não ser integrante de organização criminosa à sua pena foi aplicado à dirimente prevista no § 4º do artigo 33 da lei 11.343/06 em 1/2 (metade), fixando-a em 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão e ao pagamento de 260 (duzentos e sessenta) dias-multa, inicialmente em regime fechado. Ademais, a dosimetria da pena, no caso concreto, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752893. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 111.920 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) :VANIA SUELLEN ESTEICE ASSIS SOUZA IMPTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pela Defensoria Pública da União em favor de Vânia Suellen Esteice Assis Souza, presa em flagrante pelo delito de tráfico de drogas (art. 33 da Lei nº 11.343/06), buscando a liberdade provisória da paciente, a ampliação do grau de redução de pena com base no § 4º do art. 33 da Lei de Tóxicos, a fixação do regime inicial aberto para o cumprimento da reprimenda carcerária e a sua substituição por pena restritiva de direitos. Aponta a impetrante como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº 215.372/MG impetrado àquela Corte, Relatora a Ministra Laurita Vaz. Sustenta, basicamente, o constrangimento ilegal imposto à paciente, pois ausentes os fundamentos legais para justificar a sua custódia cautelar, nos termos do art. 312 do Código de Processo Penal. Aduz, ainda, que: “(...) Devido às circunstâncias favoráveis: primariedade, bons antecedentes, e não ser integrante de organização criminosa à sua pena foi aplicado à dirimente prevista no § 4º do artigo 33 da lei 11.343/06 em 1/2 (metade), fixando-a em 02 (dois) anos e 06 (seis) meses de reclusão e ao pagamento de 260 (duzentos e sessenta) dias-multa, inicialmente em regime fechado. Ademais, a dosimetria da pena, no caso concreto, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752893. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório HC 111.920 / MG encontra-se colorida pela dupla valoração da quantidade da droga apreendida, isto é, tanto valorada na aplicação da pena base como na consideração da minorante prevista no art. 33, 4º, da Lei 11.343/2011, recebendo a pecha de dupla punição. (…) Cumpre observar também que são as seguintes balizas para a concessão da causa de diminuição de pena do art. 33, § 4º da Lei 11.343/2006: a) ser o agente primário; b) ter bons antecedentes; c) não se dedicar a atividades criminosas; e d) não integrar organização criminosa. Sendo essas preenchidas pelo paciente, não havendo assim motivo sólido para impedir que o benefício seja concedido em seu máximo de 2/3 (dois terços)” (fls. 13/14 da inicial – grifos conforme o original). Em relação ao regime prisional imposto à paciente, sustenta que: “(...) Ainda sob uma errônea visão outrora lançada sobre os crimes hediondos, a Colenda Turma do Egrégio Superior Tribunal de Justiça decidiu por negar o regime mais brando ao paciente, mesmo sendo possível o regime aberto, confirmando o regime inicial de cumprimento de pena no mais gravoso que o necessário, sem qualquer justificativa, em franca violação à Súmula 719 do Supremo Tribunal Federal. (…) Resulta claro, então, que não responde a essa exigência a simples menção aos critérios abstratos elencados pelo art. 59 do CP, principalmente quando obtiverem carga de valor negativo pela quantidade de droga apreendida, como o fez o juiz sentenciante ao valorar desfavoravelmente as circunstâncias do crime se fossem a mesma circunstância judicial e sem a fundamentação necessária, adequada e proporcional ao fato praticado. Há que se observar que o modo previsto para o início do cumprimento da pena em casos como o dos autos, encontra-se previsto no artigo 33, parágrafos 2º, ‘c‘ e 3º, do Código Penal” 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752893. Supremo Tribunal Federal HC 111.920 / MG encontra-se colorida pela dupla valoração da quantidade da droga apreendida, isto é, tanto valorada na aplicação da pena base como na consideração da minorante prevista no art. 33, 4º, da Lei 11.343/2011, recebendo a pecha de dupla punição. (…) Cumpre observar também que são as seguintes balizas para a concessão da causa de diminuição de pena do art. 33, § 4º da Lei 11.343/2006: a) ser o agente primário; b) ter bons antecedentes; c) não se dedicar a atividades criminosas; e d) não integrar organização criminosa. Sendo essas preenchidas pelo paciente, não havendo assim motivo sólido para impedir que o benefício seja concedido em seu máximo de 2/3 (dois terços)” (fls. 13/14 da inicial – grifos conforme o original). Em relação ao regime prisional imposto à paciente, sustenta que: “(...) Ainda sob uma errônea visão outrora lançada sobre os crimes hediondos, a Colenda Turma do Egrégio Superior Tribunal de Justiça decidiu por negar o regime mais brando ao paciente, mesmo sendo possível o regime aberto, confirmando o regime inicial de cumprimento de pena no mais gravoso que o necessário, sem qualquer justificativa, em franca violação à Súmula 719 do Supremo Tribunal Federal. (…) Resulta claro, então, que não responde a essa exigência a simples menção aos critérios abstratos elencados pelo art. 59 do CP, principalmente quando obtiverem carga de valor negativo pela quantidade de droga apreendida, como o fez o juiz sentenciante ao valorar desfavoravelmente as circunstâncias do crime se fossem a mesma circunstância judicial e sem a fundamentação necessária, adequada e proporcional ao fato praticado. Há que se observar que o modo previsto para o início do cumprimento da pena em casos como o dos autos, encontra-se previsto no artigo 33, parágrafos 2º, ‘c‘ e 3º, do Código Penal” 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752893. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório HC 111.920 / MG (fls. 14/15 da inicial). Requer, finalmente, a impetrante a concessão da ordem para: “(i) assegurar o direito de aguardar em liberdade o trâmite deste habeas corpus até decisão final de mérito, (ii) a aplicação do redutor constante no art. 33, § 4º da Lei 11.343/06 em seu patamar máximo 2/3 (dois terços) e (iii) o início do cumprimento da pena em regime aberto, assim como (iv) a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos” (fl. 22 da inicial). Não havendo pedido de liminar a ser apreciado, solicitei informações à autoridade coatora, que foram devidamente prestadas (anexo de instrução 7). O Ministério Público Federal, em parecer de lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República Dr. Edson Oliveira de Almeida, opinou pela concessão da ordem (anexo de instrução 8). É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752893. Supremo Tribunal Federal HC 111.920 / MG (fls. 14/15 da inicial). Requer, finalmente, a impetrante a concessão da ordem para: “(i) assegurar o direito de aguardar em liberdade o trâmite deste habeas corpus até decisão final de mérito, (ii) a aplicação do redutor constante no art. 33, § 4º da Lei 11.343/06 em seu patamar máximo 2/3 (dois terços) e (iii) o início do cumprimento da pena em regime aberto, assim como (iv) a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos” (fl. 22 da inicial). Não havendo pedido de liminar a ser apreciado, solicitei informações à autoridade coatora, que foram devidamente prestadas (anexo de instrução 7). O Ministério Público Federal, em parecer de lavra do ilustre Subprocurador-Geral da República Dr. Edson Oliveira de Almeida, opinou pela concessão da ordem (anexo de instrução 8). É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752893. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 111.920 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Conforme relatado, volta-se esta impetração contra ato da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº 215.372/MG impetrado àquela Corte, Relatora a Ministra Laurita Vaz. Narra a impetrante, na inicial, que a paciente “(...) foi ocasionalmente denunciada pela prática delitiva prevista no artigo 33 caput, da Lei 11.343/06. Inconformada, formulou pedido de Liberdade Provisória no juízo processante, o que foi indeferido, motivando a impetração de Habeas Corpus perante o Tribunal de Origem, cuja ordem restou denegada” (fl. 3 da inicial). Foi impetrado, então, ao Superior Tribunal de Justiça o HC nº 215.372/MG, tendo a Quinta Turma denegado a ordem, em decisão assim ementada: “HABEAS CORPUS. PRISÃO EM FLAGRANTE. TRÁFICO DE DROGAS. LIBERDADE PROVISÓRIA NEGADA. VALIDADE DA VEDAÇÃO CONTIDA NO ART. 44 DA LEI N.º 11.343/2006. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. 1. A Paciente foi presa em flagrante delito, com 17 invólucros de substância análoga ao crack. 2. A teor da orientação firmada pela Quinta Turma deste Superior Tribunal de Justiça, a vedação expressa do benefício da liberdade provisória (e do apelo em liberdade) aos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, por si só, motivo suficiente para impedir a concessão da benesse ao réu preso em flagrante por crime hediondo ou equiparado, nos termos do disposto no art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, que impõe a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752894. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 111.920 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Conforme relatado, volta-se esta impetração contra ato da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº 215.372/MG impetrado àquela Corte, Relatora a Ministra Laurita Vaz. Narra a impetrante, na inicial, que a paciente “(...) foi ocasionalmente denunciada pela prática delitiva prevista no artigo 33 caput, da Lei 11.343/06. Inconformada, formulou pedido de Liberdade Provisória no juízo processante, o que foi indeferido, motivando a impetração de Habeas Corpus perante o Tribunal de Origem, cuja ordem restou denegada” (fl. 3 da inicial). Foi impetrado, então, ao Superior Tribunal de Justiça o HC nº 215.372/MG, tendo a Quinta Turma denegado a ordem, em decisão assim ementada: “HABEAS CORPUS. PRISÃO EM FLAGRANTE. TRÁFICO DE DROGAS. LIBERDADE PROVISÓRIA NEGADA. VALIDADE DA VEDAÇÃO CONTIDA NO ART. 44 DA LEI N.º 11.343/2006. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. 1. A Paciente foi presa em flagrante delito, com 17 invólucros de substância análoga ao crack. 2. A teor da orientação firmada pela Quinta Turma deste Superior Tribunal de Justiça, a vedação expressa do benefício da liberdade provisória (e do apelo em liberdade) aos crimes de tráfico ilícito de entorpecentes é, por si só, motivo suficiente para impedir a concessão da benesse ao réu preso em flagrante por crime hediondo ou equiparado, nos termos do disposto no art. 5º, inciso XLIII, da Constituição Federal, que impõe a Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752894. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 111.920 / MG inafiançabilidade das referidas infrações penais. Precedentes desta Corte e do Supremo Tribunal Federal. 3. Ordem denegada.” Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ. De início, ressalto que há óbice jurídico-processual ao conhecimento do habeas corpus. No caso, a impetração foi manejada em substituição ao recurso ordinário constitucional prescrito no art. 102, inciso II, alínea a, da Carta da República, o que esbarra na decisão da Primeira Turma, que, em sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade de habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinário. Segundo aquele dispositivo constitucional, compete a este Supremo Tribunal julgar, em recurso ordinário, “o habeas-corpus, o mandado de segurança, o habeas-data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão”. Conforme expressamente consignado pelo eminente Relator naquela assentada, “o habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea a, e 105, inciso II, alínea a, tem-se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por Tribunal Superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça contra ato de Tribunal Regional Federal e de Tribunal de Justiça” (HC nº 108.715/RJ). Ressalvo meu entendimento pessoal, já consignado em sentido contrário naquele julgamento, pelo cabimento do habeas corpus 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752894. Supremo Tribunal Federal HC 111.920 / MG inafiançabilidade das referidas infrações penais. Precedentes desta Corte e do Supremo Tribunal Federal. 3. Ordem denegada.” Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ. De início, ressalto que há óbice jurídico-processual ao conhecimento do habeas corpus. No caso, a impetração foi manejada em substituição ao recurso ordinário constitucional prescrito no art. 102, inciso II, alínea a, da Carta da República, o que esbarra na decisão da Primeira Turma, que, em sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade de habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinário. Segundo aquele dispositivo constitucional, compete a este Supremo Tribunal julgar, em recurso ordinário, “o habeas-corpus, o mandado de segurança, o habeas-data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão”. Conforme expressamente consignado pelo eminente Relator naquela assentada, “o habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea a, e 105, inciso II, alínea a, tem-se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por Tribunal Superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça contra ato de Tribunal Regional Federal e de Tribunal de Justiça” (HC nº 108.715/RJ). Ressalvo meu entendimento pessoal, já consignado em sentido contrário naquele julgamento, pelo cabimento do habeas corpus 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752894. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 111.920 / MG substitutivo nesses casos. Contudo, adoto o entendimento do colegiado e o aplico à espécie. Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso II, alínea a, da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia. Não vislumbro, contudo, neste caso, essa possibilidade. Apenas para registro, destaco que o julgado proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal se encontra suficientemente motivado, restando justificado o convencimento formado. Ademais, em uma análise do decreto prisional em questão, tenho que ele apresenta, na espécie, fundamentos aptos a justificar a privação processual da liberdade do ora paciente, porque revestido da necessária cautelaridade. Confira-se, na parte que interessa, o teor da decisão proferida pelo Juízo de Direito da Primeira Vara de Tóxicos da Comarca da Capital/MG ao decretar a prisão cautelar da paciente, cuja manutenção veio a ser ratificada por ocasião do édito condenatório, com a negativa de recorrer a ré em liberdade daquela decisão: “(...) Primeiramente, vale ressaltar, que, para a concessão da liberdade provisória é necessária a observância de requisitos de caráter pessoal, como a primariedade, os bons antecedentes, residência fixa e ocupação licita. Em análise dos autos vê-se que não se encontram presentes as condições objetivas e subjetivas, como afirmado pela d. defesa, havendo, inclusive, fortes indícios do envolvimento da requerente com o tráfico de drogas. Como iá dito acima, para concessão ou não da liberdade provisória, deve ser analisado o caso concreto, bem como a periculosidade do agente e das drogas que, no caso em tela, tem alto poder destrutivo, por se tratar de tabletes de maconha e crack f . 27. (…) 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752894. Supremo Tribunal Federal HC 111.920 / MG substitutivo nesses casos. Contudo, adoto o entendimento do colegiado e o aplico à espécie. Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso II, alínea a, da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia. Não vislumbro, contudo, neste caso, essa possibilidade. Apenas para registro, destaco que o julgado proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal se encontra suficientemente motivado, restando justificado o convencimento formado. Ademais, em uma análise do decreto prisional em questão, tenho que ele apresenta, na espécie, fundamentos aptos a justificar a privação processual da liberdade do ora paciente, porque revestido da necessária cautelaridade. Confira-se, na parte que interessa, o teor da decisão proferida pelo Juízo de Direito da Primeira Vara de Tóxicos da Comarca da Capital/MG ao decretar a prisão cautelar da paciente, cuja manutenção veio a ser ratificada por ocasião do édito condenatório, com a negativa de recorrer a ré em liberdade daquela decisão: “(...) Primeiramente, vale ressaltar, que, para a concessão da liberdade provisória é necessária a observância de requisitos de caráter pessoal, como a primariedade, os bons antecedentes, residência fixa e ocupação licita. Em análise dos autos vê-se que não se encontram presentes as condições objetivas e subjetivas, como afirmado pela d. defesa, havendo, inclusive, fortes indícios do envolvimento da requerente com o tráfico de drogas. Como iá dito acima, para concessão ou não da liberdade provisória, deve ser analisado o caso concreto, bem como a periculosidade do agente e das drogas que, no caso em tela, tem alto poder destrutivo, por se tratar de tabletes de maconha e crack f . 27. (…) 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752894. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 111.920 / MG Por outro lado, a garantia da ordem pública, como motivo da preservação da prisão em flagrante, não reside apenas na habitualidade de violação da lei penal, mas também na periculosidade social do agente, na própria credibilidade da justiça em razão da gravidade do crime e de sua repercussão. Desse modo, não se pode alegar constrangimento ilegal, quando a preservação da prisão em flagrante se recomenda, porque presentes as hipóteses que autorizam a prisão preventiva, notadamente como garantia da ordem pública. A gravidade do delito, por si só, não impede, necessariamente, a concessão da liberdade provisória, porém tal fato, a par da periculosidade do requerente, a sua confissão perante a autoridade policial e, a possibilidade da reiteração criminosa, não podem ser de todo desconsiderados, pois conduta como tal revela-se motivadora para a decretação da segregação cautelar, a titulo de garantia da ordem pública” (fls. 62/63 do anexo 1). Esses aspectos também foram ressaltados pelo Tribunal de Justiça estadual quando do julgamento do writ ali impetrado em favor da paciente. Confira-se: “(...) Afinal, a prisão da paciente foi resultado de uma operação de combate ao tráfico de drogas montada pela Polícia Militar no Bairro São Marcos, nesta Comarca, oportunidade em que também foi preso Jeferson Silveira Silvano empreendidos os menores D.A.M.V., LSA, J.P.M.M. e C.R.S.F., por terem sido flagrados, em associação - ainda que eventual -, vendendo as drogas que estavam em poder deles (crack e maconha) a terceiros. Ora, de fato, o elevado potencial nocivo de uma das drogas apreendidas (crack), acrescido do fato de quatro dos envolvidos serem menores de idade, denota a maior gravidade na conduta da paciente, pois indica, a priori, a prática reiterada do narcotráfico por ela.” (fl. 83 do anexo 1). 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752894. Supremo Tribunal Federal HC 111.920 / MG Por outro lado, a garantia da ordem pública, como motivo da preservação da prisão em flagrante, não reside apenas na habitualidade de violação da lei penal, mas também na periculosidade social do agente, na própria credibilidade da justiça em razão da gravidade do crime e de sua repercussão. Desse modo, não se pode alegar constrangimento ilegal, quando a preservação da prisão em flagrante se recomenda, porque presentes as hipóteses que autorizam a prisão preventiva, notadamente como garantia da ordem pública. A gravidade do delito, por si só, não impede, necessariamente, a concessão da liberdade provisória, porém tal fato, a par da periculosidade do requerente, a sua confissão perante a autoridade policial e, a possibilidade da reiteração criminosa, não podem ser de todo desconsiderados, pois conduta como tal revela-se motivadora para a decretação da segregação cautelar, a titulo de garantia da ordem pública” (fls. 62/63 do anexo 1). Esses aspectos também foram ressaltados pelo Tribunal de Justiça estadual quando do julgamento do writ ali impetrado em favor da paciente. Confira-se: “(...) Afinal, a prisão da paciente foi resultado de uma operação de combate ao tráfico de drogas montada pela Polícia Militar no Bairro São Marcos, nesta Comarca, oportunidade em que também foi preso Jeferson Silveira Silvano empreendidos os menores D.A.M.V., LSA, J.P.M.M. e C.R.S.F., por terem sido flagrados, em associação - ainda que eventual -, vendendo as drogas que estavam em poder deles (crack e maconha) a terceiros. Ora, de fato, o elevado potencial nocivo de uma das drogas apreendidas (crack), acrescido do fato de quatro dos envolvidos serem menores de idade, denota a maior gravidade na conduta da paciente, pois indica, a priori, a prática reiterada do narcotráfico por ela.” (fl. 83 do anexo 1). 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752894. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 111.920 / MG Essas circunstâncias são suficientes para afastar os argumentos da impetrante de que a paciente estaria sofrendo constrangimento ilegal decorrente da falta de fundamentação apta a justificar a necessidade da medida constritiva. Ante o exposto, voto pela extinção do writ, por inadequação da via processual eleita. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752894. Supremo Tribunal Federal HC 111.920 / MG Essas circunstâncias são suficientes para afastar os argumentos da impetrante de que a paciente estaria sofrendo constrangimento ilegal decorrente da falta de fundamentação apta a justificar a necessidade da medida constritiva. Ante o exposto, voto pela extinção do writ, por inadequação da via processual eleita. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752894. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 111.920 MINAS GERAIS O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A simples palavra do acusado não leva à condenação. Ele pode confessar e se não houver, no processo-crime, outros elementos, o juiz o absolverá, em que pese a confissão. Indago: leva à prisão preventiva? A meu ver, não. Potencializou-se a imputação, ou seja, o tráfico, considerado o crack. Por isso, peço vênia para conceder a ordem de ofício. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2812404. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 111.920 MINAS GERAIS O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A simples palavra do acusado não leva à condenação. Ele pode confessar e se não houver, no processo-crime, outros elementos, o juiz o absolverá, em que pese a confissão. Indago: leva à prisão preventiva? A meu ver, não. Potencializou-se a imputação, ou seja, o tráfico, considerado o crack. Por isso, peço vênia para conceder a ordem de ofício. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2812404. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 111.920 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) : VANIA SUELLEN ESTEICE ASSIS SOUZA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Por maioria de votos, rejeitou a proposta formulada pelo Senhor Ministro Marco Aurélio no sentido da concessão da ordem, de ofício. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765333 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 111.920 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI PACTE.(S) : VANIA SUELLEN ESTEICE ASSIS SOUZA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Por maioria de votos, rejeitou a proposta formulada pelo Senhor Ministro Marco Aurélio no sentido da concessão da ordem, de ofício. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765333 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2842153
2012-09-04T00:00:00
2012-09-28T00:00:00
Por unanimidade, a Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Por maioria de votos, rejeitou a proposta formulada pelo Senhor Ministro Marco Aurélio no sentido da concessão da ordem, de ofício. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
HABEAS CORPUS
EMENTA Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional. Artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal. Inadequação da via eleita ao caso concreto. Precedente da Primeira Turma. Flexibilização circunscrita às hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia. Não ocorrência. Writ extinto. 1. Impetração manejada em substituição ao recurso ordinário constitucional prescrito no art. 102, inciso II, alínea a, da Carta da República, a qual esbarra na decisão da Primeira Turma, que, em sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade de habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinário. 2. Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso II, alínea a, da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia, o que não é o caso dos autos. 3. Habeas corpus extinto, por inadequação da via processual eleita.
sjur215533
- Acórdãos citados: HC 108715, HC 109956. - Veja HC 215372 do STJ. Número de páginas: 12. Análise: 17/10/2012, MMR. Revisão: 23/10/2012, SEV.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
111920
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
HC
acordaos
HC 111920
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PACTE.(S) : VANIA SUELLEN ESTEICE ASSIS SOUZA IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REQTE.(S) :ANIZ ABRAHÃO DAVID ADV.(A/S) :ANTONIO NABOR AREIAS BULHÕES PROCESSO-CRIME – VÍCIO DE PROCEDIMENTO – PROVA – CORRÉUS – CONSEQUÊNCIA. Uma vez assentado o vício de procedimento no que indeferida diligência, tem-se como insubsistente a condenação imposta. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em deferir o pedido de extensão no habeas corpus, com esclarecimentos, nos termos do voto do relator e por empate, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799702. Supremo Tribunal Federal DJe 22/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 32 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REQTE.(S) :ANIZ ABRAHÃO DAVID ADV.(A/S) :ANTONIO NABOR AREIAS BULHÕES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as seguintes informações: Tem este teor a ementa do acórdão do Habeas Corpus nº 106.272/RJ, mediante o qual a Primeira Turma, em 14 de agosto de 2012, concedeu a ordem de ofício em favor da paciente Ana Cláudia Rodrigues Espírito Santo: HABEAS CORPUS – INDEFERIMENTO DA ORDEM NA ORIGEM – IMPUGNAÇÃO. Uma vez indeferida a ordem na origem, mostra-se adequado, para impugnar o pronunciamento, o recurso ordinário previsto na alínea “a” do inciso II do artigo 102 da Carta Federal, descabendo substituí-lo por idêntica medida, ou seja, pelo denominado substitutivo do recurso ordinário constitucional. PROCESSO – ILEGALIDADE – PERCEPÇÃO – CONCESSÃO DA ORDEM DE OFÍCIO. Se for verificada, no processo, a existência de ato ilegal capaz de alcançar, direta ou indiretamente, a liberdade de ir e vir do cidadão, impõe-se a concessão da ordem de ofício. PROCESSO-CRIME – INTERCEPTAÇÃO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REQTE.(S) :ANIZ ABRAHÃO DAVID ADV.(A/S) :ANTONIO NABOR AREIAS BULHÕES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as seguintes informações: Tem este teor a ementa do acórdão do Habeas Corpus nº 106.272/RJ, mediante o qual a Primeira Turma, em 14 de agosto de 2012, concedeu a ordem de ofício em favor da paciente Ana Cláudia Rodrigues Espírito Santo: HABEAS CORPUS – INDEFERIMENTO DA ORDEM NA ORIGEM – IMPUGNAÇÃO. Uma vez indeferida a ordem na origem, mostra-se adequado, para impugnar o pronunciamento, o recurso ordinário previsto na alínea “a” do inciso II do artigo 102 da Carta Federal, descabendo substituí-lo por idêntica medida, ou seja, pelo denominado substitutivo do recurso ordinário constitucional. PROCESSO – ILEGALIDADE – PERCEPÇÃO – CONCESSÃO DA ORDEM DE OFÍCIO. Se for verificada, no processo, a existência de ato ilegal capaz de alcançar, direta ou indiretamente, a liberdade de ir e vir do cidadão, impõe-se a concessão da ordem de ofício. PROCESSO-CRIME – INTERCEPTAÇÃO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 32 Relatório HC 106.272 EXTN / RJ TELEFÔNICA – PARÂMETROS – DILIGÊNCIA. O fato de não haver sido requerida diligência quando da defesa prévia, presentes interceptações telefônicas, não é óbice ao implemento na fase do artigo 499 do Código de Processo Penal. Precedente: Habeas Corpus nº 99.646, de minha relatoria, julgado na Primeira Turma, cujo acórdão foi publicado no Diário da Justiça eletrônico de 26 de março de 2010. No voto condutor do acórdão, Vossa Excelência apontou a inadequação do habeas, porquanto dirigido contra ato de Colegiado. Assentou, contudo, a possibilidade da concessão de ordem de ofício, nos seguintes termos: A esta altura, o ato precário e efêmero do relator indeferindo a medida liminar no habeas impetrado no Superior Tribunal de Justiça veio a ser subscrito pelo Colegiado, que não concedeu a ordem. Daí, como pacífica jurisprudência anterior a atual composição da Turma, ter- se a impossibilidade de articular-se com o óbice do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Conclusão diversa implica potencializar-se a forma pela forma, esvaziando-se a importância dessa ação nobre que é o habeas corpus no que deve ser tomada de modo flexível quanto à instrumentalidade, chegando-se a situação jurídica que poderá resultar em nova impetração no Supremo, repetindo-se, com pequena alteração relativamente ao objeto, o que veiculado na inicial. Afasto a preliminar suscitada pela Procuradoria Geral da República. Assento que o habeas está dirigido contra ato do Colegiado, concluindo pela inadequação. Tomo de empréstimo os fundamentos lançados no Habeas Corpus nº 107.528/PR: [...] 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ TELEFÔNICA – PARÂMETROS – DILIGÊNCIA. O fato de não haver sido requerida diligência quando da defesa prévia, presentes interceptações telefônicas, não é óbice ao implemento na fase do artigo 499 do Código de Processo Penal. Precedente: Habeas Corpus nº 99.646, de minha relatoria, julgado na Primeira Turma, cujo acórdão foi publicado no Diário da Justiça eletrônico de 26 de março de 2010. No voto condutor do acórdão, Vossa Excelência apontou a inadequação do habeas, porquanto dirigido contra ato de Colegiado. Assentou, contudo, a possibilidade da concessão de ordem de ofício, nos seguintes termos: A esta altura, o ato precário e efêmero do relator indeferindo a medida liminar no habeas impetrado no Superior Tribunal de Justiça veio a ser subscrito pelo Colegiado, que não concedeu a ordem. Daí, como pacífica jurisprudência anterior a atual composição da Turma, ter- se a impossibilidade de articular-se com o óbice do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Conclusão diversa implica potencializar-se a forma pela forma, esvaziando-se a importância dessa ação nobre que é o habeas corpus no que deve ser tomada de modo flexível quanto à instrumentalidade, chegando-se a situação jurídica que poderá resultar em nova impetração no Supremo, repetindo-se, com pequena alteração relativamente ao objeto, o que veiculado na inicial. Afasto a preliminar suscitada pela Procuradoria Geral da República. Assento que o habeas está dirigido contra ato do Colegiado, concluindo pela inadequação. Tomo de empréstimo os fundamentos lançados no Habeas Corpus nº 107.528/PR: [...] 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 32 Relatório HC 106.272 EXTN / RJ A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus – este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-se a previsão do recurso ordinário 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus – este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-se a previsão do recurso ordinário 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 32 Relatório HC 106.272 EXTN / RJ constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir- se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve- se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira – na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir- se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve- se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira – na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 32 Relatório HC 106.272 EXTN / RJ quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo Superior Tribunal de Justiça. [...] Na situação concreta, os parâmetros versados revelam a possibilidade de concessão de ordem de ofício. É que, no Habeas Corpus nº 99.646, formalizado em benefício de Alexis Lemos Costa, envolvido no Processo nº 2007.51.01.806354-1, em que se tinha também ato do Juízo da 6ª Vara Federal Criminal da Circunscrição Judiciária do Estado do Rio de Janeiro indeferindo a diligência, veio o Tribunal, a uma só voz, a conceder a ordem em 9 de fevereiro de 2010. Já no Habeas Corpus nº 109.988, prevaleceu a óptica do prejuízo em virtude de o pronunciamento inicialmente atacado haver sido substituído pela decisão do Colegiado. Na ocasião, votei no sentido do deferimento da ordem, adotando o que consignara na impetração anterior. Anoto, ainda, que, nesse habeas, fizeram-se em jogo os processos-crimes reveladores das Ações Penais nº 2007.51.01.804.865-5 (Furacão II) e nº 2007.51.01.807.604-3 (Furacão IV), também sob o crivo da 6ª Vara Federal Criminal da Circunscrição Judiciária do Estado do Rio de Janeiro. Reitero o que tive a oportunidade de lançar no precedente da Turma formalizado no julgamento do 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo Superior Tribunal de Justiça. [...] Na situação concreta, os parâmetros versados revelam a possibilidade de concessão de ordem de ofício. É que, no Habeas Corpus nº 99.646, formalizado em benefício de Alexis Lemos Costa, envolvido no Processo nº 2007.51.01.806354-1, em que se tinha também ato do Juízo da 6ª Vara Federal Criminal da Circunscrição Judiciária do Estado do Rio de Janeiro indeferindo a diligência, veio o Tribunal, a uma só voz, a conceder a ordem em 9 de fevereiro de 2010. Já no Habeas Corpus nº 109.988, prevaleceu a óptica do prejuízo em virtude de o pronunciamento inicialmente atacado haver sido substituído pela decisão do Colegiado. Na ocasião, votei no sentido do deferimento da ordem, adotando o que consignara na impetração anterior. Anoto, ainda, que, nesse habeas, fizeram-se em jogo os processos-crimes reveladores das Ações Penais nº 2007.51.01.804.865-5 (Furacão II) e nº 2007.51.01.807.604-3 (Furacão IV), também sob o crivo da 6ª Vara Federal Criminal da Circunscrição Judiciária do Estado do Rio de Janeiro. Reitero o que tive a oportunidade de lançar no precedente da Turma formalizado no julgamento do 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 32 Relatório HC 106.272 EXTN / RJ Habeas Corpus nº 99.646. Ressalto tratar-se do direito de defesa, não se podendo vislumbrar preclusão no que, na defesa preliminar, se deixou de pleitear os esclarecimentos. Conforme a peça apresentada ao Juízo, envolvem eles os parâmetros das interceptações e também a reprodução do que teria sido alvo do fenômeno: [...] No mais, tenho como prevalecente a óptica inicial, e que serviu de base, em termos de distribuição da prova, ao deferimento da liminar: [...] No caso, há o curso de ação penal a partir de pronunciamento do Judiciário a implicar, ao primeiro exame, transgressão do devido processo legal presente a fase do artigo 499 do Código de Processo Penal. É que, buscando definir a legitimidade, ou não, de interceptação telefônica, requereu-se a remessa de ofícios a empresas de telefonia. O pleito, consideradas as diligências viabilizadas no citado artigo, foi até mesmo deferido pela proficiente Juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, que registrou (folha 2319 do apenso 1): Quanto aos requerimentos formulados pela defesa de ALEXIS, indefiro a reiteração de ofício ao INC, em vista da resposta de fls. 1907. Reiterem-se os ofícios às operadoras de telefonia, como requerido. Ora, incumbia, ante os questionamentos 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ Habeas Corpus nº 99.646. Ressalto tratar-se do direito de defesa, não se podendo vislumbrar preclusão no que, na defesa preliminar, se deixou de pleitear os esclarecimentos. Conforme a peça apresentada ao Juízo, envolvem eles os parâmetros das interceptações e também a reprodução do que teria sido alvo do fenômeno: [...] No mais, tenho como prevalecente a óptica inicial, e que serviu de base, em termos de distribuição da prova, ao deferimento da liminar: [...] No caso, há o curso de ação penal a partir de pronunciamento do Judiciário a implicar, ao primeiro exame, transgressão do devido processo legal presente a fase do artigo 499 do Código de Processo Penal. É que, buscando definir a legitimidade, ou não, de interceptação telefônica, requereu-se a remessa de ofícios a empresas de telefonia. O pleito, consideradas as diligências viabilizadas no citado artigo, foi até mesmo deferido pela proficiente Juíza Ana Paula Vieira de Carvalho, que registrou (folha 2319 do apenso 1): Quanto aos requerimentos formulados pela defesa de ALEXIS, indefiro a reiteração de ofício ao INC, em vista da resposta de fls. 1907. Reiterem-se os ofícios às operadoras de telefonia, como requerido. Ora, incumbia, ante os questionamentos 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 32 Relatório HC 106.272 EXTN / RJ visando a elucidar dados sobre as interceptações telefônicas, mormente a envolverem o fator tempo presente a autorização judicial, dar sequência ao que já determinado. Entrementes, veio à balha decisão reconsiderando, sem base maior nos elementos já coligidos, o que consignado anteriormente. Daí as impetrações sucessivas, valendo notar que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, desconhecendo os limites do acesso às informações, acabou por transferir à defesa as providências perante as empresas de telefonia, o que bem revela inexistentes, no processo- crime, os esclarecimentos pretendidos na fase de diligências do artigo 499 do Código de Processo Penal. Eis o trecho do acórdão proferido (folhas 276 e 277 do apenso 2): Na verdade o processo contém as decisões sobre as interceptações e as datas em que foram proferidas. Basta que a defesa obtenha, em seu interesse, das operadoras, os extratos das ligações do paciente, para comparar e verificar se no período não há registro de comunicações com os telefones que constam do resultado da medida de interceptação. Essa é a melhor forma de provar que os diálogos eventualmente foram forjados, de modo a inocentar o paciente das acusações que derivam daqueles diálogos. Não se pode transformar o processo penal de oral em escrito, com a expedição de ofícios para lá e para cá, com vistas a 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ visando a elucidar dados sobre as interceptações telefônicas, mormente a envolverem o fator tempo presente a autorização judicial, dar sequência ao que já determinado. Entrementes, veio à balha decisão reconsiderando, sem base maior nos elementos já coligidos, o que consignado anteriormente. Daí as impetrações sucessivas, valendo notar que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, desconhecendo os limites do acesso às informações, acabou por transferir à defesa as providências perante as empresas de telefonia, o que bem revela inexistentes, no processo- crime, os esclarecimentos pretendidos na fase de diligências do artigo 499 do Código de Processo Penal. Eis o trecho do acórdão proferido (folhas 276 e 277 do apenso 2): Na verdade o processo contém as decisões sobre as interceptações e as datas em que foram proferidas. Basta que a defesa obtenha, em seu interesse, das operadoras, os extratos das ligações do paciente, para comparar e verificar se no período não há registro de comunicações com os telefones que constam do resultado da medida de interceptação. Essa é a melhor forma de provar que os diálogos eventualmente foram forjados, de modo a inocentar o paciente das acusações que derivam daqueles diálogos. Não se pode transformar o processo penal de oral em escrito, com a expedição de ofícios para lá e para cá, com vistas a 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 32 Relatório HC 106.272 EXTN / RJ informações que já estão no processo e que podem ser deduzidas de datas que constam dos atos processuais e até mesmo de depoimento de testemunhas. Ademais, a instrução processual não pode ser feita diretamente no Tribunal de apelação, cabendo deixar o magistrado realizá-la e, depois, fundamentar sua decisão com base no acervo probatório. Se, ao final, não restar demonstrada a imputação por algum motivo, o paciente será absolvido. Em síntese, transferiu-se à defesa atividade impossível: lograr, por iniciativa própria, os elementos que cercaram a interceptação para constatá-la fiel, ou não, à determinação judicial. As datas perquiridas não se referem à oportunidade em si das decisões prolatadas, mas à efetivação das interceptações. Dizer-se que incumbe ao Juízo a instrução processual prova em demasia, subtraindo-se do órgão revisor a possibilidade de correção de rumos. É de frisar que a situação revela risco de vir à balha, sem viabilizar-se à exaustão o direito de defesa, sentença condenatória. Então, a reversão do quadro poderia mostrar-se mais dificultosa para a defesa presente a importância que alguns dão, no Brasil, ao fato consumado, a pretexto, até mesmo, tendo em conta a jurisdição, de evitarem-se movimentos inúteis desta última, salvando-se o que já formalizado. 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ informações que já estão no processo e que podem ser deduzidas de datas que constam dos atos processuais e até mesmo de depoimento de testemunhas. Ademais, a instrução processual não pode ser feita diretamente no Tribunal de apelação, cabendo deixar o magistrado realizá-la e, depois, fundamentar sua decisão com base no acervo probatório. Se, ao final, não restar demonstrada a imputação por algum motivo, o paciente será absolvido. Em síntese, transferiu-se à defesa atividade impossível: lograr, por iniciativa própria, os elementos que cercaram a interceptação para constatá-la fiel, ou não, à determinação judicial. As datas perquiridas não se referem à oportunidade em si das decisões prolatadas, mas à efetivação das interceptações. Dizer-se que incumbe ao Juízo a instrução processual prova em demasia, subtraindo-se do órgão revisor a possibilidade de correção de rumos. É de frisar que a situação revela risco de vir à balha, sem viabilizar-se à exaustão o direito de defesa, sentença condenatória. Então, a reversão do quadro poderia mostrar-se mais dificultosa para a defesa presente a importância que alguns dão, no Brasil, ao fato consumado, a pretexto, até mesmo, tendo em conta a jurisdição, de evitarem-se movimentos inúteis desta última, salvando-se o que já formalizado. 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 32 Relatório HC 106.272 EXTN / RJ [...] Concedo a ordem de ofício para, no caso, determinar a realização da diligência nos dois processos. Assento que, no relativo ao de nº 2007.51.01.802985-5 (Operação Furacão I), a concessão alcança a insubsistência do decreto condenatório implementado. Antonio Nabor Areias Bulhões apresenta, em favor dos correús Licínio Soares Bastos e Aniz Abrahão David, pedido de extensão, no qual se objetiva que Vossa Excelência consigne ter- se, no acórdão formalizado, anulado a ação penal conhecida como “Operação Furacão I” – Ação Penal nº 2007.51.01.802985-5 – e declarado a insubsistência do ato condenatório relativo a todos os acusados. Sucessivamente, busca a extensão da decisão em favor dos referidos corréus. Sustenta haver o Juízo da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, no aludido processo, condenado diversos réus, entre os quais se incluem a paciente e os beneficiários do presente requerimento, determinando-se, ao final, a prisão preventiva deles. Informa terem os réus condenados interposto apelação criminal ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Anota que, antes da regular intimação da decisão, a Primeira Turma do Supremo deferiu a ordem, impetrada em favor unicamente da corré Ana Cláudia Rodrigues Espírito Santo, também recorrente perante o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, de modo a assegurar a realização de diligência a fim de definir a legitimidade das interceptações telefônicas implementadas no curso da Medida Cautelar nº 2005.51.01.538207-3 e utilizadas pelo Ministério Público Federal de maneira unitária nos processos que compuseram, por desmembramento, a dita “Operação Furacão”. Assevera a 9 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ [...] Concedo a ordem de ofício para, no caso, determinar a realização da diligência nos dois processos. Assento que, no relativo ao de nº 2007.51.01.802985-5 (Operação Furacão I), a concessão alcança a insubsistência do decreto condenatório implementado. Antonio Nabor Areias Bulhões apresenta, em favor dos correús Licínio Soares Bastos e Aniz Abrahão David, pedido de extensão, no qual se objetiva que Vossa Excelência consigne ter- se, no acórdão formalizado, anulado a ação penal conhecida como “Operação Furacão I” – Ação Penal nº 2007.51.01.802985-5 – e declarado a insubsistência do ato condenatório relativo a todos os acusados. Sucessivamente, busca a extensão da decisão em favor dos referidos corréus. Sustenta haver o Juízo da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro, no aludido processo, condenado diversos réus, entre os quais se incluem a paciente e os beneficiários do presente requerimento, determinando-se, ao final, a prisão preventiva deles. Informa terem os réus condenados interposto apelação criminal ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região. Anota que, antes da regular intimação da decisão, a Primeira Turma do Supremo deferiu a ordem, impetrada em favor unicamente da corré Ana Cláudia Rodrigues Espírito Santo, também recorrente perante o Tribunal Regional Federal da 2ª Região, de modo a assegurar a realização de diligência a fim de definir a legitimidade das interceptações telefônicas implementadas no curso da Medida Cautelar nº 2005.51.01.538207-3 e utilizadas pelo Ministério Público Federal de maneira unitária nos processos que compuseram, por desmembramento, a dita “Operação Furacão”. Assevera a 9 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 32 Relatório HC 106.272 EXTN / RJ similitude do acórdão proferido com os formalizados nos Habeas Corpus nº 99.646/RJ e nº 113.628/RJ. Argumenta ser decorrência jurídica da concessão da ordem pela Primeira Turma no Habeas Corpus nº 106.272/RJ a anulação da Ação Penal nº 2007.51.01.802985-5, a partir do indeferimento da diligência quanto à legitimidade da prova consubstanciada nas interceptações telefônicas. Por consequência, anota serem nulas as condenações advindas no referido processo, vício capaz de alcançar, indistintamente, todos os corréus, ora apelantes no recurso submetido à apreciação do Tribunal Regional. O processo revela haver o Juízo da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro concluído pela incursão dos corréus ora citados nos seguintes delitos: a) Ana Cláudia Rodrigues Espírito Santo (paciente): quadrilha e corrupção ativa; b) Licínio Soares Bastos (corréu): quadrilha, corrupção ativa e contrabando; c) Aniz Abrahão David (corréu): quadrilha, corrupção ativa e contrabando. Observa-se, ainda, não ter o Juízo determinado a prisão preventiva da paciente, ressaltando, contudo, a necessidade da custódia cautelar em relação aos referidos corréus. Após longa fundamentação, iniciada à folha 1730 do processo original, a magistrada concluiu que a gravidade em concreto e a clara reiteração criminosa tornariam imprescindível a prisão preventiva em relação aos acusados Ailton Guimarães Jorge, Aniz Abrahão David, Antônio Petrus Kalil, José Renato Granado Ferreira, Júlio Cesar Guimarães Sobreira, Jaime Garcia Dias, Marcos Antonio dos Santos Bretas, Nagib Teixeira Suaid, 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ similitude do acórdão proferido com os formalizados nos Habeas Corpus nº 99.646/RJ e nº 113.628/RJ. Argumenta ser decorrência jurídica da concessão da ordem pela Primeira Turma no Habeas Corpus nº 106.272/RJ a anulação da Ação Penal nº 2007.51.01.802985-5, a partir do indeferimento da diligência quanto à legitimidade da prova consubstanciada nas interceptações telefônicas. Por consequência, anota serem nulas as condenações advindas no referido processo, vício capaz de alcançar, indistintamente, todos os corréus, ora apelantes no recurso submetido à apreciação do Tribunal Regional. O processo revela haver o Juízo da 6ª Vara Federal da Seção Judiciária do Rio de Janeiro concluído pela incursão dos corréus ora citados nos seguintes delitos: a) Ana Cláudia Rodrigues Espírito Santo (paciente): quadrilha e corrupção ativa; b) Licínio Soares Bastos (corréu): quadrilha, corrupção ativa e contrabando; c) Aniz Abrahão David (corréu): quadrilha, corrupção ativa e contrabando. Observa-se, ainda, não ter o Juízo determinado a prisão preventiva da paciente, ressaltando, contudo, a necessidade da custódia cautelar em relação aos referidos corréus. Após longa fundamentação, iniciada à folha 1730 do processo original, a magistrada concluiu que a gravidade em concreto e a clara reiteração criminosa tornariam imprescindível a prisão preventiva em relação aos acusados Ailton Guimarães Jorge, Aniz Abrahão David, Antônio Petrus Kalil, José Renato Granado Ferreira, Júlio Cesar Guimarães Sobreira, Jaime Garcia Dias, Marcos Antonio dos Santos Bretas, Nagib Teixeira Suaid, 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 32 Relatório HC 106.272 EXTN / RJ João Oliveira de Farias e Marcelo Calil Petrus, para garantia da ordem pública –artigo 312 do Código de Processo Penal. É o relatório. 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ João Oliveira de Farias e Marcelo Calil Petrus, para garantia da ordem pública –artigo 312 do Código de Processo Penal. É o relatório. 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 32 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Nota-se que a ordem foi concedida de ofício para viabilizar-se, nos processos reveladores das Ações Penais nº 2007.51.01.802985-5 e 2007.51.01.811.552- 8, a feitura de diligência voltada a esclarecer parâmetros de interceptações telefônicas. Conforme consignei no voto alusivo à primeira (Operação Furacão I), a concessão da ordem estendeu-se à insubsistência da sentença condenatória. Nesses processos, há corréus, entre os quais os destinatários do pedido formulado pelo advogado Antônio Nabor Areias Bulhões, que atuou como profissional da advocacia a assistir a paciente do habeas corpus. O processo é um todo consideradas as interceptações telefônicas. Vale dizer que a instrução alcança os réus. Verificado o vício de procedimento, tem-se como consequência lógica a invalidade dos atos praticados após o fenômeno. Acolho o pleito formalizado para declarar a insubsistência da sentença condenatória na totalidade, inclusive, obviamente, no que se refere aos réus alvo da imposição de penas. Em tal sentido resolvo a questão de ordem ora submetida ao Colegiado. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799704. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Nota-se que a ordem foi concedida de ofício para viabilizar-se, nos processos reveladores das Ações Penais nº 2007.51.01.802985-5 e 2007.51.01.811.552- 8, a feitura de diligência voltada a esclarecer parâmetros de interceptações telefônicas. Conforme consignei no voto alusivo à primeira (Operação Furacão I), a concessão da ordem estendeu-se à insubsistência da sentença condenatória. Nesses processos, há corréus, entre os quais os destinatários do pedido formulado pelo advogado Antônio Nabor Areias Bulhões, que atuou como profissional da advocacia a assistir a paciente do habeas corpus. O processo é um todo consideradas as interceptações telefônicas. Vale dizer que a instrução alcança os réus. Verificado o vício de procedimento, tem-se como consequência lógica a invalidade dos atos praticados após o fenômeno. Acolho o pleito formalizado para declarar a insubsistência da sentença condenatória na totalidade, inclusive, obviamente, no que se refere aos réus alvo da imposição de penas. Em tal sentido resolvo a questão de ordem ora submetida ao Colegiado. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799704. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 32 Explicação 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Presidente, acolho o pleito formalizado para declarar a insubsistência da sentença condenatória na totalidade, inclusive, obviamente, no que se refere aos réus alvo da imposição de penas. Em tal sentido resolvo a questão de ordem ora submetida ao Colegiado. A Juíza, conforme anunciado da tribuna, tendo dúvidas quanto ao alcance da ordem implementada pela Turma, requisitou ao Tribunal, onde um dos processos se encontrava para julgamento da apelação, esse mesmo processo. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Só para compreender, Vossa Excelência, então, apresenta a extensão como questão de ordem? O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Uma explicitação do pronunciamento da Turma. Porque, para mim, como ressaltado da tribuna, uma mínima boa vontade no questionamento do alcance da decisão já revelaria o que estou a elucidar, tornando estreme de dúvidas no voto. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu não compreendi a conclusão, desculpe-me. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Entendo, Presidente, que o pronunciamento anterior da Turma é suficiente, revelando que, nos dois processos, voltar-se-á ao estágio anterior, para serem realizadas as diligências alusivas a interceptações, com as consequências próprias. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2895324. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Presidente, acolho o pleito formalizado para declarar a insubsistência da sentença condenatória na totalidade, inclusive, obviamente, no que se refere aos réus alvo da imposição de penas. Em tal sentido resolvo a questão de ordem ora submetida ao Colegiado. A Juíza, conforme anunciado da tribuna, tendo dúvidas quanto ao alcance da ordem implementada pela Turma, requisitou ao Tribunal, onde um dos processos se encontrava para julgamento da apelação, esse mesmo processo. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Só para compreender, Vossa Excelência, então, apresenta a extensão como questão de ordem? O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Uma explicitação do pronunciamento da Turma. Porque, para mim, como ressaltado da tribuna, uma mínima boa vontade no questionamento do alcance da decisão já revelaria o que estou a elucidar, tornando estreme de dúvidas no voto. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu não compreendi a conclusão, desculpe-me. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Entendo, Presidente, que o pronunciamento anterior da Turma é suficiente, revelando que, nos dois processos, voltar-se-á ao estágio anterior, para serem realizadas as diligências alusivas a interceptações, com as consequências próprias. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2895324. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 32 Explicação HC 106.272 EXTN / RJ Mas a conclusão é pelo deferimento ou pelo indeferimento da extensão? O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Pelo deferimento, em termos de explicitação. A meu ver, a decisão em si já está no pronunciamento pretérito. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Uma extensão em embargos de declaração. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Sim. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): (Cancelado.) O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Que não chegaram a ser interpostos pela Titular da 6ª Vara Criminal da Seção Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, que não me canso de enaltecer, presentes o desempenho e a dedicação, a Doutora Ana Paula Vieira Carvalho. Penso que permanece titular. O SENHOR NABOR BULHÕES (ADVOGADO) - Continua titular. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não foi ainda promovida ao Tribunal, não é? Mas chegará ao Tribunal, com toda certeza. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2895324. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ Mas a conclusão é pelo deferimento ou pelo indeferimento da extensão? O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Pelo deferimento, em termos de explicitação. A meu ver, a decisão em si já está no pronunciamento pretérito. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Uma extensão em embargos de declaração. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Sim. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): (Cancelado.) O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Que não chegaram a ser interpostos pela Titular da 6ª Vara Criminal da Seção Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, que não me canso de enaltecer, presentes o desempenho e a dedicação, a Doutora Ana Paula Vieira Carvalho. Penso que permanece titular. O SENHOR NABOR BULHÕES (ADVOGADO) - Continua titular. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não foi ainda promovida ao Tribunal, não é? Mas chegará ao Tribunal, com toda certeza. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2895324. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 32 Notas para o Voto 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO NOTAS PARA O VOTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, sem prejuízo da sustentação oral, sempre tão bem lançada pelo eminente Doutor Nabor Bulhoes, na verdade, como bem explicitou o eminente Ministro Marco Aurélio, vários foram os habeas corpus que questionaram a higidez do decreto indeferitório de prova pela juíza de primeiro grau. Em alguns desses feitos, algumas dessas ações penais, todos vinculados à "Operação Furacão", já houve a prolação de sentença. Eu não integrava sequer o Supremo Tribunal Federal, quanto mais esta Turma, em 2010, quando, unanimemente, a Turma - como bem destacado da tribuna - concedeu uma ordem de habeas corpus. Mas eu já a integrava sim e fui Redatora designada, numa maioria formada com o Ministro Luiz Fux e a Ministra Cármen Lúcia - coube-me a redação do acórdão -, em uma outra hipótese que o Doutor Nabor Bulhoes não citou, é o HC nº 100.988. Lá, nós entendemos configurado o óbice da Súmula 691; também a superveniência do acórdão, se bem me recordo; e ainda, como sempre fazemos, examinamos se se tratava ou não de uma questão de teratologia e - com todo respeito que merece o eminente Relator, até porque eu integrei a posição vencida - compreendi que não. Compreendo sempre que o juiz de primeiro grau, que está em contato com as partes, com as provas, tem muito mais condições - ainda mais em uma hipótese como essa, de extrema complexidade: aferir a necessidade ou não da produção da prova, não que o faça sempre com correção. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Vossa Excelência me permite? Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2916358. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO NOTAS PARA O VOTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, sem prejuízo da sustentação oral, sempre tão bem lançada pelo eminente Doutor Nabor Bulhoes, na verdade, como bem explicitou o eminente Ministro Marco Aurélio, vários foram os habeas corpus que questionaram a higidez do decreto indeferitório de prova pela juíza de primeiro grau. Em alguns desses feitos, algumas dessas ações penais, todos vinculados à "Operação Furacão", já houve a prolação de sentença. Eu não integrava sequer o Supremo Tribunal Federal, quanto mais esta Turma, em 2010, quando, unanimemente, a Turma - como bem destacado da tribuna - concedeu uma ordem de habeas corpus. Mas eu já a integrava sim e fui Redatora designada, numa maioria formada com o Ministro Luiz Fux e a Ministra Cármen Lúcia - coube-me a redação do acórdão -, em uma outra hipótese que o Doutor Nabor Bulhoes não citou, é o HC nº 100.988. Lá, nós entendemos configurado o óbice da Súmula 691; também a superveniência do acórdão, se bem me recordo; e ainda, como sempre fazemos, examinamos se se tratava ou não de uma questão de teratologia e - com todo respeito que merece o eminente Relator, até porque eu integrei a posição vencida - compreendi que não. Compreendo sempre que o juiz de primeiro grau, que está em contato com as partes, com as provas, tem muito mais condições - ainda mais em uma hipótese como essa, de extrema complexidade: aferir a necessidade ou não da produção da prova, não que o faça sempre com correção. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Vossa Excelência me permite? Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2916358. Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 32 Notas para o Voto HC 106.272 EXTN / RJ A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Claro, Ministro, sempre. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Apenas um esclarecimento como relator. O que houve no caso? No Habeas Corpus nº 99.646, a ordem foi deferida, e o "Furacão" foi fatiado – para utilizar um vocábulo que está na moda – e desdobrado em "Furacão I", "Furacão II" – e não sei se o "Furacão I" permaneceu no Supremo Tribunal Federal. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): O furacão virou várias ventanias. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Exato, várias ventanias. Então, nesse habeas, foi concedida a ordem, e o foi – penso que consignei – a uma só voz, sem divergência. Tivemos um segundo habeas – de nº 109.988 –, em que prevaleceu a óptica do prejuízo, em virtude de o pronunciamento individual inicialmente atacado haver sido substituído pela decisão do Colegiado. Neste habeas que estou trazendo, considerada uma questão de ordem por mim suscitada ante provocação do advogado que está na tribuna, já houve o deferimento da ordem. Entendemos ocorrido – pelo empate, houve concessão – o vício de procedimento. Agora, o que está em jogo é saber se – verificado o vício de procedimento, assentado esse vício, inclusive com a explicitação da nulidade do pronunciamento condenatório – esse ato que, de início, beneficiou Ana Cláudia Rodrigues do Espírito Santo se estende ou não aos demais corréus. A resposta estaria até mesmo no artigo 580 do Código de Processo Penal, mas houve dúvidas – muito embora já se tenha a notícia de que a própria Juíza pediu a devolução do processo, que já estava no Órgão-revisor, para apreciar a extensão da decisão da Turma. Objetivando até mesmo evitar incidentes, explicito que o pronunciamento implicou a declaração de nulidade com o retorno ao estado anterior, sendo insubsistente, na totalidade, o título condenatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2916358. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Claro, Ministro, sempre. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Apenas um esclarecimento como relator. O que houve no caso? No Habeas Corpus nº 99.646, a ordem foi deferida, e o "Furacão" foi fatiado – para utilizar um vocábulo que está na moda – e desdobrado em "Furacão I", "Furacão II" – e não sei se o "Furacão I" permaneceu no Supremo Tribunal Federal. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): O furacão virou várias ventanias. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Exato, várias ventanias. Então, nesse habeas, foi concedida a ordem, e o foi – penso que consignei – a uma só voz, sem divergência. Tivemos um segundo habeas – de nº 109.988 –, em que prevaleceu a óptica do prejuízo, em virtude de o pronunciamento individual inicialmente atacado haver sido substituído pela decisão do Colegiado. Neste habeas que estou trazendo, considerada uma questão de ordem por mim suscitada ante provocação do advogado que está na tribuna, já houve o deferimento da ordem. Entendemos ocorrido – pelo empate, houve concessão – o vício de procedimento. Agora, o que está em jogo é saber se – verificado o vício de procedimento, assentado esse vício, inclusive com a explicitação da nulidade do pronunciamento condenatório – esse ato que, de início, beneficiou Ana Cláudia Rodrigues do Espírito Santo se estende ou não aos demais corréus. A resposta estaria até mesmo no artigo 580 do Código de Processo Penal, mas houve dúvidas – muito embora já se tenha a notícia de que a própria Juíza pediu a devolução do processo, que já estava no Órgão-revisor, para apreciar a extensão da decisão da Turma. Objetivando até mesmo evitar incidentes, explicito que o pronunciamento implicou a declaração de nulidade com o retorno ao estado anterior, sendo insubsistente, na totalidade, o título condenatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2916358. Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 32 Notas para o Voto HC 106.272 EXTN / RJ A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Compreendi perfeitamente, Ministro Marco Aurélio, o voto de Vossa Excelência e estou me permitindo fazer esse retrospecto. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – É que Vossa Excelência disse que a Juíza estaria em condições melhores para decidir sobre a feitura ou não da diligência, e, quanto a isso, a Turma já decidiu. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - É exatamente, Ministro Marco Aurélio, decidiu nesse habeas corpus, relativamente ao qual se formula o pedido de extensão, e decidiu de forma diversa em outro habeas. Estou fazendo esse rememorar para justificar o meu voto, porque, na verdade, preciso fundamentá-lo. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Sim. O que não podemos, a esta altura, é transmudar a concessão da ordem em indeferimento. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Não, em indeferimento, jamais, até porque, no caso, a ordem foi concedida e se trata de pedido de extensão. Agora, para fundamentar o voto que vou proferir, preciso, sim, fazer esse retrospecto. E por isso retorno, até porque foi muito persuasiva a sustentação do Doutor Nabor Bulhões. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Perdoe- me a interrupção. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Não, é sempre enriquecedora, Ministro. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Talvez tenha decorrido da proximidade. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2916358. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Compreendi perfeitamente, Ministro Marco Aurélio, o voto de Vossa Excelência e estou me permitindo fazer esse retrospecto. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – É que Vossa Excelência disse que a Juíza estaria em condições melhores para decidir sobre a feitura ou não da diligência, e, quanto a isso, a Turma já decidiu. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - É exatamente, Ministro Marco Aurélio, decidiu nesse habeas corpus, relativamente ao qual se formula o pedido de extensão, e decidiu de forma diversa em outro habeas. Estou fazendo esse rememorar para justificar o meu voto, porque, na verdade, preciso fundamentá-lo. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Sim. O que não podemos, a esta altura, é transmudar a concessão da ordem em indeferimento. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Não, em indeferimento, jamais, até porque, no caso, a ordem foi concedida e se trata de pedido de extensão. Agora, para fundamentar o voto que vou proferir, preciso, sim, fazer esse retrospecto. E por isso retorno, até porque foi muito persuasiva a sustentação do Doutor Nabor Bulhões. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Perdoe- me a interrupção. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Não, é sempre enriquecedora, Ministro. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Talvez tenha decorrido da proximidade. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2916358. Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 32 Notas para o Voto HC 106.272 EXTN / RJ A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Claro, Ministro Marco Aurélio, são sempre bem-vindas as colocações de Vossa Excelência. Retorno ao meu raciocínio, porque não posso ficar aqui indeferindo- o, de forma alguma. Tenho que justificar por que o fiz e por que continuo com uma compreensão um pouco - uma filigrana - diferente do eminente Ministro Relator. Entendo que lá o indeferimento não foi teratológico; fez-se com base no artigo 400, § 1º, do CPP - que eu, volta e meia, utilizo aqui nos meus votos. Então, compreendi, tanto que fiquei de Redatora designada; veio mais um habeas, e aí, conforme Vossa Excelência muito bem relatou, ficamos vencidos, Ministro Luiz Fux e eu, na concessão de ofício, porque, na verdade, a Turma toda extinguia-o sem resolução do mérito, em função da nossa nova orientação quanto à necessidade de manejo do recurso constitucional. Ora, estando absolutamente convicta - digamos assim - de como votava naquela oportunidade, não me sinto à vontade para deferir aqui a extensão, mas entendo que a Turma, por óbvio, concedeu a ordem. Como vejo esse pedido de extensão, Ministro Marco Aurélio? Com embargos de declaração. Porque, na verdade, o que Vossa Excelência diz? A Turma já concedeu. Então, respeitosamente, fico tranquilamente vencida, sozinha, mas eu me sinto mais à vontade votando assim. Entendo que está prejudicado e eu o extingo porque, na verdade, o que ele busca já foi deferido pela Turma, pelo voto qualificado da maioria, no caso do in dubio pro reo, porque foi dois a dois, no habeas corpus anterior. Ou seja, eu não defiro a extensão; eu digo que: o que se busca aqui a parte já atingiu. Senhor Presidente, com todo respeito, é como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2916358. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Claro, Ministro Marco Aurélio, são sempre bem-vindas as colocações de Vossa Excelência. Retorno ao meu raciocínio, porque não posso ficar aqui indeferindo- o, de forma alguma. Tenho que justificar por que o fiz e por que continuo com uma compreensão um pouco - uma filigrana - diferente do eminente Ministro Relator. Entendo que lá o indeferimento não foi teratológico; fez-se com base no artigo 400, § 1º, do CPP - que eu, volta e meia, utilizo aqui nos meus votos. Então, compreendi, tanto que fiquei de Redatora designada; veio mais um habeas, e aí, conforme Vossa Excelência muito bem relatou, ficamos vencidos, Ministro Luiz Fux e eu, na concessão de ofício, porque, na verdade, a Turma toda extinguia-o sem resolução do mérito, em função da nossa nova orientação quanto à necessidade de manejo do recurso constitucional. Ora, estando absolutamente convicta - digamos assim - de como votava naquela oportunidade, não me sinto à vontade para deferir aqui a extensão, mas entendo que a Turma, por óbvio, concedeu a ordem. Como vejo esse pedido de extensão, Ministro Marco Aurélio? Com embargos de declaração. Porque, na verdade, o que Vossa Excelência diz? A Turma já concedeu. Então, respeitosamente, fico tranquilamente vencida, sozinha, mas eu me sinto mais à vontade votando assim. Entendo que está prejudicado e eu o extingo porque, na verdade, o que ele busca já foi deferido pela Turma, pelo voto qualificado da maioria, no caso do in dubio pro reo, porque foi dois a dois, no habeas corpus anterior. Ou seja, eu não defiro a extensão; eu digo que: o que se busca aqui a parte já atingiu. Senhor Presidente, com todo respeito, é como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2916358. Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 32 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, também elogiando a sempre minuciosa e brilhante sustentação do Doutor Bulhões, em qualquer ramo da Ciência Jurídica, porque no Superior Tribunal de Justiça eu o assistia da tribuna em Direito Tributário, Direito Penal, enfim, tenho por Vossa Excelência - e sabe disso - uma grande admiração, eu só queria fazer um destaque. Se a Turma concedeu a ordem - a Turma já concedeu a ordem -, na verdade, esse habeas corpus visa a um esclarecimento do alcance da ordem concedida ex officio. Pelo que me pareceu, é isso. Então, na verdade, isso seria suprível por embargos de declaração também. Mas observe-se que, quando a ordem foi concedida ex officio, eu decidi que eu não concedia a ordem de ofício. Eu extingui o processo sem análise do mérito conforme postura que temos adotado aqui. E verifico que o meu voto é exatamente igual ao da Ministra Rosa Weber. Então, no meu modo de ver, os componentes que entenderam por conceder a ordem de ofício talvez devessem explicitar isso que o Ministro Marco Aurélio acabou de explicitar. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – É que a Turma não pode funcionar apenas com dois integrantes! O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Mas não prevalece? Se Vossas Excelências agora concederem de ofício para o fim de esclarecer o alcance da primeira concessão, não prevalece essa decisão? Então que ela prevaleça. Eu vou manter também o meu voto na decisão anterior. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Foi como disse. Seria um contrassenso, à essa altura, assentar o indeferimento, o afastamento da concessão de ofício como verificado. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2928672. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, também elogiando a sempre minuciosa e brilhante sustentação do Doutor Bulhões, em qualquer ramo da Ciência Jurídica, porque no Superior Tribunal de Justiça eu o assistia da tribuna em Direito Tributário, Direito Penal, enfim, tenho por Vossa Excelência - e sabe disso - uma grande admiração, eu só queria fazer um destaque. Se a Turma concedeu a ordem - a Turma já concedeu a ordem -, na verdade, esse habeas corpus visa a um esclarecimento do alcance da ordem concedida ex officio. Pelo que me pareceu, é isso. Então, na verdade, isso seria suprível por embargos de declaração também. Mas observe-se que, quando a ordem foi concedida ex officio, eu decidi que eu não concedia a ordem de ofício. Eu extingui o processo sem análise do mérito conforme postura que temos adotado aqui. E verifico que o meu voto é exatamente igual ao da Ministra Rosa Weber. Então, no meu modo de ver, os componentes que entenderam por conceder a ordem de ofício talvez devessem explicitar isso que o Ministro Marco Aurélio acabou de explicitar. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – É que a Turma não pode funcionar apenas com dois integrantes! O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Mas não prevalece? Se Vossas Excelências agora concederem de ofício para o fim de esclarecer o alcance da primeira concessão, não prevalece essa decisão? Então que ela prevaleça. Eu vou manter também o meu voto na decisão anterior. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Foi como disse. Seria um contrassenso, à essa altura, assentar o indeferimento, o afastamento da concessão de ofício como verificado. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2928672. Inteiro Teor do Acórdão - Página 20 de 32 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 106.272 EXTN / RJ O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu vou na extinção sem mérito. E apenas um aspecto técnico. No meu modo de ver, na verdade, entendo até que isso seria resolvido de outra forma, com um ofício da própria Turma. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ante o fato, Vossa Excelência não chegaria a essa explicitação, ante a concessão já verificada da ordem? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, o que eu entendo é que isso se resolveria com um ofício da Turma dizendo a que conclusão chegou. Mas tendo em vista que a ordem já foi concedida e o habeas corpus é uma ação de eminência constitucional e se sujeita também, determinada a extinção sem mérito... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ministro, deixe-me revelar-lhe um passado, talvez seja importante, para que fique bem explicitado o alcance do que trouxe à bancada. Em um passado recente, de uns dois ou três anos, penso que era presidente da Turma, houve necessidade de ligar para o Corregedor a fim de que o Juízo da 6ª Vara Criminal cumprisse uma liminar do Supremo. Pasmem! O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX – Entendi. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Vossa Excelência conclui então no mesmo sentido da Ministra Rosa Weber, indeferindo o pedido. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - É, porque estou verificando aqui que inclusive naquela oportunidade nós utilizamos a mesma expressão: "Não participei desse julgamento anterior", que o Ministro Marco Aurélio está esclarecendo, e nós tínhamos aquela linha de conduta 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2928672. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu vou na extinção sem mérito. E apenas um aspecto técnico. No meu modo de ver, na verdade, entendo até que isso seria resolvido de outra forma, com um ofício da própria Turma. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ante o fato, Vossa Excelência não chegaria a essa explicitação, ante a concessão já verificada da ordem? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, o que eu entendo é que isso se resolveria com um ofício da Turma dizendo a que conclusão chegou. Mas tendo em vista que a ordem já foi concedida e o habeas corpus é uma ação de eminência constitucional e se sujeita também, determinada a extinção sem mérito... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ministro, deixe-me revelar-lhe um passado, talvez seja importante, para que fique bem explicitado o alcance do que trouxe à bancada. Em um passado recente, de uns dois ou três anos, penso que era presidente da Turma, houve necessidade de ligar para o Corregedor a fim de que o Juízo da 6ª Vara Criminal cumprisse uma liminar do Supremo. Pasmem! O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX – Entendi. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Vossa Excelência conclui então no mesmo sentido da Ministra Rosa Weber, indeferindo o pedido. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - É, porque estou verificando aqui que inclusive naquela oportunidade nós utilizamos a mesma expressão: "Não participei desse julgamento anterior", que o Ministro Marco Aurélio está esclarecendo, e nós tínhamos aquela linha de conduta 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2928672. Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 32 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 106.272 EXTN / RJ em relação ao cabimento do habeas corpus. Por isso não deferimos. Agora, eu já compreendi o que Vossa Excelência quis dizer por via reflexa, mas, no meu modo de ver, uma comunicação à eminente juíza do que foi o alcance da decisão do Supremo evitaria essa impetração do habeas corpus. Eu ficaria numa posição de contradictia in terminis se eu abandonasse o voto que proferi anteriormente. Então, peço vênia, mas entendendo que, se esse é o caso, como disse o Doutor Nabor Bulhões, o Supremo está para resolver os problemas, ao invés de mandar um ofício, que a Turma agora explicite o que quis dizer quando concedeu a ordem de ofício, o que talvez nem evite que mais uma vez essa componente do Judiciário tenha alguma dúvida a respeito. Mas de qualquer maneira a decisão judicial tem que ser cumprida a qualquer preço. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2928672. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ em relação ao cabimento do habeas corpus. Por isso não deferimos. Agora, eu já compreendi o que Vossa Excelência quis dizer por via reflexa, mas, no meu modo de ver, uma comunicação à eminente juíza do que foi o alcance da decisão do Supremo evitaria essa impetração do habeas corpus. Eu ficaria numa posição de contradictia in terminis se eu abandonasse o voto que proferi anteriormente. Então, peço vênia, mas entendendo que, se esse é o caso, como disse o Doutor Nabor Bulhões, o Supremo está para resolver os problemas, ao invés de mandar um ofício, que a Turma agora explicite o que quis dizer quando concedeu a ordem de ofício, o que talvez nem evite que mais uma vez essa componente do Judiciário tenha alguma dúvida a respeito. Mas de qualquer maneira a decisão judicial tem que ser cumprida a qualquer preço. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2928672. Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 32 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Passo ao meu voto. Adianto que acompanho o eminente Relator, mas faço alguns esclarecimentos. Primeiro, está indene de dúvida qual foi a comunicação que foi feita à Juíza e ao Tribunal local. Leio o fax que foi encaminhado à Juíza Federal Maria Helena Cisne, Presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, até porque fui eu que subscrevi essa comunicação como Presidente da Turma: "Comunico que a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, em Sessão, proferiu, nos autos em epígrafe, julgamento colegiado, cuja parte dispositiva acha-se transcrita a seguir in verbis: 'Concedo a ordem de ofício para, no caso, determinar a realização da diligência nos dois processos. Assento que, no relativo ao de nº 2007.51.01.802985-5 (Operação Furacão I), a concessão alcança a insubsistência do decreto condenatório implementado [porque já operada uma sentença de primeiro grau]. Data da Sessão de Julgamento: 14 de agosto de 2012.’ (...) [Aí vem o resultado.] Atenciosamente, Ministro DIAS TOFFOLI, Presidente da 1ª Turma/STF." Acompanharam esse ofício o voto de Sua Excelência, o eminente Relator, e o resultado da sessão de julgamento. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - E esse ofício foi em relação a esse processo? Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2968461. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Passo ao meu voto. Adianto que acompanho o eminente Relator, mas faço alguns esclarecimentos. Primeiro, está indene de dúvida qual foi a comunicação que foi feita à Juíza e ao Tribunal local. Leio o fax que foi encaminhado à Juíza Federal Maria Helena Cisne, Presidente do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, até porque fui eu que subscrevi essa comunicação como Presidente da Turma: "Comunico que a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal, em Sessão, proferiu, nos autos em epígrafe, julgamento colegiado, cuja parte dispositiva acha-se transcrita a seguir in verbis: 'Concedo a ordem de ofício para, no caso, determinar a realização da diligência nos dois processos. Assento que, no relativo ao de nº 2007.51.01.802985-5 (Operação Furacão I), a concessão alcança a insubsistência do decreto condenatório implementado [porque já operada uma sentença de primeiro grau]. Data da Sessão de Julgamento: 14 de agosto de 2012.’ (...) [Aí vem o resultado.] Atenciosamente, Ministro DIAS TOFFOLI, Presidente da 1ª Turma/STF." Acompanharam esse ofício o voto de Sua Excelência, o eminente Relator, e o resultado da sessão de julgamento. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - E esse ofício foi em relação a esse processo? Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2968461. Inteiro Teor do Acórdão - Página 23 de 32 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 106.272 EXTN / RJ O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Foi. E, aí, existe uma pretensão que está sendo resistida. Na Turma, agora – embora, anteriormente, a tese fosse minoritária -, dois Colegas entendem que não há uma pretensão resistida. Eu fico me perguntando: no caso de alguém que entra com uma pretensão e contrata um advogado dos mais relevantes do País, que oficia neste Tribunal há décadas, esse advogado viria à tribuna por diletantismo? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, eu talvez, como Presidente, fizesse coisa diferente do que Vossa Excelência fez, mas, no mérito, eu acho que a posição coerente é essa. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu estou proferindo o meu voto. Eu gostaria de continuar proferindo o meu voto. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, tudo bem, mas Vossa Excelência fez uma crítica aqui quanto à nossa postura. Eu quero fazer uma quanto à de Vossa Excelência. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): O Colegiado se formou. A posição do Colegiado se formou. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Então Vossa Excelência, como Presidente, podia fazer cumprir essa decisão; não precisaria de um novo habeas corpus. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Há uma pretensão resistida. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Por quê? Por uma Juíza, integrante do Poder Judiciário, que não cumpre uma decisão do Supremo? 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2968461. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Foi. E, aí, existe uma pretensão que está sendo resistida. Na Turma, agora – embora, anteriormente, a tese fosse minoritária -, dois Colegas entendem que não há uma pretensão resistida. Eu fico me perguntando: no caso de alguém que entra com uma pretensão e contrata um advogado dos mais relevantes do País, que oficia neste Tribunal há décadas, esse advogado viria à tribuna por diletantismo? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, eu talvez, como Presidente, fizesse coisa diferente do que Vossa Excelência fez, mas, no mérito, eu acho que a posição coerente é essa. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu estou proferindo o meu voto. Eu gostaria de continuar proferindo o meu voto. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, tudo bem, mas Vossa Excelência fez uma crítica aqui quanto à nossa postura. Eu quero fazer uma quanto à de Vossa Excelência. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): O Colegiado se formou. A posição do Colegiado se formou. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Então Vossa Excelência, como Presidente, podia fazer cumprir essa decisão; não precisaria de um novo habeas corpus. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Há uma pretensão resistida. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Por quê? Por uma Juíza, integrante do Poder Judiciário, que não cumpre uma decisão do Supremo? 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2968461. Inteiro Teor do Acórdão - Página 24 de 32 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 106.272 EXTN / RJ O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Há uma pretensão resistida, lá nas instâncias inferiores, de uma ordem que passou a ser da Turma, e não do Relator ou, então, de quem o acompanhou. Essa pretensão passou a ser da Turma. Mas essa questão não fica, evidentemente, prejudicada, porque o empate pelo deferimento vai favorecer o réu; mas eu penso que eu ainda seja livre para emitir as minhas opiniões. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, sem dúvida; eu, também, para poder rebatê-los. Vossa Excelência fez uma crítica a mim e a Ministra Rosa no sentido de que nós estaríamos eventualmente desprestigiando. Não é isso. Nós tivemos uma posição adotada no habeas corpus - e aqui que me foi passado o voto -, no meu modo de ver seria uma contradictio in termini que eu me... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – É que não estamos a rejulgar o habeas corpus. Estamos sendo convocados para reafirmar o que decidimos, para cobrar a concretude do pronunciamento. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu estou entendendo, Ministro Marco Aurélio, mas é que eu entendo que, no caso específico... O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): O que está em jogo, aqui, é a autoridade da decisão da Corte, concorde-se ou não com ela. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não tenha dúvida. Só que eu acho que a forma de se valer a autoridade da decisão da Corte não é impor à parte a interposição de um outro habeas corpus, porque isso falece interesse de agir; acho até que o precedente é perigoso. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Vamos 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2968461. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Há uma pretensão resistida, lá nas instâncias inferiores, de uma ordem que passou a ser da Turma, e não do Relator ou, então, de quem o acompanhou. Essa pretensão passou a ser da Turma. Mas essa questão não fica, evidentemente, prejudicada, porque o empate pelo deferimento vai favorecer o réu; mas eu penso que eu ainda seja livre para emitir as minhas opiniões. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, sem dúvida; eu, também, para poder rebatê-los. Vossa Excelência fez uma crítica a mim e a Ministra Rosa no sentido de que nós estaríamos eventualmente desprestigiando. Não é isso. Nós tivemos uma posição adotada no habeas corpus - e aqui que me foi passado o voto -, no meu modo de ver seria uma contradictio in termini que eu me... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – É que não estamos a rejulgar o habeas corpus. Estamos sendo convocados para reafirmar o que decidimos, para cobrar a concretude do pronunciamento. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu estou entendendo, Ministro Marco Aurélio, mas é que eu entendo que, no caso específico... O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): O que está em jogo, aqui, é a autoridade da decisão da Corte, concorde-se ou não com ela. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não tenha dúvida. Só que eu acho que a forma de se valer a autoridade da decisão da Corte não é impor à parte a interposição de um outro habeas corpus, porque isso falece interesse de agir; acho até que o precedente é perigoso. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Vamos 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2968461. Inteiro Teor do Acórdão - Página 25 de 32 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 106.272 EXTN / RJ imaginar que tivéssemos a quinta cadeira ocupada, e que o ocupante... O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Indeferisse a ordem. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – ... acompanhasse Vossa Excelência e a ministra Rosa Weber, o que ocorreria? Dar-se o dito pelo não dito. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): O pedido de extensão viraria uma rescisória daquela decisão do HC já proferido. Mas eu tenho aqui, como presente, uma pretensão resistida a uma decisão que não é mais do Relator, ou da maioria então formada, ou do empate formado que beneficia o paciente em matéria de ordem de habeas corpus. O que há aqui é uma pretensão resistida, pelas instâncias inferiores, à autoridade da Suprema Corte do País, externada por um de seus Colegiados. E, mesmo que eu fosse o vencido nesta hipótese, eu estaria a deferir a ordem de extensão para fazer os esclarecimentos necessários. Um segundo elemento que eu gostaria de trazer é que existem dúvidas nas instâncias inferiores sobre a extensão da decisão proferida neste habeas corpus, embora ela seja explícita no voto e no respectivo ofício. Vamos, então, esclarecer aquilo que é a extensão da nossa decisão: se o bom vernáculo - e o Ministro Marco Aurélio, em matéria de vernáculo, é claríssimo e vai ao pé da letra -, não foi o suficiente, e há uma pretensão resistida, e essa pretensão é trazida a esta Corte, eu não vejo como não enfrentá-la e, no caso, deferi-la. Por isso, eu acompanho o eminente Relator, com a vênia da eminente Ministra Rosa Weber e do eminente Ministro Luiz Fux, procurando ser coerente com o que já expressei em votos anteriores. Não me surpreende que se conceda habeas corpus mesmo contra trânsito em julgado de condenação; muito menos que se conceda habeas 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2968461. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ imaginar que tivéssemos a quinta cadeira ocupada, e que o ocupante... O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Indeferisse a ordem. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – ... acompanhasse Vossa Excelência e a ministra Rosa Weber, o que ocorreria? Dar-se o dito pelo não dito. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): O pedido de extensão viraria uma rescisória daquela decisão do HC já proferido. Mas eu tenho aqui, como presente, uma pretensão resistida a uma decisão que não é mais do Relator, ou da maioria então formada, ou do empate formado que beneficia o paciente em matéria de ordem de habeas corpus. O que há aqui é uma pretensão resistida, pelas instâncias inferiores, à autoridade da Suprema Corte do País, externada por um de seus Colegiados. E, mesmo que eu fosse o vencido nesta hipótese, eu estaria a deferir a ordem de extensão para fazer os esclarecimentos necessários. Um segundo elemento que eu gostaria de trazer é que existem dúvidas nas instâncias inferiores sobre a extensão da decisão proferida neste habeas corpus, embora ela seja explícita no voto e no respectivo ofício. Vamos, então, esclarecer aquilo que é a extensão da nossa decisão: se o bom vernáculo - e o Ministro Marco Aurélio, em matéria de vernáculo, é claríssimo e vai ao pé da letra -, não foi o suficiente, e há uma pretensão resistida, e essa pretensão é trazida a esta Corte, eu não vejo como não enfrentá-la e, no caso, deferi-la. Por isso, eu acompanho o eminente Relator, com a vênia da eminente Ministra Rosa Weber e do eminente Ministro Luiz Fux, procurando ser coerente com o que já expressei em votos anteriores. Não me surpreende que se conceda habeas corpus mesmo contra trânsito em julgado de condenação; muito menos que se conceda habeas 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2968461. Inteiro Teor do Acórdão - Página 26 de 32 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI HC 106.272 EXTN / RJ corpus se um outro habeas corpus, na mesma pretensão, for indeferido - isso não faz coisa julgada. Pelo menos é assim que eu penso, é assim que eu tenho votado, é assim que a Corte tem, majoritariamente, se posicionado. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2968461. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ corpus se um outro habeas corpus, na mesma pretensão, for indeferido - isso não faz coisa julgada. Pelo menos é assim que eu penso, é assim que eu tenho votado, é assim que a Corte tem, majoritariamente, se posicionado. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2968461. Inteiro Teor do Acórdão - Página 27 de 32 Esclarecimento 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO ESCLARECIMENTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Senhor Presidente, requeiro a palavra. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Pois não. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Senhor Presidente, eu não aceito, com todo respeito que Vossa Excelência me merece, qualquer crítica ao meu voto. E vou dizer por que não. Porque ele não esteja imune a críticas, de forma alguma, mas, pelo menos, na minha compreensão, a crítica que Vossa Excelência fez, digamos assim, se orientou no sentido de que nós estaríamos - eu, no caso, junto com o Ministro Luiz Fux - desprestigiando uma decisão da Primeira Turma. Jamais, Presidente, jamais eu faria isso! Eu disse que estava extinguindo - aliás, pensei até que o voto do Ministro Marco Aurélio fosse trilhar nessa linha - o habeas corpus por falta de interesse, justamente, porque a Turma, por maioria - mas não importa, totalmente irrelevante- , já havia deferido o que a parte está a pretender. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Penitencio-me por tê-la decepcionado! A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Não, não me decepcionou, apenas o fato deve ter se dado em função de uma má compreensão minha, Ministro Marco Aurélio. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Ah, eu também. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2916359. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO ESCLARECIMENTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Senhor Presidente, requeiro a palavra. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Pois não. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Senhor Presidente, eu não aceito, com todo respeito que Vossa Excelência me merece, qualquer crítica ao meu voto. E vou dizer por que não. Porque ele não esteja imune a críticas, de forma alguma, mas, pelo menos, na minha compreensão, a crítica que Vossa Excelência fez, digamos assim, se orientou no sentido de que nós estaríamos - eu, no caso, junto com o Ministro Luiz Fux - desprestigiando uma decisão da Primeira Turma. Jamais, Presidente, jamais eu faria isso! Eu disse que estava extinguindo - aliás, pensei até que o voto do Ministro Marco Aurélio fosse trilhar nessa linha - o habeas corpus por falta de interesse, justamente, porque a Turma, por maioria - mas não importa, totalmente irrelevante- , já havia deferido o que a parte está a pretender. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Penitencio-me por tê-la decepcionado! A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Não, não me decepcionou, apenas o fato deve ter se dado em função de uma má compreensão minha, Ministro Marco Aurélio. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Ah, eu também. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2916359. Inteiro Teor do Acórdão - Página 28 de 32 Esclarecimento HC 106.272 EXTN / RJ A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Agora, eu não aceito que digam que estou desprestigiando uma decisão da Primeira Turma, de forma alguma! 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2916359. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Agora, eu não aceito que digam que estou desprestigiando uma decisão da Primeira Turma, de forma alguma! 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2916359. Inteiro Teor do Acórdão - Página 29 de 32 Esclarecimento 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO ESCLARECIMENTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Ministro Toffoli, eu, também, peço vênia a Vossa Excelência, talvez eu tenha me expressado de forma contundente, mas, na verdade, eu não quis de forma alguma trazer, aqui, à baila nenhum confronto de opiniões, cada um de nós tem a sua opinião. Na verdade, a minha ótica foi essa, quer dizer, até nos traz um conforto, porque evidentemente que era antevisto esse resultado de concessão, novamente, de ofício, porque Vossas Excelências, no primeiro habeas corpus, entenderam que a Juíza deveria realizar diligência; e nós entendemos num ponto de vista contrário. Então, se naquele habeas corpus tivesse sido requerido a nulidade da sentença condenatória, nós não concederíamos a nulidade da sentença condenatória, pelas mesmas razões que nós não concedemos, de ofício, o habeas corpus. Agora, o que eu entendi foi, exatamente, essa falta de interesse de agir, porque eu não posso conceber que um magistrado de primeiro grau descumpra uma decisão do Supremo Tribunal Federal, e, para que ela seja cumprida, a parte seja instada a oferecer o outro habeas corpus, porque isto cria um precedente deveras perigoso. Quer dizer, então, agora, se a magistratura de primeiro grau descumprir uma decisão do Supremo, em habeas corpus, a parte vai ser instada a oferecer um outro habeas corpus? Então, na realidade, não há interesse em agir porque eu entendo que há uma via própria que se pode efetivar essa decisão, inclusive, com reflexos, data maxima venia, disciplinares em relação a esse descumprimento da decisão judicial pela Justiça de primeiro grau. Na verdade não foi um desprestígio, de forma alguma. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ministro, se no âmbito da Turma temos esse descompasso, o que podemos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2928675. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 RIO DE JANEIRO ESCLARECIMENTO O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Ministro Toffoli, eu, também, peço vênia a Vossa Excelência, talvez eu tenha me expressado de forma contundente, mas, na verdade, eu não quis de forma alguma trazer, aqui, à baila nenhum confronto de opiniões, cada um de nós tem a sua opinião. Na verdade, a minha ótica foi essa, quer dizer, até nos traz um conforto, porque evidentemente que era antevisto esse resultado de concessão, novamente, de ofício, porque Vossas Excelências, no primeiro habeas corpus, entenderam que a Juíza deveria realizar diligência; e nós entendemos num ponto de vista contrário. Então, se naquele habeas corpus tivesse sido requerido a nulidade da sentença condenatória, nós não concederíamos a nulidade da sentença condenatória, pelas mesmas razões que nós não concedemos, de ofício, o habeas corpus. Agora, o que eu entendi foi, exatamente, essa falta de interesse de agir, porque eu não posso conceber que um magistrado de primeiro grau descumpra uma decisão do Supremo Tribunal Federal, e, para que ela seja cumprida, a parte seja instada a oferecer o outro habeas corpus, porque isto cria um precedente deveras perigoso. Quer dizer, então, agora, se a magistratura de primeiro grau descumprir uma decisão do Supremo, em habeas corpus, a parte vai ser instada a oferecer um outro habeas corpus? Então, na realidade, não há interesse em agir porque eu entendo que há uma via própria que se pode efetivar essa decisão, inclusive, com reflexos, data maxima venia, disciplinares em relação a esse descumprimento da decisão judicial pela Justiça de primeiro grau. Na verdade não foi um desprestígio, de forma alguma. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ministro, se no âmbito da Turma temos esse descompasso, o que podemos Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2928675. Inteiro Teor do Acórdão - Página 30 de 32 Esclarecimento HC 106.272 EXTN / RJ imaginar, considerado o juízo, a primeira instância? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, Ministro Marco Aurélio, mas veja o seguinte: nós, aqui, não fazemos nenhuma resistência, Vossas Excelências concederam, de ofício, o habeas corpus, e nós somos Colegas do mesmo grau de jurisdição e nos respeitamos. Como é que um juiz de primeiro grau não respeita uma decisão do Supremo Tribunal Federal e, com isso, impõe que a parte ofereça um habeas corpus. Isso será rotineiro? Esse precedente não será perigoso? É essa a minha ótica. No meu modo de ver, houve um descumprimento de um dever funcional, data maxima venia. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O que Vossa Excelência sugere? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, eu acompanho; eu acho que Vossas Excelências têm razão em deferir, de ofício, como fizeram da primeira oportunidade. Eu não quero sugerir nada; eu faria, mas, como eu não estou no exercício, não posso fazer. Então, eu não sugiro, apenas contemplo a decisão de Vossas Excelências. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mas o que Vossa Excelência faria? Talvez encampe. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - É, só não muda de opinião quem já morreu; pode ser que, quando eu venha a ocupar a presidência, Vossa Excelência vai ver, em concreto, o que eu farei. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Talvez não esteja mais aqui! 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2928675. Supremo Tribunal Federal HC 106.272 EXTN / RJ imaginar, considerado o juízo, a primeira instância? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, Ministro Marco Aurélio, mas veja o seguinte: nós, aqui, não fazemos nenhuma resistência, Vossas Excelências concederam, de ofício, o habeas corpus, e nós somos Colegas do mesmo grau de jurisdição e nos respeitamos. Como é que um juiz de primeiro grau não respeita uma decisão do Supremo Tribunal Federal e, com isso, impõe que a parte ofereça um habeas corpus. Isso será rotineiro? Esse precedente não será perigoso? É essa a minha ótica. No meu modo de ver, houve um descumprimento de um dever funcional, data maxima venia. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O que Vossa Excelência sugere? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, eu acompanho; eu acho que Vossas Excelências têm razão em deferir, de ofício, como fizeram da primeira oportunidade. Eu não quero sugerir nada; eu faria, mas, como eu não estou no exercício, não posso fazer. Então, eu não sugiro, apenas contemplo a decisão de Vossas Excelências. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mas o que Vossa Excelência faria? Talvez encampe. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - É, só não muda de opinião quem já morreu; pode ser que, quando eu venha a ocupar a presidência, Vossa Excelência vai ver, em concreto, o que eu farei. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Talvez não esteja mais aqui! 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2928675. Inteiro Teor do Acórdão - Página 31 de 32 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REQTE.(S) : ANIZ ABRAHÃO DAVID ADV.(A/S) : ANTONIO NABOR AREIAS BULHÕES Decisão: Por empate na votação, a Turma deferiu o pedido de extensão no habeas corpus, com esclarecimentos, nos termos do voto do Relator. Julgaram extinto o processo a Senhora Ministra Rosa Weber e o Senhor Ministro Luiz Fux. Falou o Dr. Nabor Bulhões, pelo Requerente. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848579 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS 106.272 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO REQTE.(S) : ANIZ ABRAHÃO DAVID ADV.(A/S) : ANTONIO NABOR AREIAS BULHÕES Decisão: Por empate na votação, a Turma deferiu o pedido de extensão no habeas corpus, com esclarecimentos, nos termos do voto do Relator. Julgaram extinto o processo a Senhora Ministra Rosa Weber e o Senhor Ministro Luiz Fux. Falou o Dr. Nabor Bulhões, pelo Requerente. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848579 Inteiro Teor do Acórdão - Página 32 de 32
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2979915
2012-09-18T00:00:00
2012-10-22T00:00:00
Por empate na votação, a Turma deferiu o pedido de extensão no habeas corpus, com esclarecimentos, nos termos do voto do Relator. Julgaram extinto o processo a Senhora Ministra Rosa Weber e o Senhor Ministro Luiz Fux. Falou o Dr. Nabor Bulhões, pelo Requerente. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
EXTENSÃO NO HABEAS CORPUS
PROCESSO-CRIME – VÍCIO DE PROCEDIMENTO – PROVA – CORRÉUS – CONSEQUÊNCIA. Uma vez assentado o vício de procedimento no que indeferida diligência, tem-se como insubsistente a condenação imposta.
sjur217025
- Acórdão citado: HC 99646, HC 100988. - Decisão monocrática citada: HC 109988. Número de páginas: 32. Análise: 07/11/2012, SEV. Revisão: 12/11/2012, IMC.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
106272
[ "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00400 PAR-00001 ART-00580 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000691 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
HC-Extn
acordaos
HC 106272 Extn
[ "" ]
REQTE.(S) : ANIZ ABRAHÃO DAVID ADV.(A/S) : ANTONIO NABOR AREIAS BULHÕES
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "HABEAS CORPUS 106 . 272", "HABEAS CORPUS 106 . 272", "Habeas Corpus [UNK] 106 . 272 / RJ", "HABEAS CORPUS 106 . 272", "Habeas Corpus [UNK]", "106", ".", "272", "/", "RJ", "HC 106 . 272 EXTN / RJ", "Habeas Corpus [UNK] 99 . 646", "Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo", "Habeas Corpus [UNK] 107 . 528 / PR", "HC 106 . 272 EXTN / RJ", "Habeas Corpus [UNK] 99 . 646", "Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo", "Habeas Corpus [UNK] 107 . 528 / PR", "HC 106 . 272 EXTN / RJ", "HC 106 . 272 EXTN / RJ", "HC 106 . 272 EXTN / RJ", "HC 106 . 272 EXTN / RJ", "HC 106 . 272 EXTN / RJ", "Habeas Corpus [UNK] 99 . 646", "Habeas Corpus [UNK] 109 . 988", "Ações Penais [UNK] 2007 . 51 . 01 . 804 . 865 - 5", "[UNK] 2007 . 51 . 01 . 807 . 604 - 3", "HC 106 . 272 EXTN / RJ", "Habeas Corpus [UNK]", "Processo [UNK] 2007 . 51 . 01 . 806354 - 1", "Habeas Corpus [UNK] 109 . 988", "Ações Penais [UNK] 2007 . 51 . 01 . 804 . 865 - 5", "[UNK]", "2007 .", "51", ".", "01", ".", "807", ".", "-", "HC 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"24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "14 de agosto de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "14 de agosto de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681.817 SERGIPE RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) :PEDRO MAURICIO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. JUÍZO DE ORIGEM. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apuração do valor exato dos honorários advocatícios deve ser realizada no Juízo de origem ou da execução, sede apropriada para a referida discussão. Precedentes. II – Agravo regimental improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800457. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681.817 SERGIPE RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) :PEDRO MAURICIO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra parte da decisão que, ao dar provimento ao recurso extraordinário, determinou a fixação dos honorários advocatícios pelo Juízo de origem, nos termos da legislação processual. O agravante sustentou, em suma, a necessidade de esta Corte fixar, desde logo, os honorários sucumbenciais. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800458. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681.817 SERGIPE RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) :PEDRO MAURICIO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra parte da decisão que, ao dar provimento ao recurso extraordinário, determinou a fixação dos honorários advocatícios pelo Juízo de origem, nos termos da legislação processual. O agravante sustentou, em suma, a necessidade de esta Corte fixar, desde logo, os honorários sucumbenciais. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800458. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681.817 SERGIPE V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. A jurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido de que a apuração do valor exato das custas processuais e dos honorários advocatícios deve ser realizada no juízo de origem ou da execução, sede apropriada para a referida discussão. Nesse sentido, transcrevo ementa do RE 626.369-ED-ED/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie: “CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. HOMOLOGAÇÃO DE RENÚNCIA AO DIREITO EM QUE SE FUNDA A AÇÃO. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PELA INSTÂNCIA DE ORIGEM. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. PRECEDENTES. 1. A decisão proferida na ACO 493-AgR/MT não destoa da decisão embargada, uma vez que o Supremo Tribunal Federal ali atua como instância originária prestando, não só a tutela de conhecimento inicial, como a própria prestação jurisdicional executiva. 2. Decisão que não julga mérito recursal, mas tão-somente homologa pedido de renúncia ao direito em que se fundou a ação e determina a remessa dos autos ao Tribunal de origem para execução, inclusive quanto à fixação de honorários. 3. Nos termos da legislação processual em vigor, compete ao Juízo da execução a apreciação de atos executórios dentre os quais está a fixação de honorários advocatícios (CPC, arts. 575, II e 475-P, II). Precedentes. 4. Inexistência de omissão, contradição ou obscuridade a sanar. 5. Embargos de declaração rejeitados”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800459. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681.817 SERGIPE V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. A jurisprudência desta Corte firmou entendimento no sentido de que a apuração do valor exato das custas processuais e dos honorários advocatícios deve ser realizada no juízo de origem ou da execução, sede apropriada para a referida discussão. Nesse sentido, transcrevo ementa do RE 626.369-ED-ED/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie: “CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. HOMOLOGAÇÃO DE RENÚNCIA AO DIREITO EM QUE SE FUNDA A AÇÃO. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS PELA INSTÂNCIA DE ORIGEM. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. PRECEDENTES. 1. A decisão proferida na ACO 493-AgR/MT não destoa da decisão embargada, uma vez que o Supremo Tribunal Federal ali atua como instância originária prestando, não só a tutela de conhecimento inicial, como a própria prestação jurisdicional executiva. 2. Decisão que não julga mérito recursal, mas tão-somente homologa pedido de renúncia ao direito em que se fundou a ação e determina a remessa dos autos ao Tribunal de origem para execução, inclusive quanto à fixação de honorários. 3. Nos termos da legislação processual em vigor, compete ao Juízo da execução a apreciação de atos executórios dentre os quais está a fixação de honorários advocatícios (CPC, arts. 575, II e 475-P, II). Precedentes. 4. Inexistência de omissão, contradição ou obscuridade a sanar. 5. Embargos de declaração rejeitados”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800459. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI RE 681.817 AGR / SE No mesmo sentido, menciono, ainda, as seguintes decisões, entre outras: RE 473.538-AgR/DF e RE 586.504-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE 525.679-AgR/SP e RE 466.643-AgR/MG, Rel. Min. Ayres Britto; RE 486.276-ED/SP e RE 516.390-AgR-ED/BA, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 561.005-AgR/RS, Rel. Min. Celso de Mello; RE 511.137-ED/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 411.160-ED/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 447.027- AgR-AgR/GO, de minha relatoria. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800459. Supremo Tribunal Federal RE 681.817 AGR / SE No mesmo sentido, menciono, ainda, as seguintes decisões, entre outras: RE 473.538-AgR/DF e RE 586.504-AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; RE 525.679-AgR/SP e RE 466.643-AgR/MG, Rel. Min. Ayres Britto; RE 486.276-ED/SP e RE 516.390-AgR-ED/BA, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 561.005-AgR/RS, Rel. Min. Celso de Mello; RE 511.137-ED/RS, Rel. Min. Gilmar Mendes; RE 411.160-ED/SP, Rel. Min. Cezar Peluso; RE 447.027- AgR-AgR/GO, de minha relatoria. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800459. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681.817 PROCED. : SERGIPE RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) : PEDRO MAURICIO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849256 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681.817 PROCED. : SERGIPE RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) : PEDRO MAURICIO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849256 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857944
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. JUÍZO DE ORIGEM. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apuração do valor exato dos honorários advocatícios deve ser realizada no Juízo de origem ou da execução, sede apropriada para a referida discussão. Precedentes. II – Agravo regimental improvido.
sjur215708
- Acórdãos citados: AI 561005 AgR, RE 466643 AgR, RE 473538 AgR, RE 525679 AgR, RE 586504 AgR, RE 447027 AgR-AgR, RE 516390 AgR-ED, RE 411160 ED, RE 486276 ED, RE 511137 ED, RE 626369 ED-ED. Número de páginas: 5. Análise: 09/10/2012, LLD.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
681817
null
RE-AgR
acordaos
RE 681817 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) : PEDRO MAURICIO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681 . 817", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681 . 817", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681 . 817", "RE 626 . 369 - ED -", "ACO 493 - AgR / MT", "RE 626 . 369 - ED - ED / RJ", "ACO 493 - AgR / MT", "RE 681 . 817 AGR", "RE 473 . 538 - AgR / DF", "RE 586 . 504 - AgR / RJ", "RE 525 . 679 - AgR / SP", "RE 466 . 643 - AgR / MG", "RE 486 . 276 - ED / SP", "RE 516 . 390 - AgR - ED / BA", "AI 561 . 005 - AgR / RS", "RE 511 . 137 - ED / RS", "RE 411 . 160 - ED / SP", "RE 447 . 027 - AgR - AgR / GO", "RE 681 . 817", "RE 473 . 538 - AgR / DF", "RE 586 . 504 - AgR / RJ", "RE 525 . 679 - AgR / SP", "RE 466 . 643 - AgR / MG", "RE 486 . 276 - ED", "RE 516 . 390 - AgR - ED / BA", "AI 561 . 005 - AgR / RS", "RE 511 . 137 - ED / RS", "RE 411 . 160 - ED / SP", "RE 447 . 027 - AgR - AgR / GO", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 681 ." ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CPC , arts . 575 , II e 475 - P , II", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CPC , arts . 575 , II e 475 - P , II", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "Brasília", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "ED", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "SE", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "AGR", "/", "SE", "/", "SP", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "RICARDO LEWANDOWSKI", "PEDRO MAURICIO", "JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "PEDRO MAURICIO", "JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "PEDRO MAURICIO", "JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Ellen Gracie", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Ellen Gracie", "RICARDO LEWANDOWSKI", "Eros Grau", "Ayres Britto", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Cezar Peluso", "Eros Grau", "Ayres Britto", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Cezar Peluso", "RICARDO LEWANDOWSKI", "PEDRO MAURICIO", "JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte", "RICARDO LEWANDOWSKI", "PEDRO MAURICIO", "JOAO ALBERTO SANTOS DE OLIVEIRA", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "02", "/", "10", "/", "2012", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 647.009 PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :UROTEC SERVIÇOS MÉDICOS S/C LTDA ADV.(A/S) :CLEBERSON RODOLFO VIEIRA SCHWINGEL AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE MARINGÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SOCIEDADE EMPRESARIAL. ALÍQUOTAS FIXAS. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS. DECRETO-LEI Nº 406/69. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a análise de fatos e provas, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 4. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.” 5. A controvérsia sub judice é de índole infraconstitucional, por isso que eventual ofensa à Constituição opera-se de forma indireta, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786593. Supremo Tribunal Federal DJe 20/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão RE 647.009 AGR / PR circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. Nesse sentido, entre outros: AI 757.658-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJ de 24.11.09; RE 148.512, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, 1ª Turma, DJ de 2.8.96; AI 157.906-AgR, Relator o Ministro SYDNEY SANCHES, 1ª Turma, DJ de 9.12.94; AI 145.680-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 1ª Turma, DJ de 30.4.93. 6. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 7. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 8. In casu, o acórdão recorrido assentou: “TRIBUTÁRIO – MANDADO DE SEGURANÇA – ISS – SOCIEDADE DE MÉDICOS, POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – PRETENSÃO DE RECOLHIMENTO COM BASE EM ALÍQUOTA FIXA – INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL – INOCORRÊNCIA – CARÁTER EMPRESARIAL – NÃO INCIDÊNCIA DO § 3º DO ARTIGO 9º DO DECRETO-LEI Nº 406/68 – RECURSO NÃO PROVIDO. O STJ assentou o entendimento segundo o qual têm direito ao tratamento privilegiado do ISS as sociedades civis uniprofissionais, que têm por objeto a prestação de serviço especializado, com responsabilidade social e sem caráter empresarial, o que não é o caso dos autos.” 9. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786593. Supremo Tribunal Federal RE 647.009 AGR / PR circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. Nesse sentido, entre outros: AI 757.658-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJ de 24.11.09; RE 148.512, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, 1ª Turma, DJ de 2.8.96; AI 157.906-AgR, Relator o Ministro SYDNEY SANCHES, 1ª Turma, DJ de 9.12.94; AI 145.680-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 1ª Turma, DJ de 30.4.93. 6. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 7. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 8. In casu, o acórdão recorrido assentou: “TRIBUTÁRIO – MANDADO DE SEGURANÇA – ISS – SOCIEDADE DE MÉDICOS, POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – PRETENSÃO DE RECOLHIMENTO COM BASE EM ALÍQUOTA FIXA – INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL – INOCORRÊNCIA – CARÁTER EMPRESARIAL – NÃO INCIDÊNCIA DO § 3º DO ARTIGO 9º DO DECRETO-LEI Nº 406/68 – RECURSO NÃO PROVIDO. O STJ assentou o entendimento segundo o qual têm direito ao tratamento privilegiado do ISS as sociedades civis uniprofissionais, que têm por objeto a prestação de serviço especializado, com responsabilidade social e sem caráter empresarial, o que não é o caso dos autos.” 9. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786593. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 647.009 PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :UROTEC SERVIÇOS MÉDICOS S/C LTDA ADV.(A/S) :CLEBERSON RODOLFO VIEIRA SCHWINGEL AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE MARINGÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por UROTEC SERVIÇOS MÉDICOS S/C LTDA em face de decisão de minha lavra, assim ementada: “TRIBUTÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SOCIEDADE EMPRESARIAL. ALÍQUOTAS FIXAS. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS. DECRETO-LEI Nº 406/69. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a análise de fatos e provas, não há como se pretender seja reconhecida ‘a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso’ (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 4. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786594. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 647.009 PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :UROTEC SERVIÇOS MÉDICOS S/C LTDA ADV.(A/S) :CLEBERSON RODOLFO VIEIRA SCHWINGEL AGDO.(A/S) :MUNICÍPIO DE MARINGÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por UROTEC SERVIÇOS MÉDICOS S/C LTDA em face de decisão de minha lavra, assim ementada: “TRIBUTÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SOCIEDADE EMPRESARIAL. ALÍQUOTAS FIXAS. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS. DECRETO-LEI Nº 406/69. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a análise de fatos e provas, não há como se pretender seja reconhecida ‘a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso’ (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 4. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786594. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório RE 647.009 AGR / PR verbis: ‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada’ e ‘O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.’ 5. A controvérsia sub judice é de índole infraconstitucional, por isso que eventual ofensa à Constituição opera-se de forma indireta, circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. Nesse sentido, entre outros: AI 757.658-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJ de 24.11.09; RE 148.512, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, 1ª Turma, DJ de 2.8.96; AI 157.906-AgR, Relator o Ministro SYDNEY SANCHES, 1ª Turma, DJ de 9.12.94; AI 145.680-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 1ª Turma, DJ de 30.4.93. 6. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 7. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático- probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 8. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘TRIBUTÁRIO – MANDADO DE SEGURANÇA – ISS – SOCIEDADE DE MÉDICOS, POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – PRETENSÃO DE RECOLHIMENTO COM BASE EM ALÍQUOTA FIXA – INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL – INOCORRÊNCIA – CARÁTER EMPRESARIAL – NÃO INCIDÊNCIA DO § 3º DO ARTIGO 9º DO DECRETO-LEI Nº 406/68 – RECURSO NÃO PROVIDO. ‘O STJ assentou o entendimento segundo o qual têm direito ao tratamento privilegiado do ISS as sociedades civis uniprofissionais, que têm por objeto a prestação de serviço especializado, com responsabilidade social e sem caráter empresarial, o que não é o caso dos autos.’ 9. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.” 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786594. Supremo Tribunal Federal RE 647.009 AGR / PR verbis: ‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada’ e ‘O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.’ 5. A controvérsia sub judice é de índole infraconstitucional, por isso que eventual ofensa à Constituição opera-se de forma indireta, circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. Nesse sentido, entre outros: AI 757.658-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJ de 24.11.09; RE 148.512, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, 1ª Turma, DJ de 2.8.96; AI 157.906-AgR, Relator o Ministro SYDNEY SANCHES, 1ª Turma, DJ de 9.12.94; AI 145.680-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 1ª Turma, DJ de 30.4.93. 6. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 7. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático- probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 8. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘TRIBUTÁRIO – MANDADO DE SEGURANÇA – ISS – SOCIEDADE DE MÉDICOS, POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – PRETENSÃO DE RECOLHIMENTO COM BASE EM ALÍQUOTA FIXA – INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL – INOCORRÊNCIA – CARÁTER EMPRESARIAL – NÃO INCIDÊNCIA DO § 3º DO ARTIGO 9º DO DECRETO-LEI Nº 406/68 – RECURSO NÃO PROVIDO. ‘O STJ assentou o entendimento segundo o qual têm direito ao tratamento privilegiado do ISS as sociedades civis uniprofissionais, que têm por objeto a prestação de serviço especializado, com responsabilidade social e sem caráter empresarial, o que não é o caso dos autos.’ 9. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.” 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786594. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório RE 647.009 AGR / PR Em suas razões de agravar, a agravante limita-se a sustentar o prequestionamento do recurso denegado. Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o consequente conhecimento e provimento do recurso extraordinário. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786594. Supremo Tribunal Federal RE 647.009 AGR / PR Em suas razões de agravar, a agravante limita-se a sustentar o prequestionamento do recurso denegado. Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o consequente conhecimento e provimento do recurso extraordinário. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786594. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 647.009 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão à agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Cuida-se de recurso extraordinário interposto por UROTEC SERVIÇOS MÉDICOS S/C LTDA. com fundamento no disposto no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal de 1988, contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, assim ementado: ‘TRIBUTÁRIO – MANDADO DE SEGURANÇA – ISS – SOCIEDADE DE MÉDICOS, POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – PRETENSÃO DE RECOLHIMENTO COM BASE EM ALÍQUOTA FIXA – INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL – INOCORRÊNCIA – CARÁTER EMPRESARIAL – NÃO INCIDÊNCIA DO § 3º DO ARTIGO 9º DO DECRETO-LEI Nº 406/68 – RECURSO NÃO PROVIDO. ‘O STJ assentou o entendimento segundo o qual têm direito ao tratamento privilegiado do ISS as sociedades civis uniprofissionais, que têm por objeto a prestação de serviço especializado, com responsabilidade social e sem caráter empresarial, o que não é o caso dos autos.’ Em sede de recurso extraordinário, a recorrente alega violação dos artigos 5º, LV, 22, I, 24 I e § 1º, 146, III, e 156, III, da Constituição Federal, sustentando, em síntese, que apesar da edição do Decreto-Lei nº 406/69, recepcionado pela Constituição de 1988 com força de lei complementar, o Município de Maringá publicou a LC 505/03, alterada pela LC 593/05, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786595. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 647.009 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão à agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Cuida-se de recurso extraordinário interposto por UROTEC SERVIÇOS MÉDICOS S/C LTDA. com fundamento no disposto no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal de 1988, contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, assim ementado: ‘TRIBUTÁRIO – MANDADO DE SEGURANÇA – ISS – SOCIEDADE DE MÉDICOS, POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – PRETENSÃO DE RECOLHIMENTO COM BASE EM ALÍQUOTA FIXA – INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL – INOCORRÊNCIA – CARÁTER EMPRESARIAL – NÃO INCIDÊNCIA DO § 3º DO ARTIGO 9º DO DECRETO-LEI Nº 406/68 – RECURSO NÃO PROVIDO. ‘O STJ assentou o entendimento segundo o qual têm direito ao tratamento privilegiado do ISS as sociedades civis uniprofissionais, que têm por objeto a prestação de serviço especializado, com responsabilidade social e sem caráter empresarial, o que não é o caso dos autos.’ Em sede de recurso extraordinário, a recorrente alega violação dos artigos 5º, LV, 22, I, 24 I e § 1º, 146, III, e 156, III, da Constituição Federal, sustentando, em síntese, que apesar da edição do Decreto-Lei nº 406/69, recepcionado pela Constituição de 1988 com força de lei complementar, o Município de Maringá publicou a LC 505/03, alterada pela LC 593/05, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786595. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 647.009 AGR / PR restringindo o direito da recorrente de recolher o ISS pelo regime fixo. Defende que, com a publicação da legislação municipal, houve majoração do imposto, o que é vedado pela Constituição que prevê a competência da União para legislar sobre direito tributário. É o relatório. DECIDO. O recurso não merece prosperar. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a análise de fatos e provas, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). Verifica-se, na espécie, que, com exceção do artigo 146, III, da CF/88, os demais dispositivos constitucionais a recorrente considera violados não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, que deve ser explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF, verbis: ‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.’ e ‘O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.’ A respeito da aplicação das referidas Súmulas, assim discorre Roberto Rosas: ‘A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'. De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: “quando a decisão for contra literal 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786595. Supremo Tribunal Federal RE 647.009 AGR / PR restringindo o direito da recorrente de recolher o ISS pelo regime fixo. Defende que, com a publicação da legislação municipal, houve majoração do imposto, o que é vedado pela Constituição que prevê a competência da União para legislar sobre direito tributário. É o relatório. DECIDO. O recurso não merece prosperar. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a análise de fatos e provas, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). Verifica-se, na espécie, que, com exceção do artigo 146, III, da CF/88, os demais dispositivos constitucionais a recorrente considera violados não foram debatidos no acórdão recorrido. Além disso, não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o necessário prequestionamento da questão constitucional, que deve ser explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356 do STF, verbis: ‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.’ e ‘O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.’ A respeito da aplicação das referidas Súmulas, assim discorre Roberto Rosas: ‘A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia: 'quando se questionar sobre a validade de leis ou aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra ela'. De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no art. 76, III, a: “quando a decisão for contra literal 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786595. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 647.009 AGR / PR disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado”. Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).’ E: ‘Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria. A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282). O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (ROSAS, Roberto, in Direito Sumular, Malheiros).’ Ademais, colhe-se do voto orientador do acórdão recorrido: ‘(...) a Administração indicou atividades diversas às de consultas [eletrovaporização, litotripsia, etc] desenvolvidas pela apelante e concluiu, finalmente, tratar- se de clínica médica; esse ponto, aliás, configura o que se tem chamado de caráter empresarial das sociedades de médicos, e lhes impede de se beneficiarem do 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786595. Supremo Tribunal Federal RE 647.009 AGR / PR disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se haja questionado”. Essas Constituições eram mais explícitas a respeito do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa questão não apreciada na decisão recorrida (RTJ 56/70; v. Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores, 1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito Público, p. 236).’ E: ‘Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou juízes prolatores da decisão que espanquem dúvidas, supram omissões ou eliminem contradições. Se esse possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o prequestionamento da matéria. A parte não considerou a existência de omissão, por isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo, por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282). O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE 176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).” (ROSAS, Roberto, in Direito Sumular, Malheiros).’ Ademais, colhe-se do voto orientador do acórdão recorrido: ‘(...) a Administração indicou atividades diversas às de consultas [eletrovaporização, litotripsia, etc] desenvolvidas pela apelante e concluiu, finalmente, tratar- se de clínica médica; esse ponto, aliás, configura o que se tem chamado de caráter empresarial das sociedades de médicos, e lhes impede de se beneficiarem do 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786595. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 647.009 AGR / PR recolhimento de ISS na forma aqui pretendida [valor fixo por profissional]. Tanto é assim, que a Administração carreou aos autos documentos hábeis a comprovar que a recorrente possui diversos funcionários típicos de clínicas, como enfermeiros, recepcionistas, faxineiro, etc. (fls. 187/189), os quais dão suporte às atividades realizadas. Assim, evidenciando que a sociedade não se utiliza exclusivamente do trabalho de médicos, mas também de diversos outros profissionais, no intuito de prestar serviços diversos, fica evidenciado o escopo de funcionar como clínica, o que, no entendimento majoritário do Superior Tribunal de Justiça, confere caráter empresarial à sociedade médica, como será detalhado em seguida.’ O Tribunal a quo decidiu a natureza da sociedade e a possibilidade de tributação por alíquotas fixas do ISS, à luz do contexto fático-probatório engendrado nos autos. Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido necessário seria o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática. Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o comentário do ilustre professor Roberto Rosas, in Direito Sumular, 12ª edição, Editora Malheiros, verbis: ‘Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175). Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786595. Supremo Tribunal Federal RE 647.009 AGR / PR recolhimento de ISS na forma aqui pretendida [valor fixo por profissional]. Tanto é assim, que a Administração carreou aos autos documentos hábeis a comprovar que a recorrente possui diversos funcionários típicos de clínicas, como enfermeiros, recepcionistas, faxineiro, etc. (fls. 187/189), os quais dão suporte às atividades realizadas. Assim, evidenciando que a sociedade não se utiliza exclusivamente do trabalho de médicos, mas também de diversos outros profissionais, no intuito de prestar serviços diversos, fica evidenciado o escopo de funcionar como clínica, o que, no entendimento majoritário do Superior Tribunal de Justiça, confere caráter empresarial à sociedade médica, como será detalhado em seguida.’ O Tribunal a quo decidiu a natureza da sociedade e a possibilidade de tributação por alíquotas fixas do ISS, à luz do contexto fático-probatório engendrado nos autos. Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo acórdão recorrido necessário seria o reexame dos fatos e das provas constantes dos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática. Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o comentário do ilustre professor Roberto Rosas, in Direito Sumular, 12ª edição, Editora Malheiros, verbis: ‘Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175). Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786595. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 647.009 AGR / PR matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666). A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383).’ Por fim, a controvérsia sub judice é de índole infraconstitucional, por isso que eventual ofensa à Constituição opera-se de forma indireta, circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. Nesse sentido, entre outros: AI 757.658-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJ de 24.11.09; RE 148.512, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, 1ª Turma, DJ de 2.8.96; AI 157.906-AgR, Relator o Ministro SYDNEY SANCHES, 1ª Turma, DJ de 9.12.94; AI 145.680-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 1ª Turma, DJ de 30.4.93. Ex positis, nego seguimento ao recurso extraordinário com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.” 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786595. Supremo Tribunal Federal RE 647.009 AGR / PR matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666). A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383).’ Por fim, a controvérsia sub judice é de índole infraconstitucional, por isso que eventual ofensa à Constituição opera-se de forma indireta, circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. Nesse sentido, entre outros: AI 757.658-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJ de 24.11.09; RE 148.512, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, 1ª Turma, DJ de 2.8.96; AI 157.906-AgR, Relator o Ministro SYDNEY SANCHES, 1ª Turma, DJ de 9.12.94; AI 145.680-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 1ª Turma, DJ de 30.4.93. Ex positis, nego seguimento ao recurso extraordinário com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.” 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786595. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 647.009 AGR / PR Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786595. Supremo Tribunal Federal RE 647.009 AGR / PR Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786595. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 647.009 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : UROTEC SERVIÇOS MÉDICOS S/C LTDA ADV.(A/S) : CLEBERSON RODOLFO VIEIRA SCHWINGEL AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MARINGÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765389 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 647.009 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : UROTEC SERVIÇOS MÉDICOS S/C LTDA ADV.(A/S) : CLEBERSON RODOLFO VIEIRA SCHWINGEL AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MARINGÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765389 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2792627
2012-09-04T00:00:00
2012-09-20T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SOCIEDADE EMPRESARIAL. ALÍQUOTAS FIXAS. IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS. DECRETO-LEI Nº 406/69. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DESTA CORTE. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a análise de fatos e provas, não há como se pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 4. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.” 5. A controvérsia sub judice é de índole infraconstitucional, por isso que eventual ofensa à Constituição opera-se de forma indireta, circunstância que inviabiliza a admissão do extraordinário. Nesse sentido, entre outros: AI 757.658-AgR, Relator o Ministro EROS GRAU, 2ª Turma, DJ de 24.11.09; RE 148.512, Relator o Ministro ILMAR GALVÃO, 1ª Turma, DJ de 2.8.96; AI 157.906-AgR, Relator o Ministro SYDNEY SANCHES, 1ª Turma, DJ de 9.12.94; AI 145.680-AgR, Relator o Ministro CELSO DE MELLO, 1ª Turma, DJ de 30.4.93. 6. A Súmula 279/STF dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 7. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 8. In casu, o acórdão recorrido assentou: “TRIBUTÁRIO – MANDADO DE SEGURANÇA – ISS – SOCIEDADE DE MÉDICOS, POR COTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA – PRETENSÃO DE RECOLHIMENTO COM BASE EM ALÍQUOTA FIXA – INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI MUNICIPAL – INOCORRÊNCIA – CARÁTER EMPRESARIAL – NÃO INCIDÊNCIA DO § 3º DO ARTIGO 9º DO DECRETO-LEI Nº 406/68 – RECURSO NÃO PROVIDO. O STJ assentou o entendimento segundo o qual têm direito ao tratamento privilegiado do ISS as sociedades civis uniprofissionais, que têm por objeto a prestação de serviço especializado, com responsabilidade social e sem caráter empresarial, o que não é o caso dos autos.” 9. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur214968
- Acórdãos citados: AI 145680 AgR, AI 157906 AgR, AI 757658 AgR, RE 148512. Número de páginas: 12. Análise: 25/09/2012, LLD.
LUIZ FUX
Primeira Turma
647009
[ "LEG-FED DEL-000406 ANO-1969\r\n DECRETO-LEI\r\n\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00323\r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 647009 AgR
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AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE MARINGÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ AGTE.(S) : UROTEC SERVIÇOS MÉDICOS S/C LTDA ADV.(A/S) : CLEBERSON RODOLFO VIEIRA SCHWINGEL
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 446.131 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) :RICARDO NASCIMENTO LIMA ADV.(A/S) :ASDRUBAL NASCIMENTO LIMA JÚNIOR EMENTA Agravo regimental no agravo regimental no agravo de instrumento. Coisa julgada. Legislação infraconstitucional. Não indicação correta dos dispositivos constitucionais violados. Incidência da Súmula nº 284 desta Corte. Precedentes. 1. É pacífica a orientação desta Corte no sentido de que não se presta o recurso extraordinário à verificação dos limites objetivos da coisa julgada, haja vista tratar-se de discussão de índole infraconstitucional. 2. O recorrente não indicou corretamente, nas suas razões recursais, o dispositivo constitucional pertinente ao tema julgado no Tribunal de origem, relativo à caracterização da sua responsabilidade civil. Incidência da Súmula nº 284 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786706. Supremo Tribunal Federal DJe 16/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Ementa e Acórdão AI 446.131 AGR-AGR / DF Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786706. Supremo Tribunal Federal AI 446.131 AGR-AGR / DF Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786706. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 446.131 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) :RICARDO NASCIMENTO LIMA ADV.(A/S) :ASDRUBAL NASCIMENTO LIMA JÚNIOR RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Distrito Federal interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão monocrática proferida pelo Ministro Sepúlveda Pertence, em anterior agravo regimental, mediante a qual reconsiderou a decisão de fl. 206 e negou provimento ao agravo de instrumento (fls. 243/244), com a seguinte fundamentação: “Agravo regimental de decisão pela qual neguei provimento ao agravo, por entender que o tema dos dispositivos constitucionais dados por violados não haviam sido analisados pelo acórdão recorrido. Aduz o agravante que, embora não discutido pelo acórdão, o dispositivo constitucional encontra-se prequestionado, pois, suscitado na petição de embargos infringentes e nos respectivos embargos de declaração. Tem razão o agravante. Reconsidero a decisão de f. 206 e, desde logo, passo ao exame do agravo de instrumento. Agravo de instrumento de decisão que inadmitiu RE, a, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, assim ementado - f. 110: ‘administrativo – nomeação para cargo público em decorrência de decisão judicial – cálculo dos efeitos financeiros. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786703. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 446.131 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) :RICARDO NASCIMENTO LIMA ADV.(A/S) :ASDRUBAL NASCIMENTO LIMA JÚNIOR RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Distrito Federal interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão monocrática proferida pelo Ministro Sepúlveda Pertence, em anterior agravo regimental, mediante a qual reconsiderou a decisão de fl. 206 e negou provimento ao agravo de instrumento (fls. 243/244), com a seguinte fundamentação: “Agravo regimental de decisão pela qual neguei provimento ao agravo, por entender que o tema dos dispositivos constitucionais dados por violados não haviam sido analisados pelo acórdão recorrido. Aduz o agravante que, embora não discutido pelo acórdão, o dispositivo constitucional encontra-se prequestionado, pois, suscitado na petição de embargos infringentes e nos respectivos embargos de declaração. Tem razão o agravante. Reconsidero a decisão de f. 206 e, desde logo, passo ao exame do agravo de instrumento. Agravo de instrumento de decisão que inadmitiu RE, a, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios, assim ementado - f. 110: ‘administrativo – nomeação para cargo público em decorrência de decisão judicial – cálculo dos efeitos financeiros. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório AI 446.131 AGR-AGR / DF Uma vez declarada a ilegalidade do ato administrativo que alijou o candidato do certame público, com sua posterior nomeação para o cargo que disputava, faz jus à percepção, a título de indenização, das quantias que deixou de perceber, devidamente corrigidas.’ Lê-se do voto condutor – f. 114: ‘(...) Entretanto, não há que se falar na questão do exame do psicotécnico nesta ação ordinária, uma vez que o Mandado de Segurança impetrado pelo embargado tratou desta questão, restando, pois, com o trânsito em julgado. A indenização a que pleiteia o apelado é decorrente do ato de sua nomeação quando foi determinado que os ‘efeitos funcionais retroagirão a 16 de dezembro de 1989 não fazendo jus a vencimentos atrasados ou eventuais diferenças destes’(fls. 53). Não foram contudo pagas as diferenças de vencimentos desde essa até a sua nomeação e posse (07/07/92), ainda que reconhecida pelo Poder Judiciário a ilegalidade do ato de exclusão do apelado do concurso. (...) A responsabilidade estabelecida pela Constituição Federal ante a Administração Pública é exclusiva e objetiva, cabendo a ela indenizar os atos ilegais decorrentes de suas funções administrativas. (...)’ Alega o RE violação do artigo 37, caput e II, da Constituição Federal: aduz que não houve ilegalidade no ato que excluiu o candidato do certame, uma vez que fez constar do edital a exigência de submissão e aprovação em exame psicológico, em atendimento a determinação da Lei Federal 4.878/65. Decido. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786703. Supremo Tribunal Federal AI 446.131 AGR-AGR / DF Uma vez declarada a ilegalidade do ato administrativo que alijou o candidato do certame público, com sua posterior nomeação para o cargo que disputava, faz jus à percepção, a título de indenização, das quantias que deixou de perceber, devidamente corrigidas.’ Lê-se do voto condutor – f. 114: ‘(...) Entretanto, não há que se falar na questão do exame do psicotécnico nesta ação ordinária, uma vez que o Mandado de Segurança impetrado pelo embargado tratou desta questão, restando, pois, com o trânsito em julgado. A indenização a que pleiteia o apelado é decorrente do ato de sua nomeação quando foi determinado que os ‘efeitos funcionais retroagirão a 16 de dezembro de 1989 não fazendo jus a vencimentos atrasados ou eventuais diferenças destes’(fls. 53). Não foram contudo pagas as diferenças de vencimentos desde essa até a sua nomeação e posse (07/07/92), ainda que reconhecida pelo Poder Judiciário a ilegalidade do ato de exclusão do apelado do concurso. (...) A responsabilidade estabelecida pela Constituição Federal ante a Administração Pública é exclusiva e objetiva, cabendo a ela indenizar os atos ilegais decorrentes de suas funções administrativas. (...)’ Alega o RE violação do artigo 37, caput e II, da Constituição Federal: aduz que não houve ilegalidade no ato que excluiu o candidato do certame, uma vez que fez constar do edital a exigência de submissão e aprovação em exame psicológico, em atendimento a determinação da Lei Federal 4.878/65. Decido. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Relatório AI 446.131 AGR-AGR / DF O ponto suscitado no recurso extraordinário – regularidade do ato que excluiu o recorrido do certame –, foi objeto de decisão definitiva em mandado de segurança, a qual deu ensejo à presente ação ordinária. Nesta ação, o recorrido pretende o recebimento, a título de indenização, dos valores que receberia se houvesse sido nomeado juntamente com os demais aprovados no concurso. A responsabilidade da Administração, objeto do presente feito, pelos danos resultantes do ato que deu ensejo à nomeação tardia do candidato, não decorre do artigo 37, II, mas, sim, do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal. O dispositivo constitucional invocado no RE não encerra disciplina que pudesse motivar a reforma da decisão de segundo grau, o que atrai a incidência da Súmula 284 (‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia’). Nego provimento ao agravo. Sustenta o agravante que “não se discute a obrigação de indenizar, ou seja, a conseqüência, mas, sim, a ilicitude do fato do qual decorre tal dever, ou seja, a causa daquela conseqüência. Daí porque pertinente a invocação, no recurso extraordinário ora versado, do disposto no artigo 37, caput, I e II, da Constituição, já que é esse, e não o disposto no § 6º do mesmo artigo 37, que define a licitude de tal fato” (fl. 266). Alega a inocorrência de coisa julgada, sob o fundamento de que “a ‘segurança’ que, dispensando a seleção psicológica, determinou que o agravante submetesse o agravado à investigação social e funcional e o matriculasse no Curto de Formação Policial Profissional, não impede que se reconheça, neste processo, a ilicitude de tal dispensa, pois, não obstante tal ‘segurança’ haja transitado em julgado, nos termos do artigo 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786703. Supremo Tribunal Federal AI 446.131 AGR-AGR / DF O ponto suscitado no recurso extraordinário – regularidade do ato que excluiu o recorrido do certame –, foi objeto de decisão definitiva em mandado de segurança, a qual deu ensejo à presente ação ordinária. Nesta ação, o recorrido pretende o recebimento, a título de indenização, dos valores que receberia se houvesse sido nomeado juntamente com os demais aprovados no concurso. A responsabilidade da Administração, objeto do presente feito, pelos danos resultantes do ato que deu ensejo à nomeação tardia do candidato, não decorre do artigo 37, II, mas, sim, do artigo 37, § 6º, da Constituição Federal. O dispositivo constitucional invocado no RE não encerra disciplina que pudesse motivar a reforma da decisão de segundo grau, o que atrai a incidência da Súmula 284 (‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da controvérsia’). Nego provimento ao agravo. Sustenta o agravante que “não se discute a obrigação de indenizar, ou seja, a conseqüência, mas, sim, a ilicitude do fato do qual decorre tal dever, ou seja, a causa daquela conseqüência. Daí porque pertinente a invocação, no recurso extraordinário ora versado, do disposto no artigo 37, caput, I e II, da Constituição, já que é esse, e não o disposto no § 6º do mesmo artigo 37, que define a licitude de tal fato” (fl. 266). Alega a inocorrência de coisa julgada, sob o fundamento de que “a ‘segurança’ que, dispensando a seleção psicológica, determinou que o agravante submetesse o agravado à investigação social e funcional e o matriculasse no Curto de Formação Policial Profissional, não impede que se reconheça, neste processo, a ilicitude de tal dispensa, pois, não obstante tal ‘segurança’ haja transitado em julgado, nos termos do artigo 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Relatório AI 446.131 AGR-AGR / DF 469, I e III, do Código de Processo Civil (...)” (fl. 266). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786703. Supremo Tribunal Federal AI 446.131 AGR-AGR / DF 469, I e III, do Código de Processo Civil (...)” (fl. 266). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786703. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 446.131 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação que ampara a decisão agravada. Anote-se, primeiramente, que o acórdão recorrido consignou, expressamente, que “não há falar na questão do Exame Psicotécnico nesta ação ordinária, uma vez que o Mandado de Segurança impetrado pelo embargado tratou desta questão, restando, pois, com o trânsito em julgado” (fl. 114). O agravante, por sua vez, sustenta que não configura coisa julgada o tema concernente à irregularidade do ato que excluiu o autor do certame, mesmo que tal questão tenha sido objeto de decisão definitiva proferida no mandado de segurança impetrado pelo autor, ora agravado. Nesse caso, é certo que, para acolher a pretensão do agravante e ultrapassar o entendimento firmado no acórdão recorrido acerca da impossibilidade, neste feito, do reexame do que já decidido no referido mandado de segurança, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional que disciplina o instituto da coisa julgada (Código de Processo Civil), o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 636 desta Corte. Sobre o tema, destaco os seguintes precedentes: “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. LIMITES DA COISA JULGADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - A discussão acerca dos limites objetivos da coisa julgada, matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura da via extraordinária. II - Agravo regimental improvido” (RE nº 438.274/AL-AgR, Primeira Turma, Relator o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786704. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 446.131 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação que ampara a decisão agravada. Anote-se, primeiramente, que o acórdão recorrido consignou, expressamente, que “não há falar na questão do Exame Psicotécnico nesta ação ordinária, uma vez que o Mandado de Segurança impetrado pelo embargado tratou desta questão, restando, pois, com o trânsito em julgado” (fl. 114). O agravante, por sua vez, sustenta que não configura coisa julgada o tema concernente à irregularidade do ato que excluiu o autor do certame, mesmo que tal questão tenha sido objeto de decisão definitiva proferida no mandado de segurança impetrado pelo autor, ora agravado. Nesse caso, é certo que, para acolher a pretensão do agravante e ultrapassar o entendimento firmado no acórdão recorrido acerca da impossibilidade, neste feito, do reexame do que já decidido no referido mandado de segurança, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional que disciplina o instituto da coisa julgada (Código de Processo Civil), o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 636 desta Corte. Sobre o tema, destaco os seguintes precedentes: “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. EMBARGOS À EXECUÇÃO. LIMITES DA COISA JULGADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - A discussão acerca dos limites objetivos da coisa julgada, matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura da via extraordinária. II - Agravo regimental improvido” (RE nº 438.274/AL-AgR, Primeira Turma, Relator o Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786704. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 446.131 AGR-AGR / DF Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 19/12/07). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. Controvérsia decidida à luz de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. Nos termos da Súmula n. 636 do STF, não cabe recurso extraordinário por ofensa ao princípio da legalidade, se houver necessidade de rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais. 3. A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 670.173/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 22/8/08). “RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Ofensa ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. Limites objetivos da coisa julgada. Contencioso de direito comum. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental não provido. A discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada, matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura da via extraordinária” (RE nº 591.998/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 21/11/08). Por outro lado, o recurso extraordinário foi interposto com o objetivo de discutir a responsabilidade da Administração Pública pelos danos decorrentes do ato que nomeou tardiamente o ora agravado, com fulcro, exclusivamente, no art. 37, caput e inciso II, da Constituição Federal. Todavia, conforme corretamente asseverado na decisão agravada, os referidos dispositivos constitucionais apontados como violados no apelo extremo não guardam pertinência com a matéria tratada pela decisão então atacada, sendo certo que a questão relativa à responsabilidade da Administração pelo dano causado ao agravado pela sua tardia nomeação 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786704. Supremo Tribunal Federal AI 446.131 AGR-AGR / DF Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 19/12/07). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. Controvérsia decidida à luz de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. Nos termos da Súmula n. 636 do STF, não cabe recurso extraordinário por ofensa ao princípio da legalidade, se houver necessidade de rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais. 3. A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 670.173/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 22/8/08). “RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Ofensa ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal. Limites objetivos da coisa julgada. Contencioso de direito comum. Jurisprudência assentada. Ausência de razões consistentes. Decisão mantida. Agravo regimental não provido. A discussão em torno dos limites objetivos da coisa julgada, matéria de legislação ordinária, não dá ensejo à abertura da via extraordinária” (RE nº 591.998/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJ de 21/11/08). Por outro lado, o recurso extraordinário foi interposto com o objetivo de discutir a responsabilidade da Administração Pública pelos danos decorrentes do ato que nomeou tardiamente o ora agravado, com fulcro, exclusivamente, no art. 37, caput e inciso II, da Constituição Federal. Todavia, conforme corretamente asseverado na decisão agravada, os referidos dispositivos constitucionais apontados como violados no apelo extremo não guardam pertinência com a matéria tratada pela decisão então atacada, sendo certo que a questão relativa à responsabilidade da Administração pelo dano causado ao agravado pela sua tardia nomeação 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786704. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 446.131 AGR-AGR / DF decorre do § 6º do art. 37 da Constituição Federal. Assim, diante da patente deficiência na fundamentação do recurso extraordinário, incide a Súmula nº 284 desta Corte. Nesse sentido, anote- se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. 1. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NO QUAL NÃO HÁ A INDICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS TIDOS POR OFENDIDOS: DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. REMESSA NECESSÁRIA: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 705.593/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/2/09). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação do art. 317, § 1º, do RISTF. Precedentes. 3. Recurso extraordinário. Petição que não indica corretamente o permissivo constitucional. Descabimento. Precedentes. 4. Fundamentação deficiente. Não indicação dos dispositivos constitucionais violados. Incidência da súmula 284 do STF. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 465.422/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 9/6/06). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786704. Supremo Tribunal Federal AI 446.131 AGR-AGR / DF decorre do § 6º do art. 37 da Constituição Federal. Assim, diante da patente deficiência na fundamentação do recurso extraordinário, incide a Súmula nº 284 desta Corte. Nesse sentido, anote- se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. 1. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NO QUAL NÃO HÁ A INDICAÇÃO DOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS TIDOS POR OFENDIDOS: DEFICIÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. REMESSA NECESSÁRIA: CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 705.593/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 13/2/09). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação do art. 317, § 1º, do RISTF. Precedentes. 3. Recurso extraordinário. Petição que não indica corretamente o permissivo constitucional. Descabimento. Precedentes. 4. Fundamentação deficiente. Não indicação dos dispositivos constitucionais violados. Incidência da súmula 284 do STF. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 465.422/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 9/6/06). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2786704. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 446.131 DISTRITO FEDERAL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, no item 14, ressalvo o entendimento pessoal. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Ressalva o entendimento: coisa julgada, legislação infraconstitucional. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – É a questão dos limites da coisa julgada. Penso que a coisa julgada tem proteção constitucional e, portanto, cabe, de início, o extraordinário. Apenas ressalvo porque há base para se negar seguimento ao extraordinário ou desprover o agravo de instrumento, que é o envolvimento do Verbete nº 284. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Mas em relação a esse outro tema faz... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Quanto a esse, apenas ressalvo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2785273. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 446.131 DISTRITO FEDERAL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, no item 14, ressalvo o entendimento pessoal. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Ressalva o entendimento: coisa julgada, legislação infraconstitucional. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – É a questão dos limites da coisa julgada. Penso que a coisa julgada tem proteção constitucional e, portanto, cabe, de início, o extraordinário. Apenas ressalvo porque há base para se negar seguimento ao extraordinário ou desprover o agravo de instrumento, que é o envolvimento do Verbete nº 284. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E RELATOR): Mas em relação a esse outro tema faz... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Quanto a esse, apenas ressalvo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2785273. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 446.131 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) : RICARDO NASCIMENTO LIMA ADV.(A/S) : ASDRUBAL NASCIMENTO LIMA JÚNIOR Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765345 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 446.131 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) : RICARDO NASCIMENTO LIMA ADV.(A/S) : ASDRUBAL NASCIMENTO LIMA JÚNIOR Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765345 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3092320
2012-09-04T00:00:00
2012-11-16T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo regimental no agravo de instrumento. Coisa julgada. Legislação infraconstitucional. Não indicação correta dos dispositivos constitucionais violados. Incidência da Súmula nº 284 desta Corte. Precedentes. 1. É pacífica a orientação desta Corte no sentido de que não se presta o recurso extraordinário à verificação dos limites objetivos da coisa julgada, haja vista tratar-se de discussão de índole infraconstitucional. 2. O recorrente não indicou corretamente, nas suas razões recursais, o dispositivo constitucional pertinente ao tema julgado no Tribunal de origem, relativo à caracterização da sua responsabilidade civil. Incidência da Súmula nº 284 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental não provido.
sjur218832
- Acórdãos citados: (LIMITES DA COISA JULGADA, MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL) STF: AI 670173 AgR(2ªT), RE 438274 AgR(1ªT), RE 591998 AgR(2ªT); (SÚMULA 284) STF: AI 705593 AgR(1ªT), RE 465422 AgR(2ªT). Número de páginas: 11. Análise: 22/11/2012, LLD.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
446131
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 INC-00002 PAR-00006 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000284 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR-AgR
acordaos
AI 446131 AgR-AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL AGDO.(A/S) : RICARDO NASCIMENTO LIMA ADV.(A/S) : ASDRUBAL NASCIMENTO LIMA JÚNIOR
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.698 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :BRUNO PAZATTO DE SENNA PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. VIOLÊNCIA COMETIDA POR EX- NAMORADO. IMPUTAÇÃO DA PRÁTICA DO DELITO PREVISTO NO ART. 129, § 9º, DO CÓDIGO PENAL. APLICABILIDADE DA LEI MARIA DA PENHA (LEI N. 11.430/2006). IMPOSSIBILIDADE DE JULGAMENOT PELO JUIZADO ESPECIAL. 1. Violência cometida por ex-namorado; relacionamento afetivo com a vítima, hipossuficiente; aplicação da Lei n. 11.340/2006. 2. Constitucionalidade da Lei n. 11.340/2006 assentada pelo Plenário deste Supremo Tribunal Federal: constitucionalidade do art. 41 da Lei n. 11.340/2006, que afasta a aplicação da Lei n. 9.099/1995 aos processos referentes a crimes de violência contra a mulher. 3. Impossibilidade de reexame de fatos e provas em recurso ordinário em habeas corpus. 4. Recurso ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade, em negar provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811757. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13 Ementa e Acórdão RHC 112.698 / RS Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811757. Supremo Tribunal Federal RHC 112.698 / RS Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811757. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.698 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :BRUNO PAZATTO DE SENNA PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Recurso ordinário em habeas corpus, sem pedido de medida liminar, interposto por BRUNO PAZATTO DE SENNA contra julgado da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, por unanimidade, em 20.10.2011, denegou a ordem no Habeas Corpus n. 181.217, Relator o Ministro Gilson Dipp. O caso 2. Tem-se nos autos que o Recorrente foi denunciado pela prática do delito previsto no art. 129, § 9º, do Código Penal. Expõe a denúncia que: “No dia 01/10/2007, por volta das 21h30min, na Rua Fernandes Vieira, próximo à ponte da Fernandes Vieira, Bairro Salgado Filho, em Santa Maria-RS, o denunciado ofendeu a integridade corporal de Franciele Reis da Silva, causando lesões corporais, apresentando a vítima na região no terço inferior da face anterior da coxa esquerda, joelho esquerdo, face posterior do terço inferior da perna direita, na face posterior dos terços médio e inferior do antebraço esquerdo e no terço médio da face anterior do braço Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811758. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.698 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :BRUNO PAZATTO DE SENNA PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Recurso ordinário em habeas corpus, sem pedido de medida liminar, interposto por BRUNO PAZATTO DE SENNA contra julgado da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que, por unanimidade, em 20.10.2011, denegou a ordem no Habeas Corpus n. 181.217, Relator o Ministro Gilson Dipp. O caso 2. Tem-se nos autos que o Recorrente foi denunciado pela prática do delito previsto no art. 129, § 9º, do Código Penal. Expõe a denúncia que: “No dia 01/10/2007, por volta das 21h30min, na Rua Fernandes Vieira, próximo à ponte da Fernandes Vieira, Bairro Salgado Filho, em Santa Maria-RS, o denunciado ofendeu a integridade corporal de Franciele Reis da Silva, causando lesões corporais, apresentando a vítima na região no terço inferior da face anterior da coxa esquerda, joelho esquerdo, face posterior do terço inferior da perna direita, na face posterior dos terços médio e inferior do antebraço esquerdo e no terço médio da face anterior do braço Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811758. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13 Relatório RHC 112.698 / RS direito sete pequenas manchas violáceas (equimoses), conforme Auto de Exame de Corpo de Delito, folha 11/IP. Ao agir, o denunciado, ex-namorado da vítima esperava-a em via pública, em frente ao colégio em que ela estuda, sendo que a agrediu com puxões de cabelos, chutes e socos, causando-lhe as lesões acima descritas. A vítima manifestou o desejo de representar criminalmente contra o denunciado”. 3. Em 26.1.2010, o juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Santa Maria/RS afastou a incidência da Lei n. 11.340/2006 e determinou a redistribuição dos autos ao Juizado Especial Criminal dessa Comarca: “Trata-se, em tese, de delito de lesões corporais, praticado, teoricamente, no âmbito do seio familiar envolvendo ex-namorados. Efetuado o registro do boletim de ocorrência, o feito foi encaminhado a esta Vara que possui competência exclusiva para processar e julgar delitos decorrentes de violência doméstica, sob o argumento de que estaria a incidir o art. 5º da Lei 11.340/06. A denúncia foi recebida em 7.10.2008 (fl. 37). Face à não localização do réu, devidamente citado por edital, o feito restou suspenso (fls. 51 e 55). Localizado e citado, o réu apresentou resposta à acusação, pela defesa pública, arguindo, preliminarmente, a não incidência dos dispositivos da Lei 11.340/06 e do § 9º do artigo 129 do Código Penal, ante a inexistência de relação de hipossuficiência. No mérito alegou inocência (fls. 59-60). O Ministério Público requereu a admissão da denúncia já recebida (fl. 60 v.). É o breve relato. Decido, fundamentadamente. Razão assiste à preliminar avençada pela defesa. Não há mínimo indício que sustente a incidência da Lei Maria da Penha, na espécie. O fato decorre de uma simples relação amorosa, entre adolescentes, sem qualquer relação de hipossuficiência – seja ela financeira, moral, psicológica, etc – entre os envolvidos. A existência de uma relação amorosa pretérita, ao meu ver, por si só não determina 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811758. Supremo Tribunal Federal RHC 112.698 / RS direito sete pequenas manchas violáceas (equimoses), conforme Auto de Exame de Corpo de Delito, folha 11/IP. Ao agir, o denunciado, ex-namorado da vítima esperava-a em via pública, em frente ao colégio em que ela estuda, sendo que a agrediu com puxões de cabelos, chutes e socos, causando-lhe as lesões acima descritas. A vítima manifestou o desejo de representar criminalmente contra o denunciado”. 3. Em 26.1.2010, o juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Santa Maria/RS afastou a incidência da Lei n. 11.340/2006 e determinou a redistribuição dos autos ao Juizado Especial Criminal dessa Comarca: “Trata-se, em tese, de delito de lesões corporais, praticado, teoricamente, no âmbito do seio familiar envolvendo ex-namorados. Efetuado o registro do boletim de ocorrência, o feito foi encaminhado a esta Vara que possui competência exclusiva para processar e julgar delitos decorrentes de violência doméstica, sob o argumento de que estaria a incidir o art. 5º da Lei 11.340/06. A denúncia foi recebida em 7.10.2008 (fl. 37). Face à não localização do réu, devidamente citado por edital, o feito restou suspenso (fls. 51 e 55). Localizado e citado, o réu apresentou resposta à acusação, pela defesa pública, arguindo, preliminarmente, a não incidência dos dispositivos da Lei 11.340/06 e do § 9º do artigo 129 do Código Penal, ante a inexistência de relação de hipossuficiência. No mérito alegou inocência (fls. 59-60). O Ministério Público requereu a admissão da denúncia já recebida (fl. 60 v.). É o breve relato. Decido, fundamentadamente. Razão assiste à preliminar avençada pela defesa. Não há mínimo indício que sustente a incidência da Lei Maria da Penha, na espécie. O fato decorre de uma simples relação amorosa, entre adolescentes, sem qualquer relação de hipossuficiência – seja ela financeira, moral, psicológica, etc – entre os envolvidos. A existência de uma relação amorosa pretérita, ao meu ver, por si só não determina 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811758. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13 Relatório RHC 112.698 / RS a classificação do fato como violência doméstica, ao analisarmos a mens legis da Lei Maria da Penha. (…) Note-se que não se trata, portanto, de mera violência contra pessoa do sexo feminino, integrante do circulo familiar do agressor. Há, na lei especial, a exigência, para sua incidência, de que a violência praticada tenha por motivação a opressão ao gênero, situação que decorre, sempre, de uma condição de hipossuficiência e/ou vulnerabilidade da ofendida para com o ofensor. Se tal opressão não se faz presente, ou seja, se a ofendida não é hipossuficiente ou vulnerável, o delito de que foi vítima continua regido pela legislação penal aplicável à espécie, vez que não se faz necessária a intervenção estatal diferenciada. (…) No caso em tela, observa-se que os fatos decorreram de desentendimentos entre ex-namorados, sem que qualquer dos adolescentes estivesse em relação de hipossuficiência capaz de determinar a incidência da legislação especial. Pelo que se depreende dos autos, sequer residem na mesma casa. Inarredável, portanto, o afastamento da incidência da Lei 11.340/06 e do correspondente § 9º do artigo 129 do Código Penal. Ante o exposto, ainda que já tenha sido recebida a denúncia, acolho a preliminar defensiva e, considerando tratar-se de delito tipificado no artigo 129 do CP, determino a redistribuição do presente ao Juizado Especial Criminal desta comarca, competente para processo de julgamento do presente feito”. 4. Em 5.3.2010, o Juizado Especial Criminal da Comarca de Santa Maria/RS suscitou conflito negativo de competência para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: “Trata-se de delito de lesão corporal, onde a vítima Franciele Reis da Silva, foi agredida pelo seu ex-namorado Bruno Pazzato de Sena. Foram solicitadas e deferidas medidas protetivas. É o breve relatório. O feito estava sob apreciação da 4ª Vara Criminal da Comarca, 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811758. Supremo Tribunal Federal RHC 112.698 / RS a classificação do fato como violência doméstica, ao analisarmos a mens legis da Lei Maria da Penha. (…) Note-se que não se trata, portanto, de mera violência contra pessoa do sexo feminino, integrante do circulo familiar do agressor. Há, na lei especial, a exigência, para sua incidência, de que a violência praticada tenha por motivação a opressão ao gênero, situação que decorre, sempre, de uma condição de hipossuficiência e/ou vulnerabilidade da ofendida para com o ofensor. Se tal opressão não se faz presente, ou seja, se a ofendida não é hipossuficiente ou vulnerável, o delito de que foi vítima continua regido pela legislação penal aplicável à espécie, vez que não se faz necessária a intervenção estatal diferenciada. (…) No caso em tela, observa-se que os fatos decorreram de desentendimentos entre ex-namorados, sem que qualquer dos adolescentes estivesse em relação de hipossuficiência capaz de determinar a incidência da legislação especial. Pelo que se depreende dos autos, sequer residem na mesma casa. Inarredável, portanto, o afastamento da incidência da Lei 11.340/06 e do correspondente § 9º do artigo 129 do Código Penal. Ante o exposto, ainda que já tenha sido recebida a denúncia, acolho a preliminar defensiva e, considerando tratar-se de delito tipificado no artigo 129 do CP, determino a redistribuição do presente ao Juizado Especial Criminal desta comarca, competente para processo de julgamento do presente feito”. 4. Em 5.3.2010, o Juizado Especial Criminal da Comarca de Santa Maria/RS suscitou conflito negativo de competência para o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: “Trata-se de delito de lesão corporal, onde a vítima Franciele Reis da Silva, foi agredida pelo seu ex-namorado Bruno Pazzato de Sena. Foram solicitadas e deferidas medidas protetivas. É o breve relatório. O feito estava sob apreciação da 4ª Vara Criminal da Comarca, 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811758. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13 Relatório RHC 112.698 / RS sendo este redistribuído para o Juizado, por entender o juiz ser incompetente para julgar tal fato. A Lei Maria da Penha foi criada para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, sendo que esta violência se configura mediante qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimentos físicos, sexuais ou psicológicos e dano moral ou patrimonial, no âmbito da unidade doméstica, no âmbito da família e em qualquer relação íntima de afeto (…), conforme artigo 5º, I, II e III da referida Lei. Conforme se vê nos autos, trata-se de casal de ex-namorados, ambos possuíam relação íntima de afeto, independente de ter havido coabitação entre as partes, devendo ser aplicada a Lei Maria da Penha nos autos, e fugindo assim da competência do Juizado Especial, conforme artigo 41 da Lei (…). E ainda a resolução 562/2006 do Conselho da Magistratura estabelece a competência para o processo e julgamento dos crimes praticados com violência doméstica e familiar o juízo da 4ª Vara Criminal desta Comarca. Assim, entendo não ser o presente caso competência do Juizado Especial Criminal, e suscito conflito de competência, devendo os autos subir ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul”. 5. Em 13.5.2010, a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul acolheu o Conflito de Competência n. 70035532464 para declarar competente o juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Santa Maria/RS: “CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL E JUÍZO DA 4ª VARA CRIMINAL. A Lei Maria da Penha é aplicável ao caso concreto (relação finda de namoro), porquanto ela visa coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, abrangendo qualquer relação íntima de afeto, independente de coabitação ou não. CONFLITO DE COMPETÊNCIA ACOLHIDO”. 6. A defesa impetrou no Superior Tribunal de Justiça o Habeas Corpus 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811758. Supremo Tribunal Federal RHC 112.698 / RS sendo este redistribuído para o Juizado, por entender o juiz ser incompetente para julgar tal fato. A Lei Maria da Penha foi criada para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, sendo que esta violência se configura mediante qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimentos físicos, sexuais ou psicológicos e dano moral ou patrimonial, no âmbito da unidade doméstica, no âmbito da família e em qualquer relação íntima de afeto (…), conforme artigo 5º, I, II e III da referida Lei. Conforme se vê nos autos, trata-se de casal de ex-namorados, ambos possuíam relação íntima de afeto, independente de ter havido coabitação entre as partes, devendo ser aplicada a Lei Maria da Penha nos autos, e fugindo assim da competência do Juizado Especial, conforme artigo 41 da Lei (…). E ainda a resolução 562/2006 do Conselho da Magistratura estabelece a competência para o processo e julgamento dos crimes praticados com violência doméstica e familiar o juízo da 4ª Vara Criminal desta Comarca. Assim, entendo não ser o presente caso competência do Juizado Especial Criminal, e suscito conflito de competência, devendo os autos subir ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul”. 5. Em 13.5.2010, a Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul acolheu o Conflito de Competência n. 70035532464 para declarar competente o juízo da 4ª Vara Criminal da Comarca de Santa Maria/RS: “CONFLITO DE COMPETÊNCIA. JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL E JUÍZO DA 4ª VARA CRIMINAL. A Lei Maria da Penha é aplicável ao caso concreto (relação finda de namoro), porquanto ela visa coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher, abrangendo qualquer relação íntima de afeto, independente de coabitação ou não. CONFLITO DE COMPETÊNCIA ACOLHIDO”. 6. A defesa impetrou no Superior Tribunal de Justiça o Habeas Corpus 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811758. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13 Relatório RHC 112.698 / RS n. 181.217, Relator o Ministro Gilson Dipp. Ao julgá-lo, a Quinta Turma denegou a ordem em 20.10.2011: “PENAL. HABEAS CORPUS. LEI MARIA DA PENHA. EX-NAMORADOS. APLICABILIDADE. INSTITUTOS DESPENALIZADORES. LEI N.º 9.099/95. ART. 41. CONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO PLENÁRIO DO STF. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. ORDEM DENEGADA. I. A Terceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça vem firmando entendimento jurisprudencial no sentido da configuração de violência doméstica contra a mulher, ensejando a aplicação da Lei nº 11.340/2006, a agressão cometida por ex-namorado. II. Em tais circunstâncias, há o pressuposto de uma relação íntima de afeto a ser protegida, por ocasião do anterior convívio do agressor com a vítima, ainda que não tenham coabitado. III. A constitucionalidade do art. 41 da Lei Maria da Penha foi declarada no dia 24.03.2011, à unanimidade de votos, pelo Plenário do STF, afastando de uma vez por todas quaisquer questionamentos quanto à não aplicação dos institutos despenalizadores previstos na Lei n.º 9.099/95. IV. Ordem denegada”. 7. Esse acórdão é o objeto do presente recurso ordinário em habeas corpus, no qual o Recorrente alega que a Lei 11.430/2006 é inaplicável à espécie vertente. Afirma que a “Lei Maria da Penha somente é aplicada nos casos de violência de gênero, quando demonstrada a vulnerabilidade da vítima mulher, sendo esta caracterizada pela existência de um fator de subjugação do ente feminino, de um fato que lhe diminua a capacidade física ou psicológica de resistir a atos abusivos da parte agressora, ficando incapaz de reagir”. Ressalta que a “simples relação transitória de afeto entres namorados não autoriza a incidência da referida norma. É necessário também a demonstração da 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811758. Supremo Tribunal Federal RHC 112.698 / RS n. 181.217, Relator o Ministro Gilson Dipp. Ao julgá-lo, a Quinta Turma denegou a ordem em 20.10.2011: “PENAL. HABEAS CORPUS. LEI MARIA DA PENHA. EX-NAMORADOS. APLICABILIDADE. INSTITUTOS DESPENALIZADORES. LEI N.º 9.099/95. ART. 41. CONSTITUCIONALIDADE DECLARADA PELO PLENÁRIO DO STF. CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO. ORDEM DENEGADA. I. A Terceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça vem firmando entendimento jurisprudencial no sentido da configuração de violência doméstica contra a mulher, ensejando a aplicação da Lei nº 11.340/2006, a agressão cometida por ex-namorado. II. Em tais circunstâncias, há o pressuposto de uma relação íntima de afeto a ser protegida, por ocasião do anterior convívio do agressor com a vítima, ainda que não tenham coabitado. III. A constitucionalidade do art. 41 da Lei Maria da Penha foi declarada no dia 24.03.2011, à unanimidade de votos, pelo Plenário do STF, afastando de uma vez por todas quaisquer questionamentos quanto à não aplicação dos institutos despenalizadores previstos na Lei n.º 9.099/95. IV. Ordem denegada”. 7. Esse acórdão é o objeto do presente recurso ordinário em habeas corpus, no qual o Recorrente alega que a Lei 11.430/2006 é inaplicável à espécie vertente. Afirma que a “Lei Maria da Penha somente é aplicada nos casos de violência de gênero, quando demonstrada a vulnerabilidade da vítima mulher, sendo esta caracterizada pela existência de um fator de subjugação do ente feminino, de um fato que lhe diminua a capacidade física ou psicológica de resistir a atos abusivos da parte agressora, ficando incapaz de reagir”. Ressalta que a “simples relação transitória de afeto entres namorados não autoriza a incidência da referida norma. É necessário também a demonstração da 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811758. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13 Relatório RHC 112.698 / RS relação de hipossuficiência da mulher e sua dependência do namorado com relação íntima de afeto duradoura, de tal sorte a caracterizar a opressão de gênero, nos termos do art. 5º, inciso III, da Lei n. 11.340/06”. Sustenta tratar-se de “mero desentendimento entre um casal de ex- namorados, adolescentes (o paciente e a vítima possuíam à época dos fatos 18 anos), que não tiveram nenhuma relação de coabitação ou convivência duradoura”. Este o teor do pedido: “Pelo exposto e pelas razões colacionadas na exordial de habeas corpus, pugna a Defensoria Pública da União pelo conhecimento e provimento do presente recurso para afastar a incidência da Lei n. 11.340/06, determinando-se o envio da Ação Penal n. 027/2.08.0005968-9 para o Juizado Especial Criminal da Comarca de Santa Maria/RS para que sejam assegurados ao paciente todos os benefícios da Lei n° 9.099/95. Requer-se, ainda, a intimação pessoal do Defensor Público-Geral Federal da sessão de julgamento do presente writ, para fins de sustentação oral”. 8. Não havendo requerimento de medida liminar a ser apreciado, foi determinada vista ao Procurador-Geral da República, que opinou pelo não provimento do recurso. É o relatório. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811758. Supremo Tribunal Federal RHC 112.698 / RS relação de hipossuficiência da mulher e sua dependência do namorado com relação íntima de afeto duradoura, de tal sorte a caracterizar a opressão de gênero, nos termos do art. 5º, inciso III, da Lei n. 11.340/06”. Sustenta tratar-se de “mero desentendimento entre um casal de ex- namorados, adolescentes (o paciente e a vítima possuíam à época dos fatos 18 anos), que não tiveram nenhuma relação de coabitação ou convivência duradoura”. Este o teor do pedido: “Pelo exposto e pelas razões colacionadas na exordial de habeas corpus, pugna a Defensoria Pública da União pelo conhecimento e provimento do presente recurso para afastar a incidência da Lei n. 11.340/06, determinando-se o envio da Ação Penal n. 027/2.08.0005968-9 para o Juizado Especial Criminal da Comarca de Santa Maria/RS para que sejam assegurados ao paciente todos os benefícios da Lei n° 9.099/95. Requer-se, ainda, a intimação pessoal do Defensor Público-Geral Federal da sessão de julgamento do presente writ, para fins de sustentação oral”. 8. Não havendo requerimento de medida liminar a ser apreciado, foi determinada vista ao Procurador-Geral da República, que opinou pelo não provimento do recurso. É o relatório. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811758. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.698 RIO GRANDE DO SUL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. 2. Ao manter o julgado da Segunda Câmara do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que decidiu pela aplicação à espécie da Lei Maria da Penha, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça ressaltou: “A Terceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça, analisando o tema posto em debate, vem manifestando seu entendimento jurisprudencial no sentido da configuração de violência doméstica contra a mulher, ensejando a aplicação da Lei nº 11.340/2006, a agressão cometida por ex-namorado. Esta orientação decorre do raciocínio de que, nestas circunstâncias, há o pressuposto de uma relação íntima de afeto a ser protegida, por ocasião do anterior convívio do agressor com a vítima, ainda que não tenham coabitado. Aliás, o art. 5º da norma em questão não exige coabitação para que seja configurada a violência doméstica contra a mulher, bastando a convivência, ainda que anterior”. 3. Esse julgado está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal. Em 9.2.2012, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 19, Relator o Ministro Marco Aurélio (Inf. 654 do Supremo Tribunal Federal), o Plenário, ao apreciar a constitucionalidade de dispositivos da Lei Maria da Penha, asseverou “que, ao criar mecanismos específicos para coibir e prevenir a violência doméstica contra a mulher e estabelecer medidas especiais de proteção, assistência e punição, tomando como base o gênero da vítima, o legislador teria utilizado meio adequado e necessário Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811759. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.698 RIO GRANDE DO SUL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. 2. Ao manter o julgado da Segunda Câmara do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que decidiu pela aplicação à espécie da Lei Maria da Penha, a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça ressaltou: “A Terceira Seção deste Superior Tribunal de Justiça, analisando o tema posto em debate, vem manifestando seu entendimento jurisprudencial no sentido da configuração de violência doméstica contra a mulher, ensejando a aplicação da Lei nº 11.340/2006, a agressão cometida por ex-namorado. Esta orientação decorre do raciocínio de que, nestas circunstâncias, há o pressuposto de uma relação íntima de afeto a ser protegida, por ocasião do anterior convívio do agressor com a vítima, ainda que não tenham coabitado. Aliás, o art. 5º da norma em questão não exige coabitação para que seja configurada a violência doméstica contra a mulher, bastando a convivência, ainda que anterior”. 3. Esse julgado está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal. Em 9.2.2012, no julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade n. 19, Relator o Ministro Marco Aurélio (Inf. 654 do Supremo Tribunal Federal), o Plenário, ao apreciar a constitucionalidade de dispositivos da Lei Maria da Penha, asseverou “que, ao criar mecanismos específicos para coibir e prevenir a violência doméstica contra a mulher e estabelecer medidas especiais de proteção, assistência e punição, tomando como base o gênero da vítima, o legislador teria utilizado meio adequado e necessário Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811759. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RHC 112.698 / RS para fomentar o fim traçado pelo referido preceito constitucional. Aduziu-se não ser desproporcional ou ilegítimo o uso do sexo como critério de diferenciação, visto que a mulher seria eminentemente vulnerável no tocante a constrangimentos físicos, morais e psicológicos sofridos em âmbito privado”. Nesse julgamento, assentou-se que a Lei Maria da Penha representa “movimento legislativo claro no sentido de assegurar às mulheres agredidas o acesso efetivo à reparação, à proteção e à justiça. Discorreu-se que, com o objetivo de proteger direitos fundamentais, à luz do princípio da igualdade, o legislador editara microssistemas próprios, a fim de conferir tratamento distinto e proteção especial a outros sujeitos de direito em situação de hipossuficiência, como o Estatuto do Idoso e o da Criança e do Adolescente – ECA”. 4. Em 24.3.2011, ao julgar o Habeas Corpus n. 106.212, Relator o Ministro Marco Aurélio, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, decidiu pela constitucionalidade do art. 41 da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), que afasta a aplicação da Lei n. 9.099/1995 aos processos referentes a crimes de violência contra a mulher. Eis a ementa desse julgado: “VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – ARTIGO 41 DA LEI N. 11.340/06 – ALCANCE. O preceito do artigo 41 da Lei nº 11.340/06 alcança toda e qualquer prática delituosa contra a mulher, até mesmo quando consubstancia contravenção penal, como é a relativa a vias de fato. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – ARTIGO 41 DA LEI N. 11.340/06 – AFASTAMENTO DA LEI N. 9.099/95 – CONSTITUCIONALIDADE. Ante a opção político-normativa prevista no artigo 98, inciso I, e a proteção versada no artigo 226, § 8º, ambos da Constituição Federal, surge harmônico com esta última o afastamento peremptório da Lei n. 9.099/95 – mediante o artigo 41 da Lei n. 11.340/06 – no processo-crime a revelar violência contra a mulher” (DJe 13.6.2011, grifos nossos). Nesse julgamento, afirmei em meu voto: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811759. Supremo Tribunal Federal RHC 112.698 / RS para fomentar o fim traçado pelo referido preceito constitucional. Aduziu-se não ser desproporcional ou ilegítimo o uso do sexo como critério de diferenciação, visto que a mulher seria eminentemente vulnerável no tocante a constrangimentos físicos, morais e psicológicos sofridos em âmbito privado”. Nesse julgamento, assentou-se que a Lei Maria da Penha representa “movimento legislativo claro no sentido de assegurar às mulheres agredidas o acesso efetivo à reparação, à proteção e à justiça. Discorreu-se que, com o objetivo de proteger direitos fundamentais, à luz do princípio da igualdade, o legislador editara microssistemas próprios, a fim de conferir tratamento distinto e proteção especial a outros sujeitos de direito em situação de hipossuficiência, como o Estatuto do Idoso e o da Criança e do Adolescente – ECA”. 4. Em 24.3.2011, ao julgar o Habeas Corpus n. 106.212, Relator o Ministro Marco Aurélio, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, por unanimidade, decidiu pela constitucionalidade do art. 41 da Lei n. 11.340/2006 (Lei Maria da Penha), que afasta a aplicação da Lei n. 9.099/1995 aos processos referentes a crimes de violência contra a mulher. Eis a ementa desse julgado: “VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – ARTIGO 41 DA LEI N. 11.340/06 – ALCANCE. O preceito do artigo 41 da Lei nº 11.340/06 alcança toda e qualquer prática delituosa contra a mulher, até mesmo quando consubstancia contravenção penal, como é a relativa a vias de fato. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – ARTIGO 41 DA LEI N. 11.340/06 – AFASTAMENTO DA LEI N. 9.099/95 – CONSTITUCIONALIDADE. Ante a opção político-normativa prevista no artigo 98, inciso I, e a proteção versada no artigo 226, § 8º, ambos da Constituição Federal, surge harmônico com esta última o afastamento peremptório da Lei n. 9.099/95 – mediante o artigo 41 da Lei n. 11.340/06 – no processo-crime a revelar violência contra a mulher” (DJe 13.6.2011, grifos nossos). Nesse julgamento, afirmei em meu voto: 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811759. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RHC 112.698 / RS “Penso que, neste caso, em que pese o brilhante trabalho da defensoria pública, realmente não há que se falar em inconstitucionalidade. Parece que fica claro (...) que o artigo 41, que é aqui questionado, não apenas não desatende à Constituição, mas bem ao contrário, vem dando cumprimento à norma constitucional, especificamente ao § 8º do artigo 226, que protege não apenas a integridade física de uma pessoa, da mulher, mas a integridade física e moral da própria família. Porque é esta mulher quem vai educar o homem e a mulher de amanhã”. 5. Dessa forma, violência cometida por ex-namorado, quando evidenciado ter havido relacionamento afetivo com a vítima, que, por ser hipossuficiente, atrai a aplicação da Lei n. 11.340/2006. Nos termos do parecer da Procuradoria-Geral da República: “O art. 5º da Lei nº 11.340/2006, de fato, não exige a coabitação para a configuração da violência doméstica contra a mulher, bastando apenas que reste caracterizada a relação íntima de afeto, ‘na qual o agressor (…) tenha convivido com a ofendida’, hipótese na qual se enquadra plenamente a condição de ex-namorado (…). Ao contrário do que alega a defesa, a condição de hipossuficiência da vítima está implícita em todos os casos de violência doméstica e familiar previstos em lei. Assim, a agressão do namorado contra a namorada, mesmo cessado o relacionamento, mas que ocorra em decorrência dele, está inserida na hipótese do art. 5º, III, da Lei n.º 11.340/06, caracterizando a violência doméstica” (grifos nossos). 6. Ademais, decidir de forma diversa das instâncias antecedentes demandaria o reexame de fatos e provas para apurar mais detalhes do relacionamento do ora Recorrente com a vítima, ao que não se presta o recurso ordinário em habeas corpus. Este Supremo Tribunal assentou que o “habeas corpus constitui 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811759. Supremo Tribunal Federal RHC 112.698 / RS “Penso que, neste caso, em que pese o brilhante trabalho da defensoria pública, realmente não há que se falar em inconstitucionalidade. Parece que fica claro (...) que o artigo 41, que é aqui questionado, não apenas não desatende à Constituição, mas bem ao contrário, vem dando cumprimento à norma constitucional, especificamente ao § 8º do artigo 226, que protege não apenas a integridade física de uma pessoa, da mulher, mas a integridade física e moral da própria família. Porque é esta mulher quem vai educar o homem e a mulher de amanhã”. 5. Dessa forma, violência cometida por ex-namorado, quando evidenciado ter havido relacionamento afetivo com a vítima, que, por ser hipossuficiente, atrai a aplicação da Lei n. 11.340/2006. Nos termos do parecer da Procuradoria-Geral da República: “O art. 5º da Lei nº 11.340/2006, de fato, não exige a coabitação para a configuração da violência doméstica contra a mulher, bastando apenas que reste caracterizada a relação íntima de afeto, ‘na qual o agressor (…) tenha convivido com a ofendida’, hipótese na qual se enquadra plenamente a condição de ex-namorado (…). Ao contrário do que alega a defesa, a condição de hipossuficiência da vítima está implícita em todos os casos de violência doméstica e familiar previstos em lei. Assim, a agressão do namorado contra a namorada, mesmo cessado o relacionamento, mas que ocorra em decorrência dele, está inserida na hipótese do art. 5º, III, da Lei n.º 11.340/06, caracterizando a violência doméstica” (grifos nossos). 6. Ademais, decidir de forma diversa das instâncias antecedentes demandaria o reexame de fatos e provas para apurar mais detalhes do relacionamento do ora Recorrente com a vítima, ao que não se presta o recurso ordinário em habeas corpus. Este Supremo Tribunal assentou que o “habeas corpus constitui 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811759. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RHC 112.698 / RS remédio processual inadequado para a análise da prova, para o reexame do material probatório produzido, para a reapreciação da matéria de fato e, também, para a revalorização dos elementos instrutórios coligidos no processo penal de conhecimento” (HC 74.295, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 22.6.2001). 7. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido do não provimento do recurso ordinário em habeas corpus. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811759. Supremo Tribunal Federal RHC 112.698 / RS remédio processual inadequado para a análise da prova, para o reexame do material probatório produzido, para a reapreciação da matéria de fato e, também, para a revalorização dos elementos instrutórios coligidos no processo penal de conhecimento” (HC 74.295, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 22.6.2001). 7. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido do não provimento do recurso ordinário em habeas corpus. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2811759. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.698 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) : BRUNO PAZATTO DE SENNA PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849212 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 112.698 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) : BRUNO PAZATTO DE SENNA PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849212 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857897
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao recurso ordinário, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. CONSTITUCIONAL. PENAL. VIOLÊNCIA COMETIDA POR EX-NAMORADO. IMPUTAÇÃO DA PRÁTICA DO DELITO PREVISTO NO ART. 129, § 9º, DO CÓDIGO PENAL. APLICABILIDADE DA LEI MARIA DA PENHA (LEI N. 11.430/2006). IMPOSSIBILIDADE DE JULGAMENOT PELO JUIZADO ESPECIAL. 1. Violência cometida por ex-namorado; relacionamento afetivo com a vítima, hipossuficiente; aplicação da Lei n. 11.340/2006. 2. Constitucionalidade da Lei n. 11.340/2006 assentada pelo Plenário deste Supremo Tribunal Federal: constitucionalidade do art. 41 da Lei n. 11.340/2006, que afasta a aplicação da Lei n. 9.099/1995 aos processos referentes a crimes de violência contra a mulher. 3. Impossibilidade de reexame de fatos e provas em recurso ordinário em habeas corpus. 4. Recurso ao qual se nega provimento.
sjur215672
- Acórdãos citados: ADC 19, HC 74295, HC 106212. - Veja HC 181217 do STJ e Conflito de Competência 700355532464 da Segunda Câmara Criminal do TJRS. Número de páginas: 13. Análise: 11/10/2012, AAT. Revisão: 23/10/2012, SOF.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
112698
[ "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00129 PAR-00009 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-009099 ANO-1995\r\n LJE-1995 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS\r\n", "LEG-FED LEI-011340 ANO-2006\r\n ART-00041 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
RHC
acordaos
RHC 112698
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RECTE.(S) : BRUNO PAZATTO DE SENNA PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.123 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MAURÍCIO DE BARROS BUMLAI ADV.(A/S) :PLINIO ANTONIO ARANHA JUNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S/A - ENERSUL ADV.(A/S) :PAULO TADEU HAENDCHEN EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Civil. Consumidor. Tarifa de energia elétrica. Cobrança indevida. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279/STF. 2. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828183. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.123 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MAURÍCIO DE BARROS BUMLAI ADV.(A/S) :PLINIO ANTONIO ARANHA JUNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S/A - ENERSUL ADV.(A/S) :PAULO TADEU HAENDCHEN RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Maurício de Barros Bumlai interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se conheceu de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 608 a 610), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Turma Cível do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, assim ementado: ‘APELAÇÕES CÍVEIS – AÇÃO DECLARATPÓRIA C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO – COBRANÇA INDEVIDA – REVISÃO TARIFÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA – COMPETÊNCIA ESTADUAL – APLICABILIDADE DO CDC – DEVOLUÇÃO SIMPLES – AUSÊNCIA DE MÁ-FÉ – PARCELA ÚNICA – EQUILÍBRIO CONTRATUAL - CORREÇÃO MONETÁRIA – TERMO A QUO – DATA DO DESEMBOLSO – JUROS DE MORA – A PARTIR DA CITAÇÃO – RECURSO DA CONCESSIONÁRIA – PARCIALMENTE PROVIDO E DO CONSUMIDOR NÃO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828160. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.123 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MAURÍCIO DE BARROS BUMLAI ADV.(A/S) :PLINIO ANTONIO ARANHA JUNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S/A - ENERSUL ADV.(A/S) :PAULO TADEU HAENDCHEN RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Maurício de Barros Bumlai interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se conheceu de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 608 a 610), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Segunda Turma Cível do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul, assim ementado: ‘APELAÇÕES CÍVEIS – AÇÃO DECLARATPÓRIA C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO – COBRANÇA INDEVIDA – REVISÃO TARIFÁRIA DE ENERGIA ELÉTRICA – COMPETÊNCIA ESTADUAL – APLICABILIDADE DO CDC – DEVOLUÇÃO SIMPLES – AUSÊNCIA DE MÁ-FÉ – PARCELA ÚNICA – EQUILÍBRIO CONTRATUAL - CORREÇÃO MONETÁRIA – TERMO A QUO – DATA DO DESEMBOLSO – JUROS DE MORA – A PARTIR DA CITAÇÃO – RECURSO DA CONCESSIONÁRIA – PARCIALMENTE PROVIDO E DO CONSUMIDOR NÃO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828160. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório ARE 671.123 AGR / MS PROVIDO. Compete à Justiça Estadual Julgar a ação envolvendo repetição de indébito decorrente da revisão tarifária. O CDC é aplicável às relações mantidas entre os usuários e as concessionárias de serviço público. A devolução dos valores cobrados a maior deverá ser de forma simples e em parcela única e imediata, no período compreendido entre abril de 2005 a dezembro de 2007. Os juros de mora incidem a partir da citação, por ser este o momento em que a concessionária foi constituída em mora’ (fl. 377). Opostos embargos declaratórios (fls. 385 a 389), foram rejeitados (fls. 392 a 394). No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a a irresignação, uma vez que o acórdão recorrido concluiu que ‘a cobrança em excesso ocorreu entre abril de 2005 e dezembro de 2007, quando a tarifa foi calculada de acordo com a equivocada base de remuneração prevista na 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828160. Supremo Tribunal Federal ARE 671.123 AGR / MS PROVIDO. Compete à Justiça Estadual Julgar a ação envolvendo repetição de indébito decorrente da revisão tarifária. O CDC é aplicável às relações mantidas entre os usuários e as concessionárias de serviço público. A devolução dos valores cobrados a maior deverá ser de forma simples e em parcela única e imediata, no período compreendido entre abril de 2005 a dezembro de 2007. Os juros de mora incidem a partir da citação, por ser este o momento em que a concessionária foi constituída em mora’ (fl. 377). Opostos embargos declaratórios (fls. 385 a 389), foram rejeitados (fls. 392 a 394). No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 37, parágrafo 6º, da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a a irresignação, uma vez que o acórdão recorrido concluiu que ‘a cobrança em excesso ocorreu entre abril de 2005 e dezembro de 2007, quando a tarifa foi calculada de acordo com a equivocada base de remuneração prevista na 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828160. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório ARE 671.123 AGR / MS Resolução Homologatória n. 72 de 06.04.2005’ com base no conjunto fático-probatório dos autos, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Sobre o tema, anote-se: ‘CASO EM QUE ENTENDIMENTO DIVERGENTE DO ADOTADO PELO ACÓRDÃO RECORRIDO EXIGIRIA O REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE E DO ACERVO PROBATÓRIO DOS AUTOS. A alegada ofensa à Carta da República, se existente, dar-se-ia de forma reflexa ou indireta, não ensejando a abertura da via extraordinária. De outra parte, foi conferida prestação jurisdicional adequada, em decisão devidamente fundamentada, embora em sentido contrário aos interesses da parte agravante, o que não configura cerceamento de defesa. Agravo desprovido’ (AI nº 517.069/RS-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ de 9/12/05). ‘Agravo Regimental em Agravo de Instrumento. 2. Inadimplemento por fraude no medidor: pagamento a menor. 3. Suspensão do serviço de energia elétrica: impossibilidade. 4. Súmulas STF 636 e 279: incidência. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 801.186/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Dj de 07/02/2011). Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Insiste o agravante que foi violado o art. 37, § 6º, da Constituição Federal. Aduz, in verbis, que: 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828160. Supremo Tribunal Federal ARE 671.123 AGR / MS Resolução Homologatória n. 72 de 06.04.2005’ com base no conjunto fático-probatório dos autos, de reexame incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Sobre o tema, anote-se: ‘CASO EM QUE ENTENDIMENTO DIVERGENTE DO ADOTADO PELO ACÓRDÃO RECORRIDO EXIGIRIA O REEXAME DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE E DO ACERVO PROBATÓRIO DOS AUTOS. A alegada ofensa à Carta da República, se existente, dar-se-ia de forma reflexa ou indireta, não ensejando a abertura da via extraordinária. De outra parte, foi conferida prestação jurisdicional adequada, em decisão devidamente fundamentada, embora em sentido contrário aos interesses da parte agravante, o que não configura cerceamento de defesa. Agravo desprovido’ (AI nº 517.069/RS-AgR, Relator o Ministro Ayres Britto, DJ de 9/12/05). ‘Agravo Regimental em Agravo de Instrumento. 2. Inadimplemento por fraude no medidor: pagamento a menor. 3. Suspensão do serviço de energia elétrica: impossibilidade. 4. Súmulas STF 636 e 279: incidência. Precedentes. 5. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 801.186/RS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Dj de 07/02/2011). Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Insiste o agravante que foi violado o art. 37, § 6º, da Constituição Federal. Aduz, in verbis, que: 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828160. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Relatório ARE 671.123 AGR / MS “(...) a sentença deve ser reformada no que se refere à devolução dos valores que foram cobrados indevida e abusivamente pela recorrida, do recorrente, este último, usuário de seus serviços, também no período de abril de 2004 a março de 2005, independentemente de ter dado causa indireta à cobrança, ou até mesmo de não ter dado causa, uma vez que se aproveitou dos montantes cobrados a maior, conforme reconhece a própria ENERSUL e a ANEEL. (...) (...) ao não ressarcir os seus mais de seiscentos mil consumidores, dentre eles o recorrente, pelo que cobrou em excesso, como a recorrida confessa nos autos do processo, nega vigência à norma insculpida no § 6º do artigo 37 da CF/88, vez que se nega a ressarcir o que cobrou indevidamente” (fls. 618/619). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828160. Supremo Tribunal Federal ARE 671.123 AGR / MS “(...) a sentença deve ser reformada no que se refere à devolução dos valores que foram cobrados indevida e abusivamente pela recorrida, do recorrente, este último, usuário de seus serviços, também no período de abril de 2004 a março de 2005, independentemente de ter dado causa indireta à cobrança, ou até mesmo de não ter dado causa, uma vez que se aproveitou dos montantes cobrados a maior, conforme reconhece a própria ENERSUL e a ANEEL. (...) (...) ao não ressarcir os seus mais de seiscentos mil consumidores, dentre eles o recorrente, pelo que cobrou em excesso, como a recorrida confessa nos autos do processo, nega vigência à norma insculpida no § 6º do artigo 37 da CF/88, vez que se nega a ressarcir o que cobrou indevidamente” (fls. 618/619). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828160. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.123 MATO GROSSO DO SUL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “Como relatado, Enersul – Empresa Energética de Mato Grosso do Sul S.A. E Maurício de Barros Bumlai interpõem Apelações Cíveis contra sentença (f. 266/281) que, na ação declaratória de inexigibilidade c.c. Repetição de indébito movida pelo segundo apelante em face da primeira, julgou parcialmente procedente o pedido inicial para declarar abusiva a cobrança em índices superiores ao reposicionamento tarifário de 43,23%, a título exclusivo de consumo de energia elétrica durante o período de abril de 2005 a dezembro de 2007, condenando a concessionária a restituir de forma simples e de uma única vez o valor a ser apurado em liquidação de sentença por arbitramento (...) (...) Inexitosa a pretensão deste apelante de ser restituído em dobro pelos valores pagos indevidamente à concessionária. É que a devolução nos termos do art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor exige, além da cobrança indevida, má-fé da parte. No caso, não se vislumbra tal circunstância, pois embora responsável pelo equívoco nos cálculos, a Enersul repassou aos usuários a tarifa autorizadora pela Aneel, de modo que ao cobrar valores indevidos, a concessionária presumia que estava agindo corretamente. (...) Também não lhe assiste razão quanto ao período de devolução. Com efeito, a cobrança em excesso ocorreu entre abril de 2005 e dezembro de 2007, quando a tarifa foi calculada Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828161. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.123 MATO GROSSO DO SUL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “Como relatado, Enersul – Empresa Energética de Mato Grosso do Sul S.A. E Maurício de Barros Bumlai interpõem Apelações Cíveis contra sentença (f. 266/281) que, na ação declaratória de inexigibilidade c.c. Repetição de indébito movida pelo segundo apelante em face da primeira, julgou parcialmente procedente o pedido inicial para declarar abusiva a cobrança em índices superiores ao reposicionamento tarifário de 43,23%, a título exclusivo de consumo de energia elétrica durante o período de abril de 2005 a dezembro de 2007, condenando a concessionária a restituir de forma simples e de uma única vez o valor a ser apurado em liquidação de sentença por arbitramento (...) (...) Inexitosa a pretensão deste apelante de ser restituído em dobro pelos valores pagos indevidamente à concessionária. É que a devolução nos termos do art. 42, parágrafo único, do Código de Defesa do Consumidor exige, além da cobrança indevida, má-fé da parte. No caso, não se vislumbra tal circunstância, pois embora responsável pelo equívoco nos cálculos, a Enersul repassou aos usuários a tarifa autorizadora pela Aneel, de modo que ao cobrar valores indevidos, a concessionária presumia que estava agindo corretamente. (...) Também não lhe assiste razão quanto ao período de devolução. Com efeito, a cobrança em excesso ocorreu entre abril de 2005 e dezembro de 2007, quando a tarifa foi calculada Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828161. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 671.123 AGR / MS de acordo com a equivocada base de remuneração prevista na Resolução Homologatória n. 72 de 06.04.2005” (fls. 378 a 382). Desse modo, é certo que o Tribunal de origem concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que o período em que houve cobrança indevida de tarifa de energia elétrica por parte da ora agravada foi somente entre abril de 2005 a dezembro de 2007. Assim, para divergir desse entendimento e acolher a tese do agravante de que também teria havido excesso na cobrança entre os meses de abril de 2004 e março de 2005, seria necessário reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA REFLEXA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de origem demandaria o revolvimento dos fatos e provas constantes dos autos. Providência vedada na instância extraordinária. 2. Violação às garantias constitucionais do processo, se existente, apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 738.483/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 9/9/11). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Consumidor. Cobrança indevida de ligações telefônicas. Análise de fatos e provas. Precedentes. RE 165.460, RE 102.542, RE-AgR 593.550, AI-AgR 767.152 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 818.706/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 2/12/10). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSUMO DE ÁGUA. COBRANÇA DE 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828161. Supremo Tribunal Federal ARE 671.123 AGR / MS de acordo com a equivocada base de remuneração prevista na Resolução Homologatória n. 72 de 06.04.2005” (fls. 378 a 382). Desse modo, é certo que o Tribunal de origem concluiu, com base nos fatos e nas provas dos autos, que o período em que houve cobrança indevida de tarifa de energia elétrica por parte da ora agravada foi somente entre abril de 2005 a dezembro de 2007. Assim, para divergir desse entendimento e acolher a tese do agravante de que também teria havido excesso na cobrança entre os meses de abril de 2004 e março de 2005, seria necessário reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA REFLEXA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de origem demandaria o revolvimento dos fatos e provas constantes dos autos. Providência vedada na instância extraordinária. 2. Violação às garantias constitucionais do processo, se existente, apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 738.483/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 9/9/11). “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Consumidor. Cobrança indevida de ligações telefônicas. Análise de fatos e provas. Precedentes. RE 165.460, RE 102.542, RE-AgR 593.550, AI-AgR 767.152 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 818.706/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 2/12/10). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSUMO DE ÁGUA. COBRANÇA DE 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828161. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 671.123 AGR / MS TARIFA MÍNIMA. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. REEXAME DE FATOS E PROVAS (SÚMULA 279). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 611.031/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/11/07). “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. DANOS MORAIS. EMPRESA DE TELEFONIA. COBRANÇA INDEVIDA. 1. A controvérsia dos autos depende do reexame dos fatos e provas da causa e da legislação ordinária. O recurso extraordinário encontra óbice nas Súmulas STF nºs 279 e 636. 2. Agravo regimental improvido” (RE nº 413.766/SP-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 6/8/04). Nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828161. Supremo Tribunal Federal ARE 671.123 AGR / MS TARIFA MÍNIMA. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. REEXAME DE FATOS E PROVAS (SÚMULA 279). AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 611.031/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 30/11/07). “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. DANOS MORAIS. EMPRESA DE TELEFONIA. COBRANÇA INDEVIDA. 1. A controvérsia dos autos depende do reexame dos fatos e provas da causa e da legislação ordinária. O recurso extraordinário encontra óbice nas Súmulas STF nºs 279 e 636. 2. Agravo regimental improvido” (RE nº 413.766/SP-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 6/8/04). Nego provimento ao agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2828161. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.123 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MAURÍCIO DE BARROS BUMLAI ADV.(A/S) : PLINIO ANTONIO ARANHA JUNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S/A - ENERSUL ADV.(A/S) : PAULO TADEU HAENDCHEN Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848638 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 671.123 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MAURÍCIO DE BARROS BUMLAI ADV.(A/S) : PLINIO ANTONIO ARANHA JUNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S/A - ENERSUL ADV.(A/S) : PAULO TADEU HAENDCHEN Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848638 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857640
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Civil. Consumidor. Tarifa de energia elétrica. Cobrança indevida. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. Inadmissível, em recurso extraordinário, o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência da Súmula nº 279/STF. 2. Agravo regimental não provido.
sjur215706
- Acórdãos citados: AI 738483 AgR, AI 818706 AgR, AI 611031 AgR, RE 413766 AgR. Número de páginas: 9. Análise: 10/10/2012, MAC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
671123
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 671123 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : MAURÍCIO DE BARROS BUMLAI ADV.(A/S) : PLINIO ANTONIO ARANHA JUNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : EMPRESA ENERGÉTICA DE MATO GROSSO DO SUL S/A - ENERSUL ADV.(A/S) : PAULO TADEU HAENDCHEN
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.376 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MAYER WERKE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL ADV.(A/S) :JOSÉ ANCHIETA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :AMPLO LTDA ADV.(A/S) :LUCIANO VAZ ALVARENGA E OUTRO(A/S) EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Prequestionamento. Ausência. Processo civil. Ação cautelar. Caução. Levantamento. Substituição da garantia. Utilização da quantia no feito principal. Pagamento de honorários periciais. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Princípio da ampla defesa. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799260. Supremo Tribunal Federal DJe 25/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão AI 735.376 AGR / MG notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799260. Supremo Tribunal Federal AI 735.376 AGR / MG notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799260. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.376 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MAYER WERKE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL ADV.(A/S) :JOSÉ ANCHIETA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :AMPLO LTDA ADV.(A/S) :LUCIANO VAZ ALVARENGA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Mayer Werke Engenharia e Equipamentos Industriais Ltda. - Em Recuperação Judicial – interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento (fls. 1170 a 1172), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Mayer Werke Engenharia e Equipamentos Industriais Ltda - Em recuperação Judicial interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Nona Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado: ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO – DEFERIMENTO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – PEDIDO DE REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO – VIA PRÓPRIA – CAUTELAR – LEVANTAMENTO DA CAUÇÃO PRESTADA – IMPOSSIBILIDADE – PROCESSO PENDENTE DE JULGAMENTO.- Concedido o benefício da gratuidade judiciária, somente através do apropriado incidente de impugnação é que a parte contrária poderá Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799258. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.376 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :MAYER WERKE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL ADV.(A/S) :JOSÉ ANCHIETA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :AMPLO LTDA ADV.(A/S) :LUCIANO VAZ ALVARENGA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Mayer Werke Engenharia e Equipamentos Industriais Ltda. - Em Recuperação Judicial – interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento (fls. 1170 a 1172), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Mayer Werke Engenharia e Equipamentos Industriais Ltda - Em recuperação Judicial interpõe agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, inciso LV, da Constituição Federal. Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Nona Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais, assim ementado: ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO – DEFERIMENTO DE ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA – PEDIDO DE REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO – VIA PRÓPRIA – CAUTELAR – LEVANTAMENTO DA CAUÇÃO PRESTADA – IMPOSSIBILIDADE – PROCESSO PENDENTE DE JULGAMENTO.- Concedido o benefício da gratuidade judiciária, somente através do apropriado incidente de impugnação é que a parte contrária poderá Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799258. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório AI 735.376 AGR / MG requerer a sua revogação. - A prática de atos dos quais possa resultar grave dano, entre eles o levantamento da caução prestada, depende de julgamento da cautelar, não sendo possível o levantamento do numerário em sede de liminar’ (fl. 1.726). Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustrado Subprocurador-Geral da Republica Dr. Wagner de Castro Mathias Netto, pelo desprovimento do recurso. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que o dispositivo constitucional apontado como violado carece do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799258. Supremo Tribunal Federal AI 735.376 AGR / MG requerer a sua revogação. - A prática de atos dos quais possa resultar grave dano, entre eles o levantamento da caução prestada, depende de julgamento da cautelar, não sendo possível o levantamento do numerário em sede de liminar’ (fl. 1.726). Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustrado Subprocurador-Geral da Republica Dr. Wagner de Castro Mathias Netto, pelo desprovimento do recurso. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que o dispositivo constitucional apontado como violado carece do necessário prequestionamento, sendo certo que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799258. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Relatório AI 735.376 AGR / MG ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP – AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ - AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas nas provas dos autos e na legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799258. Supremo Tribunal Federal AI 735.376 AGR / MG ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja reexame em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da República’ (AI nº 594.887/SP – AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07). ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ - AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02). Ressalte-se, por fim, que as instâncias de origem decidiram a lide amparadas nas provas dos autos e na legislação infraconstitucional pertinente, de reexame incabível 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799258. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Relatório AI 735.376 AGR / MG em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. Publique-se.” Insiste a agravante que foi violado o art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal e que a ofensa à mencionada norma foi devidamente prequestionada, uma vez que opôs embargos de declaração com esse fim. Afirma, ainda, que não há necessidade de exame da legislação infraconstitucional e dos fatos e das provas dos autos para a verificação da referida violação. Aduz, in verbis, que: “Ao indeferir o pleito formulado pela Agravante, no tocante ao pagamento dos honorários periciais destes autos mediante valores, da própria Agravante, consignados a título de caução nos autos em apenso, perpetrou o douto Juiz singular o mais claro e inequívoco cerceamento de defesa, em afronta direta à Constituição Federal (...) (...) Com efeito, a Agravante atravessa uma situação de notória iliquidez e a solução proposta (a única financeiramente viável) visa contornar essa situação sem que haja prejuízo à produção da indispensável prova pericial ou à Agravada. Por fim frise-se, a utilização da quantia já depositada em juízo não traria prejuízo à Agravada, tampouco caracterizaria disposição deste por parte da Agravante. A importância seria utilizada para o pagamento de diminuição da verba honorária pericial e a garantia dos autos em apenso seria imediatamente suprida através do oferecimento de um outro bem em caução” (fls. 1780/1781). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799258. Supremo Tribunal Federal AI 735.376 AGR / MG em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. Publique-se.” Insiste a agravante que foi violado o art. 5º, inciso LV, da Constituição Federal e que a ofensa à mencionada norma foi devidamente prequestionada, uma vez que opôs embargos de declaração com esse fim. Afirma, ainda, que não há necessidade de exame da legislação infraconstitucional e dos fatos e das provas dos autos para a verificação da referida violação. Aduz, in verbis, que: “Ao indeferir o pleito formulado pela Agravante, no tocante ao pagamento dos honorários periciais destes autos mediante valores, da própria Agravante, consignados a título de caução nos autos em apenso, perpetrou o douto Juiz singular o mais claro e inequívoco cerceamento de defesa, em afronta direta à Constituição Federal (...) (...) Com efeito, a Agravante atravessa uma situação de notória iliquidez e a solução proposta (a única financeiramente viável) visa contornar essa situação sem que haja prejuízo à produção da indispensável prova pericial ou à Agravada. Por fim frise-se, a utilização da quantia já depositada em juízo não traria prejuízo à Agravada, tampouco caracterizaria disposição deste por parte da Agravante. A importância seria utilizada para o pagamento de diminuição da verba honorária pericial e a garantia dos autos em apenso seria imediatamente suprida através do oferecimento de um outro bem em caução” (fls. 1780/1781). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799258. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.376 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Conforme consignado na decisão agravada, o art. 5º, incisos LV, da Constituição Federal, apontado como violado no recurso extraordinário, em nenhum momento foi analisado pelo acórdão recorrido, sendo certo que a agravante não opôs embargos declaratórios para sanar eventual omissão no julgado, ao contrário do que alega. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. INOCORRÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Inocorrência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.376 MINAS GERAIS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Conforme consignado na decisão agravada, o art. 5º, incisos LV, da Constituição Federal, apontado como violado no recurso extraordinário, em nenhum momento foi analisado pelo acórdão recorrido, sendo certo que a agravante não opôs embargos declaratórios para sanar eventual omissão no julgado, ao contrário do que alega. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. INOCORRÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS SUFICIENTES DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA 283 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Inocorrência de prequestionamento das questões constitucionais suscitadas. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 735.376 AGR / MG embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 desta Corte. II – Ausência de impugnação de todos os fundamentos suficientes da decisão agravada. Incidência da Súmula 283 do STF. III – Agravo regimental improvido” (RE nº 607.071/DF-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/7/11). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/AL-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/3/06). Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE EMPRESARIAL. INDEFERIMENTO DA PRODUÇÃO DE PROVAS. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Os postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Supremo Tribunal Federal AI 735.376 AGR / MG embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 desta Corte. II – Ausência de impugnação de todos os fundamentos suficientes da decisão agravada. Incidência da Súmula 283 do STF. III – Agravo regimental improvido” (RE nº 607.071/DF-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/7/11). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/AL-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/3/06). Ademais, a jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o reexame da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. OBRIGAÇÃO DE FAZER. PLANO DE SAÚDE EMPRESARIAL. INDEFERIMENTO DA PRODUÇÃO DE PROVAS. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ARTIGO 5º, LV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. Os postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 735.376 AGR / MG que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010; e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 2. Agravo regimental desprovido” (ARE nº 644.667/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 5/10/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. O acórdão que mantém o indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da Constituição do Brasil. Precedentes. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 531.906/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 14/11/07). “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 22/6/07). De resto, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Supremo Tribunal Federal AI 735.376 AGR / MG que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010; e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010. 2. Agravo regimental desprovido” (ARE nº 644.667/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 5/10/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1. O acórdão que mantém o indeferimento de diligência probatória tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da Constituição do Brasil. Precedentes. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 531.906/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 14/11/07). “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CERCEAMENTO DE DEFESA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República. Precedentes. 2. Agravo Regimental desprovido” (AI nº 643.654/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 22/6/07). De resto, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 735.376 AGR / MG “Compulsando os autos, verifica-se que a agravante requereu a liberação do montante depositado na Medida Cautelar Inominada para pagamento dos honorários periciais nos autos principais, requerendo a substituição do valor depositado por outro bem, o que foi indeferido pelo magistrado singular na decisão ora recorrida. De início, cumpre observar que a caução pode ser ordenada pelo Juiz ao deferir liminar em Ação Cautelar, tal como prevê a parte final do art. 804 do Código de Processo Civil, e que tem por escopo ‘ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer’. (...) No caso, a caução judicial prestada pela agravante tinha a destinação específica de assegurar o ressarcimento de eventuais danos que viria a sofrer a agravada, em virtude da liminar deferida às fls. 996-TJ. E o que se está a pleitear, é o levantamento da quantia depositada a título de caução para pagamento dos honorários pericias nos autos principais. (...) Sendo assim, não é razoável que se proceda o levantamento da quantia depositada a título de caução, ante a ausência de sentença julgando os pedidos suscitados na Medida Cautelar Inominada. Além disso, a recorrente sustenta que poderá suprir a diminuição da garantia através do oferecimento de outro bem, no entanto não informa que bem seria. Forçoso concluir, pois, na esteira dos ensinamentos expostos, que a viabilidade da liberação do numerário em face das determinadas circunstâncias, como a do caso em tela, poderá ser realizado apenas após o julgamento definitivo da Medida Cautelar Incidental, sob pena de incorrer em perigo de irreversibilidade. In casu existem motivos plausíveis para que não se proceda à liberação da caução, uma vez que, em podendo haver 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Supremo Tribunal Federal AI 735.376 AGR / MG “Compulsando os autos, verifica-se que a agravante requereu a liberação do montante depositado na Medida Cautelar Inominada para pagamento dos honorários periciais nos autos principais, requerendo a substituição do valor depositado por outro bem, o que foi indeferido pelo magistrado singular na decisão ora recorrida. De início, cumpre observar que a caução pode ser ordenada pelo Juiz ao deferir liminar em Ação Cautelar, tal como prevê a parte final do art. 804 do Código de Processo Civil, e que tem por escopo ‘ressarcir os danos que o requerido possa vir a sofrer’. (...) No caso, a caução judicial prestada pela agravante tinha a destinação específica de assegurar o ressarcimento de eventuais danos que viria a sofrer a agravada, em virtude da liminar deferida às fls. 996-TJ. E o que se está a pleitear, é o levantamento da quantia depositada a título de caução para pagamento dos honorários pericias nos autos principais. (...) Sendo assim, não é razoável que se proceda o levantamento da quantia depositada a título de caução, ante a ausência de sentença julgando os pedidos suscitados na Medida Cautelar Inominada. Além disso, a recorrente sustenta que poderá suprir a diminuição da garantia através do oferecimento de outro bem, no entanto não informa que bem seria. Forçoso concluir, pois, na esteira dos ensinamentos expostos, que a viabilidade da liberação do numerário em face das determinadas circunstâncias, como a do caso em tela, poderá ser realizado apenas após o julgamento definitivo da Medida Cautelar Incidental, sob pena de incorrer em perigo de irreversibilidade. In casu existem motivos plausíveis para que não se proceda à liberação da caução, uma vez que, em podendo haver 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 735.376 AGR / MG alteração da medida liminar proferida nos autos da Medida Cautelar, eventualmente advirão prejuízos à agravada” (fls. 1730/1731). Desse modo, é certo que o Tribunal de Justiça concluiu pela impossibilidade de levantamento da quantia depositada na ação cautelar a título de caução e da substituição dessa garantia por outra com fundamento no Código de Processo Civil e nos fatos e nas provas dos autos. Assim, para divergir desse entendimento seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional e reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. COBRANÇA DE CONDOMÍNIO. ACORDO EXTRAJUDICIAL. SEM A PRESENÇA DE ADVOGADO. ANÁLISE DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A Súmula 279/STF dispõe verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 2. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 3. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimentos de dispositivos infraconstitucionais torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 841.434/PR-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 20/10/11) “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Supremo Tribunal Federal AI 735.376 AGR / MG alteração da medida liminar proferida nos autos da Medida Cautelar, eventualmente advirão prejuízos à agravada” (fls. 1730/1731). Desse modo, é certo que o Tribunal de Justiça concluiu pela impossibilidade de levantamento da quantia depositada na ação cautelar a título de caução e da substituição dessa garantia por outra com fundamento no Código de Processo Civil e nos fatos e nas provas dos autos. Assim, para divergir desse entendimento seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional e reexaminar o conjunto fático-probatório da causa, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Nesse sentido, anote-se: “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. COBRANÇA DE CONDOMÍNIO. ACORDO EXTRAJUDICIAL. SEM A PRESENÇA DE ADVOGADO. ANÁLISE DO CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE NORMA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A Súmula 279/STF dispõe verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 2. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 3. A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente da necessidade de análise de malferimentos de dispositivos infraconstitucionais torna inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 841.434/PR-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 20/10/11) “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 735.376 AGR / MG INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA REFLEXA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de origem demandaria o revolvimento dos fatos e provas constantes dos autos. Providência vedada na instância extraordinária. 2. Violação às garantias constitucionais do processo, se existente, apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 738.483/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 9/9/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI nº 666.499/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 7/11/08). “PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. REEXAME DE PROVA. SÚMULA 279 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - Matéria demanda o reexame de conjunto fático-probatório, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Supremo Tribunal Federal AI 735.376 AGR / MG INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA REFLEXA. 1. Caso em que entendimento diverso do adotado pelo Tribunal de origem demandaria o revolvimento dos fatos e provas constantes dos autos. Providência vedada na instância extraordinária. 2. Violação às garantias constitucionais do processo, se existente, apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto. Precedentes. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 738.483/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 9/9/11). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS (SÚMULA 279). OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil” (AI nº 666.499/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 7/11/08). “PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. REEXAME DE PROVA. SÚMULA 279 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - Matéria demanda o reexame de conjunto fático-probatório, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 735.376 AGR / MG ocorrente, seria indireta. III - Embargos de declaração convertidos em agravo regimental, a que se nega provimento” (AI nº 655.792/RJ-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 8/2/08). Nego provimento ao agravo regimental. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Supremo Tribunal Federal AI 735.376 AGR / MG ocorrente, seria indireta. III - Embargos de declaração convertidos em agravo regimental, a que se nega provimento” (AI nº 655.792/RJ-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 8/2/08). Nego provimento ao agravo regimental. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2799257. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.376 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MAYER WERKE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL ADV.(A/S) : JOSÉ ANCHIETA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : AMPLO LTDA ADV.(A/S) : LUCIANO VAZ ALVARENGA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765416 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 735.376 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : MAYER WERKE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL ADV.(A/S) : JOSÉ ANCHIETA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : AMPLO LTDA ADV.(A/S) : LUCIANO VAZ ALVARENGA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765416 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2822155
2012-09-04T00:00:00
2012-09-25T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Prequestionamento. Ausência. Processo civil. Ação cautelar. Caução. Levantamento. Substituição da garantia. Utilização da quantia no feito principal. Pagamento de honorários periciais. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Princípio da ampla defesa. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido.
sjur215352
- Acórdãos citados: RE 607071 ED, RE 411859 AgR, ARE 644667 AgR, AI 531906 AgR, AI 6423654 AgR, AI 841434 ED, AI 738483 AgR, AI 666499 AgR, AI 655792 ED. Número de páginas: 14. Análise: 08/10/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
735376
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AI-AgR
acordaos
AI 735376 AgR
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AGTE.(S) : MAYER WERKE ENGENHARIA E EQUIPAMENTOS INDUSTRIAIS LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL ADV.(A/S) : JOSÉ ANCHIETA DA SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : AMPLO LTDA ADV.(A/S) : LUCIANO VAZ ALVARENGA E OUTRO(A/S)
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Britto", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "DIAS TOFFOLI", "Ayres Britto", "Cármen Lúcia", "Ayres Britto", "Cármen Lúcia", "DIAS TOFFOLI", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "DIAS TOFFOLI", "MAYER WERKE", "JOSÉ ANCHIETA DA SILVA", "LUCIANO VAZ ALVARENGA", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Ricardo Lewandowski", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "JOSÉ ANCHIETA DA SILVA", "LUCIANO VAZ ALVARENGA", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Ricardo Lewandowski", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "04", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "4 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "4 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", 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"5", "/", "10", "/", "11", "14", "/", "11", "/", "07", "22", "/", "6", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "21", "/", "10", "/", "10", "08", "/", "09", "/", "10", "20", "/", "10", "/", "11", "24", "/", "08", "/", "2001", "21", "/", "10", "/", "10", "08", "/", "09", "/", "10", "20", "/", "10", "/", "11", "24", "/", "08", "/", "2001", "9", "/", "9", "/", "11", "7", "/", "11", "/", "08", "24", "/", "08", "/", "2001", "9", "/", "9", "/", "11", "7", "/", "11", "/", "08", "24", "/", "08", "/", "2001", "8", "/", "2", "/", "08", "24", "/", "08", "/", "2001", "8", "/", "2", "/", "08", "24", "/", "08", "/", "2001", "4", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "4", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.072 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS AGDO.(A/S) :CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE DA MICRORREGIÃO DE UBÁ - CIS/UBÁ ADV.(A/S) :MAXIMILIANO FERNANDES LIMA E OUTRO(A/S) EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CARACTERIZADA. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA A POSTULADOS CONSTITUCIONAIS NÃO VIABILIZA O TRÂNSITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS. CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL. ASSISTÊNCIA SOCIAL. FABRICAÇÃO e DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS. ICMS. IMUNIDADE. A decisão agravada se apresenta em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, no sentido de que a imunidade insculpida no art. 150, VI, ‘c’, da Carta Política também se aplica ao ICMS. À luz da moldura fática delineada no acórdão regional, tratando-se de entidade sem fins lucrativos, a pretensão do Estado de Minas Gerais de afastar do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Ubá a imunidade do art. 150, VI, ‘c’, da Constituição da República resulta obstaculizada pela Súmula 279/STF. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864292. Supremo Tribunal Federal DJe 09/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão RE 508.072 AGR / MG Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864292. Supremo Tribunal Federal RE 508.072 AGR / MG Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864292. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.072 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS AGDO.(A/S) :CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE DA MICRORREGIÃO DE UBÁ - CIS/UBÁ ADV.(A/S) :MAXIMILIANO FERNANDES LIMA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negado seguimento a seu recurso extraordinário, maneja agravo regimental o Estado de Minas Gerais. O agravante reputa nulo o acórdão regional, ao argumento de que rejeitou, de forma genérica, os aclaratórios. Alega que o consórcio de municípios não usufrui de imunidade, apenas de isenções. Alega que, apesar de não haver a venda propriamente dita dos remédios produzidos pelo consórcio intermunicipal, havia cobrança do custo da produção. Defende que a imunidade do art. 150, VI, da Carta Política não afasta a incidência do ICMS. Reitera a alegação de violação dos arts. 93, IX, 5º, XXXIV, ‘a’, XXXV, LIV, LV, 150, VI, 155, II da Constituição da República. Acórdão do Tribunal de origem publicado em 03.4.2004 (fl. 131). Substituição do Relator à fl. 244 (art. 38 do RISTF). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864293. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.072 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS AGDO.(A/S) :CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE DA MICRORREGIÃO DE UBÁ - CIS/UBÁ ADV.(A/S) :MAXIMILIANO FERNANDES LIMA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negado seguimento a seu recurso extraordinário, maneja agravo regimental o Estado de Minas Gerais. O agravante reputa nulo o acórdão regional, ao argumento de que rejeitou, de forma genérica, os aclaratórios. Alega que o consórcio de municípios não usufrui de imunidade, apenas de isenções. Alega que, apesar de não haver a venda propriamente dita dos remédios produzidos pelo consórcio intermunicipal, havia cobrança do custo da produção. Defende que a imunidade do art. 150, VI, da Carta Política não afasta a incidência do ICMS. Reitera a alegação de violação dos arts. 93, IX, 5º, XXXIV, ‘a’, XXXV, LIV, LV, 150, VI, 155, II da Constituição da República. Acórdão do Tribunal de origem publicado em 03.4.2004 (fl. 131). Substituição do Relator à fl. 244 (art. 38 do RISTF). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864293. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Voto - MIN. ROSA WEBER 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.072 MINAS GERAIS VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o presente agravo regimental (fl. 227-9): “1. Trata-se de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal Justiça do Estado de Minas Gerais que entendeu correta a aplicação da imunidade – prevista no art. 150, VI, a e c, da Constituição Federal – à parte ora recorrida, Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Ubá – CIS/UBÁ, uma vez que age como entidade sem fins lucrativos, com a finalidade de desenvolver, em conjunto com os municípios associados, ações e serviços de saúde. 2. A parte recorrente alega ofensa aos arts. 5º, XXXIV, XXXV, LIV, LV; 93, IX; e 150, VI, a e c da Constituição Federal. 3. Admitido o recurso (fls. 194-196), subiram os autos. 4. Quanto às alegações de ofensa a incisos do artigo 5º da Constituição Federal – , prestação jurisdicional, direito adquirido, ato jurídico perfeito, da coisa julgada, devido processo legal, contraditório e ampla defesa –, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 26.06.2002; RE 461.286-AgR/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.072 MINAS GERAIS VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o presente agravo regimental (fl. 227-9): “1. Trata-se de recurso extraordinário em face de acórdão do Tribunal Justiça do Estado de Minas Gerais que entendeu correta a aplicação da imunidade – prevista no art. 150, VI, a e c, da Constituição Federal – à parte ora recorrida, Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Ubá – CIS/UBÁ, uma vez que age como entidade sem fins lucrativos, com a finalidade de desenvolver, em conjunto com os municípios associados, ações e serviços de saúde. 2. A parte recorrente alega ofensa aos arts. 5º, XXXIV, XXXV, LIV, LV; 93, IX; e 150, VI, a e c da Constituição Federal. 3. Admitido o recurso (fls. 194-196), subiram os autos. 4. Quanto às alegações de ofensa a incisos do artigo 5º da Constituição Federal – , prestação jurisdicional, direito adquirido, ato jurídico perfeito, da coisa julgada, devido processo legal, contraditório e ampla defesa –, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 26.06.2002; RE 461.286-AgR/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 508.072 AGR / MG unânime, DJ 15.9.2006; AI 682.065-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008; e AI 662.319-AgR/RR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009. 5. No que tange à suposta ofensa ao artigo 93, IX, da CF/88, verifico que o acórdão contém motivação suficiente e adequada. O fato de ter sido contrário aos interesses da parte não configura ofensa ao referido dispositivo constitucional. Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados: RE 535.315- AgR-ED/SP, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJe 22.05.2009; AI 557.074-AgR/SC, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 22.06.2007. Sobre o assunto, ressalte-se, ainda, que esta Corte tem o seguinte entendimento: “o que a Constituição exige, no inc. IX, do art. 93, é que o juiz ou o tribunal dê as razões de seu convencimento, não se exigindo que a decisão seja amplamente fundamentada, extensamente fundamentada, dado que a decisão com motivação sucinta é decisão motivada” (RE 430.637-AgR/PR, rel. Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, unânime, DJ 23.09.2005). Recentemente, esse posicionamento foi reafirmado pelo Pleno deste Tribunal, no julgamento do AI 791.292-QO/PE, rel. Min. Gilmar Mendes, por maioria, DJe 13.08.2010. 6. Quanto ao tema de fundo, observo que o acórdão recorrido concluiu que o citado Consórcio auxilia os municípios na prestação de assistência social aos necessitados, reconhecendo-lhe como entidade sem fins lucrativos. Esta conclusão, entretanto, não foi elidida pela parte recorrente, que se resumiu a afastar a aplicação da imunidade recíproca inserta no art. 150, VI, a, da Constituição Federal. Finalmente, frise-se o entendimento desta Corte no sentido de que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS é alcançado pela imunidade estabelecida pelo art. 150, VI, c, da CF, não se podendo restringir, como quer a parte recorrente, a aplicação da imunidade tributária por meio 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Supremo Tribunal Federal RE 508.072 AGR / MG unânime, DJ 15.9.2006; AI 682.065-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008; e AI 662.319-AgR/RR, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009. 5. No que tange à suposta ofensa ao artigo 93, IX, da CF/88, verifico que o acórdão contém motivação suficiente e adequada. O fato de ter sido contrário aos interesses da parte não configura ofensa ao referido dispositivo constitucional. Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados: RE 535.315- AgR-ED/SP, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJe 22.05.2009; AI 557.074-AgR/SC, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 22.06.2007. Sobre o assunto, ressalte-se, ainda, que esta Corte tem o seguinte entendimento: “o que a Constituição exige, no inc. IX, do art. 93, é que o juiz ou o tribunal dê as razões de seu convencimento, não se exigindo que a decisão seja amplamente fundamentada, extensamente fundamentada, dado que a decisão com motivação sucinta é decisão motivada” (RE 430.637-AgR/PR, rel. Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, unânime, DJ 23.09.2005). Recentemente, esse posicionamento foi reafirmado pelo Pleno deste Tribunal, no julgamento do AI 791.292-QO/PE, rel. Min. Gilmar Mendes, por maioria, DJe 13.08.2010. 6. Quanto ao tema de fundo, observo que o acórdão recorrido concluiu que o citado Consórcio auxilia os municípios na prestação de assistência social aos necessitados, reconhecendo-lhe como entidade sem fins lucrativos. Esta conclusão, entretanto, não foi elidida pela parte recorrente, que se resumiu a afastar a aplicação da imunidade recíproca inserta no art. 150, VI, a, da Constituição Federal. Finalmente, frise-se o entendimento desta Corte no sentido de que o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS é alcançado pela imunidade estabelecida pelo art. 150, VI, c, da CF, não se podendo restringir, como quer a parte recorrente, a aplicação da imunidade tributária por meio 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 508.072 AGR / MG de critérios de classificação de impostos adotados por normas infraconstitucionais. Nesse sentido, o AI 669.257-AgR/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 17.4.2009; RE 540.725-AgR/SC, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 13.3.2009 e AI 535.922-AgR/RS, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJe 14.11.2008 e, mais recentemente, RE 444.808/MG, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 17.12.2009. 7. Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput)”. Oportuno, igualmente, trazer a ementa do acórdão regional: CONTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO – EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL – CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE – DISTRIBUIÇÃO E FABRICAÇÃO DE MEDICAMENTOS – INEXISTÊNCIA DE VENDA – IMUNIDADE RECONHECIDA – INTELIGÊNCIA DO ART. 150, VI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. Agindo o Consórcio Municipal como entidade sem fins lucrativos, com a finalidade de desenvolver, em conjunto com os Municípios associados, ações e serviços de saúde, deve lhe ser reconhecida a imunidade tributária, para que não seja compelido a pagar o ICMS exigido na ‘Certidão de Dívida Ativa’ que instrui a Execução Fiscal”. Nada colhe. De início, não há falar em afronta ao art. 93, IX, da Constituição da República, pois, consoante destacado na decisão agravada, decisão desfavorável aos interesses da parte não caracteriza negativa de prestação jurisdicional. Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Supremo Tribunal Federal RE 508.072 AGR / MG de critérios de classificação de impostos adotados por normas infraconstitucionais. Nesse sentido, o AI 669.257-AgR/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 17.4.2009; RE 540.725-AgR/SC, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 13.3.2009 e AI 535.922-AgR/RS, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJe 14.11.2008 e, mais recentemente, RE 444.808/MG, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 17.12.2009. 7. Do exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (CPC, art. 557, caput)”. Oportuno, igualmente, trazer a ementa do acórdão regional: CONTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO – EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL – CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE – DISTRIBUIÇÃO E FABRICAÇÃO DE MEDICAMENTOS – INEXISTÊNCIA DE VENDA – IMUNIDADE RECONHECIDA – INTELIGÊNCIA DO ART. 150, VI, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. Agindo o Consórcio Municipal como entidade sem fins lucrativos, com a finalidade de desenvolver, em conjunto com os Municípios associados, ações e serviços de saúde, deve lhe ser reconhecida a imunidade tributária, para que não seja compelido a pagar o ICMS exigido na ‘Certidão de Dívida Ativa’ que instrui a Execução Fiscal”. Nada colhe. De início, não há falar em afronta ao art. 93, IX, da Constituição da República, pois, consoante destacado na decisão agravada, decisão desfavorável aos interesses da parte não caracteriza negativa de prestação jurisdicional. Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde com vício ao primado da fundamentação, 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 508.072 AGR / MG notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria: “Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09) “Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08) “O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03) De outra parte, o exame de eventual ofensa aos incisos XXXIV, ‘a’, XXXV, LIV e LV do art. 5º da Constituição da República demandaria, no presente feito, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Supremo Tribunal Federal RE 508.072 AGR / MG notadamente consabido que a disparidade entre o resultado do julgamento e a expectativa da parte não sugestiona lesão à norma do texto republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria: “Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.” (AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09) “Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o magistrado não está vinculado pelo dever de responder todo s os fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.” (RE 511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08) “O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional.” (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ 05.9.03) De outra parte, o exame de eventual ofensa aos incisos XXXIV, ‘a’, XXXV, LIV e LV do art. 5º da Constituição da República demandaria, no presente feito, em primeiro plano, a interpretação das normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 508.072 AGR / MG ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, ‘a’, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis: "RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005). "Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal" (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005). "CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Supremo Tribunal Federal RE 508.072 AGR / MG ocorresse, seria indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, ‘a’, da Lei Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal Federal, verbis: "RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à Constituição da República, e, muito menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, DJ 05.8.2005). "Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta; ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93, IX, da Constituição Federal" (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005). "CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação, interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se no campo 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 508.072 AGR / MG infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002). "TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001). Noutro ponto, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, ao julgamento do apelo do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Ubá, com base no conjunto probatório, concluiu no sentido de que se trata de associação sem fins lucrativos, beneficiária de imunidade tributária, verbis: “Examinados os documentos constantes dos autos, percebe-se que o Apelante é constituído sob a forma jurídica de associação civil, sem fins lucrativos, com finalidade de representação do conjunto dos Municípios que o integram em assuntos de interesses comum, como se constata de seu estatuto social [...]. Restou amplamente demonstrado nos autos que não ocorre venda de medicamentos, mas apenas distribuição entre 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Supremo Tribunal Federal RE 508.072 AGR / MG infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002). "TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI 413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II, XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão, procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna. Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001). Noutro ponto, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, ao julgamento do apelo do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Ubá, com base no conjunto probatório, concluiu no sentido de que se trata de associação sem fins lucrativos, beneficiária de imunidade tributária, verbis: “Examinados os documentos constantes dos autos, percebe-se que o Apelante é constituído sob a forma jurídica de associação civil, sem fins lucrativos, com finalidade de representação do conjunto dos Municípios que o integram em assuntos de interesses comum, como se constata de seu estatuto social [...]. Restou amplamente demonstrado nos autos que não ocorre venda de medicamentos, mas apenas distribuição entre 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 508.072 AGR / MG os Municípios integrantes do consórcio, sendo cobrado apenas o custo de fabricação dos produtos [...]. Destarte, trata-se de instituição que objetiva a fabricação e distribuição de medicamentos e derivados para atender aos Municípios da Microregião de Ubá, unidos em consórcio, tendo sido declarado de utilidade pública, pois pratica atividades próprias daqueles Entes federados. Daí por que, por ser, expressamente vedada pela Constituição da República a instituição, pelos Entes Federados, de impostos sobre patrimônio, rendas e serviços uns dos outros, e, na hipótese do Embargante, em que auxilia o Município na prestação de assistência aos necessitados, não merece prevalecer a cobrança do ICMS, reconhecendo-se-lhe o privilégio da imunidade tributária”. Assim, considerada a moldura fática delineada no acórdão regional, a pretensão do recorrente de obter decisão em sentido diverso demandaria o revolvimento do conjunto probatório – inviabilizado em sede extraordinária (Súmula 279/STF). De outra parte, verifico que, em feito no qual litigavam as mesmas partes, a questão relativa à imunidade do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Ubá quanto ao ICMS já foi objeto de exame nesta Casa, consoante se denota de decisão da lavra da eminente Ministra Cármen Lúcia, verbis: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. ART. 150, INC. VI, ALÍNEAS A e C. CONSÓRCIO MUNICIPAL. ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. ALEGAÇÃO DE QUE A IMUNIDADE NÃO ABRANGERIA O IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS: IMPROCEDÊNCIA. PRECEDENTE DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO (RE 444.808, DJe 17.12.2009). 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Supremo Tribunal Federal RE 508.072 AGR / MG os Municípios integrantes do consórcio, sendo cobrado apenas o custo de fabricação dos produtos [...]. Destarte, trata-se de instituição que objetiva a fabricação e distribuição de medicamentos e derivados para atender aos Municípios da Microregião de Ubá, unidos em consórcio, tendo sido declarado de utilidade pública, pois pratica atividades próprias daqueles Entes federados. Daí por que, por ser, expressamente vedada pela Constituição da República a instituição, pelos Entes Federados, de impostos sobre patrimônio, rendas e serviços uns dos outros, e, na hipótese do Embargante, em que auxilia o Município na prestação de assistência aos necessitados, não merece prevalecer a cobrança do ICMS, reconhecendo-se-lhe o privilégio da imunidade tributária”. Assim, considerada a moldura fática delineada no acórdão regional, a pretensão do recorrente de obter decisão em sentido diverso demandaria o revolvimento do conjunto probatório – inviabilizado em sede extraordinária (Súmula 279/STF). De outra parte, verifico que, em feito no qual litigavam as mesmas partes, a questão relativa à imunidade do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Ubá quanto ao ICMS já foi objeto de exame nesta Casa, consoante se denota de decisão da lavra da eminente Ministra Cármen Lúcia, verbis: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO CONSTITUCIONAL E TRIBUTÁRIO. ART. 150, INC. VI, ALÍNEAS A e C. CONSÓRCIO MUNICIPAL. ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. ALEGAÇÃO DE QUE A IMUNIDADE NÃO ABRANGERIA O IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS: IMPROCEDÊNCIA. PRECEDENTE DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO AO QUAL SE NEGA SEGUIMENTO (RE 444.808, DJe 17.12.2009). 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 508.072 AGR / MG Anoto precedentes de ambas as Turmas deste STF, no sentido de que a imunidade a que se refere o art. 150, VI, ‘c’, da Carta Política também se aplica ao ICMS: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ICMS – INCIDÊNCIA – OPERAÇÃO DE IMPORTAÇÃO, POR ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS, DE BENS RELACIONADOS COM SUAS FINALIDADES ESSENCIAIS – IMPOSSIBILIDADE - TRANSGRESSÃO À NORMA CONSTITUCIONAL DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA (CF, ART. 150, VI, “c”) - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. (AI 785459 AgR/RS, Relator Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 19.12.2011). CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS. C.F., art. 150, VI, "c". I. - Não há invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da imunidade, critérios de classificação dos impostos adotados por normas infraconstitucionais, mesmo porque não é adequado distinguir entre bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto daqueles. O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem adquirido, no mercado interno ou externo, integra o patrimônio da entidade abrangida pela imunidade. II. - Precedentes do STF. III. - R.E. não conhecido (RE 203.755/ES, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 08.11.1996). AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE: ABRANGÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS. IMPORTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (RE 311.626-AgR/PA, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 26.6.2009). 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Supremo Tribunal Federal RE 508.072 AGR / MG Anoto precedentes de ambas as Turmas deste STF, no sentido de que a imunidade a que se refere o art. 150, VI, ‘c’, da Carta Política também se aplica ao ICMS: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ICMS – INCIDÊNCIA – OPERAÇÃO DE IMPORTAÇÃO, POR ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS, DE BENS RELACIONADOS COM SUAS FINALIDADES ESSENCIAIS – IMPOSSIBILIDADE - TRANSGRESSÃO À NORMA CONSTITUCIONAL DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA (CF, ART. 150, VI, “c”) - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO. (AI 785459 AgR/RS, Relator Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 19.12.2011). CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ICMS. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. INSTITUIÇÃO DE EDUCAÇÃO SEM FINS LUCRATIVOS. C.F., art. 150, VI, "c". I. - Não há invocar, para o fim de ser restringida a aplicação da imunidade, critérios de classificação dos impostos adotados por normas infraconstitucionais, mesmo porque não é adequado distinguir entre bens e patrimônio, dado que este se constitui do conjunto daqueles. O que cumpre perquirir, portanto, é se o bem adquirido, no mercado interno ou externo, integra o patrimônio da entidade abrangida pela imunidade. II. - Precedentes do STF. III. - R.E. não conhecido (RE 203.755/ES, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ 08.11.1996). AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE: ABRANGÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS - ICMS. IMPORTAÇÃO DE EQUIPAMENTOS MÉDICOS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (RE 311.626-AgR/PA, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 26.6.2009). 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 508.072 AGR / MG TRIBUTÁRIO. ICMS. IMUNIDADE. OPERAÇÕES DE IMPORTAÇÃO DE MERCADORIA REALIZADA POR ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da Constituição Federal abrange o ICMS incidente sobre a importação de mercadorias utilizadas na prestação de seus serviços específicos. II - Agravo improvido(AI 669.257-AgR/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 17.4.2009). AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL.CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL. ICMS. IMPORTAÇÃO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ENTIDADE BENEFICENTE. ALEGADA INAPLICABILIDADE DA REGRA CONSTITUCIONAL DADO QUE O PRETENSO CONTRIBUINTE NÃO TERIA ARCADO COM A CARGA TRIBUTÁRIA. RAZÕES DE RECURSO CONTRADITÓRIAS. 1. Na tributação das operações de importação, o contribuinte por excelência do tributo é o importador (que tende a ser o adquirente da mercadoria) e não o vendedor. Há confusão entre as figuras do contribuinte de direito e do contribuinte de fato.2. Assim, não faz sentido argumentar que a imunidade tributária não se aplica à entidade beneficente de assistência social nas operações de importação, em razão de a regra constitucional não se prestar à proteção de terceiros que arquem com o ônus da tributação. (...) 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.”(AI 476.664-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, 07.5.2010) Destaco, igualmente, as seguintes decisões monocráticas: AI 836.299/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 16.3.2011, AI 831.455/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 03.02.2011, RE 386.125/RS, Rel. Min. Gilmar 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Supremo Tribunal Federal RE 508.072 AGR / MG TRIBUTÁRIO. ICMS. IMUNIDADE. OPERAÇÕES DE IMPORTAÇÃO DE MERCADORIA REALIZADA POR ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a imunidade prevista no art. 150, VI, c, da Constituição Federal abrange o ICMS incidente sobre a importação de mercadorias utilizadas na prestação de seus serviços específicos. II - Agravo improvido(AI 669.257-AgR/RS, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 17.4.2009). AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL.CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO E DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL E INTERESTADUAL. ICMS. IMPORTAÇÃO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ENTIDADE BENEFICENTE. ALEGADA INAPLICABILIDADE DA REGRA CONSTITUCIONAL DADO QUE O PRETENSO CONTRIBUINTE NÃO TERIA ARCADO COM A CARGA TRIBUTÁRIA. RAZÕES DE RECURSO CONTRADITÓRIAS. 1. Na tributação das operações de importação, o contribuinte por excelência do tributo é o importador (que tende a ser o adquirente da mercadoria) e não o vendedor. Há confusão entre as figuras do contribuinte de direito e do contribuinte de fato.2. Assim, não faz sentido argumentar que a imunidade tributária não se aplica à entidade beneficente de assistência social nas operações de importação, em razão de a regra constitucional não se prestar à proteção de terceiros que arquem com o ônus da tributação. (...) 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.”(AI 476.664-AgR/RS, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, 07.5.2010) Destaco, igualmente, as seguintes decisões monocráticas: AI 836.299/SP, Rel. Min. Marco Aurélio, DJe 16.3.2011, AI 831.455/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJe 03.02.2011, RE 386.125/RS, Rel. Min. Gilmar 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Voto - MIN. ROSA WEBER RE 508.072 AGR / MG Mendes, DJ 09.9.2005. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Supremo Tribunal Federal RE 508.072 AGR / MG Mendes, DJ 09.9.2005. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 10 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864294. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.072 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS AGDO.(A/S) : CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE DA MICRORREGIÃO DE UBÁ - CIS/UBÁ ADV.(A/S) : MAXIMILIANO FERNANDES LIMA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895653 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508.072 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS AGDO.(A/S) : CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE DA MICRORREGIÃO DE UBÁ - CIS/UBÁ ADV.(A/S) : MAXIMILIANO FERNANDES LIMA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895653 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2905065
2012-09-25T00:00:00
2012-10-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CARACTERIZADA. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA A POSTULADOS CONSTITUCIONAIS NÃO VIABILIZA O TRÂNSITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ENTIDADE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL SEM FINS LUCRATIVOS. CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL. ASSISTÊNCIA SOCIAL. FABRICAÇÃO e DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS. ICMS. IMUNIDADE. A decisão agravada se apresenta em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, no sentido de que a imunidade insculpida no art. 150, VI, ‘c’, da Carta Política também se aplica ao ICMS. À luz da moldura fática delineada no acórdão regional, tratando-se de entidade sem fins lucrativos, a pretensão do Estado de Minas Gerais de afastar do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Microrregião de Ubá a imunidade do art. 150, VI, ‘c’, da Constituição da República resulta obstaculizada pela Súmula 279/STF. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur216257
- Acórdãos citados: AI 426981 AgR, RE 511581 AgR, AI 402819 AgR, AI 495880 AgR, AI 436911 AgR, RE 154158 AgR, RE 153781, RE 444808, AI 785459 AgR, RE 203755, RE 311626 AgR, AI 669257 AgR, AI 476664 AgR. - Decisões monocráticas citadas: AI 836299, AI 831455, RE 386125. Número de páginas: 14. Análise: 17/10/2012, MJC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
508072
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00150 INC-00006 LET-C \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 508072 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS AGDO.(A/S) : CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL DE SAÚDE DA MICRORREGIÃO DE UBÁ - CIS/UBÁ ADV.(A/S) : MAXIMILIANO FERNANDES LIMA E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508 . 072", "Súmula 279 / STF", "RE 508 . 072 AGR / MG", "RE 508 . 072 AGR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508 . 072", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508 . 072", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508 . 072", "AI 372 . 358 - AgR / SP", "RE 461 . 286 - AgR /", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508 . 072", "AI 372 . 358 - AgR / SP", "RE 461", ".", "286", "-", "AgR", "MS", "RE 508 . 072 AGR / MG", "AI 682 . 065 - AgR / RS", "AI 662 . 319 - AgR / RR", "RE 535 . 315 - AgR - ED / SP", "AI 557 . 074 - AgR / SC", "RE 430 . 637 - AgR / PR", "AI 791 . 292 - QO", "RE 508 . 072 AGR / MG", "AI 682 . 065 - AgR / RS", "AI 662 . 319 - AgR / RR", "RE 535 . 315 - AgR - ED / SP", "AI 557 . 074 - AgR / SC", "RE 430 . 637 - AgR / PR", "AI 791 . 292 - QO / PE", "RE 508 . 072 AGR / MG", "AI 669 . 257 - AgR / RS", "RE 540 . 725 - AgR / SC", "AI 535 . 922 - AgR / RS", "RE 444 . 808 / MG", "RE 508 . 072 AGR / MG", "AI 669 . 257 - AgR / RS", "RE 540 . 725 - AgR / SC", "AI 535 . 922 - AgR / RS", "RE 444 . 808 / MG", "RE 508 . 072 AGR / MG", "AI 426 . 981 - AgR", "AI 611 . 406 - AgR", "511", ".", "581", "-", "AgR", "AI 402 . 819 - AgR", "RE 508 . 072 AGR / MG", "AI 426 . 981 - AgR", "AI 611 . 406 - AgR", "RE 511 . 581 - AgR", "AI 402 . 819 - AgR", "RE 508 . 072 AGR", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "495", ".", "880", "/", "SP", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "436", ".", "911", "/", "SE", "RE 508 . 072 AGR / MG", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "495", ".", "880", "/", "SP", "STF", "-", "AI", "-", "AgR", "-", "436", ".", "911", "/", "SE", "RE 508 . 072 AGR / MG", "STF", "-", "RE", "-", "AgR", "-", "154", ".", "158", "/", "SP", "STF", "-", "RE", "-", "153", ".", "781", "/", "DF", "RE 508 . 072 AGR / MG", "STF", "-", "RE", "-", "AgR", "-", "154", ".", "158", "/", "SP", "STF", "-", "RE", "-", "153", ".", "781", "/", "DF", "RE 508 . 072 AGR / MG", "Súmula 279 / STF", "RE 444 . 808", "RE 508 . 072 AGR / MG", "Súmula 279 / STF", "RE 444 . 808", "RE 508 . 072 AGR / MG", "AI 785459 AgR / RS", "RE 203 . 755 / ES", "RE 311 . 626 - AgR / PA", "RE 508 . 072 AGR / MG", "AI 785459 AgR / RS", "RE 203 . 755 / ES", "RE 311 . 626 - AgR / PA", "RE 508 . 072 AGR / MG", "AI 669 . 257 - AgR / RS", "AI 476 . 664 - AgR / RS", "AI 836 . 299 / SP", "AI 831 . 455 / SP", "RE 386 . 125 / RS", "RE 508 . 072 AGR /", "AI 669 . 257 - AgR / RS", "AI 476 . 664 - AgR / RS", "AI 836 . 299 / SP", "AI 831 . 455 / SP", "RE 386 . 125 / RS", "RE 508 . 072 AGR / MG", "RE 508 . 072 AGR / MG", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 508 . 072" ], "LEGISLACAO": [ "art . 150 , VI , ‘ c ’ , da Carta Política", ".", "150 , VI , ‘ c ’ , da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 150 , VI , da Carta Política", "arts . 93 , IX , [UNK] , XXXIV , ‘ a ’ , XXXV , LIV , LV , 150 , VI , 155 , II da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 150 , VI , da Carta Política", "arts . 93 , IX , [UNK] , XXXIV , ‘ a ’ , XXXV , LIV , LV , 150 , VI , 155 , II da Constituição da República", "MP n° 2 . 200", "art . 150 , VI , a e c , da Constituição Federal", "arts . 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"Cármen Lúcia", "ROSA WEBER", "Cezar Peluso", "Carlos Britto", "Eros Grau", "Sepúlveda Pertence", "Cezar Peluso", "Carlos Britto", "Eros Grau", "Sepúlveda Pertence", "ROSA WEBER", "Cezar Peluso", "Sepúlveda Pertence", "Cezar Peluso", "Sepúlveda Pertence", "ROSA WEBER", "Carlos Velloso", "Ilmar Galvão", "Carlos Velloso", "Ilmar Galvão", "ROSA WEBER", "Cármen Lúcia", "Cármen Lúcia", "ROSA WEBER", "Celso de Mello", "Carlos Velloso", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Carlos Velloso", "Cármen Lúcia", "ROSA WEBER", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Marco Aurélio", "Joaquim Barbosa", "Gilmar", "9", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "Marco Aurélio", "Joaquim Barbosa", "Gilmar", "ROSA WEBER", "Mendes", "Mendes", "ROSA WEBER", "MAXIMILIANO FERNANDES LIMA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "ROSA WEBER", "MAXIMILIANO FERNANDES LIMA", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "10", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "/", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "03", ".", "4", ".", "2004", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "03", ".", "4", ".", "2004", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "26", ".", "06", ".", "2002", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "26", ".", "06", ".", "2002", "24", "/", "08", "/", "2001", "15", ".", "9", ".", "2006", "04", ".", "04", ".", "2008", "06", ".", "03", ".", "2009", "22", ".", "05", ".", "2009", "22", ".", "06", ".", "2007", "23", ".", "09", ".", "2005", "13", ".", "08", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "15", ".", "9", ".", "2006", "04", ".", "04", ".", "2008", "06", ".", "03", ".", "2009", "22", ".", "05", ".", "2009", "22", ".", "06", ".", "2007", "23", ".", "09", ".", "2005", "13", ".", "08", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", ".", "4", ".", "2009", "13", ".", "3", ".", "2009", "14", ".", "11", ".", "2008", "17", ".", "12", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", ".", "4", ".", "2009", "13", ".", "3", ".", "2009", "14", ".", "11", ".", "2008", "17", ".", "12", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "05", ".", "11", ".", "04", "20", ".", "02", ".", "09", "15", ".", "8", ".", "08", "05", ".", "9", ".", "03", "24", "/", "08", "/", "2001", "05", ".", "11", ".", "04", "20", ".", "02", ".", "09", "15", ".", "8", ".", "08", "05", ".", "9", ".", "03", "24", "/", "08", "/", "2001", "05", ".", "8", ".", "2005", "17", ".", "6", ".", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "05", ".", "8", ".", "2005", "17", ".", "6", ".", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "9", ".", "2002", "02", ".", "02", ".", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "9", ".", "2002", "02", ".", "02", ".", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", ".", "12", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", ".", "12", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "19", ".", "12", ".", "2011", "08", ".", "11", ".", "1996", "26", ".", "6", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "19", ".", "12", ".", "2011", "08", ".", "11", ".", "1996", "26", ".", "6", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", ".", "4", ".", "2009", "07", ".", "5", ".", "2010", "16", ".", "3", ".", "2011", "03", ".", "02", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "17", ".", "4", ".", "2009", "07", ".", "5", ".", "2010", "16", ".", "3", ".", "2011", "03", ".", "02", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", ".", "9", ".", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", ".", "9", ".", "2005", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.894 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :POLITEC IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO LTDA ADV.(A/S) :PIERO HERVATIN SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO. MULTA. CANCELAMENTO OU REDUÇÃO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA INDIRETA. SÚMULA 280 DO STF. REVOLVIMENTO DE MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 279 DO STF. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. ACÓRDÃO RECORRIDO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO. I – As razões do agravo regimental não atacaram, de forma convincente, os fundamentos da decisão agravada em relação à incidência, no caso, das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Incidência da Súmula 284 do STF. Precedentes. II – Inviável o recurso extraordinário quando sua apreciação demanda reexame, por esta Corte, da legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. III – A apreciação do apelo extremo demandaria o revolvimento de matéria fática, o que é vedado pela Súmula 279 do STF. IV – Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Lei Maior, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes. V – Agravo regimental improvido. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800358. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão ARE 695.894 AGR / SP A C Ó R D à O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800358. Supremo Tribunal Federal ARE 695.894 AGR / SP A C Ó R D à O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800358. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.894 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :POLITEC IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO LTDA ADV.(A/S) :PIERO HERVATIN SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado: 'MANDADO DE SEGURANÇA - REEXAME NECESSÁRIO - CONSIDERADO INTERPOSTO, NOS TERMOS DO ART. 12, PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI 1.533/1951. ICMS - AIIM - PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO - RECURSO ESPECIAL ADMINISTRATIVO - PRÉVIO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE - TRIBUNAL DE IMPOSTOS E TAXAS - LEI 10.941/01 - AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO - SENTENÇA REFORMADA - RECURSOS OFICIAL E VOLUNTÁRIO PROVIDOS' (fl. 179). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, XXXIV, a, e LV, e 93, IX, da mesma Carta. A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800359. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.894 SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :POLITEC IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO LTDA ADV.(A/S) :PIERO HERVATIN SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento ao agravo. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário interposto de acórdão assim ementado: 'MANDADO DE SEGURANÇA - REEXAME NECESSÁRIO - CONSIDERADO INTERPOSTO, NOS TERMOS DO ART. 12, PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI 1.533/1951. ICMS - AIIM - PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO - RECURSO ESPECIAL ADMINISTRATIVO - PRÉVIO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE - TRIBUNAL DE IMPOSTOS E TAXAS - LEI 10.941/01 - AUSÊNCIA DE DIREITO LÍQUIDO E CERTO - SENTENÇA REFORMADA - RECURSOS OFICIAL E VOLUNTÁRIO PROVIDOS' (fl. 179). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se, em suma, ofensa aos arts. 5º, XXXIV, a, e LV, e 93, IX, da mesma Carta. A pretensão recursal não merece acolhida. Como tem consignado o Tribunal, por meio de remansosa jurisprudência, em regra, a alegação de ofensa aos princípios do devido Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800359. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório ARE 695.894 AGR / SP processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. É certo, ainda, que não há contrariedade ao art. 93, IX, da Carta Magna, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 663.125-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 634.217-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 764.042-AgR/MA, Rel. Min. Eros Grau; AI 508.047- AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 643.180-AgR/BA, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 787.991-AgR/DF, de minha relatoria. Além disso, o acórdão impugnado decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Lei Estadual 10.941/2001 e RICMS/2000). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquelas normas pelo Juízo a quo, o que inviabiliza o extraordinário, nos termos da Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal. Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático- probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”. A agravante alega, em suma, que “o V. Acórdão recorrido merece ser reformado, posto que está claramente violando nossa Carta Política, mais precisamente seus arts. 93, IX, 5º, LV e XXXIV, a, todos da CF/88” (fl. 306). Sustenta, ainda, que “a fundamentação do não seguimento do Recurso Extraordinário com base nas súmulas 279 e 280 do STF, não merece prosperar, pois não trata-se de reexame de prova, e nem ofensa ao direito local” (fl. 315). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800359. Supremo Tribunal Federal ARE 695.894 AGR / SP processo legal, da ampla defesa, do contraditório e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais, configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. É certo, ainda, que não há contrariedade ao art. 93, IX, da Carta Magna, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras: AI 663.125-AgR/PE, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 634.217-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 764.042-AgR/MA, Rel. Min. Eros Grau; AI 508.047- AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 643.180-AgR/BA, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 787.991-AgR/DF, de minha relatoria. Além disso, o acórdão impugnado decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação local aplicável à espécie (Lei Estadual 10.941/2001 e RICMS/2000). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquelas normas pelo Juízo a quo, o que inviabiliza o extraordinário, nos termos da Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal. Por fim, para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo Tribunal de origem, necessário seria o reexame do conjunto fático- probatório constante dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”. A agravante alega, em suma, que “o V. Acórdão recorrido merece ser reformado, posto que está claramente violando nossa Carta Política, mais precisamente seus arts. 93, IX, 5º, LV e XXXIV, a, todos da CF/88” (fl. 306). Sustenta, ainda, que “a fundamentação do não seguimento do Recurso Extraordinário com base nas súmulas 279 e 280 do STF, não merece prosperar, pois não trata-se de reexame de prova, e nem ofensa ao direito local” (fl. 315). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800359. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.894 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Inicialmente, verifico que as razões do agravo regimental não atacaram, de forma convincente, os fundamentos da decisão agravada em relação à incidência, no caso, das Súmulas 279 e 280 desta Corte. A agravante cingiu-se a afirmar que não se trata “de reexame de prova, e nem ofensa ao direito local” (fl. 315), sem, contudo, desenvolver argumentos para afastar a aplicação das referidas súmulas, bem como para demonstrar a incorreção da decisão atacada. Incabível, portanto, o presente recurso por deficiência de fundamentação, a teor da Súmula 284 do STF. Nesse sentido, destaco julgados de ambas as Turmas deste Tribunal, cujas ementas transcrevo a seguir: “1. Agravo de instrumento: ausência de impugnação dos fundamentos da decisão que obstou o processamento do RE: incidência da Súmula 284. 2. Agravo regimental: necessidade de que se volte contra a argumentação da decisão agravada e de forma convincente: precedentes” (AI 297.718-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF. AGRAVO Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800360. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.894 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Inicialmente, verifico que as razões do agravo regimental não atacaram, de forma convincente, os fundamentos da decisão agravada em relação à incidência, no caso, das Súmulas 279 e 280 desta Corte. A agravante cingiu-se a afirmar que não se trata “de reexame de prova, e nem ofensa ao direito local” (fl. 315), sem, contudo, desenvolver argumentos para afastar a aplicação das referidas súmulas, bem como para demonstrar a incorreção da decisão atacada. Incabível, portanto, o presente recurso por deficiência de fundamentação, a teor da Súmula 284 do STF. Nesse sentido, destaco julgados de ambas as Turmas deste Tribunal, cujas ementas transcrevo a seguir: “1. Agravo de instrumento: ausência de impugnação dos fundamentos da decisão que obstou o processamento do RE: incidência da Súmula 284. 2. Agravo regimental: necessidade de que se volte contra a argumentação da decisão agravada e de forma convincente: precedentes” (AI 297.718-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF. AGRAVO Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800360. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 695.894 AGR / SP IMPROVIDO. I – As razões do agravo regimental não atacaram, de forma convincente, o único fundamento da decisão agravada. Incidência da Súmula 284 do STF. Precedentes. II – Agravo regimental improvido” (AI 846.131-AgR/RS, de minha relatoria, Segunda Turma). Com a mesma orientação, menciono, ainda, os seguintes precedentes, entre outros: RE 575.481-ED-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 549.854-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; AI 755.231-AgR/MS e AI 746.642-ED/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 426.930-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 631.741-AgR/RS e RE 457.688-AgR/PR, de minha relatoria. Ademais, como consignado na decisão agravada, o Tribunal a quo dirimiu a questão destes autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional local pertinente (Lei Estadual 10.941/2001 e RICMS/2000) e, por isso, a afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta, além de incidir, na espécie, a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Além disso, como já asseverado na decisão impugnada, a apreciação do apelo extremo demandaria o reexame dos fatos e provas dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 desta Corte. Por fim, o Tribunal firmou orientação no sentido de que não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, transcrevo ementa do AI 791.292-QO-RG/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes: “Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800360. Supremo Tribunal Federal ARE 695.894 AGR / SP IMPROVIDO. I – As razões do agravo regimental não atacaram, de forma convincente, o único fundamento da decisão agravada. Incidência da Súmula 284 do STF. Precedentes. II – Agravo regimental improvido” (AI 846.131-AgR/RS, de minha relatoria, Segunda Turma). Com a mesma orientação, menciono, ainda, os seguintes precedentes, entre outros: RE 575.481-ED-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes; AI 549.854-AgR/SP, Rel. Min. Eros Grau; AI 755.231-AgR/MS e AI 746.642-ED/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; RE 426.930-AgR/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 631.741-AgR/RS e RE 457.688-AgR/PR, de minha relatoria. Ademais, como consignado na decisão agravada, o Tribunal a quo dirimiu a questão destes autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional local pertinente (Lei Estadual 10.941/2001 e RICMS/2000) e, por isso, a afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta, além de incidir, na espécie, a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal. Incabível, portanto, o recurso extraordinário. Além disso, como já asseverado na decisão impugnada, a apreciação do apelo extremo demandaria o reexame dos fatos e provas dos autos, o que atrai a incidência da Súmula 279 desta Corte. Por fim, o Tribunal firmou orientação no sentido de que não há contrariedade ao art. 93, IX, da mesma Carta, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Nesse sentido, transcrevo ementa do AI 791.292-QO-RG/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes: “Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3° e 4°). 2. Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da Constituição 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800360. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 695.894 AGR / SP Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral”. No mesmo sentido, cito as seguintes decisões, entre outras: AI 747.611-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 712.035-AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 529.105-AgR/CE, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 743.094- AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; AI 590.140-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 414.618-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; RE 520.187- AgR/MG, de minha relatoria. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800360. Supremo Tribunal Federal ARE 695.894 AGR / SP Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão. 4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados à repercussão geral”. No mesmo sentido, cito as seguintes decisões, entre outras: AI 747.611-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 712.035-AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 529.105-AgR/CE, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 743.094- AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau; AI 590.140-AgR/SP, Rel. Min. Sepúlveda Pertence; RE 414.618-AgR/RN, Rel. Min. Ayres Britto; RE 520.187- AgR/MG, de minha relatoria. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800360. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.894 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : POLITEC IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO LTDA ADV.(A/S) : PIERO HERVATIN SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849274 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695.894 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : POLITEC IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO LTDA ADV.(A/S) : PIERO HERVATIN SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849274 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857741
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSO ADMINISTRATIVO TRIBUTÁRIO. MULTA. CANCELAMENTO OU REDUÇÃO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 284 DO STF. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. IMPOSSIBILIDADE. OFENSA INDIRETA. SÚMULA 280 DO STF. REVOLVIMENTO DE MATÉRIA FÁTICA. SÚMULA 279 DO STF. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. ACÓRDÃO RECORRIDO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO IMPROVIDO. I – As razões do agravo regimental não atacaram, de forma convincente, os fundamentos da decisão agravada em relação à incidência, no caso, das Súmulas 279 e 280 do Supremo Tribunal Federal. Incidência da Súmula 284 do STF. Precedentes. II – Inviável o recurso extraordinário quando sua apreciação demanda reexame, por esta Corte, da legislação infraconstitucional local aplicável à espécie. Incidência da Súmula 280 do STF. Precedentes. III – A apreciação do apelo extremo demandaria o revolvimento de matéria fática, o que é vedado pela Súmula 279 do STF. IV – Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Lei Maior, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. Precedentes. V – Agravo regimental improvido.
sjur215717
- Acórdãos citados: AI 297718 AgR, AI 529105 AgR, AI 549854 AgR, AI 590140 AgR, AI 712035 AgR, AI 743094 AgR, AI 747611 AgR, AI 755231 AgR, AI 846131 AgR, AI 746642 ED, AI 791292 QO-RG - Tribunal Pleno, RE 414618 AgR, RE 426930 AgR, RE 457688 AgR, RE 520187 AgR, RE 631741 AgR, RE 575481 ED-AgR. Número de páginas: 8. Análise: 09/10/2012, LLD.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
695894
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000284 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-EST LEI-010941 ANO-2001\r\n LEI ORDINÁRIA, SP\r\n\r\n", "LEG-EST REG ANO-2000\r\n REGULAMENTO DO ICMS, SP" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 695894 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : POLITEC IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO LTDA ADV.(A/S) : PIERO HERVATIN SILVA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 695 . 894", "SÚMULA 284 DO STF", "SÚMULA 280 DO STF", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmulas 279", "Súmula 284 do STF", "Súmula 280 do STF", "Súmula 279 do STF", "ARE 695 . 894 AGR / SP", "ARE 695 . 894 AGR / SP", "ARE 695 . 894 AGR / SP", "AI 663 . 125 - AgR / PE", "AI 806 . 313 - AgR / RN", "AI 756 . 336 - AgR / MG", "AI 634 . 217 - AgR / GO", "AI 764 . 042 - AgR / MA", "AI 508 . 047 - AgR / RJ", "AI 643 . 180 - AgR / BA", "AI 787 . 991 - AgR / DF", "Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal", "Súmula 279 do STF", "súmulas 279 e 280 do STF", "ARE 695 . 894 AGR / SP", "AI 663 . 125 - AgR / PE", "AI 806 . 313 - AgR / RN", "AI 756 . 336 - AgR / MG", "AI 634 . 217 - AgR / GO", "AI 764 . 042 - AgR / MA", "AI 508 . 047 - AgR / RJ", "AI 643 . 180 - AgR", "AI", "787", ".", "-", "AgR", "Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal", "Súmula 279 do STF", "súmulas 279 e 280 do STF", "Súmula 284 do STF", "AI 297 . 718 - AgR / SP", "SÚMULA 284 DO STF", "Súmula 284 do STF", "AI 297 . 718 - AgR / SP", "SÚMULA 284 DO STF", "ARE 695 . 894", "Súmula 284 do STF", "AI 846 . 131 - AgR / RS", "RE 575 . 481 - ED - AgR / SP", "AI 549 . 854 - AgR / SP", "AI 755 . 231 - AgR / MS", "AI 746 . 642 - ED / MG", "RE 426 . 930 - AgR / RJ", "RE 631 . 741 - AgR / RS", "RE 457 . 688 - AgR / PR", "Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal", "AI 791 . 292 - QO - RG / PE", "ARE 695 . 894 AGR / SP", "Súmula 284 do STF", "AI 846 . 131 - AgR / RS", "RE 575 . 481 - ED - AgR / SP", "AI 549 . 854 - AgR / SP", "AI 755 . 231 - AgR / MS", "AI 746 . 642 - ED / MG", "RE 426 . 930 - AgR / RJ", "RE 631 . 741 - AgR / RS", "RE 457 . 688 - AgR / PR", "Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal", "AI 791 . 292 - QO - RG / PE", "ARE 695 . 894 AGR / SP", "AI 747 . 611 - AgR / SP", "AI 712 . 035 - AgR / RJ", "AI 529 . 105 - AgR / CE", "AI 743 . 094 - AgR / RJ", "AI 590 . 140 - AgR / SP", "RE 414 . 618 - AgR / RN", "RE 520 . 187 - AgR / MG", "ARE 695 . 894 AGR", "AI 747 . 611 - AgR / SP", "AI 712 . 035 - AgR / RJ", "AI 529 . 105 - AgR / CE", "AI 743 . 094 - AgR / RJ", "AI 590 . 140 - AgR / SP", "RE 414 . 618 - AgR / RN", "RE 520 . 187 - AgR / MG" ], "LEGISLACAO": [ "ART . 93 , IX , DA CF", "art . 93 , IX , da Lei Maior", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 12 , PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI 1 . 533 / 1951", "LEI 10 . 941 / 01", "art . 102 , III , a , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 12 , PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI 1 . 533 / 1951", "LEI 10 . 941 / 01", "art . 102 , III , a , da Constituição", "arts . 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[UNK] e ao inciso IX do art . 93 da Constituição Federal", "art . 93 , IX , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "Brasília", "Brasília", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "Brasil", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "POLITEC IMPORTAÇÃO E COMÉRCIO LTDA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", 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"RICARDO LEWANDOWSKI", "PIERO HERVATIN SILVA", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "RICARDO LEWANDOWSKI", "PIERO HERVATIN SILVA", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "02", "/", "10", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.110 SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ELVIS DE BARROS DA SILVA ADV.(A/S) :ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MILITAR ESTADUAL. ADICIONAL OPERACIONAL DE LOCALIDADE - AOL. GRATIFICAÇÃO DISCIPLINADA EM NORMA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. (LEIS COMPLEMENTARES NºS 994/06 E 830/97). ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 5º, CAPUT , XXXVI, LIV E LV, 37, CAPUT, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. DIREITO LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. 1. A ofensa ao direito local não viabiliza o apelo extremo. 2. A controvérsia posta nos autos foi decidida à luz de interpretação de lei local, revelando-se incabível a insurgência recursal extraordinária para rediscussão da matéria. (Súmula 280/STF: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário ). 3. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. 4. Inexistência de identidade entre a matéria objeto dos autos e o paradigma invocado. 5. In casu, o acórdão recorrido assentou: POLICIAL MILITAR. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858453. Supremo Tribunal Federal DJe 09/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão ARE 702.110 AGR / SP INDENIZAÇÃO. Pretensão voltada ao recebimento, no seu valor máximo, do Adicional Operacional de Localidade AOL, nos termos do art. 4º, IV, da LC nº 994/06 e do art. 3º da LC nº 830/97. Improcedência do pedido pronunciada em primeiro grau. Dispositivos aludidos que evidenciam a intenção do legislador local de graduar a a complexidade das atividades exercidas e dificuldade de fixação do profissional de acordo com o contingente populacional dos municípios, definindo valores maiores de AOL para locais com grande número de habitantes. Hipótese em que se considerou que o exercício da atividade policial encontra maiores empecilhos nas localidades mais populosas, opção do legislador, sendo vedado ao órgão jurisdicional substituir os critérios estabelecidos em lei. Apelo não provido. 6. Agravo Regimental a que se NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858453. Supremo Tribunal Federal ARE 702.110 AGR / SP INDENIZAÇÃO. Pretensão voltada ao recebimento, no seu valor máximo, do Adicional Operacional de Localidade AOL, nos termos do art. 4º, IV, da LC nº 994/06 e do art. 3º da LC nº 830/97. Improcedência do pedido pronunciada em primeiro grau. Dispositivos aludidos que evidenciam a intenção do legislador local de graduar a a complexidade das atividades exercidas e dificuldade de fixação do profissional de acordo com o contingente populacional dos municípios, definindo valores maiores de AOL para locais com grande número de habitantes. Hipótese em que se considerou que o exercício da atividade policial encontra maiores empecilhos nas localidades mais populosas, opção do legislador, sendo vedado ao órgão jurisdicional substituir os critérios estabelecidos em lei. Apelo não provido. 6. Agravo Regimental a que se NEGA PROVIMENTO. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858453. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.110 SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ELVIS DE BARROS DA SILVA ADV.(A/S) :ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por ELVIS DE BARROS DA SILVA, em face da decisão assim ementada: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MILITAR ESTADUAL. ADICIONAL OPERACIONAL DE LOCALIDADE AOL. GRATIFICAÇÃO DISCIPLINADA EM NORMA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. (LEIS COMPLEMENTARES NºS 994/06 E 830/97). PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 5º, CAPUT , XXXVI, LIV E LV, 37, CAPUT, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. DIREITO LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. A ofensa ao direito local não viabiliza o apelo extremo. 3. A controvérsia posta nos autos foi decidida à luz de interpretação de lei local, revelando-se incabível a insurgência Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858454. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.110 SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ELVIS DE BARROS DA SILVA ADV.(A/S) :ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por ELVIS DE BARROS DA SILVA, em face da decisão assim ementada: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MILITAR ESTADUAL. ADICIONAL OPERACIONAL DE LOCALIDADE AOL. GRATIFICAÇÃO DISCIPLINADA EM NORMA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. (LEIS COMPLEMENTARES NºS 994/06 E 830/97). PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 5º, CAPUT , XXXVI, LIV E LV, 37, CAPUT, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. DIREITO LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. A ofensa ao direito local não viabiliza o apelo extremo. 3. A controvérsia posta nos autos foi decidida à luz de interpretação de lei local, revelando-se incabível a insurgência Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858454. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório ARE 702.110 AGR / SP recursal extraordinária para rediscussão da matéria. (Súmula 280/STF: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário ). 4. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. 5. In casu, o acórdão recorrido assentou: POLICIAL MILITAR. INDENIZAÇÃO. Pretensão voltada ao recebimento, no seu valor máximo, do Adicional Operacional de Localidade AOL, nos termos do art. 4º, IV, da LC nº 994/06 e do art. 3º da LC nº 830/97. Improcedência do pedido pronunciada em primeiro grau. Dispositivos aludidos que evidenciam a intenção do legislador local de graduar a a complexidade das atividades exercidas e dificuldade de fixação do profissional de acordo com o contingente populacional dos municípios, definindo valores maiores de AOL para locais com grande número de habitantes. Hipótese em que se considerou que o exercício da atividade policial encontra maiores empecilhos nas localidades mais populosas, opção do legislador, sendo vedado ao órgão jurisdicional substituir os critérios estabelecidos em lei. Apelo não provido. 6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento. Em suas razões, aduz o agravante a ofensa direta à Constituição Federal. Sustenta, ainda, a inaplicabilidade das Súmulas nºs 280 e 279/STF. Ao final, sustenta que o STF reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos autos no RE 592.317. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858454. Supremo Tribunal Federal ARE 702.110 AGR / SP recursal extraordinária para rediscussão da matéria. (Súmula 280/STF: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário ). 4. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. 5. In casu, o acórdão recorrido assentou: POLICIAL MILITAR. INDENIZAÇÃO. Pretensão voltada ao recebimento, no seu valor máximo, do Adicional Operacional de Localidade AOL, nos termos do art. 4º, IV, da LC nº 994/06 e do art. 3º da LC nº 830/97. Improcedência do pedido pronunciada em primeiro grau. Dispositivos aludidos que evidenciam a intenção do legislador local de graduar a a complexidade das atividades exercidas e dificuldade de fixação do profissional de acordo com o contingente populacional dos municípios, definindo valores maiores de AOL para locais com grande número de habitantes. Hipótese em que se considerou que o exercício da atividade policial encontra maiores empecilhos nas localidades mais populosas, opção do legislador, sendo vedado ao órgão jurisdicional substituir os critérios estabelecidos em lei. Apelo não provido. 6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento. Em suas razões, aduz o agravante a ofensa direta à Constituição Federal. Sustenta, ainda, a inaplicabilidade das Súmulas nºs 280 e 279/STF. Ao final, sustenta que o STF reconheceu a repercussão geral da controvérsia objeto dos autos no RE 592.317. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858454. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.110 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: Cuida-se de recurso extraordinário com agravo interposto por ELVIS DE BARROS DA SILVA, contra decisão que não admitiu seu recurso extraordinário. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, negou provimento ao recurso consignando: “POLICIAL MILITAR. INDENIZAÇÃO. Pretensão voltada ao recebimento, no seu valor máximo, do Adicional Operacional de Localidade AOL, nos termos do art. 4º, IV, da LC nº 994/06 e do art. 3º da LC nº 830/97. Improcedência do pedido pronunciada em primeiro grau. Dispositivos aludidos que evidenciam a intenção do legislador local de graduar a “complexidade das atividades exercidas e dificuldade de fixação do profissional” de acordo com o contingente populacional dos municípios, definindo valores maiores de AOL para locais com grande número de habitantes. Hipótese em que se considerou que o exercício da atividade policial encontra maiores empecilhos nas localidades mais populosas, opção do legislador, sendo vedado ao órgão jurisdicional substituir os critérios estabelecidos em lei. Apelo não provido.” Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados. Irresignado com o teor do acórdão prolatado, o recorrente interpôs recurso extraordinário com fulcro no art. 102, III, a , da Constituição Federal, sustentando a preliminar de repercussão Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858455. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.110 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: Cuida-se de recurso extraordinário com agravo interposto por ELVIS DE BARROS DA SILVA, contra decisão que não admitiu seu recurso extraordinário. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, negou provimento ao recurso consignando: “POLICIAL MILITAR. INDENIZAÇÃO. Pretensão voltada ao recebimento, no seu valor máximo, do Adicional Operacional de Localidade AOL, nos termos do art. 4º, IV, da LC nº 994/06 e do art. 3º da LC nº 830/97. Improcedência do pedido pronunciada em primeiro grau. Dispositivos aludidos que evidenciam a intenção do legislador local de graduar a “complexidade das atividades exercidas e dificuldade de fixação do profissional” de acordo com o contingente populacional dos municípios, definindo valores maiores de AOL para locais com grande número de habitantes. Hipótese em que se considerou que o exercício da atividade policial encontra maiores empecilhos nas localidades mais populosas, opção do legislador, sendo vedado ao órgão jurisdicional substituir os critérios estabelecidos em lei. Apelo não provido.” Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados. Irresignado com o teor do acórdão prolatado, o recorrente interpôs recurso extraordinário com fulcro no art. 102, III, a , da Constituição Federal, sustentando a preliminar de repercussão Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858455. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 702.110 AGR / SP geral e apontando como violados os arts. 5º, caput , XXXVI, LIV e LV, 37, caput, e 93, IX, da Carta Federal. Brevemente relatados, DECIDO . O agravo de instrumento não merece prosperar. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 22/10/2010. Demais disso, a controvérsia dos autos foi decidida à luz de interpretação da norma local que rege o pagamento do Adicional Local de Exercício recebido pelos Policiais Militares do Estado de São Paulo, (LCE 1.020/2007). Incide, in casu, o veto erigido pelo enunciado da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal, de seguinte teor, verbis: "Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário". A respeito do enunciado da Súmula n. 280, traz-se a lume as lições do ilustre professor Roberto Rosas, verbis : "A interpretação do direito local ou então a violação de direito local para possibilitar o recurso extraordinário é impossível, porque o desideratum do legislador e a orientação do STF são no sentido de instituir o apelo final no âmbito da lei federal, mantendo a sua supremacia. A Súmula 280, seguindo nessa esteira, afirma que por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. Ressalte-se que, quando as leis estaduais 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858455. Supremo Tribunal Federal ARE 702.110 AGR / SP geral e apontando como violados os arts. 5º, caput , XXXVI, LIV e LV, 37, caput, e 93, IX, da Carta Federal. Brevemente relatados, DECIDO . O agravo de instrumento não merece prosperar. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 22/10/2010. Demais disso, a controvérsia dos autos foi decidida à luz de interpretação da norma local que rege o pagamento do Adicional Local de Exercício recebido pelos Policiais Militares do Estado de São Paulo, (LCE 1.020/2007). Incide, in casu, o veto erigido pelo enunciado da Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal, de seguinte teor, verbis: "Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário". A respeito do enunciado da Súmula n. 280, traz-se a lume as lições do ilustre professor Roberto Rosas, verbis : "A interpretação do direito local ou então a violação de direito local para possibilitar o recurso extraordinário é impossível, porque o desideratum do legislador e a orientação do STF são no sentido de instituir o apelo final no âmbito da lei federal, mantendo a sua supremacia. A Súmula 280, seguindo nessa esteira, afirma que por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário. Ressalte-se que, quando as leis estaduais 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858455. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 702.110 AGR / SP conflitam no tempo, a matéria já está no plano do direito federal, porquanto o Direito Intertemporal é do âmbito da lei federal (RE 51.680, Rel. Min. Luiz Gallotti, DJU 1.8.1963). Quanto às leis municipais adota-se o mesmo ponto concernente às leis estaduais. As Leis de Organização Judiciária são locais, estaduais, portanto não podem ser invocadas para a admissão de recurso extraordinário, sendo comum os casos onde surgem problemas no concernente ao julgamento da causa pelo tribunal a quo, discutindo-se a sistemática nos julgamentos: juízes impedidos, convocação de juízes etc. (RE 66.149, RTJ 49/356). (in, Direito Sumular. 12ª ed. São Paulo: Malheiros, 2004). Quanto à impossibilidade de reexame da interpretação conferida na origem à legislação infraconstitucional local, confiram-se os seguintes precedentes: AGRAVO REGIMENTAL. POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DE SÃO PAULO. ADICIONAL OPERACIONAL DE LOCALIDADE (AOL). CRITÉRIO DE FIXAÇÃO DO VALOR. DISCUSSÃO SOBRE A NATUREZA DA VANTAGEM. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 280 DO STF. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. EXISTÊNCIA DE EQUÍVOCO NA DECISÃO AGRAVADA, VISTO QUE OS AGRAVANTES SÃO SERVIDORES EM ATIVIDADE, E NÃO INATIVOS, COMO CONSTOU DO ATO DECISÓRIO IMPUGNADO. Os dispositivos constitucionais invocados no recurso extraordinário não foram prequestionados. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário o exame prévio da legislação local pertinente, o que é inviável nesta esfera. Incidência da Súmula 280 do STF. Agravo regimental provido, em parte, apenas para fazer constar que os agravantes são servidores em atividade. ARE 647.894 AgR, Relator Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJ 22.6.2012) Agravo regimental em agravo de instrumento. Adicional 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858455. Supremo Tribunal Federal ARE 702.110 AGR / SP conflitam no tempo, a matéria já está no plano do direito federal, porquanto o Direito Intertemporal é do âmbito da lei federal (RE 51.680, Rel. Min. Luiz Gallotti, DJU 1.8.1963). Quanto às leis municipais adota-se o mesmo ponto concernente às leis estaduais. As Leis de Organização Judiciária são locais, estaduais, portanto não podem ser invocadas para a admissão de recurso extraordinário, sendo comum os casos onde surgem problemas no concernente ao julgamento da causa pelo tribunal a quo, discutindo-se a sistemática nos julgamentos: juízes impedidos, convocação de juízes etc. (RE 66.149, RTJ 49/356). (in, Direito Sumular. 12ª ed. São Paulo: Malheiros, 2004). Quanto à impossibilidade de reexame da interpretação conferida na origem à legislação infraconstitucional local, confiram-se os seguintes precedentes: AGRAVO REGIMENTAL. POLICIAIS MILITARES DO ESTADO DE SÃO PAULO. ADICIONAL OPERACIONAL DE LOCALIDADE (AOL). CRITÉRIO DE FIXAÇÃO DO VALOR. DISCUSSÃO SOBRE A NATUREZA DA VANTAGEM. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 280 DO STF. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. EXISTÊNCIA DE EQUÍVOCO NA DECISÃO AGRAVADA, VISTO QUE OS AGRAVANTES SÃO SERVIDORES EM ATIVIDADE, E NÃO INATIVOS, COMO CONSTOU DO ATO DECISÓRIO IMPUGNADO. Os dispositivos constitucionais invocados no recurso extraordinário não foram prequestionados. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que se chegou no acórdão recorrido, seria necessário o exame prévio da legislação local pertinente, o que é inviável nesta esfera. Incidência da Súmula 280 do STF. Agravo regimental provido, em parte, apenas para fazer constar que os agravantes são servidores em atividade. ARE 647.894 AgR, Relator Min. JOAQUIM BARBOSA, Segunda Turma, DJ 22.6.2012) Agravo regimental em agravo de instrumento. Adicional 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858455. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 702.110 AGR / SP Operacional de Localidade. Policiais Civis. Reexame de legislação municipal. Ofensa reflexa. Isonomia de vencimentos. Súmula nº 339 desta Corte. Precedentes. 1. O recurso extraordinário não se presta ao reexame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280/STF. 2. Incidência da Súmula nº 339 do Supremo Tribunal Federal, que dispõe, in verbis: "Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia." 3. Agravo regimental não provido. (AI 741.536-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJ 4.8.2011) AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. POLICIAL MILITAR. ADICIONAL OPERACIONAL DE LOCALIDADE. LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS NS. 696/92 E 994/06. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (RE 597.629-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJ 2.10.2009) Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF. Por fim, quanto ao precedente invocado da repercussão geral, RE 592.317, a questão a ser analisada refere-se à possibilidade de o Poder Judiciário ou de a Administração Pública aumentarem vencimentos ou estender vantagens e gratificações de servidores públicos civis e militares, regidos pelo regime estatutário, com base no princípio da isonomia, na equiparação salarial ou a pretexto da revisão geral anual nos termos do artigo 37, X, da Constituição Federal. A matéria aqui tratada é diversa do paradigma que o agravante invoca. Para se aplicar o instituto da repercussão geral é necessário que a 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858455. Supremo Tribunal Federal ARE 702.110 AGR / SP Operacional de Localidade. Policiais Civis. Reexame de legislação municipal. Ofensa reflexa. Isonomia de vencimentos. Súmula nº 339 desta Corte. Precedentes. 1. O recurso extraordinário não se presta ao reexame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280/STF. 2. Incidência da Súmula nº 339 do Supremo Tribunal Federal, que dispõe, in verbis: "Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de servidores públicos, sob fundamento de isonomia." 3. Agravo regimental não provido. (AI 741.536-AgR, Rel. Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, DJ 4.8.2011) AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. POLICIAL MILITAR. ADICIONAL OPERACIONAL DE LOCALIDADE. LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS NS. 696/92 E 994/06. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (RE 597.629-AgR, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, DJ 2.10.2009) Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF. Por fim, quanto ao precedente invocado da repercussão geral, RE 592.317, a questão a ser analisada refere-se à possibilidade de o Poder Judiciário ou de a Administração Pública aumentarem vencimentos ou estender vantagens e gratificações de servidores públicos civis e militares, regidos pelo regime estatutário, com base no princípio da isonomia, na equiparação salarial ou a pretexto da revisão geral anual nos termos do artigo 37, X, da Constituição Federal. A matéria aqui tratada é diversa do paradigma que o agravante invoca. Para se aplicar o instituto da repercussão geral é necessário que a 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858455. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 702.110 AGR / SP matéria seja idêntica. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858455. Supremo Tribunal Federal ARE 702.110 AGR / SP matéria seja idêntica. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858455. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.110 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : ELVIS DE BARROS DA SILVA ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895724 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.110 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : ELVIS DE BARROS DA SILVA ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895724 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2904990
2012-09-25T00:00:00
2012-10-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. MILITAR ESTADUAL. ADICIONAL OPERACIONAL DE LOCALIDADE - AOL. GRATIFICAÇÃO DISCIPLINADA EM NORMA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. (LEIS COMPLEMENTARES NºS 994/06 E 830/97). ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AOS ARTIGOS 5º, CAPUT , XXXVI, LIV E LV, 37, CAPUT, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. DIREITO LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. 1. A ofensa ao direito local não viabiliza o apelo extremo. 2. A controvérsia posta nos autos foi decidida à luz de interpretação de lei local, revelando-se incabível a insurgência recursal extraordinária para rediscussão da matéria. (Súmula 280/STF: Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário ). 3. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. 4. Inexistência de identidade entre a matéria objeto dos autos e o paradigma invocado. 5. In casu, o acórdão recorrido assentou: POLICIAL MILITAR. INDENIZAÇÃO. Pretensão voltada ao recebimento, no seu valor máximo, do Adicional Operacional de Localidade AOL, nos termos do art. 4º, IV, da LC nº 994/06 e do art. 3º da LC nº 830/97. Improcedência do pedido pronunciada em primeiro grau. Dispositivos aludidos que evidenciam a intenção do legislador local de graduar a a complexidade das atividades exercidas e dificuldade de fixação do profissional de acordo com o contingente populacional dos municípios, definindo valores maiores de AOL para locais com grande número de habitantes. Hipótese em que se considerou que o exercício da atividade policial encontra maiores empecilhos nas localidades mais populosas, opção do legislador, sendo vedado ao órgão jurisdicional substituir os critérios estabelecidos em lei. Apelo não provido. 6. Agravo Regimental a que se NEGA PROVIMENTO.
sjur216313
- Acórdão citado: RE 592317 RG. Número de páginas: 10. Análise: 18/10/2012, MJC.
LUIZ FUX
Primeira Turma
702110
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 \"CAPUT\" INC-00036 INC-00055\r\n ART-00037 \"CAPUT\" ART-00093 INC-00009\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-EST LCP-000830 ANO-1997\r\n LEI COMPLEMENTAR, SP\r\n\r\n", "LEG-EST LCP-000994 ANO-2006\r\n LEI COMPLEMENTAR, SP" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 702110 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ELVIS DE BARROS DA SILVA ADV.(A/S) : ELIEZER PEREIRA MARTINS E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702 . 110", "SÚMULA 280 DO STF", "Súmula 280 / STF :", "ARE 702 . 110 AGR / SP", "ARE 702 . 110 AGR / SP", "AGRAVO 702 . 110 SÃO", "SÚMULA 280 DO STF", "SÚMULA 280 DO STF", "Súmula 280 / STF :", "Súmulas [UNK] 280 e 279 / STF", "RE 592 . 317", "ARE 702 . 110 AGR / SP", "Súmula 280 / STF :", "Súmulas [UNK] 280 e 279 / STF", "RE 592 . 317", "AGRAVO 702 . 110", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM", "ARE 702 . 110 AGR / SP", "AI 804 . 854 - AgR", "AI 756 . 336 - AgR", "Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal", "Súmula 280", "ARE 702 . 110 AGR / SP", "AI 804 . 854 - AgR", "AI 756 . 336 - AgR", "LCE 1 . 020 / 2007", "Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal", "ARE 702 . 110 AGR / SP", "RE 51 . 680", "RE 66", "SÚMULA 280 DO STF", "SÚMULAS 282 E 356 DO STF", "Súmulas 282", "Súmula 280 do STF", "ARE 647 . 894 AgR", "ARE 702 . 110 AGR / SP", "RE 51 . 680", "RE 66 . 149", "RTJ 49 / 356", "SÚMULA 280 DO STF", "SÚMULAS 282", "Súmulas 282", "Súmula 280 do STF", "ARE 647 . 894 AgR", "ARE 702 . 110 AGR", "Súmula [UNK] 280 / STF", "Súmula [UNK] 339 do Supremo Tribunal Federal", "AI 741 . 536 - AgR", "SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "RE 597 . 629 - AgR", "RE 592 . 317", "ARE 702 . 110", "Súmula [UNK] 339 desta Corte", "Súmula [UNK] 339 do Supremo Tribunal Federal", "AI 741 . 536 - AgR", "SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "RE 597 . 629 - AgR", "RE 592 . 317", "ARE 702 . 110 AGR / SP", "ARE 702 . 110 AGR / SP" ], "LEGISLACAO": [ "LEIS COMPLEMENTARES [UNK] 994 / 06", "830", "/", "97", "ARTIGOS [UNK] , CAPUT , XXXVI , LIV E LV , 37 , CAPUT , E 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 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[UNK] , caput , XXXVI , LIV e LV , 37 , caput , e 93 , IX , da Carta Federal", "art . 323 do RISTF", "art . 102 , III , § [UNK] , da CF", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "994", "/", "06", "art . 21 , § [UNK] , do RISTF", "artigo 37 , X , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEIS COMPLEMENTARES ESTADUAIS NS . 696 / 92", "994", "/", "06", "art", "artigo 37 , X , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "Brasília", "Brasília", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "Estado de São Paulo", "Estado de São Paulo", "São Paulo", "ESTADO DE SÃO PAULO", "São Paulo", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.743 PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :COOPERATIVA MISTA AGROPECUÁRIA WITMARSUM LTDA ADV.(A/S) :JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) :DELEGADO REGIONAL DA RECEITA DO ESTADO DO PARANA EM PONTA GROSSA EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CARIMBO DO PROTOCOLO DA PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO ILEGÍVEL. POSSIBILIDADE DE AFERIÇÃO DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO POR OUTROS MEIOS. RESPONSABILIDADE DO ÓRGÃO QUE RECEBEU A PETIÇÃO. 1. Nada obstante o carimbo do protocolo da petição de recurso extraordinário esteja ilegível, a sua tempestividade pode ser aferida por outros elementos acostados aos autos. O defeito do protocolo ilegível, no caso, é imputável ao órgão que recebeu a petição e não carimbou adequadamente, não podendo a parte jurisdicionada sofrer o prejuízo por um defeito o qual não deu causa. O ônus processual no caso não pode ser atribuído à parte. 2. Agravo regimental a que se dá provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em dar provimento ao agravo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2941885. Supremo Tribunal Federal DJe 07/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão RE 611.743 AGR / PR regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2941885. Supremo Tribunal Federal RE 611.743 AGR / PR regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2941885. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.743 PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :COOPERATIVA MISTA AGROPECUÁRIA WITMARSUM LTDA ADV.(A/S) :JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) :DELEGADO REGIONAL DA RECEITA DO ESTADO DO PARANA EM PONTA GROSSA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por Cooperativa Mista Agropecuária Witmarsum Ltda. contra decisão proferida pelo Ministro Eros Grau, assim fundamentada: “O extraordinário não atende aos pressupostos de admissibilidade. Não consta o carimbo do protocolo na petição inicial do recurso, o que impede a visualização da data de sua interposição e, consequentemente, a verificação de sua tempestividade. Incide o óbice da Súmula n. 639 do STF. Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF”. A agravante sustenta, nas razões de agravo regimental, que: “(...) conforme pode se verificar da fotocópia colorida da fl. 304 do presente Mandado de Segurança em anexo, a agravante efetuou corretamente o protocolo do referido recurso em 30/04/2007, ou seja, dentro do prazo legal. Importa ressaltar que a digitalização e envio dos autos foram realizados pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Desta forma, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865848. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.743 PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :COOPERATIVA MISTA AGROPECUÁRIA WITMARSUM LTDA ADV.(A/S) :JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) :DELEGADO REGIONAL DA RECEITA DO ESTADO DO PARANA EM PONTA GROSSA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por Cooperativa Mista Agropecuária Witmarsum Ltda. contra decisão proferida pelo Ministro Eros Grau, assim fundamentada: “O extraordinário não atende aos pressupostos de admissibilidade. Não consta o carimbo do protocolo na petição inicial do recurso, o que impede a visualização da data de sua interposição e, consequentemente, a verificação de sua tempestividade. Incide o óbice da Súmula n. 639 do STF. Nego seguimento ao recurso com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do RISTF”. A agravante sustenta, nas razões de agravo regimental, que: “(...) conforme pode se verificar da fotocópia colorida da fl. 304 do presente Mandado de Segurança em anexo, a agravante efetuou corretamente o protocolo do referido recurso em 30/04/2007, ou seja, dentro do prazo legal. Importa ressaltar que a digitalização e envio dos autos foram realizados pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Desta forma, Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865848. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório RE 611.743 AGR / PR a agravante não pode ser prejudicada por eventual falha/problemas de qualidade da digitalização. Assim, requer seja reformada a r. decisão agravada para que seja dado seguimento ao Recurso Extraordinário em comento. Contudo, caso assim não se entenda, requer seja oficiado o TJ/PR para que informe a data do referido protocolo (fls. 304 dos autos) ou realize a remessa física dos autos, de forma que seja possível constatar a tempestividade do protocolo efetuado”. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865848. Supremo Tribunal Federal RE 611.743 AGR / PR a agravante não pode ser prejudicada por eventual falha/problemas de qualidade da digitalização. Assim, requer seja reformada a r. decisão agravada para que seja dado seguimento ao Recurso Extraordinário em comento. Contudo, caso assim não se entenda, requer seja oficiado o TJ/PR para que informe a data do referido protocolo (fls. 304 dos autos) ou realize a remessa física dos autos, de forma que seja possível constatar a tempestividade do protocolo efetuado”. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865848. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Voto - MIN. LUIZ FUX 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.743 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O agravo regimental merece prosperar. Nada obstante o carimbo do protocolo da petição de recurso extraordinário esteja ilegível, a sua tempestividade pode ser aferida por outros elementos acostados aos autos. O defeito do protocolo ilegível, no caso, é imputável ao órgão que recebeu a petição e não carimbou adequadamente, não podendo a parte jurisdicionada sofrer o prejuízo por um defeito o qual não deu causa. O ônus processual no caso não pode ser atribuído à parte. Ex positis, dou provimento ao agravo regimental. É como voto. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2941886. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.743 PARANÁ V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): O agravo regimental merece prosperar. Nada obstante o carimbo do protocolo da petição de recurso extraordinário esteja ilegível, a sua tempestividade pode ser aferida por outros elementos acostados aos autos. O defeito do protocolo ilegível, no caso, é imputável ao órgão que recebeu a petição e não carimbou adequadamente, não podendo a parte jurisdicionada sofrer o prejuízo por um defeito o qual não deu causa. O ônus processual no caso não pode ser atribuído à parte. Ex positis, dou provimento ao agravo regimental. É como voto. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2941886. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Retificação de Voto 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.743 PARANÁ DEBATE O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Senhor Presidente, aqui, na Lista nº 2, o número 1, eu não me lembro se nós já decidimos essa questão. Eu, particularmente, no Superior Tribunal de Justiça, era contrário a essa jurisprudência. Agora, evidentemente, se o Colegiado entender, eu me submeto à vontade do Colegiado. "CARIMBO DO PROTOCOLO DA PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO ILEGÍVEL." Eu sempre fui contrário a essas formalidades excessivas para não se admitir o recurso extraordinário. Agora, se a Turma tem jurisprudência, o Pleno, enfim, eu não me recordo de termos enfrentado esta questão aqui. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Tenho sempre me manifestado no sentido de atribuir a erronia ao Cartório. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Eu também acho. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Mas há condições, Ministro Luiz Fux, de fazer a contagem de prazo? No TST, há uma jurisprudência tranquila no caso da inelegibilidade total, como vamos fazer o cálculo? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Eu tenho impressão que pelos carimbos de juntada, de abertura de vista. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Há a possibilidade? Também não sou formalista a esse ponto. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974989. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.743 PARANÁ DEBATE O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Senhor Presidente, aqui, na Lista nº 2, o número 1, eu não me lembro se nós já decidimos essa questão. Eu, particularmente, no Superior Tribunal de Justiça, era contrário a essa jurisprudência. Agora, evidentemente, se o Colegiado entender, eu me submeto à vontade do Colegiado. "CARIMBO DO PROTOCOLO DA PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO ILEGÍVEL." Eu sempre fui contrário a essas formalidades excessivas para não se admitir o recurso extraordinário. Agora, se a Turma tem jurisprudência, o Pleno, enfim, eu não me recordo de termos enfrentado esta questão aqui. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Tenho sempre me manifestado no sentido de atribuir a erronia ao Cartório. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Eu também acho. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Mas há condições, Ministro Luiz Fux, de fazer a contagem de prazo? No TST, há uma jurisprudência tranquila no caso da inelegibilidade total, como vamos fazer o cálculo? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Eu tenho impressão que pelos carimbos de juntada, de abertura de vista. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Há a possibilidade? Também não sou formalista a esse ponto. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974989. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Retificação de Voto RE 611.743 AGR / PR O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - É. Eu acho que o que não pode é o particular sofrer o prejuízo por força da máquina judiciária. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – E, considerado o interregno entre a decisão e o recurso, há mais de 15 dias? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Bom, aí, teria que fazer um critério de apuração. Quer dizer, o que eu sou frontalmente contrário é a essa sobrepujança dessa questão formal de somenos importância ao direito quase que natural que a parte tem de recorrer ao Supremo Tribunal Federal. É um direito inalienável, perder por um protocolo ilegível. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Sim. Pois é, na verdade, direito de um que reflete na outra parte. Não é? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Não, eu não tenho dúvida. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Tem direito de ingressar no prazo legal. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Não, pois é, mas, aqui, não é o problema de tempestividade; o problema, aqui, é o protocolo ilegível. A quem é imputável esse defeito do protocolo ilegível? O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Não se trata de rasura, porque, se fosse, ainda se poderia imaginar a má-fé. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Protocolo ilegível é problema do Judiciário que não carimbou direito lá. Eu estou me colocando contrário, até para nós podermos dar provimento que não 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974989. Supremo Tribunal Federal RE 611.743 AGR / PR O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - É. Eu acho que o que não pode é o particular sofrer o prejuízo por força da máquina judiciária. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – E, considerado o interregno entre a decisão e o recurso, há mais de 15 dias? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Bom, aí, teria que fazer um critério de apuração. Quer dizer, o que eu sou frontalmente contrário é a essa sobrepujança dessa questão formal de somenos importância ao direito quase que natural que a parte tem de recorrer ao Supremo Tribunal Federal. É um direito inalienável, perder por um protocolo ilegível. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Sim. Pois é, na verdade, direito de um que reflete na outra parte. Não é? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Não, eu não tenho dúvida. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Tem direito de ingressar no prazo legal. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Não, pois é, mas, aqui, não é o problema de tempestividade; o problema, aqui, é o protocolo ilegível. A quem é imputável esse defeito do protocolo ilegível? O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Não se trata de rasura, porque, se fosse, ainda se poderia imaginar a má-fé. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Protocolo ilegível é problema do Judiciário que não carimbou direito lá. Eu estou me colocando contrário, até para nós podermos dar provimento que não 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974989. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Retificação de Voto RE 611.743 AGR / PR vincula com relação aos demais requisitos de admissibilidade. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Vossa Excelência negou seguimento ao extraordinário pela intempestividade, não é? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Eu peguei assim, não é? O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu tenho me manifestado dessa forma também. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - A jurisprudência - pelo que entendi - do STJ e do TST é também nesse sentido. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Do Supremo, eu não sei se é assim também. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Vou pedir vênia para prover o regimental. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Eu também vou ficar vencido para prover o regimental. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Não. Dois, quatro. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Não, aí, empata e fico esperando. Quer que tire? Quer que adie, Presidente? Para esperar. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): A Ministra Rosa Weber vota... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – É melhor retirar. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974989. Supremo Tribunal Federal RE 611.743 AGR / PR vincula com relação aos demais requisitos de admissibilidade. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Vossa Excelência negou seguimento ao extraordinário pela intempestividade, não é? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Eu peguei assim, não é? O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu tenho me manifestado dessa forma também. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - A jurisprudência - pelo que entendi - do STJ e do TST é também nesse sentido. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Do Supremo, eu não sei se é assim também. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Vou pedir vênia para prover o regimental. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Eu também vou ficar vencido para prover o regimental. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Não. Dois, quatro. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Não, aí, empata e fico esperando. Quer que tire? Quer que adie, Presidente? Para esperar. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): A Ministra Rosa Weber vota... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – É melhor retirar. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974989. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Retificação de Voto RE 611.743 AGR / PR A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - É melhor retirar, depois formamos uma jurisprudência da Turma. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - É melhor retirar e esperar depois para... O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): São todos da lista? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Pelo processo... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Apenas esse. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Só o primeiro. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Mas, Ministro Toffoli, é porque a Ministra Rosa me fez uma pergunta, e, aqui, a assessoria está me informando que a data da petição do RE demonstra da sua tempestividade, a data da petição do RE está assinada dentro do prazo, está como se fosse interposto dentro do prazo. Ficamos só com a questão da dúvida do protocolo. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - E o despacho de admissibilidade atestou a intempestividade? Há alguma referência? O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O recurso, na origem, foi tido como tempestivo, tanto que o Presidente mandou o processo subir. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - É, subiu. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - É o próprio recurso? 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974989. Supremo Tribunal Federal RE 611.743 AGR / PR A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - É melhor retirar, depois formamos uma jurisprudência da Turma. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - É melhor retirar e esperar depois para... O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): São todos da lista? O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Pelo processo... O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Apenas esse. O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Só o primeiro. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Mas, Ministro Toffoli, é porque a Ministra Rosa me fez uma pergunta, e, aqui, a assessoria está me informando que a data da petição do RE demonstra da sua tempestividade, a data da petição do RE está assinada dentro do prazo, está como se fosse interposto dentro do prazo. Ficamos só com a questão da dúvida do protocolo. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - E o despacho de admissibilidade atestou a intempestividade? Há alguma referência? O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O recurso, na origem, foi tido como tempestivo, tanto que o Presidente mandou o processo subir. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - É, subiu. A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - É o próprio recurso? 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974989. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Retificação de Voto RE 611.743 AGR / PR O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque seria muito fácil liquidar o recurso em uma penada. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Eu acho que, nessas condições, nós podemos dar provimento. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sim. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Dar provimento a esse regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974989. Supremo Tribunal Federal RE 611.743 AGR / PR O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque seria muito fácil liquidar o recurso em uma penada. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Eu acho que, nessas condições, nós podemos dar provimento. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sim. O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR) - Dar provimento a esse regimental. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974989. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.743 PARANÁ VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu só vou anotar o meu voto vencido. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2968303. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.743 PARANÁ VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE): Eu só vou anotar o meu voto vencido. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2968303. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.743 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : COOPERATIVA MISTA AGROPECUÁRIA WITMARSUM LTDA ADV.(A/S) : JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) : DELEGADO REGIONAL DA RECEITA DO ESTADO DO PARANA EM PONTA GROSSA Decisão: Por maioria de votos, a Turma deu provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Dias Toffoli, Presidente. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895681 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 611.743 PROCED. : PARANÁ RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : COOPERATIVA MISTA AGROPECUÁRIA WITMARSUM LTDA ADV.(A/S) : JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) : DELEGADO REGIONAL DA RECEITA DO ESTADO DO PARANA EM PONTA GROSSA Decisão: Por maioria de votos, a Turma deu provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Dias Toffoli, Presidente. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895681 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3058921
2012-09-25T00:00:00
2012-11-07T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma deu provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Dias Toffoli, Presidente. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CARIMBO DO PROTOCOLO DA PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO ILEGÍVEL. POSSIBILIDADE DE AFERIÇÃO DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO POR OUTROS MEIOS. RESPONSABILIDADE DO ÓRGÃO QUE RECEBEU A PETIÇÃO. 1. Nada obstante o carimbo do protocolo da petição de recurso extraordinário esteja ilegível, a sua tempestividade pode ser aferida por outros elementos acostados aos autos. O defeito do protocolo ilegível, no caso, é imputável ao órgão que recebeu a petição e não carimbou adequadamente, não podendo a parte jurisdicionada sofrer o prejuízo por um defeito o qual não deu causa. O ônus processual no caso não pode ser atribuído à parte. 2. Agravo regimental a que se dá provimento.
sjur217931
Número de páginas: 12. Análise: 16/11/2012, MAC.
LUIZ FUX
Primeira Turma
611743
null
RE-AgR
acordaos
RE 611743 AgR
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AGTE.(S) : COOPERATIVA MISTA AGROPECUÁRIA WITMARSUM LTDA AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ INTDO.(A/S) : DELEGADO REGIONAL DA RECEITA DO ESTADO DO PARANA EM PONTA GROSSA ADV.(A/S) : JULIO ASSIS GEHLEN E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.112 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :COOPERATIVA DE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS DE MOTORISTAS AUTÔNOMOS - COOPERAUTO ADV.(A/S) :ALVARO TREVISIOLI E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. 1. Decisão que determina o retorno dos autos à origem, com base no art. 543-B do Código de Processo Civil. Discussão quanto ao conhecimento do agravo de instrumento. 2. Formação integral do instrumento. Tempestividade do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Ministro Joaquim Barbosa. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904159. Supremo Tribunal Federal DJe 10/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.112 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :COOPERATIVA DE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS DE MOTORISTAS AUTÔNOMOS - COOPERAUTO ADV.(A/S) :ALVARO TREVISIOLI E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 28 de agosto de 2012, dei provimento ao agravo para que fosse observado o art. 543-B do Código de Processo Civil e admitido o recurso extraordinário, interposto pela Cooperativa de Locação de Veículos de Motoristas Autônomos - Cooperauto contra julgado proferido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, no qual se discute a constitucionalidade das alterações introduzidas pela Medida Provisória n. 1.858/1999, que revogou a isenção da Contribuição para o PIS e COFINS concedida pela Lei Complementar n. 70/1991 às sociedades cooperativas, em razão da necessidade de lei complementar para dispor sobre matéria tributária. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “1. Agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a , da Constituição da República, contra julgado no qual se discute a constitucionalidade das alterações introduzidas pela Medida Provisória n. 1.858/99, que revogou a isenção da Contribuição para o PIS e COFINS concedida pela Lei Complementar n. 70/91 às sociedades cooperativas, em razão da necessidade de lei complementar para dispor sobre matéria tributária. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904160. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.112 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :COOPERATIVA DE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS DE MOTORISTAS AUTÔNOMOS - COOPERAUTO ADV.(A/S) :ALVARO TREVISIOLI E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 28 de agosto de 2012, dei provimento ao agravo para que fosse observado o art. 543-B do Código de Processo Civil e admitido o recurso extraordinário, interposto pela Cooperativa de Locação de Veículos de Motoristas Autônomos - Cooperauto contra julgado proferido pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, no qual se discute a constitucionalidade das alterações introduzidas pela Medida Provisória n. 1.858/1999, que revogou a isenção da Contribuição para o PIS e COFINS concedida pela Lei Complementar n. 70/1991 às sociedades cooperativas, em razão da necessidade de lei complementar para dispor sobre matéria tributária. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “1. Agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto com base no art. 102, inc. III, alínea a , da Constituição da República, contra julgado no qual se discute a constitucionalidade das alterações introduzidas pela Medida Provisória n. 1.858/99, que revogou a isenção da Contribuição para o PIS e COFINS concedida pela Lei Complementar n. 70/91 às sociedades cooperativas, em razão da necessidade de lei complementar para dispor sobre matéria tributária. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904160. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório AI 738.112 AGR / SP 2. Este Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário ao analisar o Recurso Extraordinário n. 598.085, Relator o Ministro Eros Grau. Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil. 3. Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil , nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais” (fls. 354-355). 2. Intimada dessa decisão em 11.9.2012 (fl. 356), interpõe a União, ora Agravante, em 13.9.2012, tempestivamente, agravo regimental (fl. 358). 3. Alega a Agravante que “a certidão de publicação supostamente do acórdão recorrido (fl. 97 dos autos de agravo de instrumento) não traz o número do processo a que se refere tal publicação, nem mesmo a certidão de tempestividade supostamente do recurso extraordinário interposto (fl. 32 dos autos de agravo de instrumento) consta a qual processo se refere, a revelar inexistência de meio para a comprovação da tempestividade do apelo extremo então interposto” (fl. 358). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904160. Supremo Tribunal Federal AI 738.112 AGR / SP 2. Este Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário ao analisar o Recurso Extraordinário n. 598.085, Relator o Ministro Eros Grau. Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil. 3. Pelo exposto, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário, devendo ser observado quanto a este o art. 543-B do Código de Processo Civil , nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Retornem os autos deste agravo de instrumento à origem para que sejam apensados aos autos principais” (fls. 354-355). 2. Intimada dessa decisão em 11.9.2012 (fl. 356), interpõe a União, ora Agravante, em 13.9.2012, tempestivamente, agravo regimental (fl. 358). 3. Alega a Agravante que “a certidão de publicação supostamente do acórdão recorrido (fl. 97 dos autos de agravo de instrumento) não traz o número do processo a que se refere tal publicação, nem mesmo a certidão de tempestividade supostamente do recurso extraordinário interposto (fl. 32 dos autos de agravo de instrumento) consta a qual processo se refere, a revelar inexistência de meio para a comprovação da tempestividade do apelo extremo então interposto” (fl. 358). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904160. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.112 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Inicialmente, cumpre ressaltar que a determinação de retorno dos autos à origem, com base no art. 543-B do Código de Processo Civil, somente enseja a interposição de agravo regimental quando se discutir o conhecimento do agravo de instrumento, que é o caso dos autos (AI 581.938-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 7.8.2009; e AI 667.365-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 5.6.2009). 3. Os óbices suscitados pela União não merecem prosperar, pois a certidão de publicação do julgado recorrido foi devidamente juntada pela parte agravada e a ausência de especificação de qual processo se trata não impediu a análise da tempestividade do recurso extraordinário. Ademais, observa-se que as datas e informações lançadas nas certidões juntadas às fls. 32 e 97 dos autos conferem com as publicações do sítio do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, sendo possível aferir a tempestividade do recurso extraordinário. Deve, portanto, ser mantida a decisão ora agravada, pois a Cooperativa de Locação de Veículos de Motoristas Autônomos – Cooperauto promoveu a integral formação do instrumento. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO DE INSTRUMENTO - TRASLADO INCOMPLETO – CONTROLE DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - DESCUMPRIMENTO DE Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904161. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.112 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Inicialmente, cumpre ressaltar que a determinação de retorno dos autos à origem, com base no art. 543-B do Código de Processo Civil, somente enseja a interposição de agravo regimental quando se discutir o conhecimento do agravo de instrumento, que é o caso dos autos (AI 581.938-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe 7.8.2009; e AI 667.365-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 5.6.2009). 3. Os óbices suscitados pela União não merecem prosperar, pois a certidão de publicação do julgado recorrido foi devidamente juntada pela parte agravada e a ausência de especificação de qual processo se trata não impediu a análise da tempestividade do recurso extraordinário. Ademais, observa-se que as datas e informações lançadas nas certidões juntadas às fls. 32 e 97 dos autos conferem com as publicações do sítio do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, sendo possível aferir a tempestividade do recurso extraordinário. Deve, portanto, ser mantida a decisão ora agravada, pois a Cooperativa de Locação de Veículos de Motoristas Autônomos – Cooperauto promoveu a integral formação do instrumento. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO DE INSTRUMENTO - TRASLADO INCOMPLETO – CONTROLE DA TEMPESTIVIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO - DESCUMPRIMENTO DE Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904161. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 738.112 AGR / SP OBRIGAÇÃO PROCESSUAL - SÚMULA 288/STF - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO E PREJUDICADOS OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E O PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO. - Sem que a parte agravante promova a integral formação do instrumento, com a apresentação de todas as peças que dele devem constar obrigatoriamente, torna-se inviável conhecer do recurso de agravo. Precedentes. - Tratando-se de recurso extraordinário, compete ao Supremo Tribunal Federal - e não ao Presidente do Tribunal de origem - o reconhecimento definitivo sobre a tempestividade, ou não, desse meio excepcional de impugnação recursal” (AI 507.776-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 22.2.2011). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE DEFICIÊNCIA DO TRASLADO: PÁGINA DO ACÓRDÃO RECORRIDO QUE NÃO INTERFERE NA COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 739.735-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 25.3.2011). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904161. Supremo Tribunal Federal AI 738.112 AGR / SP OBRIGAÇÃO PROCESSUAL - SÚMULA 288/STF - RECURSO DE AGRAVO IMPROVIDO E PREJUDICADOS OS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO E O PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO. - Sem que a parte agravante promova a integral formação do instrumento, com a apresentação de todas as peças que dele devem constar obrigatoriamente, torna-se inviável conhecer do recurso de agravo. Precedentes. - Tratando-se de recurso extraordinário, compete ao Supremo Tribunal Federal - e não ao Presidente do Tribunal de origem - o reconhecimento definitivo sobre a tempestividade, ou não, desse meio excepcional de impugnação recursal” (AI 507.776-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 22.2.2011). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE DEFICIÊNCIA DO TRASLADO: PÁGINA DO ACÓRDÃO RECORRIDO QUE NÃO INTERFERE NA COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 739.735-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 25.3.2011). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2904161. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.112 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : COOPERATIVA DE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS DE MOTORISTAS AUTÔNOMOS - COOPERAUTO ADV.(A/S) : ALVARO TREVISIOLI E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885641 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 738.112 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : COOPERATIVA DE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS DE MOTORISTAS AUTÔNOMOS - COOPERAUTO ADV.(A/S) : ALVARO TREVISIOLI E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885641 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2915090
2012-09-25T00:00:00
2012-10-10T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. 1. Decisão que determina o retorno dos autos à origem, com base no art. 543-B do Código de Processo Civil. Discussão quanto ao conhecimento do agravo de instrumento. 2. Formação integral do instrumento. Tempestividade do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur216458
- Acórdãos citados: AI 581938 AgR, AI 667365 AgR. Número de páginas: 6. Análise: 22/10/2012, MLM.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
738112
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543B \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL" ]
AI-AgR
acordaos
AI 738112 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ALVARO TREVISIOLI E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : COOPERATIVA DE LOCAÇÃO DE VEÍCULOS DE MOTORISTAS AUTÔNOMOS - COOPERAUTO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
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III , alínea a , da Constituição da República", "Medida Provisória n . 1 . 858 / 99", "Lei Complementar n . 70 / 91", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 543 - B do Código de Processo Civil", "Medida Provisória n . 1 . 858 / 1999", "Lei Complementar n . 70 / 1991", "art . 102 , inc . 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"ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "União", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "União", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Cooperativa de Locação de Veículos de Motoristas Autônomos", "Cooperauto", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "União", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Cooperativa de Locação de Veículos de Motoristas Autônomos", "Cooperauto", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "COOPERATIVA DE LOCAÇÃO DE", "COOPERAUTO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "ALVARO TREVISIOLI", "Ricardo Lewandowski", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "LÚCIA", "ALVARO TREVISIOLI", "CÁRMEN LÚCIA", "ALVARO TREVISIOLI", "CÁRMEN LÚCIA", "Eros Grau", "Eros Grau", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Ellen Gracie", "Cezar Peluso", "CÁRMEN LÚCIA", "Ellen Gracie", "Cezar Peluso", "CÁRMEN LÚCIA", "Celso de Mello", "Celso de Mello", "CÁRMEN LÚCIA", "ALVARO TREVISIOLI", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "CÁRMEN LÚCIA", "ALVARO TREVISIOLI", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "10", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "28 de agosto de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "28 de agosto de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "11", ".", "9", ".", "2012", "13", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "11", ".", "9", ".", "2012", "13", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "7", ".", "8", ".", "2009", "5", ".", "6", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "7", ".", "8", ".", "2009", "5", ".", "6", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "22", ".", "2", ".", "2011", "25", ".", "3", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "22", ".", "2", ".", "2011", "25", ".", "3", ".", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.440 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :FACULDADE VIZINHANCA VALE DO IGUACU ADV.(A/S) :RODRIGO BIEZUS AGDO.(A/S) :ADRIANE DE LIMA BIAVA ADV.(A/S) :RODRIGO BIEZUS AGDO.(A/S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA. DEMORA NA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA DE CONCLUSÃO DE CURSO SUPERIOR EM INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL (ART. 109, I, DA CF). EXISTÊNCIA DE INTERESSE DA UNIÃO. INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR, AINDA QUE PRIVADAS, INTEGRAM O SISTEMA FEDERAL DE EDUCAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A repercussão geral é presumida quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante desta Corte (artigo 323, § 1º, do RISTF ). 2. As instituições de ensino superior, ainda que privadas, integram o Sistema Federal de ensino, nos termos do que determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96). Precedentes: ADI 2.501, Pleno, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 19.12.08, e HC 93.938, Primeira Turma, de que fui Relator, DJ de 13.11.11. 3. O artigo 109, inciso I, da CF/88, determina que “aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835927. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão RE 698.440 AGR / RS sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho”. 4. In casu, tendo em vista que a Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI integra o Sistema Federal de Educação, patente é a existência de interesse da União, razão pela qual a competência para julgar e processar o feito é da justiça federal. 5. O acórdão originalmente recorrido assentou que: “ENSINO SUPERIOR. ENTIDADE PARTICULAR. EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. INTERESSE DA UNIÃO AFASTADO PELA JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 150 DO STJ. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL. Agravos improvidos.” 6. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D à O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835927. Supremo Tribunal Federal RE 698.440 AGR / RS sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho”. 4. In casu, tendo em vista que a Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI integra o Sistema Federal de Educação, patente é a existência de interesse da União, razão pela qual a competência para julgar e processar o feito é da justiça federal. 5. O acórdão originalmente recorrido assentou que: “ENSINO SUPERIOR. ENTIDADE PARTICULAR. EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. INTERESSE DA UNIÃO AFASTADO PELA JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 150 DO STJ. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL. Agravos improvidos.” 6. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D à O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835927. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.440 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :FACULDADE VIZINHANCA VALE DO IGUACU ADV.(A/S) :RODRIGO BIEZUS AGDO.(A/S) :ADRIANE DE LIMA BIAVA ADV.(A/S) :RODRIGO BIEZUS AGDO.(A/S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por FACULDADE VIZINHANÇA VALE DO IGUAÇU em face de decisão de minha lavra, assim ementada: “CONSTITUCIONAL RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA. DEMORA NA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA DE CONCLUSÃO DE CURSO SUPERIOR EM INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL (ART. 109, I, DA CF). EXISTÊNCIA DE INTERESSE DA UNIÃO. INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR, AINDA QUE PRIVADAS, INTEGRAM O SISTEMA FEDERAL DE EDUCAÇÃO. RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS A QUE SE DÁ PROVIMENTO. 1. A repercussão geral é presumida quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante desta Corte (artigo 323, § 1º, do RISTF ). 2. As instituições de ensino superior, ainda que privadas, integram o Sistema Federal de ensino, nos termos do que Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835928. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.440 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :FACULDADE VIZINHANCA VALE DO IGUACU ADV.(A/S) :RODRIGO BIEZUS AGDO.(A/S) :ADRIANE DE LIMA BIAVA ADV.(A/S) :RODRIGO BIEZUS AGDO.(A/S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por FACULDADE VIZINHANÇA VALE DO IGUAÇU em face de decisão de minha lavra, assim ementada: “CONSTITUCIONAL RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS. REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA. DEMORA NA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA DE CONCLUSÃO DE CURSO SUPERIOR EM INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL (ART. 109, I, DA CF). EXISTÊNCIA DE INTERESSE DA UNIÃO. INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR, AINDA QUE PRIVADAS, INTEGRAM O SISTEMA FEDERAL DE EDUCAÇÃO. RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS A QUE SE DÁ PROVIMENTO. 1. A repercussão geral é presumida quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante desta Corte (artigo 323, § 1º, do RISTF ). 2. As instituições de ensino superior, ainda que privadas, integram o Sistema Federal de ensino, nos termos do que Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835928. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório RE 698.440 AGR / RS determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96). Precedentes: ADI 2.501, Pleno, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 19.12.08, e HC 93.938, Primeira Turma, de que fui Relator, DJ de 13.11.11. 3. O artigo 109, inciso I, da CF/88, determina que ‘aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho’. 4. In casu, tendo em vista que a Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI integra o Sistema Federal de Educação, patente é a existência de interesse da União, razão pela qual a competência para julgar e processar o feito é da justiça federal. 5. O acórdão recorrido assentou que: ‘ENSINO SUPERIOR. ENTIDADE PARTICULAR. EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. INTERESSE DA UNIÃO AFASTADO PELA JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 150 DO STJ. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL. Agravos improvidos.’ 6. Recursos extraordinários a que se dá provimento.” A agravante sustenta, preliminarmente, a ausência de repercussão geral da controvérsia objeto destes autos. No mérito, alega a ilegitimidade passiva da União, tendo em vista que ela “não participou da criação do referido curso, não tem legitimidade para registrar diploma expedido pela VIZIVALI, tendo em vista que o Estado do Paraná adentrou à competência que não lhe é afeta”. Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o consequente conhecimento e provimento do recurso extraordinário. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835928. Supremo Tribunal Federal RE 698.440 AGR / RS determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96). Precedentes: ADI 2.501, Pleno, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 19.12.08, e HC 93.938, Primeira Turma, de que fui Relator, DJ de 13.11.11. 3. O artigo 109, inciso I, da CF/88, determina que ‘aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho’. 4. In casu, tendo em vista que a Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI integra o Sistema Federal de Educação, patente é a existência de interesse da União, razão pela qual a competência para julgar e processar o feito é da justiça federal. 5. O acórdão recorrido assentou que: ‘ENSINO SUPERIOR. ENTIDADE PARTICULAR. EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. INTERESSE DA UNIÃO AFASTADO PELA JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 150 DO STJ. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL. Agravos improvidos.’ 6. Recursos extraordinários a que se dá provimento.” A agravante sustenta, preliminarmente, a ausência de repercussão geral da controvérsia objeto destes autos. No mérito, alega a ilegitimidade passiva da União, tendo em vista que ela “não participou da criação do referido curso, não tem legitimidade para registrar diploma expedido pela VIZIVALI, tendo em vista que o Estado do Paraná adentrou à competência que não lhe é afeta”. Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o consequente conhecimento e provimento do recurso extraordinário. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835928. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.440 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão à agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Cuida-se de recursos extraordinários interpostos pelo ESTADO DO PARANÁ e por ADRIANE DE LIMA BIAVA, com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal de 1988, contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região assim ementado: “ENSINO SUPERIOR. ENTIDADE PARTICULAR. EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. INTERESSE DA UNIÃO AFASTADO PELA JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 150 DO STJ. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL. Agravos improvidos.” Noticiam os autos que Adriane de Lima Biava, ora recorrente, cursou o Programa Especial de Capacitação de Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e da Educação Infantil, oferecido pela Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI. Concluído o curso, não teria recebido o respectivo diploma. Irresignada, ajuizou ação ordinária em face da referida Faculdade, do Estado do Paraná e da União, pleiteando o recebimento do diploma, bem como o pagamento de indenização por danos morais. A ação foi julgada procedente. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835929. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.440 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão à agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Cuida-se de recursos extraordinários interpostos pelo ESTADO DO PARANÁ e por ADRIANE DE LIMA BIAVA, com fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição Federal de 1988, contra acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região assim ementado: “ENSINO SUPERIOR. ENTIDADE PARTICULAR. EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. INTERESSE DA UNIÃO AFASTADO PELA JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 150 DO STJ. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL. Agravos improvidos.” Noticiam os autos que Adriane de Lima Biava, ora recorrente, cursou o Programa Especial de Capacitação de Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e da Educação Infantil, oferecido pela Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI. Concluído o curso, não teria recebido o respectivo diploma. Irresignada, ajuizou ação ordinária em face da referida Faculdade, do Estado do Paraná e da União, pleiteando o recebimento do diploma, bem como o pagamento de indenização por danos morais. A ação foi julgada procedente. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835929. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 698.440 AGR / RS A União, o Estado do Paraná e Adriane de Lima Biava apelaram, tendo o Desembargador Relator do TRF da 4ª Região, monocraticamente, dado provimento ao recurso da União, para reconhecer sua ilegitimidade passiva, e, por conseguinte, determinar fosse anulada a sentença de mérito, em razão da incompetência da justiça federal para processar e julgar o feito. Isto posto, julgou prejudicados os demais recursos. Contra essa decisão, os ora recorrentes interpuseram agravo, improvido pelo 3ª Turma do TRF da 4ª Região, nos termos da ementa supra transcrita. Foram opostos embargos de declaração, rejeitados. Os recorrentes interpuseram, concomitantemente, recursos especiais e extraordinários, tendo os primeiros sido inadmitidos na origem em decisão transitada em julgado. Nas razões dos apelos extremos, os recorrentes alegam violação dos artigos 22, inciso XXIV, 109 e 209 da CF/88, sustentando, em síntese, a legitimidade passiva da União, que teria interesse no feito, e a consequente competência da justiça federal. É o relatório. DECIDO. Ab initio, deixo de apreciar a existência da repercussão geral, uma vez que o artigo 323, § 1º, do RISTF dispõe que ‘tal procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral’. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 2.501, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 19.12.08, fixou entendimento no sentido de que as instituições de ensino superior, ainda que privadas, integram o Sistema Federal de ensino, nos termos do que determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96). Eis a ementa do julgado: ‘EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835929. Supremo Tribunal Federal RE 698.440 AGR / RS A União, o Estado do Paraná e Adriane de Lima Biava apelaram, tendo o Desembargador Relator do TRF da 4ª Região, monocraticamente, dado provimento ao recurso da União, para reconhecer sua ilegitimidade passiva, e, por conseguinte, determinar fosse anulada a sentença de mérito, em razão da incompetência da justiça federal para processar e julgar o feito. Isto posto, julgou prejudicados os demais recursos. Contra essa decisão, os ora recorrentes interpuseram agravo, improvido pelo 3ª Turma do TRF da 4ª Região, nos termos da ementa supra transcrita. Foram opostos embargos de declaração, rejeitados. Os recorrentes interpuseram, concomitantemente, recursos especiais e extraordinários, tendo os primeiros sido inadmitidos na origem em decisão transitada em julgado. Nas razões dos apelos extremos, os recorrentes alegam violação dos artigos 22, inciso XXIV, 109 e 209 da CF/88, sustentando, em síntese, a legitimidade passiva da União, que teria interesse no feito, e a consequente competência da justiça federal. É o relatório. DECIDO. Ab initio, deixo de apreciar a existência da repercussão geral, uma vez que o artigo 323, § 1º, do RISTF dispõe que ‘tal procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral’. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da ADI 2.501, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 19.12.08, fixou entendimento no sentido de que as instituições de ensino superior, ainda que privadas, integram o Sistema Federal de ensino, nos termos do que determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96). Eis a ementa do julgado: ‘EMENTA: AÇÃO DIRETA DE 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835929. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 698.440 AGR / RS INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 81 E 82 DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR CRIADAS PELO ESTADO E MANTIDAS PELA INICIATIVA PRIVADA. SUPERVISÃO PEDAGÓGICA DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. ALCANCE. OFENSA AO ARTIGO 22, XXIV DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. EMENDA CONSTITUCIONAL ESTADUAL 70/2005. ALTERAÇÃO SUBSTANCIAL. NÃO CARACTERIZAÇÃO. AÇÃO DIRETA JULGADA PROCEDENTE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS. 1. Ação não conhecida quanto aos §§ 1º e 2º do artigo 81 e ao § 2º do art. 82, todos do ADCT da Constituição do Estado de Minas Gerais, uma vez que esses dispositivos, de natureza transitória, já exauriram seus efeitos. 2. A modificação do artigo 82 do ADCT da Constituição mineira pela Emenda Constitucional Estadual 70/2005 não gerou alteração substancial da norma. Ausência de prejudicialidade da presente ação direta. 3. O alcance da expressão "supervisão pedagógica", contida no inciso II do art. 82 do ADCT da Constituição Estadual de Minas Gerais, vai além do mero controle do conteúdo acadêmico dos cursos das instituições superiores privadas mineiras. Na verdade, a aplicação do dispositivo interfere no próprio reconhecimento e credenciamento de cursos superiores de universidades que são, atualmente, em sua integralidade privadas, pois extinto o vínculo com o Estado de Minas Gerais. 4. O simples fato de a instituição de ensino superior ser mantida ou administrada por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado basta à sua caracterização como instituição de ensino privada, e, por conseguinte, sujeita ao Sistema Federal de Ensino. 5. Portanto, as instituições de ensino superior originalmente criadas pelo estado de Minas Gerais, mas dele desvinculadas após a Constituição estadual de 1989, e sendo agora mantidas pela iniciativa 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835929. Supremo Tribunal Federal RE 698.440 AGR / RS INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 81 E 82 DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR CRIADAS PELO ESTADO E MANTIDAS PELA INICIATIVA PRIVADA. SUPERVISÃO PEDAGÓGICA DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO. ALCANCE. OFENSA AO ARTIGO 22, XXIV DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. EMENDA CONSTITUCIONAL ESTADUAL 70/2005. ALTERAÇÃO SUBSTANCIAL. NÃO CARACTERIZAÇÃO. AÇÃO DIRETA JULGADA PROCEDENTE. MODULAÇÃO DOS EFEITOS. 1. Ação não conhecida quanto aos §§ 1º e 2º do artigo 81 e ao § 2º do art. 82, todos do ADCT da Constituição do Estado de Minas Gerais, uma vez que esses dispositivos, de natureza transitória, já exauriram seus efeitos. 2. A modificação do artigo 82 do ADCT da Constituição mineira pela Emenda Constitucional Estadual 70/2005 não gerou alteração substancial da norma. Ausência de prejudicialidade da presente ação direta. 3. O alcance da expressão "supervisão pedagógica", contida no inciso II do art. 82 do ADCT da Constituição Estadual de Minas Gerais, vai além do mero controle do conteúdo acadêmico dos cursos das instituições superiores privadas mineiras. Na verdade, a aplicação do dispositivo interfere no próprio reconhecimento e credenciamento de cursos superiores de universidades que são, atualmente, em sua integralidade privadas, pois extinto o vínculo com o Estado de Minas Gerais. 4. O simples fato de a instituição de ensino superior ser mantida ou administrada por pessoas físicas ou jurídicas de direito privado basta à sua caracterização como instituição de ensino privada, e, por conseguinte, sujeita ao Sistema Federal de Ensino. 5. Portanto, as instituições de ensino superior originalmente criadas pelo estado de Minas Gerais, mas dele desvinculadas após a Constituição estadual de 1989, e sendo agora mantidas pela iniciativa 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835929. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 698.440 AGR / RS privada, não pertencem ao Sistema Estadual de Educação e, consequentemente, não estão subordinadas ao Conselho Estadual de Educação, em especial no que tange à criação, ao credenciamento e descredenciamento, e à autorização para o funcionamento de cursos. 6. Invade a competência da União para legislar sobre diretrizes e bases da educação a norma estadual que, ainda que de forma indireta, subtrai do Ministério da Educação a competência para autorizar, reconhecer e credenciar cursos em instituições superiores privadas. 7. Inconstitucionalidade formal do art. 82, § 1º, II da Constituição do Estado de Minas Gerais que se reconhece por invasão de competência da União para legislar sobre diretrizes e bases da educação (art. 22, XXIV da CF/88). Inconstitucionalidade por arrastamento dos § 4º, § 5º e § 6º do mesmo art. 82, inseridos pela Emenda Constitucional Estadual 70/2005. 8. A autorização, o credenciamento e o reconhecimento dos cursos superiores de instituições privadas são regulados pela lei federal 9.394/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Portanto, a presente decisão não abrange as instituições de ensino superior estaduais, criadas e mantidas pelo Estado de Minas Gerais - art. 10, IV c/c art. 17, I e II da lei 9.394/1996. 9. Tendo em vista o excepcional interesse social, consistente no fato de que milhares de estudantes freqüentaram e freqüentam cursos oferecidos pelas instituições superiores mantidas pela iniciativa privada no Estado de Minas Gerais, é deferida a modulação dos efeitos da decisão (art. 27 da lei 9.868/1999), a fim de que sejam considerados válidos os atos (diplomas, certificados, certidões etc.) praticados pelas instituições superiores de ensino atingidas por essa decisão, até a presente data, sem prejuízo do ulterior exercício, pelo Ministério da Educação, de suas atribuições legais em relação a essas instituições superiores.’ A Primeira Turma desta Corte, no julgamento do HC 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835929. Supremo Tribunal Federal RE 698.440 AGR / RS privada, não pertencem ao Sistema Estadual de Educação e, consequentemente, não estão subordinadas ao Conselho Estadual de Educação, em especial no que tange à criação, ao credenciamento e descredenciamento, e à autorização para o funcionamento de cursos. 6. Invade a competência da União para legislar sobre diretrizes e bases da educação a norma estadual que, ainda que de forma indireta, subtrai do Ministério da Educação a competência para autorizar, reconhecer e credenciar cursos em instituições superiores privadas. 7. Inconstitucionalidade formal do art. 82, § 1º, II da Constituição do Estado de Minas Gerais que se reconhece por invasão de competência da União para legislar sobre diretrizes e bases da educação (art. 22, XXIV da CF/88). Inconstitucionalidade por arrastamento dos § 4º, § 5º e § 6º do mesmo art. 82, inseridos pela Emenda Constitucional Estadual 70/2005. 8. A autorização, o credenciamento e o reconhecimento dos cursos superiores de instituições privadas são regulados pela lei federal 9.394/1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Portanto, a presente decisão não abrange as instituições de ensino superior estaduais, criadas e mantidas pelo Estado de Minas Gerais - art. 10, IV c/c art. 17, I e II da lei 9.394/1996. 9. Tendo em vista o excepcional interesse social, consistente no fato de que milhares de estudantes freqüentaram e freqüentam cursos oferecidos pelas instituições superiores mantidas pela iniciativa privada no Estado de Minas Gerais, é deferida a modulação dos efeitos da decisão (art. 27 da lei 9.868/1999), a fim de que sejam considerados válidos os atos (diplomas, certificados, certidões etc.) praticados pelas instituições superiores de ensino atingidas por essa decisão, até a presente data, sem prejuízo do ulterior exercício, pelo Ministério da Educação, de suas atribuições legais em relação a essas instituições superiores.’ A Primeira Turma desta Corte, no julgamento do HC 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835929. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 698.440 AGR / RS 93.938, de que fui Relator, DJ de 13.11.11, adotou o mesmo entendimento, consignando que ‘a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n. 9.394/96) explicita que a educação superior está inserida no gênero educação escolar, bem como prevê que as instituições de ensino superior criadas e mantidas pela iniciativa privada também integram o sistema federal de ensino, nos termos dos artigos 21, inciso II, e 16, inciso II, respectivamente’. O artigo 109, inciso I, da CF/88, determina que ‘aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho’. In casu, tendo em vista que a Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI integra o Sistema Federal de Educação, patente é a existência de interesse da União, razão pela qual a competência para julgar e processar o feito é da justiça federal. Ex positis, dou provimento aos recursos extraordinários, com fundamento no artigo 557, § 1º-A, do CPC. Declaro invertidos, se houver, os ônus de sucumbência.” Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835929. Supremo Tribunal Federal RE 698.440 AGR / RS 93.938, de que fui Relator, DJ de 13.11.11, adotou o mesmo entendimento, consignando que ‘a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei n. 9.394/96) explicita que a educação superior está inserida no gênero educação escolar, bem como prevê que as instituições de ensino superior criadas e mantidas pela iniciativa privada também integram o sistema federal de ensino, nos termos dos artigos 21, inciso II, e 16, inciso II, respectivamente’. O artigo 109, inciso I, da CF/88, determina que ‘aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho’. In casu, tendo em vista que a Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI integra o Sistema Federal de Educação, patente é a existência de interesse da União, razão pela qual a competência para julgar e processar o feito é da justiça federal. Ex positis, dou provimento aos recursos extraordinários, com fundamento no artigo 557, § 1º-A, do CPC. Declaro invertidos, se houver, os ônus de sucumbência.” Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835929. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.440 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : FACULDADE VIZINHANCA VALE DO IGUACU ADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS AGDO.(A/S) : ADRIANE DE LIMA BIAVA ADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848665 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 698.440 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : FACULDADE VIZINHANCA VALE DO IGUACU ADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS AGDO.(A/S) : ADRIANE DE LIMA BIAVA ADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848665 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857630
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA. DEMORA NA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA DE CONCLUSÃO DE CURSO SUPERIOR EM INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL (ART. 109, I, DA CF). EXISTÊNCIA DE INTERESSE DA UNIÃO. INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR, AINDA QUE PRIVADAS, INTEGRAM O SISTEMA FEDERAL DE EDUCAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. A repercussão geral é presumida quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante desta Corte (artigo 323, § 1º, do RISTF ). 2. As instituições de ensino superior, ainda que privadas, integram o Sistema Federal de ensino, nos termos do que determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96). Precedentes: ADI 2.501, Pleno, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 19.12.08, e HC 93.938, Primeira Turma, de que fui Relator, DJ de 13.11.11. 3. O artigo 109, inciso I, da CF/88, determina que “aos juízes federais compete processar e julgar: I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho”. 4. In casu, tendo em vista que a Faculdade Vizinhança Vale do Iguaçu – VIZIVALI integra o Sistema Federal de Educação, patente é a existência de interesse da União, razão pela qual a competência para julgar e processar o feito é da justiça federal. 5. O acórdão originalmente recorrido assentou que: “ENSINO SUPERIOR. ENTIDADE PARTICULAR. EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. INTERESSE DA UNIÃO AFASTADO PELA JUSTIÇA FEDERAL. APLICAÇÃO DA SÚMULA 150 DO STJ. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL. Agravos improvidos.” 6. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur215723
- Acórdãos citados: ADI 2501 - Tribunal Pleno, HC 93938. Número de páginas: 10. Análise: 11/10/2012, LLD.
LUIZ FUX
Primeira Turma
698440
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00109 INC-00001 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009394 ANO-1996\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00323 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL" ]
RE-AgR
acordaos
RE 698440 AgR
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AGTE.(S) : FACULDADE VIZINHANCA VALE DO IGUACU ADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS AGDO.(A/S) : ADRIANE DE LIMA BIAVA ADV.(A/S) : RODRIGO BIEZUS AGDO.(A/S) : ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
[ "" ]
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 81 E 82 DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS", "ARTIGO 22 , XXIV DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "EMENDA CONSTITUCIONAL ESTADUAL 70 / 2005", "§", "§ [UNK] e [UNK] do artigo 81 e ao § [UNK] do art . 82 , todos do ADCT da Constituição do Estado de Minas Gerais", "artigo 82 do ADCT da Constituição mineira", "Emenda Constitucional Estadual 70 / 2005", "inciso II do art . 82 do ADCT da Constituição Estadual de Minas Gerais", "Constituição estadual de 1989", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 81 E 82 DO ADCT DA CONSTITUIÇÃO", "ARTIGO 22 , XXIV DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "EMENDA", "§", "§ [UNK] e [UNK] do artigo 81 e ao § [UNK] do art . 82 , todos do ADCT da Constituição do Estado de Minas Gerais", "artigo 82 do ADCT da Constituição mineira", "Emenda Constitucional Estadual 70 / 2005", "inciso II do art . 82 do ADCT da Constituição Estadual de Minas Gerais", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 82 , § [UNK] , II da Constituição do Estado de Minas 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.334 ALAGOAS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :YAPOMIRA LÚCIO CHAVES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DO ART. 741, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC AFASTADA NA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. AUSÊNCIA DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONCOMITANTEMENTE AO RECURSO ESPECIAL. PRECLUSÃO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. O acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial, somente legitima o uso do apelo extremo se versar questão constitucional diversa daquela debatida na anterior instância. A matéria constitucional autorizadora da abertura da via extraordinária há de surgir, originariamente, no julgamento do recurso especial - o que não se observa na presente hipótese. Agravo regimental a que se dá provimento para, reconhecida a preclusão da questão constitucional, negar provimento ao agravo de instrumento da União. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em dar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974933. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13 Ementa e Acórdão AI 718.334 AGR / AL Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974933. Supremo Tribunal Federal AI 718.334 AGR / AL Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974933. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.334 ALAGOAS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :YAPOMIRA LÚCIO CHAVES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO RELATÓRIO Contra decisão proferida pela eminente Min. Ellen Gracie, mediante a qual dado provimento ao agravo de instrumento da União para admitir o recurso extraordinário e, à luz do art. 328 do RISTF, com espeque no RE 586.068, determinar a devolução dos autos ao Tribunal de origem e a observância do art. 543-B do CPC. Os agravantes se insurgem, em síntese, contra a aplicação da sistemática da repercussão geral em feito inadmissível. Indicam precedente desta Casa, em feito originado na mesma ação coletiva, em que reconhecida a inadmissibilidade do apelo extremo contra acórdão do STJ que suscita questão constitucional já decidida pela instância ordinária. Entendem que se trata de matéria infraconstitucional, que ensejaria no máximo violação reflexa à Carta Política. Reputam aplicáveis as Súmulas 282 e 283 do STF. Ressaltam que, independentemente da constitucionalidade, ou não, do art. 741/CPC, o STJ afastou a aplicação de aludido dispositivo do presente feito. Referem que sintetizaram, nas contrarrazões ao recurso extraordinário, as causas que inviabilizavam o trânsito do apelo da União: a) interposição extemporânea, em face da ventilação da matéria constitucional no acórdão do TRT da 5ª Região, b) subsistência de fundamento não atacado no acórdão do STJ – afastamento da aplicação do art. 741, parágrafo único, do CPC-, a atrair a aplicação da Súmula 283/STF, c) incidência da Súmula 282/STJ, em razão de a matéria trazida no recurso não ter sido objeto de exame no acórdão do STJ. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974934. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.334 ALAGOAS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :YAPOMIRA LÚCIO CHAVES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO RELATÓRIO Contra decisão proferida pela eminente Min. Ellen Gracie, mediante a qual dado provimento ao agravo de instrumento da União para admitir o recurso extraordinário e, à luz do art. 328 do RISTF, com espeque no RE 586.068, determinar a devolução dos autos ao Tribunal de origem e a observância do art. 543-B do CPC. Os agravantes se insurgem, em síntese, contra a aplicação da sistemática da repercussão geral em feito inadmissível. Indicam precedente desta Casa, em feito originado na mesma ação coletiva, em que reconhecida a inadmissibilidade do apelo extremo contra acórdão do STJ que suscita questão constitucional já decidida pela instância ordinária. Entendem que se trata de matéria infraconstitucional, que ensejaria no máximo violação reflexa à Carta Política. Reputam aplicáveis as Súmulas 282 e 283 do STF. Ressaltam que, independentemente da constitucionalidade, ou não, do art. 741/CPC, o STJ afastou a aplicação de aludido dispositivo do presente feito. Referem que sintetizaram, nas contrarrazões ao recurso extraordinário, as causas que inviabilizavam o trânsito do apelo da União: a) interposição extemporânea, em face da ventilação da matéria constitucional no acórdão do TRT da 5ª Região, b) subsistência de fundamento não atacado no acórdão do STJ – afastamento da aplicação do art. 741, parágrafo único, do CPC-, a atrair a aplicação da Súmula 283/STF, c) incidência da Súmula 282/STJ, em razão de a matéria trazida no recurso não ter sido objeto de exame no acórdão do STJ. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974934. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13 Relatório AI 718.334 AGR / AL Acordão do Superior Tribunal de Justiça publicado em 17.9.2007. Substituição da Relatora à fl. 660 (art. 38 do RISTF). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974934. Supremo Tribunal Federal AI 718.334 AGR / AL Acordão do Superior Tribunal de Justiça publicado em 17.9.2007. Substituição da Relatora à fl. 660 (art. 38 do RISTF). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974934. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.334 ALAGOAS VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. A hipótese dos autos versa sobre o alcance da aplicação do parágrafo único do art. 741 do Código de Processo Civil. 2. Esta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 586.068, rel. Min. Ellen Gracie, DJe 21.08.2008. 3. No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 16.10.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, DJe 04.09.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC. 4. Dessa forma, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, nos termos do art. 328 do RISTF, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, bem como a observância, no tocante ao apelo extremo interposto, das disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil” (fl. 641). Contudo, examinadas as questões trazidas no agravo regimental, supero a decisão agravada e passo ao exame do agravo de instrumento, manejado pela União contra a decisão da Vice-Presidência do Superior Tribunal de Justiça, negativa da admissibilidade do recurso extraordinário: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.334 ALAGOAS VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. A hipótese dos autos versa sobre o alcance da aplicação do parágrafo único do art. 741 do Código de Processo Civil. 2. Esta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 586.068, rel. Min. Ellen Gracie, DJe 21.08.2008. 3. No julgamento do RE 540.410-QO, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 16.10.2008, e do AI 715.423-QO, de minha relatoria, DJe 04.09.2008, esta Corte decidiu que, nos casos de matérias com repercussão geral reconhecida, é possível a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais de origem, para os fins previstos no art. 543-B, § 3º, do CPC. 4. Dessa forma, dou provimento ao agravo de instrumento para admitir o recurso extraordinário e, nos termos do art. 328 do RISTF, determino a devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, bem como a observância, no tocante ao apelo extremo interposto, das disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil” (fl. 641). Contudo, examinadas as questões trazidas no agravo regimental, supero a decisão agravada e passo ao exame do agravo de instrumento, manejado pela União contra a decisão da Vice-Presidência do Superior Tribunal de Justiça, negativa da admissibilidade do recurso extraordinário: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 718.334 AGR / AL “A UNIÃO interpõe recurso extraordinário com fundamento no art. 102, III, "a", da Constituição Federal, contra acórdão da Sexta Turma desta Corte, assim resumido (fl. 431): AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSO CIVIL. MATÉRIA NÃO SUSCITADA NAS RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL. NULIDADE. DECLARAÇÃO DE OFÍCIO. EXAME. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS À EXECUÇÃO. SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO ANTES DA VIGÊNCIA DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 741 DO CPC ACRESCENTADO PELA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.180/2001. 1. Em agravo regimental não cabe examinar questão que não foi suscitada no recurso especial. 2. A Corte Especial já decidiu não ser possível o Tribunal, ao apreciar recurso especial, declarar de ofício nulidade não alegada pelo recorrente (REsp nº 705.118/RJ, Relator p/ acórdão o Ministro Antônio de Pádua Ribeiro, DJU de 7/5/2007). 3. O parágrafo único do artigo 741 do Código de Processo Civil, acrescentado pela Medida Provisória nº 2.180/2001, não se aplica às sentenças transitadas em julgado antes de sua vigência. 4. Agravo improvido. Embargos de declaração rejeitados, conforme acórdão de fl. 467. A recorrente alega, em preliminar, que o tema em debate possui repercussão geral, pela sua relevância do ponto de vista social, jurídico e econômico, que ultrapassa os interesses subjetivos da causa. Sustenta que a rejeição de seus aclaratórios implicou negativa de prestação jurisdicional e afronta ao devido processo legal. Afirma, ainda, que o acórdão recorrido violou os artigos 5º, XXXV, XXXVI e LIV; 37, caput; 97; 102, § 2º; 167, II; e 169, § 1º, I e II, todos da Constituição Federal, ao desconsiderar o efeito vinculante das ADINs 1613-0/SP, 1614-8/MG, 1612-1/MS, 1603- 2/PE e 1602-4/PB, que decidiram ser indevido o reajuste 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Supremo Tribunal Federal AI 718.334 AGR / AL “A UNIÃO interpõe recurso extraordinário com fundamento no art. 102, III, "a", da Constituição Federal, contra acórdão da Sexta Turma desta Corte, assim resumido (fl. 431): AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSO CIVIL. MATÉRIA NÃO SUSCITADA NAS RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL. NULIDADE. DECLARAÇÃO DE OFÍCIO. EXAME. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS À EXECUÇÃO. SENTENÇA TRANSITADA EM JULGADO ANTES DA VIGÊNCIA DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ARTIGO 741 DO CPC ACRESCENTADO PELA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2.180/2001. 1. Em agravo regimental não cabe examinar questão que não foi suscitada no recurso especial. 2. A Corte Especial já decidiu não ser possível o Tribunal, ao apreciar recurso especial, declarar de ofício nulidade não alegada pelo recorrente (REsp nº 705.118/RJ, Relator p/ acórdão o Ministro Antônio de Pádua Ribeiro, DJU de 7/5/2007). 3. O parágrafo único do artigo 741 do Código de Processo Civil, acrescentado pela Medida Provisória nº 2.180/2001, não se aplica às sentenças transitadas em julgado antes de sua vigência. 4. Agravo improvido. Embargos de declaração rejeitados, conforme acórdão de fl. 467. A recorrente alega, em preliminar, que o tema em debate possui repercussão geral, pela sua relevância do ponto de vista social, jurídico e econômico, que ultrapassa os interesses subjetivos da causa. Sustenta que a rejeição de seus aclaratórios implicou negativa de prestação jurisdicional e afronta ao devido processo legal. Afirma, ainda, que o acórdão recorrido violou os artigos 5º, XXXV, XXXVI e LIV; 37, caput; 97; 102, § 2º; 167, II; e 169, § 1º, I e II, todos da Constituição Federal, ao desconsiderar o efeito vinculante das ADINs 1613-0/SP, 1614-8/MG, 1612-1/MS, 1603- 2/PE e 1602-4/PB, que decidiram ser indevido o reajuste 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 718.334 AGR / AL pretendido, afastando, assim, a incidência de norma federal sem declará-la inconstitucional e ferindo os princípios da reserva de plenário, da legalidade, da coisa julgada, do direito adquirido e permitindo, ainda, o aumento de remuneração de servidores públicos sem prévia dotação orçamentária. Contra-razões às fls. 507/524. Inadmissível o presente recurso, porquanto a controvérsia foi dirimida com base na legislação infraconstitucional pertinente e na jurisprudência desta Corte sobre a matéria (EREsp n.º 690.498/RS, DJ de 02/08/2006). Assim, possível ofensa constitucional teria ocorrido, quando muito, por via reflexa ou indireta, o que impossibilita a abertura da via eleita. Nesse sentido, adverte o Supremo Tribunal: quando se fizer necessário o exame prévio de norma infraconstitucional para a verificação de contrariedade ao Texto Maior, estará caracterizada ofensa reflexa ou indireta à Carta Magna. (Ag. Reg. No Agravo de Instrumento n.º 528.750-7/SC, Rel. Ministro Joaquim Barbosa, DJU de 28.4.2006). É de citar, ainda, o seguinte precedente: É inviável o RE. A controvérsia, de ordem processual, versa sobre a exigibilidade do título executivo judicial a teor do parágrafo único do art. 741 do CPC introduzido pela MP nº 2.180-35/2001. A pretensa ofensa ao dispositivo constitucional dado por violado, se houvesse, seria indireta ou reflexa, pressupondo o prévio exame de legislação infraconstitucional mencionada, ao que não se presta a via do recurso extraordinário: incide, mutatis mutandis, o princípio da Súmula 636. Nego seguimento ao recurso extraordinário. (art. 557, caput, do C.Pr.Civil) . (RE n.º 477.630/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 16/05/2006). Ante o exposto, não admito o recurso extraordinário” (fls. 617-8). Nas razões do agravo de instrumento, a União sustenta a viabilidade de trânsito do recurso extraordinário, renovando a alegação de afronta aos arts. 5º, XXXV, XXXVI e LIV, 37, caput, 97, 102, § 2º, 167, II, e 169, § 1º, I e II, da Carta Política. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Supremo Tribunal Federal AI 718.334 AGR / AL pretendido, afastando, assim, a incidência de norma federal sem declará-la inconstitucional e ferindo os princípios da reserva de plenário, da legalidade, da coisa julgada, do direito adquirido e permitindo, ainda, o aumento de remuneração de servidores públicos sem prévia dotação orçamentária. Contra-razões às fls. 507/524. Inadmissível o presente recurso, porquanto a controvérsia foi dirimida com base na legislação infraconstitucional pertinente e na jurisprudência desta Corte sobre a matéria (EREsp n.º 690.498/RS, DJ de 02/08/2006). Assim, possível ofensa constitucional teria ocorrido, quando muito, por via reflexa ou indireta, o que impossibilita a abertura da via eleita. Nesse sentido, adverte o Supremo Tribunal: quando se fizer necessário o exame prévio de norma infraconstitucional para a verificação de contrariedade ao Texto Maior, estará caracterizada ofensa reflexa ou indireta à Carta Magna. (Ag. Reg. No Agravo de Instrumento n.º 528.750-7/SC, Rel. Ministro Joaquim Barbosa, DJU de 28.4.2006). É de citar, ainda, o seguinte precedente: É inviável o RE. A controvérsia, de ordem processual, versa sobre a exigibilidade do título executivo judicial a teor do parágrafo único do art. 741 do CPC introduzido pela MP nº 2.180-35/2001. A pretensa ofensa ao dispositivo constitucional dado por violado, se houvesse, seria indireta ou reflexa, pressupondo o prévio exame de legislação infraconstitucional mencionada, ao que não se presta a via do recurso extraordinário: incide, mutatis mutandis, o princípio da Súmula 636. Nego seguimento ao recurso extraordinário. (art. 557, caput, do C.Pr.Civil) . (RE n.º 477.630/RS, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJ de 16/05/2006). Ante o exposto, não admito o recurso extraordinário” (fls. 617-8). Nas razões do agravo de instrumento, a União sustenta a viabilidade de trânsito do recurso extraordinário, renovando a alegação de afronta aos arts. 5º, XXXV, XXXVI e LIV, 37, caput, 97, 102, § 2º, 167, II, e 169, § 1º, I e II, da Carta Política. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 718.334 AGR / AL Constato, contudo, que a discussão suscitada no recurso extraordinário- interposto pela União contra acórdão do STJ-, atinente à incidência, ou não, do parágrafo único do art. 741 do CPC ao presente feito, havia sido enfrentada pelo TRF da 5ª Região, no julgamento da apelação manejada pelo ente federado em embargos a execução, cuja transcrição, ainda que em parte, se faz oportuna: “Estabelece a Constituição Federal, em seu art. 60, § 4º, que “não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir , entre outros, os direitos e garantias individuais” (inciso IV). Por seu turno, inegável que o respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, constitui-se em direito e garantia fundamental que está na base da própria cidadania, protegido, pois, como se vê, pela chamada cláusula pétrea, de modo a deixá-lo a salvaguardo de qualquer tentativa de mudança via emenda constitucional. Por outro lado, já pertence ao passado a assertiva de inconstitucionalidade de normas constitucionais no quantum qualquer dispositivo mesmo inconstitucional que resulte em ferir as chamadas cláusulas pétreas não tem sustentação alguma na CF. Em relação às Medidas Provisórias, no quantum em sua vigência são leis, em relação a elas, persiste a vedação de incompatibilização com a Lei Maior, daí porque seus comandos são suscetíveis de declaração de inconstitucionalidade. Neste sentido, o § único do art. 741 do CPC (acrescentado mediante Medida Provisória), se aplicado em relação a título executivo judicial, cuja decisão já se encontra transita em julgado de quando da edição de tal norma, ao mesmo não se aplica. Isto porque a aplicação retroativa de tal dispositivo (§ único do art. 741 do CPC), atingindo título executivo já transitado em julgado antes da edição da norma, afronta o comando constitucional intangível por emenda constitucional. Suscita, ainda, a União, a preliminar de extinção da execução pela existência de causa impeditiva, qual seja, o efeito vinculante das ADIN´s 1603-2, 1612-1, 1613-0 e 1614-8. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Supremo Tribunal Federal AI 718.334 AGR / AL Constato, contudo, que a discussão suscitada no recurso extraordinário- interposto pela União contra acórdão do STJ-, atinente à incidência, ou não, do parágrafo único do art. 741 do CPC ao presente feito, havia sido enfrentada pelo TRF da 5ª Região, no julgamento da apelação manejada pelo ente federado em embargos a execução, cuja transcrição, ainda que em parte, se faz oportuna: “Estabelece a Constituição Federal, em seu art. 60, § 4º, que “não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir , entre outros, os direitos e garantias individuais” (inciso IV). Por seu turno, inegável que o respeito ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada, constitui-se em direito e garantia fundamental que está na base da própria cidadania, protegido, pois, como se vê, pela chamada cláusula pétrea, de modo a deixá-lo a salvaguardo de qualquer tentativa de mudança via emenda constitucional. Por outro lado, já pertence ao passado a assertiva de inconstitucionalidade de normas constitucionais no quantum qualquer dispositivo mesmo inconstitucional que resulte em ferir as chamadas cláusulas pétreas não tem sustentação alguma na CF. Em relação às Medidas Provisórias, no quantum em sua vigência são leis, em relação a elas, persiste a vedação de incompatibilização com a Lei Maior, daí porque seus comandos são suscetíveis de declaração de inconstitucionalidade. Neste sentido, o § único do art. 741 do CPC (acrescentado mediante Medida Provisória), se aplicado em relação a título executivo judicial, cuja decisão já se encontra transita em julgado de quando da edição de tal norma, ao mesmo não se aplica. Isto porque a aplicação retroativa de tal dispositivo (§ único do art. 741 do CPC), atingindo título executivo já transitado em julgado antes da edição da norma, afronta o comando constitucional intangível por emenda constitucional. Suscita, ainda, a União, a preliminar de extinção da execução pela existência de causa impeditiva, qual seja, o efeito vinculante das ADIN´s 1603-2, 1612-1, 1613-0 e 1614-8. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 718.334 AGR / AL A Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual visa a retirar do mundo jurídico, com eficácia erga omnes, as disposições normativas que colidam com a Constituição Federal. Ocorre, porém, que o objeto das ADIN’s supracitadas foram resoluções administrativas emanadas de diversos tribunais que concediam os reajustes de 47,94%. Por conseguinte, a repercussão do julgamento das ADIN’s em questão cinge-se tão-só ao âmbito de incidência dos atos normativos verberados. E a razão é óbvia: a inconstitucionalidade de uma resolução não pode se estender a todas as outras resoluções que não foram questionadas, ainda que tenham o mesmo teor. Assim, sendo induvidoso que a sentença condenatória (título executivo) não foi atingida pelos efeitos dos atos normativos impugnados, descabido é falar-se em efeito impeditivo da execução empreendida” (fls. 311-2). Ao exame dos aclaratórios opostos pela União, o TRF consignou: “Fundamentos da União: (...) b) Que ao afastar a aplicação do parágrafo único do art. 741, do CPC, acabou por declarar a inconstitucionalidade parcial da referida norma, na medida em que entendeu que tal dispositivo não se aplica às sentenças proferidas antes de sua edição, encontrando-se assim, referido julgamento eivando de vício insanável por ofensa ao principio da reserva de plenário, conforme preceitua o art. 97, da Constituição Federal. c) Pré-questiona ainda, os dispositivos legais, art. 102, § 2º e art. 5º, inciso XXXVI, da CF; art. 28, parágrafo único, da Lei nº 9.868/99 e art. 741, VI, do CPC, para fins de interposição de recurso” (fl. 337). E, ao acolhimento dos embargos infringentes dos exequentes, a Corte Regional relatou: 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Supremo Tribunal Federal AI 718.334 AGR / AL A Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual visa a retirar do mundo jurídico, com eficácia erga omnes, as disposições normativas que colidam com a Constituição Federal. Ocorre, porém, que o objeto das ADIN’s supracitadas foram resoluções administrativas emanadas de diversos tribunais que concediam os reajustes de 47,94%. Por conseguinte, a repercussão do julgamento das ADIN’s em questão cinge-se tão-só ao âmbito de incidência dos atos normativos verberados. E a razão é óbvia: a inconstitucionalidade de uma resolução não pode se estender a todas as outras resoluções que não foram questionadas, ainda que tenham o mesmo teor. Assim, sendo induvidoso que a sentença condenatória (título executivo) não foi atingida pelos efeitos dos atos normativos impugnados, descabido é falar-se em efeito impeditivo da execução empreendida” (fls. 311-2). Ao exame dos aclaratórios opostos pela União, o TRF consignou: “Fundamentos da União: (...) b) Que ao afastar a aplicação do parágrafo único do art. 741, do CPC, acabou por declarar a inconstitucionalidade parcial da referida norma, na medida em que entendeu que tal dispositivo não se aplica às sentenças proferidas antes de sua edição, encontrando-se assim, referido julgamento eivando de vício insanável por ofensa ao principio da reserva de plenário, conforme preceitua o art. 97, da Constituição Federal. c) Pré-questiona ainda, os dispositivos legais, art. 102, § 2º e art. 5º, inciso XXXVI, da CF; art. 28, parágrafo único, da Lei nº 9.868/99 e art. 741, VI, do CPC, para fins de interposição de recurso” (fl. 337). E, ao acolhimento dos embargos infringentes dos exequentes, a Corte Regional relatou: 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 718.334 AGR / AL “Inconformada com a dita execução, a ré opôs embargos, argumentando,fundamentalmente, que o título era inexigível,considerando o disposto no artigo 741, Parágrafo Único, do Código de Processo Civil, tendo em vista a postura adotada pelo Supremo Tribunal Federal, no sentido da impertinência do aludido reajuste. Reportou-se, ainda, ao efeito vinculante das decisões prolatadas no âmbito da Suprema Corte, no julgamento de Ações Diretas de Inconstitucionalidade. Os embargos foram parcialmente acatados, apenas para que fosse deduzido um percentual de reajustamento já deferido aos servidores, sendo submetida a sentença a este Tribunal, via recurso de apelação. A Turma negou provimento ao apelo da demandada, por entender que o Parágrafo Único do artigo 741 da Lei Adjetiva Civil não se aplica às sentenças transitadas em julgado antes de sua vigência e as Ações Diretas de Inconstitucionalidade invocadas se referiam, especificamente, a Resoluções emanadas de Tribunais Regionais do Trabalho, não podendo ter o alcance almejado” (fls. 414-5). Caberia, portanto, à agravante, caso pretendesse impugnar a matéria constitucional perante o Supremo Tribunal Federal, interpor, juntamente com o recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça, recurso extraordinário contra o acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal. Esta Corte tem forte entendimento no sentido de que o acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial, somente legitima o uso do apelo extremo se versar questão constitucional diversa daquela debatida na anterior instância. Logo, a questão constitucional autorizadora da abertura da via extraordinária há de surgir, originariamente, no julgamento do recurso especial - o que não se observa na presente hipótese. Precedentes desta Suprema Corte na matéria: EMENTA: Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Conversão dos embargos declaratórios em agravo 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Supremo Tribunal Federal AI 718.334 AGR / AL “Inconformada com a dita execução, a ré opôs embargos, argumentando,fundamentalmente, que o título era inexigível,considerando o disposto no artigo 741, Parágrafo Único, do Código de Processo Civil, tendo em vista a postura adotada pelo Supremo Tribunal Federal, no sentido da impertinência do aludido reajuste. Reportou-se, ainda, ao efeito vinculante das decisões prolatadas no âmbito da Suprema Corte, no julgamento de Ações Diretas de Inconstitucionalidade. Os embargos foram parcialmente acatados, apenas para que fosse deduzido um percentual de reajustamento já deferido aos servidores, sendo submetida a sentença a este Tribunal, via recurso de apelação. A Turma negou provimento ao apelo da demandada, por entender que o Parágrafo Único do artigo 741 da Lei Adjetiva Civil não se aplica às sentenças transitadas em julgado antes de sua vigência e as Ações Diretas de Inconstitucionalidade invocadas se referiam, especificamente, a Resoluções emanadas de Tribunais Regionais do Trabalho, não podendo ter o alcance almejado” (fls. 414-5). Caberia, portanto, à agravante, caso pretendesse impugnar a matéria constitucional perante o Supremo Tribunal Federal, interpor, juntamente com o recurso especial para o Superior Tribunal de Justiça, recurso extraordinário contra o acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal. Esta Corte tem forte entendimento no sentido de que o acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial, somente legitima o uso do apelo extremo se versar questão constitucional diversa daquela debatida na anterior instância. Logo, a questão constitucional autorizadora da abertura da via extraordinária há de surgir, originariamente, no julgamento do recurso especial - o que não se observa na presente hipótese. Precedentes desta Suprema Corte na matéria: EMENTA: Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Conversão dos embargos declaratórios em agravo 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 718.334 AGR / AL regimental. Processual civil. Questão decidida no Segundo Grau. Ausência de interposição de recurso extraordinário concomitantemente ao recurso especial. Preclusão. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Não se admite recurso extraordinário interposto contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça no qual se suscita questão constitucional resolvida na decisão de segundo grau. 3. Agravo regimental não provido (STF-ARE-AgR-154.158/PB, Relator Ministro Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 07.5.2012). EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: PRECLUSÃO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. ART. 512 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL: AUSÊNCIA DE SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (STF-RE-AgR-154.158/RJ, Relatora Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 06.5.2011). EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. APELO EXTREMO MANEJADO CONTRA ACÓRDÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PRECLUSÃO DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS ALEGADAS. 1. Nos termos da jurisprudência do STF, a admissibilidade do recurso extraordinário interposto contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça está adstrita a discussões constitucionais inauguradas no julgamento do recurso especial. As matérias constitucionais que já foram objeto de análise pelas instâncias ordinárias precluem, ante a não interposição simultânea de recurso extraordinário e recurso especial. Precedentes. 2. Agravo regimental desprovido (STF- AI-AgR-761.983/PE, Relator Ministro Ayres Britto, 2ª Turma DJe, 17.12.2010). Nesse contexto, ausente o manejo de recurso extraordinário contra o 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Supremo Tribunal Federal AI 718.334 AGR / AL regimental. Processual civil. Questão decidida no Segundo Grau. Ausência de interposição de recurso extraordinário concomitantemente ao recurso especial. Preclusão. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. Não se admite recurso extraordinário interposto contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça no qual se suscita questão constitucional resolvida na decisão de segundo grau. 3. Agravo regimental não provido (STF-ARE-AgR-154.158/PB, Relator Ministro Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 07.5.2012). EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: PRECLUSÃO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. ART. 512 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL: AUSÊNCIA DE SUBSTITUIÇÃO PROCESSUAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO (STF-RE-AgR-154.158/RJ, Relatora Ministra Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 06.5.2011). EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. APELO EXTREMO MANEJADO CONTRA ACÓRDÃO DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PRECLUSÃO DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS ALEGADAS. 1. Nos termos da jurisprudência do STF, a admissibilidade do recurso extraordinário interposto contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça está adstrita a discussões constitucionais inauguradas no julgamento do recurso especial. As matérias constitucionais que já foram objeto de análise pelas instâncias ordinárias precluem, ante a não interposição simultânea de recurso extraordinário e recurso especial. Precedentes. 2. Agravo regimental desprovido (STF- AI-AgR-761.983/PE, Relator Ministro Ayres Britto, 2ª Turma DJe, 17.12.2010). Nesse contexto, ausente o manejo de recurso extraordinário contra o 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 718.334 AGR / AL acórdão do Tribunal de origem, tenho por caracterizada a preclusão das questões constitucionais, mormente no que se refere à acenada afronta à cláusula da reserva de plenário (art. 97) - por afastamento da aplicação do art. 741, parágrafo único, do CPC-, ao efeito vinculante das decisões proferidas em controle concentrado – art. 102, § 2º-, bem como aos arts. 167 e 169, § 1º, I e II, e postulados do art. 5º e 37, caput. Ante o alinhado, conheço do agravo regimental de Yapomira Lúcio Chaves e Outros (A/S) e, no mérito, dou-lhe provimento para, superada a decisão agravada, negar provimento ao agravo de instrumento da União. É como voto. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Supremo Tribunal Federal AI 718.334 AGR / AL acórdão do Tribunal de origem, tenho por caracterizada a preclusão das questões constitucionais, mormente no que se refere à acenada afronta à cláusula da reserva de plenário (art. 97) - por afastamento da aplicação do art. 741, parágrafo único, do CPC-, ao efeito vinculante das decisões proferidas em controle concentrado – art. 102, § 2º-, bem como aos arts. 167 e 169, § 1º, I e II, e postulados do art. 5º e 37, caput. Ante o alinhado, conheço do agravo regimental de Yapomira Lúcio Chaves e Outros (A/S) e, no mérito, dou-lhe provimento para, superada a decisão agravada, negar provimento ao agravo de instrumento da União. É como voto. 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2974935. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.334 PROCED. : ALAGOAS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : YAPOMIRA LÚCIO CHAVES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma deu provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061317 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 718.334 PROCED. : ALAGOAS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : YAPOMIRA LÚCIO CHAVES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma deu provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061317 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3076961
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma deu provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL. APLICAÇÃO DO ART. 741, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC AFASTADA NA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. AUSÊNCIA DE INTERPOSIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONCOMITANTEMENTE AO RECURSO ESPECIAL. PRECLUSÃO DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. O acórdão proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, em sede de recurso especial, somente legitima o uso do apelo extremo se versar questão constitucional diversa daquela debatida na anterior instância. A matéria constitucional autorizadora da abertura da via extraordinária há de surgir, originariamente, no julgamento do recurso especial - o que não se observa na presente hipótese. Agravo regimental a que se dá provimento para, reconhecida a preclusão da questão constitucional, negar provimento ao agravo de instrumento da União.
sjur218446
-Acórdão(s) citado(s) (MATÉRIA CONSTITUCIONAL, PRECLUSÃO) STF: RE 154158 AgR AgR (1ªT), AI 761983 AgR (2ªT) Número de páginas: 13. Análise: 22/11/2012, MJC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
718334
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00741 PAR-ÚNICO \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL" ]
AI-AgR
acordaos
AI 718334 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : YAPOMIRA LÚCIO CHAVES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RODRIGO ALBUQUERQUE DE VICTOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGTE.(S) : JACIREMA CAVALCANTI ADV.(A/S) : FELIPE SARMENTO CORDEIRO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 718 . 334", "AI 718 . 334 AGR / AL", "AI 718 . 334 AGR / AL", "RE 586 . 068", "Súmulas 282 e 283 do STF", "Súmula 283 / STF", "Súmula 282 / STJ", "RE 586 . 068", "Súmulas 282", "Súmula 283 / STF", "Súmula 282 / STJ", "AI 718 . 334 AGR", "AI 718 . 334", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 718 . 334", "RE 586 . 068", "RE 540 . 410 - QO", "AI 715 . 423 - QO", "RE 586 . 068", "RE 540 . 410 - QO", "AI 715 . 423 - QO", "AI 718 . 334", "REsp [UNK] 705 . 118 / RJ", "ADINs 1613 - 0 / SP", "1614 - 8 / MG", "1612 - 1 /", "MS", "1603", "-", "2 /", "PE", "1602", "-", "4", "/", "AI 718 . 334 AGR / AL", "REsp [UNK] 705 . 118 / RJ", "ADINs 1613 - 0 / SP", "1614", "- 8 /", "MG", "1612", "-", "1", "/", "MS", "1603", "-", "2", "/", "PE", "1602", "-", "4", "/", "PB", "AI 718 . 334 AGR / AL", "EREsp n . [UNK] 690 . 498 / RS", "RE n . [UNK] 477 . 630 / RS", "AI 718 . 334 AGR / AL", "EREsp n . [UNK] 690 . 498 / RS", "Ag", ".", "Reg . No Agravo de Instrumento n . [UNK] 528 . 750 - 7 / SC", "RE n . 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Pr . Civil", "arts . [UNK] , XXXV , XXXVI e LIV , 37 , caput , 97 , 102 , § [UNK] , 167 , II , e 169 , § [UNK] , I e II , da Carta Política", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Texto", "Maior", "Carta Magna", "art . 741 do CPC", "MP [UNK] 2 . 180 - 35 / 2001", "art . 557 , caput , do C . Pr . Civil", "arts", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "parágrafo", "Constituição Federal", "CF", "Lei Maior", "§ único do art . 741 do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 741 do CPC", "Constituição Federal", "CF", "Lei Maior", "§ único do art . 741 do CPC", "§ único do art . 741 do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "parágrafo único do art . 741 , do CPC", "art . 97 , da Constituição Federal", "art . 102 , § [UNK] e art . [UNK] , inciso XXXVI , da CF", "art . 28 , parágrafo único , da Lei [UNK] 9 . 868 / 99", "art . 741 , VI , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "art . 741 , do CPC", "art . 97 , da Constituição Federal", "art . 102 , § [UNK] e art . 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.021 GOIÁS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) :BIBIANE BRON AKI DE OLIVEIRA ADV.(A/S) :WANDERBILT JOSÉ ASSIS DA SILVA EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONTRATO PRO-LABORE. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO DA SÚMULA Nº 279 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Incidência do Enunciado da Súmula n.º 279/STF que dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 2. Precedentes: ARE n.º 653.394/GO, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 14.9.2011, ARE n.º 641.130/GO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 19.5.2011, AI n.º 721.272/GO, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 15.12.2010. 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA EM DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. CONTRATO PRÓ- LABORE. TEMPO DE SERVIÇO. AVERBAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. 1. Consoante dispõe o art. 557, caput, do Código de Processo Civil, o Relator negará seguimento a todo e qualquer recurso em confronto com Súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo Tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior. 2. Quanto ao recolhimento da contribuição previdenciária, é cediço ser ela de responsabilidade do Ente Público, com retenção no vencimento do contratado. Olvidando o Estado neste dever, não pode, agora, sob o argumento do não recolhimento da contribuição, negar ao interessado o seu legítimo direito à averbação do tempo efetivamente trabalhado. 3. Não apresentados fatos novos nas razões do agravo regimental que demonstrem o eventual desacerto do Relator em negar Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858409. Supremo Tribunal Federal DJe 09/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão ARE 655.021 AGR / GO seguimento ao recurso apelatório, a manutenção do decisum é medida que se impõe. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E DESPROVIDO”. 4. Agravo regimental não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858409. Supremo Tribunal Federal ARE 655.021 AGR / GO seguimento ao recurso apelatório, a manutenção do decisum é medida que se impõe. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E DESPROVIDO”. 4. Agravo regimental não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858409. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.021 GOIÁS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) :BIBIANE BRON AKI DE OLIVEIRA ADV.(A/S) :WANDERBILT JOSÉ ASSIS DA SILVA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pelo Estado de Goiás, com fulcro no artigo 317 do RISTF, em face de decisão de minha relatoria (fls. 178-184) que restou assim ementada: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONTRATO PRO-LABORE. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO DA SÚMULA N.º 279 DO STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida ‘a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso’ (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. Incidência do Enunciado da Súmula n.º 279/STF que dispõe, verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 4. Nesse sentido: ARE n.º 653.394/GO, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 14.9.2011, ARE n.º 641.130/GO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 19.5.2011, AI n.º 721.272/GO, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 15.12.2010. 5. In casu, o acórdão recorrido assentou: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858410. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.021 GOIÁS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) :BIBIANE BRON AKI DE OLIVEIRA ADV.(A/S) :WANDERBILT JOSÉ ASSIS DA SILVA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pelo Estado de Goiás, com fulcro no artigo 317 do RISTF, em face de decisão de minha relatoria (fls. 178-184) que restou assim ementada: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONTRATO PRO-LABORE. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO DA SÚMULA N.º 279 DO STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2. Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida ‘a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso’ (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. Incidência do Enunciado da Súmula n.º 279/STF que dispõe, verbis: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário’. 4. Nesse sentido: ARE n.º 653.394/GO, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 14.9.2011, ARE n.º 641.130/GO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 19.5.2011, AI n.º 721.272/GO, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 15.12.2010. 5. In casu, o acórdão recorrido assentou: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858410. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório ARE 655.021 AGR / GO ‘AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA EM DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. CONTRATO PRÓ-LABORE. TEMPO DE SERVIÇO. AVERBAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. 1. Consoante dispõe o art. 557, caput, do Código de Processo Civil, o Relator negará seguimento a todo e qualquer recurso em confronto com Súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo Tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior. 2. Quanto ao recolhimento da contribuição previdenciária, é cediço ser ela de responsabilidade do Ente Público, com retenção no vencimento do contratado. Olvidando o Estado neste dever, não pode, agora, sob o argumento do não recolhimento da contribuição, negar ao interessado o seu legítimo direito à averbação do tempo efetivamente trabalhado. 3. Não apresentados fatos novos nas razões do agravo regimental que demonstrem o eventual desacerto do Relator em negar seguimento ao recurso apelatório, a manutenção do decisum é medida que se impõe. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E DESPROVIDO’. 6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento”. Nas razões agravo regimental (fls. 189-192), o agravante repisa os argumentos do recurso extraordinário e aduz que: “Superando o requisito recursal do prequestionamento, cumpre ressaltar que a referida decisão não merece prosperar, uma vez que para aplicação exata da norma constitucional no caso em tela prescinde-se da análise de qualquer questão probatória. Os fatos e provas carreados aos autos são dispensáveis para o resguardo da regra do concurso público que tem interpretação objetiva e precisa”. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858410. Supremo Tribunal Federal ARE 655.021 AGR / GO ‘AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA EM DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. CONTRATO PRÓ-LABORE. TEMPO DE SERVIÇO. AVERBAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. 1. Consoante dispõe o art. 557, caput, do Código de Processo Civil, o Relator negará seguimento a todo e qualquer recurso em confronto com Súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo Tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior. 2. Quanto ao recolhimento da contribuição previdenciária, é cediço ser ela de responsabilidade do Ente Público, com retenção no vencimento do contratado. Olvidando o Estado neste dever, não pode, agora, sob o argumento do não recolhimento da contribuição, negar ao interessado o seu legítimo direito à averbação do tempo efetivamente trabalhado. 3. Não apresentados fatos novos nas razões do agravo regimental que demonstrem o eventual desacerto do Relator em negar seguimento ao recurso apelatório, a manutenção do decisum é medida que se impõe. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E DESPROVIDO’. 6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento”. Nas razões agravo regimental (fls. 189-192), o agravante repisa os argumentos do recurso extraordinário e aduz que: “Superando o requisito recursal do prequestionamento, cumpre ressaltar que a referida decisão não merece prosperar, uma vez que para aplicação exata da norma constitucional no caso em tela prescinde-se da análise de qualquer questão probatória. Os fatos e provas carreados aos autos são dispensáveis para o resguardo da regra do concurso público que tem interpretação objetiva e precisa”. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858410. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. LUIZ FUX 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.021 GOIÁS V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Preliminarmente, o agravo regimental atende aos pressupostos de admissibilidade indispensáveis para o conhecimento da causa por esta Corte. No mérito, contudo, não merece prosperar. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás julgou monocraticamente a apelação em ação ordinária nos seguintes termos: “Interposto recurso de apelação pelo Estado de Goiás (fls. 87/96), defende, em suas razões, a reforma da sentença ao argumento de que reconhecer o período de trabalho prestado pela autora/apelada como professora pro-labore, para efeito de averbação de tempo de serviço, importa em burla ao princípio do concurso público. Ressalta que, em último caso, a averbação ‘...somente aconteceria em relação aos dias efetivamente trabalhados, com exclusão dos finais de semana, feriados, dias úteis não trabalhados e períodos concomitantes’. Afirma que a ausência de recolhimento de contribuição para a previdência social consubstanciada em óbice ao reconhecimento do pedido da apelada. Qualifica de irrazoável o valor fixado a título de honorários advocatícios, sobretudo em considerando, segundo diz, a pouca complexidade da causa. Nesses termos, pugna pelo conhecimento e provimento do apelo. …....................................................................... Sem delongas, vale ressaltar que este Tribunal, por várias de suas Câmaras Cíveis, já se manifestou no sentido de reconhecer o direito de averbação – como tempo de serviço – do período trabalhado por professor em regime de pró-labore. Como bem salientou o dirigente processual na sentença (fl. 80), ‘... o Estado lançou mão, por anos, de milhares de professores em Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858411. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.021 GOIÁS V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Preliminarmente, o agravo regimental atende aos pressupostos de admissibilidade indispensáveis para o conhecimento da causa por esta Corte. No mérito, contudo, não merece prosperar. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás julgou monocraticamente a apelação em ação ordinária nos seguintes termos: “Interposto recurso de apelação pelo Estado de Goiás (fls. 87/96), defende, em suas razões, a reforma da sentença ao argumento de que reconhecer o período de trabalho prestado pela autora/apelada como professora pro-labore, para efeito de averbação de tempo de serviço, importa em burla ao princípio do concurso público. Ressalta que, em último caso, a averbação ‘...somente aconteceria em relação aos dias efetivamente trabalhados, com exclusão dos finais de semana, feriados, dias úteis não trabalhados e períodos concomitantes’. Afirma que a ausência de recolhimento de contribuição para a previdência social consubstanciada em óbice ao reconhecimento do pedido da apelada. Qualifica de irrazoável o valor fixado a título de honorários advocatícios, sobretudo em considerando, segundo diz, a pouca complexidade da causa. Nesses termos, pugna pelo conhecimento e provimento do apelo. …....................................................................... Sem delongas, vale ressaltar que este Tribunal, por várias de suas Câmaras Cíveis, já se manifestou no sentido de reconhecer o direito de averbação – como tempo de serviço – do período trabalhado por professor em regime de pró-labore. Como bem salientou o dirigente processual na sentença (fl. 80), ‘... o Estado lançou mão, por anos, de milhares de professores em Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858411. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 655.021 AGR / GO regime pró-labore – sem concurso público – deles aproveitando o saber, para formar gerações, e depois, simplesmente quer lhes negar direitos trabalhistas...’, o que não pode ser tolerado. …........................................................................................... No tocante à contagem do prazo, deve ser ela realizada de forma integral, mormente em considerando a garantia constitucional do repouso semanal remunerado, do descanso nos dias feriados – direitos sociais -, perceptíveis com a demonstração do efetivo desempenho da atividade laboral. Quanto ao recolhimento da contribuição previdenciária, é cediço ser ela de responsabilidade do Ente Público, com retenção no vencimento do contratado. Olvidando o apelante deste dever, não pode, agora, valer-se desse argumento para negar à autora/apelada o seu legítimo direito à averbação do tempo trabalhado” (fls. 113-120). Contra essa decisão foi interposto agravo regimental, julgado nos seguintes termos, verbis: “AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA EM DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. CONTRATO PRÓ-LABORE. TEMPO DE SERVIÇO. AVERBAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. 1. Consoante dispõe o art. 557, caput, do Código de Processo Civil, o Relator negará seguimento a todo e qualquer recurso em confronto com Súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo Tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior. 2. Quanto ao recolhimento da contribuição previdenciária, é cediço ser ela de responsabilidade do Ente Público, com retenção no vencimento do contratado. Olvidando o Estado neste dever, não pode, agora, sob o argumento do não recolhimento da contribuição, negar ao interessado o seu legítimo direito à averbação do tempo efetivamente trabalhado. 3. Não apresentados fatos novos nas razões do agravo regimental que demonstrem o eventual desacerto do Relator em negar seguimento ao recurso apelatório, a manutenção do decisum é medida que se impõe. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E DESPROVIDO”(fl. 141). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858411. Supremo Tribunal Federal ARE 655.021 AGR / GO regime pró-labore – sem concurso público – deles aproveitando o saber, para formar gerações, e depois, simplesmente quer lhes negar direitos trabalhistas...’, o que não pode ser tolerado. …........................................................................................... No tocante à contagem do prazo, deve ser ela realizada de forma integral, mormente em considerando a garantia constitucional do repouso semanal remunerado, do descanso nos dias feriados – direitos sociais -, perceptíveis com a demonstração do efetivo desempenho da atividade laboral. Quanto ao recolhimento da contribuição previdenciária, é cediço ser ela de responsabilidade do Ente Público, com retenção no vencimento do contratado. Olvidando o apelante deste dever, não pode, agora, valer-se desse argumento para negar à autora/apelada o seu legítimo direito à averbação do tempo trabalhado” (fls. 113-120). Contra essa decisão foi interposto agravo regimental, julgado nos seguintes termos, verbis: “AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA EM DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. CONTRATO PRÓ-LABORE. TEMPO DE SERVIÇO. AVERBAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. 1. Consoante dispõe o art. 557, caput, do Código de Processo Civil, o Relator negará seguimento a todo e qualquer recurso em confronto com Súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo Tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior. 2. Quanto ao recolhimento da contribuição previdenciária, é cediço ser ela de responsabilidade do Ente Público, com retenção no vencimento do contratado. Olvidando o Estado neste dever, não pode, agora, sob o argumento do não recolhimento da contribuição, negar ao interessado o seu legítimo direito à averbação do tempo efetivamente trabalhado. 3. Não apresentados fatos novos nas razões do agravo regimental que demonstrem o eventual desacerto do Relator em negar seguimento ao recurso apelatório, a manutenção do decisum é medida que se impõe. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E DESPROVIDO”(fl. 141). 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858411. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 655.021 AGR / GO In casu, o Tribunal a quo pronunciou-se quanto à questão à luz do contexto fático-probatório engendrado nos autos, consoante se infere do voto condutor do acórdão objurgado. Destarte, tendo a instância de cognição plena assim consignado, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do Verbete Sumular nº 279/STF, que interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática. O agravante não trouxe qualquer argumento capaz de infirmar a decisão atacada, que deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858411. Supremo Tribunal Federal ARE 655.021 AGR / GO In casu, o Tribunal a quo pronunciou-se quanto à questão à luz do contexto fático-probatório engendrado nos autos, consoante se infere do voto condutor do acórdão objurgado. Destarte, tendo a instância de cognição plena assim consignado, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do Verbete Sumular nº 279/STF, que interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática. O agravante não trouxe qualquer argumento capaz de infirmar a decisão atacada, que deve ser mantida pelos seus próprios fundamentos. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858411. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.021 PROCED. : GOIÁS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) : BIBIANE BRON AKI DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : WANDERBILT JOSÉ ASSIS DA SILVA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895695 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.021 PROCED. : GOIÁS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) : BIBIANE BRON AKI DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : WANDERBILT JOSÉ ASSIS DA SILVA Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895695 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2904995
2012-09-25T00:00:00
2012-10-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO ADMINISTRATIVO. CONTRATO PRO-LABORE. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. INCIDÊNCIA DO ENUNCIADO DA SÚMULA Nº 279 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. Incidência do Enunciado da Súmula n.º 279/STF que dispõe, verbis: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. 2. Precedentes: ARE n.º 653.394/GO, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 14.9.2011, ARE n.º 641.130/GO, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 19.5.2011, AI n.º 721.272/GO, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 15.12.2010. 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “AGRAVO REGIMENTAL. DECISÃO MONOCRÁTICA EM DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO E APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DECLARATÓRIA. CONTRATO PRÓ-LABORE. TEMPO DE SERVIÇO. AVERBAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. 1. Consoante dispõe o art. 557, caput, do Código de Processo Civil, o Relator negará seguimento a todo e qualquer recurso em confronto com Súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo Tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior. 2. Quanto ao recolhimento da contribuição previdenciária, é cediço ser ela de responsabilidade do Ente Público, com retenção no vencimento do contratado. Olvidando o Estado neste dever, não pode, agora, sob o argumento do não recolhimento da contribuição, negar ao interessado o seu legítimo direito à averbação do tempo efetivamente trabalhado. 3. Não apresentados fatos novos nas razões do agravo regimental que demonstrem o eventual desacerto do Relator em negar seguimento ao recurso apelatório, a manutenção do decisum é medida que se impõe. AGRAVO REGIMENTAL CONHECIDO E DESPROVIDO”. 4. Agravo regimental não provido.
sjur216274
- Decisões monocráticas citadas: ARE 653394, ARE 641130, AI 721272. Número de páginas: 8. Análise: 18/10/2012, MJC.
LUIZ FUX
Primeira Turma
655021
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 655021 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) : BIBIANE BRON AKI DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : WANDERBILT JOSÉ ASSIS DA SILVA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655 . 021", "SÚMULA [UNK] 279 DO STF", "Súmula n . [UNK] 279 / STF", "ARE n . [UNK] 653 . 394 / GO", "ARE n . [UNK] 641 . 130 / GO", "AI n . [UNK] 721 . 272 / GO", "ARE 655 . 021 AGR", "ARE 655 . 021 AGR", "SÚMULA N . [UNK] 279 DO STF", "Súmula n . [UNK] 279 / STF", "ARE n . [UNK] 653 . 394 / GO", "ARE n . [UNK] 641 . 130 / GO", "AI n . [UNK] 721 . 272 / GO", "SÚMULA N . [UNK] 279 DO STF", "Enunciado da Súmula n . [UNK] 279 / STF", "ARE n . [UNK] 653 . 394 / GO", "ARE n . [UNK] 641 . 130 / GO", "AI n . [UNK] 721 . 272 / GO", "ARE 655 . 021 AGR", "ARE 655 . 021 AGR / GO", "ARE 655 . 021 AGR / GO", "ARE 655 . 021 AGR / GO", "ARE 655 . 021 AGR", "Verbete Sumular [UNK] 279 / STF", "ARE 655 . 021 AGR", "Verbete Sumular [UNK] 279 / STF" ], "LEGISLACAO": [ "art . 557 , caput , do Código de Processo Civil", "MP", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 317 do RISTF", "art . 102 , III , § [UNK] , da CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 317 do RISTF", "art", "art . 102 , III , § [UNK] , da CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 557 , caput , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 557 , caput , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 557 , caput , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 557 , caput , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.227 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ÂNGELA CHAGAS DA SILVA ADV.(A/S) :MARCIO BRAGA AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. FILHA DE EX- COMBATENTE. PENSÃO ESPECIAL. REGÊNCIA. LEGISLAÇÃO VIGENTE À DATA DO ÓBITO DO INSTITUIDOR. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. “O direito à pensão de ex-combatente é regido pelas normas legais em vigor à data do evento morte. Tratando-se de reversão do benefício à filha mulher, em razão do falecimento da própria mãe que a vinha recebendo, consideram-se não os preceitos em vigor quando do óbito desta última, mas do primeiro, ou seja, do ex-combatente” (MS 21.707/DF, Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, Pleno DJ de 22.09.95). No mesmo sentido: AI 537.651- AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 11.11.05; AI 724.458-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ de 1º.10.10. 2. In casu, o acórdão originalmente recorrido assentou que: “PENSÃO DE EX-COMBATENTE. REVERSÃO DO BENEFÍCIO. FILHA MAIOR DE 21 ANOS, EM DECORRÊNCIA DO ÓBITO DA MÃE OCORRIDO ANTES DA LEI Nº 8.059/90. A Lei nº 8.059 de 04 de julho de 1990, que regulamentou o artigo 53 do ADCT, estabelece, em seu artigo 5º, III, as condições para a persecução do benefício. A autora é maior de 21 anos e, por isso, não faz jus à pensão aumentada. No que concerne à assistência médico-hospitalar gratuita, de que trata o art. 53, IV, do ADCT, a sentença que a concedeu é mantida. Sentença reformada. Apelação e remessa necessária providas em parte.” 3. Agravo regimental a que se nega provimento. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043644. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão RE 638.227 AGR / RJ A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043644. Supremo Tribunal Federal RE 638.227 AGR / RJ A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043644. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.227 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ÂNGELA CHAGAS DA SILVA ADV.(A/S) :MARCIO BRAGA AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por ÂNGELA CHAGAS DA SILVA em face de decisão de minha lavra, assim ementada: “ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA. FILHA DE EX- COMBATENTE. PENSÃO ESPECIAL. REGÊNCIA. LEGISLAÇÃO VIGENTE À DATA DO ÓBITO DO INSTITUIDOR. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. 1. A repercussão geral é presumida quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante desta Corte (artigo 323, § 1º, do RISTF ). 2. O Supremo Tribunal Federal ao julgar casos semelhantes ao dos autos, referentes ao direito de filha de ex- combatente à pensão especial, fixou jurisprudência no sentido de que este direito é regido pela legislação vigente na data do óbito do instituidor. (Precedentes: MS 21.707/DF, Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, Pleno DJ de 22.09.95; AI 537.651-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 11.11.05; AI 724.458-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ de 1º.10.10) 3. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.” Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043645. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.227 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ÂNGELA CHAGAS DA SILVA ADV.(A/S) :MARCIO BRAGA AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por ÂNGELA CHAGAS DA SILVA em face de decisão de minha lavra, assim ementada: “ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL PRESUMIDA. FILHA DE EX- COMBATENTE. PENSÃO ESPECIAL. REGÊNCIA. LEGISLAÇÃO VIGENTE À DATA DO ÓBITO DO INSTITUIDOR. RECURSO EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO. 1. A repercussão geral é presumida quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante desta Corte (artigo 323, § 1º, do RISTF ). 2. O Supremo Tribunal Federal ao julgar casos semelhantes ao dos autos, referentes ao direito de filha de ex- combatente à pensão especial, fixou jurisprudência no sentido de que este direito é regido pela legislação vigente na data do óbito do instituidor. (Precedentes: MS 21.707/DF, Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, Pleno DJ de 22.09.95; AI 537.651-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 11.11.05; AI 724.458-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ de 1º.10.10) 3. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.” Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043645. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório RE 638.227 AGR / RJ Contra essa decisão monocrática, Ângela Chadas da Silva opôs embargos declaratórios, convertidos neste agravo regimental, por força do princípio da fungibilidade. A agravante reitera a argumentação suscitada nas razões do apelo extremo, no sentido de que faz jus à percepção da pensão correspondente a Segundo Tenente, sob pena de ofensa à garantia do direito adquirido (art. 5º, inciso XXXVI, da CF/88), bem como de violação do princípio da irredutibilidade de vencimentos (art. 37, inciso XV, da CF/88). Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o consequente conhecimento e provimento do recurso extraordinário. A União apresentou contrarrazões, sustentando, preliminarmente, o não cabimento dos embargos declaratórios, tendo em vista a inexistência de omissão, contradição ou obscuridade na decisão recorrida. Destaca, ainda, a ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais apontados como violados no recurso extraordinário. No mérito, alega, em síntese, que “a lei que rege a concessão de pensão é aquela vigente na data do falecimento de seu instituidor (…). No presente processo, o óbito do instituidor da pensão ocorreu em 1982, ocasião em que era vigente o art. 30 da Lei nº 4.242/63, que estipulava a concessão de pensão ao ex-combatente, com soldo correspondente ao de Segundo-Sargento. Dessa forma, a autora não faz jus ao recebimento da pensão especial com soldo equivalente ao de Segundo-Tenente, eis que tal regra foi instituída em data posterior ao óbito do instituidor da pensão, motivo pelo qual a decisão embargada não merece reparos (fls. 220/222). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043645. Supremo Tribunal Federal RE 638.227 AGR / RJ Contra essa decisão monocrática, Ângela Chadas da Silva opôs embargos declaratórios, convertidos neste agravo regimental, por força do princípio da fungibilidade. A agravante reitera a argumentação suscitada nas razões do apelo extremo, no sentido de que faz jus à percepção da pensão correspondente a Segundo Tenente, sob pena de ofensa à garantia do direito adquirido (art. 5º, inciso XXXVI, da CF/88), bem como de violação do princípio da irredutibilidade de vencimentos (art. 37, inciso XV, da CF/88). Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o consequente conhecimento e provimento do recurso extraordinário. A União apresentou contrarrazões, sustentando, preliminarmente, o não cabimento dos embargos declaratórios, tendo em vista a inexistência de omissão, contradição ou obscuridade na decisão recorrida. Destaca, ainda, a ausência de prequestionamento dos dispositivos constitucionais apontados como violados no recurso extraordinário. No mérito, alega, em síntese, que “a lei que rege a concessão de pensão é aquela vigente na data do falecimento de seu instituidor (…). No presente processo, o óbito do instituidor da pensão ocorreu em 1982, ocasião em que era vigente o art. 30 da Lei nº 4.242/63, que estipulava a concessão de pensão ao ex-combatente, com soldo correspondente ao de Segundo-Sargento. Dessa forma, a autora não faz jus ao recebimento da pensão especial com soldo equivalente ao de Segundo-Tenente, eis que tal regra foi instituída em data posterior ao óbito do instituidor da pensão, motivo pelo qual a decisão embargada não merece reparos (fls. 220/222). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043645. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.227 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão à agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, assim ementado (fl. 143): ‘PENSÃO DE EX-COMBATENTE. REVERSÃO DO BENEFÍCIO. FILHA MAIOR DE 21 ANOS, EM DECORRÊNCIA DO ÓBITO DA MÃE OCORRIDO ANTES DA LEI Nº 8.059/90. A Lei nº 8.059 de 04 de julho de 1990, que regulamentou o artigo 53 do ADCT, estabelece, em seu artigo 5º, III, as condições para a persecução do benefício. A autora é maior de 21 anos e, por isso, não faz jus à pensão aumentada. No que concerne à assistência médico-hospitalar gratuita, de que trata o art. 53, IV, do ADCT, a sentença que a concedeu é mantida. Sentença reformada. Apelação e remessa necessária providas em parte.’ A recorrente, filha de ex-combatente, afirma que percebia pensão especial no valor correspondente ao soldo de um Segundo Tenente das Forças Armadas. Alega que a União reduziu o valor nominal do benefício, que passou a ser calculado com base no soldo de um Segundo Sargento, o que teria violado o direito adquirido e o princípio da irredutibilidade de vencimentos, previstos, respectivamente, nos artigos 5º, inciso XXXVI, e 37, inciso XV, da Constituição Federal, verbis: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043646. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.227 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão à agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Trata-se de recurso extraordinário interposto contra acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região, assim ementado (fl. 143): ‘PENSÃO DE EX-COMBATENTE. REVERSÃO DO BENEFÍCIO. FILHA MAIOR DE 21 ANOS, EM DECORRÊNCIA DO ÓBITO DA MÃE OCORRIDO ANTES DA LEI Nº 8.059/90. A Lei nº 8.059 de 04 de julho de 1990, que regulamentou o artigo 53 do ADCT, estabelece, em seu artigo 5º, III, as condições para a persecução do benefício. A autora é maior de 21 anos e, por isso, não faz jus à pensão aumentada. No que concerne à assistência médico-hospitalar gratuita, de que trata o art. 53, IV, do ADCT, a sentença que a concedeu é mantida. Sentença reformada. Apelação e remessa necessária providas em parte.’ A recorrente, filha de ex-combatente, afirma que percebia pensão especial no valor correspondente ao soldo de um Segundo Tenente das Forças Armadas. Alega que a União reduziu o valor nominal do benefício, que passou a ser calculado com base no soldo de um Segundo Sargento, o que teria violado o direito adquirido e o princípio da irredutibilidade de vencimentos, previstos, respectivamente, nos artigos 5º, inciso XXXVI, e 37, inciso XV, da Constituição Federal, verbis: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043646. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 638.227 AGR / RJ ‘Art. 5º (...) XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;” “Art. 37 (...) XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;’ Requer o provimento do apelo extremo. É o relatório. DECIDO. Não assiste razão à recorrente. Ab initio, deixo de apreciar a existência da repercussão geral, uma vez que o artigo 323, § 1º, do RISTF dispõe que ‘tal procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral’. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, ao julgar caso semelhante ao dos autos, referente ao direito de filha de ex- combatente à pensão especial, fixou jurisprudência no sentido de que este direito é regido pela legislação vigente à data do óbito do instituidor. Eis a ementa do acórdão: ‘PENSÃO - EX-COMBATENTE - REGÊNCIA. O DIREITO A PENSÃO DE EX-COMBATENTE E REGIDO PELAS NORMAS LEGAIS EM VIGOR A DATA DO DO EVENTO MORTE. TRATANDO-SE DE REVERSÃO DO BENEFÍCIO A FILHA MULHER, EM RAZÃO DO FALECIMENTO DA PRÓPRIA MÃE QUE A VINHA RECEBENDO, CONSIDERAM-SE NÃO OS PRECEITOS EM VIGOR QUANDO DO ÓBITO DESTA ÚLTIMA, MAS DO PRIMEIRO, OU SEJA, DO EX-COMBATENTE.’ (MS 21.707/DF, Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, DJ de 22.09.95). No mesmo sentido, os seguintes julgados: ‘EMENTA: PENSÃO DE EX-COMBATENTE. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043646. Supremo Tribunal Federal RE 638.227 AGR / RJ ‘Art. 5º (...) XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;” “Art. 37 (...) XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I;’ Requer o provimento do apelo extremo. É o relatório. DECIDO. Não assiste razão à recorrente. Ab initio, deixo de apreciar a existência da repercussão geral, uma vez que o artigo 323, § 1º, do RISTF dispõe que ‘tal procedimento não terá lugar, quando o recurso versar questão cuja repercussão já houver sido reconhecida pelo Tribunal, ou quando impugnar decisão contrária a súmula ou a jurisprudência dominante, casos em que se presume a existência de repercussão geral’. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, ao julgar caso semelhante ao dos autos, referente ao direito de filha de ex- combatente à pensão especial, fixou jurisprudência no sentido de que este direito é regido pela legislação vigente à data do óbito do instituidor. Eis a ementa do acórdão: ‘PENSÃO - EX-COMBATENTE - REGÊNCIA. O DIREITO A PENSÃO DE EX-COMBATENTE E REGIDO PELAS NORMAS LEGAIS EM VIGOR A DATA DO DO EVENTO MORTE. TRATANDO-SE DE REVERSÃO DO BENEFÍCIO A FILHA MULHER, EM RAZÃO DO FALECIMENTO DA PRÓPRIA MÃE QUE A VINHA RECEBENDO, CONSIDERAM-SE NÃO OS PRECEITOS EM VIGOR QUANDO DO ÓBITO DESTA ÚLTIMA, MAS DO PRIMEIRO, OU SEJA, DO EX-COMBATENTE.’ (MS 21.707/DF, Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, DJ de 22.09.95). No mesmo sentido, os seguintes julgados: ‘EMENTA: PENSÃO DE EX-COMBATENTE. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043646. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 638.227 AGR / RJ SEGUNDO-SARGENTO. REGÊNCIA PELA LEGISLAÇÃO EM VIGOR NA DATA DO ÓBITO DO INSTITUIDOR. DEPENDENTES. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A pensão deixada por ex- combatente é regida pelas normas vigentes na data do óbito de seu instituidor. 2. Controvérsia decidida à luz de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega provimento.’ (AI 537.651-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 11.11.05). ‘EMENTA: CONSTITUCIONAL. PENSÃO POR MORTE DE EX-COMBATENTE DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. FALECIMENTO OCORRIDO EM 1982. INAPLICÁVEL A SISTEMÁTICA DO ART. 53, ADCT. É DEVIDA PENSÃO CORRESPONDENTE À DE SEGUNDO-SARGENTO. LEI 4.242/63. Esta Corte assentou o entendimento de que a pensão especial por morte de ex-combatente da Segunda Guerra Mundial rege-se pelas disposições normativas em vigor no momento do óbito (MS 21.707, red. para o acórdão min. Marco Aurélio, DJ 22.09.1995). Ocorrido o óbito em 1982, o valor da pensão deve corresponder ao da deixada por segundo-sargento. Agravo regimental a que se nega provimento.’ (AI 724.458-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ de 1º.10.10) Ex positis, nego seguimento ao recurso extraordinário com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.” Acrescente-se ainda que o Ministro Néri da Silveira, ao proferir seu voto no julgamento do MS 21.707, Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, DJ de 22.9.95, no qual o Plenário desta Corte decidiu que “o direito à pensão de ex-combatente é regido pelas normas legais em vigor à data do evento morte”, destacou que: “(…) para todo ex-combatente que morrer no sistema da nova Constituição, o regime de pensão será o do art. 53 do 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043646. Supremo Tribunal Federal RE 638.227 AGR / RJ SEGUNDO-SARGENTO. REGÊNCIA PELA LEGISLAÇÃO EM VIGOR NA DATA DO ÓBITO DO INSTITUIDOR. DEPENDENTES. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A pensão deixada por ex- combatente é regida pelas normas vigentes na data do óbito de seu instituidor. 2. Controvérsia decidida à luz de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. Agravo regimental a que se nega provimento.’ (AI 537.651-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 11.11.05). ‘EMENTA: CONSTITUCIONAL. PENSÃO POR MORTE DE EX-COMBATENTE DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL. FALECIMENTO OCORRIDO EM 1982. INAPLICÁVEL A SISTEMÁTICA DO ART. 53, ADCT. É DEVIDA PENSÃO CORRESPONDENTE À DE SEGUNDO-SARGENTO. LEI 4.242/63. Esta Corte assentou o entendimento de que a pensão especial por morte de ex-combatente da Segunda Guerra Mundial rege-se pelas disposições normativas em vigor no momento do óbito (MS 21.707, red. para o acórdão min. Marco Aurélio, DJ 22.09.1995). Ocorrido o óbito em 1982, o valor da pensão deve corresponder ao da deixada por segundo-sargento. Agravo regimental a que se nega provimento.’ (AI 724.458-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ de 1º.10.10) Ex positis, nego seguimento ao recurso extraordinário com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.” Acrescente-se ainda que o Ministro Néri da Silveira, ao proferir seu voto no julgamento do MS 21.707, Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, DJ de 22.9.95, no qual o Plenário desta Corte decidiu que “o direito à pensão de ex-combatente é regido pelas normas legais em vigor à data do evento morte”, destacou que: “(…) para todo ex-combatente que morrer no sistema da nova Constituição, o regime de pensão será o do art. 53 do 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043646. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 638.227 AGR / RJ ADCT, mas as pensões constituídas anteriormente subsistem, só que nos limites da legislação. A descendente não terá direito, agora à pensão correspondente a Segundo Tenente, mas sim à pensão prevista na Lei nº 4.242/63, que era a correspondente a Segundo Sargento”. Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043646. Supremo Tribunal Federal RE 638.227 AGR / RJ ADCT, mas as pensões constituídas anteriormente subsistem, só que nos limites da legislação. A descendente não terá direito, agora à pensão correspondente a Segundo Tenente, mas sim à pensão prevista na Lei nº 4.242/63, que era a correspondente a Segundo Sargento”. Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043646. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.227 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : ÂNGELA CHAGAS DA SILVA ADV.(A/S) : MARCIO BRAGA AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061274 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638.227 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : ÂNGELA CHAGAS DA SILVA ADV.(A/S) : MARCIO BRAGA AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061274 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3071250
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. FILHA DE EX- COMBATENTE. PENSÃO ESPECIAL. REGÊNCIA. LEGISLAÇÃO VIGENTE À DATA DO ÓBITO DO INSTITUIDOR. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. “O direito à pensão de ex-combatente é regido pelas normas legais em vigor à data do evento morte. Tratando-se de reversão do benefício à filha mulher, em razão do falecimento da própria mãe que a vinha recebendo, consideram-se não os preceitos em vigor quando do óbito desta última, mas do primeiro, ou seja, do ex-combatente” (MS 21.707/DF, Redator para o acórdão o Ministro Marco Aurélio, Pleno DJ de 22.09.95). No mesmo sentido: AI 537.651-AgR, Relator o Ministro Eros Grau, Primeira Turma, DJ de 11.11.05; AI 724.458-AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ de 1º.10.10. 2. In casu, o acórdão originalmente recorrido assentou que: “PENSÃO DE EX-COMBATENTE. REVERSÃO DO BENEFÍCIO. FILHA MAIOR DE 21 ANOS, EM DECORRÊNCIA DO ÓBITO DA MÃE OCORRIDO ANTES DA LEI Nº 8.059/90. A Lei nº 8.059 de 04 de julho de 1990, que regulamentou o artigo 53 do ADCT, estabelece, em seu artigo 5º, III, as condições para a persecução do benefício. A autora é maior de 21 anos e, por isso, não faz jus à pensão aumentada. No que concerne à assistência médico-hospitalar gratuita, de que trata o art. 53, IV, do ADCT, a sentença que a concedeu é mantida. Sentença reformada. Apelação e remessa necessária providas em parte.” 3. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur218259
- Acórdão(s) citado(s) (EX-COMBATENTE, PENSÃO) STF: MS 21707 (TP), AI 537651 AgR (1ªT), AI 724458 AgR (2ªT). Número de páginas: 9. Análise: 19/11/2012, MJC.
LUIZ FUX
Primeira Turma
638227
[ "LEG-FED ADCT ANO-1988\r\n ART-00053 INC-00004 \r\n ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-008059 ANO-1990\r\n ART-00005 INC-00003 \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
RE-AgR
acordaos
RE 638227 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGTE.(S) : ÂNGELA CHAGAS DA SILVA ADV.(A/S) : MARCIO BRAGA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638 . 227", "MS 21 . 707 / DF", "AI 537 . 651 - AgR", "AI 724 . 458 - AgR", "RE 638 . 227 AGR / RJ", "RE 638 . 227 AGR /", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638 . 227", "MS 21 . 707 / DF", "AI 537 . 651 - AgR", "AI 724 . 458 - AgR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638 . 227", "MS 21 . 707 / DF", "AI 537 . 651 - AgR", "AI 724 . 458 - AgR", "RE 638 . 227 AGR / RJ", "RE 638 . 227 AGR / RJ", "MS 21 . 707 / DF", "RE 638 . 227", "MS 21 . 707 / DF", "RE 638 . 227", "AI 537 . 651 - AgR", "MS 21 . 707", "AI 724 . 458 - AgR", "MS 21 . 707", "RE 638 . 227 AGR / RJ", "AI 537 . 651 - AgR", "MS 21 . 707", "AI 724 . 458 - AgR", "MS 21 . 707", "RE 638 . 227 AGR / RJ", "RE 638 . 227 AGR / RJ", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638 . 227", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 638 . 227" ], "LEGISLACAO": [ "LEI [UNK] 8 . 059 / 90", "Lei [UNK] 8 . 059", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 323 , § [UNK] , do RISTF", "MP", "artigo 323 , § [UNK] , do RISTF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 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2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO DE JANEIRO", "Brasília", "Brasília", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", 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Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "LUIZ FUX", "ÂNGELA CHAGAS DA SILVA", "MARCIO BRAGA", "Marco Aurélio", "Eros Grau", "Joaquim Barbosa", "Dias Toffoli", "LUIZ FUX", "Dias Toffoli", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "ÂNGELA CHAGAS DA SILVA", "MARCIO BRAGA", "LUIZ FUX", "ÂNGELA CHAGAS DA SILVA", "Marco Aurélio", "Eros Grau", "Joaquim Barbosa", "LUIZ FUX", "ÂNGELA CHAGAS DA SILVA", "MARCIO BRAGA", "LUIZ FUX", "ÂNGELA CHAGAS DA SILVA", "Marco Aurélio", "Eros Grau", "Joaquim Barbosa", "Ângela Chadas da Silva", "Ângela Chadas da Silva", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "Marco Aurélio", "Marco Aurélio", "LUIZ FUX", "Eros Grau", "Marco Aurélio", "Joaquim Barbosa", "Néri da Silveira", "Marco Aurélio", "Eros Grau", "Marco Aurélio", "Joaquim Barbosa", "Néri da Silveira", "Marco Aurélio", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "ÂNGELA CHAGAS DA SILVA", "MARCIO BRAGA", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "LUIZ FUX", "ÂNGELA CHAGAS DA SILVA", "MARCIO BRAGA", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "22", ".", "09", ".", "95", "11", ".", "11", ".", "05", "[UNK]", ".", "10", ".", "10", ".", "04 de julho de 1990", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "11", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "22", ".", "09", ".", "95", "11", ".", "11", ".", "05", "[UNK]", ".", "10", ".", "10", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "22", ".", "09", ".", "95", "11", ".", "11", ".", "05", "[UNK]", ".", "10", ".", "10", "24", "/", "08", "/", "2001", "1982", "24", "/", "08", "/", "2001", "1982", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.076 GOIÁS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :JOSÉ AUGUSTO CINTRA ADV.(A/S) :ALBERTO RANIERE ALVES GUIMARÃES E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. CÁLCULO. RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE EM RAZÃO DE SENTENÇA JUDICIAL. APLICAÇÃO DAS TABELAS E ALÍQUOTAS VIGENTES À ÉPOCA EM QUE OS VALORES DEVERIAM TER SIDO ADIMPLIDOS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE APONTA TÃO SOMENTE A SUPOSTA VIOLAÇÃO AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO À CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. QUESTÃO NÃO PREQUESTIONADA PELO TRIBUNAL A QUO. AUSÊNCIA DE OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 282/STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO ANALISADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM O SEGUIMENTO DO APELO EXTREMO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835872. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Ementa e Acórdão ARE 694.076 AGR / GO extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”. 3. Deveras, a interposição do Recurso Extraordinário impõe que o dispositivo constitucional tido por violado tenha sido ventilado no acórdão recorrido, sob pena de padecer o apelo extremo da imposição jurisprudencial do prequestionamento, requisito essencial à admissão do mesmo. 4. In casu, a questão ventilada no recurso extraordinário, relativa à suposta violação à cláusula de reserva plenário, preconizada no art. 97 da Constituição Federal, não foi efetivamente debatida pelo Tribunal a quo por ocasião do julgamento da apelação, tampouco foram opostos embargos de declaração para tal fim, o que inviabiliza a abertura da via extraordinária ante o óbice erigido pelas súmulas 282 e 356/STF. 5. A exigência do prequestionamento, impende salientar, não é mero rigorismo formal que pode ser afastado pelo julgador a qualquer pretexto, porquanto consubstancia a necessidade de obediência aos limites impostos ao julgamento das questões submetidas a este Supremo Tribunal Federal, cuja competência fora outorgada pela Constituição Federal em seu art. 102, no qual não há previsão de apreciação originária de temas não debatidos nas instâncias recursais anteriores. 6. O acórdão recorrido assentou: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. IMPOSTO DE RENDA. VERBA DECORRENTE DE SENTENÇA TRABALHISTA. PARCELA ATRASADA RECEBIDA EM MONTANTE ÚNICO. TABELAS E ALÍQUOTAS VIGENTES À ÉPOCA. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE MORA DEVIDOS EM RAZÃO DE DECISÃO JUDICIAL. CARÁTER INDENIZATÓRIO. NÃO INCIDÊNCIA. 1. O cálculo do imposto de renda sobre rendimentos pagos acumuladamente em razão de sentença judicial deve considerar as tabelas e alíquotas do momento próprio a que se referem os rendimentos. (Recurso Repetitivo no REsp 1118429/SP). 2. Não incide imposto de renda sobre rendimentos derivados de juros em reclamação trabalhista porque possuem nítido caráter indenizatório pela não disponibilidade do credor do quantum debeatur, bem como por não representarem proventos de qualquer natureza não refletem acréscimo patrimonial, consoante exige o disposto do art. 43 do CTN. (STJ, REsp 1163490/SC, rel. ministro Castro Meira, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835872. Supremo Tribunal Federal ARE 694.076 AGR / GO extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”. 3. Deveras, a interposição do Recurso Extraordinário impõe que o dispositivo constitucional tido por violado tenha sido ventilado no acórdão recorrido, sob pena de padecer o apelo extremo da imposição jurisprudencial do prequestionamento, requisito essencial à admissão do mesmo. 4. In casu, a questão ventilada no recurso extraordinário, relativa à suposta violação à cláusula de reserva plenário, preconizada no art. 97 da Constituição Federal, não foi efetivamente debatida pelo Tribunal a quo por ocasião do julgamento da apelação, tampouco foram opostos embargos de declaração para tal fim, o que inviabiliza a abertura da via extraordinária ante o óbice erigido pelas súmulas 282 e 356/STF. 5. A exigência do prequestionamento, impende salientar, não é mero rigorismo formal que pode ser afastado pelo julgador a qualquer pretexto, porquanto consubstancia a necessidade de obediência aos limites impostos ao julgamento das questões submetidas a este Supremo Tribunal Federal, cuja competência fora outorgada pela Constituição Federal em seu art. 102, no qual não há previsão de apreciação originária de temas não debatidos nas instâncias recursais anteriores. 6. O acórdão recorrido assentou: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. IMPOSTO DE RENDA. VERBA DECORRENTE DE SENTENÇA TRABALHISTA. PARCELA ATRASADA RECEBIDA EM MONTANTE ÚNICO. TABELAS E ALÍQUOTAS VIGENTES À ÉPOCA. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE MORA DEVIDOS EM RAZÃO DE DECISÃO JUDICIAL. CARÁTER INDENIZATÓRIO. NÃO INCIDÊNCIA. 1. O cálculo do imposto de renda sobre rendimentos pagos acumuladamente em razão de sentença judicial deve considerar as tabelas e alíquotas do momento próprio a que se referem os rendimentos. (Recurso Repetitivo no REsp 1118429/SP). 2. Não incide imposto de renda sobre rendimentos derivados de juros em reclamação trabalhista porque possuem nítido caráter indenizatório pela não disponibilidade do credor do quantum debeatur, bem como por não representarem proventos de qualquer natureza não refletem acréscimo patrimonial, consoante exige o disposto do art. 43 do CTN. (STJ, REsp 1163490/SC, rel. ministro Castro Meira, 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835872. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Ementa e Acórdão ARE 694.076 AGR / GO 2ª Turma, DJe de 2/6/2010). 3. Nas causas em que não houver condenação ou vencida a Fazenda Pública, os honorários advocatícios deverão ser fixados mediante apreciação equitativa do juiz (art. 20, § 3º, a , b e c , e § 4º, do CPC). Esses critérios devem ser observados também nos casos de condenação a favor da Fazenda Pública. Precedentes. 4. Apelação do autor a que se dá provimento. (fl. 356). 7. Agravo Regimental desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835872. Supremo Tribunal Federal ARE 694.076 AGR / GO 2ª Turma, DJe de 2/6/2010). 3. Nas causas em que não houver condenação ou vencida a Fazenda Pública, os honorários advocatícios deverão ser fixados mediante apreciação equitativa do juiz (art. 20, § 3º, a , b e c , e § 4º, do CPC). Esses critérios devem ser observados também nos casos de condenação a favor da Fazenda Pública. Precedentes. 4. Apelação do autor a que se dá provimento. (fl. 356). 7. Agravo Regimental desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835872. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.076 GOIÁS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :JOSÉ AUGUSTO CINTRA ADV.(A/S) :ALBERTO RANIERE ALVES GUIMARÃES E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pela UNIÃO, contra decisão de minha lavra assim ementada: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. NÃO INCIDÊNCIA SOBRE OS JUROS MORATÓRIOS. VERBAS INDENIZATÓRIAS. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. TEMA N.º 306 DA GESTÃO POR TEMAS DA REPERCUSSÃO GERAL DO STF. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA. A agravante sustenta em suas razões recursais que “o ponto de irresignação do recurso extraordinário não foi a incidência de imposto de renda sobre juros de mora recebidos em reclamação trabalhista, mas sim, a necessidade de respeito à cláusula de reserva de plenário (art. 97 da Constituição) para que se deixe de aplicar o art. 12 da Lei 7.713/88, que é claro no sentido de que o imposto de renda incidente sobre rendimentos pagos acumuladamente deve considerar as tabelas e alíquotas do momento do efetivo pagamento dos rendimentos, e não a das competências a que eles se referiam.” (fl. 389). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835873. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.076 GOIÁS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :JOSÉ AUGUSTO CINTRA ADV.(A/S) :ALBERTO RANIERE ALVES GUIMARÃES E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pela UNIÃO, contra decisão de minha lavra assim ementada: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. NÃO INCIDÊNCIA SOBRE OS JUROS MORATÓRIOS. VERBAS INDENIZATÓRIAS. RECLAMAÇÃO TRABALHISTA. RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. TEMA N.º 306 DA GESTÃO POR TEMAS DA REPERCUSSÃO GERAL DO STF. REPERCUSSÃO GERAL REJEITADA. A agravante sustenta em suas razões recursais que “o ponto de irresignação do recurso extraordinário não foi a incidência de imposto de renda sobre juros de mora recebidos em reclamação trabalhista, mas sim, a necessidade de respeito à cláusula de reserva de plenário (art. 97 da Constituição) para que se deixe de aplicar o art. 12 da Lei 7.713/88, que é claro no sentido de que o imposto de renda incidente sobre rendimentos pagos acumuladamente deve considerar as tabelas e alíquotas do momento do efetivo pagamento dos rendimentos, e não a das competências a que eles se referiam.” (fl. 389). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835873. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Relatório ARE 694.076 AGR / GO Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, ou, em caso negativo, que seja submetido o presente agravo à apreciação da Primeira Turma deste Supremo Tribunal Federal, para que seja conhecido e provido o seu recurso extraordinário. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835873. Supremo Tribunal Federal ARE 694.076 AGR / GO Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, ou, em caso negativo, que seja submetido o presente agravo à apreciação da Primeira Turma deste Supremo Tribunal Federal, para que seja conhecido e provido o seu recurso extraordinário. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835873. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.076 GOIÁS V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Prima facie, não assiste razão à agravante. A decisão agravada restou consubstanciada nos seguintes termos, in verbis: Trata-se de agravo nos próprios autos contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário em que se discute, à luz dos artigos 5º, II; 37; 59; 84, IV; 146, III, a; 150, I e IV; e 153, III, da Constituição Federal, a natureza jurídica dos juros, a fim de se decidir se verbas recebidas a esse título, em reclamatória trabalhista, se sujeitam, ou não, ao Imposto de Renda .. In casu, o acórdão recorrido assentou: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. IMPOSTO DE RENDA. VERBA DECORRENTE DE SENTENÇA TRABALHISTA. PARCELA ATRASADA RECEBIDA EM MONTANTE ÚNICO. TABELAS E ALÍQUOTAS VIGENTES À ÉPOCA. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE MORA DEVIDOS EM RAZÃO DE DECISÃO JUDICIAL. CARÁTER INDENIZATÓRIO. NÃO INCIDÊNCIA. 1. O cálculo do imposto de renda sobre rendimentos pagos acumuladamente em razão de sentença judicial deve considerar as tabelas e alíquotas do momento próprio a que se referem os rendimentos. (Recurso Repetitivo no REsp 1118429/SP). 2. Não incide imposto de renda sobre rendimentos derivados de juros em reclamação trabalhista porque possuem nítido caráter indenizatório pela não disponibilidade do credor do quantum debeatur, bem como por não representarem proventos de qualquer natureza não refletem acréscimo patrimonial, consoante exige o disposto do art. 43 do CTN. (STJ, REsp 1163490/SC, rel. ministro Castro Meira, 2ª Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835874. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.076 GOIÁS V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Prima facie, não assiste razão à agravante. A decisão agravada restou consubstanciada nos seguintes termos, in verbis: Trata-se de agravo nos próprios autos contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário em que se discute, à luz dos artigos 5º, II; 37; 59; 84, IV; 146, III, a; 150, I e IV; e 153, III, da Constituição Federal, a natureza jurídica dos juros, a fim de se decidir se verbas recebidas a esse título, em reclamatória trabalhista, se sujeitam, ou não, ao Imposto de Renda .. In casu, o acórdão recorrido assentou: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. IMPOSTO DE RENDA. VERBA DECORRENTE DE SENTENÇA TRABALHISTA. PARCELA ATRASADA RECEBIDA EM MONTANTE ÚNICO. TABELAS E ALÍQUOTAS VIGENTES À ÉPOCA. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE MORA DEVIDOS EM RAZÃO DE DECISÃO JUDICIAL. CARÁTER INDENIZATÓRIO. NÃO INCIDÊNCIA. 1. O cálculo do imposto de renda sobre rendimentos pagos acumuladamente em razão de sentença judicial deve considerar as tabelas e alíquotas do momento próprio a que se referem os rendimentos. (Recurso Repetitivo no REsp 1118429/SP). 2. Não incide imposto de renda sobre rendimentos derivados de juros em reclamação trabalhista porque possuem nítido caráter indenizatório pela não disponibilidade do credor do quantum debeatur, bem como por não representarem proventos de qualquer natureza não refletem acréscimo patrimonial, consoante exige o disposto do art. 43 do CTN. (STJ, REsp 1163490/SC, rel. ministro Castro Meira, 2ª Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835874. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 694.076 AGR / GO Turma, DJe de 2/6/2010). 3. Nas causas em que não houver condenação ou vencida a Fazenda Pública, os honorários advocatícios deverão ser fixados mediante apreciação equitativa do juiz (art. 20, § 3º, a , b e c , e § 4º, do CPC). Esses critérios devem ser observados também nos casos de condenação a favor da Fazenda Pública. Precedentes. 4. Apelação do autor a que se dá provimento. (fl. 356). Brevemente relatado, DECIDO. O agravo não merece ser conhecido. No julgamento do RE n.º RE 611.512/SC, relatora a Ministra Ellen Gracie, o Plenário desta Corte decidiu rejeitar a repercussão geral da matéria versada nesses autos, uma vez que está restrita a análise de norma infraconstitucional. O assunto corresponde ao Tema nº 306 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do STF e a manifestação lançada está assim ementada: TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE VERBAS RECEBIDAS EM RECLAMATÓRIA TRABALHISTA A TÍTULO DE JUROS. DEFINIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA DOS JUROS. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. (RE 611512 RG, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, julgado em 09/09/2010, DJe- 224 DIVULG 22-11-2010 PUBLIC 23-11-2010 EMENT VOL- 02436-02 PP-00363 ) Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo. Com efeito, ao analisar a fundamentação expendida no agravo regimental, no sentido de que a decisão agravada merece ser reformada, verifico que melhor sorte não socorre à agravante. Deveras, o presente recurso extraordinário, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal foi interposto contra acórdão que decidiu que 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835874. Supremo Tribunal Federal ARE 694.076 AGR / GO Turma, DJe de 2/6/2010). 3. Nas causas em que não houver condenação ou vencida a Fazenda Pública, os honorários advocatícios deverão ser fixados mediante apreciação equitativa do juiz (art. 20, § 3º, a , b e c , e § 4º, do CPC). Esses critérios devem ser observados também nos casos de condenação a favor da Fazenda Pública. Precedentes. 4. Apelação do autor a que se dá provimento. (fl. 356). Brevemente relatado, DECIDO. O agravo não merece ser conhecido. No julgamento do RE n.º RE 611.512/SC, relatora a Ministra Ellen Gracie, o Plenário desta Corte decidiu rejeitar a repercussão geral da matéria versada nesses autos, uma vez que está restrita a análise de norma infraconstitucional. O assunto corresponde ao Tema nº 306 da Gestão por Temas da Repercussão Geral do STF e a manifestação lançada está assim ementada: TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE VERBAS RECEBIDAS EM RECLAMATÓRIA TRABALHISTA A TÍTULO DE JUROS. DEFINIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA DOS JUROS. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. (RE 611512 RG, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, julgado em 09/09/2010, DJe- 224 DIVULG 22-11-2010 PUBLIC 23-11-2010 EMENT VOL- 02436-02 PP-00363 ) Ex positis, NÃO CONHEÇO do agravo. Com efeito, ao analisar a fundamentação expendida no agravo regimental, no sentido de que a decisão agravada merece ser reformada, verifico que melhor sorte não socorre à agravante. Deveras, o presente recurso extraordinário, fundado no art. 102, III, a, da Constituição Federal foi interposto contra acórdão que decidiu que 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835874. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 694.076 AGR / GO os rendimentos pagos acumuladamente devem ser considerados nos meses a que se referirem para efeitos de cálculo do imposto de renda. Alegou-se ofensa ao art. 97 da mesma Carta, visto que o Tribunal a quo afastou a incidência do art. 12 da Lei 7.713/88 sem, contudo, declarar-lhes a sua inconstitucionalidade. Nessa esteira, verifica-se que o apelo extremo não reúne condições de admissibilidade. Isto porque, o Tribunal a quo não emitiu qualquer pronunciamento acerca da suposta violação ao art. 97 da Constituição Federal, no que diz respeito à cláusula de reserva de plenário, tampouco foram opostos embargos de declaração para prequestionar tal thema . Assim, é entendimento pacífico nesta Corte Suprema que quando a matéria controvertida não foi apreciada pela instância originária, ainda que tenha surgido no próprio acórdão recorrido, obsta-se o conhecimento do apelo extremo. Nesses casos, imperioso que o recorrente opusesse embargos de declaração para que o Tribunal a quo se pronunciasse sobre os dispositivos constitucionais tidos por afrontados e realizasse o necessário prequestionamento. Entretanto, depreende-se da análise dos autos, que o recorrente furtou-se em manejar os imprescindíveis embargos de declaração, tendo Tribunal local permanecido alheio a discussão acerca dos dispositivos ventilados no presente extraordinário. Ao assim proceder, deixou de cumprir a exigência jurisprudencial do prequestionamento, atraindo ad consequentiam, a inarredável incidência das súmulas 282 e 356 do STF, que ostentam, respectivamente, o seguinte teor, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”. A exigência do prequestionamento, impende salientar, não é mero 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835874. Supremo Tribunal Federal ARE 694.076 AGR / GO os rendimentos pagos acumuladamente devem ser considerados nos meses a que se referirem para efeitos de cálculo do imposto de renda. Alegou-se ofensa ao art. 97 da mesma Carta, visto que o Tribunal a quo afastou a incidência do art. 12 da Lei 7.713/88 sem, contudo, declarar-lhes a sua inconstitucionalidade. Nessa esteira, verifica-se que o apelo extremo não reúne condições de admissibilidade. Isto porque, o Tribunal a quo não emitiu qualquer pronunciamento acerca da suposta violação ao art. 97 da Constituição Federal, no que diz respeito à cláusula de reserva de plenário, tampouco foram opostos embargos de declaração para prequestionar tal thema . Assim, é entendimento pacífico nesta Corte Suprema que quando a matéria controvertida não foi apreciada pela instância originária, ainda que tenha surgido no próprio acórdão recorrido, obsta-se o conhecimento do apelo extremo. Nesses casos, imperioso que o recorrente opusesse embargos de declaração para que o Tribunal a quo se pronunciasse sobre os dispositivos constitucionais tidos por afrontados e realizasse o necessário prequestionamento. Entretanto, depreende-se da análise dos autos, que o recorrente furtou-se em manejar os imprescindíveis embargos de declaração, tendo Tribunal local permanecido alheio a discussão acerca dos dispositivos ventilados no presente extraordinário. Ao assim proceder, deixou de cumprir a exigência jurisprudencial do prequestionamento, atraindo ad consequentiam, a inarredável incidência das súmulas 282 e 356 do STF, que ostentam, respectivamente, o seguinte teor, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”. A exigência do prequestionamento, impende salientar, não é mero 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835874. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 694.076 AGR / GO rigorismo formal que pode ser afastado pelo julgador, porquanto consubstancia a necessidade de obediência aos limites impostos ao julgamento das questões submetidas a este Supremo Tribunal Federal, cuja competência fora outorgada pela Constituição Federal em seu art. 102, no qual não há previsão de apreciação originária de temas não debatidos nas instâncias recursais anteriores. Nesse sentido: EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO IMPROVIDO. - A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza - ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica - a utilização do recurso extraordinário. Omissis. (AI 758626 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 01/03/2011, DJe-054 DIVULG 22-03-2011 PUBLIC 23-03-2011 EMENT VOL-02487-02 PP-00342) EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. INTERPOSIÇÃO DO APELO EXTREMO COM BASE NA ALÍNEA "C" DO INCISO III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NÃO-CONFIGURAÇÃO. SÚMULA 284 DO STF. 1. O acórdão recorrido não tratou dos dispositivos constitucionais tidos por violados, nem foram opostos embargos de declaração para suprir eventual omissão. Caso em que o recurso não tem condições de apreciação. 2. Omissis. Agravo desprovido. (AI 228270 AgR, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma, julgado em 19/05/2009, DJe-113 DIVULG 18-06-2009 PUBLIC 19-06-2009 EMENT VOL-02365-03 PP-00508) 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835874. Supremo Tribunal Federal ARE 694.076 AGR / GO rigorismo formal que pode ser afastado pelo julgador, porquanto consubstancia a necessidade de obediência aos limites impostos ao julgamento das questões submetidas a este Supremo Tribunal Federal, cuja competência fora outorgada pela Constituição Federal em seu art. 102, no qual não há previsão de apreciação originária de temas não debatidos nas instâncias recursais anteriores. Nesse sentido: EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO - OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - REEXAME DE FATOS E PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO IMPROVIDO. - A ausência de efetiva apreciação do litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o acórdão impugnado, não autoriza - ante a falta de prequestionamento explícito da controvérsia jurídica - a utilização do recurso extraordinário. Omissis. (AI 758626 AgR, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Segunda Turma, julgado em 01/03/2011, DJe-054 DIVULG 22-03-2011 PUBLIC 23-03-2011 EMENT VOL-02487-02 PP-00342) EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. INTERPOSIÇÃO DO APELO EXTREMO COM BASE NA ALÍNEA "C" DO INCISO III DO ART. 102 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. NÃO-CONFIGURAÇÃO. SÚMULA 284 DO STF. 1. O acórdão recorrido não tratou dos dispositivos constitucionais tidos por violados, nem foram opostos embargos de declaração para suprir eventual omissão. Caso em que o recurso não tem condições de apreciação. 2. Omissis. Agravo desprovido. (AI 228270 AgR, Relator(a): Min. CARLOS BRITTO, Primeira Turma, julgado em 19/05/2009, DJe-113 DIVULG 18-06-2009 PUBLIC 19-06-2009 EMENT VOL-02365-03 PP-00508) 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835874. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 694.076 AGR / GO PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. IMPOSSIBILIDADE, NO CASO, DE PREQUESTIONAMENTO IMPLÍCITO. 1. Os dispositivos constitucionais tidos como violados não foram prequestionados pelo acórdão recorrido, ao qual não foram opostos embargos de declaração. Incidência das Súmulas STF 282 e 356. 2. O Supremo Tribunal não admite, em princípio, o prequestionamento implícito da questão constitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 725119 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 24/05/2011, DJe-112 DIVULG 10-06-2011 PUBLIC 13-06-2011 EMENT VOL-02542-02 PP-00226) Desta feita, ainda que superado o óbice do não conhecimento como restou consignado na decisão objurgada, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, ante a inarredável incidência das súmulas 282 e 356/STF. Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835874. Supremo Tribunal Federal ARE 694.076 AGR / GO PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. IMPOSSIBILIDADE, NO CASO, DE PREQUESTIONAMENTO IMPLÍCITO. 1. Os dispositivos constitucionais tidos como violados não foram prequestionados pelo acórdão recorrido, ao qual não foram opostos embargos de declaração. Incidência das Súmulas STF 282 e 356. 2. O Supremo Tribunal não admite, em princípio, o prequestionamento implícito da questão constitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AI 725119 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda Turma, julgado em 24/05/2011, DJe-112 DIVULG 10-06-2011 PUBLIC 13-06-2011 EMENT VOL-02542-02 PP-00226) Desta feita, ainda que superado o óbice do não conhecimento como restou consignado na decisão objurgada, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, ante a inarredável incidência das súmulas 282 e 356/STF. Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. É como voto. 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835874. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.076 PROCED. : GOIÁS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO CINTRA ADV.(A/S) : ALBERTO RANIERE ALVES GUIMARÃES E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848655 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 694.076 PROCED. : GOIÁS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO CINTRA ADV.(A/S) : ALBERTO RANIERE ALVES GUIMARÃES E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848655 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2857289
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. CÁLCULO. RENDIMENTOS RECEBIDOS ACUMULADAMENTE EM RAZÃO DE SENTENÇA JUDICIAL. APLICAÇÃO DAS TABELAS E ALÍQUOTAS VIGENTES À ÉPOCA EM QUE OS VALORES DEVERIAM TER SIDO ADIMPLIDOS. RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE APONTA TÃO SOMENTE A SUPOSTA VIOLAÇÃO AO ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO À CLÁUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO. QUESTÃO NÃO PREQUESTIONADA PELO TRIBUNAL A QUO. AUSÊNCIA DE OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. APLICAÇÃO DA SÚMULA 282/STF. REPERCUSSÃO GERAL NÃO ANALISADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM O SEGUIMENTO DO APELO EXTREMO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 2. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”. 3. Deveras, a interposição do Recurso Extraordinário impõe que o dispositivo constitucional tido por violado tenha sido ventilado no acórdão recorrido, sob pena de padecer o apelo extremo da imposição jurisprudencial do prequestionamento, requisito essencial à admissão do mesmo. 4. In casu, a questão ventilada no recurso extraordinário, relativa à suposta violação à cláusula de reserva plenário, preconizada no art. 97 da Constituição Federal, não foi efetivamente debatida pelo Tribunal a quo por ocasião do julgamento da apelação, tampouco foram opostos embargos de declaração para tal fim, o que inviabiliza a abertura da via extraordinária ante o óbice erigido pelas súmulas 282 e 356/STF. 5. A exigência do prequestionamento, impende salientar, não é mero rigorismo formal que pode ser afastado pelo julgador a qualquer pretexto, porquanto consubstancia a necessidade de obediência aos limites impostos ao julgamento das questões submetidas a este Supremo Tribunal Federal, cuja competência fora outorgada pela Constituição Federal em seu art. 102, no qual não há previsão de apreciação originária de temas não debatidos nas instâncias recursais anteriores. 6. O acórdão recorrido assentou: TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. IMPOSTO DE RENDA. VERBA DECORRENTE DE SENTENÇA TRABALHISTA. PARCELA ATRASADA RECEBIDA EM MONTANTE ÚNICO. TABELAS E ALÍQUOTAS VIGENTES À ÉPOCA. INCIDÊNCIA SOBRE JUROS DE MORA DEVIDOS EM RAZÃO DE DECISÃO JUDICIAL. CARÁTER INDENIZATÓRIO. NÃO INCIDÊNCIA. 1. O cálculo do imposto de renda sobre rendimentos pagos acumuladamente em razão de sentença judicial deve considerar as tabelas e alíquotas do momento próprio a que se referem os rendimentos. (Recurso Repetitivo no REsp 1118429/SP). 2. Não incide imposto de renda sobre rendimentos derivados de juros em reclamação trabalhista porque possuem nítido caráter indenizatório pela não disponibilidade do credor do quantum debeatur, bem como por não representarem proventos de qualquer natureza não refletem acréscimo patrimonial, consoante exige o disposto do art. 43 do CTN. (STJ, REsp 1163490/SC, rel. ministro Castro Meira, 2ª Turma, DJe de 2/6/2010). 3. Nas causas em que não houver condenação ou vencida a Fazenda Pública, os honorários advocatícios deverão ser fixados mediante apreciação equitativa do juiz (art. 20, § 3º, a , b e c , e § 4º, do CPC). Esses critérios devem ser observados também nos casos de condenação a favor da Fazenda Pública. Precedentes. 4. Apelação do autor a que se dá provimento. (fl. 356). 7. Agravo Regimental desprovido.
sjur215715
- Acórdãos citados: AI 228270 AgR, AI 725119 AgR, AI 758626 AgR. Número de páginas: 11. Análise: 11/10/2012, LLD.
LUIZ FUX
Primeira Turma
694076
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00097 ART-00102 INC-00003 LET-A\r\n PAR-00003 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-007713 ANO-1988\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00323\r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 694076 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : JOSÉ AUGUSTO CINTRA ADV.(A/S) : ALBERTO RANIERE ALVES GUIMARÃES E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "SÚMULA 282 / STF", "Súmulas 282", "ARE 694 . 076 AGR / GO", "súmulas 282", "Recurso Repetitivo no REsp 1118429 / SP", "REsp 1163490 / SC", "ARE 694 . 076 AGR / GO", "súmulas 282 e 356 / STF", "Recurso Repetitivo no REsp 1118429 / SP", "REsp 1163490 / SC", "ARE 694 . 076 AGR", "ARE 694 . 076 AGR / GO", "ARE 694 . 076 AGR / GO", "ARE 694 . 076 AGR / GO", "REsp 1163490 / SC", "Recurso Repetitivo no REsp 1118429 / SP", "REsp 1163490 / SC", "ARE 694 . 076 AGR", "RE n . [UNK] RE 611 . 512 / SC", "RE 611512 RG", "ARE 694 . 076 AGR / GO", "RE n . [UNK] RE 611 . 512 / SC", "RE 611512 RG", "ARE 694 . 076 AGR / GO", "ARE 694 . 076", "súmulas 282", "ARE 694 . 076 AGR / GO", "SÚMULA 279 / STF", "AI 758626 AgR", "SÚMULAS 282", "SÚMULA 284 DO STF", "AI 228270 AgR", "ARE 694 . 076 AGR / GO", "SÚMULA 279 / STF", "AI 758626 AgR", "SÚMULAS 282", "SÚMULA 284 DO STF", "AI 228270 AgR", "Súmulas", "AI 725119 AgR", "súmulas 282 e 356 / STF", "ARE 694 . 076 AGR", "Súmulas STF 282", "AI 725119 AgR", "súmulas 282" ], "LEGISLACAO": [ "ART . 97 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "art . 323 do RISTF", "art . 102 , III , § [UNK] , da CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "97 da Constituição Federal", "Constituição Federal em seu art . 102", "art . 43 do CTN", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "2001", "art . 97 da Constituição Federal", "Constituição Federal em seu art . 102", "art . 43 do CTN", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 20 , § [UNK] , a , b e c , e § [UNK] , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 20 , § [UNK] , a , b e c , e § [UNK] , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 97 da Constituição", "art . 12 da Lei 7 . 713 / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 97 da Constituição", "art . 12 da Lei 7 . 713 / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigos [UNK] , II ; 37 ; 59 ; 84 , IV ; 146 , III , a ; 150 , I e IV ; e 153 , III , da Constituição Federal", "art . 43 do CTN", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigos [UNK] , II ; 37 ; 59 ; 84 , IV ; 146 , III , a ; 150 , I e IV ; e 153 , III , da Constituição Federal", "art . 43 do CTN", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 20 , § [UNK] , a , b e c , e § [UNK] , do CPC", "art . 102 , III , a , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 20 , § [UNK] , a , b e c , e § [UNK] , do CPC", "art . 102 , III , a , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 12 da Lei 7 . 713 / 88", "art . 97 da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 12 da Lei 7 . 713 / 88", "art . 97 da Constituição Federal", "MP 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.272 BAHIA RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :JAENE SARDINHA BRANDÃO ADV.(A/S) :PEDRO AUGUSTO MAIA FELIZOLA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. PERDA DO OBJETO RECURSAL. 1. INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034561. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.272 BAHIA RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :JAENE SARDINHA BRANDÃO ADV.(A/S) :PEDRO AUGUSTO MAIA FELIZOLA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 27 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Jaene Sardinha Brandão contra julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o qual decidira que a superveniente prolação de sentença prejudica o deferimento da medida liminar, ainda que pendente apelação recebida sob o efeito suspensivo. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste à Agravante. 6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação. (...) (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269). 7. O Tribunal de origem limitou-se ao exame de cabimento de recurso de sua competência, concluindo pela perda do objeto recursal, nos termos do Código de Processo Civil. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 598.365, Relator o Ministro Ayres Britto, este Supremo Tribunal assentou a inexistência de repercussão geral da questão discutida nestes autos: (...) (DJe 23.6.2010). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034562. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.272 BAHIA RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :JAENE SARDINHA BRANDÃO ADV.(A/S) :PEDRO AUGUSTO MAIA FELIZOLA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 27 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Jaene Sardinha Brandão contra julgado do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, o qual decidira que a superveniente prolação de sentença prejudica o deferimento da medida liminar, ainda que pendente apelação recebida sob o efeito suspensivo. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste à Agravante. 6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação. (...) (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269). 7. O Tribunal de origem limitou-se ao exame de cabimento de recurso de sua competência, concluindo pela perda do objeto recursal, nos termos do Código de Processo Civil. No julgamento do Recurso Extraordinário n. 598.365, Relator o Ministro Ayres Britto, este Supremo Tribunal assentou a inexistência de repercussão geral da questão discutida nestes autos: (...) (DJe 23.6.2010). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034562. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório ARE 709.272 AGR / BA Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o § 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 8. Ademais, as medidas antecipatórias e cautelares, por não representarem pronunciamento definitivo, mas provisório, da controvérsia, devem ser confirmadas (ou, se for o caso, cassadas) pela sentença que julgar o mérito da causa, podendo, ademais, ser modificadas ou revogadas a qualquer tempo, até mesmo pelo órgão que as deferiu. Assim, a natureza precária e provisória do juízo desenvolvido em liminar ou tutela antecipada não viabiliza o recurso extraordinário, pois somente com a sentença é que se terá o pronunciamento definitivo, na instância específica, sobre as questões jurídicas enfrentadas na apreciação das liminares. Nesse sentido: (...) (AI 802.533-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 25.11.2010). Incide na espécie a Súmula n. 735 do Supremo Tribunal Federal: Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar . Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante. 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 4.10.2012, interpõe Jaene Sardinha Brandão, em 8.10.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega a Agravante que, “ao contrário do que consignou a decisão ora agravada, não se encontra suficientemente fundamentado o acórdão recorrido, eis que deixou de se manifestar acerca de elemento determinante para a solução do litígio. Daí merecer, com todo acato, reconsideração ou reforma, a fim de se dar provimento ao recurso extraordinário, reconhecendo-se a nulidade do acórdão recorrido”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034562. Supremo Tribunal Federal ARE 709.272 AGR / BA Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o § 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 8. Ademais, as medidas antecipatórias e cautelares, por não representarem pronunciamento definitivo, mas provisório, da controvérsia, devem ser confirmadas (ou, se for o caso, cassadas) pela sentença que julgar o mérito da causa, podendo, ademais, ser modificadas ou revogadas a qualquer tempo, até mesmo pelo órgão que as deferiu. Assim, a natureza precária e provisória do juízo desenvolvido em liminar ou tutela antecipada não viabiliza o recurso extraordinário, pois somente com a sentença é que se terá o pronunciamento definitivo, na instância específica, sobre as questões jurídicas enfrentadas na apreciação das liminares. Nesse sentido: (...) (AI 802.533-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 25.11.2010). Incide na espécie a Súmula n. 735 do Supremo Tribunal Federal: Não cabe recurso extraordinário contra acórdão que defere medida liminar . Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante. 9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 4.10.2012, interpõe Jaene Sardinha Brandão, em 8.10.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega a Agravante que, “ao contrário do que consignou a decisão ora agravada, não se encontra suficientemente fundamentado o acórdão recorrido, eis que deixou de se manifestar acerca de elemento determinante para a solução do litígio. Daí merecer, com todo acato, reconsideração ou reforma, a fim de se dar provimento ao recurso extraordinário, reconhecendo-se a nulidade do acórdão recorrido”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034562. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório ARE 709.272 AGR / BA Afirma que “não se está, com a devida vênia, a requerer a apreciação do cabimento do agravo de instrumento interposto perante o TRF-1, no qual se obteve a antecipação de tutela recursal para assegurar a eficácia da medida pleiteada no feito (reserva de vaga a candidata aprovada em concurso público até o julgamento definitivo da lide). O que se requer, em verdade, é o reconhecimento de que não poderia ter sido declarada a perda do objeto de tal agravo de instrumento antes do julgamento final do caso, uma vez que a superveniência de sentença, com recurso interposto para obstar seus efeitos, determina a continuidade, e não o término, do processo, devendo perdurar a eficácia da decisão proferida no agravo de instrumento, a fim de se albergar a eventual posse em caso de procedência definitiva do pedido. Ressalta que se “trata de decisão definitiva, e não provisória, no tocante ao referido agravo de instrumento, não havendo que se falar, portanto, em não cabimento de recurso extraordinário contra o acórdão de origem, sob pena de se caracterizar obstaculização do direito fundamental de acesso à justiça, consagrado no art. 5º, XXXV, da Carta Magna”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034562. Supremo Tribunal Federal ARE 709.272 AGR / BA Afirma que “não se está, com a devida vênia, a requerer a apreciação do cabimento do agravo de instrumento interposto perante o TRF-1, no qual se obteve a antecipação de tutela recursal para assegurar a eficácia da medida pleiteada no feito (reserva de vaga a candidata aprovada em concurso público até o julgamento definitivo da lide). O que se requer, em verdade, é o reconhecimento de que não poderia ter sido declarada a perda do objeto de tal agravo de instrumento antes do julgamento final do caso, uma vez que a superveniência de sentença, com recurso interposto para obstar seus efeitos, determina a continuidade, e não o término, do processo, devendo perdurar a eficácia da decisão proferida no agravo de instrumento, a fim de se albergar a eventual posse em caso de procedência definitiva do pedido. Ressalta que se “trata de decisão definitiva, e não provisória, no tocante ao referido agravo de instrumento, não havendo que se falar, portanto, em não cabimento de recurso extraordinário contra o acórdão de origem, sob pena de se caracterizar obstaculização do direito fundamental de acesso à justiça, consagrado no art. 5º, XXXV, da Carta Magna”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034562. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.272 BAHIA V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu: “A sentença proferida no processo substitui a providência liminar que envolve o pleito de tutela antecipada, interlocutoriamente decidida. Passa ela, a sentença, como ato decisório da lide, a produzir os seus próprios efeitos, e não mais a liminar quem, exatamente porque substituída pelo ato decisório do litígio, desaparece do cenário jurídico, encampada se por ele confirmada, ou revogada, expressa ou implicitamente, se contrária ao provimento jurisdicional extintivo do feito, com ou sem resolução do mérito. Por isso mesmo, não há espaço para se preservar a eficácia da liminar deferida no presente agravo de instrumento, de deliberação provisória a propósito do indeferimento de tutela antecipada que não mais subsiste, substituída que foi a interlocutória decisão pelo ato decisório da demanda onde indeferida. Suspendem-se os efeitos ou antecipa-se a tutela a tutela recursal no tocante a determinado ato jurídico enquanto o mesmo se encontra em vigor. Se não mais existem no mundo jurídico, contudo, o indeferimento da tutela antecipada, porque substituída a interlocutória decisão pela sentença de mérito, não há quo que se deliberar a propósito dela, nem muito menos o que se manter suspenso a respeito. Preserva-se a antecipação da tutela recursal, quando não subsiste o objeto do próprio agravo de instrumento, significa, com todo o respeito, se dar vida autônoma ao acessório, onde sequer existe o principal; estender-se o alcance da mesma, para atingir-se os efeitos da superveniente sentença proferida no processo, é mais do que conferir vida autônoma ao acessório, é lhe conferir maiores poderes do que teria o próprio principal, que não Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034563. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.272 BAHIA V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu: “A sentença proferida no processo substitui a providência liminar que envolve o pleito de tutela antecipada, interlocutoriamente decidida. Passa ela, a sentença, como ato decisório da lide, a produzir os seus próprios efeitos, e não mais a liminar quem, exatamente porque substituída pelo ato decisório do litígio, desaparece do cenário jurídico, encampada se por ele confirmada, ou revogada, expressa ou implicitamente, se contrária ao provimento jurisdicional extintivo do feito, com ou sem resolução do mérito. Por isso mesmo, não há espaço para se preservar a eficácia da liminar deferida no presente agravo de instrumento, de deliberação provisória a propósito do indeferimento de tutela antecipada que não mais subsiste, substituída que foi a interlocutória decisão pelo ato decisório da demanda onde indeferida. Suspendem-se os efeitos ou antecipa-se a tutela a tutela recursal no tocante a determinado ato jurídico enquanto o mesmo se encontra em vigor. Se não mais existem no mundo jurídico, contudo, o indeferimento da tutela antecipada, porque substituída a interlocutória decisão pela sentença de mérito, não há quo que se deliberar a propósito dela, nem muito menos o que se manter suspenso a respeito. Preserva-se a antecipação da tutela recursal, quando não subsiste o objeto do próprio agravo de instrumento, significa, com todo o respeito, se dar vida autônoma ao acessório, onde sequer existe o principal; estender-se o alcance da mesma, para atingir-se os efeitos da superveniente sentença proferida no processo, é mais do que conferir vida autônoma ao acessório, é lhe conferir maiores poderes do que teria o próprio principal, que não Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034563. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 709.272 AGR / BA poderia, por óbvio, alcançar ato jurisdicional estranho a seu objeto”. 3. Como posto na decisão agravada, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação. O Tribunal de origem apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses da Agravante. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPROCEDÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 672.135-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 26.10.2011). 4. Ademais, concluir de forma diversa do que decidido pela instância ordinária (substituição da medida liminar pela sentença, ainda que pendente apelação recebida sob o efeito suspensivo) demandaria a análise prévia de legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil), inviável em recurso extraordinário. A ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Nesse sentido: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Exame de admissibilidade do recurso extraordinário na origem. Competência do Supremo Tribunal Federal. Usurpação. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Multa. Litigância de má-fé. Legislação infraconstitucional. Reexame de provas. Impossibilidade. Ausência de repercussão geral da matéria. Precedentes. 1. Incumbe ao Tribunal de origem proceder a um 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034563. Supremo Tribunal Federal ARE 709.272 AGR / BA poderia, por óbvio, alcançar ato jurisdicional estranho a seu objeto”. 3. Como posto na decisão agravada, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por falta de fundamentação. O Tribunal de origem apreciou as questões suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a conclusão contrária aos interesses da Agravante. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPROCEDÊNCIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 672.135-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 26.10.2011). 4. Ademais, concluir de forma diversa do que decidido pela instância ordinária (substituição da medida liminar pela sentença, ainda que pendente apelação recebida sob o efeito suspensivo) demandaria a análise prévia de legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil), inviável em recurso extraordinário. A ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Nesse sentido: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Exame de admissibilidade do recurso extraordinário na origem. Competência do Supremo Tribunal Federal. Usurpação. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Multa. Litigância de má-fé. Legislação infraconstitucional. Reexame de provas. Impossibilidade. Ausência de repercussão geral da matéria. Precedentes. 1. Incumbe ao Tribunal de origem proceder a um 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034563. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 709.272 AGR / BA exame prévio de admissibilidade do recurso extraordinário, o que não configura usurpação da competência constitucional atribuída ao Supremo Tribunal Federal. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 633.360/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à aplicação da multa por litigância de má-fé prevista no Código de Processo Civil, dado o caráter infraconstitucional da matéria. 5. Agravo regimental não provido” (AI 807.074-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 9.10.2012 – grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 845.687-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 24.9.2012 – grifos nossos). 5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034563. Supremo Tribunal Federal ARE 709.272 AGR / BA exame prévio de admissibilidade do recurso extraordinário, o que não configura usurpação da competência constitucional atribuída ao Supremo Tribunal Federal. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. O Plenário desta Corte, em sessão realizada por meio eletrônico, no exame do RE nº 633.360/SP, Relator o Ministro Cezar Peluso, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema relativo à aplicação da multa por litigância de má-fé prevista no Código de Processo Civil, dado o caráter infraconstitucional da matéria. 5. Agravo regimental não provido” (AI 807.074-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 9.10.2012 – grifos nossos). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. REQUISIÇÃO DE INFORMAÇÕES PELO MINISTÉRIO PÚBLICO. 1. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 2. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 845.687-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 24.9.2012 – grifos nossos). 5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034563. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.272 PROCED. : BAHIA RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : JAENE SARDINHA BRANDÃO ADV.(A/S) : PEDRO AUGUSTO MAIA FELIZOLA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052200 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709.272 PROCED. : BAHIA RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : JAENE SARDINHA BRANDÃO ADV.(A/S) : PEDRO AUGUSTO MAIA FELIZOLA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052200 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3071329
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. PERDA DO OBJETO RECURSAL. 1. INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2. JULGADO RECORRIDO FUNDAMENTADO EM LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur218294
- Acórdãos citados: (FUNDAMENTAÇÃO, SUFICIÊNCIA) STF: ARE 672135 AgR (1ªT); (OFENSA REFLEXA) STF: AI 807074 AgR (1ªT), AI 845687 AgR (2ªT). Número de páginas: 8. Análise: 21/11/2012, MAC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
709272
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 709272 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : JAENE SARDINHA BRANDÃO ADV.(A/S) : PEDRO AUGUSTO MAIA FELIZOLA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709 . 272", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO", "RE 140 . 370", "RTJ 150", "RE 140 . 370", "Recurso Extraordinário n . 598 . 365", "ARE 709 . 272 AGR / BA", "AI 802 . 533 - AgR", "Súmula n . 735 do Supremo Tribunal Federal", "ARE 709 . 272", "AI 802 . 533 - AgR", "Súmula n . 735 do Supremo Tribunal Federal", "ARE 709 . 272 AGR / BA", "ARE 709 . 272 AGR / BA", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 709 . 272", "ARE 709 . 272 AGR / BA", "ARE 672 . 135 - AgR", "ARE 709 . 272 AGR / BA", "ARE 672 . 135 - AgR", "ARE 709 . 272 AGR / BA", "Súmulas [UNK] 636", "RE [UNK] 633 . 360 / SP", "AI 807 . 074 - AgR", "SÚMULAS N . 282", "AI 845 . 687 - AgR", "ARE 709 . 272 AGR / BA", "Súmulas [UNK] 636 e 279 / STF", "RE [UNK] 633 . 360 / SP", "AI 807 . 074 - AgR", "SÚMULAS N . 282", "AI 845 . 687 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 93 , inc . IX , da Constituição da República", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 93 , inc . IX , da Constituição da República", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ [UNK] do art . 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , XXXV , da Carta Magna", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , XXXV , da Carta Magna", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "BAHIA", "Brasília", "BAHIA", "BAHIA", "BAHIA", "BAHIA", "BAHIA", "BAHIA" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "UNIÃO", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Supremo Tribunal", "Supremo 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"CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "JAENE SARDINHA BRANDÃO", "PEDRO AUGUSTO MAIA FELIZOLA", "CÁRMEN LÚCIA", "Jaene Sardinha Brandão", "Sepúlveda Pertence", "Ayres Britto", "CÁRMEN LÚCIA", "JAENE SARDINHA BRANDÃO", "PEDRO AUGUSTO MAIA FELIZOLA", "CÁRMEN LÚCIA", "Jaene Sardinha Brandão", ".", "Sepúlveda Pertence", "Ayres Britto", "Jaene Sardinha Brandão", "Jaene Sardinha Brandão", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Cezar Peluso", "Dias Toffoli", "Cezar Peluso", "Dias Toffoli", "CÁRMEN LÚCIA", "JAENE SARDINHA BRANDÃO", "PEDRO AUGUSTO MAIA FELIZOLA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "CÁRMEN LÚCIA", "JAENE SARDINHA BRANDÃO", "PEDRO AUGUSTO MAIA FELIZOLA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.251 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :SAME - SOCIEDADE DE ARTEFATOS E MATERIAIS ELÉTRICOS ADV.(A/S) :HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEFICIÊNCIA DE TRASLADO. FALTA DE PEÇAS ESSENCIAIS À COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA. ALEGAÇÃO DE NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. AFRONTA À CLAÚSULA DA RESERVA DE PLENÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO. AUMENTO DE ALÍQUOTA. BASE DE CÁLCULO. EXPORTAÇÕES INCENTIVADAS. PERÍODO BASE DE 1989. SÚMULA 288/STF. O recurso extraordinário se encontra lastreado na alegação de ofensa aos arts. 5º, XXXV, LV, 93, IX, e 97, da Constituição da República, bem como na pretensão de reconhecimento da constitucionalidade dos arts. 2º e 3º da Lei 7.689/88. A agravante não cuidou de colacionar, na formação do agravo de instrumento, cópia da apelação, da sentença e da contestação - peças que, embora não constassem no rol de peças obrigatórias – à época insculpido na redação do art. 544, § 1º, do CPC pela Lei 10.352/2001-, no presente feito, se mostram essenciais à compreensão da controvérsia, à verificação da alegada negativa de prestação jurisdicional por parte da Corte de origem, à demonstração do prequestionamento das questões constitucionais ventiladas no recurso extraordinário da União. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975191. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão AI 777.251 AGR / DF Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975191. Supremo Tribunal Federal AI 777.251 AGR / DF Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975191. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.251 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :SAME - SOCIEDADE DE ARTEFATOS E MATERIAIS ELÉTRICOS ADV.(A/S) :HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Min. Ellen Gracie, mediante a qual negado seguimento a seu agravo de instrumento, maneja agravo regimental a União. A agravante alega que a questão relativa à inconstitucionalidade do art. 8º da Lei 7.689/88, que fundamentara o acórdão regional e a decisão agravada, seria estranha ao presente feito. Alega que o pedido inicial não se refere ao ano-base de 1988, mas ao ano-base de 1989. Sustenta que a agravada pleiteou a) afastar a cobrança da contribuição social sobre o lucro líquido com alíquota majorada de 8% para 10% pelo art. 2º, caput, da Lei 7.856/89 – que modificou a redação original do art. 3º da Lei 7.689/88, b) afastar a inclusão, na base de cálculo da CSLL, do lucro das exportações incentivadas, “em virtude da revogação, pelo art. 7º da Lei 7.856/89, do art. 3º, § 1º, c, nº 3, da Lei 7.689/88. Ressalta que os autos versam sobre a constitucionalidade do art. 2º, caput, da Lei 7.856/89 e do art. 7º da Lei 7.856/89. Destaca que opôs embargos de declaração junto à Corte Regional para sanar aludido erro material e contradição, mas não obteve êxito. Alega que “a sentença julgou procedente o pedido do particular nos termos da petição inicial, isto é, para reconhecer a inconstitucionalidade, por violação à anterioridade nonagesimal, da cobrança da contribuição social sobre o lucro líquido, relativamente ao ano-base de 1989, nos termos do art. 2º, caput, e do art. 7º da Lei 7.856/89. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975192. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.251 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :SAME - SOCIEDADE DE ARTEFATOS E MATERIAIS ELÉTRICOS ADV.(A/S) :HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Min. Ellen Gracie, mediante a qual negado seguimento a seu agravo de instrumento, maneja agravo regimental a União. A agravante alega que a questão relativa à inconstitucionalidade do art. 8º da Lei 7.689/88, que fundamentara o acórdão regional e a decisão agravada, seria estranha ao presente feito. Alega que o pedido inicial não se refere ao ano-base de 1988, mas ao ano-base de 1989. Sustenta que a agravada pleiteou a) afastar a cobrança da contribuição social sobre o lucro líquido com alíquota majorada de 8% para 10% pelo art. 2º, caput, da Lei 7.856/89 – que modificou a redação original do art. 3º da Lei 7.689/88, b) afastar a inclusão, na base de cálculo da CSLL, do lucro das exportações incentivadas, “em virtude da revogação, pelo art. 7º da Lei 7.856/89, do art. 3º, § 1º, c, nº 3, da Lei 7.689/88. Ressalta que os autos versam sobre a constitucionalidade do art. 2º, caput, da Lei 7.856/89 e do art. 7º da Lei 7.856/89. Destaca que opôs embargos de declaração junto à Corte Regional para sanar aludido erro material e contradição, mas não obteve êxito. Alega que “a sentença julgou procedente o pedido do particular nos termos da petição inicial, isto é, para reconhecer a inconstitucionalidade, por violação à anterioridade nonagesimal, da cobrança da contribuição social sobre o lucro líquido, relativamente ao ano-base de 1989, nos termos do art. 2º, caput, e do art. 7º da Lei 7.856/89. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975192. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório AI 777.251 AGR / DF Afirma que “a jurisprudência do STF, acerca do art. 8º da Lei 7.689/88, diz respeito à violação ao princípio da irretroatividade da cobrança, já no ano-base de 1988, da contribuição social sobre o lucro líquido nos termos da redação original daquela Lei” (fl. 187). Sustenta “restar clara a violação ao art. 93, IX, da Constituição da República, pelo que [...] pede o reconhecimento dessa inconstitucionalidade no bojo deste agravo regimental (fl. 189) Argumenta que “o plenário do STF já se manifestou, e as Turmas há anos reproduzem tal orientação jurisprudencial, no sentido da plena obediência ao princípio constitucional da anterioridade nonagesimal por parte da Lei 7.856/89, sendo constitucional a aplicação das modificações por ela acarretadas à Lei 7.689/88 já no ano-base de 1989 (fl. 191). Instada a se manifestar, a parte agravada pugnou pela manutenção da decisão agravada, “seja por inexistência de debate constitucional, seja por suposta violação constitucional meramente reflexa, seja por falta de prequestionamento dos preceitos da Carta Política, seja por inexistir negativa de prestação jurisdicional” (fl. 208). Ressalta “que toda a fundamentação da Fazenda Nacional é no sentido da constitucionalidade da Lei nº 7.689/88, a qual [...] não está em discussão nestes autos, sendo de rigor, a manutenção da decisão recorrida e o consequente não conhecimento do extraordinário, mediante a aplicação da Súmula nº 284/STF, por deficiência em sua fundamentação (fls. 205-9). Acórdão do Tribunal de origem publicado em 03.10.2008 (fl. 78). Substituição da Relatora em 14.02.2012 (fl. 212). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975192. Supremo Tribunal Federal AI 777.251 AGR / DF Afirma que “a jurisprudência do STF, acerca do art. 8º da Lei 7.689/88, diz respeito à violação ao princípio da irretroatividade da cobrança, já no ano-base de 1988, da contribuição social sobre o lucro líquido nos termos da redação original daquela Lei” (fl. 187). Sustenta “restar clara a violação ao art. 93, IX, da Constituição da República, pelo que [...] pede o reconhecimento dessa inconstitucionalidade no bojo deste agravo regimental (fl. 189) Argumenta que “o plenário do STF já se manifestou, e as Turmas há anos reproduzem tal orientação jurisprudencial, no sentido da plena obediência ao princípio constitucional da anterioridade nonagesimal por parte da Lei 7.856/89, sendo constitucional a aplicação das modificações por ela acarretadas à Lei 7.689/88 já no ano-base de 1989 (fl. 191). Instada a se manifestar, a parte agravada pugnou pela manutenção da decisão agravada, “seja por inexistência de debate constitucional, seja por suposta violação constitucional meramente reflexa, seja por falta de prequestionamento dos preceitos da Carta Política, seja por inexistir negativa de prestação jurisdicional” (fl. 208). Ressalta “que toda a fundamentação da Fazenda Nacional é no sentido da constitucionalidade da Lei nº 7.689/88, a qual [...] não está em discussão nestes autos, sendo de rigor, a manutenção da decisão recorrida e o consequente não conhecimento do extraordinário, mediante a aplicação da Súmula nº 284/STF, por deficiência em sua fundamentação (fls. 205-9). Acórdão do Tribunal de origem publicado em 03.10.2008 (fl. 78). Substituição da Relatora em 14.02.2012 (fl. 212). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975192. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.251 DISTRITO FEDERAL VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão que assegurou à agravante o direito de não recolher a contribuição social sobre o lucro líquido relativa ao ano-base de 1989. No RE, sustenta-se ofensa aos artigos 5º, XXXV, LV, 93, IX, e 97, da Constituição Federal. 2. O recurso não merece prosperar. Preliminarmente, verifico que os dispositivos aos quais se alegou violação não se encontram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido nem suscitados nos embargos de declaração opostos para satisfazer o requisito do prequestionamento. Incidem, na espécie, as Súmulas STF 282 e 356. 3. Quanto às alegações de ofensa a incisos do artigo 5º da Constituição Federal – legalidade, prestação jurisdicional, direito adquirido, ato jurídico perfeito, limites da coisa julgada, devido processo legal, contraditório e ampla defesa –, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 26.06.2002; RE 461.286-AgR/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJ 15.9.2006; AI 682.065- AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008; e AI 662.319-AgR/RR, rel. Min. Ricardo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.251 DISTRITO FEDERAL VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão que assegurou à agravante o direito de não recolher a contribuição social sobre o lucro líquido relativa ao ano-base de 1989. No RE, sustenta-se ofensa aos artigos 5º, XXXV, LV, 93, IX, e 97, da Constituição Federal. 2. O recurso não merece prosperar. Preliminarmente, verifico que os dispositivos aos quais se alegou violação não se encontram prequestionados, porque não abordados pelo acórdão recorrido nem suscitados nos embargos de declaração opostos para satisfazer o requisito do prequestionamento. Incidem, na espécie, as Súmulas STF 282 e 356. 3. Quanto às alegações de ofensa a incisos do artigo 5º da Constituição Federal – legalidade, prestação jurisdicional, direito adquirido, ato jurídico perfeito, limites da coisa julgada, devido processo legal, contraditório e ampla defesa –, a jurisprudência desta Corte está sedimentada no sentido de que podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância essa que impede a utilização do recurso extraordinário. Nesse sentido: AI 372.358-AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello, 2ª Turma, unânime, DJ 26.06.2002; RE 461.286-AgR/MS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJ 15.9.2006; AI 682.065- AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJe 04.04.2008; e AI 662.319-AgR/RR, rel. Min. Ricardo Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.251 AGR / DF Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009. 4. Ademais, no que tange à suposta ofensa ao artigo 93, IX, da CF/88, verifico que o acórdão contém motivação suficiente e adequada. O fato de ter sido contrário aos interesses da parte não configura ofensa ao referido dispositivo constitucional. Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados: RE 535.315- AgR-ED/SP, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJe 22.05.2009; AI 557.074-AgR/SC, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 22.06.2007. Sobre o assunto, ressalte-se, ainda, que esta Corte tem o seguinte entendimento: “o que a Constituição exige, no inc. IX, do art. 93, é que o juiz ou o tribunal dê as razões de seu convencimento, não se exigindo que a decisão seja amplamente fundamentada, extensamente fundamentada, dado que a decisão com motivação sucinta é decisão motivada” (RE 430.637-AgR/PR, rel. Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, unânime, DJ 23.09.2005). Recentemente, esse posicionamento foi reafirmado pelo Pleno deste Tribunal, no julgamento do AI 791.292-QO/PE, rel. Min. Gilmar Mendes, por maioria, DJe 13.8.2010. 5. Por fim, quanto à alegação de violação ao art. 97 da Constituição Federal, verifico que o Tribunal de origem decidiu com fundamento na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no sentido da constitucionalidade da contribuição social instituída pela Lei n. 7.689/88, exceto quanto ao período- base encerrado em 31.12.1988, exercício de 1989, por haver o art. 8º contrariado o princípio da irretroatividade contido no art. 150, III, a, da Constituição da República. Nesse sentido: RE 203.498-AgR/DF, rel. Min, Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 22.8.2003; e RE 319.254-AgR/CE, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJe 06.6.2008, assim ementados: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO. LEI N. 7.689/88. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido da constitucionalidade da contribuição social sobre o lucro instituída pela Lei n. 7.689/88, ressalvando 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Supremo Tribunal Federal AI 777.251 AGR / DF Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 06.03.2009. 4. Ademais, no que tange à suposta ofensa ao artigo 93, IX, da CF/88, verifico que o acórdão contém motivação suficiente e adequada. O fato de ter sido contrário aos interesses da parte não configura ofensa ao referido dispositivo constitucional. Nesse sentido, confiram-se os seguintes julgados: RE 535.315- AgR-ED/SP, de minha relatoria, 2ª Turma, unânime, DJe 22.05.2009; AI 557.074-AgR/SC, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 22.06.2007. Sobre o assunto, ressalte-se, ainda, que esta Corte tem o seguinte entendimento: “o que a Constituição exige, no inc. IX, do art. 93, é que o juiz ou o tribunal dê as razões de seu convencimento, não se exigindo que a decisão seja amplamente fundamentada, extensamente fundamentada, dado que a decisão com motivação sucinta é decisão motivada” (RE 430.637-AgR/PR, rel. Min. Carlos Velloso, 2ª Turma, unânime, DJ 23.09.2005). Recentemente, esse posicionamento foi reafirmado pelo Pleno deste Tribunal, no julgamento do AI 791.292-QO/PE, rel. Min. Gilmar Mendes, por maioria, DJe 13.8.2010. 5. Por fim, quanto à alegação de violação ao art. 97 da Constituição Federal, verifico que o Tribunal de origem decidiu com fundamento na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, no sentido da constitucionalidade da contribuição social instituída pela Lei n. 7.689/88, exceto quanto ao período- base encerrado em 31.12.1988, exercício de 1989, por haver o art. 8º contrariado o princípio da irretroatividade contido no art. 150, III, a, da Constituição da República. Nesse sentido: RE 203.498-AgR/DF, rel. Min, Gilmar Mendes, 2ª Turma, DJ 22.8.2003; e RE 319.254-AgR/CE, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJe 06.6.2008, assim ementados: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO. LEI N. 7.689/88. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Supremo Tribunal Federal fixou entendimento no sentido da constitucionalidade da contribuição social sobre o lucro instituída pela Lei n. 7.689/88, ressalvando 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.251 AGR / DF apenas a inconstitucionalidade do artigo 8º da referida lei, por ofensa ao princípio da irretroatividade. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento”. ................................................................................. “EMENTA: Recurso Extraordinário. Agravo Regimental. 2. Tributário. Contribuição Social. Lei nº 7.689/88. Inconstitucionalidade do art. 8º da Lei nº 7.689/88. Precedentes: Plenário, RREE 146.733-SP, rel. Min. Moreira Alves, D.J. de 06.11.92 e 138.284-CE, rel. Min. Carlos Velloso, D.J. de 28.08.92. 3. A interpretação do texto constitucional pelo STF deve ser acompanhada pelos demais Tribunais. 4. A não-observância da decisão desta Corte debilita a força normativa da Constituição. 5. Agravo regimental a que se nega provimento”. O acórdão recorrido não divergiu dessa orientação. 6. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do CPC)”. Nada colhe. Examinadas as questões trazidas no agravo regimental, entendo que, considerada a pretensão da União de obter decisão em sentido diverso do abraçado pela Corte de origem, deve ser mantida a negativa de seguimento do agravo de instrumento da União também por deficiência do traslado. Friso, de início, que a Lei nº 12.322/2010, publicada em 10.9.2010 - com vacatio legis de 90 (noventa) dias da publicação-, extinguiu a figura do agravo de instrumento e a substituiu pelo agravo nos próprios autos. O recuso da União, sob a vigência do regime anterior, resultou interposto por instrumento em setembro de 2009 (fl. 02). Na espécie, o TRF da 1º Região, mediante o acórdão recorrido, manteve a sentença, que confirmara liminar deferida em ação cautelar, intacta. O recurso extraordinário se encontra lastreado na alegação de ofensa aos arts. 5º, XXXV, LV, 93, IX, e 97, da Constituição da República, bem como na pretensão de declaração de constitucionalidade dos arts. 2º e 3º 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Supremo Tribunal Federal AI 777.251 AGR / DF apenas a inconstitucionalidade do artigo 8º da referida lei, por ofensa ao princípio da irretroatividade. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento”. ................................................................................. “EMENTA: Recurso Extraordinário. Agravo Regimental. 2. Tributário. Contribuição Social. Lei nº 7.689/88. Inconstitucionalidade do art. 8º da Lei nº 7.689/88. Precedentes: Plenário, RREE 146.733-SP, rel. Min. Moreira Alves, D.J. de 06.11.92 e 138.284-CE, rel. Min. Carlos Velloso, D.J. de 28.08.92. 3. A interpretação do texto constitucional pelo STF deve ser acompanhada pelos demais Tribunais. 4. A não-observância da decisão desta Corte debilita a força normativa da Constituição. 5. Agravo regimental a que se nega provimento”. O acórdão recorrido não divergiu dessa orientação. 6. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (art. 557, caput, do CPC)”. Nada colhe. Examinadas as questões trazidas no agravo regimental, entendo que, considerada a pretensão da União de obter decisão em sentido diverso do abraçado pela Corte de origem, deve ser mantida a negativa de seguimento do agravo de instrumento da União também por deficiência do traslado. Friso, de início, que a Lei nº 12.322/2010, publicada em 10.9.2010 - com vacatio legis de 90 (noventa) dias da publicação-, extinguiu a figura do agravo de instrumento e a substituiu pelo agravo nos próprios autos. O recuso da União, sob a vigência do regime anterior, resultou interposto por instrumento em setembro de 2009 (fl. 02). Na espécie, o TRF da 1º Região, mediante o acórdão recorrido, manteve a sentença, que confirmara liminar deferida em ação cautelar, intacta. O recurso extraordinário se encontra lastreado na alegação de ofensa aos arts. 5º, XXXV, LV, 93, IX, e 97, da Constituição da República, bem como na pretensão de declaração de constitucionalidade dos arts. 2º e 3º 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.251 AGR / DF da Lei 7.689/88. Contudo, constato que a agravante não cuidou de colacionar, na formação do instrumento, cópia da apelação, da sentença e da contestação - peças que, embora não constassem no rol de peças obrigatórias – à época insculpido na redação do art. 544, § 1º, do CPC pela Lei 10.352/2001-, no presente feito, se mostram essenciais à compreensão da controvérsia, à verificação da alegada negativa de prestação jurisdicional por parte Corte de origem, além do prequestionamento das questões constitucionais ventiladas no recurso extraordinário da União, a atrair a diretriz da Súmula 288/STF, verbis: “NEGA-SE PROVIMENTO A AGRAVO PARA SUBIDA DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO FALTAR NO TRASLADO O DESPACHO AGRAVADO, A DECISÃO RECORRIDA, A PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO OU QUALQUER PEÇA ESSENCIAL À COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA” (destaquei). Nessa linha, os seguintes precedentes: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DO PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, INC. LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausência de demonstração do prequestionamento: não há nos autos a cópia da apelação, peça imprescindível para a verificação de que a matéria constitucional teria sido suscitada antes da oposição dos embargos de declaração. Incidência das Súmulas 282 e 288 do Supremo Tribunal Federal. 2. Alegação de ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Ofensa constitucional 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Supremo Tribunal Federal AI 777.251 AGR / DF da Lei 7.689/88. Contudo, constato que a agravante não cuidou de colacionar, na formação do instrumento, cópia da apelação, da sentença e da contestação - peças que, embora não constassem no rol de peças obrigatórias – à época insculpido na redação do art. 544, § 1º, do CPC pela Lei 10.352/2001-, no presente feito, se mostram essenciais à compreensão da controvérsia, à verificação da alegada negativa de prestação jurisdicional por parte Corte de origem, além do prequestionamento das questões constitucionais ventiladas no recurso extraordinário da União, a atrair a diretriz da Súmula 288/STF, verbis: “NEGA-SE PROVIMENTO A AGRAVO PARA SUBIDA DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO FALTAR NO TRASLADO O DESPACHO AGRAVADO, A DECISÃO RECORRIDA, A PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO OU QUALQUER PEÇA ESSENCIAL À COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA” (destaquei). Nessa linha, os seguintes precedentes: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO DO PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º, INC. LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausência de demonstração do prequestionamento: não há nos autos a cópia da apelação, peça imprescindível para a verificação de que a matéria constitucional teria sido suscitada antes da oposição dos embargos de declaração. Incidência das Súmulas 282 e 288 do Supremo Tribunal Federal. 2. Alegação de ofensa aos princípios do contraditório e da ampla defesa. Ofensa constitucional 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.251 AGR / DF indireta (AI 693986 AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 15.5.2009). AGRAVO REGIMENTAL. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, seria necessário reexaminar os fatos da causa, sendo incabível para isso o recurso extraordinário. A parte agravante não juntou cópia da apelação interposta, peça essencial para se compreender a controvérsia e para se aferir o oportuno prequestionamento. Alegação de violação direta e frontal dos arts. 5º, XXII e XXIV e 20, VII, da Constituição federal. Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional para a verificação de contrariedade ao Texto Maior. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 495652 AgR/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 09.9.2005). DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO: AUSÊNCIA DE PEÇAS ESSENCIAIS À COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA (SÚMULA 288 DO S.T.F.). RECURSO EXTRAORDINÁRIO: PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO. AGRAVO. 1. Não tendo trazido para os autos cópias da sentença e da apelação, não conseguiu a recorrente demonstrar a omissão do acórdão que a julgou e que devesse ser suprida mediante Embargos Declaratórios, naquela instância, para efeito de oportuno prequestionamento, na conformidade das Súmulas 282 e 356. 2. E o aresto não se apoiou em qualquer norma constitucional, que pudesse ser reinterpretada por esta Corte, em R.E. (art. 102, III, da C.F.). 3. Agravo improvido. (AI 381460 AgR/CE, Rel. Min. Sydney Sanches, Primeira Turma, DJ 13.9.2002). AGRAVO DE INSTRUMENTO. FORMAÇÃO DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE CÓPIA DA PROCURAÇÃO OUTORGADA AOS ADVOGADOS DA PARTE AGRAVADA. PEÇA ESSENCIAL, NOS TERMOS DO § 1º DO ART. 544 DO 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Supremo Tribunal Federal AI 777.251 AGR / DF indireta (AI 693986 AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 15.5.2009). AGRAVO REGIMENTAL. Para se chegar a conclusão diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, seria necessário reexaminar os fatos da causa, sendo incabível para isso o recurso extraordinário. A parte agravante não juntou cópia da apelação interposta, peça essencial para se compreender a controvérsia e para se aferir o oportuno prequestionamento. Alegação de violação direta e frontal dos arts. 5º, XXII e XXIV e 20, VII, da Constituição federal. Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional para a verificação de contrariedade ao Texto Maior. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 495652 AgR/SP, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 09.9.2005). DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO: AUSÊNCIA DE PEÇAS ESSENCIAIS À COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA (SÚMULA 288 DO S.T.F.). RECURSO EXTRAORDINÁRIO: PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE. PREQUESTIONAMENTO. AGRAVO. 1. Não tendo trazido para os autos cópias da sentença e da apelação, não conseguiu a recorrente demonstrar a omissão do acórdão que a julgou e que devesse ser suprida mediante Embargos Declaratórios, naquela instância, para efeito de oportuno prequestionamento, na conformidade das Súmulas 282 e 356. 2. E o aresto não se apoiou em qualquer norma constitucional, que pudesse ser reinterpretada por esta Corte, em R.E. (art. 102, III, da C.F.). 3. Agravo improvido. (AI 381460 AgR/CE, Rel. Min. Sydney Sanches, Primeira Turma, DJ 13.9.2002). AGRAVO DE INSTRUMENTO. FORMAÇÃO DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE CÓPIA DA PROCURAÇÃO OUTORGADA AOS ADVOGADOS DA PARTE AGRAVADA. PEÇA ESSENCIAL, NOS TERMOS DO § 1º DO ART. 544 DO 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.251 AGR / DF CPC. AUSÊNCIA DE CÓPIA DA SENTENÇA DE 1º GRAU. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288 DO STF. 1. Como sabido, incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde. 2. Agravo desprovido (AI 748389 AgR/SP, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJe 29.10.2009). Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Ausência de peça obrigatória à formação do instrumento (art. 544, § 1º, CPC). Cópia da sentença. Peça indispensável, no presente caso, para compreensão da controvérsia. Precedentes. 3. Agravo regimental que se nega provimento (AI 678679 AgR/RN, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 19.12.2008). AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEÇA DE TRASLADO OBRIGATÓRIO. AUSÊNCIA. SÚMULA N. 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. Ausência da cópia da sentença adotada pelo acórdão recorrido como razão de decidir, peça de traslado obrigatório à formação do agravo de instrumento. Súmula n. 288 do STF. 2. Ônus exclusivo da parte agravante de fiscalizar a correta formação do instrumento, sendo tardia a tentativa de regularizá-lo quando os autos já se encontrarem no Tribunal ad quem. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 590997 AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 08.9.2006). Cumpre frisar que é reiterada a orientação desta Corte no sentido de que é encargo da parte recorrente fiscalizar a inteireza do traslado. Nesse sentido, AI 330.970-AgR, rel. Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ de 10.08.2001; e AI 481.531-AgR, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, unânime, DJ de 22.10.2004. Destaco, ainda, a seguinte decisão monocrática: “In casu, a cópia da contestação afigura-se peça de apresentação obrigatória, eis que essencial para compreensão do deslinde da controvérsia, pois suas razões constaram como 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Supremo Tribunal Federal AI 777.251 AGR / DF CPC. AUSÊNCIA DE CÓPIA DA SENTENÇA DE 1º GRAU. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288 DO STF. 1. Como sabido, incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja deficiência responde. 2. Agravo desprovido (AI 748389 AgR/SP, Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJe 29.10.2009). Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Ausência de peça obrigatória à formação do instrumento (art. 544, § 1º, CPC). Cópia da sentença. Peça indispensável, no presente caso, para compreensão da controvérsia. Precedentes. 3. Agravo regimental que se nega provimento (AI 678679 AgR/RN, Rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 19.12.2008). AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEÇA DE TRASLADO OBRIGATÓRIO. AUSÊNCIA. SÚMULA N. 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. Ausência da cópia da sentença adotada pelo acórdão recorrido como razão de decidir, peça de traslado obrigatório à formação do agravo de instrumento. Súmula n. 288 do STF. 2. Ônus exclusivo da parte agravante de fiscalizar a correta formação do instrumento, sendo tardia a tentativa de regularizá-lo quando os autos já se encontrarem no Tribunal ad quem. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 590997 AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 08.9.2006). Cumpre frisar que é reiterada a orientação desta Corte no sentido de que é encargo da parte recorrente fiscalizar a inteireza do traslado. Nesse sentido, AI 330.970-AgR, rel. Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ de 10.08.2001; e AI 481.531-AgR, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, unânime, DJ de 22.10.2004. Destaco, ainda, a seguinte decisão monocrática: “In casu, a cópia da contestação afigura-se peça de apresentação obrigatória, eis que essencial para compreensão do deslinde da controvérsia, pois suas razões constaram como 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 777.251 AGR / DF parte integrante das contra-razões ao recurso extraordinário (cf. AI nº 625.373, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJ de 16.10.2007; AI nº 295.670-AgR, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, Primeira Turma, DJ de 5.10.2001). E, como tal, basta para configurar a deficiência do traslado. É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.9.98; AI nº 204.057-AgR, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 1º.10.99; AI nº 436.010-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.9.2003; AI nº 436.371-ED, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.9.2003; AI nº 454.352-AgR, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.2.2004; AI nº431.665-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.4.2004; e AI nº 481.544-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 7.5.2004)” (AI 709675 AgR/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 09.4.2010). Demonstrada, portanto, a deficiência no traslado - a inviabilizar, nesta Casa, o pretendido reexame da controvérsia-, mantenho a negativa de seguimento ao apelo da União. Agravo regimental conhecido e não provido. 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Supremo Tribunal Federal AI 777.251 AGR / DF parte integrante das contra-razões ao recurso extraordinário (cf. AI nº 625.373, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira Turma, DJ de 16.10.2007; AI nº 295.670-AgR, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, Primeira Turma, DJ de 5.10.2001). E, como tal, basta para configurar a deficiência do traslado. É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou ser ônus da parte agravante promover a total, integral e oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso (súmula 288; AI nº 214.562-AgR, Rel. Min. MOREIRA ALVES, DJ de 11.9.98; AI nº 204.057-AgR, Rel. Min. SYDNEY SANCHES, DJ de 1º.10.99; AI nº 436.010-AgR, Rel. Min. CARLOS VELLOSO, DJ de 19.9.2003; AI nº 436.371-ED, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.9.2003; AI nº 454.352-AgR, Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.2.2004; AI nº431.665-AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.4.2004; e AI nº 481.544-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 7.5.2004)” (AI 709675 AgR/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 09.4.2010). Demonstrada, portanto, a deficiência no traslado - a inviabilizar, nesta Casa, o pretendido reexame da controvérsia-, mantenho a negativa de seguimento ao apelo da União. Agravo regimental conhecido e não provido. 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975193. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.251 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : SAME - SOCIEDADE DE ARTEFATOS E MATERIAIS ELÉTRICOS ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061325 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 777.251 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : SAME - SOCIEDADE DE ARTEFATOS E MATERIAIS ELÉTRICOS ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061325 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3071841
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEFICIÊNCIA DE TRASLADO. FALTA DE PEÇAS ESSENCIAIS À COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA. ALEGAÇÃO DE NULIDADE POR NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL. AFRONTA À CLAÚSULA DA RESERVA DE PLENÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO. AUMENTO DE ALÍQUOTA. BASE DE CÁLCULO. EXPORTAÇÕES INCENTIVADAS. PERÍODO BASE DE 1989. SÚMULA 288/STF. O recurso extraordinário se encontra lastreado na alegação de ofensa aos arts. 5º, XXXV, LV, 93, IX, e 97, da Constituição da República, bem como na pretensão de reconhecimento da constitucionalidade dos arts. 2º e 3º da Lei 7.689/88. A agravante não cuidou de colacionar, na formação do agravo de instrumento, cópia da apelação, da sentença e da contestação - peças que, embora não constassem no rol de peças obrigatórias – à época insculpido na redação do art. 544, § 1º, do CPC pela Lei 10.352/2001-, no presente feito, se mostram essenciais à compreensão da controvérsia, à verificação da alegada negativa de prestação jurisdicional por parte da Corte de origem, à demonstração do prequestionamento das questões constitucionais ventiladas no recurso extraordinário da União. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur218303
- Acórdão(s) citado(s) (SÚMULA 288) STF: AI 693986 AgR (1ªT), AI 495658 AgR (2ªT), AI 381460 AgR (1ªT), AI 748389 AgR (1ªT), AI 678679 AgR (TP), AI 590997 AgR (2ªT); (TRASLADO, DEFICIÊNCIA) STF: AI 330970 AgR (1ªT), AI 481531 AgR (2ªT); - Decisão(ôes) monocrática(s) citada(s) (TRASLADO, DEFICIÊNCIA) STF: AI 709675 AgR. Número de páginas: 12. Análise: 20/11/2012, MJC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
777251
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00035 INC-00055 ART-00093\r\n INC-00009 ART-00097 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00544 PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-007689 ANO-1988\r\n ART-00002 ART-00003 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-010352 ANO-2001\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000288 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 777251 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : SAME - SOCIEDADE DE ARTEFATOS E MATERIAIS ELÉTRICOS ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA E OUTRO(A/S)
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.332 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :FREDERICO CAMPOS SIMAS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :BANCO DO BRASIL S/A ADV.(A/S) :ALINE CRIVELARI E OUTRO(A/S) EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Prequestionamento. Ausência. Prescrição. Legislação infraconstitucional. Impossibilidade de análise. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. 2. Para ultrapassar o entendimento firmado pelo Tribunal de origem quanto à questão relativa à incidência da prescrição, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014041. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.332 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :FREDERICO CAMPOS SIMAS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :BANCO DO BRASIL S/A ADV.(A/S) :ALINE CRIVELARI E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Frederico Campos Simas e outros interpõem tempestivo agravo regimental contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Frederico Campos Simas e outros interpõem agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quinta Câmara ‘B’ de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: ‘Ação ordinária - Complementação de proventos – Ex-servidores do BANCO DO BRASIL S/A - Portaria N° 966/47 – Prescrição vintenária - Recurso improvido.’ Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014038. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.332 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :FREDERICO CAMPOS SIMAS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :BANCO DO BRASIL S/A ADV.(A/S) :ALINE CRIVELARI E OUTRO(A/S) RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Frederico Campos Simas e outros interpõem tempestivo agravo regimental contra decisão em que se negou provimento ao agravo de instrumento, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Frederico Campos Simas e outros interpõem agravo de instrumento contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em contrariedade ao artigo 5º, inciso XXXVI, da Constituição Federal. Insurgem-se, no apelo extremo, contra acórdão da Quinta Câmara ‘B’ de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado: ‘Ação ordinária - Complementação de proventos – Ex-servidores do BANCO DO BRASIL S/A - Portaria N° 966/47 – Prescrição vintenária - Recurso improvido.’ Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014038. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório AI 807.332 AGR / SP Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. A irresignação não merece prosperar, haja vista que o dispositivo constitucional indicado como violado no recurso extraordinário carece do necessário prequestionamento, sendo certo que não foi opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, anote-se que a jurisprudência deste Tribunal já decidiu que a questão relativa à incidência de prescrição é matéria de índole infraconstitucional, sendo, portanto, insusceptível de reapreciação no recurso extraordinário. Nesse sentido: ‘RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade Matéria infraconstitucional. Agravo regimental não provido. Não se conhece de recurso que verse questões infraconstitucionais como compensação de tributo recolhido a maior, prescrição, correção monetária e juros’ (AI nº 481.553/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 26/2/10). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO. PRESCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014038. Supremo Tribunal Federal AI 807.332 AGR / SP Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. A irresignação não merece prosperar, haja vista que o dispositivo constitucional indicado como violado no recurso extraordinário carece do necessário prequestionamento, sendo certo que não foi opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. Ademais, anote-se que a jurisprudência deste Tribunal já decidiu que a questão relativa à incidência de prescrição é matéria de índole infraconstitucional, sendo, portanto, insusceptível de reapreciação no recurso extraordinário. Nesse sentido: ‘RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade Matéria infraconstitucional. Agravo regimental não provido. Não se conhece de recurso que verse questões infraconstitucionais como compensação de tributo recolhido a maior, prescrição, correção monetária e juros’ (AI nº 481.553/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 26/2/10). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. LEGITIMIDADE DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA PROPOR AÇÃO CIVIL PÚBLICA EM DEFESA DO PATRIMÔNIO PÚBLICO. PRESCRIÇÃO. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014038. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório AI 807.332 AGR / SP CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 481.650/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 5/2/10). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 3. A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE nº 600.532/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 23/10/09). Ate o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.” Insistem os agravantes que foi violado o inciso XXXVI do art. 5º da Constituição Federal. Aduzem, in verbis, que: “(...) para se evitar a preclusão ao se debater tal matéria, fora colocado, para fins de prequestionamento, no Recurso de Apelação dos Autores, ora Agravantes, os artigos 112 e 360 do Código Civil, além do artigo 5º, inciso XXXVI da Constituição Federal bem como sobre o prazo prescricional aplicável as relações de trato sucessivo a guisa de toda a fundamentação. Desta feita, não há que se falar em aplicação das referidas 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014038. Supremo Tribunal Federal AI 807.332 AGR / SP CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 481.650/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 5/2/10). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. Controvérsia decidida à luz de legislação infraconstitucional. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 3. A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação do direito adquirido, do ato jurídico perfeito e da coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional. Agravo regimental a que se nega provimento’ (RE nº 600.532/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 23/10/09). Ate o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento.” Insistem os agravantes que foi violado o inciso XXXVI do art. 5º da Constituição Federal. Aduzem, in verbis, que: “(...) para se evitar a preclusão ao se debater tal matéria, fora colocado, para fins de prequestionamento, no Recurso de Apelação dos Autores, ora Agravantes, os artigos 112 e 360 do Código Civil, além do artigo 5º, inciso XXXVI da Constituição Federal bem como sobre o prazo prescricional aplicável as relações de trato sucessivo a guisa de toda a fundamentação. Desta feita, não há que se falar em aplicação das referidas 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014038. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório AI 807.332 AGR / SP Súmulas, pois tal matéria foi prequestionada sim. Prequestioná- la novamente seria movimentar a máquina judiciária de forma arbitrária e desnecessária. (...) Cumpre ressaltar a não incidência da prescrição aplicada em 1ª e 2ª instâncias. (...) Para verificarmos o termo inicial do prazo prescricional se faz necessário elucidar os fatos, a fim de certificar, que o acórdão recorrido equivocou-se ao acolher a prescrição. (...) a prescrição é regida pela regra do art. 177, do Código Civil de 1916, conforme entendeu a i. Turma do acórdão recorrido, mas o interesse somente surgiu com a novação ou da data da aposentação dos Agravantes, eis que somente fizeram jus ao benefício aqui discutido quando preencheram as condições estabelecidas pelo próprio Agravado, ou seja, com a aposentadoria, pois antes dessa condição, não havia nada a ser concedido aos Agravantes. Ainda, por se tratar de obrigação de trato sucessivo, a prescrição alcança as parcelas anteriores ao qüinqüênio que precede a propositura da ação. (...) No caso em tela, o benefício da aposentadoria concedida em contrato ou estatuto é delineado por uma condição suspensiva, pois a eficácia do direito está subordinada à verificação da condição, cumprida e atingida no caso concreto: completar o tempo necessário ao requerimento da aposentação bem como adquirir a condição de aposentado pelo Banco Agravado. Toda alteração contratual que prejudique tal direito, como a discutida na demanda, qual seja, a que retirou o direito à complementação da aposentadoria dos Agravantes, deve ser considerada sem valor, ineficaz.” É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014038. Supremo Tribunal Federal AI 807.332 AGR / SP Súmulas, pois tal matéria foi prequestionada sim. Prequestioná- la novamente seria movimentar a máquina judiciária de forma arbitrária e desnecessária. (...) Cumpre ressaltar a não incidência da prescrição aplicada em 1ª e 2ª instâncias. (...) Para verificarmos o termo inicial do prazo prescricional se faz necessário elucidar os fatos, a fim de certificar, que o acórdão recorrido equivocou-se ao acolher a prescrição. (...) a prescrição é regida pela regra do art. 177, do Código Civil de 1916, conforme entendeu a i. Turma do acórdão recorrido, mas o interesse somente surgiu com a novação ou da data da aposentação dos Agravantes, eis que somente fizeram jus ao benefício aqui discutido quando preencheram as condições estabelecidas pelo próprio Agravado, ou seja, com a aposentadoria, pois antes dessa condição, não havia nada a ser concedido aos Agravantes. Ainda, por se tratar de obrigação de trato sucessivo, a prescrição alcança as parcelas anteriores ao qüinqüênio que precede a propositura da ação. (...) No caso em tela, o benefício da aposentadoria concedida em contrato ou estatuto é delineado por uma condição suspensiva, pois a eficácia do direito está subordinada à verificação da condição, cumprida e atingida no caso concreto: completar o tempo necessário ao requerimento da aposentação bem como adquirir a condição de aposentado pelo Banco Agravado. Toda alteração contratual que prejudique tal direito, como a discutida na demanda, qual seja, a que retirou o direito à complementação da aposentadoria dos Agravantes, deve ser considerada sem valor, ineficaz.” É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014038. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.332 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Conforme expresso na decisão agravada, o inciso XXXVI do art. 5º da Constituição Federal, apontado como violado no recurso extraordinário, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que o acórdão proferido pelo Tribunal de origem não cuidou da referida norma. Ressalte-se, também, que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no julgado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 2. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014039. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.332 SÃO PAULO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Conforme expresso na decisão agravada, o inciso XXXVI do art. 5º da Constituição Federal, apontado como violado no recurso extraordinário, carece do necessário prequestionamento, sendo certo que o acórdão proferido pelo Tribunal de origem não cuidou da referida norma. Ressalte-se, também, que não foram opostos embargos de declaração para sanar eventual omissão no julgado. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. É certo que, no caso do recurso extraordinário, para se considerar que houve prequestionamento, não é necessário que o acórdão recorrido tenha tratado explicitamente dos dispositivos constitucionais invocados pela parte recorrente. É necessário, porém, que o referido acórdão tenha versado inequivocamente sobre a matéria neles abordada, o que não ocorreu no caso em tela. Ressalte-se, outrossim, que a jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de que, se a ofensa à Constituição surgir com a prolação do acórdão recorrido, é necessário opor embargos declaratórios que permitam ao Tribunal de origem apreciar o ponto sob o ângulo constitucional. Sobre o tema, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 2. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre os temas constitucionais tidos por violados. Incidência das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula 279 do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014039. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 807.332 AGR / SP Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 449.232/CE-AgR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 11/4/08). “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA 454. I - Falta de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 e 356 do STF. II - Não se presta o recurso extraordinário à apreciação de cláusulas contratuais. Incidência da Súmula 454 do STF. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 594.612/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 19/12/07). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/3/06). Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) A prescrição foi bem reconhecida. (...) A r. sentença recorrida, adotando posicionamento mais favorável aos apelantes, não reconheceu a prescrição de natureza trabalhista prevista no artigo 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal reconhecida em outros julgados, e sim a vintenária prevista no artigo 177, do Código Civil de 1916. Como visto, e em verdade, a complementação almejada consiste em benefícios aos os ex-servidores do Banco do Brasil 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014039. Supremo Tribunal Federal AI 807.332 AGR / SP Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 449.232/CE-AgR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 11/4/08). “CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 E 356 DO STF. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULA 454. I - Falta de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 e 356 do STF. II - Não se presta o recurso extraordinário à apreciação de cláusulas contratuais. Incidência da Súmula 454 do STF. III - Agravo regimental improvido” (AI nº 594.612/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 19/12/07). “Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Alegação de ofensa ao art. 5º, LXIX e 97, da Carta Magna. Ausência de prequestionamento. Caso a violação à Constituição surja no julgamento do acórdão recorrido, torna-se indispensável à oposição dos embargos de declaração. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE nº 411.859/MS-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/3/06). Ademais, colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “(...) A prescrição foi bem reconhecida. (...) A r. sentença recorrida, adotando posicionamento mais favorável aos apelantes, não reconheceu a prescrição de natureza trabalhista prevista no artigo 7º, inciso XXIX, da Constituição Federal reconhecida em outros julgados, e sim a vintenária prevista no artigo 177, do Código Civil de 1916. Como visto, e em verdade, a complementação almejada consiste em benefícios aos os ex-servidores do Banco do Brasil 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014039. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 807.332 AGR / SP que tivessem aposentado na vigência da Portaria nº 966, de 6 de maio de 1.947, a qual foi revogada em 15.04.1.967, ou seja, há mais de 20 anos do ajuizamento desta ação. A novação foi expressamente negada na cláusula décima primeira do contrato referido em apelação e copiado nos autos, não merecendo acolhida o argumento.” Desse modo, é certo que para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem acerca da ocorrência da prescrição, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional pertinente (Código Civil), o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO TRABALHISTA. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. Para se verificar a ocorrência da alegada violação do art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente. Assim, eventual ofensa à Constituição seria indireta ou reflexa, o que enseja o descabimento do recurso extraordinário. Inexistência de ofensa aos arts. 5º, XXXV, XXXVI e LV, e 93, IX, da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 774.200/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 11/5/11). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A discussão sobre a prescrição, em face à suposta ofensa ao art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, situa- se no âmbito infraconstitucional. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI nº 817.484/GO-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/2/11). 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014039. Supremo Tribunal Federal AI 807.332 AGR / SP que tivessem aposentado na vigência da Portaria nº 966, de 6 de maio de 1.947, a qual foi revogada em 15.04.1.967, ou seja, há mais de 20 anos do ajuizamento desta ação. A novação foi expressamente negada na cláusula décima primeira do contrato referido em apelação e copiado nos autos, não merecendo acolhida o argumento.” Desse modo, é certo que para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem acerca da ocorrência da prescrição, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional pertinente (Código Civil), o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO TRABALHISTA. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. Para se verificar a ocorrência da alegada violação do art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente. Assim, eventual ofensa à Constituição seria indireta ou reflexa, o que enseja o descabimento do recurso extraordinário. Inexistência de ofensa aos arts. 5º, XXXV, XXXVI e LV, e 93, IX, da Constituição. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 774.200/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 11/5/11). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A discussão sobre a prescrição, em face à suposta ofensa ao art. 7º, XXIX, da Constituição Federal, situa- se no âmbito infraconstitucional. Precedentes. II - Agravo regimental improvido” (AI nº 817.484/GO-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 1º/2/11). 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014039. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI AI 807.332 AGR / SP Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014039. Supremo Tribunal Federal AI 807.332 AGR / SP Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3014039. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.332 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : FREDERICO CAMPOS SIMAS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A ADV.(A/S) : ALINE CRIVELARI E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061330 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 807.332 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : FREDERICO CAMPOS SIMAS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A ADV.(A/S) : ALINE CRIVELARI E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061330 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3065598
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA Agravo regimental no agravo de instrumento. Prequestionamento. Ausência. Prescrição. Legislação infraconstitucional. Impossibilidade de análise. Precedentes. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356 desta Corte. 2. Para ultrapassar o entendimento firmado pelo Tribunal de origem quanto à questão relativa à incidência da prescrição, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. Agravo regimental não provido.
sjur218306
- Acórdão(s) citado(s) (PREQUESTIONAMENTO, EMBARGOS DE DECLARAÇÃO) STF: RE 449232 AgR-AgR (2ªT), AI 594612 AgR (1ªT), RE 411859 AgR (2ªT); (SÚMULA 279) STF: AI 774200 AgR (2ªT), AI 817484 AgR (1ªT). Número de páginas: 10. Análise: 26/11/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
807332
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00007 INC-00029 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-003071 ANO-1916\r\n ART-00177 \r\n CC-1916 CÓDIGO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 807332 AgR
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AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A AGTE.(S) : FREDERICO CAMPOS SIMAS E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ROBERTO MOHAMED AMIN JUNIOR E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ALINE CRIVELARI E OUTRO(A/S)
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.864 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :BENTO PIRES DA ROSA ADV.(A/S) :MARCO AURÉLIO COSTA DRUMMOND E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :RUTH SANTOS RAPOSO ADV.(A/S) :LEONARDO PEREIRA THOME EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO EXTEMPORÂNEO. AUSÊNCIA DE POSTERIOR RATIFICAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034357. Supremo Tribunal Federal DJe 07/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.864 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :BENTO PIRES DA ROSA ADV.(A/S) :MARCO AURÉLIO COSTA DRUMMOND E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :RUTH SANTOS RAPOSO ADV.(A/S) :LEONARDO PEREIRA THOME R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 12 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Bento Pires da Rosa contra julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por extemporaneidade do recurso extraordinário, sem posterior ratificação. 2. Publicada essa decisão no DJe de 20.9.2012, opõe Bento Pires da Rosa, em 25.9.2012, tempestivamente, embargos de declaração. 3. Alega o Embargante que “o acórdão com o julgamento dos Embargos de Declaração interpostos pelo recorrente encontram-se às fls. 658/661, publicado em 11/07/2011 (fls. 662), tendo o competente Recurso Especial (sic) sido interposto no dia 27/07/2011, portanto após o julgamento dos Embargos, não havendo qualquer pendência”. Requer o acolhimento dos presentes embargos. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034358. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.864 RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :BENTO PIRES DA ROSA ADV.(A/S) :MARCO AURÉLIO COSTA DRUMMOND E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) :RUTH SANTOS RAPOSO ADV.(A/S) :LEONARDO PEREIRA THOME R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 12 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Bento Pires da Rosa contra julgado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por extemporaneidade do recurso extraordinário, sem posterior ratificação. 2. Publicada essa decisão no DJe de 20.9.2012, opõe Bento Pires da Rosa, em 25.9.2012, tempestivamente, embargos de declaração. 3. Alega o Embargante que “o acórdão com o julgamento dos Embargos de Declaração interpostos pelo recorrente encontram-se às fls. 658/661, publicado em 11/07/2011 (fls. 662), tendo o competente Recurso Especial (sic) sido interposto no dia 27/07/2011, portanto após o julgamento dos Embargos, não havendo qualquer pendência”. Requer o acolhimento dos presentes embargos. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034358. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.864 RIO DE JANEIRO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 3. Como assentado na decisão agravada, o recurso extraordinário é extemporâneo, pois interposto em 27.7.2011, antes do julgamento dos segundos embargos declaratórios opostos contra o acórdão recorrido (29.8.2011) e sem posterior ratificação. Nesse sentido: “RECURSO. Extraordinário. Interposição antes da publicação do acórdão que julgou agravo regimental. Inexistência de ratificação do recurso extraordinário. Recurso prepóstero. Agravo regimental improvido. Salvo posterior ratificação, é extemporâneo o recurso extraordinário interposto antes da publicação do acórdão recorrido, ainda que o julgamento destes não tenha implicado modificação substancial do teor do julgamento original” (AI 796.118-AgR, Rel. Min. Presidente, Plenário, DJe 8.8.2011). “Embargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Recurso extraordinário extemporâneo. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de ser extemporâneo o recurso extraordinário interposto antes do julgamento de todos os recursos interpostos na Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034359. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.864 RIO DE JANEIRO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Recebo os embargos de declaração e converto-os em agravo regimental (Pet 1.245-ED-AgR, Rel. Min. Moreira Alves, DJ 22.5.1998; e RE 195.578-ED, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJ 23.8.1996). 2. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 3. Como assentado na decisão agravada, o recurso extraordinário é extemporâneo, pois interposto em 27.7.2011, antes do julgamento dos segundos embargos declaratórios opostos contra o acórdão recorrido (29.8.2011) e sem posterior ratificação. Nesse sentido: “RECURSO. Extraordinário. Interposição antes da publicação do acórdão que julgou agravo regimental. Inexistência de ratificação do recurso extraordinário. Recurso prepóstero. Agravo regimental improvido. Salvo posterior ratificação, é extemporâneo o recurso extraordinário interposto antes da publicação do acórdão recorrido, ainda que o julgamento destes não tenha implicado modificação substancial do teor do julgamento original” (AI 796.118-AgR, Rel. Min. Presidente, Plenário, DJe 8.8.2011). “Embargos de declaração no agravo de instrumento. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Recurso extraordinário extemporâneo. Precedentes. 1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental. 2. A jurisprudência desta Corte é pacífica no sentido de ser extemporâneo o recurso extraordinário interposto antes do julgamento de todos os recursos interpostos na Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034359. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 706.864 ED / RJ instância de origem, mesmo que os referidos recursos tenham sido manejados pela parte contrária ou pelos demais litisconsortes. 3. Agravo regimental não provido” (AI 811.724-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 21.5.2012). “AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA CRIMINAL. RECURSO EXTEMPORÂNEO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. É extemporâneo o recurso que deixa de ratificar suas razões após a publicação do acórdão dos embargos de declaração, ainda que estes tenham sido opostos por parte processual diversa e cujo julgamento em nada tenha alterado o teor do acórdão recorrido. Precedentes. (…). Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 842.860-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 146.2012). 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034359. Supremo Tribunal Federal ARE 706.864 ED / RJ instância de origem, mesmo que os referidos recursos tenham sido manejados pela parte contrária ou pelos demais litisconsortes. 3. Agravo regimental não provido” (AI 811.724-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 21.5.2012). “AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA CRIMINAL. RECURSO EXTEMPORÂNEO. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO DA PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. É extemporâneo o recurso que deixa de ratificar suas razões após a publicação do acórdão dos embargos de declaração, ainda que estes tenham sido opostos por parte processual diversa e cujo julgamento em nada tenha alterado o teor do acórdão recorrido. Precedentes. (…). Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 842.860-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 146.2012). 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034359. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.864 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : BENTO PIRES DA ROSA ADV.(A/S) : MARCO AURÉLIO COSTA DRUMMOND E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : RUTH SANTOS RAPOSO ADV.(A/S) : LEONARDO PEREIRA THOME Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052100 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.864 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) : BENTO PIRES DA ROSA ADV.(A/S) : MARCO AURÉLIO COSTA DRUMMOND E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : RUTH SANTOS RAPOSO ADV.(A/S) : LEONARDO PEREIRA THOME Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052100 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3060049
2012-10-16T00:00:00
2012-11-07T00:00:00
A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO EXTEMPORÂNEO. AUSÊNCIA DE POSTERIOR RATIFICAÇÃO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur217951
- Acórdãos citados: (EMBARGOS DECLARATÓRIOS, CONVERSÃO, AGRAVO REGIMENTAL) STF: Pet 1245 ED-AgR(TP), RE 195578 ED(1ªT); (RECURSO EXTEMPORÂNEO) STF: AI 796118 AgR(TP), AI 811724 ED(1ªT), AI 842860 AgR(2ªT). Número de páginas: 5. Análise: 14/11/2012, LLD.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
706864
null
ARE-ED
acordaos
ARE 706864 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : BENTO PIRES DA ROSA ADV.(A/S) : MARCO AURÉLIO COSTA DRUMMOND E OUTRO(A/S) EMBDO.(A/S) : RUTH SANTOS RAPOSO ADV.(A/S) : LEONARDO PEREIRA THOME ADV.(A/S) : LUCIANA MAIA OORTELLA FREITAS
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.133 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP ADV.(A/S) :OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :CLELIA MARIA ZACCARO FRUGERI ADV.(A/S) :RAPHAEL ZIGROSSI EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL E CONSUMIDOR. AÇÃO ANULATÓRIA. INDENIZAÇÃO. INTERRUPÇÃO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA. SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034333. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.133 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP ADV.(A/S) :OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :CLELIA MARIA ZACCARO FRUGERI ADV.(A/S) :RAPHAEL ZIGROSSI R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 13 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp contra julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo, o qual manteve parcialmente sentença que julgara procedente ação anulatória cumulada com pedido de danos morais (interrupção de fornecimento de água). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “7. Os arts. 2º e 175, inc. III, da Constituição da República, suscitados no recurso extraordinário, não foram objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: ‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034334. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.133 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP ADV.(A/S) :OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :CLELIA MARIA ZACCARO FRUGERI ADV.(A/S) :RAPHAEL ZIGROSSI R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 13 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp contra julgado do Tribunal de Justiça de São Paulo, o qual manteve parcialmente sentença que julgara procedente ação anulatória cumulada com pedido de danos morais (interrupção de fornecimento de água). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “7. Os arts. 2º e 175, inc. III, da Constituição da República, suscitados no recurso extraordinário, não foram objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: ‘EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL CIVIL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034334. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório ARE 704.133 AGR / SP REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A matéria constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no Tribunal a quo. Tampouco foram opostos embargos de declaração, o que não viabiliza o extraordinário, por ausência do necessário prequestionamento” (AI 631.961-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 15.5.2009). Nada há a prover quanto às alegações da Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 392-393). 2. Publicada essa decisão no DJe de 21.9.2012 (fl. 394), interpõe Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp, em 28.9.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 412-417). 3. Alega a Agravante que, “mesmo que o Tribunal a quo não tenha se manifestado de maneira explícita a respeito dos artigos violados, a questão tratada por eles arrastou-se durante todo o curso do processo, desde o seu início” (fl. 415). Sustenta que “não há, portanto, necessidade de que as r. decisões recorridas façam essa referência aos artigos violados, bastando que disponha sobre as matérias relativas” (fl. 415). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034334. Supremo Tribunal Federal ARE 704.133 AGR / SP REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A matéria constitucional contida no recurso extraordinário não foi objeto de debate e exame prévios no Tribunal a quo. Tampouco foram opostos embargos de declaração, o que não viabiliza o extraordinário, por ausência do necessário prequestionamento” (AI 631.961-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 15.5.2009). Nada há a prover quanto às alegações da Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 392-393). 2. Publicada essa decisão no DJe de 21.9.2012 (fl. 394), interpõe Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp, em 28.9.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 412-417). 3. Alega a Agravante que, “mesmo que o Tribunal a quo não tenha se manifestado de maneira explícita a respeito dos artigos violados, a questão tratada por eles arrastou-se durante todo o curso do processo, desde o seu início” (fl. 415). Sustenta que “não há, portanto, necessidade de que as r. decisões recorridas façam essa referência aos artigos violados, bastando que disponha sobre as matérias relativas” (fl. 415). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034334. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.133 SÃO PAULO VO T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu: “Tratando-se de consumo apurado por meio de medidor específico instalado no imóvel, e cuja cobrança se faz estritamente com base nos resultados assim apresentados, fazia-se necessária a realização de perícia para determinar a existência de eventual problema com o aparelho. Consta dos autos que o hidrômetro foi retirado em março de 1997, obstando a realização de prova técnica. (...) Como se sabe, a relação que vincula as partes é de consumo, e exatamente em virtude das dificuldades de ordem técnica que recaem sobre a posição da parte consumidora, justifica se plenamente a aplicação da norma do artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor, com a inversão do ônus da prova. Na verdade, é a concessionária a detentora dos meios probatórios para o devido esclarecimento dos fatos, e o que se tem nos autos é absoluta impossibilidade de afirmar que o consumo verdadeiramente ocorreu. (…) Ora, a incerteza gerada não pode ser entendida em benefício da concessionária, mas, sim, da parte consumidora, que evidentemente se encontra em situação de hipossuficiência, merecendo o amparo da inversão do ônus probatório. Assim, não há base probatória para sustentar a cobrança, de onde decorre a procedência do pedido, dado o não atendimento do ônus da demonstração que recaía sobre a ré. Por outro lado, não existe fundamento para identificar a efetiva Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034335. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.133 SÃO PAULO VO T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal de Justiça de São Paulo decidiu: “Tratando-se de consumo apurado por meio de medidor específico instalado no imóvel, e cuja cobrança se faz estritamente com base nos resultados assim apresentados, fazia-se necessária a realização de perícia para determinar a existência de eventual problema com o aparelho. Consta dos autos que o hidrômetro foi retirado em março de 1997, obstando a realização de prova técnica. (...) Como se sabe, a relação que vincula as partes é de consumo, e exatamente em virtude das dificuldades de ordem técnica que recaem sobre a posição da parte consumidora, justifica se plenamente a aplicação da norma do artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor, com a inversão do ônus da prova. Na verdade, é a concessionária a detentora dos meios probatórios para o devido esclarecimento dos fatos, e o que se tem nos autos é absoluta impossibilidade de afirmar que o consumo verdadeiramente ocorreu. (…) Ora, a incerteza gerada não pode ser entendida em benefício da concessionária, mas, sim, da parte consumidora, que evidentemente se encontra em situação de hipossuficiência, merecendo o amparo da inversão do ônus probatório. Assim, não há base probatória para sustentar a cobrança, de onde decorre a procedência do pedido, dado o não atendimento do ônus da demonstração que recaía sobre a ré. Por outro lado, não existe fundamento para identificar a efetiva Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034335. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 704.133 AGR / SP ocorrência de dano moral” (fls. 339-342). 3. Como assentado na decisão agravada, a questão constitucional suscitada nas razões do recurso extraordinário, sobre a não recepção da pena acessória pela Constituição da República, não foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem. Tampouco foram opostos embargos de declaração, de modo a se ter por provocado o necessário prequestionamento (fls. 343-344). Incidem na espécie as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. O cumprimento do requisito do prequestionamento dá-se quando oportunamente suscitada a matéria, em momento processual adequado, nos termos da legislação vigente, o que não ocorreu no caso em pauta. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O cumprimento do requisito do prequestionamento dá-se quando oportunamente suscitada a matéria constitucional, o que ocorre em momento processualmente adequado, nos termos da legislação vigente. A inovação da matéria em sede de embargos de declaração é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de prequestionamento. Precedentes. 2. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas. Incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal” (AI 504.517-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 9.10.2009). “AGRAVO DE INSTRUMENTO - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO - SÚMULAS 282 E 356 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034335. Supremo Tribunal Federal ARE 704.133 AGR / SP ocorrência de dano moral” (fls. 339-342). 3. Como assentado na decisão agravada, a questão constitucional suscitada nas razões do recurso extraordinário, sobre a não recepção da pena acessória pela Constituição da República, não foi objeto de debate e decisão prévios no Tribunal de origem. Tampouco foram opostos embargos de declaração, de modo a se ter por provocado o necessário prequestionamento (fls. 343-344). Incidem na espécie as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. O cumprimento do requisito do prequestionamento dá-se quando oportunamente suscitada a matéria, em momento processual adequado, nos termos da legislação vigente, o que não ocorreu no caso em pauta. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. PEDIDO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL E MORAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. O cumprimento do requisito do prequestionamento dá-se quando oportunamente suscitada a matéria constitucional, o que ocorre em momento processualmente adequado, nos termos da legislação vigente. A inovação da matéria em sede de embargos de declaração é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de prequestionamento. Precedentes. 2. Impossibilidade da análise da legislação infraconstitucional e do reexame de provas. Incidência da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal” (AI 504.517-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 9.10.2009). “AGRAVO DE INSTRUMENTO - AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO EXPLÍCITO - SÚMULAS 282 E 356 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034335. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 704.133 AGR / SP DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITO INSCRITO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. - A configuração jurídica do prequestionamento - que traduz elemento indispensável ao conhecimento do recurso extraordinário - decorre da oportuna formulação, em momento procedimentalmente adequado, do tema de direito constitucional positivo. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria questionada tenha sido explicitamente ventilada na decisão recorrida. Sem o cumulativo atendimento desses pressupostos, além de outros igualmente imprescindíveis, não se viabiliza o acesso à via recursal extraordinária. - Omissa a decisão judicial na resolução de tema efetivamente suscitado pela parte, impõe-se, a esta, para efeito de cognoscibilidade do recurso extraordinário, o necessário oferecimento dos embargos de declaração, destinados a ensejar a explícita análise da “quaestio juris” pelo Tribunal “a quo”. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes” (AI 730.117-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 27.9.2011). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034335. Supremo Tribunal Federal ARE 704.133 AGR / SP DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - ALEGADA VIOLAÇÃO A PRECEITO INSCRITO NA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA - AUSÊNCIA DE OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE - RECURSO IMPROVIDO. - A configuração jurídica do prequestionamento - que traduz elemento indispensável ao conhecimento do recurso extraordinário - decorre da oportuna formulação, em momento procedimentalmente adequado, do tema de direito constitucional positivo. Mais do que a satisfação dessa exigência, impõe-se que a matéria questionada tenha sido explicitamente ventilada na decisão recorrida. Sem o cumulativo atendimento desses pressupostos, além de outros igualmente imprescindíveis, não se viabiliza o acesso à via recursal extraordinária. - Omissa a decisão judicial na resolução de tema efetivamente suscitado pela parte, impõe-se, a esta, para efeito de cognoscibilidade do recurso extraordinário, o necessário oferecimento dos embargos de declaração, destinados a ensejar a explícita análise da “quaestio juris” pelo Tribunal “a quo”. - A situação de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente, não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal extraordinária. Precedentes” (AI 730.117-AgR, Rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 27.9.2011). 4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034335. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.133 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : CLELIA MARIA ZACCARO FRUGERI ADV.(A/S) : RAPHAEL ZIGROSSI Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052083 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 704.133 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : CLELIA MARIA ZACCARO FRUGERI ADV.(A/S) : RAPHAEL ZIGROSSI Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052083 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3071248
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL E CONSUMIDOR. AÇÃO ANULATÓRIA. INDENIZAÇÃO. INTERRUPÇÃO DE FORNECIMENTO DE ÁGUA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA. SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur218280
- Acórdãos citados: (PREQUESTIONAMENTO, AUSÊNCIA ) STF: AI 504517 AgR (1ªT); (PREQUESTIONAMENTO, AUSÊNCIA, OFENSA REFLEXA) STF: AI 730117 AgR (2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 20/11/2012, MAC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
704133
[ "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 704133 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SABESP ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RAPHAEL ZIGROSSI AGDO.(A/S) : CLELIA MARIA ZACCARO FRUGERI
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "SÚMULAS N . 282", "Súmulas n . 282", "SÚMULAS 282", "Súmulas n . 282", "SÚMULAS 282", "ARE 704 . 133", "AI 631 . 961 - ED", "ARE 704 . 133 AGR", "AI 631 . 961 - ED", "ARE 704 . 133 AGR / SP", "Súmulas n . 282", "SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal", "AI 504 . 517 - AgR", "SÚMULAS 282", "ARE 704 . 133 AGR / SP", "Súmulas n . 282", "SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal", "AI 504 . 517 - AgR", "SÚMULAS 282", "AI 730 . 117 - AgR", "ARE 704 . 133 AGR / SP", "AI 730 . 117 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] e 175 , inc . III , da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo [UNK] , inciso VIII , do Código de Defesa do Consumidor", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo [UNK] , inciso VIII , do Código de Defesa do Consumidor", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "Brasília", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO", "SABESP", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO", "SABESP", "Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo", "Sabesp", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO", "SABESP", "Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo", "Sabesp", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "AGR", "/", "SP", "Primeira Turma", "Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo", "Sabesp", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo", "Sabesp", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça de São Paulo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO", "SABESP", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO", "SABESP", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "LÚCIA", "OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES", "CLELIA MARIA ZACCARO FRUGERI", "RAPHAEL ZIGROSSI", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES", "CLELIA MARIA ZACCARO FRUGERI", "RAPHAEL ZIGROSSI", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES", "CLELIA MARIA ZACCARO FRUGERI", "RAPHAEL ZIGROSSI", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Celso de Mello", "Celso de Mello", "CÁRMEN LÚCIA", "OSMAR MENDES PAIXÃO", "CLELIA MARIA ZACCARO FRUGERI", "RAPHAEL ZIGROSSI", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "CÁRMEN LÚCIA", "OSMAR MENDES PAIXÃO", "CLELIA MARIA ZACCARO FRUGERI", "RAPHAEL ZIGROSSI", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "11", "/", "2012", "16", "/", "10", "/", "2012", "13 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "13 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "15", ".", "5", ".", "2009", "21", ".", "9", ".", "2012", "28", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "15", ".", "5", ".", "2009", "21", ".", "9", ".", "2012", "28", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "março de 1997", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "março de 1997", "24", "/", "08", "/", "2001", "9", ".", "10", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "9", ".", "10", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 704.676 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :FRIS MOLDU CAR FRISOS MOLDURAS PARA CARROS LTDA ADV.(A/S) :FAUSTINO GRANIERO JUNIOR INTDO.(A/S) :SINDICATO DOS METALÚRGICOS DO ABC ADV.(A/S) :NEILANE DE SOUZA MARQUES E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONFLITO DE COMPETÊNCIA RESOLVIDO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. EMPRESA EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL. DISCUSSÃO QUANTO À ALIENAÇÃO DE BENS EM EXECUÇÃO FISCAL. ANÁLISE DA LEI N. 11.101/2005. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034648. Supremo Tribunal Federal DJe 12/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 704.676 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :FRIS MOLDU CAR FRISOS MOLDURAS PARA CARROS LTDA ADV.(A/S) :FAUSTINO GRANIERO JUNIOR INTDO.(A/S) :SINDICATO DOS METALÚRGICOS DO ABC ADV.(A/S) :NEILANE DE SOUZA MARQUES E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 14 de setembro de 2012, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pela União contra julgado proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, o qual conheceu do conflito positivo de competência e declarou a competência do juízo falimentar para julgar a presente lide, com fundamento nas Leis n. 6.830/1980 e 11.101/2005. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste à Recorrente. 4. A Ministra Relatora Nancy Andrighi afirmou: (…) 5. O Superior Tribunal de Justiça não declarou a inconstitucionalidade dos art. 6º, § 7º, da Lei n. 11.101/2005, art. 187, caput, do Código Tributário Nacional, e arts. 5º e 29, caput, da Lei n. 6.830/1980, nem afastou sua incidência com fundamento em normas ou princípios constitucionais. Limitou-se a interpretá-los e aplicar a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça para concluir que ‘apesar de a execução fiscal não se suspender em face do deferimento do pedido de recuperação judicial (…) submetem-se ao crivo do juízo universal os atos de alienação voltados contra o patrimônio social das Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034649. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 704.676 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :FRIS MOLDU CAR FRISOS MOLDURAS PARA CARROS LTDA ADV.(A/S) :FAUSTINO GRANIERO JUNIOR INTDO.(A/S) :SINDICATO DOS METALÚRGICOS DO ABC ADV.(A/S) :NEILANE DE SOUZA MARQUES E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 14 de setembro de 2012, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pela União contra julgado proferido pelo Superior Tribunal de Justiça, o qual conheceu do conflito positivo de competência e declarou a competência do juízo falimentar para julgar a presente lide, com fundamento nas Leis n. 6.830/1980 e 11.101/2005. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste à Recorrente. 4. A Ministra Relatora Nancy Andrighi afirmou: (…) 5. O Superior Tribunal de Justiça não declarou a inconstitucionalidade dos art. 6º, § 7º, da Lei n. 11.101/2005, art. 187, caput, do Código Tributário Nacional, e arts. 5º e 29, caput, da Lei n. 6.830/1980, nem afastou sua incidência com fundamento em normas ou princípios constitucionais. Limitou-se a interpretá-los e aplicar a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça para concluir que ‘apesar de a execução fiscal não se suspender em face do deferimento do pedido de recuperação judicial (…) submetem-se ao crivo do juízo universal os atos de alienação voltados contra o patrimônio social das Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034649. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório RE 704.676 AGR / SP sociedades empresárias em recuperação, em homenagem ao princípio da preservação da empresa” (fl. 643). Este Supremo Tribunal Federal assentou que existirá afronta a cláusula de reserva de plenário (art. 97 da Constituição da República e súmula vinculante n. 10) quando a norma aplicável à espécie for efetivamente afastada por alegada incompatibilidade com a Constituição da República, além do que o embasamento da decisão em princípios constitucionais não significa juízo de inconstitucionalidade. Nesse sentido: (…) 6. A questão em debate foi decidida com base na aplicação e na interpretação da legislação infraconstitucional (Código Tributário Nacional e Leis n. 11.101/2005 e 6.830/1980). Assim, a alegada ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Nesse sentido: (…) Não há, pois, o que prover quanto às alegações da parte recorrente. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 705-709). 2. Intimada dessa decisão em 10.10.2012, interpõe a União, em 8.10.2012, (fls.), tempestivamente, agravo regimental (fls. 705-709). 3. Alega a Agravante que “a decisão monocrática ora agravada limitou-se a analisar e negar o primeiro dos pedidos – o de reconhecimento da violação do art. 97 da Constituição -, omitindo-se quanto ao importantíssimo pedido subsidiário de reconhecimento da agressão ao art. 109, I, da Constituição da República, que trata de matéria eminentemente constitucional” (fl. 712). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034649. Supremo Tribunal Federal RE 704.676 AGR / SP sociedades empresárias em recuperação, em homenagem ao princípio da preservação da empresa” (fl. 643). Este Supremo Tribunal Federal assentou que existirá afronta a cláusula de reserva de plenário (art. 97 da Constituição da República e súmula vinculante n. 10) quando a norma aplicável à espécie for efetivamente afastada por alegada incompatibilidade com a Constituição da República, além do que o embasamento da decisão em princípios constitucionais não significa juízo de inconstitucionalidade. Nesse sentido: (…) 6. A questão em debate foi decidida com base na aplicação e na interpretação da legislação infraconstitucional (Código Tributário Nacional e Leis n. 11.101/2005 e 6.830/1980). Assim, a alegada ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso extraordinário. Nesse sentido: (…) Não há, pois, o que prover quanto às alegações da parte recorrente. 7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 705-709). 2. Intimada dessa decisão em 10.10.2012, interpõe a União, em 8.10.2012, (fls.), tempestivamente, agravo regimental (fls. 705-709). 3. Alega a Agravante que “a decisão monocrática ora agravada limitou-se a analisar e negar o primeiro dos pedidos – o de reconhecimento da violação do art. 97 da Constituição -, omitindo-se quanto ao importantíssimo pedido subsidiário de reconhecimento da agressão ao art. 109, I, da Constituição da República, que trata de matéria eminentemente constitucional” (fl. 712). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034649. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 704.676 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. O Superior Tribunal de Justiça conheceu do conflito positivo de competência suscitado pela Agravante, em processo de execução de bens da empresa em recuperação judicial, sob os seguintes fundamentos: “A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que, uma vez aprovado o plano de recuperação judicial, é do juízo respectivo a competência para tomar todas as medidas de constrição e de venda de bens integrantes do patrimônio da empresa, sujeitos ao plano de recuperação (confira-se, por exemplo, as decisões proferidas nos julgamentos dos CC 103.025/SP, 2ª Seção, Rel. Min. Fernando Gonçalves, DJ de 5/11/2009; CC 100.922/SP, 2ª Seção, Rel. Min. Sidnei Beneti, DJ de 26/6/2009 e CC 61.272/RJ, Rel. Min. Ari Pargendler, DJ de 25/6/2007, entre outros). (...) Assim, o art. 187 do CTN estabelece que ‘a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento’. O art. 186 do mesmo diploma legal declara que ‘o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho’. O art. 6º, § 7º, da Lei 11.101/05, por sua vez, dispõe que o deferimento da recuperação judicial não impede o prosseguimento das ‘execuções de natureza fiscal’, salvo nas hipóteses em que houver ‘a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica’. Essa regra encontra justificativa na defesa dos recursos públicos, que em tese financiam a concretização Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034650. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 704.676 SÃO PAULO V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste à Agravante. 2. O Superior Tribunal de Justiça conheceu do conflito positivo de competência suscitado pela Agravante, em processo de execução de bens da empresa em recuperação judicial, sob os seguintes fundamentos: “A jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que, uma vez aprovado o plano de recuperação judicial, é do juízo respectivo a competência para tomar todas as medidas de constrição e de venda de bens integrantes do patrimônio da empresa, sujeitos ao plano de recuperação (confira-se, por exemplo, as decisões proferidas nos julgamentos dos CC 103.025/SP, 2ª Seção, Rel. Min. Fernando Gonçalves, DJ de 5/11/2009; CC 100.922/SP, 2ª Seção, Rel. Min. Sidnei Beneti, DJ de 26/6/2009 e CC 61.272/RJ, Rel. Min. Ari Pargendler, DJ de 25/6/2007, entre outros). (...) Assim, o art. 187 do CTN estabelece que ‘a cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou arrolamento’. O art. 186 do mesmo diploma legal declara que ‘o crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou tempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação do trabalho ou do acidente de trabalho’. O art. 6º, § 7º, da Lei 11.101/05, por sua vez, dispõe que o deferimento da recuperação judicial não impede o prosseguimento das ‘execuções de natureza fiscal’, salvo nas hipóteses em que houver ‘a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica’. Essa regra encontra justificativa na defesa dos recursos públicos, que em tese financiam a concretização Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034650. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 704.676 AGR / SP dos direitos sociais constitucionalmente previstos. Das normas aplicáveis à espécie, portanto, decorre que as execuções fiscais ajuizadas em face da empresa em recuperação judicial não se suspenderão em virtude do deferimento do processamento da recuperação judicial, ou seja, a concessão da recuperação judicial para a empresa em crise econômico-financeira não tem qualquer influência na cobrança judicial dos tributos por ela devidos. Ocorre que o art. 155-A, § 3º, do mesmo CTN estabelece a necessidade de edição de lei específica para regulamentar o parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. Essa determinação permite inferir que o parcelamento dos débitos tributários de devedores em recuperação judicial deverá seguir critérios mais favoráveis à empresa devedora em dificuldades financeiras, de maneira a concretizar o princípio da preservação da empresa, contido no art. 47 da Lei 11.101/05. O presente conflito de competência envolve, logo, uma antinomia que assume grande relevância. Por um lado, há a ‘supremacia da execução fiscal’, que visa resguardar o indiscutível interesse público representado pelo crédito tributário (art. 6º, § 7º, da Lei 11.101/2005). Um outro ângulo da questão, no entanto, revela a existência de um interesse público igualmente considerável na preservação da empresa em dificuldades financeiras, com a manutenção das unidades produtivas e de postos de trabalho. (…) Dessa forma, embora a execução fiscal, em si, não se suspenda, são vedados atos judiciais que reduzam o patrimônio da empresa em recuperação judicial, enquanto for mantida essa condição” (fls. 641- 644, grifos nossos). 3. Na espécie, a discussão limitou-se à competência para julgar os atos de alienação determinados em execução fiscal movida pela União contra a empresa Agravada, se da Vara Cível ou da Vara Federal de São Bernardo do Campo/SP. Ao julgar conflito positivo de competência, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que os valores arrecadados com o leilão do imóvel da empresa em processo de recuperação judicial fossem depositados no juízo falimentar. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034650. Supremo Tribunal Federal RE 704.676 AGR / SP dos direitos sociais constitucionalmente previstos. Das normas aplicáveis à espécie, portanto, decorre que as execuções fiscais ajuizadas em face da empresa em recuperação judicial não se suspenderão em virtude do deferimento do processamento da recuperação judicial, ou seja, a concessão da recuperação judicial para a empresa em crise econômico-financeira não tem qualquer influência na cobrança judicial dos tributos por ela devidos. Ocorre que o art. 155-A, § 3º, do mesmo CTN estabelece a necessidade de edição de lei específica para regulamentar o parcelamento dos créditos tributários do devedor em recuperação judicial. Essa determinação permite inferir que o parcelamento dos débitos tributários de devedores em recuperação judicial deverá seguir critérios mais favoráveis à empresa devedora em dificuldades financeiras, de maneira a concretizar o princípio da preservação da empresa, contido no art. 47 da Lei 11.101/05. O presente conflito de competência envolve, logo, uma antinomia que assume grande relevância. Por um lado, há a ‘supremacia da execução fiscal’, que visa resguardar o indiscutível interesse público representado pelo crédito tributário (art. 6º, § 7º, da Lei 11.101/2005). Um outro ângulo da questão, no entanto, revela a existência de um interesse público igualmente considerável na preservação da empresa em dificuldades financeiras, com a manutenção das unidades produtivas e de postos de trabalho. (…) Dessa forma, embora a execução fiscal, em si, não se suspenda, são vedados atos judiciais que reduzam o patrimônio da empresa em recuperação judicial, enquanto for mantida essa condição” (fls. 641- 644, grifos nossos). 3. Na espécie, a discussão limitou-se à competência para julgar os atos de alienação determinados em execução fiscal movida pela União contra a empresa Agravada, se da Vara Cível ou da Vara Federal de São Bernardo do Campo/SP. Ao julgar conflito positivo de competência, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que os valores arrecadados com o leilão do imóvel da empresa em processo de recuperação judicial fossem depositados no juízo falimentar. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034650. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 704.676 AGR / SP Assim, melhor sorte não assiste à Agravante quando alega que a decisão agravada teria sido omissa quanto à análise do art. 109, inc. I, da Constituição da República. Embora o Supremo Tribunal Federal tenha assentado que compete à Justiça Federal o julgamento das causas de interesse jurídico da União (ARE 698.440-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 2.10.2012; e RE 450.546-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 18.8.2011), a controvérsia nos autos deu-se apenas sob o enfoque infraconstitucional. A União discute a má aplicação do art. 6º da Lei n. 11.101/2005. Para divergir das instâncias originárias, portanto, seria necessária a prévia interpretação das normas infraconstitucionais aplicadas à espécie (Código Tributário Nacional e Leis n. 6.830/1980 e 11.101/2005). Eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Nesse sentido: ARE 656.890-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 2.10.2012; ARE 681.686, Rel. Min. Dias Toffoli, decisão monocrática, DJe 5.9.2012, trânsito em julgado em 10.9.2012; e AI 794.452, de minha relatoria, decisão monocrática, DJe 18.10.2010, trânsito em julgado em 25.10.2010. 4. Ademais, o Superior Tribunal de Justiça não declarou a inconstitucionalidade de norma legal, tampouco afastou sua aplicação com fundamento em princípio extraído da Constituição da República. Pelo contrário, apenas se limitou a interpretar e aplicar as normas infraconstitucionais cabíveis à espécie (art. 6º, § 7º, da Lei n. 11.101/2005, art. 187, caput, do Código Tributário Nacional e arts. 5º e 29, caput, da Lei n. 6.830/1980). Desse modo, não há que se falar em contrariedade ao art. 97 da Constituição: “ALEGADA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO – ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034650. Supremo Tribunal Federal RE 704.676 AGR / SP Assim, melhor sorte não assiste à Agravante quando alega que a decisão agravada teria sido omissa quanto à análise do art. 109, inc. I, da Constituição da República. Embora o Supremo Tribunal Federal tenha assentado que compete à Justiça Federal o julgamento das causas de interesse jurídico da União (ARE 698.440-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 2.10.2012; e RE 450.546-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 18.8.2011), a controvérsia nos autos deu-se apenas sob o enfoque infraconstitucional. A União discute a má aplicação do art. 6º da Lei n. 11.101/2005. Para divergir das instâncias originárias, portanto, seria necessária a prévia interpretação das normas infraconstitucionais aplicadas à espécie (Código Tributário Nacional e Leis n. 6.830/1980 e 11.101/2005). Eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta. Nesse sentido: ARE 656.890-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 2.10.2012; ARE 681.686, Rel. Min. Dias Toffoli, decisão monocrática, DJe 5.9.2012, trânsito em julgado em 10.9.2012; e AI 794.452, de minha relatoria, decisão monocrática, DJe 18.10.2010, trânsito em julgado em 25.10.2010. 4. Ademais, o Superior Tribunal de Justiça não declarou a inconstitucionalidade de norma legal, tampouco afastou sua aplicação com fundamento em princípio extraído da Constituição da República. Pelo contrário, apenas se limitou a interpretar e aplicar as normas infraconstitucionais cabíveis à espécie (art. 6º, § 7º, da Lei n. 11.101/2005, art. 187, caput, do Código Tributário Nacional e arts. 5º e 29, caput, da Lei n. 6.830/1980). Desse modo, não há que se falar em contrariedade ao art. 97 da Constituição: “ALEGADA AFRONTA AO PRINCÍPIO DA RESERVA DE PLENÁRIO – ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034650. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 704.676 AGR / SP AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 679.351-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 10.10.2012). 5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034650. Supremo Tribunal Federal RE 704.676 AGR / SP AUSÊNCIA DE DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 679.351-AgR, de minha relatoria, Segunda Turma, DJe 10.10.2012). 5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034650. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 704.676 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : FRIS MOLDU CAR FRISOS MOLDURAS PARA CARROS LTDA ADV.(A/S) : FAUSTINO GRANIERO JUNIOR INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS METALÚRGICOS DO ABC ADV.(A/S) : NEILANE DE SOUZA MARQUES E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052087 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 704.676 PROCED. : SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : FRIS MOLDU CAR FRISOS MOLDURAS PARA CARROS LTDA ADV.(A/S) : FAUSTINO GRANIERO JUNIOR INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS METALÚRGICOS DO ABC ADV.(A/S) : NEILANE DE SOUZA MARQUES E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052087 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3073386
2012-10-16T00:00:00
2012-11-12T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONFLITO DE COMPETÊNCIA RESOLVIDO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. EMPRESA EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL. DISCUSSÃO QUANTO À ALIENAÇÃO DE BENS EM EXECUÇÃO FISCAL. ANÁLISE DA LEI N. 11.101/2005. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur218420
- Acórdãos citados: (COMPETÊNCIA, JUSTIÇA FEDERAL, JULGAMENTO, CAUSA, INTERESSE, UNIÃO) STF: ARE 698440 AgR (1ªT), RE 450546 AgR (2ªT); (OFENSA REFLEXA) STF: ARE 656890 AgR (1ªT); (PRINCÍPIO, RESERVA DE PLENÁRIO, VIOLAÇÃO, AUSÊNCIA) STF: RE 679351 AgR (2ªT). - Decições monocráticas citadas: (OFENSA REFLEXA) STF: ARE 681686, AI 794452. Número de páginas: 8. Análise: 20/11/2012, MAC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
704676
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00097 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-005172 ANO-1966\r\n ART-00187 \"CAPUT\" \r\n CTN-1966 CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-006830 ANO-1980\r\n ART-00005 ART-00029 \"CAPUT\"\r\n LEF-1980 LEI DE EXECUÇÃO FISCAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-011101 ANO-2005\r\n ART-00006 PAR-00007 \r\n LF-2005 LEI DE FALÊNCIAS" ]
RE-AgR
acordaos
RE 704676 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : FRIS MOLDU CAR FRISOS MOLDURAS PARA CARROS LTDA ADV.(A/S) : FAUSTINO GRANIERO JUNIOR INTDO.(A/S) : SINDICATO DOS METALÚRGICOS DO ABC ADV.(A/S) : NEILANE DE SOUZA MARQUES E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 704 . 676", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 704 . 676", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 704 . 676", "RE 704 . 676 AGR / SP", "RE 704 . 676 AGR", "CC 103 . 025 / SP", "CC 100 . 922 / SP", "CC 61 . 272 / RJ", "CC 103 . 025 / SP", "CC 100 . 922 / SP", "CC 61 . 272 / RJ", "RE 704 . 676 AGR / SP", "RE 704 . 676 AGR / SP", "RE 704 . 676 AGR / SP", "ARE 698 . 440 - AgR", "RE 450 . 546 - AgR", "ARE 656 . 890 - AgR", "ARE 681 . 686", "AI 794 . 452", "RE 704 . 676 AGR / SP", "ARE 698 . 440 - AgR", "RE 450 . 546 - AgR", "ARE 656 . 890 - AgR", "ARE 681 . 686", "AI 794 . 452", "RE 704 . 676 AGR / SP", "RE 679 . 351 - AgR", "RE 704 . 676 AGR", "RE 679 . 351 - AgR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 704 . 676" ], "LEGISLACAO": [ "LEI N . 11 . 101 / 2005", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis n . 6 . 830 / 1980", "11", ".", "101", "/", "2005", "art . [UNK] , § [UNK] , da Lei n . 11 . 101 / 2005", "art . 187 , caput , do Código Tributário Nacional", "arts . 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.502 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - IPERGS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) :LACYDES PIRES DA SILVA ADV.(A/S) :LUIZ RENAUD PINTO CUNHA INTDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) :DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DAER PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL EMENTA: TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DESTINADA AO CUSTEIO DE SERVIÇOS DE SAÚDE DIFERENCIADOS AOS SERVIDORES PÚBLICOS LOCAIS. INCOMPETÊNCIA. ALEGADO CARÁTER FACULTATIVO DA EXAÇÃO. RAZÕES CONTRADITÓRIAS. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. JUROS. LIMITAÇÃO. ART. 1º – F DA LEI 9.494/1997. INAPLICABILIDADE. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. Conforme decidido por esta Suprema Corte, os Estados-membros, o Distrito Federal e os municípios não têm competência para criar tributo cujo produto arrecadado seja destinado especificamente ao custeio de serviços de saúde diferenciados postos à exclusiva disposição de seus servidores (RE 573.540, rel. min. Gilmar Mendes, Pleno, DJ e de 11.06.2010). O alegado caráter facultativo da exação, exposto nas razões de agravo regimental, é contraditório com os termos da contestação e com a própria redação do texto legal impugnado (“são segurados obrigatórios do Instituto, independentemente do regime jurídico de trabalho: [...]”, art. 4º, caput da Lei 7.672/1982). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969966. Supremo Tribunal Federal DJe 29/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão RE 516.502 AGR / RS A discussão sobre o prazo prescricional aplicável é matéria infraconstitucional, tal como a forma posta nas razões recursais. A limitação de juros é inaplicável ao caso em exame, por se tratar de pleito de restituição de indébito tributário (e não de vencimento, nem remuneração). A discussão sobre o índice legal a ser aplicado deve ser apresentado ao órgão judicial com competência originário para desse pleito conhecer. Agravo regimental ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969966. Supremo Tribunal Federal RE 516.502 AGR / RS A discussão sobre o prazo prescricional aplicável é matéria infraconstitucional, tal como a forma posta nas razões recursais. A limitação de juros é inaplicável ao caso em exame, por se tratar de pleito de restituição de indébito tributário (e não de vencimento, nem remuneração). A discussão sobre o índice legal a ser aplicado deve ser apresentado ao órgão judicial com competência originário para desse pleito conhecer. Agravo regimental ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969966. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.502 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - IPERGS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) :LACYDES PIRES DA SILVA ADV.(A/S) :LUIZ RENAUD PINTO CUNHA INTDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) :DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DAER PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “Decisão: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão, prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que considerou devida a incidência do percentual de 3,6% relativo à assistência médica, constante da Lei estadual 7.672/1982. Sustenta-se a inconstitucionalidade da exação à luz da imunidade tributária, por violação dos arts. 5º, LXXIV, 40, § 12, 42, a, 149, § 1º e 195, caput e II da Constituição. Ademais, a recorrente entende que a invalidade da exação não impede a prestação dos serviços de saúde, à qual o recorrido continuaria obrigado. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 573.540 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 11.06.2010), em que a repercussão geral havia sido anteriormente reconhecida, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969967. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.502 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - IPERGS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) :LACYDES PIRES DA SILVA ADV.(A/S) :LUIZ RENAUD PINTO CUNHA INTDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) :DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DAER PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “Decisão: Trata-se de recurso extraordinário contra acórdão, prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, que considerou devida a incidência do percentual de 3,6% relativo à assistência médica, constante da Lei estadual 7.672/1982. Sustenta-se a inconstitucionalidade da exação à luz da imunidade tributária, por violação dos arts. 5º, LXXIV, 40, § 12, 42, a, 149, § 1º e 195, caput e II da Constituição. Ademais, a recorrente entende que a invalidade da exação não impede a prestação dos serviços de saúde, à qual o recorrido continuaria obrigado. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 573.540 (rel. min. Gilmar Mendes, DJe de 11.06.2010), em que a repercussão geral havia sido anteriormente reconhecida, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969967. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório RE 516.502 AGR / RS firmou orientação no sentido da impossibilidade de cobrança compulsória, por estado-membro, de contribuição para o custeio dos serviços de saúde. Confira-se: EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA, HOSPITALAR, ODONTOLÓGICA E FARMACEÚTICA. ART. 85 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 62/2002, DO ESTADO DE MINAS GERAIS. NATUREZA TRIBUTÁRIA. COMPULSORIEDADE. DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS. ROL TAXATIVO. INCOMPETÊNCIA DO ESTADO-MEMBRO. INCONSTITUCIONALIDADE. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO PROVIDO. I É nítida a natureza tributária da contribuição instituída pelo art. 85 da Lei Complementar nº 64/2002, do Estado de Minas Gerais, haja vista a compulsoriedade de sua cobrança. II O art. 149, caput, da Constituição atribui à União a competência exclusiva para a instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais e econômicas. Essa regra contempla duas exceções, contidas no arts. 149, § 1º, e 149-A da Constituição. À exceção desses dois casos, aos Estados-membros não foi atribuída competência para a instituição de contribuição, seja qual for a sua finalidade. III A competência, privativa ou concorrente, para legislar sobre determinada matéria não implica automaticamente a competência para a instituição de tributos. Os entes federativos somente podem instituir os impostos e as contribuições que lhes foram expressamente outorgados pela Constituição. IV Os Estados-membros podem instituir apenas contribuição que tenha por finalidade o custeio do regime de previdência de seus servidores. A expressão regime 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969967. Supremo Tribunal Federal RE 516.502 AGR / RS firmou orientação no sentido da impossibilidade de cobrança compulsória, por estado-membro, de contribuição para o custeio dos serviços de saúde. Confira-se: EMENTA: CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DOS SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA MÉDICA, HOSPITALAR, ODONTOLÓGICA E FARMACEÚTICA. ART. 85 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 62/2002, DO ESTADO DE MINAS GERAIS. NATUREZA TRIBUTÁRIA. COMPULSORIEDADE. DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS. ROL TAXATIVO. INCOMPETÊNCIA DO ESTADO-MEMBRO. INCONSTITUCIONALIDADE. RECURSO EXTRAORDINÁRIO NÃO PROVIDO. I É nítida a natureza tributária da contribuição instituída pelo art. 85 da Lei Complementar nº 64/2002, do Estado de Minas Gerais, haja vista a compulsoriedade de sua cobrança. II O art. 149, caput, da Constituição atribui à União a competência exclusiva para a instituição de contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais e econômicas. Essa regra contempla duas exceções, contidas no arts. 149, § 1º, e 149-A da Constituição. À exceção desses dois casos, aos Estados-membros não foi atribuída competência para a instituição de contribuição, seja qual for a sua finalidade. III A competência, privativa ou concorrente, para legislar sobre determinada matéria não implica automaticamente a competência para a instituição de tributos. Os entes federativos somente podem instituir os impostos e as contribuições que lhes foram expressamente outorgados pela Constituição. IV Os Estados-membros podem instituir apenas contribuição que tenha por finalidade o custeio do regime de previdência de seus servidores. A expressão regime 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969967. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório RE 516.502 AGR / RS previdenciário não abrange a prestação de serviços médicos, hospitalares, odontológicos e farmacêuticos. Quanto à pretensão de restituição dos valores recolhidos, esta Corte tem concluído pela sua legitimidade. Confiram-se: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CUSTEIO DA ASSISTÊNCIA MÉDICA DIFERENCIADA. ESTADO DO rio GRANDE DO sul. LEI ESTADUAL Nº 7.672/82. NATUREZA DO TRIBUTO. ESPÉCIE VINCULADA AO FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL. RESTITUIÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES A PARTIR DO ADVENTO DA EC Nº 20/98. - O custeio da assistência médica diferenciada presente no Estado do rio Grande do sul, por se tratar de ação voltada a assegurar direitos relativos à saúde, é espécie vinculada ao financiamento da seguridade social e, portanto, conforme decidido por esta Corte na ADI 2.010-MC, rel. Min. Celso de Mello, não pode ser aplicado aos aposentados e pensionistas. - Ocorrerá restituição das contribuições a partir do advento da EC nº 20/98, não se tratando, obviamente, de enriquecimento sem causa dos pensionistas, por ser um direito devidamente reconhecido a eles por esta Corte. - Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 346.797-AgR, de minha relatoria, DJ de 28.11.2003) EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRIBUIÇÃO INSTITUÍDA PELA LEI ESTADUAL Nº 7.672/82 EXAÇÃO DESTINADA AO CUSTEIO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA - INCIDÊNCIA SOBRE SERVIDORES INATIVOS E PENSIONISTAS DO ESTADO DO rio GRANDE DO sul LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL EXIGIBILIDADE ATÉ A PROMULGAÇÃO DA EC 20/98 AGRAVO IMPROVIDO . 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969967. Supremo Tribunal Federal RE 516.502 AGR / RS previdenciário não abrange a prestação de serviços médicos, hospitalares, odontológicos e farmacêuticos. Quanto à pretensão de restituição dos valores recolhidos, esta Corte tem concluído pela sua legitimidade. Confiram-se: EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CUSTEIO DA ASSISTÊNCIA MÉDICA DIFERENCIADA. ESTADO DO rio GRANDE DO sul. LEI ESTADUAL Nº 7.672/82. NATUREZA DO TRIBUTO. ESPÉCIE VINCULADA AO FINANCIAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL. RESTITUIÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES A PARTIR DO ADVENTO DA EC Nº 20/98. - O custeio da assistência médica diferenciada presente no Estado do rio Grande do sul, por se tratar de ação voltada a assegurar direitos relativos à saúde, é espécie vinculada ao financiamento da seguridade social e, portanto, conforme decidido por esta Corte na ADI 2.010-MC, rel. Min. Celso de Mello, não pode ser aplicado aos aposentados e pensionistas. - Ocorrerá restituição das contribuições a partir do advento da EC nº 20/98, não se tratando, obviamente, de enriquecimento sem causa dos pensionistas, por ser um direito devidamente reconhecido a eles por esta Corte. - Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 346.797-AgR, de minha relatoria, DJ de 28.11.2003) EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONTRIBUIÇÃO INSTITUÍDA PELA LEI ESTADUAL Nº 7.672/82 EXAÇÃO DESTINADA AO CUSTEIO DE ASSISTÊNCIA MÉDICA - INCIDÊNCIA SOBRE SERVIDORES INATIVOS E PENSIONISTAS DO ESTADO DO rio GRANDE DO sul LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL EXIGIBILIDADE ATÉ A PROMULGAÇÃO DA EC 20/98 AGRAVO IMPROVIDO . 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969967. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Relatório RE 516.502 AGR / RS - Revela-se constitucionalmente possível exigir-se, de pensionistas e inativos, o recolhimento de contribuição previdenciária, desde que a respectiva cobrança refira-se a período anterior ao advento da EC 20/98, pois, a partir da promulgação dessa emenda à Constituição da República, tornou-se juridicamente incabível, quer no plano da União Federal, quer no âmbito dos Estados-membros e do Distrito Federal, quer , ainda, na esfera dos Municípios, a própria instituição de tal modalidade de contribuição especial. Precedentes . Se o Poder Público, no entanto, mesmo após o advento da EC 20/98, continuar a exigir , dos respectivos servidores inativos e pensionistas , o correspondente pagamento da contribuição previdenciária, sujeitar-se-á à obrigação de devolver-lhes os valores por eles eventualmente já recolhidos. Precedentes . - Entendimento aplicável à contribuição destinada ao custeio de assistência médica a que se refere a Lei nº 7.672/82 do Estado do rio Grande do sul. Precedentes . (RE 358.278-AgR, rel. Min. Celso de Mello, DJ de 21.11.2003 grifos originais) Dessa decisão divergiu o acórdão recorrido. Porém, o pedido para que a cobrança seja afastada sem prejuízo da prestação da assistência médica e sem limitação temporal, isto é, com efeitos prospectivos incondicionados, não pode ser acolhido. A concessão dos serviços de saúde diferenciados violaria a regra de responsabilidade fiscal e atuarial ( nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total , art. 195, § 5º da Constituição). Também não é possível estender tratamento diferenciado, e mais vantajoso, em matéria de necessidades fundamentais, tão-somente por ser o interessado servidor público. Isto implicaria transformar uma vantagem sinalagmática (onerosa) 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969967. Supremo Tribunal Federal RE 516.502 AGR / RS - Revela-se constitucionalmente possível exigir-se, de pensionistas e inativos, o recolhimento de contribuição previdenciária, desde que a respectiva cobrança refira-se a período anterior ao advento da EC 20/98, pois, a partir da promulgação dessa emenda à Constituição da República, tornou-se juridicamente incabível, quer no plano da União Federal, quer no âmbito dos Estados-membros e do Distrito Federal, quer , ainda, na esfera dos Municípios, a própria instituição de tal modalidade de contribuição especial. Precedentes . Se o Poder Público, no entanto, mesmo após o advento da EC 20/98, continuar a exigir , dos respectivos servidores inativos e pensionistas , o correspondente pagamento da contribuição previdenciária, sujeitar-se-á à obrigação de devolver-lhes os valores por eles eventualmente já recolhidos. Precedentes . - Entendimento aplicável à contribuição destinada ao custeio de assistência médica a que se refere a Lei nº 7.672/82 do Estado do rio Grande do sul. Precedentes . (RE 358.278-AgR, rel. Min. Celso de Mello, DJ de 21.11.2003 grifos originais) Dessa decisão divergiu o acórdão recorrido. Porém, o pedido para que a cobrança seja afastada sem prejuízo da prestação da assistência médica e sem limitação temporal, isto é, com efeitos prospectivos incondicionados, não pode ser acolhido. A concessão dos serviços de saúde diferenciados violaria a regra de responsabilidade fiscal e atuarial ( nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total , art. 195, § 5º da Constituição). Também não é possível estender tratamento diferenciado, e mais vantajoso, em matéria de necessidades fundamentais, tão-somente por ser o interessado servidor público. Isto implicaria transformar uma vantagem sinalagmática (onerosa) 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969967. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Relatório RE 516.502 AGR / RS em privilégio. Em síntese, a inconstitucionalidade da exação não justifica a extensão ilegítima do benefício, sem a necessária contrapartida. Ante o exposto, conheço do recurso extraordinário e dou- lhe parcial provimento, para reconhecer a inconstitucionalidade da cobrança da contribuição compulsória destinada ao custeio de serviços diferenciados de saúde, em relação às retenções ou aos recolhimentos efetuados até a publicação desta decisão. Dado que o provimento parcial do recurso extraordinário não altera substancialmente a parte jurisdicionalmente tutelada do pleito pelo Tribunal de origem, fica mantida a condenação em custas e honorários definida no acórdão recorrido. Publique-se. Int..” (fls. 179-183). Em síntese, a agravante sustenta que: a) Esta Suprema Corte reconhece a constitucionalidade do “sistema de porta dupla” de acesso aos serviços de saúde diferenciados, postos facultativamente à disposição do servidor que se dispuser a custeá-los e, no caso em exame, o Tribunal de origem expressamente afirmou que o agravado não provara ter solicitado sua exclusão do regime alternativo de saúde; b) Eventual restituição do indébito deve ser limitada ao prazo de cinco anos, segundo as regras de prescrição aplicáveis; c) Os juros cabíveis devem ser limitados a 0,5%, nos termos do art. 1º-F da Lei 9.494/1997. Registro que a parte-agravada interpôs recurso de embargos de declaração dessa mesma decisão agravada. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969967. Supremo Tribunal Federal RE 516.502 AGR / RS em privilégio. Em síntese, a inconstitucionalidade da exação não justifica a extensão ilegítima do benefício, sem a necessária contrapartida. Ante o exposto, conheço do recurso extraordinário e dou- lhe parcial provimento, para reconhecer a inconstitucionalidade da cobrança da contribuição compulsória destinada ao custeio de serviços diferenciados de saúde, em relação às retenções ou aos recolhimentos efetuados até a publicação desta decisão. Dado que o provimento parcial do recurso extraordinário não altera substancialmente a parte jurisdicionalmente tutelada do pleito pelo Tribunal de origem, fica mantida a condenação em custas e honorários definida no acórdão recorrido. Publique-se. Int..” (fls. 179-183). Em síntese, a agravante sustenta que: a) Esta Suprema Corte reconhece a constitucionalidade do “sistema de porta dupla” de acesso aos serviços de saúde diferenciados, postos facultativamente à disposição do servidor que se dispuser a custeá-los e, no caso em exame, o Tribunal de origem expressamente afirmou que o agravado não provara ter solicitado sua exclusão do regime alternativo de saúde; b) Eventual restituição do indébito deve ser limitada ao prazo de cinco anos, segundo as regras de prescrição aplicáveis; c) Os juros cabíveis devem ser limitados a 0,5%, nos termos do art. 1º-F da Lei 9.494/1997. Registro que a parte-agravada interpôs recurso de embargos de declaração dessa mesma decisão agravada. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969967. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.502 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a agravante. Como qualquer ato administrativo deve ser plenamente vinculado, compete ao agente público demonstrar sua motivação. No caso em exame, era dever do Estado provar que o plano de saúde não era compulsório e que a suposta facultatividade da adesão fora comunicada de forma inequívoca ao agravado. Ainda que superada essa subversão do regime próprio de Direito Público, observo que o agravante contestou o pedido realizado pelo então autor, de modo a reforçar a compulsoriedade da exação. A própria leitura do art. 4º da Lei estadual 7.672/1982 indica se tratar de tributo, e não de preço público: “são segurados obrigatórios do Instituto, independentemente do regime jurídico de trabalho: [...]” (fls. 28). Assim, é contraditória a sugestão feita nas razões recursais de que a exação examinada nestes autos seja facultativa. Nesse sentido, confira-se o seguinte precedente: “Ementa: TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DESTINADA AO CUSTEIO DE SERVIÇOS DE SAÚDE. COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO. ALCANCE DE PRECEDENTE FIRMADO PELA CORTE. APLICABILIDADE DA ORIENTAÇÃO AOS CASOS ANÁLOGOS. IDENTIDADE DE TEXTOS LEGAIS DESNECESSÁRIA. LC 64/2002 E LEI 9.380/1986 DO ESTADO DE MINAS GERAIS. ARTS. 149, 194, CAPUT, E 195, II DA CONSTITUIÇÃO. 1. No julgamento do RE 573.540 (rel. min. Gilmar Mendes), o Pleno desta Corte considerou inconstitucional a cobrança de contribuição destinada ao custeio de serviços de saúde pública, devida por servidor público, na medida em que Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969968. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.502 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a agravante. Como qualquer ato administrativo deve ser plenamente vinculado, compete ao agente público demonstrar sua motivação. No caso em exame, era dever do Estado provar que o plano de saúde não era compulsório e que a suposta facultatividade da adesão fora comunicada de forma inequívoca ao agravado. Ainda que superada essa subversão do regime próprio de Direito Público, observo que o agravante contestou o pedido realizado pelo então autor, de modo a reforçar a compulsoriedade da exação. A própria leitura do art. 4º da Lei estadual 7.672/1982 indica se tratar de tributo, e não de preço público: “são segurados obrigatórios do Instituto, independentemente do regime jurídico de trabalho: [...]” (fls. 28). Assim, é contraditória a sugestão feita nas razões recursais de que a exação examinada nestes autos seja facultativa. Nesse sentido, confira-se o seguinte precedente: “Ementa: TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DESTINADA AO CUSTEIO DE SERVIÇOS DE SAÚDE. COMPETÊNCIA EXCLUSIVA DA UNIÃO. ALCANCE DE PRECEDENTE FIRMADO PELA CORTE. APLICABILIDADE DA ORIENTAÇÃO AOS CASOS ANÁLOGOS. IDENTIDADE DE TEXTOS LEGAIS DESNECESSÁRIA. LC 64/2002 E LEI 9.380/1986 DO ESTADO DE MINAS GERAIS. ARTS. 149, 194, CAPUT, E 195, II DA CONSTITUIÇÃO. 1. No julgamento do RE 573.540 (rel. min. Gilmar Mendes), o Pleno desta Corte considerou inconstitucional a cobrança de contribuição destinada ao custeio de serviços de saúde pública, devida por servidor público, na medida em que Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969968. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA RE 516.502 AGR / RS apenas a União tem competência para instituição de tal tributo. 2. O critério decisivo para reconhecimento da incompatibilidade constitucional da exação é sua compulsoriedade, que a submete ao regime tributário. O fato de os serviços de saúde terem sido postos à disposição ou terem sido prestados, bem como a circunstância de o texto legal examinado neste caso (Lei 9.380/1986) ser topicamente diferente do texto examinado no precedente (LC 64/2002), são irrelevantes para fins de aplicação da orientação geral e abstrata firmada no precedente. O ponto essencial a ser examinado é o sentido retirado a partir da interpretação do texto, isto é, a norma jurídica. 3. Ausência de razões que justifiquem a reversão ou a superação do precedente, ou ainda a inaplicabilidade da orientação firmada para caso análogo, pela existência de peculiaridade determinante. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (AI 740.823-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, 24.10.2011). Em relação à prescrição, tal matéria ter caráter infraconstitucional e, portanto, não pode ser examinada no recurso extraordinário. Por fim, a limitação do cálculo de juros prevista no art. 1º-F da Lei 9.4.94/1997 é inaplicável ao caso em exame, pois discute-se a restituição de indébito tributário, e não de verba remuneratória. A definição do índice correto deve ser feita pelo órgão judicial dotado de competência originária para tanto, sem a superação do obstáculo posto pela falta de prequestionamento. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969968. Supremo Tribunal Federal RE 516.502 AGR / RS apenas a União tem competência para instituição de tal tributo. 2. O critério decisivo para reconhecimento da incompatibilidade constitucional da exação é sua compulsoriedade, que a submete ao regime tributário. O fato de os serviços de saúde terem sido postos à disposição ou terem sido prestados, bem como a circunstância de o texto legal examinado neste caso (Lei 9.380/1986) ser topicamente diferente do texto examinado no precedente (LC 64/2002), são irrelevantes para fins de aplicação da orientação geral e abstrata firmada no precedente. O ponto essencial a ser examinado é o sentido retirado a partir da interpretação do texto, isto é, a norma jurídica. 3. Ausência de razões que justifiquem a reversão ou a superação do precedente, ou ainda a inaplicabilidade da orientação firmada para caso análogo, pela existência de peculiaridade determinante. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (AI 740.823-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, 24.10.2011). Em relação à prescrição, tal matéria ter caráter infraconstitucional e, portanto, não pode ser examinada no recurso extraordinário. Por fim, a limitação do cálculo de juros prevista no art. 1º-F da Lei 9.4.94/1997 é inaplicável ao caso em exame, pois discute-se a restituição de indébito tributário, e não de verba remuneratória. A definição do índice correto deve ser feita pelo órgão judicial dotado de competência originária para tanto, sem a superação do obstáculo posto pela falta de prequestionamento. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969968. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.502 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - IPERGS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : LACYDES PIRES DA SILVA ADV.(A/S) : LUIZ RENAUD PINTO CUNHA INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) : DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DAER PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885345 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516.502 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - IPERGS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : LACYDES PIRES DA SILVA ADV.(A/S) : LUIZ RENAUD PINTO CUNHA INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) : DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DAER PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885345 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3139826
2012-09-25T00:00:00
2012-11-29T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DESTINADA AO CUSTEIO DE SERVIÇOS DE SAÚDE DIFERENCIADOS AOS SERVIDORES PÚBLICOS LOCAIS. INCOMPETÊNCIA. ALEGADO CARÁTER FACULTATIVO DA EXAÇÃO. RAZÕES CONTRADITÓRIAS. PRESCRIÇÃO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. JUROS. LIMITAÇÃO. ART. 1º – F DA LEI 9.494/1997. INAPLICABILIDADE. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. Conforme decidido por esta Suprema Corte, os Estados-membros, o Distrito Federal e os municípios não têm competência para criar tributo cujo produto arrecadado seja destinado especificamente ao custeio de serviços de saúde diferenciados postos à exclusiva disposição de seus servidores (RE 573.540, rel. min. Gilmar Mendes, Pleno, DJ e de 11.06.2010). O alegado caráter facultativo da exação, exposto nas razões de agravo regimental, é contraditório com os termos da contestação e com a própria redação do texto legal impugnado (“são segurados obrigatórios do Instituto, independentemente do regime jurídico de trabalho: [...]”, art. 4º, caput da Lei 7.672/1982). A discussão sobre o prazo prescricional aplicável é matéria infraconstitucional, tal como a forma posta nas razões recursais. A limitação de juros é inaplicável ao caso em exame, por se tratar de pleito de restituição de indébito tributário (e não de vencimento, nem remuneração). A discussão sobre o índice legal a ser aplicado deve ser apresentado ao órgão judicial com competência originário para desse pleito conhecer. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur220152
- Acórdãos citados: (COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA, CUSTEIO DE SERVIÇOS DE SAÚDE) STF: RE 573540 (TP), AI 740823 AgR (2ªT). Número de páginas: 10. Análise: 04/12/2012, TBC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
516502
[ "LEG-FED LEI-009494 ANO-1997\r\n ART-0001F \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-007672 ANO-1982\r\n ART-00004 \r\n LEI ORDINÁRIA, RS" ]
RE-AgR
acordaos
RE 516502 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : LACYDES PIRES DA SILVA ADV.(A/S) : LUIZ RENAUD PINTO CUNHA AGTE.(S) : INSTITUTO DE PREVIDÊNCIA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - IPERGS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) : DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM - DAER PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516 . 502", "RE 573 . 540", "RE 516 . 502 AGR / RS", "RE 516 . 502 AGR / RS", "RE 573 . 540", "RE 573 . 540", "RE 516 . 502", "RE 516 . 502 AGR", "RE 516 . 502 AGR", "ADI 2 . 010 - MC", "RE 346 . 797 - AgR", "RE 516 . 502", "ADI 2 . 010 - MC", "RE 346 . 797 - AgR", "RE 516 . 502 AGR / RS", "RE 358 . 278 - AgR", "RE 516 . 502 AGR / RS", "RE 358 . 278 - AgR", "RE 516 . 502 AGR / RS", "RE 516 . 502 AGR / RS", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 516 . 502", "RE 573 . 540", "RE 573 . 540", "RE 516 . 502 AGR / RS", "AI 740 . 823 - AgR", "RE 516 . 502 AGR / RS", "AI 740 . 823 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "ART . [UNK] – F DA LEI 9 . 494 / 1997", "art . [UNK] , caput da Lei 7 . 672 / 1982", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei estadual 7 . 672 / 1982", "arts . [UNK] , LXXIV , 40 , § 12 , 42 , a , 149 , § [UNK] e 195 , caput e II da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei estadual 7 . 672 / 1982", "arts . 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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.877 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :SOUZA CRUZ S/A ADV.(A/S) :ADEMIR COELHO ARAUJO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) :SINDIVENDAS - SINDICATO DOS EMPREGADOS VENDEDORES VIAJANTES DO COMÉRCIO, PROPAGANDISTAS, PROPAGANDISTAS VENDEDORES E VENDEDORES DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO ESTAD DO MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) :ELIANE RITA POTRICH EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Trabalhista. Acordo ou convenção coletiva. Inserção de cláusula. Férias. Fracionamento. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. O Tribunal Superior do Trabalho concluiu, com base na Consolidação das Leis do Trabalho, pela impossibilidade de inserção de cláusula em acordo ou convenção coletiva que preveja o fracionamento das férias do obreiro fora das exceções legais. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 636/STF. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752947. Supremo Tribunal Federal DJe 20/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão ARE 681.877 AGR / MS notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752947. Supremo Tribunal Federal ARE 681.877 AGR / MS notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752947. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.877 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :SOUZA CRUZ S/A ADV.(A/S) :ADEMIR COELHO ARAUJO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) :SINDIVENDAS - SINDICATO DOS EMPREGADOS VENDEDORES VIAJANTES DO COMÉRCIO, PROPAGANDISTAS, PROPAGANDISTAS VENDEDORES E VENDEDORES DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO ESTAD DO MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) :ELIANE RITA POTRICH RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Souza Cruz S.A. interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 314 a 317), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado: ‘RECURSO DE REVISTA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. FÉRIAS. NORMA COGENTE. FRACIONAMENTO. PREVISÃO EM NORMA COLETIVA. IMPOSSIBILIDADE. Conforme o disposto no art. 134, § 1º, da CLT, as férias serão concedidas num só período e somente em situações excepcionais é possível o seu parcelamento, limitado a dois períodos, um dos quais não Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752944. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.877 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :SOUZA CRUZ S/A ADV.(A/S) :ADEMIR COELHO ARAUJO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) :SINDIVENDAS - SINDICATO DOS EMPREGADOS VENDEDORES VIAJANTES DO COMÉRCIO, PROPAGANDISTAS, PROPAGANDISTAS VENDEDORES E VENDEDORES DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO ESTAD DO MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) :ELIANE RITA POTRICH RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Souza Cruz S.A. interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 314 a 317), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado: ‘RECURSO DE REVISTA. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. FÉRIAS. NORMA COGENTE. FRACIONAMENTO. PREVISÃO EM NORMA COLETIVA. IMPOSSIBILIDADE. Conforme o disposto no art. 134, § 1º, da CLT, as férias serão concedidas num só período e somente em situações excepcionais é possível o seu parcelamento, limitado a dois períodos, um dos quais não Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752944. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório ARE 681.877 AGR / MS poderá ser inferior a 10 dias corridos. Como o legislador não especificou tais situações excepcionais, o texto legal sugere que a lei pretende, na verdade, enfatizar a inviabilidade do fracionamento rotineiro ao longo do contrato. Privilegiou, portanto, a legislação a concessão unitária do prazo das férias, salvo em se tratando de casos excepcionais ou de comprovado interesse extracontratual do trabalhador. O caráter imperativo das férias, atadas que são ao segmento da saúde e segurança laborais, faz com que não possam ser objeto de renúncia ou transação lesiva e, até mesmo, transação prejudicial coletivamente negociada. É, pois, indisponível referido direito. É bem verdade que a CLT atenuou parte dos efeitos dessa imperatividade (e indisponibilidade consequente), ao permitir a conversão pecuniária de 1/3 das férias obreiras (o chamado abono celetista de férias). Entretanto, cumpre reiterar a ênfase na impossibilidade da estipulação de norma coletiva com o comando de fracionamento das férias, porquanto se estaria a mitigar norma cogente disciplinada no referido art. 134, § 1º, da CLT. Recurso de revista conhecido e provido’ (fl. 267). No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 7º, inciso XXVI da Constituição Federal. Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustrado Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos, pelo improvimento do agravo de instrumento (fls. 310/311). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752944. Supremo Tribunal Federal ARE 681.877 AGR / MS poderá ser inferior a 10 dias corridos. Como o legislador não especificou tais situações excepcionais, o texto legal sugere que a lei pretende, na verdade, enfatizar a inviabilidade do fracionamento rotineiro ao longo do contrato. Privilegiou, portanto, a legislação a concessão unitária do prazo das férias, salvo em se tratando de casos excepcionais ou de comprovado interesse extracontratual do trabalhador. O caráter imperativo das férias, atadas que são ao segmento da saúde e segurança laborais, faz com que não possam ser objeto de renúncia ou transação lesiva e, até mesmo, transação prejudicial coletivamente negociada. É, pois, indisponível referido direito. É bem verdade que a CLT atenuou parte dos efeitos dessa imperatividade (e indisponibilidade consequente), ao permitir a conversão pecuniária de 1/3 das férias obreiras (o chamado abono celetista de férias). Entretanto, cumpre reiterar a ênfase na impossibilidade da estipulação de norma coletiva com o comando de fracionamento das férias, porquanto se estaria a mitigar norma cogente disciplinada no referido art. 134, § 1º, da CLT. Recurso de revista conhecido e provido’ (fl. 267). No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 7º, inciso XXVI da Constituição Federal. Opina o Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustrado Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos, pelo improvimento do agravo de instrumento (fls. 310/311). Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal ter trazido a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752944. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório ARE 681.877 AGR / MS preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. A irresignação não merece prosperar, haja vista que para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente, notadamente o artigo 134 da CLT, o que não se mostra possível em sede de recurso extraordinário. Sobre o tema, anote-se: ‘I. Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia sobre validade de cláusula de acordo coletivo de trabalho decidida à luz de legislação infraconstitucional pertinente, de reexame inviável no RE: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636. II. O artigo 7º, XXVI, da Constituição Federal, não elide a declaração de nulidade de cláusula de acordo coletivo de trabalho à luz da legislação ordinária. III. Improcedência das alegações de negativa de prestação jurisdicional e de violação das garantias do artigo 5º, XXXV, XXXVI, LIV, da Constituição Federal’ (AI nº 657.176/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 31/8/07). ‘CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA. Questão relativa a cabimento de recurso. I. - As questões relativas aos pressupostos de admissibilidade dos recursos trabalhistas não viabilizam a abertura da via extraordinária, por envolverem discussão de caráter infraconstitucional. II. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: CF, art. 5º, LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752944. Supremo Tribunal Federal ARE 681.877 AGR / MS preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. A irresignação não merece prosperar, haja vista que para ultrapassar o entendimento do Tribunal de origem seria necessário o reexame da legislação infraconstitucional pertinente, notadamente o artigo 134 da CLT, o que não se mostra possível em sede de recurso extraordinário. Sobre o tema, anote-se: ‘I. Recurso extraordinário: descabimento: controvérsia sobre validade de cláusula de acordo coletivo de trabalho decidida à luz de legislação infraconstitucional pertinente, de reexame inviável no RE: incidência, mutatis mutandis, da Súmula 636. II. O artigo 7º, XXVI, da Constituição Federal, não elide a declaração de nulidade de cláusula de acordo coletivo de trabalho à luz da legislação ordinária. III. Improcedência das alegações de negativa de prestação jurisdicional e de violação das garantias do artigo 5º, XXXV, XXXVI, LIV, da Constituição Federal’ (AI nº 657.176/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 31/8/07). ‘CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRABALHISTA. Questão relativa a cabimento de recurso. I. - As questões relativas aos pressupostos de admissibilidade dos recursos trabalhistas não viabilizam a abertura da via extraordinária, por envolverem discussão de caráter infraconstitucional. II. - Alegação de ofensa ao devido processo legal: CF, art. 5º, LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas processuais. E a 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752944. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório ARE 681.877 AGR / MS ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. III. - A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional. IV. - A interpretação de cláusula integrante de acordo coletivo de trabalho não dá ensejo ao recurso extraordinário. V. - Agravo não provido’ (AI nº 543.884/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 23/9/05). ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIFERENÇAS SALARIAS. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA DE ACORDO COLETIVO. OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a necessidade de interpretação de cláusula integrante de acordo coletivo de trabalho torna inviável o recurso extraordinário, por envolver questões de caráter infraconstitucional. II - Inexistência de novos argumentos capazes de afastar as razões expendidas na decisão ora atacada, que deve ser mantida. III - Agravo regimental improvido’ (AI nº 584.612/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 13/4/07). ‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Interpretação de cláusula de acordo coletivo. Matéria circunscrita à análise de norma infraconstitucional. Aplicação da Súmula 454 do STF. Ofensa reflexa à Constituição Federal de 1988. Precedentes. 3. Princípios da ampla defesa e do contraditório. Em regra, ofensa reflexa à Constituição Federal. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 670.752/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 24/4/08). Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752944. Supremo Tribunal Federal ARE 681.877 AGR / MS ofensa a preceito constitucional que autoriza a admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. III. - A verificação, no caso concreto, da ocorrência, ou não, de violação ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada situa-se no campo infraconstitucional. IV. - A interpretação de cláusula integrante de acordo coletivo de trabalho não dá ensejo ao recurso extraordinário. V. - Agravo não provido’ (AI nº 543.884/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Carlos Velloso, DJ de 23/9/05). ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIFERENÇAS SALARIAS. INTERPRETAÇÃO DE CLÁUSULA DE ACORDO COLETIVO. OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a necessidade de interpretação de cláusula integrante de acordo coletivo de trabalho torna inviável o recurso extraordinário, por envolver questões de caráter infraconstitucional. II - Inexistência de novos argumentos capazes de afastar as razões expendidas na decisão ora atacada, que deve ser mantida. III - Agravo regimental improvido’ (AI nº 584.612/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 13/4/07). ‘Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Interpretação de cláusula de acordo coletivo. Matéria circunscrita à análise de norma infraconstitucional. Aplicação da Súmula 454 do STF. Ofensa reflexa à Constituição Federal de 1988. Precedentes. 3. Princípios da ampla defesa e do contraditório. Em regra, ofensa reflexa à Constituição Federal. Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 670.752/MG-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 24/4/08). Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752944. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Relatório ARE 681.877 AGR / MS Publique-se.” Insiste a agravante que foi violado o art. 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal e que referida ofensa ao texto constitucional não é reflexa. Afirma que, “com a manutenção do acórdão recorrido se está proibindo que, mediante negociação coletiva, garantida constitucionalmente, a agravante fracione os dias destinados ao gozo de férias de seus empregados em dois ou mais períodos” (fl. 325). Aduz, ainda, in verbis, que: “(...) a violação ao texto constitucional perpetrada pelo acórdão recorrido foi direta, uma vez que negou vigência à aplicação de um dispositivo constitucional, no caso, o art. 7º, XXVI. Por outro lado (...), não se pode falar na hipótese que a cláusula que prevê fracionamento de férias fere direito indisponível, inalienável, e irrenunciável, pois os instrumentos normativos que flexibilizam o período do gozo de férias apenas transacionam sobre o critério de dias, sendo certo que o direito ao gozo de férias permanece íntegro. Assim, a matéria em discussão – fracionamento de férias – encontra-se no âmbito da livre negociação coletiva, sem evidências de prejuízo ao trabalhador, razão pela qual a sua proibição viola diretamente e literalmente o art. 7º, XXVI da CF/88, sendo certo que essa análise prescinde da interpretação da legislação infraconstitucional” (fls. 327/328). O Ministério Público apresentou contrarrazões às fls. 338 a 340. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752944. Supremo Tribunal Federal ARE 681.877 AGR / MS Publique-se.” Insiste a agravante que foi violado o art. 7º, inciso XXVI, da Constituição Federal e que referida ofensa ao texto constitucional não é reflexa. Afirma que, “com a manutenção do acórdão recorrido se está proibindo que, mediante negociação coletiva, garantida constitucionalmente, a agravante fracione os dias destinados ao gozo de férias de seus empregados em dois ou mais períodos” (fl. 325). Aduz, ainda, in verbis, que: “(...) a violação ao texto constitucional perpetrada pelo acórdão recorrido foi direta, uma vez que negou vigência à aplicação de um dispositivo constitucional, no caso, o art. 7º, XXVI. Por outro lado (...), não se pode falar na hipótese que a cláusula que prevê fracionamento de férias fere direito indisponível, inalienável, e irrenunciável, pois os instrumentos normativos que flexibilizam o período do gozo de férias apenas transacionam sobre o critério de dias, sendo certo que o direito ao gozo de férias permanece íntegro. Assim, a matéria em discussão – fracionamento de férias – encontra-se no âmbito da livre negociação coletiva, sem evidências de prejuízo ao trabalhador, razão pela qual a sua proibição viola diretamente e literalmente o art. 7º, XXVI da CF/88, sendo certo que essa análise prescinde da interpretação da legislação infraconstitucional” (fls. 327/328). O Ministério Público apresentou contrarrazões às fls. 338 a 340. É o relatório. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752944. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.877 MATO GROSSO DO SUL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Trata-se, na origem, de ação civil pública movida pelo Ministério Público a fim de obstar a inclusão em acordos coletivos de trabalho que porventura venham a ser firmados entre a ora agravante e seus empregados de cláusula prevendo a possibilidade de fracionamento das férias dos trabalhadores em dois ou mais períodos. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “Conforme o disposto no art. 134, § 1º, da CLT, as férias serão concedidas num só período e somente em situações excepcionais é possível o seu parcelamento, limitado a dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 dias corridos. Como o legislador não especificou tais situações excepcionais, o texto legal sugere que a lei pretende, na verdade, enfatizar a inviabilidade do fracionamento rotineiro ao longo do contrato. Privilegiou, portanto, a legislação a concessão unitária do prazo das férias para a recomposição de energia física e mental do obreiro ao longo do período de gozo. O caráter imperativo das férias, atadas que são ao segmento da saúde e segurança laborais, faz com que não possam ser objeto de renúncia ou transação lesiva e, até mesmo, transação prejudicial coletivamente negociada. É, pois, indisponível referido direito. É bem verdade que a CLT atenuou parte dos efeitos dessa imperatividade (e indisponibilidade conseqüente), ao permitir a conversão pecuniária de 1/3 das férias obreiras (o chamado abono celetista de férias). Contudo, cumpre reiterar a ênfase na impossibilidade da estipulação de norma coletiva com o comando de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752945. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.877 MATO GROSSO DO SUL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Trata-se, na origem, de ação civil pública movida pelo Ministério Público a fim de obstar a inclusão em acordos coletivos de trabalho que porventura venham a ser firmados entre a ora agravante e seus empregados de cláusula prevendo a possibilidade de fracionamento das férias dos trabalhadores em dois ou mais períodos. Colhe-se do voto condutor do acórdão recorrido: “Conforme o disposto no art. 134, § 1º, da CLT, as férias serão concedidas num só período e somente em situações excepcionais é possível o seu parcelamento, limitado a dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 dias corridos. Como o legislador não especificou tais situações excepcionais, o texto legal sugere que a lei pretende, na verdade, enfatizar a inviabilidade do fracionamento rotineiro ao longo do contrato. Privilegiou, portanto, a legislação a concessão unitária do prazo das férias para a recomposição de energia física e mental do obreiro ao longo do período de gozo. O caráter imperativo das férias, atadas que são ao segmento da saúde e segurança laborais, faz com que não possam ser objeto de renúncia ou transação lesiva e, até mesmo, transação prejudicial coletivamente negociada. É, pois, indisponível referido direito. É bem verdade que a CLT atenuou parte dos efeitos dessa imperatividade (e indisponibilidade conseqüente), ao permitir a conversão pecuniária de 1/3 das férias obreiras (o chamado abono celetista de férias). Contudo, cumpre reiterar a ênfase na impossibilidade da estipulação de norma coletiva com o comando de Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752945. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 681.877 AGR / MS fracionamento das férias, porquanto se estaria a mitigar norma cogente disciplinada no referido art. 134, § 1º, da CLT. Naturalmente que o fracionamento vale para as férias coletivas e, excepcionalmente, para as férias individuais. No caso destas, também não se tem como inválido o fracionamento se resultar de comprovado interesse extracontratual do trabalhador. Nada disso é o que trata a norma coletiva glosada, entretanto” (fls. 268/269). Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, é certo que o Tribunal Superior do Trabalho concluiu, com base na Consolidação das Leis do Trabalho, pela impossibilidade de inserção de cláusula em acordo ou convenção coletiva que preveja o fracionamento das férias do obreiro fora das exceções legais, por considerar que tal previsão contraria a intenção da norma consolidada de preservar a saúde e o descanso do trabalhador. Assim, para divergir desse entendimento, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 636/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ASSISTÊNCIA MÉDICA GRATUITA. NATUREZA JURÍDICA. ART. 458 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 733.072/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1º/2/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ACORDO COLETIVO. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 623 DA CLT. NORMA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE CLÁUSULAS DE CONTRATO. IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO NO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752945. Supremo Tribunal Federal ARE 681.877 AGR / MS fracionamento das férias, porquanto se estaria a mitigar norma cogente disciplinada no referido art. 134, § 1º, da CLT. Naturalmente que o fracionamento vale para as férias coletivas e, excepcionalmente, para as férias individuais. No caso destas, também não se tem como inválido o fracionamento se resultar de comprovado interesse extracontratual do trabalhador. Nada disso é o que trata a norma coletiva glosada, entretanto” (fls. 268/269). Desse modo, conforme expresso na decisão agravada, é certo que o Tribunal Superior do Trabalho concluiu, com base na Consolidação das Leis do Trabalho, pela impossibilidade de inserção de cláusula em acordo ou convenção coletiva que preveja o fracionamento das férias do obreiro fora das exceções legais, por considerar que tal previsão contraria a intenção da norma consolidada de preservar a saúde e o descanso do trabalhador. Assim, para divergir desse entendimento, seria necessário interpretar a legislação infraconstitucional, o que é inviável em recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 636/STF. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ASSISTÊNCIA MÉDICA GRATUITA. NATUREZA JURÍDICA. ART. 458 DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA À CONSTITUIÇÃO. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº 733.072/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 1º/2/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ACORDO COLETIVO. VIOLAÇÃO AO ARTIGO 623 DA CLT. NORMA INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE CLÁUSULAS DE CONTRATO. IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO NO 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752945. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 681.877 AGR / MS SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra ofensa reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682 Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 2. A convenção coletiva do trabalho e o cumprimento de suas cláusulas investe a Corte na sindicalidade de questões inviáveis à sua cognição. Precedentes: AI n. 750.752, Rel. a Min. Cármen Lúcia, DJe de 27.5.09, e AI 657.925-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJe de 14.9.07. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 808.502/MA-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 28/6/11). “TRABALHISTA. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA PROCESSUAL TRABALHISTA. OFENSA INDIRETA. ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 5º, II, XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. INTERPRETAÇÃO DA REDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA. INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido decidiu a causa à luz da legislação processual trabalhista. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). III - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária. IV - A Corte tem se orientado no sentido de que a interpretação da validade da redução do intervalo intrajornada por meio de convenção e acordo coletivo envolve a apreciação da legislação infraconstitucional que rege a matéria, cujo reexame não se admite em sede de recurso extraordinário. V - 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752945. Supremo Tribunal Federal ARE 681.877 AGR / MS SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A violação constitucional dependente da análise de malferimento de dispositivo infraconstitucional encerra ofensa reflexa e oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário. Precedentes: RE 596.682 Rel. Min. Carlos Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 2. A convenção coletiva do trabalho e o cumprimento de suas cláusulas investe a Corte na sindicalidade de questões inviáveis à sua cognição. Precedentes: AI n. 750.752, Rel. a Min. Cármen Lúcia, DJe de 27.5.09, e AI 657.925-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJe de 14.9.07. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 808.502/MA-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 28/6/11). “TRABALHISTA. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA PROCESSUAL TRABALHISTA. OFENSA INDIRETA. ALEGADA OFENSA AOS ARTS. 5º, II, XXXV, LIV E LV, DA CONSTITUIÇÃO. INTERPRETAÇÃO DA REDUÇÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA. INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - O acórdão recorrido decidiu a causa à luz da legislação processual trabalhista. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF). III - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária. IV - A Corte tem se orientado no sentido de que a interpretação da validade da redução do intervalo intrajornada por meio de convenção e acordo coletivo envolve a apreciação da legislação infraconstitucional que rege a matéria, cujo reexame não se admite em sede de recurso extraordinário. V - 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752945. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 681.877 AGR / MS Agravo regimental improvido” (AI nº 703.519/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 19/6/09). Nego provimento ao agravo regimental. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752945. Supremo Tribunal Federal ARE 681.877 AGR / MS Agravo regimental improvido” (AI nº 703.519/MG-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 19/6/09). Nego provimento ao agravo regimental. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752945. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.877 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : SOUZA CRUZ S/A ADV.(A/S) : ADEMIR COELHO ARAUJO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) : SINDIVENDAS - SINDICATO DOS EMPREGADOS VENDEDORES VIAJANTES DO COMÉRCIO, PROPAGANDISTAS, PROPAGANDISTAS VENDEDORES E VENDEDORES DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO ESTAD DO MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) : ELIANE RITA POTRICH Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765399 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 681.877 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : SOUZA CRUZ S/A ADV.(A/S) : ADEMIR COELHO ARAUJO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) : SINDIVENDAS - SINDICATO DOS EMPREGADOS VENDEDORES VIAJANTES DO COMÉRCIO, PROPAGANDISTAS, PROPAGANDISTAS VENDEDORES E VENDEDORES DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO ESTAD DO MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) : ELIANE RITA POTRICH Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765399 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2792235
2012-09-04T00:00:00
2012-09-20T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Trabalhista. Acordo ou convenção coletiva. Inserção de cláusula. Férias. Fracionamento. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. O Tribunal Superior do Trabalho concluiu, com base na Consolidação das Leis do Trabalho, pela impossibilidade de inserção de cláusula em acordo ou convenção coletiva que preveja o fracionamento das férias do obreiro fora das exceções legais. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional. Incidência da Súmula nº 636/STF. 3. Agravo regimental não provido.
sjur214975
- Acórdãos citados: AI 733072 AgR, AI 808502 AgR, AI 703519 AgR. Número de páginas: 12. Análise: 02/10/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
681877
[ "LEG-FED DEL-005452 ANO-1943\r\n ART-00134 PAR-00001 \r\n CLT-1943 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 681877 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : SOUZA CRUZ S/A ADV.(A/S) : ADEMIR COELHO ARAUJO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA AGDO.(A/S) : SINDIVENDAS - SINDICATO DOS EMPREGADOS VENDEDORES VIAJANTES DO COMÉRCIO, PROPAGANDISTAS, PROPAGANDISTAS VENDEDORES E VENDEDORES DE PRODUTOS FARMACÊUTICOS DO ESTAD DO MATO GROSSO DO SUL ADV.(A/S) : ELIANE RITA POTRICH
[ "" ]
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[UNK] , LV", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Emenda Regimental [UNK] 21 / 07", "artigo 134 da CLT", "artigo [UNK] , XXVI , da Constituição Federal", "artigo [UNK] , XXXV , XXXVI , LIV , da Constituição Federal", "CF , art . [UNK] , LV", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal de 1988", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal de 1988", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , inciso XXVI , da Constituição Federal", "art . [UNK] , XXVI da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "art", "art . 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[UNK] , XXXV , LIV e LV , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Art . 41 do RISTF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "MATO GROSSO DO SUL", "ESTAD DO MATO GROSSO DO SUL", "Brasília", "Brasília", "MATO GROSSO DO SUL", "REPÚBLICA", "ESTAD DO MATO GROSSO DO SUL", "MATO GROSSO DO SUL", "ESTAD DO MATO GROSSO DO SUL", "MATO GROSSO DO SUL", "MATO GROSSO DO SUL", "MATO GROSSO DO SUL", "ESTAD DO MATO GROSSO DO SUL", "MATO GROSSO DO SUL", "ESTAD DO MATO GROSSO DO SUL" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "SOUZA CRUZ S / A", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO", "SINDIVENDAS", "SINDICATO", "Tribunal Superior do Trabalho", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "/", "MS", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO", "Souza Cruz S . A .", "Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "SOUZA", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO", "Souza Cruz S . A .", "Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Ministério Público Federal", "Tribunal Pleno", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ministério Público Federal", "Tribunal Pleno", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Ministério Público", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Ministério 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Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "SOUZA", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO", "SINDICATO DOS EMPREGADOS", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "SOUZA", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "DIAS TOFFOLI", "ADEMIR COELHO ARAUJO", "ELIANE RITA POTRICH", "Dias Toffoli", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "SOUZA", "ADEMIR COELHO ARAUJO", "ELIANE RITA POTRICH", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "ADEMIR COELHO ARAUJO", "ELIANE RITA POTRICH", "DIAS TOFFOLI", "Paulo da Rocha Campos", "Sepúlveda Pertence", "Paulo da Rocha Campos", "Sepúlveda Pertence", "Sepúlveda Pertence", "Sepúlveda Pertence", "Carlos Velloso", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Carlos Velloso", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "DIAS TOFFOLI", "Carlos Britto", "Marco Aurélio", "Cármen Lúcia", "Sepúlveda Pertence", "Luiz Fux", "Carlos Britto", "Marco Aurélio", "Cármen Lúcia", "Sepúlveda Pertence", "Luiz Fux", "DIAS TOFFOLI", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "DIAS TOFFOLI", "ADEMIR COELHO ARAUJO", "ELIANE RITA POTRICH", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Ricardo Lewandowski", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "ADEMIR COELHO ARAUJO", "ELIANE RITA POTRICH", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "Dias Toffoli", "Dias", "Toffoli", "Marco Aurélio", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Ricardo Lewandowski", "Rosa Weber", "Rodrigo Janot", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "04", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", "/", "09", "/", "2012", "4 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "4 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", "/", "5", "/", "07", "6", "/", "9", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "3", "/", "5", "/", "07", "6", "/", "9", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "31", "/", "8", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "31", "/", "8", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", "/", "9", "/", "05", "13", "/", "4", "/", "07", "24", "/", "4", "/", "08", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", "/", "9", "/", "05", "13", "/", "4", "/", "07", "24", "/", "4", "/", "08", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.497 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :COMPANHIA QUÍMICA METACRIL ADV.(A/S) :FRANCISCO ROBERTO SOUZA CALDERARO E OUTRO(A/S) EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO TRIBUTÁRIO. RESERVA DE PLENÁRIO. CRÉDITO-PRÊMIO DE IPI. Havendo posição consolidada desta Casa, não subsiste a exigência da submissão à reserva de plenário insculpida no art. 97 da Carta Maior. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864186. Supremo Tribunal Federal DJe 09/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.497 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :COMPANHIA QUÍMICA METACRIL ADV.(A/S) :FRANCISCO ROBERTO SOUZA CALDERARO E OUTRO(A/S) RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negado seguimento a seu recurso extraordinário, maneja agravo regimental a União. A agravante sustenta a necessidade de apreciação da alegada violação do art. 97 da Carta Política. Argumenta que o STF já adotou tese no sentido de que o crédito-prêmio de IPI se extinguiu no ano de 1990, mas ainda não se pronunciou se a extinção já teria ocorrido em 1983 – tese da União-, alegando que, nos casos levados a Plenário, não havia essa discussão. Assevera que já há decisões monocráticas reconhecendo a extinção em 1983. Requer o reconhecimento da ofensa ao art. 97 da Constituição da República, a exigir novo julgamento por parte do Tribunal de origem. Acórdão recorrido publicado em 27.6.2001 (fl. 28-v). Substituição da Relatora à fl. 313 (art. 38 do RISTF). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864187. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.497 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) :COMPANHIA QUÍMICA METACRIL ADV.(A/S) :FRANCISCO ROBERTO SOUZA CALDERARO E OUTRO(A/S) RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão proferida pela eminente Ministra Ellen Gracie, pela qual negado seguimento a seu recurso extraordinário, maneja agravo regimental a União. A agravante sustenta a necessidade de apreciação da alegada violação do art. 97 da Carta Política. Argumenta que o STF já adotou tese no sentido de que o crédito-prêmio de IPI se extinguiu no ano de 1990, mas ainda não se pronunciou se a extinção já teria ocorrido em 1983 – tese da União-, alegando que, nos casos levados a Plenário, não havia essa discussão. Assevera que já há decisões monocráticas reconhecendo a extinção em 1983. Requer o reconhecimento da ofensa ao art. 97 da Constituição da República, a exigir novo julgamento por parte do Tribunal de origem. Acórdão recorrido publicado em 27.6.2001 (fl. 28-v). Substituição da Relatora à fl. 313 (art. 38 do RISTF). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864187. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.497 DISTRITO FEDERAL VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o presente agravo regimental (fls. 300-3): “1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão o qual concluiu pela inconstitucionalidade do artigo 1º do Decreto-lei 1.724/79, com fundamento em decisão do Plenário do extinto Tribunal Federal de Recursos (Argüição de Inconstitucionalidade suscitada na Apelação Cível 109.896). Os embargos de declaração opostos foram rejeitados. 2. Nas razões do RE, sustenta-se ofensa ao artigo 97 da Constituição Federal, alegando, em síntese, o seguinte: “É evidente que a decisão envolvendo matéria de inconstitucionalidade deveria ter sido remetida do órgão fracionário para o Pleno ou sua Corte Especial, pois o argumento de que a matéria fora objeto de decisão do extinto Tribunal Federal de Recursos é insubsistente para afastar a referida incidência” (fl. 33). 3. O recurso não merece prosperar. Primeiramente, ressalto que a matéria relativa à constitucionalidade do artigo 1º do Decreto-lei 1.724/79 já foi objeto de apreciação pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE 180.828/RS, rel. Min. Carlos Velloso, DJ 14.03.2003, cujo acórdão está assim ementado: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. INCENTIVOS FISCAIS: CRÉDITO-PRÊMIO: SUSPENSÃO MEDIANTE PORTARIA. DELEGAÇÃO INCONSTITUCIONAL. D.L. 491, de 1969, arts. 1º e 5º; D.L. 1.724, de 1979, art. 1º; D.L. 1.894, de 1981, art. 3º, inc. I. C.F./1967. I. - Inconstitucionalidade, no art. 1º do D.L. 1.724/79, da expressão "ou reduzir, temporária ou definitivamente, ou Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864188. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.497 DISTRITO FEDERAL VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o presente agravo regimental (fls. 300-3): “1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão que inadmitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão o qual concluiu pela inconstitucionalidade do artigo 1º do Decreto-lei 1.724/79, com fundamento em decisão do Plenário do extinto Tribunal Federal de Recursos (Argüição de Inconstitucionalidade suscitada na Apelação Cível 109.896). Os embargos de declaração opostos foram rejeitados. 2. Nas razões do RE, sustenta-se ofensa ao artigo 97 da Constituição Federal, alegando, em síntese, o seguinte: “É evidente que a decisão envolvendo matéria de inconstitucionalidade deveria ter sido remetida do órgão fracionário para o Pleno ou sua Corte Especial, pois o argumento de que a matéria fora objeto de decisão do extinto Tribunal Federal de Recursos é insubsistente para afastar a referida incidência” (fl. 33). 3. O recurso não merece prosperar. Primeiramente, ressalto que a matéria relativa à constitucionalidade do artigo 1º do Decreto-lei 1.724/79 já foi objeto de apreciação pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no julgamento do RE 180.828/RS, rel. Min. Carlos Velloso, DJ 14.03.2003, cujo acórdão está assim ementado: “CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. INCENTIVOS FISCAIS: CRÉDITO-PRÊMIO: SUSPENSÃO MEDIANTE PORTARIA. DELEGAÇÃO INCONSTITUCIONAL. D.L. 491, de 1969, arts. 1º e 5º; D.L. 1.724, de 1979, art. 1º; D.L. 1.894, de 1981, art. 3º, inc. I. C.F./1967. I. - Inconstitucionalidade, no art. 1º do D.L. 1.724/79, da expressão "ou reduzir, temporária ou definitivamente, ou Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864188. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 712.497 AGR / DF extinguir", e, no inciso I do art. 3º do D.L. 1.894/81, inconstitucionalidade das expressões "reduzi-los" e "suspendê-los ou extingui-los". Caso em que se tem delegação proibida: C.F./67, art. 6º. Ademais, matérias reservadas à lei não podem ser revogadas por ato normativo secundário. II. - R.E. conhecido, porém não provido (letra b)”. Friso que, ante o posicionamento desta Corte fixado no mencionado precedente, o Senado Federal editou a Resolução 71, DJ 27.12.2005, a qual, nos termos do artigo 52, X, da Constituição Federal, suspendeu a execução das expressões declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. 4. Ademais, posteriormente, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em 13.8.2009, ao julgar os RE 561.485/RS e RE 577.348/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, com repercussão geral reconhecida, apreciou, novamente, a questão referente à constitucionalidade dos Decretos-leis 1.724/79 e 1.894/81. Para melhor ilustrar, transcrevo os seguintes trechos do voto prolatado pelo Min. Ricardo Lewandowski no RE 577.348/RS: “Para a correta compreensão da matéria sob exame, cumpre, antes de tudo, aquilatar a exata abrangência da declaração de inconstitucionalidade parcial do art. 1º do Decreto-Lei 1.724/1979 e do inc. I do art. 3º do Decreto-Lei 1.894/1981, prolatada pelo STF, a qual encontrou exata correspondência na Resolução 71/2005 do Senado Federal. Com efeito, esta Corte ainda não se manifestou, em definitivo, sobre a constitucionalidade do crédito-prêmio do IPI, nem sobre a sua vigência no tempo, limitando-se a inquinar de inconstitucional a delegação de atribuições ao Ministro da Fazenda para promover a sua redução, suspensão ou extinção. Não há que se cogitar, portanto, a partir dessas decisões do Supremo, de qualquer inconstitucionalidade quanto aos demais dispositivos normativos atinentes ao incentivo fiscal sob exame. Como corretamente constou da Resolução 71/2005 da Câmara Alta, restou suspensa apenas a execução da expressão 'ou reduzir temporária ou definitivamente, ou extinguir', 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864188. Supremo Tribunal Federal AI 712.497 AGR / DF extinguir", e, no inciso I do art. 3º do D.L. 1.894/81, inconstitucionalidade das expressões "reduzi-los" e "suspendê-los ou extingui-los". Caso em que se tem delegação proibida: C.F./67, art. 6º. Ademais, matérias reservadas à lei não podem ser revogadas por ato normativo secundário. II. - R.E. conhecido, porém não provido (letra b)”. Friso que, ante o posicionamento desta Corte fixado no mencionado precedente, o Senado Federal editou a Resolução 71, DJ 27.12.2005, a qual, nos termos do artigo 52, X, da Constituição Federal, suspendeu a execução das expressões declaradas inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. 4. Ademais, posteriormente, o Plenário do Supremo Tribunal Federal, em 13.8.2009, ao julgar os RE 561.485/RS e RE 577.348/RS, rel. Min. Ricardo Lewandowski, com repercussão geral reconhecida, apreciou, novamente, a questão referente à constitucionalidade dos Decretos-leis 1.724/79 e 1.894/81. Para melhor ilustrar, transcrevo os seguintes trechos do voto prolatado pelo Min. Ricardo Lewandowski no RE 577.348/RS: “Para a correta compreensão da matéria sob exame, cumpre, antes de tudo, aquilatar a exata abrangência da declaração de inconstitucionalidade parcial do art. 1º do Decreto-Lei 1.724/1979 e do inc. I do art. 3º do Decreto-Lei 1.894/1981, prolatada pelo STF, a qual encontrou exata correspondência na Resolução 71/2005 do Senado Federal. Com efeito, esta Corte ainda não se manifestou, em definitivo, sobre a constitucionalidade do crédito-prêmio do IPI, nem sobre a sua vigência no tempo, limitando-se a inquinar de inconstitucional a delegação de atribuições ao Ministro da Fazenda para promover a sua redução, suspensão ou extinção. Não há que se cogitar, portanto, a partir dessas decisões do Supremo, de qualquer inconstitucionalidade quanto aos demais dispositivos normativos atinentes ao incentivo fiscal sob exame. Como corretamente constou da Resolução 71/2005 da Câmara Alta, restou suspensa apenas a execução da expressão 'ou reduzir temporária ou definitivamente, ou extinguir', 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864188. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 712.497 AGR / DF constante do art. 1º do Decreto-Lei1.724/1979, e das locuções 'reduzi-los' e 'suspendê-los ou extingui-los', abrigadas no inc. I do art. 3º do Decreto-Lei 1.894/1981, ficando preservada, por conseguinte, a vigência do que remanescia desses diplomas normativos, bem assim do Decreto-Lei 491/1969. Em outras palavras, ao declarar inconstitucionais tais locuções, as decisões do Supremo Tribunal Federal preservaram (i) a competência do Ministro da Fazenda para aumentar o incentivo e (ii) a norma que institui o crédito-prêmio sem prazo definido de vigência. (...) De igual modo, manteve-se em pleno vigor, visto que não contestado no Supremo Tribunal Federal, o inc. II do art. 1º do Decreto-Lei 1.894/1981, in verbis: 'Art. 1º Às empresas que exportarem, contra pagamento em moeda estrangeira conversível, produtos de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno, fica assegurado: (...) II - o crédito de que trata o artigo 1º do Decreto-Lei nº 491, de 5 de março de 1969'. (...) Assim, com fundamento no princípio da conservação dos atos jurídicos, a declaração de inconstitucionalidade parcial dos Decretos-Lei 1.724/1979 e 1.894/1981 não só não expungiu o crédito-prêmio do ordenamento jurídico, como tornou indeterminado o seu termo final de vigência, condicionado, como visto, ao disposto no art. 41, § 1º, do ADCT”. 5. Assim, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal possui orientação consolidada sobre a questão constitucional discutida nos presentes autos, não se faz necessária, nos termos do artigo 97 da Constituição Federal, a remessa da matéria para apreciação do Plenário ou Corte Especial do Tribunal de origem. Nesse sentido, menciono os seguintes julgados: AI 481.584-AgR/MG, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 21.08.2009; RE 278.710-AgR/RS, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 28.05.2010; RE 370.765-AgR/RS, rel. Min. Marco 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864188. Supremo Tribunal Federal AI 712.497 AGR / DF constante do art. 1º do Decreto-Lei1.724/1979, e das locuções 'reduzi-los' e 'suspendê-los ou extingui-los', abrigadas no inc. I do art. 3º do Decreto-Lei 1.894/1981, ficando preservada, por conseguinte, a vigência do que remanescia desses diplomas normativos, bem assim do Decreto-Lei 491/1969. Em outras palavras, ao declarar inconstitucionais tais locuções, as decisões do Supremo Tribunal Federal preservaram (i) a competência do Ministro da Fazenda para aumentar o incentivo e (ii) a norma que institui o crédito-prêmio sem prazo definido de vigência. (...) De igual modo, manteve-se em pleno vigor, visto que não contestado no Supremo Tribunal Federal, o inc. II do art. 1º do Decreto-Lei 1.894/1981, in verbis: 'Art. 1º Às empresas que exportarem, contra pagamento em moeda estrangeira conversível, produtos de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno, fica assegurado: (...) II - o crédito de que trata o artigo 1º do Decreto-Lei nº 491, de 5 de março de 1969'. (...) Assim, com fundamento no princípio da conservação dos atos jurídicos, a declaração de inconstitucionalidade parcial dos Decretos-Lei 1.724/1979 e 1.894/1981 não só não expungiu o crédito-prêmio do ordenamento jurídico, como tornou indeterminado o seu termo final de vigência, condicionado, como visto, ao disposto no art. 41, § 1º, do ADCT”. 5. Assim, tendo em vista que o Supremo Tribunal Federal possui orientação consolidada sobre a questão constitucional discutida nos presentes autos, não se faz necessária, nos termos do artigo 97 da Constituição Federal, a remessa da matéria para apreciação do Plenário ou Corte Especial do Tribunal de origem. Nesse sentido, menciono os seguintes julgados: AI 481.584-AgR/MG, rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 21.08.2009; RE 278.710-AgR/RS, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 28.05.2010; RE 370.765-AgR/RS, rel. Min. Marco 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864188. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 712.497 AGR / DF Aurélio, 1ª Turma, DJe 11.03.2011; e RE 582.926-AgR/CE, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 27.05.2011, cujo acórdão está assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO CONDICIONADA E DEFERIDA A PRAZO CERTO. LIVRE SUPRESSÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 544 DO STF. ALEGADA OFENSA AO ART. 97 DA CF. INEXISTÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – O acórdão recorrido encontra-se em consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido de que a isenção tributária, quando concedida por prazo certo e mediante o atendimento de determinadas condições, gera direito adquirido ao contribuinte beneficiado. Incidência da Súmula 544 do STF. II – A obediência à cláusula de reserva de plenário não se faz necessária quando houver orientação consolidada do STF sobre a questão constitucional discutida. III - Agravo regimental improvido”. 6. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput)”. Nada colhe. De início, sublinho que, diferentemente do que sustenta a agravante, a questão relativa à vigência do crédito-prêmio do IPI resultou profundamente analisada pelo Plenário desta Casa, no julgamento do RE 577.348/RS – precedente indicado na decisão agravada-, tendo sido expressamente registrado, no voto do eminente Ministro Relator, Ricardo Lewandowski, que aludido estímulo fiscal não resultou extinto em 30.10.1983, verbis: “Com fundamento no princípio da conservação dos atos jurídicos, a declaração de inconstitucionalidade parcial dos Decretos-Lei 1.724/1979 e 1.894/1981 não só não expungiu o crédito-prêmio do ordenamento jurídico, como tornou indeterminado o seu termo final de vigência, condicionado, como visto, ao disposto no art. 41, § 1º, do ADCT. Ora, é certo que o Estado de Direito possui como uma de suas balizas a boa-fé objetiva em relação aos governados, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864188. Supremo Tribunal Federal AI 712.497 AGR / DF Aurélio, 1ª Turma, DJe 11.03.2011; e RE 582.926-AgR/CE, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, DJe 27.05.2011, cujo acórdão está assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. ISENÇÃO CONDICIONADA E DEFERIDA A PRAZO CERTO. LIVRE SUPRESSÃO. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 544 DO STF. ALEGADA OFENSA AO ART. 97 DA CF. INEXISTÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I – O acórdão recorrido encontra-se em consonância com a jurisprudência desta Corte, no sentido de que a isenção tributária, quando concedida por prazo certo e mediante o atendimento de determinadas condições, gera direito adquirido ao contribuinte beneficiado. Incidência da Súmula 544 do STF. II – A obediência à cláusula de reserva de plenário não se faz necessária quando houver orientação consolidada do STF sobre a questão constitucional discutida. III - Agravo regimental improvido”. 6. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput)”. Nada colhe. De início, sublinho que, diferentemente do que sustenta a agravante, a questão relativa à vigência do crédito-prêmio do IPI resultou profundamente analisada pelo Plenário desta Casa, no julgamento do RE 577.348/RS – precedente indicado na decisão agravada-, tendo sido expressamente registrado, no voto do eminente Ministro Relator, Ricardo Lewandowski, que aludido estímulo fiscal não resultou extinto em 30.10.1983, verbis: “Com fundamento no princípio da conservação dos atos jurídicos, a declaração de inconstitucionalidade parcial dos Decretos-Lei 1.724/1979 e 1.894/1981 não só não expungiu o crédito-prêmio do ordenamento jurídico, como tornou indeterminado o seu termo final de vigência, condicionado, como visto, ao disposto no art. 41, § 1º, do ADCT. Ora, é certo que o Estado de Direito possui como uma de suas balizas a boa-fé objetiva em relação aos governados, 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864188. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 712.497 AGR / DF significando, nas palavras de Sacha Calmon Navarro Coelho e Lobato Valter, entre outros aspectos: “previsibilidade das ações do Estado; boa-fé no trato dos cidadãos contribuintes de forma segura [previsível, certa, limitada] e justa [porque certa, previsível, limitada]”. Tratando-se da fixação do prazo de vigência do crédito- prêmio do IPI, não vejo como fazer tabula rasa de tais postulados. Com efeito, a sucessiva edição, no tempo, de normas referentes a esse estímulo fiscal, ou seja, de 5 de março de 1969 (Decreto-Lei 481/1969) a 10 de fevereiro de 1988 (Decreto-Lei 2.403/88), gerou para os contribuintes a legítima expectativa de que ele se manteve em vigor pelo menos até a promulgação da Constituição de 1988, especialmente em face do pronunciamento do STF quanto à inconstitucionalidade da delegação de poderes ao Ministro da Fazenda para dispor sobre o assunto. Assim, baseado nos argumentos retro expendidos e lastreado, ainda, nos princípios da boa-fé objetiva e, sobretudo, da segurança jurídica, que devem nortear a relação fisco- contribuinte, entendo que o crédito-prêmio do IPI não foi extinto em 30 de outubro de 1983, mas permaneceu vigente por prazo indeterminado até o advento da nova Carta Magna, que deu outro tratamento ao tema”. Nesse contexto, contando com posição consolidada pelo STF, no aspecto, irrepreensível a decisão agravada, ao se alinhar à jurisprudência desta Casa, no sentido da não aplicação da reserva de plenário, insculpida no art. 97 da Carta Maior. Anoto precedentes de ambas as Turmas: "O art. 481, parágrafo único, introduzido no CPC pela L. 9.756/1998 – que dispensa a submissão ao plenário, ou ao órgão especial, da arguição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do STF sobre a questão – alinhou-se à construção jurisprudencial já então consolidada no Supremo Tribunal, que se fundara explicitamente na função outorgada à Corte de árbitro 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864188. Supremo Tribunal Federal AI 712.497 AGR / DF significando, nas palavras de Sacha Calmon Navarro Coelho e Lobato Valter, entre outros aspectos: “previsibilidade das ações do Estado; boa-fé no trato dos cidadãos contribuintes de forma segura [previsível, certa, limitada] e justa [porque certa, previsível, limitada]”. Tratando-se da fixação do prazo de vigência do crédito- prêmio do IPI, não vejo como fazer tabula rasa de tais postulados. Com efeito, a sucessiva edição, no tempo, de normas referentes a esse estímulo fiscal, ou seja, de 5 de março de 1969 (Decreto-Lei 481/1969) a 10 de fevereiro de 1988 (Decreto-Lei 2.403/88), gerou para os contribuintes a legítima expectativa de que ele se manteve em vigor pelo menos até a promulgação da Constituição de 1988, especialmente em face do pronunciamento do STF quanto à inconstitucionalidade da delegação de poderes ao Ministro da Fazenda para dispor sobre o assunto. Assim, baseado nos argumentos retro expendidos e lastreado, ainda, nos princípios da boa-fé objetiva e, sobretudo, da segurança jurídica, que devem nortear a relação fisco- contribuinte, entendo que o crédito-prêmio do IPI não foi extinto em 30 de outubro de 1983, mas permaneceu vigente por prazo indeterminado até o advento da nova Carta Magna, que deu outro tratamento ao tema”. Nesse contexto, contando com posição consolidada pelo STF, no aspecto, irrepreensível a decisão agravada, ao se alinhar à jurisprudência desta Casa, no sentido da não aplicação da reserva de plenário, insculpida no art. 97 da Carta Maior. Anoto precedentes de ambas as Turmas: "O art. 481, parágrafo único, introduzido no CPC pela L. 9.756/1998 – que dispensa a submissão ao plenário, ou ao órgão especial, da arguição de inconstitucionalidade, quando já houver pronunciamento destes ou do plenário do STF sobre a questão – alinhou-se à construção jurisprudencial já então consolidada no Supremo Tribunal, que se fundara explicitamente na função outorgada à Corte de árbitro 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864188. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 712.497 AGR / DF definitivo da constitucionalidade das leis." (RE 433.101-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 03.02.2006). PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. JURISDIÇÃO. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. RESERVA DE PLENÁRIO. ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO. EXISTÊNCIA DE PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SOBRE A MATÉRIA. INAPLICABILIDADE. TRIBUTÁRIO. MULTA. MASSA FALIDA. ART. 9º DO DECRETO-LEI 1.893/1981. PRECEDENTES. Os órgãos fracionários dos Tribunais podem declarar a inconstitucionalidade de normas se a matéria já tiver sido apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, ainda que incidentalmente. Inaplicável, no caso, o art. 97 da Constituição. Agravo regimental ao qual se nega provimento (AI 413.118-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJE 07.5.2010) Agravo regimental conhecido e não provido. . É como voto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864188. Supremo Tribunal Federal AI 712.497 AGR / DF definitivo da constitucionalidade das leis." (RE 433.101-AgR, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Primeira Turma, DJ de 03.02.2006). PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL. JURISDIÇÃO. CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE. DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE. RESERVA DE PLENÁRIO. ART. 97 DA CONSTITUIÇÃO. EXISTÊNCIA DE PRECEDENTES DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SOBRE A MATÉRIA. INAPLICABILIDADE. TRIBUTÁRIO. MULTA. MASSA FALIDA. ART. 9º DO DECRETO-LEI 1.893/1981. PRECEDENTES. Os órgãos fracionários dos Tribunais podem declarar a inconstitucionalidade de normas se a matéria já tiver sido apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, ainda que incidentalmente. Inaplicável, no caso, o art. 97 da Constituição. Agravo regimental ao qual se nega provimento (AI 413.118-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJE 07.5.2010) Agravo regimental conhecido e não provido. . É como voto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864188. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.497 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : COMPANHIA QUÍMICA METACRIL ADV.(A/S) : FRANCISCO ROBERTO SOUZA CALDERARO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895726 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 712.497 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : COMPANHIA QUÍMICA METACRIL ADV.(A/S) : FRANCISCO ROBERTO SOUZA CALDERARO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895726 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2905099
2012-09-25T00:00:00
2012-10-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO TRIBUTÁRIO. RESERVA DE PLENÁRIO. CRÉDITO-PRÊMIO DE IPI. Havendo posição consolidada desta Casa, não subsiste a exigência da submissão à reserva de plenário insculpida no art. 97 da Carta Maior. Precedentes. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur216320
- Acórdãos citados: RE 577348 Tribunal Pleno, RE 433101 AgR, AI 413118 AgR. Número de páginas: 9. Análise: 17/10/2012, MJC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
712497
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00097 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL" ]
AI-AgR
acordaos
AI 712497 AgR
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AGTE.(S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL AGDO.(A/S) : COMPANHIA QUÍMICA METACRIL ADV.(A/S) : FRANCISCO ROBERTO SOUZA CALDERARO E OUTRO(A/S)
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 712 . 497", "INSTRUMENTO 712 . 497", "Apelação Cível 109 . 896", "RE 180 . 828 / RS", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 712 . 497", "Apelação Cível 109 . 896", "RE 180 . 828 / RS", "AI 712 . 497 AGR", "RE 561 . 485 / RS", "RE 577 . 348 / RS", "RE 577 .", "AI 712 . 497 AGR", "RE 561 . 485 / RS", "RE 577 . 348 / RS", "RE 577 . 348 / RS", "AI 481 . 584 - AgR / MG", "RE 278 . 710 - AgR / RS", "RE 370 . 765 - AgR / RS", "AI 712 . 497 AGR /", "AI 481 . 584 - AgR / MG", "RE 278 . 710", "-", "AgR", "/", "RS", "RE 370 . 765 - AgR / RS", "AI 712 . 497", "RE 582 . 926 - AgR / CE", "SÚMULA 544 DO STF", "Súmula 544 do STF", "RE 577 . 348 / RS", "AI 712 . 497 AGR / DF", "RE 582 . 926 - AgR / CE", "SÚMULA 544 DO STF", "Súmula 544 do STF", "RE 577 . 348 / RS", "AI 712 . 497 AGR", "AI 712 . 497 AGR / DF", "AI 712 . 497", "RE 433 . 101 - AgR", "AI 413 . 118 - AgR", "AI 712 . 497", "RE 433 . 101 - AgR", "AI 413 . 118 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 712 ." ], "LEGISLACAO": [ "art . 97 da Carta Maior", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 97 da Carta Política", "art . 97 da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 97 da Carta Política", "art . 97 da Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo [UNK] do Decreto - lei 1 . 724 / 79", "artigo 97 da Constituição Federal", "artigo [UNK] do Decreto - lei 1 . 724 / 79", "art . 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"PRIMEIRA TURMA", "Plenário", "Tribunal Federal de Recursos", "Pleno", "Tribunal Federal de Recursos", "Plenário do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "Plenário", "Tribunal Federal de Recursos", "Pleno", "Tribunal Federal de Recursos", "Plenário do Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Senado Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Plenário do Supremo Tribunal Federal", "STF", "Supremo", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Senado Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Plenário do Supremo Tribunal Federal", "STF", "Supremo", "Câmara Alta", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo 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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.219 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :WARLEY ALVES GUIMARAES IMPTE.(S) :THIAGO LEAL PEDRA COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC 194984 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DO RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Carta da República, contra decisão proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. FLAGRANTE – TRÁFICO DE ENTORPECENTES – INSUBSISTÊNCIA – PRISÃO PREVENTIVA OU MEDIDA CAUTELAR – APRECIAÇÃO PELO JUÍZO. Uma vez afastada do cenário jurídico a vedação à liberdade – inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei nº 11.343/06, assentada no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP –, cumpre a concessão da ordem para que o Juízo observe o disposto no artigo 310 do Código de Processo Penal, considerada a redação imprimida pela Lei nº 12.403/11. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL – PRONUNCIAMENTO EM HABEAS CORPUS. A cláusula da alínea “a” do inciso II do artigo 102 da Constituição Federal, a contemplar o recurso ordinário contra pronunciamento denegatório de ordem, há de ser tomada com concretude maior, apanhando as situações concretas em que processo atinente a impetração foi extinto sem julgamento do mérito. Precedentes do Supremo quanto ao mandado de segurança: Questão de Ordem no Recurso Ordinário em Mandado de Segurança nº 24.237, relator ministro Celso de Mello, Segunda Turma, Diário da Justiça de 3 de maio de 2002, e Recurso Ordinário em Mandado de Segurança nº 24.802, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751223. Supremo Tribunal Federal DJe 18/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14 Ementa e Acórdão HC 107.219 / MG de minha relatoria, Primeira Turma, Diário da Justiça de 19 de novembro de 2004. PROCESSO – CONSTRANGIMENTO ILEGAL – LIBERDADE DE IR E VIR. Se for constatada a prática de ato ilegal a alcançar, direta ou indiretamente, a liberdade de ir e vir do cidadão, incumbe implementar a ordem de ofício. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas conceder de ofício, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751223. Supremo Tribunal Federal HC 107.219 / MG de minha relatoria, Primeira Turma, Diário da Justiça de 19 de novembro de 2004. PROCESSO – CONSTRANGIMENTO ILEGAL – LIBERDADE DE IR E VIR. Se for constatada a prática de ato ilegal a alcançar, direta ou indiretamente, a liberdade de ir e vir do cidadão, incumbe implementar a ordem de ofício. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas conceder de ofício, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751223. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.219 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :WARLEY ALVES GUIMARAES IMPTE.(S) :THIAGO LEAL PEDRA COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC 194984 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as seguintes informações: Tem este teor a decisão mediante a qual Vossa Excelência, em 19 de fevereiro de 2011, indeferiu o pedido liminar formulado pelo impetrante: HABEAS CORPUS – ADEQUAÇÃO. PRISÃO EM FLAGRANTE – TRÁFICO DE ENTORPECENTES – TEOR DO AUTO LAVRADO – COMPLEXIDADE A DIRECIONAR AO TRÁFICO E NÃO AO USO DA DROGA – ARTIGO 44 DA LEI Nº 11.343/2006 – SUBSISTÊNCIA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: O paciente foi preso em flagrante delito no dia 27 de dezembro de 2010, em virtude de suposta prática do crime de tráfico de drogas (Lei nº 11.343/2006, artigo 33). Apresentado pedido de liberdade provisória, o Juízo de Direito da Comarca de São Leopoldo, Estado de Minas Gerais, indeferiu Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751224. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.219 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :WARLEY ALVES GUIMARAES IMPTE.(S) :THIAGO LEAL PEDRA COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC 194984 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as seguintes informações: Tem este teor a decisão mediante a qual Vossa Excelência, em 19 de fevereiro de 2011, indeferiu o pedido liminar formulado pelo impetrante: HABEAS CORPUS – ADEQUAÇÃO. PRISÃO EM FLAGRANTE – TRÁFICO DE ENTORPECENTES – TEOR DO AUTO LAVRADO – COMPLEXIDADE A DIRECIONAR AO TRÁFICO E NÃO AO USO DA DROGA – ARTIGO 44 DA LEI Nº 11.343/2006 – SUBSISTÊNCIA. 1. A Assessoria prestou as seguintes informações: O paciente foi preso em flagrante delito no dia 27 de dezembro de 2010, em virtude de suposta prática do crime de tráfico de drogas (Lei nº 11.343/2006, artigo 33). Apresentado pedido de liberdade provisória, o Juízo de Direito da Comarca de São Leopoldo, Estado de Minas Gerais, indeferiu Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14 Relatório HC 107.219 / MG a pretensão por mostrar-se constitucional a submissão de acusados à prisão antes do trânsito em julgado de sentença condenatória. Contra o referido ato foi impetrado habeas corpus perante o Tribunal estadual. O pleito de concessão de medida acauteladora não veio a ser acolhido. Consoante ficou assentado, nos termos do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, é vedado o deferimento da liberdade provisória nos casos nos quais se imputa a prática do crime de tráfico de entorpecentes. A defesa formalizou idêntica medida no Superior Tribunal de Justiça. O Ministro Adilson Vieira Macabu, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, convocado, indeferiu liminarmente o pedido de habeas corpus, tendo em consideração o óbice previsto no Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Neste processo, o impetrante busca infirmar a referida decisão. Discorre sobre os fatos imputados ao paciente e sustenta a ilegalidade da prisão bem assim do ato judicial mediante o qual o Tribunal de Justiça indeferiu o pedido de liminar e do pronunciamento ora atacado. Entende não existir a certeza de cuidar-se de tráfico de drogas, considerada a pouca quantidade de substância apreendida – papelote contendo 1,0 grama de maconha -, não sendo admissível supor a traficância tão só em razão do local em que essa fora encontrada – no balcão do estabelecimento comercial do paciente – e a quantia de R$ 477,60 (quatrocentos e setenta e sete reais e sessenta centavos) recolhida do caixa do pequeno bar/mercado. Segundo afirma, somente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751224. Supremo Tribunal Federal HC 107.219 / MG a pretensão por mostrar-se constitucional a submissão de acusados à prisão antes do trânsito em julgado de sentença condenatória. Contra o referido ato foi impetrado habeas corpus perante o Tribunal estadual. O pleito de concessão de medida acauteladora não veio a ser acolhido. Consoante ficou assentado, nos termos do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, é vedado o deferimento da liberdade provisória nos casos nos quais se imputa a prática do crime de tráfico de entorpecentes. A defesa formalizou idêntica medida no Superior Tribunal de Justiça. O Ministro Adilson Vieira Macabu, Desembargador do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, convocado, indeferiu liminarmente o pedido de habeas corpus, tendo em consideração o óbice previsto no Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Neste processo, o impetrante busca infirmar a referida decisão. Discorre sobre os fatos imputados ao paciente e sustenta a ilegalidade da prisão bem assim do ato judicial mediante o qual o Tribunal de Justiça indeferiu o pedido de liminar e do pronunciamento ora atacado. Entende não existir a certeza de cuidar-se de tráfico de drogas, considerada a pouca quantidade de substância apreendida – papelote contendo 1,0 grama de maconha -, não sendo admissível supor a traficância tão só em razão do local em que essa fora encontrada – no balcão do estabelecimento comercial do paciente – e a quantia de R$ 477,60 (quatrocentos e setenta e sete reais e sessenta centavos) recolhida do caixa do pequeno bar/mercado. Segundo afirma, somente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14 Relatório HC 107.219 / MG após a instrução será possível chegar à verdade real dos fatos. Acrescenta não estarem presentes os requisitos indispensáveis à manutenção da prisão cautelar, pois não teriam sido sequer aventados. Por outro lado, assevera, o artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, que veda a concessão de liberdade provisória àqueles acusados da prática de tráfico de entorpecentes, seria de duvidosa constitucionalidade, consoante voto proferido pelo Ministro Celso de Mello no julgamento do Habeas Corpus nº 100.742/SC, sessão de 3 de novembro de 2009. Esclarece que o paciente tem residência fixa, exerce atividade lícita, não representa risco para a ordem pública, não havendo, por isso, necessidade de ser submetido à prisão cautelar. Pede a concessão de medida liminar, no sentido de determinar a expedição de alvará de soltura em favor do paciente, assegurando-lhe o direito de responder à ação penal em liberdade. No mérito, pleiteia a confirmação da providência, cassando-se, em definitivo, a ordem de prisão cautelar. Consulta ao sítio do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais revelou que o Procedimento nº 032.6954-48.2010.8.13.0672, relacionado ao auto de prisão em flagrante, ainda está em processamento, dele não constando o oferecimento e o recebimento de denúncia. 2. Observem a organicidade do Direito instrumental. Para o habeas corpus mostrar-se adequado, suficiente é que se aponte, na inicial, a prática de ato à margem da ordem 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751224. Supremo Tribunal Federal HC 107.219 / MG após a instrução será possível chegar à verdade real dos fatos. Acrescenta não estarem presentes os requisitos indispensáveis à manutenção da prisão cautelar, pois não teriam sido sequer aventados. Por outro lado, assevera, o artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, que veda a concessão de liberdade provisória àqueles acusados da prática de tráfico de entorpecentes, seria de duvidosa constitucionalidade, consoante voto proferido pelo Ministro Celso de Mello no julgamento do Habeas Corpus nº 100.742/SC, sessão de 3 de novembro de 2009. Esclarece que o paciente tem residência fixa, exerce atividade lícita, não representa risco para a ordem pública, não havendo, por isso, necessidade de ser submetido à prisão cautelar. Pede a concessão de medida liminar, no sentido de determinar a expedição de alvará de soltura em favor do paciente, assegurando-lhe o direito de responder à ação penal em liberdade. No mérito, pleiteia a confirmação da providência, cassando-se, em definitivo, a ordem de prisão cautelar. Consulta ao sítio do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais revelou que o Procedimento nº 032.6954-48.2010.8.13.0672, relacionado ao auto de prisão em flagrante, ainda está em processamento, dele não constando o oferecimento e o recebimento de denúncia. 2. Observem a organicidade do Direito instrumental. Para o habeas corpus mostrar-se adequado, suficiente é que se aponte, na inicial, a prática de ato à margem da ordem 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14 Relatório HC 107.219 / MG jurídica a alcançar, direta ou indiretamente, a liberdade de ir e vir do cidadão. Essa ação nobre é cabível independentemente da natureza do órgão apontado como coator – individual ou colegiado. Mais do que isso, o Verbete nº 691 da Súmula do Supremo, a ser tomado em consonância com a Constituição Federal e não a se sobrepor a essa última, versa tão somente a competência do Supremo. A atuação do Superior Tribunal de Justiça faz-se sem qualquer ligação com o citado verbete. No mais, o auto de prisão em flagrante revela fatos que se distanciam da possibilidade de enquadrar a conduta imputada ao paciente como detenção de tóxico para o uso. Eis como está redigido: ... estava de patrulhamento pelo Bairro Belo Vale, onde efetuou a abordagem de João Paulo Pereira Pinto, na presença da testemunha José Maria Teixeira, encontrando com o mesmo uma peteca de “cocaína”; que João afirmou ter comprado a peteca no bar do warley, pela importância de R$ 10,00 (dez reais); que se deslocou, juntamente com outras guarnições, até o referido bar onde, com a permissão do proprietário, warley Alves Guimarães, franqueou a entrada dos Policiais e acompanhou toda a busca; que encontraram 01 (uma) bucha de “maconha”, 1 (uma) peteca de “cocaína”, 01 (um) saquinho com substância semelhante Bicarbonato de Sódio, possivelmente para ser misturado em “cocaína”, alguns saquinhos plásticos, todos cortados de mesmo tamanho, próprios para embalar drogas ... Então, não procede o que asseverado quanto à substância apreendida – papelote contendo um grama de 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751224. Supremo Tribunal Federal HC 107.219 / MG jurídica a alcançar, direta ou indiretamente, a liberdade de ir e vir do cidadão. Essa ação nobre é cabível independentemente da natureza do órgão apontado como coator – individual ou colegiado. Mais do que isso, o Verbete nº 691 da Súmula do Supremo, a ser tomado em consonância com a Constituição Federal e não a se sobrepor a essa última, versa tão somente a competência do Supremo. A atuação do Superior Tribunal de Justiça faz-se sem qualquer ligação com o citado verbete. No mais, o auto de prisão em flagrante revela fatos que se distanciam da possibilidade de enquadrar a conduta imputada ao paciente como detenção de tóxico para o uso. Eis como está redigido: ... estava de patrulhamento pelo Bairro Belo Vale, onde efetuou a abordagem de João Paulo Pereira Pinto, na presença da testemunha José Maria Teixeira, encontrando com o mesmo uma peteca de “cocaína”; que João afirmou ter comprado a peteca no bar do warley, pela importância de R$ 10,00 (dez reais); que se deslocou, juntamente com outras guarnições, até o referido bar onde, com a permissão do proprietário, warley Alves Guimarães, franqueou a entrada dos Policiais e acompanhou toda a busca; que encontraram 01 (uma) bucha de “maconha”, 1 (uma) peteca de “cocaína”, 01 (um) saquinho com substância semelhante Bicarbonato de Sódio, possivelmente para ser misturado em “cocaína”, alguns saquinhos plásticos, todos cortados de mesmo tamanho, próprios para embalar drogas ... Então, não procede o que asseverado quanto à substância apreendida – papelote contendo um grama de 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14 Relatório HC 107.219 / MG maconha. Sob o ângulo do título da prisão, é este o auto decorrente do flagrante delito. O fato de haver-se indeferido o pedido de liberdade do paciente não implica a substituição, não implica a exigência de, olvidando-se o primeiro fenômeno, guardar o pronunciamento judicial sintonia com o artigo 312 do Código de Processo Penal. No tocante ao que articulado sobre a ausência de harmonia do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, a vedar a liberdade provisória, com a Constituição Federal, atentem para a circunstância de os incisos LXI, LXV e LXVI do artigo 5º da Carta preverem, respectivamente, a prisão em flagrante, o relaxamento apenas da prisão ilegal e a competência do legislador para disciplinar a manutenção, ou não, da custódia – “ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”. Então, vê-se a irrelevância da articulação. Ao vedar a liberdade provisória nos casos de prisão em flagrante por tráfico, o artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 encerra política normativo-penal definida pelos representantes do povo brasileiro – os Deputados Federais – e pelos representantes dos Estados – os Senadores da República. 3. Indefiro a liminar. 4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República. 5. Publiquem. Brasília – residência –, 19 de fevereiro de 2011, às 13h25. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751224. Supremo Tribunal Federal HC 107.219 / MG maconha. Sob o ângulo do título da prisão, é este o auto decorrente do flagrante delito. O fato de haver-se indeferido o pedido de liberdade do paciente não implica a substituição, não implica a exigência de, olvidando-se o primeiro fenômeno, guardar o pronunciamento judicial sintonia com o artigo 312 do Código de Processo Penal. No tocante ao que articulado sobre a ausência de harmonia do artigo 44 da Lei nº 11.343/2006, a vedar a liberdade provisória, com a Constituição Federal, atentem para a circunstância de os incisos LXI, LXV e LXVI do artigo 5º da Carta preverem, respectivamente, a prisão em flagrante, o relaxamento apenas da prisão ilegal e a competência do legislador para disciplinar a manutenção, ou não, da custódia – “ninguém será levado à prisão ou nela mantido quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança”. Então, vê-se a irrelevância da articulação. Ao vedar a liberdade provisória nos casos de prisão em flagrante por tráfico, o artigo 44 da Lei nº 11.343/2006 encerra política normativo-penal definida pelos representantes do povo brasileiro – os Deputados Federais – e pelos representantes dos Estados – os Senadores da República. 3. Indefiro a liminar. 4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da República. 5. Publiquem. Brasília – residência –, 19 de fevereiro de 2011, às 13h25. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14 Relatório HC 107.219 / MG A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma não haver coação ilegal, uma vez que a manutenção da custódia está embasada na garantia da ordem pública, consoante prevê o artigo 312 do Código de Processo Penal. Discorre sobre a gravidade da conduta, destaca a apreensão de instrumentos específicos para a manipulação de drogas no estabelecimento comercial do paciente e, ainda, aponta a vedação do benefício da liberdade provisória nos casos de tráfico ilícito de entorpecentes, disposta no artigo 44 da Lei nº 11.343/06. Alega que essa proibição legal é suficiente para o indeferimento da liberdade provisória, dispensando-se fundamentação concreta acerca dos requisitos legais da prisão preventiva. Opina pelo indeferimento da ordem. A decisão impugnada transitou em julgado em 25 de fevereiro de 2011. O habeas encontra-se aparelhado para julgamento. Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça revelou haver transitado em julgado, em 25 de fevereiro de 2012, a decisão que implicou o indeferimento liminar da ordem no Habeas Corpus nº 194.984/MG. Lancei visto no processo em 4 de agosto de 2012, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 14 seguinte, isso objetivando a ciência do impetrante. É o relatório. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751224. Supremo Tribunal Federal HC 107.219 / MG A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma não haver coação ilegal, uma vez que a manutenção da custódia está embasada na garantia da ordem pública, consoante prevê o artigo 312 do Código de Processo Penal. Discorre sobre a gravidade da conduta, destaca a apreensão de instrumentos específicos para a manipulação de drogas no estabelecimento comercial do paciente e, ainda, aponta a vedação do benefício da liberdade provisória nos casos de tráfico ilícito de entorpecentes, disposta no artigo 44 da Lei nº 11.343/06. Alega que essa proibição legal é suficiente para o indeferimento da liberdade provisória, dispensando-se fundamentação concreta acerca dos requisitos legais da prisão preventiva. Opina pelo indeferimento da ordem. A decisão impugnada transitou em julgado em 25 de fevereiro de 2011. O habeas encontra-se aparelhado para julgamento. Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça revelou haver transitado em julgado, em 25 de fevereiro de 2012, a decisão que implicou o indeferimento liminar da ordem no Habeas Corpus nº 194.984/MG. Lancei visto no processo em 4 de agosto de 2012, liberando-o para ser julgado na Turma a partir de 14 seguinte, isso objetivando a ciência do impetrante. É o relatório. 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751224. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 14 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.219 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – A espécie assemelha-se àquela alusiva ao mandado de segurança. O Supremo assentou a recorribilidade ordinária de decisão que se mostre contrária aos interesses do impetrante, dando assim, pouco importando a ausência de abordagem do mérito, interpretação ao artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal. Em última análise, proclamou que o recurso ordinário constitucional é adequado ainda que haja sido negado seguimento ao mandado de segurança, descabendo potencializar a referência a “pronunciamento denegatório” da ordem. O mesmo entendimento há de ser adotado quanto ao habeas corpus. Decisão do Superior Tribunal de Justiça que implique a extinção de processo revelador de idêntica medida, sem adentrar-se o mérito, desafia, assim como ocorre no tocante ao mandado de segurança, o recurso ordinário constitucional. Então, tenho como inadequado este habeas no que surge como substitutivo do mencionado recurso. Lanço as razões que venho externando sobre a matéria: A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751225. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.219 MINAS GERAIS V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – A espécie assemelha-se àquela alusiva ao mandado de segurança. O Supremo assentou a recorribilidade ordinária de decisão que se mostre contrária aos interesses do impetrante, dando assim, pouco importando a ausência de abordagem do mérito, interpretação ao artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal. Em última análise, proclamou que o recurso ordinário constitucional é adequado ainda que haja sido negado seguimento ao mandado de segurança, descabendo potencializar a referência a “pronunciamento denegatório” da ordem. O mesmo entendimento há de ser adotado quanto ao habeas corpus. Decisão do Superior Tribunal de Justiça que implique a extinção de processo revelador de idêntica medida, sem adentrar-se o mérito, desafia, assim como ocorre no tocante ao mandado de segurança, o recurso ordinário constitucional. Então, tenho como inadequado este habeas no que surge como substitutivo do mencionado recurso. Lanço as razões que venho externando sobre a matéria: A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de órgão julgador. Em época na qual não havia a sobrecarga de processos hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 14 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 107.219 / MG substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus – este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem- se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751225. Supremo Tribunal Federal HC 107.219 / MG substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso, atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus – este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181 habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475 recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial. O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios, expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do alcance da Carta da República há de fazer-se de forma integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem- se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de outras situações em que requerida, a jurisdição. Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a conceder, se for o caso, a ordem de ofício. Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 14 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 107.219 / MG edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira – na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando- se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo Superior Tribunal de Justiça. No caso, está configurada ilegalidade a ensejar a concessão da ordem de ofício. O Supremo proclamou, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP, a inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei nº 11.343/06, que vedava a liberdade provisória. Esse enfoque implicou consequência jurídica: a impossibilidade de, no crime de tráfico de entorpecentes, ter-se o flagrante como título a respaldar a prisão provisória. Vencido no julgamento verificado no Colegiado Maior, não posso, ainda que continue convencido da higidez do preceito declarado inconstitucional, sobrepor, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751225. Supremo Tribunal Federal HC 107.219 / MG edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior, no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira – na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os preceitos constitucionais que o versam. É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se pode, a qualquer momento e considerado o estágio do processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida, mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando- se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária, sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a sessão da Turma em que não se examina impetração voltada contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo Superior Tribunal de Justiça. No caso, está configurada ilegalidade a ensejar a concessão da ordem de ofício. O Supremo proclamou, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP, a inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei nº 11.343/06, que vedava a liberdade provisória. Esse enfoque implicou consequência jurídica: a impossibilidade de, no crime de tráfico de entorpecentes, ter-se o flagrante como título a respaldar a prisão provisória. Vencido no julgamento verificado no Colegiado Maior, não posso, ainda que continue convencido da higidez do preceito declarado inconstitucional, sobrepor, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO HC 107.219 / MG na Turma, no órgão fracionado, a óptica pessoal à da maioria. Então, uma vez afastada a vedação legal à liberdade provisória, cumpre ao Juízo apreciar a necessidade, ou não, da preventiva, a substituir o flagrante, potencializado quando do desacolhimento do pedido de relaxamento da prisão. Defiro a ordem de ofício para que ocorra o exame da espécie a partir do disposto no artigo 310 do Código de Processo Penal considerada a redação imprimida pela Lei nº 12.403/2011. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751225. Supremo Tribunal Federal HC 107.219 / MG na Turma, no órgão fracionado, a óptica pessoal à da maioria. Então, uma vez afastada a vedação legal à liberdade provisória, cumpre ao Juízo apreciar a necessidade, ou não, da preventiva, a substituir o flagrante, potencializado quando do desacolhimento do pedido de relaxamento da prisão. Defiro a ordem de ofício para que ocorra o exame da espécie a partir do disposto no artigo 310 do Código de Processo Penal considerada a redação imprimida pela Lei nº 12.403/2011. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2751225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 14 Notas para o Voto 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.219 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :WARLEY ALVES GUIMARAES IMPTE.(S) :THIAGO LEAL PEDRA COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC 194984 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA NOTAS PARA O VOTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, quanto à inadequação do habeas corpus, acompanho o voto do eminente Ministro Marco Aurélio e, também, concedo a ordem, de ofício. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2741432. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 107.219 MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) :WARLEY ALVES GUIMARAES IMPTE.(S) :THIAGO LEAL PEDRA COATOR(A/S)(ES) :RELATOR DO HC 194984 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA NOTAS PARA O VOTO A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente, quanto à inadequação do habeas corpus, acompanho o voto do eminente Ministro Marco Aurélio e, também, concedo a ordem, de ofício. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2741432. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 14 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 107.219 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : WARLEY ALVES GUIMARAES IMPTE.(S) : THIAGO LEAL PEDRA COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 194984 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765327 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 107.219 PROCED. : MINAS GERAIS RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO PACTE.(S) : WARLEY ALVES GUIMARAES IMPTE.(S) : THIAGO LEAL PEDRA COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 194984 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765327 Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2774206
2012-09-04T00:00:00
2012-09-18T00:00:00
A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
HABEAS CORPUS
HABEAS CORPUS SUBSTITUTIVO DO RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Carta da República, contra decisão proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. FLAGRANTE – TRÁFICO DE ENTORPECENTES – INSUBSISTÊNCIA – PRISÃO PREVENTIVA OU MEDIDA CAUTELAR – APRECIAÇÃO PELO JUÍZO. Uma vez afastada do cenário jurídico a vedação à liberdade – inconstitucionalidade do artigo 44 da Lei nº 11.343/06, assentada no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339/SP –, cumpre a concessão da ordem para que o Juízo observe o disposto no artigo 310 do Código de Processo Penal, considerada a redação imprimida pela Lei nº 12.403/11. RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL – PRONUNCIAMENTO EM HABEAS CORPUS. A cláusula da alínea “a” do inciso II do artigo 102 da Constituição Federal, a contemplar o recurso ordinário contra pronunciamento denegatório de ordem, há de ser tomada com concretude maior, apanhando as situações concretas em que processo atinente a impetração foi extinto sem julgamento do mérito. Precedentes do Supremo quanto ao mandado de segurança: Questão de Ordem no Recurso Ordinário em Mandado de Segurança nº 24.237, relator ministro Celso de Mello, Segunda Turma, Diário da Justiça de 3 de maio de 2002, e Recurso Ordinário em Mandado de Segurança nº 24.802, de minha relatoria, Primeira Turma, Diário da Justiça de 19 de novembro de 2004. PROCESSO – CONSTRANGIMENTO ILEGAL – LIBERDADE DE IR E VIR. Se for constatada a prática de ato ilegal a alcançar, direta ou indiretamente, a liberdade de ir e vir do cidadão, incumbe implementar a ordem de ofício.
sjur214644
- Acórdãos citados: RMS 24237 QO, RMS 24802, HC 104339. Número de páginas: 14. Análise: 28/09/2012, SEV. Revisão: 09/10/2012, IMC.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
107219
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00310 REDAÇÃO DADA PELA LEI-12403/2011 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00044 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS\r\n", "LEG-FED LEI-012403 ANO-2011\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
HC
acordaos
HC 107219
[ "" ]
PACTE.(S) : WARLEY ALVES GUIMARAES IMPTE.(S) : THIAGO LEAL PEDRA COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC 194984 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "HABEAS CORPUS 107 . 219", "HC 194984", "Habeas Corpus [UNK] 104 . 339 / SP", "Recurso Ordinário em Mandado de Segurança [UNK] 24 . 237", "Recurso Ordinário em Mandado de Segurança [UNK] 24 . 802", "HC 107 . 219 / MG", "HC 107 . 219 / MG", "HABEAS CORPUS 107 . 219", "HC 194984", "HABEAS CORPUS 107 . 219", "HC 194984", "HC 107 . 219 / MG", "Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo", "HC 107 . 219 / MG", "Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo", "HC 107 . 219 / MG", "Habeas Corpus [UNK] 100 . 742 / SC", "Procedimento [UNK] 032 . 6954 - 48 . 2010 . 8 . 13 . 0672", "HC 107 . 219 / MG", "Habeas Corpus [UNK] 100 . 742 / SC", "Procedimento [UNK] 032 . 6954 - 48 . 2010 . 8 . 13 . 0672", "HC 107 . 219 / MG", "Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo", "HC 107 . 219 / MG", "Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo", "HC 107 . 219 / MG", "HC 107 . 219 / MG", "HC 107 . 219 / MG", "Habeas Corpus [UNK] 194 . 984 / MG", "HC 107 . 219 / MG", "Habeas Corpus [UNK] 194 . 984 / MG", 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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.987 PARANÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ EMBDO.(A/S) :SUPERMERCADOS CIDADE CANÇÃO LTDA ADV.(A/S) :MÁRCIO RODRIGO FRIZZO EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO FISCAL. CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS DO DEVEDOR. INSURGÊNCIA VEICULADA CONTRA A APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL (ARTS. 328 DO RISTF E 543- B DO CPC). PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO PROFERIDO NA ORIGEM POSTERIOR A 03.5.2007. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que incabíveis embargos de declaração opostos em face de decisão monocrática. Recebimento como agravo regimental com fundamento no princípio da fungibilidade. O Plenário do Supremo Tribunal Federal já proclamou a inexistência de repercussão geral da questão relativa à concessão de efeito suspensivo aos embargos do devedor em execução fiscal (RE 626.468-RG/RS). Incidência do art. 328 do RISTF e aplicação do art. 543-B do CPC. Acórdão do Tribunal de origem publicado após 03.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental 21/2007, que alterou o RISTF para adequá-lo à sistemática da repercussão geral (Lei 11.418/2006). Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691461. Supremo Tribunal Federal DJe 11/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão AI 841.987 ED / PR Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 04 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691461. Supremo Tribunal Federal AI 841.987 ED / PR Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de declaração em agravo regimental e, por unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 04 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691461. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.987 PARANÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ EMBDO.(A/S) :SUPERMERCADOS CIDADE CANÇÃO LTDA ADV.(A/S) :MÁRCIO RODRIGO FRIZZO RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão pela qual aplicada ao feito a sistemática da repercussão geral (arts. 543-B do CPC e 328 do RISTF), opõe embargos de declaração o Estado do Paraná. O embargante, com amparo no art. 535 do CPC, reputa contraditório o julgado. Assevera que, “in casu, está sendo discutida a possibilidade de atribuição de efeito suspensivo aos embargos à execução fiscal, sob a ótica da lei 6.830/80 e da aplicação subsidiária do Código de Processo Civil, notadamente de seu art. 739-A” (fl. 699). Sustenta que, “ainda que não haja similitude entre o precedente aplicado e o caso concreto, o recurso extraordinário interposto não merece sequer conhecimento seja pela ausência de prequestionamento, seja pela existência de violação apenas reflexa ao texto constitucional” (fl. 699). Acórdão do Tribunal de origem publicado em 31.8.2009 (fl. 488). Autos distribuídos em 19.12.2011 (fl. 690). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691462. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.987 PARANÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) :ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ EMBDO.(A/S) :SUPERMERCADOS CIDADE CANÇÃO LTDA ADV.(A/S) :MÁRCIO RODRIGO FRIZZO RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão pela qual aplicada ao feito a sistemática da repercussão geral (arts. 543-B do CPC e 328 do RISTF), opõe embargos de declaração o Estado do Paraná. O embargante, com amparo no art. 535 do CPC, reputa contraditório o julgado. Assevera que, “in casu, está sendo discutida a possibilidade de atribuição de efeito suspensivo aos embargos à execução fiscal, sob a ótica da lei 6.830/80 e da aplicação subsidiária do Código de Processo Civil, notadamente de seu art. 739-A” (fl. 699). Sustenta que, “ainda que não haja similitude entre o precedente aplicado e o caso concreto, o recurso extraordinário interposto não merece sequer conhecimento seja pela ausência de prequestionamento, seja pela existência de violação apenas reflexa ao texto constitucional” (fl. 699). Acórdão do Tribunal de origem publicado em 31.8.2009 (fl. 488). Autos distribuídos em 19.12.2011 (fl. 690). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691462. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.987 PARANÁ VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Na esteira do entendimento firmado por esta Corte, recebo, como agravo regimental, os embargos de declaração opostos contra decisão monocrática, aplicado o princípio da fungibilidade à espécie. Colho precedentes: “Ementa: RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade. Peças obrigatórias. Falta. Não conhecimento. Agravo regimental não provido. Aplicação da súmula 288. É ônus da parte agravante promover a integral e oportuna formação do instrumento, sendo vedada posterior complementação.” (AI 841.137-ED/RS, rel. Min. Presidente Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 19.9.2011) “Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. (...) Os embargos de declaração opostos objetivando reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011).” (ARE 656.354-ED/BA, rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 05.3.2012) Passo ao exame do mérito do agravo regimental. Transcrevo o teor da decisão monocrática que desafiou o agravo: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691463. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.987 PARANÁ VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Na esteira do entendimento firmado por esta Corte, recebo, como agravo regimental, os embargos de declaração opostos contra decisão monocrática, aplicado o princípio da fungibilidade à espécie. Colho precedentes: “Ementa: RECURSO. Embargos de declaração. Caráter infringente. Embargos recebidos como agravo. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade. Peças obrigatórias. Falta. Não conhecimento. Agravo regimental não provido. Aplicação da súmula 288. É ônus da parte agravante promover a integral e oportuna formação do instrumento, sendo vedada posterior complementação.” (AI 841.137-ED/RS, rel. Min. Presidente Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe 19.9.2011) “Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. (...) Os embargos de declaração opostos objetivando reforma da decisão do relator, com caráter infringente, devem ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade. Precedentes: Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, DJ 7.4.2011; AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ 9.3.2011; RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 5.4.2011).” (ARE 656.354-ED/BA, rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 05.3.2012) Passo ao exame do mérito do agravo regimental. Transcrevo o teor da decisão monocrática que desafiou o agravo: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691463. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 841.987 ED / PR “A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à existência de repercussão geral no AI 843.753, verbis: “RECURSO. Agravo de instrumento convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Reajuste de 28,86% sobre a RAV. Compensação. Reposições salariais posteriores. Leis 8.622/1993 e 8.627/1993. Reajustamento. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a compensação do reajuste de 28,86% sobre a RAV com as reposições salariais posteriores ao reajustamento concedido pelas Leis 8.622/1993 e 8.267/1993, versa sobre tema infraconstitucional”. O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC. Devolvam-se os autos à Corte de origem.”(fl. 693) Constato que a matéria vertida no precedente citado na decisão agravada, ensejador da aplicação da sistemática da repercussão geral, não encontra similitude com o caso em apreço. Entretanto, o tema tratado no recurso extraordinário é idêntico ao submetido ao Plenário Virtual para análise da repercussão geral no RE 626.468-RG/RS, verbis: “EXECUÇÃO FISCAL. CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS DO DEVEDOR. APLICAÇÃO DO ART. 739-A DO CPC. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.” 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691463. Supremo Tribunal Federal AI 841.987 ED / PR “A matéria restou submetida ao Plenário Virtual para análise quanto à existência de repercussão geral no AI 843.753, verbis: “RECURSO. Agravo de instrumento convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste. Reajuste de 28,86% sobre a RAV. Compensação. Reposições salariais posteriores. Leis 8.622/1993 e 8.627/1993. Reajustamento. Tema infraconstitucional. Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por objeto a compensação do reajuste de 28,86% sobre a RAV com as reposições salariais posteriores ao reajustamento concedido pelas Leis 8.622/1993 e 8.267/1993, versa sobre tema infraconstitucional”. O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC. Devolvam-se os autos à Corte de origem.”(fl. 693) Constato que a matéria vertida no precedente citado na decisão agravada, ensejador da aplicação da sistemática da repercussão geral, não encontra similitude com o caso em apreço. Entretanto, o tema tratado no recurso extraordinário é idêntico ao submetido ao Plenário Virtual para análise da repercussão geral no RE 626.468-RG/RS, verbis: “EXECUÇÃO FISCAL. CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS DO DEVEDOR. APLICAÇÃO DO ART. 739-A DO CPC. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.” 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691463. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 841.987 ED / PR Nessa linha, reproduzo a ementa do acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, que desafiou o manejo, pela parte ora agravante, do recurso extraordinário, verbis: “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INOMINADO. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DEU PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. EFEITO SUSPENSIVO. OBEDIÊNCIA AO ART. 739-A DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. ENTENDIMENTO DOMINANTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTA CORTE DE JUSTIÇA. 1. O Relator dará provimento a recurso interposto contra decisão que estiver em confronto com jurisprudência dominante de Tribunais Superiores. 2. Em sede de Agravo Inominado (art. 557, § 1º, do Código de Processo Civil), cabe ao Agravante demonstrar que o caso concreto não admite a decisão isolada, pena de não conhecimento do recurso. 3. A partir da inclusão do art. 739-A no Código de Processo Civil pela Lei n.º 11.382/2006, a concessão de efeito suspensivo aos Embargos à Execução é medida excepcional, a qual se justifica apenas quando preenchidos os requisitos do § 1º do art. 739-A do citado Código, o que não restou evidenciado. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.” (fl. 450) O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC, entendimento assentado nos precedentes proferidos por membros desta egrégia 1ª Turma, dentre os quais o ARE 654.205-AgR/DF, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 19.4.2012, o AI 724.356-AgR/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 08.02.2012, o AI 809.009-AgR/RS, rel. Min. Luiz Fux, DJe 19.8.2011 e o RE 587.144-ED/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 10.6.2010, decisões monocráticas, esta última exarada nestes termos: 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691463. Supremo Tribunal Federal AI 841.987 ED / PR Nessa linha, reproduzo a ementa do acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, que desafiou o manejo, pela parte ora agravante, do recurso extraordinário, verbis: “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INOMINADO. DECISÃO MONOCRÁTICA QUE DEU PROVIMENTO AO AGRAVO DE INSTRUMENTO. EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL. EFEITO SUSPENSIVO. OBEDIÊNCIA AO ART. 739-A DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. AUSÊNCIA DOS REQUISITOS. ENTENDIMENTO DOMINANTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA E DESTA CORTE DE JUSTIÇA. 1. O Relator dará provimento a recurso interposto contra decisão que estiver em confronto com jurisprudência dominante de Tribunais Superiores. 2. Em sede de Agravo Inominado (art. 557, § 1º, do Código de Processo Civil), cabe ao Agravante demonstrar que o caso concreto não admite a decisão isolada, pena de não conhecimento do recurso. 3. A partir da inclusão do art. 739-A no Código de Processo Civil pela Lei n.º 11.382/2006, a concessão de efeito suspensivo aos Embargos à Execução é medida excepcional, a qual se justifica apenas quando preenchidos os requisitos do § 1º do art. 739-A do citado Código, o que não restou evidenciado. RECURSO PARCIALMENTE CONHECIDO E DESPROVIDO.” (fl. 450) O art. 328 do RISTF autoriza a devolução dos recursos extraordinários e dos agravos de instrumento aos Tribunais ou Turmas Recursais de origem para os fins previstos no art. 543-B do CPC, entendimento assentado nos precedentes proferidos por membros desta egrégia 1ª Turma, dentre os quais o ARE 654.205-AgR/DF, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 19.4.2012, o AI 724.356-AgR/RJ, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 08.02.2012, o AI 809.009-AgR/RS, rel. Min. Luiz Fux, DJe 19.8.2011 e o RE 587.144-ED/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, DJe 10.6.2010, decisões monocráticas, esta última exarada nestes termos: 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691463. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 841.987 ED / PR “REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM. (…) Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário 606.358, Relatora a Ministra Ellen Gracie, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário. Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil. Apesar de afirmar que o caso dos autos é diferente do discutido no Recurso Extraordinário 606.358, Relatora a Ministra Ellen Gracie, os temas são idênticos. A pretensa existência de diferença na argumentação jurídica não é suficiente para obstar a devolução dos autos à origem, pois o instituto da repercussão geral tem por objeto consolidar o exame da matéria em um único julgamento considerando todas as premissas relacionadas ao tema. Pelo exposto, recebo os embargos de declaração como agravo regimental e, em juízo de reconsideração, anulo a decisão agravada, mantendo a matéria sub judice, e determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Ficam prejudicados os embargos declaratórios opostos contra o despacho de sobrestamento.” Cito, ainda, o seguinte precedente da 2ª Turma desta Corte, verbis: “QUESTÃO DE ORDEM. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO ANTERIORMENTE A 20.8.2008, DATA EM QUE O PLENÁRIO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691463. Supremo Tribunal Federal AI 841.987 ED / PR “REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. QUESTÃO SUSCETÍVEL DE REPRODUZIR-SE EM MÚLTIPLOS FEITOS. ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. ART. 328, PARÁGRAFO ÚNICO, DO REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. DEVOLUÇÃO DOS AUTOS À ORIGEM. (…) Apreciada a matéria posta em exame, DECIDO. No julgamento eletrônico do Recurso Extraordinário 606.358, Relatora a Ministra Ellen Gracie, o Supremo Tribunal Federal reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada neste recurso extraordinário. Reconhecida a repercussão geral do tema, os autos deverão retornar à origem para aguardar o julgamento do mérito e, após a decisão, observar o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil. Apesar de afirmar que o caso dos autos é diferente do discutido no Recurso Extraordinário 606.358, Relatora a Ministra Ellen Gracie, os temas são idênticos. A pretensa existência de diferença na argumentação jurídica não é suficiente para obstar a devolução dos autos à origem, pois o instituto da repercussão geral tem por objeto consolidar o exame da matéria em um único julgamento considerando todas as premissas relacionadas ao tema. Pelo exposto, recebo os embargos de declaração como agravo regimental e, em juízo de reconsideração, anulo a decisão agravada, mantendo a matéria sub judice, e determino a devolução destes autos ao Tribunal a quo para que seja observado o art. 543-B do Código de Processo Civil, nos termos do art. 328, parágrafo único, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Ficam prejudicados os embargos declaratórios opostos contra o despacho de sobrestamento.” Cito, ainda, o seguinte precedente da 2ª Turma desta Corte, verbis: “QUESTÃO DE ORDEM. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO INTERPOSTO ANTERIORMENTE A 20.8.2008, DATA EM QUE O PLENÁRIO 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691463. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 841.987 ED / PR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL APRECIOU A QUESTÃO DE ORDEM NO RE 540.410/RS. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS, NOS TERMOS DO ART. 328 DO RISTF, AO TRIBUNAL DE ORIGEM, BEM COMO A OBSERVÂNCIA, NO TOCANTE AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DAS DISPOSIÇÕES CONTIDAS NO ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, PREJUDICADO O AGRAVO REGIMENTAL. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI 715.423-QO/RS, por mim relatado, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados antes de 03.5.2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral. No presente caso - discussão quanto ao cabimento de indenização aos servidores públicos em razão de omissão legislativa relativa ao reajuste anual dos vencimentos, conforme preceitua o art. 37, X, da Constituição Federal - esta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 565.089/SP, rel. Min. Marco Aurélio, DJE de 31.01.2008. Existência de manifestação do Plenário desta Corte no sentido de devolver aos Tribunais de origem todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, para os fins previstos no artigo 543-B do CPC. Questão de ordem resolvida da seguinte forma: reconsideração da decisão agravada e devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, bem como observância, no tocante ao apelo extremo, das disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil, prejudicado o agravo regimental interposto. Extensão desta solução aos demais recursos (agravos regimentais e embargos de declaração), interpostos de decisão monocrática, anteriormente a 20.8.2008.” (RE 483.994-AgR-QO/RN, rel. Min. Ellen Gracie, DJe 21.11.2008). 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691463. Supremo Tribunal Federal AI 841.987 ED / PR DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL APRECIOU A QUESTÃO DE ORDEM NO RE 540.410/RS. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA E DEVOLUÇÃO DOS AUTOS, NOS TERMOS DO ART. 328 DO RISTF, AO TRIBUNAL DE ORIGEM, BEM COMO A OBSERVÂNCIA, NO TOCANTE AO RECURSO EXTRAORDINÁRIO, DAS DISPOSIÇÕES CONTIDAS NO ART. 543-B DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, PREJUDICADO O AGRAVO REGIMENTAL. O Plenário do Supremo Tribunal Federal, ao apreciar o AI 715.423-QO/RS, por mim relatado, firmou entendimento, posteriormente confirmado no julgamento do RE 540.410-QO/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, no sentido de que também se aplica o disposto no art. 543-B do Código de Processo Civil aos recursos extraordinários interpostos de acórdãos publicados antes de 03.5.2007 e que veiculem tema em relação ao qual já foi reconhecida a existência de repercussão geral. No presente caso - discussão quanto ao cabimento de indenização aos servidores públicos em razão de omissão legislativa relativa ao reajuste anual dos vencimentos, conforme preceitua o art. 37, X, da Constituição Federal - esta Corte reconheceu a existência de repercussão geral da matéria no RE 565.089/SP, rel. Min. Marco Aurélio, DJE de 31.01.2008. Existência de manifestação do Plenário desta Corte no sentido de devolver aos Tribunais de origem todos os recursos extraordinários que versem a mesma matéria, para os fins previstos no artigo 543-B do CPC. Questão de ordem resolvida da seguinte forma: reconsideração da decisão agravada e devolução dos presentes autos ao Tribunal de origem, bem como observância, no tocante ao apelo extremo, das disposições do art. 543-B do Código de Processo Civil, prejudicado o agravo regimental interposto. Extensão desta solução aos demais recursos (agravos regimentais e embargos de declaração), interpostos de decisão monocrática, anteriormente a 20.8.2008.” (RE 483.994-AgR-QO/RN, rel. Min. Ellen Gracie, DJe 21.11.2008). 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691463. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 841.987 ED / PR Ademais, cristalizou o Supremo Tribunal Federal, acerca da veiculação de insurgência contra despacho de encaminhamento do feito à origem, em atenção à sistemática da repercussão geral, o entendimento de que irrecorrível. Colho precedentes: “Agravo regimental em mandado de segurança. Não cabe mandado de segurança contra ato jurisdicional de Ministro do STF. Irrecorribilidade da decisão que aplica a sistemática da repercussão geral. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento” (MS 28.993-AgR/PE, Tribunal Pleno, rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 15.10.2010). “RECURSO. Agravo Regimental. Despacho que determina devolução dos autos ao tribunal a quo para aplicação da sistemática da repercussão geral. Ato de mero expediente. Incidência do art. 504 do CPC. Agravo não conhecido. É inadmissível agravo regimental contra ato de mero expediente que determina a devolução do feito ao tribunal de origem para aplicação da sistemática da repercussão geral” (AI 778.643- AgR/MG, Tribunal Pleno, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 07.12.2011). Ante o exposto, tendo em vista a aplicabilidade do precedente acima mencionado (RE 626.468-RG/RS), mantenho, por diverso fundamento, a decisão agravada. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691463. Supremo Tribunal Federal AI 841.987 ED / PR Ademais, cristalizou o Supremo Tribunal Federal, acerca da veiculação de insurgência contra despacho de encaminhamento do feito à origem, em atenção à sistemática da repercussão geral, o entendimento de que irrecorrível. Colho precedentes: “Agravo regimental em mandado de segurança. Não cabe mandado de segurança contra ato jurisdicional de Ministro do STF. Irrecorribilidade da decisão que aplica a sistemática da repercussão geral. Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento” (MS 28.993-AgR/PE, Tribunal Pleno, rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 15.10.2010). “RECURSO. Agravo Regimental. Despacho que determina devolução dos autos ao tribunal a quo para aplicação da sistemática da repercussão geral. Ato de mero expediente. Incidência do art. 504 do CPC. Agravo não conhecido. É inadmissível agravo regimental contra ato de mero expediente que determina a devolução do feito ao tribunal de origem para aplicação da sistemática da repercussão geral” (AI 778.643- AgR/MG, Tribunal Pleno, rel. Min. Cezar Peluso, DJe 07.12.2011). Ante o exposto, tendo em vista a aplicabilidade do precedente acima mencionado (RE 626.468-RG/RS), mantenho, por diverso fundamento, a decisão agravada. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691463. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.987 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) : ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ EMBDO.(A/S) : SUPERMERCADOS CIDADE CANÇÃO LTDA ADV.(A/S) : MÁRCIO RODRIGO FRIZZO Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765440 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 841.987 PROCED. : PARANÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER EMBTE.(S) : ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ EMBDO.(A/S) : SUPERMERCADOS CIDADE CANÇÃO LTDA ADV.(A/S) : MÁRCIO RODRIGO FRIZZO Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765440 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2926736
2012-09-04T00:00:00
2012-10-11T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. EXECUÇÃO FISCAL. CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AOS EMBARGOS DO DEVEDOR. INSURGÊNCIA VEICULADA CONTRA A APLICAÇÃO DA SISTEMÁTICA DA REPERCUSSÃO GERAL (ARTS. 328 DO RISTF E 543-B DO CPC). PUBLICAÇÃO DO ACÓRDÃO PROFERIDO NA ORIGEM POSTERIOR A 03.5.2007. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que incabíveis embargos de declaração opostos em face de decisão monocrática. Recebimento como agravo regimental com fundamento no princípio da fungibilidade. O Plenário do Supremo Tribunal Federal já proclamou a inexistência de repercussão geral da questão relativa à concessão de efeito suspensivo aos embargos do devedor em execução fiscal (RE 626.468-RG/RS). Incidência do art. 328 do RISTF e aplicação do art. 543-B do CPC. Acórdão do Tribunal de origem publicado após 03.5.2007, data da publicação da Emenda Regimental 21/2007, que alterou o RISTF para adequá-lo à sistemática da repercussão geral (Lei 11.418/2006). Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, ao qual se nega provimento.
sjur216549
- Acórdãos citados: AI 841137 ED, ARE 656354 ED, RE 626468 RG, ARE 654205 AgR, AI 724356 AgR, AI 809009 AgR, RE 587144 ED, RE 483994 AgR-QO, MS 28993 AgR. Número de páginas: 10. Análise: 19/10/2012, MJC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
841987
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543B \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-011418 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00328 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMR-000021 ANO-2007\r\n EMENDA REGIMENTAL DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-ED
acordaos
AI 841987 ED
[ "" ]
EMBTE.(S) : ESTADO DO PARANÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ EMBDO.(A/S) : SUPERMERCADOS CIDADE CANÇÃO LTDA ADV.(A/S) : MÁRCIO RODRIGO FRIZZO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 841 . 987", "RE 626 . 468 - RG / RS", "AI 841 . 987 ED / PR", "AI 841 . 987 ED / PR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 841 . 987", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 841 . 987", "AI 841 . 137 - ED / RS", "Pet 4 . 837 - ED", "Rcl 11 . 022 - ED", "AI 547 . 827 - ED", "RE 546 . 525 - ED", "ARE 656 . 354 - ED / BA", "AI 841 . 137 - ED / RS", "Pet 4 . 837 - ED", "Rcl 11 . 022 - ED", "AI 547 . 827 - ED", "RE 546 . 525 - ED", "ARE 656 . 354 - ED / BA", "AI 841 . 987 ED / PR", "AI 843 . 753", "RE 626 . 468 - RG / RS", "AI 841 . 987 ED", "AI 843 . 753", "RE 626 . 468 - RG / RS", "AI 841 . 987 ED / PR", "ARE 654 . 205 - AgR / DF", "AI 724 . 356 - AgR / RJ", "AI 809 . 009 - AgR / RS", "RE 587 . 144 - ED / SP", "AI 841 . 987 ED / PR", "ARE 654 . 205 - AgR / DF", "AI 724 . 356 - AgR / RJ", "AI 809 . 009 - AgR / RS", "RE 587 . 144 - ED", "AI 841 . 987", "Recurso Extraordinário 606 . 358", "Recurso Extraordinário 606 . 358", "AI 841 . 987 ED", "Recurso Extraordinário 606 . 358", "Recurso Extraordinário 606 . 358", "AI 841 . 987 ED / PR", "RE 540 . 410 / RS", "RE 540 . 410 - QO / RS", "RE 565 . 089 / SP", "RE 483 . 994 - AgR - QO / RN", "RE 540", "AI 715 . 423 - QO / RS", "RE 540 . 410 - QO / RS", "RE 565 . 089 / SP", "RE 483 . 994 - AgR - QO / RN", "AI 841 . 987 ED / PR", "MS 28 . 993 - AgR / PE", "AI 778 . 643 - AgR / MG", "RE 626 . 468 - RG / RS", "AI 841 . 987 ED / PR", "MS 28 . 993 - AgR / PE", "AI 778 . 643 - AgR / MG", "RE 626 . 468 - RG / RS", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 841 . 987", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 841 ." ], "LEGISLACAO": [ "ARTS . 328 DO RISTF", "543", "-", "B DO CPC", "art", "art . 543 - B do CPC", "Emenda Regimental 21 / 2007", "Lei 11 . 418 / 2006", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . 543 - B do CPC", "328 do RISTF", "art . 535 do CPC", "lei 6 . 830 / 80", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . 543 - B do CPC", "328 do RISTF", "art . 535 do CPC", "lei 6 . 830 / 80", "Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis 8 . 622 / 1993", "8", ".", "627", "/", "1993", "Leis 8 . 622 / 1993", "8", ".", "267", "/", "1993", "art . 328 do RISTF", "art . 543 - B do CPC", "ART . 739 - A DO CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis 8 . 622 / 1993", "8", ".", "627", "/", "1993", "Leis 8 . 622 / 1993", "8", ".", "267", "/", "1993", "art . 328 do RISTF", "art . 543 - B do CPC", "ART . 739 - A DO CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 739 - A DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL", "art . 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Código de Processo Civil", "Lei n . 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CIDADE CANÇÃO LTDA", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "ROSA WEBER", "MÁRCIO RODRIGO FRIZZO", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "Dias Toffoli", "Rosa Weber", "ROSA WEBER", "MÁRCIO RODRIGO FRIZZO", "Rosa Weber", "ROSA WEBER", "MÁRCIO RODRIGO FRIZZO", "Rosa Weber", "ROSA WEBER", "Rosa Weber", "Cezar Peluso", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "DIAS TOFFOLI", "ELLEN GRACIE", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Cezar Peluso", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "DIAS TOFFOLI", "ELLEN GRACIE", "Luiz Fux", "ROSA WEBER", "ROSA WEBER", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Cármen Lúcia", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Luiz Fux", "Cármen Lúcia", "ROSA WEBER", "Ellen Gracie", "Ellen Gracie", "Ellen Gracie", "Ellen Gracie", "ROSA WEBER", "Cezar Peluso", "Marco Aurélio", "Ellen Gracie", "Cezar Peluso", "Marco Aurélio", "Ellen Gracie", "ROSA WEBER", "Gilmar Mendes", "Cezar Peluso", "Gilmar Mendes", "Cezar Peluso", 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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 108.070 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER RECTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA RECTE.(S) :JOSÉ JULIO DE CARVALHO EMENTA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. INTIMAÇÃO DO ACUSADO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA. ART. 420 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL COM AS ALTERAÇÕES DA LEI 11.689/2008. APLICAÇÃO IMEDIATA. COMPATIBILIDADE COM A AMPLA DEFESA. 1. A essência do processo penal consiste em permitir ao acusado o direito de defesa. O julgamento in absentia fere esse direito básico e constitui uma fonte potencial de erros judiciários, uma vez que o acusado é julgado sem que se conheça a sua versão. 2. Julgamento in absentia propriamente dito ocorre somente quando o acusado não é, em nenhum momento processual, encontrado para citação, sendo esta então realizada por edital, fictamente, e não quando o acusado, citado pessoalmente, escolhe tornar-se revel. 3. O artigo 420 do Código de Processo Penal, com a redação determinada pela Lei n.º 11.689/2008, não viola a ampla defesa, pois, ainda que procedida a intimação ficta por não ser o acusado encontrado para ciência pessoal da pronúncia, o ato foi precedido por anterior citação pessoal após o recebimento da denúncia, ainda na fase inicial do processo. 4. A norma processual penal aplica-se de imediato, incidindo sobre os processos futuros e em curso, mesmo que tenham por objeto crimes Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691514. Supremo Tribunal Federal DJe 05/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão RHC 108.070 / DF pretéritos. 5. O art. 420 do Código de Processo Penal, com a redação determinada pela Lei n.º 11.689/2008, como norma processual, aplica-se de imediato, inclusive aos processos em curso, e não viola a ampla defesa. 6. Recurso ordinário em habeas corpus a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto da relatora. Brasília, 4 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691514. Supremo Tribunal Federal RHC 108.070 / DF pretéritos. 5. O art. 420 do Código de Processo Penal, com a redação determinada pela Lei n.º 11.689/2008, como norma processual, aplica-se de imediato, inclusive aos processos em curso, e não viola a ampla defesa. 6. Recurso ordinário em habeas corpus a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto da relatora. Brasília, 4 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691514. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 108.070 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER RECTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA RECTE.(S) :JOSÉ JULIO DE CARVALHO R E L A T Ó R I O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus interposto por José Júlio de Carvalho contra acórdão denegatário do Superior Tribunal de Justiça, proferido no HC 171.818/RJ, de relatoria do Ministro Napoleão Nunes Maia Filho. Conforme consta dos autos, o Recorrente foi denunciado, juntamente com coacusado, pela suposta prática dos crimes de homicídio qualificado e de lesão corporal cometidos contra as vítimas Floriano Marques de Rodrigues e Maria de Jesus Gonçalves Marques Rodrigues, respectivamente. Houve a decretação da prisão preventiva do Recorrente. O denunciado foi citado pessoalmente e interrogado. Posteriormente, foi-lhe concedida a liberdade provisória. Todavia, com o advento da pronúncia, o Recorrente não foi localizado para intimação pessoal da decisão e, em razão da legislação vigente à época, o feito permaneceu sobrestado. Decretada, todavia, a prisão preventiva do Recorrente. Com o advento da Lei nº 11.689, de 09.6.2008, que deu nova redação ao art. 420 do Código de Processo Penal, o processo retomou o seu curso e o Recorrente foi intimado por edital da decisão de pronúncia, sendo esse o objeto deste recurso ordinário. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou provimento ao Recurso em Sentido Estrito interposto pelo Recorrente e, na mesma Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691515. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 108.070 DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER RECTE.(S) :DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RECDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA RECTE.(S) :JOSÉ JULIO DE CARVALHO R E L A T Ó R I O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de recurso ordinário em habeas corpus interposto por José Júlio de Carvalho contra acórdão denegatário do Superior Tribunal de Justiça, proferido no HC 171.818/RJ, de relatoria do Ministro Napoleão Nunes Maia Filho. Conforme consta dos autos, o Recorrente foi denunciado, juntamente com coacusado, pela suposta prática dos crimes de homicídio qualificado e de lesão corporal cometidos contra as vítimas Floriano Marques de Rodrigues e Maria de Jesus Gonçalves Marques Rodrigues, respectivamente. Houve a decretação da prisão preventiva do Recorrente. O denunciado foi citado pessoalmente e interrogado. Posteriormente, foi-lhe concedida a liberdade provisória. Todavia, com o advento da pronúncia, o Recorrente não foi localizado para intimação pessoal da decisão e, em razão da legislação vigente à época, o feito permaneceu sobrestado. Decretada, todavia, a prisão preventiva do Recorrente. Com o advento da Lei nº 11.689, de 09.6.2008, que deu nova redação ao art. 420 do Código de Processo Penal, o processo retomou o seu curso e o Recorrente foi intimado por edital da decisão de pronúncia, sendo esse o objeto deste recurso ordinário. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro negou provimento ao Recurso em Sentido Estrito interposto pelo Recorrente e, na mesma Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691515. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório RHC 108.070 / DF oportunidade, declarou a extinção de sua punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva estatal no que concerne ao delito tipificado no art. 129 do Código Penal. Em seguida, a Defesa impetrou habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem. Daí, o presente recurso ordinário em habeas corpus. Nos presentes autos, a Defesa busca a declaração da nulidade da intimação da pronúncia por edital. Argumenta ser inválido aplicar o regramento da Lei nº 11.689/2008 aos processos por crimes cometidos anteriores ao advento da lei, por se tratar de norma processual com efeitos penais. Não houve pedido de liminar. Parecer do Ministério Público Federal, da lavra do Subprocurador- Geral da República Edson Oliveira de Almeida, pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691515. Supremo Tribunal Federal RHC 108.070 / DF oportunidade, declarou a extinção de sua punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva estatal no que concerne ao delito tipificado no art. 129 do Código Penal. Em seguida, a Defesa impetrou habeas corpus ao Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem. Daí, o presente recurso ordinário em habeas corpus. Nos presentes autos, a Defesa busca a declaração da nulidade da intimação da pronúncia por edital. Argumenta ser inválido aplicar o regramento da Lei nº 11.689/2008 aos processos por crimes cometidos anteriores ao advento da lei, por se tratar de norma processual com efeitos penais. Não houve pedido de liminar. Parecer do Ministério Público Federal, da lavra do Subprocurador- Geral da República Edson Oliveira de Almeida, pela denegação da ordem. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691515. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 108.070 DISTRITO FEDERAL V O T O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): A tese tratada neste recurso ordinário em habeas corpus diz respeito à validade da aplicação imediata das alterações determinadas no art. 420 do Código de Processo Penal pela Lei n.º 11.689, de 09.6.2008, às ações penais em curso. Responde o Recorrente por crime de homicídio qualificado. Foi pronunciado em 23.5.1995. Respondia ao processo em liberdade. Não foi, porém, encontrado para intimação pessoal da decisão de pronúncia. Por conta das disposições então vigentes dos artigos 414, 415 e 416 do Código de Processo Penal, que estabeleciam que o procedimento no Tribunal do Júri não prosseguiria sem a intimação pessoal do acusado e que a intimação, para crimes inafiançáveis, seria “sempre feita pessoalmente”, o feito foi suspenso, sendo decretada a prisão preventiva do acusado que permaneceu e permanece foragido. Na prática, as disposições impediam, nos processos do Tribunal do Júri, o julgamento in absentia, ou seja, na ausência do acusado, quando este não era encontrado para intimação pessoal da pronúncia. O quadro normativo foi alterado pela Lei n.º 11.689/2008, que passou a admitir, tanto para crimes afiançáveis como para inafiançáveis, a intimação por edital quando o acusado solto não fosse encontrado para ciência pessoal. Nesse sentido, o art. 420 do Código de Processo Penal com a nova redação: “Art. 420 A intimação da decisão de pronúncia será feita: I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público; II – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do Ministério Público, na forma do disposto no § 1º do art. 370 deste Código. Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto que não for encontrado”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691516. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 108.070 DISTRITO FEDERAL V O T O A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): A tese tratada neste recurso ordinário em habeas corpus diz respeito à validade da aplicação imediata das alterações determinadas no art. 420 do Código de Processo Penal pela Lei n.º 11.689, de 09.6.2008, às ações penais em curso. Responde o Recorrente por crime de homicídio qualificado. Foi pronunciado em 23.5.1995. Respondia ao processo em liberdade. Não foi, porém, encontrado para intimação pessoal da decisão de pronúncia. Por conta das disposições então vigentes dos artigos 414, 415 e 416 do Código de Processo Penal, que estabeleciam que o procedimento no Tribunal do Júri não prosseguiria sem a intimação pessoal do acusado e que a intimação, para crimes inafiançáveis, seria “sempre feita pessoalmente”, o feito foi suspenso, sendo decretada a prisão preventiva do acusado que permaneceu e permanece foragido. Na prática, as disposições impediam, nos processos do Tribunal do Júri, o julgamento in absentia, ou seja, na ausência do acusado, quando este não era encontrado para intimação pessoal da pronúncia. O quadro normativo foi alterado pela Lei n.º 11.689/2008, que passou a admitir, tanto para crimes afiançáveis como para inafiançáveis, a intimação por edital quando o acusado solto não fosse encontrado para ciência pessoal. Nesse sentido, o art. 420 do Código de Processo Penal com a nova redação: “Art. 420 A intimação da decisão de pronúncia será feita: I – pessoalmente ao acusado, ao defensor nomeado e ao Ministério Público; II – ao defensor constituído, ao querelante e ao assistente do Ministério Público, na forma do disposto no § 1º do art. 370 deste Código. Parágrafo único. Será intimado por edital o acusado solto que não for encontrado”. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691516. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER RHC 108.070 / DF Por força da alteração normativa, a ação penal sobrestada foi retomada, com a intimação editalícia do acusado foragido acerca da sentença de pronúncia, prosseguindo depois em seus termos. Contra a intimação editalícia e a retomada do processo, que pode levar ao julgamento in absentia, insurge-se a impetração. A Lei nº 11.689/2008 nada dispôs a respeito de sua eventual não aplicação aos processos já em curso quando de sua entrada em vigor. Na ausência de norma especial, vale a regra geral do art. 2º do Código de Processo Penal segundo a qual “a lei processual penal aplicar- se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”. Em outras palavras, a norma processual penal aplica-se de imediato, incidindo sobre os processos futuros e em curso, mesmo que tenham por objeto crimes pretéritos. Exceção cabe às normas de Direito Penal que não podem retroagir, salvo em benefício do réu, conforme comando constitucional expresso (art. 5º, XL, da Constituição Federal). No caso, porém, a nova regra é absolutamente processual, nada dispondo a respeito de direito material. O paralelo com a discussão havida quando da alteração do art. 366 do Código de Processo Penal pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996, não é apropriado. A redação anterior do diploma legal admitia o prosseguimento do feito, inclusive com julgamento in absentia, mesmo quando o acusado não tivesse sido citado pessoalmente. Pela nova redação, foi banido, em boa hora, o julgamento na ausência do acusado não encontrado, mas ali também se estabeleceu que a suspensão do processo acarretaria a concomitante suspensão do curso da prescrição. Foi por também dispor sobre direito material que a jurisprudência brasileira firmou-se no sentido de que a norma não poderia ser aplicada retroativamente, afetando processos por crimes pretéritos. Nada equivalente existe na nova redação do art. 420 do Código de Processo Penal, motivo pelo qual não se vislumbra retroação vedada constitucionalmente. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691516. Supremo Tribunal Federal RHC 108.070 / DF Por força da alteração normativa, a ação penal sobrestada foi retomada, com a intimação editalícia do acusado foragido acerca da sentença de pronúncia, prosseguindo depois em seus termos. Contra a intimação editalícia e a retomada do processo, que pode levar ao julgamento in absentia, insurge-se a impetração. A Lei nº 11.689/2008 nada dispôs a respeito de sua eventual não aplicação aos processos já em curso quando de sua entrada em vigor. Na ausência de norma especial, vale a regra geral do art. 2º do Código de Processo Penal segundo a qual “a lei processual penal aplicar- se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”. Em outras palavras, a norma processual penal aplica-se de imediato, incidindo sobre os processos futuros e em curso, mesmo que tenham por objeto crimes pretéritos. Exceção cabe às normas de Direito Penal que não podem retroagir, salvo em benefício do réu, conforme comando constitucional expresso (art. 5º, XL, da Constituição Federal). No caso, porém, a nova regra é absolutamente processual, nada dispondo a respeito de direito material. O paralelo com a discussão havida quando da alteração do art. 366 do Código de Processo Penal pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996, não é apropriado. A redação anterior do diploma legal admitia o prosseguimento do feito, inclusive com julgamento in absentia, mesmo quando o acusado não tivesse sido citado pessoalmente. Pela nova redação, foi banido, em boa hora, o julgamento na ausência do acusado não encontrado, mas ali também se estabeleceu que a suspensão do processo acarretaria a concomitante suspensão do curso da prescrição. Foi por também dispor sobre direito material que a jurisprudência brasileira firmou-se no sentido de que a norma não poderia ser aplicada retroativamente, afetando processos por crimes pretéritos. Nada equivalente existe na nova redação do art. 420 do Código de Processo Penal, motivo pelo qual não se vislumbra retroação vedada constitucionalmente. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691516. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER RHC 108.070 / DF É certo que a norma processual culmina por possibilitar o julgamento pelo Tribunal do Júri na ausência do acusado. Ora, a essência do processo penal consiste em permitir ao acusado o direito de defesa. Tão grande a importância desse direito, que muitos, no passado, o reputaram acima do próprio Direito Positivo, nele vislumbrando raízes religiosas. Ilustrativamente, destaco o conhecido debate entre os canonistas e glosadores medievais que vislumbraram fundamento do direito de defesa no próprio Gênesis, quando Deus oportunizou a Adão o direito de defesa após o pecado original. Se até mesmo Deus, onipotente e onisciente, garantiu defesa a Adão, então o direito estava fundado na lei divina, extraindo-se do episódio a conclusão que nem mesmo o príncipe, o legislador positivo da época, poderia suprimi-lo (sobre o tema PENNINGTON, Kenneth. The Prince and the Law: 1200-1600: Sovereign and rights in the Western Legal Tradition. Berkeley: University of California Press, 1993). O julgamento in absentia fere esse direito básico de defesa e constitui uma fonte potencial de erros judiciários, uma vez que o acusado é julgado sem que se conheça a sua versão. Julgamento in absentia propriamente dito ocorre, no entanto, somente quando o acusado não é, em nenhum momento processual, encontrado para citação, sendo esta então realizada por edital, fictamente. A situação difere daquela na qual o acusado, citado pessoalmente, torna-se, posteriormente, revel, evadindo-se do distrito da culpa e inviabilizando novas intimações. Nesse último caso, foi oportunizado o direito de defesa, tendo o acusado, por sua própria escolha, optado pela rebeldia. O julgamento em sua ausência, na última hipótese, não fere o direito de defesa, devidamente oportunizado. Assim, o artigo 420 do Código de Processo Penal, na redação vigente, não viola a ampla defesa, pois, ainda que procedida à intimação ficta do parágrafo por não ser o acusado encontrado para ciência pessoal da pronúncia, o ato foi precedido por anterior citação pessoal após o recebimento da denúncia, ainda na fase inicial do processo. Caso o 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691516. Supremo Tribunal Federal RHC 108.070 / DF É certo que a norma processual culmina por possibilitar o julgamento pelo Tribunal do Júri na ausência do acusado. Ora, a essência do processo penal consiste em permitir ao acusado o direito de defesa. Tão grande a importância desse direito, que muitos, no passado, o reputaram acima do próprio Direito Positivo, nele vislumbrando raízes religiosas. Ilustrativamente, destaco o conhecido debate entre os canonistas e glosadores medievais que vislumbraram fundamento do direito de defesa no próprio Gênesis, quando Deus oportunizou a Adão o direito de defesa após o pecado original. Se até mesmo Deus, onipotente e onisciente, garantiu defesa a Adão, então o direito estava fundado na lei divina, extraindo-se do episódio a conclusão que nem mesmo o príncipe, o legislador positivo da época, poderia suprimi-lo (sobre o tema PENNINGTON, Kenneth. The Prince and the Law: 1200-1600: Sovereign and rights in the Western Legal Tradition. Berkeley: University of California Press, 1993). O julgamento in absentia fere esse direito básico de defesa e constitui uma fonte potencial de erros judiciários, uma vez que o acusado é julgado sem que se conheça a sua versão. Julgamento in absentia propriamente dito ocorre, no entanto, somente quando o acusado não é, em nenhum momento processual, encontrado para citação, sendo esta então realizada por edital, fictamente. A situação difere daquela na qual o acusado, citado pessoalmente, torna-se, posteriormente, revel, evadindo-se do distrito da culpa e inviabilizando novas intimações. Nesse último caso, foi oportunizado o direito de defesa, tendo o acusado, por sua própria escolha, optado pela rebeldia. O julgamento em sua ausência, na última hipótese, não fere o direito de defesa, devidamente oportunizado. Assim, o artigo 420 do Código de Processo Penal, na redação vigente, não viola a ampla defesa, pois, ainda que procedida à intimação ficta do parágrafo por não ser o acusado encontrado para ciência pessoal da pronúncia, o ato foi precedido por anterior citação pessoal após o recebimento da denúncia, ainda na fase inicial do processo. Caso o 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691516. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. ROSA WEBER RHC 108.070 / DF acusado não tivesse sido encontrado naquela primeira oportunidade, o direito à ampla defesa seria resguardado pela incidência do mencionado art. 366 do Código de Processo Penal. Optando, porém, por, após a citação pessoal, tornar-se foragido e, assim, inviabilizando intimação pessoal da pronúncia, não há falar em vulneração do direito de defesa e nem em julgamento in absentia propriamente dito. No presente feito, houve a devida citação pessoal do acusado para responder à ação penal, sendo-lhe oferecidas todas as garantias inerentes ao devido processo legal, inclusive o direito de audiência, já que interrogado em Juízo. Tendo posteriormente se evadido, inviabilizando novas intimações pessoais, inclusive da pronúncia, não há óbice ao prosseguimento do feito com intimações editalícias. Portanto, o art. 420 do Código de Processo Penal, com a redação determinada pela Lei n.º 11.689/2008, como norma processual, aplica-se de imediato, inclusive aos processos em curso, e não viola a ampla defesa. Ante o exposto, nego provimento ao recurso ordinário em habeas corpus. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691516. Supremo Tribunal Federal RHC 108.070 / DF acusado não tivesse sido encontrado naquela primeira oportunidade, o direito à ampla defesa seria resguardado pela incidência do mencionado art. 366 do Código de Processo Penal. Optando, porém, por, após a citação pessoal, tornar-se foragido e, assim, inviabilizando intimação pessoal da pronúncia, não há falar em vulneração do direito de defesa e nem em julgamento in absentia propriamente dito. No presente feito, houve a devida citação pessoal do acusado para responder à ação penal, sendo-lhe oferecidas todas as garantias inerentes ao devido processo legal, inclusive o direito de audiência, já que interrogado em Juízo. Tendo posteriormente se evadido, inviabilizando novas intimações pessoais, inclusive da pronúncia, não há óbice ao prosseguimento do feito com intimações editalícias. Portanto, o art. 420 do Código de Processo Penal, com a redação determinada pela Lei n.º 11.689/2008, como norma processual, aplica-se de imediato, inclusive aos processos em curso, e não viola a ampla defesa. Ante o exposto, nego provimento ao recurso ordinário em habeas corpus. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2691516. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 108.070 DISTRITO FEDERAL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Não foi encontrado? A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - Ele respondia em liberdade ao processo. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – E não foi encontrado? A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - Ele se evadiu, simplesmente, sumiu, não mais foi encontrado. Havia o Código de Processo Penal na redação anterior, então, ele tinha de ser intimado pessoalmente. O processo foi suspenso. Aí sobreveio a lei. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Hoje, inclusive, a presença do acusado no tribunal do júri não é indispensável. Norma processual incide de imediato, considerados os processos em curso e o ato a ser praticado. A norma em questão não é substancial. Por isso, acompanho a relatora. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2812412. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 108.070 DISTRITO FEDERAL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Não foi encontrado? A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - Ele respondia em liberdade ao processo. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – E não foi encontrado? A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) - Ele se evadiu, simplesmente, sumiu, não mais foi encontrado. Havia o Código de Processo Penal na redação anterior, então, ele tinha de ser intimado pessoalmente. O processo foi suspenso. Aí sobreveio a lei. O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Hoje, inclusive, a presença do acusado no tribunal do júri não é indispensável. Norma processual incide de imediato, considerados os processos em curso e o ato a ser praticado. A norma em questão não é substancial. Por isso, acompanho a relatora. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2812412. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 108.070 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER RECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PACTE.(S) : JOSÉ JULIO DE CARVALHO RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885243 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 108.070 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATORA : MIN. ROSA WEBER RECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PACTE.(S) : JOSÉ JULIO DE CARVALHO RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885243 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2885688
2012-09-04T00:00:00
2012-10-05T00:00:00
A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS
EMENTA RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. INTIMAÇÃO DO ACUSADO DA DECISÃO DE PRONÚNCIA. ART. 420 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL COM AS ALTERAÇÕES DA LEI 11.689/2008. APLICAÇÃO IMEDIATA. COMPATIBILIDADE COM A AMPLA DEFESA. 1. A essência do processo penal consiste em permitir ao acusado o direito de defesa. O julgamento in absentia fere esse direito básico e constitui uma fonte potencial de erros judiciários, uma vez que o acusado é julgado sem que se conheça a sua versão. 2. Julgamento in absentia propriamente dito ocorre somente quando o acusado não é, em nenhum momento processual, encontrado para citação, sendo esta então realizada por edital, fictamente, e não quando o acusado, citado pessoalmente, escolhe tornar-se revel. 3. O artigo 420 do Código de Processo Penal, com a redação determinada pela Lei n.º 11.689/2008, não viola a ampla defesa, pois, ainda que procedida a intimação ficta por não ser o acusado encontrado para ciência pessoal da pronúncia, o ato foi precedido por anterior citação pessoal após o recebimento da denúncia, ainda na fase inicial do processo. 4. A norma processual penal aplica-se de imediato, incidindo sobre os processos futuros e em curso, mesmo que tenham por objeto crimes pretéritos. 5. O art. 420 do Código de Processo Penal, com a redação determinada pela Lei n.º 11.689/2008, como norma processual, aplica-se de imediato, inclusive aos processos em curso, e não viola a ampla defesa. 6. Recurso ordinário em habeas corpus a que se nega provimento.
sjur216026
- Veja HC 171818 do STJ. Número de páginas: 10. Análise: 10/10/2012, AAT. Revisão: 31/10/2012, SOF.
ROSA WEBER
Primeira Turma
108070
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00040 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n", "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00002 \r\n ART-00366 REDAÇÃO ANTERIOR A LEI-9271/1996 \r\n ART-00366 REDAÇÃO DADA PELA LEI-9271/1996\r\n ART-00414 ART-00415 ART-00416\r\n ART-00420 REDAÇÃO DADA PELA LEI-11689/2008\r\n ART-00420 INC-00001 INC-00002 PAR-ÚNICO\r\n INCLUÍDO PELA LEI-11689/2008 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-009271 ANO-1996\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n", "LEG-FED LEI-011689 ANO-2008\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
RHC
acordaos
RHC 108070
[ "" ]
RECTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO RECDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA RECTE.(S) : JOSÉ JULIO DE CARVALHO
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Ementa e Acórdão 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241.377 CEARÁ RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR GERAL DO ESTADO DO CEARÁ AGDO.(A/S) :NISE MAGALHÃES GUIMARÃES ADV.(A/S) :JOSÉ LINDIVAL DE FREITAS EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Pensionista de servidor público. Emenda à Constituição do Estado do Ceará nº 21/95. Redução dos proventos. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a Emenda à Constituição do Estado do Ceará nº 21/95 não poderia ter sido utilizada como fundamento para a redução dos proventos de pensionistas do Estado. 2. Controvérsia que deve ser dirimida segundo a redação da Constituição Federal então em vigor. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 4 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752918. Supremo Tribunal Federal DJe 20/09/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Relatório 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241.377 CEARÁ RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR GERAL DO ESTADO DO CEARÁ AGDO.(A/S) :NISE MAGALHÃES GUIMARÃES ADV.(A/S) :JOSÉ LINDIVAL DE FREITAS RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Estado do Ceará interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 133 a 143) contra decisão mediante a qual o eminente Ministro Sepúlveda Pertence (fls. 115/116) negou seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “DECISÃO: Recurso extraordinário, a, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará assim ementado: ‘Mandado de Segurança – Direito adquirido – Violação pela Emenda Constitucional 21/95 – Jurisprudência do STF. Forma de cálculo de pensão mensal de montepio formalizada antes da publicação da EC 21/95, não pode ser alterada sob invocação de violação à Constituição Federal, quando não se tenha a incidência sobre parcelas de idêntica configuração, devendo ser respeitado o direito adquirido. A vantagem de caráter pessoal paga na pensão recebida pela impetrante deve ser excluída do cômputo do teto vencimental, precedentes do STF.’ Alega o agravante violação do artigo 37, XI, da Constituição, bem como dos artigos 39, § 1º, e 17 do ADCT, enfatizando que as vantagens de caráter pessoal não podem ser excluídas do teto constitucional. Primeiramente, cumpre salientar que a alegada violação Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752916. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241.377 CEARÁ RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR GERAL DO ESTADO DO CEARÁ AGDO.(A/S) :NISE MAGALHÃES GUIMARÃES ADV.(A/S) :JOSÉ LINDIVAL DE FREITAS RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Estado do Ceará interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 133 a 143) contra decisão mediante a qual o eminente Ministro Sepúlveda Pertence (fls. 115/116) negou seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “DECISÃO: Recurso extraordinário, a, contra acórdão do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará assim ementado: ‘Mandado de Segurança – Direito adquirido – Violação pela Emenda Constitucional 21/95 – Jurisprudência do STF. Forma de cálculo de pensão mensal de montepio formalizada antes da publicação da EC 21/95, não pode ser alterada sob invocação de violação à Constituição Federal, quando não se tenha a incidência sobre parcelas de idêntica configuração, devendo ser respeitado o direito adquirido. A vantagem de caráter pessoal paga na pensão recebida pela impetrante deve ser excluída do cômputo do teto vencimental, precedentes do STF.’ Alega o agravante violação do artigo 37, XI, da Constituição, bem como dos artigos 39, § 1º, e 17 do ADCT, enfatizando que as vantagens de caráter pessoal não podem ser excluídas do teto constitucional. Primeiramente, cumpre salientar que a alegada violação Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752916. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório RE 241.377 AGR / CE do artigo 39, § 1º, um dos fundamentos do RE, não foi apreciada pelo Tribunal a quo e nem objeto de embargos de declaração: incidem as Súmulas 282 e 356. No que concerne à alegada violação dos artigos 37, XI, da Constituição Federal e 17 do ADCT, cabem algumas considerações. Esta Corte ao apreciar o debate acerca do afastamento das gratificações de caráter pessoal do teto constitucional, firmou entendimento no sentido de que tais vantagens estariam excluídas do referido teto, v.g., ADI 1.443 – MC, Marco Aurélio, Pleno, DJ 25.4.1997. Não obstante, na ocasião, assentou-se ainda a inconstitucionalidade de dispositivo que excluía do teto apenas a progressão horizontal por tempo de serviço, o salário- família, e o adicional de férias, confirmando, assim, o caráter pessoal de tais vantagens: ‘(...) VENCIMENTOS - TETO - VANTAGENS PESSOAIS. Na dicção da ilustrada maioria, em relação a qual guardo reservas, excluem-se do cômputo atinente ao teto constitucional as vantagens pessoais. Inconstitucionalidade, ao primeiro exame, de preceito de diploma local, revelador da exclusão, apenas, das parcelas: ‘progressão horizontal por tempo de serviço’, salário-família e adicional de férias.’ Destaco que a discussão é anterior à Emenda Constitucional 41, de 31.12.2003. Na linha do precedente, nego seguimento ao recurso extraordinário (C. Pr. Civil, art. 557, § 1º). Brasília, 13 de novembro de 2004.” Asseverou o agravante que as vantagens pessoais devem ser excluídas do teto remuneratório e que, em virtude das diversas alterações pelas quais passou a norma constitucional que cuida do tema, a matéria deve ser analisada segundo sua mais recente redação. Assim, o teto 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752916. Supremo Tribunal Federal RE 241.377 AGR / CE do artigo 39, § 1º, um dos fundamentos do RE, não foi apreciada pelo Tribunal a quo e nem objeto de embargos de declaração: incidem as Súmulas 282 e 356. No que concerne à alegada violação dos artigos 37, XI, da Constituição Federal e 17 do ADCT, cabem algumas considerações. Esta Corte ao apreciar o debate acerca do afastamento das gratificações de caráter pessoal do teto constitucional, firmou entendimento no sentido de que tais vantagens estariam excluídas do referido teto, v.g., ADI 1.443 – MC, Marco Aurélio, Pleno, DJ 25.4.1997. Não obstante, na ocasião, assentou-se ainda a inconstitucionalidade de dispositivo que excluía do teto apenas a progressão horizontal por tempo de serviço, o salário- família, e o adicional de férias, confirmando, assim, o caráter pessoal de tais vantagens: ‘(...) VENCIMENTOS - TETO - VANTAGENS PESSOAIS. Na dicção da ilustrada maioria, em relação a qual guardo reservas, excluem-se do cômputo atinente ao teto constitucional as vantagens pessoais. Inconstitucionalidade, ao primeiro exame, de preceito de diploma local, revelador da exclusão, apenas, das parcelas: ‘progressão horizontal por tempo de serviço’, salário-família e adicional de férias.’ Destaco que a discussão é anterior à Emenda Constitucional 41, de 31.12.2003. Na linha do precedente, nego seguimento ao recurso extraordinário (C. Pr. Civil, art. 557, § 1º). Brasília, 13 de novembro de 2004.” Asseverou o agravante que as vantagens pessoais devem ser excluídas do teto remuneratório e que, em virtude das diversas alterações pelas quais passou a norma constitucional que cuida do tema, a matéria deve ser analisada segundo sua mais recente redação. Assim, o teto 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752916. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório RE 241.377 AGR / CE remuneratório, no âmbito do território do agravante, deve ser aquele por ele fixado. Ressaltou inexistir direito adquirido à manutenção do regime jurídico, defendendo, por fim, a legalidade de seu ato, que reduziu o valor dos proventos da agravada. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752916. Supremo Tribunal Federal RE 241.377 AGR / CE remuneratório, no âmbito do território do agravante, deve ser aquele por ele fixado. Ressaltou inexistir direito adquirido à manutenção do regime jurídico, defendendo, por fim, a legalidade de seu ato, que reduziu o valor dos proventos da agravada. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752916. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241.377 CEARÁ VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Cuida-se de mandado de segurança impetrado por pensionista no qual pleiteia a manutenção de seus proventos, reduzidos pelo agravante à guisa de adaptá-los ao teto constitucional. O Tribunal de Justiça, ao confirmar a decisão que concedeu a segurança, reconheceu que a Emenda à Constituição do Estado do Ceará nº 21/95 teria afrontado o texto constitucional no tocante às situações jurídicas já consolidadas, quando de sua entrada em vigor. Essa decisão encontra-se em harmonia com a jurisprudência desta Corte sobre o tema, citando-se, para exemplificar, a ementa do seguinte precedente: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. EC 21 DO CEARÁ. 1. Vantagens funcionais. Vedação de incidência recíproca de adicionais de mesmo título ou idêntico fundamento (redação primitiva do art. 37, XIV, da Carta Federal). Emenda constitucional que alterou a Constituição do Estado do Ceará, para proibir a sobreposição de quaisquer parcelas remuneratórias. Norma que foi além do paradigma federal. Possibilidade de se invocar o princípio da irredutibilidade de vencimentos. Precedente: ADI 1.443-MC. 2. Agravo regimental improvido” (RE nº 338.883/CE-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 26/8/05). Ressalte-se, ainda, que, muito embora o agravante tenha feito menção, em suas razões de agravo, às mudanças na norma constitucional aplicável ao caso, o certo é que a questão aqui sub judice deve ser Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752915. Supremo Tribunal Federal 04/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241.377 CEARÁ VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): O inconformismo não merece prosperar. Cuida-se de mandado de segurança impetrado por pensionista no qual pleiteia a manutenção de seus proventos, reduzidos pelo agravante à guisa de adaptá-los ao teto constitucional. O Tribunal de Justiça, ao confirmar a decisão que concedeu a segurança, reconheceu que a Emenda à Constituição do Estado do Ceará nº 21/95 teria afrontado o texto constitucional no tocante às situações jurídicas já consolidadas, quando de sua entrada em vigor. Essa decisão encontra-se em harmonia com a jurisprudência desta Corte sobre o tema, citando-se, para exemplificar, a ementa do seguinte precedente: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. EC 21 DO CEARÁ. 1. Vantagens funcionais. Vedação de incidência recíproca de adicionais de mesmo título ou idêntico fundamento (redação primitiva do art. 37, XIV, da Carta Federal). Emenda constitucional que alterou a Constituição do Estado do Ceará, para proibir a sobreposição de quaisquer parcelas remuneratórias. Norma que foi além do paradigma federal. Possibilidade de se invocar o princípio da irredutibilidade de vencimentos. Precedente: ADI 1.443-MC. 2. Agravo regimental improvido” (RE nº 338.883/CE-AgR, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 26/8/05). Ressalte-se, ainda, que, muito embora o agravante tenha feito menção, em suas razões de agravo, às mudanças na norma constitucional aplicável ao caso, o certo é que a questão aqui sub judice deve ser Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 241.377 AGR / CE decidida consoante a redação do texto constitucional então em vigor, conforme jurisprudência igualmente pacífica desta Corte sobre o tema. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. A EMENDA CONSTITUCIONAL N. 41/03, SUPERVENIENTE À LEI MUNICIPAL N. 7.968/00, NÃO PODE CONSTITUCIONALIZAR LEI ANTERIOR, INCONSTITUCIONAL AO TEMPO DE SUA EDIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 538.946/MG-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 26/6/09). De sua fundamentação, destaque-se o seguinte excerto: “Como assentado na decisão agravada, a Emenda Constitucional n. 41/03, superveniente à Lei municipal n. 7.968/2000, não pode constitucionalizar lei anterior, inconstitucional ao tempo de sua edição. Nesse sentido, os seguintes julgados: ‘(...) A constitucionalidade posterior contraria a ordem natural das coisas. A hierarquia das fontes legais, a rigidez da Carta, a revelá-la documento supremo, conduz à necessidade de as leis hierarquicamente inferiores observarem-na, sob pena de transmudá-la, com nefasta inversão de valores. Ou bem a lei surge no cenário jurídico em harmonia com a Constituição Federal, ou com ela conflita, e aí afigura-se írrita, não sendo possível o aproveitamento, considerado texto constitucional posterior e que, portanto, à época não existia. Está consagrado que o vício da constitucionalidade há de ser analisado em face dos parâmetros maiores, dos parâmetros da Lei Fundamental existentes no momento em que aperfeiçoado o ato normativo. A constitucionalidade de certo diploma legal deve fazer presente de 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752915. Supremo Tribunal Federal RE 241.377 AGR / CE decidida consoante a redação do texto constitucional então em vigor, conforme jurisprudência igualmente pacífica desta Corte sobre o tema. Nesse sentido: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. A EMENDA CONSTITUCIONAL N. 41/03, SUPERVENIENTE À LEI MUNICIPAL N. 7.968/00, NÃO PODE CONSTITUCIONALIZAR LEI ANTERIOR, INCONSTITUCIONAL AO TEMPO DE SUA EDIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE nº 538.946/MG-AgR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 26/6/09). De sua fundamentação, destaque-se o seguinte excerto: “Como assentado na decisão agravada, a Emenda Constitucional n. 41/03, superveniente à Lei municipal n. 7.968/2000, não pode constitucionalizar lei anterior, inconstitucional ao tempo de sua edição. Nesse sentido, os seguintes julgados: ‘(...) A constitucionalidade posterior contraria a ordem natural das coisas. A hierarquia das fontes legais, a rigidez da Carta, a revelá-la documento supremo, conduz à necessidade de as leis hierarquicamente inferiores observarem-na, sob pena de transmudá-la, com nefasta inversão de valores. Ou bem a lei surge no cenário jurídico em harmonia com a Constituição Federal, ou com ela conflita, e aí afigura-se írrita, não sendo possível o aproveitamento, considerado texto constitucional posterior e que, portanto, à época não existia. Está consagrado que o vício da constitucionalidade há de ser analisado em face dos parâmetros maiores, dos parâmetros da Lei Fundamental existentes no momento em que aperfeiçoado o ato normativo. A constitucionalidade de certo diploma legal deve fazer presente de 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RE 241.377 AGR / CE acordo com a ordem jurídica em vigor, da jurisprudência, não cabendo reverter a ordem natural das coisas’ (RE 390.840, Rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, DJ 15.8.2006). E ainda: ‘CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE - ARTIGO 3º, § 1º, DA LEI N. 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998 - EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998. O sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente (...).’ (RE 346.084, Redator para o acórdão Ministro Marco Aurélio, Plenário, DJ 1.9.2006).” Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752915. Supremo Tribunal Federal RE 241.377 AGR / CE acordo com a ordem jurídica em vigor, da jurisprudência, não cabendo reverter a ordem natural das coisas’ (RE 390.840, Rel. Min. Marco Aurélio, Plenário, DJ 15.8.2006). E ainda: ‘CONSTITUCIONALIDADE SUPERVENIENTE - ARTIGO 3º, § 1º, DA LEI N. 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE 1998 - EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1998. O sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente (...).’ (RE 346.084, Redator para o acórdão Ministro Marco Aurélio, Plenário, DJ 1.9.2006).” Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2752915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241.377 PROCED. : CEARÁ RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DO CEARÁ AGDO.(A/S) : NISE MAGALHÃES GUIMARÃES ADV.(A/S) : JOSÉ LINDIVAL DE FREITAS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765338 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241.377 PROCED. : CEARÁ RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DO CEARÁ AGDO.(A/S) : NISE MAGALHÃES GUIMARÃES ADV.(A/S) : JOSÉ LINDIVAL DE FREITAS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Rosa Weber. Compareceu o Senhor Ministro Ricardo Lewandowski para completar quorum (Art. 41 do RISTF) e para julgar processos a ele vinculados, assumindo a cadeira da Senhora Ministra Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2765338 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2792329
2012-09-04T00:00:00
2012-09-20T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participaram, justificadamente, deste julgamento, a Senhora Ministra Cármen Lúcia e o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 4.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Pensionista de servidor público. Emenda à Constituição do Estado do Ceará nº 21/95. Redução dos proventos. Impossibilidade. Precedentes. 1. A jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a Emenda à Constituição do Estado do Ceará nº 21/95 não poderia ter sido utilizada como fundamento para a redução dos proventos de pensionistas do Estado. 2. Controvérsia que deve ser dirimida segundo a redação da Constituição Federal então em vigor. 3. Agravo regimental não provido.
sjur214801
- Acórdãos citados: RE 338883 AgR, RE 538946 AgR. Número de páginas: 8. Análise: 02/10/2012, MJC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
241377
[ "LEG-EST CES ANO-1989\r\n CONSTITUIÇÃO ESTADUAL DO ESTADO DO CEARÁ\r\n\r\n", "LEG-EST EMC-000021 ANO-1995\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL, CE" ]
RE-AgR
acordaos
RE 241377 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DO CEARÁ AGDO.(A/S) : NISE MAGALHÃES GUIMARÃES ADV.(A/S) : JOSÉ LINDIVAL DE FREITAS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241 . 377 CEARÁ", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241 . 377", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241 . 377 CEARÁ", "RE 241 . 377 AGR / CE", "ADI 1 . 443 – MC", "RE 241 . 377 AGR", "ADI 1 . 443 – MC", "RE 241 . 377 AGR / CE", "RE 241 . 377 AGR / CE", "ADI 1 . 443 - MC . 2", "RE [UNK] 338 . 883 / CE - AgR", "ADI 1 . 443 - MC", "RE [UNK] 338 . 883 / CE - AgR", "RE 241 . 377 AGR / CE", "RE [UNK] 538 . 946 / MG - AgR", "RE 241 . 377 AGR / CE", "RE [UNK] 538 . 946 / MG - AgR", "RE 241 . 377 AGR /", "RE 390 . 840", "RE 346 . 084", "RE 241 . 377 AGR", "RE 390 . 840", "RE 346 . 084", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241 .", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 241 . 377" ], "LEGISLACAO": [ "Emenda à Constituição do Estado do Ceará [UNK] 21 / 95", "Emenda à Constituição do Estado do Ceará [UNK] 21 / 95", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Emenda Constitucional 21 / 95", "EC 21 / 95", "Constituição Federal", "artigo 37 , XI , da Constituição", "artigos 39 , § [UNK] , e 17 do ADCT", "MP n° 2 . 200 - 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.924 CEARÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ANTÔNIO EGÍDIO FROTA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUPRESSÃO DE VANTAGEM REMUNERATÓRIA. AGRAVO REGIMENTAL. ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO NOS AUTOS. ATO PROCESSUAL INEXISTENTE. INVIABILIDADE DA CONVERSÃO EM DILIGÊNCIA. VÍCIO INSANÁVEL. É inexistente o agravo regimental assinado por advogado sem procuração nos autos, vício que não se traduz em mera irregularidade do ato processual praticado, de todo inviável, na instância extraordinária, converter o feito em diligência, nos moldes preconizados pelo art. 13 do CPC. Precedentes. Agravo regimental não conhecido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em não conhecer do agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800481. Supremo Tribunal Federal DJe 02/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.924 CEARÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ANTÔNIO EGÍDIO FROTA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão monocrática pela qual negado seguimento ao agravo de instrumento, forte nas Súmulas 282 e 356/STF, manejam agravo regimental Antônio Egídio Frota e outros. Os agravantes alegam que, “ao manter a negativa de seguimento do recurso extraordinário, o despacho agravado renovou a violação aos arts. 5º, inciso XXXVI, da Carta Magna, além do próprio art. 102, inciso III, alínea ‘a’, também da Constituição Federal” (fl. 126). Acórdão do Tribunal de origem publicado em 16.11.2009 (fl. 68). Substituição do Relator à fl. 114 (art. 38 do RISTF). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800482. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.924 CEARÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ANTÔNIO EGÍDIO FROTA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ RELATÓRIO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra a decisão monocrática pela qual negado seguimento ao agravo de instrumento, forte nas Súmulas 282 e 356/STF, manejam agravo regimental Antônio Egídio Frota e outros. Os agravantes alegam que, “ao manter a negativa de seguimento do recurso extraordinário, o despacho agravado renovou a violação aos arts. 5º, inciso XXXVI, da Carta Magna, além do próprio art. 102, inciso III, alínea ‘a’, também da Constituição Federal” (fl. 126). Acórdão do Tribunal de origem publicado em 16.11.2009 (fl. 68). Substituição do Relator à fl. 114 (art. 38 do RISTF). É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800482. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. ROSA WEBER 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.924 CEARÁ VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Embora tempestivo (fls. 121 e 126), é inexistente o agravo regimental, porque irregular a representação processual. A peça foi assinada pelo Dr. Luciano Brasileiro de Oliveira – OAB/DF 11.457, que não tem poderes para atuar na causa, uma vez que o Dr. Patricio William Vieira – OAB/CE 7.457, advogado substabelecente (fl. 45), não possui procuração nos autos. Restou desatendido, no caso, pressuposto genérico de admissibilidade, vício que não se traduz em mera irregularidade do ato processual praticado, de todo inviável, na instância extraordinária, converter o feito em diligência, nos moldes preconizados pelo art. 13 do CPC. Nessa linha, colho precedentes: “RECURSO. Agravo regimental. Procuração outorgada ao advogado subscritor do recurso. Ausência. Recurso inexistente. Agravo regimental não conhecido. Precedentes. É inexistente o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos.” (ARE 647.762-AgR/RS, rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, por unanimidade, DJe 17.4.2012) “Agravo regimental em agravo de instrumento. Advogado subscritor do recurso. Ausência de procuração ou de substabelecimento, que comprove a outorga de poderes da parte agravante ao advogado signatário da peça recursal. Inobservância do prazo legal (art. 37, parágrafo único, do CPC). Recurso inexistente. Agravo regimental não conhecido.” (AI 768.205-AgR/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, por unanimidade, DJe 12.02.2010) “Embargos de declaração no segundo agravo regimental no agravo de instrumento. Ausência de procuração. Recurso Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800483. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.924 CEARÁ VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Embora tempestivo (fls. 121 e 126), é inexistente o agravo regimental, porque irregular a representação processual. A peça foi assinada pelo Dr. Luciano Brasileiro de Oliveira – OAB/DF 11.457, que não tem poderes para atuar na causa, uma vez que o Dr. Patricio William Vieira – OAB/CE 7.457, advogado substabelecente (fl. 45), não possui procuração nos autos. Restou desatendido, no caso, pressuposto genérico de admissibilidade, vício que não se traduz em mera irregularidade do ato processual praticado, de todo inviável, na instância extraordinária, converter o feito em diligência, nos moldes preconizados pelo art. 13 do CPC. Nessa linha, colho precedentes: “RECURSO. Agravo regimental. Procuração outorgada ao advogado subscritor do recurso. Ausência. Recurso inexistente. Agravo regimental não conhecido. Precedentes. É inexistente o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos.” (ARE 647.762-AgR/RS, rel. Min. Cezar Peluso, Tribunal Pleno, por unanimidade, DJe 17.4.2012) “Agravo regimental em agravo de instrumento. Advogado subscritor do recurso. Ausência de procuração ou de substabelecimento, que comprove a outorga de poderes da parte agravante ao advogado signatário da peça recursal. Inobservância do prazo legal (art. 37, parágrafo único, do CPC). Recurso inexistente. Agravo regimental não conhecido.” (AI 768.205-AgR/RJ, rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, por unanimidade, DJe 12.02.2010) “Embargos de declaração no segundo agravo regimental no agravo de instrumento. Ausência de procuração. Recurso Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800483. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 793.924 AGR / CE inexistente. Inaplicabilidade do art. 13 do CPC. Precedentes. É inexistente o recurso interposto por advogado sem instrumento de mandato outorgado pela parte. Não se aplica, na via extraordinária, o art. 13 do Código de Processo Civil. A apresentação do mandato quando da oposição dos presentes embargos não tem o condão de sanar o vício verificado no agravo regimental. Embargos de declaração rejeitados.” (AI 494.616-AgR-segundo-ED/SP, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, por unanimidade, DJe 1º.02.2012) “AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO DO ADVOGADO SUBSCRITOR DA PETIÇÃO RECURSAL. É tido por inexistente, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 549.331-AgR/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, por unanimidade, DJe 12.5.2011) Agravo regimental não conhecido. É como voto. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800483. Supremo Tribunal Federal AI 793.924 AGR / CE inexistente. Inaplicabilidade do art. 13 do CPC. Precedentes. É inexistente o recurso interposto por advogado sem instrumento de mandato outorgado pela parte. Não se aplica, na via extraordinária, o art. 13 do Código de Processo Civil. A apresentação do mandato quando da oposição dos presentes embargos não tem o condão de sanar o vício verificado no agravo regimental. Embargos de declaração rejeitados.” (AI 494.616-AgR-segundo-ED/SP, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, por unanimidade, DJe 1º.02.2012) “AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. INEXISTÊNCIA. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO DO ADVOGADO SUBSCRITOR DA PETIÇÃO RECURSAL. É tido por inexistente, de acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 549.331-AgR/SP, rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, por unanimidade, DJe 12.5.2011) Agravo regimental não conhecido. É como voto. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800483. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.924 PROCED. : CEARÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ANTÔNIO EGÍDIO FROTA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ Decisão: A Turma não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848681 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 793.924 PROCED. : CEARÁ RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ANTÔNIO EGÍDIO FROTA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ Decisão: A Turma não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848681 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2858027
2012-09-18T00:00:00
2012-10-02T00:00:00
A Turma não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA DIREITO ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. SUPRESSÃO DE VANTAGEM REMUNERATÓRIA. AGRAVO REGIMENTAL. ADVOGADO SEM PROCURAÇÃO NOS AUTOS. ATO PROCESSUAL INEXISTENTE. INVIABILIDADE DA CONVERSÃO EM DILIGÊNCIA. VÍCIO INSANÁVEL. É inexistente o agravo regimental assinado por advogado sem procuração nos autos, vício que não se traduz em mera irregularidade do ato processual praticado, de todo inviável, na instância extraordinária, converter o feito em diligência, nos moldes preconizados pelo art. 13 do CPC. Precedentes. Agravo regimental não conhecido.
sjur215742
- Acórdãos citados: ARE 647762 AgR, AI 768205 AgR, AI 549331 AgR. Número de páginas: 5. Análise: 11/10/2012, MAC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
793924
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00013 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL" ]
AI-AgR
acordaos
AI 793924 AgR
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AGDO.(A/S) : ESTADO DO CEARÁ ADV.(A/S) : LUCIANO BRASILEIRO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : ANTÔNIO EGÍDIO FROTA E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.578 SERGIPE RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) :ALOISIO GOMES DA SILVA ADV.(A/S) :MEHUJAEL COLAÇO RODRIGUES E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. MILITAR. REFORMA. POSTO HIERÁRQUICO SUPERIOR. ANÁLISE DE NORMAS LOCAIS. SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034644. Supremo Tribunal Federal DJe 07/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.578 SERGIPE RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) :ALOISIO GOMES DA SILVA ADV.(A/S) :MEHUJAEL COLAÇO RODRIGUES E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 9 de agosto de 2012, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pelo Estado de Sergipe contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual manteve sentença que julgara parcialmente procedente o pedido de ressarcimento referente às diferenças salariais entre os postos de capitão e major. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. 4. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Recorrente, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação. Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ‘o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional’ (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034645. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.578 SERGIPE RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) :ALOISIO GOMES DA SILVA ADV.(A/S) :MEHUJAEL COLAÇO RODRIGUES E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 9 de agosto de 2012, neguei seguimento ao recurso extraordinário interposto pelo Estado de Sergipe contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual manteve sentença que julgara parcialmente procedente o pedido de ressarcimento referente às diferenças salariais entre os postos de capitão e major. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente. 4. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora em sentido contrário à pretensão do Recorrente, o acórdão recorrido apresentou suficiente fundamentação. Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ‘o que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência constitucional’ (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034645. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório RE 703.578 AGR / SE 5. No voto condutor do acórdão recorrido, a Desembargadora Relatora asseverou: ‘(...)’. 5. Concluir de forma diversa demandaria o reexame da legislação local (Leis estaduais ns. 2.066/1976 e 2.590/1986), procedimento que não pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: (…) Não há o que prover quanto às alegações do Recorrente. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 20.8.2012, interpõe o Estado de Sergipe, em 30.8.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega o Agravante que “a questão posta no caso dos autos é unicamente de natureza jurídico-constitucional, consiste em saber se servidor aposentado pode perceber proventos superiores aos vencimentos do servidor em atividade, consoante interpretação do disposto no art. 40, § 4º (atual § 8º), da Constituição Federal”. Sustenta que “não incide a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034645. Supremo Tribunal Federal RE 703.578 AGR / SE 5. No voto condutor do acórdão recorrido, a Desembargadora Relatora asseverou: ‘(...)’. 5. Concluir de forma diversa demandaria o reexame da legislação local (Leis estaduais ns. 2.066/1976 e 2.590/1986), procedimento que não pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: (…) Não há o que prover quanto às alegações do Recorrente. 6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 20.8.2012, interpõe o Estado de Sergipe, em 30.8.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega o Agravante que “a questão posta no caso dos autos é unicamente de natureza jurídico-constitucional, consiste em saber se servidor aposentado pode perceber proventos superiores aos vencimentos do servidor em atividade, consoante interpretação do disposto no art. 40, § 4º (atual § 8º), da Constituição Federal”. Sustenta que “não incide a Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034645. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.578 SERGIPE V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal a quo decidiu: “Alega o Estado apelante a inconstitucionalidade do art. 49, inc. II, da Lei estadual n. 2066/1976, por afronta ao princípio da isonomia, anteriormente consagrado pelo art. 40, § 8º, da Constituição Federal. A Lei estadual em questão autoriza aos militares a percepção de remuneração correspondente ao grau hierárquico superior, para o servidor já inativo, promovendo-o para patente imediatamente superior, quando contar com mais de 30 (trinta) anos de serviço público. Logo, promovido o inativo Capitão ao poso de Major da PM, deverá receber a mesma remuneração de Major na ativa, não contrariando assim a norma estadual supracitada, bem como os princípios da igualdade e da isonomia consagrados na Constituição Federal, posto que estão na mesma patente. Desta forma, dito pagamento está em sintonia com o previsto na antiga redação do art. 40, § 8º, da Constituição Federal e mantido no art. 7º da Emenda Constitucional n. 41/2003 (…). Segundo consta da documentação acostada às fls. 07/08, o requerido foi transferido para a reserva remunerada após a vigência da lei estadual n; 2.066/77 supracitada, através do Decreto de 12 de setembro de 1983, como Capitão QOPM e somente a partir de 5 de maio de 1994 é que foi revisto o citado Decreto, para inclusão nos seus proventos do soldo de Major PM. Entendo que, logo após a aposentação é que o apelante deveria ter percebido seus proventos do soldo de Major PM, o que, no presente caso, só ocorreu posteriormente, a partir de 5 de maio de 1994. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034646. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.578 SERGIPE V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal a quo decidiu: “Alega o Estado apelante a inconstitucionalidade do art. 49, inc. II, da Lei estadual n. 2066/1976, por afronta ao princípio da isonomia, anteriormente consagrado pelo art. 40, § 8º, da Constituição Federal. A Lei estadual em questão autoriza aos militares a percepção de remuneração correspondente ao grau hierárquico superior, para o servidor já inativo, promovendo-o para patente imediatamente superior, quando contar com mais de 30 (trinta) anos de serviço público. Logo, promovido o inativo Capitão ao poso de Major da PM, deverá receber a mesma remuneração de Major na ativa, não contrariando assim a norma estadual supracitada, bem como os princípios da igualdade e da isonomia consagrados na Constituição Federal, posto que estão na mesma patente. Desta forma, dito pagamento está em sintonia com o previsto na antiga redação do art. 40, § 8º, da Constituição Federal e mantido no art. 7º da Emenda Constitucional n. 41/2003 (…). Segundo consta da documentação acostada às fls. 07/08, o requerido foi transferido para a reserva remunerada após a vigência da lei estadual n; 2.066/77 supracitada, através do Decreto de 12 de setembro de 1983, como Capitão QOPM e somente a partir de 5 de maio de 1994 é que foi revisto o citado Decreto, para inclusão nos seus proventos do soldo de Major PM. Entendo que, logo após a aposentação é que o apelante deveria ter percebido seus proventos do soldo de Major PM, o que, no presente caso, só ocorreu posteriormente, a partir de 5 de maio de 1994. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034646. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 703.578 AGR / SE De mais a mais, quanto aos cálculos dos proventos com base no grau hierárquico superior, a sentença não merece qualquer espécie de reparo, pois a Lei estadual n. 2.066/1976 consagra o direito de remuneração correspondente ao grau superior, quando o militar passa para a inatividade”. 3. Como afirmado na decisão agravada, divergir das instâncias originárias, demandaria a análise prévia das normas locais aplicadas à espécie vertente. Incide na espécie a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. MILITAR. REFORMA. PROMOÇÃO AO POSTO IMEDIATAMENTE SUPERIOR. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. INCURSIONAMENTO NO CONTEXTO FÁTICO- PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL” (AI 822.804-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 20.6.2012). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. MILITAR. PROVENTOS. PERCEPÇÃO DO GRAU HIERARQUICAMENTE SUPERIOR. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL E DE REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 634.249-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.4.2009). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. APOSENTADORIA. PROMOÇÃO A POSTO IMEDIATAMENTE SUPERIOR. (...) CONTROVÉRSIA 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034646. Supremo Tribunal Federal RE 703.578 AGR / SE De mais a mais, quanto aos cálculos dos proventos com base no grau hierárquico superior, a sentença não merece qualquer espécie de reparo, pois a Lei estadual n. 2.066/1976 consagra o direito de remuneração correspondente ao grau superior, quando o militar passa para a inatividade”. 3. Como afirmado na decisão agravada, divergir das instâncias originárias, demandaria a análise prévia das normas locais aplicadas à espécie vertente. Incide na espécie a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. MILITAR. REFORMA. PROMOÇÃO AO POSTO IMEDIATAMENTE SUPERIOR. ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA 280 DO STF. INCURSIONAMENTO NO CONTEXTO FÁTICO- PROBATÓRIO CARREADO AOS AUTOS. SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL” (AI 822.804-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 20.6.2012). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. MILITAR. PROVENTOS. PERCEPÇÃO DO GRAU HIERARQUICAMENTE SUPERIOR. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO LOCAL E DE REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 634.249-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 24.4.2009). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO. APOSENTADORIA. PROMOÇÃO A POSTO IMEDIATAMENTE SUPERIOR. (...) CONTROVÉRSIA 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034646. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA RE 703.578 AGR / SE DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO DOS AUTOS. 1. A ausência de análise prévia e conclusiva pelo Tribunal de origem sobre os temas constitucionais suscitados no apelo extremo inviabiliza a abertura da via extraordinária por faltar o requisito do prequestionamento da matéria. 2. De mais a mais, não é possível, em recurso extraordinário, reexaminar a legislação infraconstitucional aplicada ao caso, bem como analisar o acervo fático-probatório dos autos. 3. Agravo regimental desprovido” (AI 646.866-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 20.4.2012). 4. Ainda que assim não fosse, o Tribunal de Justiça de Sergipe não divergiu da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. POLICIAL MILITAR. APOSENTADORIA. PROVENTOS. PARIDADE REMUNERATÓRIA ENTRE ATIVOS E INATIVOS. LEIS ESTADUAIS 2.066/1976 E 2.590/1986. DIREITO ADQUIRIDO. SÚMULA 359/STF. 1. “Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários” (Súmula 359/STF). 2. De mais a mais, o reexame da legislação estadual é incompatível com a via recursal extraordinária. 3. Agravo regimental desprovido” (RE 563.229-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 17.2.2012, grifos nossos). 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034646. Supremo Tribunal Federal RE 703.578 AGR / SE DECIDIDA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO DOS AUTOS. 1. A ausência de análise prévia e conclusiva pelo Tribunal de origem sobre os temas constitucionais suscitados no apelo extremo inviabiliza a abertura da via extraordinária por faltar o requisito do prequestionamento da matéria. 2. De mais a mais, não é possível, em recurso extraordinário, reexaminar a legislação infraconstitucional aplicada ao caso, bem como analisar o acervo fático-probatório dos autos. 3. Agravo regimental desprovido” (AI 646.866-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 20.4.2012). 4. Ainda que assim não fosse, o Tribunal de Justiça de Sergipe não divergiu da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. POLICIAL MILITAR. APOSENTADORIA. PROVENTOS. PARIDADE REMUNERATÓRIA ENTRE ATIVOS E INATIVOS. LEIS ESTADUAIS 2.066/1976 E 2.590/1986. DIREITO ADQUIRIDO. SÚMULA 359/STF. 1. “Ressalvada a revisão prevista em lei, os proventos da inatividade regulam-se pela lei vigente ao tempo em que o militar, ou o servidor civil, reuniu os requisitos necessários” (Súmula 359/STF). 2. De mais a mais, o reexame da legislação estadual é incompatível com a via recursal extraordinária. 3. Agravo regimental desprovido” (RE 563.229-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 17.2.2012, grifos nossos). 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034646. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.578 PROCED. : SERGIPE RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) : ALOISIO GOMES DA SILVA ADV.(A/S) : MEHUJAEL COLAÇO RODRIGUES E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052078 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703.578 PROCED. : SERGIPE RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) : ALOISIO GOMES DA SILVA ADV.(A/S) : MEHUJAEL COLAÇO RODRIGUES E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052078 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3060013
2012-10-16T00:00:00
2012-11-07T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. MILITAR. REFORMA. POSTO HIERÁRQUICO SUPERIOR. ANÁLISE DE NORMAS LOCAIS. SÚMULA N. 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur217949
- Acórdãos citados: (SÚMULA 280) STF: AI 634249 AgR(1ªT), AI 646866 AgR(2ªT), AI 822804 AgR(1ªT); STF: RE 563229 AgR(2ªT). Número de páginas: 7. Análise: 13/11/2012, LLD.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
703578
[ "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 703578 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SERGIPE AGDO.(A/S) : ALOISIO GOMES DA SILVA ADV.(A/S) : MEHUJAEL COLAÇO RODRIGUES E OUTRO(A/S)
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703 . 578", "SÚMULA N . 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703 . 578", "RE 140 . 370", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703 . 578", "RE 140 . 370", "RE 703 . 578 AGR / SE", "Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal", "Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal", "RE 703 . 578 AGR / SE", "Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal", "Súmula 280 do Supremo Tribunal Federal", "RE 703 . 578 AGR / SE", "Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal", "SÚMULA 280 DO STF", "SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AI 822 . 804 - AgR", "SÚMULAS 279", "AI 634 . 249 - AgR", "RE 703 . 578 AGR / SE", "Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal", "SÚMULA 280 DO STF", "SÚMULA 279 DO SUPREMO TRIBUNAL", "AI 822 . 804 - AgR", "SÚMULAS 279 E 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AI 634 . 249 - AgR", "RE 703 . 578", "AI 646 . 866 - AgR", "SÚMULA 359 / STF", "Súmula 359 / STF", "RE 563 . 229 - AgR", "RE 703 . 578 AGR / SE", "AI 646 . 866 - AgR", "SÚMULA 359 / STF", "Súmula 359 / STF", "RE 563", "RECURSO", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 703 . 578" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 93 , inc . 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[UNK] da Emenda Constitucional n . 41 / 2003", "lei estadual n ; 2 . 066 / 77", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei estadual n . 2 . 066 / 1976", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei estadual n . 2 . 066 / 1976", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEIS ESTADUAIS 2 . 066 / 1976", "2", ".", "590", "/", "1986", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEIS ESTADUAIS 2 . 066 / 1976", "2", ".", "590", "/", "1986", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "Brasília", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "Estado de Sergipe", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "Estado de Sergipe", "Estado de Sergipe", "Estado de Sergipe", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE", "ESTADO DE SERGIPE" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Tribunal de Justiça", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Tribunal de Justiça de Sergipe", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Tribunal de Justiça de Sergipe", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "SERGIPE", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "ALOISIO GOMES DA SILVA", "MEHUJAEL COLAÇO RODRIGUES", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "ALOISIO GOMES DA SILVA", "MEHUJAEL COLAÇO RODRIGUES", "CÁRMEN LÚCIA", "Sepúlveda Pertence", "CÁRMEN LÚCIA", "ALOISIO GOMES DA SILVA", "MEHUJAEL COLAÇO RODRIGUES", "CÁRMEN", "Sepúlveda Pertence", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Luiz Fux", "Luiz Fux", "CÁRMEN LÚCIA", "Ayres Britto", "Ayres Britto", "Ayres Britto", "Ayres Britto", "CÁRMEN LÚCIA", "ALOISIO GOMES DA SILVA", "MEHUJAEL COLAÇO RODRIGUES", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "CÁRMEN LÚCIA", "ALOISIO GOMES DA SILVA", "MEHUJAEL COLAÇO RODRIGUES", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Mário José Gisi", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "16", "/", "10", "/", "2012", "16 de outubro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "07", "/", "11", "/", "2012", "16", "/", "10", "/", "2012", "9 de agosto de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "9 de agosto de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "8", ".", "2012", "30", ".", "8", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "066", "/", "1976", "20", ".", "8", ".", "2012", "30", ".", "8", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "12 de setembro de 1983", "5 de maio de 1994", "5 de maio de 1994", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "12 de setembro de 1983", "5 de maio de 1994", "5 de maio de 1994", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "6", ".", "2012", "24", ".", "4", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "6", ".", "2012", "24", ".", "4", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "4", ".", "2012", "17", ".", "2", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "20", ".", "4", ".", "2012", "17", ".", "2", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", ".", "10", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.607 GOIÁS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :TELEPERFORMANCE CRM S/A ADV.(A/S) :EDUARDO VALDERRAMAS FILHO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :JOANA D'ARC MARTINS ADV.(A/S) :WELINTON DA SILVA MARQUES EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Indenização. Dano patrimonial. Dever de indenizar. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. As instâncias de origem concluíram, com base na legislação infraconstitucional e nos fatos e nas provas dos autos, que restaram demonstrados os pressupostos legais da responsabilidade civil, bem como que a agravante tinha o dever de indenizar a agravada pelo dano patrimonial por ela sofrido. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279 desta Corte. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878155. Supremo Tribunal Federal DJe 10/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11 Ementa e Acórdão ARE 689.607 AGR / GO Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878155. Supremo Tribunal Federal ARE 689.607 AGR / GO Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878155. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.607 GOIÁS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :TELEPERFORMANCE CRM S/A ADV.(A/S) :EDUARDO VALDERRAMAS FILHO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :JOANA D'ARC MARTINS ADV.(A/S) :WELINTON DA SILVA MARQUES RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Teleperformance CRM S.A. interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 514 a 516), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Subseção de Dissídios Individuais I do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado: ‘RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI Nº 11.496/2007. DANO MORAL - CARACTERIZAÇÃO - RESTRIÇÃO AO USO DO TOALETE - APLICAÇÃO DA SÚMULA/TST Nº 126. Ao que se verifica, o entendimento adotado pela Turma é no sentido de que o fato de a empresa controlar o tempo de utilização dos toaletes, por si só, é suficiente para gerar direito à reparação por danos morais. Assim, a par da discussão acerca da configuração, ou não, de dano moral na presente hipótese, tendo constado no acórdão em recurso ordinário que havia controle das ‘idas ao banheiro’, a conclusão adotada pela Turma não contrariou a Súmula/TST nº 126, na medida em que se ateve a dar o enquadramento jurídico à situação exposta ao seu julgamento. Recurso de embargos conhecido e desprovido’ (fl. 487). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878152. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.607 GOIÁS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :TELEPERFORMANCE CRM S/A ADV.(A/S) :EDUARDO VALDERRAMAS FILHO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :JOANA D'ARC MARTINS ADV.(A/S) :WELINTON DA SILVA MARQUES RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Teleperformance CRM S.A. interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 514 a 516), com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Subseção de Dissídios Individuais I do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado: ‘RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI Nº 11.496/2007. DANO MORAL - CARACTERIZAÇÃO - RESTRIÇÃO AO USO DO TOALETE - APLICAÇÃO DA SÚMULA/TST Nº 126. Ao que se verifica, o entendimento adotado pela Turma é no sentido de que o fato de a empresa controlar o tempo de utilização dos toaletes, por si só, é suficiente para gerar direito à reparação por danos morais. Assim, a par da discussão acerca da configuração, ou não, de dano moral na presente hipótese, tendo constado no acórdão em recurso ordinário que havia controle das ‘idas ao banheiro’, a conclusão adotada pela Turma não contrariou a Súmula/TST nº 126, na medida em que se ateve a dar o enquadramento jurídico à situação exposta ao seu julgamento. Recurso de embargos conhecido e desprovido’ (fl. 487). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878152. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11 Relatório ARE 689.607 AGR / GO No recurso extraordinário (fls. 493 a 496) sustenta-se violação do artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que para superar o entendimento firmado no acórdão recorrido seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório carreado aos autos, o que é incabível na via extraordinária. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA ACERCA DA CARACTERIZAÇÃO DE DANOS MORAIS E DA ADEQUAÇÃO DO MONTANTE INDENIZATÓRIO DIRIMIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E NO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. Caso em que ofensa à Magna Carta, se existente, ocorreria de forma reflexa ou indireta. Incide, ademais, no caso, o óbice da Súmula 279 desta colenda Corte. Agravo regimental desprovido’ (AI nº 600.543/PA- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 1º/8/08). 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878152. Supremo Tribunal Federal ARE 689.607 AGR / GO No recurso extraordinário (fls. 493 a 496) sustenta-se violação do artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal. Decido. Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o procedimento acerca da existência da repercussão geral somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do recurso por outra razão’. Não merece prosperar a irresignação, uma vez que para superar o entendimento firmado no acórdão recorrido seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório carreado aos autos, o que é incabível na via extraordinária. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: ‘AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA ACERCA DA CARACTERIZAÇÃO DE DANOS MORAIS E DA ADEQUAÇÃO DO MONTANTE INDENIZATÓRIO DIRIMIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E NO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO DOS AUTOS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. Caso em que ofensa à Magna Carta, se existente, ocorreria de forma reflexa ou indireta. Incide, ademais, no caso, o óbice da Súmula 279 desta colenda Corte. Agravo regimental desprovido’ (AI nº 600.543/PA- AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Carlos Britto, DJ de 1º/8/08). 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878152. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11 Relatório ARE 689.607 AGR / GO ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. REEXAME DE PROV AS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 675.414/SC-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 1º/2/08). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 556.757/RJ- AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 12/5/06). Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Insiste a agravante que foram violados os incisos V e X do art. 5º da Constituição Federal e que não incide, no caso, o óbice da Súmula nº 279/STF. Aduz, in verbis, que: “No caso em comento, o Agravante busca restaurar a decisão do Tribunal Regional que demonstrou não ter havido abuso do poder diretivo da ora Agravante, e, por conseguinte não existir dano moral a ser indenizado. Não se quer aqui a interferência da Corte Superior para apreciar questão de natureza simples, pelo contrário, a matéria 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878152. Supremo Tribunal Federal ARE 689.607 AGR / GO ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. REEXAME DE PROV AS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI nº 675.414/SC-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 1º/2/08). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. NORMA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. Controvérsia decidida à luz de normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil. 2. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI nº 556.757/RJ- AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 12/5/06). Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário. Publique-se.” Insiste a agravante que foram violados os incisos V e X do art. 5º da Constituição Federal e que não incide, no caso, o óbice da Súmula nº 279/STF. Aduz, in verbis, que: “No caso em comento, o Agravante busca restaurar a decisão do Tribunal Regional que demonstrou não ter havido abuso do poder diretivo da ora Agravante, e, por conseguinte não existir dano moral a ser indenizado. Não se quer aqui a interferência da Corte Superior para apreciar questão de natureza simples, pelo contrário, a matéria 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878152. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11 Relatório ARE 689.607 AGR / GO posta está inserida na Constituição claramente, pois, a todo aquele que causar dano a outrem deve indenizar nos termos do art. 5º, V e X da CF/88, o que restou demonstrado não ter ocorrido, tendo em vista que esta sempre pautou pela saúde e meio ambiente de seus colaboradores” (fl. 524). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878152. Supremo Tribunal Federal ARE 689.607 AGR / GO posta está inserida na Constituição claramente, pois, a todo aquele que causar dano a outrem deve indenizar nos termos do art. 5º, V e X da CF/88, o que restou demonstrado não ter ocorrido, tendo em vista que esta sempre pautou pela saúde e meio ambiente de seus colaboradores” (fl. 524). É o relatório. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878152. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.607 GOIÁS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do TST confirmou, em sede de recurso de embargos, acórdão da 6ª Turma daquele Tribunal que, reformando decisão de Tribunal Regional, considerou existente o dano indenizável, consignando que: “[a]o que se verifica, o entendimento adotado pela Turma é no sentido de que o fato de a empresa controlar o tempo de utilização dos toaletes, por si só, é suficiente para gerar direito à reparação por danos morais. Assim, a par da discussão acerca da configuração, ou não, de dano moral na presente hipótese, tendo constado no acórdão em recurso ordinário que havia controle das ‘idas ao banheiro’, a conclusão adotada pela Turma não contrariou a Súmula/TST nº 126, na medida em que se ateve a dar o enquadramento jurídico à situação exposta ao seu julgamento” (fl. 490). A 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por sua vez, havia se manifestado nos seguintes termos: “Pela análise do acórdão regional, verifica-se que, no caso dos autos, restou evidenciado que realmente havia controle pela reclamada quanto ao número de idas da reclamante ao banheiro, bem como fiscalização em relação ao tempo gasto com essa finalidade. Todavia, o Regional negou provimento ao recurso ordinário da reclamante, mantendo a sentença que indeferiu o pedido de indenização por dano moral. A prática descrita pelo Regional configura descumprimento do empregador dos deveres decorrentes da boa-fé, onde se encontra o dever de zelar pela segurança e bem- Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878153. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.607 GOIÁS VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do TST confirmou, em sede de recurso de embargos, acórdão da 6ª Turma daquele Tribunal que, reformando decisão de Tribunal Regional, considerou existente o dano indenizável, consignando que: “[a]o que se verifica, o entendimento adotado pela Turma é no sentido de que o fato de a empresa controlar o tempo de utilização dos toaletes, por si só, é suficiente para gerar direito à reparação por danos morais. Assim, a par da discussão acerca da configuração, ou não, de dano moral na presente hipótese, tendo constado no acórdão em recurso ordinário que havia controle das ‘idas ao banheiro’, a conclusão adotada pela Turma não contrariou a Súmula/TST nº 126, na medida em que se ateve a dar o enquadramento jurídico à situação exposta ao seu julgamento” (fl. 490). A 6ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho, por sua vez, havia se manifestado nos seguintes termos: “Pela análise do acórdão regional, verifica-se que, no caso dos autos, restou evidenciado que realmente havia controle pela reclamada quanto ao número de idas da reclamante ao banheiro, bem como fiscalização em relação ao tempo gasto com essa finalidade. Todavia, o Regional negou provimento ao recurso ordinário da reclamante, mantendo a sentença que indeferiu o pedido de indenização por dano moral. A prática descrita pelo Regional configura descumprimento do empregador dos deveres decorrentes da boa-fé, onde se encontra o dever de zelar pela segurança e bem- Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878153. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 689.607 AGR / GO estar do empregado no ambiente de trabalho. O fato de o empregador exercer de forma abusiva seu poder diretivo (art. 2º da CLT), com a utilização de práticas degradantes imprimidas a seus trabalhadores, configura violação dos direitos de personalidade, à honra, à imagem, à própria dignidade da pessoa humana, constitucionalmente consagrada (art. 1º, III). (...) Assim, a restrição ao uso de toaletes e a fiscalização em relação ao tempo gasto com essa finalidade não podem ser consideradas condutas razoáveis, pois configuram afronta à dignidade da pessoa humana e à privacidade, aliada ao abuso do poder diretivo do empregador” (fl. 441). Desse modo, é certo que para divergir desse entendimento e acolher a tese da agravante, no sentido de que não atuou de forma abusiva, bem como de que não restou configurado o dano moral, seria necessário analisar os fatos e as provas dos autos, o que é inadmissível em recurso extraordinário. Incidência a Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHO E CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR. COMPROVAÇÃO DE CULPA. DANO MORAL E MATERIAL. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. 1. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo o óbice da Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal. 2. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878153. Supremo Tribunal Federal ARE 689.607 AGR / GO estar do empregado no ambiente de trabalho. O fato de o empregador exercer de forma abusiva seu poder diretivo (art. 2º da CLT), com a utilização de práticas degradantes imprimidas a seus trabalhadores, configura violação dos direitos de personalidade, à honra, à imagem, à própria dignidade da pessoa humana, constitucionalmente consagrada (art. 1º, III). (...) Assim, a restrição ao uso de toaletes e a fiscalização em relação ao tempo gasto com essa finalidade não podem ser consideradas condutas razoáveis, pois configuram afronta à dignidade da pessoa humana e à privacidade, aliada ao abuso do poder diretivo do empregador” (fl. 441). Desse modo, é certo que para divergir desse entendimento e acolher a tese da agravante, no sentido de que não atuou de forma abusiva, bem como de que não restou configurado o dano moral, seria necessário analisar os fatos e as provas dos autos, o que é inadmissível em recurso extraordinário. Incidência a Súmula nº 279 desta Corte. Nesse sentido, anote-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRABALHO E CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR. COMPROVAÇÃO DE CULPA. DANO MORAL E MATERIAL. AUSÊNCIA DO NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA AO TEXTO DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. 1. O requisito do prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo o óbice da Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal. 2. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878153. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 689.607 AGR / GO AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 3. A alegação de ofensa aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se ocorrente, seria indireta ou reflexa. Precedentes: AI n. 803.857-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 17.03.11; AI n. 812.678-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 08.02.11; AI n. 513.804- AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, 1ª Turma, DJ 01.02.11 . 4. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 5. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 6. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘RESPONSABILIDADE CIVIL. Morte no exercício laboral. Incúria de ex-empregadora. Exposição à atividade de risco, sem estrutura de segurança. Culpa patronal bem caracterizada. Procedência de demanda reparatória. Pensão à companheira e filhos, com direito de acrescer. Verba a título de dano moral. Recurso dos autores. Provimento. Apelo da ré. Desprovido.’ 7. Agravo regimental desprovido” (AI nº 766.231/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 14/8/12). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS. CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INSUBSISTÊNCIA. 1. Não é possível, em recurso extraordinário, analisar o acervo fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF). 2. De mais a mais, o aresto impugnado, em que pese haver dissentido dos interesses da parte agravante, está devidamente fundamentado. Logo, não cabe falar em ofensa ao inciso IX do art. 93 da 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878153. Supremo Tribunal Federal ARE 689.607 AGR / GO AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 3. A alegação de ofensa aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se ocorrente, seria indireta ou reflexa. Precedentes: AI n. 803.857-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 17.03.11; AI n. 812.678-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ 08.02.11; AI n. 513.804- AgR, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, 1ª Turma, DJ 01.02.11 . 4. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 5. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 6. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: ‘RESPONSABILIDADE CIVIL. Morte no exercício laboral. Incúria de ex-empregadora. Exposição à atividade de risco, sem estrutura de segurança. Culpa patronal bem caracterizada. Procedência de demanda reparatória. Pensão à companheira e filhos, com direito de acrescer. Verba a título de dano moral. Recurso dos autores. Provimento. Apelo da ré. Desprovido.’ 7. Agravo regimental desprovido” (AI nº 766.231/SP-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 14/8/12). “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS. CONTROVÉRSIA DECIDIDA À LUZ DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO DOS AUTOS. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AO INCISO IX DO ART. 93 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INSUBSISTÊNCIA. 1. Não é possível, em recurso extraordinário, analisar o acervo fático-probatório dos autos (Súmula 279/STF). 2. De mais a mais, o aresto impugnado, em que pese haver dissentido dos interesses da parte agravante, está devidamente fundamentado. Logo, não cabe falar em ofensa ao inciso IX do art. 93 da 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878153. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 689.607 AGR / GO Constituição Republicana. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 555.546/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 11/5/12). “PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. REEXAME DE PROVA. SÚMULA 279 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - Matéria demanda o reexame de conjunto fático-probatório, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - Embargos de declaração convertidos em agravo regimental, a que se nega provimento” (AI nº 655.792/RJ-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 8/2/08). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878153. Supremo Tribunal Federal ARE 689.607 AGR / GO Constituição Republicana. 3. Agravo regimental desprovido” (AI nº 555.546/PR-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 11/5/12). “PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. REEXAME DE PROVA. SÚMULA 279 DO STF. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO. I - Matéria demanda o reexame de conjunto fático-probatório, o que atrai a incidência da Súmula 279 do STF. II - O acórdão recorrido dirimiu a questão dos autos com base na legislação infraconstitucional aplicável à espécie. Inadmissibilidade do RE, porquanto a ofensa à Constituição, se ocorrente, seria indireta. III - Embargos de declaração convertidos em agravo regimental, a que se nega provimento” (AI nº 655.792/RJ-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 8/2/08). Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2878153. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.607 PROCED. : GOIÁS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : TELEPERFORMANCE CRM S/A ADV.(A/S) : EDUARDO VALDERRAMAS FILHO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : JOANA D'ARC MARTINS ADV.(A/S) : WELINTON DA SILVA MARQUES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848651 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.607 PROCED. : GOIÁS RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : TELEPERFORMANCE CRM S/A ADV.(A/S) : EDUARDO VALDERRAMAS FILHO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : JOANA D'ARC MARTINS ADV.(A/S) : WELINTON DA SILVA MARQUES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848651 Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2914892
2012-09-18T00:00:00
2012-10-10T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Indenização. Dano patrimonial. Dever de indenizar. Legislação infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. As instâncias de origem concluíram, com base na legislação infraconstitucional e nos fatos e nas provas dos autos, que restaram demonstrados os pressupostos legais da responsabilidade civil, bem como que a agravante tinha o dever de indenizar a agravada pelo dano patrimonial por ela sofrido. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279 desta Corte. 3. Agravo regimental não provido.
sjur216433
- Acórdãos citados: AI 766231 AgR, AI 555546 AgR, AI 655792 ED. Número de páginas: 11. Análise: 23/10/2012, AMS.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
689607
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMTST-000126 \r\n SÚMULA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 689607 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : TELEPERFORMANCE CRM S/A ADV.(A/S) : EDUARDO VALDERRAMAS FILHO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : JOANA D'ARC MARTINS ADV.(A/S) : WELINTON DA SILVA MARQUES
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689 . 607", "ARE 689 . 607 AGR / GO", "ARE 689 . 607 AGR / GO", "SÚMULA", "/", "TST [UNK] 126", "Súmula", "/", "TST [UNK] 126", "Súmula", "TST [UNK] 126", "ARE 689 . 607 AGR", "Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS", "Súmula [UNK] 279 desta Corte", "SÚMULA 279 DO STF", "AI [UNK] 600 . 543", "ARE 689 . 607 AGR / GO", "SÚMULA 279 DO STF", "AI [UNK] 600 . 543 / PA - AgR", "ARE 689 . 607 AGR /", "AI [UNK] 675 . 414 / SC - AgR", "Súmula n . 279 do STF", "AI [UNK] 556 . 757 / RJ - AgR", "Súmula [UNK] 279 / STF", "ARE 689 . 607 AGR / GO", "AI [UNK] 675 . 414 / SC - AgR", "Súmula n . 279 do STF", "AI [UNK] 556 . 757 / RJ - AgR", "Súmula [UNK] 279 / STF", "ARE 689 . 607 AGR /", "ARE 689 . 607 AGR", "Súmula / TST [UNK] 126", "Súmula", "TST [UNK] 126", "ARE 689 . 607 AGR / GO", "Súmula [UNK] 279 desta Corte", "SÚMULA 279 / STF", "Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal", "AI n . 738 . 145 - AgR", "AI n . 482 . 317 - AgR", "ARE 689 . 607 AGR / GO", "Súmula [UNK] 279 desta Corte", "SÚMULA 279 / STF", "Súmula 282 do Supremo Tribunal Federal", "AI n . 738 . 145 - AgR", "AI n . 482 . 317 - AgR", "AI n . 646 . 103 - AgR", "AI n . 803 . 857 - AgR", "AI n . 812 . 678 - AgR", "AI n . 513 . 804 - AgR", "Súmula 279 / STF", "AI [UNK] 766 . 231 / SP - AgR", "Súmula 279 / STF", "AI n . 646 . 103 - AgR", "AI n . 803 . 857 - AgR", "AI n . 812 . 678 - AgR", "AI n . 513 . 804 - AgR", "Súmula 279 / STF", "AI [UNK] 766 . 231 / SP - AgR", "Súmula 279 / STF", "AI [UNK] 555 . 546 / PR - AgR", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula 279 do STF", "AI [UNK] 655 . 792 / RJ - ED", "ARE 689 . 607 AGR / GO", "AI [UNK] 555 . 546 / PR - AgR", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula 279 do STF", "AI [UNK] 655 . 792 / RJ - ED" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI [UNK] 11 . 496 / 2007", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI [UNK] 11 . 496 / 2007", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo [UNK] , incisos V e X , da Constituição Federal", "artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Emenda Regimental [UNK] 21 / 07", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo [UNK] , incisos V e X , da Constituição Federal", "artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "Emenda Regimental [UNK] 21 / 07", "Magna Carta", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição do Brasil", "incisos V e X do art . 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A .", "Subseção de Dissídios Individuais I do Tribunal Superior do Trabalho", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "TELEPERFORMANCE CRM S / A", "Teleperformance CRM S . A .", "Subseção de Dissídios Individuais I do Tribunal Superior do Trabalho", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Tribunal Pleno", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal Pleno", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do TST", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma do Tribunal Superior do Trabalho", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "Subseção I Especializada em Dissídios Individuais do TST", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma do Tribunal Superior do Trabalho", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.018 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :SEBASTIAO CAMPOS DUARTE ADV.(A/S) :FLÁVIO MARQUES ALEXANDRINO NOGUEIRA ADV.(A/S) :LUIZ CESAR ALMEIDA DE CARVALHO AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Previdenciário. Fator previdenciário. Constitucionalidade. EC nº 20/98. Aposentadoria proporcional. Forma de cálculo. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Plenário desta Corte, no julgamento da ADI nº 2.111/DF-MC, Relator o Ministro Sydney Sanches, afastou a alegação de inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 9.876/99 relativamente à parte em que se deu nova redação ao art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91, com a introdução do fator previdenciário no cálculo do benefício. 2. Esta Corte já se pronunciou no sentido de que, após as alterações introduzidas na Constituição pela EC nº 20/98, a forma de calcular a aposentadoria proporcional passou à disciplina do legislador ordinário. 3. Para aferir se o agravante preencheu ou não os requisitos legais para a percepção do benefício, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional e reexaminar os fatos e as provas dos autos, o que é inadmissível em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865250. Supremo Tribunal Federal DJe 05/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12 Ementa e Acórdão ARE 680.018 AGR / RJ Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865250. Supremo Tribunal Federal ARE 680.018 AGR / RJ Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865250. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.018 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :SEBASTIAO CAMPOS DUARTE ADV.(A/S) :FLÁVIO MARQUES ALEXANDRINO NOGUEIRA ADV.(A/S) :LUIZ CESAR ALMEIDA DE CARVALHO AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Sebastião Campos Duarte interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, que confirmou a sentença de primeiro grau que julgou improcedente o pedido de revisão do benefício previdenciário do autor. Opostos embargos de declaração, foram rejeitados. No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 9º, inciso I, parágrafo 1º, inciso I, alíneas ‘a’ e ‘b’ da EC nº 20/98, pede para afastar a incidência do fator previdenciário e declarar a inconstitucionalidade da aplicação conjunta do fator previdenciário com as regras de transição. Decido. Não merece prosperar a irresignação. O acórdão recorrido está em sintonia com a jurisprudência desta Corte que no julgamento da ADI nº 2.111/DF-MC, Relator o Ministro Sydney Sanches, decidiu pela constitucionalidade Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.018 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :SEBASTIAO CAMPOS DUARTE ADV.(A/S) :FLÁVIO MARQUES ALEXANDRINO NOGUEIRA ADV.(A/S) :LUIZ CESAR ALMEIDA DE CARVALHO AGDO.(A/S) :INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL FEDERAL RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Sebastião Campos Duarte interpõe tempestivo agravo regimental contra decisão em que conheci de agravo para negar seguimento ao recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação: “Vistos. Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário interposto contra acórdão da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Estado do Rio de Janeiro, que confirmou a sentença de primeiro grau que julgou improcedente o pedido de revisão do benefício previdenciário do autor. Opostos embargos de declaração, foram rejeitados. No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo 9º, inciso I, parágrafo 1º, inciso I, alíneas ‘a’ e ‘b’ da EC nº 20/98, pede para afastar a incidência do fator previdenciário e declarar a inconstitucionalidade da aplicação conjunta do fator previdenciário com as regras de transição. Decido. Não merece prosperar a irresignação. O acórdão recorrido está em sintonia com a jurisprudência desta Corte que no julgamento da ADI nº 2.111/DF-MC, Relator o Ministro Sydney Sanches, decidiu pela constitucionalidade Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12 Relatório ARE 680.018 AGR / RJ do fator previdenciário. O citado julgado está assim ementado: ‘DIREITO CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. PREVIDÊNCIA SOCIAL: CÁLCULO DO BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI Nº 9.876, DE 26.11.1999, OU, AO MENOS, DO RESPECTIVO ART. 2º (NA PARTE EM QUE ALTEROU A REDAÇÃO DO ART. 29, ‘CAPUT’, INCISOS E PARÁGRAFOS DA LEI Nº 8.213/91), BEM COMO DE SEU ART. 3º. ALEGAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA LEI, POR VIOLAÇÃO AO ART. 65, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E DE QUE SEUS ARTIGOS 2º (NA PARTE REFERIDA) E 3º IMPLICAM INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL, POR AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, XXXVI, E 201, §§ 1º E 7º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E AO ART. 3º DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15.12.1998. MEDIDA CAUTELAR (...). 2. Quanto à alegação de inconstitucionalidade material do art. 2º da Lei nº 9.876/99, na parte em que deu nova redação ao art. 29, ‘caput’, incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91, a um primeiro exame, parecem corretas as objeções da Presidência da República e do Congresso Nacional. É que o art. 201, §§ 1º e 7º, da C.F., com a redação dada pela E.C. nº 20, de 15.12.1998, cuidaram apenas, no que aqui interessa, dos requisitos para a obtenção do benefício da aposentadoria. No que tange ao montante do benefício, ou seja, quanto aos proventos da aposentadoria, propriamente ditos, a Constituição Federal de 5.10.1988, em seu texto originário, dele cuidava no art. 202. O texto atual da Constituição, porém, com o advento da E.C. nº 20/98, já não trata dessa matéria, que, assim, fica remetida ‘aos termos da lei’, a que se referem o ‘caput’ e o § 7º do novo art. 201. Ora, se a Constituição, em seu texto em vigor, já não trata do cálculo do montante do benefício da aposentadoria, ou 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Supremo Tribunal Federal ARE 680.018 AGR / RJ do fator previdenciário. O citado julgado está assim ementado: ‘DIREITO CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. PREVIDÊNCIA SOCIAL: CÁLCULO DO BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI Nº 9.876, DE 26.11.1999, OU, AO MENOS, DO RESPECTIVO ART. 2º (NA PARTE EM QUE ALTEROU A REDAÇÃO DO ART. 29, ‘CAPUT’, INCISOS E PARÁGRAFOS DA LEI Nº 8.213/91), BEM COMO DE SEU ART. 3º. ALEGAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA LEI, POR VIOLAÇÃO AO ART. 65, PARÁGRAFO ÚNICO, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E DE QUE SEUS ARTIGOS 2º (NA PARTE REFERIDA) E 3º IMPLICAM INCONSTITUCIONALIDADE MATERIAL, POR AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, XXXVI, E 201, §§ 1º E 7º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, E AO ART. 3º DA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15.12.1998. MEDIDA CAUTELAR (...). 2. Quanto à alegação de inconstitucionalidade material do art. 2º da Lei nº 9.876/99, na parte em que deu nova redação ao art. 29, ‘caput’, incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91, a um primeiro exame, parecem corretas as objeções da Presidência da República e do Congresso Nacional. É que o art. 201, §§ 1º e 7º, da C.F., com a redação dada pela E.C. nº 20, de 15.12.1998, cuidaram apenas, no que aqui interessa, dos requisitos para a obtenção do benefício da aposentadoria. No que tange ao montante do benefício, ou seja, quanto aos proventos da aposentadoria, propriamente ditos, a Constituição Federal de 5.10.1988, em seu texto originário, dele cuidava no art. 202. O texto atual da Constituição, porém, com o advento da E.C. nº 20/98, já não trata dessa matéria, que, assim, fica remetida ‘aos termos da lei’, a que se referem o ‘caput’ e o § 7º do novo art. 201. Ora, se a Constituição, em seu texto em vigor, já não trata do cálculo do montante do benefício da aposentadoria, ou 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12 Relatório ARE 680.018 AGR / RJ melhor, dos respectivos proventos, não pode ter sido violada pelo art. 2º da Lei nº 9.876, de 26.11.1999, que, dando nova redação ao art. 29 da Lei nº 8.213/91, cuidou exatamente disso. E em cumprimento, aliás, ao ‘caput’ e ao parágrafo 7º do novo art. 201. 3. Aliás, com essa nova redação, não deixaram de ser adotados, na Lei, critérios destinados a preservar o equilíbrio financeiro e atuarial, como determinado no ‘caput’ do novo art. 201. O equilíbrio financeiro é o previsto no orçamento geral da União. E o equilíbrio atuarial foi buscado, pela Lei, com critérios relacionados com a expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria, com o tempo de contribuição e com a idade, até esse momento, e, ainda, com a alíquota de contribuição correspondente a 0,31. 4. Fica, pois, indeferida a medida cautelar de suspensão do art. 2º da Lei nº 9.876/99, na parte em que deu nova redação ao art. 29, ‘caput’, incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91. 5. Também não parece caracterizada violação do inciso XXXVI do art. 5º da C.F., pelo art. 3º da Lei impugnada. É que se trata, aí, de norma de transição, para os que, filiados à Previdência Social até o dia anterior ao da publicação da Lei, só depois vieram ou vierem a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social. 6. Enfim, a Ação Direta de Inconstitucionalidade não é conhecida, no ponto em que impugna toda a Lei nº 9.876/99, ao argumento de inconstitucionalidade formal (art. 65, parágrafo único, da Constituição Federal). É conhecida, porém, quanto à impugnação dos artigos 2º (na parte em que deu nova redação ao art. 29, seus incisos e parágrafos da Lei nº 8.213/91) e 3º daquele diploma. Mas, nessa parte, resta indeferida a medida cautelar’ (DJ de 5/12/03). Nesse sentido, as seguintes decisões monocráticas: ARE nº 648.204/RJ, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/8/11; ARE nº 648.195/RJ, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Supremo Tribunal Federal ARE 680.018 AGR / RJ melhor, dos respectivos proventos, não pode ter sido violada pelo art. 2º da Lei nº 9.876, de 26.11.1999, que, dando nova redação ao art. 29 da Lei nº 8.213/91, cuidou exatamente disso. E em cumprimento, aliás, ao ‘caput’ e ao parágrafo 7º do novo art. 201. 3. Aliás, com essa nova redação, não deixaram de ser adotados, na Lei, critérios destinados a preservar o equilíbrio financeiro e atuarial, como determinado no ‘caput’ do novo art. 201. O equilíbrio financeiro é o previsto no orçamento geral da União. E o equilíbrio atuarial foi buscado, pela Lei, com critérios relacionados com a expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria, com o tempo de contribuição e com a idade, até esse momento, e, ainda, com a alíquota de contribuição correspondente a 0,31. 4. Fica, pois, indeferida a medida cautelar de suspensão do art. 2º da Lei nº 9.876/99, na parte em que deu nova redação ao art. 29, ‘caput’, incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91. 5. Também não parece caracterizada violação do inciso XXXVI do art. 5º da C.F., pelo art. 3º da Lei impugnada. É que se trata, aí, de norma de transição, para os que, filiados à Previdência Social até o dia anterior ao da publicação da Lei, só depois vieram ou vierem a cumprir as condições exigidas para a concessão dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social. 6. Enfim, a Ação Direta de Inconstitucionalidade não é conhecida, no ponto em que impugna toda a Lei nº 9.876/99, ao argumento de inconstitucionalidade formal (art. 65, parágrafo único, da Constituição Federal). É conhecida, porém, quanto à impugnação dos artigos 2º (na parte em que deu nova redação ao art. 29, seus incisos e parágrafos da Lei nº 8.213/91) e 3º daquele diploma. Mas, nessa parte, resta indeferida a medida cautelar’ (DJ de 5/12/03). Nesse sentido, as seguintes decisões monocráticas: ARE nº 648.204/RJ, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 19/8/11; ARE nº 648.195/RJ, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12 Relatório ARE 680.018 AGR / RJ DJe de 22/8/11; e RE nº 647.924/SC, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 2/12/11. Ademais, o Supremo Tribunal Federal já assentou que a questão relativa à forma de cálculo da aposentadoria proporcional não tem mais natureza constitucional, pois, com o advento da Emenda Constitucional n. 20/1998, a matéria foi disciplinada pelo legislador ordinário. Desse modo, para ultrapassar o entendimento das instâncias de origem seria necessário reexame dos fatos e provas dos autos e da legislação infraconstitucional pertinente ao caso, o que se mostra incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Nesse sentido: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. CÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL – INCIDÊNCIA DO FATOR PREVIDENCIÁRIO. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E NO CONJUNTO PROBATÓRIO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (ARE nº 687.065/RS- AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 16/8/12). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PREVIDENCIÁRIO. RENDA MENSAL INICIAL. FATOR PREVIDENCIÁRIO. CÁLCULO. LEI Nº 9.876/99. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. No julgamento da ADI n.º 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Supremo Tribunal Federal ARE 680.018 AGR / RJ DJe de 22/8/11; e RE nº 647.924/SC, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 2/12/11. Ademais, o Supremo Tribunal Federal já assentou que a questão relativa à forma de cálculo da aposentadoria proporcional não tem mais natureza constitucional, pois, com o advento da Emenda Constitucional n. 20/1998, a matéria foi disciplinada pelo legislador ordinário. Desse modo, para ultrapassar o entendimento das instâncias de origem seria necessário reexame dos fatos e provas dos autos e da legislação infraconstitucional pertinente ao caso, o que se mostra incabível em sede de recurso extraordinário. Incidência da Súmula nº 279/STF. Nesse sentido: ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. CÁLCULO DA RENDA MENSAL INICIAL – INCIDÊNCIA DO FATOR PREVIDENCIÁRIO. ACÓRDÃO FUNDAMENTADO NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E NO CONJUNTO PROBATÓRIO. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (ARE nº 687.065/RS- AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 16/8/12). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PREVIDENCIÁRIO. RENDA MENSAL INICIAL. FATOR PREVIDENCIÁRIO. CÁLCULO. LEI Nº 9.876/99. INTERPRETAÇÃO DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. 1. No julgamento da ADI n.º 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12 Relatório ARE 680.018 AGR / RJ 2.111/DF-MC, Relator o Ministro Sydney Sanches, em que se impugnava a Lei n.º 9.876/99, o Plenário do Supremo Tribunal Federal não conheceu da ação direta em razão da falta de demonstração da alegada inconstitucionalidade formal (Lei n.º 9.868/99, artigo 3º, I), na parte em que se sustentava violação ao processo legislativo (CF, artigo 65, parágrafo único), e prosseguindo no julgamento, por maioria, indeferiu o pedido de medida cautelar relativamente ao artigo 2º da Lei 9.876/99, na parte em que introduziu o fator previdenciário (nova redação dada ao artigo 29 da Lei n.º 8.213/91). Considerou-se, à primeira vista, não estar caracterizada a alegada violação ao artigo 201, § 7º, da CF, dado que, com o advento da EC n.º 20/98, os critérios para o cálculo do benefício foram delegados ao legislador ordinário (CF, artigo 201: A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (...) § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:’). 2. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 3. In casu, o acórdão recorrido originariamente assentou: ‘PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA PELO STF. REGRA DE TRANSIÇÃO EC 20/98 ASSEGURA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA PROPORCIONAL APÓS A EXTINÇÃO DESDE BENEFÍCIO, EXIGINDO PEDÁGIO E IDADE MÍNIMA. NÃO IMPEDE APLICAÇÃO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO’. 4. Agravo regimental 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Supremo Tribunal Federal ARE 680.018 AGR / RJ 2.111/DF-MC, Relator o Ministro Sydney Sanches, em que se impugnava a Lei n.º 9.876/99, o Plenário do Supremo Tribunal Federal não conheceu da ação direta em razão da falta de demonstração da alegada inconstitucionalidade formal (Lei n.º 9.868/99, artigo 3º, I), na parte em que se sustentava violação ao processo legislativo (CF, artigo 65, parágrafo único), e prosseguindo no julgamento, por maioria, indeferiu o pedido de medida cautelar relativamente ao artigo 2º da Lei 9.876/99, na parte em que introduziu o fator previdenciário (nova redação dada ao artigo 29 da Lei n.º 8.213/91). Considerou-se, à primeira vista, não estar caracterizada a alegada violação ao artigo 201, § 7º, da CF, dado que, com o advento da EC n.º 20/98, os critérios para o cálculo do benefício foram delegados ao legislador ordinário (CF, artigo 201: A previdência social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da lei, a: (...) § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:’). 2. A violação indireta ou reflexa das regras constitucionais não enseja recurso extraordinário. Precedentes: AI n. 738.145 - AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, 2ª Turma, DJ 25.02.11; AI n. 482.317-AgR, Rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma DJ 15.03.11; AI n. 646.103-AgR, Rel. Ministra CÁRMEN LÚCIA, 1ª Turma, DJ 18.03.11. 3. In casu, o acórdão recorrido originariamente assentou: ‘PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO DE BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONALIDADE RECONHECIDA PELO STF. REGRA DE TRANSIÇÃO EC 20/98 ASSEGURA A CONCESSÃO DA APOSENTADORIA PROPORCIONAL APÓS A EXTINÇÃO DESDE BENEFÍCIO, EXIGINDO PEDÁGIO E IDADE MÍNIMA. NÃO IMPEDE APLICAÇÃO DO FATOR PREVIDENCIÁRIO. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO’. 4. Agravo regimental 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12 Relatório ARE 680.018 AGR / RJ desprovido’ (ARE nº 681.049/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 20/6/12). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. REVISÃO DE BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO: AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (ARE nº 684.245/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 16/8/12). Em arremate, tem-se que tampouco com relação à alínea ‘b’, do permissivo constitucional, o recurso merece êxito, pois o acórdão regional não declarou a inconstitucionalidade de nenhuma lei, mas apenas cuidou de interpretar as normas legais que entendeu aplicáveis ao caso. Nesse sentido, o seguinte precedente: ‘CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL. MANDADO DE SEGURANÇA. ADMISSIBILIDADE. REALIZAÇÃO DE EXAME SUPLETIVO. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de matéria infraconstitucional. II – O Tribunal a quo não declarou inconstitucional lei federal ou tratado, incabível a interposição de recurso extraordinário com base na alínea b do art. 102, III, da Constituição. III - Agravo regimental improvido’ (AI nº 627.609-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 6/6/08). Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. Publique-se.” 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Supremo Tribunal Federal ARE 680.018 AGR / RJ desprovido’ (ARE nº 681.049/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 20/6/12). ‘AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. REVISÃO DE BENEFÍCIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO: AUSÊNCIA DE CONTRARIEDADE À CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (ARE nº 684.245/RJ-AgR, Primeira Turma, Relator a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 16/8/12). Em arremate, tem-se que tampouco com relação à alínea ‘b’, do permissivo constitucional, o recurso merece êxito, pois o acórdão regional não declarou a inconstitucionalidade de nenhuma lei, mas apenas cuidou de interpretar as normas legais que entendeu aplicáveis ao caso. Nesse sentido, o seguinte precedente: ‘CONSTITUCIONAL. PROCESSUAL. MANDADO DE SEGURANÇA. ADMISSIBILIDADE. REALIZAÇÃO DE EXAME SUPLETIVO. OFENSA REFLEXA. AGRAVO IMPROVIDO. I – A apreciação dos temas constitucionais, no caso, depende do prévio exame de matéria infraconstitucional. II – O Tribunal a quo não declarou inconstitucional lei federal ou tratado, incabível a interposição de recurso extraordinário com base na alínea b do art. 102, III, da Constituição. III - Agravo regimental improvido’ (AI nº 627.609-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 6/6/08). Ante o exposto, nego provimento ao agravo de instrumento. Publique-se.” 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12 Relatório ARE 680.018 AGR / RJ Aduz o agravante, in verbis, que: “A parte autora recebe benefício previdenciário de aposentadoria por tempo de contribuição, tendo seu benefício sido calculado e deferido mediante o cumprimento das condições estabelecidas pela REGRA DE TRANSIÇÃO contida na Emenda Constitucional no. 20, de 15/12/1998, ou seja, com o SISTEMA DE COEFICIENTES DE CÁLCULO, CUMPRIMENTO DE IDADE MÍNIMA e PEDÁGIO sobre o tempo que, em 16/12/1998, faltava para atingir o tempo de contribuição mínimo apto a autorizar a sua aposentadoria. Entende, em apertada síntese, que a REGRA DE TRANSIÇÃO que lhe permitiu a aposentadoria proporcional é aquela expressamente prevista no corpo da EC 20/1998, ou seja, legislação posterior não poderia modificar os critérios ou agravar as condições para sua aposentadoria, como ocorreu, especificamente, com a criação do fator previdenciário, através da Lei 9.876 de 28/11/1999. (...) em outras palavras, entende que o conceito de salário- de-benefício trazido pela Lei 9.876/99, de 26 de novembro de 1999, não poderia piorar a situação jurídica que a Emenda Constitucional 20, de 16/12/1998, já havia lhe assegurado (...) (...) É óbvio que até mesmo a REGRA DE TRANSIÇÃO contida na Emenda Constitucional 20/98 poderia ser mudada - para pior sob a perspectiva do segurado – desde que outra Emenda Constitucional fosse o veículo eleito. O problema é que uma simples LEI não poderia, em hipótese alguma, alterar situação criada por uma EMENDA CONSTITUCIONAL, sob pena de flagrante inconstitucionalidade formal, pois não se pode admitir que norma de hierarquia inferior - Lei 9.876/99 - altere o conteúdo de norma constitucional - Emenda Constitucional 20/98.” É o relatório. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Supremo Tribunal Federal ARE 680.018 AGR / RJ Aduz o agravante, in verbis, que: “A parte autora recebe benefício previdenciário de aposentadoria por tempo de contribuição, tendo seu benefício sido calculado e deferido mediante o cumprimento das condições estabelecidas pela REGRA DE TRANSIÇÃO contida na Emenda Constitucional no. 20, de 15/12/1998, ou seja, com o SISTEMA DE COEFICIENTES DE CÁLCULO, CUMPRIMENTO DE IDADE MÍNIMA e PEDÁGIO sobre o tempo que, em 16/12/1998, faltava para atingir o tempo de contribuição mínimo apto a autorizar a sua aposentadoria. Entende, em apertada síntese, que a REGRA DE TRANSIÇÃO que lhe permitiu a aposentadoria proporcional é aquela expressamente prevista no corpo da EC 20/1998, ou seja, legislação posterior não poderia modificar os critérios ou agravar as condições para sua aposentadoria, como ocorreu, especificamente, com a criação do fator previdenciário, através da Lei 9.876 de 28/11/1999. (...) em outras palavras, entende que o conceito de salário- de-benefício trazido pela Lei 9.876/99, de 26 de novembro de 1999, não poderia piorar a situação jurídica que a Emenda Constitucional 20, de 16/12/1998, já havia lhe assegurado (...) (...) É óbvio que até mesmo a REGRA DE TRANSIÇÃO contida na Emenda Constitucional 20/98 poderia ser mudada - para pior sob a perspectiva do segurado – desde que outra Emenda Constitucional fosse o veículo eleito. O problema é que uma simples LEI não poderia, em hipótese alguma, alterar situação criada por uma EMENDA CONSTITUCIONAL, sob pena de flagrante inconstitucionalidade formal, pois não se pode admitir que norma de hierarquia inferior - Lei 9.876/99 - altere o conteúdo de norma constitucional - Emenda Constitucional 20/98.” É o relatório. 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865247. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.018 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Consoante expresso na decisão agravada, o Plenário desta Corte, no julgamento da ADI nº 2.111/DF-MC, Relator o Ministro Sydney Sanches, afastou a alegação de inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 9.876/99 relativamente à parte em que se deu nova redação ao art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91, com a introdução do fator previdenciário no cálculo do benefício, razão pela qual é de ser aplicado. O acórdão recorrido não divergiu desse entendimento. Sobre o tema, anotem-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 29, CAPUT, INCISOS E PARÁGRAFOS, DA LEI N. 8.213/1991 AFASTADA. PRECEDENTE DO PLENÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº 648.204/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 29/3/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. ART. 5º, I, DA CF. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. FATOR PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONALIDADE. ADI 2.111-MC/DF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento do art. 5º, I, da Constituição Federal. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. II - O Plenário desta Corte, no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865248. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.018 RIO DE JANEIRO VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Não merece prosperar a irresignação. Consoante expresso na decisão agravada, o Plenário desta Corte, no julgamento da ADI nº 2.111/DF-MC, Relator o Ministro Sydney Sanches, afastou a alegação de inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 9.876/99 relativamente à parte em que se deu nova redação ao art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91, com a introdução do fator previdenciário no cálculo do benefício, razão pela qual é de ser aplicado. O acórdão recorrido não divergiu desse entendimento. Sobre o tema, anotem-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. FATOR PREVIDENCIÁRIO. INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 29, CAPUT, INCISOS E PARÁGRAFOS, DA LEI N. 8.213/1991 AFASTADA. PRECEDENTE DO PLENÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº 648.204/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 29/3/12). “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. ART. 5º, I, DA CF. PREQUESTIONAMENTO. AUSÊNCIA. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. FATOR PREVIDENCIÁRIO. CONSTITUCIONALIDADE. ADI 2.111-MC/DF. AGRAVO IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento do art. 5º, I, da Constituição Federal. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o recurso, a teor da Súmula 356 do STF. II - O Plenário desta Corte, no julgamento da ADI 2.111-MC/DF, Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865248. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI ARE 680.018 AGR / RJ Rel. Min. Sydney Sanches, entendeu constitucional o fator previdenciário previsto no art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei 8.213/1991, com redação dada pelo art. 2º da Lei 9.876/1999. III - Agravo regimental improvido” (ARE nº 648.195/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 14/2/12). Ademais, esta Corte já se pronunciou no sentido de que, após as alterações introduzidas na Constituição pela EC nº 20/98, a forma de calcular a aposentadoria proporcional passou à disciplina do legislador ordinário. Assim, para divergir do Tribunal de origem e concluir que o agravante teria efetivamente preenchido os requisitos legais para a percepção do benefício previdenciário em comento, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional e reexaminar os fatos e as provas dos autos, o que é inadmissível em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Nesse sentido, além dos precedentes citados na decisão agravada, registre-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. CRITÉRIOS DE CÁLCULO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 849.720/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 14/9/11). Nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865248. Supremo Tribunal Federal ARE 680.018 AGR / RJ Rel. Min. Sydney Sanches, entendeu constitucional o fator previdenciário previsto no art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei 8.213/1991, com redação dada pelo art. 2º da Lei 9.876/1999. III - Agravo regimental improvido” (ARE nº 648.195/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 14/2/12). Ademais, esta Corte já se pronunciou no sentido de que, após as alterações introduzidas na Constituição pela EC nº 20/98, a forma de calcular a aposentadoria proporcional passou à disciplina do legislador ordinário. Assim, para divergir do Tribunal de origem e concluir que o agravante teria efetivamente preenchido os requisitos legais para a percepção do benefício previdenciário em comento, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional e reexaminar os fatos e as provas dos autos, o que é inadmissível em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. Nesse sentido, além dos precedentes citados na decisão agravada, registre-se: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA PROPORCIONAL. CRITÉRIOS DE CÁLCULO. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº 849.720/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 14/9/11). Nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2865248. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.018 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : SEBASTIAO CAMPOS DUARTE ADV.(A/S) : FLÁVIO MARQUES ALEXANDRINO NOGUEIRA ADV.(A/S) : LUIZ CESAR ALMEIDA DE CARVALHO AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848643 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.018 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : SEBASTIAO CAMPOS DUARTE ADV.(A/S) : FLÁVIO MARQUES ALEXANDRINO NOGUEIRA ADV.(A/S) : LUIZ CESAR ALMEIDA DE CARVALHO AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848643 Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2885746
2012-09-18T00:00:00
2012-10-05T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Previdenciário. Fator previdenciário. Constitucionalidade. EC nº 20/98. Aposentadoria proporcional. Forma de cálculo. Legislação infraconstitucional. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade. Precedentes. 1. O Plenário desta Corte, no julgamento da ADI nº 2.111/DF-MC, Relator o Ministro Sydney Sanches, afastou a alegação de inconstitucionalidade do art. 2º da Lei nº 9.876/99 relativamente à parte em que se deu nova redação ao art. 29, caput, incisos e parágrafos, da Lei nº 8.213/91, com a introdução do fator previdenciário no cálculo do benefício. 2. Esta Corte já se pronunciou no sentido de que, após as alterações introduzidas na Constituição pela EC nº 20/98, a forma de calcular a aposentadoria proporcional passou à disciplina do legislador ordinário. 3. Para aferir se o agravante preencheu ou não os requisitos legais para a percepção do benefício, seria necessário analisar a legislação infraconstitucional e reexaminar os fatos e as provas dos autos, o que é inadmissível em recurso extraordinário. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido.
sjur216046
- Acórdãos citados: ARE 648195 AgR, ARE 648204 AgR, AI 849720 AgR, ADI 2111 MC. Número de páginas: 12. Análise: 10/10/2012, MAC.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
680018
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED EMC-000020 ANO-1998\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-008213 ANO-1991\r\n ART-00029 \"CAPUT\" INC-00001 INC-00002 PAR-00002\r\n PAR-00003 PAR-00004 PAR-00005 PAR-00006 PAR-00007\r\n PAR-00008 PAR-00009 REDAÇÃO DADA PELA LEI 9876/99\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009876 ANO-1999\r\n ART-00002 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 680018 AgR
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AGTE.(S) : SEBASTIAO CAMPOS DUARTE ADV.(A/S) : FLÁVIO MARQUES ALEXANDRINO NOGUEIRA ADV.(A/S) : LUIZ CESAR ALMEIDA DE CARVALHO AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
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[UNK] 20 / 98", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI [UNK] 9 . 876", "ART . 29 , ‘ CAPUT ’ , INCISOS E PARÁGRAFOS DA LEI [UNK] 8 . 213 / 91", "ART . 65 , PARÁGRAFO ÚNICO , DA", "CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "ARTIGOS [UNK] , XXXVI , E 201 , § § [UNK] E [UNK] , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "ART . [UNK] DA EMENDA CONSTITUCIONAL [UNK] 20", "art . [UNK] da Lei [UNK] 9 . 876 / 99", "art . 29 , ‘ caput ’ , incisos e parágrafos , da", "Lei [UNK] 8 . 213 / 91", "art . 201 , § § [UNK] e [UNK] , da C . F .", "Constituição Federal", "Constituição", "E", ".", "C", ". [UNK] 20 / 98", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] da Lei [UNK] 9 . 876", "art . 29 da Lei [UNK] 8 . 213 / 91", "art . [UNK] da Lei [UNK] 9 . 876 / 99", "Lei [UNK] 8 . 213 / 91", "inciso XXXVI do art . [UNK] da C . F .", "Lei [UNK] 9 . 876 / 99", "art . 65 , parágrafo único , da Constituição Federal", "art . 29 , seus incisos", "Lei [UNK] 8 . 213 / 91", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 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MARQUES ALEXANDRINO NOGUEIRA", "LUIZ CESAR ALMEIDA DE CARVALHO", "DIAS TOFFOLI", "Sebastião Campos Duarte", "Sydney Sanches", "DIAS TOFFOLI", "SEBASTIAO CAMPOS DUARTE", "FLÁVIO MARQUES ALEXANDRINO NOGUEIRA", "LUIZ CESAR ALMEIDA DE CARVALHO", "DIAS TOFFOLI", "Sebastião Campos Duarte", "Sydney Sanches", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Luiz Fux", "Cármen Lúcia", "Luiz Fux", "Cármen Lúcia", "Sydney Sanches", "CELSO DE MELLO", "ELLEN GRACIE", "CÁRMEN LÚCIA", "Sydney Sanches", "CELSO DE MELLO", "ELLEN GRACIE", "CÁRMEN LÚCIA", "Luiz Fux", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "Luiz Fux", "Cármen Lúcia", "Ricardo Lewandowski", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "Sydney Sanches", "Cármen Lúcia", "DIAS TOFFOLI", "Sydney Sanches", "Cármen Lúcia", "DIAS TOFFOLI", "Sydney Sanches", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "Sydney Sanches", "Ricardo Lewandowski", "Cármen Lúcia", "DIAS TOFFOLI", "SEBASTIAO CAMPOS DUARTE", "FLÁVIO MARQUES ALEXANDRINO NOGUEIRA", "LUIZ CESAR ALMEIDA DE CARVALHO", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "SEBASTIAO CAMPOS DUARTE", "FLÁVIO MARQUES ALEXANDRINO NOGUEIRA", "LUIZ CESAR ALMEIDA DE CARVALHO", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "05", "/", "10", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "26", ".", "11", ".", "1999", "15", ".", "12", ".", "1998", "15", ".", "12", ".", "1998", "5", ".", "10", ".", "1988", "24", "/", "08", "/", "2001", "26", ".", "11", ".", "1999", "15", ".", "12", ".", "1998", "15", ".", "12", 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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.923 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA ADV.(A/S) :DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :FARCAL LTDA ADV.(A/S) :ANDRÉ MARTINS MAGALHÃES E OUTRO(A/S) EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO CIVIL. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA MERCANTIL DE PRODUTOS E COMODATO DE EQUIPAMENTOS. DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO CONTRATUAL. EXTINÇÃO DO CONTRATO. MULTA. DECISÃO REGIONAL FUNDAMENTADA NO CONJUNTO PROBATÓRIO. SÚMULA 279/STF. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. SUPOSTA VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. SÚMULA 636/STF. Não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada - mormente no que se refere ao óbice da Súmula 282/STF, ante a necessidade de prequestionamento da matéria constitucional ventilada no apelo extremo, e à inviabilidade de caracterização de afronta ao princípio da legalidade quando necessária interpretação de normas infraconstitucionais (Súmula 636/STF). Com espeque no conjunto probatório, ante a constatação de descumprimento de obrigação contratual, o Tribunal de Justiça mineiro concluiu pelo cabimento de multa contratual e extinção do Contrato de Promessa de Compra e Venda Mercantil de Produtos e Comodato de Equipamentos firmado entre as litigantes. A pretensão da recorrente de obter decisão em sentido diverso encontra óbice na Súmula 279/STF. Agravo regimental conhecido e não provido. A C Ó R D Ã O Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975221. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 Ementa e Acórdão AI 848.923 AGR / MG Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975221. Supremo Tribunal Federal AI 848.923 AGR / MG Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975221. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.923 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA ADV.(A/S) :DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :FARCAL LTDA ADV.(A/S) :ANDRÉ MARTINS MAGALHÃES E OUTRO(A/S) RELATÓRIO Contra decisão por mim proferida (fls. 411-2), mediante a qual negado seguimento a seu agravo de instrumento, maneja agravo regimental Esso Brasileira de Petróleo Ltda. A parte agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de que o apelo extraordinário traz razões suficientes a seu provimento. Alega que não é necessária a referência expressa ao dispositivo constitucional reputado violado pela decisão recorrida para a caracterização do prequestionamento. Aponta violação do art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Carta Maior. Acordão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais publicado em 02.8.2008. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975222. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.923 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) :ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA ADV.(A/S) :DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :FARCAL LTDA ADV.(A/S) :ANDRÉ MARTINS MAGALHÃES E OUTRO(A/S) RELATÓRIO Contra decisão por mim proferida (fls. 411-2), mediante a qual negado seguimento a seu agravo de instrumento, maneja agravo regimental Esso Brasileira de Petróleo Ltda. A parte agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de que o apelo extraordinário traz razões suficientes a seu provimento. Alega que não é necessária a referência expressa ao dispositivo constitucional reputado violado pela decisão recorrida para a caracterização do prequestionamento. Aponta violação do art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Carta Maior. Acordão do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais publicado em 02.8.2008. É o relatório. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975222. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7 Voto - MIN. ROSA WEBER 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.923 MINAS GERAIS VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário, exarado pela Presidência do Tribunal a quo , maneja agravo de instrumento Esso Brasileira de Petróleo Ltda. Na minuta, a agravante sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aponta violação do art. 5º, II, da Constituição Federal. Contraminuta (fls. 398-401). Substituição da Relatora à fl. 409 (art. 38 do RISTF). É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo de instrumento. A matéria constitucional versada no recurso extraordinário não foi analisada pelas instâncias ordinárias, tampouco suscitada nos dois embargos de declaração opostos para satisfazer o requisito do prequestionamento. Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 282 e 356/STF: é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada e o Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975223. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.923 MINAS GERAIS VOTO A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame do mérito. Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo: “Vistos etc. Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso extraordinário, exarado pela Presidência do Tribunal a quo , maneja agravo de instrumento Esso Brasileira de Petróleo Ltda. Na minuta, a agravante sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os requisitos para sua admissão. Aponta violação do art. 5º, II, da Constituição Federal. Contraminuta (fls. 398-401). Substituição da Relatora à fl. 409 (art. 38 do RISTF). É o relatório. Decido. Preenchidos os pressupostos extrínsecos. Da detida análise dos fundamentos da decisão denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo de instrumento. A matéria constitucional versada no recurso extraordinário não foi analisada pelas instâncias ordinárias, tampouco suscitada nos dois embargos de declaração opostos para satisfazer o requisito do prequestionamento. Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido nas Súmulas 282 e 356/STF: é inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão suscitada e o Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975223. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 848.923 AGR / MG ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento. Nesse sentido, o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe 7.11.2011, cuja ementa transcrevo: "RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé". Ressalte-se que, a teor da Súmula 636/STF, não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida. Não há, portanto, como assegurar trânsito ao extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. Nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput)” (fls. 411-2) . Nada colhe. Constato que não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975223. Supremo Tribunal Federal AI 848.923 AGR / MG ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento. Nesse sentido, o AI 827.894-AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe 7.11.2011, cuja ementa transcrevo: "RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé". Ressalte-se que, a teor da Súmula 636/STF, não cabe recurso extraordinário por contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela decisão recorrida. Não há, portanto, como assegurar trânsito ao extraordinário, consoante também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da Constituição da República. Nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art. 557, caput)” (fls. 411-2) . Nada colhe. Constato que não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975223. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7 Voto - MIN. ROSA WEBER AI 848.923 AGR / MG que lastrearam a decisão agravada - mormente no que se refere ao óbice da Súmula 282/STF), ante a necessidade de prequestionamento da matéria constitucional ventilada no apelo extremo, e à inviabilidade de caracterização de afronta ao princípio da legalidade quando necessária interpretação de normas infraconstitucionais (Súmula 636/STF). Com espeque no conjunto probatório, ante a constatação de descumprimento de obrigação contratual, o Tribunal de Justiça mineiro concluiu pelo cabimento de multa contratual e extinção do Contrato de Promessa de Compra e Venda Mercantil de Produtos e Comodato de Equipamentos firmado entre as litigantes. A pretensão da recorrente de obter decisão em sentido diverso encontra óbice na Súmula 279/STF. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975223. Supremo Tribunal Federal AI 848.923 AGR / MG que lastrearam a decisão agravada - mormente no que se refere ao óbice da Súmula 282/STF), ante a necessidade de prequestionamento da matéria constitucional ventilada no apelo extremo, e à inviabilidade de caracterização de afronta ao princípio da legalidade quando necessária interpretação de normas infraconstitucionais (Súmula 636/STF). Com espeque no conjunto probatório, ante a constatação de descumprimento de obrigação contratual, o Tribunal de Justiça mineiro concluiu pelo cabimento de multa contratual e extinção do Contrato de Promessa de Compra e Venda Mercantil de Produtos e Comodato de Equipamentos firmado entre as litigantes. A pretensão da recorrente de obter decisão em sentido diverso encontra óbice na Súmula 279/STF. Agravo regimental conhecido e não provido. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2975223. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.923 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA ADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : FARCAL LTDA ADV.(A/S) : ANDRÉ MARTINS MAGALHÃES E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061336 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 848.923 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. ROSA WEBER AGTE.(S) : ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA ADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : FARCAL LTDA ADV.(A/S) : ANDRÉ MARTINS MAGALHÃES E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061336 Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3071733
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DIREITO CIVIL. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA MERCANTIL DE PRODUTOS E COMODATO DE EQUIPAMENTOS. DESCUMPRIMENTO DE OBRIGAÇÃO CONTRATUAL. EXTINÇÃO DO CONTRATO. MULTA. DECISÃO REGIONAL FUNDAMENTADA NO CONJUNTO PROBATÓRIO. SÚMULA 279/STF. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF. SUPOSTA VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. SÚMULA 636/STF. Não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada - mormente no que se refere ao óbice da Súmula 282/STF, ante a necessidade de prequestionamento da matéria constitucional ventilada no apelo extremo, e à inviabilidade de caracterização de afronta ao princípio da legalidade quando necessária interpretação de normas infraconstitucionais (Súmula 636/STF). Com espeque no conjunto probatório, ante a constatação de descumprimento de obrigação contratual, o Tribunal de Justiça mineiro concluiu pelo cabimento de multa contratual e extinção do Contrato de Promessa de Compra e Venda Mercantil de Produtos e Comodato de Equipamentos firmado entre as litigantes. A pretensão da recorrente de obter decisão em sentido diverso encontra óbice na Súmula 279/STF. Agravo regimental conhecido e não provido.
sjur218310
Número de páginas: 7. Análise: 21/11/2012, MJC.
ROSA WEBER
Primeira Turma
848923
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 848923 AgR
[ "" ]
ADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : ESSO BRASILEIRA DE PETRÓLEO LTDA AGDO.(A/S) : FARCAL LTDA ADV.(A/S) : ANDRÉ MARTINS MAGALHÃES E OUTRO(A/S)
[ "" ]
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[UNK] , II , da Constituição Federal", "art . 38 do RISTF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.508 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :LUIZ ANTÔNIO CRISOSTOMO ANDOLFIORENÇO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) :ELIANE BRITTO DIAS ADV.(A/S) :LUIZ CLÁUDIO DE FREITAS MARINONI E OUTRO(A/S) Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Colégio recursal. Remissão aos fundamentos da sentença. Afronta ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Inexistência. RE-RG 635.729. 3. Violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório. Necessidade de prévia análise e interpretação de legislação infraconstitucional. Lei n. 9.099/95. Ofensa reflexa ou indireta. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850557. Supremo Tribunal Federal DJe 03/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.508 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :LUIZ ANTÔNIO CRISOSTOMO ANDOLFIORENÇO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) :ELIANE BRITTO DIAS ADV.(A/S) :LUIZ CLÁUDIO DE FREITAS MARINONI E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em recurso extraordinário com agravo contra decisão monocrática de fls. 124/126, de minha relatoria, que negou seguimento ao recurso interposto, tendo por base o julgamento do AI-QO-RG 791.292 e a impossibilidade de análise e interpretação de normas infraconstitucionais no âmbito do recurso extraordinário. No agravo regimental, sustenta-se que o acórdão recorrido carece de fundamentação, uma vez que não apreciou a irregularidade apontada em sede de recurso inominado, tendo em vista que o ora agravante, na audiência de instrução e julgamento, esteve desacompanhado de patrono, malferindo, assim, dispositivo da Lei n. 9.099/95. Assevera, ainda, que houve violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório, visto que não foi assegurado ao recorrente o direito à defesa técnica. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850558. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.508 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :LUIZ ANTÔNIO CRISOSTOMO ANDOLFIORENÇO PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) :ELIANE BRITTO DIAS ADV.(A/S) :LUIZ CLÁUDIO DE FREITAS MARINONI E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em recurso extraordinário com agravo contra decisão monocrática de fls. 124/126, de minha relatoria, que negou seguimento ao recurso interposto, tendo por base o julgamento do AI-QO-RG 791.292 e a impossibilidade de análise e interpretação de normas infraconstitucionais no âmbito do recurso extraordinário. No agravo regimental, sustenta-se que o acórdão recorrido carece de fundamentação, uma vez que não apreciou a irregularidade apontada em sede de recurso inominado, tendo em vista que o ora agravante, na audiência de instrução e julgamento, esteve desacompanhado de patrono, malferindo, assim, dispositivo da Lei n. 9.099/95. Assevera, ainda, que houve violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório, visto que não foi assegurado ao recorrente o direito à defesa técnica. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850558. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Voto - MIN. GILMAR MENDES 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.508 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo regimental, não ficou demostrado o desacerto da decisão agravada. Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por esta Corte. O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em conformidade com jurisprudência desta Corte. Na espécie, conforme consignado pela decisão agravada, não há que se falar em ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal, pois o STF reconheceu a existência de repercussão geral do tema e reafirmou sua jurisprudência no sentido de que os referidos artigos exigem que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem estabelecer, todavia, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas. No caso específico dos autos, acrescento aos fundamentos da decisão agravada que há jurisprudência pacífica desta Corte no sentido de que não há violação ao inciso IX do art. 93 da CF, quando o acórdão adota os fundamentos da sentença de primeiro grau como razão de decidir. Nessa esteira, o STF firmou o entendimento de que o parágrafo 5º do art. 82 da Lei n. 9.099/95 faculta ao Colégio Recursal dos Juizados Especiais a remissão aos fundamentos adotados na sentença, sem que isso implique afronta ao art. 93, IX, do texto constitucional. Tal matéria, inclusive, foi apreciada pela sistemática da repercussão geral no julgamento do RE-RG 635.729, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 24.8.2011, assim ementado: “Juizado especial. Parágrafo 5º do art. 82 da Lei n. 9.099/95. Ausência de fundamentação. Artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal. Não ocorrência. Possibilidade de o colégio Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850559. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.508 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo regimental, não ficou demostrado o desacerto da decisão agravada. Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por esta Corte. O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em conformidade com jurisprudência desta Corte. Na espécie, conforme consignado pela decisão agravada, não há que se falar em ofensa ao art. 93, IX, da Constituição Federal, pois o STF reconheceu a existência de repercussão geral do tema e reafirmou sua jurisprudência no sentido de que os referidos artigos exigem que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem estabelecer, todavia, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas. No caso específico dos autos, acrescento aos fundamentos da decisão agravada que há jurisprudência pacífica desta Corte no sentido de que não há violação ao inciso IX do art. 93 da CF, quando o acórdão adota os fundamentos da sentença de primeiro grau como razão de decidir. Nessa esteira, o STF firmou o entendimento de que o parágrafo 5º do art. 82 da Lei n. 9.099/95 faculta ao Colégio Recursal dos Juizados Especiais a remissão aos fundamentos adotados na sentença, sem que isso implique afronta ao art. 93, IX, do texto constitucional. Tal matéria, inclusive, foi apreciada pela sistemática da repercussão geral no julgamento do RE-RG 635.729, rel. Min. Dias Toffoli, DJe 24.8.2011, assim ementado: “Juizado especial. Parágrafo 5º do art. 82 da Lei n. 9.099/95. Ausência de fundamentação. Artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal. Não ocorrência. Possibilidade de o colégio Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850559. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. GILMAR MENDES ARE 677.508 AGR / RJ recursal fazer remissão aos fundamentos adotados na sentença. Jurisprudência pacificada na Corte. Matéria com repercussão geral. Reafirmação da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal”. Nesse mesmo sentido, confiram-se, ainda, os seguintes julgados de ambas as turmas desta Corte: AI-AgR 789.491, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 24.8.2011; AI-AgR 701.043, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 28.8.2009 e AI-ED 664.641, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 20.2.2009. Quanto à alegada violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório, verifico que não merece reparos o entendimento da decisão agravada, no sentido de que o exame da referida violação constituir-se-ia ofensa meramente reflexa à Constituição Federal. Em verdade, a análise da suposta ofensa passa pela necessidade de prévia análise e interpretação da legislação infraconstitucional aplicável – Lei n. 9.099/95, que regula as hipóteses de dispensa de advogado em causas cíveis ajuizadas nos juizados especiais em razão do valor da causa. A análise da apontada ofensa ao texto constitucional, portanto, demanda prévio exame e interpretação da referida norma infraconstitucional, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário. Cito, a propósito, os seguintes precedentes: AI-AgR 819.729, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 11.4.2011; RE-AgR 356.209, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.3.2011; e o AI-AgR 622.814, rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 8.3.2012, este último com acórdão assim ementado: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Impossibilidade de reexame de legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850559. Supremo Tribunal Federal ARE 677.508 AGR / RJ recursal fazer remissão aos fundamentos adotados na sentença. Jurisprudência pacificada na Corte. Matéria com repercussão geral. Reafirmação da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal”. Nesse mesmo sentido, confiram-se, ainda, os seguintes julgados de ambas as turmas desta Corte: AI-AgR 789.491, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 24.8.2011; AI-AgR 701.043, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 28.8.2009 e AI-ED 664.641, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 20.2.2009. Quanto à alegada violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório, verifico que não merece reparos o entendimento da decisão agravada, no sentido de que o exame da referida violação constituir-se-ia ofensa meramente reflexa à Constituição Federal. Em verdade, a análise da suposta ofensa passa pela necessidade de prévia análise e interpretação da legislação infraconstitucional aplicável – Lei n. 9.099/95, que regula as hipóteses de dispensa de advogado em causas cíveis ajuizadas nos juizados especiais em razão do valor da causa. A análise da apontada ofensa ao texto constitucional, portanto, demanda prévio exame e interpretação da referida norma infraconstitucional, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário. Cito, a propósito, os seguintes precedentes: AI-AgR 819.729, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 11.4.2011; RE-AgR 356.209, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.3.2011; e o AI-AgR 622.814, rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 8.3.2012, este último com acórdão assim ementado: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa reflexa. Impossibilidade de reexame de legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850559. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. GILMAR MENDES ARE 677.508 AGR / RJ decisão suficientemente fundamentada. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada, do ato jurídico perfeito, do direito adquirido, e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. O recurso extraordinário não se presta ao reexame de legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido”. Não há, pois, o que prover quanto às alegações recursais. Ante o exposto, mantenho o que decidido anteriormente, por seus próprios fundamentos, para negar provimento ao agravo regimental. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850559. Supremo Tribunal Federal ARE 677.508 AGR / RJ decisão suficientemente fundamentada. 2. A afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada, do ato jurídico perfeito, do direito adquirido, e da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. O recurso extraordinário não se presta ao reexame de legislação infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Incidência das Súmulas 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido”. Não há, pois, o que prover quanto às alegações recursais. Ante o exposto, mantenho o que decidido anteriormente, por seus próprios fundamentos, para negar provimento ao agravo regimental. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850559. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.508 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO CRISOSTOMO ANDOLFIORENÇO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) : ELIANE BRITTO DIAS ADV.(A/S) : LUIZ CLÁUDIO DE FREITAS MARINONI E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849252 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677.508 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO CRISOSTOMO ANDOLFIORENÇO PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) : ELIANE BRITTO DIAS ADV.(A/S) : LUIZ CLÁUDIO DE FREITAS MARINONI E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849252 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2864175
2012-09-18T00:00:00
2012-10-03T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Colégio recursal. Remissão aos fundamentos da sentença. Afronta ao art. 93, IX, da Constituição Federal. Inexistência. RE-RG 635.729. 3. Violação aos princípios da ampla defesa e do contraditório. Necessidade de prévia análise e interpretação de legislação infraconstitucional. Lei n. 9.099/95. Ofensa reflexa ou indireta. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur215801
- Acórdãos citados: RE 635729 RG, AI 789491 AgR, AI 701043 AgR, AI 664641 ED, AI 819729 AgR, RE 356209 AgR, AI 622814 AgR. Número de páginas: 6. Análise: 10/10/2012, AMS.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
677508
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009099 ANO-1995\r\n ART-00082 PAR-00005 \r\n LJE-1995 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 677508 AgR
[ "" ]
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGDO.(A/S) : ELIANE BRITTO DIAS ADV.(A/S) : LUIZ CLÁUDIO DE FREITAS MARINONI E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : LUIZ ANTÔNIO CRISOSTOMO ANDOLFIORENÇO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677 . 508", "AI", "-", "QO", "-", "RG 791 . 292", "AI", "-", "QO", "-", "RG 791 . 292", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 677 . 508", "RE", "-", "RG 635 . 729", "RE", "-", "RG 635 . 729", "ARE 677 . 508 AGR / RJ", "AI", "-", "AgR 789 . 491", "AI", "-", "AgR 701 . 043", "AI", "-", "ED 664 . 641", "AI", "-", "AgR 819 . 729", "RE", "-", "AgR 356 . 209", "AI", "-", "AgR 622 . 814", "ARE 677 . 508 AGR / RJ", "AI", "-", "AgR 789 . 491", "AI", "-", "AgR 701 . 043", "AI", "-", "ED 664 . 641", "AI", "-", "AgR 819 . 729", "RE", "-", "AgR 356 . 209", "AI", "-", "AgR 622 . 814", "ARE 677 . 508 AGR", "Súmulas 636 e 279 / STF", "ARE 677 . 508 AGR / RJ", "Súmulas 636 e 279 / STF" ], "LEGISLACAO": [ "art . 93 , IX , da Constituição Federal", "Lei n . 9 . 099 / 95", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 9 . 099 / 95", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 9 . 099 / 95", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 93 , IX , da Constituição Federal", "inciso IX do art . 93 da CF", "parágrafo [UNK] do art . 82 da Lei n . 9 . 099 / 95", "art . 82 da Lei n . 9 . 099 / 95", "Artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.432 PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :IB ARY DA ROCHA ADV.(A/S) :JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :OSIVAL DANTAS BARRETO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. ENGENHEIRO. ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO PARA FINS DE JORNADA REDUZIDA. IMPOSSIBILIDADE. CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO- PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de norma infraconstitucional que fundamenta a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático- probatório constante dos autos. Incidência da Súmula 279 do STF. III - Agravo regimental improvido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800382. Supremo Tribunal Federal DJe 15/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão ARE 700.432 AGR / PI Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800382. Supremo Tribunal Federal ARE 700.432 AGR / PI Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800382. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.432 PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :IB ARY DA ROCHA ADV.(A/S) :JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :OSIVAL DANTAS BARRETO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita: 'RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI 11.496/2007. ENGENHEIRO EMPREGADO DE INSTITUIÇÃO BANCÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA JORNADA REDUZIDA DO ART. 224 DA CLT. O posicionamento desta Subseção Especializada, mormente a partir do julgamento do E-RR 10400-85.2006.5.05.0006 (Redatora Ministra: Maria de Assis Calsing, julgado em 28/05/2009, DEJT 26/06/2009), firmou-se no sentido de não ser aplicável ao engenheiro, que exerce sua profissão em instituição bancária, a jornada reduzida prevista no art. 224 da CLT, ainda que a categoria profissional não se encontre expressamente listada no quadro de que trata o art. 577 da CLT. Inteligência da Súmula 370 do TST. Há precedentes. Recurso de embargos conhecido e não provido' (fl. 474). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, II, e 8º, II, III e VI, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2926273. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.432 PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) :IB ARY DA ROCHA ADV.(A/S) :JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) :OSIVAL DANTAS BARRETO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão que negou seguimento a agravo. Eis o teor da decisão agravada: “Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue transcrita: 'RECURSO DE EMBARGOS REGIDO PELA LEI 11.496/2007. ENGENHEIRO EMPREGADO DE INSTITUIÇÃO BANCÁRIA. IMPOSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA JORNADA REDUZIDA DO ART. 224 DA CLT. O posicionamento desta Subseção Especializada, mormente a partir do julgamento do E-RR 10400-85.2006.5.05.0006 (Redatora Ministra: Maria de Assis Calsing, julgado em 28/05/2009, DEJT 26/06/2009), firmou-se no sentido de não ser aplicável ao engenheiro, que exerce sua profissão em instituição bancária, a jornada reduzida prevista no art. 224 da CLT, ainda que a categoria profissional não se encontre expressamente listada no quadro de que trata o art. 577 da CLT. Inteligência da Súmula 370 do TST. Há precedentes. Recurso de embargos conhecido e não provido' (fl. 474). No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se violação aos arts. 5º, II, e 8º, II, III e VI, da mesma Carta. O agravo não merece acolhida. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2926273. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório ARE 700.432 AGR / PI O acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Consolidação das Leis do Trabalho). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquela norma pelo juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Nesse sentido, transcrevo as ementas dos seguintes julgados deste Tribunal: 'AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO TRABALHO. ENGENHEIRO EMPREGADO DE INSTITUIÇÃO BANCÁRIA. CATEGORIA DIFERENCIADA. ENQUADRAMENTO. CONTROVÉRSIA CIRCUNSCRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. 1. Eventual ofensa à Constituição Republicana apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto, o que impede a abertura da instância recursal extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido' (ARE 658.891-AgR, Rel. Min. Ayres Britto). 'Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Trabalhista. Engenheiro profissional liberal. Enquadramento como bancário. Matéria infraconstitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento' (AI 826784-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes). Com esse mesmo raciocínio, destaco o AI 752.845/MG, Rel. Min. Marco Aurélio. Ressalta-se, por fim, que para divergir do acórdão recorrido quanto à natureza das atribuições exercidas pelo ora recorrente no estabelecimento bancário seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, circunstância que torna inviável o recurso, nos termos da Súmula 279 do STF. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)” (fls. 513-514). O agravante sustenta, em suma, a inaplicabilidade da Súmula 279 desta Corte, ao argumento de que não se pretende o reexame das provas 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2926273. Supremo Tribunal Federal ARE 700.432 AGR / PI O acórdão recorrido decidiu a questão posta nos autos com fundamento na interpretação da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Consolidação das Leis do Trabalho). Dessa forma, o exame da alegada ofensa ao texto constitucional envolve a reanálise da interpretação dada àquela norma pelo juízo a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. Nesse sentido, transcrevo as ementas dos seguintes julgados deste Tribunal: 'AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO DO TRABALHO. ENGENHEIRO EMPREGADO DE INSTITUIÇÃO BANCÁRIA. CATEGORIA DIFERENCIADA. ENQUADRAMENTO. CONTROVÉRSIA CIRCUNSCRITA AO ÂMBITO INFRACONSTITUCIONAL. 1. Eventual ofensa à Constituição Republicana apenas ocorreria de modo reflexo ou indireto, o que impede a abertura da instância recursal extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido' (ARE 658.891-AgR, Rel. Min. Ayres Britto). 'Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Trabalhista. Engenheiro profissional liberal. Enquadramento como bancário. Matéria infraconstitucional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento' (AI 826784-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes). Com esse mesmo raciocínio, destaco o AI 752.845/MG, Rel. Min. Marco Aurélio. Ressalta-se, por fim, que para divergir do acórdão recorrido quanto à natureza das atribuições exercidas pelo ora recorrente no estabelecimento bancário seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, circunstância que torna inviável o recurso, nos termos da Súmula 279 do STF. Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)” (fls. 513-514). O agravante sustenta, em suma, a inaplicabilidade da Súmula 279 desta Corte, ao argumento de que não se pretende o reexame das provas 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2926273. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Relatório ARE 700.432 AGR / PI constantes dos autos, sendo “necessário apenas e tão somente partir dos elementos fáticos fixados pelo acórdão regional, inclusive no que tange às atividades exercidas pelo reclamante, os quais também foram reconhecidos pela E. Turma do TST, para se dar nova conclusão jurídica, frente às violações constitucionais apontados” (fl. 522). Alega, ainda, que o deslinde da controvérsia prescinde da análise de norma infraconstitucional, ao argumento de que a ofensa à Lei Maior se deu de forma direta. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2926273. Supremo Tribunal Federal ARE 700.432 AGR / PI constantes dos autos, sendo “necessário apenas e tão somente partir dos elementos fáticos fixados pelo acórdão regional, inclusive no que tange às atividades exercidas pelo reclamante, os quais também foram reconhecidos pela E. Turma do TST, para se dar nova conclusão jurídica, frente às violações constitucionais apontados” (fl. 522). Alega, ainda, que o deslinde da controvérsia prescinde da análise de norma infraconstitucional, ao argumento de que a ofensa à Lei Maior se deu de forma direta. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2926273. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.432 PIAUÍ V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Consoante asseverado na decisão agravada, o Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à impossibilidade de enquadramento de engenheiro como bancário para fins de recebimento das sétima e oitiva horas de trabalho como serviço extraordinário com fundamento na análise da legislação infraconstitucional pertinente (Consolidação das Leis do Trabalho), conforme se observa dos seguintes trechos do acórdão recorrido: “(...). Cinge-se a controvérsia à possibilidade de aplicação da jornada reduzida prevista no art. 224 da CLT ao engenheiro que exerce sua profissão como empregado de instituição bancária. Com efeito, a jurisprudência predominante no âmbito desta Subseção Especializada, mormente após a decisão do E-RR 10400- 85.2006.5.05.0006 (Redatora Ministra: Maria de Assis Calsing, julgado em 28/05/2009, DEJT 26/06/2009) firmou-se no sentido de não ser aplicável a jornada reduzida prevista no art. 224 da CLT, ainda que a categoria profissional não se encontre expressamente listada no quadro de que trata o art. 577 da CLT. Eis a ementa do precedente: 'RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 11.496/2007. ARQUITETO. PROFISSIONAL LIBERAL. ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Cinge-se a controvérsia em se saber se o arquiteto, empregado de instituição bancária e Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800384. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.432 PIAUÍ V O T O O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada não merece reforma, visto que o recorrente não aduz novos argumentos capazes de afastar as razões nela expendidas. Consoante asseverado na decisão agravada, o Tribunal de origem dirimiu a matéria atinente à impossibilidade de enquadramento de engenheiro como bancário para fins de recebimento das sétima e oitiva horas de trabalho como serviço extraordinário com fundamento na análise da legislação infraconstitucional pertinente (Consolidação das Leis do Trabalho), conforme se observa dos seguintes trechos do acórdão recorrido: “(...). Cinge-se a controvérsia à possibilidade de aplicação da jornada reduzida prevista no art. 224 da CLT ao engenheiro que exerce sua profissão como empregado de instituição bancária. Com efeito, a jurisprudência predominante no âmbito desta Subseção Especializada, mormente após a decisão do E-RR 10400- 85.2006.5.05.0006 (Redatora Ministra: Maria de Assis Calsing, julgado em 28/05/2009, DEJT 26/06/2009) firmou-se no sentido de não ser aplicável a jornada reduzida prevista no art. 224 da CLT, ainda que a categoria profissional não se encontre expressamente listada no quadro de que trata o art. 577 da CLT. Eis a ementa do precedente: 'RECURSO DE EMBARGOS INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA LEI 11.496/2007. ARQUITETO. PROFISSIONAL LIBERAL. ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Cinge-se a controvérsia em se saber se o arquiteto, empregado de instituição bancária e Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800384. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 700.432 AGR / PI que desempenha as atribuições inerentes de sua profissão, deve ser enquadrado como bancário. 2. A primeira questão que deve ser considerada diz respeito ao tratamento sindical que deve ser conferido aos empregados da categoria de profissionais liberais. 3. O quadro nexo do art. 577 da CLT não insere a profissão de 'arquiteto' como categoria profissional diferenciadas, mas, sim, como profissional liberal. Apesar disto, verifica-se que inexiste qualquer incompatibilidade para a aplicação para esta categoria de empregados das regras concernentes à categoria profissional diferenciada. Primeiro porque tanto os profissionais liberais como os empregados de categoria diferenciada exercem suas profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial. No caso, a profissão dos arquitetos encontra-se regulada pela Lei n.º 4.950-A/1966. Segundo, porque o art. 1.º da Lei n.º 7.361/1985, confere à Confederação das Profissões Liberais o mesmo poder de representação atribuído aos sindicatos representativos das categorias profissionais diferenciadas. 4. De outro lado, esta Corte já sedimentou o entendimento de que as instituições bancárias podem legalmente contratar empregados de categorias diferenciadas em regime de trabalho diverso do aplicado aos bancários, conforme o que se infere da Súmula n.º 117. Recurso de Embargos conhecido e desprovido.' (E-RR - 10400- 85.2006.5.05.0006 Data de Julgamento: 28/05/2009, Redatora Ministra: Maria de Assis Calsing, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 26/06/2009)' Importante registrar, ainda, a inteligência da Súmula 370 do TST, acerca da legislação especial aplicável a essa categoria tratar apenas da garantia de um salário mínimo, nada estabelecendo sobre o direito à jornada laboral reduzida. Eis o texto do verbete: 'MÉDICO E ENGENHEIRO. JORNADA DE TRABALHO. LEIS NºS 3.999/1961 E 4.950-A/1966 (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 39 e 53 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005. Tendo em vista que as Leis nº 3.999/1961 e 4.950-A/1966 não estipulam a jornada reduzida, mas apenas estabelecem o 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800384. Supremo Tribunal Federal ARE 700.432 AGR / PI que desempenha as atribuições inerentes de sua profissão, deve ser enquadrado como bancário. 2. A primeira questão que deve ser considerada diz respeito ao tratamento sindical que deve ser conferido aos empregados da categoria de profissionais liberais. 3. O quadro nexo do art. 577 da CLT não insere a profissão de 'arquiteto' como categoria profissional diferenciadas, mas, sim, como profissional liberal. Apesar disto, verifica-se que inexiste qualquer incompatibilidade para a aplicação para esta categoria de empregados das regras concernentes à categoria profissional diferenciada. Primeiro porque tanto os profissionais liberais como os empregados de categoria diferenciada exercem suas profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial. No caso, a profissão dos arquitetos encontra-se regulada pela Lei n.º 4.950-A/1966. Segundo, porque o art. 1.º da Lei n.º 7.361/1985, confere à Confederação das Profissões Liberais o mesmo poder de representação atribuído aos sindicatos representativos das categorias profissionais diferenciadas. 4. De outro lado, esta Corte já sedimentou o entendimento de que as instituições bancárias podem legalmente contratar empregados de categorias diferenciadas em regime de trabalho diverso do aplicado aos bancários, conforme o que se infere da Súmula n.º 117. Recurso de Embargos conhecido e desprovido.' (E-RR - 10400- 85.2006.5.05.0006 Data de Julgamento: 28/05/2009, Redatora Ministra: Maria de Assis Calsing, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 26/06/2009)' Importante registrar, ainda, a inteligência da Súmula 370 do TST, acerca da legislação especial aplicável a essa categoria tratar apenas da garantia de um salário mínimo, nada estabelecendo sobre o direito à jornada laboral reduzida. Eis o texto do verbete: 'MÉDICO E ENGENHEIRO. JORNADA DE TRABALHO. LEIS NºS 3.999/1961 E 4.950-A/1966 (conversão das Orientações Jurisprudenciais nºs 39 e 53 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005. Tendo em vista que as Leis nº 3.999/1961 e 4.950-A/1966 não estipulam a jornada reduzida, mas apenas estabelecem o 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800384. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 700.432 AGR / PI salário mínimo da categoria para uma jornada de 4 horas para os médicos e de 6 horas para os engenheiros, não há que se falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que seja respeitado o salário mínimo/horário das categorias. (ex-OJs nºs 39 e 53 da SBDI-1 - inseridas, respectivamente, em 07.11.1994 e 29.04.1994)' Desse modo, o simples fato de a categoria possuir lei específica atinente à estipulação de um salário mínimo não conduz ao direito à jornada laboral reduzida. Por oportuno, destaco também os seguintes precedentes sobre o tema: 'EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496/2007. CEF. ENGENHEIRO. IMPOSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO. O engenheiro servidor da Caixa Econômica Federal não teve reconhecido, nesta Corte, o direito à jornada reduzida prevista no artigo 224 da CLT, apesar de não inserida a sua categoria no quadro a que se refere o artigo 577 da CLT. Isso porque não se cuida de enquadramento sindical, mas de enquadramento para efeito das normas disciplinadoras da jornada de trabalho. Assim, por se tratar de profissão regulamentada por lei, com características próprias no contexto das profissões liberais, não se há falar em enquadramento como bancário. Precedentes. Recurso de embargos conhecido por divergência jurisprudencial a que se nega provimento.' (E-RR - 485000-37.2006.5.09.0673 Data de Julgamento: 12/05/2011, Relator Ministro: Horácio Raymundo de Senna Pires, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 03/06/2011). 'EMBARGOS - ARQUITETO/ENGENHEIRO - ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO - JORNADA REDUZIDA – IMPOSSIBILIDADE A C. SBDI-1, no julgamento dos E-RR-104/2006-006- 05-00, firmou orientação no sentido de que aos profissionais liberais (engenheiros, arquitetos, etc.) não se aplicam as 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800384. Supremo Tribunal Federal ARE 700.432 AGR / PI salário mínimo da categoria para uma jornada de 4 horas para os médicos e de 6 horas para os engenheiros, não há que se falar em horas extras, salvo as excedentes à oitava, desde que seja respeitado o salário mínimo/horário das categorias. (ex-OJs nºs 39 e 53 da SBDI-1 - inseridas, respectivamente, em 07.11.1994 e 29.04.1994)' Desse modo, o simples fato de a categoria possuir lei específica atinente à estipulação de um salário mínimo não conduz ao direito à jornada laboral reduzida. Por oportuno, destaco também os seguintes precedentes sobre o tema: 'EMBARGOS EM RECURSO DE REVISTA DO RECLAMANTE. ACÓRDÃO PUBLICADO NA VIGÊNCIA DA LEI Nº 11.496/2007. CEF. ENGENHEIRO. IMPOSSIBILIDADE DE ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO. O engenheiro servidor da Caixa Econômica Federal não teve reconhecido, nesta Corte, o direito à jornada reduzida prevista no artigo 224 da CLT, apesar de não inserida a sua categoria no quadro a que se refere o artigo 577 da CLT. Isso porque não se cuida de enquadramento sindical, mas de enquadramento para efeito das normas disciplinadoras da jornada de trabalho. Assim, por se tratar de profissão regulamentada por lei, com características próprias no contexto das profissões liberais, não se há falar em enquadramento como bancário. Precedentes. Recurso de embargos conhecido por divergência jurisprudencial a que se nega provimento.' (E-RR - 485000-37.2006.5.09.0673 Data de Julgamento: 12/05/2011, Relator Ministro: Horácio Raymundo de Senna Pires, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 03/06/2011). 'EMBARGOS - ARQUITETO/ENGENHEIRO - ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO - JORNADA REDUZIDA – IMPOSSIBILIDADE A C. SBDI-1, no julgamento dos E-RR-104/2006-006- 05-00, firmou orientação no sentido de que aos profissionais liberais (engenheiros, arquitetos, etc.) não se aplicam as 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800384. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI ARE 700.432 AGR / PI disposições do artigo 224 da CLT. Embargos conhecidos e desprovidos.' (E-ED-RR - 82100-47.2007.5.15.0091 Data de Julgamento: 17/02/2011, Relatora Ministra: Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 25/02/2011) (...). Constata-se, portanto, que a decisão turmária encontra-se de acordo com a jurisprudência desta Subseção Especializada, não havendo de se falar, de outra parte, em má-aplicação da Súmula 117 do TST. Afinal, a discussão não está afeta ao enquadramento sindical do autor, mas, sim, à correta incidência das normas que tratam da jornada laboral” (fls. 479-v e 480-481). Assim, firmar entendimento diverso implicaria nova interpretação da legislação infraconstitucional pertinente ao caso, sendo certo que eventual violação ao texto constitucional se daria de forma indireta. Por fim, o exame da procedência do argumento do agravante no tocante a alegação de que “é necessário apenas e tão somente partir dos elementos fáticos fixados pelo acórdão regional, inclusive no que tange às atividades exercidas pelo reclamante” (fl. 522) demandaria o revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, o que inviabiliza o recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279 do STF, conforme consignado na decisão impugnada. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800384. Supremo Tribunal Federal ARE 700.432 AGR / PI disposições do artigo 224 da CLT. Embargos conhecidos e desprovidos.' (E-ED-RR - 82100-47.2007.5.15.0091 Data de Julgamento: 17/02/2011, Relatora Ministra: Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, Subseção I Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 25/02/2011) (...). Constata-se, portanto, que a decisão turmária encontra-se de acordo com a jurisprudência desta Subseção Especializada, não havendo de se falar, de outra parte, em má-aplicação da Súmula 117 do TST. Afinal, a discussão não está afeta ao enquadramento sindical do autor, mas, sim, à correta incidência das normas que tratam da jornada laboral” (fls. 479-v e 480-481). Assim, firmar entendimento diverso implicaria nova interpretação da legislação infraconstitucional pertinente ao caso, sendo certo que eventual violação ao texto constitucional se daria de forma indireta. Por fim, o exame da procedência do argumento do agravante no tocante a alegação de que “é necessário apenas e tão somente partir dos elementos fáticos fixados pelo acórdão regional, inclusive no que tange às atividades exercidas pelo reclamante” (fl. 522) demandaria o revolvimento do conjunto fático-probatório dos autos, o que inviabiliza o recurso extraordinário, nos termos da Súmula 279 do STF, conforme consignado na decisão impugnada. Isso posto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2800384. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.432 PROCED. : PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : IB ARY DA ROCHA ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : OSIVAL DANTAS BARRETO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849284 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.432 PROCED. : PIAUÍ RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI AGTE.(S) : IB ARY DA ROCHA ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : OSIVAL DANTAS BARRETO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849284 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2940421
2012-09-18T00:00:00
2012-10-15T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. ENGENHEIRO. ENQUADRAMENTO COMO BANCÁRIO PARA FINS DE JORNADA REDUZIDA. IMPOSSIBILIDADE. CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO. ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário quando sua análise implica rever a interpretação de norma infraconstitucional que fundamenta a decisão a quo. A afronta à Constituição, se ocorrente, seria indireta. II - Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos. Incidência da Súmula 279 do STF. III - Agravo regimental improvido.
sjur216593
Número de páginas: 10. Análise: 24/10/2012, MAC.
RICARDO LEWANDOWSKI
Segunda Turma
700432
[ "LEG-FED DEL-005452 ANO-1943\r\n CLT-1943 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 700432 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF ADV.(A/S) : OSIVAL DANTAS BARRETO ADV.(A/S) : JOSÉ EYMARD LOGUERCIO E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : IB ARY DA ROCHA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700 . 432", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula 279 do STF", "ARE 700 . 432 AGR /", "ARE 700 . 432 AGR", "E", "-", "RR 10400 - 85 . 2006 . 5 . 05", ". 0006", "Súmula 370 do TST", "E", "-", "RR", "10400", "-", "85", ".", "2006", ".", "5", ".", "05", ".", "0006", "Súmula 370 do TST", "ARE 700 . 432 AGR / PI", "ARE 658 . 891 - AgR", "AI 826784 - AgR", "AI 752 . 845 / MG", "Súmula 279 do STF", "ARE 700 . 432 AGR / PI", "ARE 658 . 891 - AgR", "AI 826784 - AgR", "AI 752 . 845 / MG", "Súmula 279 do STF", "Súmula 279 desta Corte", "E", "-", "RR", "10400", "-", "85", ".", "2006", ".", "5", ".", "05", ".", "0006", "E", "-", "RR 10400 -", "85 . 2006 . 5", ".", "05", ".", "0006", "ARE 700 . 432 AGR / PI", "E", "-", "RR", "-", "10400", "-", "85", ".", "2006", ".", "5", ".", "05", ".", "0006", "Súmula 370 do TST", "Orientações Jurisprudenciais [UNK] 39 e 53 da SBDI - 1", "ARE 700 . 432 AGR / PI", "Súmula", "E", "-", "RR", "-", "10400", "-", "85", ".", "2006 .", "5 .", "05 .", "0006", "Súmula 370 do TST", "Orientações Jurisprudenciais [UNK] 39 e 53 da SBDI - 1", "E", "-", "RR", "-", "485000", "-", "37", ".", "2006", ".", "5", ".", "09", ".", "0673", "E", "-", "RR", "-", "104", "/", "2006", "-", "006", "-", "05", "-", "00", "ARE 700 . 432 AGR / PI", "OJs [UNK] 39", "E", "-", "RR", "-", "485000", "-", "37", ".", "2006", ".", "5", ".", "09", ".", "0673", "E", "-", "RR", "-", "104", "/", "2006", "-", "006", "-", "05", "-", "00", "E", "-", "ED", "-", "RR", "-", "82100", "-", "47", ".", "2007", ".", "5", ".", "15", ".", "0091", "Súmula 117 do TST", "Súmula 279 do STF", "ARE 700 . 432 AGR / PI", "E", "-", "ED", "-", "RR", "-", "82100", "-", "47", ".", "2007", ".", "5", ".", "15", ".", "0091", "Súmula 117 do TST", "Súmula 279 do STF" ], "LEGISLACAO": [ "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI 11 . 496 / 2007", "ART . 224 DA CLT", "art . 224 da CLT", "art . 577 da CLT", "art . 102 , III , a , da Constituição", "arts . 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.190 RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :CARLOS CÉSAR PEREIRA DE MELO ADV.(A/S) :JOAO PAULO SANTOS MELO AGDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE RECURSO EXTRAORDINÁRIO - JULGAMENTO - LEGISLAÇÃO LOCAL. A apreciação do recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição Federal, descabendo interpretar normas locais visando a concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do artigo 102 da Carta da República. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 25 de setembro de 2012. MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874889. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.190 RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :CARLOS CÉSAR PEREIRA DE MELO ADV.(A/S) :JOAO PAULO SANTOS MELO AGDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folha 123, desprovi o agravo, consignando: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – LEGISLAÇÃO LOCAL – INTERPRETAÇÃO – AGRAVO DESPROVIDO. 1. Da leitura do acórdão impugnado mediante o extraordinário depreende-se, a mais não poder, que o Tribunal de origem julgou a apelação a partir de interpretação conferida a normas locais. Procedeu à interpretação do artigo 28 da Lei Complementar Estadual nº 242/02, concluindo pela aplicabilidade do preceito à espécie, no que prevê o pagamento de gratificação de transporte aos servidores ocupantes do cargo de oficial de justiça, no percentual de 40% (quarenta por cento) sobre o vencimento básico. Ora, a controvérsia sobre o alcance de lei local não viabiliza, conforme sedimentado pela jurisprudência - Verbete nº 280 da Súmula: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário” -, o acesso ao Supremo. Está-se diante de caso cujo desfecho final fica no âmbito do próprio Tribunal de Justiça. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874890. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.190 RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :CARLOS CÉSAR PEREIRA DE MELO ADV.(A/S) :JOAO PAULO SANTOS MELO AGDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folha 123, desprovi o agravo, consignando: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – LEGISLAÇÃO LOCAL – INTERPRETAÇÃO – AGRAVO DESPROVIDO. 1. Da leitura do acórdão impugnado mediante o extraordinário depreende-se, a mais não poder, que o Tribunal de origem julgou a apelação a partir de interpretação conferida a normas locais. Procedeu à interpretação do artigo 28 da Lei Complementar Estadual nº 242/02, concluindo pela aplicabilidade do preceito à espécie, no que prevê o pagamento de gratificação de transporte aos servidores ocupantes do cargo de oficial de justiça, no percentual de 40% (quarenta por cento) sobre o vencimento básico. Ora, a controvérsia sobre o alcance de lei local não viabiliza, conforme sedimentado pela jurisprudência - Verbete nº 280 da Súmula: “Por ofensa a direito local não cabe recurso extraordinário” -, o acesso ao Supremo. Está-se diante de caso cujo desfecho final fica no âmbito do próprio Tribunal de Justiça. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874890. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Relatório ARE 683.190 AGR / RN 2. Conheço do agravo e o desprovejo. 3. Publiquem. O agravante, na minuta de folha 128 a 133, insiste na demonstração de ofensa ao princípio da igualdade e sustenta não se tratar de matéria que envolva a interpretação de direito local, envolvendo a constitucionalidade de verba de natureza indenizatória – gratificação de transporte. A parte agravada, instada a se manifestar, não apresentou contraminuta. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874890. Supremo Tribunal Federal ARE 683.190 AGR / RN 2. Conheço do agravo e o desprovejo. 3. Publiquem. O agravante, na minuta de folha 128 a 133, insiste na demonstração de ofensa ao princípio da igualdade e sustenta não se tratar de matéria que envolva a interpretação de direito local, envolvendo a constitucionalidade de verba de natureza indenizatória – gratificação de transporte. A parte agravada, instada a se manifestar, não apresentou contraminuta. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2874890. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.190 RIO GRANDE DO NORTE V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) - Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente constituído, foi protocolada no prazo legal. Conheço. Na espécie, é importante destacar o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, ao julgar a matéria, assentou (folha 78): A gratificação objeto da lide é regida a Lei Complementar 242 de 10 de julho de 2002, que instituiu o Plano de Cargos e Vencimentos dos Servidores do Poder Judiciário, estipulou requisitos para a investidura prevendo critérios para o enquadramento em Nível, Classe e Padrão inicial do respectivo cargo, bem como as possibilidades de progressão funcional do servidor na respectiva carreira. Desse modo, o art. 28, do mencionado diploma legal, fica assegurado aos servidores ocupantes do cargo de oficial de justiça a gratificação de transporte, no percentual de 40% (quarenta por cento) sobre o vencimento básico, conforme prevê o art. 4°. da Lei nº 6.290.de 25 de maio de 1992. O deslinde da controvérsia deu-se à luz do artigo 28, da Lei Complementar Estadual nº 242/2.002. Está-se diante de conflito de interesses que tem solução final no âmbito do Judiciário do Estado. Ante o quadro, desprovejo o regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3042591. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.190 RIO GRANDE DO NORTE V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) - Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia regularmente constituído, foi protocolada no prazo legal. Conheço. Na espécie, é importante destacar o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte, ao julgar a matéria, assentou (folha 78): A gratificação objeto da lide é regida a Lei Complementar 242 de 10 de julho de 2002, que instituiu o Plano de Cargos e Vencimentos dos Servidores do Poder Judiciário, estipulou requisitos para a investidura prevendo critérios para o enquadramento em Nível, Classe e Padrão inicial do respectivo cargo, bem como as possibilidades de progressão funcional do servidor na respectiva carreira. Desse modo, o art. 28, do mencionado diploma legal, fica assegurado aos servidores ocupantes do cargo de oficial de justiça a gratificação de transporte, no percentual de 40% (quarenta por cento) sobre o vencimento básico, conforme prevê o art. 4°. da Lei nº 6.290.de 25 de maio de 1992. O deslinde da controvérsia deu-se à luz do artigo 28, da Lei Complementar Estadual nº 242/2.002. Está-se diante de conflito de interesses que tem solução final no âmbito do Judiciário do Estado. Ante o quadro, desprovejo o regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3042591. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.190 PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : CARLOS CÉSAR PEREIRA DE MELO ADV.(A/S) : JOAO PAULO SANTOS MELO AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895707 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.190 PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : CARLOS CÉSAR PEREIRA DE MELO ADV.(A/S) : JOAO PAULO SANTOS MELO AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895707 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3064695
2012-09-25T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - JULGAMENTO - LEGISLAÇÃO LOCAL. A apreciação do recurso extraordinário faz-se considerada a Constituição Federal, descabendo interpretar normas locais visando a concluir pelo enquadramento no permissivo do inciso III do artigo 102 da Carta da República.
sjur218087
Número de páginas: 5. Análise: 16/11/2012, MJC.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
683190
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-EST CES ANO-1989\r\n CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, RN\r\n\r\n\r\n", "LEG-EST LCP-000242 ANO-2002\r\n ART-00028 \r\n LEI COMPLEMENTAR, RN\r\n\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-006290 ANO-1992\r\n ART-00004 \r\n LEI ORDINÁRIA, RN" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 683190 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE ADV.(A/S) : JOAO PAULO SANTOS MELO AGTE.(S) : CARLOS CÉSAR PEREIRA DE MELO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683 . 190", "AGRAVO 683 . 190", "ARE 683 . 190 AGR / RN", "ARE 683 . 190 AGR / RN" ], "LEGISLACAO": [ "Constituição Federal", "inciso III do artigo 102 da Carta da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 28 da Lei Complementar Estadual [UNK] 242 / 02", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 28 da Lei Complementar Estadual [UNK] 242 / 02", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei Complementar 242", "art . 4° . da Lei [UNK] 6 . 290", "artigo 28 , da Lei Complementar Estadual [UNK] 242 / 2 . 002", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei Complementar 242", "art . 4° . da Lei [UNK] 6 . 290 .", "artigo 28 , da Lei Complementar Estadual [UNK] 242 / 2 . 002", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE", "Brasília", "RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE", "RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE", "RIO GRANDE DO NORTE", "RIO GRANDE DO NORTE", "RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE DO", "ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE", "RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE", "ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "Primeira Turma do", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "Supremo", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "Supremo", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "MARCO AURÉLIO", "CARLOS CÉSAR PEREIRA DE MELO", "JOAO PAULO SANTOS MELO", "Dias Toffoli", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "CARLOS CÉSAR PEREIRA DE MELO", "JOAO PAULO SANTOS MELO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "CARLOS CÉSAR PEREIRA DE MELO", "JOAO PAULO SANTOS MELO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "CARLOS CÉSAR PEREIRA DE MELO", "JOAO PAULO SANTOS MELO", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "MARCO AURÉLIO", "CARLOS CÉSAR PEREIRA DE MELO", "JOAO PAULO SANTOS MELO", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso", "Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", "/", "11", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "10 de julho de 2002", "25 de maio de 1992", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "10 de julho de 2002", "25 de maio de 1992", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.189 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :ACÁSSIA MARIA CARVALHO PEREIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :MARCELLO LAVENÈRE MACHADO EMENTA Administrativo. Agravo regimental. Recurso ordinário em mandado de segurança. Anistia. Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS). Portaria interministerial nº 116/2000. Decisão monocrática em que se concedeu parcialmente a ordem para assegurar a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Nulidade. Decisão extra petita não configurada. Agravo regimental não provido. 1. Agravo regimental que ataca parte da decisão monocrática em que se concedeu parcialmente a segurança em relação aos impetrantes que não retornaram, pela via administrativa, à condição de anistiados, de modo que tivessem seus processos administrativos de anistia reanalisados, assegurando-se-lhes a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa. 2. Agravo regimental fundado na inobservância do princípio da adstrição ao pedido, sob a alegação de que a decisão monocrática proferida teria ido além dos limites fixados no pedido inicial. Ausência de argumentos suscetíveis de modificar a decisão agravada, ante a presença de pedido expresso dos impetrantes correspondente ao que foi parcialmente concedido, conforme se verifica nos pedidos formulados tanto na petição inicial do mandamus quanto na do recurso ordinário. 3. Agravo regimental não provido. ACÓRDÃO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857201. Supremo Tribunal Federal DJe 09/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 23 Ementa e Acórdão RMS 27.189 AGR / DF Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857201. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. MINISTRO DIAS TOFFOLI Relator 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857201. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 23 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.189 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :ACÁSSIA MARIA CARVALHO PEREIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :MARCELLO LAVENÈRE MACHADO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Cuida-se de agravo regimental em recurso ordinário em mandado de segurança interposto pela União contra, especificamente, a parte da decisão monocrática em que concedi parcialmente a segurança em relação aos impetrantes que não retornaram, pela via administrativa, à condição de anistiados (são eles: Ademar Gonzales, Ana Maria Santos Correia, Edmir de Brito Gaspar (espólio), Heitor Malaquias Nascimento, Jorge Henrique de Oliveira, Lucia Regina Santos; Moisés Aroldo Lipowicz (espólio), Paulo Armando Forléo, Rosana Monteiro Xavier, Sheila de Castro e Silva, Solange Dawidovitsch, Vilásio Luiz Rangel, Wilson Silva Basílio). A concessão parcial da ordem foi para que os referidos impetrantes tivessem seus processos administrativos de anistia reanalisados com base nos novos parâmetros administrativamente estabelecidos, sendo-lhes assegurada a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Vide o trecho seguinte: “(...) Postulam os recorrentes a nulidade da Portaria Interministerial nº 116, de 9/6/2000, para serem considerados válidos e eficazes os atos de anistia inicialmente concedida aos recorrentes. Alegam incidência do prazo decadencial do artigo 54 da Lei nº 9784/99 e violação dos postulados do devido Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.189 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) :UNIÃO ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) :ACÁSSIA MARIA CARVALHO PEREIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :MARCELLO LAVENÈRE MACHADO RELATÓRIO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Cuida-se de agravo regimental em recurso ordinário em mandado de segurança interposto pela União contra, especificamente, a parte da decisão monocrática em que concedi parcialmente a segurança em relação aos impetrantes que não retornaram, pela via administrativa, à condição de anistiados (são eles: Ademar Gonzales, Ana Maria Santos Correia, Edmir de Brito Gaspar (espólio), Heitor Malaquias Nascimento, Jorge Henrique de Oliveira, Lucia Regina Santos; Moisés Aroldo Lipowicz (espólio), Paulo Armando Forléo, Rosana Monteiro Xavier, Sheila de Castro e Silva, Solange Dawidovitsch, Vilásio Luiz Rangel, Wilson Silva Basílio). A concessão parcial da ordem foi para que os referidos impetrantes tivessem seus processos administrativos de anistia reanalisados com base nos novos parâmetros administrativamente estabelecidos, sendo-lhes assegurada a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Vide o trecho seguinte: “(...) Postulam os recorrentes a nulidade da Portaria Interministerial nº 116, de 9/6/2000, para serem considerados válidos e eficazes os atos de anistia inicialmente concedida aos recorrentes. Alegam incidência do prazo decadencial do artigo 54 da Lei nº 9784/99 e violação dos postulados do devido Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF processo legal e da ampla defesa. Requerem, ainda, a extinção do mamdamus, com julgamento de mérito, por incidência do art. 269, inciso II, do CPC, em razão da perda do seu objeto em relação aos servidores readmitidos, pois já restaurado o seu direito ofendido. Com efeito, tem-se a prejudicialidade, em parte, do mandamus . O mandado de segurança é remédio constitucional colocado à disposição do jurisdicionado quando seu direito líquido e certo estiver sendo violado ou ameaçado de lesão por ato de autoridade. Vide o que dispõe o artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal: ‘Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por 'habeas-corpus' ou 'habeas-data', quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; (grifou-se).’ Por oportuno, verifica-se da análise dos autos, em consonância com o alegado pelos recorrentes, que sobreveio alteração do quadro fático apta a caracterizar, na espécie, a ocorrência de típica hipótese de prejudicialidade, por perda superveniente do interesse processual. Isso porque se extrai dos autos uma sequência de atos, na via administrativa, posteriores à impetração do mandamus, resultando no restabelecimento da anistia da grande maioria dos impetrantes. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF processo legal e da ampla defesa. Requerem, ainda, a extinção do mamdamus, com julgamento de mérito, por incidência do art. 269, inciso II, do CPC, em razão da perda do seu objeto em relação aos servidores readmitidos, pois já restaurado o seu direito ofendido. Com efeito, tem-se a prejudicialidade, em parte, do mandamus . O mandado de segurança é remédio constitucional colocado à disposição do jurisdicionado quando seu direito líquido e certo estiver sendo violado ou ameaçado de lesão por ato de autoridade. Vide o que dispõe o artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição Federal: ‘Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: (...) LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por 'habeas-corpus' ou 'habeas-data', quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; (grifou-se).’ Por oportuno, verifica-se da análise dos autos, em consonância com o alegado pelos recorrentes, que sobreveio alteração do quadro fático apta a caracterizar, na espécie, a ocorrência de típica hipótese de prejudicialidade, por perda superveniente do interesse processual. Isso porque se extrai dos autos uma sequência de atos, na via administrativa, posteriores à impetração do mandamus, resultando no restabelecimento da anistia da grande maioria dos impetrantes. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF É de se esclarecer que, quando o Superior Tribunal de Justiça, apreciando os embargos de declaração, analisou a notícia de perda de objeto do mandamus, verificou que os documentos juntados aos autos pelos impetrantes, na ocasião, comprovavam somente a instituição de Comissão Especial Interministerial e a relação dos funcionários da INTERBRÁS que requereram revisão do processo que culminou na anulação das anistias outrora concedidas, o que não era suficiente para a perda de objeto da ação. Eis o teor dos atos publicados, na ocasião: ‘SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS COMISSÃO ESPECIAL INTERMINISTERIAL PORTARIA Nº1, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2005 APRESIDENTE DA COMISSÃO ESPECIAL INTERMINISTERIAL -CEI de anistia de que trata o Decreto nº 5.115, de 24 de junho de 2004, publicado no DO de 25 subsequente, no uso de suas atribuições resolve: Art. 1º Publicar a relação dos funcionários da Petrobrás Comércio Internacional S.A INTERBRÁS, requereram revisão do processo conduzido pela Comissão Interministerial de Anistia COINTER, em que a CEI concluiu pela incidência do instituto jurídico da decadência, em face do transcurso de tempo entre o ato concessivo da anistia e sua anulação.’ ‘SECRETÁRIA DE RECURSOS HUMANOS DELIBERAÇÃO Nº 8.814, DE 10 DE MAIO DE 2006 ÓRGÃO: PETROBRÁS COMÉRCIO INTERNACIONAL S.A INTERBRÁS EMENTA: REVISÃO DE ATOS PRATICADOS PELAS COMISSÕES DE ANISTIA ANTERIORES. DECRETO Nº 5.115/2004 E DECRETO Nº 5.215/2004. ALTERAÇÃO DO ENTENDIMENTO DA COMISSÃO ESPECIAL INTERMINISTERIAL DE MANUTENÇÃO DA ANISTIA RECONHECIDA. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF É de se esclarecer que, quando o Superior Tribunal de Justiça, apreciando os embargos de declaração, analisou a notícia de perda de objeto do mandamus, verificou que os documentos juntados aos autos pelos impetrantes, na ocasião, comprovavam somente a instituição de Comissão Especial Interministerial e a relação dos funcionários da INTERBRÁS que requereram revisão do processo que culminou na anulação das anistias outrora concedidas, o que não era suficiente para a perda de objeto da ação. Eis o teor dos atos publicados, na ocasião: ‘SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS COMISSÃO ESPECIAL INTERMINISTERIAL PORTARIA Nº1, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2005 APRESIDENTE DA COMISSÃO ESPECIAL INTERMINISTERIAL -CEI de anistia de que trata o Decreto nº 5.115, de 24 de junho de 2004, publicado no DO de 25 subsequente, no uso de suas atribuições resolve: Art. 1º Publicar a relação dos funcionários da Petrobrás Comércio Internacional S.A INTERBRÁS, requereram revisão do processo conduzido pela Comissão Interministerial de Anistia COINTER, em que a CEI concluiu pela incidência do instituto jurídico da decadência, em face do transcurso de tempo entre o ato concessivo da anistia e sua anulação.’ ‘SECRETÁRIA DE RECURSOS HUMANOS DELIBERAÇÃO Nº 8.814, DE 10 DE MAIO DE 2006 ÓRGÃO: PETROBRÁS COMÉRCIO INTERNACIONAL S.A INTERBRÁS EMENTA: REVISÃO DE ATOS PRATICADOS PELAS COMISSÕES DE ANISTIA ANTERIORES. DECRETO Nº 5.115/2004 E DECRETO Nº 5.215/2004. ALTERAÇÃO DO ENTENDIMENTO DA COMISSÃO ESPECIAL INTERMINISTERIAL DE MANUTENÇÃO DA ANISTIA RECONHECIDA. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF Trata a presente deliberação de revisão do entendimento desta Comissão Especial Interministerial CEI, cuja conclusão é abaixo transcrita, relativamente aos requerimentos formulados, tempestivamente, por ex- empregados da INTERBRÁS, demitidos por ato do Governo Federal, nos quais pleitearam a revisão do processo conduzido pela Comissão Interministerial de Anistia COINTER, que resultou na edição da Portaria Interministerial nº 116 de 09 de junho de 2000, subscrita pelos Srs. Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e de Minas e Energia, publicada no Diário Oficial de 20 de junho de 2000, anulando as anistias que, anteriormente, foram-lhes concedida, nos termos da Lei nº 8.878, de 11 de maio de 1994: ‘Destarte, em face do inegável transcurso de tempo entre o ato concessivo da anistia e sua anulação, que ultrapassou o limite legalmente imposto à Administração, bem como entendendo não ser hipótese de incidência do imposto no § 2º do art. 54 da Lei 9.784 de 1999, esta Comissão Especial Interministerial entende cristalina a conclusão de que, efetivamente, no caso em tela, ocorreu o instituto jurídico da decadência, eivando o ato anulatório da anistia anteriormente concedida de nulidade absoluta, em relação ao requerente, devendo este, portanto, volver à condição de anistiado’. Tal entendimento desta CEI não foi encampado pela Advocacia-Geral da União, cuja Nota AGU/MS-11/2006, objeto do Despacho do Consultor-Geral da União nº 220/2006, aprovada pelo Advogado-Geral da União em 14 de março do ano em curso, conclui no sentido de que, até 1º de fevereiro de 2004, todas as medidas que impugnaram a validade de atos de anistia havidos antes 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF Trata a presente deliberação de revisão do entendimento desta Comissão Especial Interministerial CEI, cuja conclusão é abaixo transcrita, relativamente aos requerimentos formulados, tempestivamente, por ex- empregados da INTERBRÁS, demitidos por ato do Governo Federal, nos quais pleitearam a revisão do processo conduzido pela Comissão Interministerial de Anistia COINTER, que resultou na edição da Portaria Interministerial nº 116 de 09 de junho de 2000, subscrita pelos Srs. Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e de Minas e Energia, publicada no Diário Oficial de 20 de junho de 2000, anulando as anistias que, anteriormente, foram-lhes concedida, nos termos da Lei nº 8.878, de 11 de maio de 1994: ‘Destarte, em face do inegável transcurso de tempo entre o ato concessivo da anistia e sua anulação, que ultrapassou o limite legalmente imposto à Administração, bem como entendendo não ser hipótese de incidência do imposto no § 2º do art. 54 da Lei 9.784 de 1999, esta Comissão Especial Interministerial entende cristalina a conclusão de que, efetivamente, no caso em tela, ocorreu o instituto jurídico da decadência, eivando o ato anulatório da anistia anteriormente concedida de nulidade absoluta, em relação ao requerente, devendo este, portanto, volver à condição de anistiado’. Tal entendimento desta CEI não foi encampado pela Advocacia-Geral da União, cuja Nota AGU/MS-11/2006, objeto do Despacho do Consultor-Geral da União nº 220/2006, aprovada pelo Advogado-Geral da União em 14 de março do ano em curso, conclui no sentido de que, até 1º de fevereiro de 2004, todas as medidas que impugnaram a validade de atos de anistia havidos antes 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF da edição da Lei nº 9.784, de 1999, não violaram a regra da decadência expressa no art. 54 desta Lei, não podendo ser anuladas sob esse fundamento, nada impedindo, porém, que a Administração reaprecie o mérito dessas anulações com objetivo de verificar a real incidência da Lei nº 8.878, de 1994. Assim, afastada a possibilidade de dos requerimentos sob o prisma do instituto da Decadência, objeto das deliberações constantes da Portaria CEI nº 1, de 14 de fevereiro de 2005, publicada no Diário Oficial da União de 15 de fevereiro de 2005 , resta a verificação, de ofício, da observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, em consonância com o disposto no inciso II do art. 2º do Decreto nº 5.115, de 24 de junho de 2004. (…) Não há dúvida de que um dos pilares do Estado Democrático de Direito, insculpidos na Constituição Federal, consiste no respeito ao devido processo legal. Qualquer ato de autoridade que venha atingir direitos dos jurisdicionados há de estar revestido do due process of law, sob o pena de nulidade. Por todo o exposto, verifica-se que a Portaria Interministerial acima referida carece de reparos, na medida em que foi editada ao arrepio das normas disciplinadoras da matéria, devendo, assim, o dirigente do órgão encetar as providências que se fizerem necessárias, com vistas à revisão do ato anulatório da anistia dos requerentes constantes da relação anexa, mediante comprovação do preenchimento dos requisitos estabelecidos pela Lei nº 8.878, de 1994, premissa básica para o consequente retorno dos interessados à condição de anistiados, nos termos da citada lei, observado as orientações em vigor. Este Colegiado determina, pois, a remessa dos autos dos processos de interesse dos requerentes 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF da edição da Lei nº 9.784, de 1999, não violaram a regra da decadência expressa no art. 54 desta Lei, não podendo ser anuladas sob esse fundamento, nada impedindo, porém, que a Administração reaprecie o mérito dessas anulações com objetivo de verificar a real incidência da Lei nº 8.878, de 1994. Assim, afastada a possibilidade de dos requerimentos sob o prisma do instituto da Decadência, objeto das deliberações constantes da Portaria CEI nº 1, de 14 de fevereiro de 2005, publicada no Diário Oficial da União de 15 de fevereiro de 2005 , resta a verificação, de ofício, da observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, em consonância com o disposto no inciso II do art. 2º do Decreto nº 5.115, de 24 de junho de 2004. (…) Não há dúvida de que um dos pilares do Estado Democrático de Direito, insculpidos na Constituição Federal, consiste no respeito ao devido processo legal. Qualquer ato de autoridade que venha atingir direitos dos jurisdicionados há de estar revestido do due process of law, sob o pena de nulidade. Por todo o exposto, verifica-se que a Portaria Interministerial acima referida carece de reparos, na medida em que foi editada ao arrepio das normas disciplinadoras da matéria, devendo, assim, o dirigente do órgão encetar as providências que se fizerem necessárias, com vistas à revisão do ato anulatório da anistia dos requerentes constantes da relação anexa, mediante comprovação do preenchimento dos requisitos estabelecidos pela Lei nº 8.878, de 1994, premissa básica para o consequente retorno dos interessados à condição de anistiados, nos termos da citada lei, observado as orientações em vigor. Este Colegiado determina, pois, a remessa dos autos dos processos de interesse dos requerentes 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF supramencionados, para cumprimento das recomendações acima expendidas, com posterior retorno, para fins de homologação.’ ‘SECRETARIA DE ECURSOS HUMANOS PORTARIA Nº 14, DE 11 DE OUTUBRO DE 2006 A PRESIDENTE DA COMISSÃO ESPECIAL INTERMINISTERIAL CEI de anistia de que trata o Decreto nº 5.115, de 24 de junho de 2004, publicado no D.O, de 25 subsequente, no uso de suas atribuições, resolve: ‘Art. 1º Publicar a relação dos empregados da Petrobrás Comércio Internacional S.A INTERBRÁS, que requereram revisão do processo conduzido pela Comissão Interministerial de Anistia COINTER, que resultou na edição da Portaria Interministerial nº 116, de 09 de junho de 2000, subscrita pelos Srs. Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e de Minas e Energia, publicada no Diário Oficial de 20 de junho de 2000, anulando as anistias que, anteriormente, foram-lhes concedidas, nos termos da Lei nº 8.878 de 11 de maio de 1994, em que a CEI concluiu pelo retorno dos interessados à condição de anistiados, vez que no ato anulatório não foi observado o arcabouço legal vigente.’’ Em que pese as informações contidas no autos apresentem, em vários momentos, informações contraditórias, a planilha atualizada juntada aos autos pela União (fls. 3097 / 3125) informa que, de fato, grande parte dos impetrantes retornaram ao trabalho, entre os anos de 2005 e 2010. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão apresenta, ainda, os seguintes esclarecimentos, veja-se: ‘(…) Em meados do ano de 2004, entrou em vigor o 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF supramencionados, para cumprimento das recomendações acima expendidas, com posterior retorno, para fins de homologação.’ ‘SECRETARIA DE ECURSOS HUMANOS PORTARIA Nº 14, DE 11 DE OUTUBRO DE 2006 A PRESIDENTE DA COMISSÃO ESPECIAL INTERMINISTERIAL CEI de anistia de que trata o Decreto nº 5.115, de 24 de junho de 2004, publicado no D.O, de 25 subsequente, no uso de suas atribuições, resolve: ‘Art. 1º Publicar a relação dos empregados da Petrobrás Comércio Internacional S.A INTERBRÁS, que requereram revisão do processo conduzido pela Comissão Interministerial de Anistia COINTER, que resultou na edição da Portaria Interministerial nº 116, de 09 de junho de 2000, subscrita pelos Srs. Ministros de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e de Minas e Energia, publicada no Diário Oficial de 20 de junho de 2000, anulando as anistias que, anteriormente, foram-lhes concedidas, nos termos da Lei nº 8.878 de 11 de maio de 1994, em que a CEI concluiu pelo retorno dos interessados à condição de anistiados, vez que no ato anulatório não foi observado o arcabouço legal vigente.’’ Em que pese as informações contidas no autos apresentem, em vários momentos, informações contraditórias, a planilha atualizada juntada aos autos pela União (fls. 3097 / 3125) informa que, de fato, grande parte dos impetrantes retornaram ao trabalho, entre os anos de 2005 e 2010. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão apresenta, ainda, os seguintes esclarecimentos, veja-se: ‘(…) Em meados do ano de 2004, entrou em vigor o 6 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF Decreto nº 5.115/2004, onde foi instituída a Comissão Especial Interministerial CEI para revisão dos atos administrativos praticados pelas Comissões criadas pelo Decreto nº 1.498/1995 e Decreto nº1.499/1995. Além disso, temos por embasamento o inserido no Decreto nº 3.363/2000, tendo este último criado a Comissão que cuidou da parte de reexame dos processos em que tenha havido decisão concessiva de anistia de que trata a Lei nº8.878/1994. Assim, compete a referida comissão analisar os requerimentos de concessão de anistia dos servidores público ou empregados públicos, formulados e instruídos até 30 de novembro de 2004, respeitando os termos dos artigos 6º e 54 da Lei nº 9.784/1999, observado os atos administrativos praticados pelas comissões revisoras anteriores. Cumpre informar que os interessados que protocolizaram seus requerimentos de revisão de anistia nessa Comissão, nos termos do decreto nº 5.115/2004, tiveram seus processos administrativos de anistia analisados e deliberados pela CEI, os quais resultaram na restauração da anistia. (...)’ Com efeito, dos quase duzentos impetrantes, somente treze não retornaram à condição de anistiado na via administrativa , são eles: 1- Ademar Gonzales; 2- Ana Maria Santos Correia; 3- Edmir de Brito Gaspar (espólio); 4- Heitor Malaquias Nascimento; 5- Jorge Henrique de Oliveira; 6- Lucia Regina Santos; 7- Moisés Aroldo Lipowicz (espólio); 8- Paulo Armando Forléo; 9- Rosana Monteiro Xavier; 10- Sheila de Castro e Silva; 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF Decreto nº 5.115/2004, onde foi instituída a Comissão Especial Interministerial CEI para revisão dos atos administrativos praticados pelas Comissões criadas pelo Decreto nº 1.498/1995 e Decreto nº1.499/1995. Além disso, temos por embasamento o inserido no Decreto nº 3.363/2000, tendo este último criado a Comissão que cuidou da parte de reexame dos processos em que tenha havido decisão concessiva de anistia de que trata a Lei nº8.878/1994. Assim, compete a referida comissão analisar os requerimentos de concessão de anistia dos servidores público ou empregados públicos, formulados e instruídos até 30 de novembro de 2004, respeitando os termos dos artigos 6º e 54 da Lei nº 9.784/1999, observado os atos administrativos praticados pelas comissões revisoras anteriores. Cumpre informar que os interessados que protocolizaram seus requerimentos de revisão de anistia nessa Comissão, nos termos do decreto nº 5.115/2004, tiveram seus processos administrativos de anistia analisados e deliberados pela CEI, os quais resultaram na restauração da anistia. (...)’ Com efeito, dos quase duzentos impetrantes, somente treze não retornaram à condição de anistiado na via administrativa , são eles: 1- Ademar Gonzales; 2- Ana Maria Santos Correia; 3- Edmir de Brito Gaspar (espólio); 4- Heitor Malaquias Nascimento; 5- Jorge Henrique de Oliveira; 6- Lucia Regina Santos; 7- Moisés Aroldo Lipowicz (espólio); 8- Paulo Armando Forléo; 9- Rosana Monteiro Xavier; 10- Sheila de Castro e Silva; 7 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF 11- Solange Dawidovitsch; 12- Vilásio Luiz Rangel; 13- Wilson Silva Basílio. Assim, a Administração Pública, ao concluir pelo retorno de parte dos impetrantes à condição de anistiados, fez, ao menos em relação a esses servidores, padecer a presente demanda de interesse processual, condição fundamental ao deslinde do feito, (artigo 267, IV e VI, do Código de Processo Civil). Nas palavras de Antônio Cláudio da Costa Machado: ‘Interesse de agir é identificado pelo binômio necessidade-adequação (necessidade concreta do processo e adequação do provimento e do procedimento para a solução do litígio. (Machado, Antônio Cláudio da Costa. Código de Processo Civil Interpretado. 8 ed. São Paulo: Editora Manole, 2009. p. 287).’ No mesmo sentido, assentou o Plenário desta Corte no julgamento do RMS 21.106/DF, Relator Ministro Sepúlveda Pertence: ‘1) Mandado de segurança: recurso ordinário constitucional: o prazo. Já antes da L. 8.038/90, era de quinze dias o prazo para a interposição do recurso ordinário constitucional em mandado de segurança, contado em dobro quando recorrente a Fazenda Pública: os arts. 508 e 188 C.Pr.Civil prejudicam a Súm. 319 do Supremo Tribunal. 2. Mandado de segurança: recurso ordinário constitucional: cabimento. Para o efeito de cabimento do recurso ordinário constitucional, é denegatória de mandado de segurança a decisão que não o concede, seja por julgar improcedente o pedido, seja por reputar descabido o remédio processual, à falta de condições da ação. 3. Mandado de segurança: perda do 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF 11- Solange Dawidovitsch; 12- Vilásio Luiz Rangel; 13- Wilson Silva Basílio. Assim, a Administração Pública, ao concluir pelo retorno de parte dos impetrantes à condição de anistiados, fez, ao menos em relação a esses servidores, padecer a presente demanda de interesse processual, condição fundamental ao deslinde do feito, (artigo 267, IV e VI, do Código de Processo Civil). Nas palavras de Antônio Cláudio da Costa Machado: ‘Interesse de agir é identificado pelo binômio necessidade-adequação (necessidade concreta do processo e adequação do provimento e do procedimento para a solução do litígio. (Machado, Antônio Cláudio da Costa. Código de Processo Civil Interpretado. 8 ed. São Paulo: Editora Manole, 2009. p. 287).’ No mesmo sentido, assentou o Plenário desta Corte no julgamento do RMS 21.106/DF, Relator Ministro Sepúlveda Pertence: ‘1) Mandado de segurança: recurso ordinário constitucional: o prazo. Já antes da L. 8.038/90, era de quinze dias o prazo para a interposição do recurso ordinário constitucional em mandado de segurança, contado em dobro quando recorrente a Fazenda Pública: os arts. 508 e 188 C.Pr.Civil prejudicam a Súm. 319 do Supremo Tribunal. 2. Mandado de segurança: recurso ordinário constitucional: cabimento. Para o efeito de cabimento do recurso ordinário constitucional, é denegatória de mandado de segurança a decisão que não o concede, seja por julgar improcedente o pedido, seja por reputar descabido o remédio processual, à falta de condições da ação. 3. Mandado de segurança: perda do 8 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF interesse processual pela superveniência de ato da autoridade superior. Prejudica o pedido de mandado de segurança contra ato de Ministro de Estado a superveniência de ato equivalente do Presidente da República, que faz desaparecer para o impetrante a utilidade do deferimento da ordem contra a decisão ministerial, dado que seria inoponível ao despacho presidencial subseqüente. 4. Condições da ação (mandado de segurança): declaração de ofício em qualquer grau de jurisdição ordinária. A inexistência originária ou o desaparecimento das condições da ação por fato superveniente podem ser declaradas de ofício em qualquer grau de jurisdição ordinária, incluída do recurso ordinário constitucional em mandado de segurança.’ (RMS 21.106/DF, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, RTJ 165/508) Fica afastada, contudo, a aduzida extinção do feito com resolução do mérito (art. 269, II, CPC), pretendida pelos recorrentes, na medida em que, no caso dos autos, não se tem reconhecimento da procedência do pedido pela União, que, em todas as manifestações nos autos, não admite a existência do direito alegado. Assim, com relação aos recorrentes que retornaram à condição de anistiados, fica caracterizada a ausência de interesse processual e, por conseguinte, a superveniente perda de objeto do mandamus. Entretanto, subsiste interesse processual em relação aos seguintes recorrentes: Ademar Gonzales; Ana Maria Santos Correia; Edmir de Brito Gaspar (espólio); Heitor Malaquias Nascimento; Jorge Henrique de Oliveira; Lucia Regina Santos; Moisés Aroldo Lipowicz (espólio); Paulo Armando Forléo; Rosana Monteiro Xavier; Sheila de Castro e Silva; Solange Dawidovitsch; Vilásio Luiz Rangel; Wilson Silva Basílio. Sendo assim, em relação a eles, caberia a análise das alegações de incidência do prazo decadencial contido no art. 54 9 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF interesse processual pela superveniência de ato da autoridade superior. Prejudica o pedido de mandado de segurança contra ato de Ministro de Estado a superveniência de ato equivalente do Presidente da República, que faz desaparecer para o impetrante a utilidade do deferimento da ordem contra a decisão ministerial, dado que seria inoponível ao despacho presidencial subseqüente. 4. Condições da ação (mandado de segurança): declaração de ofício em qualquer grau de jurisdição ordinária. A inexistência originária ou o desaparecimento das condições da ação por fato superveniente podem ser declaradas de ofício em qualquer grau de jurisdição ordinária, incluída do recurso ordinário constitucional em mandado de segurança.’ (RMS 21.106/DF, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, RTJ 165/508) Fica afastada, contudo, a aduzida extinção do feito com resolução do mérito (art. 269, II, CPC), pretendida pelos recorrentes, na medida em que, no caso dos autos, não se tem reconhecimento da procedência do pedido pela União, que, em todas as manifestações nos autos, não admite a existência do direito alegado. Assim, com relação aos recorrentes que retornaram à condição de anistiados, fica caracterizada a ausência de interesse processual e, por conseguinte, a superveniente perda de objeto do mandamus. Entretanto, subsiste interesse processual em relação aos seguintes recorrentes: Ademar Gonzales; Ana Maria Santos Correia; Edmir de Brito Gaspar (espólio); Heitor Malaquias Nascimento; Jorge Henrique de Oliveira; Lucia Regina Santos; Moisés Aroldo Lipowicz (espólio); Paulo Armando Forléo; Rosana Monteiro Xavier; Sheila de Castro e Silva; Solange Dawidovitsch; Vilásio Luiz Rangel; Wilson Silva Basílio. Sendo assim, em relação a eles, caberia a análise das alegações de incidência do prazo decadencial contido no art. 54 9 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF da Lei nº 9.784/99 e da não observância dos postulados do devido processo legal e da ampla defesa. Quanto à alegação de decadência, é cediço o entendimento desta Suprema Corte de que, frente a suspeitas de ilegalidade no ato de declaração de condição de anistiado, a Administração há de exercer seu poder-dever de anular seus próprios atos, sem que isso importe em desrespeito ao princípio da segurança jurídica ou da confiança. Em caso semelhante ao presente, vide importante decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Ordinário no Mandado de Segurança nº 25.856/DF, Relator o Ministro Eros Grau: ‘EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO ADMINISTRATIVO. ANISTIA [LEI N. 8.878/94]. REVOGAÇÃO POR ATO DO MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA APÓS PROCESSO ADMINISTRATIVO QUE TEVE CURSO EM COMISSÃO INTERMINISTERIAL. POSSIBILIDADE. SÚMULAS 346 E 473 DO STF. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. CONTAGEM DO PRAZO QUINQUENAL A PARTIR DA VIGÊNCIA DO ARTIGO 54 DA LEI N. 9.784/99 [1º.2.99] . CERCEAMENTO DE DEFESA. VIOLAÇÃO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. INOCORRÊNCIA. RECURSO IMPROVIDO. 1. A Administração Pública tem o direito de anular seus próprios atos, quando ilegais, ou revogá-los por motivos de conveniência e oportunidade [Súmulas 346 e 473, STF]. 2. O prazo decadencial estabelecido no art. 54 da Lei 9.784/99 conta-se a partir da sua vigência [1º.2.99], vedada a aplicação retroativa do preceito para limitar a liberdade da Administração Pública . 3. Inexistência de violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Todos os recorrentes apresentaram defesa no processo administrativo e a decisão da Comissão Interministerial 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF da Lei nº 9.784/99 e da não observância dos postulados do devido processo legal e da ampla defesa. Quanto à alegação de decadência, é cediço o entendimento desta Suprema Corte de que, frente a suspeitas de ilegalidade no ato de declaração de condição de anistiado, a Administração há de exercer seu poder-dever de anular seus próprios atos, sem que isso importe em desrespeito ao princípio da segurança jurídica ou da confiança. Em caso semelhante ao presente, vide importante decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, no julgamento do Recurso Ordinário no Mandado de Segurança nº 25.856/DF, Relator o Ministro Eros Grau: ‘EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. DIREITO ADMINISTRATIVO. ANISTIA [LEI N. 8.878/94]. REVOGAÇÃO POR ATO DO MINISTRO DE ESTADO DA JUSTIÇA APÓS PROCESSO ADMINISTRATIVO QUE TEVE CURSO EM COMISSÃO INTERMINISTERIAL. POSSIBILIDADE. SÚMULAS 346 E 473 DO STF. DECADÊNCIA. INOCORRÊNCIA. CONTAGEM DO PRAZO QUINQUENAL A PARTIR DA VIGÊNCIA DO ARTIGO 54 DA LEI N. 9.784/99 [1º.2.99] . CERCEAMENTO DE DEFESA. VIOLAÇÃO DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA. INOCORRÊNCIA. RECURSO IMPROVIDO. 1. A Administração Pública tem o direito de anular seus próprios atos, quando ilegais, ou revogá-los por motivos de conveniência e oportunidade [Súmulas 346 e 473, STF]. 2. O prazo decadencial estabelecido no art. 54 da Lei 9.784/99 conta-se a partir da sua vigência [1º.2.99], vedada a aplicação retroativa do preceito para limitar a liberdade da Administração Pública . 3. Inexistência de violação dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Todos os recorrentes apresentaram defesa no processo administrativo e a decisão da Comissão Interministerial 10 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF contém todos os elementos inerentes ao ato administrativo perfeito, inclusive fundamentação pormenorizada para a revogação do benefício. Recurso ordinário a que se nega provimento (DJ 14/5/10).’ E, ainda, no mesmo sentido: ‘EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. ANULAÇÃO DAS ANISTIAS CONCEDIDAS A EMPREGADOS PÚBLICOS COM BASE NA LEI 8.878/94. PORTARIA INTERMINISTERIAL N. 372/2002. NÃO CONFIGURAÇÃO DE DECADÊNCIA. ART. 54 DA LEI 9.784/99 . LEGALIDADE DO DECRETO N. 3.363/2000. PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA QUANTO AOS SUBSTITUÍDOS NÃO ALCANÇADOS PELO ACÓRDÃO RECORRIDO. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (RMS 26.235/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia , Primeira Turma, DJ 1º/7/10).’ ‘MANDADO DE SEGURANÇA - CAUSAS DE PEDIR - VINCULAÇÃO. O Órgão julgador do mandado de segurança está vinculado às balizas subjetivas e objetivas da impetração. ANISTIA - PORTARIA Nº 1.104/64, DA AERONÁUTICA. A anistia, considerada a Portaria nº 1.104/64, da Aeronáutica, apenas beneficia os integrados à Força Aérea em data anterior à edição. PROCESSO ADMINISTRATIVO - ANISTIA - REEXAME - PRAZO DECADENCIAL. Observado o quinquênio previsto no artigo 54 da Lei nº 9.784/99, possível é o reexame de ato que tenha implicado, à margem da ordem jurídica, o deferimento de anistia (RMS 25.852/DF, Rel. 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF contém todos os elementos inerentes ao ato administrativo perfeito, inclusive fundamentação pormenorizada para a revogação do benefício. Recurso ordinário a que se nega provimento (DJ 14/5/10).’ E, ainda, no mesmo sentido: ‘EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. ANULAÇÃO DAS ANISTIAS CONCEDIDAS A EMPREGADOS PÚBLICOS COM BASE NA LEI 8.878/94. PORTARIA INTERMINISTERIAL N. 372/2002. NÃO CONFIGURAÇÃO DE DECADÊNCIA. ART. 54 DA LEI 9.784/99 . LEGALIDADE DO DECRETO N. 3.363/2000. PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL, DO CONTRADITÓRIO E DA AMPLA DEFESA QUANTO AOS SUBSTITUÍDOS NÃO ALCANÇADOS PELO ACÓRDÃO RECORRIDO. IMPOSSIBILIDADE DE DILAÇÃO PROBATÓRIA EM MANDADO DE SEGURANÇA. RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (RMS 26.235/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia , Primeira Turma, DJ 1º/7/10).’ ‘MANDADO DE SEGURANÇA - CAUSAS DE PEDIR - VINCULAÇÃO. O Órgão julgador do mandado de segurança está vinculado às balizas subjetivas e objetivas da impetração. ANISTIA - PORTARIA Nº 1.104/64, DA AERONÁUTICA. A anistia, considerada a Portaria nº 1.104/64, da Aeronáutica, apenas beneficia os integrados à Força Aérea em data anterior à edição. PROCESSO ADMINISTRATIVO - ANISTIA - REEXAME - PRAZO DECADENCIAL. Observado o quinquênio previsto no artigo 54 da Lei nº 9.784/99, possível é o reexame de ato que tenha implicado, à margem da ordem jurídica, o deferimento de anistia (RMS 25.852/DF, Rel. 11 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF Min. Marco Aurélio , Primeira Turma, DJ 27/2/09).’ ‘EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. INCORPORAÇÃO NO SERVIÇO ATIVO DA AERONÁUTICA APÓS A EDIÇÃO DA PORTARIA 1.104/GM3-64. AUSÊNCIA DO DIREITO À ANISTIA. PODER DE AUTOTUTELA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. TEMPESTIVIDADE. RECURSO ORDINÁRIO DESPROVIDO. I - Em razão do poder de autotutela, a Administração Pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos, quando eivados de vícios que tornem ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade. II - Agravo regimental improvido’ (RMS 25.596/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Redator para o Acórdão o Ministro Ricardo Lewandowski , Primeira Turma, DJ 5/6/09). ‘EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORES DA EXTINTA SIDERBRÁS. ANISTIA. LEI Nº 8.878/94. PORTARIA Nº 387/94. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO NO SERVIÇO PÚLICO. O Conselho de Coordenação e Controle das Empresas Estatais anulou várias decisões concessivas de anistia, com base no Decreto nº 1.499/95. E o fez, na forma da Súmula 473/STF, pela comprovação de indícios de irregularidade nos processos originários. Mais tarde, o art. 11 do Decreto nº 3.363/2000 ratificou os atos praticados pelo citado Conselho de Coordenação e Controle das Empresas Estatais. Presunção de legitimidade desses atos que não foi infirmada pelos impetrantes. Recurso ordinário desprovido. (RMS 25.662/DF, Rel. Min. Carlos Britto , Primeira Turma, DJ de 28/9/07).’ Esse poder de autotutela da Administração vai em 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF Min. Marco Aurélio , Primeira Turma, DJ 27/2/09).’ ‘EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. INCORPORAÇÃO NO SERVIÇO ATIVO DA AERONÁUTICA APÓS A EDIÇÃO DA PORTARIA 1.104/GM3-64. AUSÊNCIA DO DIREITO À ANISTIA. PODER DE AUTOTUTELA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. TEMPESTIVIDADE. RECURSO ORDINÁRIO DESPROVIDO. I - Em razão do poder de autotutela, a Administração Pública pode declarar a nulidade de seus próprios atos, quando eivados de vícios que tornem ilegais, ou revogá-los, por motivo de conveniência e oportunidade. II - Agravo regimental improvido’ (RMS 25.596/DF, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, Redator para o Acórdão o Ministro Ricardo Lewandowski , Primeira Turma, DJ 5/6/09). ‘EMENTA: RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA. SERVIDORES DA EXTINTA SIDERBRÁS. ANISTIA. LEI Nº 8.878/94. PORTARIA Nº 387/94. PEDIDO DE REINTEGRAÇÃO NO SERVIÇO PÚLICO. O Conselho de Coordenação e Controle das Empresas Estatais anulou várias decisões concessivas de anistia, com base no Decreto nº 1.499/95. E o fez, na forma da Súmula 473/STF, pela comprovação de indícios de irregularidade nos processos originários. Mais tarde, o art. 11 do Decreto nº 3.363/2000 ratificou os atos praticados pelo citado Conselho de Coordenação e Controle das Empresas Estatais. Presunção de legitimidade desses atos que não foi infirmada pelos impetrantes. Recurso ordinário desprovido. (RMS 25.662/DF, Rel. Min. Carlos Britto , Primeira Turma, DJ de 28/9/07).’ Esse poder de autotutela da Administração vai em 12 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF consonância com as Súmulas 346 e 473 do Supremo Tribunal Federal, que anunciam: ‘A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos (Súmula 346). A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial (Súmula 473).’ Pelo que se depreende dos autos, a anistia foi concedida em 1994, sendo que o prazo quinquenal passou a fluir a partir de 1º de fevereiro de 1999, data de início da vigência da Lei nº 9.784, razão pela qual, quando da publicação da Portaria Interministerial nº 116/2000, ainda não havia transcorrido o prazo decadencial para a Administração anular o ato. Logo, o ato ora impugnado, sob esse aspecto, revela-se em legítimo exercício do poder de autotutela conferido à Administração Pública, não ferindo, com isso, o ato jurídico perfeito ou direito adquirido, nem havendo que se falar em decadência. Já no que se refere à observância das garantias do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, conforme se verificou da análise acerca da prejudicialidade da ação em relação à quase totalidade dos impetrantes, a própria Administração Pública restaurou a anistia da grande maioria dos recorridos, reconhecendo a ocorrência de ilegalidades no ato de anulação de todos os impetrantes. Com efeito, a própria Administração Pública, por meio de uma sequência de atos, concluiu pelo retorno dos interessados à condição de anistiados, vez que no ato anulatório não foi observado o arcabouço legal vigente, em especial pela possibilidade de ter havido violação ao contraditório e à ampla defesa na revisão das anistias dos impetrantes, a teor, a título de 13 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF consonância com as Súmulas 346 e 473 do Supremo Tribunal Federal, que anunciam: ‘A administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos (Súmula 346). A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial (Súmula 473).’ Pelo que se depreende dos autos, a anistia foi concedida em 1994, sendo que o prazo quinquenal passou a fluir a partir de 1º de fevereiro de 1999, data de início da vigência da Lei nº 9.784, razão pela qual, quando da publicação da Portaria Interministerial nº 116/2000, ainda não havia transcorrido o prazo decadencial para a Administração anular o ato. Logo, o ato ora impugnado, sob esse aspecto, revela-se em legítimo exercício do poder de autotutela conferido à Administração Pública, não ferindo, com isso, o ato jurídico perfeito ou direito adquirido, nem havendo que se falar em decadência. Já no que se refere à observância das garantias do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa, conforme se verificou da análise acerca da prejudicialidade da ação em relação à quase totalidade dos impetrantes, a própria Administração Pública restaurou a anistia da grande maioria dos recorridos, reconhecendo a ocorrência de ilegalidades no ato de anulação de todos os impetrantes. Com efeito, a própria Administração Pública, por meio de uma sequência de atos, concluiu pelo retorno dos interessados à condição de anistiados, vez que no ato anulatório não foi observado o arcabouço legal vigente, em especial pela possibilidade de ter havido violação ao contraditório e à ampla defesa na revisão das anistias dos impetrantes, a teor, a título de 13 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF exemplo, do constante na Deliberação nº 8.814, de 10 de maio de 2006: ‘SECRETÁRIA DE RECURSOS HUMANOS DELIBERAÇÃO Nº 8.814, DE 10 DE MAIO DE 2006 ÓRGÃO: PETROBRÁS COMÉRCIO INTERNACIONAL S.A INTERBRÁS EMENTA: REVISÃO DE ATOS PRATICADOS PELAS COMISSÕES DE ANISTIA ANTERIORES. DECRETO Nº 5.115/2004 E DECRETO Nº 5.215/2004. ALTERAÇÃO DO ENTENDIMENTO DA COMISSÃO ESPECIAL INTERMINISTERIAL DE MANUTENÇÃO DA ANISTIA RECONHECIDA. Trata a presente deliberação de revisão do entendimento desta Comissão Especial Interministerial CEI, cuja conclusão é abaixo transcrita, relativamente aos requerimentos formulados, tempestivamente, por ex- empregados da INTERBRÁS, demitidos por ato do Governo Federal, nos quais pleitearam a revisão do processo conduzido pela Comissão Interministerial de Anistia COINTER, que resultou na edição da Portaria Interministerial nº 116 de 09 de junho de 2000, subscrita pelos Srs. Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e de Minas e Energia, publicada no Diário Oficial de 20 de junho de 2000, anulando as anistias que, anteriormente, foram-lhes concedida, nos termos da Lei nº 8.878, de 11 de maio de 1994: ‘Destarte, em face do inegável transcurso de tempo entre o ato concessivo da anistia e sua anulação, que ultrapassou o limite legalmente imposto à Administração, bem como entendendo não ser hipótese de incidência do imposto no § 2º do art. 54 da Lei 9.784 de 1999, esta Comissão Especial Interministerial entende cristalina a conclusão de que, efetivamente, no caso em tela, ocorreu o 14 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF exemplo, do constante na Deliberação nº 8.814, de 10 de maio de 2006: ‘SECRETÁRIA DE RECURSOS HUMANOS DELIBERAÇÃO Nº 8.814, DE 10 DE MAIO DE 2006 ÓRGÃO: PETROBRÁS COMÉRCIO INTERNACIONAL S.A INTERBRÁS EMENTA: REVISÃO DE ATOS PRATICADOS PELAS COMISSÕES DE ANISTIA ANTERIORES. DECRETO Nº 5.115/2004 E DECRETO Nº 5.215/2004. ALTERAÇÃO DO ENTENDIMENTO DA COMISSÃO ESPECIAL INTERMINISTERIAL DE MANUTENÇÃO DA ANISTIA RECONHECIDA. Trata a presente deliberação de revisão do entendimento desta Comissão Especial Interministerial CEI, cuja conclusão é abaixo transcrita, relativamente aos requerimentos formulados, tempestivamente, por ex- empregados da INTERBRÁS, demitidos por ato do Governo Federal, nos quais pleitearam a revisão do processo conduzido pela Comissão Interministerial de Anistia COINTER, que resultou na edição da Portaria Interministerial nº 116 de 09 de junho de 2000, subscrita pelos Srs. Ministro de Estado do Planejamento, Orçamento e Gestão, da Fazenda e de Minas e Energia, publicada no Diário Oficial de 20 de junho de 2000, anulando as anistias que, anteriormente, foram-lhes concedida, nos termos da Lei nº 8.878, de 11 de maio de 1994: ‘Destarte, em face do inegável transcurso de tempo entre o ato concessivo da anistia e sua anulação, que ultrapassou o limite legalmente imposto à Administração, bem como entendendo não ser hipótese de incidência do imposto no § 2º do art. 54 da Lei 9.784 de 1999, esta Comissão Especial Interministerial entende cristalina a conclusão de que, efetivamente, no caso em tela, ocorreu o 14 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF instituto jurídico da decadência, eivando o ato anulatório da anistia anteriormente concedida de nulidade absoluta, em relação ao requerente, devendo este, portanto, volver à condição de anistiado.’ Tal entendimento desta CEI não foi encampado pela Advocacia-Geral da União, cuja Nota AGU/MS-11/2006, objeto do Despacho do Consultor-Geral da União nº 220/2006, aprovada pelo Advogado-Geral da União em 14 de março do ano em curso, conclui no sentido de que, até 1º de fevereiro de 2004, todas as medidas que impugnaram a validade de atos de anistia havidos antes da edição da Lei nº 9.784, de 1999, não violaram a regra da decadência expressa no art. 54 desta Lei, não podendo ser anuladas sob esse fundamento, nada impedindo, porém, que a Administração reaprecie o mérito dessas anulações com objetivo de verificar a real incidência da Lei nº 8.878, de 1994. Assim, afastada a possibilidade de os requerimentos sob o prisma do instituto da Decadência, objeto das deliberações constantes da Portaria CEI nº 1, de 14 de fevereiro de 2005, publicada no Diário Oficial da União de 15 de fevereiro de 2005, resta a verificação, de ofício, da observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, em consonância com o disposto no inciso II do art. 2º do Decreto nº 5.115, de 24 de junho de 2004.’ Mais recentemente, inclusive, foi exarado o Parecer CGU/AGU Nº 01/2007 RVJ, por mim aprovado na condição de Advogado-Geral da União, e aprovado também pelo Presidente da República, estabeleceu os parâmetros que devem ser seguidos no âmbito da Administração Pública acerca dos processos de concessão e revisão de anistia. Ao que parece, e assim afirmam os próprios recorrentes (fl. 3048), os impetrantes remanescentes, diversamente dos 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF instituto jurídico da decadência, eivando o ato anulatório da anistia anteriormente concedida de nulidade absoluta, em relação ao requerente, devendo este, portanto, volver à condição de anistiado.’ Tal entendimento desta CEI não foi encampado pela Advocacia-Geral da União, cuja Nota AGU/MS-11/2006, objeto do Despacho do Consultor-Geral da União nº 220/2006, aprovada pelo Advogado-Geral da União em 14 de março do ano em curso, conclui no sentido de que, até 1º de fevereiro de 2004, todas as medidas que impugnaram a validade de atos de anistia havidos antes da edição da Lei nº 9.784, de 1999, não violaram a regra da decadência expressa no art. 54 desta Lei, não podendo ser anuladas sob esse fundamento, nada impedindo, porém, que a Administração reaprecie o mérito dessas anulações com objetivo de verificar a real incidência da Lei nº 8.878, de 1994. Assim, afastada a possibilidade de os requerimentos sob o prisma do instituto da Decadência, objeto das deliberações constantes da Portaria CEI nº 1, de 14 de fevereiro de 2005, publicada no Diário Oficial da União de 15 de fevereiro de 2005, resta a verificação, de ofício, da observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa, em consonância com o disposto no inciso II do art. 2º do Decreto nº 5.115, de 24 de junho de 2004.’ Mais recentemente, inclusive, foi exarado o Parecer CGU/AGU Nº 01/2007 RVJ, por mim aprovado na condição de Advogado-Geral da União, e aprovado também pelo Presidente da República, estabeleceu os parâmetros que devem ser seguidos no âmbito da Administração Pública acerca dos processos de concessão e revisão de anistia. Ao que parece, e assim afirmam os próprios recorrentes (fl. 3048), os impetrantes remanescentes, diversamente dos 15 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF demais, não atenderam à convocação da Administração para apresentar requerimento de revisão de anistia. Conforme esclarecido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, nas informações acostadas recentemente, ‘os interessados que protocolizaram seus requerimentos de revisão de anistia nessa Comissão, nos termos do decreto nº 5.115/2004, tiveram seus processos administrativos de anistia analisados e deliberados pela CEI, os quais resultaram na restauração da anistia’ . Ainda assim, subsiste a necessidade de reanálise, caso a caso, da regularidade da revisão da anistia dos impetrantes remanescentes, com base nos parâmetros estabelecidos administrativamente, e a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Sendo assim, em relação a esses servidores que não retornaram, pela via administrativa, à condição de anistiados (são eles: Ademar Gonzales; Ana Maria Santos Correia; Edmir de Brito Gaspar (espólio); Heitor Malaquias Nascimento; Jorge Henrique de Oliveira; Lucia Regina Santos; 7- Moisés Aroldo Lipowicz (espólio); Paulo Armando Forléo; Rosana Monteiro Xavier; Sheila de Castro e Silva; Solange Dawidovitsch; Vilásio Luiz Rangel; Wilson Silva Basílio), dou parcial provimento ao recurso ordinário em mandado de segurança, tão somente para que tenham seus processos administrativos de anistia reanalisados com base nos novos parâmetros administrativamente estabelecidos, sendo-lhe assegurados a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Com relação aos demais recorrentes, que retornaram à condição de anistiados, em face da superveniente perda de objeto do mandamus, julgo prejudicado o recurso ordinário em mandado de segurança.” Nas razões do agravo, a recorrente alega a inobservância do princípio da adstrição ao pedido, entendendo que a decisão ora atacada foi proferida além dos limites fixados pelo pedido inicial. Defendem que “os impetrantes postulam apenas e tão somente a nulidade da Portaria Interministerial 116/00, tendo em vista a ocorrência de decadência 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF demais, não atenderam à convocação da Administração para apresentar requerimento de revisão de anistia. Conforme esclarecido pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, nas informações acostadas recentemente, ‘os interessados que protocolizaram seus requerimentos de revisão de anistia nessa Comissão, nos termos do decreto nº 5.115/2004, tiveram seus processos administrativos de anistia analisados e deliberados pela CEI, os quais resultaram na restauração da anistia’ . Ainda assim, subsiste a necessidade de reanálise, caso a caso, da regularidade da revisão da anistia dos impetrantes remanescentes, com base nos parâmetros estabelecidos administrativamente, e a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Sendo assim, em relação a esses servidores que não retornaram, pela via administrativa, à condição de anistiados (são eles: Ademar Gonzales; Ana Maria Santos Correia; Edmir de Brito Gaspar (espólio); Heitor Malaquias Nascimento; Jorge Henrique de Oliveira; Lucia Regina Santos; 7- Moisés Aroldo Lipowicz (espólio); Paulo Armando Forléo; Rosana Monteiro Xavier; Sheila de Castro e Silva; Solange Dawidovitsch; Vilásio Luiz Rangel; Wilson Silva Basílio), dou parcial provimento ao recurso ordinário em mandado de segurança, tão somente para que tenham seus processos administrativos de anistia reanalisados com base nos novos parâmetros administrativamente estabelecidos, sendo-lhe assegurados a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Com relação aos demais recorrentes, que retornaram à condição de anistiados, em face da superveniente perda de objeto do mandamus, julgo prejudicado o recurso ordinário em mandado de segurança.” Nas razões do agravo, a recorrente alega a inobservância do princípio da adstrição ao pedido, entendendo que a decisão ora atacada foi proferida além dos limites fixados pelo pedido inicial. Defendem que “os impetrantes postulam apenas e tão somente a nulidade da Portaria Interministerial 116/00, tendo em vista a ocorrência de decadência 16 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 23 Relatório RMS 27.189 AGR / DF administrativa e, subsidiariamente, sua nulidade em razão de ter violado ato jurídico perfeito”. Por fim requer seja “reconsiderada a decisão agravada, anulando-a e proferindo outra em seu lugar, ante o insanável error in procedendo. Caso assim não entenda, requer seja o presente agravo apresentado em mesa para julgamento pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, dando-lhe provimento”. É o relatório. 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF administrativa e, subsidiariamente, sua nulidade em razão de ter violado ato jurídico perfeito”. Por fim requer seja “reconsiderada a decisão agravada, anulando-a e proferindo outra em seu lugar, ante o insanável error in procedendo. Caso assim não entenda, requer seja o presente agravo apresentado em mesa para julgamento pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, dando-lhe provimento”. É o relatório. 17 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857199. Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 23 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.189 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em recurso ordinário em mandado de segurança interposto pela União especificamente contra a parte da decisão monocrática na qual concedi parcialmente a segurança em relação aos impetrantes que não retornaram, pela via administrativa, à condição de anistiados, para assegurar-lhes a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa durante a análise dos processos administrativos de anistia. Nas razões do agravo, a recorrente alega a inobservância do princípio da adstrição ao pedido, entendendo que a decisão ora atacada extrapolou os limites fixados pelo pedido inicial. Segundo afirmam, “os impetrantes postulam apenas e tão somente a nulidade da Portaria Interministerial 116/00, tendo em vista a ocorrência de decadência administrativa e, subsidiariamente, sua nulidade em razão de ter violado ato jurídico perfeito”. Não assiste razão à agravante. Em verdade, há pedido expresso dos impetrantes do mandado de segurança correspondente ao que foi parcialmente concedido, conforme se verifica nos pedidos formulados tanto na petição inicial do mandamus quanto no recurso ordinário. Vide: “Petição inicial: ‘(...) a final, é de ser julgada procedente a impetração, para que se já concedida a segurança declarando-se a nulidade da Portaria Interministerial 116/00 e de nenhum efeito em relação aos Impetrantes, tendo em vista que a anistia que a eles se concedeu é ato jurídico perfeito, consolidado que não pode ser desconstituído sem o devido respeito ao Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857198. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.189 DISTRITO FEDERAL VOTO O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em recurso ordinário em mandado de segurança interposto pela União especificamente contra a parte da decisão monocrática na qual concedi parcialmente a segurança em relação aos impetrantes que não retornaram, pela via administrativa, à condição de anistiados, para assegurar-lhes a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa durante a análise dos processos administrativos de anistia. Nas razões do agravo, a recorrente alega a inobservância do princípio da adstrição ao pedido, entendendo que a decisão ora atacada extrapolou os limites fixados pelo pedido inicial. Segundo afirmam, “os impetrantes postulam apenas e tão somente a nulidade da Portaria Interministerial 116/00, tendo em vista a ocorrência de decadência administrativa e, subsidiariamente, sua nulidade em razão de ter violado ato jurídico perfeito”. Não assiste razão à agravante. Em verdade, há pedido expresso dos impetrantes do mandado de segurança correspondente ao que foi parcialmente concedido, conforme se verifica nos pedidos formulados tanto na petição inicial do mandamus quanto no recurso ordinário. Vide: “Petição inicial: ‘(...) a final, é de ser julgada procedente a impetração, para que se já concedida a segurança declarando-se a nulidade da Portaria Interministerial 116/00 e de nenhum efeito em relação aos Impetrantes, tendo em vista que a anistia que a eles se concedeu é ato jurídico perfeito, consolidado que não pode ser desconstituído sem o devido respeito ao Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857198. Inteiro Teor do Acórdão - Página 20 de 23 Voto - MIN. DIAS TOFFOLI RMS 27.189 AGR / DF contraditório, não tendo fundamento alguma a anulação pretendida pela indigitada Portaria Interministerial 116/00 (…)’ (fls. 29/30) Recurso ordinário: “NO MÉRITO – NULIDADE DA PORTARIA Nº 116 POR DESOBEDIÊNCIA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL ASSECURATÓRIO DA AMPLA DEFESA” (fl. 3040).” Com efeito, houve pedido expresso no que tange à violação do devido processo legal, princípio que impõe a observância da ampla defesa e do contraditório, por estarem esses postulados abrangidos por aquele princípio. Em termos de técnica jurídica, a questão foi elucidada por Guilherme Peña, o qual tratou do devido processo legal da seguinte forma: “(…) Sob um ângulo, princípio do devido processo legal processual (procedural due process) é dotado de conteúdo formal, pois assegura a regularidade procedimental, cujos corolários são a demanda, a defesa e igualdade entre as partes, de maneira que cada questão submetida à apreciação jurisdicional deve ser resolvida através de um encadeamento lógico de atos tendentes à consecução do provimento final (processo), próprio para o caso (devido) e previamente estipulado (legal), deflagrado pela ação exercida pelo demandante, contraposta à defesa oferecida pelo demandado, em igualdade de condições perante o órgão judicial competente.” (Moraes, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2012, p.98) Mantenho, destarte, o entendimento firmado no julgamento monocrático. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857198. Supremo Tribunal Federal RMS 27.189 AGR / DF contraditório, não tendo fundamento alguma a anulação pretendida pela indigitada Portaria Interministerial 116/00 (…)’ (fls. 29/30) Recurso ordinário: “NO MÉRITO – NULIDADE DA PORTARIA Nº 116 POR DESOBEDIÊNCIA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL ASSECURATÓRIO DA AMPLA DEFESA” (fl. 3040).” Com efeito, houve pedido expresso no que tange à violação do devido processo legal, princípio que impõe a observância da ampla defesa e do contraditório, por estarem esses postulados abrangidos por aquele princípio. Em termos de técnica jurídica, a questão foi elucidada por Guilherme Peña, o qual tratou do devido processo legal da seguinte forma: “(…) Sob um ângulo, princípio do devido processo legal processual (procedural due process) é dotado de conteúdo formal, pois assegura a regularidade procedimental, cujos corolários são a demanda, a defesa e igualdade entre as partes, de maneira que cada questão submetida à apreciação jurisdicional deve ser resolvida através de um encadeamento lógico de atos tendentes à consecução do provimento final (processo), próprio para o caso (devido) e previamente estipulado (legal), deflagrado pela ação exercida pelo demandante, contraposta à defesa oferecida pelo demandado, em igualdade de condições perante o órgão judicial competente.” (Moraes, Guilherme Peña de. Curso de Direito Constitucional. 4.ed. São Paulo: Atlas, 2012, p.98) Mantenho, destarte, o entendimento firmado no julgamento monocrático. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2857198. Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 23 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.189 DISTRITO FEDERAL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, acompanho Vossa Excelência. Está em jogo o devido processo legal, ou seja, a possibilidade de defesa em caso que implicou o afastamento de anistia. Acompanho Vossa Excelência. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886255. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.189 DISTRITO FEDERAL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, acompanho Vossa Excelência. Está em jogo o devido processo legal, ou seja, a possibilidade de defesa em caso que implicou o afastamento de anistia. Acompanho Vossa Excelência. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886255. Inteiro Teor do Acórdão - Página 22 de 23 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.189 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ACÁSSIA MARIA CARVALHO PEREIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : MARCELLO LAVENÈRE MACHADO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2904940 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA 27.189 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ACÁSSIA MARIA CARVALHO PEREIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : MARCELLO LAVENÈRE MACHADO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2904940 Inteiro Teor do Acórdão - Página 23 de 23
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2904996
2012-09-18T00:00:00
2012-10-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO ORD. EM MANDADO DE SEGURANÇA
EMENTA Administrativo. Agravo regimental. Recurso ordinário em mandado de segurança. Anistia. Petróleo Brasileiro S/A (PETROBRAS). Portaria interministerial nº 116/2000. Decisão monocrática em que se concedeu parcialmente a ordem para assegurar a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa. Nulidade. Decisão extra petita não configurada. Agravo regimental não provido. 1. Agravo regimental que ataca parte da decisão monocrática em que se concedeu parcialmente a segurança em relação aos impetrantes que não retornaram, pela via administrativa, à condição de anistiados, de modo que tivessem seus processos administrativos de anistia reanalisados, assegurando-se-lhes a observância dos princípios do contraditório e da ampla defesa. 2. Agravo regimental fundado na inobservância do princípio da adstrição ao pedido, sob a alegação de que a decisão monocrática proferida teria ido além dos limites fixados no pedido inicial. Ausência de argumentos suscetíveis de modificar a decisão agravada, ante a presença de pedido expresso dos impetrantes correspondente ao que foi parcialmente concedido, conforme se verifica nos pedidos formulados tanto na petição inicial do mandamus quanto na do recurso ordinário. 3. Agravo regimental não provido.
sjur216246
Número de páginas: 23. Análise: 19/10/2012, IMC. Revisão: 08/11/2012, MMR.
DIAS TOFFOLI
Primeira Turma
27189
[ "LEG-FED PRT-000116 ANO-2000\r\n PORTARIA INTERMINISTERIAL, MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO, MINISTÉRIO DA FAZENDA, MINISTÉRIO DAS MINAS E ENERGIA" ]
RMS-AgR
acordaos
RMS 27189 AgR
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AGTE.(S) : UNIÃO ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO AGDO.(A/S) : ACÁSSIA MARIA CARVALHO PEREIRA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : MARCELLO LAVENÈRE MACHADO
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PEREIRA", "MARCELLO LAVENÈRE MACHADO", "Dias Toffoli", "DIAS TOFFOLI", "Dias Toffoli", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "ACÁSSIA MARIA CARVALHO PEREIRA", "MARCELLO LAVENÈRE MACHADO", "DIAS TOFFOLI", "Ademar Gonzales", "Ana Maria Santos Correia", "Edmir de Brito Gaspar", "Heitor Malaquias Nascimento", "Jorge Henrique de Oliveira", "Lucia Regina Santos", "Moisés Aroldo Lipowicz", "Paulo Armando Forléo", "Rosana Monteiro Xavier", "Sheila de Castro e Silva", "Solange Dawidovitsch", "Vilásio Luiz Rangel", "Wilson Silva Basílio", "DIAS TOFFOLI", "ACÁSSIA MARIA CARVALHO PEREIRA", "MARCELLO LAVENÈRE MACHADO", "DIAS TOFFOLI", "Ademar Gonzales", "Ana Maria Santos Correia", "Edmir de Brito Gaspar", "Heitor Malaquias Nascimento", "Jorge Henrique de Oliveira", "Lucia Regina Santos", "Moisés Aroldo Lipowicz", "Paulo Armando Forléo", "Rosana Monteiro Xavier", "Sheila de Castro e Silva", "Solange Dawidovitsch", "Vilásio Luiz Rangel", "Wilson Silva Basílio", "Ademar Gonzales", "Ana Maria Santos Correia", "Edmir de Brito Gaspar", "Heitor Malaquias Nascimento", "Jorge Henrique de Oliveira", "Lucia Regina Santos", "Moisés Aroldo Lipowicz", "Paulo Armando Forléo", "Rosana Monteiro Xavier", "Sheila de Castro e Silva", "Ademar Gonzales", "Ana Maria Santos Correia", "Edmir de Brito Gaspar", "Heitor Malaquias Nascimento", "Jorge Henrique de Oliveira", "Lucia Regina Santos", "Moisés Aroldo Lipowicz", "Paulo Armando Forléo", "Rosana Monteiro Xavier", "Sheila de Castro e Silva", "Solange Dawidovitsch", "Vilásio Luiz Rangel", "Wilson Silva Basílio", "Antônio Cláudio da Costa Machado", "Machado , Antônio Cláudio da Costa", "Sepúlveda Pertence", "Solange Dawidovitsch", "Vilásio Luiz Rangel", "Wilson", "Silva Basílio", "Antônio Cláudio da Costa Machado", "Machado", "Sepúlveda Pertence", "Sepúlveda Pertence", "Ademar Gonzales", "Ana Maria Santos Correia", "Edmir de Brito Gaspar", "Heitor Malaquias Nascimento", "Jorge Henrique de Oliveira", "Lucia Regina Santos", "Moisés Aroldo Lipowicz", "Paulo Armando Forléo", "Rosana Monteiro Xavier", "Sheila de Castro e Silva", "Solange Dawidovitsch", "Vilásio Luiz Rangel", "Wilson Silva Basílio", "Sepúlveda Pertence", "Ademar Gonzales", "Ana Maria Santos Correia", "Edmir de Brito Gaspar", "Heitor Malaquias Nascimento", "Jorge Henrique de Oliveira", "Lucia Regina Santos", "Moisés Aroldo Lipowicz", "Paulo Armando Forléo", "Rosana Monteiro Xavier", "Sheila de Castro e Silva", "Solange Dawidovitsch", "Vilásio Luiz Rangel", "Wilson Silva Basílio", "Eros Grau", "Eros Grau", "Cármen Lúcia", "Cármen Lúcia", "Marco Aurélio", "Sepúlveda Pertence", "Ricardo Lewandowski", "Carlos Britto", "Marco Aurélio", "Sepúlveda Pertence", "Ricardo Lewandowski", "Carlos Britto", "Súmulas", "Ademar Gonzales", "Ana Maria Santos Correia", "Edmir de Brito Gaspar", "Heitor Malaquias Nascimento", "Jorge Henrique de Oliveira", "Lucia Regina Santos", "7", "-", "Moisés Aroldo Lipowicz", "Paulo Armando Forléo", "Rosana Monteiro Xavier", "Sheila de Castro e Silva", "Solange Dawidovitsch", "Vilásio Luiz Rangel", "Wilson Silva Basílio", "Ademar Gonzales", "Ana Maria Santos Correia", "Edmir de Brito Gaspar", "Heitor Malaquias Nascimento", "Jorge Henrique de Oliveira", "Lucia Regina Santos", "Moisés Aroldo Lipowicz", "Paulo Armando Forléo", "Rosana Monteiro Xavier", "Sheila de Castro e Silva", "Solange Dawidovitsch", "Vilásio Luiz Rangel", "Wilson Silva Basílio", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "DIAS TOFFOLI", "Guilherme Peña", "Moraes , Guilherme Peña de", "Guilherme Peña", "Moraes , Guilherme Peña de", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "DIAS TOFFOLI", "ACÁSSIA MARIA CARVALHO PEREIRA", "MARCELLO LAVENÈRE MACHADO", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "DIAS TOFFOLI", "ACÁSSIA MARIA CARVALHO PEREIRA", "MARCELLO LAVENÈRE MACHADO", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "10", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "9", "/", "6", "/", "2000", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "9", "/", "6", "/", "2000", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "14 DE FEVEREIRO DE 2005", "24 de junho de 2004", "10 DE MAIO DE 2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "14 DE FEVEREIRO DE 2005", "24 de junho de 2004", "25", "10 DE MAIO DE 2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "09 de junho de 2000", "20 de junho de 2000", "11 de maio de 1994", "14 de março do ano", "[UNK] de fevereiro de 2004", "24", "/", "08", "/", "2001", "09 de junho de 2000", "20 de junho de 2000", "11 de maio de 1994", "14 de março do ano", "[UNK] de fevereiro de 2004", "24", "/", "08", "/", 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".", "99", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", "/", "5", "/", "10", "[UNK]", "/", "7", "/", "10", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", "/", "5", "[UNK]", "/", "7", "/", "10", "24", "/", "08", "/", "2001", "27", "/", "2", "/", "09", "5", "/", "6", "/", "09", "28", "/", "9", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "27", "/", "2", "/", "09", "5", "/", "6", "/", "09", "28", "/", "9", "/", "07", "24", "/", "08", "/", "2001", "1994", "[UNK] de fevereiro de 1999", "24", "/", "08", "/", "2001", "1994", "[UNK] de fevereiro de 1999", "24", "/", "08", "/", "2001", "10 de maio de 2006", "10 DE MAIO DE 2006", "09 de junho de 2000", "20 de junho de 2000", "11 de maio de 1994", "24", "/", "08", "/", "2001", "10 de maio de 2006", "10 DE MAIO DE 2006", "09 de junho de 2000", "20 de junho de 2000", "11 de maio de 1994", "24", "/", "08", "/", "2001", "14 de março do ano", "[UNK] de fevereiro de 2004", "1999", "1994", "14 de fevereiro de 2005", "15 de fevereiro de 2005", "24 de junho de 2004", "24", "/", "08", "/", "2001", "14 de março do ano", "[UNK] de fevereiro de 2004", "1999", "1994", "14 de fevereiro de 2005", "15 de fevereiro de 2005", "24 de junho de 2004", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 844.834 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :OSVALDO SARAIVA MARQUES AGTE.(S) :ELISABETH GAMA DA SILVA SARAIVA MARQUES AGTE.(S) :VALDEMAR SARAIVA MARQUES AGTE.(S) :NARCISA MARIA VEIGA LOPES CALHAU AGTE.(S) :ANTÔNIO JOSÉ SARAIVA MARQUES AGTE.(S) :LÚCIA ROQUE CORREIA MARQUES AGTE.(S) :JOÃO RESENDE DE MATOS AGTE.(S) :MARIA APARECIDA DOMINGUES MATOS AGTE.(S) :LUIZ HENRIQUE ZANELLA AGTE.(S) :MARILDA DA CONCEIÇÃO FRANÇA ZANELLA ADV.(A/S) :FERNANDO ANTÔNIO NEVES BAPTISTA AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL. SOBRESTAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO ATÉ O JULGAMENTO DO RECURSO ESPECIAL. DESNECESSIDADE QUANDO O RECURSO NÃO REÚNE CONDIÇÕES DE CONHECIMENTO.ALEGADA OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA. Nos termos da orientação firmada neste Tribunal, o disposto no art. 543, § 1º, do do Código de Processo Civil somente se aplica quando os recursos especial e extraordinário, interpostos simultaneamente, tiverem sido ambos admitidos e desde que possuam condições de conhecimento, o que não ocorre no caso. A análise da alegação de ofensa aos postulados do devido processo legal demanda, no caso, o prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-probatório. (Súmulas 279 e 636 do STF). Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D à O Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969913. Supremo Tribunal Federal DJe 25/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão AI 844.834 AGR / SP Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969913. Supremo Tribunal Federal AI 844.834 AGR / SP Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969913. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 844.834 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :OSVALDO SARAIVA MARQUES AGTE.(S) :ELISABETH GAMA DA SILVA SARAIVA MARQUES AGTE.(S) :VALDEMAR SARAIVA MARQUES AGTE.(S) :NARCISA MARIA VEIGA LOPES CALHAU AGTE.(S) :ANTÔNIO JOSÉ SARAIVA MARQUES AGTE.(S) :LÚCIA ROQUE CORREIA MARQUES AGTE.(S) :JOÃO RESENDE DE MATOS AGTE.(S) :MARIA APARECIDA DOMINGUES MATOS AGTE.(S) :LUIZ HENRIQUE ZANELLA AGTE.(S) :MARILDA DA CONCEIÇÃO FRANÇA ZANELLA ADV.(A/S) :FERNANDO ANTÔNIO NEVES BAPTISTA AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a e c, da Constituição federal) interposto de acórdão, prolatado por Tribunal de Justiça estadual, cuja ementa possui o seguinte teor: `Ação discriminatória. Terras devolutas. Matéria preliminar suscitada pelos réus inconsistente. Rejeição. Agravo retido não conhecido diante da prejudicialidade. Mérito: comprovação pela Fazenda de serem devolutas as terras mencionadas no pedido inicial. Não comprovação pelos réus da existência de fato impeditivo ao reconhecimento do direito da autora. Sentença de procedência confirmada por seus próprios e Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969914. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 844.834 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :OSVALDO SARAIVA MARQUES AGTE.(S) :ELISABETH GAMA DA SILVA SARAIVA MARQUES AGTE.(S) :VALDEMAR SARAIVA MARQUES AGTE.(S) :NARCISA MARIA VEIGA LOPES CALHAU AGTE.(S) :ANTÔNIO JOSÉ SARAIVA MARQUES AGTE.(S) :LÚCIA ROQUE CORREIA MARQUES AGTE.(S) :JOÃO RESENDE DE MATOS AGTE.(S) :MARIA APARECIDA DOMINGUES MATOS AGTE.(S) :LUIZ HENRIQUE ZANELLA AGTE.(S) :MARILDA DA CONCEIÇÃO FRANÇA ZANELLA ADV.(A/S) :FERNANDO ANTÔNIO NEVES BAPTISTA AGDO.(A/S) :ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a e c, da Constituição federal) interposto de acórdão, prolatado por Tribunal de Justiça estadual, cuja ementa possui o seguinte teor: `Ação discriminatória. Terras devolutas. Matéria preliminar suscitada pelos réus inconsistente. Rejeição. Agravo retido não conhecido diante da prejudicialidade. Mérito: comprovação pela Fazenda de serem devolutas as terras mencionadas no pedido inicial. Não comprovação pelos réus da existência de fato impeditivo ao reconhecimento do direito da autora. Sentença de procedência confirmada por seus próprios e Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969914. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório AI 844.834 AGR / SP jurídicos fundamentos. Recurso dos réus desprovido.´ (fls. 1.139) Alega-se violação do disposto nos arts. 5º, XXXV, LV e LVI, e 93, IX, da Constituição federal. O recurso não merece seguimento. Verifico que concluir diversamente do Tribunal de origem demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-probatório, de forma que eventual ofensa à Constituição federal seria meramente indireta ou reflexa, insuscetível, portanto, de conhecimento na via estreita do recurso extraordinário (Súmulas 279 e 636/STF). Quanto à interposição do apelo extraordinário com base no art. 102, III, alínea c, da Constituição federal, observo que o Tribunal de origem em momento algum julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição federal. Acrescento, também, que as razões do recurso extraordinário não oferecem qualquer fundamentação no que se refere a esse particular, o que permite a invocação da Súmula 284/STF. Do exposto, nego seguimento ao presente agravo. Publique-se.” (fls. 2.117-2.118) Em síntese, sustenta-se que que recurso extraordinário deveria ficar sobrestado até o julgamento do recurso especial e que o acórdão recorrido teria ofendido os postulados do devido processo legal. Mantenho a decisão agravada e trago o presente recurso à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969914. Supremo Tribunal Federal AI 844.834 AGR / SP jurídicos fundamentos. Recurso dos réus desprovido.´ (fls. 1.139) Alega-se violação do disposto nos arts. 5º, XXXV, LV e LVI, e 93, IX, da Constituição federal. O recurso não merece seguimento. Verifico que concluir diversamente do Tribunal de origem demandaria o prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-probatório, de forma que eventual ofensa à Constituição federal seria meramente indireta ou reflexa, insuscetível, portanto, de conhecimento na via estreita do recurso extraordinário (Súmulas 279 e 636/STF). Quanto à interposição do apelo extraordinário com base no art. 102, III, alínea c, da Constituição federal, observo que o Tribunal de origem em momento algum julgou válida lei ou ato de governo local contestado em face da Constituição federal. Acrescento, também, que as razões do recurso extraordinário não oferecem qualquer fundamentação no que se refere a esse particular, o que permite a invocação da Súmula 284/STF. Do exposto, nego seguimento ao presente agravo. Publique-se.” (fls. 2.117-2.118) Em síntese, sustenta-se que que recurso extraordinário deveria ficar sobrestado até o julgamento do recurso especial e que o acórdão recorrido teria ofendido os postulados do devido processo legal. Mantenho a decisão agravada e trago o presente recurso à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969914. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 844.834 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte ora agravante. Cumpre ressaltar, primeiramente, que, nos termos da orientação firmada neste Tribunal, o disposto no art. 543, § 1º, do Código de Processo Civil, somente se aplica quando os recursos especial e extraordinário, interpostos simultaneamente, tiverem sido ambos admitidos, o que não ocorreu no caso. Nesse sentido, confira-se: “AGRAVOS REGIMENTAIS NOS RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE SOBRESTAMENTO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. Nos termos da orientação firmada neste Tribunal, o disposto no art. 543, § 1º, do do Código de Processo Civil, somente se aplica quando os recursos especial e extraordinário, interpostos simultaneamente, tiverem sido ambos admitidos, o que não ocorreu no caso. Inviável o recurso extraordinário quando as alegações de violação a dispositivos constitucionais exigem o reexame de fatos e provas (Súmula 279/STF). Discussão constitucional levantada pelos agravantes que, para ser analisada, necessita de apreciação prévia de norma infraconstitucional. Caracterização de ofensa reflexa ou indireta à Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969915. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 844.834 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte ora agravante. Cumpre ressaltar, primeiramente, que, nos termos da orientação firmada neste Tribunal, o disposto no art. 543, § 1º, do Código de Processo Civil, somente se aplica quando os recursos especial e extraordinário, interpostos simultaneamente, tiverem sido ambos admitidos, o que não ocorreu no caso. Nesse sentido, confira-se: “AGRAVOS REGIMENTAIS NOS RECURSOS EXTRAORDINÁRIOS COM AGRAVO. MATÉRIA CRIMINAL. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE SOBRESTAMENTO. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DE TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. Nos termos da orientação firmada neste Tribunal, o disposto no art. 543, § 1º, do do Código de Processo Civil, somente se aplica quando os recursos especial e extraordinário, interpostos simultaneamente, tiverem sido ambos admitidos, o que não ocorreu no caso. Inviável o recurso extraordinário quando as alegações de violação a dispositivos constitucionais exigem o reexame de fatos e provas (Súmula 279/STF). Discussão constitucional levantada pelos agravantes que, para ser analisada, necessita de apreciação prévia de norma infraconstitucional. Caracterização de ofensa reflexa ou indireta à Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 844.834 AGR / SP Constituição Federal. Nos termos da orientação deste Tribunal, cabe à parte impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso, tornando inviável o agravo regimental. Precedentes. Esta Corte tem o entendimento no sentido de que as questões relativas à individualização da pena configuram ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar exame prévio da legislação infraconstitucional. É inviável o recurso extraordinário em que não houver demonstração da preliminar de repercussão geral. Cabe à parte recorrente apontar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância - do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico - das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário (CPC, art. 543-A, §§ 1º e 2º). Agravos regimentais aos quais se nega provimento.” (ARE 682.010-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 20.08.2012 - grifei) “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. 1. Análise de normas infraconstitucionais. Ofensa constitucional indireta. 2. Necessidade de reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. Interposição simultânea de recursos extraordinário e especial. Aplicabilidade do art. 543, § 1º, do Código de Processo Civil somente se admitidos os recursos. Precedentes. 4. Sucumbência recíproca. Matéria infraconstitucional. Questão a ser verificada pelo juízo da execução. Precedentes. 5. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (AI 792.204-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 18.08.2012 - grifei) “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, LIV E LV, E 93, IX, DA CF. OFENSA REFLEXA. RECURSO ESPECIAL ADMITIDO E EXTRAORDINÁRIO INADMITIDO. ARTIGO 543 DO CPC. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969915. Supremo Tribunal Federal AI 844.834 AGR / SP Constituição Federal. Nos termos da orientação deste Tribunal, cabe à parte impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso, tornando inviável o agravo regimental. Precedentes. Esta Corte tem o entendimento no sentido de que as questões relativas à individualização da pena configuram ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar exame prévio da legislação infraconstitucional. É inviável o recurso extraordinário em que não houver demonstração da preliminar de repercussão geral. Cabe à parte recorrente apontar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância - do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico - das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário (CPC, art. 543-A, §§ 1º e 2º). Agravos regimentais aos quais se nega provimento.” (ARE 682.010-AgR, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe de 20.08.2012 - grifei) “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. REVISÃO DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. 1. Análise de normas infraconstitucionais. Ofensa constitucional indireta. 2. Necessidade de reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. 3. Interposição simultânea de recursos extraordinário e especial. Aplicabilidade do art. 543, § 1º, do Código de Processo Civil somente se admitidos os recursos. Precedentes. 4. Sucumbência recíproca. Matéria infraconstitucional. Questão a ser verificada pelo juízo da execução. Precedentes. 5. Agravo regimental ao qual se nega provimento.” (AI 792.204-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 18.08.2012 - grifei) “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL. ALEGADA OFENSA AO ART. 5º, LIV E LV, E 93, IX, DA CF. OFENSA REFLEXA. RECURSO ESPECIAL ADMITIDO E EXTRAORDINÁRIO INADMITIDO. ARTIGO 543 DO CPC. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 844.834 AGR / SP SOBRESTAMENTO DO FEITO. DESCABIMENTO. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária. II - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. III - O art. 543, § 1º, do Código de Processo Civil, que impõe o julgamento prévio do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, somente se aplica, nos termos do que disposto no caput do artigo, quando os recursos especial e extraordinário são ambos admitidos. IV - Agravo regimental improvido.” (AI 681.331-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 05.06.2009 - grifei) Ademais, verifico que o pedido de sobrestamento do recurso não se justifica, uma vez que a decisão que vier a ser proferida no recurso especial não alterará o desfecho do agravo de instrumento a que se refere o presente agravo regimental, pois o recurso extraordinário não reúne condições de conhecimento. Nesse sentido: “1. Ausente do traslado criminal o inteiro teor do acórdão recorrido, peça obrigatória à formação do instrumento (Lei nº 8.038/90 e Súmula STF nº 288). 2. Na hipótese de não-conhecimento do agravo de instrumento, por deficiência no traslado, descabe a pretensão de sobrestamento do feito por não haver decisão definitiva do Superior Tribunal de Justiça em sede de recurso especial, aplicável somente quando em discussão o mérito do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental improvido.” (AI 680.093-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 14.11.2008 - grifei) 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969915. Supremo Tribunal Federal AI 844.834 AGR / SP SOBRESTAMENTO DO FEITO. DESCABIMENTO. AGRAVO IMPROVIDO. I - A jurisprudência da Corte é no sentido de que a alegada violação ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição, pode configurar, quando muito, situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise de legislação processual ordinária. II - Não há contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado. III - O art. 543, § 1º, do Código de Processo Civil, que impõe o julgamento prévio do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça, somente se aplica, nos termos do que disposto no caput do artigo, quando os recursos especial e extraordinário são ambos admitidos. IV - Agravo regimental improvido.” (AI 681.331-AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 05.06.2009 - grifei) Ademais, verifico que o pedido de sobrestamento do recurso não se justifica, uma vez que a decisão que vier a ser proferida no recurso especial não alterará o desfecho do agravo de instrumento a que se refere o presente agravo regimental, pois o recurso extraordinário não reúne condições de conhecimento. Nesse sentido: “1. Ausente do traslado criminal o inteiro teor do acórdão recorrido, peça obrigatória à formação do instrumento (Lei nº 8.038/90 e Súmula STF nº 288). 2. Na hipótese de não-conhecimento do agravo de instrumento, por deficiência no traslado, descabe a pretensão de sobrestamento do feito por não haver decisão definitiva do Superior Tribunal de Justiça em sede de recurso especial, aplicável somente quando em discussão o mérito do recurso extraordinário. 3. Agravo regimental improvido.” (AI 680.093-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe de 14.11.2008 - grifei) 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 844.834 AGR / SP Com efeito, as questões apreciadas pelo Tribunal de origem possuem índole infraconstitucional, sendo aplicável o disposto na Súmula 636/STF. Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que “em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará cabível o recurso extraordinário” (AI 477.645-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma). No mesmo sentido: “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Apesar dos argumentos do Agravante, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República. 2. Agravo Regimental ao qual se nega provimento.” (AI 649.191-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJ de 1º.6.2007). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre o tema constitucional tido por violado. Incidência dos óbices das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969915. Supremo Tribunal Federal AI 844.834 AGR / SP Com efeito, as questões apreciadas pelo Tribunal de origem possuem índole infraconstitucional, sendo aplicável o disposto na Súmula 636/STF. Esta Corte já firmou entendimento no sentido de que “em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará cabível o recurso extraordinário” (AI 477.645-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma). No mesmo sentido: “PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL: OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Apesar dos argumentos do Agravante, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à Constituição da República. 2. Agravo Regimental ao qual se nega provimento.” (AI 649.191-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJ de 1º.6.2007). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. OFENSA INDIRETA. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. O Tribunal a quo não se manifestou explicitamente sobre o tema constitucional tido por violado. Incidência dos óbices das Súmulas ns. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. As alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 844.834 AGR / SP se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 622.527-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ de 18.5.2007) Ademais, a análise da matéria não prescinde do prévio exame do quadro fático-probatório, o que atrai o óbice da Súmula 279/STF. Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969915. Supremo Tribunal Federal AI 844.834 AGR / SP se dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição. 3. Reexame de fatos e provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 622.527-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ de 18.5.2007) Ademais, a análise da matéria não prescinde do prévio exame do quadro fático-probatório, o que atrai o óbice da Súmula 279/STF. Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969915. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 844.834 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : OSVALDO SARAIVA MARQUES AGTE.(S) : ELISABETH GAMA DA SILVA SARAIVA MARQUES AGTE.(S) : VALDEMAR SARAIVA MARQUES AGTE.(S) : NARCISA MARIA VEIGA LOPES CALHAU AGTE.(S) : ANTÔNIO JOSÉ SARAIVA MARQUES AGTE.(S) : LÚCIA ROQUE CORREIA MARQUES AGTE.(S) : JOÃO RESENDE DE MATOS AGTE.(S) : MARIA APARECIDA DOMINGUES MATOS AGTE.(S) : LUIZ HENRIQUE ZANELLA AGTE.(S) : MARILDA DA CONCEIÇÃO FRANÇA ZANELLA ADV.(A/S) : FERNANDO ANTÔNIO NEVES BAPTISTA AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885697 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 844.834 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : OSVALDO SARAIVA MARQUES AGTE.(S) : ELISABETH GAMA DA SILVA SARAIVA MARQUES AGTE.(S) : VALDEMAR SARAIVA MARQUES AGTE.(S) : NARCISA MARIA VEIGA LOPES CALHAU AGTE.(S) : ANTÔNIO JOSÉ SARAIVA MARQUES AGTE.(S) : LÚCIA ROQUE CORREIA MARQUES AGTE.(S) : JOÃO RESENDE DE MATOS AGTE.(S) : MARIA APARECIDA DOMINGUES MATOS AGTE.(S) : LUIZ HENRIQUE ZANELLA AGTE.(S) : MARILDA DA CONCEIÇÃO FRANÇA ZANELLA ADV.(A/S) : FERNANDO ANTÔNIO NEVES BAPTISTA AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885697 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3013969
2012-09-25T00:00:00
2012-10-25T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL. SOBRESTAMENTO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO ATÉ O JULGAMENTO DO RECURSO ESPECIAL. DESNECESSIDADE QUANDO O RECURSO NÃO REÚNE CONDIÇÕES DE CONHECIMENTO.ALEGADA OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. OFENSA INDIRETA OU REFLEXA. Nos termos da orientação firmada neste Tribunal, o disposto no art. 543, § 1º, do do Código de Processo Civil somente se aplica quando os recursos especial e extraordinário, interpostos simultaneamente, tiverem sido ambos admitidos e desde que possuam condições de conhecimento, o que não ocorre no caso. A análise da alegação de ofensa aos postulados do devido processo legal demanda, no caso, o prévio exame da legislação infraconstitucional e do quadro fático-probatório. (Súmulas 279 e 636 do STF). Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217369
- Acórdãos citados: ARE 682010 AgR, AI 792204 AgR, AI 681331 AgR, AI 680093 AgR, AI 477645 AgR, AI 649191 AgR, AI 622527 AgR. Número de páginas: 10. Análise: 29/10/2012, MJC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
844834
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00543 PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 844834 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : LUIZ HENRIQUE ZANELLA AGTE.(S) : MARILDA DA CONCEIÇÃO FRANÇA ZANELLA ADV.(A/S) : FERNANDO ANTÔNIO NEVES BAPTISTA AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO AGTE.(S) : OSVALDO SARAIVA MARQUES AGTE.(S) : ELISABETH GAMA DA SILVA SARAIVA MARQUES AGTE.(S) : VALDEMAR SARAIVA MARQUES AGTE.(S) : NARCISA MARIA VEIGA LOPES CALHAU AGTE.(S) : ANTÔNIO JOSÉ SARAIVA MARQUES AGTE.(S) : LÚCIA ROQUE CORREIA MARQUES AGTE.(S) : JOÃO RESENDE DE MATOS AGTE.(S) : MARIA APARECIDA DOMINGUES MATOS
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 844 . 834", "Súmulas 279 e 636 do STF", "AI 844 . 834 AGR", "AI 844 . 834 AGR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 844 . 834", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 844 . 834", "AI 844 . 834 AGR / SP", "Súmulas 279 e 636 / STF", "Súmula 284 / STF", "AI 844 . 834 AGR / SP", "Súmulas 279 e 636 / STF", "Súmula 284 / STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 844 . 834", "Súmula 279 / STF", "Súmula 279 / STF", "AI 844 . 834 AGR", "ARE 682 . 010 - AgR", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "AI 792 . 204 - AgR", "AI 844 . 834", "ARE 682 . 010 - AgR", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "AI 792 . 204 - AgR", "AI 844 . 834 AGR /", "AI 681 . 331 - AgR", "Súmula STF [UNK] 288", "AI 680 . 093 - AgR", "AI 844 . 834 AGR", "AI 681 . 331 - AgR", "Súmula STF [UNK] 288", "AI 680 . 093 - AgR", "AI 844 . 834 AGR / SP", "Súmula 636 / STF", "AI 477 . 645 - AgR", "AI 649 . 191 - AgR", "Súmulas ns . 282", "AI 844 . 834 AGR", "Súmula 636 / STF", "AI 477 . 645 - AgR", "AI 649 . 191 - AgR", "Súmulas ns . 282", "AI 844 . 834 AGR", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "AI 622 . 527 - AgR", "Súmula 279 / STF", "AI 844 . 834 AGR", "Súmula n . 279 do Supremo", "AI 622 . 527 - AgR", "Súmula 279 / STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 844 . 834" ], "LEGISLACAO": [ "art . 543 , § [UNK] , do do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a e c , da Constituição federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a e c , da Constituição federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , XXXV , LV e LVI , e 93 , IX , da Constituição federal", "Constituição", "art . 102 , III , alínea c , da Constituição federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , XXXV , LV e LVI , e 93 , IX , da Constituição federal", "Constituição federal", "art . 102 , III , alínea c , da Constituição federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 543 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "art . 543 , § [UNK] , do do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 543 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "art . 543 , § [UNK] , do do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CPC , art . 543 - A , § § [UNK] e [UNK]", "art . 543 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "ART . [UNK] , LIV E LV ,", "E", "93 , IX , DA CF", "ARTIGO 543 DO CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CPC , art . 543 - A , § § [UNK] e [UNK]", "art . 543 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "ART . [UNK] , LIV E LV , E 93 , IX , DA CF", "ARTIGO 543 DO CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , LIV e LV , da Constituição", "art . 93 , IX , da Constituição", "art . 543 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei [UNK] 8 . 038 / 90", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , LIV e LV , da Constituição", "art . 93 , IX , da Constituição", "art . 543 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei [UNK] 8 . 038 / 90", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "Brasília", "Brasília", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo 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MARIA VEIGA LOPES CALHAU", "ANTÔNIO JOSÉ SARAIVA MARQUES", "LÚCIA ROQUE CORREIA MARQUES", "JOÃO RESENDE DE MATOS", "MARIA APARECIDA DOMINGUES MATOS", "LUIZ HENRIQUE ZANELLA", "MARILDA DA CONCEIÇÃO FRANÇA ZANELLA", "FERNANDO ANTÔNIO NEVES BAPTISTA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "JOAQUIM BARBOSA", "OSVALDO SARAIVA MARQUES", "ELISABETH GAMA DA SILVA SARAIVA MARQUES", "VALDEMAR SARAIVA MARQUES", "NARCISA MARIA VEIGA LOPES CALHAU", "ANTÔNIO JOSÉ SARAIVA MARQUES", "LÚCIA ROQUE CORREIA MARQUES", "JOÃO RESENDE DE MATOS", "MARIA APARECIDA DOMINGUES MATOS", "LUIZ HENRIQUE ZANELLA", "MARILDA DA CONCEIÇÃO FRANÇA ZANELLA", "FERNANDO ANTÔNIO NEVES BAPTISTA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.489 CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ AGDO.(A/S) :JOSE VALDECY BRAGA DE SOUSA ADV.(A/S) :DANIEL BRAGA DE SOUSA EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863498. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.489 CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ AGDO.(A/S) :JOSE VALDECY BRAGA DE SOUSA ADV.(A/S) :DANIEL BRAGA DE SOUSA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 17 de maio de 2012, neguei seguimento ao agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário, interposto pelo Estado do Ceará contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual decidira que “a interpretação do Decreto n. 3.298/1999 não exclui os portadores de visão monocular do benefício da reserva de vagas para deficientes físicos” (fl. 86). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “2. Há deficiência no traslado, pois o Agravante não juntou cópia do inteiro teor da petição dos embargos declaratórios opostos, peça fundamental à verificação do prequestionamento da questão constitucional trazida na espécie e, portanto, indispensável à formação do instrumento, nos termos do art. 544, § 1º (redação anterior à alteração da Lei n. 12.322/2010), do Código de Processo Civil. Incide na espécie a Súmula n. 288 deste Supremo Tribunal. Nesse sentido: (...) (AI 699.186-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.4.2009). 3. Pelo exposto, diante da deficiência apontada, nego seguimento a este agravo [art. 544, § 1º (redação anterior à alteração da Lei n. 12.322/2010) do Código de Processo Civil, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863499. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.489 CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ AGDO.(A/S) :JOSE VALDECY BRAGA DE SOUSA ADV.(A/S) :DANIEL BRAGA DE SOUSA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 17 de maio de 2012, neguei seguimento ao agravo de instrumento contra decisão que não admitiu recurso extraordinário, interposto pelo Estado do Ceará contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual decidira que “a interpretação do Decreto n. 3.298/1999 não exclui os portadores de visão monocular do benefício da reserva de vagas para deficientes físicos” (fl. 86). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “2. Há deficiência no traslado, pois o Agravante não juntou cópia do inteiro teor da petição dos embargos declaratórios opostos, peça fundamental à verificação do prequestionamento da questão constitucional trazida na espécie e, portanto, indispensável à formação do instrumento, nos termos do art. 544, § 1º (redação anterior à alteração da Lei n. 12.322/2010), do Código de Processo Civil. Incide na espécie a Súmula n. 288 deste Supremo Tribunal. Nesse sentido: (...) (AI 699.186-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 17.4.2009). 3. Pelo exposto, diante da deficiência apontada, nego seguimento a este agravo [art. 544, § 1º (redação anterior à alteração da Lei n. 12.322/2010) do Código de Processo Civil, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863499. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório AI 855.489 AGR / CE Federal]” (fls. 149-150). 2. Publicada essa decisão no DJe de 25.5.2012 (fl. 151), interpõe o Estado do Ceará, em 6.6.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 155-157). 3. Alega o Agravante que “os embargos de declaração não constam do rol de peças obrigatórias constante do art. 544 do PC. Assim, ainda que a íntegra do recurso seja importante para a cognição da matéria, a ausência de apenas uma das páginas não impossibilita o conhecimento do apelo. […] Ademais, o prequestionamento pode ser aferido da análise da íntegra do Acórdão e das razões do Recurso” (fl. 156). Requer, assim, a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863499. Supremo Tribunal Federal AI 855.489 AGR / CE Federal]” (fls. 149-150). 2. Publicada essa decisão no DJe de 25.5.2012 (fl. 151), interpõe o Estado do Ceará, em 6.6.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 155-157). 3. Alega o Agravante que “os embargos de declaração não constam do rol de peças obrigatórias constante do art. 544 do PC. Assim, ainda que a íntegra do recurso seja importante para a cognição da matéria, a ausência de apenas uma das páginas não impossibilita o conhecimento do apelo. […] Ademais, o prequestionamento pode ser aferido da análise da íntegra do Acórdão e das razões do Recurso” (fl. 156). Requer, assim, a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863499. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.489 CEARÁ V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Ainda que superado o óbice da decisão agravada quanto à deficiência do translado, o artigo constitucional tido por contrariado (art. 2º da Constituição) não foi objeto de debate e decisão prévios pelo Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios da ampla defesa e do contraditório. Ofensa reflexa. Prequestionamento. Ausência. Controle judicial. Ato administrativo. Possibilidade. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente fundamentada. 2. A afronta aos princípios da ampla defesa e do contraditório, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 4. Não viola o princípio da separação dos poderes o controle de legalidade exercido pelo Poder Judiciário sobre os atos administrativos. 5. Agravo regimental não provido” (AI 596.830-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 9.3.2012). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863500. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.489 CEARÁ V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Ainda que superado o óbice da decisão agravada quanto à deficiência do translado, o artigo constitucional tido por contrariado (art. 2º da Constituição) não foi objeto de debate e decisão prévios pelo Tribunal de origem, tampouco foram opostos embargos de declaração com a finalidade de comprovar ter havido, no momento processual próprio, o prequestionamento. Incidem na espécie vertente as Súmulas n. 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “Agravo regimental no agravo de instrumento. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios da ampla defesa e do contraditório. Ofensa reflexa. Prequestionamento. Ausência. Controle judicial. Ato administrativo. Possibilidade. Precedentes. 1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente fundamentada. 2. A afronta aos princípios da ampla defesa e do contraditório, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. Não se admite o recurso extraordinário quando os dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282 e 356/STF. 4. Não viola o princípio da separação dos poderes o controle de legalidade exercido pelo Poder Judiciário sobre os atos administrativos. 5. Agravo regimental não provido” (AI 596.830-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 9.3.2012). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863500. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 855.489 AGR / CE “AGRAVO REGIMENTAL. CONCURSO PÚBLICO. PROVA DE TÍTULOS. ATRIBUIÇÃO DE PONTOS. SEPARAÇÃO DE PODERES. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REQUISITOS DO EDITAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL E REEXAME DE PROVA. PRECEDENTES. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 524.547-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 4.6.2012). 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863500. Supremo Tribunal Federal AI 855.489 AGR / CE “AGRAVO REGIMENTAL. CONCURSO PÚBLICO. PROVA DE TÍTULOS. ATRIBUIÇÃO DE PONTOS. SEPARAÇÃO DE PODERES. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. REQUISITOS DO EDITAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL E REEXAME DE PROVA. PRECEDENTES. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 524.547-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 4.6.2012). 3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863500. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.489 PROCED. : CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ AGDO.(A/S) : JOSE VALDECY BRAGA DE SOUSA ADV.(A/S) : DANIEL BRAGA DE SOUSA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849324 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.489 PROCED. : CEARÁ RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ AGDO.(A/S) : JOSE VALDECY BRAGA DE SOUSA ADV.(A/S) : DANIEL BRAGA DE SOUSA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849324 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2875195
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÚBLICO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DOS DISPOSITIVOS CONSTITUCIONAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur215972
- Acórdãos citados: AI 596830 AgR, RE 524547 AgR. Número de páginas: 6. Análise: 11/10/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
855489
[ "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 855489 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DO CEARÁ PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO CEARÁ AGDO.(A/S) : JOSE VALDECY BRAGA DE SOUSA ADV.(A/S) : DANIEL BRAGA DE SOUSA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 489", "Súmula n . 288 deste Supremo Tribunal", "AI 699 . 186 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 489", "Súmula n . 288 deste Supremo Tribunal", "AI 699 . 186 - AgR", "AI 855 . 489 AGR / CE", "AI 855 . 489 AGR / CE", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 489", "Súmulas n . 282", "Súmulas [UNK] 282 e 356 / STF", "AI 596 . 830 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 489", "Súmulas n . 282", "Súmulas [UNK] 282", "AI 596 . 830 - AgR", "RE 524 . 547 - AgR", "AI 855 . 489", "RE 524 . 547 - AgR", "AGRAVO", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 489" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Decreto n . 3 . 298 / 1999", "Lei n . 12 . 322 / 2010", "Código de Processo Civil", "Lei n . 12 . 322 / 2010", "Código de Processo Civil", "Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Decreto n . 3 . 298 / 1999", "art . 544 , § [UNK]", "Lei n . 12 . 322 / 2010", "Código de Processo Civil", "Lei n . 12 . 322 / 2010", "Código de Processo Civil", "Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] da Constituição", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] da Constituição", "Constituição da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "Brasília", "CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "Estado do Ceará", "CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "Estado do Ceará", "Estado do Ceará", "Estado do Ceará", "CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ", "ESTADO DO CEARÁ" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "TURMA", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "JOSE VALDECY BRAGA DE SOUSA", "DANIEL BRAGA DE SOUSA", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "JOSE VALDECY BRAGA DE SOUSA", "DANIEL BRAGA DE SOUSA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "JOSE VALDECY BRAGA DE SOUSA", "DANIEL BRAGA DE SOUSA", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "Dias Toffoli", "CÁRMEN LÚCIA", "Dias Toffoli", "CÁRMEN LÚCIA", "Joaquim Barbosa", "Joaquim Barbosa", "JOSE VALDECY BRAGA DE SOUSA", "DANIEL BRAGA DE SOUSA", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte", "CÁRMEN LÚCIA", "JOSE VALDECY BRAGA DE SOUSA", "DANIEL BRAGA DE SOUSA", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "04", "/", "10", "/", "2012", "18", "/", "09", "/", "2012", "17 de maio de 2012", "17", ".", "4", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "17 de maio de 2012", "17", ".", "4", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "5", ".", "2012", "6", ".", "6", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "5", ".", "2012", "6", ".", "6", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "9", ".", "3", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "9", ".", "3", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "4", ".", "6", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "4", ".", "6", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.900 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE PERNAMBUCO E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. Nos termos da orientação firmada nesta Corte, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877429. Supremo Tribunal Federal DJe 25/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.900 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE PERNAMBUCO E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): É este o teor da decisão agravada (fls. 313): Os recursos extraordinários a que se vinculam os presentes agravos foram interpostos em 10.01.2011, antes, portanto, da publicação do acórdão que julgou os embargos de declaração interposto pelo Estado de Pernambuco (em 15.02.2011, conforme certidão de fls. 42, do apenso 4), sem que haja nos autos notícia de posterior ratificação dos recursos. Visto que o acórdão proferido em embargos de declaração é parte integrante do acórdão recorrido, somente a partir de sua publicação começa a fluir o prazo recursal. Esta Corte tem entendimento pacífico no sentido de que a interposição do recurso extraordinário só é cabível após a publicação no Diário da Justiça do acórdão de que se recorre. Aplica-se ao caso o disposto na Súmula 281/STF. Em sentido semelhante, confiram-se: RE 407.812-AgR (rel. Min. Cezar Peluso, DJ de 16.09.2005); AI 541.681-ED (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 23.09.2005); RE 198.131-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJ de 18.11.2005) e RE 255.679-AgR (rel. min. Ayres Britto, DJ de 11.02.2005). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877430. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.900 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DE PERNAMBUCO E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): É este o teor da decisão agravada (fls. 313): Os recursos extraordinários a que se vinculam os presentes agravos foram interpostos em 10.01.2011, antes, portanto, da publicação do acórdão que julgou os embargos de declaração interposto pelo Estado de Pernambuco (em 15.02.2011, conforme certidão de fls. 42, do apenso 4), sem que haja nos autos notícia de posterior ratificação dos recursos. Visto que o acórdão proferido em embargos de declaração é parte integrante do acórdão recorrido, somente a partir de sua publicação começa a fluir o prazo recursal. Esta Corte tem entendimento pacífico no sentido de que a interposição do recurso extraordinário só é cabível após a publicação no Diário da Justiça do acórdão de que se recorre. Aplica-se ao caso o disposto na Súmula 281/STF. Em sentido semelhante, confiram-se: RE 407.812-AgR (rel. Min. Cezar Peluso, DJ de 16.09.2005); AI 541.681-ED (rel. min. Carlos Velloso, DJ de 23.09.2005); RE 198.131-AgR (rel. min. Ellen Gracie, DJ de 18.11.2005) e RE 255.679-AgR (rel. min. Ayres Britto, DJ de 11.02.2005). Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877430. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Relatório ARE 702.900 AGR / PE Do exposto, não conheço dos presentes agravos. A parte agravante busca discutir a matéria de fundo, a qual não foi apreciada pela decisão agravada. Mantenho a decisão agravada e trago o presente recurso à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877430. Supremo Tribunal Federal ARE 702.900 AGR / PE Do exposto, não conheço dos presentes agravos. A parte agravante busca discutir a matéria de fundo, a qual não foi apreciada pela decisão agravada. Mantenho a decisão agravada e trago o presente recurso à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877430. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.900 PERNAMBUCO V OTO O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Inconsistente o recurso. Observo que a decisão agravada fundamentou-se na Súmula 281 desta Corte. A parte agravante, entretanto, não impugnou esse fundamento, o que inviabiliza o presente recurso, nos termos da orientação firmada na Corte. (Cf. RE 422.850-AgR, rel. min. Celso de Mello, DJ 03.12.2004; AI 466.376-AgR, rel. min. Cezar Peluso, DJ 03.09.2004, e AI 468.433-AgR, rel. min. Gilmar Mendes, DJ 03.12.2004). Do exposto, nego provimento ao presente agravo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877431. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.900 PERNAMBUCO V OTO O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Inconsistente o recurso. Observo que a decisão agravada fundamentou-se na Súmula 281 desta Corte. A parte agravante, entretanto, não impugnou esse fundamento, o que inviabiliza o presente recurso, nos termos da orientação firmada na Corte. (Cf. RE 422.850-AgR, rel. min. Celso de Mello, DJ 03.12.2004; AI 466.376-AgR, rel. min. Cezar Peluso, DJ 03.09.2004, e AI 468.433-AgR, rel. min. Gilmar Mendes, DJ 03.12.2004). Do exposto, nego provimento ao presente agravo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877431. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.900 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCO E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885564 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.900 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCO E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885564 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3013684
2012-09-25T00:00:00
2012-10-25T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO DO FUNDAMENTO DA DECISÃO AGRAVADA. Nos termos da orientação firmada nesta Corte, cabe à parte agravante impugnar todos os fundamentos da decisão agravada, o que não ocorreu no caso. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217348
- Acórdãos citados: RE 422850 AgR, AI 466376 AgR, AI 468433 AgR. Número de páginas: 5. Análise: 26/10/2012, MJC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
702900
[ "LEG-FED SUMSTF-000281 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 702900 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ALESSANDRA PATRÍCIA GOMES E SILVA E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : ELIZABETH DE CARVALHO SIMPLÍCIO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DE PERNAMBUCO E OUTRO(A/S) PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.666 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) :MUNICÍPIO DE SALDANHA MARINHO ADV.(A/S) :GLADIMIR CHIELE EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) :CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE SALDANHA MARINHO ADV.(A/S) :JAIME KARTABIL INTDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Embargos de declaração em agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Não ocorrência de omissão, contradição ou obscuridade. 3. Embargos de declaração rejeitados. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Brasília, 10 de abril de 2012. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2964644. Supremo Tribunal Federal DJe 19/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Ementa e Acórdão ARE 656.666 AGR-ED / RS Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2964644. Supremo Tribunal Federal ARE 656.666 AGR-ED / RS Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2964644. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. GILMAR MENDES 10/04/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.666 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR): Os embargos de declaração são cabíveis para sanar a ocorrência de omissão, contradição ou obscuridade da decisão embargada (art. 535 do CPC). No presente caso, não verifico nenhuma dessas hipóteses, razão pela qual manifesto o intuito protelatório do recurso. O embargante alega a ocorrência de omissão e pretende esclarecimentos acerca do alcance da decisão de inconstitucionalidade proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul e mantida por esta Corte. Registro que o Tribunal de origem foi específico com relação a quais cargos estavam sendo declarados inconstitucionais, conforme se extrai da parte dispositiva do acórdão recorrido (fl. 198). Assim, não vislumbro a ocorrência de nenhuma omissão. Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2964642. Supremo Tribunal Federal 10/04/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.666 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR): Os embargos de declaração são cabíveis para sanar a ocorrência de omissão, contradição ou obscuridade da decisão embargada (art. 535 do CPC). No presente caso, não verifico nenhuma dessas hipóteses, razão pela qual manifesto o intuito protelatório do recurso. O embargante alega a ocorrência de omissão e pretende esclarecimentos acerca do alcance da decisão de inconstitucionalidade proferida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul e mantida por esta Corte. Registro que o Tribunal de origem foi específico com relação a quais cargos estavam sendo declarados inconstitucionais, conforme se extrai da parte dispositiva do acórdão recorrido (fl. 198). Assim, não vislumbro a ocorrência de nenhuma omissão. Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2964642. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.666 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) :MUNICÍPIO DE SALDANHA MARINHO ADV.(A/S) :GLADIMIR CHIELE EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) :CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE SALDANHA MARINHO ADV.(A/S) :JAIME KARTABIL INTDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos contra acórdão proferido pela Segunda Turma, que negou provimento a agravo regimental em recurso extraordinário com agravo por entender que, para justificar a criação de cargos em comissão, como exceção à regra do concurso público, é necessário que a legislação demonstre, de forma efetiva, que as atribuições dos cargos a serem criados harmonizem-se com o princípio da livre nomeação e exoneração, o que, conforme assentado pelo TJRS, não se verificou no caso em comento. O embargante alega a ocorrência de omissão e requer se esclareça se a declaração de inconstitucionalidade proferida pelo Tribunal de origem alcançou também as funções comissionadas. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2964645. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.666 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) :MUNICÍPIO DE SALDANHA MARINHO ADV.(A/S) :GLADIMIR CHIELE EMBDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) :CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE SALDANHA MARINHO ADV.(A/S) :JAIME KARTABIL INTDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR): Trata-se de embargos de declaração opostos contra acórdão proferido pela Segunda Turma, que negou provimento a agravo regimental em recurso extraordinário com agravo por entender que, para justificar a criação de cargos em comissão, como exceção à regra do concurso público, é necessário que a legislação demonstre, de forma efetiva, que as atribuições dos cargos a serem criados harmonizem-se com o princípio da livre nomeação e exoneração, o que, conforme assentado pelo TJRS, não se verificou no caso em comento. O embargante alega a ocorrência de omissão e requer se esclareça se a declaração de inconstitucionalidade proferida pelo Tribunal de origem alcançou também as funções comissionadas. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2964645. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.666 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALDANHA MARINHO ADV.(A/S) : GLADIMIR CHIELE EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE SALDANHA MARINHO ADV.(A/S) : JAIME KARTABIL INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Decisão: A Turma, por votação unânime, deliberou retificar a proclamação realizada na 9ª Sessão Ordinária, de 10.04.2012, nos Emb. Decl no Recurso Extraordinário com Agravo 656.666, quando na verdade foram julgados os Emb.Decl. no Ag. Reg. no Recurso Extraordinário com Agravo 656.666, nos seguintes termos: “A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator”. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849243 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 656.666 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALDANHA MARINHO ADV.(A/S) : GLADIMIR CHIELE EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE SALDANHA MARINHO ADV.(A/S) : JAIME KARTABIL INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Decisão: A Turma, por votação unânime, deliberou retificar a proclamação realizada na 9ª Sessão Ordinária, de 10.04.2012, nos Emb. Decl no Recurso Extraordinário com Agravo 656.666, quando na verdade foram julgados os Emb.Decl. no Ag. Reg. no Recurso Extraordinário com Agravo 656.666, nos seguintes termos: “A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator”. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849243 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2973710
2012-09-18T00:00:00
2012-10-19T00:00:00
A Turma, por votação unânime, deliberou retificar a proclamação realizada na 9ª Sessão Ordinária, de 10.04.2012, nos Emb. Decl no Recurso Extraordinário com Agravo 656.666, quando na verdade foram julgados os Emb.Decl. no Ag. Reg. no Recurso Extraordinário com Agravo 656.666, nos seguintes termos: “A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator”. Ausentes, justificadamente, neste julgamento, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Embargos de declaração em agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Não ocorrência de omissão, contradição ou obscuridade. 3. Embargos de declaração rejeitados.
sjur216924
Número de páginas: 5. Análise: 23/10/2012, MJC.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
656666
null
ARE-AgR-ED
acordaos
ARE 656666 AgR-ED
[ "" ]
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL INTDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV.(A/S) : GLADIMIR CHIELE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE SALDANHA MARINHO ADV.(A/S) : JAIME KARTABIL INTDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE VEREADORES DE SALDANHA MARINHO
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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.277 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :TANIA MARIA COSTA DA SILVA ADV.(A/S) :MIRIAN LIANE MEALHO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :HOSPITAL MUNICIPAL GETULIO VARGAS ADV.(A/S) :ELOY PAULO THOMAZ E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NULIDADE DO ACÓRDÃO RECORRIDO AFASTADA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS PROCESSUAIS CONSTITUCIONAIS. QUESTÃO RELATIVA AO ÔNUS DA PROVA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969821. Supremo Tribunal Federal DJe 25/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.277 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :TANIA MARIA COSTA DA SILVA ADV.(A/S) :MIRIAN LIANE MEALHO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :HOSPITAL MUNICIPAL GETULIO VARGAS ADV.(A/S) :ELOY PAULO THOMAZ E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): É este o teor da decisão agravada (fls. 100/101): “DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (102, III, a, da Constituição) interposto de decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, cuja ementa tem o seguinte teor: ‘APELAÇÃO E REEXAME NECESSÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. HOSPITAL MUNICIPAL GETÚLIO VARGAS. CONCURSO PÚBLICO. CARGO DE AUXILIAR DE ENFERMAGEM. EXONERAÇÃO ‘A PEDIDO’. ALEGAÇÃO DE PERSEGUIÇÃO. AÇÃO ORDINÁRIA. PRETENSÃO À REINTEGRAÇÃO NO SERVIÇO PÚBLICO. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO EXONERATÓRIO. NÃO COMPROVAÇÃO AO CONTRÁRIO. ATO JURÍDICO PERFEITO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA NA ORIGEM. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. SENTENÇA QUE SE CONFIRMA. 1. Na espécie, sustenta a autora a nulidade do ato administrativo sob a alegação de que o ente municipal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969822. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.277 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :TANIA MARIA COSTA DA SILVA ADV.(A/S) :MIRIAN LIANE MEALHO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :HOSPITAL MUNICIPAL GETULIO VARGAS ADV.(A/S) :ELOY PAULO THOMAZ E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): É este o teor da decisão agravada (fls. 100/101): “DECISÃO: Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (102, III, a, da Constituição) interposto de decisão do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, cuja ementa tem o seguinte teor: ‘APELAÇÃO E REEXAME NECESSÁRIO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. HOSPITAL MUNICIPAL GETÚLIO VARGAS. CONCURSO PÚBLICO. CARGO DE AUXILIAR DE ENFERMAGEM. EXONERAÇÃO ‘A PEDIDO’. ALEGAÇÃO DE PERSEGUIÇÃO. AÇÃO ORDINÁRIA. PRETENSÃO À REINTEGRAÇÃO NO SERVIÇO PÚBLICO. ALEGAÇÃO DE NULIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO EXONERATÓRIO. NÃO COMPROVAÇÃO AO CONTRÁRIO. ATO JURÍDICO PERFEITO. SENTENÇA DE IMPROCEDÊNCIA NA ORIGEM. RECURSO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. SENTENÇA QUE SE CONFIRMA. 1. Na espécie, sustenta a autora a nulidade do ato administrativo sob a alegação de que o ente municipal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969822. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório AI 750.277 AGR / RS teria lhe exonerado sem justa causa. 2. E assim é porque, para que o ato seja declarado nulo, como é a pretensão da recorrente, necessário que fosse comprovada sua desconformidade com as prescrições jurídicas, o que não se verifica, na espécie, pois não há comprovação de que tenha ocorrido erro substancial ao postular a sua saída do serviço público ou que teria sido coagida para tanto. Não há sequer indícios de tais circunstâncias, sendo que o ônus da prova caberia à demandante. 3. Assim, ante a ausência de demonstração de vício ou nulidade, o ato exoneratório evidencia-se como ato jurídico perfeito, impossível de ser modificado. APELAÇÃO NÃO PROVIDA.’ (Fls. 52) No recurso extraordinário, alega-se violação ao disposto nos arts. 5º, XXXV e LV; 93, IX, da Constituição Federal. Inexiste a alegada afronta aos arts. 5º, XXXV e LV, e 93, IX, da Constituição, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde a ora agravante. Ademais, o Tribunal a quo, ao manter a decisão que julgou improcedente o pedido de desconstituição do ato de exoneração a pedido, consignou que, ‘para que o ato seja declarado nulo, como é a pretensão da recorrente, necessário que fosse comprovada sua desconformidade com as prescrições jurídicas, o que não se verifica na espécie, pois não há comprovação de que tenha ocorrido erro substancial ao postular a sua saída do serviço público ou que teria sido coagida para tanto’ (fls. 54 v.). Concluir diversamente demandaria reexame do conjunto fático-probatório, o que inviabiliza o recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. Do exposto, nego seguimento ao agravo. “ Dessa decisão interpõe-se agravo regimental em que se reitera as 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969822. Supremo Tribunal Federal AI 750.277 AGR / RS teria lhe exonerado sem justa causa. 2. E assim é porque, para que o ato seja declarado nulo, como é a pretensão da recorrente, necessário que fosse comprovada sua desconformidade com as prescrições jurídicas, o que não se verifica, na espécie, pois não há comprovação de que tenha ocorrido erro substancial ao postular a sua saída do serviço público ou que teria sido coagida para tanto. Não há sequer indícios de tais circunstâncias, sendo que o ônus da prova caberia à demandante. 3. Assim, ante a ausência de demonstração de vício ou nulidade, o ato exoneratório evidencia-se como ato jurídico perfeito, impossível de ser modificado. APELAÇÃO NÃO PROVIDA.’ (Fls. 52) No recurso extraordinário, alega-se violação ao disposto nos arts. 5º, XXXV e LV; 93, IX, da Constituição Federal. Inexiste a alegada afronta aos arts. 5º, XXXV e LV, e 93, IX, da Constituição, pois o acórdão recorrido inequivocamente prestou jurisdição, sem violar os princípios do devido processo legal, do contraditório e da ampla defesa e tendo enfrentado as questões suscitadas com a devida fundamentação, ainda que com ela não concorde a ora agravante. Ademais, o Tribunal a quo, ao manter a decisão que julgou improcedente o pedido de desconstituição do ato de exoneração a pedido, consignou que, ‘para que o ato seja declarado nulo, como é a pretensão da recorrente, necessário que fosse comprovada sua desconformidade com as prescrições jurídicas, o que não se verifica na espécie, pois não há comprovação de que tenha ocorrido erro substancial ao postular a sua saída do serviço público ou que teria sido coagida para tanto’ (fls. 54 v.). Concluir diversamente demandaria reexame do conjunto fático-probatório, o que inviabiliza o recurso, ante a vedação contida no enunciado da Súmula 279 desta Corte. Do exposto, nego seguimento ao agravo. “ Dessa decisão interpõe-se agravo regimental em que se reitera as 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969822. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Relatório AI 750.277 AGR / RS alegações do recurso extraordinário. Defende-se, ainda, a inaplicabilidade da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Mantenho a decisão agravada e submeto o agravo à apreciação da Turma. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969822. Supremo Tribunal Federal AI 750.277 AGR / RS alegações do recurso extraordinário. Defende-se, ainda, a inaplicabilidade da Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal. Mantenho a decisão agravada e submeto o agravo à apreciação da Turma. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969822. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.277 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Inconsistente o recurso. Não há ofensa ao art. 93, IX, e art. 5º, XXXV e LV, da CF/1988, pois o Tribunal de origem prestou jurisdição, por meio de acórdão devidamente fundamentado, sem ofensa aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Ainda que assim não fosse, esta Corte já firmou entendimento no sentido de que “em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará cabível o recurso extraordinário” (AI 477.645-AgR, rel. min. Celso de Mello). Ademais, incabível a análise da adequação dos meios e do ônus da prova utilizados na instância ordinária, pois tal prática demandaria o reexame de matéria fática e da legislação processual infraconstitucional, o que é vedado nesta esfera. Do exposto, nego provimento ao presente agravo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969823. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.277 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Inconsistente o recurso. Não há ofensa ao art. 93, IX, e art. 5º, XXXV e LV, da CF/1988, pois o Tribunal de origem prestou jurisdição, por meio de acórdão devidamente fundamentado, sem ofensa aos princípios do contraditório, da ampla defesa e do devido processo legal. Ainda que assim não fosse, esta Corte já firmou entendimento no sentido de que “em regra, as alegações de desrespeito aos postulados da legalidade, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, do devido processo legal, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional podem configurar, quando muito, situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição, hipóteses em que também não se revelará cabível o recurso extraordinário” (AI 477.645-AgR, rel. min. Celso de Mello). Ademais, incabível a análise da adequação dos meios e do ônus da prova utilizados na instância ordinária, pois tal prática demandaria o reexame de matéria fática e da legislação processual infraconstitucional, o que é vedado nesta esfera. Do exposto, nego provimento ao presente agravo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969823. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.277 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : TANIA MARIA COSTA DA SILVA ADV.(A/S) : MIRIAN LIANE MEALHO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : HOSPITAL MUNICIPAL GETULIO VARGAS ADV.(A/S) : ELOY PAULO THOMAZ E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885646 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 750.277 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : TANIA MARIA COSTA DA SILVA ADV.(A/S) : MIRIAN LIANE MEALHO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : HOSPITAL MUNICIPAL GETULIO VARGAS ADV.(A/S) : ELOY PAULO THOMAZ E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885646 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3014122
2012-09-25T00:00:00
2012-10-25T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. NULIDADE DO ACÓRDÃO RECORRIDO AFASTADA. INEXISTÊNCIA DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS PROCESSUAIS CONSTITUCIONAIS. QUESTÃO RELATIVA AO ÔNUS DA PROVA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. OFENSA REFLEXA OU INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217354
- Acórdão citado: AI 477645 AgR. Número de páginas: 6. Análise: 29/10/2012, MJC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
750277
null
AI-AgR
acordaos
AI 750277 AgR
[ "" ]
ADV.(A/S) : ELOY PAULO THOMAZ E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : MIRIAN LIANE MEALHO E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : TANIA MARIA COSTA DA SILVA AGDO.(A/S) : HOSPITAL MUNICIPAL GETULIO VARGAS
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 750 . 277", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 750 . 277", "AI 750 . 277", "Súmula 279 desta Corte", "AI 750 . 277", "AI 750 . 277 AGR / RS", "Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal", "AI 750 . 277 AGR / RS", "Súmula 279 do Supremo Tribunal Federal", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 750 . 277", "AI 477 . 645 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 750 . 277", "AI 477 . 645 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 750 . 277", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 750 . 277" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "102 , III , a , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "102 , III , a , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , XXXV e LV ; 93 , IX , da Constituição Federal", "arts . [UNK] , XXXV e LV , e 93 , IX , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . [UNK] , XXXV e LV ; 93 , IX , da Constituição Federal", "arts . [UNK] , XXXV e LV , e 93 , IX , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 93 , IX , e art . [UNK] , XXXV e LV , da CF / 1988", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 93 , IX , e art . [UNK] , XXXV e LV , da CF / 1988", "Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO GRANDE DO SUL", "Brasília", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL", "RIO GRANDE DO SUL" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "HOSPITAL MUNICIPAL", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "HOSPITAL MUNICIPAL", "Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "HOSPITAL", "Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul", "HOSPITAL MUNICIPAL GETÚLIO VARGAS", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "AGR", "/", "RS", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "RS", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "HOSPITAL MUNICIPAL", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "HOSPITAL MUNICIPAL", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "JOAQUIM BARBOSA", "TANIA MARIA COSTA DA SILVA", "MIRIAN LIANE MEALHO", "GETULIO VARGAS", "ELOY PAULO THOMAZ", "Ricardo Lewandowski", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "TANIA MARIA COSTA DA SILVA", "MIRIAN LIANE MEALHO", "GETULIO VARGAS", "ELOY PAULO THOMAZ", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "TANIA MARIA COSTA DA SILVA", "MIRIAN LIANE MEALHO", "GETULIO VARGAS", "ELOY PAULO THOMAZ", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "Celso de Mello", "JOAQUIM BARBOSA", "Celso de Mello", "JOAQUIM BARBOSA", "TANIA MARIA COSTA DA SILVA", "MIRIAN LIANE MEALHO", "GETULIO VARGAS", "ELOY PAULO THOMAZ", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "JOAQUIM BARBOSA", "TANIA MARIA COSTA DA SILVA", "MIRIAN LIANE MEALHO", "ELOY PAULO THOMAZ", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.161 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ALEXANDRE BONFIM DE AZEVEDO ADV.(A/S) :RODRIGO ANTONIO DIAS AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA. PESSOA FÍSICA. VALORES RECEBIDOS POR OCASIÃO DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. CONTROVÉRSIA QUANTO À NATUREZA JURÍDICA. MULTA OU INDENIZAÇÃO. OFENSA REFLEXA. Na forma como abordada pelo Tribunal de origem e versada nas razões de recurso extraordinário e de agravo regimental, a discussão acerca da caracterização dos valores recebidos por ocasião da rescisão do contrato de trabalho como multa ou indenização para fins de tributação implica no prévio exame de cláusulas contratuais e da legislação infraconstitucional (Súmulas 454 e 636/STF). Agravo regimental ao qual se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969841. Supremo Tribunal Federal DJe 25/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.161 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ALEXANDRE BONFIM DE AZEVEDO ADV.(A/S) :RODRIGO ANTONIO DIAS AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o qual entendeu pela incidência do Imposto de Renda sobre verbas recebidas pelo empregado, decorrentes de rescisão unilateral do contrato de trabalho, por parte da empresa empregadora. Sustenta-se, em síntese, a violação do art. 153, III, da Constituição federal. A explicitação do conceito de renda, de proventos de qualquer natureza e de rendimentos para fins de incidência do imposto de renda encontra-se na legislação infraconstitucional. Isso implica dizer que se trata de alegação de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Confiram-se, em sentido semelhante, os seguintes precedentes: `EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. CRÉDITOS CUJA EXIBILIDADE ESTEJA SUSPENSA. DEDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. LEI N. 8.541/92. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A questão relativa à dedução, da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, dos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969842. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.161 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ALEXANDRE BONFIM DE AZEVEDO ADV.(A/S) :RODRIGO ANTONIO DIAS AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “Trata-se de agravo de instrumento contra decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) interposto de acórdão prolatado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região, o qual entendeu pela incidência do Imposto de Renda sobre verbas recebidas pelo empregado, decorrentes de rescisão unilateral do contrato de trabalho, por parte da empresa empregadora. Sustenta-se, em síntese, a violação do art. 153, III, da Constituição federal. A explicitação do conceito de renda, de proventos de qualquer natureza e de rendimentos para fins de incidência do imposto de renda encontra-se na legislação infraconstitucional. Isso implica dizer que se trata de alegação de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Confiram-se, em sentido semelhante, os seguintes precedentes: `EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. IMPOSTO DE RENDA. CRÉDITOS CUJA EXIBILIDADE ESTEJA SUSPENSA. DEDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO. LEI N. 8.541/92. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. A questão relativa à dedução, da base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica, dos Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969842. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Relatório AI 767.161 AGR / SP créditos tributários cuja exigibilidade esteja suspensa está adstrita à análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Agravo regimental a que se nega provimento.´ (RE 433.933-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe de 01.08.2008); `EMENTA: ACÓRDÃO QUE DECIDIU A CONTROVÉRSIA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. AUSENTE, PORTANTO, O NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO DOS TEMAS CONSTITUCIONAIS SUSCITADOS NO APELO EXTREMO. Incidência do óbice das Súmulas 282 e 356 desta colenda Corte. Agravo desprovido.´ (AI 434.764-AgR, rel. min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ de 21.11.2003); `EMENTA: Agravo regimental a que se nega provimento, por não se achar configurado obstáculo ao acesso ao Judiciário, a confortar a assertiva de contrariedade do disposto no art. 5º, XXXV, da Constituição.´ (AI 206.085-AgR, rel. min. Octavio Gallotti, Primeira Turma, DJ de 07.04.2000). Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento. Publique-se.” (fls. 362-363) Em síntese, sustenta-se que o conceito de “renda” é constitucional, de modo que é desnecessário o apelo à legislação infraconstitucional para resolver a controvérsia. Mantenho a decisão agravada e trago o presente recurso à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969842. Supremo Tribunal Federal AI 767.161 AGR / SP créditos tributários cuja exigibilidade esteja suspensa está adstrita à análise da legislação infraconstitucional que disciplina a espécie. Agravo regimental a que se nega provimento.´ (RE 433.933-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe de 01.08.2008); `EMENTA: ACÓRDÃO QUE DECIDIU A CONTROVÉRSIA EXCLUSIVAMENTE À LUZ DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. AUSENTE, PORTANTO, O NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO DOS TEMAS CONSTITUCIONAIS SUSCITADOS NO APELO EXTREMO. Incidência do óbice das Súmulas 282 e 356 desta colenda Corte. Agravo desprovido.´ (AI 434.764-AgR, rel. min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJ de 21.11.2003); `EMENTA: Agravo regimental a que se nega provimento, por não se achar configurado obstáculo ao acesso ao Judiciário, a confortar a assertiva de contrariedade do disposto no art. 5º, XXXV, da Constituição.´ (AI 206.085-AgR, rel. min. Octavio Gallotti, Primeira Turma, DJ de 07.04.2000). Do exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento. Publique-se.” (fls. 362-363) Em síntese, sustenta-se que o conceito de “renda” é constitucional, de modo que é desnecessário o apelo à legislação infraconstitucional para resolver a controvérsia. Mantenho a decisão agravada e trago o presente recurso à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969842. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.161 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte ora agravante. O Tribunal de origem entendeu que as valores recebidos pela parte ora agravante por ocasião da rescisão de seu contrato de trabalho adviriam de cláusula penal, tendo natureza de multa, não de indenização, sendo devida a tributação pelo Imposto de Renda (fls. 240-241). Na forma como examinada a questão e versadas as razões de recurso extraordinário e de agravo regimental, é impossível chegar à conclusão diversa sem reexame preponderante de cláusulas contratuais e da legislação infraconstitucional, o que atrai o óbice das Súmulas 454 e 636/STF. Saliento que esta Corte, ao apreciar o RE 611.512-RG (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 23.11.2010), que versava questão análoga à dos autos, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema, por se tratar de matéria infraconstitucional. Confira-se a ementa do referido julgado: “TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE VERBAS RECEBIDAS EM RECLAMATÓRIA TRABALHISTA A TÍTULO DE JUROS. DEFINIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA DOS JUROS. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.” Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969843. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.161 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte ora agravante. O Tribunal de origem entendeu que as valores recebidos pela parte ora agravante por ocasião da rescisão de seu contrato de trabalho adviriam de cláusula penal, tendo natureza de multa, não de indenização, sendo devida a tributação pelo Imposto de Renda (fls. 240-241). Na forma como examinada a questão e versadas as razões de recurso extraordinário e de agravo regimental, é impossível chegar à conclusão diversa sem reexame preponderante de cláusulas contratuais e da legislação infraconstitucional, o que atrai o óbice das Súmulas 454 e 636/STF. Saliento que esta Corte, ao apreciar o RE 611.512-RG (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 23.11.2010), que versava questão análoga à dos autos, concluiu pela ausência de repercussão geral do tema, por se tratar de matéria infraconstitucional. Confira-se a ementa do referido julgado: “TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA SOBRE VERBAS RECEBIDAS EM RECLAMATÓRIA TRABALHISTA A TÍTULO DE JUROS. DEFINIÇÃO DA NATUREZA JURÍDICA DOS JUROS. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL.” Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969843. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.161 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ALEXANDRE BONFIM DE AZEVEDO ADV.(A/S) : RODRIGO ANTONIO DIAS AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885651 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 767.161 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ALEXANDRE BONFIM DE AZEVEDO ADV.(A/S) : RODRIGO ANTONIO DIAS AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885651 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3014180
2012-09-25T00:00:00
2012-10-25T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE A RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA. PESSOA FÍSICA. VALORES RECEBIDOS POR OCASIÃO DA RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO. CONTROVÉRSIA QUANTO À NATUREZA JURÍDICA. MULTA OU INDENIZAÇÃO. OFENSA REFLEXA. Na forma como abordada pelo Tribunal de origem e versada nas razões de recurso extraordinário e de agravo regimental, a discussão acerca da caracterização dos valores recebidos por ocasião da rescisão do contrato de trabalho como multa ou indenização para fins de tributação implica no prévio exame de cláusulas contratuais e da legislação infraconstitucional (Súmulas 454 e 636/STF). Agravo regimental ao qual se nega provimento.
sjur217356
- Acórdão citado: RE 611512 RG. Número de páginas: 5. Análise: 29/10/2012, MJC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
767161
[ "LEG-FED SUMSTF-000454 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 767161 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL ADV.(A/S) : RODRIGO ANTONIO DIAS AGTE.(S) : ALEXANDRE BONFIM DE AZEVEDO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 767 . 161", "Súmulas 454 e 636 / STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 767 . 161", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 767 . 161", "AI 767 . 161 AGR / SP", "RE 433 . 933 - AgR", "AI 434 . 764 - AgR", "AI 206 . 085 - AgR", "AI 767 . 161 AGR / SP", "RE 433 . 933 - AgR", "AI 434 . 764 - AgR", "AI 206 . 085 - AgR", "Súmulas 454 e 636 / STF", "RE 611 . 512 - RG", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 767 . 161", "Súmulas 454 e 636 / STF", "RE 611 . 512 - RG", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 767 . 161", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 767 . 161" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "art . 153 , III , da Constituição federal", "LEI N . 8 . 541 / 92", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "art . 153 , III , da Constituição federal", "LEI N . 8 . 541 / 92", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , XXXV , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . [UNK] , XXXV , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "Brasília", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "Tribunal Regional Federal da [UNK] Região", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "UNIÃO", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "JOAQUIM BARBOSA", "ALEXANDRE BONFIM DE AZEVEDO", "RODRIGO ANTONIO DIAS", "Ricardo Lewandowski", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "ALEXANDRE BONFIM DE AZEVEDO", "RODRIGO ANTONIO DIAS", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "ALEXANDRE BONFIM DE AZEVEDO", "RODRIGO ANTONIO DIAS", "JOAQUIM BARBOSA", "Eros Grau", "Carlos Britto", "Octavio Gallotti", "Eros Grau", "Carlos Britto", "Octavio Gallotti", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "Ellen Gracie", "JOAQUIM BARBOSA", "Ellen Gracie", "JOAQUIM BARBOSA", "ALEXANDRE BONFIM DE AZEVEDO", "RODRIGO ANTONIO DIAS", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "JOAQUIM BARBOSA", "ALEXANDRE BONFIM DE AZEVEDO", "RODRIGO ANTONIO DIAS", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", ".", "08", ".", "2008", "21", ".", "11", ".", "2003", "07", ".", "04", ".", "2000", "24", "/", "08", "/", "2001", "01", ".", "08", ".", "2008", "21", ".", "11", ".", "2003", "07", ".", "04", ".", "2000", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "23", ".", "11", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "23", ".", "11", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.685 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :CLÁUDIO ODONE GIL DA ROCHA ADV.(A/S) :ANDRÉ ANDRADE DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. VALE-REFEIÇÃO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034365. Supremo Tribunal Federal DJe 09/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.685 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :CLÁUDIO ODONE GIL DA ROCHA ADV.(A/S) :ANDRÉ ANDRADE DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 17 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Cláudio Odone Gil da Rocha contra julgado da Turma Recursal de Porto Alegre, a qual julgou improcedente pedido de reajuste de vale-refeição. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6. A Súmula n. 280 do Supremo Tribunal impede a análise da alegação de ‘negativa de vigência às Leis Estaduais 9.055/90, 10.002/93, 10.959/97 [e] 11.468/00’: ‘Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. Servidor da extinta Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul. Critério de reajuste do vale-refeição. Controvérsia decidida com base na legislação local (Leis 10.959/1997 e 10.002/1993, do Estado do Rio Grande do Sul). Óbice do Enunciado 280 da Súmula do STF. 3. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Enunciado 636 da Súmula desta Corte. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega provimento’ (ARE 680.280-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, Dje 29.5.2012). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034366. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.685 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :CLÁUDIO ODONE GIL DA ROCHA ADV.(A/S) :ANDRÉ ANDRADE DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 17 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto por Cláudio Odone Gil da Rocha contra julgado da Turma Recursal de Porto Alegre, a qual julgou improcedente pedido de reajuste de vale-refeição. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “6. A Súmula n. 280 do Supremo Tribunal impede a análise da alegação de ‘negativa de vigência às Leis Estaduais 9.055/90, 10.002/93, 10.959/97 [e] 11.468/00’: ‘Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. Servidor da extinta Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul. Critério de reajuste do vale-refeição. Controvérsia decidida com base na legislação local (Leis 10.959/1997 e 10.002/1993, do Estado do Rio Grande do Sul). Óbice do Enunciado 280 da Súmula do STF. 3. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Enunciado 636 da Súmula desta Corte. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega provimento’ (ARE 680.280-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, Dje 29.5.2012). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034366. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório ARE 707.685 AGR / RS (…) 7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 79-81). 2. Publicada essa decisão no DJe de 21.9.2012 (fl. 82), interpõe Cláudio Odone Gil da Rocha, em 28.9.2011, tempestivamente, agravo regimental (fls. 85-92). 3. Alega o Agravante que “o que se verifica pelo cotejo do debate estabelecido no decorrer do processo é sim a afronta ao princípio da legalidade verificado pelo inobservância de comando expresso de norma estadual, em que sua vigência fora negada pelo Tribunal a quo sob o argumento de que não cabe o direito à parte autora quando a norma expressamente determina o contrário” (fl. 87). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034366. Supremo Tribunal Federal ARE 707.685 AGR / RS (…) 7. Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante. 8. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n. 12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 79-81). 2. Publicada essa decisão no DJe de 21.9.2012 (fl. 82), interpõe Cláudio Odone Gil da Rocha, em 28.9.2011, tempestivamente, agravo regimental (fls. 85-92). 3. Alega o Agravante que “o que se verifica pelo cotejo do debate estabelecido no decorrer do processo é sim a afronta ao princípio da legalidade verificado pelo inobservância de comando expresso de norma estadual, em que sua vigência fora negada pelo Tribunal a quo sob o argumento de que não cabe o direito à parte autora quando a norma expressamente determina o contrário” (fl. 87). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034366. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.685 RIO GRANDE DO SUL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. A Turma Recursal de Porto Alegre decidiu a controvérsia sobre o direito ao vale-refeição com base na interpretação e na aplicação das Leis estaduais n. 9.055/1990, 10.002/1993, 10.959/1997 e 11.468/2000. 3. Como afirmado na decisão agravada, concluir de forma diversa do acórdão recorrido demandaria a análise dessas legislações locais. Assim, a pretensa contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta. Incide na espécie a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. Servidor da extinta Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul. Critério de reajuste do vale-refeição. Controvérsia decidida com base na legislação local (Leis 10.959/1997 e 10.002/1993, do Estado do Rio Grande do Sul). Óbice do Enunciado 280 da Súmula do STF. 3. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Enunciado 636 da Súmula desta Corte. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 680.280-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 29.5.2012). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PROMOÇÃO. LEI ESTADUAL N. 7.109/77. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034367. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.685 RIO GRANDE DO SUL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. A Turma Recursal de Porto Alegre decidiu a controvérsia sobre o direito ao vale-refeição com base na interpretação e na aplicação das Leis estaduais n. 9.055/1990, 10.002/1993, 10.959/1997 e 11.468/2000. 3. Como afirmado na decisão agravada, concluir de forma diversa do acórdão recorrido demandaria a análise dessas legislações locais. Assim, a pretensa contrariedade à Constituição da República, se tivesse ocorrido, seria indireta. Incide na espécie a Súmula n. 280 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Administrativo. Servidor da extinta Caixa Econômica Estadual do Rio Grande do Sul. Critério de reajuste do vale-refeição. Controvérsia decidida com base na legislação local (Leis 10.959/1997 e 10.002/1993, do Estado do Rio Grande do Sul). Óbice do Enunciado 280 da Súmula do STF. 3. Alegação de ofensa ao princípio da legalidade. Enunciado 636 da Súmula desta Corte. 4. Ausência de argumentos suficientes para infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE 680.280-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 29.5.2012). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. PROMOÇÃO. LEI ESTADUAL N. 7.109/77. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034367. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 707.685 AGR / RS PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 715.389-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009). E ainda: AI 471.741-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ 19.8.2005. 4. Esse entendimento jurisprudencial foi confirmado no julgamento eletrônico do Agravo em Recurso Extraordinário n. 708.403, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 28.9.2012, no qual o Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral, por se tratar de matéria infraconstitucional. Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o § 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034367. Supremo Tribunal Federal ARE 707.685 AGR / RS PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 715.389-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 8.5.2009). E ainda: AI 471.741-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ 19.8.2005. 4. Esse entendimento jurisprudencial foi confirmado no julgamento eletrônico do Agravo em Recurso Extraordinário n. 708.403, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe 28.9.2012, no qual o Plenário deste Supremo Tribunal Federal assentou a ausência de repercussão geral, por se tratar de matéria infraconstitucional. Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos extraordinários e agravos de instrumento que suscitarem a mesma questão constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos relatores, conforme o § 1º do art. 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034367. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.685 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : CLÁUDIO ODONE GIL DA ROCHA ADV.(A/S) : ANDRÉ ANDRADE DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052108 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.685 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : CLÁUDIO ODONE GIL DA ROCHA ADV.(A/S) : ANDRÉ ANDRADE DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052108 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3071488
2012-10-16T00:00:00
2012-11-09T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR PÚBLICO. VALE-REFEIÇÃO. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur218284
- Acórdãos citados: (SÚMULA 280) STF: ARE 680280 AgR (2ªT), AI 415389 AgR (1ªT), AI 471741 AgR (1ªT), RE 708403 RG (TP). Número de páginas: 6. Análise: 26/11/2012, MAC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
707685
[ "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00327 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-009055 ANO-1990\r\n LEI ORDINÁRIA, RS\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-010002 ANO-1993\r\n LEI ORDINÁRIA, RS\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-010959 ANO-1997\r\n LEI ORDINÁRIA, RS\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-011468 ANO-2000\r\n LEI ORDINÁRIA, RS" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 707685 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL ADV.(A/S) : ANDRÉ ANDRADE DE ARAÚJO E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : CLÁUDIO ODONE GIL DA ROCHA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707 . 685", "AGRAVO 707 . 685", "Súmula n . 280 do Supremo Tribunal", "Enunciado 280 da Súmula do STF", "ARE 680 . 280 - AgR", "Súmula n . 280 do Supremo Tribunal", "Enunciado 280 da Súmula do STF", "ARE 680 . 280 - AgR", "ARE 707 . 685 AGR / RS", "ARE 707 . 685 AGR / RS", "RECURSO", "Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal", "Enunciado 280 da Súmula do STF", "ARE 680 . 280 - AgR", "SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "Súmula n . 280 do Supremo Tribunal Federal", "Enunciado 280 da Súmula do STF", "ARE 680 . 280 -", "SÚMULA 280 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "ARE 707 . 685 AGR / RS", "AI 715 . 389 - AgR", "AI 471 . 741 - AgR", "Agravo em Recurso Extraordinário n . 708 . 403", "ARE 707 . 685", "AI 715 . 389 - AgR", "AI 471 . 741 - AgR", "Recurso Extraordinário n . 708 . 403" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis", "Estaduais 9 . 055 / 90", "10", ".", "002", "/", "93", "10", ".", "959", "/", "97", "11", ".", "468", "/", "00", "Leis 10 . 959 / 1997", "10", ".", "002", "/", "1993", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis Estaduais 9 . 055 / 90", "10", ".", "002", "/", "93", "10", ".", "959", "/", "97", "11", "Leis 10 . 959 / 1997", "10", ".", "002", "/", "1993", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "Lei n . 12 . 322 / 2010", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "Lei n . 12 . 322 / 2010", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis estaduais n . 9 . 055 / 1990", "10", ".", "002", "/", "1993", "10", ".", "959", "/", "1997", "11", ".", "468", "/", "2000", "Constituição da República", "Leis 10 . 959 / 1997", "10", ".", "002", "/", "1993", "LEI ESTADUAL N . 7 . 109 / 77", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis", "estaduais n . 9 . 055 / 1990", "10", ".", "002", "/", "1993", "10", ".", "959", "/", "1997", "11", ".", "468", "/", "2000", "Constituição da República", "Leis 10 . 959 / 1997", "10", ".", "002", "/", "1993", "LEI ESTADUAL N . 7 . 109 / 77", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ [UNK] do art . 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ [UNK] do art . 327 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.866 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :BANCO BRADESCO S/A ADV.(A/S) :JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO AGDO.(A/S) :DJALMA FIRMO DE ABREU ADV.(A/S) :VANESSA BITTENCOURT BERNARDES EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS INVOCADAS NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. IMPOSSIBILIDADE DE COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA. SÚMULA 284. CONSÓRCIO. DEVOLUÇÃO DE PARCELAS. CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. A questão relativa à devolução, pelo consórcio, das parcelas pagas pelo consorciado, no caso de desistência, encontra-se no âmbito infraconstitucional. Por essa razão, incabível o recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à Constituição Federal. O Plenário deste Tribunal reconheceu a inexistência de repercussão geral do tema em debate (RE 628.914-RG). Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877409. Supremo Tribunal Federal DJe 25/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.866 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :BANCO BRADESCO S/A ADV.(A/S) :JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO AGDO.(A/S) :DJALMA FIRMO DE ABREU ADV.(A/S) :VANESSA BITTENCOURT BERNARDES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): É este o teor da decisão agravada (fls.302/303): Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) em que se discute a restituição dos valores pagos a consórcio em razão de desistência do consorciado. Alega-se violação do disposto no art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Carta Magna. É o relatório. Decido. As questões constitucionais debatidas no recurso extraordinário não foram ventiladas no acórdão recorrido nem foram objeto de embargos de declaração. Falta-lhes, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356). Ademais, a fundamentação do recurso extraordinário impede a exata compreensão da controvérsia, impondo-se a aplicação da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal. Ainda que superados os referidos óbices, o Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 628.914-RG (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 23.11.2010 - Tema 332 ) não reconheceu a repercussão geral do tema tratado no presente processo, em acórdão assim ementado: CONSÓRCIO. DESISTÊNCIA DO CONSORCIADO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877410. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.866 SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :BANCO BRADESCO S/A ADV.(A/S) :JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO AGDO.(A/S) :DJALMA FIRMO DE ABREU ADV.(A/S) :VANESSA BITTENCOURT BERNARDES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): É este o teor da decisão agravada (fls.302/303): Trata-se de agravo de decisão que inadmitiu recurso extraordinário (art. 102, III, a, da Constituição) em que se discute a restituição dos valores pagos a consórcio em razão de desistência do consorciado. Alega-se violação do disposto no art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Carta Magna. É o relatório. Decido. As questões constitucionais debatidas no recurso extraordinário não foram ventiladas no acórdão recorrido nem foram objeto de embargos de declaração. Falta-lhes, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356). Ademais, a fundamentação do recurso extraordinário impede a exata compreensão da controvérsia, impondo-se a aplicação da Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal. Ainda que superados os referidos óbices, o Supremo Tribunal Federal, apreciando o RE 628.914-RG (rel. min. Ellen Gracie, DJe de 23.11.2010 - Tema 332 ) não reconheceu a repercussão geral do tema tratado no presente processo, em acórdão assim ementado: CONSÓRCIO. DESISTÊNCIA DO CONSORCIADO Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877410. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório ARE 699.866 AGR / SP ANTES DO ENCERRAMENTO DO GRUPO. DEVOLUÇÃO DAS PARCELAS PAGAS. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. Do exposto, nos termos do art. 544, § 4º, II, a, do Código de Processo Civil, conheço do agravo, mas nego-lhe provimento. A parte agravante alega, em síntese, a inaplicabilidade das Súmulas 282, 284 e 356 do STF. Mantenho a decisão agravada e submeto o agravo à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877410. Supremo Tribunal Federal ARE 699.866 AGR / SP ANTES DO ENCERRAMENTO DO GRUPO. DEVOLUÇÃO DAS PARCELAS PAGAS. APLICAÇÃO DOS EFEITOS DA AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL TENDO EM VISTA TRATAR-SE DE DIVERGÊNCIA SOLUCIONÁVEL PELA APLICAÇÃO DA LEGISLAÇÃO FEDERAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. Do exposto, nos termos do art. 544, § 4º, II, a, do Código de Processo Civil, conheço do agravo, mas nego-lhe provimento. A parte agravante alega, em síntese, a inaplicabilidade das Súmulas 282, 284 e 356 do STF. Mantenho a decisão agravada e submeto o agravo à apreciação da Turma. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877410. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.866 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Sem razão a parte agravante, visto que as questões abordadas no recurso extraordinário não foram devidamente prequestionadas. Com efeito, para que a matéria seja considerada prequestionada, deve ter sido trazida nas razões do recurso e abordada no acórdão recorrido, ou, caso omisso o tribunal recorrido, suscitada em embargos de declaração. Nesse sentido: “- Agravo regimental. - Não tem razão o agravante. Com efeito, a questão constitucional só está prequestionada se foi ventilada na decisão recorrida ou, se esta for omissa, foi objeto de embargos de declaração; e, se ela surgiu originariamente na decisão recorrida, para o seu prequestionamento é mister que seja levantada em embargos de declaração para possibilitar ao Tribunal ‘a quo’ pronunciar-se sobre ela. Nada disso ocorreu no caso sob julgamento. Agravo a que se nega provimento.” (AI 392.689-AgR, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 28.03.1993) Ademais, a análise do recurso extraordinário encontra óbice na Súmula 284 do STF. Por fim, ainda que superados os mencionados óbices, não mereceria prosperar o presente recurso, visto que a jurisprudência desta Corte é no sentido de que a questão da devolução, pelo consórcio, das parcelas pagas pelo consorciado, no caso de desistência, se encontra no âmbito infraconstitucional. Por essa razão, não cabe o recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à Constituição Federal. (Cf. RE 411.299- Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877411. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.866 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (Relator): Sem razão a parte agravante, visto que as questões abordadas no recurso extraordinário não foram devidamente prequestionadas. Com efeito, para que a matéria seja considerada prequestionada, deve ter sido trazida nas razões do recurso e abordada no acórdão recorrido, ou, caso omisso o tribunal recorrido, suscitada em embargos de declaração. Nesse sentido: “- Agravo regimental. - Não tem razão o agravante. Com efeito, a questão constitucional só está prequestionada se foi ventilada na decisão recorrida ou, se esta for omissa, foi objeto de embargos de declaração; e, se ela surgiu originariamente na decisão recorrida, para o seu prequestionamento é mister que seja levantada em embargos de declaração para possibilitar ao Tribunal ‘a quo’ pronunciar-se sobre ela. Nada disso ocorreu no caso sob julgamento. Agravo a que se nega provimento.” (AI 392.689-AgR, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 28.03.1993) Ademais, a análise do recurso extraordinário encontra óbice na Súmula 284 do STF. Por fim, ainda que superados os mencionados óbices, não mereceria prosperar o presente recurso, visto que a jurisprudência desta Corte é no sentido de que a questão da devolução, pelo consórcio, das parcelas pagas pelo consorciado, no caso de desistência, se encontra no âmbito infraconstitucional. Por essa razão, não cabe o recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à Constituição Federal. (Cf. RE 411.299- Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877411. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA ARE 699.866 AGR / SP AgR, rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ de 14.10.2005; RE 246.255-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ de 15.10.1999, e RE 252.524-AgR, rel. min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ de 28.04.2000, dentre outros). Ressalte-se, por oportuno, que o Plenário desta Corte, ao examinar o RE 628.914-RG, entendeu pela ausência de repercussão geral do tema em debate. Do exposto, nego provimento ao presente agravo. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877411. Supremo Tribunal Federal ARE 699.866 AGR / SP AgR, rel. min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ de 14.10.2005; RE 246.255-AgR, rel. min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ de 15.10.1999, e RE 252.524-AgR, rel. min. Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ de 28.04.2000, dentre outros). Ressalte-se, por oportuno, que o Plenário desta Corte, ao examinar o RE 628.914-RG, entendeu pela ausência de repercussão geral do tema em debate. Do exposto, nego provimento ao presente agravo. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877411. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.866 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : BANCO BRADESCO S/A ADV.(A/S) : JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO AGDO.(A/S) : DJALMA FIRMO DE ABREU ADV.(A/S) : VANESSA BITTENCOURT BERNARDES Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885534 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699.866 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : BANCO BRADESCO S/A ADV.(A/S) : JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO AGDO.(A/S) : DJALMA FIRMO DE ABREU ADV.(A/S) : VANESSA BITTENCOURT BERNARDES Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885534 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3013686
2012-09-25T00:00:00
2012-10-25T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO DAS QUESTÕES CONSTITUCIONAIS INVOCADAS NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. IMPOSSIBILIDADE DE COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA. SÚMULA 284. CONSÓRCIO. DEVOLUÇÃO DE PARCELAS. CORREÇÃO MONETÁRIA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. A questão relativa à devolução, pelo consórcio, das parcelas pagas pelo consorciado, no caso de desistência, encontra-se no âmbito infraconstitucional. Por essa razão, incabível o recurso extraordinário, visto que não há ofensa direta à Constituição Federal. O Plenário deste Tribunal reconheceu a inexistência de repercussão geral do tema em debate (RE 628.914-RG). Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217344
- Acórdãos citados: AI 392689 AgR, RE 411299 AgR, RE 246255 AgR, RE 252524 AgR, RE 628914 RG. Número de páginas: 6. Análise: 26/10/2012, MJC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
699866
[ "LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000284 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 699866 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : BANCO BRADESCO S/A ADV.(A/S) : JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO AGDO.(A/S) : DJALMA FIRMO DE ABREU ADV.(A/S) : VANESSA BITTENCOURT BERNARDES
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 699 . 866", "SÚMULAS 282", "RE 628 . 914 - RG", "Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal", "RE 628 . 914 - RG", "Súmula 284 do Supremo Tribunal Federal", "RE 628 . 914 - RG", "ARE 699 . 866 AGR", "Súmulas 282", "ARE 699 . 866 AGR / SP", "Súmulas 282 , 284 e 356 do STF", "AI 392 . 689 - AgR", "Súmula 284 do STF", "RE 411 . 299", "AI 392 . 689 - AgR", "Súmula 284 do STF", "RE 411 . 299", "ARE 699 . 866 AGR / SP AgR", "RE 246 . 255 - AgR", "RE 252 . 524 - AgR", "RE 628 . 914 - RG", "ARE 699 . 866 AGR / SP AgR", "RE 246 . 255 - AgR", "RE 252 . 524 - AgR", "RE 628 . 914 - RG" ], "LEGISLACAO": [ "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Carta Magna", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 102 , III , a , da Constituição", "art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Carta Magna", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , II , a , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , II , a , do Código de Processo Civil", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "Brasília", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "BANCO BRADESCO S / A", "Plenário", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "BANCO BRADESCO S / A", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "BANCO BRADESCO S / A", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "/", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Plenário", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Primeira Turma", "Plenário", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "BANCO BRADESCO S / A", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "BANCO BRADESCO S / A", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "JOAQUIM BARBOSA", "JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO", "DJALMA FIRMO DE ABREU", "VANESSA BITTENCOURT BERNARDES", "Ricardo Lewandowski", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO", "DJALMA FIRMO DE ABREU", "VANESSA BITTENCOURT BERNARDES", "JOAQUIM BARBOSA", "Ellen Gracie", "JOAQUIM BARBOSA", "JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO", "DJALMA FIRMO DE ABREU", "VANESSA BITTENCOURT BERNARDES", "JOAQUIM BARBOSA", "Ellen Gracie", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "Moreira Alves", "JOAQUIM BARBOSA", "Moreira Alves", "JOAQUIM BARBOSA", "Gilmar Mendes", "Maurício Corrêa", "Ilmar Galvão", "Gilmar Mendes", "Maurício Corrêa", "Ilmar Galvão", "JOAQUIM BARBOSA", "JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO", "DJALMA FIRMO DE ABREU", "VANESSA BITTENCOURT BERNARDES", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "JOAQUIM BARBOSA", "JOSE EDGARD DA CUNHA BUENO FILHO", "DJALMA FIRMO DE ABREU", "VANESSA BITTENCOURT BERNARDES", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "23", ".", "11", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "23", ".", "11", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "28", ".", "03", ".", "1993", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "28", ".", "03", ".", "1993", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", ".", "10", ".", "2005", "15", ".", "10", ".", "1999", "28", ".", "04", ".", "2000", "24", "/", "08", "/", "2001", "14", ".", "10", ".", "2005", "15", ".", "10", ".", "1999", "28", ".", "04", ".", "2000", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.636 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) :RONALDO MORAES NETO ADV.(A/S) :VIRGILIO MUNARI NETO E OUTRO(A/S) EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONVERSÃO DE REMUNERAÇÃO EM UNIDADE REAL DE VALOR – URV. APLICABILIDADE DA LEI N. 8.880/1994 AOS SERVIDORES ESTADUAIS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034224. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.636 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) :RONALDO MORAES NETO ADV.(A/S) :VIRGILIO MUNARI NETO E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 18 de agosto de 2010, dei provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário interposto por Ronaldo Moraes Neto contra julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o qual manteve sentença que julgara improcedente ação de cobrança e revisão de remuneração (policiais militares). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada de que a solução da controvérsia demandaria a análise de legislação infraconstitucional, pois a matéria é de natureza constitucional. Superado esse óbice, razão jurídica assiste ao Agravante. 6. O Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que a Lei n. 8.880/94 é aplicável à conversão da remuneração dos servidores públicos estaduais e municipais em Unidade Real de Valor URV. Nesse sentido: SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL . VENCIMENTOS. CONVERSÃO EM UNIDADE REAL DE VALOR - URV. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034225. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.636 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) :RONALDO MORAES NETO ADV.(A/S) :VIRGILIO MUNARI NETO E OUTRO(A/S) R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora): 1. Em 18 de agosto de 2010, dei provimento ao agravo e, desde logo, ao recurso extraordinário interposto por Ronaldo Moraes Neto contra julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o qual manteve sentença que julgara improcedente ação de cobrança e revisão de remuneração (policiais militares). A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão agravada de que a solução da controvérsia demandaria a análise de legislação infraconstitucional, pois a matéria é de natureza constitucional. Superado esse óbice, razão jurídica assiste ao Agravante. 6. O Supremo Tribunal Federal consolidou o entendimento de que a Lei n. 8.880/94 é aplicável à conversão da remuneração dos servidores públicos estaduais e municipais em Unidade Real de Valor URV. Nesse sentido: SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL . VENCIMENTOS. CONVERSÃO EM UNIDADE REAL DE VALOR - URV. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório AI 810.636 AGR / RS APLICABILIDADE DA LEI N. 8.880/94 . PRECEDENTES. NÃO OCORRÊNCIA DE PERDA NA CONVERSÃO. FUNDAMENTO NÃO EXAMINADO PELO TRIBUNAL A QUO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. O fundamento de que não houve perda na conversão em URV dos vencimentos dos servidores não foi examinado pelo Tribunal a quo. Incidem, no caso, as Súmulas 282 e 356 deste Supremo Tribunal. 2. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil (RE 540.647-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 7.12.2007 grifos nossos). Agravo regimental em agravo de instrumento 2. Servidor público. Reposição salarial de 11,98%. Lei no 8.880/94 . Conversão em URV . Competência privativa da União . 3. Impossibilidade de lei estadual dispor de modo diverso . Lei estadual no 10.225/94. 4. Limitação temporal. Matéria pacificada neste Tribunal. 5. Discussão sobre a vinculação dos agravados ao Poder Executivo. Matéria não argüida nas fases processuais anteriores. Impossível inovar o feito em agravo regimental. Precedentes. 6. Agravo regimental a que se nega provimento AI 587.741-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, Dje 21.11.2008 grifos nossos). Dessa orientação divergiu o julgado recorrido. 7. Pelo exposto, dou provimento a este agravo, na forma do art. 544, §§ 3º e 4º, do Código de Processo Civil, e, desde logo, ao recurso extraordinário, nos termos do art. 557, § 1º-A, do mesmo diploma legal, e determino o retorno dos autos à origem para que o Tribunal a quo reexamine o caso à luz da Lei n. 8.880/1994” (fls. 89-90). 2. Publicada essa decisão no DJe de 16.9.2010 (fl. 91), interpõe o Estado do Rio Grande do Sul, em 27.9.2010 tempestivamente, agravo regimental (fls. 93-). 3. Alega o Agravante que, “para examinar o mérito do RE e concluir pela 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034225. Supremo Tribunal Federal AI 810.636 AGR / RS APLICABILIDADE DA LEI N. 8.880/94 . PRECEDENTES. NÃO OCORRÊNCIA DE PERDA NA CONVERSÃO. FUNDAMENTO NÃO EXAMINADO PELO TRIBUNAL A QUO. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. 1. O fundamento de que não houve perda na conversão em URV dos vencimentos dos servidores não foi examinado pelo Tribunal a quo. Incidem, no caso, as Súmulas 282 e 356 deste Supremo Tribunal. 2. Imposição de multa de 1% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil (RE 540.647-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 7.12.2007 grifos nossos). Agravo regimental em agravo de instrumento 2. Servidor público. Reposição salarial de 11,98%. Lei no 8.880/94 . Conversão em URV . Competência privativa da União . 3. Impossibilidade de lei estadual dispor de modo diverso . Lei estadual no 10.225/94. 4. Limitação temporal. Matéria pacificada neste Tribunal. 5. Discussão sobre a vinculação dos agravados ao Poder Executivo. Matéria não argüida nas fases processuais anteriores. Impossível inovar o feito em agravo regimental. Precedentes. 6. Agravo regimental a que se nega provimento AI 587.741-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, Dje 21.11.2008 grifos nossos). Dessa orientação divergiu o julgado recorrido. 7. Pelo exposto, dou provimento a este agravo, na forma do art. 544, §§ 3º e 4º, do Código de Processo Civil, e, desde logo, ao recurso extraordinário, nos termos do art. 557, § 1º-A, do mesmo diploma legal, e determino o retorno dos autos à origem para que o Tribunal a quo reexamine o caso à luz da Lei n. 8.880/1994” (fls. 89-90). 2. Publicada essa decisão no DJe de 16.9.2010 (fl. 91), interpõe o Estado do Rio Grande do Sul, em 27.9.2010 tempestivamente, agravo regimental (fls. 93-). 3. Alega o Agravante que, “para examinar o mérito do RE e concluir pela 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório AI 810.636 AGR / RS existência de diferenças remuneratórias em favor do ora agravado, seria imprescindível o reexame do conjunto probatório dos autos” (fl. 95). Afirma que teria sido reconhecida a repercussão geral do tema aqui debatido nos autos do Recurso Extraordinário n. 561.836. Sustenta que “não houve qualquer prejuízo financeiro aos servidores estaduais, em virtude de sucessivos aumentos remuneratórios concedidos pelas Leis estaduais 10.084/1994, 10.130/1994 e 10.174/1994” (fl. 104). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. 4. Em 16 de maio de 2011, pela Petição n. 27.161, o Estado Agravante reiterou as razões do agravo regimental e pediu fosse aguardado o julgamento do Recurso Extraordinário n. 561.836. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034225. Supremo Tribunal Federal AI 810.636 AGR / RS existência de diferenças remuneratórias em favor do ora agravado, seria imprescindível o reexame do conjunto probatório dos autos” (fl. 95). Afirma que teria sido reconhecida a repercussão geral do tema aqui debatido nos autos do Recurso Extraordinário n. 561.836. Sustenta que “não houve qualquer prejuízo financeiro aos servidores estaduais, em virtude de sucessivos aumentos remuneratórios concedidos pelas Leis estaduais 10.084/1994, 10.130/1994 e 10.174/1994” (fl. 104). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. 4. Em 16 de maio de 2011, pela Petição n. 27.161, o Estado Agravante reiterou as razões do agravo regimental e pediu fosse aguardado o julgamento do Recurso Extraordinário n. 561.836. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034225. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.636 RIO GRANDE DO SUL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu: “as Leis-RS nos 10.084/94, 10.130/94 e 10.172/94, que instituíram reajustes aos servidores estaduais militares em JAN, MAR e MAI94, respectivamente, inserem-se na competência exclusiva do Estado-membro, extraída do § 1º do artigo 25 da Constituição Federal. (…) Portanto, era competente o Estado do Rio Grande do Sul para legislar sobre a remuneração de seus servidores e estabelecer a época de conversão dos vencimentos em URV’s ou em Real, como o fez ao editar as referidas leis estaduais. Além disso, não há como retalhar a política salarial estabelecida pelo Executivo Estadual e ajustá-la ao plano federal de estabilização da moeda. De fato, em conformidade com o princípio da legalidade, fica o administrador público atrelado ao disposto na lei. (…) Denota-se que não foi produzida qualquer prova no sentido de que a fórmula utilizada para a conversão dos vencimentos do apelante tenha ensejado efetivamente perda remuneratória. Além disso, não há como retalhar a política salarial estabelecida pelo Executivo Estadual e ajustá-la ao plano federal de estabilização da moeda. De fato, em conformidade com o princípio da legalidade, fica o administrador público atrelado ao disposto na lei. (…) A procedência nos termos do pedido implica o aumento nominal Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034226. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.636 RIO GRANDE DO SUL V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu: “as Leis-RS nos 10.084/94, 10.130/94 e 10.172/94, que instituíram reajustes aos servidores estaduais militares em JAN, MAR e MAI94, respectivamente, inserem-se na competência exclusiva do Estado-membro, extraída do § 1º do artigo 25 da Constituição Federal. (…) Portanto, era competente o Estado do Rio Grande do Sul para legislar sobre a remuneração de seus servidores e estabelecer a época de conversão dos vencimentos em URV’s ou em Real, como o fez ao editar as referidas leis estaduais. Além disso, não há como retalhar a política salarial estabelecida pelo Executivo Estadual e ajustá-la ao plano federal de estabilização da moeda. De fato, em conformidade com o princípio da legalidade, fica o administrador público atrelado ao disposto na lei. (…) Denota-se que não foi produzida qualquer prova no sentido de que a fórmula utilizada para a conversão dos vencimentos do apelante tenha ensejado efetivamente perda remuneratória. Além disso, não há como retalhar a política salarial estabelecida pelo Executivo Estadual e ajustá-la ao plano federal de estabilização da moeda. De fato, em conformidade com o princípio da legalidade, fica o administrador público atrelado ao disposto na lei. (…) A procedência nos termos do pedido implica o aumento nominal Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034226. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 810.636 AGR / RS de vencimentos sem a necessária lei própria, ofendendo gravemente o pacto federativo, pois ao Estado-membro continuou sendo facultada a disciplina de seu pessoal, inclusive com a fixação de sua remuneração. No caso dos autos, como bem disse o apelado, não se tratou de repasse de duodécimos para outros Poderes, nem tão pouco de conversão de vencimentos em URV em 1ºMAR94, senão que é o apelante servidor do Poder Executivo, época da conversão determinada em lei estadual devidamente cumprida. Por tais razões, voto pela rejeição das preliminares e pelo improvimento da apelação” (fls. 31-39). No recurso extraordinário, o Agravado requereu o provimento do recurso “declarando-se a aplicabilidade à espécie da Lei federal n. 8.880/1994 (…), no sentido de reconhecer o seu direito em receber seus vencimentos com a conversão em URV” (fl. 58). 3. Inicialmente, cumpre ressaltar que, na espécie, a discussão tratou da aplicação da Unidade Real de Valor - URV aos servidores estaduais, não tendo sido objeto nas instâncias originárias o tema em debate nos autos do Recurso Extraordinário n. 561.836, com repercussão geral reconhecida, sobre a compensação das perdas havidas por ocasião da conversão da remuneração de servidores públicos em Unidade Real de Valor – URV com os aumentos remuneratórios posteriores. Nesse sentido: “VENCIMENTOS. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CRITÉRIOS PARA A CONVERSÃO DE CRUZEIROS REAIS PARA UNIDADE REAL DE VALOR (URV). APLICABILIDADE DA LEI 8.880/94. I - A conversão em URV, dos vencimentos dos servidores públicos estaduais, deve ser realizada na forma estabelecida pela Lei 8.880/94, e o percentual do índice a ser aplicado deve ser apurado na fase de execução. II - Impossibilidade de apreciação de matéria que não foi objeto de decisão no acórdão recorrido, e que tampouco foi suscitada nas razões do recurso extraordinário. III - 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034226. Supremo Tribunal Federal AI 810.636 AGR / RS de vencimentos sem a necessária lei própria, ofendendo gravemente o pacto federativo, pois ao Estado-membro continuou sendo facultada a disciplina de seu pessoal, inclusive com a fixação de sua remuneração. No caso dos autos, como bem disse o apelado, não se tratou de repasse de duodécimos para outros Poderes, nem tão pouco de conversão de vencimentos em URV em 1ºMAR94, senão que é o apelante servidor do Poder Executivo, época da conversão determinada em lei estadual devidamente cumprida. Por tais razões, voto pela rejeição das preliminares e pelo improvimento da apelação” (fls. 31-39). No recurso extraordinário, o Agravado requereu o provimento do recurso “declarando-se a aplicabilidade à espécie da Lei federal n. 8.880/1994 (…), no sentido de reconhecer o seu direito em receber seus vencimentos com a conversão em URV” (fl. 58). 3. Inicialmente, cumpre ressaltar que, na espécie, a discussão tratou da aplicação da Unidade Real de Valor - URV aos servidores estaduais, não tendo sido objeto nas instâncias originárias o tema em debate nos autos do Recurso Extraordinário n. 561.836, com repercussão geral reconhecida, sobre a compensação das perdas havidas por ocasião da conversão da remuneração de servidores públicos em Unidade Real de Valor – URV com os aumentos remuneratórios posteriores. Nesse sentido: “VENCIMENTOS. SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL. CRITÉRIOS PARA A CONVERSÃO DE CRUZEIROS REAIS PARA UNIDADE REAL DE VALOR (URV). APLICABILIDADE DA LEI 8.880/94. I - A conversão em URV, dos vencimentos dos servidores públicos estaduais, deve ser realizada na forma estabelecida pela Lei 8.880/94, e o percentual do índice a ser aplicado deve ser apurado na fase de execução. II - Impossibilidade de apreciação de matéria que não foi objeto de decisão no acórdão recorrido, e que tampouco foi suscitada nas razões do recurso extraordinário. III - 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034226. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 810.636 AGR / RS Agravo regimental improvido” (AI 603.563-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 1º.6.2007, grifos nossos). 4. No mérito, como afirmado na decisão agravada, a Lei n. 8.880/1994 é aplicável à conversão da remuneração dos servidores públicos estaduais em Unidade Real de Valor – URV. Portanto, ao decidir que “era competente o Estado do Rio Grande do Sul para legislar sobre a remuneração de seus servidores e estabelecer a época de conversão dos vencimentos em URV’s ou em Real, como o fez ao editar as referidas leis estaduais”, o Tribunal a quo contrariou a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se os seguintes julgados: “CONSTITUCIONAL. E ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 DO STF. SERVIDOR PÚBLICO. CONVERSÃO EM URV. IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO POSTERIOR. I - Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. II - A extensão, a servidores estaduais, de norma editada pela União Federal a respeito da conversão de vencimentos em unidades reais de valor (URV´s) independe de lei local, por se inserir em competência privativa da União para legislar sobre o sistema monetário. Precedentes. III - A existência de reajuste salarial posterior à conversão da moeda não corrige o erro ocorrido na aplicação dos critérios de conversão. IV - Agravo regimental improvido” (AI 648.300-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 10.8.2007, grifos nossos). “Agravo regimental em agravo de instrumento 2. Servidor público. Reposição salarial de 11,98%. Lei no 8.880/94. Conversão em URV. Competência privativa da União. 3. Impossibilidade de lei estadual dispor de modo diverso. Lei estadual no 10.225/94. 4. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034226. Supremo Tribunal Federal AI 810.636 AGR / RS Agravo regimental improvido” (AI 603.563-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 1º.6.2007, grifos nossos). 4. No mérito, como afirmado na decisão agravada, a Lei n. 8.880/1994 é aplicável à conversão da remuneração dos servidores públicos estaduais em Unidade Real de Valor – URV. Portanto, ao decidir que “era competente o Estado do Rio Grande do Sul para legislar sobre a remuneração de seus servidores e estabelecer a época de conversão dos vencimentos em URV’s ou em Real, como o fez ao editar as referidas leis estaduais”, o Tribunal a quo contrariou a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Confiram-se os seguintes julgados: “CONSTITUCIONAL. E ADMINISTRATIVO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 DO STF. SERVIDOR PÚBLICO. CONVERSÃO EM URV. IMPOSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO POSTERIOR. I - Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. II - A extensão, a servidores estaduais, de norma editada pela União Federal a respeito da conversão de vencimentos em unidades reais de valor (URV´s) independe de lei local, por se inserir em competência privativa da União para legislar sobre o sistema monetário. Precedentes. III - A existência de reajuste salarial posterior à conversão da moeda não corrige o erro ocorrido na aplicação dos critérios de conversão. IV - Agravo regimental improvido” (AI 648.300-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 10.8.2007, grifos nossos). “Agravo regimental em agravo de instrumento 2. Servidor público. Reposição salarial de 11,98%. Lei no 8.880/94. Conversão em URV. Competência privativa da União. 3. Impossibilidade de lei estadual dispor de modo diverso. Lei estadual no 10.225/94. 4. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034226. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 810.636 AGR / RS Limitação temporal. Matéria pacificada neste Tribunal. 5. Discussão sobre a vinculação dos agravados ao Poder Executivo. Matéria não arguida nas fases processuais anteriores. Impossível inovar o feito em agravo regimental. Precedentes. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 587.741-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 21.11.2008). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. REAJUSTE DE VENCIMENTOS NO PERCENTUAL DE 11,98%. LEI FEDERAL N. 8.880/94. SUPERAÇÃO DO LIMITE TEMPORAL FIXADO PELA ADI N. 1.797. ADI N. 2.323. 1. O Supremo Tribunal fixou orientação no sentido de que aos servidores públicos estaduais, independentemente de lei local, é aplicada a Lei federal n. 8.880/94. 2. A orientação fixada na ADI n. 1.797, que reconheceu devido o percentual de 11,98% apenas para o período de abril de 1994 a dezembro de 1996, foi superada no julgamento da ADI 2.323. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 649.383-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 24.8.2007, grifos nossos). 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034226. Supremo Tribunal Federal AI 810.636 AGR / RS Limitação temporal. Matéria pacificada neste Tribunal. 5. Discussão sobre a vinculação dos agravados ao Poder Executivo. Matéria não arguida nas fases processuais anteriores. Impossível inovar o feito em agravo regimental. Precedentes. 6. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 587.741-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe 21.11.2008). “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. REAJUSTE DE VENCIMENTOS NO PERCENTUAL DE 11,98%. LEI FEDERAL N. 8.880/94. SUPERAÇÃO DO LIMITE TEMPORAL FIXADO PELA ADI N. 1.797. ADI N. 2.323. 1. O Supremo Tribunal fixou orientação no sentido de que aos servidores públicos estaduais, independentemente de lei local, é aplicada a Lei federal n. 8.880/94. 2. A orientação fixada na ADI n. 1.797, que reconheceu devido o percentual de 11,98% apenas para o período de abril de 1994 a dezembro de 1996, foi superada no julgamento da ADI 2.323. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (AI 649.383-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 24.8.2007, grifos nossos). 5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034226. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.636 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : RONALDO MORAES NETO ADV.(A/S) : VIRGILIO MUNARI NETO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052250 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 810.636 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : RONALDO MORAES NETO ADV.(A/S) : VIRGILIO MUNARI NETO E OUTRO(A/S) Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052250 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3065160
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. CONVERSÃO DE REMUNERAÇÃO EM UNIDADE REAL DE VALOR – URV. APLICABILIDADE DA LEI N. 8.880/1994 AOS SERVIDORES ESTADUAIS. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur218149
- Acórdãos citados: (PREQUESTIONAMENTO, AUSÊNCIA) STF: AI 603563 AgR(1ªT); (COMPENSAÇÃO, PERDAS, CONVERSÃO, REMUNERAÇÃO, URV, AUMENTOS POSTERIORES) STF: RE 561836 RG; (REMUNERAÇÃO, SERVIDOR ESTADUAL, CONVERSÃO, URV, COMPETÊNCIA, UNIÃO) STF: AI 587741 AgR(2ªT), AI 648300 AgR(1ªT), AI 649383 AgR(2ªT). Número de páginas: 9. Análise: 14/11/2012, LLD.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
810636
[ "LEG-FED LEI-008880 ANO-1994\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
AI-AgR
acordaos
AI 810636 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AGDO.(A/S) : RONALDO MORAES NETO ADV.(A/S) : VIRGILIO MUNARI NETO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : MARCELO BRAGA DE LIMA
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{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 810 . 636", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 810 . 636", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 810 . 636", "AI 810 . 636 AGR / RS", "RE 540 . 647 - AgR", "AI 587 . 741 - AgR", "AI 810 . 636", "RE 540 . 647 - AgR", "AI 587 . 741 - AgR", "AI 810 . 636 AGR /", "Recurso Extraordinário n . 561 . 836", "AI 810 . 636 AGR / RS", "Recurso Extraordinário n . 561 . 836", "Recurso Extraordinário n . 561 . 836", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 810 . 636", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 810 . 636", "AI 810 . 636", "Recurso Extraordinário n . 561 . 836", "AI 810 . 636 AGR", "Recurso Extraordinário n . 561 . 836", "AI 810 . 636 AGR / RS", "AI 603 . 563 - AgR", "SÚMULA 282 DO STF", "Súmula 282 do STF", "AI 648 . 300 - AgR", "AI 810 . 636 AGR / RS", "AI 603 . 563 - AgR", "SÚMULA 282 DO STF", "Súmula 282 do STF", "AI 648 . 300 - AgR", "AI 810 . 636 AGR / RS", "AI 587 . 741 - AgR", "ADI N . 1 . 797", "ADI N . 2 . 323 .", "ADI n . 1 . 797", "ADI 2 . 323 . 3", "AI 649 . 383 - AgR", "AI 810 . 636 AGR", "AI 587 . 741 -", "ADI N . 1 . 797", "ADI N . 2 . 323", "ADI n . 1 . 797", "ADI 2 . 323 . 3", "AI 649 . 383 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 810 . 636" ], "LEGISLACAO": [ "LEI N . 8 . 880 / 1994", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 8 . 880 / 94", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 8 . 880 / 94", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI N . 8 . 880 / 94", "art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil", "Lei no 8 . 880 / 94", "Lei estadual no 10 . 225 / 94", "art . 544 , § § [UNK] e [UNK] , do Código", "de", "Lei n . 8 . 880 / 1994", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "LEI N . 8 . 880 / 94", "art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil", "Lei no 8 . 880", "Lei estadual no 10 . 225 / 94", "art . 544 , § § [UNK] e [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei n . 8 . 880 / 1994", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis", "estaduais 10 . 084 / 1994", "10", ".", "130", "/", "1994", "10", ".", "174", "/", "1994", "MP", "Leis", "estaduais 10 . 084 / 1994", "10", ".", "130", "/", "1994", "10", ".", "174", "/", "1994", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis", "-", "RS nos 10 . 084 / 94", "10", ".", "130", "/", "94", "10", ".", "172", "/", "94", "§ [UNK] do artigo 25 da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Leis", "-", "RS nos 10 . 084 / 94", "10", ".", "130", "/", "94", "10", ".", "172", "/", "94", "§ [UNK] do artigo 25 da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei federal n . 8 . 880 / 1994", "LEI 8 . 880 / 94", "Lei 8 . 880 / 94", "MP n°", "Lei federal n . 8 . 880 / 1994", "LEI 8 . 880 / 94", "Lei 8 . 880 / 94", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei n . 8 . 880 / 1994", "Lei no 8 . 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Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Supremo Tribunal Federal", "União Federal", "União", "Primeira Turma", "União", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal", "Segunda Turma", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "CÁRMEN LÚCIA", "RONALDO MORAES NETO", "VIRGILIO MUNARI NETO", "Ricardo Lewandowski", "CÁRMEN LÚCIA", "CÁRMEN LÚCIA", "RONALDO MORAES NETO", 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de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "18 de agosto de 2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "7", ".", "12", ".", "2007", "21", ".", "11", ".", "2008", "16", ".", "9", ".", "2010", "27", ".", "9", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "7", ".", "12", ".", "2007", "21", ".", "11", ".", "2008", "16", ".", "9", ".", "2010", "27", ".", "9", ".", "2010", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de maio de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "16 de maio de 2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "16", "/", "10", "/", "2012", "JAN , MAR e", "MAI94", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "[UNK]", ".", "6", ".", "2007", "10", ".", "8", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "[UNK]", ".", "6", ".", "2007", "10", ".", "8", ".", "2007", "24", "/", "08", "/", "2001", "21", ".", "11", ".", "2008", "abril de 1994", "dezembro de 1996", "24", ".", "8", ".", 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.006 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ANA MARIA CIRILO TERNES ADV.(A/S) :VINÍCIUS MARCELO BORGES AGDO.(A/S) :ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA INTDO.(A/S) :ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO BRASIL - ANOREG-BR ADV.(A/S) :VINÍCIUS MARCELO BORGES RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas. Brasília, 25 de setembro de 2012. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864348. Supremo Tribunal Federal DJe 09/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão AI 813.006 AGR / SC MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864348. Supremo Tribunal Federal AI 813.006 AGR / SC MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864348. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.006 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ANA MARIA CIRILO TERNES ADV.(A/S) :VINÍCIUS MARCELO BORGES AGDO.(A/S) :ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA INTDO.(A/S) :ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO BRASIL - ANOREG-BR ADV.(A/S) :VINÍCIUS MARCELO BORGES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folhas 1504 e 1505, neguei provimento a agravo, consignando: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO. 1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo: Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864349. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.006 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) :ANA MARIA CIRILO TERNES ADV.(A/S) :VINÍCIUS MARCELO BORGES AGDO.(A/S) :ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA INTDO.(A/S) :ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO BRASIL - ANOREG-BR ADV.(A/S) :VINÍCIUS MARCELO BORGES R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão de folhas 1504 e 1505, neguei provimento a agravo, consignando: RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS – INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO DO AGRAVO. 1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação. Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula do Supremo: Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864349. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório AI 813.006 AGR / SC Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso. A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na origem. A tentativa acaba por fazer-se voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica. Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo. 2. Conheço do agravo e o desprovejo. 3. Publiquem. Os agravantes, na minuta de folha 1511 a 1517, insistem na demonstração de ofensa aos artigos 1º, 5º, cabeça e inciso II, e 93, inciso 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864349. Supremo Tribunal Federal AI 813.006 AGR / SC Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. As razões do extraordinário partem de pressupostos fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última análise, o reexame dos elementos probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do recurso. A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na origem. A tentativa acaba por fazer-se voltada à transformação do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica. Acresce que o acórdão impugnado mediante o extraordinário revela interpretação de normas estritamente legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que deveria ser utilizado na apreciação de outro processo. 2. Conheço do agravo e o desprovejo. 3. Publiquem. Os agravantes, na minuta de folha 1511 a 1517, insistem na demonstração de ofensa aos artigos 1º, 5º, cabeça e inciso II, e 93, inciso 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864349. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Relatório AI 813.006 AGR / SC IX, da Constituição Federal. Discorrem sobre o mérito da controvérsia e afirmam ser desnecessário o reexame de matéria fática ou interpretação de norma legal. O Estado de Santa Catarina apresentou a contraminuta de folha 1523 a 1528, apontando o acerto do ato atacado. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864349. Supremo Tribunal Federal AI 813.006 AGR / SC IX, da Constituição Federal. Discorrem sobre o mérito da controvérsia e afirmam ser desnecessário o reexame de matéria fática ou interpretação de norma legal. O Estado de Santa Catarina apresentou a contraminuta de folha 1523 a 1528, apontando o acerto do ato atacado. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864349. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.006 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente credenciado (folha 45), foi protocolada no prazo legal. Conheço. Atentem para o que decidido na origem. O Superior Tribunal de Justiça consignou em síntese (folhas 1014 e 1015): ADMINISTRATIVO – CONCURSO PÚBLICO – CARTÓRIO – CANDIDATOS A INGRESSO – INEXISTÊNCIA DE DIREITO À ESCOLHA DE VAGAS NA INSCRIÇÃO DO CONCURSO – MERA EXPECTATIVA DE DIREITO – FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL – REPROVAÇÃO DE TODOS OS IMPETRANTES NA PRIMEIRA FASE DO CONCURSO POR INSUFICIÊNCIA TÉCNICA. 1. Candidatos inscritos no concurso de ingresso nas atividades notarial e de registro não disputam, desde logo, a uma serventia específica e determinada, condicionando-se o direito de opção por uma dada serventia à prévia aprovação (evento futuro e incerto), conforme classificação obtida ao final do concurso. 2. Inexiste direito líquido e certo à escolha de vaga de serventia certa e determinada no ato da inscrição no concurso público de ingresso para cartorário. A lista de vagas de serventia elaborada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina no início do concurso é provisória pois pode ser alterada até 10 (dez) dias antes da classificação final dos aprovados, nos termos dos artigos 51 e 52 do Edital do referido concurso que fazem a ressalva de que"qualquer serventia que viesse a vagar, durante a realização do certame seria incluída na relação". 3. Antes de aprovados no concurso público, os impetrantes não titularizam direito de escolha de vagas, apenas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864350. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.006 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente credenciado (folha 45), foi protocolada no prazo legal. Conheço. Atentem para o que decidido na origem. O Superior Tribunal de Justiça consignou em síntese (folhas 1014 e 1015): ADMINISTRATIVO – CONCURSO PÚBLICO – CARTÓRIO – CANDIDATOS A INGRESSO – INEXISTÊNCIA DE DIREITO À ESCOLHA DE VAGAS NA INSCRIÇÃO DO CONCURSO – MERA EXPECTATIVA DE DIREITO – FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL – REPROVAÇÃO DE TODOS OS IMPETRANTES NA PRIMEIRA FASE DO CONCURSO POR INSUFICIÊNCIA TÉCNICA. 1. Candidatos inscritos no concurso de ingresso nas atividades notarial e de registro não disputam, desde logo, a uma serventia específica e determinada, condicionando-se o direito de opção por uma dada serventia à prévia aprovação (evento futuro e incerto), conforme classificação obtida ao final do concurso. 2. Inexiste direito líquido e certo à escolha de vaga de serventia certa e determinada no ato da inscrição no concurso público de ingresso para cartorário. A lista de vagas de serventia elaborada pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina no início do concurso é provisória pois pode ser alterada até 10 (dez) dias antes da classificação final dos aprovados, nos termos dos artigos 51 e 52 do Edital do referido concurso que fazem a ressalva de que"qualquer serventia que viesse a vagar, durante a realização do certame seria incluída na relação". 3. Antes de aprovados no concurso público, os impetrantes não titularizam direito de escolha de vagas, apenas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864350. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO AI 813.006 AGR / SC expectativa de direito advindo do fato futuro e incerto de aprovação. Daí porque eventuais interessados em vagas de serventia devem prestar o concurso público com o fim único de serem aprovados no concurso pois a vaga a ser escolhida não é de conhecimento certo de ninguém, até 10 (dez) dias da classificação final dos aprovados no certame. 4. A reprovação na primeira fase do concurso público reforça a ausência de interesse processual, uma vez que, mesmo que as "irregularidades" no edital apontadas pelos impetrantes fossem sanadas, ainda assim o resultado da demanda seria inócuo para os postulantes, pois foram reprovados por insuficiência técnica logo na primeira fase do concurso, sepultando as chances de escolha de vagas de serventias. 5."A fortiori", as eventuais nulidades na lista de serventias são sanáveis mediante a elaboração de nova lista de "serventias vagas", que pode ser refeita até 10 (dez) dias da classificação final dos candidatos. Recurso ordinário improvido e prejudicados os agravos regimentais pendentes. O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e não considerada a Carta da República. A par desse aspecto, em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Ressalto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses da parte. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho na origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864350. Supremo Tribunal Federal AI 813.006 AGR / SC expectativa de direito advindo do fato futuro e incerto de aprovação. Daí porque eventuais interessados em vagas de serventia devem prestar o concurso público com o fim único de serem aprovados no concurso pois a vaga a ser escolhida não é de conhecimento certo de ninguém, até 10 (dez) dias da classificação final dos aprovados no certame. 4. A reprovação na primeira fase do concurso público reforça a ausência de interesse processual, uma vez que, mesmo que as "irregularidades" no edital apontadas pelos impetrantes fossem sanadas, ainda assim o resultado da demanda seria inócuo para os postulantes, pois foram reprovados por insuficiência técnica logo na primeira fase do concurso, sepultando as chances de escolha de vagas de serventias. 5."A fortiori", as eventuais nulidades na lista de serventias são sanáveis mediante a elaboração de nova lista de "serventias vagas", que pode ser refeita até 10 (dez) dias da classificação final dos candidatos. Recurso ordinário improvido e prejudicados os agravos regimentais pendentes. O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e não considerada a Carta da República. A par desse aspecto, em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Ressalto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses da parte. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho na origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864350. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO AI 813.006 AGR / SC Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. Ante o quadro, desprovejo o regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864350. Supremo Tribunal Federal AI 813.006 AGR / SC Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado: Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade decorrente do ofício, alfim, a própria toga. Ante o quadro, desprovejo o regimental. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2864350. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.006 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : ANA MARIA CIRILO TERNES ADV.(A/S) : VINÍCIUS MARCELO BORGES AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO BRASIL - ANOREG-BR ADV.(A/S) : VINÍCIUS MARCELO BORGES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895747 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 813.006 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO AGTE.(S) : ANA MARIA CIRILO TERNES ADV.(A/S) : VINÍCIUS MARCELO BORGES AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO BRASIL - ANOREG-BR ADV.(A/S) : VINÍCIUS MARCELO BORGES Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo de Tarso Braz Lucas. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2895747 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2905075
2012-09-25T00:00:00
2012-10-09T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 25.9.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais. RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente.
sjur216337
Número de páginas: 9. Análise: 16/10/2012, LLD.
MARCO AURÉLIO
Primeira Turma
813006
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 813006 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ANA MARIA CIRILO TERNES ADV.(A/S) : VINÍCIUS MARCELO BORGES AGDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA INTDO.(A/S) : ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO BRASIL - ANOREG-BR ADV.(A/S) : VINÍCIUS MARCELO BORGES
[ "" ]
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2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Carta da República", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "Brasília", "SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "Estado de Santa Catarina", "Estado de Santa Catarina", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA", "ESTADO DE SANTA CATARINA" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO BRASIL", "ANOREG", "-", "BR", "Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "/", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "BRASIL", "ANOREG", "-", "BR", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO BRASIL", "ANOREG", "-", "BR", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo", "Supremo", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "AGR", "/", "SC", "Supremo", "Supremo", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "Superior Tribunal de Justiça", "Tribunal de Justiça de Santa Catarina", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "Superior Tribunal de Justiça", "Tribunal de Justiça de Santa Catarina", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "/", "SC", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "PRIMEIRA TURMA", "ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO BRASIL", "ANOREG", "-", "BR", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "PRIMEIRA TURMA", "ASSOCIAÇÃO DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DO BRASIL", "ANOREG", "-", "BR", "[UNK] Turma", "Primeira Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "MARCO AURÉLIO", "ANA MARIA CIRILO TERNES", "VINÍCIUS MARCELO BORGES", "VINÍCIUS MARCELO BORGES", "Dias Toffoli", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "ANA MARIA CIRILO TERNES", "VINÍCIUS MARCELO BORGES", "VINÍCIUS MARCELO BORGES", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "ANA MARIA CIRILO TERNES", "VINÍCIUS MARCELO BORGES", "VINÍCIUS MARCELO BORGES", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "MARCO AURÉLIO", "ANA MARIA CIRILO TERNES", "VINÍCIUS MARCELO BORGES", "VINÍCIUS MARCELO BORGES", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "MARCO AURÉLIO", "ANA MARIA CIRILO TERNES", "VINÍCIUS MARCELO BORGES", "VINÍCIUS MARCELO BORGES", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Paulo de Tarso Braz Lucas", "Carmen Lilian Oliveira de Souza" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "10", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "9", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615.793 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :EXPRESSO ARAÇATUBA TRANSPORTES E LOGÍSTICAS LTDA ADV.(A/S) :RICARDO CARVALHO PAIXÃO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. OBRIGATORIEDADE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INEXISTÊNCIA. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043640. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13 Ementa e Acórdão RE 615.793 AGR / DF a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. Deveras, o recorrente limitou-se a afirmar que “a questão trazida a lume para julgamento desse Pretório Excelso transcende o direito das partes envolvidas, por ser questão de ordem pública, no caso, a interferência indevida do Estado em legítima atividade econômica, (art. 170, parágrafo único, da CF/88)”. Por essa razão, o requisito constitucional de admissibilidade recursal não restou atendido. 4. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. (Precedentes: AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 25.10.10). 5. A decisão fundamentada, embora contrária à expectativa da parte, não importa em negativa de prestação jurisdicional ou ausência de fundamentação. 6. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. TRANSPORTE DE MERCADORIA. NOTA FISCAL. INFORMAÇÕES DETALHADAS. IDENTIFICAÇÃO DA MERCADORIA. AUSÊNCIA. DESCUMPRIMETNO. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. MULTA. PEDIDO DE ANULAÇÃO E DE REPARAÇÃO DE DANOS. REJEIÇÃO. LEGALIDADE DA MULTA. INCOMPETÊNCIA. JUÍZO DA DÍVIDA ATIVA. PEDIDOS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS. APELAÇÃO DESPROVIDA. 1. De acordo com a Lei de Organização Judiciária do Estado do Amazonas, o juízo da dívida ativa estadual é exclusivamente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043640. Supremo Tribunal Federal RE 615.793 AGR / DF a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. Deveras, o recorrente limitou-se a afirmar que “a questão trazida a lume para julgamento desse Pretório Excelso transcende o direito das partes envolvidas, por ser questão de ordem pública, no caso, a interferência indevida do Estado em legítima atividade econômica, (art. 170, parágrafo único, da CF/88)”. Por essa razão, o requisito constitucional de admissibilidade recursal não restou atendido. 4. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. (Precedentes: AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 25.10.10). 5. A decisão fundamentada, embora contrária à expectativa da parte, não importa em negativa de prestação jurisdicional ou ausência de fundamentação. 6. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. TRANSPORTE DE MERCADORIA. NOTA FISCAL. INFORMAÇÕES DETALHADAS. IDENTIFICAÇÃO DA MERCADORIA. AUSÊNCIA. DESCUMPRIMETNO. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. MULTA. PEDIDO DE ANULAÇÃO E DE REPARAÇÃO DE DANOS. REJEIÇÃO. LEGALIDADE DA MULTA. INCOMPETÊNCIA. JUÍZO DA DÍVIDA ATIVA. PEDIDOS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS. APELAÇÃO DESPROVIDA. 1. De acordo com a Lei de Organização Judiciária do Estado do Amazonas, o juízo da dívida ativa estadual é exclusivamente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043640. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13 Ementa e Acórdão RE 615.793 AGR / DF competente para processar e julgar causas de natureza tributária, sendo-lhe defesa a apreciação de pedidos de reparação de danos, ainda que pretensamente decorrentes de nulidade de ato praticado pela fazenda quando apreendeu mercadoria do apelante porque a nota fiscal não continha informações pormenorizadas. 2. É legal a apreensão de mercadorias transportadas cujas embalagens e notas fiscais não contêm a devida identificação mas conta apenas diversos, o que é insuficiente para o cumprimento de obrigação tributária prevista em lei estadual” 3. Apelação desprovida” (fls. 326-327). 7. Agravo regimental não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043640. Supremo Tribunal Federal RE 615.793 AGR / DF competente para processar e julgar causas de natureza tributária, sendo-lhe defesa a apreciação de pedidos de reparação de danos, ainda que pretensamente decorrentes de nulidade de ato praticado pela fazenda quando apreendeu mercadoria do apelante porque a nota fiscal não continha informações pormenorizadas. 2. É legal a apreensão de mercadorias transportadas cujas embalagens e notas fiscais não contêm a devida identificação mas conta apenas diversos, o que é insuficiente para o cumprimento de obrigação tributária prevista em lei estadual” 3. Apelação desprovida” (fls. 326-327). 7. Agravo regimental não provido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043640. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615.793 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :EXPRESSO ARAÇATUBA TRANSPORTES E LOGÍSTICAS LTDA ADV.(A/S) :RICARDO CARVALHO PAIXÃO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por EXPRESSO ARAÇATUBA TRANSPORTES E LOGÍSTICAS LTDA, em face de decisão de minha lavra assim ementada: “PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMISSIBILIDADE. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. MATÉRIA CONSTITUCIONAL NÃO SUSCITADA QUANTO INTERPOSTA A APELAÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. NÃO-CONHECIMENTO DO RECURSO. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a irresignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043641. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615.793 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :EXPRESSO ARAÇATUBA TRANSPORTES E LOGÍSTICAS LTDA ADV.(A/S) :RICARDO CARVALHO PAIXÃO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por EXPRESSO ARAÇATUBA TRANSPORTES E LOGÍSTICAS LTDA, em face de decisão de minha lavra assim ementada: “PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMISSIBILIDADE. PRELIMINAR DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. MATÉRIA CONSTITUCIONAL NÃO SUSCITADA QUANTO INTERPOSTA A APELAÇÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. NÃO-CONHECIMENTO DO RECURSO. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a irresignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043641. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13 Relatório RE 615.793 AGR / DF existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. In casu, o recorrente limitou-se a afirmar que “a questão trazida a lume para julgamento desse Pretório Excelso transcende o direito das partes envolvidas, por ser questão de ordem pública, no caso, a interferência indevida do Estado em legítima atividade econômica, (art. 170, parágrafo único, da CF/88)” (fl. 368). 4. Destarte, a matéria constitucional discutida no recurso extraordinário não foi suscitada quanto interposta a apelação, circunstância que caracteriza ausência de prequestionamento ainda que ventilada, posteriormente, quando opostos embargos declaratórios. 5. É que cediço no Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 449.137 – AgR, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 26/02/08, que, verbis: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. CONHECIMENTO. IMPOSSIBILIDADE. 2. Prequestionamento implícito. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043641. Supremo Tribunal Federal RE 615.793 AGR / DF existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. In casu, o recorrente limitou-se a afirmar que “a questão trazida a lume para julgamento desse Pretório Excelso transcende o direito das partes envolvidas, por ser questão de ordem pública, no caso, a interferência indevida do Estado em legítima atividade econômica, (art. 170, parágrafo único, da CF/88)” (fl. 368). 4. Destarte, a matéria constitucional discutida no recurso extraordinário não foi suscitada quanto interposta a apelação, circunstância que caracteriza ausência de prequestionamento ainda que ventilada, posteriormente, quando opostos embargos declaratórios. 5. É que cediço no Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 449.137 – AgR, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 26/02/08, que, verbis: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. CONHECIMENTO. IMPOSSIBILIDADE. 2. Prequestionamento implícito. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043641. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13 Relatório RE 615.793 AGR / DF Inadmissibilidade. Diz-se prequestionada a matéria quando a decisão impugnada haja emitido juízo explícito a respeito do tema, inclusive mencionando o preceito constitucional previamente suscitado nas razões do recurso submetido à sua apreciação. 3. São ineficazes e tardios os embargos de declaração opostos para fins de prequestionamento se a questão constitucional não foi suscitada oportunamente no recurso interposto perante o Tribunal de origem. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento.” 6. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.“ Em suas razões, a parte agravante sustenta que “comprovada a violação ao art. 93, IX, da CF/88, eis que o Acórdão proferido em embargos de Declaração, ao não adentrar às questões postas quanto à violação de preceito constitucional, proferiu decisão desfundamentada” (fl. 3e). Por fim, requer a retratação da decisão agravada, para que o recurso extraordinário seja conhecido e provido. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043641. Supremo Tribunal Federal RE 615.793 AGR / DF Inadmissibilidade. Diz-se prequestionada a matéria quando a decisão impugnada haja emitido juízo explícito a respeito do tema, inclusive mencionando o preceito constitucional previamente suscitado nas razões do recurso submetido à sua apreciação. 3. São ineficazes e tardios os embargos de declaração opostos para fins de prequestionamento se a questão constitucional não foi suscitada oportunamente no recurso interposto perante o Tribunal de origem. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento.” 6. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.“ Em suas razões, a parte agravante sustenta que “comprovada a violação ao art. 93, IX, da CF/88, eis que o Acórdão proferido em embargos de Declaração, ao não adentrar às questões postas quanto à violação de preceito constitucional, proferiu decisão desfundamentada” (fl. 3e). Por fim, requer a retratação da decisão agravada, para que o recurso extraordinário seja conhecido e provido. É o relatório. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043641. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13 Voto - MIN. LUIZ FUX 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615.793 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão à parte agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Trata-se de recurso extraordinário interposto por Expresso Araçatuba Transportes e Logísticas Ltda., com fulcro no artigo 102, III, a, da Constituição Federal contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas assim ementado: “EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. TRANSPORTE DE MERCADORIA. NOTA FISCAL. INFORMAÇÕES DETALHADAS. IDENTIFICAÇÃO DA MERCADORIA. AUSÊNCIA. DESCUMPRIMETNO. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. MULTA. PEDIDO DE ANULAÇÃO E DE REPARAÇÃO DE DANOS. REJEIÇÃO. LEGALIDADE DA MULTA. INCOMPETÊNCIA. JUÍZO DA DÍVIDA ATIVA. PEDIDOS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS. APELAÇÃO DESPROVIDA. 1. De acordo com a Lei de Organização Judiciária do Estado do Amazonas, o juízo da dívida ativa estadual é exclusivamente competente para processar e julgar causas de natureza tributária, sendo-lhe defesa a apreciação de pedidos de reparação de danos, ainda que pretensamente decorrentes de nulidade de ato praticado pela fazenda quando apreendeu mercadoria do apelante porque a nota fiscal não continha informações pormenorizadas. 2. É legal a apreensão de mercadorias transportadas cujas embalagens e notas fiscais não contêm a devida identificação Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043642. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615.793 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão à parte agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Trata-se de recurso extraordinário interposto por Expresso Araçatuba Transportes e Logísticas Ltda., com fulcro no artigo 102, III, a, da Constituição Federal contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas assim ementado: “EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. TRANSPORTE DE MERCADORIA. NOTA FISCAL. INFORMAÇÕES DETALHADAS. IDENTIFICAÇÃO DA MERCADORIA. AUSÊNCIA. DESCUMPRIMETNO. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. MULTA. PEDIDO DE ANULAÇÃO E DE REPARAÇÃO DE DANOS. REJEIÇÃO. LEGALIDADE DA MULTA. INCOMPETÊNCIA. JUÍZO DA DÍVIDA ATIVA. PEDIDOS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS. APELAÇÃO DESPROVIDA. 1. De acordo com a Lei de Organização Judiciária do Estado do Amazonas, o juízo da dívida ativa estadual é exclusivamente competente para processar e julgar causas de natureza tributária, sendo-lhe defesa a apreciação de pedidos de reparação de danos, ainda que pretensamente decorrentes de nulidade de ato praticado pela fazenda quando apreendeu mercadoria do apelante porque a nota fiscal não continha informações pormenorizadas. 2. É legal a apreensão de mercadorias transportadas cujas embalagens e notas fiscais não contêm a devida identificação Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043642. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 615.793 AGR / DF mas conta apenas diversos, o que é insuficiente para o cumprimento de obrigação tributária prevista em lei estadual” 3. Apelação desprovida” (fls. 326-327). Na origem, a recorrente ajuizou ação anulatória de débito fiscal cumulada com perdas e danos materiais e morais em desfavor do Estado do Amazonas, sob o argumento de que o auto de apreensão das mercadorias por ela transportadas, o qual originou a dívida questionada, é ato administrativo nulo. Na primeira instância, o pedido foi julgado improcedente sob o fundamento de que a autora descumprira a obrigação acessória de discriminar as mercadorias transportadas. O pedido de reconhecimento de danos materiais também fora afastado pelo juízo de origem, haja vista que “as mercadorias ficaram retidas por culpa da própria autora por não ter preenchido corretamente o documento fiscal” (fl. 269). No tocante aos danos morais, restou consignado que, “segundo a Lei de Organização Judiciária do Estado do Amazonas (LC 17/97, com as modificações da LC 28/01), este Juízo é incompetente para julgar pedido de dano moral contra o Estado, só sendo cabível apreciar matéria tributária” (fl. 270). O Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, ao apreciar a causa em sede de apelação, confirmou, por unanimidade, a decisão de primeiro grau e prolatou o acórdão acima transcrito (fl. 326). Seguiram-se embargos de declaração, rejeitados por decisão unânime (fl. 342). Na sequência, foram interpostos recursos especial e extraordinário, ambos contra-arrazoados (fls. 375 e 386) e com juízo positivo de admissibilidade na origem (fls. 403). O Superior Tribunal de Justiça, ao negar seguimento ao recurso especial, prolatou o seguinte acórdão relatado pelo Ministro Mauro Campbell Marques: “EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ. RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA SEGUIMENTO”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043642. Supremo Tribunal Federal RE 615.793 AGR / DF mas conta apenas diversos, o que é insuficiente para o cumprimento de obrigação tributária prevista em lei estadual” 3. Apelação desprovida” (fls. 326-327). Na origem, a recorrente ajuizou ação anulatória de débito fiscal cumulada com perdas e danos materiais e morais em desfavor do Estado do Amazonas, sob o argumento de que o auto de apreensão das mercadorias por ela transportadas, o qual originou a dívida questionada, é ato administrativo nulo. Na primeira instância, o pedido foi julgado improcedente sob o fundamento de que a autora descumprira a obrigação acessória de discriminar as mercadorias transportadas. O pedido de reconhecimento de danos materiais também fora afastado pelo juízo de origem, haja vista que “as mercadorias ficaram retidas por culpa da própria autora por não ter preenchido corretamente o documento fiscal” (fl. 269). No tocante aos danos morais, restou consignado que, “segundo a Lei de Organização Judiciária do Estado do Amazonas (LC 17/97, com as modificações da LC 28/01), este Juízo é incompetente para julgar pedido de dano moral contra o Estado, só sendo cabível apreciar matéria tributária” (fl. 270). O Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas, ao apreciar a causa em sede de apelação, confirmou, por unanimidade, a decisão de primeiro grau e prolatou o acórdão acima transcrito (fl. 326). Seguiram-se embargos de declaração, rejeitados por decisão unânime (fl. 342). Na sequência, foram interpostos recursos especial e extraordinário, ambos contra-arrazoados (fls. 375 e 386) e com juízo positivo de admissibilidade na origem (fls. 403). O Superior Tribunal de Justiça, ao negar seguimento ao recurso especial, prolatou o seguinte acórdão relatado pelo Ministro Mauro Campbell Marques: “EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ. RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA SEGUIMENTO”. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043642. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 615.793 AGR / DF No recurso extraordinário, o recorrente sustenta que houve violação dos artigos 5º, LIV e LV, 93, IX e 170, parágrafo único, da Constituição Federal. É o relatório. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a irresignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043642. Supremo Tribunal Federal RE 615.793 AGR / DF No recurso extraordinário, o recorrente sustenta que houve violação dos artigos 5º, LIV e LV, 93, IX e 170, parágrafo único, da Constituição Federal. É o relatório. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a irresignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043642. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 615.793 AGR / DF In casu, o recorrente limitou-se a afirmar que “a questão trazida a lume para julgamento desse Pretório Excelso transcende o direito das partes envolvidas, por ser questão de ordem pública, no caso, a interferência indevida do Estado em legítima atividade econômica, (art. 170, parágrafo único, da CF/88)” (fl. 368). Destarte, a matéria constitucional discutida no recurso extraordinário não foi suscitada quando interposta a apelação, circunstância que caracteriza ausência de prequestionamento ainda que ventilada, posteriormente, quando opostos embargos declaratórios. É que cediço no Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 449.137 – AgR, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 26/02/08, que, verbis: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. CONHECIMENTO. IMPOSSIBILIDADE. 2. Prequestionamento implícito. Inadmissibilidade. Diz-se prequestionada a matéria quando a decisão impugnada haja emitido juízo explícito a respeito do tema, inclusive mencionando o preceito constitucional previamente suscitado nas razões do recurso submetido à sua apreciação. 3. São ineficazes e tardios os embargos de declaração opostos para fins de prequestionamento se a questão constitucional não foi suscitada oportunamente no recurso interposto perante o Tribunal de origem. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento.” Portanto, ainda que devidamente apresentada a preliminar de repercussão geral, o recurso extraordinário não ultrapassaria a fase de conhecimento por ausência de prequestionamento. Ex positis, nego seguimento ao recurso extraordinário com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte.” Cabe ainda salientar, que a jurisprudência desta Corte é uníssona no 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043642. Supremo Tribunal Federal RE 615.793 AGR / DF In casu, o recorrente limitou-se a afirmar que “a questão trazida a lume para julgamento desse Pretório Excelso transcende o direito das partes envolvidas, por ser questão de ordem pública, no caso, a interferência indevida do Estado em legítima atividade econômica, (art. 170, parágrafo único, da CF/88)” (fl. 368). Destarte, a matéria constitucional discutida no recurso extraordinário não foi suscitada quando interposta a apelação, circunstância que caracteriza ausência de prequestionamento ainda que ventilada, posteriormente, quando opostos embargos declaratórios. É que cediço no Supremo Tribunal Federal, no julgamento do RE 449.137 – AgR, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de 26/02/08, que, verbis: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. CONHECIMENTO. IMPOSSIBILIDADE. 2. Prequestionamento implícito. Inadmissibilidade. Diz-se prequestionada a matéria quando a decisão impugnada haja emitido juízo explícito a respeito do tema, inclusive mencionando o preceito constitucional previamente suscitado nas razões do recurso submetido à sua apreciação. 3. São ineficazes e tardios os embargos de declaração opostos para fins de prequestionamento se a questão constitucional não foi suscitada oportunamente no recurso interposto perante o Tribunal de origem. Incidência das Súmulas 282 e 356 do STF. Agravo regimental a que se nega provimento.” Portanto, ainda que devidamente apresentada a preliminar de repercussão geral, o recurso extraordinário não ultrapassaria a fase de conhecimento por ausência de prequestionamento. Ex positis, nego seguimento ao recurso extraordinário com fundamento no disposto no artigo 21, § 1º, do Regimento Interno desta Corte.” Cabe ainda salientar, que a jurisprudência desta Corte é uníssona no 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043642. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 615.793 AGR / DF sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Nesse sentido são os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE ADESÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta.” (AI 804.854- AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010) (grifo nosso). “CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA STF 279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a quo, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula STF 279). 2. A ofensa aos postulados constitucionais da legalidade, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa ou indireta. Precedentes. 3. Decisão fundamentada 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043642. Supremo Tribunal Federal RE 615.793 AGR / DF sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Nesse sentido são os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO DE ADESÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional indireta.” (AI 804.854- AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010) (grifo nosso). “CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA STF 279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a quo, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula STF 279). 2. A ofensa aos postulados constitucionais da legalidade, da ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa ou indireta. Precedentes. 3. Decisão fundamentada 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043642. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 615.793 AGR / DF contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental improvido.” (AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010) (grifo nosso). Por fim, não houve a alegada negativa de prestação jurisdicional. As instâncias ordinárias decidiram a causa com a motivação pertinente, nem se diga que faltou à decisão recorrida fundamentação, a ponto de violar o artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal. A decisão fundamentada, embora contrária à expectativa da parte, não importa em negativa de prestação jurisdicional. Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043642. Supremo Tribunal Federal RE 615.793 AGR / DF contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental improvido.” (AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010) (grifo nosso). Por fim, não houve a alegada negativa de prestação jurisdicional. As instâncias ordinárias decidiram a causa com a motivação pertinente, nem se diga que faltou à decisão recorrida fundamentação, a ponto de violar o artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal. A decisão fundamentada, embora contrária à expectativa da parte, não importa em negativa de prestação jurisdicional. Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043642. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615.793 PROCED. : AMAZONAS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : EXPRESSO ARAÇATUBA TRANSPORTES E LOGÍSTICAS LTDA ADV.(A/S) : RICARDO CARVALHO PAIXÃO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061267 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615.793 PROCED. : AMAZONAS RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : EXPRESSO ARAÇATUBA TRANSPORTES E LOGÍSTICAS LTDA ADV.(A/S) : RICARDO CARVALHO PAIXÃO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061267 Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3064989
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. OBRIGATORIEDADE. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. VIOLAÇÃO AO ART. 93, IX, DA CF. INEXISTÊNCIA. 1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral). 2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”. 3. Deveras, o recorrente limitou-se a afirmar que “a questão trazida a lume para julgamento desse Pretório Excelso transcende o direito das partes envolvidas, por ser questão de ordem pública, no caso, a interferência indevida do Estado em legítima atividade econômica, (art. 170, parágrafo único, da CF/88)”. Por essa razão, o requisito constitucional de admissibilidade recursal não restou atendido. 4. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. (Precedentes: AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 25.10.10). 5. A decisão fundamentada, embora contrária à expectativa da parte, não importa em negativa de prestação jurisdicional ou ausência de fundamentação. 6. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “EMENTA: DIREITO TRIBUTÁRIO. TRANSPORTE DE MERCADORIA. NOTA FISCAL. INFORMAÇÕES DETALHADAS. IDENTIFICAÇÃO DA MERCADORIA. AUSÊNCIA. DESCUMPRIMETNO. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA. MULTA. PEDIDO DE ANULAÇÃO E DE REPARAÇÃO DE DANOS. REJEIÇÃO. LEGALIDADE DA MULTA. INCOMPETÊNCIA. JUÍZO DA DÍVIDA ATIVA. PEDIDOS DE INDENIZAÇÃO POR DANOS. APELAÇÃO DESPROVIDA. 1. De acordo com a Lei de Organização Judiciária do Estado do Amazonas, o juízo da dívida ativa estadual é exclusivamente competente para processar e julgar causas de natureza tributária, sendo-lhe defesa a apreciação de pedidos de reparação de danos, ainda que pretensamente decorrentes de nulidade de ato praticado pela fazenda quando apreendeu mercadoria do apelante porque a nota fiscal não continha informações pormenorizadas. 2. É legal a apreensão de mercadorias transportadas cujas embalagens e notas fiscais não contêm a devida identificação mas conta apenas diversos, o que é insuficiente para o cumprimento de obrigação tributária prevista em lei estadual” 3. Apelação desprovida” (fls. 326-327). 7. Agravo regimental não provido.
sjur218079
- Acórdãos citados: (REPERCUSSÃO GERAL, REQUISITOS, INEXISTÊNCIA) STF: AI 797515 AgR (2ªT); (OFENSA REFLEXA) STF: AI 804854 AgR (1ªT), AI 756336 AgR (2ªT). Número de páginas: 14. Análise: 14/11/2012, MAC.
LUIZ FUX
Primeira Turma
615793
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543A REDAÇÃO DADA PELA LEI-11418/2006 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00327 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-011418 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA" ]
RE-AgR
acordaos
RE 615793 AgR
[ "" ]
AGDO.(A/S) : ESTADO DO AMAZONAS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO AMAZONAS ADV.(A/S) : RICARDO CARVALHO PAIXÃO E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : EXPRESSO ARAÇATUBA TRANSPORTES E LOGÍSTICAS LTDA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615 . 793", "AI n . 797 . 515 – AgR", "RE 615 . 793", "AI n . 804 . 854", "AI n . 756 . 336 - AgR", "RE 615 . 793 AGR", "AI n . 804 . 854", "AI n . 756 . 336 - AgR", "RE 615 . 793", "RE 615 . 793", "RECURSO", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615 . 793", "RE 615 . 793 AGR", "AI n . 797 . 515 – AgR", "RE 449 . 137 – AgR", "RE 615 . 793 AGR /", "AI n . 797 . 515 – AgR", "RE 449 . 137 – AgR", "RE 615 . 793", "Súmulas 282", "RE 615 . 793", "Súmulas 282", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615 . 793", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615 . 793", "RE 615 . 793 AGR / DF", "SÚMULA 211 / STJ", "RE 615 . 793 AGR / DF", "SÚMULA 211 / STJ", "RE 615 . 793 AGR / DF", "AI n . 797 . 515 – AgR", "RE 615 . 793", "AI n . 797 . 515 – AgR", "RE 615 . 793", "RE 449 . 137 – AgR", "Súmulas 282 e 356 do STF", "RE 615 . 793 AGR / DF", "RE 449 . 137 – AgR", "Súmulas 282", "RE 615 . 793 AGR", "SÚMULA N . 282 DO SUPREMO", "AI 804 . 854 - AgR", "SÚMULA STF 279", "Súmula STF 279", "RE 615 . 793 AGR", "SÚMULA N . 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "AI 804 . 854 - AgR", "SÚMULA STF 279", "Súmula STF 279", "RE 615", "AI 756 . 336 - AgR", "RE 615 . 793 AGR / DF", "AI 756 . 336 - AgR", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615 . 793", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO 615 . 793" ], "LEGISLACAO": [ "ARTIGO 543 - A , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL", "ART . 327 , § [UNK] , DO RISTF", "ART . 93 , IX , DA CF", "artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei n . 11 . 418 / 06", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 170 , parágrafo único , da CF / 88", "Constituição Federal", "Lei de Organização Judiciária do Estado do Amazonas", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 170 , parágrafo único , da CF / 88", "Constituição Federal", "Lei de Organização Judiciária do Estado do Amazonas", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei n . 11 . 418 / 06", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei n . 11 . 418 / 06", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 170 , parágrafo único , da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 170 , parágrafo único , da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 93 , IX , da CF / 88", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 93 , IX , da CF / 88", "MP n° 2 . 200", "artigo 102 , III , a , da Constituição Federal", "Lei de Organização Judiciária do Estado do Amazonas", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 102 , III , a , da Constituição Federal", "Lei de Organização Judiciária do Estado do", "MP", "Lei de Organização Judiciária do Estado do Amazonas", "LC 17 / 97", "LC 28 / 01", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei de Organização Judiciária do Estado do Amazonas", "LC 17 / 97", "LC 28 / 01", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigos [UNK] , LIV e LV , 93 , IX e 170 , parágrafo único , da Constituição Federal", "artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei n . 11 . 418 / 06", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigos [UNK] 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.878 SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :BRADESCO SEGUROS S/A ADV.(A/S) :EDUARDO LUIZ LUVIZETO ADV.(A/S) :RODRIGO FALK FRAGOSO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :JUAN RICARDO MORENO FEMENIAS ADV.(A/S) :RUY OSCAR DOS SANTOS INTDO.(A/S) :SÔNIA MARIA FEMENIAS ADV.(A/S) :ANA MARIA SILVEIRA INTDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PENAL. PROCESSUAL PENAL. AÇÃO PENAL IMPROCEDENTE. ART. 386, VI, DO CPP. ART. 171, § 2º, V, C.C. ART. 29 DO CÓDIGO PENAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. PROVA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279/STF. 1. Repercussão Geral reconhecida para reafirmar a jurisprudência da Corte no sentido de que o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas (AI 791.292-QO-RG). 2. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 4. In casu, o acórdão recorrido manteve a sentença que julgou improcedente a ação penal com fundamento no art. 386, IV, do Código de Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835864. Supremo Tribunal Federal DJe 03/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão ARE 684.878 AGR / SP Processo Penal, para absolver os réus da acusação de terem infringido o art. 171, § 2º, V, c.c. o art. 29 do Código Penal. 5. Agravo Regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835864. Supremo Tribunal Federal ARE 684.878 AGR / SP Processo Penal, para absolver os réus da acusação de terem infringido o art. 171, § 2º, V, c.c. o art. 29 do Código Penal. 5. Agravo Regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835864. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.878 SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :BRADESCO SEGUROS S/A ADV.(A/S) :EDUARDO LUIZ LUVIZETO ADV.(A/S) :RODRIGO FALK FRAGOSO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :JUAN RICARDO MORENO FEMENIAS ADV.(A/S) :RUY OSCAR DOS SANTOS INTDO.(A/S) :SÔNIA MARIA FEMENIAS ADV.(A/S) :ANA MARIA SILVEIRA INTDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por BRADESCO SEGUROS S/A, em face da decisão assim ementada: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PENAL. PROCESSUAL PENAL. AÇÃO PENAL IMPROCEDENTE. ART. 386, VI, DO CPP. ART. 171, § 2º, V, C.C. ART. 29 DO CÓDIGO PENAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. PROVA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279/STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF) . Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835865. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.878 SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :BRADESCO SEGUROS S/A ADV.(A/S) :EDUARDO LUIZ LUVIZETO ADV.(A/S) :RODRIGO FALK FRAGOSO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :JUAN RICARDO MORENO FEMENIAS ADV.(A/S) :RUY OSCAR DOS SANTOS INTDO.(A/S) :SÔNIA MARIA FEMENIAS ADV.(A/S) :ANA MARIA SILVEIRA INTDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto por BRADESCO SEGUROS S/A, em face da decisão assim ementada: RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PENAL. PROCESSUAL PENAL. AÇÃO PENAL IMPROCEDENTE. ART. 386, VI, DO CPP. ART. 171, § 2º, V, C.C. ART. 29 DO CÓDIGO PENAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. PROVA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279/STF. 1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF) . Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835865. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório ARE 684.878 AGR / SP 2. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. 3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático- probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 5. In casu, o acórdão recorrido manteve a sentença que julgou improcedente a ação penal com fundamento no art. 386, IV, do Código de Processo Penal, para absolver os réus da acusação de terem infringido o art. 171, § 2º, V, c.c. o art. 29 do Código Penal. 6 . NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento. Em suas razões, aduz o agravante a ocorrência de violação direta ao art. 93, IX, da Constituição Federal, que “é norma constitucional determinante de que todas as decisões judiciais devam ser fundamentadas”. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835865. Supremo Tribunal Federal ARE 684.878 AGR / SP 2. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. 3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático- probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 5. In casu, o acórdão recorrido manteve a sentença que julgou improcedente a ação penal com fundamento no art. 386, IV, do Código de Processo Penal, para absolver os réus da acusação de terem infringido o art. 171, § 2º, V, c.c. o art. 29 do Código Penal. 6 . NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento. Em suas razões, aduz o agravante a ocorrência de violação direta ao art. 93, IX, da Constituição Federal, que “é norma constitucional determinante de que todas as decisões judiciais devam ser fundamentadas”. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835865. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.878 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: Cuida-se de agravo de instrumento interposto por BRADESCO SEGUROS S/A, contra decisão que não admitiu seu recurso extraordinário. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ante as provas carreadas nos autos, manteve a sentença que julgou improcedente a ação penal para absolver os réus da acusação de terem infringido o art. 171, § 2º, V, c.c. o art. 29 do Código Penal. Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados. Irresignado com o teor do acórdão prolatado, o recorrente interpôs recurso extraordinário com fulcro no art. 102, III, a , da Constituição Federal, sustentando a preliminar de repercussão geral e apontando como violado o art. 93, IX, da Carta Federal. Brevemente relatados, DECIDO . O agravo de instrumento não merece prosperar. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835866. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.878 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: Cuida-se de agravo de instrumento interposto por BRADESCO SEGUROS S/A, contra decisão que não admitiu seu recurso extraordinário. O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, ante as provas carreadas nos autos, manteve a sentença que julgou improcedente a ação penal para absolver os réus da acusação de terem infringido o art. 171, § 2º, V, c.c. o art. 29 do Código Penal. Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados. Irresignado com o teor do acórdão prolatado, o recorrente interpôs recurso extraordinário com fulcro no art. 102, III, a , da Constituição Federal, sustentando a preliminar de repercussão geral e apontando como violado o art. 93, IX, da Carta Federal. Brevemente relatados, DECIDO . O agravo de instrumento não merece prosperar. Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF). A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835866. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 684.878 AGR / SP do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 22/10/2010. Demais disso, não se revela cognoscível, em sede de Recurso Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário . Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática. Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja: Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175). Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835866. Supremo Tribunal Federal ARE 684.878 AGR / SP do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 22/10/2010. Demais disso, não se revela cognoscível, em sede de Recurso Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário . Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática. Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja: Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175). Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835866. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. LUIZ FUX ARE 684.878 AGR / SP Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666). A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ. (in , Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros). Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF. Além disso, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 791.292-QO-RG, reconheceu a existência de repercussão geral do tema para reafirmar a jurisprudência da Corte no sentido de que o artigo 93, IX, da Constituição Federal “exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas”. Resta evidenciado que o agravante não expendeu qualquer argumento capaz de infirmar a decisão que pretende ver reformada, razão pela qual tenho que a mesma há de ser mantida íntegra por seus próprios fundamentos. Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835866. Supremo Tribunal Federal ARE 684.878 AGR / SP Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666). A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ. (in , Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros). Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao agravo de instrumento, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF. Além disso, o Supremo Tribunal Federal, no julgamento do AI 791.292-QO-RG, reconheceu a existência de repercussão geral do tema para reafirmar a jurisprudência da Corte no sentido de que o artigo 93, IX, da Constituição Federal “exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas”. Resta evidenciado que o agravante não expendeu qualquer argumento capaz de infirmar a decisão que pretende ver reformada, razão pela qual tenho que a mesma há de ser mantida íntegra por seus próprios fundamentos. Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental. É como voto. 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2835866. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.878 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : BRADESCO SEGUROS S/A ADV.(A/S) : EDUARDO LUIZ LUVIZETO ADV.(A/S) : RODRIGO FALK FRAGOSO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : JUAN RICARDO MORENO FEMENIAS ADV.(A/S) : RUY OSCAR DOS SANTOS INTDO.(A/S) : SÔNIA MARIA FEMENIAS ADV.(A/S) : ANA MARIA SILVEIRA INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848648 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684.878 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : BRADESCO SEGUROS S/A ADV.(A/S) : EDUARDO LUIZ LUVIZETO ADV.(A/S) : RODRIGO FALK FRAGOSO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : JUAN RICARDO MORENO FEMENIAS ADV.(A/S) : RUY OSCAR DOS SANTOS INTDO.(A/S) : SÔNIA MARIA FEMENIAS ADV.(A/S) : ANA MARIA SILVEIRA INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848648 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2864075
2012-09-18T00:00:00
2012-10-03T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PENAL. PROCESSUAL PENAL. AÇÃO PENAL IMPROCEDENTE. ART. 386, VI, DO CPP. ART. 171, § 2º, V, C.C. ART. 29 DO CÓDIGO PENAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. PROVA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279/STF. 1. Repercussão Geral reconhecida para reafirmar a jurisprudência da Corte no sentido de que o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou provas (AI 791.292-QO-RG). 2. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional. 4. In casu, o acórdão recorrido manteve a sentença que julgou improcedente a ação penal com fundamento no art. 386, IV, do Código de Processo Penal, para absolver os réus da acusação de terem infringido o art. 171, § 2º, V, c.c. o art. 29 do Código Penal. 5. Agravo Regimental a que se nega provimento.
sjur215803
- Acórdão citado: AI 791292 QO-RG - Tribunal Pleno. Número de páginas: 8. Análise: 11/10/2012, LLD.
LUIZ FUX
Primeira Turma
684878
[ "LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n", "LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00029 ART-00171 PAR-00002 INC-00005\r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n\r\n", "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00386 INC-00006 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 684878 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : BRADESCO SEGUROS S/A ADV.(A/S) : EDUARDO LUIZ LUVIZETO ADV.(A/S) : RODRIGO FALK FRAGOSO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : JUAN RICARDO MORENO FEMENIAS ADV.(A/S) : ANA MARIA SILVEIRA ADV.(A/S) : RUY OSCAR DOS SANTOS INTDO.(A/S) : SÔNIA MARIA FEMENIAS INTDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 684 . 878", "SÚMULA N . 279 / STF", "AI 791 . 292 - QO - RG", "Súmula 279 / STF", "ARE 684 . 878 AGR / SP", "ARE 684 . 878 AGR", "SÚMULA N . 279 / STF", "RECURSO", "SÚMULA N . 279 / STF", "ARE 684 . 878 AGR / SP", "Súmula 279 / STF", "ARE 684 . 878 AGR / SP", "Súmula 279 / STF", "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM", "ARE 684 . 878 AGR / SP", "AI 804 . 854 - AgR", "AI 756 . 336 - AgR", "Súmula 279 / STF", "Súmula n . 279 / STF", "RT 275 / 884", "226", "/", "583", "RE 64 . 051", "RTJ 47 / 276", "ERE 58 . 714", "ARE 684 . 878 AGR / SP", "AI 804 . 854 - AgR", "AI 756 . 336 - AgR", "Súmula 279 / STF", "Súmula n . 279 / STF", "RT 275 / 884", "226", "/", "583", "RE 64 . 051", "ERE 58 . 714", "RTJ 46 / 821", "RE 63 . 226", "RTJ 46 / 666", "RTJ 37 / 480", "Súmula 7 do STJ", "AI 791 . 292 - QO - RG", "ARE 684 . 878 AGR / SP", "RTJ", "RE 63 . 226", "RTJ", "RTJ 37 / 480", "Súmula 7 do STJ", "AI 791 . 292 - QO - RG" ], "LEGISLACAO": [ "ART . 386 , VI , DO CPP", "ART", "ART . 29 DO CÓDIGO PENAL", "ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL", "art . 93 , IX , da Constituição Federal", "art . 386 , IV , do Código de Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 171 , § [UNK] , V , c . c . o art . 29 do Código Penal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 171 , § [UNK] , V , c . c . o art . 29 do Código Penal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "ART . 386 , VI , DO CPP", "ART . 171 , § [UNK] , V , C . 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o art . 29 do Código Penal", "art . 102 , III , a , da Constituição Federal", "art . 93 , IX , da Carta Federal", "art . 323 do RISTF", "art . 102 , III , § [UNK] , da CF", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do RISTF", "artigo 93 , IX , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do RISTF", "artigo 93 , IX , da Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "Brasília", "Brasília", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "São Paulo", "São Paulo", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO", "SÃO PAULO", "ESTADO DE SÃO PAULO" ], "ORGANIZACAO": [ "PRIMEIRA TURMA", "BRADESCO SEGUROS S / A", "MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO 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FUX", "LUIZ FUX", "EDUARDO LUIZ LUVIZETO", "RODRIGO FALK FRAGOSO", "JUAN RICARDO MORENO FEMENIAS", "RUY OSCAR DOS SANTOS", "SÔNIA MARIA FEMENIAS", "ANA MARIA SILVEIRA", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "LUIZ FUX", "CÁRMEN LÚCIA", "ELLEN GRACIE", "Roberto Rosas", "Djaci Falcão", "CÁRMEN LÚCIA", "ELLEN GRACIE", "Roberto Rosas", "Chiovenda", "Djaci Falcão", "LUIZ FUX ARE", "Eloy da Rocha", "Pestana de Aguiar", "Castro Nunes", "Amaral Santos", "Eloy da Rocha", "Pestana de Aguiar", "Castro Nunes", "LUIZ FUX", "EDUARDO LUIZ LUVIZETO", "RODRIGO FALK FRAGOSO", "JUAN RICARDO MORENO FEMENIAS", "RUY OSCAR DOS SANTOS", "SÔNIA MARIA FEMENIAS", "ANA MARIA SILVEIRA", "Marco Aurélio", "Dias Toffoli", "Dias Toffoli", "Marco Aurélio", "Luiz Fux", "Rosa Weber", "Edson Oliveira de Almeida", "Carmen Lilian Oliveira de Souza", "LUIZ FUX", "EDUARDO LUIZ LUVIZETO", "RODRIGO FALK FRAGOSO", "JUAN RICARDO MORENO FEMENIAS", "RUY OSCAR DOS SANTOS", "SÔNIA MARIA FEMENIAS", "ANA MARIA SILVEIRA", 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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.269 SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :COOPERATIVA DE PRODUTORES DE CANA, AÇÚCAR E ÁLCOOL DO ESTADO DE SÃO PAULO - COPERSUCAR ADV.(A/S) :HAMILTON DIAS DE SOUZA AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Agravo regimental no agravo de instrumento. 2. Direito Tributário. 3. Incidência de IPMF em movimentações financeiras entre sociedades cooperadas. Possibilidade. 4. Ausência de similitude entre o paradigma da repercussão geral apontado e o caso dos autos. 6. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850542. Supremo Tribunal Federal DJe 03/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.269 SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :COOPERATIVA DE PRODUTORES DE CANA, AÇÚCAR E ÁLCOOL DO ESTADO DE SÃO PAULO - COPERSUCAR ADV.(A/S) :HAMILTON DIAS DE SOUZA AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário fundado em supostas violações aos artigos 5º, XXXV e LXIX; 146, III, alínea “c”; e 174, § 2º, da Constituição Federal. No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que os arts. 146, III, alínea “c”; e 174, § 2º, ambos da Constituição, são autoaplicáveis, apesar de inexistir lei complementar regulamentando a matéria. Aponta-se, também, que a controvérsia dos autos não está pacificada pelo Supremo Tribunal Federal, que teria reconhecido a repercussão geral do tema no RE-RG 599.362, rel. Min. Dias Toffoli. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850543. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.269 SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :COOPERATIVA DE PRODUTORES DE CANA, AÇÚCAR E ÁLCOOL DO ESTADO DE SÃO PAULO - COPERSUCAR ADV.(A/S) :HAMILTON DIAS DE SOUZA AGDO.(A/S) :UNIÃO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental em agravo de instrumento interposto contra decisão que negou seguimento ao recurso extraordinário fundado em supostas violações aos artigos 5º, XXXV e LXIX; 146, III, alínea “c”; e 174, § 2º, da Constituição Federal. No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que os arts. 146, III, alínea “c”; e 174, § 2º, ambos da Constituição, são autoaplicáveis, apesar de inexistir lei complementar regulamentando a matéria. Aponta-se, também, que a controvérsia dos autos não está pacificada pelo Supremo Tribunal Federal, que teria reconhecido a repercussão geral do tema no RE-RG 599.362, rel. Min. Dias Toffoli. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850543. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. GILMAR MENDES 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.269 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal. Conforme disposto na decisão agravada, não editada a legislação complementar regulamentadora de tratamento diferenciado às cooperativas, não se lhes reconhece a imunidade tributária requerida. Tal entendimento é pacífico na jurisprudência deste Tribunal e, para tanto, cito o RE-AgR 437.776, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 31.1.2011; e o AI-AgR 542.512, rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 26.5.2006, respectivamente ementados abaixo: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. CPMF. INCIDÊNCIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DE SOCIEDADES COOPERATIVAS. POSSIBILIDADE. I O fato de a Constituição determinar que seja estabelecido adequado tratamento tributário ao ato cooperativo não veda a incidência de CPMF sobre as movimentações financeiras efetuadas pelas sociedades cooperativas. Precedentes. II Agravo regimental improvido”. “AGRAVO REGIMENTAL. CONTRIBUIÇÃO PROVISÓRIA SOBRE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (CPMF). EMENDA CONSTITUCIONAL 21/1999. CONSTITUCIONALIDADE. A decisão agravada está em perfeita consonância com o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 2.031, quando a Corte considerou constitucional a CPMF. O fato de tratar-se de cooperativa não isenta a parte agravante da mencionada contribuição. Agravo regimental a que se nega provimento”. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850544. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.269 SÃO PAULO V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal. Conforme disposto na decisão agravada, não editada a legislação complementar regulamentadora de tratamento diferenciado às cooperativas, não se lhes reconhece a imunidade tributária requerida. Tal entendimento é pacífico na jurisprudência deste Tribunal e, para tanto, cito o RE-AgR 437.776, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 31.1.2011; e o AI-AgR 542.512, rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 26.5.2006, respectivamente ementados abaixo: “AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. CPMF. INCIDÊNCIA SOBRE A MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA DE SOCIEDADES COOPERATIVAS. POSSIBILIDADE. I O fato de a Constituição determinar que seja estabelecido adequado tratamento tributário ao ato cooperativo não veda a incidência de CPMF sobre as movimentações financeiras efetuadas pelas sociedades cooperativas. Precedentes. II Agravo regimental improvido”. “AGRAVO REGIMENTAL. CONTRIBUIÇÃO PROVISÓRIA SOBRE MOVIMENTAÇÃO FINANCEIRA (CPMF). EMENDA CONSTITUCIONAL 21/1999. CONSTITUCIONALIDADE. A decisão agravada está em perfeita consonância com o entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da ADI 2.031, quando a Corte considerou constitucional a CPMF. O fato de tratar-se de cooperativa não isenta a parte agravante da mencionada contribuição. Agravo regimental a que se nega provimento”. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850544. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. GILMAR MENDES AI 740.269 AGR / SP Quanto à alegação de que a controvérsia dos autos deveria ser tratada dentro da sistemática da repercussão geral, verifico que tal pedido não deve prosperar, uma vez que a matéria em análise não guarda similitude com relação ao paradigma da repercussão geral apontado, que trata da incidência da contribuição para o PIS sobre o ato cooperativo ou cooperado, enquanto a controvérsia em exame cuida do antigo IPMF. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850544. Supremo Tribunal Federal AI 740.269 AGR / SP Quanto à alegação de que a controvérsia dos autos deveria ser tratada dentro da sistemática da repercussão geral, verifico que tal pedido não deve prosperar, uma vez que a matéria em análise não guarda similitude com relação ao paradigma da repercussão geral apontado, que trata da incidência da contribuição para o PIS sobre o ato cooperativo ou cooperado, enquanto a controvérsia em exame cuida do antigo IPMF. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850544. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.269 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : COOPERATIVA DE PRODUTORES DE CANA, AÇÚCAR E ÁLCOOL DO ESTADO DE SÃO PAULO - COPERSUCAR ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849303 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 740.269 PROCED. : SÃO PAULO RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : COOPERATIVA DE PRODUTORES DE CANA, AÇÚCAR E ÁLCOOL DO ESTADO DE SÃO PAULO - COPERSUCAR ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA AGDO.(A/S) : UNIÃO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849303 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2864113
2012-09-18T00:00:00
2012-10-03T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Agravo regimental no agravo de instrumento. 2. Direito Tributário. 3. Incidência de IPMF em movimentações financeiras entre sociedades cooperadas. Possibilidade. 4. Ausência de similitude entre o paradigma da repercussão geral apontado e o caso dos autos. 6. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur215810
- Acórdãos citados: RE 437776 AgR, AI 542512 AgR. Número de páginas: 6. Análise: 10/10/2012, AMS.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
740269
null
AI-AgR
acordaos
AI 740269 AgR
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AGDO.(A/S) : UNIÃO ADV.(A/S) : HAMILTON DIAS DE SOUZA AGTE.(S) : COOPERATIVA DE PRODUTORES DE CANA, AÇÚCAR E ÁLCOOL DO ESTADO DE SÃO PAULO - COPERSUCAR PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.183 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE FLORIANÓPOLIS ADV.(A/S) :VIVIANE FERNANDEZ PRUDENCIO DE CAMPOS LOBO AGDO.(A/S) :ELIETE GUIMARÃES ADV.(A/S) :RAMON JOAQUIM MATTOS INTDO.(A/S) :CELESC DISTRIBUICAO S/A ADV.(A/S) :LYCURGO LEITE NETO Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Responsabilidade do fornecedor. Indenização por dano moral. 3. Inclusão indevida em cadastro de inadimplentes. 4. Matéria infraconstitucional. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850565. Supremo Tribunal Federal DJe 03/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.183 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE FLORIANÓPOLIS ADV.(A/S) :VIVIANE FERNANDEZ PRUDENCIO DE CAMPOS LOBO AGDO.(A/S) :ELIETE GUIMARÃES ADV.(A/S) :RAMON JOAQUIM MATTOS INTDO.(A/S) :CELESC DISTRIBUICAO S/A ADV.(A/S) :LYCURGO LEITE NETO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão de fls. 295-298, que negou seguimento a recurso extraordinário com agravo, com fundamento na configuração de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional e por tratar de matéria infraconstitucional. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850566. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.183 SANTA CATARINA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE FLORIANÓPOLIS ADV.(A/S) :VIVIANE FERNANDEZ PRUDENCIO DE CAMPOS LOBO AGDO.(A/S) :ELIETE GUIMARÃES ADV.(A/S) :RAMON JOAQUIM MATTOS INTDO.(A/S) :CELESC DISTRIBUICAO S/A ADV.(A/S) :LYCURGO LEITE NETO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de agravo regimental contra decisão de fls. 295-298, que negou seguimento a recurso extraordinário com agravo, com fundamento na configuração de ofensa meramente reflexa ao texto constitucional e por tratar de matéria infraconstitucional. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850566. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5 Voto - MIN. GILMAR MENDES 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.183 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal, uma vez que a agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmá-la. Conforme consignado na decisão agravada, a Quarta Turma de Recursos de Criciúma decidiu a controvérsia posta nos autos à luz da legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil, Lei n. 9.099/95 e enunciados do Fórum Nacional dos Juizados Especiais). Assim, para se concluir de forma diversa, seria imprescindível a interpretação da mencionada legislação, providência vedada em sede de recurso extraordinário. Nesse sentido, o AI-AgR 225.209/SP, rel. Min Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 7.5.1999, assim ementado: ACÓRDÃO QUE RECONHECEU A PROCEDÊNCIA DE PEDIDO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA COM BASE NAS PROVAS PRODUZIDAS E NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. Questão insuscetível de reapreciação pelo STF, em sede extraordinária, em razão do óbice de sua Súmula 279, bem como ante a impossibilidade de se aferir, nessa via, a existência de ofensa reflexa e indireta à Carta da República. Agravo regimental improvido. Além disso, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a alegação de afronta aos princípios do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, do direito adquirido e do ato jurídico perfeito configura ofensa meramente reflexa ao texto constitucional quando a controvérsia cingir-se à interpretação ou aplicação de normas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850567. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.183 SANTA CATARINA V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada. Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal, uma vez que a agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmá-la. Conforme consignado na decisão agravada, a Quarta Turma de Recursos de Criciúma decidiu a controvérsia posta nos autos à luz da legislação infraconstitucional (Código de Processo Civil, Lei n. 9.099/95 e enunciados do Fórum Nacional dos Juizados Especiais). Assim, para se concluir de forma diversa, seria imprescindível a interpretação da mencionada legislação, providência vedada em sede de recurso extraordinário. Nesse sentido, o AI-AgR 225.209/SP, rel. Min Ilmar Galvão, Primeira Turma, DJ 7.5.1999, assim ementado: ACÓRDÃO QUE RECONHECEU A PROCEDÊNCIA DE PEDIDO DE ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA COM BASE NAS PROVAS PRODUZIDAS E NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL PERTINENTE. Questão insuscetível de reapreciação pelo STF, em sede extraordinária, em razão do óbice de sua Súmula 279, bem como ante a impossibilidade de se aferir, nessa via, a existência de ofensa reflexa e indireta à Carta da República. Agravo regimental improvido. Além disso, a jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a alegação de afronta aos princípios do contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, do direito adquirido e do ato jurídico perfeito configura ofensa meramente reflexa ao texto constitucional quando a controvérsia cingir-se à interpretação ou aplicação de normas Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850567. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5 Voto - MIN. GILMAR MENDES ARE 703.183 AGR / SC infraconstitucionais, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário. A propósito, entre inúmeros precedentes, cito o AI 786242, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 24.8.2010; e o AI-AgR 798.324, rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 8.10.2010, este assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA INDIRETA. 1. Caso em que violação à Magna Carta de 1988, se existente, ocorreria de forma reflexa ou indireta. 2. De mais a mais, foi conferida prestação jurisdicional adequada, em decisão devidamente fundamentada, embora em sentido contrário aos interesses da parte agravante, o que não configura cerceamento de defesa. 3. Agravo regimental desprovido”. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850567. Supremo Tribunal Federal ARE 703.183 AGR / SC infraconstitucionais, o que inviabiliza o prosseguimento do recurso extraordinário. A propósito, entre inúmeros precedentes, cito o AI 786242, rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 24.8.2010; e o AI-AgR 798.324, rel. Min. Ayres Britto, Segunda Turma, DJe 8.10.2010, este assim ementado: “AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. CONTROVÉRSIA DECIDIDA COM BASE NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA INDIRETA. 1. Caso em que violação à Magna Carta de 1988, se existente, ocorreria de forma reflexa ou indireta. 2. De mais a mais, foi conferida prestação jurisdicional adequada, em decisão devidamente fundamentada, embora em sentido contrário aos interesses da parte agravante, o que não configura cerceamento de defesa. 3. Agravo regimental desprovido”. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2850567. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.183 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE FLORIANÓPOLIS ADV.(A/S) : VIVIANE FERNANDEZ PRUDENCIO DE CAMPOS LOBO AGDO.(A/S) : ELIETE GUIMARÃES ADV.(A/S) : RAMON JOAQUIM MATTOS INTDO.(A/S) : CELESC DISTRIBUICAO S/A ADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849293 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.183 PROCED. : SANTA CATARINA RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) : CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE FLORIANÓPOLIS ADV.(A/S) : VIVIANE FERNANDEZ PRUDENCIO DE CAMPOS LOBO AGDO.(A/S) : ELIETE GUIMARÃES ADV.(A/S) : RAMON JOAQUIM MATTOS INTDO.(A/S) : CELESC DISTRIBUICAO S/A ADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849293 Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2864103
2012-09-18T00:00:00
2012-10-03T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Responsabilidade do fornecedor. Indenização por dano moral. 3. Inclusão indevida em cadastro de inadimplentes. 4. Matéria infraconstitucional. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur215809
- Acórdãos citados: AI 225209 AgR, AI 786242 AgR, AI 798324 AgR. Número de páginas: 5. Análise: 10/10/2012, AMS.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
703183
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-009099 ANO-1995\r\n LJE-1995 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 703183 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : CÂMARA DE DIRIGENTES LOJISTAS DE FLORIANÓPOLIS ADV.(A/S) : VIVIANE FERNANDEZ PRUDENCIO DE CAMPOS LOBO AGDO.(A/S) : ELIETE GUIMARÃES ADV.(A/S) : RAMON JOAQUIM MATTOS INTDO.(A/S) : CELESC DISTRIBUICAO S/A ADV.(A/S) : LYCURGO LEITE NETO
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 607.562 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :JOSÉ ANTONIO DA SILVA ADV.(A/S) :JANDIRA VIEIRA DE BRITO SILVA E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :FUNDACAO DE APOSENTADORIAS E PENSOES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. UNIÃO HOMOAFETIVA. LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO COMO ENTIDADE FAMILIAR. DIREITO À PERCEPÇÃO DO BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE. RECONHECIMENTO. APLICAÇÃO DAS REGRAS E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS PARA A UNIÃO ESTÁVEL HETEROAFETIVA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DESTA CORTE. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. O preceito constante do art. 1.723 do Código Civil — “é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família” – não obsta que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser reconhecida como entidade familiar apta a merecer proteção estatal. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, proferiu esse entendimento no julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto, Sessão de 5.5.11, utilizando a técnica da interpretação conforme a Constituição do referido preceito do Código Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858525. Supremo Tribunal Federal DJe 03/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 18 Ementa e Acórdão RE 607.562 AGR / PE Civil, para excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família. Reconhecimento este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas consequências da união estável heteroafetiva. 2. Em recente pronunciamento, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar caso análogo ao presente, o RE n. 477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 26.08.11, em que se discutia o direito do companheiro, na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro, enfatizou que “ninguém, absolutamente ninguém, pode ser privado de direitos nem sofrer quaisquer restrições de ordem jurídica por motivo de sua orientação sexual. Os homossexuais, por tal razão, têm direito de receber a igual proteção tanto das leis quanto do sistema político- jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância, que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. (…) A família resultante da união homoafetiva não pode sofrer discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas, benefícios e obrigações que se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões heteroafetivas.” (Precedentes: RE n. 552.802, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 24.10.11; RE n. 643.229, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24.06.11; RE n. 437.100, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros). 3. Deveras, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido – como deseja o recorrente – quanto à existência de elementos caracterizadores da união estável, demandaria o reexame do contexto fático-probatório engendrado nos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática, verbis: para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858525. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE Civil, para excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família. Reconhecimento este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas consequências da união estável heteroafetiva. 2. Em recente pronunciamento, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar caso análogo ao presente, o RE n. 477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 26.08.11, em que se discutia o direito do companheiro, na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro, enfatizou que “ninguém, absolutamente ninguém, pode ser privado de direitos nem sofrer quaisquer restrições de ordem jurídica por motivo de sua orientação sexual. Os homossexuais, por tal razão, têm direito de receber a igual proteção tanto das leis quanto do sistema político- jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância, que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. (…) A família resultante da união homoafetiva não pode sofrer discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas, benefícios e obrigações que se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões heteroafetivas.” (Precedentes: RE n. 552.802, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 24.10.11; RE n. 643.229, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24.06.11; RE n. 437.100, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros). 3. Deveras, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido – como deseja o recorrente – quanto à existência de elementos caracterizadores da união estável, demandaria o reexame do contexto fático-probatório engendrado nos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática, verbis: para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858525. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 18 Ementa e Acórdão RE 607.562 AGR / PE 4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “EMENTA: ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. BENEFÍCIO DE PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. PRELIMINAR DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REJEITADA DIANTE DO INFORMATIVO Nº 0366, DO STJ. MÉRITO. RELAÇÃO HOMOAFETIVA. RECONHECIMENTO COMO BENEFÍCIO DE PENSÃO POS MORTEM. POSSIBILIDADE. REEXAME NECESSÁRIO IMPROVIDO, APELO VOLUNTÁRIO PREJUDICADO. DECISÃO UNÂNIME. 1 - Ineficácia da prejudicial de impossibilidade jurídica do pedido, união homoafetiva é reconhecida pelos Tribunais Pátrios, apesar de inexistir ordenamento legal. Possibilidade de ser concedido o benefício previdenciário nos casos de relação homoafetiva. Informativo de nº 0366, da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça reconhece a Possibilidade Jurídica do Pedido. 2 - Faz jus apelada a percepção do benefício de pensão por morte o autor logrou êxito em comprovar, efetivamente, sua vida em comum com o falecido segurado, como se more uxório, mantendo residência conjunta, partilhando despesas, além da aquisição de bens, tais como um imóvel que foi adquirido por ambos, e deixado ao autor. 3 - Pleito do apelado em conformidade com o Princípio Constitucional da Igualdade, da dignidade da pessoa humana e da promoção do bem de todos, sem preconceitos ou quaisquer outras formas de discriminação, previsto no inciso I, do Art. 5º da Carta Magna, posto que a união homoafetiva merece ser tratada como uniões heterossexuais. 4 - Incontestável direito do apelado à percepção de pensão por morte nos termos assegurados pela Constituição da República de 1988 e a própria IN/INSS nº 025/2000, vez que presentes os requisitos necessários ao gozo desse direito. 5 - Reexame necessário improvido, prejudicado o apelo voluntário para manter incólume a decisão recorrida. 6 – Decisão unânime.” 5. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858525. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE 4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “EMENTA: ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. BENEFÍCIO DE PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. PRELIMINAR DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REJEITADA DIANTE DO INFORMATIVO Nº 0366, DO STJ. MÉRITO. RELAÇÃO HOMOAFETIVA. RECONHECIMENTO COMO BENEFÍCIO DE PENSÃO POS MORTEM. POSSIBILIDADE. REEXAME NECESSÁRIO IMPROVIDO, APELO VOLUNTÁRIO PREJUDICADO. DECISÃO UNÂNIME. 1 - Ineficácia da prejudicial de impossibilidade jurídica do pedido, união homoafetiva é reconhecida pelos Tribunais Pátrios, apesar de inexistir ordenamento legal. Possibilidade de ser concedido o benefício previdenciário nos casos de relação homoafetiva. Informativo de nº 0366, da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça reconhece a Possibilidade Jurídica do Pedido. 2 - Faz jus apelada a percepção do benefício de pensão por morte o autor logrou êxito em comprovar, efetivamente, sua vida em comum com o falecido segurado, como se more uxório, mantendo residência conjunta, partilhando despesas, além da aquisição de bens, tais como um imóvel que foi adquirido por ambos, e deixado ao autor. 3 - Pleito do apelado em conformidade com o Princípio Constitucional da Igualdade, da dignidade da pessoa humana e da promoção do bem de todos, sem preconceitos ou quaisquer outras formas de discriminação, previsto no inciso I, do Art. 5º da Carta Magna, posto que a união homoafetiva merece ser tratada como uniões heterossexuais. 4 - Incontestável direito do apelado à percepção de pensão por morte nos termos assegurados pela Constituição da República de 1988 e a própria IN/INSS nº 025/2000, vez que presentes os requisitos necessários ao gozo desse direito. 5 - Reexame necessário improvido, prejudicado o apelo voluntário para manter incólume a decisão recorrida. 6 – Decisão unânime.” 5. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858525. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 18 Ementa e Acórdão RE 607.562 AGR / PE Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858525. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858525. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 18 Relatório 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 607.562 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :JOSÉ ANTONIO DA SILVA ADV.(A/S) :JANDIRA VIEIRA DE BRITO SILVA E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :FUNDACAO DE APOSENTADORIAS E PENSOES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pelo ESTADO DE PERNAMBUCO em face de decisão de minha lavra, assim ementada: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. UNIÃO HOMOAFETIVA. LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO COMO ENTIDADE FAMILIAR. DIREITO À PERCEPÇÃO DO BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE. RECONHECIMENTO. APLICAÇÃO DAS REGRAS E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS PARA A UNIÃO ESTÁVEL HETEROAFETIVA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DESTA CORTE. 1. O preceito constante do art. 1.723 do Código Civil — “é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família” – não obsta que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser reconhecida como entidade familiar apta a merecer proteção estatal. O Pleno Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858526. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 607.562 PERNAMBUCO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) :JOSÉ ANTONIO DA SILVA ADV.(A/S) :JANDIRA VIEIRA DE BRITO SILVA E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) :FUNDACAO DE APOSENTADORIAS E PENSOES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto pelo ESTADO DE PERNAMBUCO em face de decisão de minha lavra, assim ementada: “RECURSO EXTRAORDINÁRIO. UNIÃO HOMOAFETIVA. LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO COMO ENTIDADE FAMILIAR. DIREITO À PERCEPÇÃO DO BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE. RECONHECIMENTO. APLICAÇÃO DAS REGRAS E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS PARA A UNIÃO ESTÁVEL HETEROAFETIVA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DESTA CORTE. 1. O preceito constante do art. 1.723 do Código Civil — “é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família” – não obsta que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser reconhecida como entidade familiar apta a merecer proteção estatal. O Pleno Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858526. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 18 Relatório RE 607.562 AGR / PE do Supremo Tribunal Federal, proferiu esse entendimento no julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto, Sessão de 5.5.11, utilizando a técnica da interpretação conforme a Constituição do referido preceito do Código Civil, para excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família. Reconhecimento este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas conseqüências da união estável heteroafetiva. 2. O direito do companheiro, na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro restou decidida, a Segunda Turma desta Corte, enfatizou que “ninguém, absolutamente ninguém, pode ser privado de direitos nem sofrer quaisquer restrições de ordem jurídica por motivo de sua orientação sexual. Os homossexuais, por tal razão, têm direito de receber a igual proteção tanto das leis quanto do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância, que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. (…) A família resultante da união homoafetiva não pode sofrer discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas, benefícios e obrigações que se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões heteroafetivas” ( RE n. 477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma,DJe de 26.08.11). (Precedentes: RE n. 552.802, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 24.10.11; RE n. 643.229, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24.06.11; RE n. 437.100, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros). 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “EMENTA: ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. BENEFÍCIO DE PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. PRELIMINAR DE 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858526. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE do Supremo Tribunal Federal, proferiu esse entendimento no julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto, Sessão de 5.5.11, utilizando a técnica da interpretação conforme a Constituição do referido preceito do Código Civil, para excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família. Reconhecimento este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas conseqüências da união estável heteroafetiva. 2. O direito do companheiro, na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro restou decidida, a Segunda Turma desta Corte, enfatizou que “ninguém, absolutamente ninguém, pode ser privado de direitos nem sofrer quaisquer restrições de ordem jurídica por motivo de sua orientação sexual. Os homossexuais, por tal razão, têm direito de receber a igual proteção tanto das leis quanto do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância, que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. (…) A família resultante da união homoafetiva não pode sofrer discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas, benefícios e obrigações que se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões heteroafetivas” ( RE n. 477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, 2ª Turma,DJe de 26.08.11). (Precedentes: RE n. 552.802, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 24.10.11; RE n. 643.229, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24.06.11; RE n. 437.100, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros). 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: “EMENTA: ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. BENEFÍCIO DE PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. PRELIMINAR DE 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858526. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 18 Relatório RE 607.562 AGR / PE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REJEITADA DIANTE DO INFORMATIVO Nº 0366, DO STJ. MÉRITO. RELAÇÃO HOMOAFETIVA. RECONHECIMENTO COMO BENEFÍCIO DE PENSÃO POS MORTEM. POSSIBILIDADE. REEXAME NECESSÁRIO IMPROVIDO, APELO VOLUNTÁRIO PREJUDICADO. DECISÃO UNÂNIME. 1 - Ineficácia da prejudicial de impossibilidade jurídica do pedido, união homoafetiva é reconhecida pelos Tribunais Pátrios, apesar de inexistir ordenamento legal. Possibilidade de ser concedido o benefício previdenciário nos casos de relação homoafetiva. Informativo de nº 0366, da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça reconhece a Possibilidade Jurídica do Pedido. 2 - Faz jus apelada a percepção do benefício de pensão por morte o autor logrou êxito em comprovar, efetivamente, sua vida em comum com o falecido segurado, como se more uxório, mantendo residência conjunta, partilhando despesas, além da aquisição de bens, tais como um imóvel que foi adquirido por ambos, e deixado ao autor. 3 - Pleito do apelado em conformidade com o Princípio Constitucional da Igualdade, da dignidade da pessoa humana e da promoção do bem de todos, sem preconceitos ou quaisquer outras formas de discriminação, previsto no inciso I, do Art. 5º da Carta Magna, posto que a união homoafetiva merece ser tratada como uniões heterossexuais. 4 - Incontestável direito do apelado à percepção de pensão por morte nos termos assegurados pela Constituição da República de 1988 e a própria IN/INSS nº 025/2000, vez que presentes os requisitos necessários ao gozo desse direito. 5 - Reexame necessário improvido, prejudicado o apelo voluntário para manter incólume a decisão recorrida. 6 – Decisão unânime.” 4. Recurso extraordinário a que se nega seguimento. Em suas razões de agravar, o agravante sustenta, em síntese, que ”não houve a demonstração, e também a comprovação de que houve a efetiva convivência entre as duas pessoas, ainda que do mesmo sexo, e que esta convivência tenha sido pública, contínua e duradoura, além de 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858526. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REJEITADA DIANTE DO INFORMATIVO Nº 0366, DO STJ. MÉRITO. RELAÇÃO HOMOAFETIVA. RECONHECIMENTO COMO BENEFÍCIO DE PENSÃO POS MORTEM. POSSIBILIDADE. REEXAME NECESSÁRIO IMPROVIDO, APELO VOLUNTÁRIO PREJUDICADO. DECISÃO UNÂNIME. 1 - Ineficácia da prejudicial de impossibilidade jurídica do pedido, união homoafetiva é reconhecida pelos Tribunais Pátrios, apesar de inexistir ordenamento legal. Possibilidade de ser concedido o benefício previdenciário nos casos de relação homoafetiva. Informativo de nº 0366, da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça reconhece a Possibilidade Jurídica do Pedido. 2 - Faz jus apelada a percepção do benefício de pensão por morte o autor logrou êxito em comprovar, efetivamente, sua vida em comum com o falecido segurado, como se more uxório, mantendo residência conjunta, partilhando despesas, além da aquisição de bens, tais como um imóvel que foi adquirido por ambos, e deixado ao autor. 3 - Pleito do apelado em conformidade com o Princípio Constitucional da Igualdade, da dignidade da pessoa humana e da promoção do bem de todos, sem preconceitos ou quaisquer outras formas de discriminação, previsto no inciso I, do Art. 5º da Carta Magna, posto que a união homoafetiva merece ser tratada como uniões heterossexuais. 4 - Incontestável direito do apelado à percepção de pensão por morte nos termos assegurados pela Constituição da República de 1988 e a própria IN/INSS nº 025/2000, vez que presentes os requisitos necessários ao gozo desse direito. 5 - Reexame necessário improvido, prejudicado o apelo voluntário para manter incólume a decisão recorrida. 6 – Decisão unânime.” 4. Recurso extraordinário a que se nega seguimento. Em suas razões de agravar, o agravante sustenta, em síntese, que ”não houve a demonstração, e também a comprovação de que houve a efetiva convivência entre as duas pessoas, ainda que do mesmo sexo, e que esta convivência tenha sido pública, contínua e duradoura, além de 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858526. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 18 Relatório RE 607.562 AGR / PE estabelecida com o objetivo de constituição de família. Assim, ainda que se reconheça a possibilidade jurídica de união estável homoafetiva sem a devida positivação, é preciso que as duas pessoas do mesmo sexo comprovem todos os requisitos que também são exigidos de um homem e uma mulher para constituir uma união estável” (fl. 2e). Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o consequente provimento do recurso extraordinário. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858526. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE estabelecida com o objetivo de constituição de família. Assim, ainda que se reconheça a possibilidade jurídica de união estável homoafetiva sem a devida positivação, é preciso que as duas pessoas do mesmo sexo comprovem todos os requisitos que também são exigidos de um homem e uma mulher para constituir uma união estável” (fl. 2e). Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o consequente provimento do recurso extraordinário. É o relatório. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858526. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 18 Voto - MIN. LUIZ FUX 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 607.562 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Cuida-se de recurso extraordinário interposto por FUNAPE – FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO com fulcro no art. 102, III, ‘a’, da Constituição Federal de 1988, em face de v. acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, assim ementado: ‘EMENTA: ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. BENEFÍCIO DE PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. PRELIMINAR DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REJEITADA DIANTE DO INFORMATIVO Nº 0366, DO STJ. MÉRITO. RELAÇÃO HOMOAFETIVA. RECONHECIMENTO COMO BENEFÍCIO DE PENSÃO POS MORTEM. POSSIBILIDADE. REEXAME NECESSÁRIO IMPROVIDO, APELO VOLUNTÁRIO PREJUDICADO. DECISÃO UNÂNIME. 1 - Ineficácia da prejudicial de impossibilidade jurídica do pedido, união homoafetiva é reconhecida pelos Tribunais Pátrios, apesar de inexistir ordenamento legal. Possibilidade de ser concedido o benefício previdenciário nos casos de relação homoafetiva. Informativo de nº 0366, da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça reconhece a Possibilidade Jurídica do Pedido. 2 - Faz jus apelada a percepção do benefício de pensão por morte o autor logrou êxito em comprovar, efetivamente, sua Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 607.562 PERNAMBUCO V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao agravante. Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim consignados: “Cuida-se de recurso extraordinário interposto por FUNAPE – FUNDAÇÃO DE APOSENTADORIAS E PENSÕES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO com fulcro no art. 102, III, ‘a’, da Constituição Federal de 1988, em face de v. acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, assim ementado: ‘EMENTA: ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. BENEFÍCIO DE PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. PRELIMINAR DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REJEITADA DIANTE DO INFORMATIVO Nº 0366, DO STJ. MÉRITO. RELAÇÃO HOMOAFETIVA. RECONHECIMENTO COMO BENEFÍCIO DE PENSÃO POS MORTEM. POSSIBILIDADE. REEXAME NECESSÁRIO IMPROVIDO, APELO VOLUNTÁRIO PREJUDICADO. DECISÃO UNÂNIME. 1 - Ineficácia da prejudicial de impossibilidade jurídica do pedido, união homoafetiva é reconhecida pelos Tribunais Pátrios, apesar de inexistir ordenamento legal. Possibilidade de ser concedido o benefício previdenciário nos casos de relação homoafetiva. Informativo de nº 0366, da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça reconhece a Possibilidade Jurídica do Pedido. 2 - Faz jus apelada a percepção do benefício de pensão por morte o autor logrou êxito em comprovar, efetivamente, sua Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 18 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 607.562 AGR / PE vida em comum com o falecido segurado, como se more uxório, mantendo residência conjunta, partilhando despesas, além da aquisição de bens, tais como um imóvel que foi adquirido por ambos, e deixado ao autor. 3 - Pleito do apelado em conformidade com o Princípio Constitucional da Igualdade, da dignidade da pessoa humana e da promoção do bem de todos, sem preconceitos ou quaisquer outras formas de discriminação, previsto no inciso I, do Art. 5º da Carta Magna, posto que a união homoafetiva merece ser tratada como uniões heterossexuais. 4 - Incontestável direito do apelado à percepção de pensão por morte nos termos assegurados pela Constituição da República de 1988 e a própria IN/INSS nº 025/2000, vez que presentes os requisitos necessários ao gozo desse direito. 5 - Reexame necessário improvido, prejudicado o apelo voluntário para manter incólume a decisão recorrida. 6 – Decisão unânime.’ Opostos embargos de declaração, estes foram rejeitados (fls. 10/15e). Em suas razões recursais, o recorrente sustenta, em síntese, que ‘ante a ausência de norma a estabelecer que decorrente de união homo-afetiva seria cabível a concessão de pensão por morte, sendo a atividade administrativa vinculada, restou violado, além do princípio da legalidade (art. 37, CF), o princípio da isonomia (art. 5º, CF), posto não se poder estender para quem não se enquadra sob determinada norma, a regra eventualmente estabelecida para regular determinada vantagem ou benefício’ (fl. 178e). Foram apresentadas contrarrazões ao recurso extraordinário (fls. 185e). É o relatório. DECIDO. Não assiste razão à recorrente. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE vida em comum com o falecido segurado, como se more uxório, mantendo residência conjunta, partilhando despesas, além da aquisição de bens, tais como um imóvel que foi adquirido por ambos, e deixado ao autor. 3 - Pleito do apelado em conformidade com o Princípio Constitucional da Igualdade, da dignidade da pessoa humana e da promoção do bem de todos, sem preconceitos ou quaisquer outras formas de discriminação, previsto no inciso I, do Art. 5º da Carta Magna, posto que a união homoafetiva merece ser tratada como uniões heterossexuais. 4 - Incontestável direito do apelado à percepção de pensão por morte nos termos assegurados pela Constituição da República de 1988 e a própria IN/INSS nº 025/2000, vez que presentes os requisitos necessários ao gozo desse direito. 5 - Reexame necessário improvido, prejudicado o apelo voluntário para manter incólume a decisão recorrida. 6 – Decisão unânime.’ Opostos embargos de declaração, estes foram rejeitados (fls. 10/15e). Em suas razões recursais, o recorrente sustenta, em síntese, que ‘ante a ausência de norma a estabelecer que decorrente de união homo-afetiva seria cabível a concessão de pensão por morte, sendo a atividade administrativa vinculada, restou violado, além do princípio da legalidade (art. 37, CF), o princípio da isonomia (art. 5º, CF), posto não se poder estender para quem não se enquadra sob determinada norma, a regra eventualmente estabelecida para regular determinada vantagem ou benefício’ (fl. 178e). Foram apresentadas contrarrazões ao recurso extraordinário (fls. 185e). É o relatório. DECIDO. Não assiste razão à recorrente. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 18 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 607.562 AGR / PE ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto, Sessão de 5.5.11, fixou que o preceito constante do art. 1.723 do Código Civil — ‘é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família’ – não obsta que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser reconhecida como entidade familiar apta a merecer proteção estatal. Neste julgamento, deu-se interpretação conforme a Constituição ao art. 1.723 do CC, para excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família. Reconhecimento este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas consequências da união estável heteroafetiva. O citado aresto, restou assim ementado, verbis: ‘EMENTA: 1. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF). PERDA PARCIAL DE OBJETO. RECEBIMENTO, NA PARTE REMANESCENTE, COMO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. UNIÃO HOMOAFETIVA E SEU RECONHECIMENTO COMO INSTITUTO JURÍDICO. CONVERGÊNCIA DE OBJETOS ENTRE AÇÕES DE NATUREZA ABSTRATA. JULGAMENTO CONJUNTO. Encampação dos fundamentos da ADPF nº 132-RJ pela ADI nº 4.277-DF, com a finalidade de conferir ‘interpretação conforme à Constituição’ ao art. 1.723 do Código Civil. Atendimento das condições da ação. 2. PROIBIÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO DAS PESSOAS EM RAZÃO DO SEXO, SEJA NO PLANO DA DICOTOMIA HOMEM/MULHER (GÊNERO), SEJA NO PLANO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL DE CADA QUAL DELES. A PROIBIÇÃO DO PRECONCEITO COMO CAPÍTULO DO CONSTITUCIONALISMO FRATERNAL. HOMENAGEM AO PLURALISMO COMO VALOR SÓCIO-POLÍTICO- 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto, Sessão de 5.5.11, fixou que o preceito constante do art. 1.723 do Código Civil — ‘é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família’ – não obsta que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser reconhecida como entidade familiar apta a merecer proteção estatal. Neste julgamento, deu-se interpretação conforme a Constituição ao art. 1.723 do CC, para excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família. Reconhecimento este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas consequências da união estável heteroafetiva. O citado aresto, restou assim ementado, verbis: ‘EMENTA: 1. ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL (ADPF). PERDA PARCIAL DE OBJETO. RECEBIMENTO, NA PARTE REMANESCENTE, COMO AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. UNIÃO HOMOAFETIVA E SEU RECONHECIMENTO COMO INSTITUTO JURÍDICO. CONVERGÊNCIA DE OBJETOS ENTRE AÇÕES DE NATUREZA ABSTRATA. JULGAMENTO CONJUNTO. Encampação dos fundamentos da ADPF nº 132-RJ pela ADI nº 4.277-DF, com a finalidade de conferir ‘interpretação conforme à Constituição’ ao art. 1.723 do Código Civil. Atendimento das condições da ação. 2. PROIBIÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO DAS PESSOAS EM RAZÃO DO SEXO, SEJA NO PLANO DA DICOTOMIA HOMEM/MULHER (GÊNERO), SEJA NO PLANO DA ORIENTAÇÃO SEXUAL DE CADA QUAL DELES. A PROIBIÇÃO DO PRECONCEITO COMO CAPÍTULO DO CONSTITUCIONALISMO FRATERNAL. HOMENAGEM AO PLURALISMO COMO VALOR SÓCIO-POLÍTICO- 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 18 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 607.562 AGR / PE CULTURAL. LIBERDADE PARA DISPOR DA PRÓPRIA SEXUALIDADE, INSERIDA NA CATEGORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO INDIVÍDUO, EXPRESSÃO QUE É DA AUTONOMIA DE VONTADE. DIREITO À INTIMIDADE E À VIDA PRIVADA. CLÁUSULA PÉTREA. O sexo das pessoas, salvo disposição constitucional expressa ou implícita em sentido contrário, não se presta como fator de desigualação jurídica. Proibição de preconceito, à luz do inciso IV do art. 3º da Constituição Federal, por colidir frontalmente com o objetivo constitucional de ‘promover o bem de todos’. Silêncio normativo da Carta Magna a respeito do concreto uso do sexo dos indivíduos como saque da kelseniana ‘norma geral negativa’, segundo a qual ‘o que não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido’. Reconhecimento do direito à preferência sexual como direta emanação do princípio da ‘dignidade da pessoa humana’: direito a auto-estima no mais elevado ponto da consciência do indivíduo. Direito à busca da felicidade. Salto normativo da proibição do preconceito para a proclamação do direito à liberdade sexual. O concreto uso da sexualidade faz parte da autonomia da vontade das pessoas naturais. Empírico uso da sexualidade nos planos da intimidade e da privacidade constitucionalmente tuteladas. Autonomia da vontade. Cláusula pétrea. 3. TRATAMENTO CONSTITUCIONAL DA INSTITUIÇÃO DA FAMÍLIA. RECONHECIMENTO DE QUE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL NÃO EMPRESTA AO SUBSTANTIVO “FAMÍLIA” NENHUM SIGNIFICADO ORTODOXO OU DA PRÓPRIA TÉCNICA JURÍDICA. A FAMÍLIA COMO CATEGORIA SÓCIO-CULTURAL E PRINCÍPIO ESPIRITUAL. DIREITO SUBJETIVO DE CONSTITUIR FAMÍLIA. INTERPRETAÇÃO NÃO- REDUCIONISTA. O caput do art. 226 confere à família, base da sociedade, especial proteção do Estado. Ênfase constitucional à instituição da família. Família em seu coloquial ou proverbial significado de núcleo doméstico, pouco importando se formal 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE CULTURAL. LIBERDADE PARA DISPOR DA PRÓPRIA SEXUALIDADE, INSERIDA NA CATEGORIA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DO INDIVÍDUO, EXPRESSÃO QUE É DA AUTONOMIA DE VONTADE. DIREITO À INTIMIDADE E À VIDA PRIVADA. CLÁUSULA PÉTREA. O sexo das pessoas, salvo disposição constitucional expressa ou implícita em sentido contrário, não se presta como fator de desigualação jurídica. Proibição de preconceito, à luz do inciso IV do art. 3º da Constituição Federal, por colidir frontalmente com o objetivo constitucional de ‘promover o bem de todos’. Silêncio normativo da Carta Magna a respeito do concreto uso do sexo dos indivíduos como saque da kelseniana ‘norma geral negativa’, segundo a qual ‘o que não estiver juridicamente proibido, ou obrigado, está juridicamente permitido’. Reconhecimento do direito à preferência sexual como direta emanação do princípio da ‘dignidade da pessoa humana’: direito a auto-estima no mais elevado ponto da consciência do indivíduo. Direito à busca da felicidade. Salto normativo da proibição do preconceito para a proclamação do direito à liberdade sexual. O concreto uso da sexualidade faz parte da autonomia da vontade das pessoas naturais. Empírico uso da sexualidade nos planos da intimidade e da privacidade constitucionalmente tuteladas. Autonomia da vontade. Cláusula pétrea. 3. TRATAMENTO CONSTITUCIONAL DA INSTITUIÇÃO DA FAMÍLIA. RECONHECIMENTO DE QUE A CONSTITUIÇÃO FEDERAL NÃO EMPRESTA AO SUBSTANTIVO “FAMÍLIA” NENHUM SIGNIFICADO ORTODOXO OU DA PRÓPRIA TÉCNICA JURÍDICA. A FAMÍLIA COMO CATEGORIA SÓCIO-CULTURAL E PRINCÍPIO ESPIRITUAL. DIREITO SUBJETIVO DE CONSTITUIR FAMÍLIA. INTERPRETAÇÃO NÃO- REDUCIONISTA. O caput do art. 226 confere à família, base da sociedade, especial proteção do Estado. Ênfase constitucional à instituição da família. Família em seu coloquial ou proverbial significado de núcleo doméstico, pouco importando se formal 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 18 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 607.562 AGR / PE ou informalmente constituída, ou se integrada por casais heteroafetivos ou por pares homoafetivos. A Constituição de 1988, ao utilizar-se da expressão ‘família’, não limita sua formação a casais heteroafetivos nem a formalidade cartorária, celebração civil ou liturgia religiosa. Família como instituição privada que, voluntariamente constituída entre pessoas adultas, mantém com o Estado e a sociedade civil uma necessária relação tricotômica. Núcleo familiar que é o principal lócus institucional de concreção dos direitos fundamentais que a própria Constituição designa por ‘intimidade e vida privada’ (inciso X do art. 5º). Isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos que somente ganha plenitude de sentido se desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma autonomizada família. Família como figura central ou continente, de que tudo o mais é conteúdo. Imperiosidade da interpretação não-reducionista do conceito de família como instituição que também se forma por vias distintas do casamento civil. Avanço da Constituição Federal de 1988 no plano dos costumes. Caminhada na direção do pluralismo como categoria sócio-político-cultural. Competência do Supremo Tribunal Federal para manter, interpretativamente, o Texto Magno na posse do seu fundamental atributo da coerência, o que passa pela eliminação de preconceito quanto à orientação sexual das pessoas. 4. UNIÃO ESTÁVEL. NORMAÇÃO CONSTITUCIONAL REFERIDA A HOMEM E MULHER, MAS APENAS PARA ESPECIAL PROTEÇÃO DESTA ÚLTIMA. FOCADO PROPÓSITO CONSTITUCIONAL DE ESTABELECER RELAÇÕES JURÍDICAS HORIZONTAIS OU SEM HIERARQUIA ENTRE AS DUAS TIPOLOGIAS DO GÊNERO HUMANO. IDENTIDADE CONSTITUCIONAL DOS CONCEITOS DE ‘ENTIDADE FAMILIAR’ E ‘FAMÍLIA’. A referência constitucional à dualidade básica homem/mulher, no §3º do seu art. 226, deve-se ao centrado intuito de não se perder a menor oportunidade para favorecer relações jurídicas horizontais ou sem hierarquia no âmbito das sociedades 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE ou informalmente constituída, ou se integrada por casais heteroafetivos ou por pares homoafetivos. A Constituição de 1988, ao utilizar-se da expressão ‘família’, não limita sua formação a casais heteroafetivos nem a formalidade cartorária, celebração civil ou liturgia religiosa. Família como instituição privada que, voluntariamente constituída entre pessoas adultas, mantém com o Estado e a sociedade civil uma necessária relação tricotômica. Núcleo familiar que é o principal lócus institucional de concreção dos direitos fundamentais que a própria Constituição designa por ‘intimidade e vida privada’ (inciso X do art. 5º). Isonomia entre casais heteroafetivos e pares homoafetivos que somente ganha plenitude de sentido se desembocar no igual direito subjetivo à formação de uma autonomizada família. Família como figura central ou continente, de que tudo o mais é conteúdo. Imperiosidade da interpretação não-reducionista do conceito de família como instituição que também se forma por vias distintas do casamento civil. Avanço da Constituição Federal de 1988 no plano dos costumes. Caminhada na direção do pluralismo como categoria sócio-político-cultural. Competência do Supremo Tribunal Federal para manter, interpretativamente, o Texto Magno na posse do seu fundamental atributo da coerência, o que passa pela eliminação de preconceito quanto à orientação sexual das pessoas. 4. UNIÃO ESTÁVEL. NORMAÇÃO CONSTITUCIONAL REFERIDA A HOMEM E MULHER, MAS APENAS PARA ESPECIAL PROTEÇÃO DESTA ÚLTIMA. FOCADO PROPÓSITO CONSTITUCIONAL DE ESTABELECER RELAÇÕES JURÍDICAS HORIZONTAIS OU SEM HIERARQUIA ENTRE AS DUAS TIPOLOGIAS DO GÊNERO HUMANO. IDENTIDADE CONSTITUCIONAL DOS CONCEITOS DE ‘ENTIDADE FAMILIAR’ E ‘FAMÍLIA’. A referência constitucional à dualidade básica homem/mulher, no §3º do seu art. 226, deve-se ao centrado intuito de não se perder a menor oportunidade para favorecer relações jurídicas horizontais ou sem hierarquia no âmbito das sociedades 5 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 18 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 607.562 AGR / PE domésticas. Reforço normativo a um mais eficiente combate à renitência patriarcal dos costumes brasileiros. Impossibilidade de uso da letra da Constituição para ressuscitar o art. 175 da Carta de 1967/1969. Não há como fazer rolar a cabeça do art. 226 no patíbulo do seu parágrafo terceiro. Dispositivo que, ao utilizar da terminologia “entidade familiar”, não pretendeu diferenciá-la da “família”. Inexistência de hierarquia ou diferença de qualidade jurídica entre as duas formas de constituição de um novo e autonomizado núcleo doméstico. Emprego do fraseado “entidade familiar” como sinônimo perfeito de família. A Constituição não interdita a formação de família por pessoas do mesmo sexo. Consagração do juízo de que não se proíbe nada a ninguém senão em face de um direito ou de proteção de um legítimo interesse de outrem, ou de toda a sociedade, o que não se dá na hipótese sub judice. Inexistência do direito dos indivíduos heteroafetivos à sua não-equiparação jurídica com os indivíduos homoafetivos. Aplicabilidade do §2º do art. 5º da Constituição Federal, a evidenciar que outros direitos e garantias, não expressamente listados na Constituição, emergem ‘do regime e dos princípios por ela adotados’, verbis: ‘Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte’. 5. DIVERGÊNCIAS LATERAIS QUANTO À FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO. Anotação de que os Ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cezar Peluso convergiram no particular entendimento da impossibilidade de ortodoxo enquadramento da união homoafetiva nas espécies de família constitucionalmente estabelecidas. Sem embargo, reconheceram a união entre parceiros do mesmo sexo como uma nova forma de entidade familiar. Matéria aberta à conformação legislativa, sem prejuízo do reconhecimento da imediata auto-aplicabilidade da Constituição. 6. INTERPRETAÇÃO DO ART. 1.723 DO CÓDIGO CIVIL 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE domésticas. Reforço normativo a um mais eficiente combate à renitência patriarcal dos costumes brasileiros. Impossibilidade de uso da letra da Constituição para ressuscitar o art. 175 da Carta de 1967/1969. Não há como fazer rolar a cabeça do art. 226 no patíbulo do seu parágrafo terceiro. Dispositivo que, ao utilizar da terminologia “entidade familiar”, não pretendeu diferenciá-la da “família”. Inexistência de hierarquia ou diferença de qualidade jurídica entre as duas formas de constituição de um novo e autonomizado núcleo doméstico. Emprego do fraseado “entidade familiar” como sinônimo perfeito de família. A Constituição não interdita a formação de família por pessoas do mesmo sexo. Consagração do juízo de que não se proíbe nada a ninguém senão em face de um direito ou de proteção de um legítimo interesse de outrem, ou de toda a sociedade, o que não se dá na hipótese sub judice. Inexistência do direito dos indivíduos heteroafetivos à sua não-equiparação jurídica com os indivíduos homoafetivos. Aplicabilidade do §2º do art. 5º da Constituição Federal, a evidenciar que outros direitos e garantias, não expressamente listados na Constituição, emergem ‘do regime e dos princípios por ela adotados’, verbis: ‘Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte’. 5. DIVERGÊNCIAS LATERAIS QUANTO À FUNDAMENTAÇÃO DO ACÓRDÃO. Anotação de que os Ministros Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes e Cezar Peluso convergiram no particular entendimento da impossibilidade de ortodoxo enquadramento da união homoafetiva nas espécies de família constitucionalmente estabelecidas. Sem embargo, reconheceram a união entre parceiros do mesmo sexo como uma nova forma de entidade familiar. Matéria aberta à conformação legislativa, sem prejuízo do reconhecimento da imediata auto-aplicabilidade da Constituição. 6. INTERPRETAÇÃO DO ART. 1.723 DO CÓDIGO CIVIL 6 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 18 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 607.562 AGR / PE EM CONFORMIDADE COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL (TÉCNICA DA ‘INTERPRETAÇÃO CONFORME’). RECONHECIMENTO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO FAMÍLIA. PROCEDÊNCIA DAS AÇÕES. Ante a possibilidade de interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do Código Civil, não resolúvel à luz dele próprio, faz-se necessária a utilização da técnica de ‘interpretação conforme à Constituição’. Isso para excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva.’ Em recente pronunciamento, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar caso análogo ao presente, o RE n. 477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 26.08.11, em que se discutia o direito do companheiro, na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro, enfatizou que “ninguém, absolutamente ninguém, pode ser privado de direitos nem sofrer quaisquer restrições de ordem jurídica por motivo de sua orientação sexual. Os homossexuais, por tal razão, têm direito de receber a igual proteção tanto das leis quanto do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância, que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. (…) A família resultante da união homoafetiva não pode sofrer discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas, benefícios e obrigações que se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões heteroafetivas”. Ainda nesse sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE n. 552.802, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 24.10.11; RE n. 643.229, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE EM CONFORMIDADE COM A CONSTITUIÇÃO FEDERAL (TÉCNICA DA ‘INTERPRETAÇÃO CONFORME’). RECONHECIMENTO DA UNIÃO HOMOAFETIVA COMO FAMÍLIA. PROCEDÊNCIA DAS AÇÕES. Ante a possibilidade de interpretação em sentido preconceituoso ou discriminatório do art. 1.723 do Código Civil, não resolúvel à luz dele próprio, faz-se necessária a utilização da técnica de ‘interpretação conforme à Constituição’. Isso para excluir do dispositivo em causa qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como família. Reconhecimento que é de ser feito segundo as mesmas regras e com as mesmas consequências da união estável heteroafetiva.’ Em recente pronunciamento, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar caso análogo ao presente, o RE n. 477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 26.08.11, em que se discutia o direito do companheiro, na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro, enfatizou que “ninguém, absolutamente ninguém, pode ser privado de direitos nem sofrer quaisquer restrições de ordem jurídica por motivo de sua orientação sexual. Os homossexuais, por tal razão, têm direito de receber a igual proteção tanto das leis quanto do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância, que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. (…) A família resultante da união homoafetiva não pode sofrer discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas, benefícios e obrigações que se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões heteroafetivas”. Ainda nesse sentido, as seguintes decisões monocráticas: RE n. 552.802, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 24.10.11; RE n. 643.229, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 7 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 18 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 607.562 AGR / PE 15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24.06.11; RE n. 437.100, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros. Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.” Cabe ainda enfatizar que, in casu, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido – como deseja o agravante – quanto à existência de elementos caracterizadores da união estável, demandaria o reexame do contexto fático-probatório engendrado nos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática, verbis: para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o comentário do ilustre professor Roberto Rosas, in Direito Sumular, 14ª edição, Editora Malheiros, verbis: ‘279. Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175). Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE 15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24.06.11; RE n. 437.100, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros. Ex positis, NEGO SEGUIMENTO ao recurso extraordinário, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.” Cabe ainda enfatizar que, in casu, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido – como deseja o agravante – quanto à existência de elementos caracterizadores da união estável, demandaria o reexame do contexto fático-probatório engendrado nos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática, verbis: para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o comentário do ilustre professor Roberto Rosas, in Direito Sumular, 14ª edição, Editora Malheiros, verbis: ‘279. Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual, 2a ed., v. I/175). Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos mesmos fatos outra 8 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 18 Voto - MIN. LUIZ FUX RE 607.562 AGR / PE configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666). A Súmula 279 é peremptória: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Supremo Tribunal Federal RE 607.562 AGR / PE configuração, quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666). A Súmula 279 é peremptória: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário”. Não se vislumbraria a existência da questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2ª ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383). Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar, resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada, razão pela qual a mesma deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Ex positis, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 9 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858527. Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 18 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 607.562 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : JOSÉ ANTONIO DA SILVA ADV.(A/S) : JANDIRA VIEIRA DE BRITO SILVA E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : FUNDACAO DE APOSENTADORIAS E PENSOES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848611 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 607.562 PROCED. : PERNAMBUCO RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : JOSÉ ANTONIO DA SILVA ADV.(A/S) : JANDIRA VIEIRA DE BRITO SILVA E OUTRO(A/S) INTDO.(A/S) : FUNDACAO DE APOSENTADORIAS E PENSOES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de Almeida. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2848611 Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 18
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2864514
2012-09-18T00:00:00
2012-10-03T00:00:00
A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 18.9.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. UNIÃO HOMOAFETIVA. LEGITIMIDADE CONSTITUCIONAL DO RECONHECIMENTO E QUALIFICAÇÃO DA UNIÃO CIVIL ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO COMO ENTIDADE FAMILIAR. DIREITO À PERCEPÇÃO DO BENEFÍCIO DA PENSÃO POR MORTE. RECONHECIMENTO. APLICAÇÃO DAS REGRAS E CONSEQUÊNCIAS JURÍDICAS VÁLIDAS PARA A UNIÃO ESTÁVEL HETEROAFETIVA. ACÓRDÃO RECORRIDO EM CONSONÂNCIA COM O ENTENDIMENTO DO PLENÁRIO DESTA CORTE. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. O preceito constante do art. 1.723 do Código Civil — “é reconhecida como entidade familiar a união estável entre o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família” – não obsta que a união de pessoas do mesmo sexo possa ser reconhecida como entidade familiar apta a merecer proteção estatal. O Pleno do Supremo Tribunal Federal, proferiu esse entendimento no julgamento da ADI 4.277 e da ADPF 132, ambas da Relatoria do Ministro Ayres Britto, Sessão de 5.5.11, utilizando a técnica da interpretação conforme a Constituição do referido preceito do Código Civil, para excluir qualquer significado que impeça o reconhecimento da união contínua, pública e duradoura entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, entendida esta como sinônimo perfeito de família. Reconhecimento este, que deve ser feito segundo as mesmas regras e com idênticas consequências da união estável heteroafetiva. 2. Em recente pronunciamento, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar caso análogo ao presente, o RE n. 477.554-AgR, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de 26.08.11, em que se discutia o direito do companheiro, na união estável homoafetiva, à percepção do benefício da pensão por morte de seu parceiro, enfatizou que “ninguém, absolutamente ninguém, pode ser privado de direitos nem sofrer quaisquer restrições de ordem jurídica por motivo de sua orientação sexual. Os homossexuais, por tal razão, têm direito de receber a igual proteção tanto das leis quanto do sistema político-jurídico instituído pela Constituição da República, mostrando-se arbitrário e inaceitável qualquer estatuto que puna, que exclua, que discrimine, que fomente a intolerância, que estimule o desrespeito e que desiguale as pessoas em razão de sua orientação sexual. (…) A família resultante da união homoafetiva não pode sofrer discriminação, cabendo-lhe os mesmos direitos, prerrogativas, benefícios e obrigações que se mostrem acessíveis a parceiros de sexo distinto que integrem uniões heteroafetivas.” (Precedentes: RE n. 552.802, Relator o Ministro Dias Toffoli, DJe de 24.10.11; RE n. 643.229, Relator o Ministro Luiz Fux, DJe de 08.09.11; RE n. 607.182, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 15.08.11; RE n. 590.989, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 24.06.11; RE n. 437.100, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de 26.05.11, entre outros). 3. Deveras, entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido – como deseja o recorrente – quanto à existência de elementos caracterizadores da união estável, demandaria o reexame do contexto fático-probatório engendrado nos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática, verbis: para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário. 4. In casu, o acórdão originariamente recorrido assentou: “EMENTA: ADMINISTRATIVO. CONSTITUCIONAL. PREVIDENCIÁRIO. AÇÃO DECLARATÓRIA. BENEFÍCIO DE PENSÃO PREVIDENCIÁRIA. PRELIMINAR DE IMPOSSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. REJEITADA DIANTE DO INFORMATIVO Nº 0366, DO STJ. MÉRITO. RELAÇÃO HOMOAFETIVA. RECONHECIMENTO COMO BENEFÍCIO DE PENSÃO POS MORTEM. POSSIBILIDADE. REEXAME NECESSÁRIO IMPROVIDO, APELO VOLUNTÁRIO PREJUDICADO. DECISÃO UNÂNIME. 1 - Ineficácia da prejudicial de impossibilidade jurídica do pedido, união homoafetiva é reconhecida pelos Tribunais Pátrios, apesar de inexistir ordenamento legal. Possibilidade de ser concedido o benefício previdenciário nos casos de relação homoafetiva. Informativo de nº 0366, da Quarta Turma do Superior Tribunal de Justiça reconhece a Possibilidade Jurídica do Pedido. 2 - Faz jus apelada a percepção do benefício de pensão por morte o autor logrou êxito em comprovar, efetivamente, sua vida em comum com o falecido segurado, como se more uxório, mantendo residência conjunta, partilhando despesas, além da aquisição de bens, tais como um imóvel que foi adquirido por ambos, e deixado ao autor. 3 - Pleito do apelado em conformidade com o Princípio Constitucional da Igualdade, da dignidade da pessoa humana e da promoção do bem de todos, sem preconceitos ou quaisquer outras formas de discriminação, previsto no inciso I, do Art. 5º da Carta Magna, posto que a união homoafetiva merece ser tratada como uniões heterossexuais. 4 - Incontestável direito do apelado à percepção de pensão por morte nos termos assegurados pela Constituição da República de 1988 e a própria IN/INSS nº 025/2000, vez que presentes os requisitos necessários ao gozo desse direito. 5 - Reexame necessário improvido, prejudicado o apelo voluntário para manter incólume a decisão recorrida. 6 – Decisão unânime.” 5. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur215798
- Acórdãos citados: ADI 4277 - Tribunal Pleno, ADPF 132 - Tribunal Pleno, RE 477554 AgR. - Decisões monocráticas citadas: RE 437100, RE 552802, RE 590989, RE 607182, RE 643229. Número de páginas: 18. Análise: 11/10/2012, LLD.
LUIZ FUX
Primeira Turma
607562
[ "LEG-FED LEI-010406 ANO-2002\r\n ART-01723 \r\n CC-2002 CÓDIGO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
RE-AgR
acordaos
RE 607562 AgR
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INTDO.(A/S) : FUNDACAO DE APOSENTADORIAS E PENSOES DOS SERVIDORES DO ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO AGDO.(A/S) : JOSÉ ANTONIO DA SILVA ADV.(A/S) : JANDIRA VIEIRA DE BRITO SILVA E OUTRO(A/S) AGTE.(S) : ESTADO DE PERNAMBUCO PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.868 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :DIOGO DEBACCO PERINI IMPTE.(S) :WERNER CANTALÍCIO JOÃO BECKER E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :RELATORA DO RESP Nº 1164202 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA HABEAS CORPUS. LIBERDADE PROVISÓRIA NO CRIME DE TRÁFICO DE DROGAS. PRESSUPOSTOS E FUNDAMENTOS DA PRISÃO PREVENTIVA. RISCO À ORDEM PÚBLICA NÃO CARACTERIZADO. 1. O Plenário desta Corte, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339, decidiu pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à concessão de liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas, invalidando parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei nº 11.343/2006. O precedente não obstaculiza a prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de drogas, mas a condiciona à presença dos pressupostos e fundamentos da prisão preventiva do art. 312 do Código de Processo Penal. 2. Não sendo expressiva a quantidade de droga apreendida e ausentes outros elementos que indiquem o envolvimento significativo do paciente no tráfico de drogas, não se justifica a decretação ou a manutenção da prisão cautelar por risco à ordem pública. 3. Habeas corpus concedido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991246. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9 Ementa e Acórdão HC 104.868 / RS julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em conceder a ordem, nos termos do voto da relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991246. Supremo Tribunal Federal HC 104.868 / RS julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em conceder a ordem, nos termos do voto da relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra Rosa Weber Relatora 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991246. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.868 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :DIOGO DEBACCO PERINI IMPTE.(S) :WERNER CANTALÍCIO JOÃO BECKER E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :RELATORA DO RESP Nº 1164202 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas corpus impetrado por Werner Cantalício e outros em favor de Diogo Debacco Perini contra decisão monocrática da Ministra Laurita Vaz no RESP 1.164.202-RS em trâmite no Superior Tribunal de Justiça. O paciente foi preso em flagrante em 14.11.2008. Em síntese, investigado por tráfico de drogas, em busca e apreensão realizada em sua residência foram encontrados sete comprimidos de ecstasy, uma cápsula de MD e seis selos com LSD. A prisão deu origem à ação penal 027/2.08.0017307-4, em trâmite na 1ª Vara Criminal da Justiça Estadual de Santa Maria/RS. Requereu a concessão de liberdade provisória, o que foi denegado. Foi colocado em liberdade em julgamento de habeas corpus pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Contra a concessão, foi interposto pelo Ministério Público o Recurso Especial n.º 1.164.202/RS que foi provido por decisão monocrática da Ministra Laurita Vaz do Superior Tribunal de Justiça. No presente habeas corpus, alega a invalidade do julgamento do especial por mera decisão monocrática, a invalidade da proibição genérica de concessão de liberdade provisória ao preso em flagrante por crime de tráfico de drogas, e a ausência dos fundamentos autorizadores da prisão preventiva. A liminar foi deferida por decisão monocrática do eminente Ministro Cezar Peluso (fls. 105-107). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991247. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.868 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) :DIOGO DEBACCO PERINI IMPTE.(S) :WERNER CANTALÍCIO JOÃO BECKER E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) :RELATORA DO RESP Nº 1164202 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA RELATÓRIO A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas corpus impetrado por Werner Cantalício e outros em favor de Diogo Debacco Perini contra decisão monocrática da Ministra Laurita Vaz no RESP 1.164.202-RS em trâmite no Superior Tribunal de Justiça. O paciente foi preso em flagrante em 14.11.2008. Em síntese, investigado por tráfico de drogas, em busca e apreensão realizada em sua residência foram encontrados sete comprimidos de ecstasy, uma cápsula de MD e seis selos com LSD. A prisão deu origem à ação penal 027/2.08.0017307-4, em trâmite na 1ª Vara Criminal da Justiça Estadual de Santa Maria/RS. Requereu a concessão de liberdade provisória, o que foi denegado. Foi colocado em liberdade em julgamento de habeas corpus pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Contra a concessão, foi interposto pelo Ministério Público o Recurso Especial n.º 1.164.202/RS que foi provido por decisão monocrática da Ministra Laurita Vaz do Superior Tribunal de Justiça. No presente habeas corpus, alega a invalidade do julgamento do especial por mera decisão monocrática, a invalidade da proibição genérica de concessão de liberdade provisória ao preso em flagrante por crime de tráfico de drogas, e a ausência dos fundamentos autorizadores da prisão preventiva. A liminar foi deferida por decisão monocrática do eminente Ministro Cezar Peluso (fls. 105-107). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991247. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9 Relatório HC 104.868 / RS Foram prestadas informações pelo magistrado de primeiro grau de jurisdição. O Ministério Público Federal exarou parecer pela denegação da ordem (fls. 136-143). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991247. Supremo Tribunal Federal HC 104.868 / RS Foram prestadas informações pelo magistrado de primeiro grau de jurisdição. O Ministério Público Federal exarou parecer pela denegação da ordem (fls. 136-143). É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991247. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.868 RIO GRANDE DO SUL VOTO A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): O processo envolve a possibilidade de concessão de liberdade provisória ao investigado ou ao acusado por crime de tráfico de drogas preso em flagrante delito. Foram apreendidos, na residência do paciente, sete comprimidos de ecstasy, uma cápsula de MD e seis selos com LSD. O paciente, ouvido após a prisão em flagrante, admitiu que a droga seria de sua propriedade, mas afirmou sua condição de consumidor, e não traficante. O magistrado de primeiro grau indeferiu o pedido de liberdade provisória, afirmando existirem indícios de traficância e risco à ordem pública. Transcrevo: "A apreensão de seis selos de LSD, uma cápsula de MD e sete comprimidos de ecstasy, não foi ocasional! Decorreu de quatro meses de investigação policial, deflagrada a partir de informações repassadas pela Polícia Civil de Cruz Alta - RS, as quais apontavam o acusado como traficante desta espécie de substância. Tratam-se de drogas sintéticas, com alta capacidade de inserção social, sendo notório o pânico vivido por famílias que temem a possibilidade de que seus filhos venham a se envolver com elas, principalmente porque têm tido grande circulação e aceitação entre jovens e universitários, exatamente o público de convivência do acusado. Assim, evidente que a ordem pública é colocada em risco pela conduta por ele perpetrada. Além disso, apesar da justificativa para os valores encontrados (recibo de depósito), não restou suficientemente esclarecida a origem das folhas apreendidas contendo anotações de nomes e valores. Ao que parece, trata-se de espécie de contabilidade do comércio das drogas." (fls. 27-28) O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, apesar de reconhecer Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991248. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA HABEAS CORPUS 104.868 RIO GRANDE DO SUL VOTO A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): O processo envolve a possibilidade de concessão de liberdade provisória ao investigado ou ao acusado por crime de tráfico de drogas preso em flagrante delito. Foram apreendidos, na residência do paciente, sete comprimidos de ecstasy, uma cápsula de MD e seis selos com LSD. O paciente, ouvido após a prisão em flagrante, admitiu que a droga seria de sua propriedade, mas afirmou sua condição de consumidor, e não traficante. O magistrado de primeiro grau indeferiu o pedido de liberdade provisória, afirmando existirem indícios de traficância e risco à ordem pública. Transcrevo: "A apreensão de seis selos de LSD, uma cápsula de MD e sete comprimidos de ecstasy, não foi ocasional! Decorreu de quatro meses de investigação policial, deflagrada a partir de informações repassadas pela Polícia Civil de Cruz Alta - RS, as quais apontavam o acusado como traficante desta espécie de substância. Tratam-se de drogas sintéticas, com alta capacidade de inserção social, sendo notório o pânico vivido por famílias que temem a possibilidade de que seus filhos venham a se envolver com elas, principalmente porque têm tido grande circulação e aceitação entre jovens e universitários, exatamente o público de convivência do acusado. Assim, evidente que a ordem pública é colocada em risco pela conduta por ele perpetrada. Além disso, apesar da justificativa para os valores encontrados (recibo de depósito), não restou suficientemente esclarecida a origem das folhas apreendidas contendo anotações de nomes e valores. Ao que parece, trata-se de espécie de contabilidade do comércio das drogas." (fls. 27-28) O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, apesar de reconhecer Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991248. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 104.868 / RS que a negativa de liberdade provisória estava bem fundamentada, teve diferente percepção dos fatos, concedendo a ordem de habeas corpus para colocar o paciente em liberdade: "Porém, em que pese o fato de as decisões efetivamente se encontrarem devidamente fundamentadas, tenho que, no caso concreto, não se faz presente a necessidade da prisão para garantia da ordem pública, justamente pelas condições pessoais do paciente. A quantidade de entorpecentes apreendida é compatível com a alegação de consumo próprio, apesar de ser bem possível que se destinasse à venda, como bem analisado pelo Juízo a quo. Entretanto, o ora paciente é rapaz que conta com 20 anos de idade e jamais se envolveu em qualquer processo criminal anterior ou sequer respondeu a inquérito policial, conforme faz prova a certidão de fl. 65." (fls. 51-52) Já no Superior Tribunal de Justiça, o RESP 1.164.202/RS foi provido, monocraticamente, forte na vedação à concessão de liberdade provisória para crimes de tráfico de drogas do art. 44 da Lei nº 11.343/2008 (fls. 80- 87). Também houve remissão à decisão de primeiro grau para afirmar que existiriam motivos cautelares para a prisão. Conforme informações recebidas em 17.9.2012 do magistrado de primeiro grau, a ação penal ainda não foi julgada, demorada sua tramitação (fl. 154 ). O Plenário desta Corte, no julgamento, em 11.5.2012, do HC 104.339, Relator Ministro Gilmar Mendes, decidiu, por maioria, pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à concessão de liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas, invalidando parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei nº 11.343/2006. O acórdão ainda pende de publicação. O precedente não obstaculiza a prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de drogas, mas a condiciona à presença dos pressupostos e fundamentos da prisão preventiva do art. 312 do Código de Processo Penal. No presente feito, o magistrado de primeiro grau e o Tribunal de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991248. Supremo Tribunal Federal HC 104.868 / RS que a negativa de liberdade provisória estava bem fundamentada, teve diferente percepção dos fatos, concedendo a ordem de habeas corpus para colocar o paciente em liberdade: "Porém, em que pese o fato de as decisões efetivamente se encontrarem devidamente fundamentadas, tenho que, no caso concreto, não se faz presente a necessidade da prisão para garantia da ordem pública, justamente pelas condições pessoais do paciente. A quantidade de entorpecentes apreendida é compatível com a alegação de consumo próprio, apesar de ser bem possível que se destinasse à venda, como bem analisado pelo Juízo a quo. Entretanto, o ora paciente é rapaz que conta com 20 anos de idade e jamais se envolveu em qualquer processo criminal anterior ou sequer respondeu a inquérito policial, conforme faz prova a certidão de fl. 65." (fls. 51-52) Já no Superior Tribunal de Justiça, o RESP 1.164.202/RS foi provido, monocraticamente, forte na vedação à concessão de liberdade provisória para crimes de tráfico de drogas do art. 44 da Lei nº 11.343/2008 (fls. 80- 87). Também houve remissão à decisão de primeiro grau para afirmar que existiriam motivos cautelares para a prisão. Conforme informações recebidas em 17.9.2012 do magistrado de primeiro grau, a ação penal ainda não foi julgada, demorada sua tramitação (fl. 154 ). O Plenário desta Corte, no julgamento, em 11.5.2012, do HC 104.339, Relator Ministro Gilmar Mendes, decidiu, por maioria, pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à concessão de liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas, invalidando parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei nº 11.343/2006. O acórdão ainda pende de publicação. O precedente não obstaculiza a prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de drogas, mas a condiciona à presença dos pressupostos e fundamentos da prisão preventiva do art. 312 do Código de Processo Penal. No presente feito, o magistrado de primeiro grau e o Tribunal de 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991248. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 104.868 / RS Apelação valoraram diferentemente os mesmos fatos. O primeiro entendeu que existiriam indícios de traficância, enquanto o segundo pontuou que a quantidade de droga apreendida seria compatível com a alegação de que ela se destinava a consumo próprio. Observo que o magistrado de primeiro grau reportou-se à existência de investigação prévia à busca e apreensão reveladora de envolvimento do paciente na atividade de tráfico. Entretanto, na decisão ou nas informações prestadas a esta Corte, não detalhou o ocorrido e o verificado na investigação, impedindo a avaliação desses fatos em juízo revisional. Ainda que o paciente seja, de fato, traficante e não mero consumidor, não há nos autos deste habeas corpus elementos suficientes para dimensionar o grau de seu envolvimento no assim denominado mundo das drogas. Da mera apreensão das drogas, considerando a quantidade não tão expressiva encontrada, não é possível extrair maiores conclusões a respeito. Talvez a aludida investigação prévia ou mesmo o restante do conjunto probatório da ação penal possam conter maiores detalhes a respeito de sua atividade, se se trata de pequeno ou grande traficante, aspectos que não se encontram esclarecidos neste habeas corpus. Pouco expressiva a quantidade de droga apreendida e ausentes elementos outros que indiquem o envolvimento significativo do paciente no tráfico de drogas, não se justifica a decretação ou a manutenção da prisão cautelar por risco à ordem pública. A prudência recomenda a manutenção do status quo atual, ou seja, a preservação do estado de liberdade do paciente, confirmando a liminar concedida pelo eminente Ministro Cezar Peluso. Reforça esse entendimento a falta de notícia do envolvimento do paciente, em novos atos de tráfico de drogas após a sua soltura pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Ante o exposto, voto pela concessão da ordem de habeas corpus para revogar a prisão cautelar decretada contra o paciente, confirmando a 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991248. Supremo Tribunal Federal HC 104.868 / RS Apelação valoraram diferentemente os mesmos fatos. O primeiro entendeu que existiriam indícios de traficância, enquanto o segundo pontuou que a quantidade de droga apreendida seria compatível com a alegação de que ela se destinava a consumo próprio. Observo que o magistrado de primeiro grau reportou-se à existência de investigação prévia à busca e apreensão reveladora de envolvimento do paciente na atividade de tráfico. Entretanto, na decisão ou nas informações prestadas a esta Corte, não detalhou o ocorrido e o verificado na investigação, impedindo a avaliação desses fatos em juízo revisional. Ainda que o paciente seja, de fato, traficante e não mero consumidor, não há nos autos deste habeas corpus elementos suficientes para dimensionar o grau de seu envolvimento no assim denominado mundo das drogas. Da mera apreensão das drogas, considerando a quantidade não tão expressiva encontrada, não é possível extrair maiores conclusões a respeito. Talvez a aludida investigação prévia ou mesmo o restante do conjunto probatório da ação penal possam conter maiores detalhes a respeito de sua atividade, se se trata de pequeno ou grande traficante, aspectos que não se encontram esclarecidos neste habeas corpus. Pouco expressiva a quantidade de droga apreendida e ausentes elementos outros que indiquem o envolvimento significativo do paciente no tráfico de drogas, não se justifica a decretação ou a manutenção da prisão cautelar por risco à ordem pública. A prudência recomenda a manutenção do status quo atual, ou seja, a preservação do estado de liberdade do paciente, confirmando a liminar concedida pelo eminente Ministro Cezar Peluso. Reforça esse entendimento a falta de notícia do envolvimento do paciente, em novos atos de tráfico de drogas após a sua soltura pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. Ante o exposto, voto pela concessão da ordem de habeas corpus para revogar a prisão cautelar decretada contra o paciente, confirmando a 3 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991248. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9 Voto - MIN. ROSA WEBER HC 104.868 / RS liminar concedida. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991248. Supremo Tribunal Federal HC 104.868 / RS liminar concedida. É como voto. 4 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2991248. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 104.868 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) : DIOGO DEBACCO PERINI IMPTE.(S) : WERNER CANTALÍCIO JOÃO BECKER E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO RESP Nº 1164202 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061180 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 104.868 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. ROSA WEBER PACTE.(S) : DIOGO DEBACCO PERINI IMPTE.(S) : WERNER CANTALÍCIO JOÃO BECKER E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO RESP Nº 1164202 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061180 Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3064801
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
A Turma concedeu a ordem de habeas corpus, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Não participou, justificadamente, deste julgamento, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
HABEAS CORPUS
EMENTA HABEAS CORPUS. LIBERDADE PROVISÓRIA NO CRIME DE TRÁFICO DE DROGAS. PRESSUPOSTOS E FUNDAMENTOS DA PRISÃO PREVENTIVA. RISCO À ORDEM PÚBLICA NÃO CARACTERIZADO. 1. O Plenário desta Corte, no julgamento do Habeas Corpus nº 104.339, decidiu pela inconstitucionalidade da vedação abstrata à concessão de liberdade provisória em crimes de tráfico de drogas, invalidando parcialmente a provisão da espécie contida no art. 44 da Lei nº 11.343/2006. O precedente não obstaculiza a prisão cautelar em processos por crimes de tráfico de drogas, mas a condiciona à presença dos pressupostos e fundamentos da prisão preventiva do art. 312 do Código de Processo Penal. 2. Não sendo expressiva a quantidade de droga apreendida e ausentes outros elementos que indiquem o envolvimento significativo do paciente no tráfico de drogas, não se justifica a decretação ou a manutenção da prisão cautelar por risco à ordem pública. 3. Habeas corpus concedido.
sjur218052
- Acórdão(s) citado(s): (LIBERDADE PROVISÓRIA, CRIME, TRÁFICO DE DROGAS) STF: 104339 (TP). Número de páginas: 9. Análise: 19/11/2012, IMC. Revisão: 28/11/2012, MMR.
ROSA WEBER
Primeira Turma
104868
[ "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00312 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n", "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00044 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS" ]
HC
acordaos
HC 104868
[ "" ]
PACTE.(S) : DIOGO DEBACCO PERINI IMPTE.(S) : WERNER CANTALÍCIO JOÃO BECKER E OUTRO(A/S) COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO RESP Nº 1164202 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 109.390 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :MARCUS VINICIUS CARREIRA BENTES IMPTE.(S) :EVALDO CORREA CHAVES COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR Habeas Corpus. 2. Crime Militar. Ato libidinoso com agravante (art. 235, c/c art. 237, II, e art. 70, II, g, do CPM). Paciente condenado por acórdão do Superior Tribunal Militar a cumprir pena de 1 (um) ano de detenção, convertida em prisão, nos termos do art. 59 do CPM, denegada a concessão de sursis, em face de expressa vedação do art. 88, II, alínea b do CPM. 3. Alegação de ausência de representação da vítima, de ocorrência de prescrição, de insuficiência probatória para a condenação, de utilização indevida de prova emprestada e de ilegalidade da vedação ao sursis. 4. Embora o CPM e o CPPM sejam silentes quanto à representação da vítima em crimes sexuais, o instituto é incompatível com a natureza da ação penal militar que, em regra, é pública, excetuadas, apenas, as hipóteses previstas no art. 122 do CPM. 5. Afastada a alegação de prescrição. O acórdão condenatório que reforma sentença absolutória também tem o condão de interromper o lapso prescricional. 6. Pleito de absolvição por insuficiência de provas. Nos crimes contra os costumes, o depoimento da vítima ganha relevo, considerando tratar-se de fatos praticados sem a presença de terceiros. No caso, a condenação não se deteve ao depoimento da vítima, mas buscou a conjugação de suas declarações com depoimentos colhidos em Juízo sob o crivo do contraditório. Testemunhas não contraditadas. 7. Não há incompatibilidade entre o art. 88, II, b, do CPM e a Constituição Federal. Precedentes. 8. Ordem denegada. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886846. Supremo Tribunal Federal DJe 09/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10 Ementa e Acórdão HC 109.390 / MS Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, indeferir a ordem, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886846. Supremo Tribunal Federal HC 109.390 / MS Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, indeferir a ordem, nos termos do voto do Relator. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministro GILMAR MENDES Relator Documento assinado digitalmente 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886846. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 109.390 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :MARCUS VINICIUS CARREIRA BENTES IMPTE.(S) :EVALDO CORREA CHAVES COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Fabiana Cristina Tavares Torquato e Evaldo Correa Chaves, em favor de Marcus Vinícius Carreira Bentes, contra acórdão do Superior Tribunal Militar. Conforme consta dos autos, o paciente foi denunciado pela prática de ato libidinoso, com agravante, do crime previsto no art. 235, c/c art. 237, II, e art. 70, II, g, do Código Penal Militar. Finda a instrução, o Conselho Especial de Justiça, por maioria de votos, absolveu o paciente, ao fundamento de insuficiência de provas (art. 439, alínea “e”, do Código de Processo Penal Militar). Inconformado, o Ministério Público Militar interpôs apelação no Superior Tribunal Militar, que, por maioria, deu provimento ao recurso, condenando o paciente à pena de 1 ano de detenção, convertida em prisão, nos termos do art. 59 do CPM. Contra essa decisão, a defesa opôs embargos de nulidade, sustentando a falta de intimação do advogado constituído para a sessão de julgamento. Os embargos de nulidade foram acolhidos, desconstituindo o julgamento da primeira apelação. Renovou-se, então, o julgamento da apelação interposta pelo Ministério Público Militar e o Superior Tribunal Militar, por unanimidade, deu provimento ao recurso para condenar o paciente à pena de 1 ano de detenção, como incurso no art. 235, c/c o art. 237, inciso II, e art. 73, todos do CPM, convertida em prisão, nos termos do art. 59, e denegar a concessão do benefício do sursis, em face de expressa vedação legal prevista no art. 88, inciso II, alínea "b", do CPM. Neste writ, sustenta, em síntese, a ocorrência de constrangimento Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858987. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 109.390 MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) :MARCUS VINICIUS CARREIRA BENTES IMPTE.(S) :EVALDO CORREA CHAVES COATOR(A/S)(ES) :SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado por Fabiana Cristina Tavares Torquato e Evaldo Correa Chaves, em favor de Marcus Vinícius Carreira Bentes, contra acórdão do Superior Tribunal Militar. Conforme consta dos autos, o paciente foi denunciado pela prática de ato libidinoso, com agravante, do crime previsto no art. 235, c/c art. 237, II, e art. 70, II, g, do Código Penal Militar. Finda a instrução, o Conselho Especial de Justiça, por maioria de votos, absolveu o paciente, ao fundamento de insuficiência de provas (art. 439, alínea “e”, do Código de Processo Penal Militar). Inconformado, o Ministério Público Militar interpôs apelação no Superior Tribunal Militar, que, por maioria, deu provimento ao recurso, condenando o paciente à pena de 1 ano de detenção, convertida em prisão, nos termos do art. 59 do CPM. Contra essa decisão, a defesa opôs embargos de nulidade, sustentando a falta de intimação do advogado constituído para a sessão de julgamento. Os embargos de nulidade foram acolhidos, desconstituindo o julgamento da primeira apelação. Renovou-se, então, o julgamento da apelação interposta pelo Ministério Público Militar e o Superior Tribunal Militar, por unanimidade, deu provimento ao recurso para condenar o paciente à pena de 1 ano de detenção, como incurso no art. 235, c/c o art. 237, inciso II, e art. 73, todos do CPM, convertida em prisão, nos termos do art. 59, e denegar a concessão do benefício do sursis, em face de expressa vedação legal prevista no art. 88, inciso II, alínea "b", do CPM. Neste writ, sustenta, em síntese, a ocorrência de constrangimento Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858987. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10 Relatório HC 109.390 / MS ilegal, ao fundamento de que foram utilizadas provas indevidamente emprestadas e de que o acervo probatório é insuficiente para condenar. Requereu, liminarmente, a declaração de extinção da punibilidade ao fundamento de ocorrência da prescrição da pretensão punitiva e de decadência, pela ausência de representação da vítima. A medida cautelar foi por mim indeferida. Esta Suprema Corte solicitou informações à autoridade apontada como coatora, as quais foram prontamente prestadas. A Procuradoria-Geral da República opinou pelo indeferimento da ordem. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858987. Supremo Tribunal Federal HC 109.390 / MS ilegal, ao fundamento de que foram utilizadas provas indevidamente emprestadas e de que o acervo probatório é insuficiente para condenar. Requereu, liminarmente, a declaração de extinção da punibilidade ao fundamento de ocorrência da prescrição da pretensão punitiva e de decadência, pela ausência de representação da vítima. A medida cautelar foi por mim indeferida. Esta Suprema Corte solicitou informações à autoridade apontada como coatora, as quais foram prontamente prestadas. A Procuradoria-Geral da República opinou pelo indeferimento da ordem. É o relatório. 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2858987. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10 Voto - MIN. GILMAR MENDES 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 109.390 MATO GROSSO DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Primeiramente, destaco que não há qualquer vício na ação penal pela ausência de representação da vítima. Conforme explicitado na decisão do Conselho Especial de Justiça da Auditoria da 9ª Circunscrição Judiciária Militar, em sessão realizada em 17.11.2008, apesar de o Código Penal Militar e de o Código de Processo Penal Militar serem silentes quanto ao tema da representação da vítima em crimes sexuais, o instituto é incompatível com a natureza da ação penal militar que, em regra, é pública, com exceção das hipóteses previstas no artigo 122 do Código Penal Militar, que dependem de requisição ao Ministério militar a que o agente estiver vinculado, ou ao Ministério da Justiça se o acusado for civil. Também, não prospera o pedido de reconhecimento de prescrição da pretensão punitiva. O fato criminoso descrito na denúncia ocorreu em 17.4.2007, a denúncia foi recebida em 19.6.2008, a sentença absolutória foi prolatada no dia 17.11.2008 e o acórdão condenatório, último marco interruptivo da prescrição, foi publicado em 21.6.2011. Referida condenação transitou em julgado para o Ministério Público, o que impede a elevação da pena fixada 1 (um) ano. A prescrição ocorreria, portanto, em quatro anos (art. 125, VI, do CPP), ainda não transcorridos desde a última data interruptiva. Frise-se que não procede a alegação do impetrante no sentido de que teria havido prescrição a partir do recebimento da denúncia, porquanto embora o CPM faça referência apenas à sentença penal condenatória como marco interruptivo (art. 125, § 5º, II e art. 126), é pacífico o entendimento de que o acórdão condenatório que reforma sentença absolutória também tem o condão de interromper o lapso prescricional. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886847. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA HABEAS CORPUS 109.390 MATO GROSSO DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Primeiramente, destaco que não há qualquer vício na ação penal pela ausência de representação da vítima. Conforme explicitado na decisão do Conselho Especial de Justiça da Auditoria da 9ª Circunscrição Judiciária Militar, em sessão realizada em 17.11.2008, apesar de o Código Penal Militar e de o Código de Processo Penal Militar serem silentes quanto ao tema da representação da vítima em crimes sexuais, o instituto é incompatível com a natureza da ação penal militar que, em regra, é pública, com exceção das hipóteses previstas no artigo 122 do Código Penal Militar, que dependem de requisição ao Ministério militar a que o agente estiver vinculado, ou ao Ministério da Justiça se o acusado for civil. Também, não prospera o pedido de reconhecimento de prescrição da pretensão punitiva. O fato criminoso descrito na denúncia ocorreu em 17.4.2007, a denúncia foi recebida em 19.6.2008, a sentença absolutória foi prolatada no dia 17.11.2008 e o acórdão condenatório, último marco interruptivo da prescrição, foi publicado em 21.6.2011. Referida condenação transitou em julgado para o Ministério Público, o que impede a elevação da pena fixada 1 (um) ano. A prescrição ocorreria, portanto, em quatro anos (art. 125, VI, do CPP), ainda não transcorridos desde a última data interruptiva. Frise-se que não procede a alegação do impetrante no sentido de que teria havido prescrição a partir do recebimento da denúncia, porquanto embora o CPM faça referência apenas à sentença penal condenatória como marco interruptivo (art. 125, § 5º, II e art. 126), é pacífico o entendimento de que o acórdão condenatório que reforma sentença absolutória também tem o condão de interromper o lapso prescricional. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886847. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 109.390 / MS Interrompe a prescrição a primeira decisão condenatória da persecução penal, seja ela prolatada em primeira ou segunda instância, porque ambas não possuem diferença ontológica. No que diz respeito à alegação de insuficiência de provas e de utilização indevida de prova emprestada, o impetrante questiona a licitude da oitiva de testemunhas – apontadas como vítimas de outros atos libidinosos em tese praticados pelo paciente. Afirma já ter havido absolvição, por insuficiência de provas, com trânsito em julgado, quanto ao relato de ato libidinoso supostamente sofrido por uma das depoentes, a Sra. Gecilda Braga Sena Santos (eDOC 8, p. 10) e que as demais condutas libidinosas que lhe foram atribuídas pelas “outras sete mulheres” (eDOC 1, p. 10) não foram apuradas mediante o devido processo legal. Nesse ponto, cabe consignar, à luz da jurisprudência desta Corte, que nos crimes contra os costumes, o depoimento da vítima ganha relevo, considerando tratar-se de fatos praticados sem a presença de terceiros. (INQ 2563, red. p/acórdão Min. Cármen Lúcia, Pleno, DJe 22.5.2010; HC 102473, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 2.5.2011 e HC 73662, rel. Min. Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ 20.9.1996). Dessa forma, é de considerar que, por se tratar de delito praticado sem testemunhas oculares, a narrativa firme e sempre harmônica da vítima possua significativo valor probatório. Cabe sublinhar, no caso dos autos, a condenação não se deteve exclusivamente no depoimento da vítima, mas na conjugação de suas declarações com depoimentos colhidos em Juízo sob o crivo do contraditório. Não se trata, portanto, de simples prova emprestada, como sustentou a defesa, mas de prova regularmente produzida em Juízo. Ademais, vale registrar que as testemunhas – cujos depoimentos são atacados na inicial do mandamus – não foram tempestivamente contraditadas, conforme destacado no acórdão condenatório (e DOC, p. 32-33): “A Defesa, reiteradas vezes, protestou quanto à oitiva de Gecilda Braga Sena Santos e do Subtentente Marcos Júlio dos 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886847. Supremo Tribunal Federal HC 109.390 / MS Interrompe a prescrição a primeira decisão condenatória da persecução penal, seja ela prolatada em primeira ou segunda instância, porque ambas não possuem diferença ontológica. No que diz respeito à alegação de insuficiência de provas e de utilização indevida de prova emprestada, o impetrante questiona a licitude da oitiva de testemunhas – apontadas como vítimas de outros atos libidinosos em tese praticados pelo paciente. Afirma já ter havido absolvição, por insuficiência de provas, com trânsito em julgado, quanto ao relato de ato libidinoso supostamente sofrido por uma das depoentes, a Sra. Gecilda Braga Sena Santos (eDOC 8, p. 10) e que as demais condutas libidinosas que lhe foram atribuídas pelas “outras sete mulheres” (eDOC 1, p. 10) não foram apuradas mediante o devido processo legal. Nesse ponto, cabe consignar, à luz da jurisprudência desta Corte, que nos crimes contra os costumes, o depoimento da vítima ganha relevo, considerando tratar-se de fatos praticados sem a presença de terceiros. (INQ 2563, red. p/acórdão Min. Cármen Lúcia, Pleno, DJe 22.5.2010; HC 102473, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 2.5.2011 e HC 73662, rel. Min. Marco Aurélio, Segunda Turma, DJ 20.9.1996). Dessa forma, é de considerar que, por se tratar de delito praticado sem testemunhas oculares, a narrativa firme e sempre harmônica da vítima possua significativo valor probatório. Cabe sublinhar, no caso dos autos, a condenação não se deteve exclusivamente no depoimento da vítima, mas na conjugação de suas declarações com depoimentos colhidos em Juízo sob o crivo do contraditório. Não se trata, portanto, de simples prova emprestada, como sustentou a defesa, mas de prova regularmente produzida em Juízo. Ademais, vale registrar que as testemunhas – cujos depoimentos são atacados na inicial do mandamus – não foram tempestivamente contraditadas, conforme destacado no acórdão condenatório (e DOC, p. 32-33): “A Defesa, reiteradas vezes, protestou quanto à oitiva de Gecilda Braga Sena Santos e do Subtentente Marcos Júlio dos 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886847. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 109.390 / MS Santos, tendo em vista serem interessados na condenação do apelado por reportarem-se a fatos relativos a processo findo, cuja sentença já transitou em julgado. Asseverou ter havido afronta aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Não merecem acolhida tal alegação. A Defesa não procedeu à contradita das testemunhas previstas na legislação adjetiva castrense, as quais foram devidamente compromissadas. Posteriormente, juntou petição insurgindo-se contra tais oitivas, mas a preclusão já havias se operado. Daí, os testemunhos de Gecilda Braga Sena Santos e de seu esposo, 2º Sgt. Marcos Júlio dos Santos, serem absolutamente válidos, porquanto reportaram-se a fatos análogos aos do presente feito, ajudando a traçar o ‘perfil comportamental’ do acusado. Foram ouvidas em Juízo, na presença das partes, as quais tiveram a oportunidade de realizar suas reperguntas, não havendo, portanto, nenhuma afronta aos princípios constitucionais.” Por derradeiro, no que diz respeito à vedação legal ao sursis, em situação análoga à dos autos, esta Suprema Corte enfrentou o tema no julgamento do HC 79.824/MS, rel. Min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 30.6.2000, ementado nos seguintes termos: “HABEAS-CORPUS. CRIME MILITAR: PRÁTICA DE ATO LIBIDINOSO EM ÁREA SUJEITA À ADMINISTRAÇÃO MILITAR, EM CONCURSO (CPM, ARTIGOS 235 E 237). ALEGAÇÃO DE CASSAÇÃO INDEVIDA DO REGIME ABERTO E DO SURSIS CONCEDIDOS PELA AUDITORIA MILITAR. 1. O Parquet não apelou da decisão da Auditoria Militar nem houve manifestação do Tribunal a quo sobre o regime prisional aberto aplicado aos pacientes: matéria preclusa. Se os pacientes estão em regime fechado, o coator não é o Superior Tribunal Militar, e, assim, o Supremo Tribunal Federal não tem 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886847. Supremo Tribunal Federal HC 109.390 / MS Santos, tendo em vista serem interessados na condenação do apelado por reportarem-se a fatos relativos a processo findo, cuja sentença já transitou em julgado. Asseverou ter havido afronta aos princípios constitucionais do contraditório e da ampla defesa. Não merecem acolhida tal alegação. A Defesa não procedeu à contradita das testemunhas previstas na legislação adjetiva castrense, as quais foram devidamente compromissadas. Posteriormente, juntou petição insurgindo-se contra tais oitivas, mas a preclusão já havias se operado. Daí, os testemunhos de Gecilda Braga Sena Santos e de seu esposo, 2º Sgt. Marcos Júlio dos Santos, serem absolutamente válidos, porquanto reportaram-se a fatos análogos aos do presente feito, ajudando a traçar o ‘perfil comportamental’ do acusado. Foram ouvidas em Juízo, na presença das partes, as quais tiveram a oportunidade de realizar suas reperguntas, não havendo, portanto, nenhuma afronta aos princípios constitucionais.” Por derradeiro, no que diz respeito à vedação legal ao sursis, em situação análoga à dos autos, esta Suprema Corte enfrentou o tema no julgamento do HC 79.824/MS, rel. Min. Maurício Corrêa, Segunda Turma, DJ 30.6.2000, ementado nos seguintes termos: “HABEAS-CORPUS. CRIME MILITAR: PRÁTICA DE ATO LIBIDINOSO EM ÁREA SUJEITA À ADMINISTRAÇÃO MILITAR, EM CONCURSO (CPM, ARTIGOS 235 E 237). ALEGAÇÃO DE CASSAÇÃO INDEVIDA DO REGIME ABERTO E DO SURSIS CONCEDIDOS PELA AUDITORIA MILITAR. 1. O Parquet não apelou da decisão da Auditoria Militar nem houve manifestação do Tribunal a quo sobre o regime prisional aberto aplicado aos pacientes: matéria preclusa. Se os pacientes estão em regime fechado, o coator não é o Superior Tribunal Militar, e, assim, o Supremo Tribunal Federal não tem 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886847. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 109.390 / MS competência para examinar a matéria. Habeas-corpus não conhecido nesta parte. 2. Não há incompatibilidade entre o artigo 88, II, a, do CPM, que veda a concessão de sursis aos condenados pelo crime do artigo 235, e outros, do mesmo Código, e o artigo 5º, XLVI, da Constituição. 3. Habeas-corpus conhecido, em parte, mas, nesta parte, indeferido.” Sobre o tema, confira-se, ainda, decisão monocrática da lavra do Min. Ricardo Lewandowski proferida no AI 778.604/DF e publicada no DJe 23.2.2010. Ademais, o acórdão recorrido está em consonância com o julgamento do HC 99.743/RJ pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal (DJe, 21.8.2012), cuja ementa se transcreve, in verbis: “PENAL MILITAR. HABEAS CORPUS. DESERÇÃO – CPM, ART. 187. CRIME MILITAR PRÓPRIO. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO - ART. 90-A, DA LEI N. 9.099/95 – LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS. INAPLICABILIDADE, NO ÂMBITO DA JUSTIÇA MILITAR. CONSTITUCIONALIDADE, FACE AO ART. 98, INCISO I, § 1º, DA CARTA DA REPÚBLICA. OBITER DICTUM: INCONSTITUCIONALIDADE DA NORMA EM RELAÇÃO A CIVIL PROCESSADO POR CRIME MILITAR. O art. 90-A, da n. 9.099/95 - Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais -, com a redação dada pela Lei n. 9.839/99, não afronta o art. 98, inciso I, § 1º, da Carta da República no que veda a suspensão condicional do processo ao militar processado por crime militar. In casu, o pedido e a causa de pedir referem-se apenas a militar responsabilizado por crime de deserção, definido como delito militar próprio, não alcançando civil processado por crime militar. Obiter dictum: inconstitucionalidade da norma que veda a aplicação da Lei n. 9.099 ao civil processado por crime militar. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886847. Supremo Tribunal Federal HC 109.390 / MS competência para examinar a matéria. Habeas-corpus não conhecido nesta parte. 2. Não há incompatibilidade entre o artigo 88, II, a, do CPM, que veda a concessão de sursis aos condenados pelo crime do artigo 235, e outros, do mesmo Código, e o artigo 5º, XLVI, da Constituição. 3. Habeas-corpus conhecido, em parte, mas, nesta parte, indeferido.” Sobre o tema, confira-se, ainda, decisão monocrática da lavra do Min. Ricardo Lewandowski proferida no AI 778.604/DF e publicada no DJe 23.2.2010. Ademais, o acórdão recorrido está em consonância com o julgamento do HC 99.743/RJ pelo Pleno do Supremo Tribunal Federal (DJe, 21.8.2012), cuja ementa se transcreve, in verbis: “PENAL MILITAR. HABEAS CORPUS. DESERÇÃO – CPM, ART. 187. CRIME MILITAR PRÓPRIO. SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO - ART. 90-A, DA LEI N. 9.099/95 – LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS. INAPLICABILIDADE, NO ÂMBITO DA JUSTIÇA MILITAR. CONSTITUCIONALIDADE, FACE AO ART. 98, INCISO I, § 1º, DA CARTA DA REPÚBLICA. OBITER DICTUM: INCONSTITUCIONALIDADE DA NORMA EM RELAÇÃO A CIVIL PROCESSADO POR CRIME MILITAR. O art. 90-A, da n. 9.099/95 - Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais -, com a redação dada pela Lei n. 9.839/99, não afronta o art. 98, inciso I, § 1º, da Carta da República no que veda a suspensão condicional do processo ao militar processado por crime militar. In casu, o pedido e a causa de pedir referem-se apenas a militar responsabilizado por crime de deserção, definido como delito militar próprio, não alcançando civil processado por crime militar. Obiter dictum: inconstitucionalidade da norma que veda a aplicação da Lei n. 9.099 ao civil processado por crime militar. 4 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886847. Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10 Voto - MIN. GILMAR MENDES HC 109.390 / MS Ordem denegada”. Mutatis mutandis, o Plenário decidiu pela constitucionalidade de norma que veda especificamente aos militares benefícios penais. Em suma, não se identifica no caso concreto qualquer ilegalidade à constrição do direito de ir e vir do paciente. Ante o exposto, voto pela denegação da ordem. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886847. Supremo Tribunal Federal HC 109.390 / MS Ordem denegada”. Mutatis mutandis, o Plenário decidiu pela constitucionalidade de norma que veda especificamente aos militares benefícios penais. Em suma, não se identifica no caso concreto qualquer ilegalidade à constrição do direito de ir e vir do paciente. Ante o exposto, voto pela denegação da ordem. 5 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2886847. Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 109.390 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) : MARCUS VINICIUS CARREIRA BENTES IMPTE.(S) : EVALDO CORREA CHAVES COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR Decisão: A Turma, por unanimidade, indeferiu a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849202 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA HABEAS CORPUS 109.390 PROCED. : MATO GROSSO DO SUL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES PACTE.(S) : MARCUS VINICIUS CARREIRA BENTES IMPTE.(S) : EVALDO CORREA CHAVES COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR Decisão: A Turma, por unanimidade, indeferiu a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849202 Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2905012
2012-09-18T00:00:00
2012-10-09T00:00:00
A Turma, por unanimidade, indeferiu a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
HABEAS CORPUS
Habeas Corpus. 2. Crime Militar. Ato libidinoso com agravante (art. 235, c/c art. 237, II, e art. 70, II, g, do CPM). Paciente condenado por acórdão do Superior Tribunal Militar a cumprir pena de 1 (um) ano de detenção, convertida em prisão, nos termos do art. 59 do CPM, denegada a concessão de sursis, em face de expressa vedação do art. 88, II, alínea b do CPM. 3. Alegação de ausência de representação da vítima, de ocorrência de prescrição, de insuficiência probatória para a condenação, de utilização indevida de prova emprestada e de ilegalidade da vedação ao sursis. 4. Embora o CPM e o CPPM sejam silentes quanto à representação da vítima em crimes sexuais, o instituto é incompatível com a natureza da ação penal militar que, em regra, é pública, excetuadas, apenas, as hipóteses previstas no art. 122 do CPM. 5. Afastada a alegação de prescrição. O acórdão condenatório que reforma sentença absolutória também tem o condão de interromper o lapso prescricional. 6. Pleito de absolvição por insuficiência de provas. Nos crimes contra os costumes, o depoimento da vítima ganha relevo, considerando tratar-se de fatos praticados sem a presença de terceiros. No caso, a condenação não se deteve ao depoimento da vítima, mas buscou a conjugação de suas declarações com depoimentos colhidos em Juízo sob o crivo do contraditório. Testemunhas não contraditadas. 7. Não há incompatibilidade entre o art. 88, II, b, do CPM e a Constituição Federal. Precedentes. 8. Ordem denegada.
sjur216250
- Acórdãos citados: Inq 2563 - Tribunal Pleno, HC 73662, HC 79824, HC 99743 - Tribunal Pleno, HC 102473. - Decisão monocrática citada: AI 778604. Número de páginas: 10. Análise: 22/10/2012, SEV. Revisão: 05/11/2012, IMC.
GILMAR MENDES
Segunda Turma
109390
[ "LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00125 INC-00006 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n", "LEG-FED DEL-001001 ANO-1969\r\n ART-00059 ART-00070 INC-00002 LET-G \r\n ART-00088 INC-00002 LET-B ART-00122\r\n ART-00125 PAR-00005 INC-00002 ART-00126\r\n ART-00235 ART-00237 INC-00002\r\n CPM-1969 CÓDIGO PENAL MILITAR" ]
HC
acordaos
HC 109390
[ "" ]
PACTE.(S) : MARCUS VINICIUS CARREIRA BENTES IMPTE.(S) : EVALDO CORREA CHAVES COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "HABEAS CORPUS 109 . 390", "HC 109 . 390 / MS", "HC 109 . 390 / MS", "HABEAS CORPUS 109 . 390", "HABEAS CORPUS 109 . 390", "HC 109 . 390 / MS", "HC 109 . 390 / MS", "HABEAS CORPUS 109 . 390", "HABEAS CORPUS 109 . 390", "HC 109 . 390 / MS", "INQ 2563", "HC 102473", "HC 73662", "HC 109 . 390 / MS", "HC 102473", "HC 73662", "HC 109 . 390 / MS", "HC 79 . 824 / MS", "HC 109 . 390 / MS", "HC 79 . 824 / MS", "HC 109 . 390 / MS", "AI 778 . 604 / DF", "HC 99 . 743 / RJ", "HC 109 . 390 / MS", "AI 778 . 604 / DF", "HC 99 . 743 / RJ", "HC 109 . 390 / MS", "HC 109 . 390 / MS", "HABEAS CORPUS 109 . 390", "HABEAS CORPUS 109 . 390" ], "LEGISLACAO": [ "art . 235 , c / c art . 237 , II , e art . 70 , II , g , do CPM", "art . 59 do CPM", "art . 88 , II , alínea b do CPM", "art . 122 do CPM", "art . 88 , II , b , do CPM", "Constituição Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 235 , c / c", "art . 237 , II , e art . 70 , II , 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200 - 2 / 2001", "CPM , ARTIGOS 235 E 237", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "CPM , ARTIGOS 235 E 237", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 88 , II , a , do CPM", "artigo [UNK] , XLVI , da Constituição", "CPM , ART . 187", "ART . 90 - A , DA LEI N . 9 . 099 / 95", "LEI DOS", "ART . 98 , INCISO I , § [UNK] , DA CARTA DA", "art . 90 - A , da n . 9 . 099 / 95", "Lei dos", "Lei n . 9 . 839 / 99", "art . 98 , inciso I , § [UNK] , da Carta da República", "Lei n . 9 . 099", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 88 , II , a , do CPM", "artigo [UNK] , XLVI , da Constituição", "CPM , ART . 187", "ART . 90 - A , DA LEI N . 9 . 099 / 95", "LEI DOS JUIZADOS", "ART . 98 , INCISO I , § [UNK] , DA CARTA DA REPÚBLICA", "art . 90 - A , da n . 9 . 099 / 95", "Lei dos", "Lei n . 9 . 839 / 99", "art . 98 , inciso I , § [UNK] , da Carta da República", "Lei n . 9 . 099", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], 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Federal", "SEGUNDA TURMA", "SUPERIOR TRIBUNAL MILITAR", "Superior Tribunal Militar", "Conselho Especial de Justiça", "Ministério Público Militar", "Superior Tribunal Militar", "Ministério Público Militar", "Superior Tribunal Militar", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Procuradoria", "-", "Geral da República", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Suprema", "Procuradoria", "-", "Geral da República", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Conselho Especial de Justiça da Auditoria da [UNK] Circunscrição Judiciária Militar", "Ministério da Justiça", "Ministério Público", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Conselho Especial de Justiça da Auditoria da [UNK] Circunscrição Judiciária Militar", "Ministério militar", "Ministério da Justiça", "Ministério Público", 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MENDES", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "Gecilda Braga Sena Santos", "Cármen Lúcia", "Ellen Gracie", "Marco Aurélio", "Gecilda Braga Sena Santos", "Marcos Júlio dos", "Gecilda Braga Sena Santos", "Cármen Lúcia", "Ellen Gracie", "Marco Aurélio", "Gecilda Braga Sena Santos", "Marcos Júlio dos 2", "GILMAR MENDES", "Gecilda Braga Sena Santos", "Marcos Júlio dos Santos", "Maurício Corrêa", "Gecilda Braga Sena Santos", "Marcos Júlio dos Santos", "Maurício Corrêa", "GILMAR MENDES", "Ricardo Lewandowski", "Ricardo Lewandowski", "GILMAR MENDES", "GILMAR MENDES", "MARCUS VINICIUS CARREIRA BENTES", "EVALDO CORREA CHAVES", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane", "GILMAR MENDES", "MARCUS VINICIUS CARREIRA BENTES", "EVALDO CORREA CHAVES", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Ricardo Lewandowski", "Gilmar Mendes", "Cármen Lúcia", "Celso de Mello", "Joaquim Barbosa", "Paulo da Rocha Campos", "Fabiane" ], "TEMPO": [ "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "09", "/", "10", "/", "2012", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "17", ".", "11", ".", "2008", "17", ".", "4", ".", "2007", "19", ".", "6", ".", "2008", "17", ".", "11", ".", "2008", "21", ".", "6", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", "/", "09", "/", "2012", "17", ".", "11", ".", "2008", "17", ".", "4", ".", "2007", "19", ".", "6", ".", "2008", "17", ".", "11", ".", "2008", "21", ".", "6", ".", "2011", "24", "/", "08", "/", "2001", "22", ".", "5", ".", "2010", "2", ".", "5", ".", "2011", "20", ".", "9", ".", "1996", "24", "/", "08", "/", "2001", "22", ".", "5", ".", "2010", "2", ".", "5", ".", "2011", "20", ".", "9", ".", "1996", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", ".", "6", ".", "2000", "24", "/", "08", "/", "2001", "30", ".", "6", ".", "2000", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", ".", "2", ".", "2010", "21", ".", "8", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "23", ".", "2", ".", "2010", "21", ".", "8", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "18", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.452 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :LUIZ FERNANDO DOS SANTOS NUNES PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA EMENTA: CONSTITUCIONAL E PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. HC SUBSTITUTIVO DE RECURSO ORDINÁRIO. INADMISSIBILIDADE. ENTENDIMENTO RECENTE DA TURMA. TRÁFICO DE ENTORPECENTES. PROGRESSÃO DE REGIME APÓS O CUMPRIMENTO DE 1/6 DA PENA. IMPROCEDÊNCIA: EXIGÊNCIA LEGAL DO CUMPRIMENTO DE 2/5 DA PENA, SE O RÉU FOR PRIMÁRIO, E DE 3/5, SE FOR REINCIDENTE. AUSÊNCIA DE ERROR IN JUDICANDO QUE JUSTIFIQUE A CONCESSÃO, EX OFFICIO, DO WRIT. 1. A Primeira Turma desta Corte, em acórdão recente, proferido no HC n. 109.956, decidiu “não mais admitir habeas corpus que tenha por objetivo substituir o Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC)”, não fazendo sentido qualquer retrocesso. 2. A minorante do art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, não retirou o caráter hediondo do crime de tráfico de entorpecentes, limitando-se, por critérios de razoabilidade e proporcionalidade, a abrandar a pena do pequeno e eventual traficante, em contrapartida com o grande e contumaz traficante, ao qual a Lei de Drogas conferiu punição mais rigorosa que a prevista na lei anterior. 3. O reconhecimento da progressão de regime após o cumprimento de 1/6 da pena, pelo afastamento da hediondez do crime, desprezando-se as frações de 2/5, se primário, e de 3/5, se reincidente, previstas na Lei de Drogas, constituirá incentivo a que as pessoas cada vez mais se aventurem no tráfico, ante o ínfimo tempo em que permanecerão presas. 4. Agravo regimental desprovido. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043618. Supremo Tribunal Federal DJe 08/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8 Ementa e Acórdão HC 114.452 AGR / RS Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043618. Supremo Tribunal Federal HC 114.452 AGR / RS Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por maioria de votos, em negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Brasília, 16 de outubro de 2012. LUIZ FUX – Relator Documento assinado digitalmente 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043618. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8 Relatório 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.452 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :LUIZ FERNANDO DOS SANTOS NUNES PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental da decisão pela qual neguei seguimento ao writ, cuja ementa possui o seguinte teor: “Processual penal e constitucional. Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional. Competência do Supremo Tribunal para julgar habeas corpus: CF, art. 102, I, ‘d’ e ‘i’. Rol taxativo. Matéria de direito estrito. Interpretação extensiva: Paradoxo. Organicidade do Direito. Tráfico de entorpecentes. Crime hediondo. Progressão de regime com base no cumprimento de 1/6 da pena. Improcedência: A Lei n. 8.072/90 exige o cumprimento de 2/5 da pena, em se tratando de réu primário, e de 3/5, se for reincidente. Inviabilidade de concessão da ordem, ex officio. - Habeas corpus não conhecido, com fundamento no art. 38 da Lei n. 8.038/90, por manifesta incompetência do Supremo Tribunal Federal.” A impetrante alega que “No tocante ao habeas corpus, impetrado em substituição ao recurso ordinário constitucional, quando o ato coator for emanado de Tribunal Superior, apesar de não estar previsto no âmbito da CF, em atendimento ao princípio da fungibilidade, o manejo desde remédio constitucional é amplamente aceita por esta Corte Suprema Corte”. Invoca precedentes deste Tribunal admitindo a impetração sucessiva de recurso ordinário. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043619. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.452 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) :LUIZ FERNANDO DOS SANTOS NUNES PROC.(A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) :SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo regimental da decisão pela qual neguei seguimento ao writ, cuja ementa possui o seguinte teor: “Processual penal e constitucional. Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional. Competência do Supremo Tribunal para julgar habeas corpus: CF, art. 102, I, ‘d’ e ‘i’. Rol taxativo. Matéria de direito estrito. Interpretação extensiva: Paradoxo. Organicidade do Direito. Tráfico de entorpecentes. Crime hediondo. Progressão de regime com base no cumprimento de 1/6 da pena. Improcedência: A Lei n. 8.072/90 exige o cumprimento de 2/5 da pena, em se tratando de réu primário, e de 3/5, se for reincidente. Inviabilidade de concessão da ordem, ex officio. - Habeas corpus não conhecido, com fundamento no art. 38 da Lei n. 8.038/90, por manifesta incompetência do Supremo Tribunal Federal.” A impetrante alega que “No tocante ao habeas corpus, impetrado em substituição ao recurso ordinário constitucional, quando o ato coator for emanado de Tribunal Superior, apesar de não estar previsto no âmbito da CF, em atendimento ao princípio da fungibilidade, o manejo desde remédio constitucional é amplamente aceita por esta Corte Suprema Corte”. Invoca precedentes deste Tribunal admitindo a impetração sucessiva de recurso ordinário. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043619. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8 Relatório HC 114.452 AGR / RS Alega, outrossim, que “... em respeito aos princípios da proporcionalidade e da igualdade material, se o homicídio qualificado-privilegiado não é hediondo, com mais razão o tráfico ilícito de entorpecentes privilegiado não deveria, também, ser hediondo, o que autorizaria, portanto a progressão de regime a partir do cumprimento do quantum de 1/6 da pena aplicada ao condenado”. Requer o provimento do recurso a fim de que seja concedida a ordem para que o paciente possa progredir de regime após o cumprimento de 1/6 da pena. O Ministério Público manifestou-se no sentido do desprovimento do regimental por não vislumbrar razões suficientes para abalar a decisão agravada. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043619. Supremo Tribunal Federal HC 114.452 AGR / RS Alega, outrossim, que “... em respeito aos princípios da proporcionalidade e da igualdade material, se o homicídio qualificado-privilegiado não é hediondo, com mais razão o tráfico ilícito de entorpecentes privilegiado não deveria, também, ser hediondo, o que autorizaria, portanto a progressão de regime a partir do cumprimento do quantum de 1/6 da pena aplicada ao condenado”. Requer o provimento do recurso a fim de que seja concedida a ordem para que o paciente possa progredir de regime após o cumprimento de 1/6 da pena. O Ministério Público manifestou-se no sentido do desprovimento do regimental por não vislumbrar razões suficientes para abalar a decisão agravada. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043619. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8 Voto - MIN. LUIZ FUX 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.452 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Esta Primeira Turma, em acórdão recente, proferido no HC n. 109.956, decidiu “não mais admitir habeas corpus que tenha por objetivo substituir o Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC)”, não fazendo sentido qualquer retrocesso. In casu, o paciente consta no rol de legitimados a impetrar habeas corpus originário nesta Corte. No que tange à questão de mérito deduzida no writ, a minorante do art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, não retirou o caráter hediondo do crime de tráfico de entorpecentes, limitando-se, por critérios de razoabilidade e proporcionalidade, a abrandar a pena do pequeno e eventual traficante, em contrapartida com o grande e contumaz traficante, ao qual a Lei de Drogas conferiu punição mais rigorosa que a lei anterior. Destarte, o reconhecimento da benesse ora pretendida – progressão da pena após o cumprimento de 1/6 – e não das frações previstas na Lei de Drogas, de 2/5, se primário, e de 3/5, se reincidente – constituirá incentivo a que as pessoas cada vez mais se aventurem no tráfico, ante o ínfimo tempo em que ficarão presas. Deveras, a aplicação da minorante na fração de 2/3 sobre a pena mínima de 5 (cinco), anos cominada para o crime de tráfico de drogas, leva ao quantum de 1 (um) ano e 8 (oito) meses), sendo certo que o réu cumprirá apenas 5 (cinco) meses de reclusão para lograr progressão de regime. Vale conferir, a propósito, a elucidativa manifestação do Ministério Público Federal, verbis: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043620. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.452 RIO GRANDE DO SUL V O T O O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Esta Primeira Turma, em acórdão recente, proferido no HC n. 109.956, decidiu “não mais admitir habeas corpus que tenha por objetivo substituir o Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC)”, não fazendo sentido qualquer retrocesso. In casu, o paciente consta no rol de legitimados a impetrar habeas corpus originário nesta Corte. No que tange à questão de mérito deduzida no writ, a minorante do art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, não retirou o caráter hediondo do crime de tráfico de entorpecentes, limitando-se, por critérios de razoabilidade e proporcionalidade, a abrandar a pena do pequeno e eventual traficante, em contrapartida com o grande e contumaz traficante, ao qual a Lei de Drogas conferiu punição mais rigorosa que a lei anterior. Destarte, o reconhecimento da benesse ora pretendida – progressão da pena após o cumprimento de 1/6 – e não das frações previstas na Lei de Drogas, de 2/5, se primário, e de 3/5, se reincidente – constituirá incentivo a que as pessoas cada vez mais se aventurem no tráfico, ante o ínfimo tempo em que ficarão presas. Deveras, a aplicação da minorante na fração de 2/3 sobre a pena mínima de 5 (cinco), anos cominada para o crime de tráfico de drogas, leva ao quantum de 1 (um) ano e 8 (oito) meses), sendo certo que o réu cumprirá apenas 5 (cinco) meses de reclusão para lograr progressão de regime. Vale conferir, a propósito, a elucidativa manifestação do Ministério Público Federal, verbis: Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043620. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8 Voto - MIN. LUIZ FUX HC 114.452 AGR / RS “[...] 14. Quanto ao mérito, não prospera o argumento de que a aplicação da causa especial de diminuição de pena inscrita no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 retira o caráter hediondo da conduta, atribuído pela Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso XLVIII, e por expressa imposição da Lei nº 8.072/90, em seu art. 2º, inciso I. 15. Nesse sentido, Guilherme de Souza Nucci anota que ‘a causa especial de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, apenas abranda a punição do traficante, mas o delito pelo agente cometido continuas a ser equiparado a hediondo, pois a conduta é tipificada no art. 33, caput, e no § 1º, que assim são considerados. [...[.” Ex positis, voto no sentido do desprovimento do agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043620. Supremo Tribunal Federal HC 114.452 AGR / RS “[...] 14. Quanto ao mérito, não prospera o argumento de que a aplicação da causa especial de diminuição de pena inscrita no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/06 retira o caráter hediondo da conduta, atribuído pela Constituição Federal, em seu art. 5º, inciso XLVIII, e por expressa imposição da Lei nº 8.072/90, em seu art. 2º, inciso I. 15. Nesse sentido, Guilherme de Souza Nucci anota que ‘a causa especial de diminuição prevista no art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, apenas abranda a punição do traficante, mas o delito pelo agente cometido continuas a ser equiparado a hediondo, pois a conduta é tipificada no art. 33, caput, e no § 1º, que assim são considerados. [...[.” Ex positis, voto no sentido do desprovimento do agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3043620. Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8 Voto - MIN. MARCO AURÉLIO 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.452 RIO GRANDE DO SUL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A meu ver, o processo revelador da impetração deve vir à Turma devidamente aparelhado para julgamento. É como procedo no Gabinete e não posso, no Colegiado, adotar entendimento diverso. Provejo o agravo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3042640. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 PRIMEIRA TURMA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.452 RIO GRANDE DO SUL O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A meu ver, o processo revelador da impetração deve vir à Turma devidamente aparelhado para julgamento. É como procedo no Gabinete e não posso, no Colegiado, adotar entendimento diverso. Provejo o agravo. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3042640. Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8 Decisão de Julgamento PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.452 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : LUIZ FERNANDO DOS SANTOS NUNES PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061199 Supremo Tribunal Federal PRIMEIRA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO HABEAS CORPUS 114.452 PROCED. : RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX AGTE.(S) : LUIZ FERNANDO DOS SANTOS NUNES PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber. Subprocurador-Geral da República, Dr. Rodrigo Janot. Carmen Lilian Oliveira de Souza Secretária da Primeira Turma Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3061199 Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3064804
2012-10-16T00:00:00
2012-11-08T00:00:00
Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO HABEAS CORPUS
Ementa: Constitucional e penal. Agravo regimental no Habeas corpus. HC substitutivo de recurso ordinário. Inadmissibilidade. Entendimento recente da Turma. Tráfico de entorpecentes. Progressão de regime após o cumprimento de 1/6 da pena. Improcedência: Exigência legal do cumprimento de 2/5 da pena, se o réu for primário, e de 3/5, se for reincidente. Ausência de error in judicando que justifique a concessão, ex officio, do writ. 1. A Primeira Turma desta Corte, em acórdão recente, proferido no HC n. 109.956, decidiu “não mais admitir habeas corpus que tenha por objetivo substituir o Recurso Ordinário em Habeas Corpus (RHC)”, não fazendo sentido qualquer retrocesso. 2. A minorante do art. 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006, não retirou o caráter hediondo do crime de tráfico de entorpecentes, limitando-se, por critérios de razoabilidade e proporcionalidade, a abrandar a pena do pequeno e eventual traficante, em contrapartida com o grande e contumaz traficante, ao qual a Lei de Drogas conferiu punição mais rigorosa que a prevista na lei anterior. 3. O reconhecimento da progressão de regime após o cumprimento de 1/6 da pena, pelo afastamento da hediondez do crime, desprezando-se as frações de 2/5, se primário, e de 3/5, se reincidente, previstas na Lei de Drogas, constituirá incentivo a que as pessoas cada vez mais se aventurem no tráfico, ante o ínfimo tempo em que permanecerão presas. 4. Agravo regimental desprovido.
sjur218071
- Acórdão citado: (SUBSTITUTO, RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS, INADMISSIBILIDADE) STF: HC 109956 (1ªT) Número de páginas: 8. Análise: 14/11/2012, MAC.
LUIZ FUX
Primeira Turma
114452
[ "LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00033 PAR-00004 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS" ]
HC-AgR
acordaos
HC 114452 AgR
[ "" ]
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL AGTE.(S) : LUIZ FERNANDO DOS SANTOS NUNES AGDO.(A/S) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
[ "" ]
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Ementa e Acórdão 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.568 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS INTDO.(A/S) :ANTÔNIO PEDRO BRAGA FILHO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RENATA CASSIMIRO LIBÂNIO EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DANO AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Brasília, 18 de setembro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863502. Supremo Tribunal Federal DJe 04/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.568 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS INTDO.(A/S) :ANTÔNIO PEDRO BRAGA FILHO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RENATA CASSIMIRO LIBÂNIO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 7 de agosto de 2012, neguei seguimento ao agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade do recurso extraordinário interposto pelo Município de Belo Horizonte contra julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o qual manteve sentença que julgara parcialmente procedente ação civil pública para condenar o Agravante ao pagamento de indenização pela supressão da vantagem da área de preservação permanente. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “4. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 5. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia nos termos seguintes: (…) O Tribunal a quo fundamentou-se na legislação infraconstitucional e no conjunto probatório dos autos. Assim, eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que afasta o cabimento do recurso extraordinário. Ademais, incide na Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863503. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.568 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS INTDO.(A/S) :ANTÔNIO PEDRO BRAGA FILHO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :RENATA CASSIMIRO LIBÂNIO R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Em 7 de agosto de 2012, neguei seguimento ao agravo de instrumento contra decisão de inadmissibilidade do recurso extraordinário interposto pelo Município de Belo Horizonte contra julgado do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, o qual manteve sentença que julgara parcialmente procedente ação civil pública para condenar o Agravante ao pagamento de indenização pela supressão da vantagem da área de preservação permanente. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “4. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 5. O Tribunal de origem decidiu a controvérsia nos termos seguintes: (…) O Tribunal a quo fundamentou-se na legislação infraconstitucional e no conjunto probatório dos autos. Assim, eventual ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria indireta, o que afasta o cabimento do recurso extraordinário. Ademais, incide na Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863503. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório AI 856.568 AGR / MG espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: ‘AI 783.538-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 28.3.2012’. ‘RE 579.291-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 5.6.2009’. Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante. 6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 15.8.2012 (fl. 131), interpõe o Município de Belo Horizonte, em 27.8.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 137-147). 3. Afirma o Agravante que “não se discute, efetivamente, as existências de regras na aludida Lei n. 4.777/65 (Código Florestal), que fixam referidos limites. Falta saber, entretanto, se estas regras, tomadas em conta das decisões regionais, se compatibilizam com as normas gerais que decorrem das competências estabelecidas nos arts. 23, inc. VI, 24, VI, e § 1º, CF/88” (fl. 143). Sustenta que “também não há razão para que subsista o andamento de inadmissibilidade do apelo por incidência da Súmula n. 279/STF, na espécie, uma vez que o aresto impugnado cuidou de trazer devidamente delineada a base fática necessária ao exame da tese expendida no recurso extraordinário” (fl. 144). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863503. Supremo Tribunal Federal AI 856.568 AGR / MG espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: ‘AI 783.538-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, Dje 28.3.2012’. ‘RE 579.291-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 5.6.2009’. Não há, pois, o que prover quanto às alegações do Agravante. 6. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 15.8.2012 (fl. 131), interpõe o Município de Belo Horizonte, em 27.8.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 137-147). 3. Afirma o Agravante que “não se discute, efetivamente, as existências de regras na aludida Lei n. 4.777/65 (Código Florestal), que fixam referidos limites. Falta saber, entretanto, se estas regras, tomadas em conta das decisões regionais, se compatibilizam com as normas gerais que decorrem das competências estabelecidas nos arts. 23, inc. VI, 24, VI, e § 1º, CF/88” (fl. 143). Sustenta que “também não há razão para que subsista o andamento de inadmissibilidade do apelo por incidência da Súmula n. 279/STF, na espécie, uma vez que o aresto impugnado cuidou de trazer devidamente delineada a base fática necessária ao exame da tese expendida no recurso extraordinário” (fl. 144). Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863503. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.568 MINAS GERAIS VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal a quo decidiu: “O objeto da lide cinge-se à responsabilidade pelos danos ambientais ocorridos em área de preservação permanente situadas às margens do Córrego Cercadinho em área urbanizada do Bairro Buritis, desta capital, sendo certo que a construção do edifício foi autorizada pela Administração municipal. (…) A Lei n. 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências, estabelece que: (…). o alvará de construção foi expedido somente em 22//04/2003, quando já ciente o Poder Público da existência do córrego que, nos termos do art. 2º, a, I, do Código Florestal, é considerado área de preservação permanente – APP. (…) Uma vez ausente o estudo prévio de impacto ambiental, incabível a aplicação do disposto no art. 13 da Lei estadual n. 14.309/2002, como reclamam os requeridos, que traz hipóteses que autorizam a supressão de vegetação em área de preservação permanente” (fls. 328-335 – grifos nossos). 3. Como assentado na decisão agravada, divergir das instâncias originárias demandaria o reexame de fatos e provas e a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis n. 4.777/1965, 6.938/1981 e Lei estadual n. 14.390/2002), inviáveis em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863504. Supremo Tribunal Federal 18/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.568 MINAS GERAIS VOTO A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal a quo decidiu: “O objeto da lide cinge-se à responsabilidade pelos danos ambientais ocorridos em área de preservação permanente situadas às margens do Córrego Cercadinho em área urbanizada do Bairro Buritis, desta capital, sendo certo que a construção do edifício foi autorizada pela Administração municipal. (…) A Lei n. 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências, estabelece que: (…). o alvará de construção foi expedido somente em 22//04/2003, quando já ciente o Poder Público da existência do córrego que, nos termos do art. 2º, a, I, do Código Florestal, é considerado área de preservação permanente – APP. (…) Uma vez ausente o estudo prévio de impacto ambiental, incabível a aplicação do disposto no art. 13 da Lei estadual n. 14.309/2002, como reclamam os requeridos, que traz hipóteses que autorizam a supressão de vegetação em área de preservação permanente” (fls. 328-335 – grifos nossos). 3. Como assentado na decisão agravada, divergir das instâncias originárias demandaria o reexame de fatos e provas e a análise prévia da legislação infraconstitucional aplicável à espécie (Leis n. 4.777/1965, 6.938/1981 e Lei estadual n. 14.390/2002), inviáveis em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863504. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA AI 856.568 AGR / MG Federal.Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO AMBIENTAL. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 783.538-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 28.3.2012). “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE POR DANOS AMBIENTAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. FATOS E PROVAS. 1. O acórdão recorrido decidiu a lide com base na legislação infraconstitucional. Inadmissível o recurso extraordinário porquanto a ofensa à Constituição Federal, se existente, se daria de maneira reflexa. 2. Decidir de maneira diferente do que deliberado pelo tribunal a quo demandaria o reexame de fatos e provas da causa, ante a incidência da Súmula STF 279. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 579.291-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 5.6.2009). 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863504. Supremo Tribunal Federal AI 856.568 AGR / MG Federal.Confiram-se os seguintes julgados: “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. DANO AMBIENTAL. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI 783.538-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe 28.3.2012). “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RESPONSABILIDADE POR DANOS AMBIENTAIS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. FATOS E PROVAS. 1. O acórdão recorrido decidiu a lide com base na legislação infraconstitucional. Inadmissível o recurso extraordinário porquanto a ofensa à Constituição Federal, se existente, se daria de maneira reflexa. 2. Decidir de maneira diferente do que deliberado pelo tribunal a quo demandaria o reexame de fatos e provas da causa, ante a incidência da Súmula STF 279. 3. Agravo regimental a que se nega provimento” (RE 579.291-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 5.6.2009). 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2863504. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.568 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS INTDO.(A/S) : ANTÔNIO PEDRO BRAGA FILHO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RENATA CASSIMIRO LIBÂNIO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849326 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 856.568 PROCED. : MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS INTDO.(A/S) : ANTÔNIO PEDRO BRAGA FILHO E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) : RENATA CASSIMIRO LIBÂNIO Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão o Senhor Ministro Gilmar Mendes e a Senhora Ministra Cármen Lúcia. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2849326 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=2875189
2012-09-18T00:00:00
2012-10-04T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausentes, justificadamente, os Senhores Ministros Celso de Mello e Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 18.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. DANO AMBIENTAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur215973
- Acórdãos citados: AI 783538 AgR, RE 579291 AgR. Número de páginas: 6. Análise: 15/10/2012, MJC.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
856568
[ "LEG-FED LEI-004777 ANO-1965\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED LEI-006938 ANO-1981\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n", "LEG-EST LEI-014390 ANO-2002\r\n LEI ORDINÁRIA, MG" ]
AI-AgR
acordaos
AI 856568 AgR
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AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS ADV.(A/S) : RENATA CASSIMIRO LIBÂNIO INTDO.(A/S) : ANTÔNIO PEDRO BRAGA FILHO E OUTRO(A/S)
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Ementa e Acórdão 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.734 GOIÁS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) :EULOGUE MOREIRA DE MIRANDA ADV.(A/S) :EDINA MARIA ROCHA LIMA EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da Relatora. Brasília, 16 de outubro de 2012. Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034581. Supremo Tribunal Federal DJe 07/11/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.734 GOIÁS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) :EULOGUE MOREIRA DE MIRANDA ADV.(A/S) :EDINA MARIA ROCHA LIMA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 20 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Estado de Goiás contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual decidira que, “se houve a prestação de serviços junto ao Estado de Goiás, na condição de contratado como pro labore, percebendo sua remuneração dos cofres públicos e fazendo o recolhimento previdenciário, faz jus o autor [ora Agravado] à averbação do tempo de serviço pleiteada na exordial”. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 6. (…). Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria o reexame do conjunto fático- probatório constante dos autos, procedimento incabível de ser adotado validamente em recurso extraordinário, nos termos do que dispõe a Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal. Nesse sentido: (...) (ARE 681.268-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, Dje 5.9.2012). A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do Agravante. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034582. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.734 GOIÁS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) :ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) :EULOGUE MOREIRA DE MIRANDA ADV.(A/S) :EDINA MARIA ROCHA LIMA R E L A T Ó R I O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Em 20 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos do recurso extraordinário interposto pelo Estado de Goiás contra julgado do Tribunal de Justiça daquele Estado, o qual decidira que, “se houve a prestação de serviços junto ao Estado de Goiás, na condição de contratado como pro labore, percebendo sua remuneração dos cofres públicos e fazendo o recolhimento previdenciário, faz jus o autor [ora Agravado] à averbação do tempo de serviço pleiteada na exordial”. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação: “5. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 6. (…). Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias originárias demandaria o reexame do conjunto fático- probatório constante dos autos, procedimento incabível de ser adotado validamente em recurso extraordinário, nos termos do que dispõe a Súmula n. 279 deste Supremo Tribunal. Nesse sentido: (...) (ARE 681.268-AgR, Rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, Dje 5.9.2012). A decisão agravada, embasada nos dados constantes do acórdão recorrido, está em harmonia com a jurisprudência deste Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às alegações do Agravante. Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034582. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório ARE 710.734 AGR / GO 7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 28.9.2012, interpõe o Estado de Goiás, em 5.10.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega o Agravante que “o fundamento jurídico para a concessão da segurança pela Corte de Origem afrontou de forma direta o disposto no inciso II do art. 37 da Carta Federal. Cumpre ressaltar que a referida decisão não merece prosperar pela aplicação da Súmula 279, uma vez que para aplicação exata da norma constitucional no caso em tela prescinde-se da análise de qualquer questão probatória. Os fatos e provas carreados aos autos são dispensáveis para o resguardo da regra do concurso público que tem interpretação objetiva e precisa”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034582. Supremo Tribunal Federal ARE 710.734 AGR / GO 7. Pelo exposto, nego seguimento a este agravo (art. 544, § 4º, inc. II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”. 2. Publicada essa decisão no DJe de 28.9.2012, interpõe o Estado de Goiás, em 5.10.2012, tempestivamente, agravo regimental. 3. Alega o Agravante que “o fundamento jurídico para a concessão da segurança pela Corte de Origem afrontou de forma direta o disposto no inciso II do art. 37 da Carta Federal. Cumpre ressaltar que a referida decisão não merece prosperar pela aplicação da Súmula 279, uma vez que para aplicação exata da norma constitucional no caso em tela prescinde-se da análise de qualquer questão probatória. Os fatos e provas carreados aos autos são dispensáveis para o resguardo da regra do concurso público que tem interpretação objetiva e precisa”. Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do presente recurso. É o relatório. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034582. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.734 GOIÁS V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu: “Compulsando os autos, verifica-se ter o autor comprovado ter trabalhado nos períodos compreendidos entre setembro/1996 a novembro/1998, como auxiliar de serviços gerais da Secretaria Estadual de Educação e Cultura, tempo este que não lhe pode ser suprimido, até mesmo para evitar que o Estado – que violou a legislação – tire proveito da ilegalidade. Se a Administração Pública Estadual admitiu o insurgente de maneira irregular no serviço público, não pode agora privar-lhe de direitos alegando a nulidade do contrato de trabalho, sob pena de beneficiar-se de sua própria torpeza”. 3. Como posto na decisão agravada, concluir de modo diverso das instâncias ordinárias demandaria a análise das provas dos autos, inviável em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor estadual. Magistério. Averbação do tempo de serviço. Ofensa a direito local. Precedentes. 1. Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação local e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nº 280 e 279/STF. 2. Agravo regimental não provido” (ARE 644.397-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 22.5.2012). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034583. Supremo Tribunal Federal 16/10/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.734 GOIÁS V O T O A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora): 1. Razão jurídica não assiste ao Agravante. 2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu: “Compulsando os autos, verifica-se ter o autor comprovado ter trabalhado nos períodos compreendidos entre setembro/1996 a novembro/1998, como auxiliar de serviços gerais da Secretaria Estadual de Educação e Cultura, tempo este que não lhe pode ser suprimido, até mesmo para evitar que o Estado – que violou a legislação – tire proveito da ilegalidade. Se a Administração Pública Estadual admitiu o insurgente de maneira irregular no serviço público, não pode agora privar-lhe de direitos alegando a nulidade do contrato de trabalho, sob pena de beneficiar-se de sua própria torpeza”. 3. Como posto na decisão agravada, concluir de modo diverso das instâncias ordinárias demandaria a análise das provas dos autos, inviável em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido: “Agravo regimental no recurso extraordinário. Servidor estadual. Magistério. Averbação do tempo de serviço. Ofensa a direito local. Precedentes. 1. Inadmissível em recurso extraordinário a análise da legislação local e o reexame dos fatos e das provas dos autos. Incidência das Súmulas nº 280 e 279/STF. 2. Agravo regimental não provido” (ARE 644.397-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 22.5.2012). Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034583. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA ARE 710.734 AGR / GO “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ADMINISTRATIVO. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO EM REGIME PRÓ-LABORE. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos. Incidência da Súmula 279 desta Corte. Precedentes. III – Agravo regimental improvido” (ARE 658.763-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 13.8.2012). 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034583. Supremo Tribunal Federal ARE 710.734 AGR / GO “AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. ADMINISTRATIVO. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO PRESTADO EM REGIME PRÓ-LABORE. NECESSIDADE DE REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I – Ausência de prequestionamento da questão constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais, se os embargos declaratórios não foram opostos com a finalidade de suprir essa omissão, é inviável o recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II – Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto fático-probatório constante dos autos. Incidência da Súmula 279 desta Corte. Precedentes. III – Agravo regimental improvido” (ARE 658.763-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma, DJe 13.8.2012). 4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente prestação jurisdicional. 5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental. 2 Supremo Tribunal Federal Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3034583. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.734 PROCED. : GOIÁS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) : EULOGUE MOREIRA DE MIRANDA ADV.(A/S) : EDINA MARIA ROCHA LIMA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052217 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710.734 PROCED. : GOIÁS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS AGDO.(A/S) : EULOGUE MOREIRA DE MIRANDA ADV.(A/S) : EDINA MARIA ROCHA LIMA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Mário José Gisi. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3052217 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3060018
2012-10-16T00:00:00
2012-11-07T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. 2ª Turma, 16.10.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. AVERBAÇÃO DE TEMPO DE SERVIÇO. IMPOSSIBILIDADE DE REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
sjur217960
- Acórdãos citados: (SÚMULA 279) STF: ARE 644397 AgR(1ªT), ARE 658763 AgR(2ªT). Número de páginas: 6. Análise: 13/11/2012, LLD.
CÁRMEN LÚCIA
Segunda Turma
710734
[ "LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 710734 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ESTADO DE GOIÁS PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS ADV.(A/S) : EDINA MARIA ROCHA LIMA AGDO.(A/S) : EULOGUE MOREIRA DE MIRANDA
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 710 . 734", "SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "Súmula n . 279 deste Supremo Tribunal", "ARE 681 . 268 - AgR", "Súmula n . 279 deste Supremo Tribunal", "ARE 681 . 268", "ARE 710 . 734 AGR / GO", "ARE 710", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "Súmulas [UNK] 280 e 279 / STF", "ARE 644 . 397 - AgR", "Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal", "Súmulas [UNK] 280 e 279 / STF", "ARE 644 . 397 - AgR", "ARE 710 . 734 AGR / GO", "SÚMULAS 282", "Súmula 282 do STF", "Súmula 356 do STF", "Súmula 279 desta Corte", "ARE 658 . 763 - AgR", "ARE 710 . 734 AGR /", "SÚMULAS 282", "SÚMULA 279 DO STF", "Súmula 356 do STF", "ARE 658 . 763 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil", "art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "inciso II do art . 37 da Carta Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , inc . 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Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.102 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA ADV.(A/S) :JONAS LOPES DE CARVALHO NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA EMENTA: ELEITORAL. ART. 36-A DA LEI 9.504/1997. PROPAGANDA ELEITORAL. MULTA. NATUREZA INFRACONSTITUCONAL DA MATÉRIA. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido da natureza infraconstitucional da discussão a respeito da suposta violação de princípios constitucionais na aplicação da Lei 9.504/1997 (Lei das Eleições). Precedentes: AI 247.907-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence; AI 569.107-AgR, rel. min. Carlos Britto, entre outros. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877341. Supremo Tribunal Federal DJe 25/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.102 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA ADV.(A/S) :JONAS LOPES DE CARVALHO NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental de decisão monocrática na qual neguei seguimento a agravo em recurso extraordinário. Transcrevo o inteiro teor da decisão agravada (fls. 595-596): Trata-se de agravo interposto contra decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral que não admitiu recurso extraordinário de acórdão proferido por aquela corte superior em sede de agravo de instrumento em recurso especial eleitoral. No acórdão regional contra o qual foi interposto o recurso especial denegado, o ora recorrente foi condenado a pena de multa de R$ 5.000,00 em razão de propaganda eleitoral antecipada, com fundamento no § 3º do art. 36 da Lei 9.504/1997. Transcrevo trecho da ementa do julgamento então proferido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (fl. 127): Mérito. Propaganda eleitoral extemporânea nitidamente caracterizada. O beneficiário da divulgação não somente anunciou de forma expressa sua pré- candidatura ao Governo do Estado, como tentou mostrar aos ouvintes que seria o mais apto ao exercício da função, sendo secundado no seu discurso eleitoreiro pela dicção Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877342. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.102 RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA ADV.(A/S) :JONAS LOPES DE CARVALHO NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) :MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental de decisão monocrática na qual neguei seguimento a agravo em recurso extraordinário. Transcrevo o inteiro teor da decisão agravada (fls. 595-596): Trata-se de agravo interposto contra decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral que não admitiu recurso extraordinário de acórdão proferido por aquela corte superior em sede de agravo de instrumento em recurso especial eleitoral. No acórdão regional contra o qual foi interposto o recurso especial denegado, o ora recorrente foi condenado a pena de multa de R$ 5.000,00 em razão de propaganda eleitoral antecipada, com fundamento no § 3º do art. 36 da Lei 9.504/1997. Transcrevo trecho da ementa do julgamento então proferido pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (fl. 127): Mérito. Propaganda eleitoral extemporânea nitidamente caracterizada. O beneficiário da divulgação não somente anunciou de forma expressa sua pré- candidatura ao Governo do Estado, como tentou mostrar aos ouvintes que seria o mais apto ao exercício da função, sendo secundado no seu discurso eleitoreiro pela dicção Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877342. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Relatório ARE 643.102 AGR / RJ do radialista e entrevistador. Conteúdo que extrapolou as permissões emanadas do artigo 36-A da Lei das Eleições. Ao cotejo das provas restou a assertiva quanto à efetiva ocorrência do pedido de votos ou apoio do eleitor, sendo certo que não se observou o tratamento isonômico quanto aos demais eventuais candidatos. Precedentes. No Tribunal Superior Eleitoral, o agravo de instrumento foi desprovido em razão da ausência de impugnação de todos os fundamentos da decisão agravada (fls. 227-230). Interposto recurso extraordinário, a decisão ora recorrida salientou o caráter infraconstitucional da matéria (fls. 280-281). No presente recurso, alega-se violação dos arts. 5º, IV e IX, e 220, da Constituição. É o relatório. Decido. O agravo, alegando que o acórdão recorrido ofende os preceitos do arts. 5º, IV e IX, e 220, da Constituição, versa questões constitucionais não ventiladas no acórdão proferido pelo Tribunal Superior Eleitoral e que não foram objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356). Veja-se, nesse sentido, o acórdão proferido pela Primeira Turma no AI 247.907-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 08.10.1999. Por outro lado, a alegação de violação aos dispositivos impugnados demanda o exame prévio da legislação infraconstitucional, de modo que se trata de alegação de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, ver, por exemplo, o acórdão proferido pela Primeira Turma no AI 569.107-AgR, rel. min. Carlos Britto, DJ 20.04.2006. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. O agravante reitera, nesta oportunidade, o suposto cerceamento de sua liberdade de expressão. Sustenta, também, que a mera manifestação de opinião não pode ser considerada como propaganda eleitoral 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877342. Supremo Tribunal Federal ARE 643.102 AGR / RJ do radialista e entrevistador. Conteúdo que extrapolou as permissões emanadas do artigo 36-A da Lei das Eleições. Ao cotejo das provas restou a assertiva quanto à efetiva ocorrência do pedido de votos ou apoio do eleitor, sendo certo que não se observou o tratamento isonômico quanto aos demais eventuais candidatos. Precedentes. No Tribunal Superior Eleitoral, o agravo de instrumento foi desprovido em razão da ausência de impugnação de todos os fundamentos da decisão agravada (fls. 227-230). Interposto recurso extraordinário, a decisão ora recorrida salientou o caráter infraconstitucional da matéria (fls. 280-281). No presente recurso, alega-se violação dos arts. 5º, IV e IX, e 220, da Constituição. É o relatório. Decido. O agravo, alegando que o acórdão recorrido ofende os preceitos do arts. 5º, IV e IX, e 220, da Constituição, versa questões constitucionais não ventiladas no acórdão proferido pelo Tribunal Superior Eleitoral e que não foram objeto de embargos de declaração, faltando-lhe, pois, o indispensável prequestionamento (Súmulas 282 e 356). Veja-se, nesse sentido, o acórdão proferido pela Primeira Turma no AI 247.907-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence, DJ 08.10.1999. Por outro lado, a alegação de violação aos dispositivos impugnados demanda o exame prévio da legislação infraconstitucional, de modo que se trata de alegação de ofensa indireta ou reflexa ao texto constitucional, o que dá margem ao descabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, ver, por exemplo, o acórdão proferido pela Primeira Turma no AI 569.107-AgR, rel. min. Carlos Britto, DJ 20.04.2006. Ante o exposto, nego seguimento ao recurso. Publique-se. O agravante reitera, nesta oportunidade, o suposto cerceamento de sua liberdade de expressão. Sustenta, também, que a mera manifestação de opinião não pode ser considerada como propaganda eleitoral 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877342. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Relatório ARE 643.102 AGR / RJ antecipada. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877342. Supremo Tribunal Federal ARE 643.102 AGR / RJ antecipada. É o relatório. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877342. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.102 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão o agravante. Conforme observei por ocasião da decisão agravada, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que possui natureza infraconstitucional a discussão a respeito da suposta violação de princípios constitucionais na aplicação da Lei 9.504/1997 (Lei das Eleições). São precedentes nesse sentido, além dos já mencionados por ocasião da decisão agravada: AI 481.605-AgR, rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 13.03.2009; RE 301.343, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 31.10.2001; RE 454.130, rel. p. acórdão min. Carlos Britto, Pleno, DJ 30.06.2006; AI 662.705, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 09.11.2007; AI 648.270-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 23.11.2007; RE 591.849-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 03.04.2009; AI 688.299-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 15.05.2009. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877343. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.102 RIO DE JANEIRO V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão o agravante. Conforme observei por ocasião da decisão agravada, a jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que possui natureza infraconstitucional a discussão a respeito da suposta violação de princípios constitucionais na aplicação da Lei 9.504/1997 (Lei das Eleições). São precedentes nesse sentido, além dos já mencionados por ocasião da decisão agravada: AI 481.605-AgR, rel. min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 13.03.2009; RE 301.343, rel. min. Moreira Alves, Primeira Turma, DJ 31.10.2001; RE 454.130, rel. p. acórdão min. Carlos Britto, Pleno, DJ 30.06.2006; AI 662.705, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 09.11.2007; AI 648.270-AgR, rel. min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 23.11.2007; RE 591.849-AgR, rel. min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 03.04.2009; AI 688.299-AgR, rel. min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 15.05.2009. Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2877343. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.102 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : JONAS LOPES DE CARVALHO NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885378 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643.102 PROCED. : RIO DE JANEIRO RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : JONAS LOPES DE CARVALHO NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885378 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3013992
2012-09-25T00:00:00
2012-10-25T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
Ementa: ELEITORAL. ART. 36-A DA LEI 9.504/1997. PROPAGANDA ELEITORAL. MULTA. NATUREZA INFRACONSTITUCONAL DA MATÉRIA. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido da natureza infraconstitucional da discussão a respeito da suposta violação de princípios constitucionais na aplicação da Lei 9.504/1997 (Lei das Eleições). Precedentes: AI 247.907-AgR, rel. min. Sepúlveda Pertence; AI 569.107-AgR, rel. min. Carlos Britto, entre outros. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217330
- Acórdãos citados: AI 247907 AgR, AI 569107 AgR, AI 481605 AgR, RE 301343, RE 454130, AI 662705, AI 648270 AgR, RE 591849 AgR, AI 688299 AgR. Número de páginas: 6. Análise: 26/10/2012, MJC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
643102
[ "LEG-FED LEI-009504 ANO-1997\r\n ART-0036A \r\n LEI ORDINÁRIA" ]
ARE-AgR
acordaos
ARE 643102 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA ADV.(A/S) : JONAS LOPES DE CARVALHO NETO E OUTRO(A/S) AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA ADV.(A/S) : BIANCA CRUZ DE CARVALHO
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 643 . 102", "AI 247 . 907 - AgR", "AI 569 . 107 - AgR", "ARE 643 . 102 AGR / RJ", "AI 247 . 907 - AgR", "AI 569 . 107 - AgR", "ARE 643 . 102 AGR / RJ", "AI 247 . 907 - AgR", "AI 569 . 107 - AgR", "ARE 643 . 102 AGR / RJ", "ARE 643 . 102 AGR / RJ", "AI 481 . 605 - AgR", "RE 301 . 343", "RE 454 . 130", "AI 662 . 705", "AI 648 . 270 - AgR", "RE 591 . 849 - AgR", "AI 688 . 299 - AgR", "AI 481 . 605 - AgR", "RE 301 . 343", "RE 454 . 130", "AI 662 . 705", "AI 648 . 270 - AgR", "RE 591 . 849 - AgR", "AI 688 . 299 - AgR" ], "LEGISLACAO": [ "ART . 36 - A DA LEI 9 . 504 / 1997", "Lei 9 . 504 / 1997", "Lei das Eleições", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ [UNK] do art . 36 da Lei 9 . 504 / 1997", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "§ [UNK] do art . 36 da Lei", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 36 - A da Lei das Eleições", "arts . [UNK] , IV e IX , e 220 , da Constituição", "arts . [UNK] , IV e IX , e 220 , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 36 - A da Lei das Eleições", "arts . [UNK] , IV e IX , e 220 , da Constituição", "arts . [UNK] , IV e IX , e 220 , da Constituição", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei 9 . 504 / 1997", "Lei das Eleições", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "Lei 9 . 504 / 1997", "Lei das Eleições", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001" ], "LOCAL": [ "RIO DE JANEIRO", "Brasília", "RIO DE JANEIRO", "Estado", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO", "RIO DE JANEIRO" ], "ORGANIZACAO": [ "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL", "Tribunal Superior Eleitoral", "Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL", "Tribunal Superior Eleitoral", "Tribunal", "Regional Eleitoral do Rio de Janeiro", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Tribunal Superior Eleitoral", "Tribunal Superior Eleitoral", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Tribunal Superior Eleitoral", "Tribunal Superior Eleitoral", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "Infraestrutura de", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "Supremo Tribunal Federal", "Primeira Turma", "Primeira Turma", "Pleno", "Primeira Turma", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Segunda Turma", "Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil", "Supremo Tribunal Federal", "SEGUNDA TURMA", "MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL", "[UNK] Turma", "Infra", "-", "estrutura de Chaves Públicas Brasileira", "ICP", "-", "Brasil" ], "PESSOA": [ "JOAQUIM BARBOSA", "ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA", "JONAS LOPES DE CARVALHO NETO", "Sepúlveda Pertence", "Carlos Britto", "Ricardo Lewandowski", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA", "JONAS LOPES DE CARVALHO NETO", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA", "JONAS LOPES DE CARVALHO NETO", "JOAQUIM BARBOSA", "Sepúlveda Pertence", "Carlos Britto", "Sepúlveda Pertence", "Carlos Britto", "JOAQUIM BARBOSA", "JOAQUIM BARBOSA", "Marco Aurélio", "Moreira Alves", "Carlos Britto", "Ricardo Lewandowski", "Eros Grau", "Ellen Gracie", "Celso de Mello", "JOAQUIM BARBOSA", "Marco Aurélio", "Moreira Alves", "Carlos Britto", "Ricardo Lewandowski", "Eros Grau", "Ellen Gracie", "Celso de Mello", "JOAQUIM BARBOSA", "ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS DE OLIVEIRA", "JONAS LOPES DE CARVALHO NETO", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte", "JOAQUIM BARBOSA", "ANTHONY WILLIAM GAROTINHO MATHEUS", "JONAS LOPES DE CARVALHO NETO", "Ricardo Lewandowski", "Celso de Mello", "Gilmar Mendes", "Joaquim Barbosa", "Cármen Lúcia", "Francisco de Assis Vieira Sanseverino", "Fabiane Duarte" ], "TEMPO": [ "25", "/", "09", "/", "2012", "25 de setembro de 2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "10", "/", "2012", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", ".", "10", ".", "1999", "20", ".", "04", ".", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "08", ".", "10", ".", "1999", "20", ".", "04", ".", "2006", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "13", ".", "03", ".", "2009", "31", ".", "10", ".", "2001", "30", ".", "06", ".", "2006", "09", ".", "11", ".", "2007", "23", ".", "11", ".", "2007", "03", ".", "04", ".", "2009", "15", ".", "05", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", "/", "09", "/", "2012", "13", ".", "03", ".", "2009", "31", ".", "10", ".", "2001", "30", ".", "06", ".", "2006", "09", ".", "11", ".", "2007", "23", ".", "11", ".", "2007", "03", ".", "04", ".", "2009", "15", ".", "05", ".", "2009", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001", "25", ".", "09", ".", "2012", "24", "/", "08", "/", "2001" ] }
Ementa e Acórdão 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.105 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL ADV.(A/S) :PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PEÇA OBRIGATÓRIA À FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO NO MOMENTO DA INTERPOSIÇÃO. JUNTADA TARDIA DOS DOCUMENTOS FALTANTES. IMPOSSIBILIDADE. PRECLUSÃO. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o traslado deve processar-se perante o Tribunal a quo no prazo da interposição do agravo de instrumento (Súmula 288/STF e art. art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil - redação anterior à Lei 12.322/2010). Interposto o recurso cabível, opera-se a preclusão consumativa, não sendo possível a complementação do traslado. Agravo regimental a que se nega provimento. A C Ó R D Ã O Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao recurso de agravo, nos termos do voto do Relator. Brasília, 25 de setembro de 2012. Ministro JOAQUIM BARBOSA Relator Documento assinado digitalmente Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969825. Supremo Tribunal Federal DJe 25/10/2012 Supremo Tribunal Federal Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 Relatório 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.105 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL ADV.(A/S) :PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “A juntada ao instrumento de peças de traslado obrigatório para o conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil, na redação anterior à Lei 12.322/10) deve processar-se perante o tribunal a quo no prazo de interposição do agravo de instrumento, sob pena de preclusão. No caso dos autos, após o prazo recursal, a agravante requereu a juntada das cópias da petição do recurso extraordinário e da primeira página das contrarrazões, porque elas haviam sido anexadas ao agravo de instrumento referente ao ao recurso especial, por erro grosseiro do patrono (fls. 71). Dessa forma, verifica-se que a agravante juntou extemporaneamente, neste agravo de instrumento, as cópias já referidas. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento. Publique-se.” (fls. 100) Em síntese, sustenta-se que deveria ser desconsiderado o erro material do advogado e conhecido o agravo de instrumento. Mantenho a decisão agravada e trago o presente recurso à apreciação da Turma. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969826. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.105 DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) :UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL ADV.(A/S) :PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA AGDO.(A/S) :DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) :PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL R E L A T Ó R I O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Trata-se de agravo regimental interposto da seguinte decisão: “A juntada ao instrumento de peças de traslado obrigatório para o conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil, na redação anterior à Lei 12.322/10) deve processar-se perante o tribunal a quo no prazo de interposição do agravo de instrumento, sob pena de preclusão. No caso dos autos, após o prazo recursal, a agravante requereu a juntada das cópias da petição do recurso extraordinário e da primeira página das contrarrazões, porque elas haviam sido anexadas ao agravo de instrumento referente ao ao recurso especial, por erro grosseiro do patrono (fls. 71). Dessa forma, verifica-se que a agravante juntou extemporaneamente, neste agravo de instrumento, as cópias já referidas. Ante o exposto, nego seguimento ao agravo de instrumento. Publique-se.” (fls. 100) Em síntese, sustenta-se que deveria ser desconsiderado o erro material do advogado e conhecido o agravo de instrumento. Mantenho a decisão agravada e trago o presente recurso à apreciação da Turma. É o relatório. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969826. Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.105 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte ora agravante. Conforme salientei na decisão ora agravada, a juntada ao instrumento de peças de traslado obrigatório para o conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil, na redação anterior à Lei 12.322/10) deve processar-se perante o Tribunal a quo no prazo de interposição do agravo de instrumento, sob pena de preclusão. No caso dos autos, após o prazo recursal, a agravante requereu a juntada das cópias da petição do recurso extraordinário e da primeira página das contrarrazões, porque elas haviam sido anexadas ao agravo de instrumento referente ao ao recurso especial, por erro grosseiro do patrono (fls. 71). Dessa forma, verifica-se que a agravante juntou extemporaneamente as cópias já referidas, o que impede o conhecimento do agravo de instrumento. No mesmo sentido: “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Ausência de peças obrigatórias à formação do instrumento de agravo (art. 544, § 1º, do CPC). 3. Ônus de fiscalização do agravante. Precedentes. 4. Juntada Extemporânea. Desconsideração. Preclusão consumativa. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 770.119-AgR, rel. min. Presidente, Tribunal Pleno, DJe de 07.05.2010) “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ICMS. CREDITAMENTO EXTEMPORÂNEO DO DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA INTERESTADUAL. AUSÊNCIA DE PEÇA OBRIGATÓRIA. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969827. Supremo Tribunal Federal 25/09/2012 SEGUNDA TURMA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.105 DISTRITO FEDERAL V O T O O SENHOR MINISTRO JOAQUIM BARBOSA (RELATOR): Sem razão a parte ora agravante. Conforme salientei na decisão ora agravada, a juntada ao instrumento de peças de traslado obrigatório para o conhecimento do agravo (Súmula 288/STF e art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil, na redação anterior à Lei 12.322/10) deve processar-se perante o Tribunal a quo no prazo de interposição do agravo de instrumento, sob pena de preclusão. No caso dos autos, após o prazo recursal, a agravante requereu a juntada das cópias da petição do recurso extraordinário e da primeira página das contrarrazões, porque elas haviam sido anexadas ao agravo de instrumento referente ao ao recurso especial, por erro grosseiro do patrono (fls. 71). Dessa forma, verifica-se que a agravante juntou extemporaneamente as cópias já referidas, o que impede o conhecimento do agravo de instrumento. No mesmo sentido: “Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Ausência de peças obrigatórias à formação do instrumento de agravo (art. 544, § 1º, do CPC). 3. Ônus de fiscalização do agravante. Precedentes. 4. Juntada Extemporânea. Desconsideração. Preclusão consumativa. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 770.119-AgR, rel. min. Presidente, Tribunal Pleno, DJe de 07.05.2010) “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ICMS. CREDITAMENTO EXTEMPORÂNEO DO DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA INTERESTADUAL. AUSÊNCIA DE PEÇA OBRIGATÓRIA. Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969827. Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 753.105 AGR / DF INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288/STF. 1. A cópia do inteiro teor do acórdão prolatado pelo Tribunal a quo constitui peça essencial à formação do instrumento, artigo 544, § 1º, do CPC e Súmula 288 do STF. 2. A completa formação do instrumento, com as peças obrigatórias e essenciais à compreensão da controvérsia constitui ônus processual do agravante. Precedente: AI n. 237.361-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 1º.10.99. 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: `ICMS - Pretendida existência de relação jurídica que autorize o creditamento extemporâneo do diferencial de alíquota interestadual, destacado na nota, ainda que a empresa remetente seja titular de ‘regimes especiais’ - Benefícios financeiros não previstos em convênio - Ausência de ofensa aos princípios da não cumulatividade - Inexistência de violação às normas constitucionais - Recurso voluntário e reexame necessário providos.´ 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 792.910- AgR, rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 08.03.2012) “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. REITERAÇÃO DAS RAZÕES RECURSAIS. DEVER DE FISCALIZAÇÃO NA FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO. JUNTADA TARDIA DOS DOCUMENTOS. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. O acórdão embargado é claro ao fundamentar que constitui ônus da parte agravante fiscalizar a formação do instrumento por ocasião da interposição do agravo, ou seja, no Tribunal a quo. A juntada posterior, portanto, tardia, de peça de traslado obrigatório não possui o condão de suprir a referida omissão. Precedentes. Não observância das exigências do art. 337 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Embargos de declaração rejeitados.” (AI 757.001-AgR-ED, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ de 02.3.2011) “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. JUNTADA POSTERIOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969827. Supremo Tribunal Federal AI 753.105 AGR / DF INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288/STF. 1. A cópia do inteiro teor do acórdão prolatado pelo Tribunal a quo constitui peça essencial à formação do instrumento, artigo 544, § 1º, do CPC e Súmula 288 do STF. 2. A completa formação do instrumento, com as peças obrigatórias e essenciais à compreensão da controvérsia constitui ônus processual do agravante. Precedente: AI n. 237.361-AgR, Relator o Ministro Maurício Corrêa, DJ de 1º.10.99. 3. In casu, o acórdão recorrido assentou: `ICMS - Pretendida existência de relação jurídica que autorize o creditamento extemporâneo do diferencial de alíquota interestadual, destacado na nota, ainda que a empresa remetente seja titular de ‘regimes especiais’ - Benefícios financeiros não previstos em convênio - Ausência de ofensa aos princípios da não cumulatividade - Inexistência de violação às normas constitucionais - Recurso voluntário e reexame necessário providos.´ 4. Agravo regimental a que se nega provimento.” (AI 792.910- AgR, rel. Min. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe de 08.03.2012) “EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. REITERAÇÃO DAS RAZÕES RECURSAIS. DEVER DE FISCALIZAÇÃO NA FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO. JUNTADA TARDIA DOS DOCUMENTOS. AUSÊNCIA DE OMISSÃO. O acórdão embargado é claro ao fundamentar que constitui ônus da parte agravante fiscalizar a formação do instrumento por ocasião da interposição do agravo, ou seja, no Tribunal a quo. A juntada posterior, portanto, tardia, de peça de traslado obrigatório não possui o condão de suprir a referida omissão. Precedentes. Não observância das exigências do art. 337 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal. Embargos de declaração rejeitados.” (AI 757.001-AgR-ED, rel. min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ de 02.3.2011) “AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. JUNTADA POSTERIOR 2 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969827. Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6 Voto - MIN. JOAQUIM BARBOSA AI 753.105 AGR / DF DE DOCUMENTO QUE COMPROVARIA O PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL: IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil.” (AI 727.378-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2009) “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEÇAS ESSENCIAIS PARCIALMENTE ILEGÍVEIS. SÚMULA 288 DO STF. IMPOSSIBILIDADE DE JUNTADA POSTERIOR DE DOCUMENTO. AGRAVO IMPROVIDO. I - O agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e também com as necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas. II - É dever processual da parte zelar pela correta formação do instrumento, não sendo possível sanar o vício com a juntada posterior de documento. III - Agravo regimental improvido.” (AI 600.753- AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ de 14.11.2007) Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969827. Supremo Tribunal Federal AI 753.105 AGR / DF DE DOCUMENTO QUE COMPROVARIA O PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL: IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Imposição de multa de 5% do valor corrigido da causa. Aplicação do art. 557, § 2º, c/c arts. 14, inc. II e III, e 17, inc. VII, do Código de Processo Civil.” (AI 727.378-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe de 13.03.2009) “PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PEÇAS ESSENCIAIS PARCIALMENTE ILEGÍVEIS. SÚMULA 288 DO STF. IMPOSSIBILIDADE DE JUNTADA POSTERIOR DE DOCUMENTO. AGRAVO IMPROVIDO. I - O agravo de instrumento deve ser instruído com as peças obrigatórias e também com as necessárias ao exato conhecimento das questões discutidas. II - É dever processual da parte zelar pela correta formação do instrumento, não sendo possível sanar o vício com a juntada posterior de documento. III - Agravo regimental improvido.” (AI 600.753- AgR, rel. min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJ de 14.11.2007) Do exposto, nego provimento ao agravo regimental. É como voto. 3 Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 2969827. Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6 Decisão de Julgamento SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.105 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL ADV.(A/S) : PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885647 Supremo Tribunal Federal SEGUNDA TURMA EXTRATO DE ATA AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 753.105 PROCED. : DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. JOAQUIM BARBOSA AGTE.(S) : UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL ADV.(A/S) : PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012. Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Joaquim Barbosa e Cármen Lúcia. Subprocurador-Geral da República, Dr. Francisco de Assis Vieira Sanseverino. p/ Fabiane Duarte Secretária Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 2885647 Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3014248
2012-09-25T00:00:00
2012-10-25T00:00:00
A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. 2ª Turma, 25.09.2012.
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
Ementa: AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSUAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AUSÊNCIA DE PEÇA OBRIGATÓRIA À FORMAÇÃO DO INSTRUMENTO NO MOMENTO DA INTERPOSIÇÃO. JUNTADA TARDIA DOS DOCUMENTOS FALTANTES. IMPOSSIBILIDADE. PRECLUSÃO. A jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que o traslado deve processar-se perante o Tribunal a quo no prazo da interposição do agravo de instrumento (Súmula 288/STF e art. art. 544, § 1º, do Código de Processo Civil - redação anterior à Lei 12.322/2010). Interposto o recurso cabível, opera-se a preclusão consumativa, não sendo possível a complementação do traslado. Agravo regimental a que se nega provimento.
sjur217355
- Acórdãos citados: AI 770119 AgR, AI 792910 AgR, AI 757001 AgR, AI 727378 AgR, AI 600753 AgR. Número de páginas: 6. Análise: 29/10/2012, MJC.
JOAQUIM BARBOSA
Segunda Turma
753105
[ "LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00544 PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n", "LEG-FED SUMSTF-000288 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF" ]
AI-AgR
acordaos
AI 753105 AgR
[ "" ]
AGTE.(S) : UNIÃO DOS ESCOTEIROS DO BRASIL ADV.(A/S) : PAULO ROBERTO DE OLIVEIRA AGDO.(A/S) : DISTRITO FEDERAL PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
[ "" ]
{ "JURISPRUDENCIA": [ "AGRAVO DE INSTRUMENTO 753 . 105", "Súmula 288 / STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 753 . 105", "Súmula 288 / STF", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 753 . 105", "Súmula 288 / STF", "Súmula 288 / STF", "AI 770 . 119 - AgR", "Súmula 288 / STF", "AI 770 . 119 - AgR", "AI 753 . 105 AGR", "SÚMULA 288 / STF", "Súmula 288 do STF", "AI n . 237 . 361 - AgR", "AI 792 . 910 - AgR", "AI 757 . 001 - AgR - ED", "AI 753 . 105 AGR / DF", "SÚMULA 288 / STF", "Súmula 288 do STF", "AI n . 237 . 361 - AgR", "AI 792 . 910 - AgR", "AI 757 . 001 - AgR - ED", "AI 753 . 105 AGR / DF", "SÚMULA 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL", "AI 727 . 378 - AgR", "SÚMULA 288 DO STF", "AI 600 . 753 - AgR", "AI 753 . 105 AGR / DF", "SÚMULA 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL", "SÚMULA 282 DO SUPREMO TRIBUNAL", "AI 727 . 378 - AgR", "SÚMULA 288 DO STF", "AI 600 . 753 - AgR", "AGRAVO DE INSTRUMENTO 753 . 105" ], "LEGISLACAO": [ "art . art . 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei 12 . 322 / 2010", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei 12 . 322 / 10", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei 12 . 322 / 10", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei 12 . 322 / 10", "art . 544 , § [UNK] , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil", "Lei 12 . 322 / 10", "art . 544 , § [UNK] , do CPC", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 544 , § [UNK] , do CPC", "art . 337 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "artigo 544 , § [UNK] , do CPC", "art . 337 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "art . 557 , § [UNK] , c / c arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . VII , do Código de Processo Civil .", "MP n° 2 . 200 - 2 / 2001", "arts . 14 , inc . II e III , e 17 , inc . 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