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---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.938 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:TIAGO LUIZ ALVES
PACTE.(S)
:JOAO PAULO FONSECA
PACTE.(S)
:CLAUDIO HENRIQUE HONORIO
IMPTE.(S)
:ENIVALDO XAVIER DA SILVA
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 198600 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – PREJUÍZO. Havendo sido alcançada a situação
pretendida no habeas, fica prejudicada a impetração.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar prejudicada a
ordem de habeas corpus, nos termos do voto do relator e por unanimidade,
em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata
do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134230.
Supremo Tribunal Federal
DJe 29/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.938 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:TIAGO LUIZ ALVES
PACTE.(S)
:JOAO PAULO FONSECA
PACTE.(S)
:CLAUDIO HENRIQUE HONORIO
IMPTE.(S)
:ENIVALDO XAVIER DA SILVA
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 198600 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as
seguintes informações:
Eis o teor do despacho proferido por Vossa Excelência:
HABEAS CORPUS
– PREJUÍZO –
ELUCIDAÇÃO.
1. Ante a manifestação do Ministério Público Federal,
esclarecendo que os pacientes encontram-se em liberdade
desde 14 de julho de 2011, diga o impetrante sobre a
persistência do interesse no prosseguimento deste habeas.
2. Publiquem.
Brasília, 29 de setembro de 2011.
A Secretaria Judiciária certificou que, embora
devidamente intimado, o impetrante quedou silente.
Lancei visto no processo em 29 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134231.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.938 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:TIAGO LUIZ ALVES
PACTE.(S)
:JOAO PAULO FONSECA
PACTE.(S)
:CLAUDIO HENRIQUE HONORIO
IMPTE.(S)
:ENIVALDO XAVIER DA SILVA
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 198600 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as
seguintes informações:
Eis o teor do despacho proferido por Vossa Excelência:
HABEAS CORPUS
– PREJUÍZO –
ELUCIDAÇÃO.
1. Ante a manifestação do Ministério Público Federal,
esclarecendo que os pacientes encontram-se em liberdade
desde 14 de julho de 2011, diga o impetrante sobre a
persistência do interesse no prosseguimento deste habeas.
2. Publiquem.
Brasília, 29 de setembro de 2011.
A Secretaria Judiciária certificou que, embora
devidamente intimado, o impetrante quedou silente.
Lancei visto no processo em 29 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134231.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Relatório
HC 107.938 / MG
objetivando a ciência do impetrante.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134231.
Supremo Tribunal Federal
HC 107.938 / MG
objetivando a ciência do impetrante.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134231.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.938 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O pedido
formalizado por profissional da advocacia mostrou-se único: a revogação
da prisão preventiva. Alcançado, há o prejuízo da impetração.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134232.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.938 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – O pedido
formalizado por profissional da advocacia mostrou-se único: a revogação
da prisão preventiva. Alcançado, há o prejuízo da impetração.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134232.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 107.938
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : TIAGO LUIZ ALVES
PACTE.(S) : JOAO PAULO FONSECA
PACTE.(S) : CLAUDIO HENRIQUE HONORIO
IMPTE.(S) : ENIVALDO XAVIER DA SILVA
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 198600 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus,
nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108149
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 107.938
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : TIAGO LUIZ ALVES
PACTE.(S) : JOAO PAULO FONSECA
PACTE.(S) : CLAUDIO HENRIQUE HONORIO
IMPTE.(S) : ENIVALDO XAVIER DA SILVA
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 198600 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus,
nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108149
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3139880 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-29T00:00:00 | A Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – PREJUÍZO. Havendo sido alcançada a situação pretendida no habeas, fica prejudicada a impetração. | sjur220082 | Número de páginas: 5.
Análise: 06/12/2012, MJC. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 107938 | null | HC | acordaos | HC 107938 | [
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] | PACTE.(S) : TIAGO LUIZ ALVES
PACTE.(S) : JOAO PAULO FONSECA
PACTE.(S) : CLAUDIO HENRIQUE HONORIO
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"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"TIAGO LUIZ ALVES",
"JOAO PAULO FONSECA",
"CLAUDIO HENRIQUE HONORIO",
"ENIVALDO XAVIER DA SILVA",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"JOAO PAULO FONSECA",
"ENIVALDO XAVIER DA SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"TIAGO LUIZ ALVES",
"JOAO PAULO FONSECA",
"CLAUDIO HENRIQUE HONORIO",
"ENIVALDO XAVIER DA SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"06",
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"11",
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"2012",
"06",
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"11",
"/",
"2012",
"14 de julho de 2011",
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"24",
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"08",
"/",
"2001",
"06",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
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"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"6",
".",
"11",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
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"6",
".",
"11",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.201 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:IVONEIDE VITOR NASCIMENTO
IMPTE.(S)
:MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR –
IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da
Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de
habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso
ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas
corpus.
PRISÃO PREVENTIVA – FUNDAMENTOS – INSUBSISTÊNCIA. A
gravidade do crime, a possível autoria intelectual e a situação financeira
do acusado não respaldam a prisão preventiva, revelando-se quadro a
ensejar o implemento da ordem de ofício.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da via processual, mas em concedê-la,
de ofício, com extensão ao corréu, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3122000.
Supremo Tribunal Federal
DJe 14/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.201 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:IVONEIDE VITOR NASCIMENTO
IMPTE.(S)
:MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as
seguintes informações:
Na decisão que implicou o deferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
IMPETRAÇÕES SUCESSIVAS – PRISÃO
PREVENTIVA – FUNDAMENTOS –
INSUBSISTÊNCIA
–
EXCEPCIONALIDADE DEMONSTRADA
– LIMINAR DEFERIDA – EXTENSÃO A
CORRÉU.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
O Juízo da 2ª Vara Judicial do Foro
Distrital da Comarca de Bertioga, Estado de São
Paulo, recebeu a denúncia oferecida pelo
Ministério Público estadual e determinou a
prisão
preventiva da paciente. Na
oportunidade, assentou serem ela e o corréu
José Firmino de Souza acusados de homicídio
duplamente qualificado. A paciente, “por
possuir certa situação financeira”, foi acusada
de mandante de um crime e, em liberdade,
poderia prejudicar o andamento processual, ou
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071346.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.201 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:IVONEIDE VITOR NASCIMENTO
IMPTE.(S)
:MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O Gabinete prestou as
seguintes informações:
Na decisão que implicou o deferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
IMPETRAÇÕES SUCESSIVAS – PRISÃO
PREVENTIVA – FUNDAMENTOS –
INSUBSISTÊNCIA
–
EXCEPCIONALIDADE DEMONSTRADA
– LIMINAR DEFERIDA – EXTENSÃO A
CORRÉU.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
O Juízo da 2ª Vara Judicial do Foro
Distrital da Comarca de Bertioga, Estado de São
Paulo, recebeu a denúncia oferecida pelo
Ministério Público estadual e determinou a
prisão
preventiva da paciente. Na
oportunidade, assentou serem ela e o corréu
José Firmino de Souza acusados de homicídio
duplamente qualificado. A paciente, “por
possuir certa situação financeira”, foi acusada
de mandante de um crime e, em liberdade,
poderia prejudicar o andamento processual, ou
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071346.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12
Relatório
HC 103.201 / SP
até mesmo fugir para deixar de responder ao
processo, dada a influência na cidade.
Contra o referido ato, a defesa impetrou
habeas no Tribunal de Justiça – de nº
990.09.208658-8. A ordem foi indeferida.
Formalizada idêntica medida no Superior
Tribunal de Justiça – de nº 161.944 -, o Ministro
Jorge Mussi não acolheu o pedido de liminar,
acentuando que a paciente, consoante acórdão
proferido pelo Tribunal estadual, é acusada de
ter mandado executar a vítima, pagando a
quantia de R$ 5.500,00 ao executor. A
segregação cautelar se impunha para garantia
da ordem pública, diante da gravidade do
delito em tese cometido, circunstância que, à
primeira vista, não indicava a ocorrência de
ilegalidade manifesta a ensejar qualquer
providência sumária. Ademais, segundo consta
da decisão, o pleito de liminar estaria a
confundir-se com o mérito da impetração, a ser
analisado no julgamento definitivo.
Neste processo, o impetrante volta-se
contra a referida decisão. Preliminarmente,
assenta estar diante de flagrante ilegalidade,
razão pela qual afirma cabível a relativização
do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Na
sequência, reitera as teses submetidas às
instâncias judiciais percorridas, relacionadas à
ausência de fundamentação do ato mediante o
qual determinada a prisão preventiva da
paciente, que está embasada em ilações e
conjecturas, sendo inobservados os requisitos
previstos no artigo 312 do Código de Processo
Penal. Diz da violação ao princípio da
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071346.
Supremo Tribunal Federal
HC 103.201 / SP
até mesmo fugir para deixar de responder ao
processo, dada a influência na cidade.
Contra o referido ato, a defesa impetrou
habeas no Tribunal de Justiça – de nº
990.09.208658-8. A ordem foi indeferida.
Formalizada idêntica medida no Superior
Tribunal de Justiça – de nº 161.944 -, o Ministro
Jorge Mussi não acolheu o pedido de liminar,
acentuando que a paciente, consoante acórdão
proferido pelo Tribunal estadual, é acusada de
ter mandado executar a vítima, pagando a
quantia de R$ 5.500,00 ao executor. A
segregação cautelar se impunha para garantia
da ordem pública, diante da gravidade do
delito em tese cometido, circunstância que, à
primeira vista, não indicava a ocorrência de
ilegalidade manifesta a ensejar qualquer
providência sumária. Ademais, segundo consta
da decisão, o pleito de liminar estaria a
confundir-se com o mérito da impetração, a ser
analisado no julgamento definitivo.
Neste processo, o impetrante volta-se
contra a referida decisão. Preliminarmente,
assenta estar diante de flagrante ilegalidade,
razão pela qual afirma cabível a relativização
do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Na
sequência, reitera as teses submetidas às
instâncias judiciais percorridas, relacionadas à
ausência de fundamentação do ato mediante o
qual determinada a prisão preventiva da
paciente, que está embasada em ilações e
conjecturas, sendo inobservados os requisitos
previstos no artigo 312 do Código de Processo
Penal. Diz da violação ao princípio da
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Relatório
HC 103.201 / SP
presunção de não culpabilidade, impondo-se à
paciente a execução da pena privativa de
liberdade antes do trânsito em julgado da
sentença.
Pede a concessão de liminar,
determinando-se
a
expedição
de
contramandado de prisão. No mérito, busca a
revogação da decisão mediante a qual
determinada a custódia processual.
[…]
A Procuradoria Geral da República, no parecer, sustenta
não serem causas suficientes para fundamentar a custódia
cautelar a situação financeira do paciente, o temor de fuga –
quando não apontado fato concreto a demonstrar a real
possibilidade de ocorrência – e a acusação por crime hediondo,
pois poderia gerar uma automaticidade da prisão preventiva.
Aduz haver, na espécie, excepcionalidade maior a permitir o
afastamento do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Citando
precedentes jurisprudenciais, opina pelo deferimento da ordem.
Consulta ao sítio eletrônico do Superior Tribunal de
Justiça, nesta data, revelou que o Habeas Corpus nº 161.944/SP,
distribuído ao Ministro Jorge Mussi, foi julgado prejudicado.
Publicou-se a decisão em 3 de setembro de 2010.
Lancei visto no processo em 27 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência do impetrante.
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 103.201 / SP
presunção de não culpabilidade, impondo-se à
paciente a execução da pena privativa de
liberdade antes do trânsito em julgado da
sentença.
Pede a concessão de liminar,
determinando-se
a
expedição
de
contramandado de prisão. No mérito, busca a
revogação da decisão mediante a qual
determinada a custódia processual.
[…]
A Procuradoria Geral da República, no parecer, sustenta
não serem causas suficientes para fundamentar a custódia
cautelar a situação financeira do paciente, o temor de fuga –
quando não apontado fato concreto a demonstrar a real
possibilidade de ocorrência – e a acusação por crime hediondo,
pois poderia gerar uma automaticidade da prisão preventiva.
Aduz haver, na espécie, excepcionalidade maior a permitir o
afastamento do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo. Citando
precedentes jurisprudenciais, opina pelo deferimento da ordem.
Consulta ao sítio eletrônico do Superior Tribunal de
Justiça, nesta data, revelou que o Habeas Corpus nº 161.944/SP,
distribuído ao Ministro Jorge Mussi, foi julgado prejudicado.
Publicou-se a decisão em 3 de setembro de 2010.
Lancei visto no processo em 27 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência do impetrante.
É o relatório.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.201 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas surge, a esta altura, como substitutivo do recurso ordinário
constitucional, sendo inadequado. Valho-me do que tenho consignado a
respeito:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.201 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas surge, a esta altura, como substitutivo do recurso ordinário
constitucional, sendo inadequado. Valho-me do que tenho consignado a
respeito:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 103.201 / SP
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
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HC 103.201 / SP
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 103.201 / SP
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, para preconizar a concessão da ordem de ofício, valho-me,
já agora com o apoio da Procuradoria Geral da República, do que
consignei ao deferir a medida acauteladora:
[…]
2. É emblemática a situação revelada neste processo. O ato
que implicou a preventiva contém fundamentação de todo
imprópria. Apontou-se o envolvimento de homicídio
duplamente qualificado. Ora, é sabença geral que a gravidade
do crime, da imputação, por si só, não lastreia a inversão da
ordem natural das coisas – prendendo-se para depois apurar-se.
Na sequência, quanto à paciente, aludiu-se à circunstância de
ser a autora intelectual do crime e de tê-lo encomendado
mediante paga, partindo-se, a seguir, para elucubração: por
exercer influência na cidade, sendo comerciante, poderia, sem a
prisão, criar obstáculo à tramitação processual ou, até mesmo,
fugir para não responder ao processo. Relativamente ao corréu,
afirmou-se que estaria foragido para não colaborar com a
Justiça. É pouco, muito pouco para respaldar a custódia. Pouco
importa a situação financeira de certo acusado bem como a
influência na vida gregária, o mesmo devendo ser dito quanto
ao fato de tratar-se de comerciante. Aliás, esses dados são
conducentes a que se aguarde do acusado uma postura
consentânea com aquela própria ao homem médio. De qualquer
forma, impossível é presumir-se o excepcional, imaginando-se,
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HC 103.201 / SP
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, para preconizar a concessão da ordem de ofício, valho-me,
já agora com o apoio da Procuradoria Geral da República, do que
consignei ao deferir a medida acauteladora:
[…]
2. É emblemática a situação revelada neste processo. O ato
que implicou a preventiva contém fundamentação de todo
imprópria. Apontou-se o envolvimento de homicídio
duplamente qualificado. Ora, é sabença geral que a gravidade
do crime, da imputação, por si só, não lastreia a inversão da
ordem natural das coisas – prendendo-se para depois apurar-se.
Na sequência, quanto à paciente, aludiu-se à circunstância de
ser a autora intelectual do crime e de tê-lo encomendado
mediante paga, partindo-se, a seguir, para elucubração: por
exercer influência na cidade, sendo comerciante, poderia, sem a
prisão, criar obstáculo à tramitação processual ou, até mesmo,
fugir para não responder ao processo. Relativamente ao corréu,
afirmou-se que estaria foragido para não colaborar com a
Justiça. É pouco, muito pouco para respaldar a custódia. Pouco
importa a situação financeira de certo acusado bem como a
influência na vida gregária, o mesmo devendo ser dito quanto
ao fato de tratar-se de comerciante. Aliás, esses dados são
conducentes a que se aguarde do acusado uma postura
consentânea com aquela própria ao homem médio. De qualquer
forma, impossível é presumir-se o excepcional, imaginando-se,
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 103.201 / SP
simplesmente imaginando-se, que, em liberdade, poderá
prejudicar o andamento das apurações.
Quanto ao corréu, observem o disposto no artigo 366 do
Código de Processo Penal. Caso não encontrado no distrito da
culpa, vindo a ser declarado revel, deixando de constituir
advogado, suspendem-se o processo e a prescrição. O próprio
artigo remete ao preceito regedor da prisão cautelar sem cogitá-
la com a automaticidade consagrada na origem. Em síntese,
verificado o fenômeno da revelia, da ausência de constituição
de profissional da advocacia, a custódia preventiva somente
pode ser decretada se atendido um dos pressupostos do artigo
312 do Código de Processo Penal.
Tenho o quadro como de excepcionalidade maior. Ressalto
que a adequação do habeas apenas pressupõe o cerceio à
liberdade de ir e vir, na forma direta ou indireta, e a existência
de órgão capaz de julgar a impetração. Iniludivelmente, o
Supremo o é quanto a ato de Tribunal, pouco importando se
formalizado por Colegiado ou por relator. Aliás, com maior
razão se se tratar de ato monocrático.
3. Defiro a medida acauteladora. Estendo-a ao corréu José
Firmino de Souza. Expeçam os contramandados com
observância às cautelas próprias, ou seja, caso não tenham eles
contra si ordem de prisão diversa da retratada no ato do Juízo
do Foro Distrital de Bertioga no Processo nº 15/09. Fica a
advertência de que deverão permanecer no distrito da culpa e
atender aos chamamentos judiciais.
[…]
Torno definitiva a liminar implementada.
4
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simplesmente imaginando-se, que, em liberdade, poderá
prejudicar o andamento das apurações.
Quanto ao corréu, observem o disposto no artigo 366 do
Código de Processo Penal. Caso não encontrado no distrito da
culpa, vindo a ser declarado revel, deixando de constituir
advogado, suspendem-se o processo e a prescrição. O próprio
artigo remete ao preceito regedor da prisão cautelar sem cogitá-
la com a automaticidade consagrada na origem. Em síntese,
verificado o fenômeno da revelia, da ausência de constituição
de profissional da advocacia, a custódia preventiva somente
pode ser decretada se atendido um dos pressupostos do artigo
312 do Código de Processo Penal.
Tenho o quadro como de excepcionalidade maior. Ressalto
que a adequação do habeas apenas pressupõe o cerceio à
liberdade de ir e vir, na forma direta ou indireta, e a existência
de órgão capaz de julgar a impetração. Iniludivelmente, o
Supremo o é quanto a ato de Tribunal, pouco importando se
formalizado por Colegiado ou por relator. Aliás, com maior
razão se se tratar de ato monocrático.
3. Defiro a medida acauteladora. Estendo-a ao corréu José
Firmino de Souza. Expeçam os contramandados com
observância às cautelas próprias, ou seja, caso não tenham eles
contra si ordem de prisão diversa da retratada no ato do Juízo
do Foro Distrital de Bertioga no Processo nº 15/09. Fica a
advertência de que deverão permanecer no distrito da culpa e
atender aos chamamentos judiciais.
[…]
Torno definitiva a liminar implementada.
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Debate
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.201 SÃO PAULO
DEBATE
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, também
tenho a informação, pelo sítio do STJ, de que foi julgado prejudicado e
deferida a liberdade para o paciente.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Antes,
quando deferíamos liminar no Supremo, não consignávamos a cláusula
acauteladora de que a impetração, aqui formalizada, não prejudicava a
em curso no Superior Tribunal de Justiça. Hoje, não. Toda vez que
imprimo a liminar, havendo habeas naquele Tribunal, encaminho, com as
homenagens de praxe, cópia da liminar ao colega.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu entendi que o STJ deferiu a
liberdade provisória.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Nesse
caso?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Foi a liminar de Vossa Excelência, Relator. Vossa Excelência,
inclusive, a estendeu à corré.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –
Implementei a liminar. Fico numa situação mais confortável, porque
tenho o respaldo do Ministério Público pela concessão da liminar.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Pela confirmação da liminar.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.201 SÃO PAULO
DEBATE
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Senhor Presidente, também
tenho a informação, pelo sítio do STJ, de que foi julgado prejudicado e
deferida a liberdade para o paciente.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Antes,
quando deferíamos liminar no Supremo, não consignávamos a cláusula
acauteladora de que a impetração, aqui formalizada, não prejudicava a
em curso no Superior Tribunal de Justiça. Hoje, não. Toda vez que
imprimo a liminar, havendo habeas naquele Tribunal, encaminho, com as
homenagens de praxe, cópia da liminar ao colega.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu entendi que o STJ deferiu a
liberdade provisória.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Nesse
caso?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Foi a liminar de Vossa Excelência, Relator. Vossa Excelência,
inclusive, a estendeu à corré.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –
Implementei a liminar. Fico numa situação mais confortável, porque
tenho o respaldo do Ministério Público pela concessão da liminar.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Pela confirmação da liminar.
Supremo Tribunal Federal
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Notas para o Voto
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.201 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:IVONEIDE VITOR NASCIMENTO
IMPTE.(S)
:MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
NOTAS PARA O VOTO
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente,
acompanho o voto do eminente Ministro Relator pois é manifesta a falta
de fundamentação da decretação da prisão preventiva.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.201 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:IVONEIDE VITOR NASCIMENTO
IMPTE.(S)
:MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
NOTAS PARA O VOTO
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente,
acompanho o voto do eminente Ministro Relator pois é manifesta a falta
de fundamentação da decretação da prisão preventiva.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12
Explicação
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.201 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:IVONEIDE VITOR NASCIMENTO
IMPTE.(S)
:MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Em
síntese: não apenas os pobres cometem crime, os endinheirados também,
e, nem por isso, ocorre a prisão automática.
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.201 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:IVONEIDE VITOR NASCIMENTO
IMPTE.(S)
:MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Em
síntese: não apenas os pobres cometem crime, os endinheirados também,
e, nem por isso, ocorre a prisão automática.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 103.201
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : IVONEIDE VITOR NASCIMENTO
IMPTE.(S) : MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, com
extensão ao corréu, nos termos do voto do Relator. Unânime. Falou
o Dr. Marco Antonio Arantes de Paiva, pela Paciente. Presidência
do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108136
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 103.201
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : IVONEIDE VITOR NASCIMENTO
IMPTE.(S) : MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, com
extensão ao corréu, nos termos do voto do Relator. Unânime. Falou
o Dr. Marco Antonio Arantes de Paiva, pela Paciente. Presidência
do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108136
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3195690 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-14T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, com extensão ao corréu, nos termos do voto do Relator. Unânime. Falou o Dr. Marco Antonio Arantes de Paiva, pela Paciente. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus.
PRISÃO PREVENTIVA – FUNDAMENTOS – INSUBSISTÊNCIA. A gravidade do crime, a possível autoria intelectual e a situação financeira do acusado não respaldam a prisão preventiva, revelando-se quadro a ensejar o implemento da ordem de ofício. | sjur221670 | - Veja HC 161944 do STJ.
Número de páginas: 12.
Análise: 23/01/2013, IMC.
Revisão: 29/01/2013, MMR. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 103201 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00068 ART-00102 INC-00002\r\n LET-A ART-00105 INC-00002 LET-A\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00312 ART-00366 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 103201 | [
""
] | PACTE.(S) : IVONEIDE VITOR NASCIMENTO
IMPTE.(S) : MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 103 . 201",
"HABEAS CORPUS 103 . 201 SÃO",
"HABEAS CORPUS 103 . 201 SÃO",
"HC 103 . 201 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HC 103 . 201 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HC 103 . 201 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HC 103 . 201 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"Habeas Corpus [UNK] 161 . 944 / SP",
"HABEAS CORPUS 103 . 201 SÃO",
"HABEAS CORPUS 103 . 201 SÃO",
"HC 103 . 201 / SP",
"HC 103 . 201 / SP",
"HC 103 . 201 / SP",
"HC 103 . 201 / SP",
"HC 103 . 201 / SP",
"HC 103 . 201 / SP",
"Processo [UNK] 15 / 09",
"HABEAS CORPUS 103 . 201 SÃO",
"HABEAS CORPUS 103 . 201 SÃO",
"HABEAS CORPUS 103 . 201",
"HABEAS CORPUS 103 . 201",
"HABEAS CORPUS 103 . 201 SÃO",
"HABEAS CORPUS 103 . 201",
"HABEAS CORPUS 103 . 201",
"HABEAS CORPUS 103 . 201"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior",
"Carta Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior",
"Carta Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 366 do Código de Processo Penal",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 366 do Código de Processo Penal",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"Foro Distrital de Bertioga",
"Foro Distrital de Bertioga",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara Judicial do Foro Distrital da Comarca de Bertioga",
"Ministério Público estadual",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara Judicial do Foro Distrital da Comarca de Bertioga",
"Ministério Público estadual",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Superior Tribunal de Justiça",
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"-",
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"Supremo",
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"Supremo",
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"Primeira Turma",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Primeira Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"IVONEIDE VITOR NASCIMENTO",
"MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"IVONEIDE VITOR NASCIMENTO",
"MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA",
"MARCO AURÉLIO",
"José Firmino de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"IVONEIDE VITOR NASCIMENTO",
"MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA",
"MARCO AURÉLIO",
"José Firmino de Souza",
"Jorge Mussi",
"Jorge Mussi",
"Jorge Mussi",
"Jorge Mussi",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"José Firmino de Souza",
"José Firmino de Souza",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"IVONEIDE VITOR NASCIMENTO",
"MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"IVONEIDE VITOR NASCIMENTO",
"MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"IVONEIDE VITOR NASCIMENTO",
"MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"IVONEIDE VITOR NASCIMENTO",
"MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"IVONEIDE VITOR NASCIMENTO",
"MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA",
"Marco Antonio Arantes de Paiva",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
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"IVONEIDE VITOR NASCIMENTO",
"MARCO ANTONIO ARANTES DE PAIVA",
"Marco Antonio Arantes de Paiva",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
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"24",
"/",
"08",
"/",
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"2012",
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"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
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"/",
"2001",
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"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"27 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3 de setembro de 2010",
"27 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"2012",
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"2001",
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"2012",
"primeiro semestre de 2012",
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"2001",
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"2001",
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"08",
"/",
"2001",
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"08",
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"2001",
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"08",
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"08",
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"/",
"2001",
"06",
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"2012",
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"08",
"/",
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"06",
"/",
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"2012",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
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"11",
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"2012",
"24",
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"08",
"/",
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"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
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"08",
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".",
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".",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.976 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:KLEBER RODRIGUES DE MORAES
ADV.(A/S)
:ADILSON PAODJUENAS
AGDO.(A/S)
:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
INTDO.(A/S)
:JACKSON MENEZES MENDES
ADV.(A/S)
:MARIA
CRISTINA
DE
CERQUEIRA
GAMA
EICKENSCHEIDT GONÇALVES
EMENTA
DIREITO PENAL. ROUBO. NULIDADE PROCESSUAL.
OFERECIMENTO DENÚNCIA APÓS PRAZO DO ART. 46 DO CÓDIGO
DE PROCESSO PENAL. PRAZO IMPRÓPRIO. RECONHECIMENTO
PESSOAL. AUSÊNCIA PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA À
CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Se a questão constitucional invocada no Recurso Extraordinário não
foi objeto de debate e decisão no acórdão recorrido, desatendido se
encontra o pressuposto recursal do prequestionamento.
A discussão a respeito da natureza do prazo para oferecimento da
denúncia e de supostos vícios procedimentais em diligência de
reconhecimento de pessoas, questões atinentes aos artigos 46 e 226 do
Código de Processo Penal, constituem matéria infraconstitucional, não
ensejando o extraordinário.
Inviável o Recurso Extraordinário quando a alegada ofensa à
Constituição Federal, se existente, seria meramente reflexa, a depender de
interpretação da legislação infraconstitucional. Precedentes.
Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081017.
Supremo Tribunal Federal
DJe 23/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
ARE 680.976 AGR / SP
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 06 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 680.976 AGR / SP
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 06 de novembro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081017.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.976 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:KLEBER RODRIGUES DE MORAES
ADV.(A/S)
:ADILSON PAODJUENAS
AGDO.(A/S)
:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
INTDO.(A/S)
:JACKSON MENEZES MENDES
ADV.(A/S)
:MARIA
CRISTINA
DE
CERQUEIRA
GAMA
EICKENSCHEIDT GONÇALVES
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de agravo
regimental de Kleber Rodrigues de Moraes contra decisão que negou
seguimento ao agravo por ele manejado com vista a assegurar o trânsito
do recurso extraordinário anteriormente interposto.
O agravante foi condenado pelo Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal
da Comarca de São Caetano do Sul/SP às penas de 07 (sete) anos, 10 (dez)
meses e 15 (quinze) dias de reclusão e 18 (dezoito) dias-multa, pela
prática do delito tipificado no artigo 157, § 2º, I e II do Código Penal.
Em sede de apelação, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
deu parcial provimento ao recurso para excluir a causa de aumento do
inciso I do § 2º do artigo 157 do Código Penal (violência com emprego de
arma), reduzindo a pena para 07 (sete) anos de reclusão e 15 (quinze)
dias-multa.
Inconformada, a Defesa manejou recurso extraordinário (fls. 406-11),
indicando ofensa ao artigo 5º, LV e LIV, da Constituição Federal, não
admitido pelo Tribunal a quo, motivo pelo qual interposto o agravo no RE,
igualmente inadmitido pela decisão ora recorrida (fls. 486-90).
Nas razões do presente agravo regimental, defende o Agravante a
ocorrência de prequestionamento pela Corte de origem do art. 5º, LV e
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081018.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.976 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:KLEBER RODRIGUES DE MORAES
ADV.(A/S)
:ADILSON PAODJUENAS
AGDO.(A/S)
:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
INTDO.(A/S)
:JACKSON MENEZES MENDES
ADV.(A/S)
:MARIA
CRISTINA
DE
CERQUEIRA
GAMA
EICKENSCHEIDT GONÇALVES
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de agravo
regimental de Kleber Rodrigues de Moraes contra decisão que negou
seguimento ao agravo por ele manejado com vista a assegurar o trânsito
do recurso extraordinário anteriormente interposto.
O agravante foi condenado pelo Juízo de Direito da 2ª Vara Criminal
da Comarca de São Caetano do Sul/SP às penas de 07 (sete) anos, 10 (dez)
meses e 15 (quinze) dias de reclusão e 18 (dezoito) dias-multa, pela
prática do delito tipificado no artigo 157, § 2º, I e II do Código Penal.
Em sede de apelação, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo
deu parcial provimento ao recurso para excluir a causa de aumento do
inciso I do § 2º do artigo 157 do Código Penal (violência com emprego de
arma), reduzindo a pena para 07 (sete) anos de reclusão e 15 (quinze)
dias-multa.
Inconformada, a Defesa manejou recurso extraordinário (fls. 406-11),
indicando ofensa ao artigo 5º, LV e LIV, da Constituição Federal, não
admitido pelo Tribunal a quo, motivo pelo qual interposto o agravo no RE,
igualmente inadmitido pela decisão ora recorrida (fls. 486-90).
Nas razões do presente agravo regimental, defende o Agravante a
ocorrência de prequestionamento pela Corte de origem do art. 5º, LV e
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
ARE 680.976 AGR / SP
LIV, da Constituição Federal. Ressalta a ocorrência de nulidade
processual, pelo excesso de prazo no oferecimento da denúncia pelo
Ministério Público e diante de irregularidade quando do reconhecimento
do Agravante em Juízo, realizado sem observância dos requisitos do art.
226 do Código de Processo Penal (fls. 492-5).
É o relatório.
2
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ARE 680.976 AGR / SP
LIV, da Constituição Federal. Ressalta a ocorrência de nulidade
processual, pelo excesso de prazo no oferecimento da denúncia pelo
Ministério Público e diante de irregularidade quando do reconhecimento
do Agravante em Juízo, realizado sem observância dos requisitos do art.
226 do Código de Processo Penal (fls. 492-5).
É o relatório.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.976 SÃO
PAULO
V O T O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): A decisão recorrida
negou seguimento ao agravo pela ausência de prequestionamento e pela
natureza reflexa da impugnação.
Conforme relatado, o Agravante foi condenado pelo Juízo de Direito
da 2ª Vara Criminal da Comarca de São Caetano do Sul/SP às penas de 07
(sete) anos, 10 (dez) meses e 15 (quinze) dias de reclusão e 18 (dezoito)
dias-multa, reduzida pelo Tribunal de Apelação para 07 (sete) anos de
reclusão e 15 (quinze) dias-multa, pela prática do crime de roubo.
Insiste o Agravante no cabimento do apelo extremo por violação do
artigo 5º, LIV e LV, da Constituição Federal, sob o argumento de que o
excesso de prazo para o oferecimento de denúncia e as irregularidades
apontadas por ocasião de seu reconhecimento pessoal ensejariam a
nulidade processual.
A pretensão recursal não prospera.
Oportuno transcrever os trechos do voto condutor do acórdão da
apelação defensiva para melhor exame da questão (fls. 395-8):
“[...]
Segundo a descrição fática constante da denúncia, nas
condições de tempo e local mencionadas, os acusados e outras
pessoas, invadiram a casa da vítima, estando um deles armado
com revólver e subtraíram diversos bens, mediante grave
ameaça. Os acusados, aproveitando-se que a empregada
doméstica deixara o portão da casa aberto, ingressaram no
local, surpreenderam os ofendidos, trancaram-nos num
banheiro e praticaram o roubo.
A existência material do roubo está comprovada pelo
boletim de ocorrência anexado aos autos que registra a
subtração de inúmeros bens e objetos do interior da casa dos
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.976 SÃO
PAULO
V O T O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): A decisão recorrida
negou seguimento ao agravo pela ausência de prequestionamento e pela
natureza reflexa da impugnação.
Conforme relatado, o Agravante foi condenado pelo Juízo de Direito
da 2ª Vara Criminal da Comarca de São Caetano do Sul/SP às penas de 07
(sete) anos, 10 (dez) meses e 15 (quinze) dias de reclusão e 18 (dezoito)
dias-multa, reduzida pelo Tribunal de Apelação para 07 (sete) anos de
reclusão e 15 (quinze) dias-multa, pela prática do crime de roubo.
Insiste o Agravante no cabimento do apelo extremo por violação do
artigo 5º, LIV e LV, da Constituição Federal, sob o argumento de que o
excesso de prazo para o oferecimento de denúncia e as irregularidades
apontadas por ocasião de seu reconhecimento pessoal ensejariam a
nulidade processual.
A pretensão recursal não prospera.
Oportuno transcrever os trechos do voto condutor do acórdão da
apelação defensiva para melhor exame da questão (fls. 395-8):
“[...]
Segundo a descrição fática constante da denúncia, nas
condições de tempo e local mencionadas, os acusados e outras
pessoas, invadiram a casa da vítima, estando um deles armado
com revólver e subtraíram diversos bens, mediante grave
ameaça. Os acusados, aproveitando-se que a empregada
doméstica deixara o portão da casa aberto, ingressaram no
local, surpreenderam os ofendidos, trancaram-nos num
banheiro e praticaram o roubo.
A existência material do roubo está comprovada pelo
boletim de ocorrência anexado aos autos que registra a
subtração de inúmeros bens e objetos do interior da casa dos
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 680.976 AGR / SP
ofendidos.
A certeza da autoria do delito imputado ao agente decorre
do exame do conjunto de elementos probantes reunidos no
curso da instrução criminal, especificamente dos relatos
apresentados pelas vítimas e testemunha presencial, que
confirmam a realização da conduta ilícita constante da
denúncia. As pessoas ofendidas e a testemunha presencial
narraram terem sido surpreendidas pelo grupo de pessoas que
invadiu sua casa. Depois de diversas ameaças graves, mediante
exibição de arma de fogo, eles passaram a subtrair os bens.
Interrogados em juízo (fls 130 e 132), os imputados
negaram atuação nos fatos.
O exame do material probatório consistente na prova
material e oral, demonstra o acerto da decisão condenatória. É
consolidada a construção jurisprudencial que considera como
prova válida ao reconhecimento da responsabilidade criminal
do acusado, a narrativa da vítima quando verossímil e em
harmonia com outros elementos probatórios existentes no
processo, como o relato da testemunha que trabalha como
empregada doméstica. No caso em julgamento, as pessoas
atingidas pelo crime narraram detalhes e circunstâncias da
realização do fato e identificaram pessoalmente os dois agentes
como sendo os seus autores dentre outros.
A versão apresentada pelos acusados representa apenas
seu natural e normal desejo de tentarem se livrar da persecução
penal, não interferindo na formação da convicção da
culpabilidade de ambos.
A sentença impugnada analisou corretamente os
elementos de convicção reunidos no processo durante a
instrução criminal, e acertadamente julgou procedente a
acusação e aplicou pena.
Merece reparo apenas quanto ao acréscimo em razão da
presença da causa especial de aumento de pena do inciso I do §
2º do artigo 157 do CP, porque nenhuma arma com potencial
ofensivo foi apreendida com os acusados, não se podendo
dizer, em consequência se era arma com poder vulnerante a
2
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ARE 680.976 AGR / SP
ofendidos.
A certeza da autoria do delito imputado ao agente decorre
do exame do conjunto de elementos probantes reunidos no
curso da instrução criminal, especificamente dos relatos
apresentados pelas vítimas e testemunha presencial, que
confirmam a realização da conduta ilícita constante da
denúncia. As pessoas ofendidas e a testemunha presencial
narraram terem sido surpreendidas pelo grupo de pessoas que
invadiu sua casa. Depois de diversas ameaças graves, mediante
exibição de arma de fogo, eles passaram a subtrair os bens.
Interrogados em juízo (fls 130 e 132), os imputados
negaram atuação nos fatos.
O exame do material probatório consistente na prova
material e oral, demonstra o acerto da decisão condenatória. É
consolidada a construção jurisprudencial que considera como
prova válida ao reconhecimento da responsabilidade criminal
do acusado, a narrativa da vítima quando verossímil e em
harmonia com outros elementos probatórios existentes no
processo, como o relato da testemunha que trabalha como
empregada doméstica. No caso em julgamento, as pessoas
atingidas pelo crime narraram detalhes e circunstâncias da
realização do fato e identificaram pessoalmente os dois agentes
como sendo os seus autores dentre outros.
A versão apresentada pelos acusados representa apenas
seu natural e normal desejo de tentarem se livrar da persecução
penal, não interferindo na formação da convicção da
culpabilidade de ambos.
A sentença impugnada analisou corretamente os
elementos de convicção reunidos no processo durante a
instrução criminal, e acertadamente julgou procedente a
acusação e aplicou pena.
Merece reparo apenas quanto ao acréscimo em razão da
presença da causa especial de aumento de pena do inciso I do §
2º do artigo 157 do CP, porque nenhuma arma com potencial
ofensivo foi apreendida com os acusados, não se podendo
dizer, em consequência se era arma com poder vulnerante a
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 680.976 AGR / SP
exigida aos ofendidos.
Mantida a básica em quatro anos e oito meses,
corretamente, porque o roubo foi realizado durante o dia e
recaiu sobre inúmeros bens, ocasionando considerável
desfalque patrimonial aos ofendidos. Em seguida, aplicam
aumento de 1/3 pela causa de aumento do inciso II do § 2º do
art. 157 do CP, e, por último a mesma fração da sentença, 1/8
pela reincidência dos agentes, fixadas as sanções em sete anos
de reclusão e quinze dias-multa para cada um dos recorrentes.
Ante o exposto, rejeitam as preliminares e dão parcial
provimento aos apelos para excluir a causa de aumento do
inciso I do § 2º do art. 157 do CP, para reduzir as penas para
sete anos de reclusão e quinze dias-multa, mantida no mais a
sentença”.
Da leitura dos excertos ora reproduzidos, reitero os fundamentos da
decisão recorrida no sentido de que os dispositivos constitucionais
apontados como violados não foram objeto de análise pelo Tribunal de
Justiça no julgamento da apelação defensiva, tampouco foram opostos
embargos de declaração a fim de suscitar a matéria. No debate das
questões elencadas no apelo extremo, o Colegiado se restringiu à
apreciação dos fatos e provas à luz da legislação ordinária, sem o
enfrentamento da matéria sob o enfoque constitucional.
Esta Corte já ratificou, por diversas vezes, seu entendimento no
sentido de que o recurso extraordinário possui como requisito necessário
à sua admissão o pronunciamento explícito sobre a controvérsia, a teor
das Súmulas 282 e 356/STF. Assim, qualquer questão que se pretenda
impugnar, inclusive de ordem pública, deve ter sido examinada pelo
acórdão recorrido.
Nesse sentido: RE 449.137-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma,
unânime, DJe 04.4.2008; AI 706.449-AgR/SC, rel. Min. Menezes Direito, 1ª
Turma, unânime, DJe 07.11.2008; AI 631.711-AgR/BA, rel. Min. Ricardo
Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 21.11.2008; AI 663.687-AgR/DF,
rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, DJe 20.02.2009 e RE 642.382-
AgR/MG, rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, unânime, DJe 04.9.2012. Este
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 680.976 AGR / SP
exigida aos ofendidos.
Mantida a básica em quatro anos e oito meses,
corretamente, porque o roubo foi realizado durante o dia e
recaiu sobre inúmeros bens, ocasionando considerável
desfalque patrimonial aos ofendidos. Em seguida, aplicam
aumento de 1/3 pela causa de aumento do inciso II do § 2º do
art. 157 do CP, e, por último a mesma fração da sentença, 1/8
pela reincidência dos agentes, fixadas as sanções em sete anos
de reclusão e quinze dias-multa para cada um dos recorrentes.
Ante o exposto, rejeitam as preliminares e dão parcial
provimento aos apelos para excluir a causa de aumento do
inciso I do § 2º do art. 157 do CP, para reduzir as penas para
sete anos de reclusão e quinze dias-multa, mantida no mais a
sentença”.
Da leitura dos excertos ora reproduzidos, reitero os fundamentos da
decisão recorrida no sentido de que os dispositivos constitucionais
apontados como violados não foram objeto de análise pelo Tribunal de
Justiça no julgamento da apelação defensiva, tampouco foram opostos
embargos de declaração a fim de suscitar a matéria. No debate das
questões elencadas no apelo extremo, o Colegiado se restringiu à
apreciação dos fatos e provas à luz da legislação ordinária, sem o
enfrentamento da matéria sob o enfoque constitucional.
Esta Corte já ratificou, por diversas vezes, seu entendimento no
sentido de que o recurso extraordinário possui como requisito necessário
à sua admissão o pronunciamento explícito sobre a controvérsia, a teor
das Súmulas 282 e 356/STF. Assim, qualquer questão que se pretenda
impugnar, inclusive de ordem pública, deve ter sido examinada pelo
acórdão recorrido.
Nesse sentido: RE 449.137-AgR/RS, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma,
unânime, DJe 04.4.2008; AI 706.449-AgR/SC, rel. Min. Menezes Direito, 1ª
Turma, unânime, DJe 07.11.2008; AI 631.711-AgR/BA, rel. Min. Ricardo
Lewandowski, 1ª Turma, unânime, DJe 21.11.2008; AI 663.687-AgR/DF,
rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, unânime, DJe 20.02.2009 e RE 642.382-
AgR/MG, rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, unânime, DJe 04.9.2012. Este
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 680.976 AGR / SP
último com a seguinte ementa:
“ADMINISTRATIVO, PENAL E PROCESSUAL PENAL.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
CRIME DE DESERÇÃO (ART. 187 DO CPM). DEMISSÃO.
AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO
RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
PREQUESTIONAMENTO. INOCORRÊNCIA. SÚMULAS 282 E
356 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso
admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e
processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2.
Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo
quando a violação for constitucional, mas necessária a análise
de fatos e provas, não há como se pretender seja reconhecida a
repercussão geral das questões constitucionais discutidas no
caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. O prequestionamento explícito
da questão constitucional é requisito indispensável à admissão
do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do
acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 4. As
Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: ‘É
inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na
decisão recorrida, a questão federal suscitada’ e ‘O ponto
omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos
declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário,
por faltar o requisito do prequestionamento.’ 5. Agravo
regimental a que se nega provimento”.
Outrossim, sobressai a natureza eminentemente infraconstitucional
das razões recursais, envolvendo a validade da denúncia oferecida após o
prazo legal e o suposto vício no reconhecimento do acusado na fase
judicial, sem observância dos procedimentos explicitados no art. 226 do
Código de Processo Penal.
Ofensa à Constituição, se houvesse, seria meramente reflexa, sendo
incabível o extraordinário, conforme jurisprudência uníssona do Supremo
Tribunal Federal (v.g.: “Inviável em recurso extraordinário o exame de ofensa
4
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ARE 680.976 AGR / SP
último com a seguinte ementa:
“ADMINISTRATIVO, PENAL E PROCESSUAL PENAL.
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
CRIME DE DESERÇÃO (ART. 187 DO CPM). DEMISSÃO.
AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO
RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
PREQUESTIONAMENTO. INOCORRÊNCIA. SÚMULAS 282 E
356 DO STF. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA
PROVIMENTO. 1. A repercussão geral pressupõe recurso
admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e
processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). 2.
Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo
quando a violação for constitucional, mas necessária a análise
de fatos e provas, não há como se pretender seja reconhecida a
repercussão geral das questões constitucionais discutidas no
caso (art. 102, III, § 3º, da CF). 3. O prequestionamento explícito
da questão constitucional é requisito indispensável à admissão
do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do
acórdão recorrido reclama embargos de declaração. 4. As
Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: ‘É
inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na
decisão recorrida, a questão federal suscitada’ e ‘O ponto
omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos
declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário,
por faltar o requisito do prequestionamento.’ 5. Agravo
regimental a que se nega provimento”.
Outrossim, sobressai a natureza eminentemente infraconstitucional
das razões recursais, envolvendo a validade da denúncia oferecida após o
prazo legal e o suposto vício no reconhecimento do acusado na fase
judicial, sem observância dos procedimentos explicitados no art. 226 do
Código de Processo Penal.
Ofensa à Constituição, se houvesse, seria meramente reflexa, sendo
incabível o extraordinário, conforme jurisprudência uníssona do Supremo
Tribunal Federal (v.g.: “Inviável em recurso extraordinário o exame de ofensa
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 680.976 AGR / SP
reflexa à Constituição Federal e a análise de legislação infraconstitucional” - RE
660.186 AgR/RS – 1.ª Turma – Rel. Min. Dias Toffoli – un. - j. 13.12.2011 –
Dje-032, de 14.02.2012; “Os princípios da legalidade, o do devido processo legal,
o da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa
julgada e da motivação das decisões judiciais, quando a verificação da violação
dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam
ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a
instância extraordinária” - RE 642.408 AgR/SP – 1.ª Turma – Rel. Min. Luiz
Fux – un. - j. 13.12.2011 – Dje-032, de 14.02.2012).
Ainda que superados tais óbices, razão não assiste ao Agravante.
É pacífico na doutrina e na jurisprudência que os prazos para
oferecimento da denúncia previstos no art. 46 do Código de Processo
Penal são impróprios e a sua não-observância pelo Ministério Público não
gera preclusão.
Acerca do reconhecimento do acusado pelas testemunhas em Juízo,
são oportunos alguns esclarecimentos. Houve diligência de
reconhecimento na forma do art. 226 do Código de Processo Penal na fase
de inquérito (fls. 16, 19 e 200). Em Juízo, não foi realizada diligência de
reconhecimento, mas apenas afirmado pelas testemunhas que
reconheciam os acusados ali presentes (fl. 200). Essa afirmação não se
confunde com a diligência de reconhecimento prevista na Lei Processual
Penal e foi considerada pelo magistrado sentenciante como um dos
elementos probatórios relevantes. Não há falar, portanto, em diligência de
reconhecimento em Juízo, sendo inaplicável ao caso o art. 226 do Código
de Processo Penal.
Portanto, a decisão ora agravada não merece qualquer reparo, não
se admitindo o extraordinário diante da ausência de prequestionamento e
ausente alegação de ofensa direta à Constituição, convergindo com a
jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal sobre esses
temas.
Desse modo, conheço e nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
5
Supremo Tribunal Federal
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ARE 680.976 AGR / SP
reflexa à Constituição Federal e a análise de legislação infraconstitucional” - RE
660.186 AgR/RS – 1.ª Turma – Rel. Min. Dias Toffoli – un. - j. 13.12.2011 –
Dje-032, de 14.02.2012; “Os princípios da legalidade, o do devido processo legal,
o da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa
julgada e da motivação das decisões judiciais, quando a verificação da violação
dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam
ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a
instância extraordinária” - RE 642.408 AgR/SP – 1.ª Turma – Rel. Min. Luiz
Fux – un. - j. 13.12.2011 – Dje-032, de 14.02.2012).
Ainda que superados tais óbices, razão não assiste ao Agravante.
É pacífico na doutrina e na jurisprudência que os prazos para
oferecimento da denúncia previstos no art. 46 do Código de Processo
Penal são impróprios e a sua não-observância pelo Ministério Público não
gera preclusão.
Acerca do reconhecimento do acusado pelas testemunhas em Juízo,
são oportunos alguns esclarecimentos. Houve diligência de
reconhecimento na forma do art. 226 do Código de Processo Penal na fase
de inquérito (fls. 16, 19 e 200). Em Juízo, não foi realizada diligência de
reconhecimento, mas apenas afirmado pelas testemunhas que
reconheciam os acusados ali presentes (fl. 200). Essa afirmação não se
confunde com a diligência de reconhecimento prevista na Lei Processual
Penal e foi considerada pelo magistrado sentenciante como um dos
elementos probatórios relevantes. Não há falar, portanto, em diligência de
reconhecimento em Juízo, sendo inaplicável ao caso o art. 226 do Código
de Processo Penal.
Portanto, a decisão ora agravada não merece qualquer reparo, não
se admitindo o extraordinário diante da ausência de prequestionamento e
ausente alegação de ofensa direta à Constituição, convergindo com a
jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal Federal sobre esses
temas.
Desse modo, conheço e nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
5
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.976
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : KLEBER RODRIGUES DE MORAES
ADV.(A/S) : ADILSON PAODJUENAS
AGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
INTDO.(A/S) : JACKSON MENEZES MENDES
ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA DE CERQUEIRA GAMA EICKENSCHEIDT
GONÇALVES
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108185
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.976
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : KLEBER RODRIGUES DE MORAES
ADV.(A/S) : ADILSON PAODJUENAS
AGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
INTDO.(A/S) : JACKSON MENEZES MENDES
ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA DE CERQUEIRA GAMA EICKENSCHEIDT
GONÇALVES
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108185
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3121016 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-23T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
DIREITO PENAL. ROUBO. NULIDADE PROCESSUAL. OFERECIMENTO DENÚNCIA APÓS PRAZO DO ART. 46 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. PRAZO IMPRÓPRIO. RECONHECIMENTO PESSOAL. AUSÊNCIA PREQUESTIONAMENTO. OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Se a questão constitucional invocada no Recurso Extraordinário não foi objeto de debate e decisão no acórdão recorrido, desatendido se encontra o pressuposto recursal do prequestionamento.
A discussão a respeito da natureza do prazo para oferecimento da denúncia e de supostos vícios procedimentais em diligência de reconhecimento de pessoas, questões atinentes aos artigos 46 e 226 do Código de Processo Penal, constituem matéria infraconstitucional, não ensejando o extraordinário.
Inviável o Recurso Extraordinário quando a alegada ofensa à Constituição Federal, se existente, seria meramente reflexa, a depender de interpretação da legislação infraconstitucional. Precedentes.
Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur219665 | - Acórdãos citados:
(PREQUESTIONAMENTO)
STF: RE 449137 AgR (2ªT), AI 706449 AgR (1ªT), AI 631711 AgR (1ªT), AI 663687 AgR (1ªT), RE 642382 AgR (1ªT);
(OFENSA REFLEXA)
STF: RE 660186 AgR (1ªT), RE 642408 AgR (1ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 28/11/2012, TBC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 680976 | [
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00046 ART-00226 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 680976 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : ADILSON PAODJUENAS
AGTE.(S) : KLEBER RODRIGUES DE MORAES
INTDO.(A/S) : JACKSON MENEZES MENDES
ADV.(A/S) : MARIA CRISTINA DE CERQUEIRA GAMA EICKENSCHEIDT GONÇALVES | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680 . 976",
"ARE 680 . 976 AGR / SP",
"ARE 680 . 976 AGR / SP",
"AGRAVO 680 . 976",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680 . 976",
"ARE 680 . 976 AGR / SP",
"ARE 680 . 976 AGR",
"ARE 680 . 976 AGR / SP",
"ARE 680 . 976 AGR / SP",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"RE 449 . 137 - AgR / RS",
"AI 706 . 449 - AgR / SC",
"AI 631 . 711 - AgR / BA",
"AI 663 . 687 - AgR / DF",
"RE 642 . 382 - AgR / MG",
"ARE 680 . 976 AGR / SP",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"RE 449 . 137 - AgR / RS",
"AI 706 . 449 - AgR / SC",
"AI 631 . 711 - AgR / BA",
"AI 663 . 687 - AgR / DF",
"RE 642 . 382 - AgR / MG",
"ARE 680 . 976",
"SÚMULAS 282",
"Súmulas 282",
"ARE 680 . 976 AGR",
"SÚMULAS 282",
"RE 660 . 186 AgR / RS",
"RE 642 . 408 AgR / SP",
"ARE 680 . 976",
"RE 660 . 186 AgR / RS",
"RE 642 . 408 AgR / SP"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 46 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL",
"artigos 46 e 226 do Código de Processo Penal",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 157 , § [UNK] , I e II do Código Penal",
"inciso I do § [UNK] do artigo 157 do Código Penal",
"[UNK] , LV e LIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 157 , § [UNK] , I e II do Código Penal",
"inciso I do § [UNK] do artigo 157 do Código Penal",
"artigo [UNK] , LV e LIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"art . 226 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"/",
"SP LIV , da Constituição Federal",
"art . 226 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , LIV e LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , LIV e LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso I do § [UNK] do artigo 157 do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso I do § [UNK] do artigo 157 do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso II do § [UNK] do art . 157 do CP",
"inciso I do § [UNK] do art . 157 do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso I do § [UNK] do art . 157 do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 187 DO CPM",
"ART . 323 DO RISTF",
"ART . 102 , III , § [UNK] , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"art . 226 do Código de",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 187 DO CPM",
"ART . 323 DO RISTF",
"ART . 102 , III , § [UNK] , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"art . 226 do Código de Processo Penal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"art . 46 do Código de Processo Penal",
"art . 226 do Código de Processo Penal",
"Lei Processual Penal",
"art . 226 do Código de Processo Penal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"art . 46 do Código de Processo Penal",
"art . 226 do Código de Processo Penal",
"Lei Processual Penal",
"art . 226 do Código de Processo Penal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de São Caetano do Sul / SP",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de São Caetano do Sul / SP",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de São Caetano do Sul / SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de São Caetano do Sul / SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"356 do STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"1",
".",
"[UNK] Turma",
"1",
".",
"[UNK] Turma",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"1",
".",
"[UNK] Turma",
"1",
".",
"[UNK] Turma",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"KLEBER RODRIGUES DE MORAES",
"ADILSON PAODJUENAS",
"JACKSON MENEZES MENDES",
"MARIA CRISTINA DE CERQUEIRA GAMA EICKENSCHEIDT GONÇALVES",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"KLEBER RODRIGUES DE MORAES",
"ADILSON PAODJUENAS",
"JACKSON MENEZES MENDES",
"MARIA CRISTINA DE CERQUEIRA GAMA EICKENSCHEIDT GONÇALVES",
"Rosa Weber",
"Kleber Rodrigues de Moraes",
"ROSA WEBER",
"KLEBER RODRIGUES DE MORAES",
"ADILSON PAODJUENAS",
"JACKSON MENEZES MENDES",
"MARIA CRISTINA DE CERQUEIRA GAMA EICKENSCHEIDT GONÇALVES",
"Rosa Weber",
"Kleber Rodrigues de Moraes",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER ARE 680",
"Eros Grau",
"Menezes Direito",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Luiz Fux",
"Eros Grau",
"Menezes Direito",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Luiz Fux",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER ARE",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"ROSA WEBER",
"KLEBER RODRIGUES DE MORAES",
"ADILSON PAODJUENAS",
"JACKSON MENEZES",
"MARIA CRISTINA DE CERQUEIRA GAMA EICKENSCHEIDT GONÇALVES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"KLEBER RODRIGUES DE MORAES",
"ADILSON PAODJUENAS",
"JACKSON MENEZES MENDES",
"MARIA CRISTINA DE CERQUEIRA GAMA EICKENSCHEIDT GONÇALVES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"06 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
".",
"4",
".",
"2008",
"07",
".",
"11",
".",
"2008",
"21",
".",
"11",
".",
"2008",
"20",
".",
"02",
".",
"2009",
"04",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
".",
"4",
".",
"2008",
"07",
".",
"11",
".",
"2008",
"21",
".",
"11",
".",
"2008",
"20",
".",
"02",
".",
"2009",
"04",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"12",
".",
"2011",
"14",
".",
"02",
".",
"2012",
"13",
".",
"12",
".",
"2011",
"14",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"12",
".",
"2011",
"14",
".",
"02",
".",
"2012",
"13",
".",
"12",
".",
"2011",
"14",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
"/",
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"/",
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".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.883 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S)
:AGENOR MARQUEZ VIEIRA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:RENATA CRISTINA PALOAN TOESCA ELIAS
INTDO.(A/S)
:PARANAPREVIDÊNCIA
ADV.(A/S)
:GISELLE PASCUAL PONCE BEVERVANSO
EMENTA
Ação cautelar. Processo principal que versa sobre tema cuja
repercussão geral já foi reconhecida por esta Corte. Devolução do feito
à origem. Incompetência para conhecimento da medida. Precedentes.
1. A presente ação se refere a processo cuja matéria já teve a
repercussão reconhecida por esta Corte. Por isso, foi determinada sua
baixa à origem.
2. Em tal hipótese, não mais detém o Supremo Tribunal Federal
competência para o conhecimento da medida. Precedentes.
3. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133399.
Supremo Tribunal Federal
DJe 29/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.883 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S)
:AGENOR MARQUEZ VIEIRA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:RENATA CRISTINA PALOAN TOESCA ELIAS
INTDO.(A/S)
:PARANAPREVIDÊNCIA
ADV.(A/S)
:GISELLE PASCUAL PONCE BEVERVANSO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Trata-se de agravo regimental interposto pelo Estado do Paraná
contra decisão mediante a qual neguei seguimento à medida cautelar,
com a seguinte fundamentação:
“Decisão:
Cuida-se de ação cautelar do ESTADO DO PARANÁ E
OUTRO em face de AGENOR MARQUEZ VIEIRA E OUTROS,
com o objetivo de conferir eficácia suspensiva a agravos de
instrumento que permitiram o destrancamento de recursos
extraordinários.
A inicial alega que os requerentes tiraram os Agravos de
Instrumento nºs 802.511 e 802.111 contra atos da presidência do
e. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, os quais
determinaram o trancamento de recursos extraordinários.
Os agravos foram por mim conhecidos e, em decisão
monocrática, dei provimento às espécies para conhecer dos
recursos extraordinários, mas, conservando-os sob o regime da
repercussão geral e recomendando sua permanência na origem.
Pedem os requerentes que se conceda liminar para
conferir-se desde logo efeito suspensivo aos agravos de instrumento nº
802511 e 802111 e, consequentemente, ao recurso extraordinário n.
468.235-1/02, sustando os efeitos da decisão recorrida (Acórdão nº
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133397.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.883 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S)
:AGENOR MARQUEZ VIEIRA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:RENATA CRISTINA PALOAN TOESCA ELIAS
INTDO.(A/S)
:PARANAPREVIDÊNCIA
ADV.(A/S)
:GISELLE PASCUAL PONCE BEVERVANSO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Trata-se de agravo regimental interposto pelo Estado do Paraná
contra decisão mediante a qual neguei seguimento à medida cautelar,
com a seguinte fundamentação:
“Decisão:
Cuida-se de ação cautelar do ESTADO DO PARANÁ E
OUTRO em face de AGENOR MARQUEZ VIEIRA E OUTROS,
com o objetivo de conferir eficácia suspensiva a agravos de
instrumento que permitiram o destrancamento de recursos
extraordinários.
A inicial alega que os requerentes tiraram os Agravos de
Instrumento nºs 802.511 e 802.111 contra atos da presidência do
e. Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, os quais
determinaram o trancamento de recursos extraordinários.
Os agravos foram por mim conhecidos e, em decisão
monocrática, dei provimento às espécies para conhecer dos
recursos extraordinários, mas, conservando-os sob o regime da
repercussão geral e recomendando sua permanência na origem.
Pedem os requerentes que se conceda liminar para
conferir-se desde logo efeito suspensivo aos agravos de instrumento nº
802511 e 802111 e, consequentemente, ao recurso extraordinário n.
468.235-1/02, sustando os efeitos da decisão recorrida (Acórdão nº
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
AC 2.883 AGR / PR
21343, proferido pela 6ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça
do Paraná, no julgamento da Apelação Cível nº 468.235-1), até o
julgamento final da causa pelo Supremo Tribunal Federal STF
É o relatório.
Aqui sem causa.
A jurisprudência do STF encontra-se firmada no sentido
de que:
RECURSO. Extraordinário. Repercussão geral reconhecida
sobre a matéria. Sobrestamento na origem. Subida dos autos.
Ação cautelar para esse fim não conhecida. Competência do
tribunal local. Agravo improvido. Precedentes. O Supremo não
tem competência para determinar subida de recurso
extraordinário sobrestado na origem em virtude do
reconhecimento de repercussão geral sobre a questão que
constitui seu objeto.
(AC 2414 AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO,
Segunda Turma, julgado em 23/03/2010, DJe-168 10-9-2010)
Em suma, compete à Corte local apreciar e julgar medidas
cautelares com o objetivo de emprestar eficácia suspensiva a
recurso extraordinário submetido ao regime do art. 543-B, CPC.
O reconhecimento da repercussão geral tem por precisa
consequência esgotar a cognição nesta Corte e recomendar
todos os processos, principais ou acessórios, à origem, enquanto
não há pronunciamento definitivo sobre o processo-paradigma
no STF. É medida de caráter lógico e de economia interna da
administração processual.
Ante o exposto, nego seguimento à cautelar (art. 21, §
1º,RISTF).
Publique-se. Int..
Brasília, 2 de agosto de 2011.”
Asseverou o agravante que já havia interposto a presente ação junto
à Corte de origem, mas seu Presidente entendeu não deter competência
para apreciá-la. Ademais, a presente ação foi proposta antes do
provimento dos agravos, sendo pacífica a jurisprudência desta Corte em
reconhecer sua competência para a concessão de medidas liminares em
2
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Supremo Tribunal Federal
AC 2.883 AGR / PR
21343, proferido pela 6ª Câmara Cível do Egrégio Tribunal de Justiça
do Paraná, no julgamento da Apelação Cível nº 468.235-1), até o
julgamento final da causa pelo Supremo Tribunal Federal STF
É o relatório.
Aqui sem causa.
A jurisprudência do STF encontra-se firmada no sentido
de que:
RECURSO. Extraordinário. Repercussão geral reconhecida
sobre a matéria. Sobrestamento na origem. Subida dos autos.
Ação cautelar para esse fim não conhecida. Competência do
tribunal local. Agravo improvido. Precedentes. O Supremo não
tem competência para determinar subida de recurso
extraordinário sobrestado na origem em virtude do
reconhecimento de repercussão geral sobre a questão que
constitui seu objeto.
(AC 2414 AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO,
Segunda Turma, julgado em 23/03/2010, DJe-168 10-9-2010)
Em suma, compete à Corte local apreciar e julgar medidas
cautelares com o objetivo de emprestar eficácia suspensiva a
recurso extraordinário submetido ao regime do art. 543-B, CPC.
O reconhecimento da repercussão geral tem por precisa
consequência esgotar a cognição nesta Corte e recomendar
todos os processos, principais ou acessórios, à origem, enquanto
não há pronunciamento definitivo sobre o processo-paradigma
no STF. É medida de caráter lógico e de economia interna da
administração processual.
Ante o exposto, nego seguimento à cautelar (art. 21, §
1º,RISTF).
Publique-se. Int..
Brasília, 2 de agosto de 2011.”
Asseverou o agravante que já havia interposto a presente ação junto
à Corte de origem, mas seu Presidente entendeu não deter competência
para apreciá-la. Ademais, a presente ação foi proposta antes do
provimento dos agravos, sendo pacífica a jurisprudência desta Corte em
reconhecer sua competência para a concessão de medidas liminares em
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
AC 2.883 AGR / PR
hipóteses como a presente.
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
AC 2.883 AGR / PR
hipóteses como a presente.
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.883 PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Os argumentos expendidos pela agravante não são aptos a provocar
a reforma da decisão agravada, uma vez que foi tomada em
conformidade com o entendimento emanado por esta Corte.
Conforme então ressaltado, o processo a que se refere a presente
medida cautelar foi enquadrado na sistemática da repercussão geral, de
modo que foi determinado seu sobrestamento na origem. Assim,
remanesce com o Tribunal local a competência para conhecer de medida
cautelar a ele referente, como essa ora em apreciação.
Em abono ao precedente constante da decisão agravada, agrego os
seguintes:
“AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO CAUTELAR.
CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO A AGRAVO DE
INSTRUMENTO PROVIDO E CONVERTIDO EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO QUE FOI MANTIDO NA ORIGEM EM
RAZÃO DO RECONHECIMENTO DA REPERCUSSÃO
GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL DEBATIDA.
INCOMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
PRECEDENTE DO PLENÁRIO. AGRAVO AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (AC nº 2.303/MS-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 27/09/11).
“AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO CAUTELAR.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
PROCESSO
CIVIL.
ADMISSIBILIDADE DE MEDIDAS CAUTELARES PARA A
CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO APÓS A EC 45/04. COMPETÊNCIA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SOMENTE QUANDO OS
AUTOS ESTIVEREM FISICAMENTE NESTA CORTE.
PRECEDENTE. AGRAVO IMPROVIDO. 1. A concessão de
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.883 PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Os argumentos expendidos pela agravante não são aptos a provocar
a reforma da decisão agravada, uma vez que foi tomada em
conformidade com o entendimento emanado por esta Corte.
Conforme então ressaltado, o processo a que se refere a presente
medida cautelar foi enquadrado na sistemática da repercussão geral, de
modo que foi determinado seu sobrestamento na origem. Assim,
remanesce com o Tribunal local a competência para conhecer de medida
cautelar a ele referente, como essa ora em apreciação.
Em abono ao precedente constante da decisão agravada, agrego os
seguintes:
“AGRAVO REGIMENTAL NA AÇÃO CAUTELAR.
CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO A AGRAVO DE
INSTRUMENTO PROVIDO E CONVERTIDO EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO QUE FOI MANTIDO NA ORIGEM EM
RAZÃO DO RECONHECIMENTO DA REPERCUSSÃO
GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL DEBATIDA.
INCOMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
PRECEDENTE DO PLENÁRIO. AGRAVO AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (AC nº 2.303/MS-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 27/09/11).
“AGRAVO REGIMENTAL. AÇÃO CAUTELAR.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
PROCESSO
CIVIL.
ADMISSIBILIDADE DE MEDIDAS CAUTELARES PARA A
CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO AO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO APÓS A EC 45/04. COMPETÊNCIA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL SOMENTE QUANDO OS
AUTOS ESTIVEREM FISICAMENTE NESTA CORTE.
PRECEDENTE. AGRAVO IMPROVIDO. 1. A concessão de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AC 2.883 AGR / PR
efeito suspensivo a recurso extraordinário é medida de caráter
excepcional, sob pena de tornar inócua a determinação
veiculada pelo § 2º do art. 542 do CPC. 2. A competência do
Supremo Tribunal Federal para a concessão de efeito
suspensivo a recurso extraordinário em medidas cautelares
restringe-se aos casos urgentes em que o recurso, devidamente
admitido, encontrar-se fisicamente nesta Corte, ainda que
sobrestado. 3. ‘Compete ao tribunal de origem apreciar ações
cautelares, ainda que o recurso extraordinário já tenha obtido o
primeiro juízo positivo de admissibilidade, quando o apelo
extremo estiver sobrestado em face do reconhecimento da
existência de repercussão geral da matéria constitucional nele
tratada’ [QO-MC-AC n. 2.177, Relatora a Ministra ELLEN
GRACIE, DJe de 20.2.09]. 4. Na hipótese dos autos, o recurso
extraordinário da requerente, embora admitido na origem,
encontra-se no Superior Tribunal de Justiça. Aquela Corte,
enquanto pendente de apreciação o recurso especial, é
competente para o exame de medidas cautelares que visem à
suspensão dos efeitos do acórdão recorrido. 5. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AC nº 2.206/RJ-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de
25/09/09).
“PROCESSUAL. IMEDIATO PROCESSAMENTO A
RECURSO EXTRAORDINÁRIO SOBRESTADO EM VIRTUDE
DE REPERCUSSÃO GERAL. ALEGADA INEXISTÊNCIA DE
PERTINÊNCIA TEMÁTICA ENTRE O RE SOBRESTADO E O
ESCOLHIDO
COMO
REPERCUSSÃO
GERAL.
INCOMPETÊNCIA DESSA CORTE PARA A CONCESSÃO DO
QUANTO PLEITEADO. I - É pacífica a jurisprudência desta
Corte de que a sua competência para dar prosseguimento a RE
sobrestado apenas se instaura após o juízo de admissibilidade
pelo Tribunal a quo. II - Existindo a repercussão geral, a
competência para definir o recurso representativo da
controvérsia e para sobrestar os demais recursos é do tribunal
de origem. III - Incompetência da Corte para determinar o
2
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Supremo Tribunal Federal
AC 2.883 AGR / PR
efeito suspensivo a recurso extraordinário é medida de caráter
excepcional, sob pena de tornar inócua a determinação
veiculada pelo § 2º do art. 542 do CPC. 2. A competência do
Supremo Tribunal Federal para a concessão de efeito
suspensivo a recurso extraordinário em medidas cautelares
restringe-se aos casos urgentes em que o recurso, devidamente
admitido, encontrar-se fisicamente nesta Corte, ainda que
sobrestado. 3. ‘Compete ao tribunal de origem apreciar ações
cautelares, ainda que o recurso extraordinário já tenha obtido o
primeiro juízo positivo de admissibilidade, quando o apelo
extremo estiver sobrestado em face do reconhecimento da
existência de repercussão geral da matéria constitucional nele
tratada’ [QO-MC-AC n. 2.177, Relatora a Ministra ELLEN
GRACIE, DJe de 20.2.09]. 4. Na hipótese dos autos, o recurso
extraordinário da requerente, embora admitido na origem,
encontra-se no Superior Tribunal de Justiça. Aquela Corte,
enquanto pendente de apreciação o recurso especial, é
competente para o exame de medidas cautelares que visem à
suspensão dos efeitos do acórdão recorrido. 5. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AC nº 2.206/RJ-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJe de
25/09/09).
“PROCESSUAL. IMEDIATO PROCESSAMENTO A
RECURSO EXTRAORDINÁRIO SOBRESTADO EM VIRTUDE
DE REPERCUSSÃO GERAL. ALEGADA INEXISTÊNCIA DE
PERTINÊNCIA TEMÁTICA ENTRE O RE SOBRESTADO E O
ESCOLHIDO
COMO
REPERCUSSÃO
GERAL.
INCOMPETÊNCIA DESSA CORTE PARA A CONCESSÃO DO
QUANTO PLEITEADO. I - É pacífica a jurisprudência desta
Corte de que a sua competência para dar prosseguimento a RE
sobrestado apenas se instaura após o juízo de admissibilidade
pelo Tribunal a quo. II - Existindo a repercussão geral, a
competência para definir o recurso representativo da
controvérsia e para sobrestar os demais recursos é do tribunal
de origem. III - Incompetência da Corte para determinar o
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AC 2.883 AGR / PR
prosseguimento do recurso. IV - Precedentes. V - RE
desprovido” (AC nº 2.124/SP-AgR, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 26/6/09).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
AC 2.883 AGR / PR
prosseguimento do recurso. IV - Precedentes. V - RE
desprovido” (AC nº 2.124/SP-AgR, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, Primeira Turma, DJe de 26/6/09).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.883
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S) : AGENOR MARQUEZ VIEIRA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RENATA CRISTINA PALOAN TOESCA ELIAS
INTDO.(A/S) : PARANAPREVIDÊNCIA
ADV.(A/S) : GISELLE PASCUAL PONCE BEVERVANSO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR 2.883
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
AGDO.(A/S) : AGENOR MARQUEZ VIEIRA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RENATA CRISTINA PALOAN TOESCA ELIAS
INTDO.(A/S) : PARANAPREVIDÊNCIA
ADV.(A/S) : GISELLE PASCUAL PONCE BEVERVANSO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108132
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3140240 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-29T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NA AÇÃO CAUTELAR | EMENTA
Ação cautelar. Processo principal que versa sobre tema cuja repercussão geral já foi reconhecida por esta Corte. Devolução do feito à origem. Incompetência para conhecimento da medida. Precedentes.
1. A presente ação se refere a processo cuja matéria já teve a repercussão reconhecida por esta Corte. Por isso, foi determinada sua baixa à origem.
2. Em tal hipótese, não mais detém o Supremo Tribunal Federal competência para o conhecimento da medida. Precedentes.
3. Agravo regimental não provido. | sjur220070 | - Acórdão (s) citado (s):
(AÇÃO CAUTELAR, INCOMPETÊNCIA)
STF: AC 2303 AgR (1ªT), AC 2206 AgR (2ªT), AC 2124 AgR (1ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 05/12/2012, BMB. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 2883 | null | AC-AgR | acordaos | AC 2883 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARANÁ
INTDO.(A/S) : PARANAPREVIDÊNCIA
ADV.(A/S) : GISELLE PASCUAL PONCE BEVERVANSO
AGDO.(A/S) : AGENOR MARQUEZ VIEIRA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RENATA CRISTINA PALOAN TOESCA ELIAS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AÇÃO CAUTELAR 2 . 883",
"AÇÃO CAUTELAR 2 . 883",
"recurso extraordinário n . 468 . 235 - 1 / 02",
"AÇÃO CAUTELAR 2 . 883",
"Agravos de Instrumento [UNK] 802 . 511",
"recurso extraordinário n . 468 . 235 - 1 / 02",
"AC 2 . 883 AGR / PR 21343",
"Apelação Cível [UNK] 468 . 235 - 1",
"AC 2414 AgR",
"AC 2 . 883 AGR / PR 21343",
"Apelação Cível [UNK] 468 . 235 - 1",
"AC 2414 AgR",
"AC [UNK] 2 . 303 / MS - AgR",
"AÇÃO CAUTELAR 2 . 883",
"AC [UNK] 2 . 303 / MS - AgR",
"AC 2 . 883 AGR / PR",
"AC [UNK] 2 . 206 / RJ - AgR",
"AC 2 . 883 AGR",
"QO",
"-",
"MC",
"-",
"AC n . 2 . 177",
"AC [UNK] 2 . 206 / RJ - AgR",
"AC 2 . 883 AGR / PR",
"AC [UNK] 2 . 124 / SP - AgR",
"AC 2 . 883 AGR / PR",
"AC [UNK] 2 . 124 / SP - AgR",
"AÇÃO CAUTELAR 2 . 883"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 543 - B , CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 543 - B , CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 45 / 04",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 45 / 04",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 542 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"Brasília",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"Estado do Paraná",
"ESTADO DO PARANÁ",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"PARANAPREVIDÊNCIA",
"Estado do Paraná",
"ESTADO DO PARANÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"PARANAPREVIDÊNCIA",
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"ESTADO DO PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"PARANAPREVIDÊNCIA",
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"Brasil",
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"Brasil",
"[UNK] Câmara Cível",
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"STF",
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"-",
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"Primeira Turma",
"Infra",
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"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"AGENOR MARQUEZ VIEIRA",
"RENATA CRISTINA PALOAN TOESCA ELIAS",
"GISELLE PASCUAL PONCE BEVERVANSO",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"AGENOR MARQUEZ VIEIRA",
"RENATA CRISTINA PALOAN TOESCA ELIAS",
"GISELLE PASCUAL",
"DIAS TOFFOLI",
"AGENOR MARQUEZ VIEIRA",
"DIAS TOFFOLI",
"AGENOR MARQUEZ VIEIRA",
"RENATA CRISTINA PALOAN TOESCA ELIAS",
"GISELLE PASCUAL PONCE BEVERVANSO",
"DIAS TOFFOLI",
"AGENOR MARQUEZ VIEIRA",
"CEZAR PELUSO",
"CEZAR PELUSO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"ELLEN GRACIE",
"Eros Grau",
"ELLEN GRACIE",
"Eros Grau",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"AGENOR MARQUEZ VIEIRA",
"RENATA CRISTINA PALOAN TOESCA ELIAS",
"GISELLE PASCUAL PONCE BEVERVANSO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"AGENOR MARQUEZ VIEIRA",
"RENATA CRISTINA PALOAN TOESCA ELIAS",
"GISELLE PASCUAL PONCE BEVERVANSO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
"/",
"03",
"/",
"2010",
"10",
"-",
"9",
"-",
"2010",
"2 de agosto de 2011",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
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"03",
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"2010",
"10",
"-",
"9",
"-",
"2010",
"2 de agosto de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"11",
"/",
"2012",
"27",
"/",
"09",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"27",
"/",
"09",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
".",
"2",
".",
"09",
"25",
"/",
"09",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
".",
"2",
".",
"09",
"25",
"/",
"09",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
"/",
"6",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
"/",
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"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
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".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
REDATOR DO
ACÓRDÃO
: MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA: PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS
IMPETRADO CONTRA INDEFERIMENTO DE LIMINAR.
RELATIVIZAÇÃO DO ÓBICE PREVISTO NA SÚMULA 691/STF.
AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA E DE ILEGALIDADE MANIFESTA.
PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA.
PERICULOSIDADE. CIRCUNSTÂNCIA SUFICIENTE PARA A
MANUTENÇÃO DA CUSTÓRIA CAUTELAR. SUPERVENIÊNCIA
DA PROLAÇÃO DE SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA.
PREJUDICIALIDADE.
1. A superposição de habeas corpus contra decisão denegatória de
liminar em idêntica medida processual é inadmissível, por implicar
ofensa aos princípios processuais fundamentais da hierarquia dos graus
de jurisdição e de competência. Precedentes: Habeas Corpus nº 76.347/MS
(Questão de Ordem), 79.238/RS e 79.776/RS, relator Ministro Moreira
Alves, DJU de 8.5.1998, 6.8.1999 e 03.03.2000, respectivamente; Habeas
Corpus nº 79.748/RS, relator Ministro Celso de Mello, DJU de 23.06.2000/
Habeas Corpus nº 79.775/AP, relator Ministro Maurício Corrêa, DJU de
17.03.2000.
2. A relativização do entendimento sumulado só é admitida por este
Tribunal em casos de flagrante ilegalidade ou abuso de poder, o que, de
plano, não se verifica nos autos. Jurisprudência: Habeas Corpus nº
102.668/PA, relator Ministro Dias Toffolli, DJe de 05.10.2010; Habeas
Corpus nº 84.014/MG, relator Ministro Marco Aurélio, DJ de 25.06.2004;
Habeas Corpus nº 85.185/SP, relator Ministro Cezar Peluso, DJ de
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158213.
Supremo Tribunal Federal
DJe 12/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 34
Ementa e Acórdão
HC 95.977 / SP
01.09.2006; e Habeas Corpus nº 88.229/SE, relator Ministro Ricardo
Lewandowski, DJ de 10.10.2006.
3. Manutenção da prisão preventiva devidamente fundamentada na
garantia da ordem pública, considerando o fato de cuidar-se de crime de
quadrilha, envolvendo doze agentes, voltada à prática de sequestro,
restando evidenciada a periculosidade social a justificar a segregação.
4. Deveras, a elevada periculosidade criminal - inclusive espelhada
no fato de ter-se ação perpetrada contra criança, que foi mantida em
cativeiro por mais de dois meses e cujo resgate foi fixado em milhões de
reais - demonstra a complexidade do processo-crime, suficiente para
refutar a alegação de excesso de prazo de prisão sem a formação da
culpa. Precedentes: Habeas Corpus nº 98.290, redator para o acórdão o
Ministro Luiz Fux, DJe de 21.06.2011; Habeas Corpus nº 104.608, relatora
Ministra Cármen Lúcia, DJe de 01.09.2011; Habeas Corpus nº 101.854,
relator Ministro Eros Grau, DJe de 30.04.2010.
5. A prolação de sentença penal condenatória faz exsurgir,
supervenientemente, novo título judicial a fundamentar a medida
constritiva da liberdade do paciente, com a consequente prejudicialidade
da impetração.
Pedido de concessão de habeas corpus que se julga prejudicado.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por maioria de votos, em julgar prejudicada a ordem
de habeas corpus, nos termos do voto reajustado do Senhor Ministro Luiz
Fux, Redator para o acórdão, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio,
Relator, que concedia a ordem por excesso de prazo.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Redator para o acórdão
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
01.09.2006; e Habeas Corpus nº 88.229/SE, relator Ministro Ricardo
Lewandowski, DJ de 10.10.2006.
3. Manutenção da prisão preventiva devidamente fundamentada na
garantia da ordem pública, considerando o fato de cuidar-se de crime de
quadrilha, envolvendo doze agentes, voltada à prática de sequestro,
restando evidenciada a periculosidade social a justificar a segregação.
4. Deveras, a elevada periculosidade criminal - inclusive espelhada
no fato de ter-se ação perpetrada contra criança, que foi mantida em
cativeiro por mais de dois meses e cujo resgate foi fixado em milhões de
reais - demonstra a complexidade do processo-crime, suficiente para
refutar a alegação de excesso de prazo de prisão sem a formação da
culpa. Precedentes: Habeas Corpus nº 98.290, redator para o acórdão o
Ministro Luiz Fux, DJe de 21.06.2011; Habeas Corpus nº 104.608, relatora
Ministra Cármen Lúcia, DJe de 01.09.2011; Habeas Corpus nº 101.854,
relator Ministro Eros Grau, DJe de 30.04.2010.
5. A prolação de sentença penal condenatória faz exsurgir,
supervenientemente, novo título judicial a fundamentar a medida
constritiva da liberdade do paciente, com a consequente prejudicialidade
da impetração.
Pedido de concessão de habeas corpus que se julga prejudicado.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por maioria de votos, em julgar prejudicada a ordem
de habeas corpus, nos termos do voto reajustado do Senhor Ministro Luiz
Fux, Redator para o acórdão, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio,
Relator, que concedia a ordem por excesso de prazo.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Redator para o acórdão
Documento assinado digitalmente
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Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 34
Relatório
08/11/2011
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto a título de
relatório as informações prestadas pela Assessoria:
Na decisão do Ministro Menezes Direito que implicou o
indeferimento da liminar, a espécie ficou assim resumida (folha
175 a 180):
Vistos.
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado
pelo advogado Ademilson Alves de Brito, em causa
própria, buscando a revogação da prisão preventiva
decretada em seu desfavor.
Aponta como autoridade coatora a Ministra Maria
Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça,
Relatora do HC nº 112.033/SP, impetrado naquele Superior
Tribunal com o mesmo objetivo ora pretendido.
Inicialmente, argumenta que o caso concreto autoriza
a mitigação da Súmula nº 691 desta Suprema Corte.
No mais, alega o impetrante/paciente, em síntese,
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Supremo Tribunal Federal
08/11/2011
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto a título de
relatório as informações prestadas pela Assessoria:
Na decisão do Ministro Menezes Direito que implicou o
indeferimento da liminar, a espécie ficou assim resumida (folha
175 a 180):
Vistos.
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado
pelo advogado Ademilson Alves de Brito, em causa
própria, buscando a revogação da prisão preventiva
decretada em seu desfavor.
Aponta como autoridade coatora a Ministra Maria
Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça,
Relatora do HC nº 112.033/SP, impetrado naquele Superior
Tribunal com o mesmo objetivo ora pretendido.
Inicialmente, argumenta que o caso concreto autoriza
a mitigação da Súmula nº 691 desta Suprema Corte.
No mais, alega o impetrante/paciente, em síntese,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 34
Relatório
HC 95.977 / SP
estar sofrendo constrangimento ilegal, em razão de estar
preso preventivamente desde 3/6/06, sem que se possa
imputar o atraso para o encerramento da instrução
criminal à defesa.
Argumenta, para tanto, que “... o Ministério Público,
na fase do art. 499 do CPP, requereu e fora deferido (Doc.
4) diligência, o que comprova que a instrução, ainda não
se encerrou” (fl. 112).
Requer, em sede liminar, a revogação da prisão
preventiva decretada em seu desfavor. No mérito, pede a
confirmação da liminar (fl. 130).
Decido.
Insurge-se o impetrante/paciente, neste writ, contra
decisão monocrática proferida pela Ministra Maria
Thereza de Assis Moura, que indeferiu o pedido de
liminar no HC nº 112.033/SP, impetrado naquele Superior
Tribunal.
Como se vê, trata-se de decisão indeferitória de
liminar, devendo incidir, na espécie, a Súmula 691 do
Supremo Tribunal Federal, segundo a qual “não compete
ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus
impetrado contra decisão do Relator que, em habeas
corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.
É certo que a jurisprudência desta Corte tem
admitido o abrandamento da súmula para admitir a
impetração de
habeas corpus, quando os autos
demonstrarem ser hipótese de flagrante ilegalidade, abuso
de poder ou teratologia.
Na hipótese vertente, verifica-se, porém, não haver
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1578517.
Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
estar sofrendo constrangimento ilegal, em razão de estar
preso preventivamente desde 3/6/06, sem que se possa
imputar o atraso para o encerramento da instrução
criminal à defesa.
Argumenta, para tanto, que “... o Ministério Público,
na fase do art. 499 do CPP, requereu e fora deferido (Doc.
4) diligência, o que comprova que a instrução, ainda não
se encerrou” (fl. 112).
Requer, em sede liminar, a revogação da prisão
preventiva decretada em seu desfavor. No mérito, pede a
confirmação da liminar (fl. 130).
Decido.
Insurge-se o impetrante/paciente, neste writ, contra
decisão monocrática proferida pela Ministra Maria
Thereza de Assis Moura, que indeferiu o pedido de
liminar no HC nº 112.033/SP, impetrado naquele Superior
Tribunal.
Como se vê, trata-se de decisão indeferitória de
liminar, devendo incidir, na espécie, a Súmula 691 do
Supremo Tribunal Federal, segundo a qual “não compete
ao Supremo Tribunal Federal conhecer de habeas corpus
impetrado contra decisão do Relator que, em habeas
corpus requerido a tribunal superior, indefere a liminar”.
É certo que a jurisprudência desta Corte tem
admitido o abrandamento da súmula para admitir a
impetração de
habeas corpus, quando os autos
demonstrarem ser hipótese de flagrante ilegalidade, abuso
de poder ou teratologia.
Na hipótese vertente, verifica-se, porém, não haver
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 34
Relatório
HC 95.977 / SP
flagrante ilegalidade capaz de afastar, pelo menos neste
primeiro exame, a incidência do enunciado da Súmula nº
691 desta Corte.
A decisão ora questionada tem a seguinte
fundamentação:
“Trata-se de habeas corpus, com pedido
liminar, impetrado por ADEMILSON ALVES DE
BRITO, em seu próprio favor, impugnando acórdão
do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (HC
1.128.837.3/7,
renumerado
como
HC
993.08.041182/4), que denegou a ordem em prévio
writ lá manejado, verbis:
'Como anotam a decisão que indeferiu
pedido de liminar e as informações prestadas
pela d. Autoridade Impetrada (fls. 51/57), o
presente pedido constituiria reiteração de
numerosas impetrações anteriores, todas
denegadas. Entretanto, como ponderado no
parecer da d. Procuradoria Geral da Justiça,
tratando-se de alegação de excesso de prazo, o
tempo decorrido desde a última impetração
constitui fato novo, que impede seja
considerada a nova impetração mera reiteração
de pedidos anteriores e enseja seu
conhecimento. Ao que consta, a última
impetração data de 18 de janeiro de 2008 (fls.
57), enquanto que a instrução criminal, segundo
informações da Autoridade Impetrada (fls. 55),
foi encerrada em 10 de março do corrente ano.
Nessa perspectiva, a ordem deve ser denegada.
Não constatada de pronto, como a rigor já se
decidiu
anteriormente
por
alentados
fundamentos já amplamente conhecidos,
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
flagrante ilegalidade capaz de afastar, pelo menos neste
primeiro exame, a incidência do enunciado da Súmula nº
691 desta Corte.
A decisão ora questionada tem a seguinte
fundamentação:
“Trata-se de habeas corpus, com pedido
liminar, impetrado por ADEMILSON ALVES DE
BRITO, em seu próprio favor, impugnando acórdão
do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (HC
1.128.837.3/7,
renumerado
como
HC
993.08.041182/4), que denegou a ordem em prévio
writ lá manejado, verbis:
'Como anotam a decisão que indeferiu
pedido de liminar e as informações prestadas
pela d. Autoridade Impetrada (fls. 51/57), o
presente pedido constituiria reiteração de
numerosas impetrações anteriores, todas
denegadas. Entretanto, como ponderado no
parecer da d. Procuradoria Geral da Justiça,
tratando-se de alegação de excesso de prazo, o
tempo decorrido desde a última impetração
constitui fato novo, que impede seja
considerada a nova impetração mera reiteração
de pedidos anteriores e enseja seu
conhecimento. Ao que consta, a última
impetração data de 18 de janeiro de 2008 (fls.
57), enquanto que a instrução criminal, segundo
informações da Autoridade Impetrada (fls. 55),
foi encerrada em 10 de março do corrente ano.
Nessa perspectiva, a ordem deve ser denegada.
Não constatada de pronto, como a rigor já se
decidiu
anteriormente
por
alentados
fundamentos já amplamente conhecidos,
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 34
Relatório
HC 95.977 / SP
desídia da Autoridade Impetrada na condução
do feito até a última impetração, onde o
consumo de tempo foi considerado justificado
(conforme informações pormenorizadas da
Autoridade Impetrada sobre o andamento,
intercorrências e particularidades do complexo
feito, já anotados nos anteriores habeas corpus
interpostos sob o mesmo fundamento - fls.
51/57), e agora encerrada a fase de colheita de
provas, até então, não há de se cogitar da
ocorrência de excesso injustificado de prazo,
pois como se tem reconhecido, as razões de fato
e de direito trazidas à colação, nesse sentido,
não evidenciam o atendimento dos
pressupostos exigíveis a sua concessão, ante a
razoabilidade de eventual consumo de tempo
após dificultosa instrução criminal. (...). Cabe
ressaltar, de outro lado, a extrema
complexidade do feito envolvendo cerca de
mais de 12 réus presos; além disso, após o
encerramento da instrução, não só o Ministério
Público formulou requerimentos na fase do
artigo 499 do CPP, como informou a
Autoridade Impetrada em 10 de junho de 2008
(fls. 51/57), como os co-réus Rogério Pereira
Nunes e Emerson Braga, e o próprio paciente
requerendo a revogação de seu interrogatório,
deixando assentado que os autos se acham no
aguardo do cumprimento integral dos
requerimentos formulados pelas partes, assim
como a intimação da defesa do co-réu José
Neris de Oliveira para a manifestação da
referida fase (fls. 55), visando, é certo, a garantir
a aplicação do princípio constitucional da
ampla defesa.' (fls. 27/42).
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
desídia da Autoridade Impetrada na condução
do feito até a última impetração, onde o
consumo de tempo foi considerado justificado
(conforme informações pormenorizadas da
Autoridade Impetrada sobre o andamento,
intercorrências e particularidades do complexo
feito, já anotados nos anteriores habeas corpus
interpostos sob o mesmo fundamento - fls.
51/57), e agora encerrada a fase de colheita de
provas, até então, não há de se cogitar da
ocorrência de excesso injustificado de prazo,
pois como se tem reconhecido, as razões de fato
e de direito trazidas à colação, nesse sentido,
não evidenciam o atendimento dos
pressupostos exigíveis a sua concessão, ante a
razoabilidade de eventual consumo de tempo
após dificultosa instrução criminal. (...). Cabe
ressaltar, de outro lado, a extrema
complexidade do feito envolvendo cerca de
mais de 12 réus presos; além disso, após o
encerramento da instrução, não só o Ministério
Público formulou requerimentos na fase do
artigo 499 do CPP, como informou a
Autoridade Impetrada em 10 de junho de 2008
(fls. 51/57), como os co-réus Rogério Pereira
Nunes e Emerson Braga, e o próprio paciente
requerendo a revogação de seu interrogatório,
deixando assentado que os autos se acham no
aguardo do cumprimento integral dos
requerimentos formulados pelas partes, assim
como a intimação da defesa do co-réu José
Neris de Oliveira para a manifestação da
referida fase (fls. 55), visando, é certo, a garantir
a aplicação do princípio constitucional da
ampla defesa.' (fls. 27/42).
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 34
Relatório
HC 95.977 / SP
Inicialmente, cumpre ressaltar que este
mandamus foi a mim distribuído por prevenção ao
HC 65.036/SP, impetrado em favor do paciente, no
qual se pretendia sua liberdade provisória,
impugnando decisão indeferitória de liminar em
prévio writ. Referido habeas corpus foi indeferido
liminarmente, em razão da supressão de instância.
Constam ainda nesta Corte outros oito habeas
corpus em favor do paciente: O HC 67.471/SP e o HC
109.498/SP, os quais também restaram indeferidos
liminarmente, em razão da impossibilidade de
superar-se o enunciado 691 da súmula do Supremo
Tribunal Federal. O HC 71. 645/SP, no qual se
buscava a revogação da prisão preventiva, tendo
restado denegada a ordem. O HC 99.828/SP, ao qual
se negou seguimento por ser reiteração do HC
71.645/SP. O HC 75.710/SP, no qual o paciente
pleiteava a possibilidade de responder ao processo
em prisão domiciliar, ante a ausência de sala de
estado-maior, tendo desistido do pleito em razão da
concessão da ordem pelo Supremo Tribunal Federal
no HC 90.707/SP.
Ainda em andamento, tem-se o HC 97.950/SP,
no qual o paciente requer novamente a revogação da
prisão preventiva, tendo a liminar sido indeferida e o
mérito encontrando-se pendente de análise; o HC
88.451/SP, no qual alega excesso de prazo para
formação da culpa, tendo a liminar sido indeferida e
o mérito também encontrando-se pendente de
análise; e o HC 111.514/SP, no qual foi protocolizado
recentemente pedido de desistência.
Nesta impetração, busca o paciente/impetrante
o relaxamento da prisão preventiva em razão do
5
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 1578517.
Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
Inicialmente, cumpre ressaltar que este
mandamus foi a mim distribuído por prevenção ao
HC 65.036/SP, impetrado em favor do paciente, no
qual se pretendia sua liberdade provisória,
impugnando decisão indeferitória de liminar em
prévio writ. Referido habeas corpus foi indeferido
liminarmente, em razão da supressão de instância.
Constam ainda nesta Corte outros oito habeas
corpus em favor do paciente: O HC 67.471/SP e o HC
109.498/SP, os quais também restaram indeferidos
liminarmente, em razão da impossibilidade de
superar-se o enunciado 691 da súmula do Supremo
Tribunal Federal. O HC 71. 645/SP, no qual se
buscava a revogação da prisão preventiva, tendo
restado denegada a ordem. O HC 99.828/SP, ao qual
se negou seguimento por ser reiteração do HC
71.645/SP. O HC 75.710/SP, no qual o paciente
pleiteava a possibilidade de responder ao processo
em prisão domiciliar, ante a ausência de sala de
estado-maior, tendo desistido do pleito em razão da
concessão da ordem pelo Supremo Tribunal Federal
no HC 90.707/SP.
Ainda em andamento, tem-se o HC 97.950/SP,
no qual o paciente requer novamente a revogação da
prisão preventiva, tendo a liminar sido indeferida e o
mérito encontrando-se pendente de análise; o HC
88.451/SP, no qual alega excesso de prazo para
formação da culpa, tendo a liminar sido indeferida e
o mérito também encontrando-se pendente de
análise; e o HC 111.514/SP, no qual foi protocolizado
recentemente pedido de desistência.
Nesta impetração, busca o paciente/impetrante
o relaxamento da prisão preventiva em razão do
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 34
Relatório
HC 95.977 / SP
excesso de prazo para formação da culpa. Assevera,
primeiramente, que o presente writ não se trata de
reiteração ou repetição do HC 88.451/SP, afirmando
que os fundamentos jurídicos são diferentes,
porquanto o panorama inicial modificou-se em
pontos relevantes, dando contornos diversos a este
pleito.
Narra o paciente/impetrante que se encontra
preso desde 3.6.06, em razão de prisão temporária,
que foi prorrogada e posteriormente convolada em
prisão preventiva. Informa que está preso há mais de
2 (dois) anos e 2 (dois) meses, encontrando-se o feito
ainda na fase do artigo 499 do Código de Processo
Penal, tendo o Ministério Público requerido a
realização de diligências.
Sustenta que sofre constrangimento ilegal, haja
vista entender que sua prisão cautelar transmudou-
se em uma espécie de pena antecipatória,
inadmissível frente aos princípios constitucionais da
presunção de inocência e da duração razoável do
processo.
Colaciona jurisprudência.
Requer, liminarmente e no mérito, o
relaxamento
de
sua
prisão
preventiva,
determinando-se a expedição de alvará de soltura.
É o relatório.
Da análise dos autos, ao menos num juízo
perfunctório, não vislumbro manifesta ilegalidade no
acórdão proferido pela autoridade apontada como
coatora a ensejar o deferimento da medida de
6
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HC 95.977 / SP
excesso de prazo para formação da culpa. Assevera,
primeiramente, que o presente writ não se trata de
reiteração ou repetição do HC 88.451/SP, afirmando
que os fundamentos jurídicos são diferentes,
porquanto o panorama inicial modificou-se em
pontos relevantes, dando contornos diversos a este
pleito.
Narra o paciente/impetrante que se encontra
preso desde 3.6.06, em razão de prisão temporária,
que foi prorrogada e posteriormente convolada em
prisão preventiva. Informa que está preso há mais de
2 (dois) anos e 2 (dois) meses, encontrando-se o feito
ainda na fase do artigo 499 do Código de Processo
Penal, tendo o Ministério Público requerido a
realização de diligências.
Sustenta que sofre constrangimento ilegal, haja
vista entender que sua prisão cautelar transmudou-
se em uma espécie de pena antecipatória,
inadmissível frente aos princípios constitucionais da
presunção de inocência e da duração razoável do
processo.
Colaciona jurisprudência.
Requer, liminarmente e no mérito, o
relaxamento
de
sua
prisão
preventiva,
determinando-se a expedição de alvará de soltura.
É o relatório.
Da análise dos autos, ao menos num juízo
perfunctório, não vislumbro manifesta ilegalidade no
acórdão proferido pela autoridade apontada como
coatora a ensejar o deferimento da medida de
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Relatório
HC 95.977 / SP
urgência.
Com efeito, a questão referente ao prazo na
formação da culpa não se esgota na simples
verificação aritmética dos prazos previstos na lei
processual, devendo ser analisada à luz do princípio
da razoabilidade.
De fato, a autoridade apontada como coatora
noticia no acórdão ora atacado uma instrução
processual complexa, com a presença de 12 réus,
encontrando-se o feito na fase de diligências do
artigo 499 do Código de Processo Penal, com pedido,
inclusive, do paciente para que seu interrogatório
seja revogado.
Observa-se, ademais, que a liminar pleiteada,
nos termos em que deduzida, voltada à revogação da
prisão preventiva, confunde-se com o próprio mérito
da impetração, sendo prudente, portanto, reservar-
lhe o exame ao Juízo natural da causa, in casu, o
colegiado da Sexta Turma, conforme entendimento já
exarado por este Sodalício:
'... a provisão cautelar não se presta à
apreciação da questão de mérito do writ, por
implicar em exame prematuro da matéria de fundo
da ação de habeas corpus, de competência da turma
julgadora, que não pode ser apreciada nos limites da
cognição sumária do Relator. Por outras palavras, no
writ, não cabe medida satisfativa antecipada." (HC
17.579/RS, Rel. Min. HAMILTON CARVALHIDO, DJ
de 09/08/2001).
É cediço que o deferimento do pleito liminar
em sede de habeas corpus, em razão da sua
7
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HC 95.977 / SP
urgência.
Com efeito, a questão referente ao prazo na
formação da culpa não se esgota na simples
verificação aritmética dos prazos previstos na lei
processual, devendo ser analisada à luz do princípio
da razoabilidade.
De fato, a autoridade apontada como coatora
noticia no acórdão ora atacado uma instrução
processual complexa, com a presença de 12 réus,
encontrando-se o feito na fase de diligências do
artigo 499 do Código de Processo Penal, com pedido,
inclusive, do paciente para que seu interrogatório
seja revogado.
Observa-se, ademais, que a liminar pleiteada,
nos termos em que deduzida, voltada à revogação da
prisão preventiva, confunde-se com o próprio mérito
da impetração, sendo prudente, portanto, reservar-
lhe o exame ao Juízo natural da causa, in casu, o
colegiado da Sexta Turma, conforme entendimento já
exarado por este Sodalício:
'... a provisão cautelar não se presta à
apreciação da questão de mérito do writ, por
implicar em exame prematuro da matéria de fundo
da ação de habeas corpus, de competência da turma
julgadora, que não pode ser apreciada nos limites da
cognição sumária do Relator. Por outras palavras, no
writ, não cabe medida satisfativa antecipada." (HC
17.579/RS, Rel. Min. HAMILTON CARVALHIDO, DJ
de 09/08/2001).
É cediço que o deferimento do pleito liminar
em sede de habeas corpus, em razão da sua
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 34
Relatório
HC 95.977 / SP
excepcionalidade, enseja a comprovação, de plano,
do alegado constrangimento ilegal, o que não se
verifica no caso em apreço.
Ante o exposto, indefiro a liminar.
Solicitem-se informações à autoridade
apontada como coatora, com atualização do
andamento processual.
Após, encaminhem-se os autos ao Ministério
Público Federal para parecer” (fls. 132 a 134).
Não há como ter-se como desprovida de
fundamentação ou teratológica a decisão que entende não
haver elementos suficientes, demonstrados de plano, para
o deferimento da liminar. Pode e deve o magistrado, ao
apreciar o pedido inicial, pautar-se no poder geral de
cautela para buscar outros elementos formadores das
razões de decidir além daqueles trazidos pela impetração,
sem que tanto caracterize constrangimento ilegal, abuso
de poder ou teratologia.
A pretensão do impetrante/paciente é trazer ao
conhecimento desta Suprema Corte, de forma precária,
questões não analisadas, definitivamente, no Superior
Tribunal de Justiça, em flagrante intenção de suprimir a
instância antecedente.
Vale ressaltar, ainda, que o deferimento de liminar
em habeas corpus constitui medida excepcional por sua
própria natureza, justificada apenas quando a decisão
impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante,
demonstrada de plano. Com muito maior rigor deve ser
tratada a questão, portanto, quando a pretensão
formulada for contrária à súmula desta Suprema Corte.
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HC 95.977 / SP
excepcionalidade, enseja a comprovação, de plano,
do alegado constrangimento ilegal, o que não se
verifica no caso em apreço.
Ante o exposto, indefiro a liminar.
Solicitem-se informações à autoridade
apontada como coatora, com atualização do
andamento processual.
Após, encaminhem-se os autos ao Ministério
Público Federal para parecer” (fls. 132 a 134).
Não há como ter-se como desprovida de
fundamentação ou teratológica a decisão que entende não
haver elementos suficientes, demonstrados de plano, para
o deferimento da liminar. Pode e deve o magistrado, ao
apreciar o pedido inicial, pautar-se no poder geral de
cautela para buscar outros elementos formadores das
razões de decidir além daqueles trazidos pela impetração,
sem que tanto caracterize constrangimento ilegal, abuso
de poder ou teratologia.
A pretensão do impetrante/paciente é trazer ao
conhecimento desta Suprema Corte, de forma precária,
questões não analisadas, definitivamente, no Superior
Tribunal de Justiça, em flagrante intenção de suprimir a
instância antecedente.
Vale ressaltar, ainda, que o deferimento de liminar
em habeas corpus constitui medida excepcional por sua
própria natureza, justificada apenas quando a decisão
impugnada estiver eivada de ilegalidade flagrante,
demonstrada de plano. Com muito maior rigor deve ser
tratada a questão, portanto, quando a pretensão
formulada for contrária à súmula desta Suprema Corte.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 34
Relatório
HC 95.977 / SP
Ademais, no que se refere ao alegado excesso de
prazo da prisão cautelar, não vislumbro, neste momento
processual, constrangimento ilegal flagrante. Com efeito,
não há, nos autos, comprovação de que eventual demora
estaria ocorrendo por inércia do Judiciário. Anote-se que,
o prazo transcorrido entre a prisão preventiva e a presente
data, por si só, não induz à conclusão de que esteja
ocorrendo o excesso, mormente se consideradas as
particularidades do caso concreto, a saber, a pluralidade
réus, bem como a complexidade do feito.
Com essas considerações, não tendo, por ora, como
configurado constrangimento ilegal passível de ser
afastado mediante o deferimento da liminar ora
pretendida, indefiro-a.
Solicitem-se informações à autoridade apontada
como coatora.
Oficie-se, ainda, ao Juízo da 1ª Vara Judicial da
Comarca de Santa Isabel/SP, para que forneça certidão ou
documento que demonstre o andamento processual
completo e atualizado da ação penal a qual responde o
paciente.
Intime-se.
Brasília, 8 de setembro de 2008.
O impetrante protocolou pedido de reconsideração do ato
que implicou a não concessão de liminar (folhas 222 e 223). O
pleito não foi acolhido (folhas 227 e 228). Inconformado,
interpôs agravo regimental (folha 232 a 238) ao qual o Ministro
Menezes Direito negou seguimento (folha 248).
9
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
Ademais, no que se refere ao alegado excesso de
prazo da prisão cautelar, não vislumbro, neste momento
processual, constrangimento ilegal flagrante. Com efeito,
não há, nos autos, comprovação de que eventual demora
estaria ocorrendo por inércia do Judiciário. Anote-se que,
o prazo transcorrido entre a prisão preventiva e a presente
data, por si só, não induz à conclusão de que esteja
ocorrendo o excesso, mormente se consideradas as
particularidades do caso concreto, a saber, a pluralidade
réus, bem como a complexidade do feito.
Com essas considerações, não tendo, por ora, como
configurado constrangimento ilegal passível de ser
afastado mediante o deferimento da liminar ora
pretendida, indefiro-a.
Solicitem-se informações à autoridade apontada
como coatora.
Oficie-se, ainda, ao Juízo da 1ª Vara Judicial da
Comarca de Santa Isabel/SP, para que forneça certidão ou
documento que demonstre o andamento processual
completo e atualizado da ação penal a qual responde o
paciente.
Intime-se.
Brasília, 8 de setembro de 2008.
O impetrante protocolou pedido de reconsideração do ato
que implicou a não concessão de liminar (folhas 222 e 223). O
pleito não foi acolhido (folhas 227 e 228). Inconformado,
interpôs agravo regimental (folha 232 a 238) ao qual o Ministro
Menezes Direito negou seguimento (folha 248).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 34
Relatório
HC 95.977 / SP
No parecer de folha 277 a 286, a Procuradoria Geral da
República opina pelo não conhecimento do habeas e, se
conhecido, pelo indeferimento da ordem. Assevera voltar-se
este processo contra decisão do Superior Tribunal de Justiça que
deixou de implementar medida acauteladora. Sustenta não
verificar circunstância excepcional a justificar a mitigação do
Verbete nº 691 da Súmula do Supremo, porquanto implicaria
supressão de instância.
Afirma que o apontado constrangimento ilegal por
excesso de prazo de prisão do paciente mostra-se insubsistente
diante da complexidade da causa: i) inúmeros e sucessivos
habeas corpus foram impetrados pelos réus; ii) a quantidade de
pessoas envolvidas – mais de doze réus –, reunidas para a
prática de crime de extrema gravidade – extorsão mediante
sequestro nas modalidades tentada e consumada –, revela
justificativa plausível para a demora no julgamento final, não
decorrendo esta de inércia do Poder Judiciário. Além disso,
imputa-se ao paciente ser o mentor intelectual de quadrilha.
Alfim, destaca estar o processo-crime em fase de alegações
finais e, portanto, prestes a ser julgado.
Antecipando as informações solicitadas ao Juízo, o
impetrante juntou cópia da sentença condenatória, anotando
que se aguarda a sequência do recurso de apelação.
Em virtude de licença médica do Ministro Menezes
Direito, este habeas foi redistribuído a Vossa Excelência (folha
306).
Posteriormente, veio notícia do Juízo criminal (folha 360 a
363), revelando que o paciente foi condenado a 36 anos de
reclusão, em regime inicialmente fechado, tendo sido negado o
direito de recorrer em liberdade, razão pela qual foi expedido
mandado de prisão. Atualmente, aguarda-se a apresentação de
10
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HC 95.977 / SP
No parecer de folha 277 a 286, a Procuradoria Geral da
República opina pelo não conhecimento do habeas e, se
conhecido, pelo indeferimento da ordem. Assevera voltar-se
este processo contra decisão do Superior Tribunal de Justiça que
deixou de implementar medida acauteladora. Sustenta não
verificar circunstância excepcional a justificar a mitigação do
Verbete nº 691 da Súmula do Supremo, porquanto implicaria
supressão de instância.
Afirma que o apontado constrangimento ilegal por
excesso de prazo de prisão do paciente mostra-se insubsistente
diante da complexidade da causa: i) inúmeros e sucessivos
habeas corpus foram impetrados pelos réus; ii) a quantidade de
pessoas envolvidas – mais de doze réus –, reunidas para a
prática de crime de extrema gravidade – extorsão mediante
sequestro nas modalidades tentada e consumada –, revela
justificativa plausível para a demora no julgamento final, não
decorrendo esta de inércia do Poder Judiciário. Além disso,
imputa-se ao paciente ser o mentor intelectual de quadrilha.
Alfim, destaca estar o processo-crime em fase de alegações
finais e, portanto, prestes a ser julgado.
Antecipando as informações solicitadas ao Juízo, o
impetrante juntou cópia da sentença condenatória, anotando
que se aguarda a sequência do recurso de apelação.
Em virtude de licença médica do Ministro Menezes
Direito, este habeas foi redistribuído a Vossa Excelência (folha
306).
Posteriormente, veio notícia do Juízo criminal (folha 360 a
363), revelando que o paciente foi condenado a 36 anos de
reclusão, em regime inicialmente fechado, tendo sido negado o
direito de recorrer em liberdade, razão pela qual foi expedido
mandado de prisão. Atualmente, aguarda-se a apresentação de
10
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 34
Relatório
HC 95.977 / SP
contrarrazões pelo assistente da acusação.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, nesta
data, revelou que a Ministra Maria Thereza de Assis Moura,
relatora do Habeas Corpus nº 112.033/SP, reconheceu estar
superada a alegação de excesso de prazo de prisão, em virtude
da prolação de sentença condenatória, e declarou prejudicado o
pedido formulado na impetração. No tocante à tramitação da
Ação Penal nº 045.01.2006.003304-3, conforme relatório de
andamento extraído do sítio do Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo, aguarda-se a remessa do processo ao Órgão
revisor.
Anoto que o paciente, a quem não foi deferido o direito de
recorrer em liberdade, encontra-se solto em virtude de liminar
implementada por Vossa Excelência no Habeas Corpus nº
101.979/SP, em 13 de março de 2010. Esse habeas foi impetrado
contra ato mediante o qual a Ministra Maria Thereza de Assis
Moura, relatora do Habeas Corpus nº 144.592/SP, não acolheu o
pedido de liminar e a controvérsia estava circunscrita ao direito
de o paciente apelar em liberdade e à necessidade de, ante o
disposto no artigo 387 do Código de Processo Penal, a sentença,
no ponto, estar devidamente fundamentada.
Tanto este habeas – no qual se discute a ocorrência de
excesso de prazo de custódia sem a formação da culpa – quanto
a impetração anteriormente apreciada por Vossa Excelência –
Habeas Corpus nº 101.979 – dizem respeito à Ação Penal nº
045.01.2006.003304-3, em curso no Juízo da Primeira Vara
Criminal de Arujá/SP.
Em 3 de junho de 2006, o paciente foi recolhido
temporariamente. Converteu-se a prisão temporária em
preventiva (folhas 8 e 149). Conforme anteriormente ressaltado,
contra a sentença condenatória proferida na Ação Penal nº
045.01.2006.003304-3 pelo Juízo da Primeira Vara Criminal de
11
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
contrarrazões pelo assistente da acusação.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, nesta
data, revelou que a Ministra Maria Thereza de Assis Moura,
relatora do Habeas Corpus nº 112.033/SP, reconheceu estar
superada a alegação de excesso de prazo de prisão, em virtude
da prolação de sentença condenatória, e declarou prejudicado o
pedido formulado na impetração. No tocante à tramitação da
Ação Penal nº 045.01.2006.003304-3, conforme relatório de
andamento extraído do sítio do Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo, aguarda-se a remessa do processo ao Órgão
revisor.
Anoto que o paciente, a quem não foi deferido o direito de
recorrer em liberdade, encontra-se solto em virtude de liminar
implementada por Vossa Excelência no Habeas Corpus nº
101.979/SP, em 13 de março de 2010. Esse habeas foi impetrado
contra ato mediante o qual a Ministra Maria Thereza de Assis
Moura, relatora do Habeas Corpus nº 144.592/SP, não acolheu o
pedido de liminar e a controvérsia estava circunscrita ao direito
de o paciente apelar em liberdade e à necessidade de, ante o
disposto no artigo 387 do Código de Processo Penal, a sentença,
no ponto, estar devidamente fundamentada.
Tanto este habeas – no qual se discute a ocorrência de
excesso de prazo de custódia sem a formação da culpa – quanto
a impetração anteriormente apreciada por Vossa Excelência –
Habeas Corpus nº 101.979 – dizem respeito à Ação Penal nº
045.01.2006.003304-3, em curso no Juízo da Primeira Vara
Criminal de Arujá/SP.
Em 3 de junho de 2006, o paciente foi recolhido
temporariamente. Converteu-se a prisão temporária em
preventiva (folhas 8 e 149). Conforme anteriormente ressaltado,
contra a sentença condenatória proferida na Ação Penal nº
045.01.2006.003304-3 pelo Juízo da Primeira Vara Criminal de
11
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 34
Relatório
HC 95.977 / SP
Arujá/SP, interpôs-se apelação, ainda pendente de remessa ao
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Lancei visto no processo em 31 de outubro de 2011, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 8 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência do paciente-impetrante.
É o relatório.
12
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
Arujá/SP, interpôs-se apelação, ainda pendente de remessa ao
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Lancei visto no processo em 31 de outubro de 2011, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 8 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência do paciente-impetrante.
É o relatório.
12
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
08/11/2011
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –
Observem não haver, a esta altura, o óbice do Verbete nº 691 da Súmula
do Supremo. A decisão da relatora no Superior Tribunal de Justiça surgiu
definitiva.
No mais, muito embora o paciente-impetrante esteja em liberdade
ante a medida acauteladora por mim deferida, em 13 de março de 2010,
no
Habeas Corpus
nº 101.979/SP, constata-se a existência de
constrangimento ilegal. É que foi preso, temporariamente e, depois,
preventivamente, em 3 de junho de 2006, permanecendo nessa condição,
sem culpa formada, por quase quatro anos.
Defiro a ordem para afastar a referida prisão preventiva, em virtude
do excesso de prazo. Com esta decisão, fica prejudicado o Habeas Corpus
nº 101.979/SP, que se mostrou voltado contra a execução precoce da pena,
sendo certo não ter vindo à balha novo título alusivo à custódia
provisória, considerado o artigo 387 do Código de Processo Penal.
É como voto.
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Supremo Tribunal Federal
08/11/2011
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –
Observem não haver, a esta altura, o óbice do Verbete nº 691 da Súmula
do Supremo. A decisão da relatora no Superior Tribunal de Justiça surgiu
definitiva.
No mais, muito embora o paciente-impetrante esteja em liberdade
ante a medida acauteladora por mim deferida, em 13 de março de 2010,
no
Habeas Corpus
nº 101.979/SP, constata-se a existência de
constrangimento ilegal. É que foi preso, temporariamente e, depois,
preventivamente, em 3 de junho de 2006, permanecendo nessa condição,
sem culpa formada, por quase quatro anos.
Defiro a ordem para afastar a referida prisão preventiva, em virtude
do excesso de prazo. Com esta decisão, fica prejudicado o Habeas Corpus
nº 101.979/SP, que se mostrou voltado contra a execução precoce da pena,
sendo certo não ter vindo à balha novo título alusivo à custódia
provisória, considerado o artigo 387 do Código de Processo Penal.
É como voto.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
08/11/2011
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Preliminarmente, os autos
revelam cuidar-se de impetração contra medida liminar indeferida no
âmbito do Superior Tribunal de Justiça. Consoante jurisprudência assente
nesta Corte, a superposição de habeas corpus contra decisão denegatória
de liminar em idêntica medida processual é inadmissível, por implicar
ofensa aos princípios processuais fundamentais da hierarquia dos graus
de jurisdição e de competência. Precedentes: Habeas Corpus nº 76.347/MS
(Questão de Ordem), 79.238/RS e 79.776/RS, relator Ministro Moreira
Alves, DJU de 8.5.1998, 6.8.1999 e 03.03.2000, respectivamente; Habeas
Corpus nº 79.748/RS, relator Ministro Celso de Mello, DJU de 23.06.2000/
Habeas Corpus nº 79.775/AP, relator Ministro Maurício Corrêa, DJU de
17.03.2000.
Deverás. Há precedentes no Supremo Tribunal Federal no sentido da
flexibilização do enunciado do Verbete nº 691 da Súmula desta Corte, que
obsta o conhecimento de habeas corpus impetrado contra indeferimento de
liminar. Contudo, a relativização do entendimento sumulado só é
admitida em casos de flagrante ilegalidade ou abuso de poder (Habeas
Corpus nº 102.668/PA, relator Ministro Dias Toffolli, DJe de 05.10.2010;
Habeas Corpus nº 84.014/MG, relator Ministro Marco Aurélio, DJ de
25.06.2004; Habeas Corpus nº 85.185/SP, relator Ministro Cezar Peluso, DJ
de 01.09.2006; e Habeas Corpus nº 88.229/SE, relator Ministro Ricardo
Lewandowski, DJ de 10.10.2006) o que, de plano, não se verifica nos
autos.
Senhor Presidente, eu fiquei muito impressionado com essa
quadrilha aqui, pois ela é voltada à prática de sequestros, e ressalta,
também, uma complexidade do feito, envolvendo mais de doze réus, no
qual o impetrante foi denunciado por crime de extrema gravidade,
consistente em extorsão mediante sequestro na modalidade consumada
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
08/11/2011
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Preliminarmente, os autos
revelam cuidar-se de impetração contra medida liminar indeferida no
âmbito do Superior Tribunal de Justiça. Consoante jurisprudência assente
nesta Corte, a superposição de habeas corpus contra decisão denegatória
de liminar em idêntica medida processual é inadmissível, por implicar
ofensa aos princípios processuais fundamentais da hierarquia dos graus
de jurisdição e de competência. Precedentes: Habeas Corpus nº 76.347/MS
(Questão de Ordem), 79.238/RS e 79.776/RS, relator Ministro Moreira
Alves, DJU de 8.5.1998, 6.8.1999 e 03.03.2000, respectivamente; Habeas
Corpus nº 79.748/RS, relator Ministro Celso de Mello, DJU de 23.06.2000/
Habeas Corpus nº 79.775/AP, relator Ministro Maurício Corrêa, DJU de
17.03.2000.
Deverás. Há precedentes no Supremo Tribunal Federal no sentido da
flexibilização do enunciado do Verbete nº 691 da Súmula desta Corte, que
obsta o conhecimento de habeas corpus impetrado contra indeferimento de
liminar. Contudo, a relativização do entendimento sumulado só é
admitida em casos de flagrante ilegalidade ou abuso de poder (Habeas
Corpus nº 102.668/PA, relator Ministro Dias Toffolli, DJe de 05.10.2010;
Habeas Corpus nº 84.014/MG, relator Ministro Marco Aurélio, DJ de
25.06.2004; Habeas Corpus nº 85.185/SP, relator Ministro Cezar Peluso, DJ
de 01.09.2006; e Habeas Corpus nº 88.229/SE, relator Ministro Ricardo
Lewandowski, DJ de 10.10.2006) o que, de plano, não se verifica nos
autos.
Senhor Presidente, eu fiquei muito impressionado com essa
quadrilha aqui, pois ela é voltada à prática de sequestros, e ressalta,
também, uma complexidade do feito, envolvendo mais de doze réus, no
qual o impetrante foi denunciado por crime de extrema gravidade,
consistente em extorsão mediante sequestro na modalidade consumada
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. LUIZ FUX
HC 95.977 / SP
intentada, sendo o mentor intelectual - eu gostaria de chamar a atenção
para esse aspecto, pela periculosidade social que justifica a segregação -
de quadrilha altamente organizada composta por mais de treze
integrantes, tendo a ação sido perpetrada contra crianças, uma dela de
seis anos de idade, mantida em cativeiro por mais de dois meses e cujo
resgate foi fixado em três milhões de reais, sendo que no local onde foi
alocada a criança já havia uma outra vítima, alvo de um outro sequestro
consumado pela quadrilha.
Essa alta periculosidade criminal e o excesso de habeas corpus
impetrados recomendam, quer dizer, justificam o excesso de prazo e
recomendam a segregação cautelar, consoante os seguintes precedentes:
Habeas Corpus nº 98.290, redator para o acórdão o Ministro Luiz Fux, DJe
de 21.06.2011; Habeas Corpus nº 104.608, relatora Ministra Cármen Lúcia,
DJe de 01.09.2011; Habeas Corpus nº 101.854, relator Ministro Eros Grau,
DJe de 30.04.2010.
Verifico, contudo, que informações complementares vindas ao
processo dão conta da prolação de sentença penal condenatória do
paciente. A superveniência de novo título judicial a fundamentar a
medida constritiva da liberdade traz como consequência necessária a
prejudicialidade do pedido formulado na impetração.
Peço vênia para declarar a perda do objeto do pleito formalizado na
inicial desta impetração.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
intentada, sendo o mentor intelectual - eu gostaria de chamar a atenção
para esse aspecto, pela periculosidade social que justifica a segregação -
de quadrilha altamente organizada composta por mais de treze
integrantes, tendo a ação sido perpetrada contra crianças, uma dela de
seis anos de idade, mantida em cativeiro por mais de dois meses e cujo
resgate foi fixado em três milhões de reais, sendo que no local onde foi
alocada a criança já havia uma outra vítima, alvo de um outro sequestro
consumado pela quadrilha.
Essa alta periculosidade criminal e o excesso de habeas corpus
impetrados recomendam, quer dizer, justificam o excesso de prazo e
recomendam a segregação cautelar, consoante os seguintes precedentes:
Habeas Corpus nº 98.290, redator para o acórdão o Ministro Luiz Fux, DJe
de 21.06.2011; Habeas Corpus nº 104.608, relatora Ministra Cármen Lúcia,
DJe de 01.09.2011; Habeas Corpus nº 101.854, relator Ministro Eros Grau,
DJe de 30.04.2010.
Verifico, contudo, que informações complementares vindas ao
processo dão conta da prolação de sentença penal condenatória do
paciente. A superveniência de novo título judicial a fundamentar a
medida constritiva da liberdade traz como consequência necessária a
prejudicialidade do pedido formulado na impetração.
Peço vênia para declarar a perda do objeto do pleito formalizado na
inicial desta impetração.
2
Supremo Tribunal Federal
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Vista
08/11/2011
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
REDATOR DO
ACÓRDÃO
: MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
VISTA
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
Senhora Presidente, aqui, é estreme de dúvida que quatro anos sem
a instrução encerrada, realmente, é um lapso de tempo de se lamentar.
Eu vou, em razão do voto divergente do eminente Ministro Luiz
Fux, pedir vista dos autos.
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Supremo Tribunal Federal
08/11/2011
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
REDATOR DO
ACÓRDÃO
: MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
VISTA
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
Senhora Presidente, aqui, é estreme de dúvida que quatro anos sem
a instrução encerrada, realmente, é um lapso de tempo de se lamentar.
Eu vou, em razão do voto divergente do eminente Ministro Luiz
Fux, pedir vista dos autos.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 95.977
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio,
Relator, que concedia a ordem de habeas corpus e julgava
prejudicado o HC n. 101.979/SP, e do voto do Senhor Ministro Luiz
Fux, que denegava a ordem, pediu vista do processo o Senhor
Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen
Lúcia. 1ª Turma, 8.11.2011.
Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz
Fux.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian
Coordenadora
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 95.977
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio,
Relator, que concedia a ordem de habeas corpus e julgava
prejudicado o HC n. 101.979/SP, e do voto do Senhor Ministro Luiz
Fux, que denegava a ordem, pediu vista do processo o Senhor
Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen
Lúcia. 1ª Turma, 8.11.2011.
Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Dias Toffoli e Luiz
Fux.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Wagner Mathias.
Carmen Lilian
Coordenadora
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 34
Voto Vista
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
VOTO VISTA
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
Rememoro o caso para uma perfeita compreensão da controvérsia.
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo advogado
Ademilson Alves de Brito, em causa própria, buscando a revogação da
sua segregação cautelar.
Aponta como autoridade coatora a Ministra Maria Thereza de Assis
Moura, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº
112.033/SP impetrado àquela Corte de Justiça.
Sustenta o impetrante/paciente, basicamente, o constrangimento
ilegal a ele imposto, tendo em vista o excesso de prazo na conclusão da
instrução criminal. Aduz, para tanto, que
“[se] encontra recolhido, preventivamente desde
03/06/2006 (…), sem que tenha se findado a instrução uma vez
que o representante do Ministério Público, na fase do art. 499
do CPP, requereu e fora deferido (DOC. 04) diligência, o que
comprova que a instrução, ainda, não se encerrou” (fl. 8).
Argumenta, adicionalmente, que não teria dado causa ao lapso
temporal de 2 anos, 6 meses e 26 dias alcançado entre a data da prisão
preventiva e a data da impetração.
Requer, liminarmente, a concessão de ordem para que seja revogada
a sua prisão preventiva.
Indeferida a liminar pelo meu predecessor, o saudoso Ministro
Menezes Direito (fls. 175 a 180), o feito foi redistribuído ao eminente
Ministro Marco Aurélio, nos termos do art. 68 do Regimento Interno da
Corte (fl. 306).
Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal, em parecer de
lavra da ilustre Subprocuradora-Geral da República Dra. Cláudia
Sampaio Marques, opinou pelo não conhecimento da impetração e, caso
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
VOTO VISTA
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI:
Rememoro o caso para uma perfeita compreensão da controvérsia.
Habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado pelo advogado
Ademilson Alves de Brito, em causa própria, buscando a revogação da
sua segregação cautelar.
Aponta como autoridade coatora a Ministra Maria Thereza de Assis
Moura, do Superior Tribunal de Justiça, que indeferiu a liminar no HC nº
112.033/SP impetrado àquela Corte de Justiça.
Sustenta o impetrante/paciente, basicamente, o constrangimento
ilegal a ele imposto, tendo em vista o excesso de prazo na conclusão da
instrução criminal. Aduz, para tanto, que
“[se] encontra recolhido, preventivamente desde
03/06/2006 (…), sem que tenha se findado a instrução uma vez
que o representante do Ministério Público, na fase do art. 499
do CPP, requereu e fora deferido (DOC. 04) diligência, o que
comprova que a instrução, ainda, não se encerrou” (fl. 8).
Argumenta, adicionalmente, que não teria dado causa ao lapso
temporal de 2 anos, 6 meses e 26 dias alcançado entre a data da prisão
preventiva e a data da impetração.
Requer, liminarmente, a concessão de ordem para que seja revogada
a sua prisão preventiva.
Indeferida a liminar pelo meu predecessor, o saudoso Ministro
Menezes Direito (fls. 175 a 180), o feito foi redistribuído ao eminente
Ministro Marco Aurélio, nos termos do art. 68 do Regimento Interno da
Corte (fl. 306).
Instado a se manifestar, o Ministério Público Federal, em parecer de
lavra da ilustre Subprocuradora-Geral da República Dra. Cláudia
Sampaio Marques, opinou pelo não conhecimento da impetração e, caso
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 20 de 34
Voto Vista
HC 95.977 / SP
dela se conheça, pela denegação da ordem (fls. 277 a 286).
O eminente Relator, Ministro Marco Aurélio, em sessão inaugural
de julgamento, votou pela concessão de ordem para revogar a constrição
cautelar do paciente, enquanto o Ministro Luiz Fux, dele divergindo,
votou pela denegação do writ.
Pedi vista dos autos.
Inicialmente, reputo necessário frisar que a impetração foi dirigida
contra decisão em que se indeferiu a liminar no HC nº 112.033/SP
impetrado ao Superior Tribunal de Justiça, de relatoria da Ministra Maria
Thereza de Assis Moura.
Sucede que, no curso da instrução, o writ impetrado àquela Corte de
Justiça teve sua prejudicialidade assentada pela relatora, conforme
noticiou o Relator, Ministro Marco Aurélio, em seu relatório (fl. 11).
Essa decisão, conforme se observa no sítio do Superior Tribunal de
Justiça na internet, está assim redigida:
“Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar,
impetrado por ADEMILSON ALVES DE BRITO, em seu
próprio favor, impugnando acórdão do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo (HC 1.128.837.3/7, renumerado como HC
993.08.041182/4), que denegou a ordem em prévio writ lá
manejado.
Nesta impetração, busca o paciente/impetrante o
relaxamento da prisão preventiva em razão do excesso de prazo
para formação da culpa. Assevera, primeiramente, que o
presente writ não se trata de reiteração ou repetição do HC
88.451/SP, afirmando que os fundamentos jurídicos são
diferentes, porquanto o panorama inicial modificou-se em
pontos relevantes, dando contornos diversos a este pleito.
Narra o paciente/impetrante que se encontra preso desde
03.06.06, em razão de prisão temporária, que foi prorrogada e
posteriormente convolada em prisão preventiva.
Informa que está preso há mais de 02 (dois) anos e 02
(dois) meses, encontrando-se o feito ainda na fase do artigo 499
do Código de Processo Penal, tendo o Ministério Público
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
dela se conheça, pela denegação da ordem (fls. 277 a 286).
O eminente Relator, Ministro Marco Aurélio, em sessão inaugural
de julgamento, votou pela concessão de ordem para revogar a constrição
cautelar do paciente, enquanto o Ministro Luiz Fux, dele divergindo,
votou pela denegação do writ.
Pedi vista dos autos.
Inicialmente, reputo necessário frisar que a impetração foi dirigida
contra decisão em que se indeferiu a liminar no HC nº 112.033/SP
impetrado ao Superior Tribunal de Justiça, de relatoria da Ministra Maria
Thereza de Assis Moura.
Sucede que, no curso da instrução, o writ impetrado àquela Corte de
Justiça teve sua prejudicialidade assentada pela relatora, conforme
noticiou o Relator, Ministro Marco Aurélio, em seu relatório (fl. 11).
Essa decisão, conforme se observa no sítio do Superior Tribunal de
Justiça na internet, está assim redigida:
“Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar,
impetrado por ADEMILSON ALVES DE BRITO, em seu
próprio favor, impugnando acórdão do Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo (HC 1.128.837.3/7, renumerado como HC
993.08.041182/4), que denegou a ordem em prévio writ lá
manejado.
Nesta impetração, busca o paciente/impetrante o
relaxamento da prisão preventiva em razão do excesso de prazo
para formação da culpa. Assevera, primeiramente, que o
presente writ não se trata de reiteração ou repetição do HC
88.451/SP, afirmando que os fundamentos jurídicos são
diferentes, porquanto o panorama inicial modificou-se em
pontos relevantes, dando contornos diversos a este pleito.
Narra o paciente/impetrante que se encontra preso desde
03.06.06, em razão de prisão temporária, que foi prorrogada e
posteriormente convolada em prisão preventiva.
Informa que está preso há mais de 02 (dois) anos e 02
(dois) meses, encontrando-se o feito ainda na fase do artigo 499
do Código de Processo Penal, tendo o Ministério Público
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 21 de 34
Voto Vista
HC 95.977 / SP
requerido a realização de diligências.
Sustenta que sofre constrangimento ilegal, haja vista
entender que sua prisão cautelar transmudou-se em uma
espécie de pena antecipatória, inadmissível frente aos
princípios constitucionais da presunção de inocência e da
duração razoável do processo. Colaciona jurisprudência.
Requer, liminarmente e no mérito, o relaxamento de sua
prisão preventiva, determinando-se a expedição de alvará de
soltura.
A liminar foi indeferida, às fls. 159/161.
A autoridade apontada como coatora prestou informações
às fls. 165/166.
O Ministério Público Federal, em parecer de fls. 477/490,
opinou pelo parcial conhecimento do writ e, nesta parte, pela
sua denegação.
Às fls. 493/496, o impetrante/paciente formulou pedido de
reconsideração da decisão que indeferiu o pleito liminar.
É o relatório.
Em 13.8.2009, foi impetrado o HC nº 144592/SP, no qual se
noticiou que, após o Supremo Tribunal Federal, nos autos do
HC nº 97.283, deferir medida liminar para relaxar a custódia
cautelar do paciente, reconhecendo o excesso de prazo para o
encerramento da instrução criminal, foi proferida em seu
desfavor sentença condenatória, tendo-lhe sido negado o direito
de recorrer em liberdade.
Diante de tal informação, depreende-se que se encontram
superados os fundamentos desta impetração, restritos ao
apontado constrangimento ilegal na demora para o
encerramento da instrução criminal.
Tendo, pois, cessado o ato tido por coator, julgo
prejudicado o writ, pela perda do objeto, com fundamento no
artigo 34, XI, do RISTJ.
Cientifique-se
o
Ministério
Público
Federal”
(www.stj.jus.br).
Com efeito, sobrevindo a decisão que assentou a prejudicialidade do
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
requerido a realização de diligências.
Sustenta que sofre constrangimento ilegal, haja vista
entender que sua prisão cautelar transmudou-se em uma
espécie de pena antecipatória, inadmissível frente aos
princípios constitucionais da presunção de inocência e da
duração razoável do processo. Colaciona jurisprudência.
Requer, liminarmente e no mérito, o relaxamento de sua
prisão preventiva, determinando-se a expedição de alvará de
soltura.
A liminar foi indeferida, às fls. 159/161.
A autoridade apontada como coatora prestou informações
às fls. 165/166.
O Ministério Público Federal, em parecer de fls. 477/490,
opinou pelo parcial conhecimento do writ e, nesta parte, pela
sua denegação.
Às fls. 493/496, o impetrante/paciente formulou pedido de
reconsideração da decisão que indeferiu o pleito liminar.
É o relatório.
Em 13.8.2009, foi impetrado o HC nº 144592/SP, no qual se
noticiou que, após o Supremo Tribunal Federal, nos autos do
HC nº 97.283, deferir medida liminar para relaxar a custódia
cautelar do paciente, reconhecendo o excesso de prazo para o
encerramento da instrução criminal, foi proferida em seu
desfavor sentença condenatória, tendo-lhe sido negado o direito
de recorrer em liberdade.
Diante de tal informação, depreende-se que se encontram
superados os fundamentos desta impetração, restritos ao
apontado constrangimento ilegal na demora para o
encerramento da instrução criminal.
Tendo, pois, cessado o ato tido por coator, julgo
prejudicado o writ, pela perda do objeto, com fundamento no
artigo 34, XI, do RISTJ.
Cientifique-se
o
Ministério
Público
Federal”
(www.stj.jus.br).
Com efeito, sobrevindo a decisão que assentou a prejudicialidade do
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Voto Vista
HC 95.977 / SP
referido habeas corpus, não pode subsistir o writ impetrado nesta
Suprema Corte. Note-se que a decisão proferida, nesses casos, substitui a
decisão precária antecedente e, por isso, não pode mais produzir efeitos
jurídicos.
Nesse sentido, mutatis mutandis, precedentes de ambas as Turmas:
“HABEAS
CORPUS.
PROCESSUAL
PENAL.
ALEGAÇÃO DE DEMORA NO JULGAMENTO DO MÉRITO
DE HABEAS CORPUS PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA.
JULGAMENTO
REALIZADO.
WRIT
PREJUDICADO. I – A Quinta Turma do Superior Tribunal de
Justiça, na sessão de 27/3/2012, julgou o habeas corpus em
questão, oportunidade em que conheceu parcialmente do
pedido e, nessa extensão, denegou a ordem. II – Writ
prejudicado” (HC nº 111.783/PR, Segunda Turma, Relator o
Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 14/4/12);
“PROCESSUAL
PENAL.
HABEAS
CORPUS
IMPETRADO CONTRA DECISÃO DE RELATOR, DE
TRIBUNAL SUPERIOR, QUE INDEFERIU PLEITO
CAUTELAR
EM
IDÊNTICA
VIA
PROCESSUAL.
SUPERVENIENTE JULGAMENTO DO MÉRITO NO
TRIBUNAL A QUO. WRIT PREJUDICADO. Habeas corpus
impetrado contra decisão de Relator, de Tribunal Superior, que
indeferiu pleito cautelar em idêntica via processual.
Superveniente julgamento de mérito no Tribunal a quo,
impondo-se a declaração de prejudicialidade do writ, em razão
de o ato impugnado não mais subsistir, consoante
entendimento pacificado em ambas as Turmas do Supremo
Tribunal Federal. Habeas corpus não conhecido” (HC nº
101.798/RJ, Primeira Turma, Relator para acórdão o Ministro
Luiz Fux, DJe de 26/4/12).
Ainda que levada a efeito a superação do óbice da Súmula nº
691/STF, há de se destacar que a impetração tem como escopo o alegado
excesso de prazo na conclusão da instrução criminal. Todavia, conforme
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
referido habeas corpus, não pode subsistir o writ impetrado nesta
Suprema Corte. Note-se que a decisão proferida, nesses casos, substitui a
decisão precária antecedente e, por isso, não pode mais produzir efeitos
jurídicos.
Nesse sentido, mutatis mutandis, precedentes de ambas as Turmas:
“HABEAS
CORPUS.
PROCESSUAL
PENAL.
ALEGAÇÃO DE DEMORA NO JULGAMENTO DO MÉRITO
DE HABEAS CORPUS PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA.
JULGAMENTO
REALIZADO.
WRIT
PREJUDICADO. I – A Quinta Turma do Superior Tribunal de
Justiça, na sessão de 27/3/2012, julgou o habeas corpus em
questão, oportunidade em que conheceu parcialmente do
pedido e, nessa extensão, denegou a ordem. II – Writ
prejudicado” (HC nº 111.783/PR, Segunda Turma, Relator o
Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de 14/4/12);
“PROCESSUAL
PENAL.
HABEAS
CORPUS
IMPETRADO CONTRA DECISÃO DE RELATOR, DE
TRIBUNAL SUPERIOR, QUE INDEFERIU PLEITO
CAUTELAR
EM
IDÊNTICA
VIA
PROCESSUAL.
SUPERVENIENTE JULGAMENTO DO MÉRITO NO
TRIBUNAL A QUO. WRIT PREJUDICADO. Habeas corpus
impetrado contra decisão de Relator, de Tribunal Superior, que
indeferiu pleito cautelar em idêntica via processual.
Superveniente julgamento de mérito no Tribunal a quo,
impondo-se a declaração de prejudicialidade do writ, em razão
de o ato impugnado não mais subsistir, consoante
entendimento pacificado em ambas as Turmas do Supremo
Tribunal Federal. Habeas corpus não conhecido” (HC nº
101.798/RJ, Primeira Turma, Relator para acórdão o Ministro
Luiz Fux, DJe de 26/4/12).
Ainda que levada a efeito a superação do óbice da Súmula nº
691/STF, há de se destacar que a impetração tem como escopo o alegado
excesso de prazo na conclusão da instrução criminal. Todavia, conforme
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 23 de 34
Voto Vista
HC 95.977 / SP
noticiado pelo próprio impetrante/paciente em petição incidental, foi ele
sentenciado em primeiro grau à pena de 36 (trinta e seis) anos de
reclusão, em regime inicialmente fechado, pela prática do delito de
extorsão mediante sequestro, nas modalidades consumada e tentada,
sendo-lhe vedado o direito de recorrer em liberdade (fls. 314 a 357). Aliás,
informações do juízo de piso, juntadas às fls. 360/361, corroboram essa
informação.
Nesse contexto, com a devida vênia do eminente Relator, inegável a
prejudicialidade da impetração, uma vez que, na linha da reiterada
jurisprudência da Corte, “a superveniência de sentença condenatória
torna superada a questão relativa ao excesso de prazo da instrução
criminal” (HC nº 112.576/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de
1º/8/12).
Perfilhando esse entendimento:
“DIREITO PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.
PRISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE
PRAZO.
SUPERVENIÊNCIA
DE
SENTENÇA
CONDENATÓRIA. MODIFICAÇÃO DO TÍTULO PRISIONAL.
PREJUDICIALIDADE.
1. As questões de direito tratadas nos autos deste habeas
corpus dizem respeito ao alegado excesso de prazo para a
formação de culpa e a ausência dos pressupostos autorizadores
da segregação cautelar.
2. Tendo sido prolatada sentença condenatória, fica
superada a alegação de excesso de prazo. Precedentes.
3. A superveniência da sentença condenatória prejudica o
habeas corpus quando esse tenha por objeto o decreto de prisão
preventiva, dado que passa a sentença a constituir novo título
para a prisão. 4. Habeas corpus prejudicado” (HC nº 97.548/SP,
Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de
28/8/09).
“HABEAS
CORPUS.
PRISÃO
PREVENTIVA.
ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO DA PRISÃO E
5
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
noticiado pelo próprio impetrante/paciente em petição incidental, foi ele
sentenciado em primeiro grau à pena de 36 (trinta e seis) anos de
reclusão, em regime inicialmente fechado, pela prática do delito de
extorsão mediante sequestro, nas modalidades consumada e tentada,
sendo-lhe vedado o direito de recorrer em liberdade (fls. 314 a 357). Aliás,
informações do juízo de piso, juntadas às fls. 360/361, corroboram essa
informação.
Nesse contexto, com a devida vênia do eminente Relator, inegável a
prejudicialidade da impetração, uma vez que, na linha da reiterada
jurisprudência da Corte, “a superveniência de sentença condenatória
torna superada a questão relativa ao excesso de prazo da instrução
criminal” (HC nº 112.576/SP, Primeira Turma, de minha relatoria, DJe de
1º/8/12).
Perfilhando esse entendimento:
“DIREITO PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS.
PRISÃO PREVENTIVA. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE
PRAZO.
SUPERVENIÊNCIA
DE
SENTENÇA
CONDENATÓRIA. MODIFICAÇÃO DO TÍTULO PRISIONAL.
PREJUDICIALIDADE.
1. As questões de direito tratadas nos autos deste habeas
corpus dizem respeito ao alegado excesso de prazo para a
formação de culpa e a ausência dos pressupostos autorizadores
da segregação cautelar.
2. Tendo sido prolatada sentença condenatória, fica
superada a alegação de excesso de prazo. Precedentes.
3. A superveniência da sentença condenatória prejudica o
habeas corpus quando esse tenha por objeto o decreto de prisão
preventiva, dado que passa a sentença a constituir novo título
para a prisão. 4. Habeas corpus prejudicado” (HC nº 97.548/SP,
Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de
28/8/09).
“HABEAS
CORPUS.
PRISÃO
PREVENTIVA.
ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO DA PRISÃO E
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 24 de 34
Voto Vista
HC 95.977 / SP
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO CAUTELAR PARA A
PREVENTIVA.
SUPERVENIÊNCIA
DA
SENTENÇA
CONDENATÓRIA, NOVO TÍTULO DA PRISÃO: PREJUÍZO
DA PRESENTE AÇÃO. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS
DENEGADO.
1. A superveniência da sentença condenatória, que
constitui novo título da prisão, prejudica a alegação de excesso
de prazo da prisão e ausência de fundamentação cautelar válida
para a prisão preventiva.
2. Habeas corpus denegado” (HC nº 96.655/MG, Primeira
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Dje de 1º/7/09).
Destaco, ainda, os seguintes julgados: HC nº 104.227/SP, Primeira
Turma, de minha relatoria, DJe de 9/6/11; HC nº 103.537/PI, Primeira
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 2/6/11; HC nº
100.595/SP, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de
10/3/11; HC nº 96.235/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJe de 5/3/10; HC nº 84.077/BA, Segunda Turma, Relator o
Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/9/04.
Com essas singelas considerações, pedindo vênia ao Relator, julgo
prejudicada a impetração.
É como voto.
6
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO CAUTELAR PARA A
PREVENTIVA.
SUPERVENIÊNCIA
DA
SENTENÇA
CONDENATÓRIA, NOVO TÍTULO DA PRISÃO: PREJUÍZO
DA PRESENTE AÇÃO. PRECEDENTES. HABEAS CORPUS
DENEGADO.
1. A superveniência da sentença condenatória, que
constitui novo título da prisão, prejudica a alegação de excesso
de prazo da prisão e ausência de fundamentação cautelar válida
para a prisão preventiva.
2. Habeas corpus denegado” (HC nº 96.655/MG, Primeira
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, Dje de 1º/7/09).
Destaco, ainda, os seguintes julgados: HC nº 104.227/SP, Primeira
Turma, de minha relatoria, DJe de 9/6/11; HC nº 103.537/PI, Primeira
Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 2/6/11; HC nº
100.595/SP, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de
10/3/11; HC nº 96.235/SP, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJe de 5/3/10; HC nº 84.077/BA, Segunda Turma, Relator o
Ministro Gilmar Mendes, DJ de 3/9/04.
Com essas singelas considerações, pedindo vênia ao Relator, julgo
prejudicada a impetração.
É como voto.
6
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 25 de 34
Debate
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Se Vossa
Excelência preconiza a concessão de ofício, acompanho-o para chegarmos
ao mesmo resultado.
No dia 13 de março de 2010, o paciente já estava preso há muito, e,
enquanto não houver trânsito em julgado, o é provisoriamente, porque o
excesso de prazo diz respeito à custódia enquanto não existe a culpa
selada. Estava recolhido desde 3 de junho de 2006. Libertei-o em 2010.
Quer dizer, vamos prendê-lo agora, se ainda não temos o título judicial
condenatório precluso na via da recorribilidade?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Qual foi o pano de fundo aqui? Deixe-me recordar.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - O pedido liminar foi
indeferido. Então, uma quadrilha de doze pessoas que sequestrou uma
criança de seis anos...
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não me
assuste, Ministro, senão volto atrás!
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Mas não é esse o pano de
fundo?
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Sim, é sequestro.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - O Ministro Toffoli perguntou
qual é o pano de fundo.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mas
Ministro, veja: o que importa saber é se alguém, sem culpa formada, pode
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Se Vossa
Excelência preconiza a concessão de ofício, acompanho-o para chegarmos
ao mesmo resultado.
No dia 13 de março de 2010, o paciente já estava preso há muito, e,
enquanto não houver trânsito em julgado, o é provisoriamente, porque o
excesso de prazo diz respeito à custódia enquanto não existe a culpa
selada. Estava recolhido desde 3 de junho de 2006. Libertei-o em 2010.
Quer dizer, vamos prendê-lo agora, se ainda não temos o título judicial
condenatório precluso na via da recorribilidade?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Qual foi o pano de fundo aqui? Deixe-me recordar.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - O pedido liminar foi
indeferido. Então, uma quadrilha de doze pessoas que sequestrou uma
criança de seis anos...
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não me
assuste, Ministro, senão volto atrás!
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Mas não é esse o pano de
fundo?
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Sim, é sequestro.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - O Ministro Toffoli perguntou
qual é o pano de fundo.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Mas
Ministro, veja: o que importa saber é se alguém, sem culpa formada, pode
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 26 de 34
Debate
HC 95.977 / SP
ficar preso, provisoriamente, durante quatro anos?
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu, por exemplo, faço uma
visão prospectiva da pena que vai ser cumprida.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Caso
contrário, cessa o instituto do excesso de prazo.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, sem dúvida. Mas é que
eu faço uma visão prospectiva e, nesse caso...
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Com esse
detalhe: o Supremo implementou uma liminar em 2010.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Aqui está como uma liminar
indeferida.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Pode ter
sido indeferida pelo meu antecessor, mas quando recebi o processo,
implementei-a, em 13 de março de 2010, no Habeas Corpus nº 101.979.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
No outro habeas.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Limitei-me a responder à
pergunta do Ministro Toffoli. Vou manter o meu voto.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ah, sim!
Presidente, os dois habeas dizem respeito ao mesmo processo-crime.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
A Secretária informa que Vossa Excelência trouxe o HC nº 101.979,
mas ficou vencido. A Ministra Rosa ficou como redatora do acórdão.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
ficar preso, provisoriamente, durante quatro anos?
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu, por exemplo, faço uma
visão prospectiva da pena que vai ser cumprida.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Caso
contrário, cessa o instituto do excesso de prazo.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Não, sem dúvida. Mas é que
eu faço uma visão prospectiva e, nesse caso...
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Com esse
detalhe: o Supremo implementou uma liminar em 2010.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Aqui está como uma liminar
indeferida.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Pode ter
sido indeferida pelo meu antecessor, mas quando recebi o processo,
implementei-a, em 13 de março de 2010, no Habeas Corpus nº 101.979.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
No outro habeas.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Limitei-me a responder à
pergunta do Ministro Toffoli. Vou manter o meu voto.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Ah, sim!
Presidente, os dois habeas dizem respeito ao mesmo processo-crime.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
A Secretária informa que Vossa Excelência trouxe o HC nº 101.979,
mas ficou vencido. A Ministra Rosa ficou como redatora do acórdão.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 27 de 34
Debate
HC 95.977 / SP
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Essa liminar já caiu.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Já caiu. Quinze de maio deste ano.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não aqui.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
A do HC nº 101.979.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Digo a do
Habeas Corpus nº 95.977. Se bem que, quanto ao outro habeas, teria que ver,
Presidente. Não posso, como julgador, potencializar informação que lhe
está sendo passada pela secretária de sessão. Peço a Vossa Excelência que,
na dúvida, considerada a palavra do relator e a da secretária, preste
homenagem mínima ao colega que lhe quer muito bem.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Com certeza. Igualmente. A recíproca é verdadeira.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Tenho
que ver.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Mas, de qualquer sorte, independentemente do destino daquele
outro habeas, neste aqui há o duplo fundamento. Primeiro, porque a
prisão cautelar já foi substituída por condenação com novos
fundamentos; segundo, pela prejudicialidade operada pela Relatora.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –
Presidente, é preciso definir se a prisão provisória o é enquanto não
transitado em julgado o decreto condenatório ou se a sentença
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Essa liminar já caiu.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Já caiu. Quinze de maio deste ano.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Não aqui.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
A do HC nº 101.979.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Digo a do
Habeas Corpus nº 95.977. Se bem que, quanto ao outro habeas, teria que ver,
Presidente. Não posso, como julgador, potencializar informação que lhe
está sendo passada pela secretária de sessão. Peço a Vossa Excelência que,
na dúvida, considerada a palavra do relator e a da secretária, preste
homenagem mínima ao colega que lhe quer muito bem.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Com certeza. Igualmente. A recíproca é verdadeira.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Tenho
que ver.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Mas, de qualquer sorte, independentemente do destino daquele
outro habeas, neste aqui há o duplo fundamento. Primeiro, porque a
prisão cautelar já foi substituída por condenação com novos
fundamentos; segundo, pela prejudicialidade operada pela Relatora.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –
Presidente, é preciso definir se a prisão provisória o é enquanto não
transitado em julgado o decreto condenatório ou se a sentença
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 28 de 34
Debate
HC 95.977 / SP
condenatória é fator interruptivo do prazo dessa mesma prisão. Para
mim, não é, porque vinga, em Direito Penal, o princípio da legalidade
estrita e não há lei revelando essa interrupção. A custódia continua
provisória até o trânsito em julgado. Indago: constatando-se que o
cidadão, sem culpa formada, já está preso há quatro anos, não ocorre o
excesso? Se dissermos que não, é a babel.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Eu fico apenas na prejudicialidade da impetração. Julgo-a
prejudicada e não avanço para a concessão de ofício. É o meu voto.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Está bem.
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 95.977 / SP
condenatória é fator interruptivo do prazo dessa mesma prisão. Para
mim, não é, porque vinga, em Direito Penal, o princípio da legalidade
estrita e não há lei revelando essa interrupção. A custódia continua
provisória até o trânsito em julgado. Indago: constatando-se que o
cidadão, sem culpa formada, já está preso há quatro anos, não ocorre o
excesso? Se dissermos que não, é a babel.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Eu fico apenas na prejudicialidade da impetração. Julgo-a
prejudicada e não avanço para a concessão de ofício. É o meu voto.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Está bem.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 29 de 34
Notas para o Voto
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
REDATOR DO
ACÓRDÃO
: MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
NOTAS PARA O VOTO
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Senhor Presidente,
posso participar porque tenho votado sempre nessa linha, junto com
Vossa Excelência e o Ministro Luiz Fux, com relação ao prejuízo em
função da sentença condenatória que o próprio eminente Relator noticia.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
REDATOR DO
ACÓRDÃO
: MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
NOTAS PARA O VOTO
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER – Senhor Presidente,
posso participar porque tenho votado sempre nessa linha, junto com
Vossa Excelência e o Ministro Luiz Fux, com relação ao prejuízo em
função da sentença condenatória que o próprio eminente Relator noticia.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 30 de 34
Explicação
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
REDATOR DO
ACÓRDÃO
: MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Quando
nos defrontarmos com o próximo habeas, articulando o excesso de prazo,
talvez já tenhamos o acórdão decorrente do julgamento da apelação.
Diremos a mesma coisa? Que não há excesso porque já existe o acórdão?
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
REDATOR DO
ACÓRDÃO
: MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S)
:ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES)
:RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Quando
nos defrontarmos com o próximo habeas, articulando o excesso de prazo,
talvez já tenhamos o acórdão decorrente do julgamento da apelação.
Diremos a mesma coisa? Que não há excesso porque já existe o acórdão?
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 31 de 34
Retificação de Voto
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
RETIFICAÇÃO DO VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Ministro Luiz Fux, Vossa Excelência, pelo que consta da papeleta,
denegava a ordem. Vossa Excelência mantém a denegação? Eu estou
votando pelo prejuízo.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu acompanho. Corrijo a
minha anotação.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Porque foi Vossa Excelência que inaugurou a divergência. Então,
Vossa Excelência considera prejudicada. A Ministra Rosa também. Eu
voto nesse sentido.
Supremo Tribunal Federal
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
RETIFICAÇÃO DO VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Ministro Luiz Fux, Vossa Excelência, pelo que consta da papeleta,
denegava a ordem. Vossa Excelência mantém a denegação? Eu estou
votando pelo prejuízo.
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX - Eu acompanho. Corrijo a
minha anotação.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE):
Porque foi Vossa Excelência que inaugurou a divergência. Então,
Vossa Excelência considera prejudicada. A Ministra Rosa também. Eu
voto nesse sentido.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 32 de 34
Esclarecimento
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Peço a
Vossa Excelência que apenas consigne o voto que proferi, presente o
excesso. Poderia fazê-lo até de ofício.
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 95.977 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Peço a
Vossa Excelência que apenas consigne o voto que proferi, presente o
excesso. Poderia fazê-lo até de ofício.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 33 de 34
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 95.977
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio,
Relator, que concedia a ordem de habeas corpus e julgava
prejudicado o HC n. 101.979/SP, e do voto do Senhor Ministro Luiz
Fux, que denegava a ordem, pediu vista do processo o Senhor
Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen
Lúcia. 1ª Turma, 8.11.2011.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma julgou prejudicada a
ordem de habeas corpus, nos termos do voto reajustado do Senhor
Ministro Luiz Fux, Redator para o acórdão, vencido o Senhor
Ministro Marco Aurélio, Relator, que concedia a ordem por excesso
de prazo. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 95.977
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
REDATOR DO ACÓRDÃO : MIN. LUIZ FUX
PACTE.(S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA
Decisão: Após o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio,
Relator, que concedia a ordem de habeas corpus e julgava
prejudicado o HC n. 101.979/SP, e do voto do Senhor Ministro Luiz
Fux, que denegava a ordem, pediu vista do processo o Senhor
Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen
Lúcia. 1ª Turma, 8.11.2011.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma julgou prejudicada a
ordem de habeas corpus, nos termos do voto reajustado do Senhor
Ministro Luiz Fux, Redator para o acórdão, vencido o Senhor
Ministro Marco Aurélio, Relator, que concedia a ordem por excesso
de prazo. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108133
Inteiro Teor do Acórdão - Página 34 de 34
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3184370 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-12T00:00:00 | Após o voto do Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator, que concedia a ordem de habeas corpus e julgava prejudicado o HC n. 101.979/SP, e do voto do Senhor Ministro Luiz Fux, que denegava a ordem, pediu vista do processo o Senhor Ministro Dias Toffoli. Presidência da Senhora Ministra Cármen Lúcia. 1ª Turma, 8.11.2011.
Decisão: Por maioria de votos, a Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus, nos termos do voto reajustado do Senhor Ministro Luiz Fux, Redator para o acórdão, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio, Relator, que concedia a ordem por excesso de prazo. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | Ementa: PENAL. PROCESSUAL PENAL. HABEAS CORPUS IMPETRADO CONTRA INDEFERIMENTO DE LIMINAR. RELATIVIZAÇÃO DO ÓBICE PREVISTO NA SÚMULA 691/STF. AUSÊNCIA DE TERATOLOGIA E DE ILEGALIDADE MANIFESTA. PRISÃO PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA. PERICULOSIDADE. CIRCUNSTÂNCIA SUFICIENTE PARA A MANUTENÇÃO DA CUSTÓRIA CAUTELAR. SUPERVENIÊNCIA DA PROLAÇÃO DE SENTENÇA PENAL CONDENATÓRIA. PREJUDICIALIDADE.
1. A superposição de habeas corpus contra decisão denegatória de liminar em idêntica medida processual é inadmissível, por implicar ofensa aos princípios processuais fundamentais da hierarquia dos graus de jurisdição e de competência. Precedentes: Habeas Corpus nº 76.347/MS (Questão de Ordem), 79.238/RS e 79.776/RS, relator Ministro Moreira Alves, DJU de 8.5.1998, 6.8.1999 e 03.03.2000, respectivamente; Habeas Corpus nº 79.748/RS, relator Ministro Celso de Mello, DJU de 23.06.2000/ Habeas Corpus nº 79.775/AP, relator Ministro Maurício Corrêa, DJU de 17.03.2000.
2. A relativização do entendimento sumulado só é admitida por este Tribunal em casos de flagrante ilegalidade ou abuso de poder, o que, de plano, não se verifica nos autos. Jurisprudência: Habeas Corpus nº 102.668/PA, relator Ministro Dias Toffolli, DJe de 05.10.2010; Habeas Corpus nº 84.014/MG, relator Ministro Marco Aurélio, DJ de 25.06.2004; Habeas Corpus nº 85.185/SP, relator Ministro Cezar Peluso, DJ de 01.09.2006; e Habeas Corpus nº 88.229/SE, relator Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 10.10.2006.
3. Manutenção da prisão preventiva devidamente fundamentada na garantia da ordem pública, considerando o fato de cuidar-se de crime de quadrilha, envolvendo doze agentes, voltada à prática de sequestro, restando evidenciada a periculosidade social a justificar a segregação.
4. Deveras, a elevada periculosidade criminal - inclusive espelhada no fato de ter-se ação perpetrada contra criança, que foi mantida em cativeiro por mais de dois meses e cujo resgate foi fixado em milhões de reais - demonstra a complexidade do processo-crime, suficiente para refutar a alegação de excesso de prazo de prisão sem a formação da culpa. Precedentes: Habeas Corpus nº 98.290, redator para o acórdão o Ministro Luiz Fux, DJe de 21.06.2011; Habeas Corpus nº 104.608, relatora Ministra Cármen Lúcia, DJe de 01.09.2011; Habeas Corpus nº 101.854, relator Ministro Eros Grau, DJe de 30.04.2010.
5. A prolação de sentença penal condenatória faz exsurgir, supervenientemente, novo título judicial a fundamentar a medida constritiva da liberdade do paciente, com a consequente prejudicialidade da impetração.
Pedido de concessão de habeas corpus que se julga prejudicado. | sjur221405 | - Acórdão(s) citado(s):
(HABEAS CORPUS, DECISÃO DO RELATOR, TRIBUNAL SUPERIOR)
STF: HC 76347 QO (1ªT), HC 79238 (1ªT), HC 79776 (1ªT), HC 79748 (2ªT), HC 79775 (2ªT).
(SÚMULA 691, FLEXIBILIZAÇÃO)
STF: HC 102668 (1ªT), HC 84014 AgR(1ªT), HC 85185 (TP), HC 88229 (1ªT).
(PRISÃO, EXCESSO DE PRAZO, PERICULOSIDADE)
STF: HC 98290 (1ªT), HC 104608 (1ªT), HC 101854 (2ªT).
(HABEAS CORPUS, PREJUDICIALIDADE, SUPERVENIÊNCIA, JULGAMENTO, STJ)
STF: HC 111783 (2ªT), HC 101798 (1ªT).
(HABEAS CORPUS, PREJUDICIALIDADE, SUPERVENIÊNCIA, SENTENÇA CONDENATÓRIA)
STF: HC 112576 (1ªT), HC 97548 (2ªT), HC 96655 (1ªT), HC 104227 (1ªT), HC 103537 (1ªT), HC 100595 (2ªT), HC 96235 (2ªT), HC 84077 (2ªT).
- Veja HC 101979 do STF.
Número de páginas: 34.
Análise: 21/01/2013, SEV.
Revisão: 01/02/2013, AAT. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 95977 | [
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00387 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00068 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000691 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | HC | acordaos | HC 95977 | [
""
] | PACTE.(S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO
IMPTE.(S) : ADEMILSON ALVES DE BRITO
COATOR(A/S)(ES) : RELATORA DO HC Nº 112033 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HC [UNK] 112033 DO",
"SÚMULA 691 / STF",
"Habeas Corpus [UNK] 76 . 347 / MS",
"79",
".",
"238",
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"RS",
"79",
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"776",
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"RS",
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"Habeas Corpus [UNK] 88 . 229 / SE",
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"Habeas Corpus [UNK] 101 . 854",
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"Habeas Corpus [UNK] 98 . 290",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 608",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 854",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HC [UNK] 112033",
"HC [UNK] 112 . 033 / SP",
"Súmula [UNK] 691 desta Suprema Corte",
"HABEAS CORPUS 95 . 977 SÃO",
"HC [UNK] 112033",
"HC [UNK] 112 . 033 / SP",
"Súmula [UNK] 691 desta Suprema Corte",
"HC 95 . 977 / SP",
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"Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 112 . 033 / SP",
"Súmula 691 do Supremo Tribunal Federal",
"HC 95 . 977 / SP",
"Súmula [UNK] 691 desta Corte",
"HC 1 . 128 . 837 . 3 / 7",
"HC 993 . 08 . 041182 / 4",
"HC 95 . 977 / SP",
"Súmula [UNK] 691 desta Corte",
"HC 1 . 128 . 837 . 3 / 7",
"HC 993 . 08 . 041182 / 4",
"HC 95 . 977",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 65 . 036 / SP",
"HC 67 . 471 / SP",
"HC 109 . 498 /",
"enunciado 691 da súmula do Supremo Tribunal Federal",
"HC 71 . 645 / SP",
"HC 99 . 828 / SP",
"HC 71 . 645 / SP",
"HC 75 . 710 / SP",
"HC 90 . 707 / SP",
"HC 97 . 950 / SP",
"HC 88 . 451 / SP",
"HC 111 . 514 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 65 . 036 / SP",
"HC 67 . 471 / SP",
"HC 109 . 498 / SP",
"enunciado 691 da súmula do Supremo Tribunal Federal",
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"HC 99 . 828 / SP",
"HC 71 . 645 / SP",
"HC 75 . 710 / SP",
"HC 90 . 707 / SP",
"HC 97 . 950 / SP",
"HC 88 . 451 / SP",
"HC 111 . 514 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 88 . 451 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 88 . 451 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 17 . 579 / RS",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 17 . 579 / RS",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HC 95 . 977 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HC 95 . 977 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 112 . 033 / SP",
"Ação Penal [UNK] 045 . 01 . 2006 . 003304 - 3",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 979 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 144 . 592 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 979",
"Ação Penal [UNK] 045 . 01 . 2006 . 003304 - 3",
"Ação Penal [UNK] 045 . 01 . 2006 . 003304 - 3",
"HC 95 . 977 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 112 . 033 / SP",
"Ação Penal [UNK] 045 . 01 . 2006 . 003304 - 3",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 979 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 144 . 592 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 979",
"Ação Penal [UNK] 045 . 01 . 2006 . 003304 - 3",
"Ação Penal [UNK] 045 . 01 . 2006 . 003304 - 3",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 979 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 979 / SP",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 979 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 979 / SP",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"Habeas Corpus [UNK] 76 . 347 / MS",
"Habeas Corpus [UNK] 79 . 748 / RS",
"Habeas Corpus [UNK] 79 . 775 / AP",
"Habeas Corpus [UNK] 102 . 668 / PA",
"Habeas Corpus [UNK] 84 . 014 / MG",
"Habeas Corpus [UNK] 85 . 185 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 88 . 229 / SE",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"Habeas Corpus [UNK] 76 . 347 / MS",
".",
"Habeas Corpus [UNK] 79 . 748 / RS",
"Habeas Corpus [UNK] 79 . 775 / AP",
"Habeas Corpus [UNK] 102 . 668 / PA",
"Habeas Corpus [UNK] 84 . 014 / MG",
"Habeas Corpus [UNK] 85 . 185 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 88 . 229 / SE",
"HC 95 . 977 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 98 . 290",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 608",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 854",
"HC 95 . 977 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 98 . 290",
"Habeas Corpus [UNK] 104 . 608",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 854",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HC [UNK] 112033 DO",
"HABEAS CORPUS 95 . 977 SÃO",
"HC [UNK] 112033",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HC [UNK] 112033 DO",
"HC n . 101 . 979 / SP",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HC [UNK] 112033",
"HC n . 101 . 979 / SP",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HC [UNK] 112 . 033 / SP",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HC [UNK] 112 . 033 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 112 . 033 / SP",
"HC 1 . 128 . 837 . 3 / 7",
"HC 993 . 08 . 041182 / 4",
"HC 88 . 451 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 112 . 033 / SP",
"HC 1 . 128 . 837 . 3 / 7",
"HC 993 . 08 . 041182 / 4",
"HC 88 . 451 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 144592 / SP",
"HC [UNK] 97 . 283",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 144592 / SP",
"HC [UNK] 97 . 283",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 111 . 783 / PR",
"HC [UNK] 101 . 798 / RJ",
"Súmula [UNK] 691 / STF",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 111 . 783 / PR",
"HC [UNK] 101 . 798 / RJ",
"Súmula [UNK] 691 / STF",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 112 . 576 / SP",
"HC [UNK] 97 . 548 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 112 . 576 / SP",
"HC [UNK] 97 . 548 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 96 . 655 / MG",
"HC [UNK] 104 . 227 / SP",
"HC [UNK] 103 . 537 / PI",
"HC [UNK] 100 . 595 / SP",
"HC [UNK] 96 . 235 / SP",
"HC [UNK] 84 . 077 / BA",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 96 . 655 / MG",
"HC [UNK] 104 . 227 / SP",
"HC [UNK] 103 . 537 / PI",
"HC [UNK] 100 . 595 / SP",
"HC [UNK] 96 . 235 / SP",
"HC [UNK] 84 . 077 / BA",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HC 95 . 977 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 979",
"HC [UNK] 101 . 979",
"HC 95 . 977 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 101 . 979",
"HC [UNK] 101 . 979",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 101 . 979",
"Habeas Corpus [UNK] 95 . 977",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC [UNK] 101 . 979",
"Habeas Corpus [UNK] 95 . 977",
"HC 95 . 977 / SP",
"HC 95 . 977 / SP",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HC [UNK] 112033",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HC [UNK] 112033 DO",
"HABEAS CORPUS 95 . 977 SÃO",
"HC [UNK] 112033 DO",
"HABEAS CORPUS 95 . 977 SÃO",
"HC [UNK] 112033 DO",
"HABEAS CORPUS 95 . 977 SÃO",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HC [UNK] 112033",
"HC n . 101 . 979 / SP",
"HABEAS CORPUS 95 . 977",
"HC [UNK] 112033 DO SUPERIOR TRIBUNAL",
"HC n . 101 . 979 / SP"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 499 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 499 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 499 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 499 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 499 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 499 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 499 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 499 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 387 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 387 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"artigo 387 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 387 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 499 do CPP",
"art . 68 do Regimento Interno da Corte",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 499 do CPP",
"art . 68 do Regimento Interno da Corte",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 499 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 499 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 34 , XI , do RISTJ",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 34 , XI , do RISTJ",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"Arujá",
"/",
"SP",
"Arujá",
"/",
"SP",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Superior Tribunal de Justiça",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"Procuradoria Geral da Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Procuradoria Geral da Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Ministério Público",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Sexta Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
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"Sexta Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara Judicial da Comarca de Santa Isabel / SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara Judicial da Comarca de Santa Isabel / SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria Geral da República",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria Geral da República",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Primeira Vara Criminal de Arujá / SP",
"Primeira Vara Criminal de 11",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Primeira Vara Criminal de Arujá / SP",
"Primeira Vara Criminal de 11",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior",
"Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Segunda Turma",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"-",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"-",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
"Moreira Alves",
"Celso de Mello",
"Maurício Corrêa",
"Dias Toffolli",
"Marco Aurélio",
"Cezar Peluso",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
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"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
"MARCO AURÉLIO",
"Menezes Direito",
"Ademilson Alves de Brito",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"MARCO AURÉLIO",
"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
"MARCO AURÉLIO",
"Menezes Direito",
"Ademilson Alves de Brito",
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"Maria Thereza de Assis Moura",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
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"Emerson Braga",
"José Neris de Oliveira",
"Rogério Pereira Nunes",
"Emerson Braga",
"José Neris de Oliveira",
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"HAMILTON CARVALHIDO",
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"Menezes Direito",
"Menezes Direito",
"Menezes Direito",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"LUIZ FUX",
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"Maurício Corrêa",
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"Marco Aurélio",
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"Moreira Alves",
"Celso de Mello",
"Maurício Corrêa",
"Dias Toffolli",
"Marco Aurélio",
"Cezar Peluso",
"Ricardo Lewandowski",
"LUIZ FUX",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
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"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
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"Cláudia Sampaio Marques",
"DIAS TOFFOLI",
"Ademilson Alves de Brito",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"Menezes Direito",
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"Cláudia Sampaio Marques",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"Marco Aurélio",
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"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"Marco Aurélio",
"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
"Ricardo Lewandowski",
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"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
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"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"ROSA WEBER",
"LUIZ FUX",
"Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"Rosa",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FUX",
"Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"Rosa",
"LUIZ FUX",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ FUX",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
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"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
"ROSA WEBER",
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"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
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"DIAS TOFFOLI",
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"DIAS TOFFOLI",
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"DIAS TOFFOLI",
"Rosa",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
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"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"ADEMILSON ALVES DE BRITO",
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"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
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"2001",
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"13 de março de 2010",
"3 de junho de 2006",
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"2010",
"13 de março de 2010",
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"2001",
"2010",
"13 de março de 2010",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
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".",
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".",
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".",
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"2011",
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".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.377 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:MARLENE SOUZA VIEIRA
ADV.(A/S)
:EDUARDO
HENRIQUE
MARQUES
SOARES
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE
INDÉBIDO. RETENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. PRÊMIO-
DESLIGAMENTO, LICENÇA-PRÊMIO E FÉRIAS INDENIZADAS.
PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA. INCURSIONAMENTO NO
CONTEXTO PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279 DESTA
CORTE.
1. A Súmula 279/STF dispõe: “Para simples reexame de prova não cabe
recurso extraordinário.”
2. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões
que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos,
adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.
3. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, dos limites
da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua
ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais,
revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só,
não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. AI
804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI
756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010.
4. In casu, a sentença foi mantida por seus próprios fundamentos:
(...)”muito embora tenha sido juntado o termo de rescisão do contrato de
trabalho, em que há a indicação da retenção do imposto de renda, não há prova de
que os valores pagos indevidamente não teriam sido objeto de compensação ou
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135692.
Supremo Tribunal Federal
DJe 03/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
ARE 701.377 AGR / SP
restituição posterior, de maneira que a juntada das Declarações de Imposto de
Renda da autora é imprescindível ao deslinde do feito. Por fim, note-se que, desde
o início deste processo houve reiteradas decisões judiciais no sentido de que tais
documentos seriam indispensáveis e que a autora deveria providenciá-los, sob
pena de extinção do feito sem julgamento do mérito, se não para a fixação da
competência deste Juizado, que depende da constatação do valor de alçada, ao
menos e, sobretudo, para permitir a análise do próprio pedido do autor. Tanto
assim que, em caso de eventual procedência, isto é, de acolhimento do pedido da
autora, haveria a necessidade de elaboração de cálculos para identificação dos
valores a serem repetidos, conforme alegado na petição inicial. Contudo, sem os
documentos exigidos anteriormente, tais cálculos são impossíveis de ser
realizados, o que inviabiliza o julgamento da demanda neste Juizado, no qual
apenas se admite casos em que as sentenças proferidas podem ser líquidas, nos
termos do artigo 38, parágrafo único, Lei nº 9.099/95. De outro lado, é
indubitável que o ônus da prova é da parte autora, que deveria desincumbir-se de
seu dever de apresentar todos os documentos necessários para o julgamento de
seu processo. E mesmo tendo sido reiteradas vezes alertada, assim não agiu, não
cabendo ao Poder Judiciário colher as provas que a autora tem condição de obter,
como é o caso dos autos, em que os órgãos públicos responsáveis não mais tem o
dever de fornecer os documentos, dado o tempo decorrido, o que reforça a idéia de
que caberia à autora possuir os documentos de seu interesse ou, ao menos,
diligenciar para obtê-los. Destarte, tenho que o feito deve ser extinto sem exame
do mérito, pela impossibilidade de análise do pedido, inclusive, para se fixar o
valor atribuído à causa. Ante o exposto, EXTINGO O PROCESSO SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO, no termos do artigo 267, VI, do Código de
Processo Civil.”
5. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135692.
Supremo Tribunal Federal
ARE 701.377 AGR / SP
restituição posterior, de maneira que a juntada das Declarações de Imposto de
Renda da autora é imprescindível ao deslinde do feito. Por fim, note-se que, desde
o início deste processo houve reiteradas decisões judiciais no sentido de que tais
documentos seriam indispensáveis e que a autora deveria providenciá-los, sob
pena de extinção do feito sem julgamento do mérito, se não para a fixação da
competência deste Juizado, que depende da constatação do valor de alçada, ao
menos e, sobretudo, para permitir a análise do próprio pedido do autor. Tanto
assim que, em caso de eventual procedência, isto é, de acolhimento do pedido da
autora, haveria a necessidade de elaboração de cálculos para identificação dos
valores a serem repetidos, conforme alegado na petição inicial. Contudo, sem os
documentos exigidos anteriormente, tais cálculos são impossíveis de ser
realizados, o que inviabiliza o julgamento da demanda neste Juizado, no qual
apenas se admite casos em que as sentenças proferidas podem ser líquidas, nos
termos do artigo 38, parágrafo único, Lei nº 9.099/95. De outro lado, é
indubitável que o ônus da prova é da parte autora, que deveria desincumbir-se de
seu dever de apresentar todos os documentos necessários para o julgamento de
seu processo. E mesmo tendo sido reiteradas vezes alertada, assim não agiu, não
cabendo ao Poder Judiciário colher as provas que a autora tem condição de obter,
como é o caso dos autos, em que os órgãos públicos responsáveis não mais tem o
dever de fornecer os documentos, dado o tempo decorrido, o que reforça a idéia de
que caberia à autora possuir os documentos de seu interesse ou, ao menos,
diligenciar para obtê-los. Destarte, tenho que o feito deve ser extinto sem exame
do mérito, pela impossibilidade de análise do pedido, inclusive, para se fixar o
valor atribuído à causa. Ante o exposto, EXTINGO O PROCESSO SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO, no termos do artigo 267, VI, do Código de
Processo Civil.”
5. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
2
Supremo Tribunal Federal
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Ementa e Acórdão
ARE 701.377 AGR / SP
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
3
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ARE 701.377 AGR / SP
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.377 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:MARLENE SOUZA VIEIRA
ADV.(A/S)
:EDUARDO
HENRIQUE
MARQUES
SOARES
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de agravo
regimental interposto por MARLENE SOUZA VIEIRA, contra decisão de
minha relatoria assim ementada:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. RETENÇÃO DE
IMPOSTO DE RENDA. PRÊMIO-DESLIGAMENTO,
LICENÇA-PRÊMIO E FÉRIAS INDENIZADAS. PLANO DE
DEMISSÃO VOLUNTÁRIA. INCURSIONAMENTO NO
CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS
AUTOS. SÚMULA 279 DO STF.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o
crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de
admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. A Súmula 279/STF dispõe: “Para simples reexame de prova
não cabe recurso extraordinário”.
3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame
de questões que demandam revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação
direta da ordem constitucional. Precedente:
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.377 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:MARLENE SOUZA VIEIRA
ADV.(A/S)
:EDUARDO
HENRIQUE
MARQUES
SOARES
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de agravo
regimental interposto por MARLENE SOUZA VIEIRA, contra decisão de
minha relatoria assim ementada:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBITO. RETENÇÃO DE
IMPOSTO DE RENDA. PRÊMIO-DESLIGAMENTO,
LICENÇA-PRÊMIO E FÉRIAS INDENIZADAS. PLANO DE
DEMISSÃO VOLUNTÁRIA. INCURSIONAMENTO NO
CONTEXTO FÁTICO-PROBATÓRIO CARREADO AOS
AUTOS. SÚMULA 279 DO STF.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o
crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de
admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. A Súmula 279/STF dispõe: “Para simples reexame de prova
não cabe recurso extraordinário”.
3. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame
de questões que demandam revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação
direta da ordem constitucional. Precedente:
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Relatório
ARE 701.377 AGR / SP
4. Os princípios da legalidade, do devido processo legal,
da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões
judiciais, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do
reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa
indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não
desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. AI
804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de
24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie,
DJe de 22/10/2010.
5. In casu, a sentença foi mantida por seus próprios
fundamentos:
(...)’muito embora tenha sido juntado o termo de rescisão do
contrato de trabalho, em que há a indicação da retenção do imposto de
renda, não há prova de que os valores pagos indevidamente não teriam
sido objeto de compensação ou restituição posterior, de maneira que a
juntada das Declarações de Imposto de Renda da autora é
imprescindível ao deslinde do feito.
Por fim, note-se que, desde o início deste processo houve
reiteradas decisões judiciais no sentido de que tais documentos seriam
indispensáveis e que a autora deveria providenciá-los, sob pena de
extinção do feito sem julgamento do mérito, se não para a fixação da
competência deste Juizado, que depende da constatação do valor de
alçada, ao menos e, sobretudo, para permitir a análise do próprio
pedido do autor.
Tanto assim que, em caso de eventual procedência, isto é, de
acolhimento do pedido da autora, haveria a necessidade de elaboração
de cálculos para identificação dos valores a serem repetidos, conforme
alegado na petição inicial.
Contudo, sem os documentos exigidos anteriormente, tais
cálculos são impossíveis de ser realizados, o que inviabiliza o
julgamento da demanda neste Juizado, no qual apenas se admite casos
em que as sentenças proferidas podem ser líquidas, nos termos do
artigo 38, parágrafo único, Lei nº 9.099/95.
De outro lado, é indubitável que o ônus da prova é da parte
autora, que deveria desincumbir-se de seu dever de apresentar todos os
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ARE 701.377 AGR / SP
4. Os princípios da legalidade, do devido processo legal,
da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões
judiciais, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do
reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa
indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não
desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. AI
804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de
24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie,
DJe de 22/10/2010.
5. In casu, a sentença foi mantida por seus próprios
fundamentos:
(...)’muito embora tenha sido juntado o termo de rescisão do
contrato de trabalho, em que há a indicação da retenção do imposto de
renda, não há prova de que os valores pagos indevidamente não teriam
sido objeto de compensação ou restituição posterior, de maneira que a
juntada das Declarações de Imposto de Renda da autora é
imprescindível ao deslinde do feito.
Por fim, note-se que, desde o início deste processo houve
reiteradas decisões judiciais no sentido de que tais documentos seriam
indispensáveis e que a autora deveria providenciá-los, sob pena de
extinção do feito sem julgamento do mérito, se não para a fixação da
competência deste Juizado, que depende da constatação do valor de
alçada, ao menos e, sobretudo, para permitir a análise do próprio
pedido do autor.
Tanto assim que, em caso de eventual procedência, isto é, de
acolhimento do pedido da autora, haveria a necessidade de elaboração
de cálculos para identificação dos valores a serem repetidos, conforme
alegado na petição inicial.
Contudo, sem os documentos exigidos anteriormente, tais
cálculos são impossíveis de ser realizados, o que inviabiliza o
julgamento da demanda neste Juizado, no qual apenas se admite casos
em que as sentenças proferidas podem ser líquidas, nos termos do
artigo 38, parágrafo único, Lei nº 9.099/95.
De outro lado, é indubitável que o ônus da prova é da parte
autora, que deveria desincumbir-se de seu dever de apresentar todos os
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Relatório
ARE 701.377 AGR / SP
documentos necessários para o julgamento de seu processo. E mesmo
tendo sido reiteradas vezes alertada, assim não agiu, não cabendo ao
Poder Judiciário colher as provas que a autora tem condição de obter,
como é o caso dos autos, em que os órgãos públicos responsáveis não
mais tem o dever de fornecer os documentos, dado o tempo decorrido, o
que reforça a idéia de que caberia à autora possuir os documentos de
seu interesse ou, ao menos, diligenciar para obtê-los.
Destarte, tenho que o feito deve ser extinto sem exame do
mérito, pela impossibilidade de análise do pedido, inclusive, para se
fixar o valor atribuído à causa.
Ante o exposto, EXTINGO O PROCESSO SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO, no termos do artigo 267, VI, do
Código de Processo Civil.’
6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.”
Inconformada com a decisão supra, interpõe agravo regimental,
alegando em síntese que:
(...)“O direito de defesa da ora Recorrente foi cerceado,
haja vista que a Turma Recursal, mantendo o entendimento do
Juiz Singular, pretendeu que aquela fizesse prova de possível
restituição ou compensação.
Ora, caberia à Recorrida comprovar a suposta restituição
ou compensação.
Não bastando, restou consignado no v. Acórdão ‘a quo’ o
requerimento da Recorrente de que fosse expedido Ofício à
Receita Federal para que fosse fornecida a documentação que o
Magistrado entendia indispensável.
A negativa a tal pedido afrontou o direito à ampla defesa
da Recorrente.
A Constituição Federal, no seu artigo 5º, inciso LV, prevê
que, aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral, são assegurados o contraditório e a ampla
defesa, com os meios e recursos a eles inerentes.
O cerceamento de defesa se configura pela privação da
parte de ter acesso à produção de sua defesa ou da análise da
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documentos necessários para o julgamento de seu processo. E mesmo
tendo sido reiteradas vezes alertada, assim não agiu, não cabendo ao
Poder Judiciário colher as provas que a autora tem condição de obter,
como é o caso dos autos, em que os órgãos públicos responsáveis não
mais tem o dever de fornecer os documentos, dado o tempo decorrido, o
que reforça a idéia de que caberia à autora possuir os documentos de
seu interesse ou, ao menos, diligenciar para obtê-los.
Destarte, tenho que o feito deve ser extinto sem exame do
mérito, pela impossibilidade de análise do pedido, inclusive, para se
fixar o valor atribuído à causa.
Ante o exposto, EXTINGO O PROCESSO SEM
JULGAMENTO DO MÉRITO, no termos do artigo 267, VI, do
Código de Processo Civil.’
6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.”
Inconformada com a decisão supra, interpõe agravo regimental,
alegando em síntese que:
(...)“O direito de defesa da ora Recorrente foi cerceado,
haja vista que a Turma Recursal, mantendo o entendimento do
Juiz Singular, pretendeu que aquela fizesse prova de possível
restituição ou compensação.
Ora, caberia à Recorrida comprovar a suposta restituição
ou compensação.
Não bastando, restou consignado no v. Acórdão ‘a quo’ o
requerimento da Recorrente de que fosse expedido Ofício à
Receita Federal para que fosse fornecida a documentação que o
Magistrado entendia indispensável.
A negativa a tal pedido afrontou o direito à ampla defesa
da Recorrente.
A Constituição Federal, no seu artigo 5º, inciso LV, prevê
que, aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
acusados em geral, são assegurados o contraditório e a ampla
defesa, com os meios e recursos a eles inerentes.
O cerceamento de defesa se configura pela privação da
parte de ter acesso à produção de sua defesa ou da análise da
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Relatório
ARE 701.377 AGR / SP
tese defendida, o que não ocorre pela simples busca da
verticalização de jurisprudência, que tem um contorno mais
complexo e relevante que o simples interesse em fazer ‘subir’ os
recursos apresentados pelas partes.
Desta feita, a Recorrente requer o conhecimento e
provimento do presente Agravo Regimental, para, reformando
a r. Decisão proferida, dar provimento ao Recurso
Extraordinário interposto, face a afronta do v. Acórdão
recorrido aos artigos 5°, inciso LV e 93, inciso IX da Constituição
Federal.”
É o relatório.
4
Supremo Tribunal Federal
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ARE 701.377 AGR / SP
tese defendida, o que não ocorre pela simples busca da
verticalização de jurisprudência, que tem um contorno mais
complexo e relevante que o simples interesse em fazer ‘subir’ os
recursos apresentados pelas partes.
Desta feita, a Recorrente requer o conhecimento e
provimento do presente Agravo Regimental, para, reformando
a r. Decisão proferida, dar provimento ao Recurso
Extraordinário interposto, face a afronta do v. Acórdão
recorrido aos artigos 5°, inciso LV e 93, inciso IX da Constituição
Federal.”
É o relatório.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11
Voto - MIN. LUIZ FUX
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.377 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação
não merece prosperar.
A agravante, em seu recurso, não traz argumentação capaz de
desconstituir os fundamentos da decisão agravada.
Consoante apontado na aludida decisão, a solução da controvérsia
passa inevitavelmente pelo reexame do conjunto fático-probatório
constante dos autos.
Ora, não se revela cognoscível, em sede de Recurso Extraordinário, a
insurgência que tem como real escopo o incursionamento no contexto
fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão
não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se
a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e,
portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento
do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela
Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário”.
Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca
da Súmula n. 279/STF, qual seja:
Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e
questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as
circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei,
considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de
direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se
refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual,
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.377 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação
não merece prosperar.
A agravante, em seu recurso, não traz argumentação capaz de
desconstituir os fundamentos da decisão agravada.
Consoante apontado na aludida decisão, a solução da controvérsia
passa inevitavelmente pelo reexame do conjunto fático-probatório
constante dos autos.
Ora, não se revela cognoscível, em sede de Recurso Extraordinário, a
insurgência que tem como real escopo o incursionamento no contexto
fático-probatório engendrado nos autos, porquanto referida pretensão
não se amolda à estreita via do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se
a fundamentação vinculada de discussão eminentemente de direito e,
portanto, não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento
do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido pela
Súmula 279/STF: “Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário”.
Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto Rosas acerca
da Súmula n. 279/STF, qual seja:
Chiovenda nos dá os limites da distinção entre questão de fato e
questão de direito. A questão de fato consiste em verificar se existem as
circunstâncias com base nas quais deve o juiz, de acordo com a lei,
considerar existentes determinados fatos concretos. A questão de
direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que o autor se
refere, existe, como norma abstrata (Instituições de Direito Processual,
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11
Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 701.377 AGR / SP
2a ed., v. I/175).
Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como
provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato
quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do
julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o
recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada
qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos
mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige
reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min.
Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a
qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação
importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso
extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).
A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova
não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da
questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a
valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos
fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados
pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da
prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao
Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes,
Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383).
V. Súmula 7 do STJ.
(in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).
Demais disso, esta Suprema Corte firmou jurisprudência no termos
da qual a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido
processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das
decisões judiciais, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando dependente do reexame prévio de normas
infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição
Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Nesse
sentido são os seguintes julgados:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 701.377 AGR / SP
2a ed., v. I/175).
Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos dados como
provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere a matéria de fato
quando a decisão assenta no processo de livre convencimento do
julgador (RE 64.051, Rel. Min. Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o
recurso extraordinário quando o acórdão recorrido deu determinada
qualificação jurídica a fatos delituosos e se pretende atribuir aos
mesmos fatos outra configuração, quando essa pretensão exige
reexame de provas (ERE 58.714, Relator para o acórdão o Min.
Amaral Santos, RTJ 46/821). No processo penal, a verificação entre a
qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para a apenação
importa matéria de fato, insuscetível de reexame no recurso
extraordinário (RE 63.226, Rel. Min. Eloy da Rocha, RTJ 46/666).
A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame de prova
não cabe recurso extraordinário. Não se vislumbraria a existência da
questão federal motivadora do recurso extraordinário. O juiz dá a
valoração mais conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos
fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não alegados
pelas partes. Não se confunda com o critério legal da valorização da
prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana de Aguiar, Comentários ao
Código de Processo Civil, 2a ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes,
Teoria e Prática do Poder Judiciário, 1943, p. 383).
V. Súmula 7 do STJ.
(in, Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).
Demais disso, esta Suprema Corte firmou jurisprudência no termos
da qual a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido
processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das
decisões judiciais, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando dependente do reexame prévio de normas
infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à Constituição
Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. Nesse
sentido são os seguintes julgados:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR. CONTRATO
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11
Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 701.377 AGR / SP
DE ADESÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA
MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A
jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de
que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do
devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando
dependentes de exame de legislação infraconstitucional,
configurariam ofensa constitucional indireta.” (AI 804.854-
AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010)
(grifo nosso).
“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO
ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO
CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO
CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA STF
279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a
quo, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório
dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula STF 279).
2. A ofensa aos postulados constitucionais da legalidade, da
ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se existente, seria,
segundo entendimento deste Supremo Tribunal, meramente
reflexa ou indireta. Precedentes. 3. Decisão fundamentada
contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao
artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental improvido.” (AI
756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de
22/10/2010) (grifo nosso).
Com essas considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo
regimental.
É como voto.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135694.
Supremo Tribunal Federal
ARE 701.377 AGR / SP
DE ADESÃO. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA
MATÉRIA CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA
N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A
jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de
que as alegações de afronta aos princípios da legalidade, do
devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando
dependentes de exame de legislação infraconstitucional,
configurariam ofensa constitucional indireta.” (AI 804.854-
AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010)
(grifo nosso).
“CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO
ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO
CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO
CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA STF
279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal a
quo, seria necessário o reexame do conjunto fático-probatório
dos autos, o que é defeso nesta sede recursal (Súmula STF 279).
2. A ofensa aos postulados constitucionais da legalidade, da
ampla defesa, do contraditório, do devido processo legal, da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se existente, seria,
segundo entendimento deste Supremo Tribunal, meramente
reflexa ou indireta. Precedentes. 3. Decisão fundamentada
contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao
artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental improvido.” (AI
756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de
22/10/2010) (grifo nosso).
Com essas considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo
regimental.
É como voto.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.377
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : MARLENE SOUZA VIEIRA
ADV.(A/S) : EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108193
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.377
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : MARLENE SOUZA VIEIRA
ADV.(A/S) : EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108193
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3151375 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-03T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. REPETIÇÃO DE INDÉBIDO. RETENÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA. PRÊMIO-DESLIGAMENTO, LICENÇA-PRÊMIO E FÉRIAS INDENIZADAS. PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA. INCURSIONAMENTO NO CONTEXTO PROBATÓRIO DOS AUTOS. SÚMULA 279 DESTA CORTE.
1. A Súmula 279/STF dispõe: “Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.”
2. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.
3. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes. AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de 22/10/2010.
4. In casu, a sentença foi mantida por seus próprios fundamentos: (...)”muito embora tenha sido juntado o termo de rescisão do contrato de trabalho, em que há a indicação da retenção do imposto de renda, não há prova de que os valores pagos indevidamente não teriam sido objeto de compensação ou restituição posterior, de maneira que a juntada das Declarações de Imposto de Renda da autora é imprescindível ao deslinde do feito. Por fim, note-se que, desde o início deste processo houve reiteradas decisões judiciais no sentido de que tais documentos seriam indispensáveis e que a autora deveria providenciá-los, sob pena de extinção do feito sem julgamento do mérito, se não para a fixação da competência deste Juizado, que depende da constatação do valor de alçada, ao menos e, sobretudo, para permitir a análise do próprio pedido do autor. Tanto assim que, em caso de eventual procedência, isto é, de acolhimento do pedido da autora, haveria a necessidade de elaboração de cálculos para identificação dos valores a serem repetidos, conforme alegado na petição inicial. Contudo, sem os documentos exigidos anteriormente, tais cálculos são impossíveis de ser realizados, o que inviabiliza o julgamento da demanda neste Juizado, no qual apenas se admite casos em que as sentenças proferidas podem ser líquidas, nos termos do artigo 38, parágrafo único, Lei nº 9.099/95. De outro lado, é indubitável que o ônus da prova é da parte autora, que deveria desincumbir-se de seu dever de apresentar todos os documentos necessários para o julgamento de seu processo. E mesmo tendo sido reiteradas vezes alertada, assim não agiu, não cabendo ao Poder Judiciário colher as provas que a autora tem condição de obter, como é o caso dos autos, em que os órgãos públicos responsáveis não mais tem o dever de fornecer os documentos, dado o tempo decorrido, o que reforça a idéia de que caberia à autora possuir os documentos de seu interesse ou, ao menos, diligenciar para obtê-los. Destarte, tenho que o feito deve ser extinto sem exame do mérito, pela impossibilidade de análise do pedido, inclusive, para se fixar o valor atribuído à causa. Ante o exposto, EXTINGO O PROCESSO SEM JULGAMENTO DO MÉRITO, no termos do artigo 267, VI, do Código de Processo Civil.”
5. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur220402 | - Acórdão (s) citado (s):
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 804854 AgR (1ªT), AI 756336 AgR (2ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 06/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 701377 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 701377 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
ADV.(A/S) : EDUARDO HENRIQUE MARQUES SOARES E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : MARLENE SOUZA VIEIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701 . 377",
"SÚMULA 279 DESTA CORTE",
"Súmula 279 / STF",
"AI 804 . 854 - AgR",
"AI 756 . 336 - AgR",
"ARE 701 . 377 AGR / SP",
"ARE 701 . 377",
"ARE 701 . 377 AGR",
"ARE 701 . 377",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 / STF",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 701 . 377 AGR / SP",
"AI 804 . 854 - AgR",
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"ARE 701 . 377 AGR / SP",
"ARE 701 . 377 AGR / SP",
"ARE 701 . 377 AGR / SP",
"AGRAVO 701 . 377",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula n . 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula n . 279 / STF",
"ARE 701 . 377 AGR",
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"Súmula 7 do STJ",
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"SÚMULA N . 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
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"SÚMULA N . 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 804 . 854 - AgR",
"Súmula STF 279",
"AI 756 . 336 - AgR ,"
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"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
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"artigo 38 , parágrafo único , Lei [UNK] 9 . 099 / 95",
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"artigo 267 , VI , do Código de Processo Civil .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
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"art . 323 do RISTF",
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"Constituição Federal",
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"Constituição Federal",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"Constituição Federal , no seu artigo [UNK] , inciso LV",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 5° , inciso LV e 93 , inciso IX da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"Constituição Federal",
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"artigo 93 , IX , da CF",
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"LOCAL": [
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"Brasília",
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"São Paulo",
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"SÃO PAULO"
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"ORGANIZACAO": [
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"LUIZ FUX",
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"MARLENE SOUZA VIEIRA",
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"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
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"Roberto Rosas",
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"Djaci Falcão",
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"Castro Nunes",
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"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
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"Dias Toffoli",
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"Dias Toffoli",
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]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.223 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:UNIAO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:VERÔNICA MAFALDA DE JESUS
ADV.(A/S)
:JOÃO VICENTE FEREGUETE
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
ADMINISTRATIVO.
DEPENDENTE DE EX-COMBATENTE. VIÚVA. DIREITO À
ASSISTÊNCIA MÉDICA. ORGANIZAÇÕES MILITARES DE SAÚDE.
PRECEDENTES.
1. O dependente de ex-combatente tem direito à assistência médica e
hospitalar nas Organizações Militares de Saúde. Precedentes: RE n.
498.443-AgR, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de
26.6.2009 e RE n. 414.256-AgR, Relator Ministro Carlos Velloso, Segunda
Turma, DJ de 20.5.2005.
2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “MANDADO DE
SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. EX-COMBATENTE. VIÚVA.
DEPENDENTE. ASSISTÊNCIA MÉDICA E HOSPITALAR. A viúva,
dependente do ex-combatente, tem direito à assistência médica e hospitalar junto
à FUSEX, nos termos do art. 53, IV, do ADCT.”
3. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
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DJe 03/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
ARE 696.223 AGR / RS
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 696.223 AGR / RS
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.223 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:UNIAO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:VERÔNICA MAFALDA DE JESUS
ADV.(A/S)
:JOÃO VICENTE FEREGUETE
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de agravo
regimental interposto pela UNIÃO, contra decisão de minha relatoria
assim ementada:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
ADMINISTRATIVO. DEPENDENTE DE EX-COMBATENTE.
VIÚVA. ASSISTÊNCIA MÉDICA.
ORGANIZAÇÕES
MILITARES DE SAÚDE. PRECEDENTES.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o
crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de
admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. O dependente de ex-combatente tem direito à
assistência médica e hospitalar nas Organizações Militares de
Saúde. Precedentes: RE n. 498.443-AgR, Relatora Ministra
Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 26.6.2009 e RE n.
414.256-AgR, Relator Ministro Carlos Velloso, Segunda
Turma, DJ de 20.5.2005.
3. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘MANDADO DE
SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. EX-COMBATENTE. VIÚVA.
DEPENDENTE. ASSISTÊNCIA MÉDICA E HOSPITALAR.
A viúva, dependente do ex-combatente, tem direito à assistência
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PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.223 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:UNIAO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:VERÔNICA MAFALDA DE JESUS
ADV.(A/S)
:JOÃO VICENTE FEREGUETE
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Cuida-se de agravo
regimental interposto pela UNIÃO, contra decisão de minha relatoria
assim ementada:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
ADMINISTRATIVO. DEPENDENTE DE EX-COMBATENTE.
VIÚVA. ASSISTÊNCIA MÉDICA.
ORGANIZAÇÕES
MILITARES DE SAÚDE. PRECEDENTES.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o
crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de
admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida “a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso” (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. O dependente de ex-combatente tem direito à
assistência médica e hospitalar nas Organizações Militares de
Saúde. Precedentes: RE n. 498.443-AgR, Relatora Ministra
Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 26.6.2009 e RE n.
414.256-AgR, Relator Ministro Carlos Velloso, Segunda
Turma, DJ de 20.5.2005.
3. In casu, o acórdão recorrido assentou: ‘MANDADO DE
SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. EX-COMBATENTE. VIÚVA.
DEPENDENTE. ASSISTÊNCIA MÉDICA E HOSPITALAR.
A viúva, dependente do ex-combatente, tem direito à assistência
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Relatório
ARE 696.223 AGR / RS
médica e hospitalar junto à FUSEX, nos termos do art. 53, IV, do
ADCT.’
4. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.”
Inconformada com a decisão supra, interpõe agravo regimental,
alegando em síntese que:
(...)“o precedente mencionado na decisão agravada (RE
414.256 e RE 498.443),1 concessa venia, não pode ser utilizado no
caso em apreço. Isso porque os referidos julgados assentaram
tão somente a possibilidade de pensionistas de ex-combatentes
receberem assistência médico-hospitalar em Organizações
Militares de Saúde, bem como a eficácia plena do art. 53, IV, do
ADCT.
Inclusive, a respeito do tema, a Súmula nº 36 da AGU,2 de
16 de setembro de 2008, acolhendo a jurisprudência dessa
Suprema Corte, prevê que ‘o ex-combatente que tenha
efetivamente participado de operações bélicas durante a
Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei n° 5.315, de 12 de
setembro de 1967, tem direito à assistência médica e hospitalar
gratuita, extensiva aos dependentes, prestada pelas
Organizações Militares de Saúde, nos termos do artigo 53, IV,
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias’.
No entanto, no presente caso, discute-se questão diversa,
qual seja, a inconstitucional inclusão de dependente de ex-
combatente no FUSEX, prescindido de contribuições, ignorando
o fato de se tratar de fundo de natureza complementar.
Conforme já salientado, o direito à assistência médico
hospitalar gratuita, previsto no art. 53, IV, do ADCT, não se
confunde com o direito de inclusão no FUSEX, sem o
pagamento de quaisquer contribuições.
Há que se distinguir, portanto, a assistência médica
gratuita, a qual têm direito todos os' militares, e o direito à
participação no fundo/plano de saúde complementar, do qual
só participam aqueles que contribuírem.
Portanto, considerando que o citado precedente não se
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ARE 696.223 AGR / RS
médica e hospitalar junto à FUSEX, nos termos do art. 53, IV, do
ADCT.’
4. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.”
Inconformada com a decisão supra, interpõe agravo regimental,
alegando em síntese que:
(...)“o precedente mencionado na decisão agravada (RE
414.256 e RE 498.443),1 concessa venia, não pode ser utilizado no
caso em apreço. Isso porque os referidos julgados assentaram
tão somente a possibilidade de pensionistas de ex-combatentes
receberem assistência médico-hospitalar em Organizações
Militares de Saúde, bem como a eficácia plena do art. 53, IV, do
ADCT.
Inclusive, a respeito do tema, a Súmula nº 36 da AGU,2 de
16 de setembro de 2008, acolhendo a jurisprudência dessa
Suprema Corte, prevê que ‘o ex-combatente que tenha
efetivamente participado de operações bélicas durante a
Segunda Guerra Mundial, nos termos da Lei n° 5.315, de 12 de
setembro de 1967, tem direito à assistência médica e hospitalar
gratuita, extensiva aos dependentes, prestada pelas
Organizações Militares de Saúde, nos termos do artigo 53, IV,
do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias’.
No entanto, no presente caso, discute-se questão diversa,
qual seja, a inconstitucional inclusão de dependente de ex-
combatente no FUSEX, prescindido de contribuições, ignorando
o fato de se tratar de fundo de natureza complementar.
Conforme já salientado, o direito à assistência médico
hospitalar gratuita, previsto no art. 53, IV, do ADCT, não se
confunde com o direito de inclusão no FUSEX, sem o
pagamento de quaisquer contribuições.
Há que se distinguir, portanto, a assistência médica
gratuita, a qual têm direito todos os' militares, e o direito à
participação no fundo/plano de saúde complementar, do qual
só participam aqueles que contribuírem.
Portanto, considerando que o citado precedente não se
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Relatório
ARE 696.223 AGR / RS
aplica ao caso em tela, bem como a inexistência de
jurisprudência sedimentada quanto ao tema (direito à
assistência médico-hospitalar pelo FUSEX, independente de
contribuição), o recurso extraordinário merece provimento.
Diante do exposto, requer a União seja reconsiderada a
decisão agravada, conforme autoriza a aplicação analógica do
art. 557, § 10, do Código de Processo Civil, admitindo-se e
provendo-se o apelo extremo.
Caso assim não se entenda, requer, subsidiariamente, a
apresentação do processo em mesa para o julgamento do
presente agravo, reiterando-se o pedido acima formulado.”
É o relatório.
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ARE 696.223 AGR / RS
aplica ao caso em tela, bem como a inexistência de
jurisprudência sedimentada quanto ao tema (direito à
assistência médico-hospitalar pelo FUSEX, independente de
contribuição), o recurso extraordinário merece provimento.
Diante do exposto, requer a União seja reconsiderada a
decisão agravada, conforme autoriza a aplicação analógica do
art. 557, § 10, do Código de Processo Civil, admitindo-se e
provendo-se o apelo extremo.
Caso assim não se entenda, requer, subsidiariamente, a
apresentação do processo em mesa para o julgamento do
presente agravo, reiterando-se o pedido acima formulado.”
É o relatório.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.223 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação
não merece prosperar.
A agravante, em seu recurso, não traz argumentação capaz de
desconstituir os fundamentos da decisão agravada.
Consoante apontado na aludida decisão, o acórdão recorrido está em
harmonia com a jurisprudência desta Suprema Corte, no sentido de que
o dependente de ex-combatente tem direito à assistência médica e
hospitalar nas Organizações Militares de Saúde. Nesse sentido,
colacionam-se os seguintes julgados:
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MILITAR:
EX-COMBATENTE.
ASSISTÊNCIA
MÉDICA
E
HOSPITALAR: ORGANIZAÇÕES MILITARES DE SAÚDE.
C.F., 1988, ADCT, art. 53, IV.
I. - O ex-combatente e seus dependentes têm direito de serem
atendidos pelas Organizações Militares de Saúde. CF/88, ADCT, art.
53, IV.
II. – Negativa de trânsito ao RE da União.
III. – Agravo não provido.” (RE n. 414.256-AgR, Relator
Ministro Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 20.5.2005)
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. PENSIONISTAS DE
EX-COMBATENTE. POSSIBILIDADE DE ASSISTÊNCIA
MÉDICO-HOSPITALAR EM ORGANIZAÇÕES MILITARES DE
SAÚDE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO.” (RE n. 498.443-AgR, Relatora
Ministra Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 26.6.2009)
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.223 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): A presente irresignação
não merece prosperar.
A agravante, em seu recurso, não traz argumentação capaz de
desconstituir os fundamentos da decisão agravada.
Consoante apontado na aludida decisão, o acórdão recorrido está em
harmonia com a jurisprudência desta Suprema Corte, no sentido de que
o dependente de ex-combatente tem direito à assistência médica e
hospitalar nas Organizações Militares de Saúde. Nesse sentido,
colacionam-se os seguintes julgados:
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MILITAR:
EX-COMBATENTE.
ASSISTÊNCIA
MÉDICA
E
HOSPITALAR: ORGANIZAÇÕES MILITARES DE SAÚDE.
C.F., 1988, ADCT, art. 53, IV.
I. - O ex-combatente e seus dependentes têm direito de serem
atendidos pelas Organizações Militares de Saúde. CF/88, ADCT, art.
53, IV.
II. – Negativa de trânsito ao RE da União.
III. – Agravo não provido.” (RE n. 414.256-AgR, Relator
Ministro Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 20.5.2005)
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. PENSIONISTAS DE
EX-COMBATENTE. POSSIBILIDADE DE ASSISTÊNCIA
MÉDICO-HOSPITALAR EM ORGANIZAÇÕES MILITARES DE
SAÚDE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO.” (RE n. 498.443-AgR, Relatora
Ministra Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 26.6.2009)
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 696.223 AGR / RS
Com essas considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo
regimental.
É como voto.
2
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ARE 696.223 AGR / RS
Com essas considerações, NEGO PROVIMENTO ao agravo
regimental.
É como voto.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.223
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : UNIAO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : VERÔNICA MAFALDA DE JESUS
ADV.(A/S) : JOÃO VICENTE FEREGUETE
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.223
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : UNIAO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : VERÔNICA MAFALDA DE JESUS
ADV.(A/S) : JOÃO VICENTE FEREGUETE
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3151574 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-03T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. DEPENDENTE DE EX-COMBATENTE. VIÚVA. DIREITO À ASSISTÊNCIA MÉDICA. ORGANIZAÇÕES MILITARES DE SAÚDE. PRECEDENTES.
1. O dependente de ex-combatente tem direito à assistência médica e hospitalar nas Organizações Militares de Saúde. Precedentes: RE n. 498.443-AgR, Relatora Ministra Cármen Lúcia, Segunda Turma, DJe de 26.6.2009 e RE n. 414.256-AgR, Relator Ministro Carlos Velloso, Segunda Turma, DJ de 20.5.2005.
2. In casu, o acórdão recorrido assentou: “MANDADO DE SEGURANÇA. ADMINISTRATIVO. EX-COMBATENTE. VIÚVA. DEPENDENTE. ASSISTÊNCIA MÉDICA E HOSPITALAR. A viúva, dependente do ex-combatente, tem direito à assistência médica e hospitalar junto à FUSEX, nos termos do art. 53, IV, do ADCT.”
3. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur220396 | - Acórdão (s) citado (s):
(DEPENDENTE, EX-COMBATENTE, ASSISTÊNCIA MÉDICA)
STF: RE 498443 AgR (2ªT), RE 414256 AgR (2ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 06/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 696223 | [
"LEG-FED ADCT ANO-1988\r\n ART-00053 INC-00004 \r\n ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 696223 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : VERÔNICA MAFALDA DE JESUS
ADV.(A/S) : JOÃO VICENTE FEREGUETE
AGTE.(S) : UNIAO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RE n . 498 . 443 - AgR",
"RE n . 414 . 256 - AgR",
"ARE 696 . 223 AGR",
"ARE 696 . 223 AGR / RS",
"RE n . 498 . 443 - AgR",
"RE n . 414 . 256 - AgR",
"RE n . 498 . 443 - AgR",
"RE n . 414 . 256 - AgR",
"ARE 696 . 223",
"RE 414 . 256",
"RE 498 . 443",
"Súmula [UNK] 36 da AGU",
"ARE 696 . 223 AGR / RS",
"RE 414 . 256",
"RE 498 . 443",
"Súmula [UNK] 36 da AGU",
"ARE 696 . 223 AGR / RS",
"ARE 696 . 223 AGR / RS",
"RE n . 414 . 256 - AgR",
"RE n . 498 . 443 - AgR",
"AGRAVO 696 . 223",
"RE n . 414 . 256 - AgR",
"ARE 696 . 223 AGR / RS",
"ARE 696 . 223 AGR /"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"[UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n° 5 . 315",
"artigo 53 , IV , do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"Lei n° 5 . 315",
"artigo 53 , IV , do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias ’",
"art . 53 , IV , do ADCT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § 10 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , § 10 , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF",
"/",
"88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF",
"/",
"88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIAO",
"UNIÃO",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"FUSEX",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIAO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIAO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Organizações Militares de Saúde",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"FUSEX",
"Segunda Guerra Mundial",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"FUSEX",
"Segunda Guerra Mundial",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"União",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"União",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"VERÔNICA MAFALDA DE JESUS",
"JOÃO VICENTE FEREGUETE",
"Cármen Lúcia",
"Carlos Velloso",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"MAFALDA DE JESUS",
"JOÃO VICENTE FEREGUETE",
"LUIZ FUX",
"Cármen Lúcia",
"Carlos Velloso",
"LUIZ FUX",
"JOÃO VICENTE FEREGUETE",
"LUIZ FUX",
"Cármen Lúcia",
"Carlos Velloso",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Carlos Velloso",
"Cármen Lúcia",
"LUIZ FUX",
"Carlos Velloso",
"Cármen Lúcia",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"VERÔNICA MAFALDA DE JESUS",
"JOÃO VICENTE FEREGUETE",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"VERÔNICA MAFALDA DE JESUS",
"JOÃO VICENTE FEREGUETE",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"26",
".",
"6",
".",
"2009",
"20",
".",
"5",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"03",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"26",
".",
"6",
".",
"2009",
"20",
".",
"5",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"26",
".",
"6",
".",
"2009",
"20",
".",
"5",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16 de setembro de 2008",
"12 de setembro de 1967",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de setembro de 1967",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"1988",
"20",
".",
"5",
".",
"2005",
"26",
".",
"6",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"20",
".",
"5",
".",
"2005",
"26",
".",
"6",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.171 SANTA
CATARINA
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:JOSÉ FRANCISCO DA SILVA
ADV.(A/S)
:RODRIGO TADEU PIMENTA DE OLIVEIRA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA
CATARINA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SANTA CATARINA
EMENTA
DIREITO PENAL MILITAR. FALSIDADE IDEOLÓGICA.
CERCEAMENTO DE DEFESA. APRECIAÇÃO DAS TESES
DEFENSIVAS. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INEXISTÊNCIA.
OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Inviável o Recurso Extraordinário quando a alegada ofensa à
Constituição Federal, se existente, seria meramente reflexa, a depender de
interpretação da legislação infraconstitucional. Precedentes.
O fato de a decisão impugnada ser contrária aos interesses da parte
não configura ofensa ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal.
Cerceamento de defesa e ausência de fundamentação não
caracterizadas.
Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 06 de novembro de 2012.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081021.
Supremo Tribunal Federal
DJe 22/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
ARE 683.171 AGR / SC
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081021.
Supremo Tribunal Federal
ARE 683.171 AGR / SC
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.171 SANTA
CATARINA
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:JOSÉ FRANCISCO DA SILVA
ADV.(A/S)
:RODRIGO TADEU PIMENTA DE OLIVEIRA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA
CATARINA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SANTA CATARINA
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de agravo
regimental de José Francisco da Silva contra decisão que negou
seguimento ao agravo por ele manejado com vista à liberação do recurso
extraordinário anteriormente interposto.
O Agravante foi condenado pelo Juízo da Vara da Justiça Militar de
Florianópolis/SC à pena de 01 (um) ano e 04 (quatro) meses de reclusão,
em regime inicial aberto, pela prática do delito tipificado no artigo 312, a
e b, do Código Penal Militar (falsidade ideológica) c/c artigo 71 do Código
Penal, com a concessão de sursis pelo prazo de dois anos.
O Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina manteve a
condenação do Agravante e rejeitou os embargos de declaração opostos
contra acórdão em que negado provimento à apelação defensiva.
Inconformada, a Defesa manejou recurso extraordinário (fls. 449-64),
indicando ofensa aos artigos 5º, LV, e 93, X, da Constituição Federal, não
admitido pelo Tribunal a quo, motivo pelo qual interposto o agravo no RE,
igualmente inadmitido pela decisão ora recorrida (fls. 495-98).
Nas razões do presente agravo regimental, insiste o Agravante na
tese de que o Tribunal de Justiça, no julgamento da apelação, deixou de
apreciar as teses defensivas, “em especial aquelas relativas à ausência de
prejuízo à Administração Militar, inexistência de dolo e ausência de
provas documentais e testemunhais”, com violação dos princípios da
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3081022.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.171 SANTA
CATARINA
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:JOSÉ FRANCISCO DA SILVA
ADV.(A/S)
:RODRIGO TADEU PIMENTA DE OLIVEIRA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA
CATARINA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SANTA CATARINA
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de agravo
regimental de José Francisco da Silva contra decisão que negou
seguimento ao agravo por ele manejado com vista à liberação do recurso
extraordinário anteriormente interposto.
O Agravante foi condenado pelo Juízo da Vara da Justiça Militar de
Florianópolis/SC à pena de 01 (um) ano e 04 (quatro) meses de reclusão,
em regime inicial aberto, pela prática do delito tipificado no artigo 312, a
e b, do Código Penal Militar (falsidade ideológica) c/c artigo 71 do Código
Penal, com a concessão de sursis pelo prazo de dois anos.
O Tribunal de Justiça do Estado de Santa Catarina manteve a
condenação do Agravante e rejeitou os embargos de declaração opostos
contra acórdão em que negado provimento à apelação defensiva.
Inconformada, a Defesa manejou recurso extraordinário (fls. 449-64),
indicando ofensa aos artigos 5º, LV, e 93, X, da Constituição Federal, não
admitido pelo Tribunal a quo, motivo pelo qual interposto o agravo no RE,
igualmente inadmitido pela decisão ora recorrida (fls. 495-98).
Nas razões do presente agravo regimental, insiste o Agravante na
tese de que o Tribunal de Justiça, no julgamento da apelação, deixou de
apreciar as teses defensivas, “em especial aquelas relativas à ausência de
prejuízo à Administração Militar, inexistência de dolo e ausência de
provas documentais e testemunhais”, com violação dos princípios da
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
ARE 683.171 AGR / SC
ampla defesa e da necessidade de fundamentação das decisões judiciais,
nos termos dos artigos 5º, LV, e 93, X, da Constituição Federal (fls. 502-15).
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 683.171 AGR / SC
ampla defesa e da necessidade de fundamentação das decisões judiciais,
nos termos dos artigos 5º, LV, e 93, X, da Constituição Federal (fls. 502-15).
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Voto - MIN. ROSA WEBER
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.171 SANTA
CATARINA
V O T O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): A decisão recorrida
negou seguimento ao agravo aos seguintes fundamentos:
“Em síntese, segundo o Agravante não teria havido apreciação
de todas as teses defensivas nas instâncias ordinárias, o que ensejaria
violação da ampla defesa e da imposição constitucional da
fundamentação de todas as decisões judiciais.
Examinando a sentença e o acórdão condenatório (fls. 326-42 e
424-31), observo que abordadas, com fundamentação razoável, as
questões necessárias para o julgamento, inclusive quanto à autoria e
materialidade do crime imputado ao Agravante.
É o quanto basta para a validade dos julgados, desnecessária a
abordagem de cada ponto ou argumento trazido pelas partes.
Por outro lado, a discordância da parte quanto ao conteúdo da
fundamentação não se confunde com carência de fundamentação, não
ensejando o cabimento de extraordinário por suposta violação do art.
93, IX, da Constituição Federal. Nessa linha diversos precedentes
desta Corte:
‘Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar
em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha
dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.’ (AI
426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo
sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE
20.02.09)
‘Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a
responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n.
9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com
respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser
suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o
magistrado não está vinculado pelo dever de responder todos os
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.171 SANTA
CATARINA
V O T O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): A decisão recorrida
negou seguimento ao agravo aos seguintes fundamentos:
“Em síntese, segundo o Agravante não teria havido apreciação
de todas as teses defensivas nas instâncias ordinárias, o que ensejaria
violação da ampla defesa e da imposição constitucional da
fundamentação de todas as decisões judiciais.
Examinando a sentença e o acórdão condenatório (fls. 326-42 e
424-31), observo que abordadas, com fundamentação razoável, as
questões necessárias para o julgamento, inclusive quanto à autoria e
materialidade do crime imputado ao Agravante.
É o quanto basta para a validade dos julgados, desnecessária a
abordagem de cada ponto ou argumento trazido pelas partes.
Por outro lado, a discordância da parte quanto ao conteúdo da
fundamentação não se confunde com carência de fundamentação, não
ensejando o cabimento de extraordinário por suposta violação do art.
93, IX, da Constituição Federal. Nessa linha diversos precedentes
desta Corte:
‘Fundamentação do acórdão recorrido. Existência. Não há falar
em ofensa ao art. 93, IX, da CF, quando o acórdão impugnado tenha
dado razões suficientes, embora contrárias à tese da recorrente.’ (AI
426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ 05.11.04; no mesmo
sentido: AI 611.406-AgR, Relator Ministro Carlos Britto, DJE
20.02.09)
‘Omissão. Inexistência. O magistrado não está obrigado a
responder todos os fundamentos alegados pelo recorrente. PIS. Lei n.
9.715/98. Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com
respaldo em fundamentos adequados, inexistindo omissão a ser
suprida. Este Tribunal fixou entendimento no sentido de que o
magistrado não está vinculado pelo dever de responder todos os
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 683.171 AGR / SC
fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte
afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas
pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o
PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.’ (RE
511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08)
‘O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão
judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na
solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no
julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes
com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência
constitucional.’ (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda
Pertence, DJ 05.9.03).
Ante o exposto e com base no art. 21, § 1º, do Regimento
Interno, nego seguimento ao agravo”.
Conforme relatado, o ora Agravante foi condenado pela prática de
adulteração de Auto de Infração de Trânsito, falsidade ideológica
tipificada no art. 312 do Código Penal Militar, à pena de 01 (um) ano e 04
(quatro) meses de reclusão, por sentença mantida pelo Tribunal de
Justiça.
Insiste o Agravante no cabimento do extraordinário por suposta
violação dos arts. 5º, LV, e 93, IX, da Constituição Federal.
A pretensão recursal não prospera.
Acerca da alegada ofensa ao princípio constitucional da ampla
defesa, oportuna a transcrição dos seguintes trechos do voto
condutor do acórdão do Tribunal de Justiça (fls. 427-31):
“Aduz a defesa que o juízo a quo, na prestação jurisdicional
ofertada, que condenou o ora recorrente, não contemplou todas as teses
defensivas apresentadas em sede de alegações finais, quais sejam: ‘que
não houve prejuízo à administração; não ocorreu falsificação e
tampouco houve vantagem para qualquer pessoa; não apreceu
nenhuma testemunha para declarar ter obtido vantagem diante das
alterações; não houve interesse pessoal nem prejuízo à administração’.
A sentença penal só pode ser declarada nula quando for exarada
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 683.171 AGR / SC
fundamentos alegados pela parte recorrente. Precedentes. Esta Corte
afastou a suposta inconstitucionalidade das alterações introduzidas
pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da contribuição para o
PIS mediante a edição de medida provisória. Precedentes.’ (RE
511.581-AgR, Relator Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08)
‘O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão
judicial seja fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na
solução das questões de fato ou de direito da lide: declinadas no
julgado as premissas, corretamente assentadas ou não, mas coerentes
com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a exigência
constitucional.’ (AI 402.819-AgR, Relator Ministro Sepúlveda
Pertence, DJ 05.9.03).
Ante o exposto e com base no art. 21, § 1º, do Regimento
Interno, nego seguimento ao agravo”.
Conforme relatado, o ora Agravante foi condenado pela prática de
adulteração de Auto de Infração de Trânsito, falsidade ideológica
tipificada no art. 312 do Código Penal Militar, à pena de 01 (um) ano e 04
(quatro) meses de reclusão, por sentença mantida pelo Tribunal de
Justiça.
Insiste o Agravante no cabimento do extraordinário por suposta
violação dos arts. 5º, LV, e 93, IX, da Constituição Federal.
A pretensão recursal não prospera.
Acerca da alegada ofensa ao princípio constitucional da ampla
defesa, oportuna a transcrição dos seguintes trechos do voto
condutor do acórdão do Tribunal de Justiça (fls. 427-31):
“Aduz a defesa que o juízo a quo, na prestação jurisdicional
ofertada, que condenou o ora recorrente, não contemplou todas as teses
defensivas apresentadas em sede de alegações finais, quais sejam: ‘que
não houve prejuízo à administração; não ocorreu falsificação e
tampouco houve vantagem para qualquer pessoa; não apreceu
nenhuma testemunha para declarar ter obtido vantagem diante das
alterações; não houve interesse pessoal nem prejuízo à administração’.
A sentença penal só pode ser declarada nula quando for exarada
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 683.171 AGR / SC
sem fundamentação, não se fazendo necessária uma descrição
minuciosa e exaustiva de todas as teses eaventadas quando da fala
derradeira das partes litigantes.
No caso vertente, preenche ela os requisitos do art. 381 do
Código de Processo Penal.
Do seu teor, colhe-se que o magistrado sentenciante traçou os
motivos de seu convencimento, especialmente quanto à presença dos
elementos probatórios que dão conta, no seu entender, da
materialidade do delito de falsidade ideológica, bem como da autoria,
do que não se vislumbra violação a qualquer dos princípios
constitucionais, mesmo que não enfrentado certo argumento. (…)
Do mérito.
(…) Como se vê, evidente é a auoria, e advém ela da prova
documental reunida, como também da testemunhal, logo, não há que
se falar em absolvição, como quer a defesa.
Destarte, os atos praticados pelo ora recorrente são atentatórios
à administração e causaram, sim, certo prejuízo ao erário, além de
colocar em descrédito o serviço militar”.
Compulsando os autos, verifico que o Juízo sentenciante, ao
contrário do alegado, fundamentou de forma satisfatória o decreto
condenatório, como se observa dos excertos a seguir reproduzidos (fls.
337):
“(...) há farta prova nos autos em relação aos demais fatos
narrados na exordial acusatória que dão conta que por cinco vezes
(itens de 1.1 a 1.5) o acusado Subtenente PM José Francisco da Silva,
agiu dolosamente no intuito de reduzir o valor ou anular autuações de
infrações de trânsito válidas, alterando os dados corretamente
preenchidos pelos policiais militares sob seu comando no município de
Doutor Pedrinho, haja vista ser o denunciado o único a ter acesso ao
sistema Detranet. (…)
Percebe-se que em todas as infrações citadas na exordial
acusatória, a infração é atenuada ou não inserida. Se forssem apenas
erros de digitação no momento da inserção das notificações no sistema,
como alega a ilustre defesa, certamente ocorreriam também erros que
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 683.171 AGR / SC
sem fundamentação, não se fazendo necessária uma descrição
minuciosa e exaustiva de todas as teses eaventadas quando da fala
derradeira das partes litigantes.
No caso vertente, preenche ela os requisitos do art. 381 do
Código de Processo Penal.
Do seu teor, colhe-se que o magistrado sentenciante traçou os
motivos de seu convencimento, especialmente quanto à presença dos
elementos probatórios que dão conta, no seu entender, da
materialidade do delito de falsidade ideológica, bem como da autoria,
do que não se vislumbra violação a qualquer dos princípios
constitucionais, mesmo que não enfrentado certo argumento. (…)
Do mérito.
(…) Como se vê, evidente é a auoria, e advém ela da prova
documental reunida, como também da testemunhal, logo, não há que
se falar em absolvição, como quer a defesa.
Destarte, os atos praticados pelo ora recorrente são atentatórios
à administração e causaram, sim, certo prejuízo ao erário, além de
colocar em descrédito o serviço militar”.
Compulsando os autos, verifico que o Juízo sentenciante, ao
contrário do alegado, fundamentou de forma satisfatória o decreto
condenatório, como se observa dos excertos a seguir reproduzidos (fls.
337):
“(...) há farta prova nos autos em relação aos demais fatos
narrados na exordial acusatória que dão conta que por cinco vezes
(itens de 1.1 a 1.5) o acusado Subtenente PM José Francisco da Silva,
agiu dolosamente no intuito de reduzir o valor ou anular autuações de
infrações de trânsito válidas, alterando os dados corretamente
preenchidos pelos policiais militares sob seu comando no município de
Doutor Pedrinho, haja vista ser o denunciado o único a ter acesso ao
sistema Detranet. (…)
Percebe-se que em todas as infrações citadas na exordial
acusatória, a infração é atenuada ou não inserida. Se forssem apenas
erros de digitação no momento da inserção das notificações no sistema,
como alega a ilustre defesa, certamente ocorreriam também erros que
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 683.171 AGR / SC
agravassem as punições administrativas impostas aos infratores, o
que, definitivamente, não é o caso dos autos”.
Nesse contexto, reitero os fundamentos da decisão recorrida no
sentido de que a sentença e o acórdão condenatório (fls. 326-42 e 424-31)
abordaram, com fundamentação razoável, as questões necessárias para o
julgamento, inclusive quanto à autoria e materialidade delitivas, de todo
desnecessária a abordagem de cada ponto ou argumento trazido pela
parte.
Outrossim, assinalo o entendimento firmado por esta Suprema Corte
no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da
legalidade, do devido processo legal, da plenitude de defesa e da
motivação dos atos decisórios, por dependerem de exame prévio e
necessário da legislação comum, podem configurar, quando muito,
situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da
Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à
via recursal extraordinária” (AI 640.480-AgR, rel. Min Celso de
Mello, 2ª Turma, DJe 21.02.2008).
Também não há falar em violação do artigo 93, IX, da Constituição
Federal pela sentença condenatória ou pelo acórdão recorrido. A
jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que
referido dispositivo constitucional exige sejam explicitadas as razões do
convencimento do órgão jurisdicional, desnecessário o exame detalhado
de cada argumento suscitado pela parte. Cito, além dos precedentes
anotados na decisão monocrática, o seguinte julgado:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PENAL.
PROCESSUAL PENAL. AÇÃO PENAL IMPROCEDENTE. ART.
386, VI, DO CPP. ART. 171, § 2º, V, C.C. ART. 29 DO CÓDIGO
PENAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. PROVA.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279/STF. 1. Repercussão Geral
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agravassem as punições administrativas impostas aos infratores, o
que, definitivamente, não é o caso dos autos”.
Nesse contexto, reitero os fundamentos da decisão recorrida no
sentido de que a sentença e o acórdão condenatório (fls. 326-42 e 424-31)
abordaram, com fundamentação razoável, as questões necessárias para o
julgamento, inclusive quanto à autoria e materialidade delitivas, de todo
desnecessária a abordagem de cada ponto ou argumento trazido pela
parte.
Outrossim, assinalo o entendimento firmado por esta Suprema Corte
no sentido de que “as alegações de desrespeito aos postulados da
legalidade, do devido processo legal, da plenitude de defesa e da
motivação dos atos decisórios, por dependerem de exame prévio e
necessário da legislação comum, podem configurar, quando muito,
situações caracterizadoras de ofensa meramente reflexa ao texto da
Constituição, o que não basta, só por si, para viabilizar o acesso à
via recursal extraordinária” (AI 640.480-AgR, rel. Min Celso de
Mello, 2ª Turma, DJe 21.02.2008).
Também não há falar em violação do artigo 93, IX, da Constituição
Federal pela sentença condenatória ou pelo acórdão recorrido. A
jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal é no sentido de que
referido dispositivo constitucional exige sejam explicitadas as razões do
convencimento do órgão jurisdicional, desnecessário o exame detalhado
de cada argumento suscitado pela parte. Cito, além dos precedentes
anotados na decisão monocrática, o seguinte julgado:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. DIREITO PENAL.
PROCESSUAL PENAL. AÇÃO PENAL IMPROCEDENTE. ART.
386, VI, DO CPP. ART. 171, § 2º, V, C.C. ART. 29 DO CÓDIGO
PENAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. PROVA.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279/STF. 1. Repercussão Geral
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 683.171 AGR / SC
reconhecida para reafirmar a jurisprudência da Corte no sentido de
que o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou
decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem
determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das
alegações ou provas (AI 791.292-QO-RG). 2. A Súmula 279/STF
dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário. 3. É que o recurso extraordinário não se presta ao
exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da
ordem constitucional. 4. In casu, o acórdão recorrido manteve a
sentença que julgou improcedente a ação penal com fundamento no
art. 386, IV, do Código de Processo Penal, para absolver os réus da
acusação de terem infringido o art. 171, § 2º, V, c.c. o art. 29 do
Código Penal. 5. Agravo Regimental a que se nega provimento”.
(ARE 684.878/SP, rel. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 02.10.2012)
Ainda sobre o tema, aponto o AI 442.113-AgR, 1ª Turma, rel.
Min. Cármen Lúcia, DJe 05.02.2010 e o AI 696.044-AgR, 2ª Turma, rel.
Min. Joaquim Barbosa, DJe 28.04.2011.
Portanto, a decisão ora agravada não merece qualquer reparo,
sendo compatível com a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal
Federal sobre o tema.
Desse modo, conheço e nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
5
Supremo Tribunal Federal
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reconhecida para reafirmar a jurisprudência da Corte no sentido de
que o art. 93, IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou
decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem
determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das
alegações ou provas (AI 791.292-QO-RG). 2. A Súmula 279/STF
dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário. 3. É que o recurso extraordinário não se presta ao
exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da
ordem constitucional. 4. In casu, o acórdão recorrido manteve a
sentença que julgou improcedente a ação penal com fundamento no
art. 386, IV, do Código de Processo Penal, para absolver os réus da
acusação de terem infringido o art. 171, § 2º, V, c.c. o art. 29 do
Código Penal. 5. Agravo Regimental a que se nega provimento”.
(ARE 684.878/SP, rel. Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 02.10.2012)
Ainda sobre o tema, aponto o AI 442.113-AgR, 1ª Turma, rel.
Min. Cármen Lúcia, DJe 05.02.2010 e o AI 696.044-AgR, 2ª Turma, rel.
Min. Joaquim Barbosa, DJe 28.04.2011.
Portanto, a decisão ora agravada não merece qualquer reparo,
sendo compatível com a jurisprudência consolidada do Supremo Tribunal
Federal sobre o tema.
Desse modo, conheço e nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.171
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : JOSÉ FRANCISCO DA SILVA
ADV.(A/S) : RODRIGO TADEU PIMENTA DE OLIVEIRA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA
CATARINA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.171
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : JOSÉ FRANCISCO DA SILVA
ADV.(A/S) : RODRIGO TADEU PIMENTA DE OLIVEIRA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA
PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA
CATARINA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108186
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3116276 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-22T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
DIREITO PENAL MILITAR. FALSIDADE IDEOLÓGICA. CERCEAMENTO DE DEFESA. APRECIAÇÃO DAS TESES DEFENSIVAS. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. INEXISTÊNCIA. OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Inviável o Recurso Extraordinário quando a alegada ofensa à Constituição Federal, se existente, seria meramente reflexa, a depender de interpretação da legislação infraconstitucional. Precedentes.
O fato de a decisão impugnada ser contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao disposto no art. 93, IX, da Constituição Federal.
Cerceamento de defesa e ausência de fundamentação não caracterizadas.
Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur219516 | - Acórdãos citados:
(DEVIDO PROCESSO LEGAL)
STF: AI 640480 AgR (2ªT);
(DEVER DE FUNDAMENTAR)
STF: ARE 684878 AgR (1ªT), AI 442113 AgR (1ªT), AI 696044 AgR (2ªT). | ROSA WEBER | Primeira Turma | 683171 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 683171 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA PROCURADORIA GERAL DE JUSTIÇA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SANTA CATARINA
AGTE.(S) : JOSÉ FRANCISCO DA SILVA
ADV.(A/S) : RODRIGO TADEU PIMENTA DE OLIVEIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683 . 171",
"ARE 683 . 171 AGR / SC",
"ARE 683 . 171 AGR /",
"ARE 683 . 171 AGR / SC",
"ARE 683 . 171 AGR / SC",
"AI 426 . 981 - AgR",
"AI 611 . 406 - AgR",
"AI 426 . 981 - AgR",
"AI 611 . 406 - AgR",
"RE 511 . 581 - AgR",
"AI 402 . 819 - AgR",
"ARE 683 . 171 AGR / SC",
"RE 511 . 581 - AgR",
"AI 402 . 819 - AgR",
"ARE 683 . 171 AGR / SC",
"ARE 683 . 171 AGR / SC",
"SÚMULA N . 279 / STF .",
"AI 640 . 480 - AgR",
"SÚMULA N . 279 / STF",
"ARE 683 . 171",
"AI 791 . 292 - QO - RG",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 684 . 878 / SP",
"AI 442 . 113 - AgR",
"AI 696 . 044 - AgR",
"ARE 683 . 171 AGR / SC",
"AI 791 . 292 - QO - RG",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 684 . 878 / SP",
"AI 442 . 113 - AgR",
"AI 696 . 044 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 , a e b , do Código Penal Militar",
"71 do Código Penal",
"artigos [UNK] , LV , e 93 , X , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 , a e b , do Código Penal Militar",
"artigo",
"71 do Código Penal",
"artigos [UNK] , LV , e 93 , X , da Constituição Federal",
"MP n°",
"artigos [UNK] , LV , e 93 , X , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , LV , e 93 , X , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"art . 93 , IX , da CF",
"Lei n . 9 . 715 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"art . 93 , IX , da CF",
"Lei n . 9 . 715 / 98",
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"Lei n . 9 . 715 / 98",
"Constituição",
"art . 312 do Código Penal Militar",
"arts . [UNK] , LV , e 93 , IX , da Constituição Federal",
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"Constituição",
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"arts . [UNK] , LV , e 93 , IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 381 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 381 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"artigo 93 , IX , da Constituição Federal",
"ART . 386 , VI , DO CPP",
"ART . 171 , § [UNK] , V , C . C .",
"ART . 29 DO CÓDIGO PENAL",
"ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARE",
"Constituição",
"artigo 93 , IX , da Constituição Federal",
"ART . 386 , VI , DO CPP",
"ART . 171 , § [UNK] , V , C . C . ART . 29 DO CÓDIGO PENAL",
"ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"art . 386 , IV , do Código de Processo Penal",
"art . 171 , § [UNK] , V , c . c . o art . 29 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"art . 386 , IV , do Código de Processo Penal",
"art . 171 , § [UNK] , V , c . c . o art . 29 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"Brasília",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"município de Doutor Pedrinho",
"município de Doutor Pedrinho",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SANTA CATARINA",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Vara da Justiça Militar de",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"JOSÉ FRANCISCO DA SILVA",
"RODRIGO TADEU PIMENTA DE OLIVEIRA",
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"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
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"ROSA WEBER",
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"José Francisco da Silva",
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"Cezar Peluso",
"Carlos Britto",
"Rosa Weber",
"Cezar Peluso",
"Carlos Britto",
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"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
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"José Francisco da Silva",
"José Francisco da Silva",
"ROSA WEBER ARE",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"ROSA WEBER",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"ROSA WEBER",
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"RODRIGO TADEU PIMENTA DE OLIVEIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"JOSÉ FRANCISCO DA SILVA",
"RODRIGO TADEU PIMENTA DE OLIVEIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"06 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
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"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"05",
".",
"11",
".",
"04",
"20",
".",
"02",
".",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"05",
".",
"11",
".",
"04",
"20",
".",
"02",
".",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"8",
".",
"08",
"05",
".",
"9",
".",
"03",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"8",
".",
"08",
"05",
".",
"9",
".",
"03",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"02",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"02",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
".",
"10",
".",
"2012",
"05",
".",
"02",
".",
"2010",
"28",
".",
"04",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
".",
"10",
".",
"2012",
"05",
".",
"02",
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"2010",
"28",
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"04",
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"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
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".",
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"24",
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"08",
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"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.832 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:WILLER PINTO ALVARES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR –
IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da
Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de
habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso
ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas
corpus.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto
do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias
Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas
taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3122014.
Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.832 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:WILLER PINTO ALVARES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Tem este teor a decisão mediante a qual Vossa Excelência
indeferiu o pedido liminar:
TRÁFICO DE ENTORPECENTES – PENA
– REGIME DE CUMPRIMENTO –
RELEVÂNCIA NÃO DEMONSTRADA –
LIMINAR INDEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região deu
parcial provimento à apelação interposta pelo
Ministério Público para fixar a pena privativa de
liberdade atribuída ao paciente em seis anos, nove
meses e vinte dias de reclusão, pela prática do crime
previsto no artigo 33, cabeça, combinado com o
artigo 40, inciso I, da Lei nº 11.343, de 2006 (tráfico
internacional de entorpecentes).
Ao estabelecer a pena acima do mínimo legal,
reconheceu a confissão como circunstância
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071403.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.832 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:WILLER PINTO ALVARES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Tem este teor a decisão mediante a qual Vossa Excelência
indeferiu o pedido liminar:
TRÁFICO DE ENTORPECENTES – PENA
– REGIME DE CUMPRIMENTO –
RELEVÂNCIA NÃO DEMONSTRADA –
LIMINAR INDEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
O Tribunal Regional Federal da 3ª Região deu
parcial provimento à apelação interposta pelo
Ministério Público para fixar a pena privativa de
liberdade atribuída ao paciente em seis anos, nove
meses e vinte dias de reclusão, pela prática do crime
previsto no artigo 33, cabeça, combinado com o
artigo 40, inciso I, da Lei nº 11.343, de 2006 (tráfico
internacional de entorpecentes).
Ao estabelecer a pena acima do mínimo legal,
reconheceu a confissão como circunstância
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071403.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
HC 112.832 / SP
atenuante, mas assinalou como agravante a natureza
e a grande quantidade de droga apreendida com o
paciente, preso com três quilos e duzentos gramas de
cocaína (artigo 42 da Lei de Tóxicos). Entendeu não
haver tráfico privilegiado no caso concreto, em
virtude de o paciente buscar o transporte de
quantidade maior de entorpecente para o exterior,
em viagem providenciada e custeada por terceiros.
Ressaltou o elevado número de viagens
internacionais realizadas em curto período de tempo,
tudo a indicar o financiamento da atividade por
grupo criminoso. Determinou o regime inicial
fechado para o cumprimento da reprimenda.
Impugna-se o acórdão proferido pelo Superior
Tribunal de Justiça no Habeas Corpus nº 220.757/SP.
Conforme acentuou a Sexta Turma, a fixação da
pena-base acima do mínimo ocorreu de forma
fundamentada. Considerou inaplicável a causa de
diminuição de pena versada no artigo 33, § 4°, da Lei
n° 11.343, de 2006, consignando que, apesar da
primariedade e dos bons antecedentes, ficaram claras
as evidências de participação em empreitada
criminosa. Fez ver ter sido o regime prisional
mantido pelo Tribunal local, nos termos
anteriormente expostos pela sentença condenatória,
na qual se assentou a necessidade de imposição de
regime mais gravoso ante as condições pessoais do
paciente e os elementos analisados quando
estabelecida a pena-base acima do mínimo legal.
Neste habeas, a impetrante defende ser o
paciente primário e possuir bons antecedentes.
Anota não haver qualquer prova da participação em
grupo criminoso. Alega que a conduta descrita no
processo-crime deve ser tipificada como tráfico
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.832 / SP
atenuante, mas assinalou como agravante a natureza
e a grande quantidade de droga apreendida com o
paciente, preso com três quilos e duzentos gramas de
cocaína (artigo 42 da Lei de Tóxicos). Entendeu não
haver tráfico privilegiado no caso concreto, em
virtude de o paciente buscar o transporte de
quantidade maior de entorpecente para o exterior,
em viagem providenciada e custeada por terceiros.
Ressaltou o elevado número de viagens
internacionais realizadas em curto período de tempo,
tudo a indicar o financiamento da atividade por
grupo criminoso. Determinou o regime inicial
fechado para o cumprimento da reprimenda.
Impugna-se o acórdão proferido pelo Superior
Tribunal de Justiça no Habeas Corpus nº 220.757/SP.
Conforme acentuou a Sexta Turma, a fixação da
pena-base acima do mínimo ocorreu de forma
fundamentada. Considerou inaplicável a causa de
diminuição de pena versada no artigo 33, § 4°, da Lei
n° 11.343, de 2006, consignando que, apesar da
primariedade e dos bons antecedentes, ficaram claras
as evidências de participação em empreitada
criminosa. Fez ver ter sido o regime prisional
mantido pelo Tribunal local, nos termos
anteriormente expostos pela sentença condenatória,
na qual se assentou a necessidade de imposição de
regime mais gravoso ante as condições pessoais do
paciente e os elementos analisados quando
estabelecida a pena-base acima do mínimo legal.
Neste habeas, a impetrante defende ser o
paciente primário e possuir bons antecedentes.
Anota não haver qualquer prova da participação em
grupo criminoso. Alega que a conduta descrita no
processo-crime deve ser tipificada como tráfico
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
HC 112.832 / SP
privilegiado e aduz não existir motivos para fixação
de regime prisional mais gravoso.
Em âmbito liminar, requer seja determinado o
regime inicial semiaberto para o cumprimento da
pena privativa de liberdade. No mérito, busca a
confirmação da providência.
O habeas está concluso para apreciação da
medida acauteladora.
2. O Juízo, na fixação da pena-base, considerou
que seriam três as circunstâncias judiciais
desfavoráveis ao paciente, destacando, a teor do
disposto no artigo 42 da Lei nº 11.343/2006, a
natureza e a quantidade da droga. Sob o ângulo do
artigo 33, § 4º, da referida Lei, levou em conta a
integração a grupo criminoso, porquanto o paciente
transportaria para o exterior grande quantidade de
tóxico. Estabeleceu, como regime inicial de
cumprimento da pena, o fechado. O Tribunal
Regional Federal majorou a pena-base, fazendo
alusão a maior culpabilidade e lesão mais intensa ao
bem jurídico tutelado.
Em princípio, não cabe vislumbrar, no que
acionadas circunstâncias judiciais, ilegalidade. O
acolhimento de pedido formulado em habeas corpus
pressupõe que esta esteja configurada, e não que
exista injustiça na fixação da pena.
No tocante ao afastamento do que se pode
mencionar como tráfico privilegiado – artigo 33, § 4º,
da Lei nº 11.343/2006 –, foram ressaltadas as viagens
ao exterior e, portanto, o fato de o paciente integrar o
grupo criminoso, sendo elo para o transporte da
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.832 / SP
privilegiado e aduz não existir motivos para fixação
de regime prisional mais gravoso.
Em âmbito liminar, requer seja determinado o
regime inicial semiaberto para o cumprimento da
pena privativa de liberdade. No mérito, busca a
confirmação da providência.
O habeas está concluso para apreciação da
medida acauteladora.
2. O Juízo, na fixação da pena-base, considerou
que seriam três as circunstâncias judiciais
desfavoráveis ao paciente, destacando, a teor do
disposto no artigo 42 da Lei nº 11.343/2006, a
natureza e a quantidade da droga. Sob o ângulo do
artigo 33, § 4º, da referida Lei, levou em conta a
integração a grupo criminoso, porquanto o paciente
transportaria para o exterior grande quantidade de
tóxico. Estabeleceu, como regime inicial de
cumprimento da pena, o fechado. O Tribunal
Regional Federal majorou a pena-base, fazendo
alusão a maior culpabilidade e lesão mais intensa ao
bem jurídico tutelado.
Em princípio, não cabe vislumbrar, no que
acionadas circunstâncias judiciais, ilegalidade. O
acolhimento de pedido formulado em habeas corpus
pressupõe que esta esteja configurada, e não que
exista injustiça na fixação da pena.
No tocante ao afastamento do que se pode
mencionar como tráfico privilegiado – artigo 33, § 4º,
da Lei nº 11.343/2006 –, foram ressaltadas as viagens
ao exterior e, portanto, o fato de o paciente integrar o
grupo criminoso, sendo elo para o transporte da
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Relatório
HC 112.832 / SP
droga.
Quanto ao regime de cumprimento da pena, o
artigo 33, § 3º, do Código Penal remete às
circunstâncias judiciais, as quais, como já
consignado, mostraram-se negativas. A par desse
aspecto, tem-se que o crime de tráfico é considerado
como hediondo e, conforme revela o § 1º do artigo 2º
da Lei nº 8.072/90, a pena deve ser implementada
inicialmente em regime fechado.
3. Indefiro a liminar.
4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da
República.
5. Publiquem.
A Procuradoria Geral da República, no parecer, aponta
que a quantidade de droga apreendida e a circunstância da
prisão do paciente – no momento em que tentava embarcar em
voo internacional para a cidade de Madrid, Espanha –
justificam a fixação da pena-base acima do mínimo legal.
Salienta não merecer reparo o entendimento quanto à
inaplicabilidade da diminuição prevista no artigo 33, § 4º, da
Lei nº 11.343, de 2006, porquanto revelada atividade delitiva
praticada de forma reiterada, sob orientação de grupo
criminoso. Opina pela não concessão da ordem.
O habeas encontra-se aparelhado para apreciação de
mérito.
Lancei visto no processo em 28 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
4
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071403.
Supremo Tribunal Federal
HC 112.832 / SP
droga.
Quanto ao regime de cumprimento da pena, o
artigo 33, § 3º, do Código Penal remete às
circunstâncias judiciais, as quais, como já
consignado, mostraram-se negativas. A par desse
aspecto, tem-se que o crime de tráfico é considerado
como hediondo e, conforme revela o § 1º do artigo 2º
da Lei nº 8.072/90, a pena deve ser implementada
inicialmente em regime fechado.
3. Indefiro a liminar.
4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da
República.
5. Publiquem.
A Procuradoria Geral da República, no parecer, aponta
que a quantidade de droga apreendida e a circunstância da
prisão do paciente – no momento em que tentava embarcar em
voo internacional para a cidade de Madrid, Espanha –
justificam a fixação da pena-base acima do mínimo legal.
Salienta não merecer reparo o entendimento quanto à
inaplicabilidade da diminuição prevista no artigo 33, § 4º, da
Lei nº 11.343, de 2006, porquanto revelada atividade delitiva
praticada de forma reiterada, sob orientação de grupo
criminoso. Opina pela não concessão da ordem.
O habeas encontra-se aparelhado para apreciação de
mérito.
Lancei visto no processo em 28 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
4
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.832 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –
Inicialmente, aponto a existência de pronunciamento de Colegiado
indeferindo a ordem. Consigno a óptica sobre a inadequação do habeas
corpus quando o caso sugere recurso ordinário constitucional:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 112.832 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) –
Inicialmente, aponto a existência de pronunciamento de Colegiado
indeferindo a ordem. Consigno a óptica sobre a inadequação do habeas
corpus quando o caso sugere recurso ordinário constitucional:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 112.832 / SP
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3071404.
Supremo Tribunal Federal
HC 112.832 / SP
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 112.832 / SP
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, a situação concreta não enseja o implemento de ordem de
ofício. Reitero o que tive a oportunidade de assentar ao indeferir a
medida acauteladora:
2. O Juízo, na fixação da pena-base, considerou que
seriam três as circunstâncias judiciais desfavoráveis ao paciente,
destacando, a teor do disposto no artigo 42 da Lei nº
11.343/2006, a natureza e a quantidade da droga. Sob o ângulo
do artigo 33, § 4º, da referida Lei, levou em conta a integração a
grupo criminoso, porquanto o paciente transportaria para o
exterior grande quantidade de tóxico. Estabeleceu, como regime
inicial de cumprimento da pena, o fechado. O Tribunal Regional
Federal majorou a pena-base, fazendo alusão a maior
culpabilidade e lesão mais intensa ao bem jurídico tutelado.
Em princípio, não cabe vislumbrar, no que acionadas
circunstâncias judiciais, ilegalidade. O acolhimento de pedido
formulado em habeas corpus pressupõe que esta esteja
configurada, e não que exista injustiça na fixação da pena.
No tocante ao afastamento do que se pode mencionar
como tráfico privilegiado – artigo 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006
–, foram ressaltadas as viagens ao exterior e, portanto, o fato de
o paciente integrar o grupo criminoso, sendo elo para o
transporte da droga.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.832 / SP
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, a situação concreta não enseja o implemento de ordem de
ofício. Reitero o que tive a oportunidade de assentar ao indeferir a
medida acauteladora:
2. O Juízo, na fixação da pena-base, considerou que
seriam três as circunstâncias judiciais desfavoráveis ao paciente,
destacando, a teor do disposto no artigo 42 da Lei nº
11.343/2006, a natureza e a quantidade da droga. Sob o ângulo
do artigo 33, § 4º, da referida Lei, levou em conta a integração a
grupo criminoso, porquanto o paciente transportaria para o
exterior grande quantidade de tóxico. Estabeleceu, como regime
inicial de cumprimento da pena, o fechado. O Tribunal Regional
Federal majorou a pena-base, fazendo alusão a maior
culpabilidade e lesão mais intensa ao bem jurídico tutelado.
Em princípio, não cabe vislumbrar, no que acionadas
circunstâncias judiciais, ilegalidade. O acolhimento de pedido
formulado em habeas corpus pressupõe que esta esteja
configurada, e não que exista injustiça na fixação da pena.
No tocante ao afastamento do que se pode mencionar
como tráfico privilegiado – artigo 33, § 4º, da Lei nº 11.343/2006
–, foram ressaltadas as viagens ao exterior e, portanto, o fato de
o paciente integrar o grupo criminoso, sendo elo para o
transporte da droga.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 112.832 / SP
Quanto ao regime de cumprimento da pena, o artigo 33, §
3º, do Código Penal remete às circunstâncias judiciais, as quais,
como já consignado, mostraram-se negativas. A par desse
aspecto, tem-se que o crime de tráfico é considerado como
hediondo e, conforme revela o § 1º do artigo 2º da Lei nº
8.072/90, a pena deve ser implementada inicialmente em regime
fechado.
É como voto.
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 112.832 / SP
Quanto ao regime de cumprimento da pena, o artigo 33, §
3º, do Código Penal remete às circunstâncias judiciais, as quais,
como já consignado, mostraram-se negativas. A par desse
aspecto, tem-se que o crime de tráfico é considerado como
hediondo e, conforme revela o § 1º do artigo 2º da Lei nº
8.072/90, a pena deve ser implementada inicialmente em regime
fechado.
É como voto.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 112.832
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : WILLER PINTO ALVARES
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator.
Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 112.832
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : WILLER PINTO ALVARES
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator.
Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129041 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus. | sjur219921 | Número de páginas: 10.
Análise: 30/11/2012, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 112832 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL"
] | HC | acordaos | HC 112832 | [
""
] | PACTE.(S) : WILLER PINTO ALVARES
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 112 . 832",
"HABEAS",
"HABEAS CORPUS 112 . 832",
"HC 112 . 832 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 220 . 757 / SP",
"HC 112 . 832 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 220 . 757 / SP",
"HC 112 . 832 / SP",
"HC 112 . 832 / SP",
"HC 112 . 832 / SP",
"HC 112 . 832",
"HABEAS CORPUS 112 . 832",
"HABEAS CORPUS 112 . 832",
"HC 112 . 832 / SP",
"HC 112 . 832 / SP",
"HC 112 . 832 / SP",
"HC 112 . 832 / SP",
"HC 112 . 832 / SP",
"HC 112 . 832 / SP",
"HABEAS CORPUS 112 . 832",
"HABEAS CORPUS 112 . 832"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 33 , cabeça , combinado",
"artigo 40 , inciso I , da Lei [UNK] 11 . 343",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 33 , cabeça , combinado",
"artigo 40 , inciso I , da Lei [UNK] 11 . 343",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 42 da Lei de Tóxicos",
"artigo 33 , § 4° , da Lei n° 11 . 343",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 42 da Lei de Tóxicos",
"artigo 33 , § 4° , da Lei n° 11 . 343",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 42 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"artigo 33 , § [UNK] , da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 42 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"artigo 33 , § [UNK] ,",
"artigo 33 , § [UNK] , da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 33 , § [UNK] , do Código Penal",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"artigo 33 , § [UNK] , da Lei [UNK] 11 . 343",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 33 , § [UNK] , do Código Penal",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"artigo 33 , § [UNK] , da Lei [UNK] 11 . 343",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior",
"Carta Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 42 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"artigo 33 , § [UNK] , da",
"artigo 33 , § [UNK] , da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 42 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"artigo 33 , § [UNK] , da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 33 , § [UNK] , do Código Penal",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"artigo 33 , § [UNK] , do Código Penal",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"Madrid",
"Espanha",
"Madrid , Espanha",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Sexta Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal",
"Sexta Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Regional Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria Geral da República",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria Geral da República",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"WILLER PINTO ALVARES",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"WILLER PINTO ALVARES",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"WILLER PINTO ALVARES",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"WILLER PINTO ALVARES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"WILLER PINTO ALVARES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2006",
"28 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2006",
"28 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"primeiro",
"semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
627.901 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:ALBERTO DEÍCULO DE SOUZA
ADV.(A/S)
:MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS
E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMENTA
Embargos de declaração em agravo regimental. Questões afastadas
nos julgamentos anteriores. Não há omissão, contradição ou
obscuridade. Precedentes.
1. No julgamento do recurso, as questões postas pela parte
recorrente foram enfrentadas adequadamente. Inexiste, portanto,
quaisquer dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil.
2. Embargos de declaração rejeitados.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos
de declaração, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133345.
Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
627.901 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:ALBERTO DEÍCULO DE SOUZA
ADV.(A/S)
:MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS
E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Alberto Deículo de Souza e outros opõem embargos declaratórios
contra acórdão de fls. 284 a 297, assim ementado:
“Agravo regimental no agravo de instrumento. Ofensa
reflexa. Mandado de segurança. Cabimento. Ausência de
repercussão geral. Precedentes.
1. A afronta aos princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e
da prestação jurisdicional, quando depende, para ser
reconhecida como tal, da análise de normas
infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa
à Constituição da República.
2. Ausência de repercussão geral do tema relativo a
requisitos de admissibilidade de mandado de segurança, dado
o caráter infraconstitucional da matéria.
3. Agravo regimental não provido.”
Aduzem os embargantes, in verbis, que:
“(...) requereram por meio de processo administrativo as
denominadas parcelas de quinto ou décimos a que tinham
direito, acrescidas da atualização. Todavia, deferido o pedido, o
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
627.901 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:ALBERTO DEÍCULO DE SOUZA
ADV.(A/S)
:MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS
E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Alberto Deículo de Souza e outros opõem embargos declaratórios
contra acórdão de fls. 284 a 297, assim ementado:
“Agravo regimental no agravo de instrumento. Ofensa
reflexa. Mandado de segurança. Cabimento. Ausência de
repercussão geral. Precedentes.
1. A afronta aos princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e
da prestação jurisdicional, quando depende, para ser
reconhecida como tal, da análise de normas
infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa
à Constituição da República.
2. Ausência de repercussão geral do tema relativo a
requisitos de admissibilidade de mandado de segurança, dado
o caráter infraconstitucional da matéria.
3. Agravo regimental não provido.”
Aduzem os embargantes, in verbis, que:
“(...) requereram por meio de processo administrativo as
denominadas parcelas de quinto ou décimos a que tinham
direito, acrescidas da atualização. Todavia, deferido o pedido, o
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
AI 627.901 AGR-SEGUNDO-ED / DF
pagamento foi efetivado, sem a correção monetária pelo
pagamento tardio da Administração.
(...) todo o valor em atraso foi pago e corrigido após a
liminar deferida, assim, com toda vênia, o objeto a ação perde o
interesse processual, pois a verba paga é de caráter alimentar.
(...)
No que pertine ao dissídio jurisprudencial alegado pelo
Recorrente não conduz com o pedido nem com a decisão no
acórdão proferido, pois ao viso do pedido e a teor da decisão
não se cinge em cobrança de correção monetária, mas para que
o Colegiado do Egrégio Conselho Especial determinasse que ao
Presidente da Egrégia Casa do Tribunal de Justiça do DF desse
interpretação restritiva ao artigo 46 da Lei nº 8.112/90.
(...)
Compreende-se nos autos que o contraste da questão
divergente e a divergida não se estabelecem com o pedido de
unificação de jurisprudência trazida para os autos, pois a
decisão é sobre a interpretação extensiva da norma do artigo 46,
da Lei nº 8.112/90 com a consequente incidência da atualização
monetária e não sobre ação de cobrança ou correção monetária”
(fls. 304/305).
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 627.901 AGR-SEGUNDO-ED / DF
pagamento foi efetivado, sem a correção monetária pelo
pagamento tardio da Administração.
(...) todo o valor em atraso foi pago e corrigido após a
liminar deferida, assim, com toda vênia, o objeto a ação perde o
interesse processual, pois a verba paga é de caráter alimentar.
(...)
No que pertine ao dissídio jurisprudencial alegado pelo
Recorrente não conduz com o pedido nem com a decisão no
acórdão proferido, pois ao viso do pedido e a teor da decisão
não se cinge em cobrança de correção monetária, mas para que
o Colegiado do Egrégio Conselho Especial determinasse que ao
Presidente da Egrégia Casa do Tribunal de Justiça do DF desse
interpretação restritiva ao artigo 46 da Lei nº 8.112/90.
(...)
Compreende-se nos autos que o contraste da questão
divergente e a divergida não se estabelecem com o pedido de
unificação de jurisprudência trazida para os autos, pois a
decisão é sobre a interpretação extensiva da norma do artigo 46,
da Lei nº 8.112/90 com a consequente incidência da atualização
monetária e não sobre ação de cobrança ou correção monetária”
(fls. 304/305).
É o relatório.
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
627.901 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não está presente nenhuma hipótese autorizadora da oposição do
recurso declaratório.
O julgado embargado não incorreu em omissão, tendo o órgão
julgador decidido, fundamentadamente, todos os pontos colocados em
debate, nos limites necessários ao deslinde do feito. Ademais, a
contradição que autoriza opor o recurso declaratório deve ser interna à
decisão, verificada entre os fundamentos do julgado e a sua conclusão, o
que não ocorreu no caso em tela. Da mesma forma, a decisão não é
obscura, pois a ela não faltam clareza nem certeza quanto ao que foi
decidido. Os embargantes pretendem, efetivamente, um rejulgamento da
causa, fim a que não se prestam os embargos declaratórios.
Todas as questões trazidas nos presentes declaratórios já foram
objeto do agravo regimental anteriormente interposto pela parte, sendo
certo, também, que as referidas alegações foram rejeitadas por esta Turma
no julgamento do acórdão ora embargado, em que se negou provimento
ao mencionado agravo. Assim, incabível o reexame da matéria. Sobre o
tema:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
AUSÊNCIA
DE
OMISSÃO,
OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA
MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. I - Ausência
dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.
II - O embargante busca, tão somente, a rediscussão da matéria
nestes embargos de declaração, os quais, por sua vez, não
constituem meio processual adequado para a reforma do
decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes,
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06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
627.901 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não está presente nenhuma hipótese autorizadora da oposição do
recurso declaratório.
O julgado embargado não incorreu em omissão, tendo o órgão
julgador decidido, fundamentadamente, todos os pontos colocados em
debate, nos limites necessários ao deslinde do feito. Ademais, a
contradição que autoriza opor o recurso declaratório deve ser interna à
decisão, verificada entre os fundamentos do julgado e a sua conclusão, o
que não ocorreu no caso em tela. Da mesma forma, a decisão não é
obscura, pois a ela não faltam clareza nem certeza quanto ao que foi
decidido. Os embargantes pretendem, efetivamente, um rejulgamento da
causa, fim a que não se prestam os embargos declaratórios.
Todas as questões trazidas nos presentes declaratórios já foram
objeto do agravo regimental anteriormente interposto pela parte, sendo
certo, também, que as referidas alegações foram rejeitadas por esta Turma
no julgamento do acórdão ora embargado, em que se negou provimento
ao mencionado agravo. Assim, incabível o reexame da matéria. Sobre o
tema:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
AUSÊNCIA
DE
OMISSÃO,
OBSCURIDADE OU CONTRADIÇÃO. REDISCUSSÃO DA
MATÉRIA. EFEITOS INFRINGENTES. IMPOSSIBILIDADE.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS. I - Ausência
dos pressupostos do art. 535, I e II, do Código de Processo Civil.
II - O embargante busca, tão somente, a rediscussão da matéria
nestes embargos de declaração, os quais, por sua vez, não
constituem meio processual adequado para a reforma do
decisum, não sendo possível atribuir-lhes efeitos infringentes,
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 627.901 AGR-SEGUNDO-ED / DF
salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em
questão. III - Embargos de declaração rejeitados” (RE nº
558.258/SP-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 30/6/11).
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
OBSCURIDADE,
CONTRADIÇÃO
OU
OMISSÃO.
INEXISTÊNCIA. INOVAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Os
embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo 535
do Código de Processo Civil e não para rediscutir os
fundamentos do acórdão embargado. 2. Não é possível, neste
momento processual, inovar a causa com questão que não foi
objeto do recurso extraordinário. Embargos de declaração
rejeitados” (AI nº 642.104/RO-AgR-ED, Segunda Turma, Relator
o Ministro Eros Grau, DJe de 27/6/08).
“Embargos de declaração que pretendem rediscutir os
fundamentos já repelidos no julgamento do recurso
extraordinário e do agravo regimental: ausência de omissão,
contradição ou obscuridade a suprir: caráter manifestamente
protelatório: rejeição e condenação dos embargantes ao
pagamento de multa, nos termos do art. 538, parágrafo único,
C.Pr.Civil” (RE nº 449.191/DF-AgR-ED, Primeira Turma, Relator
o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/8/07).
Ressalte-se que a questão relativa aos valores recebidos por força de
liminar, além de não ter sido suscitada nas razões do agravo regimental, o
que acarreta a preclusão da discussão, é matéria de índole eminentemente
infraconstitucional.
Rejeito os embargos de declaração.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 627.901 AGR-SEGUNDO-ED / DF
salvo em situações excepcionais, o que não ocorre no caso em
questão. III - Embargos de declaração rejeitados” (RE nº
558.258/SP-ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 30/6/11).
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
OBSCURIDADE,
CONTRADIÇÃO
OU
OMISSÃO.
INEXISTÊNCIA. INOVAÇÃO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Os
embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo 535
do Código de Processo Civil e não para rediscutir os
fundamentos do acórdão embargado. 2. Não é possível, neste
momento processual, inovar a causa com questão que não foi
objeto do recurso extraordinário. Embargos de declaração
rejeitados” (AI nº 642.104/RO-AgR-ED, Segunda Turma, Relator
o Ministro Eros Grau, DJe de 27/6/08).
“Embargos de declaração que pretendem rediscutir os
fundamentos já repelidos no julgamento do recurso
extraordinário e do agravo regimental: ausência de omissão,
contradição ou obscuridade a suprir: caráter manifestamente
protelatório: rejeição e condenação dos embargantes ao
pagamento de multa, nos termos do art. 538, parágrafo único,
C.Pr.Civil” (RE nº 449.191/DF-AgR-ED, Primeira Turma, Relator
o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/8/07).
Ressalte-se que a questão relativa aos valores recebidos por força de
liminar, além de não ter sido suscitada nas razões do agravo regimental, o
que acarreta a preclusão da discussão, é matéria de índole eminentemente
infraconstitucional.
Rejeito os embargos de declaração.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 627.901
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : ALBERTO DEÍCULO DE SOUZA
ADV.(A/S) : MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 627.901
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : ALBERTO DEÍCULO DE SOUZA
ADV.(A/S) : MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164180 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | EMB.DECL. NO SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Embargos de declaração em agravo regimental. Questões afastadas nos julgamentos anteriores. Não há omissão, contradição ou obscuridade. Precedentes.
1. No julgamento do recurso, as questões postas pela parte recorrente foram enfrentadas adequadamente. Inexiste, portanto, quaisquer dos vícios do art. 535 do Código de Processo Civil.
2. Embargos de declaração rejeitados. | sjur220880 | - Acórdãos citados:
(OMISSÃO, OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO)
STF: AI 642104 AgR-ED(2ªT), RE 449191 AgR-ED(1ªT), RE 558258 ED(1ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 13/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 627901 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00535 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | AI-AgR-segundo-ED | acordaos | AI 627901 AgR-segundo-ED | [
""
] | EMBDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMBTE.(S) : ALBERTO DEÍCULO DE SOUZA
ADV.(A/S) : MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 627 . 901",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 627 . 901",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 627 . 901",
"AI 627 . 901",
"AI 627 . 901 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 627 . 901",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 627 . 901",
"AI 627 . 901",
"RE [UNK] 558",
".",
"258",
"/",
"AI [UNK] 642 . 104 / RO - AgR - ED",
"RE [UNK] 449 . 191 / DF - AgR - ED",
"AI 627",
"RE [UNK] 558 . 258 / SP - ED",
"AI [UNK] 642 . 104 / RO - AgR - ED",
"RE [UNK] 449 . 191 / DF - AgR - ED",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 627 . 901"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 535 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 46 da Lei [UNK] 8 . 112 / 90",
"artigo 46 , da Lei [UNK] 8 . 112 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 46 da Lei [UNK] 8 . 112 / 90",
"artigo 46 , da Lei [UNK] 8 . 112 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 , I e II , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 , I e II , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 535 do Código de Processo Civil",
"art . 538 , parágrafo único , C . Pr . Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 535 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Conselho Especial",
"Egrégia",
"Casa do Tribunal de Justiça do DF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Conselho Especial",
"Casa do Tribunal de Justiça do DF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"TOFFOLI",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ALBERTO DEÍCULO DE SOUZA",
"MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ALBERTO DEÍCULO DE SOUZA",
"MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS",
"DIAS TOFFOLI",
"Alberto Deículo de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"ALBERTO DEÍCULO DE SOUZA",
"MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS",
"DIAS TOFFOLI",
"Alberto Deículo de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"DIAS TOFFOLI",
"ALBERTO DEÍCULO DE SOUZA",
"MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS",
"ALBERTO DEÍCULO DE SOUZA",
"MARIA APARECIDA GUIMARÃES SANTOS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
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"2012",
"06",
"/",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
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"/",
"2012",
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"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
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"/",
"6",
"/",
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"10",
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"07",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"6",
"/",
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"6",
"/",
"08",
"10",
"/",
"8",
"/",
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".",
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".",
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"24",
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"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.119 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:JULIO CESAR ESCOBAL GOMES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
FURTO – COISA DE PEQUENO VALOR – CONSEQUÊNCIA. A
teor do disposto no artigo 155, § 2º, do Código Penal, se o criminoso é
primário e a coisa furtada possui pequeno valor, “o juiz pode substituir a
pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços ou
aplicar somente a pena de multa”. Mostra-se inadmissível assentar a
atipicidade, mormente quando o furto ou a tentativa se fez mediante
destruição ou rompimento de obstáculo.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em indeferir a ordem de
habeas corpus, por maioria, nos termos do voto do relator, em sessão
presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do
julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120980.
Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.119 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:JULIO CESAR ESCOBAL GOMES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
FURTO – OBJETO DE PEQUENO VALOR
– CRIME DE BAGATELA VERSUS FURTO
PRIVILEGIADO – ARTIGO 155, § 2º, DO
CÓDIGO PENAL – HABEAS CORPUS –
LIMINAR INDEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
O paciente foi condenado, pelo Juízo da 1ª Vara
Criminal da Comarca de Santa Maria/RS, à pena de
dois anos de reclusão, no regime semiaberto, sendo-
lhe assegurado o direito de recorrer em liberdade,
em virtude da tentativa de subtração de um aparelho
de som no interior de um veículo, tendo infringido o
disposto no artigo 155, § 4º, inciso I, combinado com
o artigo 14, inciso II, do Código Penal (tentativa de
furto qualificado pelo rompimento de obstáculo).
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.119 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:JULIO CESAR ESCOBAL GOMES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
FURTO – OBJETO DE PEQUENO VALOR
– CRIME DE BAGATELA VERSUS FURTO
PRIVILEGIADO – ARTIGO 155, § 2º, DO
CÓDIGO PENAL – HABEAS CORPUS –
LIMINAR INDEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
O paciente foi condenado, pelo Juízo da 1ª Vara
Criminal da Comarca de Santa Maria/RS, à pena de
dois anos de reclusão, no regime semiaberto, sendo-
lhe assegurado o direito de recorrer em liberdade,
em virtude da tentativa de subtração de um aparelho
de som no interior de um veículo, tendo infringido o
disposto no artigo 155, § 4º, inciso I, combinado com
o artigo 14, inciso II, do Código Penal (tentativa de
furto qualificado pelo rompimento de obstáculo).
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
HC 107.119 / RS
do Sul reformou a sentença e absolveu o paciente,
com base no princípio da insignificância,
considerando o valor do bem – som automotivo
avaliado em R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais).
O Ministério Público estadual protocolou
recurso especial, autuado sob o nº 1.176.528/RS, ao
qual a Ministra Laurita Vaz deu provimento para
afastar a aplicação do princípio da bagatela. Houve
interposição de agravo regimental pela defesa. A
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça
desproveu-o. Transitado em julgado o acórdão, o
processo baixou à origem.
Na inicial deste habeas, a Defensoria Pública da
União sustenta a insubsistência do acórdão proferido
no agravo regimental no recurso especial e assevera
que o valor do bem, objeto do furto, autoriza a
aplicação do princípio da insignificância e, em
decorrência, a adoção da tese de atipicidade da
conduta. Afirma mostrar-se necessária uma releitura
do tipo, por não ser suficiente a ocorrência do fato
descrito no tipo penal, mas a efetiva lesão ao bem
jurídico protegido, de modo a manter a adequação
entre lesão e sanção penal e consequente privação de
liberdade.
Pede a concessão de liminar para garantir ao
paciente, até decisão final desta impetração, o direito
de permanecer em liberdade. No mérito, uma vez
acolhida a tese relacionada à aplicação do princípio
da insignificância no caso, busca seja reconhecida a
atipicidade da conduta, absolvendo o paciente da
imputação que lhe sobreveio.
2. Observem a ordem jurídica. Consoante dispõe o
artigo 155, § 2º, do Código Penal, se o criminoso é
primário e a coisa furtada possui pequeno valor, o juiz
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 107.119 / RS
do Sul reformou a sentença e absolveu o paciente,
com base no princípio da insignificância,
considerando o valor do bem – som automotivo
avaliado em R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais).
O Ministério Público estadual protocolou
recurso especial, autuado sob o nº 1.176.528/RS, ao
qual a Ministra Laurita Vaz deu provimento para
afastar a aplicação do princípio da bagatela. Houve
interposição de agravo regimental pela defesa. A
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça
desproveu-o. Transitado em julgado o acórdão, o
processo baixou à origem.
Na inicial deste habeas, a Defensoria Pública da
União sustenta a insubsistência do acórdão proferido
no agravo regimental no recurso especial e assevera
que o valor do bem, objeto do furto, autoriza a
aplicação do princípio da insignificância e, em
decorrência, a adoção da tese de atipicidade da
conduta. Afirma mostrar-se necessária uma releitura
do tipo, por não ser suficiente a ocorrência do fato
descrito no tipo penal, mas a efetiva lesão ao bem
jurídico protegido, de modo a manter a adequação
entre lesão e sanção penal e consequente privação de
liberdade.
Pede a concessão de liminar para garantir ao
paciente, até decisão final desta impetração, o direito
de permanecer em liberdade. No mérito, uma vez
acolhida a tese relacionada à aplicação do princípio
da insignificância no caso, busca seja reconhecida a
atipicidade da conduta, absolvendo o paciente da
imputação que lhe sobreveio.
2. Observem a ordem jurídica. Consoante dispõe o
artigo 155, § 2º, do Código Penal, se o criminoso é
primário e a coisa furtada possui pequeno valor, o juiz
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
HC 107.119 / RS
pode substituir a pena de reclusão pela de detenção,
diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena
de multa. Em síntese, o pequeno valor do objeto furtado
não autoriza o afastamento da glosa penal. Além disso, na
espécie, a tentativa de furto ocorreu mediante destruição
ou rompimento de obstáculo.
3. Indefiro a liminar.
4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da
República.
5. Publiquem.
Brasília – residência –, 28 de agosto de 2011, às 12h.
A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma
que, em casos como o da espécie, no qual houve rompimento de
obstáculo durante a tentativa de furto, o pequeno valor do bem
objeto do delito não é suficiente para autorizar a aplicação do
princípio da insignificância, considerado o maior grau de
reprovação da conduta praticada pelo paciente. Ressalta o fato
de o paciente ser reincidente, o que constituiria mais um óbice
ao acolhimento do pleito veiculado no presente habeas.
Citando precedentes jurisprudenciais, opina pelo
indeferimento da ordem.
Lancei visto no processo em 28 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 107.119 / RS
pode substituir a pena de reclusão pela de detenção,
diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena
de multa. Em síntese, o pequeno valor do objeto furtado
não autoriza o afastamento da glosa penal. Além disso, na
espécie, a tentativa de furto ocorreu mediante destruição
ou rompimento de obstáculo.
3. Indefiro a liminar.
4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da
República.
5. Publiquem.
Brasília – residência –, 28 de agosto de 2011, às 12h.
A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma
que, em casos como o da espécie, no qual houve rompimento de
obstáculo durante a tentativa de furto, o pequeno valor do bem
objeto do delito não é suficiente para autorizar a aplicação do
princípio da insignificância, considerado o maior grau de
reprovação da conduta praticada pelo paciente. Ressalta o fato
de o paciente ser reincidente, o que constituiria mais um óbice
ao acolhimento do pleito veiculado no presente habeas.
Citando precedentes jurisprudenciais, opina pelo
indeferimento da ordem.
Lancei visto no processo em 28 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 6 de novembro seguinte, isso
objetivando a ciência da impetrante.
É o relatório.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.119 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Conforme
consignado, há disciplina própria quanto ao furto privilegiado. Sendo a
coisa furtada de baixo valor, pode o juiz, a teor do disposto no artigo 155,
§ 2º, do Código Penal, “substituir a pena de reclusão pela de detenção,
diminuí-la de um a dois terços ou aplicar somente a pena de multa”. No
caso concreto, consoante fiz ver, a subtração ocorreu após destruição ou
rompimento de obstáculo. Indefiro a ordem.
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.119 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Conforme
consignado, há disciplina própria quanto ao furto privilegiado. Sendo a
coisa furtada de baixo valor, pode o juiz, a teor do disposto no artigo 155,
§ 2º, do Código Penal, “substituir a pena de reclusão pela de detenção,
diminuí-la de um a dois terços ou aplicar somente a pena de multa”. No
caso concreto, consoante fiz ver, a subtração ocorreu após destruição ou
rompimento de obstáculo. Indefiro a ordem.
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Notas para o Voto
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.119 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:JULIO CESAR ESCOBAL GOMES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
NOTAS PARA O VOTO
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente,
como foi tentativa de furto do rádio do veículo, peço vênia e fico vencida.
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3098172.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.119 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:JULIO CESAR ESCOBAL GOMES
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
NOTAS PARA O VOTO
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Senhor Presidente,
como foi tentativa de furto do rádio do veículo, peço vênia e fico vencida.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 107.119
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : JULIO CESAR ESCOBAL GOMES
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de
habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencida a Senhora
Ministra Rosa Weber. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli.
1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108145
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 107.119
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : JULIO CESAR ESCOBAL GOMES
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de
habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencida a Senhora
Ministra Rosa Weber. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli.
1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129481 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma denegou a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator, vencida a Senhora Ministra Rosa Weber. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | HABEAS CORPUS | FURTO – COISA DE PEQUENO VALOR – CONSEQUÊNCIA. A teor do disposto no artigo 155, § 2º, do Código Penal, se o criminoso é primário e a coisa furtada possui pequeno valor, “o juiz pode substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços ou aplicar somente a pena de multa”. Mostra-se inadmissível assentar a atipicidade, mormente quando o furto ou a tentativa se fez mediante destruição ou rompimento de obstáculo. | sjur219914 | Número de páginas: 7.
Análise: 30/11/2012, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 107119 | [
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00155 PAR-00002 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 107119 | [
""
] | PACTE.(S) : JULIO CESAR ESCOBAL GOMES
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 107 . 119",
"HABEAS CORPUS 107 . 119",
"HABEAS CORPUS 107 . 119",
"HC 107 . 119 / RS do Sul",
"HC 107 . 119 / RS do Sul",
".",
".",
"528",
"HC 107 . 119 / RS",
"HC 107 . 119 / RS",
"HABEAS CORPUS 107 . 119",
"HABEAS CORPUS 107 . 119",
"HABEAS CORPUS 107 . 119",
"HABEAS CORPUS 107 . 119"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 155 , § [UNK] , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 155 , § [UNK] , DO CÓDIGO PENAL",
"artigo 155 , § [UNK] , inciso I , combinado",
"artigo 14 , inciso II , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 155 , § [UNK] , DO CÓDIGO PENAL",
"artigo 155 , § [UNK] , inciso I , combinado",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"artigo 155 , § [UNK] , do Código Penal",
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"artigo 155 , § [UNK] , do Código Penal",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
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"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO",
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"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Santa Maria / RS",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
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"Brasil",
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"Procuradoria Geral da República",
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"MARCO AURÉLIO",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"MARCO AURÉLIO",
"Laurita Vaz",
"Laurita Vaz",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JULIO CESAR ESCOBAL GOMES",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"JULIO CESAR ESCOBAL GOMES",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"JULIO CESAR ESCOBAL GOMES",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Dias",
"Marco Aurélio",
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"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
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"11",
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"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de agosto de 2011",
"28 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de agosto de 2011",
"28 de outubro de 2012",
"6 de novembro seguinte",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"06",
"/",
"11",
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"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"06",
"/",
"11",
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"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"06",
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"11",
"/",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.372 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
ADV.(A/S)
:MICAELA DOMINGUEZ DUTRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:VLADIMIR MUSA COSTA BRAVO
ADV.(A/S)
:MANUEL EDUARDO
DE SOUSA SANTOS
E
OUTRO(A/S)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL –
DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação
concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se
enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de
outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação
jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do
recorrente.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação
da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3206954.
Supremo Tribunal Federal
DJe 19/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
AI 645.372 AGR / SP
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3206954.
Supremo Tribunal Federal
AI 645.372 AGR / SP
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.372 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
ADV.(A/S)
:MICAELA DOMINGUEZ DUTRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:VLADIMIR MUSA COSTA BRAVO
ADV.(A/S)
:MANUEL EDUARDO
DE SOUSA SANTOS
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 506 e 507,
neguei provimento ao agravo, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INVIABILIDADE –
DESPROVIMENTO DO AGRAVO.
1. A decisão impugnada mediante o recurso extraordinário
a que este agravo objetiva imprimir processamento consigna
que a controvérsia diz respeito a direito que não decorre da
relação de trabalho. Somente com o reexame do contrato de
trabalho seria dado concluir pela violência ao artigo 114 da
Constituição Federal. O recurso extraordinário não é meio hábil
ao revolvimento da prova, conforme Verbete nº 279 da Súmula
desta Corte:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
2. A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de
entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão
contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido
processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.372 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
ADV.(A/S)
:MICAELA DOMINGUEZ DUTRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:VLADIMIR MUSA COSTA BRAVO
ADV.(A/S)
:MANUEL EDUARDO
DE SOUSA SANTOS
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 506 e 507,
neguei provimento ao agravo, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INVIABILIDADE –
DESPROVIMENTO DO AGRAVO.
1. A decisão impugnada mediante o recurso extraordinário
a que este agravo objetiva imprimir processamento consigna
que a controvérsia diz respeito a direito que não decorre da
relação de trabalho. Somente com o reexame do contrato de
trabalho seria dado concluir pela violência ao artigo 114 da
Constituição Federal. O recurso extraordinário não é meio hábil
ao revolvimento da prova, conforme Verbete nº 279 da Súmula
desta Corte:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
2. A par desse aspecto, descabe confundir a ausência de
entrega aperfeiçoada da prestação jurisdicional com decisão
contrária aos interesses defendidos. A violência ao devido
processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
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Relatório
AI 645.372 AGR / SP
alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na
origem. A tentativa acaba por fazer-se voltada à transformação
do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do
País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento
fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.
3. Ante o quadro, conheço do agravo e o desprovejo.
4. Publiquem.
A Petróleo Brasileiro S/A - Petrobrás, na minuta de folha 510 a 513,
insiste na demonstração de ofensa aos artigos 7º, inciso XXVI, 93, inciso
IX, XXVI e 114, incisos I e IX, da Constituição Federal. Aduz tratar-se de
matéria exclusivamente processual – competência incontroversamente
trabalhista, não sendo necessário o revolvimento do conjunto fático-
probatório ou análise de matéria legal.
A parte agravada, instada a se manifestar, não apresentou
contraminuta (certidão de folha 526).
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 645.372 AGR / SP
alçar a este Tribunal conflito de interesses com solução na
origem. A tentativa acaba por fazer-se voltada à transformação
do Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do
País. Na espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento
fundamentado de forma consentânea com a ordem jurídica.
3. Ante o quadro, conheço do agravo e o desprovejo.
4. Publiquem.
A Petróleo Brasileiro S/A - Petrobrás, na minuta de folha 510 a 513,
insiste na demonstração de ofensa aos artigos 7º, inciso XXVI, 93, inciso
IX, XXVI e 114, incisos I e IX, da Constituição Federal. Aduz tratar-se de
matéria exclusivamente processual – competência incontroversamente
trabalhista, não sendo necessário o revolvimento do conjunto fático-
probatório ou análise de matéria legal.
A parte agravada, instada a se manifestar, não apresentou
contraminuta (certidão de folha 526).
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.372 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente
credenciado (folha 514 a 516-verso), foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo consignou a respeito da controvérsia (folha 377):
Como bem acentuou o douto sentenciante não havia se
cogitar de litisconsórcio necessário na hipótese, e de outra
parte, por não se discutir sobre a validade de convenção
coletiva de trabalho a competência da Justiça Estadual restou
bem decretada.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
No mais, anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses
da parte. Em jogo o cabimento de recurso, a via excepcional do
extraordinário somente é aberta quando o acórdão impugnado esteja em
conflito com a Constituição Federal, o que, no caso, não ocorreu.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3206956.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.372 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente
credenciado (folha 514 a 516-verso), foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do
Estado de São Paulo consignou a respeito da controvérsia (folha 377):
Como bem acentuou o douto sentenciante não havia se
cogitar de litisconsórcio necessário na hipótese, e de outra
parte, por não se discutir sobre a validade de convenção
coletiva de trabalho a competência da Justiça Estadual restou
bem decretada.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
No mais, anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses
da parte. Em jogo o cabimento de recurso, a via excepcional do
extraordinário somente é aberta quando o acórdão impugnado esteja em
conflito com a Constituição Federal, o que, no caso, não ocorreu.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 645.372 AGR / SP
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício do
agravado.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 645.372 AGR / SP
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício do
agravado.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.372
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
ADV.(A/S) : MICAELA DOMINGUEZ DUTRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : VLADIMIR MUSA COSTA BRAVO
ADV.(A/S) : MANUEL EDUARDO DE SOUSA SANTOS E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 645.372
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
ADV.(A/S) : MICAELA DOMINGUEZ DUTRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : VLADIMIR MUSA COSTA BRAVO
ADV.(A/S) : MANUEL EDUARDO DE SOUSA SANTOS E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108181
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3217151 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-19T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. | sjur222124 | Número de páginas: 7.
Análise: 16/01/2013, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 645372 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 645372 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : PETRÓLEO BRASILEIRO S/A - PETROBRAS
ADV.(A/S) : MICAELA DOMINGUEZ DUTRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : VLADIMIR MUSA COSTA BRAVO
ADV.(A/S) : MANUEL EDUARDO DE SOUSA SANTOS E OUTRO(A/S) | [
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] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 645 . 372",
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"Constituição Federal",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"LOCAL": [
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"PETRÓLEO BRASILEIRO S / A",
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"Brasil",
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"ICP",
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"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"PETRÓLEO BRASILEIRO S / A",
"PETROBRAS",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA",
"PETRÓLEO BRASILEIRO S / A",
"PETROBRAS",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"MICAELA DOMINGUEZ DUTRA",
"VLADIMIR MUSA COSTA BRAVO",
"MANUEL EDUARDO DE SOUSA SANTOS",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MICAELA DOMINGUEZ DUTRA",
"MANUEL EDUARDO DE SOUSA SANTOS",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MICAELA DOMINGUEZ DUTRA",
"VLADIMIR MUSA COSTA BRAVO",
"MANUEL EDUARDO DE SOUSA SANTOS",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MICAELA DOMINGUEZ DUTRA",
"VLADIMIR MUSA COSTA BRAVO",
"MANUEL EDUARDO DE SOUSA SANTOS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"MICAELA DOMINGUEZ DUTRA",
"VLADIMIR MUSA COSTA BRAVO",
"MANUEL EDUARDO DE SOUSA SANTOS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"11",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.155 SANTA
CATARINA
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
EMBTE.(S)
:SINTRAJUSC - SINDICATO DOS TRABALHADORES
NO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL EM SANTA
CATARINA
ADV.(A/S)
:PEDRO MAURICIO PITA DA SILVA MACHADO E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO
REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INEXISTÊNCIA DE
QUALQUER DOS VÍCIOS RELACIONADOS NO ART. 535 DO CPC.
PRETENSÃO DE CARÁTER INFRINGENTE.
1. Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão
questionado. O que afasta a presença de qualquer dos pressupostos de
embargabilidade, nos termos do art. 535 do CPC.
2. A via recursal adotada não se mostra adequada para a renovação
de julgamento que se efetivou regularmente.
3. Embargos rejeitados.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em rejeitar os embargos de declaração, o que
fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em
sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do
julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088417.
Supremo Tribunal Federal
DJe 30/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.155 SANTA
CATARINA
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
EMBTE.(S)
:SINTRAJUSC - SINDICATO DOS TRABALHADORES
NO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL EM SANTA
CATARINA
ADV.(A/S)
:PEDRO MAURICIO PITA DA SILVA MACHADO E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de embargos declaratórios, opostos contra acórdão
proferido pelo Plenário. Acórdão assim ementado (fls. 381):
“RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade.
Peça obrigatória. Falta. Não conhecimento. Agravo regimental
improvido. Aplicação da súmula 288. É ônus da parte
agravante promover a integral e oportuna formação do
instrumento, sendo vedada posterior complementação.”
2. Pois bem, a parte embargante sustenta que, “via recurso de agravo,
havia apontado uma série de argumentos que afastariam a exigência de
procuração no instrumento formado, já que a regra do art. 544 do CPC admite
temperamento” (fls. 389). Afirma que “tais argumentos não foram analisados
pela decisão embargada, que cingiu-se a dizer que ‘cabia ao agravante o traslado
das peças’, sem atentar, por exemplo, para o fato de que todas as peças do
incidente de impugnação ao valor da causa foram anexadas no recurso”.
3. Mantida a decisão embargada, submeto o recurso à apreciação
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088418.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.155 SANTA
CATARINA
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
EMBTE.(S)
:SINTRAJUSC - SINDICATO DOS TRABALHADORES
NO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL EM SANTA
CATARINA
ADV.(A/S)
:PEDRO MAURICIO PITA DA SILVA MACHADO E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de embargos declaratórios, opostos contra acórdão
proferido pelo Plenário. Acórdão assim ementado (fls. 381):
“RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade.
Peça obrigatória. Falta. Não conhecimento. Agravo regimental
improvido. Aplicação da súmula 288. É ônus da parte
agravante promover a integral e oportuna formação do
instrumento, sendo vedada posterior complementação.”
2. Pois bem, a parte embargante sustenta que, “via recurso de agravo,
havia apontado uma série de argumentos que afastariam a exigência de
procuração no instrumento formado, já que a regra do art. 544 do CPC admite
temperamento” (fls. 389). Afirma que “tais argumentos não foram analisados
pela decisão embargada, que cingiu-se a dizer que ‘cabia ao agravante o traslado
das peças’, sem atentar, por exemplo, para o fato de que todas as peças do
incidente de impugnação ao valor da causa foram anexadas no recurso”.
3. Mantida a decisão embargada, submeto o recurso à apreciação
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Relatório
AI 835.155 AGR-ED / SC
deste colegiado.
É o relatório.
* * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 835.155 AGR-ED / SC
deste colegiado.
É o relatório.
* * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.155 SANTA
CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida, por inexistir
obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado. O que
afasta a presença de qualquer dos pressupostos de embargabilidade,
conforme o art. 535 do Código de Processo Civil.
6. Em verdade, os embargos veiculam pretensão meramente
infringente. Objetivam, tão-somente, o reexame de alegação já repelida
pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal. E os embargos não podem
conduzir à renovação do julgamento que não se ressente de nenhum vício
e, muito menos, à modificação do julgado.
7. Por esse modo de ver as coisas, o que busca a parte recorrente é
simplesmente reanalisar o mérito de um acórdão que foi proferido de
forma regular. Finalidade para a qual não se prestam os embargos
declaratórios, nos termos da jurisprudência desta Casa de Justiça.
8. Por tudo quanto posto, rejeito os embargos.
9. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088419.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.155 SANTA
CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida, por inexistir
obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado. O que
afasta a presença de qualquer dos pressupostos de embargabilidade,
conforme o art. 535 do Código de Processo Civil.
6. Em verdade, os embargos veiculam pretensão meramente
infringente. Objetivam, tão-somente, o reexame de alegação já repelida
pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal. E os embargos não podem
conduzir à renovação do julgamento que não se ressente de nenhum vício
e, muito menos, à modificação do julgado.
7. Por esse modo de ver as coisas, o que busca a parte recorrente é
simplesmente reanalisar o mérito de um acórdão que foi proferido de
forma regular. Finalidade para a qual não se prestam os embargos
declaratórios, nos termos da jurisprudência desta Casa de Justiça.
8. Por tudo quanto posto, rejeito os embargos.
9. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088419.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.155
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
EMBTE.(S) : SINTRAJUSC - SINDICATO DOS TRABALHADORES NO PODER
JUDICIÁRIO FEDERAL EM SANTA CATARINA
ADV.(A/S) : PEDRO MAURICIO PITA DA SILVA MACHADO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), rejeitou os embargos
de declaração. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e,
neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia.
Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141129
Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 835.155
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
EMBTE.(S) : SINTRAJUSC - SINDICATO DOS TRABALHADORES NO PODER
JUDICIÁRIO FEDERAL EM SANTA CATARINA
ADV.(A/S) : PEDRO MAURICIO PITA DA SILVA MACHADO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), rejeitou os embargos
de declaração. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e,
neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia.
Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141129
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3147776 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-11-30T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), rejeitou os embargos de declaração. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA: EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INEXISTÊNCIA DE QUALQUER DOS VÍCIOS RELACIONADOS NO ART. 535 DO CPC. PRETENSÃO DE CARÁTER INFRINGENTE.
1. Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão questionado. O que afasta a presença de qualquer dos pressupostos de embargabilidade, nos termos do art. 535 do CPC.
2. A via recursal adotada não se mostra adequada para a renovação de julgamento que se efetivou regularmente.
3. Embargos rejeitados. | sjur220287 | Número de páginas: 5.
Análise: 05/12/2012, MJC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 835155 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00535 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | AI-AgR-ED | acordaos | AI 835155 AgR-ED | [
""
] | EMBTE.(S) : SINTRAJUSC - SINDICATO DOS TRABALHADORES NO PODER JUDICIÁRIO FEDERAL EM SANTA CATARINA
ADV.(A/S) : PEDRO MAURICIO PITA DA SILVA MACHADO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
ADV.(A/S) : LUCIANO CARVALHO DA CUNHA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 835 . 155",
"AI 835 . 155 AGR - ED / SC",
"AI 835 . 155 AGR - ED / SC",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 835 . 155"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 535 DO CPC",
"art . 535 do CPC",
"MP n° 2 . 200",
"art . 544 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 -",
"art . 535 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"Brasília",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"SINTRAJUSC",
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"UNIÃO",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"UNIÃO",
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"UNIÃO",
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"-",
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"UNIÃO",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"PEDRO MAURICIO PITA DA SILVA MACHADO",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"PEDRO MAURICIO PITA DA SILVA MACHADO",
"AYRES BRITTO",
"PEDRO MAURICIO PITA DA SILVA MACHADO",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"PEDRO MAURICIO PITA DA SILVA MACHADO",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu",
"PEDRO MAURICIO PITA DA SILVA MACHADO",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
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"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
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"2001",
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"/",
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"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.290 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:CONCEIÇÃO DEROMAR KRUSSER
ADV.(A/S)
:PAULO GILBERTO HOHER
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO
DO RIO
GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (“NOS
PRÓPRIOS AUTOS”, CONFORME A LEI 12.322/2010). AUSÊNCIA DE
PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA DE REPERCUSSÃO
GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
1. É dever processual da parte recorrente apresentar preliminar,
formal e fundamentada, de repercussão geral das questões
constitucionais versadas no apelo extremo. Dever, esse, constante do § 3º
do art. 102 da Constituição Federal, incluído pela EC 45/2004 e
regulamentado pelo § 2º do art. 543-A do Código de Processo Civil, na
redação da Lei 11.418/2006.
2. Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em negar provimento ao agravo regimental, o
que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos,
em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata
do julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
Supremo Tribunal Federal
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DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Ementa e Acórdão
ARE 680.290 AGR / RS
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
2
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ARE 680.290 AGR / RS
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
2
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Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.290 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:CONCEIÇÃO DEROMAR KRUSSER
ADV.(A/S)
:PAULO GILBERTO HOHER
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO
DO RIO
GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), ante o descumprimento do dever processual de
apresentar preliminar, formal e fundamentada, de repercussão geral das
questões constitucionais versadas no apelo extremo.
2. Pois bem, a parte agravante alega, em síntese, que “não há o que se
dizer sobre a falta de demonstração da ‘repercussão geral’ da matéria em debate,
posto que seja o próprio texto do Recurso Extraordinário que a expressa” (sic, fls.
1.757).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.290 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:CONCEIÇÃO DEROMAR KRUSSER
ADV.(A/S)
:PAULO GILBERTO HOHER
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO
DO ESTADO
DO RIO
GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
RIO GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), ante o descumprimento do dever processual de
apresentar preliminar, formal e fundamentada, de repercussão geral das
questões constitucionais versadas no apelo extremo.
2. Pois bem, a parte agravante alega, em síntese, que “não há o que se
dizer sobre a falta de demonstração da ‘repercussão geral’ da matéria em debate,
posto que seja o próprio texto do Recurso Extraordinário que a expressa” (sic, fls.
1.757).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.290 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que o inconformismo não merece acolhida. Isso porque a
parte agravante não se desincumbiu do dever processual de apresentar
preliminar, formal e fundamentada, de repercussão geral das questões
constitucionais versadas no apelo extremo. Descumpriu, portanto, a
exigência de que trata o § 3º do art. 102 da Constituição Federal, incluído
pela EC 45/2004 e regulamentado pelo § 2º do art. 543-A do Código de
Processo Civil, na redação da Lei 11.418/2006.
6. Com efeito, esta Casa de Justiça, ao apreciar a Questão de Ordem
no AI 664.567, sob a relatoria do ministro Sepúlveda Pertence, assentou
que a exigência da demonstração formal e fundamentada da repercussão
geral das questões constitucionais discutidas no recurso extraordinário
“incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de
maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de
2007”. Mais: na mesma ocasião, foi decidido que a repercussão geral
passou a integrar a disciplina constitucional de todos os recursos
extraordinários, inclusive os criminais.
7. Em nova apreciação da matéria, no julgamento do RE
569.476-AgR, sob a relatoria da ministra Ellen Gracie, o mesmo Plenário
dispôs que “a demonstração de que as questões constitucionais suscitadas, além
de relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico,
ultrapassam os interesses subjetivos das partes, deverá ser apresentada em um
tópico destacado na petição do seu recurso”. Logo, não há falar em
demonstração implícita da repercussão geral.
8. A decisão ora agravada está em consonância com os precedentes
mencionados, motivo pelo qual não merece reparos.
9. Com essas considerações, meu voto é pelo desprovimento do
agravo regimental.
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31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.290 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que o inconformismo não merece acolhida. Isso porque a
parte agravante não se desincumbiu do dever processual de apresentar
preliminar, formal e fundamentada, de repercussão geral das questões
constitucionais versadas no apelo extremo. Descumpriu, portanto, a
exigência de que trata o § 3º do art. 102 da Constituição Federal, incluído
pela EC 45/2004 e regulamentado pelo § 2º do art. 543-A do Código de
Processo Civil, na redação da Lei 11.418/2006.
6. Com efeito, esta Casa de Justiça, ao apreciar a Questão de Ordem
no AI 664.567, sob a relatoria do ministro Sepúlveda Pertence, assentou
que a exigência da demonstração formal e fundamentada da repercussão
geral das questões constitucionais discutidas no recurso extraordinário
“incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de
maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de
2007”. Mais: na mesma ocasião, foi decidido que a repercussão geral
passou a integrar a disciplina constitucional de todos os recursos
extraordinários, inclusive os criminais.
7. Em nova apreciação da matéria, no julgamento do RE
569.476-AgR, sob a relatoria da ministra Ellen Gracie, o mesmo Plenário
dispôs que “a demonstração de que as questões constitucionais suscitadas, além
de relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico,
ultrapassam os interesses subjetivos das partes, deverá ser apresentada em um
tópico destacado na petição do seu recurso”. Logo, não há falar em
demonstração implícita da repercussão geral.
8. A decisão ora agravada está em consonância com os precedentes
mencionados, motivo pelo qual não merece reparos.
9. Com essas considerações, meu voto é pelo desprovimento do
agravo regimental.
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
ARE 680.290 AGR / RS
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 680.290 AGR / RS
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2
Supremo Tribunal Federal
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Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.290
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : CONCEIÇÃO DEROMAR KRUSSER
ADV.(A/S) : PAULO GILBERTO HOHER
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
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Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680.290
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : CONCEIÇÃO DEROMAR KRUSSER
ADV.(A/S) : PAULO GILBERTO HOHER
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO
GRANDE DO SUL
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164815 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (“NOS PRÓPRIOS AUTOS”, CONFORME A LEI 12.322/2010). AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
1. É dever processual da parte recorrente apresentar preliminar, formal e fundamentada, de repercussão geral das questões constitucionais versadas no apelo extremo. Dever, esse, constante do § 3º do art. 102 da Constituição Federal, incluído pela EC 45/2004 e regulamentado pelo § 2º do art. 543-A do Código de Processo Civil, na redação da Lei 11.418/2006.
2. Agravo regimental desprovido. | sjur220993 | - Acórdão(s) citado(s):
(AUSÊNCIA, PRELIMINAR FORMAL, REPERCUSSÃO GERAL)
AI 664567 QO (TP), RE 569476 AgR (TP).
Número de páginas: 6.
Análise: 13/12/2012, MJC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 680290 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 PAR-00003 INCLUÍDO PELA EMC-45/2004\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED EMC-000045 ANO-2004\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543A PAR-00002 REDAÇÃO DADA PELA LEI-11418/2006 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-011418 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 680290 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGTE.(S) : CONCEIÇÃO DEROMAR KRUSSER
ADV.(A/S) : PAULO GILBERTO HOHER | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 680 . 290",
"ARE 680 . 290 AGR / RS",
"ARE 680 . 290 AGR",
"AI 664 . 567",
"RE 569 . 476 - AgR",
"AI 664 . 567",
"RE 569 . 476 - AgR",
"ARE 680 . 290 AGR / RS",
"ARE 680 . 290 AGR"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI 12 . 322 / 2010",
"§ [UNK] do art . 102 da Constituição Federal",
"EC 45 / 2004",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"Lei 11 . 418 / 2006",
"MP n° 2 .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 102 da Constituição Federal",
"EC 45 / 2004",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"Lei 11 . 418 / 2006",
"Emenda Regimental [UNK] 21",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 102 da Constituição Federal",
"EC 45 / 2004",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"Lei 11 . 418 / 2006",
"Emenda Regimental [UNK] 21",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Plenário",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CONCEIÇÃO DEROMAR KRUSSER",
"PAULO GILBERTO HOHER",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"CONCEIÇÃO DEROMAR KRUSSER",
"PAULO GILBERTO HOHER",
"AYRES BRITTO",
"CONCEIÇÃO DEROMAR KRUSSER",
"PAULO GILBERTO HOHER",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Sepúlveda Pertence",
"Ellen Gracie",
"AYRES BRITTO",
"Sepúlveda Pertence",
"Ellen Gracie",
"CONCEIÇÃO DEROMAR KRUSSER",
"PAULO GILBERTO HOHER",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de",
"Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu",
"DEROMAR KRUSSER",
"PAULO GILBERTO HOHER",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"03 de maio de 2007",
"30 de abril de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"03 de maio de 2007",
"30 de abril de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.420 BAHIA
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:RODRIGO DE QUEIROZ SEIXAS
ADV.(A/S)
:LÁZARO
AUGUSTO
DE
ARAÚJO
PINTO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA
INTDO.(A/S)
:LARRONES BATISTA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:LÁZARO
AUGUSTO
DE
ARAÚJO
PINTO
E
OUTRO(A/S)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
INTEMPESTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE INTERRUPÇÃO DO PRAZO
RECURSAL, PELA OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.
AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO NO MOMENTO OPORTUNO.
1. É assente no Supremo Tribunal Federal que, até o advento da Lei
12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento,
não se permitindo sua complementação após a subida dos autos a esta
Casa de Justiça, nem a conversão do processo em diligência para corrigir
eventual ausência.
2. Agravo desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em negar provimento ao agravo regimental, o
que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos,
em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata
do julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3082727.
Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.420 BAHIA
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:RODRIGO DE QUEIROZ SEIXAS
ADV.(A/S)
:LÁZARO
AUGUSTO
DE
ARAÚJO
PINTO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA
INTDO.(A/S)
:LARRONES BATISTA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:LÁZARO
AUGUSTO
DE
ARAÚJO
PINTO
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo de instrumento, ante a
intempestividade do recurso extraordinário.
2. Pois bem, a parte agravante alega que, “após a reforma da decisão
pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia em 28.09.2009, protocolou-se petição
de Embargos de Declaração em 06.10.2009, o qual fora julgado em 16.11.2009”
(fls. 341).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3082728.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.420 BAHIA
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:RODRIGO DE QUEIROZ SEIXAS
ADV.(A/S)
:LÁZARO
AUGUSTO
DE
ARAÚJO
PINTO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA
INTDO.(A/S)
:LARRONES BATISTA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:LÁZARO
AUGUSTO
DE
ARAÚJO
PINTO
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo de instrumento, ante a
intempestividade do recurso extraordinário.
2. Pois bem, a parte agravante alega que, “após a reforma da decisão
pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia em 28.09.2009, protocolou-se petição
de Embargos de Declaração em 06.10.2009, o qual fora julgado em 16.11.2009”
(fls. 341).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.420 BAHIA
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida.
6. Consoante relatado, foi negado seguimento ao agravo de
instrumento em face da protocolização extemporânea da petição de
recurso extraordinário.
7. Compulsandos os autos, observo que a publicação do acórdão
recorrido se deu em 28/09/2009 (fls. 77), segunda-feira, e o apelo extremo
somente foi interposto em 01/12/2009 (fls. 90), terça-feira. Fora, portanto,
do prazo legal, que se deu em 13/10/2009.
8. Pois bem, a parte agravante alega que o prazo recursal foi
interrompido pela oposição de embargos de declaração (julgados em
16/11/2009), pelo que estaria tempestivo o apelo extremo. Contudo,
concluo que a insurgência não merece acolhida. Assim me posiciono
porque o único acórdão de embargos de declaração juntado no momento
da instrução do agravo foi o de fls. 72-75, publicado em 28/09/2009 (fls.
77), conforme assentado na decisão impugnada. Não obstante as
alegações expendidas, o fato é que jamais integrou estes autos a cópia do
acórdão proferido no julgamento dos embargos de declaração que a
parte alega haver oposto em 06/10/2009, bem como a da respectiva
certidão de intimação.
9. Ora, é assente nesta Casa de Justiça que, até o advento da Lei
12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento,
não se permitindo sua complementação após a subida dos autos ao
Supremo Tribunal Federal, nem a conversão do processo em diligência
para corrigir eventual ausência.
10. Confira-se, a propósito, o acórdão proferido pelo Plenário desta
nossa Casa de Justiça no julgamento do AI 847.016-AgR, da relatoria do
ministro Cezar Peluso.
11. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 741.558-AgR,
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.420 BAHIA
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida.
6. Consoante relatado, foi negado seguimento ao agravo de
instrumento em face da protocolização extemporânea da petição de
recurso extraordinário.
7. Compulsandos os autos, observo que a publicação do acórdão
recorrido se deu em 28/09/2009 (fls. 77), segunda-feira, e o apelo extremo
somente foi interposto em 01/12/2009 (fls. 90), terça-feira. Fora, portanto,
do prazo legal, que se deu em 13/10/2009.
8. Pois bem, a parte agravante alega que o prazo recursal foi
interrompido pela oposição de embargos de declaração (julgados em
16/11/2009), pelo que estaria tempestivo o apelo extremo. Contudo,
concluo que a insurgência não merece acolhida. Assim me posiciono
porque o único acórdão de embargos de declaração juntado no momento
da instrução do agravo foi o de fls. 72-75, publicado em 28/09/2009 (fls.
77), conforme assentado na decisão impugnada. Não obstante as
alegações expendidas, o fato é que jamais integrou estes autos a cópia do
acórdão proferido no julgamento dos embargos de declaração que a
parte alega haver oposto em 06/10/2009, bem como a da respectiva
certidão de intimação.
9. Ora, é assente nesta Casa de Justiça que, até o advento da Lei
12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento,
não se permitindo sua complementação após a subida dos autos ao
Supremo Tribunal Federal, nem a conversão do processo em diligência
para corrigir eventual ausência.
10. Confira-se, a propósito, o acórdão proferido pelo Plenário desta
nossa Casa de Justiça no julgamento do AI 847.016-AgR, da relatoria do
ministro Cezar Peluso.
11. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 741.558-AgR,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
AI 855.420 AGR / BA
da relatoria da ministra Rosa Weber; 754.886-AgR, da relatoria do
ministro Joaquim Barbosa; 762.546-AgR, da relatoria do ministro Gilmar
Mendes; 776.477-AgR, da relatoria do ministro Dias Toffoli; 783.043-ED,
da relatoria da ministra Cármen Lúcia; 787.511-AgR, da relatoria do
ministro Marco Aurélio; 814.918-AgR, da relatoria da ministra Ellen
Gracie; 831.606, da relatoria do ministro Celso de Mello; 838.791-AgR, da
minha relatoria; 838.931-ED, da relatoria do ministro Ricardo
Lewandowski; e 843.269-ED, da relatoria do ministro Luiz Fux.
12. Com essas considerações, voto pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 855.420 AGR / BA
da relatoria da ministra Rosa Weber; 754.886-AgR, da relatoria do
ministro Joaquim Barbosa; 762.546-AgR, da relatoria do ministro Gilmar
Mendes; 776.477-AgR, da relatoria do ministro Dias Toffoli; 783.043-ED,
da relatoria da ministra Cármen Lúcia; 787.511-AgR, da relatoria do
ministro Marco Aurélio; 814.918-AgR, da relatoria da ministra Ellen
Gracie; 831.606, da relatoria do ministro Celso de Mello; 838.791-AgR, da
minha relatoria; 838.931-ED, da relatoria do ministro Ricardo
Lewandowski; e 843.269-ED, da relatoria do ministro Luiz Fux.
12. Com essas considerações, voto pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.420
PROCED. : BAHIA
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : RODRIGO DE QUEIROZ SEIXAS
ADV.(A/S) : LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA
INTDO.(A/S) : LARRONES BATISTA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO E OUTRO(A/S)
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.420
PROCED. : BAHIA
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : RODRIGO DE QUEIROZ SEIXAS
ADV.(A/S) : LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA
INTDO.(A/S) : LARRONES BATISTA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO E OUTRO(A/S)
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141155
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3152083 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTEMPESTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE INTERRUPÇÃO DO PRAZO RECURSAL, PELA OPOSIÇÃO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. AUSÊNCIA DE COMPROVAÇÃO NO MOMENTO OPORTUNO.
1. É assente no Supremo Tribunal Federal que, até o advento da Lei 12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento, não se permitindo sua complementação após a subida dos autos a esta Casa de Justiça, nem a conversão do processo em diligência para corrigir eventual ausência.
2. Agravo desprovido. | sjur220585 | - Acórdão(s) citado(s):
(TRASLADO, DEFICIÊNCIA)
STF: AI 847016 AgR (TP), AI 741558 AgR (1ªT), AI 754886 AgR
(2ªT), AI 762546 AgR (1ªT), AI 776477 AgR (1ªT), AI 783043
ED (1ªT), AI 787511 AgR (1ªT), AI 814918 AgR (2ªT), AI
831606 AgR (2ªT), AI 838791 AgR (2ªT), AI 838931 ED (1ªT),
AI 843269 ED (1ªT).
Número de páginas: 5.
Análise: 13/12/2012, MJC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 855420 | [
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | AI-AgR | acordaos | AI 855420 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : RODRIGO DE QUEIROZ SEIXAS
ADV.(A/S) : LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DA BAHIA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DA BAHIA
INTDO.(A/S) : LARRONES BATISTA DOS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ELMAR PINHEIRO OLIVEIRA
INTDO.(A/S) : EDUARDO SÉRGIO DE JESUS SANTOS
INTDO.(A/S) : DENIS CARVALHO DE MELO
ADV.(A/S) : ELMAR PINHEIRO OLIVEIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 420",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 420",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 420",
"AI 847 . 016 - AgR",
"AIs 741 . 558 - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 420",
"AI 847 . 016 - AgR",
"AIs 741 . 558 - AgR",
"AI 855 . 420 AGR / BA",
"AI 855 . 420 AGR / BA",
"AGRAVO"
],
"LEGISLACAO": [
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA",
"Brasília",
"BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA",
"BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA",
"BAHIA",
"BAHIA",
"BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA",
"BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA",
"ESTADO DA BAHIA"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"Plenário",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RODRIGO DE QUEIROZ SEIXAS",
"LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO",
"LARRONES BATISTA DOS SANTOS",
"LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"RODRIGO DE QUEIROZ SEIXAS",
"LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO",
"LARRONES BATISTA DOS SANTOS",
"LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO",
"AYRES BRITTO",
"RODRIGO DE QUEIROZ SEIXAS",
"LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO",
"LARRONES BATISTA DOS SANTOS",
"LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Cezar Peluso",
"AYRES BRITTO",
"Cezar Peluso",
"Rosa Weber",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"RODRIGO DE QUEIROZ SEIXAS",
"LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO",
"LARRONES BATISTA DOS SANTOS",
"LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz",
"Tomimatsu",
"RODRIGO DE QUEIROZ SEIXAS",
"LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO",
"LARRONES BATISTA DOS SANTOS",
"LÁZARO AUGUSTO DE ARAÚJO PINTO",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"28",
".",
"09",
".",
"2009",
"06",
".",
"10",
".",
"2009",
"16",
".",
"11",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"28",
".",
"09",
".",
"2009",
"06",
".",
"10",
".",
"2009",
"16",
".",
"11",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"28",
"/",
"09",
"/",
"2009",
"01",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"13",
"/",
"10",
"/",
"2009",
"16",
"/",
"11",
"/",
"2009",
"28",
"/",
"09",
"/",
"2009",
"06",
"/",
"10",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"28",
"/",
"09",
"/",
"2009",
"01",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"13",
"/",
"10",
"/",
"2009",
"16",
"/",
"11",
"/",
"2009",
"28",
"/",
"09",
"/",
"2009",
"06",
"/",
"10",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Decisão sobre Repercussão Geral
01/11/2012
PLENÁRIO
REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 658.026 MINAS
GERAIS
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
RECTE.(S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS
GERAIS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
MINAS GERAIS
RECDO.(A/S)
:CÂMARA MUNICIPAL DE BERTÓPOLIS
EMENTA
DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. AÇÃO
DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DE NORMA MUNICIPAL
QUE DISPÕE SOBRE CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PESSOAL.
DISCUSSÃO ACERCA DOS REQUISITOS DA TEMPORARIEDADE E
DA EXCEPCIONALIDADE, JUSTIFICADORES DO INTERESSE
PÚBLICO EM QUE FUNDAMENTADA A CONTRATAÇÃO. MATÉRIA
QUE ULTRAPASSA OS INTERESSES DAS PARTES, PASSÍVEL DE
REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS. PRESENÇA DE
REPERCUSSÃO GERAL.
Decisão: O Tribunal, por unanimidade, reputou constitucional a
questão. O Tribunal, por unanimidade, reconheceu a existência de
repercussão geral da questão constitucional suscitada.
Ministro DIAS TOFFOLI
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Supremo Tribunal Federal
DJe 13/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Decisão sobre Repercussão Geral
RE 658.026 RG / MG
Relator
2
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RE 658.026 RG / MG
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Manifestação sobre a Repercussão Geral
01/11/2012
PLENÁRIO
REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 658.026 MINAS
GERAIS
Repercussão Geral no Recurso Extraordinário nº
658.026/MG
DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA
DE INCONSTITUCIONALIDADE DE NORMA MUNICIPAL QUE DISPÕE
SOBRE CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PESSOAL. DISCUSSÃO
ACERCA DOS
REQUISITOS DA TEMPORARIEDADE E DA
EXCEPCIONALIDADE, JUSTIFICADORES DO INTERESSE PÚBLICO
EM QUE FUNDAMENTADA A CONTRATAÇÃO. MATÉRIA QUE
ULTRAPASSA OS INTERESSES DAS PARTES, PASSÍVEL DE
REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS. PRESENÇA DE
REPERCUSSÃO GERAL.
Ministério Público do Estado de Minas Gerais interpõe
recurso extraordinário, com fundamento na alínea a do
permissivo constitucional, contra acórdão da Corte
Superior do Tribunal de Justiça do Estado de Minas
Gerais assim ementado, proferido nos autos de ação
direta de inconstitucionalidade:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI MUNICIPAL -
CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA - ATIVIDADES DE CARÁTER
EVENTUAL OU PERMANENTE - INDIFERENÇA - SITUAÇÕES DE
EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO EVIDENCIADAS - ARTIGO 22
DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS -
INCONSTITUCIONALIDADE - INOCORRÊNCIA. I - A
excepcionalidade exigida para contratação temporária
não está ligada ao caráter da função (temporária ou
permanente), mas sim à excepcionalidade da situação
evidenciada. A contratação, neste caso, se
justificaria pelo tempo necessário ou até um novo
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PLENÁRIO
REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 658.026 MINAS
GERAIS
Repercussão Geral no Recurso Extraordinário nº
658.026/MG
DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA
DE INCONSTITUCIONALIDADE DE NORMA MUNICIPAL QUE DISPÕE
SOBRE CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PESSOAL. DISCUSSÃO
ACERCA DOS
REQUISITOS DA TEMPORARIEDADE E DA
EXCEPCIONALIDADE, JUSTIFICADORES DO INTERESSE PÚBLICO
EM QUE FUNDAMENTADA A CONTRATAÇÃO. MATÉRIA QUE
ULTRAPASSA OS INTERESSES DAS PARTES, PASSÍVEL DE
REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS. PRESENÇA DE
REPERCUSSÃO GERAL.
Ministério Público do Estado de Minas Gerais interpõe
recurso extraordinário, com fundamento na alínea a do
permissivo constitucional, contra acórdão da Corte
Superior do Tribunal de Justiça do Estado de Minas
Gerais assim ementado, proferido nos autos de ação
direta de inconstitucionalidade:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI MUNICIPAL -
CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA - ATIVIDADES DE CARÁTER
EVENTUAL OU PERMANENTE - INDIFERENÇA - SITUAÇÕES DE
EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO EVIDENCIADAS - ARTIGO 22
DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS -
INCONSTITUCIONALIDADE - INOCORRÊNCIA. I - A
excepcionalidade exigida para contratação temporária
não está ligada ao caráter da função (temporária ou
permanente), mas sim à excepcionalidade da situação
evidenciada. A contratação, neste caso, se
justificaria pelo tempo necessário ou até um novo
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Manifestação sobre a Repercussão Geral
RE 658.026 RG / MG
recrutamento via concurso público. II - Não há
inconstitucionalidade na Lei Municipal que trouxe em
seu bojo situações excepcionais que de fato autorizam
a administração contratar de forma temporária para
evitar perda na prestação educacional.
V.V.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI MUNICIPAL
QUE AUTORIZA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA PARA SUPRIR
NECESSIDADE DE PESSOAL NA ÁREA DO MAGISTÉRIO -
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA TEMPORARIEDADE E
EXCEPCIONALIDADE - SERVIÇO PÚBLICO DE CARÁTER
PERMANENTE - NECESSIDADE DE CONCURSO PÚBLICO PARA
PROVIMENTO DOS CARGOS POR SERVIDORES EFETIVOS -
INCONSTITUCIONALIDADE. São inconstitucionais, por
afronta dos artigos 21, § 1º e 22, da CEMGE, e
reflexamente ao art. 37, IX, da CL/1988, as
disposições legais que, a pretexto de estabelecer os
casos de contratação temporária para atender às
necessidades temporárias e de excepcional interesse
público, criam presunção de excepcionalidade e de
temporariedade ao explicitarem situações em que
aqueles requisitos não se fazem presentes (fl. 101).
No apelo extremo, o recorrente sustenta a repercussão
geral da matéria versada no feito, dada a importante
discussão que nele se trava, concernente às hipóteses
de contratação temporária de pessoal previstas no art.
37, XI, da Constituição Federal, destacando que o
Supremo Tribunal Federal tem posição firmemente
assentada sobre o tema. Argui, também, a
inconstitucionalidade da norma questionada, por
violação do princípio do acesso à Administração
Pública por concurso público (art. 37, II, CF).
A matéria suscitada no recurso extraordinário, acerca
2
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RE 658.026 RG / MG
recrutamento via concurso público. II - Não há
inconstitucionalidade na Lei Municipal que trouxe em
seu bojo situações excepcionais que de fato autorizam
a administração contratar de forma temporária para
evitar perda na prestação educacional.
V.V.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI MUNICIPAL
QUE AUTORIZA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA PARA SUPRIR
NECESSIDADE DE PESSOAL NA ÁREA DO MAGISTÉRIO -
AUSÊNCIA DOS REQUISITOS DA TEMPORARIEDADE E
EXCEPCIONALIDADE - SERVIÇO PÚBLICO DE CARÁTER
PERMANENTE - NECESSIDADE DE CONCURSO PÚBLICO PARA
PROVIMENTO DOS CARGOS POR SERVIDORES EFETIVOS -
INCONSTITUCIONALIDADE. São inconstitucionais, por
afronta dos artigos 21, § 1º e 22, da CEMGE, e
reflexamente ao art. 37, IX, da CL/1988, as
disposições legais que, a pretexto de estabelecer os
casos de contratação temporária para atender às
necessidades temporárias e de excepcional interesse
público, criam presunção de excepcionalidade e de
temporariedade ao explicitarem situações em que
aqueles requisitos não se fazem presentes (fl. 101).
No apelo extremo, o recorrente sustenta a repercussão
geral da matéria versada no feito, dada a importante
discussão que nele se trava, concernente às hipóteses
de contratação temporária de pessoal previstas no art.
37, XI, da Constituição Federal, destacando que o
Supremo Tribunal Federal tem posição firmemente
assentada sobre o tema. Argui, também, a
inconstitucionalidade da norma questionada, por
violação do princípio do acesso à Administração
Pública por concurso público (art. 37, II, CF).
A matéria suscitada no recurso extraordinário, acerca
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Manifestação sobre a Repercussão Geral
RE 658.026 RG / MG
da constitucionalidade de normas que dispõem sobre as
hipóteses de contratação temporária de servidores
públicos, é dotada de natureza constitucional, pois
diz respeito ao atendimento dos requisitos
constitucionais relativos à configuração das situações
excepcionais
e
temporárias
autorizadoras
da
contratação, por prazo determinado, de servidores
temporários, em atenção aos comandos constitucionais
previstos no art. 37, II e IX, da Carta Magna.
A questão posta apresenta densidade constitucional,
sendo relevante para todas as esferas da Administração
Pública brasileira e para todos os Tribunais de
Justiça do país, que podem vir a deparar-se com
questionamentos que demandem a apreciação da
constitucionalidade das legislações que instituem as
hipóteses de contratação temporária de pessoal.
Ressalte-se, ainda, que diversas ações diretas de
inconstitucionalidade versando sobre o mesmo tema já
foram julgadas no Supremo Tribunal Federal (e.g. ADI
nº 3.116/AP; ADI nº 3.430/ES, ADI nº 3.210/PR; ADI nº
3.068/DF), conforme destacado nas razões do recurso
extraordinário, a reforçar a conclusão de que se
cuida, inegavelmente, de discussão em que sobressai o
ponto de vista constitucional, ultrapassando os
interesses das partes, em especial, por se tratar de
recurso extraordinário interposto em face de ação
direta de inconstitucionalidade estadual. O tema tem o
potencial de repetir-se em inúmeros processos, sendo,
portanto, conveniente, que esta Suprema Corte profira
sobre ele decisão aplicável a todos esses feitos,
segundo a sistemática da repercussão geral.
Assim, manifesto-me pela existência da repercussão
geral.
Brasília, 10 de outubro de 2012.
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RE 658.026 RG / MG
da constitucionalidade de normas que dispõem sobre as
hipóteses de contratação temporária de servidores
públicos, é dotada de natureza constitucional, pois
diz respeito ao atendimento dos requisitos
constitucionais relativos à configuração das situações
excepcionais
e
temporárias
autorizadoras
da
contratação, por prazo determinado, de servidores
temporários, em atenção aos comandos constitucionais
previstos no art. 37, II e IX, da Carta Magna.
A questão posta apresenta densidade constitucional,
sendo relevante para todas as esferas da Administração
Pública brasileira e para todos os Tribunais de
Justiça do país, que podem vir a deparar-se com
questionamentos que demandem a apreciação da
constitucionalidade das legislações que instituem as
hipóteses de contratação temporária de pessoal.
Ressalte-se, ainda, que diversas ações diretas de
inconstitucionalidade versando sobre o mesmo tema já
foram julgadas no Supremo Tribunal Federal (e.g. ADI
nº 3.116/AP; ADI nº 3.430/ES, ADI nº 3.210/PR; ADI nº
3.068/DF), conforme destacado nas razões do recurso
extraordinário, a reforçar a conclusão de que se
cuida, inegavelmente, de discussão em que sobressai o
ponto de vista constitucional, ultrapassando os
interesses das partes, em especial, por se tratar de
recurso extraordinário interposto em face de ação
direta de inconstitucionalidade estadual. O tema tem o
potencial de repetir-se em inúmeros processos, sendo,
portanto, conveniente, que esta Suprema Corte profira
sobre ele decisão aplicável a todos esses feitos,
segundo a sistemática da repercussão geral.
Assim, manifesto-me pela existência da repercussão
geral.
Brasília, 10 de outubro de 2012.
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Manifestação sobre a Repercussão Geral
RE 658.026 RG / MG
Ministro Dias Toffoli
Relator
Documento assinado digitalmente
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RE 658.026 RG / MG
Ministro Dias Toffoli
Relator
Documento assinado digitalmente
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Manifestação sobre a Repercussão Geral
REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 658.026 MINAS
GERAIS
PRONUNCIAMENTO
CONCURSO PÚBLICO – MAGISTÉRIO –
AFASTAMENTO – NORMA MUNICIPAL
–
CONSTITUCIONALIDADE
DECLARADA NA ORIGEM – RECURSO
EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO
GERAL CONFIGURADA.
1. O Gabinete prestou as seguintes informações:
Eis a síntese do que discutido no Recurso Extraordinário
nº 658.026/MG, da relatoria do ministro Dias Toffoli, inserido no
sistema eletrônico da repercussão geral às 23 horas e 59 minutos
do dia 12 de outubro de 2012.
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de
Minas Gerais, no julgamento da Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 1.0000.08.475374-8/000, assentou a
constitucionalidade do artigo 192, inciso III, da Lei municipal nº
509/99, consignando estar a autorização para contratar na área
de magistério sem o devido concurso público vinculada a uma
situação emergencial, cuja necessidade é temporária,
configurando hipótese excepcional, que, caso declarada
inconstitucional, inviabilizaria a prestação do serviço
educacional. Entendeu ser a discussão de natureza moral, não
se podendo adentrar no aspecto da legalidade. Ressaltou a
harmonia da aludida lei com o previsto no artigo 37, inciso IX,
do Diploma Maior.
Os embargos de declaração interpostos foram
desprovidos.
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REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 658.026 MINAS
GERAIS
PRONUNCIAMENTO
CONCURSO PÚBLICO – MAGISTÉRIO –
AFASTAMENTO – NORMA MUNICIPAL
–
CONSTITUCIONALIDADE
DECLARADA NA ORIGEM – RECURSO
EXTRAORDINÁRIO – REPERCUSSÃO
GERAL CONFIGURADA.
1. O Gabinete prestou as seguintes informações:
Eis a síntese do que discutido no Recurso Extraordinário
nº 658.026/MG, da relatoria do ministro Dias Toffoli, inserido no
sistema eletrônico da repercussão geral às 23 horas e 59 minutos
do dia 12 de outubro de 2012.
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de
Minas Gerais, no julgamento da Ação Direta de
Inconstitucionalidade nº 1.0000.08.475374-8/000, assentou a
constitucionalidade do artigo 192, inciso III, da Lei municipal nº
509/99, consignando estar a autorização para contratar na área
de magistério sem o devido concurso público vinculada a uma
situação emergencial, cuja necessidade é temporária,
configurando hipótese excepcional, que, caso declarada
inconstitucional, inviabilizaria a prestação do serviço
educacional. Entendeu ser a discussão de natureza moral, não
se podendo adentrar no aspecto da legalidade. Ressaltou a
harmonia da aludida lei com o previsto no artigo 37, inciso IX,
do Diploma Maior.
Os embargos de declaração interpostos foram
desprovidos.
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Manifestação sobre a Repercussão Geral
RE 658.026 RG / MG
No extraordinário, protocolado com alegada base na
alínea “a” do permissivo constitucional, o Ministério Público do
Estado de Minas Gerais argui transgressão aos artigos 37,
incisos II e IX, e 93, inciso IX, da Carta da República. Sustenta a
omissão e a falta de fundamentação do acórdão impugnado,
pois, com o desprovimento dos referidos embargos, não
ocorreu a devida apreciação dos argumentos apresentados,
circunstância configuradora de nulidade. Destaca ser permitida
a contratação temporária quando há necessidade efêmera do
vínculo especial, porém, no caso, a função é de exigibilidade
permanente e a contratação não teria caráter extraordinário
nem período predeterminado.
Sob o ângulo da repercussão geral, afirma ultrapassar o
tema o interesse subjetivo das partes e mostrar-se relevante do
ponto de vista jurídico e social, por versar sobre exceções
constitucionais à regra do certame público. Salienta que o
Supremo já se posicionou sobre o assunto nas Ações Diretas de
Inconstitucionalidade nº 2.229/ES, 3.210/PR e 2.987/SC, da
relatoria dos ministros Carlos Velloso e Sepúlveda Pertence,
respectivamente.
A recorrida não apresentou contrarrazões.
O extraordinário foi admitido na origem.
Eis o pronunciamento do ministro Dias Toffoli:
DIREITO
ADMINISTRATIVO
E
CONSTITUCIONAL.
AÇÃO
DIRETA
DE
INCONSTITUCIONALIDADE DE NORMA MUNICIPAL
QUE DISPÕE SOBRE CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA
DE PESSOAL. DISCUSSÃO ACERCA DOS REQUISITOS
DA TEMPORARIEDADE E DA EXCEPCIONALIDADE,
JUSTIFICADORES DO INTERESSE PÚBLICO EM QUE
FUNDAMENTADA A CONTRATAÇÃO. MATÉRIA QUE
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Supremo Tribunal Federal
RE 658.026 RG / MG
No extraordinário, protocolado com alegada base na
alínea “a” do permissivo constitucional, o Ministério Público do
Estado de Minas Gerais argui transgressão aos artigos 37,
incisos II e IX, e 93, inciso IX, da Carta da República. Sustenta a
omissão e a falta de fundamentação do acórdão impugnado,
pois, com o desprovimento dos referidos embargos, não
ocorreu a devida apreciação dos argumentos apresentados,
circunstância configuradora de nulidade. Destaca ser permitida
a contratação temporária quando há necessidade efêmera do
vínculo especial, porém, no caso, a função é de exigibilidade
permanente e a contratação não teria caráter extraordinário
nem período predeterminado.
Sob o ângulo da repercussão geral, afirma ultrapassar o
tema o interesse subjetivo das partes e mostrar-se relevante do
ponto de vista jurídico e social, por versar sobre exceções
constitucionais à regra do certame público. Salienta que o
Supremo já se posicionou sobre o assunto nas Ações Diretas de
Inconstitucionalidade nº 2.229/ES, 3.210/PR e 2.987/SC, da
relatoria dos ministros Carlos Velloso e Sepúlveda Pertence,
respectivamente.
A recorrida não apresentou contrarrazões.
O extraordinário foi admitido na origem.
Eis o pronunciamento do ministro Dias Toffoli:
DIREITO
ADMINISTRATIVO
E
CONSTITUCIONAL.
AÇÃO
DIRETA
DE
INCONSTITUCIONALIDADE DE NORMA MUNICIPAL
QUE DISPÕE SOBRE CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA
DE PESSOAL. DISCUSSÃO ACERCA DOS REQUISITOS
DA TEMPORARIEDADE E DA EXCEPCIONALIDADE,
JUSTIFICADORES DO INTERESSE PÚBLICO EM QUE
FUNDAMENTADA A CONTRATAÇÃO. MATÉRIA QUE
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Manifestação sobre a Repercussão Geral
RE 658.026 RG / MG
ULTRAPASSA OS INTERESSES DAS PARTES, PASSÍVEL
DE REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS.
PRESENÇA DE REPERCUSSÃO GERAL.
Ministério Público do Estado de Minas Gerais
interpõe recurso extraordinário, com fundamento na
alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão da
Corte Superior do Tribunal de Justiça do Estado de Minas
Gerais assim ementado, proferido nos autos de ação direta
de inconstitucionalidade:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE -
LEI MUNICIPAL – CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA -
ATIVIDADES DE CARÁTER EVENTUAL OU
PERMANENTE - INDIFERENÇA - SITUAÇÕES DE
EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO EVIDENCIADAS
- ARTIGO 22 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE
MINAS GERAIS - INCONSTITUCIONALIDADE -
INOCORRÊNCIA. I - A excepcionalidade exigida para
contratação temporária não está ligada ao caráter da
função (temporária ou permanente), mas sim à
excepcionalidade da situação evidenciada. A contratação,
neste caso, se justificaria pelo tempo necessário ou até um
novo recrutamento via concurso público. II – Não há
inconstitucionalidade na Lei Municipal que trouxe em seu
bojo situações excepcionais que de fato autorizam a
administração contratar de forma temporária para evitar
perda na prestação educacional.
V.V.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE -
LEI MUNICIPAL QUE AUTORIZA CONTRATAÇÃO
TEMPORÁRIA PARA SUPRIR NECESSIDADE DE
PESSOAL NA ÁREA DO MAGISTÉRIO - AUSÊNCIA
DOS REQUISITOS DA TEMPORARIEDADE E
EXCEPCIONALIDADE - SERVIÇO PÚBLICO DE
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Supremo Tribunal Federal
RE 658.026 RG / MG
ULTRAPASSA OS INTERESSES DAS PARTES, PASSÍVEL
DE REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS.
PRESENÇA DE REPERCUSSÃO GERAL.
Ministério Público do Estado de Minas Gerais
interpõe recurso extraordinário, com fundamento na
alínea a do permissivo constitucional, contra acórdão da
Corte Superior do Tribunal de Justiça do Estado de Minas
Gerais assim ementado, proferido nos autos de ação direta
de inconstitucionalidade:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE -
LEI MUNICIPAL – CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA -
ATIVIDADES DE CARÁTER EVENTUAL OU
PERMANENTE - INDIFERENÇA - SITUAÇÕES DE
EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO EVIDENCIADAS
- ARTIGO 22 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE
MINAS GERAIS - INCONSTITUCIONALIDADE -
INOCORRÊNCIA. I - A excepcionalidade exigida para
contratação temporária não está ligada ao caráter da
função (temporária ou permanente), mas sim à
excepcionalidade da situação evidenciada. A contratação,
neste caso, se justificaria pelo tempo necessário ou até um
novo recrutamento via concurso público. II – Não há
inconstitucionalidade na Lei Municipal que trouxe em seu
bojo situações excepcionais que de fato autorizam a
administração contratar de forma temporária para evitar
perda na prestação educacional.
V.V.
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE -
LEI MUNICIPAL QUE AUTORIZA CONTRATAÇÃO
TEMPORÁRIA PARA SUPRIR NECESSIDADE DE
PESSOAL NA ÁREA DO MAGISTÉRIO - AUSÊNCIA
DOS REQUISITOS DA TEMPORARIEDADE E
EXCEPCIONALIDADE - SERVIÇO PÚBLICO DE
3
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Manifestação sobre a Repercussão Geral
RE 658.026 RG / MG
CARÁTER PERMANENTE - NECESSIDADE DE
CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DOS
CARGOS
POR
SERVIDORES
EFETIVOS
-
INCONSTITUCIONALIDADE. São inconstitucionais, por
afronta dos artigos 21, § 1º e 22, da CEMGE, e
reflexamente ao art. 37, IX, da CL/1988, as disposições
legais que, a pretexto de estabelecer os casos de
contratação temporária para atender às necessidades
temporárias e de excepcional interesse público, criam
presunção de excepcionalidade e de temporariedade ao
explicitarem situações em que aqueles requisitos não se
fazem presentes (fl. 101).
No apelo extremo, o recorrente sustenta a
repercussão geral da matéria versada no feito, dada a
importante discussão que nele se trava, concernente às
hipóteses de contratação temporária de pessoal previstas
no art. 37, XI, da Constituição Federal, destacando que o
Supremo Tribunal Federal tem posição firmemente
assentada sobre o tema. Argui, também, a
inconstitucionalidade da norma questionada, por violação
do princípio do acesso à Administração Pública por
concurso público (art. 37, II, CF).
A matéria suscitada no recurso extraordinário, acerca
da constitucionalidade de normas que dispõem sobre as
hipóteses de contratação temporária de servidores
públicos, é dotada de natureza constitucional, pois diz
respeito ao atendimento dos requisitos constitucionais
relativos à configuração das situações excepcionais e
temporárias autorizadoras da contratação, por prazo
determinado, de servidores temporários, em atenção aos
comandos constitucionais previstos no art. 37, II e IX, da
Carta Magna.
A questão posta apresenta densidade constitucional,
4
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3013864.
Supremo Tribunal Federal
RE 658.026 RG / MG
CARÁTER PERMANENTE - NECESSIDADE DE
CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DOS
CARGOS
POR
SERVIDORES
EFETIVOS
-
INCONSTITUCIONALIDADE. São inconstitucionais, por
afronta dos artigos 21, § 1º e 22, da CEMGE, e
reflexamente ao art. 37, IX, da CL/1988, as disposições
legais que, a pretexto de estabelecer os casos de
contratação temporária para atender às necessidades
temporárias e de excepcional interesse público, criam
presunção de excepcionalidade e de temporariedade ao
explicitarem situações em que aqueles requisitos não se
fazem presentes (fl. 101).
No apelo extremo, o recorrente sustenta a
repercussão geral da matéria versada no feito, dada a
importante discussão que nele se trava, concernente às
hipóteses de contratação temporária de pessoal previstas
no art. 37, XI, da Constituição Federal, destacando que o
Supremo Tribunal Federal tem posição firmemente
assentada sobre o tema. Argui, também, a
inconstitucionalidade da norma questionada, por violação
do princípio do acesso à Administração Pública por
concurso público (art. 37, II, CF).
A matéria suscitada no recurso extraordinário, acerca
da constitucionalidade de normas que dispõem sobre as
hipóteses de contratação temporária de servidores
públicos, é dotada de natureza constitucional, pois diz
respeito ao atendimento dos requisitos constitucionais
relativos à configuração das situações excepcionais e
temporárias autorizadoras da contratação, por prazo
determinado, de servidores temporários, em atenção aos
comandos constitucionais previstos no art. 37, II e IX, da
Carta Magna.
A questão posta apresenta densidade constitucional,
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12
Manifestação sobre a Repercussão Geral
RE 658.026 RG / MG
sendo relevante para todas as esferas da Administração
Pública brasileira e para todos os Tribunais de Justiça do
país, que podem vir a deparar-se com questionamentos
que demandem a apreciação da constitucionalidade das
legislações que instituem as hipóteses de contratação
temporária de pessoal.
Ressalte-se, ainda, que diversas ações diretas de
inconstitucionalidade versando sobre o mesmo tema já
foram julgadas no Supremo Tribunal Federal (e.g. ADI nº
3.116/AP; ADI nº 3.430/ES, ADI nº 3.210/PR; ADI nº
3.068/DF), conforme destacado nas razões do recurso
extraordinário, a reforçar a conclusão de que se cuida,
inegavelmente, de discussão em que sobressai o ponto de
vista constitucional, ultrapassando os interesses das
partes, em especial, por se tratar de recurso extraordinário
interposto em face de ação direta de inconstitucionalidade
estadual. O tema tem o potencial de repetir-se em
inúmeros processos, sendo, portanto, conveniente, que
esta Suprema Corte profira sobre ele decisão aplicável a
todos esses feitos, segundo a sistemática da repercussão
geral. Assim, manifesto-me pela existência da repercussão
geral.
Brasília, 10 de outubro de 2012.
Ministro Dias Toffoli
Relator
Documento assinado digitalmente
2. A toda evidência, o quadro reclama o crivo do Supremo. Lei
estadual admitiu a arregimentação de pessoal na área do magistério sem
a realização de certame público, com base na premissa da necessidade
temporária de excepcional interesse público. Em síntese, considerada
atividade permanente, deu-se enquadramento que, ao primeiro exame,
surge com o objetivo de afastar o concurso público.
5
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Supremo Tribunal Federal
RE 658.026 RG / MG
sendo relevante para todas as esferas da Administração
Pública brasileira e para todos os Tribunais de Justiça do
país, que podem vir a deparar-se com questionamentos
que demandem a apreciação da constitucionalidade das
legislações que instituem as hipóteses de contratação
temporária de pessoal.
Ressalte-se, ainda, que diversas ações diretas de
inconstitucionalidade versando sobre o mesmo tema já
foram julgadas no Supremo Tribunal Federal (e.g. ADI nº
3.116/AP; ADI nº 3.430/ES, ADI nº 3.210/PR; ADI nº
3.068/DF), conforme destacado nas razões do recurso
extraordinário, a reforçar a conclusão de que se cuida,
inegavelmente, de discussão em que sobressai o ponto de
vista constitucional, ultrapassando os interesses das
partes, em especial, por se tratar de recurso extraordinário
interposto em face de ação direta de inconstitucionalidade
estadual. O tema tem o potencial de repetir-se em
inúmeros processos, sendo, portanto, conveniente, que
esta Suprema Corte profira sobre ele decisão aplicável a
todos esses feitos, segundo a sistemática da repercussão
geral. Assim, manifesto-me pela existência da repercussão
geral.
Brasília, 10 de outubro de 2012.
Ministro Dias Toffoli
Relator
Documento assinado digitalmente
2. A toda evidência, o quadro reclama o crivo do Supremo. Lei
estadual admitiu a arregimentação de pessoal na área do magistério sem
a realização de certame público, com base na premissa da necessidade
temporária de excepcional interesse público. Em síntese, considerada
atividade permanente, deu-se enquadramento que, ao primeiro exame,
surge com o objetivo de afastar o concurso público.
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Manifestação sobre a Repercussão Geral
RE 658.026 RG / MG
3. Concluo pela configuração da repercussão geral.
4. À Assessoria, para acompanhar a tramitação do incidente.
5. Publiquem.
Brasília – residência –, 20 de outubro de 2012, às 18h22.
Ministro MARCO AURÉLIO
6
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Supremo Tribunal Federal
RE 658.026 RG / MG
3. Concluo pela configuração da repercussão geral.
4. À Assessoria, para acompanhar a tramitação do incidente.
5. Publiquem.
Brasília – residência –, 20 de outubro de 2012, às 18h22.
Ministro MARCO AURÉLIO
6
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3081734 | 2012-11-01T00:00:00 | 2012-11-13T00:00:00 | Decisão: O Tribunal, por unanimidade, reputou constitucional a questão. O Tribunal, por unanimidade, reconheceu a existência de repercussão geral da questão constitucional suscitada.
Ministro DIAS TOFFOLI
Relator | REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
DIREITO ADMINISTRATIVO E CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE DE NORMA MUNICIPAL QUE DISPÕE SOBRE CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA DE PESSOAL. DISCUSSÃO ACERCA DOS REQUISITOS DA TEMPORARIEDADE E DA EXCEPCIONALIDADE, JUSTIFICADORES DO INTERESSE PÚBLICO EM QUE FUNDAMENTADA A CONTRATAÇÃO. MATÉRIA QUE ULTRAPASSA OS INTERESSES DAS PARTES, PASSÍVEL DE REPETIÇÃO EM INÚMEROS PROCESSOS. PRESENÇA DE REPERCUSSÃO GERAL. | repercussao-geral4241 | REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO JULGADO
- Acórdão(s) citado(s):
(CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA, CONCURSO PÚBLICO)
STF: ADI 2229 (TP), ADI 2987 (TP), ADI 3068 (TP), ADI 3116 (TP), ADI 3210 (TP), ADI 3430 (TP).
- Veja Ação Direta de Incostitucionalidade 1.0000.08.475374-8/000 do Órgão Especial do TJMG.
Número de páginas: 12.
Análise: 27/11/2012, AAT.
Revisão: 29/11/2012, SEV. | DIAS TOFFOLI | Tribunal Pleno | 658026 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00037 INC-00002 INC-00009 INC-00011\r\n ART-00093 INC-00009 ART-00102 INC-00003\r\n LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-EST CES ANO-1989\r\n ART-00021 PAR-00001 ART-00022 \r\n CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, MG\r\n",
"LEG-MUN LEI-000509 ANO-1999\r\n ART-00192 INC-00003 \r\n LEI ORDINÁRIA DO MUNICÍPIO DE BERTÓPOLIS , MG"
] | RE-RG | acordaos | RE 658026 RG | [
""
] | RECTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
RECDO.(A/S) : CÂMARA MUNICIPAL DE BERTÓPOLIS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 658 . 026",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 658 . 026",
"Recurso Extraordinário [UNK] 658 . 026 / MG",
"Recurso Extraordinário [UNK] 658 . 026 / MG",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"ADI [UNK] 3 . 116 / AP",
"ADI [UNK] 3 . 430 / ES",
"ADI [UNK] 3 . 210 / PR",
"ADI [UNK] 3 . 068 / DF",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"ADI [UNK] 3 . 116 / AP",
"ADI [UNK] 3 . 430 / ES",
"ADI [UNK] 3 . 210 / PR",
"ADI [UNK] 3 . 068 / DF",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 658 . 026",
"Recurso Extraordinário [UNK] 658 . 026 / MG",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade [UNK] 1 . 0000 . 08 . 475374 - 8 / 000",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 658 . 026",
"Recurso Extraordinário [UNK] 658 . 026 / MG",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade [UNK] 1 . 0000 . 08 . 475374 - 8 / 000",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"Ações Diretas de Inconstitucionalidade [UNK] 2 . 229 / ES",
"3",
".",
"210",
"/",
"PR",
"2",
".",
"987",
"/",
"SC",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"Ações Diretas de Inconstitucionalidade [UNK] 2 . 229 / ES",
"3",
".",
"210",
"/",
"PR",
"2",
".",
"987",
"/",
"SC",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"ADI [UNK] 3 . 116 / AP",
"ADI [UNK] 3 . 430 / ES",
"ADI [UNK] 3 . 210 / PR",
"ADI [UNK] 3 . 068 / DF",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"ADI [UNK] 3 . 116 /",
"ADI [UNK] 3 . 430 / ES",
"ADI [UNK] 3 . 210 / PR",
"ADI [UNK] 3 . 068 / DF",
"RE 658 . 026 RG / MG",
"RE 658"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 22 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 22 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 21 , § [UNK] e 22 , da",
"art . 37 , IX , da CL / 1988",
"art . 37 , XI , da Constituição Federal",
"art . 37 , II , CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 21 , § [UNK] e 22 , da CEMGE",
"art . 37 , IX , da CL / 1988",
"art . 37 , XI , da Constituição Federal",
"art . 37 , II , CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , II e IX , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , II e IX , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 192 , inciso III , da Lei municipal [UNK] 509 / 99",
"artigo 37 , inciso IX , do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 192 , inciso III , da Lei municipal [UNK] 509 / 99",
"artigo 37 , inciso IX , do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 37 , incisos II e IX , e 93 , inciso IX , da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 37 , incisos II e IX , e 93 , inciso IX , da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 22 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 22 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 21 , § [UNK] e 22 , da CEMGE",
"art . 37 , IX , da CL / 1988",
"art . 37 , XI , da Constituição Federal",
"art . 37 , II , CF",
"art . 37 , II e IX , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 21 , § [UNK] e 22 , da CEMGE",
"art . 37 , IX , da CL / 1988",
"art . 37 , XI , da Constituição Federal",
"art . 37 , II , CF",
"art . 37 , II e IX , da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Brasília",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"Brasília",
"Brasília",
"Brasília",
"Brasília – residência –"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS",
"CÂMARA MUNICIPAL DE BERTÓPOLIS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Ministério Público do Estado de Minas Gerais",
"Corte Superior do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Ministério Público do Estado de Minas Gerais",
"Corte Superior do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público do Estado de Minas Gerais",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público do Estado de Minas Gerais",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público do Estado de Minas Gerais",
"Corte Superior do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público do Estado de Minas Gerais",
"Corte Superior do Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"AP",
"Suprema Corte",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Carlos Velloso",
"Sepúlveda Pertence",
"Dias",
"Toffoli",
"Carlos Velloso",
"Sepúlveda Pertence",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO"
],
"TEMPO": [
"01",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"01",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10 de outubro de 2012",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"20 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.998 SÃO
PAULO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:JOSÉ AYRES DUARTE
ADV.(A/S)
:UBIRAJARA FERREIRA DINIZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CONDOMÍNIO VILA DO BOSQUE
ADV.(A/S)
:MARIA
TEREZA
SOUZA
CIDRAL
KOCSIS
VITANGELO E OUTRO(A/S)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (“NOS
PRÓPRIOS AUTOS”, CONFORME A LEI 12.322/2010). ADVOGADO
SUBSCRITOR DO AGRAVO REGIMENTAL. DEFICIÊNCIA NA
REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. ART. 37 DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL.
1. É indispensável a exibição do instrumento de mandato pelo
advogado, sob pena de serem considerados inexistentes os atos por ele
praticados (art. 37 do CPC).
2. Agravo regimental não conhecido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em não conhecer do agravo regimental, o que
fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em
sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do
julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3089140.
Supremo Tribunal Federal
DJe 30/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.998 SÃO
PAULO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:JOSÉ AYRES DUARTE
ADV.(A/S)
:UBIRAJARA FERREIRA DINIZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CONDOMÍNIO VILA DO BOSQUE
ADV.(A/S)
:MARIA
TEREZA
SOUZA
CIDRAL
KOCSIS
VITANGELO E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), ante o descumprimento do dever processual de
apresentar preliminar, formal e fundamentada, de repercussão geral das
questões constitucionais versadas no apelo extremo.
2. Pois bem, a parte agravante alega que “restou plenamente
demonstrado in casu a repercussão geral da matéria”. Aduz que, “em todas as
oportunidades em que foi possibilitada a manifestação do Agravante, este,
demonstrou de forma contundente, que o Recorrido lhe cerceou a possibilidade do
exercício de uma garantia fundamental, consistente na ampla defesa e
contraditório aos fatos a ele imputado, durante a fruição de sua propriedade
imóvel comum a terceiros” (sic, fls. 218).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.998 SÃO
PAULO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:JOSÉ AYRES DUARTE
ADV.(A/S)
:UBIRAJARA FERREIRA DINIZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CONDOMÍNIO VILA DO BOSQUE
ADV.(A/S)
:MARIA
TEREZA
SOUZA
CIDRAL
KOCSIS
VITANGELO E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), ante o descumprimento do dever processual de
apresentar preliminar, formal e fundamentada, de repercussão geral das
questões constitucionais versadas no apelo extremo.
2. Pois bem, a parte agravante alega que “restou plenamente
demonstrado in casu a repercussão geral da matéria”. Aduz que, “em todas as
oportunidades em que foi possibilitada a manifestação do Agravante, este,
demonstrou de forma contundente, que o Recorrido lhe cerceou a possibilidade do
exercício de uma garantia fundamental, consistente na ampla defesa e
contraditório aos fatos a ele imputado, durante a fruição de sua propriedade
imóvel comum a terceiros” (sic, fls. 218).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.998 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Não consta dos autos cópia da procuração outorgada ao advogado
subscritor do agravo regimental de fls. 217-220.
6. A regra geral que decorre do art. 37 do Código de Processo Civil é
a exigência de juntada, em autos de processo judicial, do instrumento de
mandato outorgado pela parte ao advogado, sob pena de serem
considerados inexistentes os atos praticados.
7. Confiram-se, a propósito, os acórdãos proferidos pelo Plenário
desta nossa Casa de Justiça no julgamento dos AIs 744.524-AgR-ED e
768.205-AgR, ambos da relatoria do ministro Gilmar Mendes.
8. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 527.231-AgR,
da relatoria da ministra Ellen Gracie; 564.973-AgR-ED, da relatoria do
ministro Dias Toffoli; 605.124-AgR-ED, da relatoria do ministro Celso de
Mello; 736.161-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia; e
771.624-AgR, da minha relatoria.
9. Ante o exposto, o agravo regimental não é de ser conhecido.
10. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.998 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Não consta dos autos cópia da procuração outorgada ao advogado
subscritor do agravo regimental de fls. 217-220.
6. A regra geral que decorre do art. 37 do Código de Processo Civil é
a exigência de juntada, em autos de processo judicial, do instrumento de
mandato outorgado pela parte ao advogado, sob pena de serem
considerados inexistentes os atos praticados.
7. Confiram-se, a propósito, os acórdãos proferidos pelo Plenário
desta nossa Casa de Justiça no julgamento dos AIs 744.524-AgR-ED e
768.205-AgR, ambos da relatoria do ministro Gilmar Mendes.
8. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 527.231-AgR,
da relatoria da ministra Ellen Gracie; 564.973-AgR-ED, da relatoria do
ministro Dias Toffoli; 605.124-AgR-ED, da relatoria do ministro Celso de
Mello; 736.161-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia; e
771.624-AgR, da minha relatoria.
9. Ante o exposto, o agravo regimental não é de ser conhecido.
10. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
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Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.998
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : JOSÉ AYRES DUARTE
ADV.(A/S) : UBIRAJARA FERREIRA DINIZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CONDOMÍNIO VILA DO BOSQUE
ADV.(A/S) : MARIA TEREZA SOUZA CIDRAL KOCSIS VITANGELO E
OUTRO(A/S)
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
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Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697.998
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : JOSÉ AYRES DUARTE
ADV.(A/S) : UBIRAJARA FERREIRA DINIZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CONDOMÍNIO VILA DO BOSQUE
ADV.(A/S) : MARIA TEREZA SOUZA CIDRAL KOCSIS VITANGELO E
OUTRO(A/S)
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 4
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3147241 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-11-30T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (“NOS PRÓPRIOS AUTOS”, CONFORME A LEI 12.322/2010). ADVOGADO SUBSCRITOR DO AGRAVO REGIMENTAL. DEFICIÊNCIA NA REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. ART. 37 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
1. É indispensável a exibição do instrumento de mandato pelo advogado, sob pena de serem considerados inexistentes os atos por ele praticados (art. 37 do CPC).
2. Agravo regimental não conhecido. | sjur220270 | - Acórdãos citados:
(AUSÊNCIA, PROCURAÇÃO)
STF: AI 744524 AgR ED (TP), AI 768205 AgR (TP), AI 527231
AgR (2ªT), AI 564973 AgR ED (1ªT), AI 605124 AgR ED (2ªT),
AI 736161 AgR (1ªT), AI 771624 AgR (2ªT).
Número de páginas: 4.
Análise: 05/12/2012, TBC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 697998 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00037 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 697998 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : JOSÉ AYRES DUARTE
ADV.(A/S) : UBIRAJARA FERREIRA DINIZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CONDOMÍNIO VILA DO BOSQUE
ADV.(A/S) : MARIA TEREZA SOUZA CIDRAL KOCSIS VITANGELO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MARCELO AYRES DUARTE
ADV.(A/S) : REMO HIGASHI BATTAGLIA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697 . 998",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 697 . 998",
"AIs 744 . 524 - AgR - ED",
"768",
".",
"205",
"AgR",
"AIs 527 . 231 - AgR",
"AgR",
"AIs 744 . 524 - AgR - ED",
"768",
".",
"205",
"-",
"AgR",
"AIs 527 . 231 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI 12 . 322 / 2010",
"ART . 37 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"art . 37 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"CONDOMÍNIO VILA DO BOSQUE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"CONDOMÍNIO VILA DO BOSQUE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"PLENÁRIO",
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"-",
"Brasil",
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"PLENÁRIO",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"CONDOMÍNIO VILA DO BOSQUE",
"Plenário",
"Plenário",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"CONDOMÍNIO VILA DO BOSQUE",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"JOSÉ AYRES DUARTE",
"UBIRAJARA FERREIRA DINIZ",
"MARIA TEREZA SOUZA CIDRAL",
"KOCSIS VITANGELO",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"JOSÉ AYRES DUARTE",
"UBIRAJARA FERREIRA DINIZ",
"MARIA TEREZA SOUZA CIDRAL KOCSIS VITANGELO",
"AYRES BRITTO",
"JOSÉ AYRES DUARTE",
"UBIRAJARA FERREIRA DINIZ",
"MARIA TEREZA SOUZA CIDRAL",
"KOCSIS VITANGELO",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Gilmar Mendes",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"AYRES BRITTO",
"Gilmar Mendes",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"JOSÉ AYRES DUARTE",
"UBIRAJARA FERREIRA DINIZ",
"MARIA TEREZA SOUZA CIDRAL KOCSIS VITANGELO",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu",
"JOSÉ AYRES DUARTE",
"UBIRAJARA FERREIRA DINIZ",
"MARIA TEREZA SOUZA CIDRAL KOCSIS VITANGELO",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.858 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:DIA BRASIL SOCIEDADE LIMITADA
ADV.(A/S)
:EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
EMENTA
Agravo regimental nos embargos de declaração no agravo de
instrumento. Negativa de prestação jurisdicional. CIDE. Lei nº
10.168/2000. Dispensa de LC. Precedentes.
1. Não houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de
motivação no decisum, uma vez que a jurisdição foi prestada, no caso,
mediante decisão suficientemente fundamentada, não obstante contrária
à pretensão da agravante.
2. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal assentou que é
constitucional a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
instituída pela Lei nº 10.168/2000, em razão de ser dispensável a edição de
lei complementar para a instituição dessa espécie tributária e a vinculação
direta entre os benefícios dela decorrentes e o contribuinte.
3. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
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Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Ementa e Acórdão
AI 737.858 ED-AGR / SP
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 737.858 ED-AGR / SP
Brasília, 6 de novembro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158968.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12
Relatório
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.858 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:DIA BRASIL SOCIEDADE LIMITADA
ADV.(A/S)
:EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
RELATÓRIO
O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI:
Dia Brasil Sociedade Limitada interpõe tempestivo agravo
regimental contra decisão em que neguei provimento ao agravo de
instrumento, nos seguintes termos:
“Vistos.
Dia Brasil Sociedade Ltda interpõe agravo de instrumento
contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário
fundado nas alíneas a e c do permissivo constitucional e
assentado em contrariedade aos artigos 5º, caput e inciso LIV, e
149, da Constituição Federal e aos princípios da isonomia, da
razoabilidade e da proporcionalidade.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Terceira
Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim
ementado:
‘DIREITO CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO
ECONÔMICO CIDE. LEIS Nº 10.168/00 E 10.332/01.
PAGAMENTO DE ROYALTIES, SERVIÇOS TÉCNICOS, E
DE
ASSISTÊNCIA
ADMINISTRATIVA
E
SEMELHANTES.
INCONSTITUCIONALIDADE
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158966.
Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.858 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:DIA BRASIL SOCIEDADE LIMITADA
ADV.(A/S)
:EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
RELATÓRIO
O EXMO. SR. MINISTRO DIAS TOFFOLI:
Dia Brasil Sociedade Limitada interpõe tempestivo agravo
regimental contra decisão em que neguei provimento ao agravo de
instrumento, nos seguintes termos:
“Vistos.
Dia Brasil Sociedade Ltda interpõe agravo de instrumento
contra a decisão que não admitiu recurso extraordinário
fundado nas alíneas a e c do permissivo constitucional e
assentado em contrariedade aos artigos 5º, caput e inciso LIV, e
149, da Constituição Federal e aos princípios da isonomia, da
razoabilidade e da proporcionalidade.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão da Terceira
Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, assim
ementado:
‘DIREITO CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO.
CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO
ECONÔMICO CIDE. LEIS Nº 10.168/00 E 10.332/01.
PAGAMENTO DE ROYALTIES, SERVIÇOS TÉCNICOS, E
DE
ASSISTÊNCIA
ADMINISTRATIVA
E
SEMELHANTES.
INCONSTITUCIONALIDADE
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158966.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Relatório
AI 737.858 ED-AGR / SP
INEXISTENTE. CREDITAMENTO. ARTIGO 4º DA MP Nº
2.159-70, DE 24.08.01, VIGENTE NOS TERMOS DO
ARTIGO 2º DA EC Nº 32/01. BENEFÍCIO FISCAL.
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO PRINCIPAL E
SUBSIDIÁRIO.
1. A contribuição de intervenção econômica - CIDE,
instituída pela Lei nº 10.168/00 e alterada pela Lei nº
10.332/01, incidente sobre pagamento de royalties, serviços
técnicos, e assistência administrativa e semelhantes, não
padece de qualquer das inconstitucionalidades invocadas.
2. A referência ao artigo 146, inciso III, da
Constituição Federal, apenas define uma relação de
hierarquia, determinando o conteúdo, mas não a forma
legislativa válida para a instituição das contribuições de
intervenção no domínio econômico que, assim, podem ser
criadas formalmente por meio de lei ordinária, observadas
as prescrições materiais da lei complementar de normas
gerais, que são aplicáveis, por evidente, a toda e qualquer
espécie tributária.
3. A CIDE foi instituída para custear a intervenção do
Estado, em atividades e programas definidos, pela própria
Constituição, como de interesse direto dos atingidos pela
tributação, aos quais se reverte um benefício específico.
Não se avista, pois, mero interesse fiscal de arrecadação,
mas hipótese congruente de extrafiscalidade, motivo
bastante para legitimar a cobrança de tal contribuição. A
lei específica previu, em conformidade com o texto maior,
que os recursos são vinculados às despesas efetuadas no
interesse e em benefício dos contribuintes tributados.
Assim, os recursos da CIDE são destinados ao Fundo
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
FNDCT, para aplicação no Programa de Estímulo à
Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação,
que atende a interesses específicos, com benefícios diretos
e indiretos, na forma de projetos de pesquisa e
desenvolvimento, de implantação de infra-estrutura, de
2
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AI 737.858 ED-AGR / SP
INEXISTENTE. CREDITAMENTO. ARTIGO 4º DA MP Nº
2.159-70, DE 24.08.01, VIGENTE NOS TERMOS DO
ARTIGO 2º DA EC Nº 32/01. BENEFÍCIO FISCAL.
IMPROCEDÊNCIA DO PEDIDO PRINCIPAL E
SUBSIDIÁRIO.
1. A contribuição de intervenção econômica - CIDE,
instituída pela Lei nº 10.168/00 e alterada pela Lei nº
10.332/01, incidente sobre pagamento de royalties, serviços
técnicos, e assistência administrativa e semelhantes, não
padece de qualquer das inconstitucionalidades invocadas.
2. A referência ao artigo 146, inciso III, da
Constituição Federal, apenas define uma relação de
hierarquia, determinando o conteúdo, mas não a forma
legislativa válida para a instituição das contribuições de
intervenção no domínio econômico que, assim, podem ser
criadas formalmente por meio de lei ordinária, observadas
as prescrições materiais da lei complementar de normas
gerais, que são aplicáveis, por evidente, a toda e qualquer
espécie tributária.
3. A CIDE foi instituída para custear a intervenção do
Estado, em atividades e programas definidos, pela própria
Constituição, como de interesse direto dos atingidos pela
tributação, aos quais se reverte um benefício específico.
Não se avista, pois, mero interesse fiscal de arrecadação,
mas hipótese congruente de extrafiscalidade, motivo
bastante para legitimar a cobrança de tal contribuição. A
lei específica previu, em conformidade com o texto maior,
que os recursos são vinculados às despesas efetuadas no
interesse e em benefício dos contribuintes tributados.
Assim, os recursos da CIDE são destinados ao Fundo
Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico
FNDCT, para aplicação no Programa de Estímulo à
Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação,
que atende a interesses específicos, com benefícios diretos
e indiretos, na forma de projetos de pesquisa e
desenvolvimento, de implantação de infra-estrutura, de
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capacitação de recursos humanos, de apoio à produção e à
formação de parques industriais, entre outras medidas.
4. A definição dos contribuintes e das operações
tributadas não viola os princípios da isonomia,
razoabilidade e proporcionalidade: os contribuintes foram
alcançados pela incidência fiscal em função do benefício
especial promovido pelo Poder Público e custeado com os
recursos da tributação específica. A incidência observou,
sem prova em contrário, a espécie de atividade e serviços
direta e especialmente beneficiados pela política de
fomento científico-tecnológico, estabelecendo objetiva
vinculação a partir da relação de benefício e de custeio,
que norteia a instituição da contribuição de intervenção no
domínio econômico. A tese de que deveriam ser tributados
outros serviços e empresas que adotam outras formas de
remuneração contratual, porque igualmente beneficiados
pela intervenção estatal, não resulta de comprovação
concreta, senão que de cogitação abstrata, que não pode
amparar a decretação de inconstitucionalidade.
5. A tributação no que incidente apenas sobre
contratos celebrados com pessoas sediadas no exterior,
deixando de atingir as operações com as domiciliadas no
País, não exibe tampouco qualquer ofensa aos princípios
invocados. O critério de distinção é plenamente razoável,
proporcional e isonômico, porque assentado em critério
objetivamente fundado, com a identificação do propósito
de estimular a contratação do uso de marcas e patentes, e
de serviços técnicos e de assistência prestados por pessoas
domiciliadas no País, evitando a remessa de divisas ao
exterior, e fortalecendo o mercado interno de produção e
consumo de tais serviços, bens e tecnologias.
6. O crédito da CIDE para dedução do devido em
operações subseqüentes não é senão benefício fiscal, cuja
concessão depende de lei e dos limites nela fixados ao
respectivo gozo. A limitação do seu alcance aos royalties
pela exploração de patentes e uso de marcas é opção de
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capacitação de recursos humanos, de apoio à produção e à
formação de parques industriais, entre outras medidas.
4. A definição dos contribuintes e das operações
tributadas não viola os princípios da isonomia,
razoabilidade e proporcionalidade: os contribuintes foram
alcançados pela incidência fiscal em função do benefício
especial promovido pelo Poder Público e custeado com os
recursos da tributação específica. A incidência observou,
sem prova em contrário, a espécie de atividade e serviços
direta e especialmente beneficiados pela política de
fomento científico-tecnológico, estabelecendo objetiva
vinculação a partir da relação de benefício e de custeio,
que norteia a instituição da contribuição de intervenção no
domínio econômico. A tese de que deveriam ser tributados
outros serviços e empresas que adotam outras formas de
remuneração contratual, porque igualmente beneficiados
pela intervenção estatal, não resulta de comprovação
concreta, senão que de cogitação abstrata, que não pode
amparar a decretação de inconstitucionalidade.
5. A tributação no que incidente apenas sobre
contratos celebrados com pessoas sediadas no exterior,
deixando de atingir as operações com as domiciliadas no
País, não exibe tampouco qualquer ofensa aos princípios
invocados. O critério de distinção é plenamente razoável,
proporcional e isonômico, porque assentado em critério
objetivamente fundado, com a identificação do propósito
de estimular a contratação do uso de marcas e patentes, e
de serviços técnicos e de assistência prestados por pessoas
domiciliadas no País, evitando a remessa de divisas ao
exterior, e fortalecendo o mercado interno de produção e
consumo de tais serviços, bens e tecnologias.
6. O crédito da CIDE para dedução do devido em
operações subseqüentes não é senão benefício fiscal, cuja
concessão depende de lei e dos limites nela fixados ao
respectivo gozo. A limitação do seu alcance aos royalties
pela exploração de patentes e uso de marcas é opção de
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política fiscal, adotada pelo legislador, que não pode ser
contrastada com base nos princípios da isonomia,
razoabilidade e proporcionalidade, para os efeitos
preconizados; e assim porque se, por hipótese, houvesse
inconstitucionalidade na discriminação, a única solução
cabível seria a suspensão da eficácia do benefício em
relação às operações beneficiadas, e não a extensão do
direito ao crédito a outras, além da vontade do legislador,
pois o Poder Judiciário, como consagrado, não tem a
função senão que de legislador negativo. O alcance do
benefício deve ser objetivamente observado, por isso que
ilegal presumir e cogitar da natureza incindível do objeto
de contratos firmados para ampliar o direito de crédito.
No que concerne, enfim, ao critério para o respectivo
cálculo, é certo que a lei indica a apuração com base no
valor devido, porém no sentido evidente de valor pago e
assim essencialmente porque o benefício instituído
encontra-se logicamente sustentado na relação de
pagamento e dedução, sendo impossível cogitar de crédito
para redução do valor da CIDE em operações posteriores
com base apenas em valor devido, mas não efetivamente
recolhido.
7. Em conseqüência da integral sucumbência da
parte autora, cumpre condená-la ao pagamento da verba
honorária, que se fixa em 10% sobre o valor atualizado da
causa, em conformidade com os critérios do § 4º do artigo
20 do Código de Processo Civil, e com a jurisprudência
uniforme da Turma’ (fls. 413/414).
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi
publicado em 7/6/06, conforme expresso na certidão de folha
356, não sendo exigível a demonstração da existência de
repercussão geral das questões constitucionais trazidas no
recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de
Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.
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política fiscal, adotada pelo legislador, que não pode ser
contrastada com base nos princípios da isonomia,
razoabilidade e proporcionalidade, para os efeitos
preconizados; e assim porque se, por hipótese, houvesse
inconstitucionalidade na discriminação, a única solução
cabível seria a suspensão da eficácia do benefício em
relação às operações beneficiadas, e não a extensão do
direito ao crédito a outras, além da vontade do legislador,
pois o Poder Judiciário, como consagrado, não tem a
função senão que de legislador negativo. O alcance do
benefício deve ser objetivamente observado, por isso que
ilegal presumir e cogitar da natureza incindível do objeto
de contratos firmados para ampliar o direito de crédito.
No que concerne, enfim, ao critério para o respectivo
cálculo, é certo que a lei indica a apuração com base no
valor devido, porém no sentido evidente de valor pago e
assim essencialmente porque o benefício instituído
encontra-se logicamente sustentado na relação de
pagamento e dedução, sendo impossível cogitar de crédito
para redução do valor da CIDE em operações posteriores
com base apenas em valor devido, mas não efetivamente
recolhido.
7. Em conseqüência da integral sucumbência da
parte autora, cumpre condená-la ao pagamento da verba
honorária, que se fixa em 10% sobre o valor atualizado da
causa, em conformidade com os critérios do § 4º do artigo
20 do Código de Processo Civil, e com a jurisprudência
uniforme da Turma’ (fls. 413/414).
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido foi
publicado em 7/6/06, conforme expresso na certidão de folha
356, não sendo exigível a demonstração da existência de
repercussão geral das questões constitucionais trazidas no
recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de
Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07.
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A irresignação não merece prosperar.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal assentou
que é constitucional a Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico instituída pela Lei nº 10.168/2000, em razão de ser
dispensável a edição de lei complementar para a instituição
dessa espécie tributária e a vinculação direta entre os benefícios
dela decorrentes e o contribuinte.’
Nesse sentido, confira-se:
‘DIREITO TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DE
INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO. EDIÇÃO
DE LEI COMPLEMENTAR E VINCULAÇÃO À
ATIVIDADE ECONÔMICA: DESNECESSIDADE. ARTS.
5º, XXXV, LIV e LV, e 93, IX, DA CF/88: OFENSA
INDIRETA. 1. O Supremo Tribunal Federal entende que é
constitucional a Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico instituída pela Lei 10.168/2000 em razão de ser
dispensável a edição de lei complementar para a
instituição dessa espécie tributária, e desnecessária a
vinculação direta entre os benefícios dela decorrentes e o
contribuinte. Precedentes. 2. A jurisprudência desta Corte
está sedimentada no sentido de que as alegações de ofensa
a incisos do artigo 5º da Constituição Federal legalidade,
prestação jurisdicional, direito adquirido, ato jurídico
perfeito, limites da coisa julgada, devido processo legal,
contraditório e ampla defesa podem configurar, quando
muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da
Constituição, circunstância essa que impede a utilização
do recurso extraordinário. 3. O fato de a decisão ter sido
contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao
art. 93, IX, da Constituição Federal. 4. Agravo regimental a
que se nega provimento’ (RE nº 492.353/RS-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de
14/3/2011).
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Supremo Tribunal Federal
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A irresignação não merece prosperar.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal assentou
que é constitucional a Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico instituída pela Lei nº 10.168/2000, em razão de ser
dispensável a edição de lei complementar para a instituição
dessa espécie tributária e a vinculação direta entre os benefícios
dela decorrentes e o contribuinte.’
Nesse sentido, confira-se:
‘DIREITO TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DE
INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO. EDIÇÃO
DE LEI COMPLEMENTAR E VINCULAÇÃO À
ATIVIDADE ECONÔMICA: DESNECESSIDADE. ARTS.
5º, XXXV, LIV e LV, e 93, IX, DA CF/88: OFENSA
INDIRETA. 1. O Supremo Tribunal Federal entende que é
constitucional a Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico instituída pela Lei 10.168/2000 em razão de ser
dispensável a edição de lei complementar para a
instituição dessa espécie tributária, e desnecessária a
vinculação direta entre os benefícios dela decorrentes e o
contribuinte. Precedentes. 2. A jurisprudência desta Corte
está sedimentada no sentido de que as alegações de ofensa
a incisos do artigo 5º da Constituição Federal legalidade,
prestação jurisdicional, direito adquirido, ato jurídico
perfeito, limites da coisa julgada, devido processo legal,
contraditório e ampla defesa podem configurar, quando
muito, situações de ofensa meramente reflexa ao texto da
Constituição, circunstância essa que impede a utilização
do recurso extraordinário. 3. O fato de a decisão ter sido
contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao
art. 93, IX, da Constituição Federal. 4. Agravo regimental a
que se nega provimento’ (RE nº 492.353/RS-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de
14/3/2011).
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‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO
DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO CIDE.
LEI 10.168/2000. DESNECESSIDADE DE LEI
COMPLEMENTAR E DE VINCULAÇÃO DIRETA ENTRE
O CONTRIBUINTE E A APLICAÇÃO DOS RECURSOS
ARRECADADOS. EXTENSÃO DE BENEFÍCIO FISCAL A
CONTRIBUINTES NÃO COMTEMPLADOS PELA
LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA. PRINCÍPIO DA
ISONOMIA. PODER JUDICIÁRIO. ATUAÇÃO COMO
LEGISLADOR POSITIVO. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO
IMPROVIDO. I As contribuições de intervenção no
domínio econômico podem ser criadas por lei ordinária e
não exigem vinculação direta entre o contribuinte e a
aplicação dos recursos arrecadados. Precedentes. II Ante a
impossibilidade de atuação do Poder Judiciário como
legislador positivo, não cabe a ele, com base no princípio
da isonomia, estender benefício fiscal a contribuintes não
abrangidos pela legislação pertinente. III Agravo
regimental improvido’ (RE nº 449.233/RS-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
9/3/2011).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. DESNECESSIDADE
DE EDIÇÃO DE LEI COMPLEMENTAR PARA CRIAÇÃO
DA CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO
ECONÔMICO CIDE E DE VINCULAÇÃO DIRETA
ENTRE O CONTRIBUINTE E O BENEFÍCIO
PROPORCIONADO.
PRECEDENTES.
AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (RE
nº 564.901/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJ de 21/2/11).
O acórdão recorrido está em sintonia com essa orientação.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo."
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‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO
DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO CIDE.
LEI 10.168/2000. DESNECESSIDADE DE LEI
COMPLEMENTAR E DE VINCULAÇÃO DIRETA ENTRE
O CONTRIBUINTE E A APLICAÇÃO DOS RECURSOS
ARRECADADOS. EXTENSÃO DE BENEFÍCIO FISCAL A
CONTRIBUINTES NÃO COMTEMPLADOS PELA
LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA. PRINCÍPIO DA
ISONOMIA. PODER JUDICIÁRIO. ATUAÇÃO COMO
LEGISLADOR POSITIVO. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO
IMPROVIDO. I As contribuições de intervenção no
domínio econômico podem ser criadas por lei ordinária e
não exigem vinculação direta entre o contribuinte e a
aplicação dos recursos arrecadados. Precedentes. II Ante a
impossibilidade de atuação do Poder Judiciário como
legislador positivo, não cabe a ele, com base no princípio
da isonomia, estender benefício fiscal a contribuintes não
abrangidos pela legislação pertinente. III Agravo
regimental improvido’ (RE nº 449.233/RS-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
9/3/2011).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. DESNECESSIDADE
DE EDIÇÃO DE LEI COMPLEMENTAR PARA CRIAÇÃO
DA CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO
ECONÔMICO CIDE E DE VINCULAÇÃO DIRETA
ENTRE O CONTRIBUINTE E O BENEFÍCIO
PROPORCIONADO.
PRECEDENTES.
AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (RE
nº 564.901/RJ-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJ de 21/2/11).
O acórdão recorrido está em sintonia com essa orientação.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo."
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12
Relatório
AI 737.858 ED-AGR / SP
A agravante alega violação dos arts. 5º, incisos XXXV e LV; e 93,
inciso IX, da Constituição Federal, pela suposta ausência de
fundamentação no julgado.
Aduz, in verbis, que:
“(...) em relação ao fundamento jurídico do pedido
apontado no item ‘a’ acima, referente à ausência de intervenção
da União no domínio econômico (violação ao artigo 149 da CF),
não houve nenhuma manifestação da r. decisão monocrática,
nem tampouco nos precedentes por ela transcritos como razão
de decidir.”
É o relatório.
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Supremo Tribunal Federal
AI 737.858 ED-AGR / SP
A agravante alega violação dos arts. 5º, incisos XXXV e LV; e 93,
inciso IX, da Constituição Federal, pela suposta ausência de
fundamentação no julgado.
Aduz, in verbis, que:
“(...) em relação ao fundamento jurídico do pedido
apontado no item ‘a’ acima, referente à ausência de intervenção
da União no domínio econômico (violação ao artigo 149 da CF),
não houve nenhuma manifestação da r. decisão monocrática,
nem tampouco nos precedentes por ela transcritos como razão
de decidir.”
É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.858 SÃO
PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.
Conforme já verificado, não houve negativa de prestação
jurisdicional ou inexistência de motivação no decisum, uma vez que a
jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente
fundamentada, não obstante contrária à pretensão da agravante.
Ressalte-se que o referido art. 93, inciso IX, da Constituição Federal
não determina que o órgão judicante se manifeste sobre todos os
argumentos de defesa apresentados, mas, sim, que fundamente as razões
que entendeu suficientes à formação de seu convencimento. Sobre o tema,
anotem-se os seguintes precedentes: AI nº 653.010/DF-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 29/8/08; e RE nº
463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ
de 3/2/06.
Note-se que tal posicionamento já foi chancelado pelo Plenário desta
Corte, conforme dispõe o seguinte precedente:
“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão
em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º e 4º). 2. Alegação
de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art.
93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da
Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam
fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar,
contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações
ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.
4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão
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Supremo Tribunal Federal
06/11/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.858 SÃO
PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.
Conforme já verificado, não houve negativa de prestação
jurisdicional ou inexistência de motivação no decisum, uma vez que a
jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente
fundamentada, não obstante contrária à pretensão da agravante.
Ressalte-se que o referido art. 93, inciso IX, da Constituição Federal
não determina que o órgão judicante se manifeste sobre todos os
argumentos de defesa apresentados, mas, sim, que fundamente as razões
que entendeu suficientes à formação de seu convencimento. Sobre o tema,
anotem-se os seguintes precedentes: AI nº 653.010/DF-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 29/8/08; e RE nº
463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ
de 3/2/06.
Note-se que tal posicionamento já foi chancelado pelo Plenário desta
Corte, conforme dispõe o seguinte precedente:
“Questão de ordem. Agravo de Instrumento. Conversão
em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º e 4º). 2. Alegação
de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º e ao inciso IX do art.
93 da Constituição Federal. Inocorrência. 3. O art. 93, IX, da
Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam
fundamentados, ainda que sucintamente, sem determinar,
contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações
ou provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.
4. Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 737.858 ED-AGR / SP
geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento
ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados
à repercussão geral” (AI nº 791.292/PE-QO-RG, Relator o
Ministro Gilmar Mendes, DJe de 13/8/10).
Reitero, por oportuno, que a jurisprudência deste Supremo Tribunal
Federal assentou que é constitucional a Contribuição de Intervenção no
Domínio Econômico instituída pela Lei nº 10.168/2000, em razão de ser
dispensável a edição de lei complementar para a instituição dessa espécie
tributária e a vinculação direta entre os benefícios dela decorrentes e o
contribuinte. Nesse sentido, confira-se: RE nº 492.353/RS-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 14/3/11; RE nº
449.233/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo
Lewandowski, DJe de 9/3/11; e RE nº 564.901/RJ-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 21/2/11.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158962.
Supremo Tribunal Federal
AI 737.858 ED-AGR / SP
geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar provimento
ao recurso e autorizar a adoção dos procedimentos relacionados
à repercussão geral” (AI nº 791.292/PE-QO-RG, Relator o
Ministro Gilmar Mendes, DJe de 13/8/10).
Reitero, por oportuno, que a jurisprudência deste Supremo Tribunal
Federal assentou que é constitucional a Contribuição de Intervenção no
Domínio Econômico instituída pela Lei nº 10.168/2000, em razão de ser
dispensável a edição de lei complementar para a instituição dessa espécie
tributária e a vinculação direta entre os benefícios dela decorrentes e o
contribuinte. Nesse sentido, confira-se: RE nº 492.353/RS-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 14/3/11; RE nº
449.233/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo
Lewandowski, DJe de 9/3/11; e RE nº 564.901/RJ-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 21/2/11.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3158962.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.858
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : DIA BRASIL SOCIEDADE LIMITADA
ADV.(A/S) : EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108244
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.858
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : DIA BRASIL SOCIEDADE LIMITADA
ADV.(A/S) : EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3108244
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3168793 | 2012-11-06T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 6.11.2012. | AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Agravo regimental nos embargos de declaração no agravo de instrumento. Negativa de prestação jurisdicional. CIDE. Lei nº 10.168/2000. Dispensa de LC. Precedentes.
1. Não houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de motivação no decisum, uma vez que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente fundamentada, não obstante contrária à pretensão da agravante.
2. A jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal assentou que é constitucional a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico instituída pela Lei nº 10.168/2000, em razão de ser dispensável a edição de lei complementar para a instituição dessa espécie tributária e a vinculação direta entre os benefícios dela decorrentes e o contribuinte.
3. Agravo regimental não provido. | sjur221051 | - Acórdãos citados:
(DECISÃO FUNDAMENTADA)
STF: AI 653010 AgR(1ªT), RE 463139 AgR(2ªT), AI 791292 QO-RG(TP);
(CIDE)
STF: RE 449233 AgR(2ªT), RE 492353 AgR(2ªT), RE 564901 AgR(2ªT).
Número de páginas: 12.
Análise: 14/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 737858 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-010168 ANO-2000\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | AI-ED-AgR | acordaos | AI 737858 ED-AgR | [
""
] | AGTE.(S) : DIA BRASIL SOCIEDADE LIMITADA
ADV.(A/S) : EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 858",
"AI 737 . 858 ED - AGR / SP",
"AI 737 . 858 ED",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 858",
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"-",
"AGR /",
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"AI 737 . 858 ED -",
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"AGR",
"AI 737 . 858 ED",
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"RE [UNK] 492 . 353 / RS - AgR",
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"RE [UNK] 492 . 353 / RS - AgR",
"AI 737 . 858 ED - AGR / SP",
"RE [UNK] 449 . 233 / RS - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO",
"RE [UNK] 564 . 901 / RJ - AgR",
"AI 737 . 858 ED - AGR / SP",
"RE [UNK] 449 . 233 / RS - AgR",
"RE [UNK] 564 . 901 / RJ - AgR",
"AI 737 . 858 ED - AGR / SP",
"AI 737 . 858 ED -",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 858",
"AI [UNK] 653 . 010 / DF - AgR",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 858",
"AI [UNK] 653 . 010 / DF - AgR",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"AI 737 . 858 ED - AGR / SP",
"AI [UNK] 791 . 292 / PE - QO - RG",
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"AI 737 . 858 ED",
"AI [UNK] 791 . 292 / PE - QO - RG",
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"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 858",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 858"
],
"LEGISLACAO": [
"Lei [UNK] 10 . 168 / 2000",
"Lei [UNK] 10 . 168 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , caput e inciso LIV , e 149 , da Constituição Federal",
"LEIS [UNK] 10 . 168 / 00",
"10",
".",
"332",
"/",
"01",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , caput e inciso LIV , e 149 , da Constituição Federal",
"LEIS [UNK] 10 . 168 / 00",
"10",
".",
"332",
"/",
"01",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] DA MP [UNK] 2 . 159 - 70",
"ARTIGO [UNK] DA EC [UNK] 32 / 01",
"Lei [UNK] 10 . 168 / 00",
"Lei [UNK] 10 . 332 / 01",
"artigo 146 , inciso III , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] DA MP [UNK] 2 . 159 - 70",
"ARTIGO [UNK] DA EC [UNK] 32 / 01",
"Lei [UNK] 10 . 168 / 00",
"Lei [UNK] 10 . 332 / 01",
"artigo 146 , inciso III , da Constituição Federal",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do artigo 20 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do artigo 20 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 168 / 2000",
"ARTS . [UNK] , XXXV , LIV e LV , e 93 , IX , DA CF / 88",
"Lei 10 . 168 / 2000",
"artigo [UNK] da Constituição Federal",
"Constituição",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 168 / 2000",
"ARTS . [UNK] , XXXV , LIV e LV , e 93 , IX , DA CF / 88",
"Lei 10 . 168 / 2000",
"artigo [UNK] da Constituição Federal",
"Constituição",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI 10 . 168 / 2000",
"MP n° 2 . 200",
"LEI 10 . 168 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , incisos XXXV e LV ; e 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"artigo 149 da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , incisos XXXV e LV ; e 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"artigo 149 da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"CPC , art . 544 , § § [UNK] e [UNK]",
"inciso IX do art . 93 da Constituição Federal",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"CPC , art . 544 , § § [UNK] e [UNK]",
"incisos XXXV e LX do art . [UNK]",
"inciso IX do art . 93 da Constituição Federal",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 168 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 10 . 168 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DIA BRASIL SOCIEDADE LIMITADA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"UNIÃO",
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"Terceira Turma",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
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"-",
"Brasil",
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"UNIÃO",
"UNIÃO",
"FAZENDA NACIONAL",
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"Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico",
"FNDCT",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico",
"FNDCT",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"/",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"/",
"SP",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
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"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
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"União",
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"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Plenário",
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"Brasil",
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"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
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"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
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"-",
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"UNIÃO",
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"-",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
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"DIAS TOFFOLI",
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"Joaquim Barbosa",
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"Ricardo Lewandowski",
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"Gilmar Mendes",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
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"DIAS TOFFOLI",
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"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
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"EDGARD SILVEIRA BUENO FILHO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
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"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"2012",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"6 de novembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
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"2012",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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".",
"08",
".",
"01",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"08",
".",
"01",
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"2001",
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"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
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"/",
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"6",
"/",
"9",
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"/",
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"/",
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".",
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".",
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".",
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".",
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"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.688 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:VILSON CERESER
ADV.(A/S)
:MIRIAM WINTER E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. INTERPOSIÇÃO EQUIVOCADA EM TRIBUNAL
DIVERSO.
RECURSO
(VIA
FAC-SÍMILE)
RECEBIDO
EXTEMPORANEAMENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL,
ÓRGÃO COMPETENTE PARA SUA APRECIAÇÃO.
1. É intempestivo o recurso equivocadamente interposto perante
Tribunal diverso e recebido no Supremo Tribunal Federal, órgão
competente para sua apreciação, somente após o trânsito em julgado da
decisão recorrida. Precedentes.
2. Agravo regimental não conhecido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em não conhecer do agravo regimental, o que
fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em
sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do
julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088771.
Supremo Tribunal Federal
DJe 03/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.688 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:VILSON CERESER
ADV.(A/S)
:MIRIAM WINTER E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo de instrumento porque não apresentada
cópia do inteiro teor do acórdão recorrido.
2. Pois bem, a parte agravante alega que “foi apresentada a cópia do
inteiro teor do acórdão recorrido, conforme comprova-se no final da petição de
agravo, onde a mesma consta arrolada” (fls. 97/98).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.688 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:VILSON CERESER
ADV.(A/S)
:MIRIAM WINTER E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo de instrumento porque não apresentada
cópia do inteiro teor do acórdão recorrido.
2. Pois bem, a parte agravante alega que “foi apresentada a cópia do
inteiro teor do acórdão recorrido, conforme comprova-se no final da petição de
agravo, onde a mesma consta arrolada” (fls. 97/98).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.688 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Ultimado o relatório, passo ao voto. Ao fazê-lo, entendo que o
recurso não ultrapassa a barreira do conhecimento, porque
extemporâneo. No caso, a publicação da decisão agravada deu-se em
02/08/2012 (fls. 94), quinta-feira, e a petição do presente recurso somente
foi protocolada em 09/08/2012 (fls. 97), quinta-feira. Fora, portanto, do
prazo legal, exaurido em 07/08/2012, terça-feira (certidão de trânsito às fls.
96).
6. Anoto, por oportuno, que, nos termos do ofício de fls. 101, o
fac-símile da petição de agravo regimental foi enviado por equívoco ao
Superior Tribunal de Justiça, que o remeteu a esta Casa de Justiça.
Contudo, a petição somente foi recebida aqui em 15/08/2012, quarta-feira.
7. Ora, o STF já apreciou casos semelhantes e entendeu pela
intempestividade do recurso equivocadamente interposto em Tribunal
diverso e recebido no Supremo Tribunal Federal, órgão competente para
sua apreciação, somente após o trânsito em julgado da decisão recorrida.
Confiram-se, a propósito, os AIs 386.616-AgR, da relatoria do ministro
Gilmar Mendes; 489.451-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda
Pertence; 456.015-AgR e 745.838-AgR-ED, da relatoria da ministra Ellen
Gracie; 562.996-AgR-ED, da minha relatoria; 591.802-AgR-ED, da
relatoria do ministro Celso de Mello; 739.647-AgR, da relatoria do
ministro Joaquim Barbosa; 761.683-AgR-ED, da relatoria da ministra
Cármen Lúcia; e 817.119-AgR, da relatoria do ministro Dias Toffoli; bem
como o RE 206.774-ED, da relatoria do ministro Ilmar Galvão, este último
assim fundamentado, na parte que interessa ao deslinde da causa:
“É jurisprudência assente nesta Corte que a
tempestividade do recurso é aferida a partir da protocolização
da petição recursal no tribunal competente, não eximindo da
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.688 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Ultimado o relatório, passo ao voto. Ao fazê-lo, entendo que o
recurso não ultrapassa a barreira do conhecimento, porque
extemporâneo. No caso, a publicação da decisão agravada deu-se em
02/08/2012 (fls. 94), quinta-feira, e a petição do presente recurso somente
foi protocolada em 09/08/2012 (fls. 97), quinta-feira. Fora, portanto, do
prazo legal, exaurido em 07/08/2012, terça-feira (certidão de trânsito às fls.
96).
6. Anoto, por oportuno, que, nos termos do ofício de fls. 101, o
fac-símile da petição de agravo regimental foi enviado por equívoco ao
Superior Tribunal de Justiça, que o remeteu a esta Casa de Justiça.
Contudo, a petição somente foi recebida aqui em 15/08/2012, quarta-feira.
7. Ora, o STF já apreciou casos semelhantes e entendeu pela
intempestividade do recurso equivocadamente interposto em Tribunal
diverso e recebido no Supremo Tribunal Federal, órgão competente para
sua apreciação, somente após o trânsito em julgado da decisão recorrida.
Confiram-se, a propósito, os AIs 386.616-AgR, da relatoria do ministro
Gilmar Mendes; 489.451-AgR, da relatoria do ministro Sepúlveda
Pertence; 456.015-AgR e 745.838-AgR-ED, da relatoria da ministra Ellen
Gracie; 562.996-AgR-ED, da minha relatoria; 591.802-AgR-ED, da
relatoria do ministro Celso de Mello; 739.647-AgR, da relatoria do
ministro Joaquim Barbosa; 761.683-AgR-ED, da relatoria da ministra
Cármen Lúcia; e 817.119-AgR, da relatoria do ministro Dias Toffoli; bem
como o RE 206.774-ED, da relatoria do ministro Ilmar Galvão, este último
assim fundamentado, na parte que interessa ao deslinde da causa:
“É jurisprudência assente nesta Corte que a
tempestividade do recurso é aferida a partir da protocolização
da petição recursal no tribunal competente, não eximindo da
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
AI 855.688 AGR / RS
intempestividade o fato do recurso ter sido protocolizado
equivocamente em outro tribunal no prazo, se, quando de sua
protocolização no STF, era extemporâneo.”
8. Ante o exposto, o agravo não é de ser conhecido.
9. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 855.688 AGR / RS
intempestividade o fato do recurso ter sido protocolizado
equivocamente em outro tribunal no prazo, se, quando de sua
protocolização no STF, era extemporâneo.”
8. Ante o exposto, o agravo não é de ser conhecido.
9. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.688
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : VILSON CERESER
ADV.(A/S) : MIRIAM WINTER E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 855.688
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : VILSON CERESER
ADV.(A/S) : MIRIAM WINTER E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141159
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3151558 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-12-03T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. INTERPOSIÇÃO EQUIVOCADA EM TRIBUNAL DIVERSO. RECURSO (VIA FAC-SÍMILE) RECEBIDO EXTEMPORANEAMENTE NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, ÓRGÃO COMPETENTE PARA SUA APRECIAÇÃO.
1. É intempestivo o recurso equivocadamente interposto perante Tribunal diverso e recebido no Supremo Tribunal Federal, órgão competente para sua apreciação, somente após o trânsito em julgado da decisão recorrida. Precedentes.
2. Agravo regimental não conhecido. | sjur220418 | - Acórdãos citados:
(TEMPESTIVIDADE)
STF: AI 386616 AgR (2ªT), AI 489451 AgR (2ªT), AI 456015
AgR (2ªT), AI 745838 AgR ED (2ªT), AI 562996 AgR ED (1ªT),
AI 591802 AgR ED (2ªT), AI 739647 AgR (2ªT), AI 761683 AgR
ED (1ªT), AI 817119 AgR (1ªT), RE 206774 ED (2ªT).
Número de páginas: 5.
Análise: 05/12/2012, TBC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 855688 | null | AI-AgR | acordaos | AI 855688 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : VILSON CERESER
ADV.(A/S) : MIRIAM WINTER E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
ADV.(A/S) : ALOISIO JORGE HOLZMEIER | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 688",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 688",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 688",
"AIs 386 . 616 - AgR",
"489 .",
"451",
"-",
"AgR",
"AgR",
"RE 206 . 774 - ED",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 688",
"AIs 386 . 616 - AgR",
"-",
"ED",
"817",
".",
"119",
"-",
"AgR",
"RE 206 . 774 - ED",
"AI 855 . 688 AGR / RS",
"AI 855 . 688 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 855 . 688"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"VILSON CERESER",
"MIRIAM WINTER",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"VILSON CERESER",
"MIRIAM WINTER",
"AYRES BRITTO",
"VILSON CERESER",
"MIRIAM WINTER",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Gilmar Mendes",
"Sepúlveda Pertence",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Ilmar Galvão",
"AYRES BRITTO",
"Gilmar Mendes",
"Sepúlveda Pertence",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Ilmar Galvão",
"VILSON CERESER",
"MIRIAM WINTER",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Tomimatsu",
"VILSON CERESER",
"MIRIAM WINTER",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"03",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"02",
"/",
"08",
"/",
"2012",
"09",
"/",
"08",
"/",
"2012",
"07",
"/",
"08",
"/",
"2012",
"15",
"/",
"08",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"02",
"/",
"08",
"/",
"2012",
"09",
"/",
"08",
"/",
"2012",
"07",
"/",
"08",
"/",
"2012",
"15",
"/",
"08",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.331 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:LISANDRO MARTINI FLECK
ADV.(A/S)
:MÁRCIO MARTINI FLECK E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CONFIANÇA COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S)
:INAIARA LETÍCIA POL E OUTRO(A/S)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO “NOS
PRÓPRIOS AUTOS”. MATÉRIA PROCESSUAL CIVIL. PETIÇÃO
ENCAMINHADA POR MEIO DO SERVIÇO DE POSTATAGEM DA
EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS — ECT.
AGRAVO REGIMENTAL INTEMPESTIVO.
1. Nos termos da jurisprudência desta Casa de Justiça, a
tempestividade do recurso é de ser aferida pela data de protocolo da
petição na Secretaria deste Tribunal e não pela data de postagem na
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT. Precedentes.
2. Agravo regimental não conhecido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em não conhecer do agravo regimental, o que
fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em
sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do
julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3089252.
Supremo Tribunal Federal
DJe 30/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.331 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:LISANDRO MARTINI FLECK
ADV.(A/S)
:MÁRCIO MARTINI FLECK E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CONFIANÇA COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S)
:INAIARA LETÍCIA POL E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário) porque intempestivo.
2. Pois bem, a parte agravante alega que a decisão de inadmissão do
recurso extraordinário foi disponibilizada no Diário de Justiça Eletrônico
em 08/03/2012, pelo que “o prazo legal para protocolo da petição de Agravo de
Instrumento somente teria inicio no primeiro dia útil seguinte, ou seja,
12/03/2012, e findaria em 21/03/2012” (sic, fls. 375).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3089253.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.331 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:LISANDRO MARTINI FLECK
ADV.(A/S)
:MÁRCIO MARTINI FLECK E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CONFIANÇA COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S)
:INAIARA LETÍCIA POL E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário) porque intempestivo.
2. Pois bem, a parte agravante alega que a decisão de inadmissão do
recurso extraordinário foi disponibilizada no Diário de Justiça Eletrônico
em 08/03/2012, pelo que “o prazo legal para protocolo da petição de Agravo de
Instrumento somente teria inicio no primeiro dia útil seguinte, ou seja,
12/03/2012, e findaria em 21/03/2012” (sic, fls. 375).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.331 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que o agravo regimental não merece transpor a barreira do
conhecimento. Isso porque interposto a destempo.
6. Com efeito, a decisão agravada foi publicada em 25/09/2012 (fls.
374), terça-feira, e a petição do presente recurso somente foi protocolada
em 02/10/2012, terça-feira. Fora, portanto, do prazo legal, exaurido em
1º/10/2012, segunda-feira.
7. Por oportuno, observo que a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal é firme no sentido de que a tempestividade do recurso é de ser
aferida pela data de protocolo da petição na Secretaria deste Tribunal, não
obstante o encaminhamento por meio da Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos – ECT.
8. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 495.154-AgR-
ED, da relatoria do ministro Carlos Velloso; 507.266-AgR, da relatoria do
ministro Sepúlveda Pertence; 601.925-AgR-AgR, da relatoria do ministro
Marco Aurélio; 661.385-AgR-ED, da relatoria da ministra Ellen Gracie;
664.796-AgR, da relatoria do ministro Menezes Direito; e o
RE 456.556-ED-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia.
9. Diante da assinalada intempestividade, o agravo regimental não é
de ser conhecido.
10. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.331 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que o agravo regimental não merece transpor a barreira do
conhecimento. Isso porque interposto a destempo.
6. Com efeito, a decisão agravada foi publicada em 25/09/2012 (fls.
374), terça-feira, e a petição do presente recurso somente foi protocolada
em 02/10/2012, terça-feira. Fora, portanto, do prazo legal, exaurido em
1º/10/2012, segunda-feira.
7. Por oportuno, observo que a jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal é firme no sentido de que a tempestividade do recurso é de ser
aferida pela data de protocolo da petição na Secretaria deste Tribunal, não
obstante o encaminhamento por meio da Empresa Brasileira de Correios
e Telégrafos – ECT.
8. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 495.154-AgR-
ED, da relatoria do ministro Carlos Velloso; 507.266-AgR, da relatoria do
ministro Sepúlveda Pertence; 601.925-AgR-AgR, da relatoria do ministro
Marco Aurélio; 661.385-AgR-ED, da relatoria da ministra Ellen Gracie;
664.796-AgR, da relatoria do ministro Menezes Direito; e o
RE 456.556-ED-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia.
9. Diante da assinalada intempestividade, o agravo regimental não é
de ser conhecido.
10. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.331
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : LISANDRO MARTINI FLECK
ADV.(A/S) : MÁRCIO MARTINI FLECK E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CONFIANÇA COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S) : INAIARA LETÍCIA POL E OUTRO(A/S)
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141068
Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.331
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : LISANDRO MARTINI FLECK
ADV.(A/S) : MÁRCIO MARTINI FLECK E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CONFIANÇA COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S) : INAIARA LETÍCIA POL E OUTRO(A/S)
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 4
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3147492 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-11-30T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO “NOS PRÓPRIOS AUTOS”. MATÉRIA PROCESSUAL CIVIL. PETIÇÃO ENCAMINHADA POR MEIO DO SERVIÇO DE POSTATAGEM DA EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS — ECT. AGRAVO REGIMENTAL INTEMPESTIVO.
1. Nos termos da jurisprudência desta Casa de Justiça, a tempestividade do recurso é de ser aferida pela data de protocolo da petição na Secretaria deste Tribunal e não pela data de postagem na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos – ECT. Precedentes.
2. Agravo regimental não conhecido. | sjur220276 | - Acórdãos citados:
(TEMPESTIVIDADE)
STF: AI 495154 AgR ED (2ªT), AI 507266 AgR (2ªT), AI 601925
AgR AgR (1ªT), AI 661385 AgR ED (TP), AI 664796 AgR (1ªT),
RE 456556 ED AgR (2ªT).
Número de páginas: 4.
Análise: 05/12/2012, TBC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 702331 | null | ARE-AgR | acordaos | ARE 702331 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : LISANDRO MARTINI FLECK
ADV.(A/S) : MÁRCIO MARTINI FLECK E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CONFIANÇA COMPANHIA DE SEGUROS
ADV.(A/S) : INAIARA LETÍCIA POL E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : HENRY FLORES DE SOUZA
ADV.(A/S) : MARIA HELENITA MARTINI FLECK | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702 . 331",
"RECURSO",
"AIs 495 . 154 - AgR - ED",
"RE 456 . 556 - ED - AgR",
"AIs 495 . 154 - AgR - ED",
"RE 456 . 556 - ED - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"AG",
"CONFIANÇA COMPANHIA DE SEGUROS",
"EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS",
"ECT",
"Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos",
"ECT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"CONFIANÇA",
"COMPANHIA DE SEGUROS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"CONFIANÇA COMPANHIA DE SEGUROS",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos",
"ECT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos",
"ECT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"CONFIANÇA",
"COMPANHIA DE",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"CONFIANÇA COMPANHIA DE SEGUROS",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LISANDRO MARTINI FLECK",
"MÁRCIO MARTINI FLECK",
"INAIARA LETÍCIA POL",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"LISANDRO MARTINI FLECK",
"MÁRCIO MARTINI FLECK",
"INAIARA LETÍCIA POL",
"AYRES BRITTO",
"LISANDRO MARTINI FLECK",
"MÁRCIO MARTINI FLECK",
"INAIARA LETÍCIA POL",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Carlos Velloso",
"Sepúlveda Pertence",
"Marco Aurélio",
"Ellen Gracie",
"Menezes Direito",
"Cármen Lúcia",
"AYRES BRITTO",
"Carlos Velloso",
"Sepúlveda Pertence",
"Marco Aurélio",
"Ellen Gracie",
"Menezes Direito",
"Cármen Lúcia",
"LISANDRO MARTINI FLECK",
"MÁRCIO MARTINI FLECK",
"INAIARA LETÍCIA POL",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"LISANDRO MARTINI FLECK",
"MÁRCIO MARTINI FLECK",
"INAIARA LETÍCIA POL",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"08",
"/",
"03",
"/",
"2012",
"12",
"/",
"03",
"/",
"2012",
"21",
"/",
"03",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"08",
"/",
"03",
"/",
"2012",
"12",
"/",
"03",
"/",
"2012",
"21",
"/",
"03",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"25",
"/",
"09",
"/",
"2012",
"02",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"[UNK]",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"25",
"/",
"09",
"/",
"2012",
"02",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"[UNK]",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"segunda",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.527 MATO
GROSSO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:EXPRESSO RUBI LTDA
ADV.(A/S)
:LEONARDO RANDAZZO NETO
AGDO.(A/S)
:ADELINA PEREIRA ALVES
ADV.(A/S)
:FABIANO PENALVA VERDOLIN
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (“NOS
PRÓPRIOS AUTOS”, CONFORME A LEI 12.322/2010). AUSÊNCIA DE
EXAURIMENTO DAS VIAS RECURSAIS NA INSTÂNCIA ORDINÁRIA.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 281/STF.
É assente no Supremo Tribunal Federal a inadmissibilidade do
“recurso extraordinário, quando couber, na justiça de origem, recurso ordinário
da decisão impugnada” (Súmula 281/STF).
Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em negar provimento ao agravo regimental, o
que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos,
em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata
do julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
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DJe 30/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.527 MATO
GROSSO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:EXPRESSO RUBI LTDA
ADV.(A/S)
:LEONARDO RANDAZZO NETO
AGDO.(A/S)
:ADELINA PEREIRA ALVES
ADV.(A/S)
:FABIANO PENALVA VERDOLIN
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), ante a ausência de exaurimento das vias recursais
ordinárias (Súmula 281/STF).
2. Pois bem, a parte agravante alega que, “prequestionadas as matérias,
através dos Embargos Declaratórios opostos, no caso ‘sub examine’, encontra-se
esgotada a instância ordinária, de modo que, para esgrimir a decisão prolatada
em sede de Embargos de Declaração, o remédio jurídico a ser manejado pela parte
irresignada com o prefalado ‘decisum’ consistiu no Recurso Extraordinário, o
qual tem, por finalidade, manter a inteireza jurídico-positiva das leis de natureza
constitucional” (fls. 152).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.527 MATO
GROSSO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:EXPRESSO RUBI LTDA
ADV.(A/S)
:LEONARDO RANDAZZO NETO
AGDO.(A/S)
:ADELINA PEREIRA ALVES
ADV.(A/S)
:FABIANO PENALVA VERDOLIN
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), ante a ausência de exaurimento das vias recursais
ordinárias (Súmula 281/STF).
2. Pois bem, a parte agravante alega que, “prequestionadas as matérias,
através dos Embargos Declaratórios opostos, no caso ‘sub examine’, encontra-se
esgotada a instância ordinária, de modo que, para esgrimir a decisão prolatada
em sede de Embargos de Declaração, o remédio jurídico a ser manejado pela parte
irresignada com o prefalado ‘decisum’ consistiu no Recurso Extraordinário, o
qual tem, por finalidade, manter a inteireza jurídico-positiva das leis de natureza
constitucional” (fls. 152).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3082843.
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.527 MATO
GROSSO
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque não foram
exauridas as vias recursais na instância ordinária.
6. Com efeito, é assente no Supremo Tribunal Federal a
inadmissibilidade do “recurso extraordinário, quando couber, na justiça de
origem, recurso ordinário da decisão impugnada” (Súmula 281/STF).
7. Confira-se, a propósito, o acórdão proferido pelo Plenário desta
nossa Casa de Justiça no julgamento do AI 842.814-AgR, da relatoria do
ministro Cezar Peluso.
8. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 407.369-AgR,
da relatoria do ministro Celso de Mello; 474.730-AgR e 713.039-AgR, da
relatoria da ministra Ellen Gracie; 728.299-AgR, da relatoria do ministro
Ricardo Lewandowski; e 731.292, da relatoria da ministra Cármen Lúcia;
bem como os REs 542.675, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa;
576.819, da relatoria do ministro Cezar Peluso; 583.744, da relatoria do
ministro Menezes Direito; e 311.382, da relatoria do ministro Sepúlveda
Pertence.
9. Ante o exposto, meu voto é pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.527 MATO
GROSSO
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque não foram
exauridas as vias recursais na instância ordinária.
6. Com efeito, é assente no Supremo Tribunal Federal a
inadmissibilidade do “recurso extraordinário, quando couber, na justiça de
origem, recurso ordinário da decisão impugnada” (Súmula 281/STF).
7. Confira-se, a propósito, o acórdão proferido pelo Plenário desta
nossa Casa de Justiça no julgamento do AI 842.814-AgR, da relatoria do
ministro Cezar Peluso.
8. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 407.369-AgR,
da relatoria do ministro Celso de Mello; 474.730-AgR e 713.039-AgR, da
relatoria da ministra Ellen Gracie; 728.299-AgR, da relatoria do ministro
Ricardo Lewandowski; e 731.292, da relatoria da ministra Cármen Lúcia;
bem como os REs 542.675, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa;
576.819, da relatoria do ministro Cezar Peluso; 583.744, da relatoria do
ministro Menezes Direito; e 311.382, da relatoria do ministro Sepúlveda
Pertence.
9. Ante o exposto, meu voto é pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3082844.
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Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.527
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : EXPRESSO RUBI LTDA
ADV.(A/S) : LEONARDO RANDAZZO NETO
AGDO.(A/S) : ADELINA PEREIRA ALVES
ADV.(A/S) : FABIANO PENALVA VERDOLIN
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3140977
Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668.527
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : EXPRESSO RUBI LTDA
ADV.(A/S) : LEONARDO RANDAZZO NETO
AGDO.(A/S) : ADELINA PEREIRA ALVES
ADV.(A/S) : FABIANO PENALVA VERDOLIN
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3140977
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 4
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3148169 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-11-30T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (“NOS PRÓPRIOS AUTOS”, CONFORME A LEI 12.322/2010). AUSÊNCIA DE EXAURIMENTO DAS VIAS RECURSAIS NA INSTÂNCIA ORDINÁRIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 281/STF.
É assente no Supremo Tribunal Federal a inadmissibilidade do “recurso extraordinário, quando couber, na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada” (Súmula 281/STF).
Agravo regimental desprovido. | sjur220238 | - Acórdãos citados:
(SÚMULA 281)
STF: AI 842814 AgR (TP), AI 407369 AgR (2ªT), AI 474730 AgR
(2ªT), AI 713039 AgR (2ªT), AI 728299 AgR (1ªT), RE 311382
(2ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
(SÚMULA 281)
STF: AI 731292, RE 542675, RE 576819, RE 583744.
Número de páginas: 4.
Análise: 05/12/2012, TBC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 668527 | [
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000281 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 668527 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : ADELINA PEREIRA ALVES
ADV.(A/S) : LEONARDO RANDAZZO NETO
AGTE.(S) : EXPRESSO RUBI LTDA
ADV.(A/S) : FABIANO PENALVA VERDOLIN | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 668 . 527",
"SÚMULA 281 / STF",
"Súmula 281 / STF",
"Súmula 281 / STF",
"Súmula 281 / STF",
"Súmula 281 / STF",
"AI 842 . 814 - AgR",
"AIs 407 . 369 - AgR",
"REs 542 . 675",
"Súmula 281 / STF",
"AI 842 . 814 - AgR",
"AIs 407 . 369 - AgR",
"474",
".",
"730",
"-",
"AgR",
"713",
".",
"039",
"-",
"AgR",
".",
"REs 542 . 675"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MATO GROSSO",
"Brasília",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO AG",
"EXPRESSO RUBI LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"EXPRESSO RUBI LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"EXPRESSO RUBI LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"EXPRESSO RUBI LTDA",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"EXPRESSO RUBI LTDA",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LEONARDO RANDAZZO NETO",
"ADELINA PEREIRA ALVES",
"FABIANO PENALVA VERDOLIN",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"LEONARDO RANDAZZO NETO",
"ADELINA PEREIRA ALVES",
"FABIANO PENALVA VERDOLIN",
"AYRES BRITTO",
"LEONARDO RANDAZZO NETO",
"ADELINA PEREIRA ALVES",
"FABIANO PENALVA VERDOLIN",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Cezar Peluso",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Cezar Peluso",
"Menezes Direito",
"Sepúlveda Pertence",
"AYRES BRITTO",
"Cezar Peluso",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Cezar Peluso",
"Menezes Direito",
"Sepúlveda Pertence",
"LEONARDO RANDAZZO NETO",
"ADELINA PEREIRA ALVES",
"FABIANO PENALVA VERDOLIN",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu",
"LEONARDO RANDAZZO NETO",
"ADELINA PEREIRA ALVES",
"FABIANO PENALVA VERDOLIN",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz",
"Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684.839 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:IARA DOS SANTOS PEIXOTO
ADV.(A/S)
:ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA PROCESSUAL.
AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO OUTORGADA AO ADVOGADO
SUBSCRITOR DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RECURSO
CONSIDERADO
INEXISTENTE.
PRECEDENTES.
AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o
recurso interposto por advogado sem procuração nos autos é de ser
considerado inexistente.
2. Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em negar provimento ao agravo regimental, o
que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos,
em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata
do julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 30/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684.839 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:IARA DOS SANTOS PEIXOTO
ADV.(A/S)
:ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao recurso extraordinário, ante a ausência da
procuração outorgada ao advogado subscritor da petição.
2. Pois bem, a parte agravante alega que a Secretaria de Recursos do
TRF da 4ª Região digitalizou e remeteu ao Supremo Tribunal Federal
apenas o processo de embargos à execução, deixando de encaminhar
cópia do processo principal, que contém peças relevantes para o apelo
extremo.
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684.839 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:IARA DOS SANTOS PEIXOTO
ADV.(A/S)
:ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao recurso extraordinário, ante a ausência da
procuração outorgada ao advogado subscritor da petição.
2. Pois bem, a parte agravante alega que a Secretaria de Recursos do
TRF da 4ª Região digitalizou e remeteu ao Supremo Tribunal Federal
apenas o processo de embargos à execução, deixando de encaminhar
cópia do processo principal, que contém peças relevantes para o apelo
extremo.
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 4
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684.839 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Ultimado o relatório, passo ao voto. E ao fazê-lo, tenho que as razões
recursais não se mostram aptas à alteração do equacionamento jurídico
dado à controvérsia.
6. Ora, conforme assentado na decisão agravada, na ocasião do
protocolo do recurso extraordinário não constava dos autos procuração
outorgada ao advogado subscritor da petição. Pelo que, nos termos da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o recurso é inexistente.
7. Nesse mesmo sentido, confiram-se, por amostragem, os AIs
150.479-AgR, da relatoria do ministro Marco Aurélio; 224.747-AgR, da
relatoria do ministro Maurício Corrêa; 416.939-AgR, da relatoria do
ministro Gilmar Mendes; e 504.704-AgR, da relatoria do ministro
Sepúlveda Pertence; os AREs 646.016, da relatoria da ministra Cármen
Lúcia; 654.236 e 654.424, da minha relatoria; e 663.670, da relatoria do
ministro Celso de Mello; bem como os REs 180.628, da relatoria do
ministro Celso de Mello; 219.097-AgR, da relatoria do ministro Nelson
Jobim; 226.614-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; 264.262, da
relatoria do ministro Moreira Alves; 270.740-AgR, da relatoria do
ministro Néri da Silveira; e 475.421-AgR-ED, da relatoria do ministro
Sepúlveda Pertence.
8. Esse o quadro, confirmando a adequação da decisão agravada,
nego provimento ao agravo regimental.
9. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3089752.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684.839 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Ultimado o relatório, passo ao voto. E ao fazê-lo, tenho que as razões
recursais não se mostram aptas à alteração do equacionamento jurídico
dado à controvérsia.
6. Ora, conforme assentado na decisão agravada, na ocasião do
protocolo do recurso extraordinário não constava dos autos procuração
outorgada ao advogado subscritor da petição. Pelo que, nos termos da
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o recurso é inexistente.
7. Nesse mesmo sentido, confiram-se, por amostragem, os AIs
150.479-AgR, da relatoria do ministro Marco Aurélio; 224.747-AgR, da
relatoria do ministro Maurício Corrêa; 416.939-AgR, da relatoria do
ministro Gilmar Mendes; e 504.704-AgR, da relatoria do ministro
Sepúlveda Pertence; os AREs 646.016, da relatoria da ministra Cármen
Lúcia; 654.236 e 654.424, da minha relatoria; e 663.670, da relatoria do
ministro Celso de Mello; bem como os REs 180.628, da relatoria do
ministro Celso de Mello; 219.097-AgR, da relatoria do ministro Nelson
Jobim; 226.614-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; 264.262, da
relatoria do ministro Moreira Alves; 270.740-AgR, da relatoria do
ministro Néri da Silveira; e 475.421-AgR-ED, da relatoria do ministro
Sepúlveda Pertence.
8. Esse o quadro, confirmando a adequação da decisão agravada,
nego provimento ao agravo regimental.
9. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 4
Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684.839
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : IARA DOS SANTOS PEIXOTO
ADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141025
Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684.839
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : IARA DOS SANTOS PEIXOTO
ADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141025
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 4
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3147693 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-11-30T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO OUTORGADA AO ADVOGADO SUBSCRITOR DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. RECURSO CONSIDERADO INEXISTENTE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos é de ser considerado inexistente.
2. Agravo regimental desprovido. | sjur220255 | - Acórdãos citados:
(AUSÊNCIA, PROCURAÇÃO)
STF: AI 150479 AgR (2ªT), AI 224747 AgR (2ªT), AI 416939
AgR (2ªT), AI 504704 AgR (2ªT), RE 219097 AgR (2ªT), RE
226614 AgR (2ªT), RE 264262 (2ªT), RE 270740 AgR (2ªT), RE
475421 AgR ED (2ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
(AUSÊNCIA, PROCURAÇÃO)
STF: ARE 646016, ARE 654236, ARE 654424, ARE 663670, RE
180628.
Número de páginas: 4.
Análise: 04/12/2012, TBC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 684839 | null | RE-AgR | acordaos | RE 684839 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : IARA DOS SANTOS PEIXOTO
ADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
ADV.(A/S) : DAISSON SILVA PORTANOVA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684 . 839",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684 . 839",
"AIs 150 . 479 - AgR",
"AREs 646 . 016",
".",
"REs 180 . 628",
".",
"-",
"AgR",
"AIs 150 . 479 - AgR",
".",
"-",
"AgR",
"416",
".",
"939",
"-",
"AgR",
"504",
".",
"-",
"AgR",
"AREs 646 . 016",
".",
"REs 180 . 628",
"219",
".",
"097",
"-",
"AgR",
".",
"-",
"AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684 . 839",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 684 . 839"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Secretaria de Recursos do TRF da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Secretaria de Recursos do TRF da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
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"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"Plenário",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"IARA DOS SANTOS PEIXOTO",
"ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"IARA DOS SANTOS PEIXOTO",
"ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA",
"AYRES BRITTO",
"IARA DOS SANTOS PEIXOTO",
"ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Marco Aurélio",
"Maurício Corrêa",
"Gilmar Mendes",
"Sepúlveda Pertence",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Nelson Jobim",
"Ellen Gracie",
"Moreira Alves",
"Néri da Silveira",
"Sepúlveda Pertence",
"AYRES BRITTO",
"Marco Aurélio",
"Maurício Corrêa",
"Gilmar Mendes",
"Sepúlveda Pertence",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"Nelson Jobim",
"Ellen Gracie",
"Moreira Alves",
"Néri da Silveira",
"Sepúlveda Pertence",
"IARA DOS SANTOS PEIXOTO",
"ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu",
"IARA DOS SANTOS PEIXOTO",
"ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz",
"Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.286 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:UNIDOS S/A - VEÍCULOS E MÁQUINAS
ADV.(A/S)
:MARCELO PINTO RIBEIRO
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROTOCOLO NA PETIÇÃO DE RECURSO
EXTRAORDINÁRIO QUE SE APRESENTA ILEGÍVEL. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA 288/STF.
1. Nos termos do § 1º do art. 544 do Código de Processo Civil
(redação anterior à Lei 12.322/2010), cabia à parte agravante a correta
formação do agravo de instrumento, não se permitindo complementação
após a subida dos autos a esta Casa de Justiça, nem a conversão do
processo em diligência para corrigir eventual ausência.
2. Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em negar provimento ao agravo regimental, o
que fazem nos termos do voto do Relator e por maioria de votos, em
sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do
julgamento e das notas taquigráficas. Vencido o Ministro Marco Aurélio.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088449.
Supremo Tribunal Federal
DJe 17/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.286 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:UNIDOS S/A - VEÍCULOS E MÁQUINAS
ADV.(A/S)
:MARCELO PINTO RIBEIRO
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo de instrumento, ante a ilegibilidade da
data de protocolo do recurso extraordinário.
2. Pois bem, a parte agravante sustenta que juntou cópia integral dos
autos. Aduz que, nos termos dos “documentos em anexo (Doc. 1), não se
pode imputar tal falha [protocolo ilegível] a Agravante, uma vez que as cópias
dos autos originais e a Certidão emitida pela 1ª Vara federal Tributária de Porto
Alegre comprovam a data, a tempestividade e o carimbo legível do Recurso
Extraordinário” (sic, fls. 204).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088450.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.286 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:UNIDOS S/A - VEÍCULOS E MÁQUINAS
ADV.(A/S)
:MARCELO PINTO RIBEIRO
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo de instrumento, ante a ilegibilidade da
data de protocolo do recurso extraordinário.
2. Pois bem, a parte agravante sustenta que juntou cópia integral dos
autos. Aduz que, nos termos dos “documentos em anexo (Doc. 1), não se
pode imputar tal falha [protocolo ilegível] a Agravante, uma vez que as cópias
dos autos originais e a Certidão emitida pela 1ª Vara federal Tributária de Porto
Alegre comprovam a data, a tempestividade e o carimbo legível do Recurso
Extraordinário” (sic, fls. 204).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.286 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que o inconformismo não merece acolhida. Isso porque é
impossível aferir a tempestividade do apelo extremo em que o protocolo
se apresenta ilegível.
6. Com efeito, o Supremo Tribunal já firmou o entendimento de que
o carimbo aposto na petição do recurso extraordinário tem o objetivo de
possibilitar a verificação do prazo recursal por esta Casa de Justiça. Deve,
portanto, estar legível, sob pena de incidência da Súmula 288/STF.
7. Confiram-se, a propósito, os acórdãos proferidos pelo Plenário
desta nossa Casa de Justiça no julgamento dos AIs 754.533-AgR, da
relatoria do ministro Gilmar Mendes; e 810.045-AgR, da relatoria do
ministro Cezar Peluso.
8. Vejam-se, por amostragem, no mesmo sentido, os AIs
229.193-AgR, da relatoria do ministro Nelson Jobim; 233.237-AgR, da
relatoria do ministro Sydney Sanches; 237.361-AgR, da relatoria do
ministro Maurício Corrêa; 266.986-AgR, da relatoria do ministro Celso de
Mello; 268.371-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; 310.024-AgR,
da relatoria do ministro Ilmar Galvão; 771.624-AgR, da minha relatoria;
782.234-AgR, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa; e 834.940-AgR,
da relatoria da ministra Cármen Lúcia.
9. De mais a mais, pontuo que, nos termos do § 1º do art. 544 do
Código de Processo Civil (redação anterior à Lei 12.322/2010), cabia à
parte agravante a correta formação do agravo de instrumento, não se
permitindo complementação após a subida dos autos a esta Casa de
Justiça, nem a conversão do processo em diligência para corrigir eventual
ausência.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088451.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.286 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que o inconformismo não merece acolhida. Isso porque é
impossível aferir a tempestividade do apelo extremo em que o protocolo
se apresenta ilegível.
6. Com efeito, o Supremo Tribunal já firmou o entendimento de que
o carimbo aposto na petição do recurso extraordinário tem o objetivo de
possibilitar a verificação do prazo recursal por esta Casa de Justiça. Deve,
portanto, estar legível, sob pena de incidência da Súmula 288/STF.
7. Confiram-se, a propósito, os acórdãos proferidos pelo Plenário
desta nossa Casa de Justiça no julgamento dos AIs 754.533-AgR, da
relatoria do ministro Gilmar Mendes; e 810.045-AgR, da relatoria do
ministro Cezar Peluso.
8. Vejam-se, por amostragem, no mesmo sentido, os AIs
229.193-AgR, da relatoria do ministro Nelson Jobim; 233.237-AgR, da
relatoria do ministro Sydney Sanches; 237.361-AgR, da relatoria do
ministro Maurício Corrêa; 266.986-AgR, da relatoria do ministro Celso de
Mello; 268.371-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; 310.024-AgR,
da relatoria do ministro Ilmar Galvão; 771.624-AgR, da minha relatoria;
782.234-AgR, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa; e 834.940-AgR,
da relatoria da ministra Cármen Lúcia.
9. De mais a mais, pontuo que, nos termos do § 1º do art. 544 do
Código de Processo Civil (redação anterior à Lei 12.322/2010), cabia à
parte agravante a correta formação do agravo de instrumento, não se
permitindo complementação após a subida dos autos a esta Casa de
Justiça, nem a conversão do processo em diligência para corrigir eventual
ausência.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088451.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
AI 853.286 AGR / RS
10. Ante o exposto, meu voto é pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088451.
Supremo Tribunal Federal
AI 853.286 AGR / RS
10. Ante o exposto, meu voto é pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088451.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.286 RIO GRANDE DO SUL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, nesse caso,
distingo sempre: se em jogo, no agravo de instrumento, a oportunidade
ou não do extraordinário, é indispensável que se demonstre a
tempestividade; mas se o recurso na origem foi trancado por fundamento
diverso, essa peça não é essencial – quanto à demonstração da oportuna
interposição – ao conhecimento da controvérsia. Tanto é assim que, na
versão primitiva, quando ainda havia o denominado agravo de
instrumento, o Código de Processo Civil previa que, admitido o
extraordinário mediante provimento do agravo, estando nos autos as
peças indispensáveis ao julgamento do extraordinário, o órgão deveria
julgá-lo de imediato. Não estando, requisitaria o processo principal.
Por isso, peço vênia aqui para entender que, no caso, não houve
deficiência na formação do instrumento pois a cópia apresentada teria o
carimbo do protocolo um tanto quanto ilegível, isso no tocante à
interposição do extraordinário.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3168471.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.286 RIO GRANDE DO SUL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, nesse caso,
distingo sempre: se em jogo, no agravo de instrumento, a oportunidade
ou não do extraordinário, é indispensável que se demonstre a
tempestividade; mas se o recurso na origem foi trancado por fundamento
diverso, essa peça não é essencial – quanto à demonstração da oportuna
interposição – ao conhecimento da controvérsia. Tanto é assim que, na
versão primitiva, quando ainda havia o denominado agravo de
instrumento, o Código de Processo Civil previa que, admitido o
extraordinário mediante provimento do agravo, estando nos autos as
peças indispensáveis ao julgamento do extraordinário, o órgão deveria
julgá-lo de imediato. Não estando, requisitaria o processo principal.
Por isso, peço vênia aqui para entender que, no caso, não houve
deficiência na formação do instrumento pois a cópia apresentada teria o
carimbo do protocolo um tanto quanto ilegível, isso no tocante à
interposição do extraordinário.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3168471.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.286
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : UNIDOS S/A - VEÍCULOS E MÁQUINAS
ADV.(A/S) : MARCELO PINTO RIBEIRO
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco
Aurélio, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto
do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente). Ausentes,
licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os
Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141143
Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.286
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : UNIDOS S/A - VEÍCULOS E MÁQUINAS
ADV.(A/S) : MARCELO PINTO RIBEIRO
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco
Aurélio, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto
do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente). Ausentes,
licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os
Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141143
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3207313 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-12-17T00:00:00 | O Tribunal, por maioria, vencido o Ministro Marco Aurélio, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente). Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROTOCOLO NA PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE SE APRESENTA ILEGÍVEL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288/STF.
1. Nos termos do § 1º do art. 544 do Código de Processo Civil (redação anterior à Lei 12.322/2010), cabia à parte agravante a correta formação do agravo de instrumento, não se permitindo complementação após a subida dos autos a esta Casa de Justiça, nem a conversão do processo em diligência para corrigir eventual ausência.
2. Agravo regimental desprovido. | sjur221880 | - Acórdão(s) citado(s):
(AFERIÇÃO, TEMPESTIVIDADE, PROTOCOLO)
STF: AI 754533 AgR (TP), AI 810045 AgR (TP), AI 229193 AgR
(2ªT), AI 233237 AgR (1ªT), AI 237361 AgR (2ªT), AI 266986
AgR (2ªT), AI 268371 AgR (1ªT), AI 310024 AgR (1ªT), AI
771624 AgR (2ªT), AI 782234 AgR (2ªT), AI 834940 AgR (1ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 10/01/2013, AMS. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 853286 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00544 PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000288 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 853286 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIDOS S/A - VEÍCULOS E MÁQUINAS
ADV.(A/S) : MARCELO PINTO RIBEIRO
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 286",
"SÚMULA 288 / STF",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 286",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 286",
"Súmula 288 / STF",
"AIs 754 . 533 -",
"AIs 229 . 193",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 286",
"Súmula 288 / STF",
"AIs 754 . 533 - AgR",
"AIs 229 . 193 - AgR",
"AI 853 . 286 AGR / RS",
"AI 853 . 286",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 286",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 286",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 286",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 286"
],
"LEGISLACAO": [
"§ [UNK] do art . 544 do Código de Processo Civil",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 544 do Código de Processo Civil",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 544 do Código de Processo Civil",
"Lei 12 .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
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"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
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"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"PESSOA": [
"MARCELO PINTO RIBEIRO",
"Ayres Britto",
"Marco Aurélio",
"AYRES BRITTO",
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"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
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"Sydney Sanches",
"Maurício Corrêa",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
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"Ricardo Lewandowski",
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"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
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"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
"17",
"/",
"12",
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"2012",
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"/",
"10",
"/",
"2012",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
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"2012",
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"/",
"08",
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"2001",
"31",
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"/",
"2012",
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"08",
"/",
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"08",
"/",
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"24",
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"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"31",
"/",
"10",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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".",
"10",
".",
"2012",
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"/",
"08",
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".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.329 CEARÁ
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE
FORTALEZA E REGIÃO METROPOLITANA - SEC
ADV.(A/S)
:MARCELO RIBEIRO UCHÔA
AGDO.(A/S)
:SINDICATO DO COMÉRCIO DE PEÇAS E SERVIÇOS
PARA VEÍCULOS DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:HUGO EDUARDO DE OLIVEIRA LEÃO
AGDO.(A/S)
:SINDICATO
DOS
TRABALHADORES
REFRIGERISTAS, TÉCNICOS EM LAVADORAS E AR
CONDICIONADOS DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:KENNEDY FERREIRA LIMA
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
INTEMPESTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE INTERPOSIÇÃO DO APELO
EXTREMO VIA FAC-SÍMILE, NO PRAZO LEGAL, NÃO
COMPROVADA OPORTUNAMENTE.
1. É assente no Supremo Tribunal Federal que, até o advento da Lei
12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento,
não se permitindo sua complementação após a subida dos autos a esta
Casa de Justiça, nem a conversão do processo em diligência para corrigir
eventual ausência.
2. Agravo desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em negar provimento ao agravo regimental, o
que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos,
em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata
do julgamento e das notas taquigráficas.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3082714.
Supremo Tribunal Federal
DJe 03/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Ementa e Acórdão
AI 845.329 AGR / CE
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3082714.
Supremo Tribunal Federal
AI 845.329 AGR / CE
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3082714.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.329 CEARÁ
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE
FORTALEZA E REGIÃO METROPOLITANA - SEC
ADV.(A/S)
:MARCELO RIBEIRO UCHÔA
AGDO.(A/S)
:SINDICATO DO COMÉRCIO DE PEÇAS E SERVIÇOS
PARA VEÍCULOS DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:HUGO EDUARDO DE OLIVEIRA LEÃO
AGDO.(A/S)
:SINDICATO
DOS
TRABALHADORES
REFRIGERISTAS, TÉCNICOS EM LAVADORAS E AR
CONDICIONADOS DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:KENNEDY FERREIRA LIMA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo de instrumento, ante a constatação de
haver sido o apelo extremo apresentado extemporaneamente.
2. Pois bem, a parte agravante alega que o recurso extraordinário é
tempestivo, porque interposto via fac-símile.
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3082715.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.329 CEARÁ
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE
FORTALEZA E REGIÃO METROPOLITANA - SEC
ADV.(A/S)
:MARCELO RIBEIRO UCHÔA
AGDO.(A/S)
:SINDICATO DO COMÉRCIO DE PEÇAS E SERVIÇOS
PARA VEÍCULOS DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:HUGO EDUARDO DE OLIVEIRA LEÃO
AGDO.(A/S)
:SINDICATO
DOS
TRABALHADORES
REFRIGERISTAS, TÉCNICOS EM LAVADORAS E AR
CONDICIONADOS DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S)
:KENNEDY FERREIRA LIMA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo de instrumento, ante a constatação de
haver sido o apelo extremo apresentado extemporaneamente.
2. Pois bem, a parte agravante alega que o recurso extraordinário é
tempestivo, porque interposto via fac-símile.
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3082715.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.329 CEARÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida.
6. Consoante relatado, foi negado seguimento ao agravo de
instrumento em face da protocolização extemporânea da petição de
recurso extraordinário.
7. Compulsados os autos, observo que a publicação do acórdão
impugnado se deu em 31/10/2008 (fls. 261), sexta-feira, e o apelo extremo
somente foi interposto em 20/11/2008 (fls. 262), quinta-feira. Fora,
portanto, do prazo legal, que expirou em 17/11/2008.
8. Pois bem, a parte agravante alega que o recurso extraordinário
fora interposto via fac-símile, pelo que estaria tempestivo. Contudo, não
colacionou aos autos nenhuma comprovação no momento oportuno (qual
seja, o da interposição do agravo de instrumento). É dizer: o agravo de
instrumento não foi instruído com os elementos necessários à sua
apreciação (§ 1º do art. 544 do CPC, na redação anterior à Lei
12.322/2010).
9. Ora, é assente nesta Casa de Justiça que, até o advento da Lei
12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento,
não se permitindo sua complementação após a subida dos autos ao
Supremo Tribunal Federal, nem a conversão do processo em diligência
para corrigir eventual ausência.
10. Confira-se, a propósito, o acórdão proferido pelo Plenário desta
nossa Casa de Justiça no julgamento do AI 847.016-AgR, da relatoria do
ministro Cezar Peluso.
11. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 741.558-AgR,
da relatoria da ministra Rosa Weber; 754.886-AgR, da relatoria do
ministro Joaquim Barbosa; 762.546-AgR, da relatoria do ministro Gilmar
Mendes; 776.477-AgR, da relatoria do ministro Dias Toffoli; 783.043-ED,
da relatoria da ministra Cármen Lúcia; 787.511-AgR, da relatoria do
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3082716.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.329 CEARÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida.
6. Consoante relatado, foi negado seguimento ao agravo de
instrumento em face da protocolização extemporânea da petição de
recurso extraordinário.
7. Compulsados os autos, observo que a publicação do acórdão
impugnado se deu em 31/10/2008 (fls. 261), sexta-feira, e o apelo extremo
somente foi interposto em 20/11/2008 (fls. 262), quinta-feira. Fora,
portanto, do prazo legal, que expirou em 17/11/2008.
8. Pois bem, a parte agravante alega que o recurso extraordinário
fora interposto via fac-símile, pelo que estaria tempestivo. Contudo, não
colacionou aos autos nenhuma comprovação no momento oportuno (qual
seja, o da interposição do agravo de instrumento). É dizer: o agravo de
instrumento não foi instruído com os elementos necessários à sua
apreciação (§ 1º do art. 544 do CPC, na redação anterior à Lei
12.322/2010).
9. Ora, é assente nesta Casa de Justiça que, até o advento da Lei
12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento,
não se permitindo sua complementação após a subida dos autos ao
Supremo Tribunal Federal, nem a conversão do processo em diligência
para corrigir eventual ausência.
10. Confira-se, a propósito, o acórdão proferido pelo Plenário desta
nossa Casa de Justiça no julgamento do AI 847.016-AgR, da relatoria do
ministro Cezar Peluso.
11. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 741.558-AgR,
da relatoria da ministra Rosa Weber; 754.886-AgR, da relatoria do
ministro Joaquim Barbosa; 762.546-AgR, da relatoria do ministro Gilmar
Mendes; 776.477-AgR, da relatoria do ministro Dias Toffoli; 783.043-ED,
da relatoria da ministra Cármen Lúcia; 787.511-AgR, da relatoria do
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
AI 845.329 AGR / CE
ministro Marco Aurélio; 814.918-AgR, da relatoria da ministra Ellen
Gracie; 831.606, da relatoria do ministro Celso de Mello; 838.791-AgR, da
minha relatoria; 838.931-ED, da relatoria do ministro Ricardo
Lewandowski; e 843.269-ED, da relatoria do ministro Luiz Fux.
12. Com essas considerações, voto pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 845.329 AGR / CE
ministro Marco Aurélio; 814.918-AgR, da relatoria da ministra Ellen
Gracie; 831.606, da relatoria do ministro Celso de Mello; 838.791-AgR, da
minha relatoria; 838.931-ED, da relatoria do ministro Ricardo
Lewandowski; e 843.269-ED, da relatoria do ministro Luiz Fux.
12. Com essas considerações, voto pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.329
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE FORTALEZA E
REGIÃO METROPOLITANA - SEC
ADV.(A/S) : MARCELO RIBEIRO UCHÔA
AGDO.(A/S) : SINDICATO DO COMÉRCIO DE PEÇAS E SERVIÇOS PARA
VEÍCULOS DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S) : HUGO EDUARDO DE OLIVEIRA LEÃO
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES REFRIGERISTAS, TÉCNICOS
EM LAVADORAS E AR CONDICIONADOS DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S) : KENNEDY FERREIRA LIMA
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141137
Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 845.329
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE FORTALEZA E
REGIÃO METROPOLITANA - SEC
ADV.(A/S) : MARCELO RIBEIRO UCHÔA
AGDO.(A/S) : SINDICATO DO COMÉRCIO DE PEÇAS E SERVIÇOS PARA
VEÍCULOS DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S) : HUGO EDUARDO DE OLIVEIRA LEÃO
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES REFRIGERISTAS, TÉCNICOS
EM LAVADORAS E AR CONDICIONADOS DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S) : KENNEDY FERREIRA LIMA
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141137
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3148670 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-12-03T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. INTEMPESTIVIDADE. ALEGAÇÃO DE INTERPOSIÇÃO DO APELO EXTREMO VIA FAC-SÍMILE, NO PRAZO LEGAL, NÃO COMPROVADA OPORTUNAMENTE.
1. É assente no Supremo Tribunal Federal que, até o advento da Lei 12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento, não se permitindo sua complementação após a subida dos autos a esta Casa de Justiça, nem a conversão do processo em diligência para corrigir eventual ausência.
2. Agravo desprovido. | sjur220415 | - Acórdãos citados:
(TRASLADO, DEFICIÊNCIA)
STF: AI 847016 AgR (TP), AI 741558 AgR (1ªT), AI 754886 AgR
(2ªT), AI 762546 AgR (2ªT), AI 776477 AgR (1ªT), AI 783043
ED (1ªT), AI 787511 AgR (1ªT), AI 814918 AgR (2ªT), AI
831606 AgR (2ªT), AI 838791 AgR (2ªT), AI 838931 ED (1ªT),
AI 843269 ED (1ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 31/10/2012, TBC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 845329 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00544 PAR-00001 REDAÇÃO ORIGINÁRIA \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | AI-AgR | acordaos | AI 845329 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE FORTALEZA E REGIÃO METROPOLITANA - SEC
ADV.(A/S) : MARCELO RIBEIRO UCHÔA
AGDO.(A/S) : SINDICATO DO COMÉRCIO DE PEÇAS E SERVIÇOS PARA VEÍCULOS DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S) : HUGO EDUARDO DE OLIVEIRA LEÃO
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS TRABALHADORES REFRIGERISTAS, TÉCNICOS EM LAVADORAS E AR CONDICIONADOS DO ESTADO DO CEARÁ
ADV.(A/S) : KENNEDY FERREIRA LIMA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 845 . 329",
"AI 845 . 329 AGR",
"AI 845 . 329 AGR / CE",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 845 . 329",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 845 . 329",
"AI 847 . 016 - AgR",
"AIs 741 . 558 - AgR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 845 . 329",
"AI 847 . 016 - AgR",
"AIs 741 . 558 - AgR",
"AI 845 . 329 AGR /",
"AI 845 . 329 AGR / CE",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 845 . 329",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 845 . 329"
],
"LEGISLACAO": [
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 544 do CPC",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 544 do CPC",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE FORTALEZA E REGIÃO METROPOLITANA",
"SEC",
"SINDICATO DO COMÉRCIO DE PEÇAS E SERVIÇOS PARA VEÍCULOS DO ESTADO DO CEARÁ",
"SINDICATO DOS TRABALHADORES",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"CE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE FORTALEZA E REGIÃO METROPOLITANA",
"SINDICATO DO COMÉRCIO DE PEÇAS E SERVIÇOS PARA VEÍCULOS DO ESTADO",
"SINDICATO DOS TRABALHADORES REFRIGERISTAS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE FORTALEZA E REGIÃO METROPOLITANA",
"SEC",
"SINDICATO DO COMÉRCIO DE PEÇAS E SERVIÇOS PARA VEÍCULOS DO ESTADO",
"SINDICATO DOS TRABALHADORES REFRIGERISTAS , TÉCNICOS EM LAVADORAS E AR CONDICIONADOS",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS",
"SEC",
"SINDICATO DO COMÉRCIO DE PEÇAS",
"SINDICATO DOS TRABALHADORES REFRIGERISTAS",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMÉRCIO DE FORTALEZA E REGIÃO METROPOLITANA",
"SEC",
"SINDICATO DO COMÉRCIO DE PEÇAS",
"SINDICATO DOS TRABALHADORES REFRIGERISTAS",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCELO RIBEIRO UCHÔA",
"HUGO EDUARDO DE OLIVEIRA LEÃO",
"KENNEDY FERREIRA LIMA",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"MARCELO RIBEIRO UCHÔA",
"HUGO EDUARDO DE OLIVEIRA LEÃO",
"KENNEDY FERREIRA LIMA",
"AYRES BRITTO",
"MARCELO RIBEIRO UCHÔA",
"HUGO EDUARDO DE OLIVEIRA LEÃO",
"KENNEDY FERREIRA LIMA",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Cezar Peluso",
"Rosa Weber",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"AYRES BRITTO",
"Cezar Peluso",
"Rosa Weber",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"MARCELO RIBEIRO UCHÔA",
"HUGO EDUARDO DE OLIVEIRA LEÃO",
"KENNEDY FERREIRA LIMA",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu",
"MARCELO RIBEIRO UCHÔA",
"HUGO EDUARDO DE OLIVEIRA LEÃO",
"KENNEDY FERREIRA LIMA",
"Ayres",
"Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"03",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2008",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2008",
"17",
"/",
"11",
"/",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2008",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2008",
"17",
"/",
"11",
"/",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.902 SÃO
PAULO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:VIVO S/A
ADV.(A/S)
:ALESSANDRA FRANCISCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:DEBORAN KELY DO LAGO RAMOS
ADV.(A/S)
:HELLEN CRISTINA DO LAGO RAMOS
EMENTA:
AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (“NOS
PRÓPRIOS AUTOS”, CONFORME A LEI 12.322/2010). PROCESSUAL
CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL INTERPOSTO POR MEIO DE
FAC-SÍMILE. AUSÊNCIA DE PROTOCOLIZAÇÃO DOS ORIGINAIS,
QUE DEVIAM SER APRESENTADOS NO PRAZO DETERMINADO
PELA LEI 9.800/1999.
1. Nos termos do caput do art. 2º da Lei 9.800/1999, o original do
recurso interposto por meio de fac-símile é de ser entregue em Juízo,
necessariamente, em até cinco dias da data do término do prazo recursal.
2. Agravo regimental não conhecido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em não conhecer do agravo regimental, o que
fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em
sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do
julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3089046.
Supremo Tribunal Federal
DJe 30/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.902 SÃO
PAULO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:VIVO S/A
ADV.(A/S)
:ALESSANDRA FRANCISCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:DEBORAN KELY DO LAGO RAMOS
ADV.(A/S)
:HELLEN CRISTINA DO LAGO RAMOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), porque ausente a procuração outorgada ao advogado
subscritor do agravo.
2. Pois bem, a parte agravante alega que “o patrono que firmou o
Agravo de Instrumento possui sim poderes para tanto, haja vista que os
mesmos lhe foram conferidos por meio de Subestabelecimento com
Reservas, conforme se verifica da análise dos autos” (sic, fls. 152).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.902 SÃO
PAULO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:VIVO S/A
ADV.(A/S)
:ALESSANDRA FRANCISCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:DEBORAN KELY DO LAGO RAMOS
ADV.(A/S)
:HELLEN CRISTINA DO LAGO RAMOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), porque ausente a procuração outorgada ao advogado
subscritor do agravo.
2. Pois bem, a parte agravante alega que “o patrono que firmou o
Agravo de Instrumento possui sim poderes para tanto, haja vista que os
mesmos lhe foram conferidos por meio de Subestabelecimento com
Reservas, conforme se verifica da análise dos autos” (sic, fls. 152).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.902 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que o recurso não merece transpor a barreira do
conhecimento.
6. No caso, a publicação da decisão agravada se deu em 13/06/2012
(fls. 148), quarta-feira. Interposto o agravo regimental por meio de fac-
símile em 17/06/2012 (fls. 151), a prorrogação do prazo para protocolo do
original se exauriu em 25/06/2012, segunda-feira. Contudo, observo que
não houve a protocolização da petição original, conforme atesta a
certidão de fls. 150.
7. Com efeito, o original do recurso é de ser entregue em Juízo,
necessariamente, até cinco dias da data do término do prazo recursal, nos
termos do caput do art. 2º da Lei 9.800/1999. Obrigação da qual não se
desincumbiu a parte agravante.
8. Ante o exposto, o agravo regimental não é de ser conhecido.
9. É como voto.
* * * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3089048.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.902 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que o recurso não merece transpor a barreira do
conhecimento.
6. No caso, a publicação da decisão agravada se deu em 13/06/2012
(fls. 148), quarta-feira. Interposto o agravo regimental por meio de fac-
símile em 17/06/2012 (fls. 151), a prorrogação do prazo para protocolo do
original se exauriu em 25/06/2012, segunda-feira. Contudo, observo que
não houve a protocolização da petição original, conforme atesta a
certidão de fls. 150.
7. Com efeito, o original do recurso é de ser entregue em Juízo,
necessariamente, até cinco dias da data do término do prazo recursal, nos
termos do caput do art. 2º da Lei 9.800/1999. Obrigação da qual não se
desincumbiu a parte agravante.
8. Ante o exposto, o agravo regimental não é de ser conhecido.
9. É como voto.
* * * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3089048.
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Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.902
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : VIVO S/A
ADV.(A/S) : ALESSANDRA FRANCISCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : DEBORAN KELY DO LAGO RAMOS
ADV.(A/S) : HELLEN CRISTINA DO LAGO RAMOS
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141023
Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683.902
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : VIVO S/A
ADV.(A/S) : ALESSANDRA FRANCISCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : DEBORAN KELY DO LAGO RAMOS
ADV.(A/S) : HELLEN CRISTINA DO LAGO RAMOS
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141023
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 4
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3147193 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-11-30T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (“NOS PRÓPRIOS AUTOS”, CONFORME A LEI 12.322/2010). PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL INTERPOSTO POR MEIO DE FAC-SÍMILE. AUSÊNCIA DE PROTOCOLIZAÇÃO DOS ORIGINAIS, QUE DEVIAM SER APRESENTADOS NO PRAZO DETERMINADO PELA LEI 9.800/1999.
1. Nos termos do caput do art. 2º da Lei 9.800/1999, o original do recurso interposto por meio de fac-símile é de ser entregue em Juízo, necessariamente, em até cinco dias da data do término do prazo recursal.
2. Agravo regimental não conhecido. | sjur220254 | Número de páginas: 4.
Análise: 05/12/2012, MAC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 683902 | [
"LEG-FED LEI-009800 ANO-1999\r\n ART-00002 \"CAPUT\"\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 683902 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : VIVO S/A
ADV.(A/S) : ALESSANDRA FRANCISCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : DEBORAN KELY DO LAGO RAMOS
ADV.(A/S) : HELLEN CRISTINA DO LAGO RAMOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 683 . 902",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"RECURSO"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI 12 . 322 / 2010",
"LEI 9 . 800 / 1999",
"art . [UNK] da Lei 9 . 800 / 1999",
"MP n° 2 .",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei 9 . 800 / 1999",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei 9 . 800 / 1999",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"VIVO S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"VIVO S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"VIVO S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"VIVO S / A",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"VIVO S / A",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ALESSANDRA FRANCISCO",
"DEBORAN KELY DO LAGO RAMOS",
"HELLEN CRISTINA DO LAGO RAMOS",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"ALESSANDRA FRANCISCO",
"DEBORAN KELY DO LAGO RAMOS",
"HELLEN CRISTINA DO LAGO RAMOS",
"AYRES BRITTO",
"ALESSANDRA FRANCISCO",
"DEBORAN KELY DO LAGO RAMOS",
"HELLEN CRISTINA DO LAGO RAMOS",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"ALESSANDRA FRANCISCO",
"DEBORAN KELY DO LAGO RAMOS",
"HELLEN CRISTINA DO LAGO RAMOS",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu",
"ALESSANDRA FRANCISCO",
"DEBORAN KELY DO LAGO RAMOS",
"HELLEN CRISTINA DO LAGO RAMOS",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"06",
"/",
"2012",
"17",
"/",
"06",
"/",
"2012",
"25",
"/",
"06",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"13",
"/",
"06",
"/",
"2012",
"17",
"/",
"06",
"/",
"2012",
"25",
"/",
"06",
"/",
"2012",
"segunda",
"-",
"feira",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.350 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:MARCIANE DOS SANTOS DALLAGNOL
ADV.(A/S)
:RAFAEL DE CASTRO MENEZES
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. FORMAÇÃO DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE CÓPIA
DE PEÇA OBRIGATÓRIA, NOS TERMOS DO § 1º DO ART. 544 DO CPC
(REDAÇÃO ANTERIOR À LEI 12.322/2010).
1. É assente no Supremo Tribunal Federal que, até o advento da Lei
12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento,
não se permitindo sua complementação após a subida dos autos a esta
Casa de Justiça, nem a conversão do processo em diligência para corrigir
eventual ausência.
2. Agravo desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em negar provimento ao agravo regimental, o
que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos,
em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata
do julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088457.
Supremo Tribunal Federal
DJe 30/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.350 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:MARCIANE DOS SANTOS DALLAGNOL
ADV.(A/S)
:RAFAEL DE CASTRO MENEZES
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo de instrumento, ante a ausência do
traslado de cópia das contrarrazões ou de certidão que ateste sua
inexistência nos autos principais.
2. Pois bem, a parte agravante alega que “a peça referida não é
considerada imprescindível, e de qualquer forma, resta lembrar que em janeiro de
2011 passou a vigorar a Lei n.° 12.322, que transforma o agravo de instrumento
interposto contra decisão que não admite recurso extraordinário ou especial em
agravo nos próprios autos, dispensando desta forma as peças obrigatórias” (fls.
53).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088458.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.350 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:MARCIANE DOS SANTOS DALLAGNOL
ADV.(A/S)
:RAFAEL DE CASTRO MENEZES
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo de instrumento, ante a ausência do
traslado de cópia das contrarrazões ou de certidão que ateste sua
inexistência nos autos principais.
2. Pois bem, a parte agravante alega que “a peça referida não é
considerada imprescindível, e de qualquer forma, resta lembrar que em janeiro de
2011 passou a vigorar a Lei n.° 12.322, que transforma o agravo de instrumento
interposto contra decisão que não admite recurso extraordinário ou especial em
agravo nos próprios autos, dispensando desta forma as peças obrigatórias” (fls.
53).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088458.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 4
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.350 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida. É que o agravo de
instrumento não foi instruído com os elementos necessários à sua
apreciação (§ 1º do art. 544 do CPC, na redação anterior à Lei
12.322/2010).
6. Compulsados os autos, observo que o agravo de instrumento foi
interposto em 09/08/2010. Antes, portanto, da data em que a Lei
12.322/2010 entrou em vigor (09/12/2010). Ora, é assente nesta Casa de
Justiça que, até a vigência da Lei 12.322/2010, cabia à parte agravante a
correta formação do instrumento, não se permitindo sua complementação
após a subida dos autos ao Supremo Tribunal Federal, nem a conversão
do processo em diligência para corrigir eventual ausência.
7. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 823.311-ED,
da relatoria do ministro Marco Aurélio; 825.720-AgR, da relatoria do
ministro Joaquim Barbosa; 828.091-AgR, da relatoria da ministra Cármen
Lúcia; 828.792-AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski;
832.616 e 853.637-AgR, ambos da relatoria do ministro Dias Toffoli; e
838.791-AgR, da minha relatoria.
8. Com essas considerações, voto pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088459.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.350 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida. É que o agravo de
instrumento não foi instruído com os elementos necessários à sua
apreciação (§ 1º do art. 544 do CPC, na redação anterior à Lei
12.322/2010).
6. Compulsados os autos, observo que o agravo de instrumento foi
interposto em 09/08/2010. Antes, portanto, da data em que a Lei
12.322/2010 entrou em vigor (09/12/2010). Ora, é assente nesta Casa de
Justiça que, até a vigência da Lei 12.322/2010, cabia à parte agravante a
correta formação do instrumento, não se permitindo sua complementação
após a subida dos autos ao Supremo Tribunal Federal, nem a conversão
do processo em diligência para corrigir eventual ausência.
7. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 823.311-ED,
da relatoria do ministro Marco Aurélio; 825.720-AgR, da relatoria do
ministro Joaquim Barbosa; 828.091-AgR, da relatoria da ministra Cármen
Lúcia; 828.792-AgR, da relatoria do ministro Ricardo Lewandowski;
832.616 e 853.637-AgR, ambos da relatoria do ministro Dias Toffoli; e
838.791-AgR, da minha relatoria.
8. Com essas considerações, voto pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088459.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 4
Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.350
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : MARCIANE DOS SANTOS DALLAGNOL
ADV.(A/S) : RAFAEL DE CASTRO MENEZES
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141145
Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.350
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : MARCIANE DOS SANTOS DALLAGNOL
ADV.(A/S) : RAFAEL DE CASTRO MENEZES
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141145
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 4
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3147583 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-11-30T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. FORMAÇÃO DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE CÓPIA DE PEÇA OBRIGATÓRIA, NOS TERMOS DO § 1º DO ART. 544 DO CPC (REDAÇÃO ANTERIOR À LEI 12.322/2010).
1. É assente no Supremo Tribunal Federal que, até o advento da Lei 12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento, não se permitindo sua complementação após a subida dos autos a esta Casa de Justiça, nem a conversão do processo em diligência para corrigir eventual ausência.
2. Agravo desprovido. | sjur220291 | - Acórdãos citados:
(AGRAVO DE INSTRUMENTO, DEFICIÊNCIA, TRASLADO)
STF: AI 82311 ED (TP), AI 825720 AgR (2ªT), AI 828091 AgR
(1ªT), AI 828792 AgR (1ªT), AI 853637 AgR (1ªT), AI 838791
AgR (2ªT).
Número de páginas: 4.
Análise: 07/12/2012, MAC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 853350 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00544 PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | AI-AgR | acordaos | AI 853350 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MARCIANE DOS SANTOS DALLAGNOL
ADV.(A/S) : RAFAEL DE CASTRO MENEZES
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 350",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 350",
"AGRAVO",
"AIs 823 . 311 - ED",
"AIs 823 . 311 - ED",
"AGRAVO",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 350"
],
"LEGISLACAO": [
"§ [UNK] DO ART . 544 DO CPC",
"LEI 12 . 322 / 2010",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . ° 12 . 322",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . ° 12 . 322",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 544 do CPC",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 544 do CPC",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"UNIÃO",
"FAZENDA",
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"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"UNIÃO",
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"Plenário",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"UNIÃO",
"Plenário",
"Plenário",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCIANE DOS SANTOS DALLAGNOL",
"RAFAEL DE CASTRO MENEZES",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"MARCIANE DOS SANTOS DALLAGNOL",
"RAFAEL DE CASTRO MENEZES",
"AYRES BRITTO",
"MARCIANE DOS SANTOS DALLAGNOL",
"RAFAEL DE CASTRO MENEZES",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Marco Aurélio",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"AYRES BRITTO",
"Marco Aurélio",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"MARCIANE DOS SANTOS DALLAGNOL",
"RAFAEL DE CASTRO MENEZES",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz",
"Tomimatsu",
"MARCIANE DOS SANTOS DALLAGNOL",
"RAFAEL DE CASTRO MENEZES",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"janeiro de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"janeiro de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"09",
"/",
"08",
"/",
"2010",
"09",
"/",
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"2010",
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"08",
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"2001",
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"10",
"/",
"2012",
"09",
"/",
"08",
"/",
"2010",
"09",
"/",
"12",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692.249 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:JAQUELINE TREVISOL
ADV.(A/S)
:JONATHAN CARVALHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA PROCESSUAL.
INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO (NOS PRÓPRIOS AUTOS,
CONFORME A LEI 12.322/2010).
1. Recurso protocolado após o transcurso do prazo legal se revela
insuscetível de atingir seu objetivo.
2. Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em negar provimento ao agravo regimental, o
que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos,
em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata
do julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3089119.
Supremo Tribunal Federal
DJe 03/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692.249 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:JAQUELINE TREVISOL
ADV.(A/S)
:JONATHAN CARVALHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado nos próprios autos, nos
termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário) porque intempestivo.
2. Pois bem, a parte agravante alega que “a decisão agravada foi
publicada no dia 20 de janeiro de 2012, uma sexta-feira”, pelo que “o início da
contagem do prazo é no primeiro dia útil, ou seja, segunda-feira, dia 23 de janeiro
de 2012, assim sendo, o último dia do prazo para a interposição do Agravo de
Instrumento na instância judicante foi efetivamente o dia 01 de fevereiro de
2012”.
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3089120.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692.249 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:JAQUELINE TREVISOL
ADV.(A/S)
:JONATHAN CARVALHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado nos próprios autos, nos
termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário) porque intempestivo.
2. Pois bem, a parte agravante alega que “a decisão agravada foi
publicada no dia 20 de janeiro de 2012, uma sexta-feira”, pelo que “o início da
contagem do prazo é no primeiro dia útil, ou seja, segunda-feira, dia 23 de janeiro
de 2012, assim sendo, o último dia do prazo para a interposição do Agravo de
Instrumento na instância judicante foi efetivamente o dia 01 de fevereiro de
2012”.
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 4
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692.249 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque as razões
recursais não se mostram aptas à alteração do equacionamento jurídico
dado à controvérsia.
6. No caso, os autos dão conta de que a decisão denegatória de
admissibilidade ao recurso extraordinário foi publicada dia 20/01/2011
(fls. 323), quinta-feira, findo o prazo para a interposição do agravo em
31/01/2011 (segunda-feira). Logo, inafastável a intempestividade do
recurso, manejado tão-somente em 01/02/2011 (fls. 326), terça-feira.
7. Anoto, por oportuno, que a parte agravante se equivoca ao
informar que a decisão foi publicada em 20/01/2012. Ora bem, consta da
certidão de fls. 323 que a publicação efetivamente se deu em 20/01/2011.
8. Nessa contextura, confirmando a adequação da decisão agravada,
nego provimento ao agravo regimental.
9. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692.249 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque as razões
recursais não se mostram aptas à alteração do equacionamento jurídico
dado à controvérsia.
6. No caso, os autos dão conta de que a decisão denegatória de
admissibilidade ao recurso extraordinário foi publicada dia 20/01/2011
(fls. 323), quinta-feira, findo o prazo para a interposição do agravo em
31/01/2011 (segunda-feira). Logo, inafastável a intempestividade do
recurso, manejado tão-somente em 01/02/2011 (fls. 326), terça-feira.
7. Anoto, por oportuno, que a parte agravante se equivoca ao
informar que a decisão foi publicada em 20/01/2012. Ora bem, consta da
certidão de fls. 323 que a publicação efetivamente se deu em 20/01/2011.
8. Nessa contextura, confirmando a adequação da decisão agravada,
nego provimento ao agravo regimental.
9. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692.249
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : JAQUELINE TREVISOL
ADV.(A/S) : JONATHAN CARVALHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692.249
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : JAQUELINE TREVISOL
ADV.(A/S) : JONATHAN CARVALHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3148177 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-12-03T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA PROCESSUAL. INTEMPESTIVIDADE DO AGRAVO (NOS PRÓPRIOS AUTOS, CONFORME A LEI 12.322/2010).
1. Recurso protocolado após o transcurso do prazo legal se revela insuscetível de atingir seu objetivo.
2. Agravo regimental desprovido. | sjur220392 | Número de páginas: 4.
Análise: 05/12/2012, TBC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 692249 | [
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 692249 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGTE.(S) : JAQUELINE TREVISOL
ADV.(A/S) : JONATHAN CARVALHO E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692 . 249",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 692 . 249",
"AGRAVO 692 . 249"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
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"RIO GRANDE DO SUL",
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"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
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"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"PESSOA": [
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"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
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"AYRES BRITTO",
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"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
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"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
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"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu",
"JAQUELINE TREVISOL",
"JONATHAN CARVALHO",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
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"TEMPO": [
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"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
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"/",
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"/",
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"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"20 de janeiro de 2012",
"-",
"segunda",
"-",
"23 de janeiro de 2012",
"01 de fevereiro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
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"10",
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"2012",
"20 de janeiro de 2012",
"segunda",
"-",
"feira",
"23 de janeiro de 2012",
"01 de fevereiro de 2012",
"24",
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"08",
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"2001",
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"/",
"2012",
"20",
"/",
"01",
"/",
"2011",
"31",
"/",
"01",
"/",
"2011",
"segunda",
"-",
"feira",
"01",
"/",
"02",
"/",
"2011",
"20",
"/",
"01",
"/",
"2012",
"20",
"/",
"01",
"/",
"2011",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
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"/",
"2012",
"20",
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"2011",
"segunda",
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"feira",
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"/",
"02",
"/",
"2011",
"20",
"/",
"01",
"/",
"2012",
"20",
"/",
"01",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
647.961 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:OLGA MARIA MIRANDA FERREIRA LIMA
ADV.(A/S)
:ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:NAIR ZAVATTI
ADV.(A/S)
:AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:FLÁVIO
RENATO
FANCHINI
TERRASAN
E
OUTRO(A/S)
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL
VOLTADO CONTRA DECISÃO PROFERIDA POR ÓRGÃO
COLEGIADO. DESCABIMENTO. PRECEDENTES.
1. É manifestamente incabível a interposição de agravo regimental
contra decisão proferida por órgão colegiado. Precedentes.
2. Agravo regimental não conhecido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em não conhecer do agravo regimental, o que
fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos, em
sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata do
julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
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Supremo Tribunal Federal
DJe 30/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
647.961 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:OLGA MARIA MIRANDA FERREIRA LIMA
ADV.(A/S)
:ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:NAIR ZAVATTI
ADV.(A/S)
:AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:FLÁVIO
RENATO
FANCHINI
TERRASAN
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra acórdão deste
Plenário, que negou provimento ao agravo regimental porque
intempestivo o agravo (este manejado nos próprios autos, nos termos da
Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso extraordinário).
2. Pois bem, a parte agravante requer, caso se entenda não ser “o caso
de Agravo Regimental, que seja recebida a presente peça como embargos de
Declaração (fls. 339). Alega, em síntese, que atendeu a todos os prazos
previstos no ordenamento jurídico.
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
colegiado.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
647.961 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:OLGA MARIA MIRANDA FERREIRA LIMA
ADV.(A/S)
:ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:NAIR ZAVATTI
ADV.(A/S)
:AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:FLÁVIO
RENATO
FANCHINI
TERRASAN
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra acórdão deste
Plenário, que negou provimento ao agravo regimental porque
intempestivo o agravo (este manejado nos próprios autos, nos termos da
Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso extraordinário).
2. Pois bem, a parte agravante requer, caso se entenda não ser “o caso
de Agravo Regimental, que seja recebida a presente peça como embargos de
Declaração (fls. 339). Alega, em síntese, que atendeu a todos os prazos
previstos no ordenamento jurídico.
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
colegiado.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
647.961 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece ultrapassar a barreira do
conhecimento. Isso porque, nos termos da jurisprudência desta nossa
Casa de Justiça, não cabe agravo regimental contra decisão proferida por
órgão colegiado.
6. Leia-se, a propósito, o acórdão proferido pelo Plenário do STF no
julgamento do AI 834.262-AgR-AgR, da relatoria do ministro Cezar
Peluso, que redigiu a ementa da seguinte maneira:
“RECURSO. Agravo regimental. Inadmissibilidade.
Acórdão de Turma ou do Plenário. Precedentes. Agravo
regimental não conhecido. Cabe agravo regimental contra
decisão do Presidente do Tribunal, de Presidente de Turma ou
do Relator, não, porém, contra acórdão de Turma ou do
Plenário.”
7. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem: AIs 371.297-AgR-ED-
AgR, 520.800-AgR-AgR e 552.307-AgR-AgR, da relatoria do ministro
Gilmar Mendes; 596.906-AgR-AgR, da relatoria do ministro Dias Toffoli;
710.051-AgR-AgR, da minha relatoria; 767.310-AgR-ED-AgR, da relatoria
do ministro Celso de Mello; 487.932-AgR-ED-AgR, da relatoria do
ministro Sepúlveda Pertence, bem como RE 603.825-AgR-AgR, da
relatoria do ministro Ricardo Lewandowski.
8. À derradeira, pontuo que é inaplicável, ao caso, o princípio da
fungibilidade (AIs 586.359-AgR-AgR, da relatoria do ministro Gilmar
Mendes; 704.052-AgR-AgR-AgR, da relatoria do ministro Ricardo
Lewandowski; 760.111-AgR-AgR, da relatoria do ministro Joaquim
Barbosa; 767.310-AgR-ED-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello; e
783.538-AgR-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia; ARE 642.378-
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
647.961 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece ultrapassar a barreira do
conhecimento. Isso porque, nos termos da jurisprudência desta nossa
Casa de Justiça, não cabe agravo regimental contra decisão proferida por
órgão colegiado.
6. Leia-se, a propósito, o acórdão proferido pelo Plenário do STF no
julgamento do AI 834.262-AgR-AgR, da relatoria do ministro Cezar
Peluso, que redigiu a ementa da seguinte maneira:
“RECURSO. Agravo regimental. Inadmissibilidade.
Acórdão de Turma ou do Plenário. Precedentes. Agravo
regimental não conhecido. Cabe agravo regimental contra
decisão do Presidente do Tribunal, de Presidente de Turma ou
do Relator, não, porém, contra acórdão de Turma ou do
Plenário.”
7. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem: AIs 371.297-AgR-ED-
AgR, 520.800-AgR-AgR e 552.307-AgR-AgR, da relatoria do ministro
Gilmar Mendes; 596.906-AgR-AgR, da relatoria do ministro Dias Toffoli;
710.051-AgR-AgR, da minha relatoria; 767.310-AgR-ED-AgR, da relatoria
do ministro Celso de Mello; 487.932-AgR-ED-AgR, da relatoria do
ministro Sepúlveda Pertence, bem como RE 603.825-AgR-AgR, da
relatoria do ministro Ricardo Lewandowski.
8. À derradeira, pontuo que é inaplicável, ao caso, o princípio da
fungibilidade (AIs 586.359-AgR-AgR, da relatoria do ministro Gilmar
Mendes; 704.052-AgR-AgR-AgR, da relatoria do ministro Ricardo
Lewandowski; 760.111-AgR-AgR, da relatoria do ministro Joaquim
Barbosa; 767.310-AgR-ED-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello; e
783.538-AgR-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia; ARE 642.378-
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
ARE 647.961 AGR-AGR / DF
AgR-AgR, da relatoria da ministra Rosa Weber; e RE 537.795-AgR-AgR,
da relatoria do ministro Dias Toffoli).
9. Ante o exposto, o agravo regimental não é de ser conhecido.
10. É como voto.
* * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 647.961 AGR-AGR / DF
AgR-AgR, da relatoria da ministra Rosa Weber; e RE 537.795-AgR-AgR,
da relatoria do ministro Dias Toffoli).
9. Ante o exposto, o agravo regimental não é de ser conhecido.
10. É como voto.
* * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.961
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : OLGA MARIA MIRANDA FERREIRA LIMA
ADV.(A/S) : ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : NAIR ZAVATTI
ADV.(A/S) : AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : FLÁVIO RENATO FANCHINI TERRASAN E OUTRO(A/S)
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3140955
Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647.961
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : OLGA MARIA MIRANDA FERREIRA LIMA
ADV.(A/S) : ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : NAIR ZAVATTI
ADV.(A/S) : AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : FLÁVIO RENATO FANCHINI TERRASAN E OUTRO(A/S)
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3140955
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3147692 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-11-30T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), não conheceu do agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL VOLTADO CONTRA DECISÃO PROFERIDA POR ÓRGÃO COLEGIADO. DESCABIMENTO. PRECEDENTES.
1. É manifestamente incabível a interposição de agravo regimental contra decisão proferida por órgão colegiado. Precedentes.
2. Agravo regimental não conhecido. | sjur220233 | - Acórdãos citados:
(CABIMENTO, AGRAVO REGIMENTAL)
STF: AI 834262 AgR AgR (TP), AI 371297 AgR ED AgR (2ªT), AI
520800 AgR AgR (2ªT), AI 552307 AgR AgR (2ªT), AI 596906
AgR AgR (1ªT), AI 710051 AgR AgR (2ªT), AI 767310 AgR ED
AgR (2ªT), AI 487932 AgR ED AgR (2ªT), RE 603825 AgR AgR
(2ªT);
(PRINCÍPIO DA FUNGIBILIDADE)
STF: AI 586359 AgR AgR (2ªT), AI 704052 AgR AgR AgR (1ªT),
AI 760111 AgR AgR (2ªT), AI 767310 AgR ED AgR (2ªT), AI
783538 AgR AgR (1ªT), ARE 642378 AgR AgR (2ªT), RE 537795
AgR AgR (1ªT).
Número de páginas: 5.
Análise: 05/12/2012, TBC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 647961 | null | ARE-AgR-AgR | acordaos | ARE 647961 AgR-AgR | [
""
] | AGTE.(S) : OLGA MARIA MIRANDA FERREIRA LIMA
ADV.(A/S) : ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : NAIR ZAVATTI
ADV.(A/S) : AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : FLÁVIO RENATO FANCHINI TERRASAN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : FABIO CHRISTOFARO
ADV.(A/S) : ANTONIO RUGERO GUIBO
ADV.(A/S) : DINALDO CARVALHO DE AZEVEDO FILHO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 647 . 961",
"AGRAVO 647 . 961",
"AI 834 . 262 - AgR - AgR",
"AIs 371 . 297 - AgR - ED - AgR",
"520",
".",
"800",
"-",
"AgR",
"-",
"AgR",
"552",
".",
"307",
"-",
"AgR",
"-",
"AgR",
"RE 603 . 825 - AgR - AgR",
"AIs 586 . 359 - AgR - AgR",
"ARE 642 . 378 - Supremo",
"AI 834 . 262 - AgR - AgR",
"AIs 371 . 297 - AgR - ED - AgR",
"AgR",
".",
"AgR",
"-",
"AgR",
"AgR",
"AgR",
"RE 603 . 825 - AgR -",
"AgR",
"AIs 586 . 359 - AgR - AgR",
"ARE 642 . 378",
"ARE 647 . 961 AGR",
"RE 537 . 795 - AgR - AgR",
"ARE 647 . 961 AGR",
"RE 537 . 795 - AgR - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasil",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Plenário do STF",
"Plenário",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Plenário do STF",
"Plenário",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"DF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"BANCO DO BRASIL S / A",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"OLGA MARIA MIRANDA FERREIRA LIMA",
"ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA",
"NAIR ZAVATTI",
"AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ",
"FLÁVIO RENATO FANCHINI TERRASAN",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"OLGA MARIA MIRANDA FERREIRA LIMA",
"ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA",
"NAIR ZAVATTI",
"AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ",
"FLÁVIO RENATO FANCHINI TERRASAN",
"AYRES BRITTO",
"OLGA MARIA MIRANDA FERREIRA LIMA",
"ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA",
"NAIR ZAVATTI",
"AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ",
"FLÁVIO RENATO FANCHINI TERRASAN",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Cezar Peluso",
"Gilmar Mendes",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"AYRES BRITTO",
"Cezar Peluso",
"Gilmar Mendes",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"OLGA MARIA MIRANDA FERREIRA LIMA",
"ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA",
"NAIR ZAVATTI",
"AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ",
"FLÁVIO RENATO FANCHINI TERRASAN",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Tomimatsu",
"OLGA MARIA MIRANDA FERREIRA LIMA",
"ALEXANDRE GAIOFATO DE SOUZA",
"NAIR ZAVATTI",
"AIRTON CAMILO LEITE MUNHOZ",
"FLÁVIO RENATO FANCHINI TERRASAN",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz",
"Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.622 MINAS
GERAIS
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:ODAIR SIDNEY CABRAL
ADV.(A/S)
:RODRIGO DUMONT DE MIRANDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL
DO ESTADO
DE MINAS
GERAIS
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA PROCESSUAL.
AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO OUTORGADA AO ADVOGADO QUE
SUBSTABELECEU PODERES AO SUBSCRITOR DO AGRAVO (NOS
PRÓPRIOS AUTOS, CONFORME A LEI 12.322/2010). RECURSO
CONSIDERADO
INEXISTENTE.
PRECEDENTES.
AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o
recurso interposto por advogado sem procuração nos autos é de ser
considerado inexistente.
2. Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em negar provimento ao agravo regimental, o
que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos,
em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata
do julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.622 MINAS
GERAIS
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:ODAIR SIDNEY CABRAL
ADV.(A/S)
:RODRIGO DUMONT DE MIRANDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL
DO ESTADO
DE MINAS
GERAIS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado nos próprios autos, nos
termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), ante a ausência da procuração outorgada ao advogado
subscritor da petição.
2. Pois bem, a parte agravante alega que, “apesar de não existir
procuração outorgada para o procurador subscritor do recurso, houve juntada de
substabelecimento para o referido advogado” (fls. 324).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.622 MINAS
GERAIS
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:ODAIR SIDNEY CABRAL
ADV.(A/S)
:RODRIGO DUMONT DE MIRANDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL
DO ESTADO
DE MINAS
GERAIS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado nos próprios autos, nos
termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), ante a ausência da procuração outorgada ao advogado
subscritor da petição.
2. Pois bem, a parte agravante alega que, “apesar de não existir
procuração outorgada para o procurador subscritor do recurso, houve juntada de
substabelecimento para o referido advogado” (fls. 324).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 4
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.622 MINAS
GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Não consta dos autos cópia da procuração outorgada ao advogado
que substabeleceu poderes ao subscritor do agravo de fls. 286-300.
6. Com efeito, a jurisprudência deste nosso Tribunal é firme no
sentido de que o substabelecimento é acessório quanto à procuração
outorgada ao advogado substabelecente. Daí ser o recurso tido por
inexistente quando instruído apenas com a cópia do substabelecimento,
desacompanhada da cópia da procuração original.
7. Confiram-se, a propósito, os acórdãos proferidos pelo Plenário
desta nossa Casa de Justiça no julgamento dos AIs 744.524-AgR-ED e
768.205-AgR, ambos da relatoria do ministro Gilmar Mendes.
8. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 163.476-AgR,
da relatoria do ministro Celso de Mello; 237.678-AgR, da relatoria do
ministro Sepúlveda Pertence; 452.992-AgR, da relatoria do ministro
Gilmar Mendes; e 677.666-AgR, da minha relatoria.
9. Não bastasse, ressalto que a regra geral que decorre do art. 37 do
Código de Processo Civil é a exigência de juntada, em autos de processo
judicial, do instrumento de mandato outorgado pela parte ao advogado,
sob pena de serem considerados inexistentes os atos por ele praticados.
10. Nessa contextura, confirmando a adequação da decisão
agravada, nego provimento ao agravo regimental.
11. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.622 MINAS
GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Não consta dos autos cópia da procuração outorgada ao advogado
que substabeleceu poderes ao subscritor do agravo de fls. 286-300.
6. Com efeito, a jurisprudência deste nosso Tribunal é firme no
sentido de que o substabelecimento é acessório quanto à procuração
outorgada ao advogado substabelecente. Daí ser o recurso tido por
inexistente quando instruído apenas com a cópia do substabelecimento,
desacompanhada da cópia da procuração original.
7. Confiram-se, a propósito, os acórdãos proferidos pelo Plenário
desta nossa Casa de Justiça no julgamento dos AIs 744.524-AgR-ED e
768.205-AgR, ambos da relatoria do ministro Gilmar Mendes.
8. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 163.476-AgR,
da relatoria do ministro Celso de Mello; 237.678-AgR, da relatoria do
ministro Sepúlveda Pertence; 452.992-AgR, da relatoria do ministro
Gilmar Mendes; e 677.666-AgR, da minha relatoria.
9. Não bastasse, ressalto que a regra geral que decorre do art. 37 do
Código de Processo Civil é a exigência de juntada, em autos de processo
judicial, do instrumento de mandato outorgado pela parte ao advogado,
sob pena de serem considerados inexistentes os atos por ele praticados.
10. Nessa contextura, confirmando a adequação da decisão
agravada, nego provimento ao agravo regimental.
11. É como voto.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.622
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : ODAIR SIDNEY CABRAL
ADV.(A/S) : RODRIGO DUMONT DE MIRANDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701.622
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : ODAIR SIDNEY CABRAL
ADV.(A/S) : RODRIGO DUMONT DE MIRANDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 4
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161130 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL. MATÉRIA PROCESSUAL. AUSÊNCIA DE PROCURAÇÃO OUTORGADA AO ADVOGADO QUE SUBSTABELECEU PODERES AO SUBSCRITOR DO AGRAVO (NOS PRÓPRIOS AUTOS, CONFORME A LEI 12.322/2010). RECURSO CONSIDERADO INEXISTENTE. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. Nos termos da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, o recurso interposto por advogado sem procuração nos autos é de ser considerado inexistente.
2. Agravo regimental desprovido. | sjur220678 | - Acórdão(s) citado(s):
(AUSÊNCIA, CÓPIA DA PROCURAÇÃO)
STF: AI 744524 AgR-ED (TP), AI 765205 AgR (TP), AI 163476 AgR (1ªT), AI 237678 AgR (1ªT), AI 452992 AgR (2ªT), AI
677666 AgR (1ªT).
Número de páginas: 4.
Análise: 13/12/2012, MJC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 701622 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00037 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 701622 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ODAIR SIDNEY CABRAL
ADV.(A/S) : RODRIGO DUMONT DE MIRANDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : JOSÉ ANTÔNIO FÉLIX GARCIA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 701 . 622",
"RECURSO",
"AIs 744 . 524 - AgR - ED",
"768",
".",
"205",
"-",
"AgR",
"AIs 163 . 476 - AgR",
"237",
".",
"-",
"AgR",
".",
"-",
"AgR",
"677",
".",
"-",
"AgR",
"AIs 744 . 524 - AgR - ED",
"768",
".",
"205",
"-",
"AgR",
"AIs 163 . 476 - AgR",
"237",
".",
"678",
"-",
"AgR",
".",
"992",
"-",
"AgR",
"677",
".",
"-",
"AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"/",
"2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"AG",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ODAIR SIDNEY CABRAL",
"RODRIGO DUMONT DE MIRANDA",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"ODAIR SIDNEY CABRAL",
"RODRIGO DUMONT DE MIRANDA",
"AYRES BRITTO",
"ODAIR SIDNEY CABRAL",
"RODRIGO DUMONT DE MIRANDA",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
"Gilmar Mendes",
"AYRES BRITTO",
"Gilmar Mendes",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
"Gilmar Mendes",
"ODAIR SIDNEY CABRAL",
"RODRIGO DUMONT DE MIRANDA",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu",
"RODRIGO DUMONT DE MIRANDA",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz",
"Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 697.154 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE MANAUS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
MANAUS
AGDO.(A/S)
:MARIO EMILIO ROMANET VARGAS
ADV.(A/S)
:MARIA SOCORRO LEANDRO DA SILVA
Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Concurso público.
Estrangeiro. Naturalização. Art. 12, inciso II, alínea “b”, da Constituição
Federal. Posse em cargo público efetivo. Possibilidade. Portaria do
Ministro da Justiça que reconhece a naturalização. Expediente de
natureza meramente formal com efeitos retroativos à data do
requerimento da naturalização. Precedentes. 3. Agravo regimental a que
se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 21/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 697.154 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE MANAUS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
MANAUS
AGDO.(A/S)
:MARIO EMILIO ROMANET VARGAS
ADV.(A/S)
:MARIA SOCORRO LEANDRO DA SILVA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental em recurso extraordinário contra decisão monocrática
de minha relatoria, que negou seguimento ao recurso interposto, tendo
por base o entendimento pacificado desta Corte segundo o qual a
aquisição de nacionalidade brasileira é suficiente para viabilizar a posse
de estrangeiro em cargo para o qual foi aprovado mediante concurso
público, ressaltando, ainda, que a portaria que reconhece a referida
naturalização, expedida pelo Ministro da Justiça, é meramente
declaratória e que seus efeitos retroagem à data do requerimento de
naturalização.
No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que a decisão
agravada merece ser reformada, tendo em vista o disposto no art. 37,
inciso I, da Constituição Federal, que, por se tratar de norma de eficácia
limitada, exige a regulamentação do acesso de estrangeiros a cargos
públicos.
É o breve relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 697.154 AMAZONAS
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE MANAUS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
MANAUS
AGDO.(A/S)
:MARIO EMILIO ROMANET VARGAS
ADV.(A/S)
:MARIA SOCORRO LEANDRO DA SILVA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental em recurso extraordinário contra decisão monocrática
de minha relatoria, que negou seguimento ao recurso interposto, tendo
por base o entendimento pacificado desta Corte segundo o qual a
aquisição de nacionalidade brasileira é suficiente para viabilizar a posse
de estrangeiro em cargo para o qual foi aprovado mediante concurso
público, ressaltando, ainda, que a portaria que reconhece a referida
naturalização, expedida pelo Ministro da Justiça, é meramente
declaratória e que seus efeitos retroagem à data do requerimento de
naturalização.
No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que a decisão
agravada merece ser reformada, tendo em vista o disposto no art. 37,
inciso I, da Constituição Federal, que, por se tratar de norma de eficácia
limitada, exige a regulamentação do acesso de estrangeiros a cargos
públicos.
É o breve relatório.
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 697.154 AMAZONAS
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demostrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por esta Corte.
O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a
decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em
conformidade com jurisprudência desta Corte.
Na espécie, conforme consignado na decisão impugnada, a aquisição
de nacionalidade brasileira, nos termos do art. 12, inciso II, alínea “b”, da
CF, é suficiente para viabilizar a posse de estrangeiro em cargo para o
qual foi aprovado mediante concurso público, sendo a portaria que
reconhece formalmente a naturalização, expedida pelo Ministro da
Justiça, expediente de natureza meramente declaratória, cujos efeitos
retroagem à data do requerimento de naturalização.
Consoante exposto na decisão ora agravada, as instâncias ordinárias
assentaram o preenchimento dos requisitos constitucionais mencionados
pelo ora agravado, motivo pelo qual não se deve cogitar da existência de
óbice à posse no cargo em que logrou êxito mediante concurso público.
Nesse sentido, confira-se o RE 264.848, rel. Min. Carlos Britto,
Primeira Turma, DJ 14.10.2005, assim ementado:
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
CONCURSO
PÚBLICO.
ESTRANGEIRO.
NATURALIZAÇÃO.
REQUERIMENTO FORMALIZADO ANTES DA POSSE NO
CARGO EXITOSAMENTE DISPUTADO MEDIANTE
CONCURSO PÚBLICO. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À
ALÍNEA B DO INCISO II DO ARTIGO 12 DA MAGNA
CARTA.
O requerimento de aquisição da nacionalidade brasileira,
previsto na alínea b do inciso II do art. 12 da Carta de Outubro, é
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 697.154 AMAZONAS
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demostrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por esta Corte.
O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a
decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em
conformidade com jurisprudência desta Corte.
Na espécie, conforme consignado na decisão impugnada, a aquisição
de nacionalidade brasileira, nos termos do art. 12, inciso II, alínea “b”, da
CF, é suficiente para viabilizar a posse de estrangeiro em cargo para o
qual foi aprovado mediante concurso público, sendo a portaria que
reconhece formalmente a naturalização, expedida pelo Ministro da
Justiça, expediente de natureza meramente declaratória, cujos efeitos
retroagem à data do requerimento de naturalização.
Consoante exposto na decisão ora agravada, as instâncias ordinárias
assentaram o preenchimento dos requisitos constitucionais mencionados
pelo ora agravado, motivo pelo qual não se deve cogitar da existência de
óbice à posse no cargo em que logrou êxito mediante concurso público.
Nesse sentido, confira-se o RE 264.848, rel. Min. Carlos Britto,
Primeira Turma, DJ 14.10.2005, assim ementado:
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
CONCURSO
PÚBLICO.
ESTRANGEIRO.
NATURALIZAÇÃO.
REQUERIMENTO FORMALIZADO ANTES DA POSSE NO
CARGO EXITOSAMENTE DISPUTADO MEDIANTE
CONCURSO PÚBLICO. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À
ALÍNEA B DO INCISO II DO ARTIGO 12 DA MAGNA
CARTA.
O requerimento de aquisição da nacionalidade brasileira,
previsto na alínea b do inciso II do art. 12 da Carta de Outubro, é
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MIN. GILMAR MENDES
RE 697.154 AGR / AM
suficiente para viabilizar a posse no cargo triunfalmente
disputado mediante concurso público. Isto quando a pessoa
requerente contar com quinze anos ininterruptos de residência
fixa no Brasil, sem condenação penal.
A Portaria de formal reconhecimento da naturalização,
expedida pelo Ministro de Estado da Justiça, é de caráter
meramente declaratório. Pelo que seus efeitos hão de retroagir à
data do requerimento do interessado.
Recurso extraordinário a que se nega provimento”.
Confiram-se, ainda, os seguintes julgados monocráticos: RE 675.226,
rel. Min. Celso de Mello, DJe 11.4.2012; RE 655.658, rel. Min. Cármen
Lúcia, DJe 26.9.2011; RE 602.637, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 14.6.2011.
Ante o exposto, mantenho o que decidido anteriormente, por seus
próprios fundamentos, para negar provimento a este agravo regimental.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 697.154 AGR / AM
suficiente para viabilizar a posse no cargo triunfalmente
disputado mediante concurso público. Isto quando a pessoa
requerente contar com quinze anos ininterruptos de residência
fixa no Brasil, sem condenação penal.
A Portaria de formal reconhecimento da naturalização,
expedida pelo Ministro de Estado da Justiça, é de caráter
meramente declaratório. Pelo que seus efeitos hão de retroagir à
data do requerimento do interessado.
Recurso extraordinário a que se nega provimento”.
Confiram-se, ainda, os seguintes julgados monocráticos: RE 675.226,
rel. Min. Celso de Mello, DJe 11.4.2012; RE 655.658, rel. Min. Cármen
Lúcia, DJe 26.9.2011; RE 602.637, rel. Min. Marco Aurélio, DJe 14.6.2011.
Ante o exposto, mantenho o que decidido anteriormente, por seus
próprios fundamentos, para negar provimento a este agravo regimental.
É como voto.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 697.154
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE MANAUS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS
AGDO.(A/S) : MARIO EMILIO ROMANET VARGAS
ADV.(A/S) : MARIA SOCORRO LEANDRO DA SILVA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 697.154
PROCED. : AMAZONAS
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE MANAUS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS
AGDO.(A/S) : MARIO EMILIO ROMANET VARGAS
ADV.(A/S) : MARIA SOCORRO LEANDRO DA SILVA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099263
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3112576 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-21T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Concurso público. Estrangeiro. Naturalização. Art. 12, inciso II, alínea “b”, da Constituição Federal. Posse em cargo público efetivo. Possibilidade. Portaria do Ministro da Justiça que reconhece a naturalização. Expediente de natureza meramente formal com efeitos retroativos à data do requerimento da naturalização. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur219299 | - Acórdão (s) citado (s):
(NATURALIZADO, POSSE EM CARGO PÚBLICO)
STF: RE 264848 (1ªT);
Decisão (ões) monocrática (s) citada (s):
(NATURALIZADO, POSSE EM CARGO PÚBLICO)
STF: RE 675226, RE 655658, RE 602637.
Número de páginas: 5.
Análise: 30/11/2012, BMB. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 697154 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00012 INC-00002 LET-B \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL"
] | RE-AgR | acordaos | RE 697154 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE MANAUS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE MANAUS
ADV.(A/S) : MARIA SOCORRO LEANDRO DA SILVA
AGDO.(A/S) : MARIO EMILIO ROMANET VARGAS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 697 . 154 AMAZONAS",
"RE 264 . 848",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 697 . 154 AMAZONAS",
"RE 264 . 848",
"RE 697 . 154 AGR / AM",
"RE 675 . 226",
"RE 655 . 658",
"RE 602 . 637",
"RE 697 . 154 AGR",
"RE 675 . 226",
"RE 655 . 658",
"RE 602 . 637",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 697 . 154"
],
"LEGISLACAO": [
"Art . 12 , inciso II , alínea “ b ” , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , inciso I , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , inciso I , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 12 , inciso II , alínea “ b ” , da CF",
"ALÍNEA B DO INCISO II DO ARTIGO 12 DA MAGNA CARTA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 12 , inciso II , alínea “ b ” , da CF",
"ALÍNEA B DO INCISO II DO ARTIGO 12 DA MAGNA CARTA",
"MP n° 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MUNICÍPIO DE MANAUS",
"Brasília",
"MUNICÍPIO DE MANAUS",
"MUNICÍPIO DE MANAUS",
"MUNICÍPIO DE MANAUS",
"MUNICÍPIO DE MANAUS",
"Brasil",
"Brasil",
"AMAZONAS",
"MUNICÍPIO DE MANAUS",
"MUNICÍPIO DE MANAUS",
"AMAZONAS",
"MUNICÍPIO DE MANAUS",
"MUNICÍPIO DE MANAUS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
".",
"154",
"AMAZONAS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"AMAZONAS",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Primeira",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"MARIO EMILIO ROMANET VARGAS",
"MARIA SOCORRO LEANDRO DA SILVA",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"MARIO EMILIO ROMANET VARGAS",
"MARIA SOCORRO",
"LEANDRO DA SILVA",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"MARIO EMILIO ROMANET VARGAS",
"MARIA SOCORRO LEANDRO DA SILVA",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Carlos Britto",
"GILMAR MENDES",
"Carlos Britto",
"GILMAR MENDES",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"GILMAR MENDES",
"MARIO EMILIO ROMANET VARGAS",
"MARIA SOCORRO LEANDRO DA SILVA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"MARIO EMILIO ROMANET",
"MARIA SOCORRO LEANDRO DA SILVA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"14",
".",
"10",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"14",
".",
"10",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"4",
".",
"2012",
"26",
".",
"9",
".",
"2011",
"14",
".",
"6",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"/",
"11",
".",
"4",
".",
"2012",
"26",
".",
"9",
".",
"2011",
"14",
".",
"6",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.405 GOIÁS
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:JOSÉ VALTER BORGES DE ARAÚJO
ADV.(A/S)
:NÚBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. FORMAÇÃO DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE CÓPIA
DE PEÇA OBRIGATÓRIA, NOS TERMOS DO § 1º DO ART. 544 DO CPC
(REDAÇÃO ANTERIOR À LEI 12.322/2010).
1. É assente no Supremo Tribunal Federal que, até o advento da Lei
12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento,
não se permitindo sua complementação após a subida dos autos a esta
Casa de Justiça, nem a conversão do processo em diligência para corrigir
eventual ausência.
2. Agravo desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em negar provimento ao agravo regimental, o
que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos,
em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata
do julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088387.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.405 GOIÁS
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:JOSÉ VALTER BORGES DE ARAÚJO
ADV.(A/S)
:NÚBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo de instrumento, ante a ausência do
traslado de cópia de peça obrigatória.
2. Pois bem, a parte agravante alega que “juntou ao agravo cópia
integral dos autos, inclusive da certidão de publicação da decisão agravada, fls.
216 dos autos principais, publicada em 20 de janeiro de 2010” (fls. 260).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.405 GOIÁS
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:JOSÉ VALTER BORGES DE ARAÚJO
ADV.(A/S)
:NÚBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo de instrumento, ante a ausência do
traslado de cópia de peça obrigatória.
2. Pois bem, a parte agravante alega que “juntou ao agravo cópia
integral dos autos, inclusive da certidão de publicação da decisão agravada, fls.
216 dos autos principais, publicada em 20 de janeiro de 2010” (fls. 260).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.405 GOIÁS
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida. É que o agravo de
instrumento não foi instruído com os elementos necessários à sua
apreciação (§ 1º do art. 544 do CPC, na redação anterior à Lei
12.322/2010).
6. De se ver, por oportuno, que a parte agravante afirma que às fls.
237 dos autos consta a certidão de publicação da decisão agravada. Ora, o
documento indicado pela parte agravante se apresenta ilegível, o que
torna impossível aferir a tempestividade do agravo de instrumento.
7. Ora, é assente nesta Casa de Justiça que, até o advento da Lei
12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento,
não se permitindo sua complementação após a subida dos autos ao
Supremo Tribunal Federal, nem a conversão do processo em diligência
para corrigir eventual ausência.
8. Confira-se, a propósito, o acórdão proferido pelo Plenário desta
nossa Casa de Justiça no julgamento do AI 847.016-AgR, da relatoria do
ministro Cezar Peluso.
9. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 741.558-AgR,
da relatoria da ministra Rosa Weber; 754.886-AgR, da relatoria do
ministro Joaquim Barbosa; 762.546-AgR, da relatoria do ministro Gilmar
Mendes; 776.477-AgR, da relatoria do ministro Dias Toffoli; 783.043-ED,
da relatoria da ministra Cármen Lúcia; 787.511-AgR, da relatoria do
ministro Marco Aurélio; 814.918-AgR, da relatoria da ministra Ellen
Gracie; 831.606, da relatoria do ministro Celso de Mello; 838.791-AgR, da
minha relatoria; 838.931-ED, da relatoria do ministro Ricardo
Lewandowski; e 843.269-ED, da relatoria do ministro Luiz Fux.
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088389.
Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.405 GOIÁS
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida. É que o agravo de
instrumento não foi instruído com os elementos necessários à sua
apreciação (§ 1º do art. 544 do CPC, na redação anterior à Lei
12.322/2010).
6. De se ver, por oportuno, que a parte agravante afirma que às fls.
237 dos autos consta a certidão de publicação da decisão agravada. Ora, o
documento indicado pela parte agravante se apresenta ilegível, o que
torna impossível aferir a tempestividade do agravo de instrumento.
7. Ora, é assente nesta Casa de Justiça que, até o advento da Lei
12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento,
não se permitindo sua complementação após a subida dos autos ao
Supremo Tribunal Federal, nem a conversão do processo em diligência
para corrigir eventual ausência.
8. Confira-se, a propósito, o acórdão proferido pelo Plenário desta
nossa Casa de Justiça no julgamento do AI 847.016-AgR, da relatoria do
ministro Cezar Peluso.
9. Nesse mesmo sentido, cito, por amostragem, os AIs 741.558-AgR,
da relatoria da ministra Rosa Weber; 754.886-AgR, da relatoria do
ministro Joaquim Barbosa; 762.546-AgR, da relatoria do ministro Gilmar
Mendes; 776.477-AgR, da relatoria do ministro Dias Toffoli; 783.043-ED,
da relatoria da ministra Cármen Lúcia; 787.511-AgR, da relatoria do
ministro Marco Aurélio; 814.918-AgR, da relatoria da ministra Ellen
Gracie; 831.606, da relatoria do ministro Celso de Mello; 838.791-AgR, da
minha relatoria; 838.931-ED, da relatoria do ministro Ricardo
Lewandowski; e 843.269-ED, da relatoria do ministro Luiz Fux.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
AI 789.405 AGR / GO
10. Com essas considerações, voto pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 789.405 AGR / GO
10. Com essas considerações, voto pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.405
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : JOSÉ VALTER BORGES DE ARAÚJO
ADV.(A/S) : NÚBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141117
Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.405
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : JOSÉ VALTER BORGES DE ARAÚJO
ADV.(A/S) : NÚBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141117
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161033 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. FORMAÇÃO DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE CÓPIA DE PEÇA OBRIGATÓRIA, NOS TERMOS DO § 1º DO ART. 544 DO CPC (REDAÇÃO ANTERIOR À LEI 12.322/2010).
1. É assente no Supremo Tribunal Federal que, até o advento da Lei 12.322/2010, cabia à parte agravante a correta formação do instrumento, não se permitindo sua complementação após a subida dos autos a esta Casa de Justiça, nem a conversão do processo em diligência para corrigir eventual ausência.
2. Agravo desprovido. | sjur220714 | - Acórdão(s) citado(s):
(TRASLADO, DEFICIÊNCIA)
STF: AI 847016 AgR (TP), AI 741558 AgR (1ªT), AI 754886 AgR (2ªT), AI 762546 AgR (1ªT), AI 776477 AgR (1ªT), AI 783043
ED (1ªT), AI 787511 AgR (1ªT), AI 814918 AgR (2ªT), AI
831606 AgR (2ªT), AI 838791 AgR (2ªT), AI 838931 ED (1ªT),
AI 843269 ED (1ªT).
Número de páginas: 5.
Análise: 13/12/2012, MJC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 789405 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00544 PAR-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | AI-AgR | acordaos | AI 789405 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : JOSÉ VALTER BORGES DE ARAÚJO
ADV.(A/S) : NÚBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE GOIÁS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 789 . 405",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 789 . 405",
"AI 847 . 016 - AgR",
"AIs 741 . 558 - AgR",
"AI 847 . 016 - AgR",
"AIs 741 . 558 - AgR",
"AI 789 . 405 AGR",
"AI 789 . 405",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 789 . 405",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 789 . 405"
],
"LEGISLACAO": [
"§ [UNK] DO ART . 544 DO CPC",
"LEI 12 . 322 / 2010",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 544 do CPC",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 544 do CPC",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"Brasília",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"GOIÁS",
"GOIÁS",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Plenário",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Plenário",
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"Brasil"
],
"PESSOA": [
"JOSÉ VALTER BORGES DE ARAÚJO",
"NÚBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"JOSÉ VALTER BORGES DE ARAÚJO",
"NÚBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA",
"AYRES BRITTO",
"JOSÉ VALTER BORGES DE ARAÚJO",
"NÚBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Cezar Peluso",
"Rosa Weber",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"AYRES BRITTO",
"Cezar Peluso",
"Rosa Weber",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Marco Aurélio",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Ricardo Lewandowski",
"Luiz Fux",
"JOSÉ VALTER BORGES DE ARAÚJO",
"NÚBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz",
"Tomimatsu",
"JOSÉ VALTER BORGES DE ARAÚJO",
"NÚBIA ROSSANA CARDOSO VIEIRA",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz",
"Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"20 de janeiro de 2010",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
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"/",
"2012",
"20 de janeiro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.647 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
AGDO.(A/S)
:ERINALDO OLIVEIRA DE SOUZA
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
MATÉRIA CRIMINAL. DECISÃO ATACADA BASEADA EM
PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL RESERVA DE
PLENÁRIO. VIOLAÇÃO NÃO VERIFICADA.
Não há como prosperar extraordinário interposto contra acórdão
embasado em precedente do Plenário do Supremo Tribunal Federal (HC
90.900). Negativa de seguimento conforme o art. 557 do Código de
Processo Civil e o art. 21, §1º, do Regimento Interno/STF.
Inocorrente violação do art. 97 da Constituição Federal diante da
existência de pronunciamento de inconstitucionalidade da Lei nº
11.819/2005 do Estado de São Paulo pelo Plenário do Supremo Tribunal
Federal (art. 481, parágrafo único, do Código de Processo Civil).
Agravo regimental não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058643.
Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
RE 636.647 AGR / SP
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 636.647 AGR / SP
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.647 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
AGDO.(A/S)
:ERINALDO OLIVEIRA DE SOUZA
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
RELATÓRIO
Trata-se de agravo regimental manejado pelo Ministério Público
Federal contra decisão da eminente Ministra Ellen Gracie, que negou
seguimento ao recurso extraordinário interposto contra acórdão do
Superior Tribunal de Justiça, que concedeu ordem de habeas corpus,
anulando a instrução em ação penal em que empregada videoconferência
com base na Lei estadual 11.819/2005 de São Paulo.
Eis o teor da decisão ora atacada:
“O recurso não merece prosperar, pois o acórdão recorrido
está em consonância com a jurisprudência deste Supremo
Tribunal, o qual, nos autos do HC 90.900/SP, redator para o
acórdão Min. Menezes Direito, Plenário, por maioria, DJe
23.10.2009, declarou incidentalmente a inconstitucionalidade
formal da Lei paulista 11.819/2005.
Colho da referida ementa:
“Habeas corpus. Processual penal e constitucional.
Interrogatório do réu. Videoconferência. Lei nº 11.819/05 do
Estado de São Paulo. Inconstitucionalidade formal.
Competência exclusiva da União para legislar sobre matéria
processual. Art. 22, I, da Constituição Federal. 1. A Lei nº
11.819/05 do Estado de São Paulo viola, flagrantemente, a
disciplina do art. 22, inciso I, da Constituição da República, que
prevê a competência exclusiva da União para legislar sobre
matéria processual. 2. Habeas corpus concedido”.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.647 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
AGDO.(A/S)
:ERINALDO OLIVEIRA DE SOUZA
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO
PAULO
RELATÓRIO
Trata-se de agravo regimental manejado pelo Ministério Público
Federal contra decisão da eminente Ministra Ellen Gracie, que negou
seguimento ao recurso extraordinário interposto contra acórdão do
Superior Tribunal de Justiça, que concedeu ordem de habeas corpus,
anulando a instrução em ação penal em que empregada videoconferência
com base na Lei estadual 11.819/2005 de São Paulo.
Eis o teor da decisão ora atacada:
“O recurso não merece prosperar, pois o acórdão recorrido
está em consonância com a jurisprudência deste Supremo
Tribunal, o qual, nos autos do HC 90.900/SP, redator para o
acórdão Min. Menezes Direito, Plenário, por maioria, DJe
23.10.2009, declarou incidentalmente a inconstitucionalidade
formal da Lei paulista 11.819/2005.
Colho da referida ementa:
“Habeas corpus. Processual penal e constitucional.
Interrogatório do réu. Videoconferência. Lei nº 11.819/05 do
Estado de São Paulo. Inconstitucionalidade formal.
Competência exclusiva da União para legislar sobre matéria
processual. Art. 22, I, da Constituição Federal. 1. A Lei nº
11.819/05 do Estado de São Paulo viola, flagrantemente, a
disciplina do art. 22, inciso I, da Constituição da República, que
prevê a competência exclusiva da União para legislar sobre
matéria processual. 2. Habeas corpus concedido”.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
RE 636.647 AGR / SP
Ante o exposto, com base no art 557, caput, do CPC, nego
seguimento ao recurso extraordinário.”
No presente agravo (fls. 202-6), o Parquet alega que a hipótese do HC
90.900/SP, no qual arrimada a decisão atacada, era de uso de
videoconferência para interrogatório do acusado, enquanto no caso
presente a videoconferência foi usada apenas para oitiva de testemunhas.
Afirma que a jurisprudência desta Corte é pacífica quanto a ser caso de
nulidade relativa, dependendo de comprovação de prejuízo, a ausência
do acusado na audiência de oitiva de testemunhas. Sustenta a
inocorrência de prejuízo, ao argumento de estar o acusado na presença de
um defensor. Repisa ter apontado, nas razões do recurso extraordinário,
violação dos arts. 5º, LV, e 97 da Carta Política.
Contraminuta às folhas 208-10 pela negativa de provimento do
agravo.
Autos redistribuídos (fl. 212).
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 636.647 AGR / SP
Ante o exposto, com base no art 557, caput, do CPC, nego
seguimento ao recurso extraordinário.”
No presente agravo (fls. 202-6), o Parquet alega que a hipótese do HC
90.900/SP, no qual arrimada a decisão atacada, era de uso de
videoconferência para interrogatório do acusado, enquanto no caso
presente a videoconferência foi usada apenas para oitiva de testemunhas.
Afirma que a jurisprudência desta Corte é pacífica quanto a ser caso de
nulidade relativa, dependendo de comprovação de prejuízo, a ausência
do acusado na audiência de oitiva de testemunhas. Sustenta a
inocorrência de prejuízo, ao argumento de estar o acusado na presença de
um defensor. Repisa ter apontado, nas razões do recurso extraordinário,
violação dos arts. 5º, LV, e 97 da Carta Política.
Contraminuta às folhas 208-10 pela negativa de provimento do
agravo.
Autos redistribuídos (fl. 212).
É o relatório.
2
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Voto - MIN. ROSA WEBER
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.647 SÃO PAULO
VOTO
A decisão ora agravada negou seguimento ao recurso extraordinário,
fundamentando estar o acórdão do Superior Tribunal de Justiça em
conformidade com a jurisprudência desta Suprema Corte.
O Superior Tribunal de Justiça, ao conceder o habeas corpus com
fulcro na inconstitucionalidade da lei paulista assim fundamentou:
“PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS . ROUBO
CIRCUNSTANCIADO. (1) AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO.
VIDEOCONFERÊNCIA. AMPARO EM LEI ESTADUAL
JULGADA INCONSTITUCIONAL. CONSTRANGIMENTO.
OCORRÊNCIA. (2) DOSIMETRIA. VÍCIOS. EXAME
PREJUDICADO.
1. É ilegal audiência de instrução realizada - por meio de
videoconferência - com amparo em lei estadual julgada
inconstitucional (STF, HC n.º 90.900/SP, DJe de 13.2.09). Tem-se a
violação dos princípios da legalidade e da igualdade. Em relação ao
primeiro, a eiva se dá em razão da inexistência de lei federal,
imprescindível para se cuidar de matéria processual. No tocante ao
segundo, a irregularidade decorre da iníqua distinção existente entre
réus presos e soltos, pertinente ao exercício da ampla defesa, na
vertente do direito à presença. Com o advento da Lei 11.343/08, é de se
facultar à Defesa requerer a realização de novo interrogatório.
2. Com a anulação do processo a partir da instrução, resta
prejudicada análise da regularidade da dosimetria da pena.
3. Ordem concedida para anular a instrução da ação penal de
controle n. 755/05, da 11.ª Vara Criminal Central da Capital de São
Paulo, que deverá ser renovada, com a realização de novo
interrogatório. (HC 92.795 – Rel. Min. Maria Thereza de Assis
Moura – 6ª Turma – un. - j. 24.8.2012)”
O Superior Tribunal de Justiça então concedeu a “a ordem para
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.647 SÃO PAULO
VOTO
A decisão ora agravada negou seguimento ao recurso extraordinário,
fundamentando estar o acórdão do Superior Tribunal de Justiça em
conformidade com a jurisprudência desta Suprema Corte.
O Superior Tribunal de Justiça, ao conceder o habeas corpus com
fulcro na inconstitucionalidade da lei paulista assim fundamentou:
“PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS . ROUBO
CIRCUNSTANCIADO. (1) AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO.
VIDEOCONFERÊNCIA. AMPARO EM LEI ESTADUAL
JULGADA INCONSTITUCIONAL. CONSTRANGIMENTO.
OCORRÊNCIA. (2) DOSIMETRIA. VÍCIOS. EXAME
PREJUDICADO.
1. É ilegal audiência de instrução realizada - por meio de
videoconferência - com amparo em lei estadual julgada
inconstitucional (STF, HC n.º 90.900/SP, DJe de 13.2.09). Tem-se a
violação dos princípios da legalidade e da igualdade. Em relação ao
primeiro, a eiva se dá em razão da inexistência de lei federal,
imprescindível para se cuidar de matéria processual. No tocante ao
segundo, a irregularidade decorre da iníqua distinção existente entre
réus presos e soltos, pertinente ao exercício da ampla defesa, na
vertente do direito à presença. Com o advento da Lei 11.343/08, é de se
facultar à Defesa requerer a realização de novo interrogatório.
2. Com a anulação do processo a partir da instrução, resta
prejudicada análise da regularidade da dosimetria da pena.
3. Ordem concedida para anular a instrução da ação penal de
controle n. 755/05, da 11.ª Vara Criminal Central da Capital de São
Paulo, que deverá ser renovada, com a realização de novo
interrogatório. (HC 92.795 – Rel. Min. Maria Thereza de Assis
Moura – 6ª Turma – un. - j. 24.8.2012)”
O Superior Tribunal de Justiça então concedeu a “a ordem para
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 636.647 AGR / SP
anular a instrução da ação penal de controle n. 755/05, da 11.ª Vara
Criminal Central da Capital de São Paulo, que deverá ser renovada, com a
realização de novo interrogatório”.
Constato a referência expressa, no acórdão, ao precedente do
Plenário desta Corte no HC n.º 90.900/SP:
“Habeas corpus. Processual penal e constitucional.
Interrogatório do réu. Videoconferência. Lei nº 11.819/05 do Estado de
São Paulo. Inconstitucionalidade formal. Competência exclusiva da
União para legislar sobre matéria processual. Art. 22, I, da
Constituição Federal. 1. A Lei nº 11.819/05 do Estado de São Paulo
viola, flagrantemente, a disciplina do art. 22, inciso I, da Constituição
da República, que prevê a competência exclusiva da União para
legislar sobre matéria processual. 2. Habeas corpus concedido.” (HC
90.900/SP, Plenário, Relator para o acórdão Min Menezes de Direito
– por maioria – j. 30.10.2008)
Alega o Recorrente que o precedente do HC 90.900 dizia respeito ao
interrogatório por videoconferência do acusado e não à colheita do
depoimento de testemunhas por videoconferência, o que teria ocorrido
no presente feito. Daí, o acórdão recorrido, no entendimento do
Ministério Público, ter implicado em “extensão indevida do precedente”.
Como se infere pela própria ementa do HC 90.900, o Plenário se
posicionou pela inconstitucionalidade formal da Lei nº 11.819/2005 do
Estado de São Paulo.
Nos termos da decisão, irrelevante tratar-se de oitiva do acusado ou
das testemunhas por videoconferência.
Os atos produzidos com base na lei inconstitucional estão
contaminados por vício.
Então, não merece reparo o acórdão recorrido quanto ao ponto, nem
a decisão monocrática de negativa de seguimento do extraordinário, uma
vez que a decisão atacada está conforme a jurisprudência do Plenário do
Supremo Tribunal Federal.
Quanto às alegações de que a nulidade não deveria ser reconhecida
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 636.647 AGR / SP
anular a instrução da ação penal de controle n. 755/05, da 11.ª Vara
Criminal Central da Capital de São Paulo, que deverá ser renovada, com a
realização de novo interrogatório”.
Constato a referência expressa, no acórdão, ao precedente do
Plenário desta Corte no HC n.º 90.900/SP:
“Habeas corpus. Processual penal e constitucional.
Interrogatório do réu. Videoconferência. Lei nº 11.819/05 do Estado de
São Paulo. Inconstitucionalidade formal. Competência exclusiva da
União para legislar sobre matéria processual. Art. 22, I, da
Constituição Federal. 1. A Lei nº 11.819/05 do Estado de São Paulo
viola, flagrantemente, a disciplina do art. 22, inciso I, da Constituição
da República, que prevê a competência exclusiva da União para
legislar sobre matéria processual. 2. Habeas corpus concedido.” (HC
90.900/SP, Plenário, Relator para o acórdão Min Menezes de Direito
– por maioria – j. 30.10.2008)
Alega o Recorrente que o precedente do HC 90.900 dizia respeito ao
interrogatório por videoconferência do acusado e não à colheita do
depoimento de testemunhas por videoconferência, o que teria ocorrido
no presente feito. Daí, o acórdão recorrido, no entendimento do
Ministério Público, ter implicado em “extensão indevida do precedente”.
Como se infere pela própria ementa do HC 90.900, o Plenário se
posicionou pela inconstitucionalidade formal da Lei nº 11.819/2005 do
Estado de São Paulo.
Nos termos da decisão, irrelevante tratar-se de oitiva do acusado ou
das testemunhas por videoconferência.
Os atos produzidos com base na lei inconstitucional estão
contaminados por vício.
Então, não merece reparo o acórdão recorrido quanto ao ponto, nem
a decisão monocrática de negativa de seguimento do extraordinário, uma
vez que a decisão atacada está conforme a jurisprudência do Plenário do
Supremo Tribunal Federal.
Quanto às alegações de que a nulidade não deveria ser reconhecida
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 636.647 AGR / SP
porque inexistiria prejuízo, a matéria é infraconstitucional, encontrando o
princípio que rege a matéria previsão no art. 563 do Código de Processo
Penal, ou seja, em lei ordinária. A sua aplicação depende da análise das
circunstâncias do caso concreto. Sobre essa questão, não cabe
extraordinário, pois não há matéria constitucional envolvida.
Não há falar em violação do art. 97 da Constituição Federal de 1988,
uma vez já existente pronunciamento de inconstitucionalidade da lei
estadual pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (art. 481, parágrafo
único, do Código de Processo Civil).
De igual forma, não vislumbro relação de pertinência do feito com a
garantia do contraditório e da ampla defesa prevista no inciso LV do art.
5º da Constituição Federal. Quando muito, poderia a Defesa, caso
denegado o habeas, reclamar a suposta violação deste princípio, mas não a
Acusação em seu favor.
Em síntese o acórdão vergastado está embasado em precedente desta
Suprema Corte, que declarou a inconstitucionalidade da lei estadual que
dispunha sobre videoconferência, motivo pelo qual não há como
prosperar o extraordinário, sendo correta a negativa de seguimento com
base no art. 557 do Código de Processo Civil e no art. 21, §1º, do
Regimento Interno/STF.
Ante o exposto, voto por negar provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 636.647 AGR / SP
porque inexistiria prejuízo, a matéria é infraconstitucional, encontrando o
princípio que rege a matéria previsão no art. 563 do Código de Processo
Penal, ou seja, em lei ordinária. A sua aplicação depende da análise das
circunstâncias do caso concreto. Sobre essa questão, não cabe
extraordinário, pois não há matéria constitucional envolvida.
Não há falar em violação do art. 97 da Constituição Federal de 1988,
uma vez já existente pronunciamento de inconstitucionalidade da lei
estadual pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (art. 481, parágrafo
único, do Código de Processo Civil).
De igual forma, não vislumbro relação de pertinência do feito com a
garantia do contraditório e da ampla defesa prevista no inciso LV do art.
5º da Constituição Federal. Quando muito, poderia a Defesa, caso
denegado o habeas, reclamar a suposta violação deste princípio, mas não a
Acusação em seu favor.
Em síntese o acórdão vergastado está embasado em precedente desta
Suprema Corte, que declarou a inconstitucionalidade da lei estadual que
dispunha sobre videoconferência, motivo pelo qual não há como
prosperar o extraordinário, sendo correta a negativa de seguimento com
base no art. 557 do Código de Processo Civil e no art. 21, §1º, do
Regimento Interno/STF.
Ante o exposto, voto por negar provimento ao agravo regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Revisão de Apartes
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.647 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Qual seria o pano de
fundo? Porque há uma alusão à reserva de Plenário, sobre a qual existe
até um verbete, também baseado em precedente, mas não se consignou,
no enunciado da lista, o tema do precedente.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) -
Inocorrente violação do artigo 97 da Constituição Federal. Diante da
existência de pronunciamento de inconstitucionalidade da Lei nº
11.819/2005, do Estado de São Paulo, pelo Plenário do Supremo Tribunal
Federal.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Está bem. O
deslocamento do processo do órgão fracionário para o especial é
dispensável, realmente, quando o Supremo já tenha decidido sobre o
conflito, ou não, do preceito legal com a Constituição Federal.
Acompanho a relatora, Presidente.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.647 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Qual seria o pano de
fundo? Porque há uma alusão à reserva de Plenário, sobre a qual existe
até um verbete, também baseado em precedente, mas não se consignou,
no enunciado da lista, o tema do precedente.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER (RELATORA) -
Inocorrente violação do artigo 97 da Constituição Federal. Diante da
existência de pronunciamento de inconstitucionalidade da Lei nº
11.819/2005, do Estado de São Paulo, pelo Plenário do Supremo Tribunal
Federal.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Está bem. O
deslocamento do processo do órgão fracionário para o especial é
dispensável, realmente, quando o Supremo já tenha decidido sobre o
conflito, ou não, do preceito legal com a Constituição Federal.
Acompanho a relatora, Presidente.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.647
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
AGDO.(A/S) : ERINALDO OLIVEIRA DE SOUZA
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636.647
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
AGDO.(A/S) : ERINALDO OLIVEIRA DE SOUZA
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076498
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3168707 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. MATÉRIA CRIMINAL. DECISÃO ATACADA BASEADA EM PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL RESERVA DE PLENÁRIO. VIOLAÇÃO NÃO VERIFICADA.
Não há como prosperar extraordinário interposto contra acórdão embasado em precedente do Plenário do Supremo Tribunal Federal (HC 90.900). Negativa de seguimento conforme o art. 557 do Código de Processo Civil e o art. 21, §1º, do Regimento Interno/STF.
Inocorrente violação do art. 97 da Constituição Federal diante da existência de pronunciamento de inconstitucionalidade da Lei nº 11.819/2005 do Estado de São Paulo pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal (art. 481, parágrafo único, do Código de Processo Civil).
Agravo regimental não provido. | sjur220985 | - Acórdão(s) citado(s):
(LEI Nº 11219/2005-SP, INCONSTITUCIONALIDADE)
STF: HC 90900 (TP).
Número de páginas: 9.
Análise: 14/12/2012, MJC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 636647 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00097 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00563 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00481 PAR-ÚNICO ART-00557 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00021 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-011819 ANO-2005\r\n LEI ORDINÁRIA, SP"
] | RE-AgR | acordaos | RE 636647 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
AGDO.(A/S) : ERINALDO OLIVEIRA DE SOUZA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636 . 647",
"HC 90 . 900",
"RE 636 . 647 AGR / SP",
"RE 636 . 647 AGR / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636 . 647",
"HC 90 . 900 / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636 . 647",
"HC 90 . 900 / SP",
"RE 636 . 647 AGR / SP",
"HC 90 . 900 / SP",
"RE 636 . 647 AGR / SP",
"HC 90 . 900 / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636 . 647",
"HC n . [UNK] 90 . 900 / SP",
"HC 92 . 795",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636 . 647",
"HC n . [UNK] 90 . 900 / SP",
"HC 92 . 795",
"RE 636 . 647 AGR",
"HC n . [UNK] 90 . 900 / SP",
"HC 90 . 900 / SP",
"HC 90 . 900",
"HC 90 . 900",
"RE 636 . 647",
"HC n . [UNK] 90 . 900 / SP",
"HC 90 . 900 / SP",
"HC 90 . 900",
"HC 90 . 900",
"RE 636 . 647 AGR / SP",
"RE 636 . 647 AGR / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636 . 647",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636 . 647",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636 . 647",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 636 ."
],
"LEGISLACAO": [
"art . 557 do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno / STF",
"art . 97 da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 11 . 819 / 2005",
"art . 481 , parágrafo único , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual 11 . 819 / 2005",
"Lei paulista 11 . 819 / 2005",
"Lei [UNK] 11 . 819 / 05 do Estado de São Paulo",
"Art . 22 , I , da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 11 . 819 / 05 do Estado de São Paulo",
"art . 22 , inciso I , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual 11 . 819 / 2005 de São Paulo",
"Lei paulista 11 . 819 / 2005",
"Lei [UNK] 11 . 819 / 05 do Estado de São Paulo",
"Art . 22 , I , da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 11 . 819 / 05",
"art . 22 , inciso I , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art 557 , caput , do CPC",
"arts . [UNK] , LV , e 97 da Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art 557 , caput , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 11 . 343 / 08",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 11 . 343 / 08",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 819 / 05",
"Art . 22 , I , da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 11 . 819 / 05",
"art . 22 , inciso I , da Constituição da República",
"Lei [UNK] 11 . 819 / 2005",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 819 / 05",
"Art . 22 , I , da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 11 . 819 / 05",
"art . 22 , inciso I , da Constituição da República",
"Lei [UNK] 11 . 819 / 2005",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 563 do Código de Processo Penal",
"art . 97 da Constituição Federal de 1988",
"art . 481 , parágrafo único , do Código de Processo Civil",
"inciso LV do art . [UNK] da Constituição Federal",
"art . 557 do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno / STF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 563 do Código de Processo Penal",
"art . 97 da Constituição Federal de 1988",
"art . 481 , parágrafo único , do Código de Processo Civil",
"inciso LV do art . [UNK] da Constituição Federal",
"art . 557 do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno / STF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 97 da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 11 . 819 /",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 97 da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 11 . 819 / 2005",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO",
"São Paulo",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Ministério Público Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal",
"Plenário",
"União",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Ministério Público Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal",
"Plenário",
"União",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STF",
"11",
".",
"[UNK] Vara Criminal Central da Capital de São Paulo",
"[UNK] Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STF",
"11",
".",
"[UNK] Vara Criminal Central da Capital de São Paulo",
"[UNK] Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"11",
".",
"[UNK] Vara Criminal Central da Capital de São Paulo",
"Plenário",
"União",
"União",
"Plenário",
"Ministério Público",
"Plenário",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"11",
".",
"[UNK] Vara Criminal Central da Capital de São Paulo",
"Plenário",
"União",
"União",
"Plenário",
"Ministério Público",
"Plenário",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"ERINALDO OLIVEIRA DE SOUZA",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"ERINALDO OLIVEIRA DE SOUZA",
"Ellen Gracie",
"Menezes Direito",
"ROSA WEBER",
"ERINALDO OLIVEIRA DE SOUZA",
"Ellen Gracie",
"Menezes Direito",
"ROSA WEBER",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"Maria Thereza de Assis Moura",
"ROSA WEBER",
"Menezes",
"Menezes",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"ERINALDO OLIVEIRA DE SOUZA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"ERINALDO OLIVEIRA DE SOUZA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"23",
".",
"10",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"23",
".",
"10",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"13",
".",
"2",
".",
"09",
"24",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"13",
".",
"2",
".",
"09",
"24",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.296
PARANÁ
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:BANCO FINASA S/A
ADV.(A/S)
:JOÃO LEONEL ANTOCHESKI
AGDO.(A/S)
:DOUGLAS TADEU DE LIMA FRAI
ADV.(A/S)
:MAURÍCIO MACHADO SANTOS
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (“NOS
PRÓPRIOS AUTOS”, CONFORME A LEI 12.322/2010). AUSÊNCIA DE
PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA DE REPERCUSSÃO
GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
1. É dever processual da parte recorrente apresentar preliminar,
formal e fundamentada, de repercussão geral das questões
constitucionais versadas no apelo extremo. Dever, esse, constante do § 3º
do art. 102 da Constituição Federal, incluído pela EC 45/2004 e
regulamentado pelo § 2º do art. 543-A do Código de Processo Civil, na
redação da Lei 11.418/2006.
2. Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em negar provimento ao agravo regimental, o
que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos,
em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata
do julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 30/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.296
PARANÁ
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:BANCO FINASA S/A
ADV.(A/S)
:JOÃO LEONEL ANTOCHESKI
AGDO.(A/S)
:DOUGLAS TADEU DE LIMA FRAI
ADV.(A/S)
:MAURÍCIO MACHADO SANTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), ante o descumprimento do dever processual de
apresentar preliminar, formal e fundamentada, de repercussão geral das
questões constitucionais versadas no apelo extremo.
2. Pois bem, a parte agravante alega, em síntese, que a repercussão
geral advém da própria matéria de mérito aventada no apelo extremo.
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.296
PARANÁ
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:BANCO FINASA S/A
ADV.(A/S)
:JOÃO LEONEL ANTOCHESKI
AGDO.(A/S)
:DOUGLAS TADEU DE LIMA FRAI
ADV.(A/S)
:MAURÍCIO MACHADO SANTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), ante o descumprimento do dever processual de
apresentar preliminar, formal e fundamentada, de repercussão geral das
questões constitucionais versadas no apelo extremo.
2. Pois bem, a parte agravante alega, em síntese, que a repercussão
geral advém da própria matéria de mérito aventada no apelo extremo.
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.296
PARANÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que o inconformismo não merece acolhida. Assim me
posiciono porque, em toda a petição de recurso extraordinário, não há
menção alguma à presença de repercussão geral da matéria constitucional
nele suscitada. É dizer: a parte agravante não se desincumbiu, no
momento oportuno, do dever processual de apresentar preliminar, formal
e fundamentada, de repercussão geral. Descumpriu, portanto, a exigência
de que trata o § 3º do art. 102 da Constituição Federal, incluído pela EC
45/2004 e regulamentado pelo § 2º do art. 543-A do Código de Processo
Civil, na redação da Lei 11.418/2006.
6. Com efeito, esta Casa de Justiça, ao apreciar a Questão de Ordem
no AI 664.567, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence, assentou que
a exigência da demonstração formal e fundamentada da repercussão
geral das questões constitucionais discutidas no recurso extraordinário
“incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de
maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de
2007”. Mais: na mesma ocasião, foi decidido que a repercussão geral
passou a integrar a disciplina constitucional de todos os recursos
extraordinários, inclusive os criminais.
7. Acresce que, no julgamento do RE 569.476-AgR, da relatoria da
ministra Ellen Gracie, o Plenário dispôs: “a demonstração de que as questões
constitucionais suscitadas, além de relevantes do ponto de vista econômico,
político, social ou jurídico, ultrapassam os interesses subjetivos das partes,
deverá ser apresentada em um tópico destacado na petição do seu recurso”. Logo,
não há falar em demonstração implícita da repercussão geral.
8. Em nova apreciação da matéria, o mesmo Plenário, ao resolver a
Questão de Ordem no ARE 663.637-AgR, da minha relatoria, aduziu que
é indispensável a apresentação de preliminar de repercussão geral
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3082760.
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31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.296
PARANÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que o inconformismo não merece acolhida. Assim me
posiciono porque, em toda a petição de recurso extraordinário, não há
menção alguma à presença de repercussão geral da matéria constitucional
nele suscitada. É dizer: a parte agravante não se desincumbiu, no
momento oportuno, do dever processual de apresentar preliminar, formal
e fundamentada, de repercussão geral. Descumpriu, portanto, a exigência
de que trata o § 3º do art. 102 da Constituição Federal, incluído pela EC
45/2004 e regulamentado pelo § 2º do art. 543-A do Código de Processo
Civil, na redação da Lei 11.418/2006.
6. Com efeito, esta Casa de Justiça, ao apreciar a Questão de Ordem
no AI 664.567, da relatoria do ministro Sepúlveda Pertence, assentou que
a exigência da demonstração formal e fundamentada da repercussão
geral das questões constitucionais discutidas no recurso extraordinário
“incide quando a intimação do acórdão recorrido tenha ocorrido a partir de 03 de
maio de 2007, data da publicação da Emenda Regimental nº 21, de 30 de abril de
2007”. Mais: na mesma ocasião, foi decidido que a repercussão geral
passou a integrar a disciplina constitucional de todos os recursos
extraordinários, inclusive os criminais.
7. Acresce que, no julgamento do RE 569.476-AgR, da relatoria da
ministra Ellen Gracie, o Plenário dispôs: “a demonstração de que as questões
constitucionais suscitadas, além de relevantes do ponto de vista econômico,
político, social ou jurídico, ultrapassam os interesses subjetivos das partes,
deverá ser apresentada em um tópico destacado na petição do seu recurso”. Logo,
não há falar em demonstração implícita da repercussão geral.
8. Em nova apreciação da matéria, o mesmo Plenário, ao resolver a
Questão de Ordem no ARE 663.637-AgR, da minha relatoria, aduziu que
é indispensável a apresentação de preliminar de repercussão geral
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MINISTRO PRESIDENTE
ARE 641.296 AGR / PR
devidamente fundamentada, mesmo que o Supremo Tribunal Federal, no
julgamento de outro processo, já tenha reconhecido a presença da
repercussão geral da mesma questão constitucional em discussão.
9. A decisão ora agravada está em consonância com os precedentes
mencionados, motivo pelo qual não merece reparos.
10. Com essas considerações, meu voto é pelo desprovimento do
agravo regimental.
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 641.296 AGR / PR
devidamente fundamentada, mesmo que o Supremo Tribunal Federal, no
julgamento de outro processo, já tenha reconhecido a presença da
repercussão geral da mesma questão constitucional em discussão.
9. A decisão ora agravada está em consonância com os precedentes
mencionados, motivo pelo qual não merece reparos.
10. Com essas considerações, meu voto é pelo desprovimento do
agravo regimental.
* * * * * * * * * * * *
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.296
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : BANCO FINASA S/A
ADV.(A/S) : JOÃO LEONEL ANTOCHESKI
AGDO.(A/S) : DOUGLAS TADEU DE LIMA FRAI
ADV.(A/S) : MAURÍCIO MACHADO SANTOS
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641.296
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : BANCO FINASA S/A
ADV.(A/S) : JOÃO LEONEL ANTOCHESKI
AGDO.(A/S) : DOUGLAS TADEU DE LIMA FRAI
ADV.(A/S) : MAURÍCIO MACHADO SANTOS
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3147191 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-11-30T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (“NOS PRÓPRIOS AUTOS”, CONFORME A LEI 12.322/2010). AUSÊNCIA DE PRELIMINAR FORMAL E FUNDAMENTADA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL SUSCITADA NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
1. É dever processual da parte recorrente apresentar preliminar, formal e fundamentada, de repercussão geral das questões constitucionais versadas no apelo extremo. Dever, esse, constante do § 3º do art. 102 da Constituição Federal, incluído pela EC 45/2004 e regulamentado pelo § 2º do art. 543-A do Código de Processo Civil, na redação da Lei 11.418/2006.
2. Agravo regimental desprovido. | sjur220232 | - Acórdãos citados:
(DEFICIÊNCIA, FUNDAMENTAÇÃO, REPERCUSSÃO GERAL)
STF: 664567 QO (TP), RE 569476 AgR (TP), ARE 663637 AgR
(TP).
Número de páginas: 5.
Análise: 05/12/2012, MAC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 641296 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 PAR-00003 INCLUÍDO PELA EMC-45/2004\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED EMC-000045 ANO-2004\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543A PAR-00002 REDAÇÃO DADA PELA LEI-11418/2006\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-011418 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED EMR-000021 ANO-2007\r\n EMENDA REGIMENTAL DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 641296 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : BANCO FINASA S/A
ADV.(A/S) : JOÃO LEONEL ANTOCHESKI
AGDO.(A/S) : DOUGLAS TADEU DE LIMA FRAI
ADV.(A/S) : MAURÍCIO MACHADO SANTOS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 641 . 296",
"RECURSO",
"RECURSO",
"AI 664 . 567",
"RE 569 . 476 - AgR",
"ARE 663 . 637 - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"AI 664 . 567",
"RE 569 . 476 - AgR",
"ARE 663 . 637 - AgR",
"ARE 641 . 296 AGR / PR",
"ARE 641 . 296 AGR / PR"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI 12 . 322 / 2010",
"§ [UNK] do art . 102 da Constituição Federal",
"EC 45 / 2004",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"Lei 11 . 418 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 102 da Constituição Federal",
"EC 45 / 2004",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"Lei 11 . 418 / 2006",
"Emenda Regimental [UNK] 21",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . 102 da Constituição Federal",
"EC 45 / 2004",
"§ [UNK] do art . 543 - A do Código de Processo Civil",
"Lei 11 . 418 / 2006",
"Emenda Regimental [UNK] 21",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"Brasília",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"BANCO FINASA S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"BANCO FINASA S / A",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"BANCO FINASA S / A",
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"-",
"Brasil",
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"Plenário",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Plenário",
"Plenário",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Plenário",
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"Plenário",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"JOÃO LEONEL ANTOCHESKI",
"DOUGLAS TADEU DE LIMA FRAI",
"MAURÍCIO MACHADO SANTOS",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"JOÃO LEONEL ANTOCHESKI",
"DOUGLAS TADEU DE LIMA FRAI",
"MAURÍCIO MACHADO SANTOS",
"AYRES BRITTO",
"JOÃO LEONEL ANTOCHESKI",
"DOUGLAS TADEU DE LIMA FRAI",
"MAURÍCIO MACHADO SANTOS",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Sepúlveda Pertence",
"Ellen Gracie",
"AYRES BRITTO",
"Sepúlveda Pertence",
"Ellen Gracie",
"JOÃO LEONEL ANTOCHESKI",
"DOUGLAS TADEU DE LIMA FRAI",
"MAURÍCIO MACHADO SANTOS",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu",
"JOÃO LEONEL ANTOCHESKI",
"DOUGLAS TADEU DE LIMA FRAI",
"MAURÍCIO MACHADO SANTOS",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"03 de maio de 2007",
"30 de abril de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"03 de maio de 2007",
"30 de abril de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
655.042 PARAÍBA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA
ADV.(A/S)
:ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CRUZADA DOS MILITARES ESPÍRITAS
ADV.(A/S)
:MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE
LUCENA
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE
TRIBUTÁRIA. ART. 150, INC. VI, ALÍNEA B, DA CONSTITUIÇÃO DA
REPÚBLICA. EXERCÍCIO EFETIVO DE ATIVIDADE RELIGIOSA.
REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 21/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
655.042 PARAÍBA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA
ADV.(A/S)
:ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CRUZADA DOS MILITARES ESPÍRITAS
ADV.(A/S)
:MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE
LUCENA
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 26 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos
autos do recurso extraordinário interposto pelo Município de João Pessoa
contra julgado do Tribunal de Justiça da Paraíba, o qual manteve sentença
que concedera imunidade tributária à Agravada. A decisão agravada teve
a seguinte fundamentação:
“7. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
8. O Tribunal de Justiça da Paraíba assentou que:
“No caso dos autos, o imóvel, em tela, foi recebido em doação,
ficando demonstrada a titularidade da propriedade, por meio dos
documentos juntados às fls. 14/22, não restando qualquer dúvida,
quanto a este aspecto.
Com efeito, o imóvel objeto de tributação é a sede da apelada, daí
concluir-se que o bem guarda ligação com o desempenho das
atividades religiosas e, portanto, à realização de sua finalidade
essencial, requisito necessário ao reconhecimento da imunidade.
A apelada conseguiu, assim, ostentar a condição de entidade
com fins religiosos, impondo-se, por conseguinte, o reconhecimento da
imunidade” (fls. 121-122).
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
655.042 PARAÍBA
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA
ADV.(A/S)
:ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CRUZADA DOS MILITARES ESPÍRITAS
ADV.(A/S)
:MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE
LUCENA
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 26 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos
autos do recurso extraordinário interposto pelo Município de João Pessoa
contra julgado do Tribunal de Justiça da Paraíba, o qual manteve sentença
que concedera imunidade tributária à Agravada. A decisão agravada teve
a seguinte fundamentação:
“7. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
8. O Tribunal de Justiça da Paraíba assentou que:
“No caso dos autos, o imóvel, em tela, foi recebido em doação,
ficando demonstrada a titularidade da propriedade, por meio dos
documentos juntados às fls. 14/22, não restando qualquer dúvida,
quanto a este aspecto.
Com efeito, o imóvel objeto de tributação é a sede da apelada, daí
concluir-se que o bem guarda ligação com o desempenho das
atividades religiosas e, portanto, à realização de sua finalidade
essencial, requisito necessário ao reconhecimento da imunidade.
A apelada conseguiu, assim, ostentar a condição de entidade
com fins religiosos, impondo-se, por conseguinte, o reconhecimento da
imunidade” (fls. 121-122).
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
ARE 655.042 AGR-SEGUNDO / PB
Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias
originárias demandaria o reexame do conjunto probatório constante
dos autos, procedimento incabível de ser adotado validamente no
recurso extraordinário, conforme dispõe a Súmula n. 279 do Supremo
Tribunal Federal. Nesse sentido:
“Agravo regimental no recurso extraordinário. IPTU.
Imunidade. Templos de qualquer culto. Destinação do imóvel.
Reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula n. 279/STF. 1. A
decisão recorrida foi precisa ao firmar o entendimento de que ‘na
hipótese dos autos, não há qualquer prova de que o imóvel sobre o qual
incide o IPTU seja utilizado com finalidade essencial aos serviços
religiosos’ (fl. 41). 2. Para ultrapassar o entendimento firmado na
decisão concernente à destinação do imóvel, mister seria o
revolvimento de fatos e provas, o que é vedado em sede de apelo
extremo, a teor da Súmula n. 279/STF. 3. Agravo regimental não
provido” (RE 604.390-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma,
DJe 15.3.2012).
(…)
Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.
9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal)” (fls. 145-148).
2. Publicada essa decisão no DJe de 4.10.2012, interpõe o Município
de João Pessoa, em 15.10.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls.
236-239).
3. Afirma o Agravante que “há real necessidade que esta Corte
Constitucional conceda novo valor jurídico às provas deste processo, pois o
recorrido não comprovou que a Cruzada dos Militares Espíritas exerça as suas
atividades religiosas no imóvel em questão, portanto não se pode presumir a
existência de atividades religiosas” (fl. 238).
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3087628.
Supremo Tribunal Federal
ARE 655.042 AGR-SEGUNDO / PB
Concluir de forma diversa do que decidido pelas instâncias
originárias demandaria o reexame do conjunto probatório constante
dos autos, procedimento incabível de ser adotado validamente no
recurso extraordinário, conforme dispõe a Súmula n. 279 do Supremo
Tribunal Federal. Nesse sentido:
“Agravo regimental no recurso extraordinário. IPTU.
Imunidade. Templos de qualquer culto. Destinação do imóvel.
Reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula n. 279/STF. 1. A
decisão recorrida foi precisa ao firmar o entendimento de que ‘na
hipótese dos autos, não há qualquer prova de que o imóvel sobre o qual
incide o IPTU seja utilizado com finalidade essencial aos serviços
religiosos’ (fl. 41). 2. Para ultrapassar o entendimento firmado na
decisão concernente à destinação do imóvel, mister seria o
revolvimento de fatos e provas, o que é vedado em sede de apelo
extremo, a teor da Súmula n. 279/STF. 3. Agravo regimental não
provido” (RE 604.390-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma,
DJe 15.3.2012).
(…)
Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.
9. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
I, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal)” (fls. 145-148).
2. Publicada essa decisão no DJe de 4.10.2012, interpõe o Município
de João Pessoa, em 15.10.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls.
236-239).
3. Afirma o Agravante que “há real necessidade que esta Corte
Constitucional conceda novo valor jurídico às provas deste processo, pois o
recorrido não comprovou que a Cruzada dos Militares Espíritas exerça as suas
atividades religiosas no imóvel em questão, portanto não se pode presumir a
existência de atividades religiosas” (fl. 238).
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
ARE 655.042 AGR-SEGUNDO / PB
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 655.042 AGR-SEGUNDO / PB
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
655.042 PARAÍBA
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. O Tribunal de origem assentou:
“No caso dos autos, o imóvel, em tela, foi recebido em doação,
ficando demonstrada a titularidade da propriedade, por meio dos
documentos juntados às fls. 14/22, não restando qualquer dúvida,
quanto a este aspecto.
Com efeito, o imóvel objeto de tributação é a sede da apelada, daí
concluir-se que o bem guarda ligação com o desempenho das
atividades religiosas e, portanto, à realização de sua finalidade
essencial, requisito necessário ao reconhecimento da imunidade. A
apelada conseguiu, assim, ostentar a condição de entidade com fins
religiosos, impondo-se, por conseguinte, o reconhecimento da
imunidade” (fls. 121-122).
Como afirmado na decisão agravada, concluir de forma diversa
demandaria o reexame de provas, o que não pode ser validamente
adotado em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do
Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido, os seguintes julgados:
“Agravo regimental no recurso extraordinário. IPTU.
Imunidade. Templos de qualquer culto. Destinação do imóvel.
Reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula nº 279/STF. 1. A
decisão recorrida foi precisa ao firmar o entendimento de que “na
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30/10/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO
655.042 PARAÍBA
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. O Tribunal de origem assentou:
“No caso dos autos, o imóvel, em tela, foi recebido em doação,
ficando demonstrada a titularidade da propriedade, por meio dos
documentos juntados às fls. 14/22, não restando qualquer dúvida,
quanto a este aspecto.
Com efeito, o imóvel objeto de tributação é a sede da apelada, daí
concluir-se que o bem guarda ligação com o desempenho das
atividades religiosas e, portanto, à realização de sua finalidade
essencial, requisito necessário ao reconhecimento da imunidade. A
apelada conseguiu, assim, ostentar a condição de entidade com fins
religiosos, impondo-se, por conseguinte, o reconhecimento da
imunidade” (fls. 121-122).
Como afirmado na decisão agravada, concluir de forma diversa
demandaria o reexame de provas, o que não pode ser validamente
adotado em recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n. 279 do
Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido, os seguintes julgados:
“Agravo regimental no recurso extraordinário. IPTU.
Imunidade. Templos de qualquer culto. Destinação do imóvel.
Reexame de fatos e provas. Incidência da Súmula nº 279/STF. 1. A
decisão recorrida foi precisa ao firmar o entendimento de que “na
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 655.042 AGR-SEGUNDO / PB
hipótese dos autos, não há qualquer prova de que o imóvel sobre o qual
incide o IPTU seja utilizado com finalidade essencial aos serviços
religiosos” (fl. 41). 2. Para ultrapassar o entendimento firmado na
decisão concernente à destinação do imóvel, mister seria o
revolvimento de fatos e provas, o que é vedado em sede de apelo
extremo, a teor da Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não
provido” (RE 604.390-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira
Turma, DJe 15.3.2012).
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ALEGADA VIOLAÇÃO
A PRECEITO CONSTITUCIONAL - REEXAME DE FATOS E
PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO
IMPROVIDO. - Não cabe recurso extraordinário, quando interposto
com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de
caráter probatório” (RE 601.927-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
Segunda Turma, DJe 28.9.2011).
3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
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hipótese dos autos, não há qualquer prova de que o imóvel sobre o qual
incide o IPTU seja utilizado com finalidade essencial aos serviços
religiosos” (fl. 41). 2. Para ultrapassar o entendimento firmado na
decisão concernente à destinação do imóvel, mister seria o
revolvimento de fatos e provas, o que é vedado em sede de apelo
extremo, a teor da Súmula nº 279/STF. 3. Agravo regimental não
provido” (RE 604.390-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira
Turma, DJe 15.3.2012).
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - ALEGADA VIOLAÇÃO
A PRECEITO CONSTITUCIONAL - REEXAME DE FATOS E
PROVAS - IMPOSSIBILIDADE - SÚMULA 279/STF - RECURSO
IMPROVIDO. - Não cabe recurso extraordinário, quando interposto
com o objetivo de discutir questões de fato ou de examinar matéria de
caráter probatório” (RE 601.927-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
Segunda Turma, DJe 28.9.2011).
3. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.042
PROCED. : PARAÍBA
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA
ADV.(A/S) : ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CRUZADA DOS MILITARES ESPÍRITAS
ADV.(A/S) : MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE LUCENA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 655.042
PROCED. : PARAÍBA
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA
ADV.(A/S) : ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CRUZADA DOS MILITARES ESPÍRITAS
ADV.(A/S) : MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE LUCENA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099185
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3112491 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-21T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRIBUTÁRIO. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA. ART. 150, INC. VI, ALÍNEA B, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. EXERCÍCIO EFETIVO DE ATIVIDADE RELIGIOSA. REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur219288 | - Acórdão(s) citado(s)
(SÚMULA 279)
STF: RE 604390 AgR (1ªT), RE 601927 AgR (2ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 05/12/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 655042 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00150 INC-00006 ART-0000B\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR-segundo | acordaos | ARE 655042 AgR-segundo | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA
ADV.(A/S) : ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CRUZADA DOS MILITARES ESPÍRITAS
ADV.(A/S) : MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE LUCENA
ADV.(A/S) : RODRIGO DE SÁ QUEIROGA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AGRAVO 655 . 042",
"ARE 655 . 042 AGR - SEGUNDO / PB",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula n . 279 / STF",
"Súmula n . 279 / STF",
"RE 604 . 390 - AgR",
"ARE 655 . 042",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula n . 279 / STF",
"Súmula n . 279 / STF",
"RE 604 . 390 - AgR",
"ARE 655 . 042",
"ARE 655 . 042 AGR",
"AGRAVO 655 . 042",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"ARE 655 . 042",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"RE 604 . 390 - AgR",
"SÚMULA 279 / STF",
"RE 601 . 927 - AgR",
"ARE 655 . 042",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"RE 604 . 390 - AgR",
"SÚMULA 279 / STF",
"RE 601 . 927 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 150 , INC . VI , ALÍNEA B , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . I , do Código de Processo Civil",
",",
"§ [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . I , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARAÍBA",
"MUNICÍPIO DE JOÃO",
"Brasília",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"Município de João Pessoa",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"MUNICÍPIO DE JOÃO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SEGUNDO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SEGUNDO",
"MUNICÍPIO",
"CRUZADA DOS",
"Município",
"Tribunal de Justiça da Paraíba",
"Tribunal de Justiça da Paraíba",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"CRUZADA",
"Tribunal de Justiça da Paraíba",
"Tribunal de Justiça da Paraíba",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Município de",
"Cruzada dos Militares Espíritas",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Município de João Pessoa",
"Corte Constitucional",
"Cruzada dos Militares Espíritas",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDO",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDO",
"/",
"PB",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SEGUNDO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SEGUNDO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"LÚCIA",
"SEGUNDO",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LÚCIA",
"ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ",
"CRUZADA DOS MILITARES",
"MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE LUCENA",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ",
"MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE LUCENA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ",
"MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE LUCENA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ",
"CRUZADA DOS MILITARES",
"MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE LUCENA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ALEXANDRE VIEIRA DE QUEIROZ",
"CRUZADA DOS MILITARES",
"MARIA DE LOURDES DE SANTANA HENRIQUE LUCENA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"26 de setembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"26 de setembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"3",
".",
"2012",
"4",
".",
"10",
".",
"2012",
"15",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"3",
".",
"2012",
"4",
".",
"10",
".",
"2012",
"15",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"3",
".",
"2012",
"28",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"3",
".",
"2012",
"28",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.687 SÃO
PAULO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:EMPRESA
BRASILEIRA
DE
CORREIOS
E
TELEGRAFOS
ADV.(A/S)
:THIAGO ARAÚJO LOUREIRO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ANA ROSA VAZ DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:LUIZ ANTONIO FERRAZ
INTDO.(A/S)
:PRELYMPE PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (“NOS
PRÓPRIOS AUTOS”, CONFORME A LEI 12.322/2010). MATÉRIA
PROCESSUAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO VOLTADO CONTRA
ACÓRDÃO PROFERIDO POR TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO.
AUSÊNCIA DE EXAURIMENTO DAS VIAS RECURSAIS NO ÂMBITO
DA JUSTIÇA LABORAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 281/STF.
PRECEDENTES.
Agravo regimental desprovido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal em negar provimento ao agravo regimental, o
que fazem nos termos do voto do Relator e por unanimidade de votos,
em sessão presidida pelo Ministro Ayres Britto, na conformidade da ata
do julgamento e das notas taquigráficas.
Brasília, 31 de outubro de 2012.
MINISTRO AYRES BRITTO - RELATOR E PRESIDENTE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 30/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.687 SÃO
PAULO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:EMPRESA
BRASILEIRA
DE
CORREIOS
E
TELEGRAFOS
ADV.(A/S)
:THIAGO ARAÚJO LOUREIRO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ANA ROSA VAZ DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:LUIZ ANTONIO FERRAZ
INTDO.(A/S)
:PRELYMPE PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), ante a ausência de exaurimento das vias recursais
ordinárias (Súmula 281/STF).
2. Pois bem, a parte agravante sustenta que “não caberia outra
providência recursal [...], senão o aviamento de recurso extraordinário,
dado que a Súmula n. 218/TST afasta o cabimento de recurso de revista em face
de decisão que julga agravo de instrumento” (fls. 291).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
Supremo Tribunal Federal
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31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.687 SÃO
PAULO
RELATOR
: MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S)
:EMPRESA
BRASILEIRA
DE
CORREIOS
E
TELEGRAFOS
ADV.(A/S)
:THIAGO ARAÚJO LOUREIRO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ANA ROSA VAZ DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:LUIZ ANTONIO FERRAZ
INTDO.(A/S)
:PRELYMPE PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Cuida-se de agravo regimental, interposto contra decisão pela qual
foi negado seguimento ao agravo (este manejado “nos próprios autos”,
nos termos da Lei 12.322/2010, contra decisão que inadmitira o recurso
extraordinário), ante a ausência de exaurimento das vias recursais
ordinárias (Súmula 281/STF).
2. Pois bem, a parte agravante sustenta que “não caberia outra
providência recursal [...], senão o aviamento de recurso extraordinário,
dado que a Súmula n. 218/TST afasta o cabimento de recurso de revista em face
de decisão que julga agravo de instrumento” (fls. 291).
3. Mantida a decisão agravada, submeto o processo ao exame deste
Plenário.
É o relatório.
* * * * * * * * * * * *
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.687 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque não foram
exauridas as vias recursais no âmbito da Justiça do Trabalho.
6. Com efeito, é assente no Supremo Tribunal Federal a
inadmissibilidade do “recurso extraordinário, quando couber, na justiça de
origem, recurso ordinário da decisão impugnada” (Súmula 281/STF).
7. Confiram-se, por amostragem, entre os reiterados precedentes do
STF, os AIs 403.595-AgR, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa;
407.035-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello; 482.828-AgR, da
minha relatoria; 646.480-AgR, da relatoria do ministro Eros Grau;
650.164-AgR e 800.149-ED, ambos da relatoria do ministro Ricardo
Lewandowski; 677.646-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; e
763.027-ED, da relatoria da ministra Cármen Lúcia; bem como os REs
567.459-AgR, da relatoria do ministro Cezar Peluso; e 250.773-AgR, da
relatoria do ministro Sepúlveda Pertence, este último assim
fundamentado:
“A Súmula 218 do Tribunal Superior do Trabalho não tem
o condão de transformar os Tribunais Regionais em última
instância, quando do julgamento de agravos de instrumento, o
que possibilitaria a interposição de recurso extraordinário
contra seus acórdãos.
Conforme reiterada jurisprudência do STF, não cabe
recurso extraordinário contra quaisquer decisões proferidas por
Tribunais Regionais do Trabalho; o acesso, ao Supremo Tribunal
Federal, pela via recursal extraordinária, nos processos
trabalhistas, somente terá pertinência, quando se tratar de
decisões proferidas pelo Tribunal Superior do Trabalho, por ser
ele o órgão de cúpula desse ramo especializado do Poder
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31/10/2012
PLENÁRIO
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.687 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO AYRES BRITTO (Presidente)
Tenho que a insurgência não merece acolhida. Isso porque não foram
exauridas as vias recursais no âmbito da Justiça do Trabalho.
6. Com efeito, é assente no Supremo Tribunal Federal a
inadmissibilidade do “recurso extraordinário, quando couber, na justiça de
origem, recurso ordinário da decisão impugnada” (Súmula 281/STF).
7. Confiram-se, por amostragem, entre os reiterados precedentes do
STF, os AIs 403.595-AgR, da relatoria do ministro Joaquim Barbosa;
407.035-AgR, da relatoria do ministro Celso de Mello; 482.828-AgR, da
minha relatoria; 646.480-AgR, da relatoria do ministro Eros Grau;
650.164-AgR e 800.149-ED, ambos da relatoria do ministro Ricardo
Lewandowski; 677.646-AgR, da relatoria da ministra Ellen Gracie; e
763.027-ED, da relatoria da ministra Cármen Lúcia; bem como os REs
567.459-AgR, da relatoria do ministro Cezar Peluso; e 250.773-AgR, da
relatoria do ministro Sepúlveda Pertence, este último assim
fundamentado:
“A Súmula 218 do Tribunal Superior do Trabalho não tem
o condão de transformar os Tribunais Regionais em última
instância, quando do julgamento de agravos de instrumento, o
que possibilitaria a interposição de recurso extraordinário
contra seus acórdãos.
Conforme reiterada jurisprudência do STF, não cabe
recurso extraordinário contra quaisquer decisões proferidas por
Tribunais Regionais do Trabalho; o acesso, ao Supremo Tribunal
Federal, pela via recursal extraordinária, nos processos
trabalhistas, somente terá pertinência, quando se tratar de
decisões proferidas pelo Tribunal Superior do Trabalho, por ser
ele o órgão de cúpula desse ramo especializado do Poder
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Voto - MINISTRO PRESIDENTE
ARE 682.687 AGR / SP
Judiciário da União (AI 229.706-AgR, Carlos Velloso, 2ª T, DJ
21.05.1999; AI 407.035-AgR, Celso de Mello, 2ª T, DJ
07.02.2003).”
8. Ante o exposto, meu voto é pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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ARE 682.687 AGR / SP
Judiciário da União (AI 229.706-AgR, Carlos Velloso, 2ª T, DJ
21.05.1999; AI 407.035-AgR, Celso de Mello, 2ª T, DJ
07.02.2003).”
8. Ante o exposto, meu voto é pelo desprovimento do agravo
regimental.
* * * * * * * * * * * *
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Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Decisão de Julgamento
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.687
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ADV.(A/S) : THIAGO ARAÚJO LOUREIRO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ANA ROSA VAZ DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO FERRAZ
INTDO.(A/S) : PRELYMPE PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141020
Supremo Tribunal Federal
PLENÁRIO
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682.687
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MINISTRO PRESIDENTE
AGTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
ADV.(A/S) : THIAGO ARAÚJO LOUREIRO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ANA ROSA VAZ DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO FERRAZ
INTDO.(A/S) : PRELYMPE PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA
Decisão: O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do
Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao
agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim
Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen
Lúcia. Plenário, 31.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ayres Britto. Presentes à
sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Marco Aurélio, Gilmar
Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Luiz Fux e Rosa Weber.
Sub-Procurador-Geral da República, Dr. Francisco Sanseverino.
p/Luiz Tomimatsu
Assessor-Chefe do Plenário
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3141020
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3148053 | 2012-10-31T00:00:00 | 2012-11-30T00:00:00 | O Tribunal, por unanimidade e nos termos do voto do Relator, Ministro Ayres Britto (Presidente), negou provimento ao agravo regimental. Ausentes, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa e, neste julgamento, os Ministros Celso de Mello e Cármen Lúcia. Plenário, 31.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO (“NOS PRÓPRIOS AUTOS”, CONFORME A LEI 12.322/2010). MATÉRIA PROCESSUAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO VOLTADO CONTRA ACÓRDÃO PROFERIDO POR TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO. AUSÊNCIA DE EXAURIMENTO DAS VIAS RECURSAIS NO ÂMBITO DA JUSTIÇA LABORAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 281/STF. PRECEDENTES.
Agravo regimental desprovido. | sjur220252 | - Acórdão(s) citado(s)
(SÚMULA 281)
STF: AI 403595 AgR (2ªT), AI 407035 AgR (2ªT), AI 482828
AgR (2ªT), AI 646480 AgR (2ªT), AI 650164 AgR (2ªT), AI
800149 ED (2ªT), ARE 677646 AgR (TP), AI 763027 AgR (1ªT),
RE 567459 AgR (2ªT), RE 250773 AgR (1ªT).
Número de páginas: 5.
Análise: 05/12/2012, MJC. | AYRES BRITTO (Presidente) | Tribunal Pleno | 682687 | [
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000281 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 682687 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS
AGDO.(A/S) : ANA ROSA VAZ DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : LUIZ ANTONIO FERRAZ
ADV.(A/S) : THIAGO ARAÚJO LOUREIRO E OUTRO(A/S)
INTDO.(A/S) : PRELYMPE PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 682 . 687",
"SÚMULA 281 / STF",
"Súmula 281 / STF",
"Súmula n . 218 / TST",
"Súmula 281 / STF",
"Súmula n . 218 / TST",
"Súmula 281 / STF",
"AIs 403 . 595 - AgR",
"REs 567 . 459 - AgR",
".",
"Súmula 218 do Tribunal Superior do Trabalho",
"Súmula 281 / STF",
"AIs",
"677",
".",
"646",
"-",
"AgR",
"763",
".",
"027",
"-",
"ED",
"REs 567 . 459 - AgR",
"250 . 773 -",
"AgR",
"Súmula 218 do Tribunal Superior do Trabalho",
"ARE 682 . 687 AGR / SP",
"AI 229 . 706 - AgR",
"AI 407 . 035 - AgR",
"ARE 682 . 687 AGR",
"AI 229 . 706 - AgR",
"AI 407 . 035 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PLENÁRIO",
"EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS",
"PRELYMPE PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA",
"TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS",
"PRELYMPE PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS",
"PRELYMPE PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PLENÁRIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"[UNK]",
"[UNK]",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
"União",
"[UNK]",
"[UNK]",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELEGRAFOS",
"PRELYMPE PRESTADORA DE SERVIÇOS LTDA",
"Plenário",
"Plenário",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"THIAGO ARAÚJO LOUREIRO",
"ANA ROSA VAZ DA SILVA",
"LUIZ ANTONIO FERRAZ",
"Ayres Britto",
"AYRES BRITTO",
"THIAGO ARAÚJO LOUREIRO",
"ANA ROSA VAZ DA SILVA",
"LUIZ ANTONIO FERRAZ",
"AYRES BRITTO",
"THIAGO ARAÚJO LOUREIRO",
"ANA ROSA VAZ DA SILVA",
"LUIZ ANTONIO FERRAZ",
"AYRES BRITTO",
"AYRES BRITTO",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Sepúlveda Pertence",
"AYRES BRITTO",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"Celso de Mello",
"THIAGO ARAÚJO LOUREIRO",
"ANA ROSA VAZ DA SILVA",
"LUIZ ANTONIO FERRAZ",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu",
"THIAGO ARAÚJO LOUREIRO",
"ANA ROSA VAZ DA SILVA",
"LUIZ ANTONIO FERRAZ",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Francisco Sanseverino",
"Luiz Tomimatsu"
],
"TEMPO": [
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"31 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"05",
".",
"1999",
"07",
".",
"02",
".",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"05",
".",
"1999",
"07",
".",
"02",
".",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.342 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:THERESINHA MARIA CASAGRANDA
ADV.(A/S)
:DÉBORA CASTELLI MONTEMEZZO
INTDO.(A/S)
:PRESIDENTE
DO TRIBUNAL
DE CONTAS
DA
UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMENTA
Agravo regimental em mandado de segurança. Tribunal de Contas
da União. Negativa de registro de aposentadoria considerada ilegal.
Decisão proferida mais de 5 (cinco) anos depois da chegada do processo
administrativo ao TCU. Direito de ampla defesa e contraditório.
Agravo regimental ao qual se nega provimento.
1. Embora autuado o processo em 2/8/06, o processo administrativo
deu entrada na Corte de Contas em 18/8/04. A contagem do prazo de
cinco anos para a observância do contraditório e da ampla defesa inicia-se
a partir da data de ingresso do processo de registro da aposentadoria na
Corte de Contas, podendo a respectiva autuação ocorrer em momento
posterior. Decorrido o lapso temporal de quase 6 (seis) anos de trâmite
interno na Corte de Contas, necessária, na esteira da jurisprudência da
Corte, a observância dos postulados da ampla defesa e do contraditório
no processamento do ato de aposentadoria da impetrante.
2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
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DJe 10/12/2012
Supremo Tribunal Federal
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Ementa e Acórdão
MS 31.342 AGR / DF
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.342 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:THERESINHA MARIA CASAGRANDA
ADV.(A/S)
:DÉBORA CASTELLI MONTEMEZZO
INTDO.(A/S)
:PRESIDENTE
DO TRIBUNAL
DE CONTAS
DA
UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Trata-se de tempestivo agravo regimental interposto pela União
contra decisão monocrática mediante a qual concedi parcialmente a
ordem para anular o Acórdão nº 2776/2010-TCU-Segunda Câmara, na
parte em julgou ilegal o ato de aposentadoria da impetrante, devendo o
TCU proceder a novo julgamento, assegurando o contraditório e a ampla
defesa, pelos seguintes fundamentos:
“(...) A autora fundamenta o seu pedido na decadência do
direito da administração anular atos de que decorram efeitos
favoráveis ao administrado de boa-fé quando ultrapassados 5
(cinco) anos da data de sua prática (art. 54 da Lei 9.784/99).
Ressalta que, ao tempo em que proferida a decisão
administrativa, já havia mais de 12 (doze) anos que desde a
concessão do benefício.
Conforme destacado na decisão proferida por ocasião de
julgamento do pedido liminar deste
mandamus, a
jurisprudência há muito consolidada no STF é no sentido de
que a aposentadoria é ato complexo e, como tal, o ato do órgão
concedente somente se aperfeiçoa com o registro no Tribunal de
Contas, de forma que o prazo decadencial previsto pelo artigo
54 da Lei n. 9.784/99 terá início a partir da publicação do
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.342 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:THERESINHA MARIA CASAGRANDA
ADV.(A/S)
:DÉBORA CASTELLI MONTEMEZZO
INTDO.(A/S)
:PRESIDENTE
DO TRIBUNAL
DE CONTAS
DA
UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Trata-se de tempestivo agravo regimental interposto pela União
contra decisão monocrática mediante a qual concedi parcialmente a
ordem para anular o Acórdão nº 2776/2010-TCU-Segunda Câmara, na
parte em julgou ilegal o ato de aposentadoria da impetrante, devendo o
TCU proceder a novo julgamento, assegurando o contraditório e a ampla
defesa, pelos seguintes fundamentos:
“(...) A autora fundamenta o seu pedido na decadência do
direito da administração anular atos de que decorram efeitos
favoráveis ao administrado de boa-fé quando ultrapassados 5
(cinco) anos da data de sua prática (art. 54 da Lei 9.784/99).
Ressalta que, ao tempo em que proferida a decisão
administrativa, já havia mais de 12 (doze) anos que desde a
concessão do benefício.
Conforme destacado na decisão proferida por ocasião de
julgamento do pedido liminar deste
mandamus, a
jurisprudência há muito consolidada no STF é no sentido de
que a aposentadoria é ato complexo e, como tal, o ato do órgão
concedente somente se aperfeiçoa com o registro no Tribunal de
Contas, de forma que o prazo decadencial previsto pelo artigo
54 da Lei n. 9.784/99 terá início a partir da publicação do
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Relatório
MS 31.342 AGR / DF
registro da aposentadoria (Precedente: MS nº 25.963/DF, Relator
o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe de 21/11/2008).
É, portanto, inaplicável à Corte de Contas o prazo do art.
54 da Lei nº 9.784/99, quando no exercício da competência
referente à análise da legalidade do ato concessivo de
aposentadoria, reforma ou pensão para fins de registro.
Essa Suprema Corte, no entanto, amparada no princípio
da segurança jurídica e no princípio do devido processo legal, o
qual alcança também a esfera administrativa, afirmou como
prazo razoável para que o TCU aprecie a legalidade do ato
acima referido o período de 5 (cinco) anos desde o ingresso do
processo na Corte de Contas, após o qual deve ser garantido ao
administrado a oportunidade de manifestar-se nos autos,
observando-se o contraditório e a ampla defesa.
O entendimento foi fixado tomando-se como parâmetro o
lapso temporal inscrito em dispositivos da Constituição Federal
de 1988, conforme explicitado na ementa do MS nº 28.520/PR.
Transcrevo:
‘MANDADO DE SEGURANÇA. ATO DO
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. COMPETÊNCIA
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. NEGATIVA DE
REGISTRO A APOSENTADORIA. PRINCÍPIO DA
SEGURANÇA
JURÍDICA.
GARANTIAS
CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO E DA
AMPLA DEFESA. IMPROCEDÊNCIA. 1. Havendo o
Tribunal de Contas da União exercido a competência que
lhe foi conferida pelo inciso III do art. 71 da Constituição
Federal em prazo inferior a cinco anos, não há falar em
exercício de contraditório e ampla defesa por parte do
interessado. 2. A manifestação do órgão constitucional de
controle externo há de se formalizar em tempo que não
desborde das pautas elementares da razoabilidade. Todo o
Direito Positivo é permeado por essa preocupação com o
tempo enquanto figura jurídica, para que sua prolongada
passagem em aberto não opere como fator de séria
2
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registro da aposentadoria (Precedente: MS nº 25.963/DF, Relator
o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, DJe de 21/11/2008).
É, portanto, inaplicável à Corte de Contas o prazo do art.
54 da Lei nº 9.784/99, quando no exercício da competência
referente à análise da legalidade do ato concessivo de
aposentadoria, reforma ou pensão para fins de registro.
Essa Suprema Corte, no entanto, amparada no princípio
da segurança jurídica e no princípio do devido processo legal, o
qual alcança também a esfera administrativa, afirmou como
prazo razoável para que o TCU aprecie a legalidade do ato
acima referido o período de 5 (cinco) anos desde o ingresso do
processo na Corte de Contas, após o qual deve ser garantido ao
administrado a oportunidade de manifestar-se nos autos,
observando-se o contraditório e a ampla defesa.
O entendimento foi fixado tomando-se como parâmetro o
lapso temporal inscrito em dispositivos da Constituição Federal
de 1988, conforme explicitado na ementa do MS nº 28.520/PR.
Transcrevo:
‘MANDADO DE SEGURANÇA. ATO DO
TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO. COMPETÊNCIA
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. NEGATIVA DE
REGISTRO A APOSENTADORIA. PRINCÍPIO DA
SEGURANÇA
JURÍDICA.
GARANTIAS
CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO E DA
AMPLA DEFESA. IMPROCEDÊNCIA. 1. Havendo o
Tribunal de Contas da União exercido a competência que
lhe foi conferida pelo inciso III do art. 71 da Constituição
Federal em prazo inferior a cinco anos, não há falar em
exercício de contraditório e ampla defesa por parte do
interessado. 2. A manifestação do órgão constitucional de
controle externo há de se formalizar em tempo que não
desborde das pautas elementares da razoabilidade. Todo o
Direito Positivo é permeado por essa preocupação com o
tempo enquanto figura jurídica, para que sua prolongada
passagem em aberto não opere como fator de séria
2
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Relatório
MS 31.342 AGR / DF
instabilidade inter-subjetiva ou mesmo intergrupal. A
própria Constituição Federal de 1988 dá conta de
institutos que têm no perfazimento de um certo lapso
temporal a sua própria razão de ser. Pelo que existe uma
espécie de tempo constitucional médio que resume em
si, objetivamente, o desejado critério da razoabilidade.
Tempo que é de cinco anos (inciso XXIX do art. 7º e arts.
183 e 191 da CF; bem como art. 19 do ADCT). 3. O prazo
de cinco anos é de ser aplicado aos processos de contas
que tenham por objeto o exame de legalidade dos atos
concessivos de aposentadorias, reformas e pensões.
Transcorrido in albis o interregno quinquenal, a contar da
submissão do ato ao TCU, é que se deve convocar os
particulares para participarem do processo de seu
interesse, a fim de desfrutar das garantias constitucionais
do contraditório e da ampla defesa (inciso LV do art. 5º). 4.
Segurança denegada’ (MS nº 28.520/PR, Ayres Britto,
Segunda Turma, DJe de 2/4/2012).
Conforme julgado no MS nº 24.781/DF, de relatoria da
Ministra
Ellen Gracie, prescinde da participação do
administrado quando o julgamento ocorre no prazo de 5 (cinco)
anos, iniciada a contagem a partir da data de entrada do
processo de registro da aposentadoria no TCU.
Vide ementa do acórdão:
‘Mandado de Segurança. 2. Acórdão da 2ª Câmara do
Tribunal de Contas da União (TCU). Competência do
Supremo Tribunal Federal. 3. Controle externo de
legalidade dos atos concessivos de aposentadorias,
reformas e pensões. Inaplicabilidade ao caso da
decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99. 4. Negativa
de registro de aposentadoria julgada ilegal pelo TCU.
Decisão proferida após mais de 5 (cinco) anos da chegada
do processo administrativo ao TCU e após mais de 10
(dez) anos da concessão da aposentadoria pelo órgão de
3
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Supremo Tribunal Federal
MS 31.342 AGR / DF
instabilidade inter-subjetiva ou mesmo intergrupal. A
própria Constituição Federal de 1988 dá conta de
institutos que têm no perfazimento de um certo lapso
temporal a sua própria razão de ser. Pelo que existe uma
espécie de tempo constitucional médio que resume em
si, objetivamente, o desejado critério da razoabilidade.
Tempo que é de cinco anos (inciso XXIX do art. 7º e arts.
183 e 191 da CF; bem como art. 19 do ADCT). 3. O prazo
de cinco anos é de ser aplicado aos processos de contas
que tenham por objeto o exame de legalidade dos atos
concessivos de aposentadorias, reformas e pensões.
Transcorrido in albis o interregno quinquenal, a contar da
submissão do ato ao TCU, é que se deve convocar os
particulares para participarem do processo de seu
interesse, a fim de desfrutar das garantias constitucionais
do contraditório e da ampla defesa (inciso LV do art. 5º). 4.
Segurança denegada’ (MS nº 28.520/PR, Ayres Britto,
Segunda Turma, DJe de 2/4/2012).
Conforme julgado no MS nº 24.781/DF, de relatoria da
Ministra
Ellen Gracie, prescinde da participação do
administrado quando o julgamento ocorre no prazo de 5 (cinco)
anos, iniciada a contagem a partir da data de entrada do
processo de registro da aposentadoria no TCU.
Vide ementa do acórdão:
‘Mandado de Segurança. 2. Acórdão da 2ª Câmara do
Tribunal de Contas da União (TCU). Competência do
Supremo Tribunal Federal. 3. Controle externo de
legalidade dos atos concessivos de aposentadorias,
reformas e pensões. Inaplicabilidade ao caso da
decadência prevista no art. 54 da Lei 9.784/99. 4. Negativa
de registro de aposentadoria julgada ilegal pelo TCU.
Decisão proferida após mais de 5 (cinco) anos da chegada
do processo administrativo ao TCU e após mais de 10
(dez) anos da concessão da aposentadoria pelo órgão de
3
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Relatório
MS 31.342 AGR / DF
origem. Princípio da segurança jurídica (confiança
legítima). Garantias constitucionais do contraditório e da
ampla defesa. Exigência. 5. Concessão parcial da
segurança.
I Nos termos dos precedentes firmados pelo Plenário
desta Corte, não se opera a decadência prevista no art. 54
da Lei 9.784/99 no período compreendido entre o ato
administrativo concessivo de aposentadoria ou pensão e o
posterior julgamento de sua legalidade e registro pelo
Tribunal de Contas da União que consubstancia o
exercício da competência constitucional de controle
externo (art. 71, III, CF).
II A recente jurisprudência consolidada do STF
passou a se manifestar no sentido de exigir que o TCU
assegure a ampla defesa e o contraditório nos casos em
que o controle externo de legalidade exercido pela Corte
de Contas, para registro de aposentadorias e pensões,
ultrapassar o prazo de cinco anos, sob pena de ofensa ao
princípio da confiança face subjetiva do princípio da
segurança jurídica. Precedentes.
III Nesses casos, conforme o entendimento fixado no
presente julgado, o prazo de 5 (cinco) anos deve ser
contado a partir da data de chegada ao TCU do processo
administrativo de aposentadoria ou pensão
encaminhado pelo órgão de origem para julgamento da
legalidade do ato concessivo de aposentadoria ou pensão
e posterior registro pela Corte de Contas.
IV Concessão parcial da segurança para anular o
acórdão impugnado e determinar ao TCU que assegure ao
impetrante o direito ao contraditório e à ampla defesa no
processo administrativo de julgamento da legalidade e
registro de sua aposentadoria, assim como para
determinar a não devolução das quantias já recebidas.
V Vencidas (i) a tese que concedia integralmente a
segurança (por reconhecer a decadência) e (ii) a tese que
concedia parcialmente a segurança apenas para dispensar
4
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MS 31.342 AGR / DF
origem. Princípio da segurança jurídica (confiança
legítima). Garantias constitucionais do contraditório e da
ampla defesa. Exigência. 5. Concessão parcial da
segurança.
I Nos termos dos precedentes firmados pelo Plenário
desta Corte, não se opera a decadência prevista no art. 54
da Lei 9.784/99 no período compreendido entre o ato
administrativo concessivo de aposentadoria ou pensão e o
posterior julgamento de sua legalidade e registro pelo
Tribunal de Contas da União que consubstancia o
exercício da competência constitucional de controle
externo (art. 71, III, CF).
II A recente jurisprudência consolidada do STF
passou a se manifestar no sentido de exigir que o TCU
assegure a ampla defesa e o contraditório nos casos em
que o controle externo de legalidade exercido pela Corte
de Contas, para registro de aposentadorias e pensões,
ultrapassar o prazo de cinco anos, sob pena de ofensa ao
princípio da confiança face subjetiva do princípio da
segurança jurídica. Precedentes.
III Nesses casos, conforme o entendimento fixado no
presente julgado, o prazo de 5 (cinco) anos deve ser
contado a partir da data de chegada ao TCU do processo
administrativo de aposentadoria ou pensão
encaminhado pelo órgão de origem para julgamento da
legalidade do ato concessivo de aposentadoria ou pensão
e posterior registro pela Corte de Contas.
IV Concessão parcial da segurança para anular o
acórdão impugnado e determinar ao TCU que assegure ao
impetrante o direito ao contraditório e à ampla defesa no
processo administrativo de julgamento da legalidade e
registro de sua aposentadoria, assim como para
determinar a não devolução das quantias já recebidas.
V Vencidas (i) a tese que concedia integralmente a
segurança (por reconhecer a decadência) e (ii) a tese que
concedia parcialmente a segurança apenas para dispensar
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 16
Relatório
MS 31.342 AGR / DF
a devolução das importâncias pretéritas recebidas, na
forma do que dispõe a Súmula 106 do TCU’ (MS nº
24.781/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Relator p/
acórdão o Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe
de 9/6/2011 grifei).
A decisão que considerou ilegal o ato de aposentadoria de
Therezinha Maria Casagranda (Acórdão nº 2776/2010-TCU-
Segunda Câmara), a qual é impugnada no presente writ, foi
proferida em Sessão de 1/6/2010, portanto quase 6 (seis) anos
após a data informada pelo TCU como de ingresso do processo
administrativo na Corte de Contas (18/8/2004).
Nesses casos, o STF tem deferido a segurança para
assegurar ao administrado a garantia de acesso aos meios para
o exercício da ampla defesa e do contraditório. Ressalvo, no
entanto, entendimento pessoal em sentido contrário, por se
tratar de processo administrativo entre órgão de controle e ente
ou órgão da própria estrutura administrativa, não estando o
benefício integrado ao patrimônio jurídico do administrado
enquanto não registrado pelo TCU.
Anote-se, por oportuno que, nos termos do artigo 205 do
Regimento Interno desta Corte, em hipóteses como a presente,
em que o mandado de segurança versar matéria objeto de
jurisprudência consolidada do Tribunal, poderá o relator decidi-lo
monocraticamente.
E tal tipo de agir, conferido ao relator do feito, também já
foi submetido ao crivo do Plenário desta Corte, o qual
referendou tal possibilidade, ao apreciar o MS nº 27.236-
AgR/DF, relator o Ministro Ricardo Lewandowski (DJe de
30/4/10), cuja ementa assim dispõe, na parte em que interessa:
‘(...) Nos termos do art. 205 do Regimento Interno do
STF, pode o Relator julgar monocraticamente pedido que
veicule pretensão incompatível com a jurisprudência
consolidada desta Corte, ou seja, manifestamente
inadmissível. IV - Agravo regimental improvido.’
5
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Supremo Tribunal Federal
MS 31.342 AGR / DF
a devolução das importâncias pretéritas recebidas, na
forma do que dispõe a Súmula 106 do TCU’ (MS nº
24.781/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, Relator p/
acórdão o Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe
de 9/6/2011 grifei).
A decisão que considerou ilegal o ato de aposentadoria de
Therezinha Maria Casagranda (Acórdão nº 2776/2010-TCU-
Segunda Câmara), a qual é impugnada no presente writ, foi
proferida em Sessão de 1/6/2010, portanto quase 6 (seis) anos
após a data informada pelo TCU como de ingresso do processo
administrativo na Corte de Contas (18/8/2004).
Nesses casos, o STF tem deferido a segurança para
assegurar ao administrado a garantia de acesso aos meios para
o exercício da ampla defesa e do contraditório. Ressalvo, no
entanto, entendimento pessoal em sentido contrário, por se
tratar de processo administrativo entre órgão de controle e ente
ou órgão da própria estrutura administrativa, não estando o
benefício integrado ao patrimônio jurídico do administrado
enquanto não registrado pelo TCU.
Anote-se, por oportuno que, nos termos do artigo 205 do
Regimento Interno desta Corte, em hipóteses como a presente,
em que o mandado de segurança versar matéria objeto de
jurisprudência consolidada do Tribunal, poderá o relator decidi-lo
monocraticamente.
E tal tipo de agir, conferido ao relator do feito, também já
foi submetido ao crivo do Plenário desta Corte, o qual
referendou tal possibilidade, ao apreciar o MS nº 27.236-
AgR/DF, relator o Ministro Ricardo Lewandowski (DJe de
30/4/10), cuja ementa assim dispõe, na parte em que interessa:
‘(...) Nos termos do art. 205 do Regimento Interno do
STF, pode o Relator julgar monocraticamente pedido que
veicule pretensão incompatível com a jurisprudência
consolidada desta Corte, ou seja, manifestamente
inadmissível. IV - Agravo regimental improvido.’
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 16
Relatório
MS 31.342 AGR / DF
Ante o exposto, e em respeito ao princípio da
colegialidade, curvo-me ao entendimento majoritário da Corte e
concedo a ordem, em parte, para anular o Acórdão nº
2776/2010-TCU-Segunda Câmara, na parte em julgou ilegal o
ato de aposentadoria de Therezinha Maria Casagranda,
devendo o TCU proceder a novo julgamento, assegurando à ora
impetrante o contraditório e a ampla defesa.”
A agravante ataca a concessão parcial da ordem, alegando que não
houve descumprimento dos princípios do contraditório e da ampla
defesa. Defende que houve efetivo cumprimento do prazo de cinco anos
pelo Tribunal de Contas da União, dada a autuação do processo em 2/8/06
e seu julgamento em 9/6/10, conforme se verifica no andamento
processual do órgão citado.
Aduz, ainda, a inocorrência da decadência administrativa, a
impossibilidade de estabilização da aposentadoria e a ausência de
violação da segurança jurídica.
É o relatório.
6
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Supremo Tribunal Federal
MS 31.342 AGR / DF
Ante o exposto, e em respeito ao princípio da
colegialidade, curvo-me ao entendimento majoritário da Corte e
concedo a ordem, em parte, para anular o Acórdão nº
2776/2010-TCU-Segunda Câmara, na parte em julgou ilegal o
ato de aposentadoria de Therezinha Maria Casagranda,
devendo o TCU proceder a novo julgamento, assegurando à ora
impetrante o contraditório e a ampla defesa.”
A agravante ataca a concessão parcial da ordem, alegando que não
houve descumprimento dos princípios do contraditório e da ampla
defesa. Defende que houve efetivo cumprimento do prazo de cinco anos
pelo Tribunal de Contas da União, dada a autuação do processo em 2/8/06
e seu julgamento em 9/6/10, conforme se verifica no andamento
processual do órgão citado.
Aduz, ainda, a inocorrência da decadência administrativa, a
impossibilidade de estabilização da aposentadoria e a ausência de
violação da segurança jurídica.
É o relatório.
6
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.342 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Trata-se de tempestivo agravo regimental interposto pela União
contra decisão monocrática mediante a qual concedi parcialmente a
ordem para anular o Acórdão nº 2776/2010-TCU-Segunda Câmara, na
parte em julgou ilegal o ato de aposentadoria da impetrante, devendo o
TCU proceder a novo julgamento, assegurando o contraditório e a ampla
defesa.
A agravante ataca a concessão parcial da ordem, alegando que não
houve descumprimento dos princípios do contraditório e da ampla
defesa, pois houve efetivo cumprimento do prazo de cinco anos pelo
Tribunal de Contas da União, dados a autuação do processo em 2/8/06 e
seu julgamento em 9/6/10.
A irresignação, contudo, não merece prosperar.
Isso porque a data de autuação do processo administrativo de
registro de aposentadoria na Corte de Contas não coincide,
necessariamente, com o efetivo ingresso do processo no Tribunal.
Tem-se que a contagem do prazo de cinco anos para a observância
do contraditório e da ampla defesa inicia-se a partir da data de ingresso
do processo de registro da aposentadoria na Corte de Contas, podendo a
respectiva autuação ocorrer em momento posterior, como ocorreu no
presente caso.
Embora autuado o processo em 2/8/06, o processo administrativo
deu entrada na Corte de Contas em 18/8/04, conforme se verifica no
formulário de concessão de aposentadoria, registrado pelo SISAC –
Sistema de Apreciação dos Atos de Admissão e Concessões – SisacNet, o
qual informa a data em que o ato foi disponibilizado ao TCU (Petição nº
31668/12).
Extrai-se dos autos, portanto, que entre o ingresso do processo de
registro na Corte de Contas (18/8/04) e a decisão que considerou ilegal o
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.342 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Trata-se de tempestivo agravo regimental interposto pela União
contra decisão monocrática mediante a qual concedi parcialmente a
ordem para anular o Acórdão nº 2776/2010-TCU-Segunda Câmara, na
parte em julgou ilegal o ato de aposentadoria da impetrante, devendo o
TCU proceder a novo julgamento, assegurando o contraditório e a ampla
defesa.
A agravante ataca a concessão parcial da ordem, alegando que não
houve descumprimento dos princípios do contraditório e da ampla
defesa, pois houve efetivo cumprimento do prazo de cinco anos pelo
Tribunal de Contas da União, dados a autuação do processo em 2/8/06 e
seu julgamento em 9/6/10.
A irresignação, contudo, não merece prosperar.
Isso porque a data de autuação do processo administrativo de
registro de aposentadoria na Corte de Contas não coincide,
necessariamente, com o efetivo ingresso do processo no Tribunal.
Tem-se que a contagem do prazo de cinco anos para a observância
do contraditório e da ampla defesa inicia-se a partir da data de ingresso
do processo de registro da aposentadoria na Corte de Contas, podendo a
respectiva autuação ocorrer em momento posterior, como ocorreu no
presente caso.
Embora autuado o processo em 2/8/06, o processo administrativo
deu entrada na Corte de Contas em 18/8/04, conforme se verifica no
formulário de concessão de aposentadoria, registrado pelo SISAC –
Sistema de Apreciação dos Atos de Admissão e Concessões – SisacNet, o
qual informa a data em que o ato foi disponibilizado ao TCU (Petição nº
31668/12).
Extrai-se dos autos, portanto, que entre o ingresso do processo de
registro na Corte de Contas (18/8/04) e a decisão que considerou ilegal o
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 16
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
MS 31.342 AGR / DF
ato de aposentadoria da impetrante (Acórdão nº 2776/2010-TCU-Segunda
Câmara), proferida em Sessão de 1º/6/10, passaram-se quase 6 (seis) anos.
Nesse ponto, reitero que esta Suprema Corte, amparada no princípio
da segurança jurídica e no princípio do devido processo legal, o qual
alcança também a esfera administrativa, estabeleceu como prazo razoável
para que o TCU aprecie a legalidade do ato acima referido o período de 5
(cinco) anos, contado do ingresso do processo na Corte de Contas, após o
qual deve ser garantido ao administrado a oportunidade de manifestar-se
nos autos, observando-se o contraditório e a ampla defesa.
Portanto, decorrido o lapso temporal de quase 6 (seis) anos de
trâmite interno na Corte de Contas, necessária, na esteira da
jurisprudência desta Corte, a observância dos postulados da ampla defesa
e do contraditório no processamento do ato de aposentadoria da
impetrante.
Não é demais rememorar julgados desta Corte sobre o tema:
“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO DO TRIBUNAL DE
CONTAS DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. NEGATIVA DE REGISTRO A
APOSENTADORIA. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA.
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO E
DA AMPLA DEFESA. IMPROCEDÊNCIA. 1. Havendo o
Tribunal de Contas da União exercido a competência que lhe foi
conferida pelo inciso III do art. 71 da Constituição Federal em
prazo inferior a cinco anos, não há falar em exercício de
contraditório e ampla defesa por parte do interessado. 2. A
manifestação do órgão constitucional de controle externo há de
se formalizar em tempo que não desborde das pautas
elementares da razoabilidade. Todo o Direito Positivo é
permeado por essa preocupação com o tempo enquanto figura
jurídica, para que sua prolongada passagem em aberto não
opere como fator de séria instabilidade inter-subjetiva ou
mesmo intergrupal. A própria Constituição Federal de 1988 dá
conta de institutos que têm no perfazimento de um certo lapso
temporal a sua própria razão de ser. Pelo que existe uma
2
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Supremo Tribunal Federal
MS 31.342 AGR / DF
ato de aposentadoria da impetrante (Acórdão nº 2776/2010-TCU-Segunda
Câmara), proferida em Sessão de 1º/6/10, passaram-se quase 6 (seis) anos.
Nesse ponto, reitero que esta Suprema Corte, amparada no princípio
da segurança jurídica e no princípio do devido processo legal, o qual
alcança também a esfera administrativa, estabeleceu como prazo razoável
para que o TCU aprecie a legalidade do ato acima referido o período de 5
(cinco) anos, contado do ingresso do processo na Corte de Contas, após o
qual deve ser garantido ao administrado a oportunidade de manifestar-se
nos autos, observando-se o contraditório e a ampla defesa.
Portanto, decorrido o lapso temporal de quase 6 (seis) anos de
trâmite interno na Corte de Contas, necessária, na esteira da
jurisprudência desta Corte, a observância dos postulados da ampla defesa
e do contraditório no processamento do ato de aposentadoria da
impetrante.
Não é demais rememorar julgados desta Corte sobre o tema:
“MANDADO DE SEGURANÇA. ATO DO TRIBUNAL DE
CONTAS DA UNIÃO. COMPETÊNCIA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. NEGATIVA DE REGISTRO A
APOSENTADORIA. PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA.
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO CONTRADITÓRIO E
DA AMPLA DEFESA. IMPROCEDÊNCIA. 1. Havendo o
Tribunal de Contas da União exercido a competência que lhe foi
conferida pelo inciso III do art. 71 da Constituição Federal em
prazo inferior a cinco anos, não há falar em exercício de
contraditório e ampla defesa por parte do interessado. 2. A
manifestação do órgão constitucional de controle externo há de
se formalizar em tempo que não desborde das pautas
elementares da razoabilidade. Todo o Direito Positivo é
permeado por essa preocupação com o tempo enquanto figura
jurídica, para que sua prolongada passagem em aberto não
opere como fator de séria instabilidade inter-subjetiva ou
mesmo intergrupal. A própria Constituição Federal de 1988 dá
conta de institutos que têm no perfazimento de um certo lapso
temporal a sua própria razão de ser. Pelo que existe uma
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
MS 31.342 AGR / DF
espécie de tempo constitucional médio que resume em si,
objetivamente, o desejado critério da razoabilidade. Tempo que
é de cinco anos (inciso XXIX do art. 7º e arts. 183 e 191 da CF;
bem como art. 19 do ADCT). 3. O prazo de cinco anos é de ser
aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o
exame de legalidade dos atos concessivos de aposentadorias,
reformas e pensões. Transcorrido in albis o interregno
quinquenal, a contar da submissão do ato ao TCU, é que se
deve convocar os particulares para participarem do processo
de seu interesse, a fim de desfrutar das garantias
constitucionais do contraditório e da ampla defesa (inciso LV
do art. 5º). 4. Segurança denegada” (MS nº 28.520/PR, Ayres
Britto, Segunda Turma, DJe de 2/4/12).
“Mandado de Segurança. 2. Acórdão da 2ª Câmara do
Tribunal de Contas da União (TCU). Competência do Supremo
Tribunal Federal. 3. Controle externo de legalidade dos atos
concessivos de aposentadorias, reformas e pensões.
Inaplicabilidade ao caso da decadência prevista no art. 54 da
Lei 9.784/99. 4. Negativa de registro de aposentadoria julgada
ilegal pelo TCU. Decisão proferida após mais de 5 (cinco) anos
da chegada do processo administrativo ao TCU e após mais de
10 (dez) anos da concessão da aposentadoria pelo órgão de
origem. Princípio da segurança jurídica (confiança legítima).
Garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
Exigência. 5. Concessão parcial da segurança.
I Nos termos dos precedentes firmados pelo Plenário
desta Corte, não se opera a decadência prevista no art. 54 da Lei
9.784/99 no período compreendido entre o ato administrativo
concessivo de aposentadoria ou pensão e o posterior
julgamento de sua legalidade e registro pelo Tribunal de Contas
da União que consubstancia o exercício da competência
constitucional de controle externo (art. 71, III, CF).
II A recente jurisprudência consolidada do STF passou a se
manifestar no sentido de exigir que o TCU assegure a ampla
defesa e o contraditório nos casos em que o controle externo de
3
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MS 31.342 AGR / DF
espécie de tempo constitucional médio que resume em si,
objetivamente, o desejado critério da razoabilidade. Tempo que
é de cinco anos (inciso XXIX do art. 7º e arts. 183 e 191 da CF;
bem como art. 19 do ADCT). 3. O prazo de cinco anos é de ser
aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o
exame de legalidade dos atos concessivos de aposentadorias,
reformas e pensões. Transcorrido in albis o interregno
quinquenal, a contar da submissão do ato ao TCU, é que se
deve convocar os particulares para participarem do processo
de seu interesse, a fim de desfrutar das garantias
constitucionais do contraditório e da ampla defesa (inciso LV
do art. 5º). 4. Segurança denegada” (MS nº 28.520/PR, Ayres
Britto, Segunda Turma, DJe de 2/4/12).
“Mandado de Segurança. 2. Acórdão da 2ª Câmara do
Tribunal de Contas da União (TCU). Competência do Supremo
Tribunal Federal. 3. Controle externo de legalidade dos atos
concessivos de aposentadorias, reformas e pensões.
Inaplicabilidade ao caso da decadência prevista no art. 54 da
Lei 9.784/99. 4. Negativa de registro de aposentadoria julgada
ilegal pelo TCU. Decisão proferida após mais de 5 (cinco) anos
da chegada do processo administrativo ao TCU e após mais de
10 (dez) anos da concessão da aposentadoria pelo órgão de
origem. Princípio da segurança jurídica (confiança legítima).
Garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa.
Exigência. 5. Concessão parcial da segurança.
I Nos termos dos precedentes firmados pelo Plenário
desta Corte, não se opera a decadência prevista no art. 54 da Lei
9.784/99 no período compreendido entre o ato administrativo
concessivo de aposentadoria ou pensão e o posterior
julgamento de sua legalidade e registro pelo Tribunal de Contas
da União que consubstancia o exercício da competência
constitucional de controle externo (art. 71, III, CF).
II A recente jurisprudência consolidada do STF passou a se
manifestar no sentido de exigir que o TCU assegure a ampla
defesa e o contraditório nos casos em que o controle externo de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 16
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
MS 31.342 AGR / DF
legalidade exercido pela Corte de Contas, para registro de
aposentadorias e pensões, ultrapassar o prazo de cinco anos,
sob pena de ofensa ao princípio da confiança face subjetiva do
princípio da segurança jurídica. Precedentes.
III Nesses casos, conforme o entendimento fixado no
presente julgado, o prazo de 5 (cinco) anos deve ser contado a
partir da data de chegada ao TCU do processo administrativo
de aposentadoria ou pensão encaminhado pelo órgão de
origem para julgamento da legalidade do ato concessivo de
aposentadoria ou pensão e posterior registro pela Corte de
Contas.
IV Concessão parcial da segurança para anular o acórdão
impugnado e determinar ao TCU que assegure ao impetrante o
direito ao contraditório e à ampla defesa no processo
administrativo de julgamento da legalidade e registro de sua
aposentadoria, assim como para determinar a não devolução
das quantias já recebidas.
V Vencidas (i) a tese que concedia integralmente a
segurança (por reconhecer a decadência) e (ii) a tese que
concedia parcialmente a segurança apenas para dispensar a
devolução das importâncias pretéritas recebidas, na forma do
que dispõe a Súmula 106 do TCU” (MS nº 24.781/DF, Relatora a
Ministra Ellen Gracie, Relator para o acórdão o Ministro
Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 9/6/11- grifei).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental, mantendo,
por seus próprios fundamentos, a decisão agravada.
É como voto.
4
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Supremo Tribunal Federal
MS 31.342 AGR / DF
legalidade exercido pela Corte de Contas, para registro de
aposentadorias e pensões, ultrapassar o prazo de cinco anos,
sob pena de ofensa ao princípio da confiança face subjetiva do
princípio da segurança jurídica. Precedentes.
III Nesses casos, conforme o entendimento fixado no
presente julgado, o prazo de 5 (cinco) anos deve ser contado a
partir da data de chegada ao TCU do processo administrativo
de aposentadoria ou pensão encaminhado pelo órgão de
origem para julgamento da legalidade do ato concessivo de
aposentadoria ou pensão e posterior registro pela Corte de
Contas.
IV Concessão parcial da segurança para anular o acórdão
impugnado e determinar ao TCU que assegure ao impetrante o
direito ao contraditório e à ampla defesa no processo
administrativo de julgamento da legalidade e registro de sua
aposentadoria, assim como para determinar a não devolução
das quantias já recebidas.
V Vencidas (i) a tese que concedia integralmente a
segurança (por reconhecer a decadência) e (ii) a tese que
concedia parcialmente a segurança apenas para dispensar a
devolução das importâncias pretéritas recebidas, na forma do
que dispõe a Súmula 106 do TCU” (MS nº 24.781/DF, Relatora a
Ministra Ellen Gracie, Relator para o acórdão o Ministro
Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe de 9/6/11- grifei).
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental, mantendo,
por seus próprios fundamentos, a decisão agravada.
É como voto.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 16
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.342 DISTRITO FEDERAL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, peço vênia
para não sufragar a necessidade do contraditório. Pela Constituição, o
contraditório pressupõe litigância ou acusado. Não se tem – penso ser o
caso de registro de aposentadoria –, nesses atos sucessivos, para o
aperfeiçoamento da aposentadoria, quer litigância, quer acusado.
Por isso, indefiro a ordem.
Vossa Excelência concede, não é?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
É.
A União alegou exatamente isso: que não houve descumprimento do
contraditório e da ampla defesa, pois houve o cumprimento do prazo de
5 anos.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Seria um problema de
datas. Mas Vossa Excelência esclareceu e, segundo a jurisprudência do
Plenário, caberia o contraditório.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Caberia, eu estou aplicando a jurisprudência.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Peço vênia para
entender de forma diversa, indeferindo a ordem.
É mandado de segurança?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Não, mas é agravo regimental.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3140179.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.342 DISTRITO FEDERAL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, peço vênia
para não sufragar a necessidade do contraditório. Pela Constituição, o
contraditório pressupõe litigância ou acusado. Não se tem – penso ser o
caso de registro de aposentadoria –, nesses atos sucessivos, para o
aperfeiçoamento da aposentadoria, quer litigância, quer acusado.
Por isso, indefiro a ordem.
Vossa Excelência concede, não é?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
É.
A União alegou exatamente isso: que não houve descumprimento do
contraditório e da ampla defesa, pois houve o cumprimento do prazo de
5 anos.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Seria um problema de
datas. Mas Vossa Excelência esclareceu e, segundo a jurisprudência do
Plenário, caberia o contraditório.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Caberia, eu estou aplicando a jurisprudência.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Peço vênia para
entender de forma diversa, indeferindo a ordem.
É mandado de segurança?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Não, mas é agravo regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 16
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
MS 31.342 AGR / DF
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por quê?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
É agravo regimental.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Vossa Excelência
julgou monocraticamente?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Eu já julgara com base na jurisprudência.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Então, acompanho
Vossa Excelência, presente o ato praticado, e desprovejo.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Eu decidi, monocraticamente, na linha de jurisprudência.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – É porque Vossa
Excelência observou os pronunciamentos do Plenário.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Eu, inclusive, anotei aqui...
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Posso divergir do
pronunciamento no Plenário, mas não posso dizer que um colega que o
observa tenha claudicado.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
2
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Supremo Tribunal Federal
MS 31.342 AGR / DF
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por quê?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
É agravo regimental.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Vossa Excelência
julgou monocraticamente?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Eu já julgara com base na jurisprudência.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Então, acompanho
Vossa Excelência, presente o ato praticado, e desprovejo.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Eu decidi, monocraticamente, na linha de jurisprudência.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – É porque Vossa
Excelência observou os pronunciamentos do Plenário.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Eu, inclusive, anotei aqui...
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Posso divergir do
pronunciamento no Plenário, mas não posso dizer que um colega que o
observa tenha claudicado.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 16
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
MS 31.342 AGR / DF
RELATOR):
Inclusive, no meu despacho - eu vou ler a parte final, porque
concordamos, vencidos, mas concordamos.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Está bem.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Eu disse no meu despacho monocrático:
"Ante o exposto, e em respeito ao princípio da
colegialidade, curvo-me ao entendimento majoritário da Corte e
concedo a ordem, em parte, para anular o acórdão [tal], na
parte que julgou ilegal o ato de aposentadoria de
THEREZINHA MARIA CASAGRANDA [que é exatamente a
agravada – o TCU julgou ilegal o ato de aposentadoria dela],
devendo o TCU proceder a novo julgamento, assegurando à ora
impetrante o contraditório e a ampla defesa."
Porque, no mérito, eu tenho a mesma posição de Vossa Excelência,
mas curvo-me àquele entendimento.
Como aqui eu decidi monocraticamente, Vossa Excelência, então,
acompanha, negando provimento ao agravo.
3
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Supremo Tribunal Federal
MS 31.342 AGR / DF
RELATOR):
Inclusive, no meu despacho - eu vou ler a parte final, porque
concordamos, vencidos, mas concordamos.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Está bem.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Eu disse no meu despacho monocrático:
"Ante o exposto, e em respeito ao princípio da
colegialidade, curvo-me ao entendimento majoritário da Corte e
concedo a ordem, em parte, para anular o acórdão [tal], na
parte que julgou ilegal o ato de aposentadoria de
THEREZINHA MARIA CASAGRANDA [que é exatamente a
agravada – o TCU julgou ilegal o ato de aposentadoria dela],
devendo o TCU proceder a novo julgamento, assegurando à ora
impetrante o contraditório e a ampla defesa."
Porque, no mérito, eu tenho a mesma posição de Vossa Excelência,
mas curvo-me àquele entendimento.
Como aqui eu decidi monocraticamente, Vossa Excelência, então,
acompanha, negando provimento ao agravo.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 16
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.342
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : THERESINHA MARIA CASAGRANDA
ADV.(A/S) : DÉBORA CASTELLI MONTEMEZZO
INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076414
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 31.342
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : THERESINHA MARIA CASAGRANDA
ADV.(A/S) : DÉBORA CASTELLI MONTEMEZZO
INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076414
Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 16
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3172747 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-10T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA | EMENTA
Agravo regimental em mandado de segurança. Tribunal de Contas da União. Negativa de registro de aposentadoria considerada ilegal. Decisão proferida mais de 5 (cinco) anos depois da chegada do processo administrativo ao TCU. Direito de ampla defesa e contraditório. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
1. Embora autuado o processo em 2/8/06, o processo administrativo deu entrada na Corte de Contas em 18/8/04. A contagem do prazo de cinco anos para a observância do contraditório e da ampla defesa inicia-se a partir da data de ingresso do processo de registro da aposentadoria na Corte de Contas, podendo a respectiva autuação ocorrer em momento posterior. Decorrido o lapso temporal de quase 6 (seis) anos de trâmite interno na Corte de Contas, necessária, na esteira da jurisprudência da Corte, a observância dos postulados da ampla defesa e do contraditório no processamento do ato de aposentadoria da impetrante.
2. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur221127 | - Acórdão(s) citado(s):
(REGISTRO DE APOSENTADORIA, GARANTIA À AMPLA DEFESA, CONTRADITÓRIO)
STF: MS 28520 (2ªT), MS 24781 (TP).
- Veja Acórdão 2776/2010 da Segunda Câmara do TCU.
Número de páginas: 16.
Análise: 22/01/2013, AAT.
Revisão: 28/01/2013, SEV. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 31342 | null | MS-AgR | acordaos | MS 31342 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : THERESINHA MARIA CASAGRANDA
ADV.(A/S) : DÉBORA CASTELLI MONTEMEZZO
INTDO.(A/S) : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"MS 31 . 342",
"Acórdão [UNK] 2776 / 2010 - TCU - Segunda Câmara",
"Acórdão [UNK] 2776 / 2010 - TCU -",
"MS 31 . 342 AGR / DF",
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"Súmula 106 do TCU",
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"Súmula 106 do TCU",
"MS [UNK] 24 . 781 / DF",
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"MS [UNK] 27 . 236 - AgR / DF",
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"MS [UNK] 24 . 781 / DF",
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"MS 31 . 342",
"MS 31 . 342",
"MS 31 . 342 AGR / DF",
"MS 31 ."
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"art . 54 da Lei 9 . 784 / 99",
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"art . 205 do Regimento Interno do STF",
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"inciso XXIX do art . [UNK] e arts . 183 e 191 da CF",
"art . 19 do ADCT",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 99",
"art . 54 da Lei 9 . 784 / 99",
"art . 71 , III , CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MARCO AURÉLIO",
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"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.390 RIO
GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ANAIR ROMAN MENEGON
ADV.(A/S)
:ANA AMÉLIA PIUCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO.
MAGISTÉRIO. CONTROVÉRSIA SOBRE PRETERIÇÃO DE
CANDIDATO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS.
SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3084940.
Supremo Tribunal Federal
DJe 21/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.390 RIO
GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ANAIR ROMAN MENEGON
ADV.(A/S)
:ANA AMÉLIA PIUCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 6 de agosto de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Anair Roman Menegon contra
julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o qual manteve
sentença que julgara improcedente pedido de nomeação e de posse no
cargo de professora.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“7. O Tribunal de origem considerou o conjunto probatório
insuficiente para comprovar as alegações do Agravante. A modificação
do julgado demandaria o reexame das provas, procedimento que não
pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incide na
espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.
(…) Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.
8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n.
12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal)”.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.390 RIO
GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ANAIR ROMAN MENEGON
ADV.(A/S)
:ANA AMÉLIA PIUCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 6 de agosto de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Anair Roman Menegon contra
julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, o qual manteve
sentença que julgara improcedente pedido de nomeação e de posse no
cargo de professora.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“7. O Tribunal de origem considerou o conjunto probatório
insuficiente para comprovar as alegações do Agravante. A modificação
do julgado demandaria o reexame das provas, procedimento que não
pode ser validamente adotado em recurso extraordinário. Incide na
espécie a Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal.
(…) Nada há a prover quanto às alegações da Agravante.
8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil, com as alterações da Lei n.
12.322/2010, e art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal)”.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
ARE 698.390 AGR / RS
2. Publicada essa decisão no DJe de 14.8.2012, interpõe Anair Roman
Menegon, em 20.8.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega a Agravante que “o julgamento do mérito do recurso não oferece
afronta à Súmula 279 do STF, posto que o recurso interposto não visa o reexame
das provas, mas sim a análise de violação ao art. 37 da Constituição Federal”.
Argumenta que, “em que pese à discricionariedade e oportunidade da
Administração Pública, há que se falar em direito líquido e certo à nomeação da
recorrente, eis que a mesma foi aprovada em 3º lugar no certame e, portanto,
dentro das vagas previstas no Edital”.
Requer o provimento do presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 698.390 AGR / RS
2. Publicada essa decisão no DJe de 14.8.2012, interpõe Anair Roman
Menegon, em 20.8.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega a Agravante que “o julgamento do mérito do recurso não oferece
afronta à Súmula 279 do STF, posto que o recurso interposto não visa o reexame
das provas, mas sim a análise de violação ao art. 37 da Constituição Federal”.
Argumenta que, “em que pese à discricionariedade e oportunidade da
Administração Pública, há que se falar em direito líquido e certo à nomeação da
recorrente, eis que a mesma foi aprovada em 3º lugar no certame e, portanto,
dentro das vagas previstas no Edital”.
Requer o provimento do presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.390 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. O Tribunal a quo decidiu:
“Por certo que o provimento de cargos públicos insere-se no
poder discricionário da Administração Pública, conforme o juízo de
conveniência e oportunidade, gerando, a aprovação em concurso
público, tão-somente expectativa de direito à nomeação.
Contudo, a jurisprudência dessa Corte, assim como a do
Superior Tribunal de Justiça têm entendido que, em casos de
preterição do candidato aprovado em concurso público em face da
ocupação de vagas por meio de contratos emergenciais, a mera
expectativa de direito transforma-se em direito subjetivo à nomeação.
Ou seja, quando a Administração Pública, dentro do prazo de
validade do concurso, contrata temporariamente profissional e renova
sistematicamente tais contratos, ocupando vaga em preterição ao
candidato aprovado em concurso público, está, a toda evidência,
revelando a necessidade do preenchimento da vaga disponibilizada
quando da realização do certame.
No caso em exame, a demandante classificou-se na 3ª colocação
para as Séries Finais do Ensino Fundamental, na disciplina de
Matemática para o Município de Arvorezinha (fls. 18 e 20), sendo que
não há nos autos prova da existência de nenhuma nomeação em tal
cargo.
Da análise dos autos, verifica-se que as duas contratações
temporárias na disciplina mencionada, especificamente para o
Município de Arvorezinha, destinam-se ao Ensino Médio (fls. 22, 24 e
29) não havendo, portanto, a preterição alegada.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.390 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. O Tribunal a quo decidiu:
“Por certo que o provimento de cargos públicos insere-se no
poder discricionário da Administração Pública, conforme o juízo de
conveniência e oportunidade, gerando, a aprovação em concurso
público, tão-somente expectativa de direito à nomeação.
Contudo, a jurisprudência dessa Corte, assim como a do
Superior Tribunal de Justiça têm entendido que, em casos de
preterição do candidato aprovado em concurso público em face da
ocupação de vagas por meio de contratos emergenciais, a mera
expectativa de direito transforma-se em direito subjetivo à nomeação.
Ou seja, quando a Administração Pública, dentro do prazo de
validade do concurso, contrata temporariamente profissional e renova
sistematicamente tais contratos, ocupando vaga em preterição ao
candidato aprovado em concurso público, está, a toda evidência,
revelando a necessidade do preenchimento da vaga disponibilizada
quando da realização do certame.
No caso em exame, a demandante classificou-se na 3ª colocação
para as Séries Finais do Ensino Fundamental, na disciplina de
Matemática para o Município de Arvorezinha (fls. 18 e 20), sendo que
não há nos autos prova da existência de nenhuma nomeação em tal
cargo.
Da análise dos autos, verifica-se que as duas contratações
temporárias na disciplina mencionada, especificamente para o
Município de Arvorezinha, destinam-se ao Ensino Médio (fls. 22, 24 e
29) não havendo, portanto, a preterição alegada.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3084942.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 698.390 AGR / RS
Outrossim, ainda que haja a contratação temporária de um
profissional para a disciplina de matemática, para as séries finais, no
Município de Arvorezinha, conforme se extrai do documento de fl. 23,
a ocupação de tal vaga não atinge a classificação da demandante
aprovada em 3ª colocação, não configurando a preterição à recorrente.
Assim, não havendo a comprovação da preterição, ausente o
direito subjetivo à nomeação” (grifos nossos).
Concluir de forma diversa do acórdão recorrido demandaria o
reexame da matéria fático-probatória, o que não viabiliza o
processamento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n.
279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO.
MAGISTÉRIO.
CONTRATAÇÃO
TEMPORÁRIA DE PESSOAL. EXISTÊNCIA DE CANDIDATO
APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO. ATO ILEGAL DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DO
REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 648.980-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 26.10.2011).
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Concurso
Público. Preterição. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-
probatório. Súmula 279/STF. 4. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI 847.795-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes,
Segunda Turma, DJe 16.11.2011).
“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor
público. Contrato temporário. Concurso público. Dispensa.
Necessidade temporária. Questão de fato. Aplicação da súmula 279.
Agravo regimental improvido. Não cabe recurso extraordinário que
dependa de reexame de fatos e provas” (AI 488.610-AgR, Rel. Min.
Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ 25.11.2005).
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 698.390 AGR / RS
Outrossim, ainda que haja a contratação temporária de um
profissional para a disciplina de matemática, para as séries finais, no
Município de Arvorezinha, conforme se extrai do documento de fl. 23,
a ocupação de tal vaga não atinge a classificação da demandante
aprovada em 3ª colocação, não configurando a preterição à recorrente.
Assim, não havendo a comprovação da preterição, ausente o
direito subjetivo à nomeação” (grifos nossos).
Concluir de forma diversa do acórdão recorrido demandaria o
reexame da matéria fático-probatória, o que não viabiliza o
processamento do recurso extraordinário. Incide na espécie a Súmula n.
279 do Supremo Tribunal Federal. Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO.
MAGISTÉRIO.
CONTRATAÇÃO
TEMPORÁRIA DE PESSOAL. EXISTÊNCIA DE CANDIDATO
APROVADO EM CONCURSO PÚBLICO. ATO ILEGAL DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. IMPOSSIBILIDADE DO
REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 648.980-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 26.10.2011).
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Concurso
Público. Preterição. 3. Impossibilidade de reexame do conjunto fático-
probatório. Súmula 279/STF. 4. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI 847.795-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes,
Segunda Turma, DJe 16.11.2011).
“RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Servidor
público. Contrato temporário. Concurso público. Dispensa.
Necessidade temporária. Questão de fato. Aplicação da súmula 279.
Agravo regimental improvido. Não cabe recurso extraordinário que
dependa de reexame de fatos e provas” (AI 488.610-AgR, Rel. Min.
Cezar Peluso, Primeira Turma, DJ 25.11.2005).
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 698.390 AGR / RS
“Agravo regimental no recurso extraordinário. Concurso
público. Nomeação. Preterição na ordem de classificação. Reexame de
fatos e provas. Impossibilidade. Forma de convocação. Normas do
edital. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. O Tribunal de origem concluiu,
com base no conjunto fático-probatório dos autos e nas normas
editalícias, que não houve preterição na ordem de classificação dos
aprovados no certame, bem como não foi desrespeitada a forma de
convocação prevista no edital. 2. Inadmissível, em recurso
extraordinário, o reexame dos fatos e das provas dos autos e a análise
de ofensa reflexa à Constituição Federal. Incidência das Súmulas nºs
636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (RE 579.360-AgR,
Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 1°.12.2011).
3. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 698.390 AGR / RS
“Agravo regimental no recurso extraordinário. Concurso
público. Nomeação. Preterição na ordem de classificação. Reexame de
fatos e provas. Impossibilidade. Forma de convocação. Normas do
edital. Ofensa reflexa. Precedentes. 1. O Tribunal de origem concluiu,
com base no conjunto fático-probatório dos autos e nas normas
editalícias, que não houve preterição na ordem de classificação dos
aprovados no certame, bem como não foi desrespeitada a forma de
convocação prevista no edital. 2. Inadmissível, em recurso
extraordinário, o reexame dos fatos e das provas dos autos e a análise
de ofensa reflexa à Constituição Federal. Incidência das Súmulas nºs
636 e 279/STF. 3. Agravo regimental não provido” (RE 579.360-AgR,
Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 1°.12.2011).
3. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
4. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.390
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ANAIR ROMAN MENEGON
ADV.(A/S) : ANA AMÉLIA PIUCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099274
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.390
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ANAIR ROMAN MENEGON
ADV.(A/S) : ANA AMÉLIA PIUCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3109188 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-21T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO. CONCURSO. MAGISTÉRIO. CONTROVÉRSIA SOBRE PRETERIÇÃO DE CANDIDATO. IMPOSSIBILIDADE DO REEXAME DE PROVAS. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur219301 | - Acórdão(s) citado(s)
(SÚMULA 279)
STF: ARE 648980 AgR (1ªT), AI 847795 AgR (2ªT), AI 488610
AgR (1ªT), RE 579360 AgR (1ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 05/12/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 698390 | [
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 698390 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ANAIR ROMAN MENEGON
ADV.(A/S) : ANA AMÉLIA PIUCO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698 . 390",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RECURSO",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 698 . 390 AGR / RS",
"Súmula 279 do STF",
"ARE 698 . 390 AGR / RS",
"Súmula 279 do STF",
"ARE 698 . 390 AGR / RS",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE 648 . 980 - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"AI 847 . 795 - AgR",
"AI 488 . 610 - AgR",
"ARE 698 . 390 AGR / RS",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"SÚMULA N . 279 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE 648 . 980 - AgR",
"Súmula 279 / STF",
"AI 847 . 795 - AgR",
"AI 488 . 610 -",
"ARE 698 . 390 AGR / RS",
"Súmulas [UNK] 636 e 279 / STF",
"RE 579 . 360 - AgR",
"ARE 698 . 390 AGR / RS",
"Súmulas [UNK] 636",
"RE 579 . 360 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 12 . 322 / 2010",
"art . 21 , § [UNK] , do",
"MP n°",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 12 . 322 / 2010",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"Município de Arvorezinha",
"Município de Arvorezinha",
"RIO GRANDE DO SUL",
"Município de Arvorezinha",
"Município de Arvorezinha",
"Município de Arvorezinha",
"Município de",
"Arvorezinha",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
".",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ANAIR ROMAN MENEGON",
"ANA AMÉLIA PIUCO",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ANAIR ROMAN MENEGON",
"ANA AMÉLIA PIUCO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Anair Roman Menegon",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ANAIR ROMAN MENEGON",
"ANA AMÉLIA PIUCO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Anair Roman Menegon",
"Anair Roman Menegon",
"Anair Roman Menegon",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"Cezar Peluso",
"Gilmar Mendes",
"Cezar Peluso",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ANAIR ROMAN MENEGON",
"ANA AMÉLIA PIUCO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ANAIR ROMAN MENEGON",
"ANA AMÉLIA PIUCO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"6 de agosto de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"6 de agosto de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"8",
".",
"2012",
"20",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"8",
".",
"2012",
"20",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"10",
".",
"2011",
"16",
".",
"11",
".",
"2011",
"25",
".",
"11",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"10",
".",
"2011",
"16",
".",
"11",
".",
"2011",
"25",
".",
"11",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1°",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1°",
".",
"12",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451.038 PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ZULEIDE ALVES DA COSTA LUNA - ME. E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:GLÁUCIO
MANOEL
DE
LIMA
BARBOSA
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO –
CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta
da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo
Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem
como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do
recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou entendimento explícito a respeito do fato jurígeno
veiculado nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207804.
Supremo Tribunal Federal
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
RE 451.038 AGR / PE
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207804.
Supremo Tribunal Federal
RE 451.038 AGR / PE
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207804.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451.038 PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ZULEIDE ALVES DA COSTA LUNA - ME. E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:GLÁUCIO
MANOEL
DE
LIMA
BARBOSA
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folha 360, neguei seguimento ao recurso extraordinário, consignando:
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA –
PRESTAÇÃO
DE
SERVIÇOS
–
RETENÇÃO – BASE DE INCIDÊNCIA –
ARTIGO 31 DA LEI Nº 8.212/91.
1. A matéria encontra–se pacificada nesta Corte. No
julgamento do Recurso Extraordinário nº 393.496–7/MG, o
Plenário concluiu pela constitucionalidade do disposto no
artigo 31 da Lei nº 8.212/91, com a redação conferida pela Lei nº
9.711/98. Na oportunidade e sem a participação apenas da
ministra Ellen Gracie, cuja ausência fez–se justificada, fui voz
isolada, por considerar estranha ao figurino constitucional a
base de incidência da retenção. O escore do julgamento - nove
votos a um - afasta esperança de evolução.
2. Ressalto que, em relação à alegada violação ao artigo
179 da Carta da República, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo órgão julgador. Apesar
da interposição de embargos declaratórios, não houve debate e
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207805.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451.038 PERNAMBUCO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ZULEIDE ALVES DA COSTA LUNA - ME. E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:GLÁUCIO
MANOEL
DE
LIMA
BARBOSA
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folha 360, neguei seguimento ao recurso extraordinário, consignando:
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA –
PRESTAÇÃO
DE
SERVIÇOS
–
RETENÇÃO – BASE DE INCIDÊNCIA –
ARTIGO 31 DA LEI Nº 8.212/91.
1. A matéria encontra–se pacificada nesta Corte. No
julgamento do Recurso Extraordinário nº 393.496–7/MG, o
Plenário concluiu pela constitucionalidade do disposto no
artigo 31 da Lei nº 8.212/91, com a redação conferida pela Lei nº
9.711/98. Na oportunidade e sem a participação apenas da
ministra Ellen Gracie, cuja ausência fez–se justificada, fui voz
isolada, por considerar estranha ao figurino constitucional a
base de incidência da retenção. O escore do julgamento - nove
votos a um - afasta esperança de evolução.
2. Ressalto que, em relação à alegada violação ao artigo
179 da Carta da República, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo órgão julgador. Apesar
da interposição de embargos declaratórios, não houve debate e
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207805.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
RE 451.038 AGR / PE
decisão prévios sobre o tema.
2. Ante o quadro, nego seguimento a este extraordinário.
3. Publique–se.
Os agravantes, à folha 371 à 375, aduzem que, no extraordinário, não
buscaram o reconhecimento da inconstitucionalidade do artigo 31 da Lei
n° 8.212, de 1991. Alega estar o recurso fundamentado na
incompatibilidade entre o regime de substituição tributária instituído por
meio do dispositivo referido e o sistema de arrecadação destinado aos
optantes do SIMPLES. Sustentam violação ao artigo 179 da Carta da
República.
Contraminuta apresentada à folha 382 à folha 386, apontando-se o
acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207805.
Supremo Tribunal Federal
RE 451.038 AGR / PE
decisão prévios sobre o tema.
2. Ante o quadro, nego seguimento a este extraordinário.
3. Publique–se.
Os agravantes, à folha 371 à 375, aduzem que, no extraordinário, não
buscaram o reconhecimento da inconstitucionalidade do artigo 31 da Lei
n° 8.212, de 1991. Alega estar o recurso fundamentado na
incompatibilidade entre o regime de substituição tributária instituído por
meio do dispositivo referido e o sistema de arrecadação destinado aos
optantes do SIMPLES. Sustentam violação ao artigo 179 da Carta da
República.
Contraminuta apresentada à folha 382 à folha 386, apontando-se o
acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451.038 PERNAMBUCO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente instituído, foi protocolada no prazo assinado em lei.
Conheço.
Conforme salientado na decisão recorrida, a alegada violação ao
artigo 179 da Carta da República não foi prequestionada, não tendo
ocorrido discussão prévia acerca da ocorrência de eventual ofensa ao
dispositivo.
O debate a respeito da inaplicabilidade do artigo 31 da Lei n° 8.212,
de 1991, às empresas optantes pelo SIMPLES tem caráter
infraconstitucional. Neste sentido:
Embargos de declaração no recurso extraordinário. 2.
Decisão monocrática do relator. Recurso recebido como agravo
regimental. Precedentes. 3. Recurso que não demonstra o
desacerto da decisão agravada. 4. Art. 31, da Lei nº 8.212/91.
Retenção de 11% do valor bruto na nota fiscal ou fatura de
prestação de serviços. Antecipação na contribuição sobre a folha
de pagamento. Empresa prestadora de serviços cedente de
mão-de-obra. Precedentes. 5. Empresas optantes do SIMPLES.
Matéria infraconstitucional. 6. Agravo regimental a que se nega
provimento. (RE 511884 ED, Min. GILMAR MENDES, Segunda
Turma, DJe-126 DIVULG 18-10-2007 PUBLIC 19-10-2007 DJ 19-
10-2007)
Desse modo, ainda que a matéria esteja pacificada no Superior
Tribunal de Justiça no sentido defendido pelos agravantes, inviável
revela-se a reforma do acórdão recorrido mediante o extraordinário.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207806.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451.038 PERNAMBUCO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente instituído, foi protocolada no prazo assinado em lei.
Conheço.
Conforme salientado na decisão recorrida, a alegada violação ao
artigo 179 da Carta da República não foi prequestionada, não tendo
ocorrido discussão prévia acerca da ocorrência de eventual ofensa ao
dispositivo.
O debate a respeito da inaplicabilidade do artigo 31 da Lei n° 8.212,
de 1991, às empresas optantes pelo SIMPLES tem caráter
infraconstitucional. Neste sentido:
Embargos de declaração no recurso extraordinário. 2.
Decisão monocrática do relator. Recurso recebido como agravo
regimental. Precedentes. 3. Recurso que não demonstra o
desacerto da decisão agravada. 4. Art. 31, da Lei nº 8.212/91.
Retenção de 11% do valor bruto na nota fiscal ou fatura de
prestação de serviços. Antecipação na contribuição sobre a folha
de pagamento. Empresa prestadora de serviços cedente de
mão-de-obra. Precedentes. 5. Empresas optantes do SIMPLES.
Matéria infraconstitucional. 6. Agravo regimental a que se nega
provimento. (RE 511884 ED, Min. GILMAR MENDES, Segunda
Turma, DJe-126 DIVULG 18-10-2007 PUBLIC 19-10-2007 DJ 19-
10-2007)
Desse modo, ainda que a matéria esteja pacificada no Superior
Tribunal de Justiça no sentido defendido pelos agravantes, inviável
revela-se a reforma do acórdão recorrido mediante o extraordinário.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 451.038 AGR / PE
Ante o quadro, desprovejo o agravo.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 451.038 AGR / PE
Ante o quadro, desprovejo o agravo.
É como voto.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451.038
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ZULEIDE ALVES DA COSTA LUNA - ME. E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3228776
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451.038
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ZULEIDE ALVES DA COSTA LUNA - ME. E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3228776
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3229130 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-19T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente. | sjur222103 | - Acórdão (s) citado (s):
(ENCARGO TRIBUTÁRIO, CONTRIBUINTE, OPTANTE DO SIMPLES)
STF: RE 511884 ED (2ªT);
Número de páginas: 7.
Análise: 16/01/2013, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 451038 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00179 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008212 ANO-1991\r\n ART-00031 \r\n LEI ORDINÁRIA"
] | RE-AgR | acordaos | RE 451038 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ZULEIDE ALVES DA COSTA LUNA - ME. E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
AGTE.(S) : BILLY DISTRIBUIDORA DE JORNAIS LTDA - ME
ADV.(A/S) : IVO DE LIMA BARBOZA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451 . 038",
"RE 451 . 038 AGR",
"RE 451 . 038 AGR",
"Recurso Extraordinário [UNK] 393 . 496 – 7 / MG",
"Recurso Extraordinário [UNK] 393 . 496 – 7 / MG",
"RE 451 . 038 AGR",
"RE 451 . 038 AGR",
"RE 511884 ED",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451 . 038",
"RE 511884 ED",
"RE 451 . 038 AGR / PE",
"RE 451 . 038 AGR / PE",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451 . 038",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 451 . 038"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 31 DA LEI [UNK] 8 . 212 / 91",
"artigo 31 da Lei [UNK] 8 . 212 / 91",
"Lei [UNK] 9 . 711 / 98",
"artigo 179 da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 31 DA LEI [UNK] 8 . 212 / 91",
"artigo 31 da Lei [UNK] 8 . 212 / 91",
"Lei [UNK] 9 . 711 / 98",
"artigo 179 da Carta da República",
"MP n° 2 . 200",
"artigo 31 da Lei n° 8 . 212",
"artigo 179 da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 31 da Lei n° 8 . 212",
"artigo 179 da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 179 da Carta da República",
"artigo 31 da Lei n° 8 . 212",
"Art . 31 , da Lei [UNK] 8 . 212 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 179 da Carta da República",
"artigo 31 da Lei n° 8 . 212",
"Art . 31 , da Lei [UNK] 8 . 212 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PERNAMBUCO",
"Brasília",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Segunda Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Segunda Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira -",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"ZULEIDE ALVES DA COSTA LUNA",
"GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ZULEIDE ALVES DA COSTA LUNA",
"GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA",
"MARCO AURÉLIO",
"Ellen Gracie",
"MARCO AURÉLIO",
"ZULEIDE ALVES DA COSTA LUNA",
"GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA",
"MARCO AURÉLIO",
"Ellen Gracie",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"GILMAR MENDES",
"MARCO AURÉLIO",
"GILMAR MENDES",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ZULEIDE ALVES DA COSTA LUNA",
"GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"ZULEIDE ALVES DA COSTA LUNA",
"GLÁUCIO MANOEL DE LIMA BARBOSA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1991",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1991",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"1991",
"18",
"-",
"10",
"-",
"2007",
"19",
"-",
"10",
"-",
"2007",
"19",
"-",
"10",
"-",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"1991",
"18",
"-",
"10",
"-",
"2007",
"19",
"-",
"10",
"-",
"2007",
"19",
"-",
"10",
"-",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.563 SANTA
CATARINA
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MULTIPLO
ADV.(A/S)
:ROBINSON NEVES FILHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ANTÔNIO CARLOS CÉ
ADV.(A/S)
:JOSÉ PAULO GRANERO PEREIRA
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. CARGO DE
CONFIANÇA. SÚMULA N. 287/TST. ADICIONAL DE
TRANSFERÊNCIA. OJ Nº 113 DA SBDI-1/TST. ESTABILIDADE.
CLÁUSULA NORMATIVA. PROVAS. REPERCUSSÃO GERAL NÃO
EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE
OBSTAM O SEGUIMENTO DO APELO EXTREMO. ALEGAÇÃO DE
AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, II, XXXV, XXXVI E LV, E 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA REFLEXA. REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA
SÚMULA N. 279 DO STF. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS
PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos
demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art.
323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro
motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral
das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como
os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa
do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa
indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a
abertura da instância extraordinária. Precedentes.
3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não
cabe recurso extraordinário.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135672.
Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Ementa e Acórdão
ARE 696.563 AGR / SC
4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões
que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos,
adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.
5. In casu, o acórdão recorrido assentou: RECURSO DE REVISTA .
CERCEAMENTO DE DEFESA. O Tribunal Regional rejeitou a alegação de
cerceamento de defesa, porque constatou que era desnecessária a apresentação dos
documentos indicados pelo autor, já que as provas existentes eram suficientes ao
deslinde da controvérsia acerca das horas extras. Os preceitos invocados pelo
recorrente (artigo 5º, XXXIV, XXXV e XXXVIII) não ensejam o processamento
do recurso de revista, porque não guardam relação direta com a matéria em
discussão. Ainda que assim não fosse, verifica-se que o acórdão recorrido deu a
exata subsunção dos fatos ao comando inserto nos artigos 125, II, e 130 do CPC,
que atribuem ao magistrado a direção do processo, o incumbem de velar pela
rápida solução do litígio e determinam o indeferimento das diligências inúteis ou
meramente protelatórias. Destarte, não prospera a alegação de cerceamento de
defesa. CARGO DE CONFIANÇA. Ao afirmar que o autor, na qualidade de
gerente geral de agência, estava enquadrado na disposição do artigo 62, II, da
CLT, o Tribunal Regional decidiu em harmonia com a Súmula nº 287 do TST.
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. A tese recursal, no sentido de que o
adicional previsto no artigo 469, § 3º, da CLT é devido também no caso de
transferência definitiva, está superada pela Orientação Jurisprudencial nº 113 da
SBDI-1 desta Corte, com a qual se coadunou o acórdão recorrido.
ESTABILIDADE NORMATIVA. O Tribunal Regional registrou que o
reclamante preencheu os requisitos da cláusula normativa, que conferia
estabilidade ao empregado que contasse com mais de 28 anos de trabalho no
banco e estivesse a menos de 24 meses de completar o tempo necessário para a
obtenção da aposentadoria proporcional ou integral. Esclareceu que o autor,
quando foi demitido, contava com 34 anos, 7 meses e 15 dias de tempo de serviço.
Todavia, entendeu que o fato de ele ter pleiteado a aposentadoria proporcional,
logo após a dispensa, implicou renúncia à aludida estabilidade. Tal decisão
ofendeu a literalidade do artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal. O quadro
fático delineado no acórdão recorrido evidencia que o reclamante tinha o direito
adquirido de continuar no emprego, até alcançar o tempo necessário à
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 696.563 AGR / SC
4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões
que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos,
adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.
5. In casu, o acórdão recorrido assentou: RECURSO DE REVISTA .
CERCEAMENTO DE DEFESA. O Tribunal Regional rejeitou a alegação de
cerceamento de defesa, porque constatou que era desnecessária a apresentação dos
documentos indicados pelo autor, já que as provas existentes eram suficientes ao
deslinde da controvérsia acerca das horas extras. Os preceitos invocados pelo
recorrente (artigo 5º, XXXIV, XXXV e XXXVIII) não ensejam o processamento
do recurso de revista, porque não guardam relação direta com a matéria em
discussão. Ainda que assim não fosse, verifica-se que o acórdão recorrido deu a
exata subsunção dos fatos ao comando inserto nos artigos 125, II, e 130 do CPC,
que atribuem ao magistrado a direção do processo, o incumbem de velar pela
rápida solução do litígio e determinam o indeferimento das diligências inúteis ou
meramente protelatórias. Destarte, não prospera a alegação de cerceamento de
defesa. CARGO DE CONFIANÇA. Ao afirmar que o autor, na qualidade de
gerente geral de agência, estava enquadrado na disposição do artigo 62, II, da
CLT, o Tribunal Regional decidiu em harmonia com a Súmula nº 287 do TST.
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. A tese recursal, no sentido de que o
adicional previsto no artigo 469, § 3º, da CLT é devido também no caso de
transferência definitiva, está superada pela Orientação Jurisprudencial nº 113 da
SBDI-1 desta Corte, com a qual se coadunou o acórdão recorrido.
ESTABILIDADE NORMATIVA. O Tribunal Regional registrou que o
reclamante preencheu os requisitos da cláusula normativa, que conferia
estabilidade ao empregado que contasse com mais de 28 anos de trabalho no
banco e estivesse a menos de 24 meses de completar o tempo necessário para a
obtenção da aposentadoria proporcional ou integral. Esclareceu que o autor,
quando foi demitido, contava com 34 anos, 7 meses e 15 dias de tempo de serviço.
Todavia, entendeu que o fato de ele ter pleiteado a aposentadoria proporcional,
logo após a dispensa, implicou renúncia à aludida estabilidade. Tal decisão
ofendeu a literalidade do artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal. O quadro
fático delineado no acórdão recorrido evidencia que o reclamante tinha o direito
adquirido de continuar no emprego, até alcançar o tempo necessário à
2
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Ementa e Acórdão
ARE 696.563 AGR / SC
aposentadoria integral. A aposentadoria proporcional, requerida após a dispensa,
não equivale à renúncia desse direito, pois a opção pela aposentadoria integral foi
frustrada, pelo reclamado, que não observou a aludida estabilidade. Recurso de
revista de que se conhece parcialmente e a que se dá provimento.
6. NEGO PROVIMENTO ao agravo.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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ARE 696.563 AGR / SC
aposentadoria integral. A aposentadoria proporcional, requerida após a dispensa,
não equivale à renúncia desse direito, pois a opção pela aposentadoria integral foi
frustrada, pelo reclamado, que não observou a aludida estabilidade. Recurso de
revista de que se conhece parcialmente e a que se dá provimento.
6. NEGO PROVIMENTO ao agravo.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
3
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.563 SANTA
CATARINA
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MULTIPLO
ADV.(A/S)
:ROBINSON NEVES FILHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ANTÔNIO CARLOS CÉ
ADV.(A/S)
:JOSÉ PAULO GRANERO PEREIRA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto por HSBC BANK BRASIL S/A – BANCO
MÚLTIPLO, em face da decisão assim ementada:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
TRABALHISTA. CARGO DE CONFIANÇA. SÚMULA N.
287/TST. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. OJ Nº 113 DA
SBDI-1/TST. ESTABILIDADE. CLÁUSULA NORMATIVA.
PROVAS. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM
FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM O
SEGUIMENTO DO APELO EXTREMO. ALEGAÇÃO DE
AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, II, XXXV, XXXVI E LV, E 93, IX,
DA
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME
DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO STF .
1 . A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o
crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de
admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
2 . Os princípios da legalidade, do devido processo legal,
da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.563 SANTA
CATARINA
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MULTIPLO
ADV.(A/S)
:ROBINSON NEVES FILHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ANTÔNIO CARLOS CÉ
ADV.(A/S)
:JOSÉ PAULO GRANERO PEREIRA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto por HSBC BANK BRASIL S/A – BANCO
MÚLTIPLO, em face da decisão assim ementada:
RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO.
TRABALHISTA. CARGO DE CONFIANÇA. SÚMULA N.
287/TST. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. OJ Nº 113 DA
SBDI-1/TST. ESTABILIDADE. CLÁUSULA NORMATIVA.
PROVAS. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM
FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM O
SEGUIMENTO DO APELO EXTREMO. ALEGAÇÃO DE
AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, II, XXXV, XXXVI E LV, E 93, IX,
DA
CONSTITUIÇÃO
FEDERAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME
DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO STF .
1 . A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o
crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de
admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
2 . Os princípios da legalidade, do devido processo legal,
da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12
Relatório
ARE 696.563 AGR / SC
judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a
verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de
normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa
à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura
da instância extraordinária. Precedentes.
3. A Súmula 279/STF dispõe verbis : Para simples reexame
de prova não cabe recurso extraordinário.
4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame
de questões que demandam revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação
direta da ordem constitucional.
5 . In casu , o acórdão recorrido assentou: RECURSO DE
REVISTA . CERCEAMENTO DE DEFESA. O Tribunal Regional
rejeitou a alegação de cerceamento de defesa, porque constatou que era
desnecessária a apresentação dos documentos indicados pelo autor, já
que as provas existentes eram suficientes ao deslinde da controvérsia
acerca das horas extras. Os preceitos invocados pelo recorrente (artigo
5º, XXXIV, XXXV e XXXVIII) não ensejam o processamento do
recurso de revista, porque não guardam relação direta com a matéria
em discussão. Ainda que assim não fosse, verifica-se que o acórdão
recorrido deu a exata subsunção dos fatos ao comando inserto nos
artigos 125, II, e 130 do CPC, que atribuem ao magistrado a direção
do processo, o incumbem de velar pela rápida solução do litígio e
determinam o indeferimento das diligências inúteis ou meramente
protelatórias. Destarte, não prospera a alegação de cerceamento de
defesa.
CARGO DE CONFIANÇA. Ao afirmar que o autor, na
qualidade de gerente geral de agência, estava enquadrado na
disposição do artigo 62, II, da CLT, o Tribunal Regional decidiu em
harmonia com a Súmula nº 287 do TST.
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. A tese recursal, no
sentido de que o adicional previsto no artigo 469, § 3º, da CLT é
devido também no caso de transferência definitiva, está superada pela
Orientação Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1 desta Corte, com a qual
se coadunou o acórdão recorrido.
ESTABILIDADE NORMATIVA.
O Tribunal Regional
2
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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ARE 696.563 AGR / SC
judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a
verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de
normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa
à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura
da instância extraordinária. Precedentes.
3. A Súmula 279/STF dispõe verbis : Para simples reexame
de prova não cabe recurso extraordinário.
4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame
de questões que demandam revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação
direta da ordem constitucional.
5 . In casu , o acórdão recorrido assentou: RECURSO DE
REVISTA . CERCEAMENTO DE DEFESA. O Tribunal Regional
rejeitou a alegação de cerceamento de defesa, porque constatou que era
desnecessária a apresentação dos documentos indicados pelo autor, já
que as provas existentes eram suficientes ao deslinde da controvérsia
acerca das horas extras. Os preceitos invocados pelo recorrente (artigo
5º, XXXIV, XXXV e XXXVIII) não ensejam o processamento do
recurso de revista, porque não guardam relação direta com a matéria
em discussão. Ainda que assim não fosse, verifica-se que o acórdão
recorrido deu a exata subsunção dos fatos ao comando inserto nos
artigos 125, II, e 130 do CPC, que atribuem ao magistrado a direção
do processo, o incumbem de velar pela rápida solução do litígio e
determinam o indeferimento das diligências inúteis ou meramente
protelatórias. Destarte, não prospera a alegação de cerceamento de
defesa.
CARGO DE CONFIANÇA. Ao afirmar que o autor, na
qualidade de gerente geral de agência, estava enquadrado na
disposição do artigo 62, II, da CLT, o Tribunal Regional decidiu em
harmonia com a Súmula nº 287 do TST.
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. A tese recursal, no
sentido de que o adicional previsto no artigo 469, § 3º, da CLT é
devido também no caso de transferência definitiva, está superada pela
Orientação Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1 desta Corte, com a qual
se coadunou o acórdão recorrido.
ESTABILIDADE NORMATIVA.
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Relatório
ARE 696.563 AGR / SC
registrou que o reclamante preencheu os requisitos da cláusula
normativa, que conferia estabilidade ao empregado que contasse com
mais de 28 anos de trabalho no banco e estivesse a menos de 24 meses
de completar o tempo necessário para a obtenção da aposentadoria
proporcional ou integral. Esclareceu que o autor, quando foi demitido,
contava com 34 anos, 7 meses e 15 dias de tempo de serviço. Todavia,
entendeu que o fato de ele ter pleiteado a aposentadoria proporcional,
logo após a dispensa, implicou renúncia à aludida estabilidade. Tal
decisão ofendeu a literalidade do artigo 5º, XXXVI, da Constituição
Federal. O quadro fático delineado no acórdão recorrido evidencia que
o reclamante tinha o direito adquirido de continuar no emprego, até
alcançar o tempo necessário à aposentadoria integral. A aposentadoria
proporcional, requerida após a dispensa, não equivale à renúncia desse
direito, pois a opção pela aposentadoria integral foi frustrada, pelo
reclamado, que não observou a aludida estabilidade. Recurso de revista
de que se conhece parcialmente e a que se dá provimento.
6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.
Em suas razões, aduz o agravante que o tema da estabilidade
provisória prevista em convenção coletiva de trabalho da categoria é
questão de ordem pública, pois o reclamante pleiteia um direito que não
lhe cabe, ocorrendo, assim, violação direta às questões constitucionais
invocadas no recurso extraordinário.
É o relatório.
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registrou que o reclamante preencheu os requisitos da cláusula
normativa, que conferia estabilidade ao empregado que contasse com
mais de 28 anos de trabalho no banco e estivesse a menos de 24 meses
de completar o tempo necessário para a obtenção da aposentadoria
proporcional ou integral. Esclareceu que o autor, quando foi demitido,
contava com 34 anos, 7 meses e 15 dias de tempo de serviço. Todavia,
entendeu que o fato de ele ter pleiteado a aposentadoria proporcional,
logo após a dispensa, implicou renúncia à aludida estabilidade. Tal
decisão ofendeu a literalidade do artigo 5º, XXXVI, da Constituição
Federal. O quadro fático delineado no acórdão recorrido evidencia que
o reclamante tinha o direito adquirido de continuar no emprego, até
alcançar o tempo necessário à aposentadoria integral. A aposentadoria
proporcional, requerida após a dispensa, não equivale à renúncia desse
direito, pois a opção pela aposentadoria integral foi frustrada, pelo
reclamado, que não observou a aludida estabilidade. Recurso de revista
de que se conhece parcialmente e a que se dá provimento.
6. NEGO SEGUIMENTO ao agravo.
Em suas razões, aduz o agravante que o tema da estabilidade
provisória prevista em convenção coletiva de trabalho da categoria é
questão de ordem pública, pois o reclamante pleiteia um direito que não
lhe cabe, ocorrendo, assim, violação direta às questões constitucionais
invocadas no recurso extraordinário.
É o relatório.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.563 SANTA
CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
Cuida-se de agravo nos próprios autos interposto por
HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MULTIPLO, contra decisão
que não admitiu seu recurso extraordinário.
O Tribunal Superior do Trabalho deu parcial provimento
ao recurso, consignando:
RECURSO DE REVISTA. CERCEAMENTO DE
DEFESA. O Tribunal Regional rejeitou a alegação de
cerceamento de defesa, porque constatou que era
desnecessária a apresentação dos documentos indicados
pelo autor, já que as provas existentes eram suficientes ao
deslinde da controvérsia acerca das horas extras. Os
preceitos invocados pelo recorrente (artigo 5º, XXXIV,
XXXV e XXXVIII) não ensejam o processamento do
recurso de revista, porque não guardam relação direta
com a matéria em discussão. Ainda que assim não fosse,
verifica-se que o acórdão recorrido deu a exata subsunção
dos fatos ao comando inserto nos artigos 125, II, e 130 do
CPC, que atribuem ao magistrado a direção do processo, o
incumbem de velar pela rápida solução do litígio e
determinam o indeferimento das diligências inúteis ou
meramente protelatórias. Destarte, não prospera a
alegação de cerceamento de defesa.
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PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.563 SANTA
CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
Cuida-se de agravo nos próprios autos interposto por
HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MULTIPLO, contra decisão
que não admitiu seu recurso extraordinário.
O Tribunal Superior do Trabalho deu parcial provimento
ao recurso, consignando:
RECURSO DE REVISTA. CERCEAMENTO DE
DEFESA. O Tribunal Regional rejeitou a alegação de
cerceamento de defesa, porque constatou que era
desnecessária a apresentação dos documentos indicados
pelo autor, já que as provas existentes eram suficientes ao
deslinde da controvérsia acerca das horas extras. Os
preceitos invocados pelo recorrente (artigo 5º, XXXIV,
XXXV e XXXVIII) não ensejam o processamento do
recurso de revista, porque não guardam relação direta
com a matéria em discussão. Ainda que assim não fosse,
verifica-se que o acórdão recorrido deu a exata subsunção
dos fatos ao comando inserto nos artigos 125, II, e 130 do
CPC, que atribuem ao magistrado a direção do processo, o
incumbem de velar pela rápida solução do litígio e
determinam o indeferimento das diligências inúteis ou
meramente protelatórias. Destarte, não prospera a
alegação de cerceamento de defesa.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 696.563 AGR / SC
CARGO DE CONFIANÇA. Ao afirmar que o autor,
na qualidade de gerente geral de agência, estava
enquadrado na disposição do artigo 62, II, da CLT, o
Tribunal Regional decidiu em harmonia com a Súmula nº
287 do TST.
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA.
A tese
recursal, no sentido de que o adicional previsto no artigo
469, § 3º, da CLT é devido também no caso de
transferência definitiva, está superada pela Orientação
Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1 desta Corte, com a qual
se coadunou o acórdão recorrido.
ESTABILIDADE NORMATIVA.
O Tribunal
Regional registrou que o reclamante preencheu os
requisitos da cláusula normativa, que conferia
estabilidade ao empregado que contasse com mais de 28
anos de trabalho no banco e estivesse a menos de 24 meses
de completar o tempo necessário para a obtenção da
aposentadoria proporcional ou integral. Esclareceu que o
autor, quando foi demitido, contava com 34 anos, 7 meses
e 15 dias de tempo de serviço. Todavia, entendeu que o
fato de ele ter pleiteado a aposentadoria proporcional,
logo após a dispensa, implicou renúncia à aludida
estabilidade. Tal decisão ofendeu a literalidade do artigo
5º, XXXVI, da Constituição Federal. O quadro fático
delineado no acórdão recorrido evidencia que o
reclamante tinha o direito adquirido de continuar no
emprego, até alcançar o tempo necessário à aposentadoria
integral. A aposentadoria proporcional, requerida após a
dispensa, não equivale à renúncia desse direito, pois a
opção pela aposentadoria integral foi frustrada, pelo
reclamado, que não observou a aludida estabilidade.
Recurso de revista de que se conhece parcialmente e a que
se dá provimento.
Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados.
Irresignado com o teor do acórdão prolatado, o recorrente
interpôs recurso extraordinário com fulcro no art. 102, III, a , da
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CARGO DE CONFIANÇA. Ao afirmar que o autor,
na qualidade de gerente geral de agência, estava
enquadrado na disposição do artigo 62, II, da CLT, o
Tribunal Regional decidiu em harmonia com a Súmula nº
287 do TST.
ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA.
A tese
recursal, no sentido de que o adicional previsto no artigo
469, § 3º, da CLT é devido também no caso de
transferência definitiva, está superada pela Orientação
Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1 desta Corte, com a qual
se coadunou o acórdão recorrido.
ESTABILIDADE NORMATIVA.
O Tribunal
Regional registrou que o reclamante preencheu os
requisitos da cláusula normativa, que conferia
estabilidade ao empregado que contasse com mais de 28
anos de trabalho no banco e estivesse a menos de 24 meses
de completar o tempo necessário para a obtenção da
aposentadoria proporcional ou integral. Esclareceu que o
autor, quando foi demitido, contava com 34 anos, 7 meses
e 15 dias de tempo de serviço. Todavia, entendeu que o
fato de ele ter pleiteado a aposentadoria proporcional,
logo após a dispensa, implicou renúncia à aludida
estabilidade. Tal decisão ofendeu a literalidade do artigo
5º, XXXVI, da Constituição Federal. O quadro fático
delineado no acórdão recorrido evidencia que o
reclamante tinha o direito adquirido de continuar no
emprego, até alcançar o tempo necessário à aposentadoria
integral. A aposentadoria proporcional, requerida após a
dispensa, não equivale à renúncia desse direito, pois a
opção pela aposentadoria integral foi frustrada, pelo
reclamado, que não observou a aludida estabilidade.
Recurso de revista de que se conhece parcialmente e a que
se dá provimento.
Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados.
Irresignado com o teor do acórdão prolatado, o recorrente
interpôs recurso extraordinário com fulcro no art. 102, III, a , da
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 696.563 AGR / SC
Constituição Federal, sustentando a preliminar de repercussão
geral e apontando como violados os arts. 5º, II, XXXV, XXXVI e
LV, e 93, IX, da Carta Federal.
Brevemente relatados, DECIDO .
O agravo de instrumento não merece prosperar.
Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível
sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais
de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que
a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido
processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da
motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa
julgada, quando dependente do reexame prévio de normas
infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à
Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância
extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel.
Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª
Turma, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 22/10/2010.
Outrossim, não se revela cognoscível, em sede de Recurso
Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o
incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos
autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via
do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação
vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto,
não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento
do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido
pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário .
Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o
insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível
do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em
sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.
Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto
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ARE 696.563 AGR / SC
Constituição Federal, sustentando a preliminar de repercussão
geral e apontando como violados os arts. 5º, II, XXXV, XXXVI e
LV, e 93, IX, da Carta Federal.
Brevemente relatados, DECIDO .
O agravo de instrumento não merece prosperar.
Ab initio, a repercussão geral pressupõe recurso admissível
sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais
de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o
recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se
pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões
constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
A jurisprudência desta Corte é uníssona no sentido de que
a verificação de ofensa aos princípios da legalidade, do devido
processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da
motivação das decisões judiciais, bem como aos limites da coisa
julgada, quando dependente do reexame prévio de normas
infraconstitucionais, revela ofensa indireta ou reflexa à
Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância
extraordinária. Precedentes: AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel.
Min. CÁRMEN LÚCIA, DJe de 24/11/2010 e AI 756.336-AgR, 2ª
Turma, Rel. Min. ELLEN GRACIE, DJe de 22/10/2010.
Outrossim, não se revela cognoscível, em sede de Recurso
Extraordinário, a insurgência que tem como escopo o
incursionamento no contexto fático-probatório engendrado nos
autos, porquanto referida pretensão não se amolda à estreita via
do apelo extremo, cujo conteúdo restringe-se a fundamentação
vinculada de discussão eminentemente de direito e, portanto,
não servil ao exame de questões que demandam o revolvimento
do arcabouço fático-probatório dos autos, face ao óbice erigido
pela Súmula 279/STF de seguinte teor, verbis: Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário .
Sob esse enfoque, ressoa inequívoca a vocação para o
insucesso do apelo extremo, por força do óbice intransponível
do verbete sumular supra, que veda a esta Suprema Corte, em
sede de recurso extraordinário, sindicar matéria fática.
Por oportuno, vale destacar preciosa lição de Roberto
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 696.563 AGR / SC
Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja:
Chiovenda nos dá os limites da distinção entre
questão de fato e questão de direito. A questão de fato
consiste em verificar se existem as circunstâncias com base
nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar
existentes determinados fatos concretos. A questão de
direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que
o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições
de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).
Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos
dados como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere
a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de
livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min.
Djaci Falcão,
RTJ
47/276); não cabe o recurso
extraordinário quando o acórdão recorrido deu
determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se
pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração,
quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE
58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ
46/821). No processo penal, a verificação entre a
qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para
a apenação importa matéria de fato, insuscetível de
reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min.
Eloy da Rocha, RTJ 46/666).
A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame
de prova não cabe recurso extraordinário. Não se
vislumbraria a existência da questão federal motivadora
do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais
conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos
fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não
alegados pelas partes. Não se confunda com o critério
legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana
de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a
ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do
Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ. ( in ,
4
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ARE 696.563 AGR / SC
Rosas acerca da Súmula n. 279/STF, qual seja:
Chiovenda nos dá os limites da distinção entre
questão de fato e questão de direito. A questão de fato
consiste em verificar se existem as circunstâncias com base
nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar
existentes determinados fatos concretos. A questão de
direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que
o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições
de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).
Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos
dados como provados ( RT 275/884 e 226/583). Já se refere
a matéria de fato quando a decisão assenta no processo de
livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min.
Djaci Falcão,
RTJ
47/276); não cabe o recurso
extraordinário quando o acórdão recorrido deu
determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se
pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração,
quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE
58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ
46/821). No processo penal, a verificação entre a
qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para
a apenação importa matéria de fato, insuscetível de
reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min.
Eloy da Rocha, RTJ 46/666).
A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame
de prova não cabe recurso extraordinário. Não se
vislumbraria a existência da questão federal motivadora
do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais
conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos
fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não
alegados pelas partes. Não se confunda com o critério
legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana
de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a
ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do
Poder Judiciário, 1943, p. 383). V. Súmula 7 do STJ. ( in ,
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Voto - MIN. LUIZ FUX
ARE 696.563 AGR / SC
Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).
Ex positis,
NEGO SEGUIMENTO
ao agravo de
instrumento, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF.
Resta evidenciado que o agravante não expendeu qualquer
argumento capaz de infirmar a decisão que pretende ver reformada,
razão pela qual tenho que a mesma há de ser mantida íntegra por seus
próprios fundamentos.
Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental.
É como voto.
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Direito Sumular, 14ª ed. São Paulo, Malheiros).
Ex positis,
NEGO SEGUIMENTO
ao agravo de
instrumento, com fundamento no art. 21, § 1º, do RISTF.
Resta evidenciado que o agravante não expendeu qualquer
argumento capaz de infirmar a decisão que pretende ver reformada,
razão pela qual tenho que a mesma há de ser mantida íntegra por seus
próprios fundamentos.
Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo regimental.
É como voto.
5
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135674.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.563
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MULTIPLO
ADV.(A/S) : ROBINSON NEVES FILHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS CÉ
ADV.(A/S) : JOSÉ PAULO GRANERO PEREIRA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076554
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696.563
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MULTIPLO
ADV.(A/S) : ROBINSON NEVES FILHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS CÉ
ADV.(A/S) : JOSÉ PAULO GRANERO PEREIRA
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076554
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3151579 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. CARGO DE CONFIANÇA. SÚMULA N. 287/TST. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. OJ Nº 113 DA SBDI-1/TST. ESTABILIDADE. CLÁUSULA NORMATIVA. PROVAS. REPERCUSSÃO GERAL NÃO EXAMINADA EM FACE DE OUTROS FUNDAMENTOS QUE OBSTAM O SEGUIMENTO DO APELO EXTREMO. ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTIGOS 5º, II, XXXV, XXXVI E LV, E 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. REEXAME DE PROVAS. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 279 DO STF. DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS.
1. A repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF). Consectariamente, se o recurso é inadmissível por outro motivo, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
2. Os princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada, quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a abertura da instância extraordinária. Precedentes.
3. A Súmula 279/STF dispõe verbis: Para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
4. É que o recurso extraordinário não se presta ao exame de questões que demandam revolvimento do contexto fático-probatório dos autos, adstringindo-se à análise da violação direta da ordem constitucional.
5. In casu, o acórdão recorrido assentou: RECURSO DE REVISTA . CERCEAMENTO DE DEFESA. O Tribunal Regional rejeitou a alegação de cerceamento de defesa, porque constatou que era desnecessária a apresentação dos documentos indicados pelo autor, já que as provas existentes eram suficientes ao deslinde da controvérsia acerca das horas extras. Os preceitos invocados pelo recorrente (artigo 5º, XXXIV, XXXV e XXXVIII) não ensejam o processamento do recurso de revista, porque não guardam relação direta com a matéria em discussão. Ainda que assim não fosse, verifica-se que o acórdão recorrido deu a exata subsunção dos fatos ao comando inserto nos artigos 125, II, e 130 do CPC, que atribuem ao magistrado a direção do processo, o incumbem de velar pela rápida solução do litígio e determinam o indeferimento das diligências inúteis ou meramente protelatórias. Destarte, não prospera a alegação de cerceamento de defesa. CARGO DE CONFIANÇA. Ao afirmar que o autor, na qualidade de gerente geral de agência, estava enquadrado na disposição do artigo 62, II, da CLT, o Tribunal Regional decidiu em harmonia com a Súmula nº 287 do TST. ADICIONAL DE TRANSFERÊNCIA. A tese recursal, no sentido de que o adicional previsto no artigo 469, § 3º, da CLT é devido também no caso de transferência definitiva, está superada pela Orientação Jurisprudencial nº 113 da SBDI-1 desta Corte, com a qual se coadunou o acórdão recorrido. ESTABILIDADE NORMATIVA. O Tribunal Regional registrou que o reclamante preencheu os requisitos da cláusula normativa, que conferia estabilidade ao empregado que contasse com mais de 28 anos de trabalho no banco e estivesse a menos de 24 meses de completar o tempo necessário para a obtenção da aposentadoria proporcional ou integral. Esclareceu que o autor, quando foi demitido, contava com 34 anos, 7 meses e 15 dias de tempo de serviço. Todavia, entendeu que o fato de ele ter pleiteado a aposentadoria proporcional, logo após a dispensa, implicou renúncia à aludida estabilidade. Tal decisão ofendeu a literalidade do artigo 5º, XXXVI, da Constituição Federal. O quadro fático delineado no acórdão recorrido evidencia que o reclamante tinha o direito adquirido de continuar no emprego, até alcançar o tempo necessário à aposentadoria integral. A aposentadoria proporcional, requerida após a dispensa, não equivale à renúncia desse direito, pois a opção pela aposentadoria integral foi frustrada, pelo reclamado, que não observou a aludida estabilidade. Recurso de revista de que se conhece parcialmente e a que se dá provimento.
6. NEGO PROVIMENTO ao agravo. | sjur220533 | Número de páginas: 12.
Análise: 18/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 696563 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00002 INC-00035 INC-00036\r\n INC-00055 ART-00093 INC-00009 ART-00102\r\n INC-00003 PAR-00003 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00323 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMTST-000287 \r\n SÚMULA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST\r\n\r\n",
"LEG-FED OJ-000113 \r\n ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DA SBDI-1 DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - TST"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 696563 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : JOSÉ PAULO GRANERO PEREIRA
AGTE.(S) : HSBC BANK BRASIL S/A - BANCO MULTIPLO
ADV.(A/S) : ROBINSON NEVES FILHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS CÉ | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 696 . 563",
"SÚMULA N . 287 / TST",
"OJ [UNK] 113 DA SBDI - 1 / TST",
"SÚMULA N . 279 DO STF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 696 . 563 AGR / SC",
"Súmula [UNK] 287 do TST",
"Orientação Jurisprudencial [UNK] 113 da SBDI - 1 desta Corte",
"ARE 696 . 563 AGR / SC",
"Súmula [UNK] 287 do TST",
"Orientação Jurisprudencial [UNK] 113 da SBDI - 1",
"ARE 696 . 563 AGR / SC",
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"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"SÚMULA N . 287 / TST",
"OJ [UNK] 113 DA SBDI - 1 / TST",
"SÚMULA N . 279 DO STF",
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"OJ [UNK] 113 DA SBDI - 1 / TST",
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"ARE 696 . 563 AGR",
"Súmula 279 / STF",
"Súmula [UNK] 287 do TST",
"Orientação Jurisprudencial [UNK] 113 da SBDI - 1 desta",
"ARE 696 . 563 AGR / SC",
"ARE 696 . 563 AGR / SC",
"Súmula [UNK] 287 do TST",
"Orientação Jurisprudencial [UNK] 113 da SBDI - 1 desta",
"ARE 696 . 563 AGR / SC",
"Súmula [UNK] 287 do TST",
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"AI 756 . 336 - AgR",
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"226",
"/",
"583",
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"RT",
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"ERE 58 . 714",
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"RTJ 37 / 480 , 56 /",
"Súmula 7 do STJ",
"ARE 696 . 563 AGR / SC",
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],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGOS [UNK] , II , XXXV , XXXVI E LV , E 93 , IX , DA",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 125 , II , e 130 do CPC",
"artigo 62 , II , da CLT",
"artigo 469 , § [UNK] , da CLT",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , XXXIV , XXXV e XXXVIII",
"artigos 125 , II , e 130 do CPC",
"artigo 62 , II , da CLT",
"artigo 469 , § [UNK] , da CLT",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGOS [UNK] , II , XXXV , XXXVI E LV , E 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGOS [UNK] , II , XXXV , XXXVI E LV , E 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"artigos 125 , II , e 130 do CPC",
"artigo 62 , II , da CLT",
"artigo 469 , § [UNK] , da CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"artigos 125 , II , e 130 do CPC",
"artigo 62 , II , da CLT",
"artigo 469 , § [UNK] , da CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 125 , II , e 130 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 125 , II , e 130 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 62 , II , da CLT",
"artigo 469 , § [UNK] , da CLT",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"art . 102 , III , a , da 2 Supremo",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 62 , II , da CLT",
"artigo 469 , § [UNK] , da CLT",
"artigo [UNK] , XXXVI , da Constituição Federal",
"art . 102 , III , a , da 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"arts . [UNK] , II , XXXV , XXXVI e LV , e 93 , IX , da Carta Federal",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"93 , IX , da Carta Federal",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 21 , § [UNK] , do RISTF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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],
"LOCAL": [
"SANTA CATARINA",
"Brasília",
"/",
"SC",
"Brasília",
"SANTA CATARINA",
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"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
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"São Paulo",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA"
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"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
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"Brasil",
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"Brasil",
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"Brasil",
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"Brasil",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Suprema",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Malheiros",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Dias Toffoli",
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"LUIZ FUX",
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"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"ROBINSON NEVES FILHO",
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"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
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"ELLEN GRACIE",
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"CÁRMEN LÚCIA",
"ELLEN GRACIE",
"Roberto",
"LUIZ FUX",
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"Djaci Falcão",
"Amaral Santos",
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"Pestana de Aguiar",
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"LUIZ FUX",
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"Dias Toffoli",
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"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
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"TEMPO": [
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"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.274 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:PAULO CESAR SALAMENE
ADV.(A/S)
:RODRIGO FRANCISCO DE TOLEDO
EMENTA
DIREITO CIVIL. DANOS MORAIS. FUSÃO DOS BANCOS REAL E
SANTANDER. DESCONTO EFETUADO PELO BANCO SANTANDER
EM CONTA CORRENTE ORIGINÁRIA DO BANCO REAL SEM
AUTORIZAÇÃO DO AUTOR. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO
DO CONJUNTO PROBATÓRIO. SÚMULA 279/STF. EVENTUAL
VIOLAÇÃO REFLEXA DE NORMAS CONSTITUCIONAIS NÃO
VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
As razões do recurso extraordinário do Banco Santander buscam
suporte no contrato de depósito bancário, bem como na suposta adesão
do autor a seus termos. À luz da moldura fática delineada no acórdão
regional, resulta evidenciada a necessidade de revolvimento do conjunto
probatório para eventual alcance de decisão em sentido diverso do
adotado pela Corte de origem, a inviabilizar o trânsito do recurso
extraordinário, considerado o óbice da Súmula 279/STF.
A alegada afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões
recursais dependeria da análise de legislação infraconstitucional, o que
torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível de viabilizar o
conhecimento do recurso extraordinário, considerada a disposição do art.
102, III, “a”, da Lei Maior.
Agravo conhecido e não provido.
A C Ó R D Ã O
Supremo Tribunal Federal
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DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
ARE 691.274 AGR / SP
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 691.274 AGR / SP
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.274 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:PAULO CESAR SALAMENE
ADV.(A/S)
:RODRIGO FRANCISCO DE TOLEDO
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fls. 157-61), mediante a qual
negado provimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja
agravo regimental o Banco Santander S/A (fls. 163-8).
O agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
que desnecessário o reexame das provas. Aponta violação do art. 5º, V, X
e XXXVI, da Carta Maior. Sustentando a necessidade de demonstração do
nexo entre o ato danoso e os alegados danos, defende a culpa exclusiva
do agravado nos supostos danos morais. Assevera a necessidade de que
as indenizações sejam arbitradas com critérios de proporcionalidade.
Acórdão regional registrado em 16.12.2011 (fl. 91)
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.274 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S)
:OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:PAULO CESAR SALAMENE
ADV.(A/S)
:RODRIGO FRANCISCO DE TOLEDO
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fls. 157-61), mediante a qual
negado provimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja
agravo regimental o Banco Santander S/A (fls. 163-8).
O agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
que desnecessário o reexame das provas. Aponta violação do art. 5º, V, X
e XXXVI, da Carta Maior. Sustentando a necessidade de demonstração do
nexo entre o ato danoso e os alegados danos, defende a culpa exclusiva
do agravado nos supostos danos morais. Assevera a necessidade de que
as indenizações sejam arbitradas com critérios de proporcionalidade.
Acórdão regional registrado em 16.12.2011 (fl. 91)
É o relatório.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.274 SÃO
PAULO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência do
Tribunal a quo, maneja agravo Banco Santander Brasil S/A. Na
minuta, sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os
requisitos para sua admissão. Aponta violação dos arts. 5º, II, V,
X, XXXV, XXXVI e LIV, da Lei Maior.
Sem contraminuta.
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Da detida análise dos fundamentos da decisão
denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem
como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de
origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na
instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.
Inocorrente a nulidade suscitada na minuta do agravo,
consabido que o juízo de admissibilidade a quo não vincula nem
torna precluso o reexame da matéria pelo juízo ad quem. No
preciso dizer de Barbosa Moreira, in Comentários ao Código de
Processo Civil, da Forense, o juízo positivo de admissibilidade
proferido pelo órgão perante o qual interposto o recurso não
basta para assegurar a obtenção do novo julgamento
perseguido, seja pela possibilidade de advir algum fato que
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.274 SÃO
PAULO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência do
Tribunal a quo, maneja agravo Banco Santander Brasil S/A. Na
minuta, sustenta que o recurso extraordinário reúne todos os
requisitos para sua admissão. Aponta violação dos arts. 5º, II, V,
X, XXXV, XXXVI e LIV, da Lei Maior.
Sem contraminuta.
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Da detida análise dos fundamentos da decisão
denegatória de seguimento do recurso extraordinário, bem
como à luz das razões de decidir adotadas pelo Tribunal de
origem, por ocasião do julgamento do recurso veiculado na
instância ordinária, concluo que nada colhe o agravo.
Inocorrente a nulidade suscitada na minuta do agravo,
consabido que o juízo de admissibilidade a quo não vincula nem
torna precluso o reexame da matéria pelo juízo ad quem. No
preciso dizer de Barbosa Moreira, in Comentários ao Código de
Processo Civil, da Forense, o juízo positivo de admissibilidade
proferido pelo órgão perante o qual interposto o recurso não
basta para assegurar a obtenção do novo julgamento
perseguido, seja pela possibilidade de advir algum fato que
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 691.274 AGR / SP
torne inadmissível o recurso, seja por não ficar preclusa a
reapreciação da matéria pelo órgão ad quem, que procederá
livremente ao controle da admissibilidade, inclusive para
declarar insatisfeito algum ou mais de um dos pressupostos
tidos, no juízo a quo, como cumpridos (vol. 5, 10ª ed., pp. 265-6).
O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais
indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da
legalidade, da inafastabilidade da prestação jurisdicional, da
proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa
julgada, bem como ao devido processo legal (art. 5º da Lei
Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das
normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo
que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à
exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da
remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal
Federal, verbis:
"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação
de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição
Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas
inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática.
Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a
jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em
recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se
de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de
normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à
Constituição da República, e, muito menos, de reexame de
provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso,
1ª Turma, DJ 05.8.2005).
"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido,
do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz
de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto
constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta;
ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos
princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93,
2
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ARE 691.274 AGR / SP
torne inadmissível o recurso, seja por não ficar preclusa a
reapreciação da matéria pelo órgão ad quem, que procederá
livremente ao controle da admissibilidade, inclusive para
declarar insatisfeito algum ou mais de um dos pressupostos
tidos, no juízo a quo, como cumpridos (vol. 5, 10ª ed., pp. 265-6).
O exame de eventual ofensa aos preceitos constitucionais
indicados nas razões recursais, consagradores dos princípios da
legalidade, da inafastabilidade da prestação jurisdicional, da
proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa
julgada, bem como ao devido processo legal (art. 5º da Lei
Maior), demanda, em primeiro plano, a interpretação das
normas infraconstitucionais aplicáveis à espécie, de tal modo
que, se afronta ocorresse, seria indireta, o que não atende à
exigência do art. 102, III, “a”, da Lei Maior, nos termos da
remansosa jurisprudência deste egrégio Supremo Tribunal
Federal, verbis:
"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade. Alegação
de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV e LV, da Constituição
Federal. Violações dependentes de reexame prévio de normas
inferiores. Ofensa constitucional indireta. Matéria fática.
Súmula 279. Agravo regimental não provido. É pacífica a
jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar, em
recurso extraordinário, alegação de ofensa que, irradiando-se
de má interpretação, aplicação, ou, até, inobservância de
normas infraconstitucionais, seria apenas indireta à
Constituição da República, e, muito menos, de reexame de
provas" (STF-AI-AgR-495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso,
1ª Turma, DJ 05.8.2005).
"Recurso extraordinário: descabimento: acórdão recorrido,
do Tribunal Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz
de legislação infraconstitucional: alegada violação ao texto
constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou indireta;
ausência de negativa de prestação jurisdicional ou de defesa aos
princípios compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93,
2
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 691.274 AGR / SP
IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator
Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)
"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO:
ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV
e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer
a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação,
interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão
fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso
constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não
configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º,
XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou
não, do direito adquirido, situa-se no campo
infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo
legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela
indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas
processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a
admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V.
- Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator
Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).
"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU
RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR
PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE
EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE
CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI
413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II,
XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da
legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão,
procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde
não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna.
Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro
Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).
O Tribunal de origem, na hipótese em apreço, se lastreou
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 691.274 AGR / SP
IX, da Constituição Federal." (STF-AI-AgR-436.911/SE, Relator
Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª Turma, DJ 17.6.2005)
"CONSTITUCIONAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO:
ALEGAÇÃO DE OFENSA À C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV
e LV. I. - Ao Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer
a vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal operação,
interpreta razoavelmente ou desarrazoadamente a lei, a questão
fica no campo da legalidade, inocorrendo o contencioso
constitucional. II. - Decisão contrária ao interesse da parte não
configura negativa de prestação jurisdicional (C.F., art. 5º,
XXXV). III. - A verificação, no caso concreto, da existência, ou
não, do direito adquirido, situa-se no campo
infraconstitucional. IV. - Alegação de ofensa ao devido processo
legal: C.F., art. 5º, LIV e LV: se ofensa tivesse havido, seria ela
indireta, reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas
processuais. E a ofensa a preceito constitucional que autoriza a
admissão do recurso extraordinário é a ofensa direta, frontal. V.
- Agravo não provido" (STF-RE-AgR-154.158/SP, Relator
Ministro Carlos Velloso, 2ª Turma, DJ 20.9.2002).
"TRABALHISTA. ACÓRDÃO QUE NÃO ADMITIU
RECURSO DE REVISTA, INTERPOSTO PARA AFASTAR
PENHORA SOBRE BENS ALIENADOS FIDUCIARIAMENTE
EM GARANTIA DE FINANCIAMENTO POR MEIO DE
CÉDULA DE CRÉDITO À EXPORTAÇÃO. DECRETO-LEI
413/69 E LEI 4.728/65. ALEGADA AFRONTA AO ART. 5º, II,
XXII, XXXV E XXXVI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
Questão insuscetível de ser apreciada senão por via da
legislação infraconstitucional que fundamentou o acórdão,
procedimento inviável em sede de recurso extraordinário, onde
não cabe a aferição de ofensa reflexa e indireta à Carta Magna.
Recurso não conhecido" (STF-RE-153.781/DF, Relator Ministro
Ilmar Galvão, 1ª Turma, DJ 02.02.2001).
O Tribunal de origem, na hipótese em apreço, se lastreou
3
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Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 691.274 AGR / SP
na prova produzida para firmar seu convencimento. Nesse
contexto, somente mediante o revolvimento do quadro fático
delineado seria possível aferir a ocorrência de eventual afronta
aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo (art.
5º, V e X, da Lei Maior). Inadmissível, pois, o recurso
extraordinário, em face do óbice da Súmula 279/STF, segundo a
qual “para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.” Nesse sentido: AI 677.505-AgR/SP, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 1º.02.2011; e AI 764.366-
AgR/SP, por mim relatado, 1ª Turma, DJe 23.4.2012, assim
ementados:
"EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL. DIREITO DO
TRABALHO. DANO MORAL. FIXAÇÃO DO QUANTUM
REPARATÓRIO. 1. Controvérsia solucionada à luz da casuística
do Tribunal Superior do Trabalho. 2. O art. 5º, V e X, da
Constituição não estabelece parâmetros para a fixação do valor
da reparação por dano moral. 3. Agravo regimental a que se
nega provimento".
"DIREITO PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE
VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DO
DEVIDO
PROCESSO
LEGAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO
ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO CIVIL.
ACIDENTE DE TRÂNSITO. INDENIZAÇÃO. DANOS
MORAIS. ART. 5º, V E X, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
REEXAME
DE
FATOS
E
PROVAS.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
SÚMULA
STF
279.
Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de
alegada violação, acaso existente, situada no âmbito
infraconstitucional. Necessidade do reexame de fatos e provas
para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal de origem.
Aplicação da Súmula 279/STF: “para simples reexame de prova
não cabe recurso extraordinário”. Agravo regimental a que se
nega provimento".
4
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ARE 691.274 AGR / SP
na prova produzida para firmar seu convencimento. Nesse
contexto, somente mediante o revolvimento do quadro fático
delineado seria possível aferir a ocorrência de eventual afronta
aos preceitos constitucionais invocados no apelo extremo (art.
5º, V e X, da Lei Maior). Inadmissível, pois, o recurso
extraordinário, em face do óbice da Súmula 279/STF, segundo a
qual “para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.” Nesse sentido: AI 677.505-AgR/SP, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe 1º.02.2011; e AI 764.366-
AgR/SP, por mim relatado, 1ª Turma, DJe 23.4.2012, assim
ementados:
"EMENTA: RESPONSABILIDADE CIVIL. DIREITO DO
TRABALHO. DANO MORAL. FIXAÇÃO DO QUANTUM
REPARATÓRIO. 1. Controvérsia solucionada à luz da casuística
do Tribunal Superior do Trabalho. 2. O art. 5º, V e X, da
Constituição não estabelece parâmetros para a fixação do valor
da reparação por dano moral. 3. Agravo regimental a que se
nega provimento".
"DIREITO PROCESSUAL CIVIL. ALEGAÇÃO DE
VIOLAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA LEGALIDADE E DO
DEVIDO
PROCESSO
LEGAL.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME INCABÍVEL NO
ÂMBITO DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DIREITO CIVIL.
ACIDENTE DE TRÂNSITO. INDENIZAÇÃO. DANOS
MORAIS. ART. 5º, V E X, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
REEXAME
DE
FATOS
E
PROVAS.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
SÚMULA
STF
279.
Impossibilidade de exame em recurso extraordinário de
alegada violação, acaso existente, situada no âmbito
infraconstitucional. Necessidade do reexame de fatos e provas
para divergir da conclusão a que chegou o Tribunal de origem.
Aplicação da Súmula 279/STF: “para simples reexame de prova
não cabe recurso extraordinário”. Agravo regimental a que se
nega provimento".
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 691.274 AGR / SP
Não merece processamento o apelo extremo, consoante
também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o
recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à
conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da
Constituição da República.
Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, §
4º, II, “a”, do CPC)”.
Irrepreensível a decisão agravada.
O Colégio Recursal da Comarca de Caraguatatuba do Tribunal de
Justiça de São Paulo concluiu pela manutenção da sentença, registrando:
“Trata-se de recurso inominado interposto em face de
sentença que julgando parcialmente procedente o pedido
autoral, condenou o recorrente a pagar ao recorrido a
importância de R$ 955,01 (novecentos e cinquenta e cinco reais
e um centavo), a título de danos materiais e R$ 3.000,00 (três mil
reais), a título de danos morais, bem como ao cumprimento da
obrigação de não fazer consistente em abster-se de efetuar
quaisquer descontos em sua conta corrente para fins de
abatimento da dívida em aberto com o mesmo.
Sustentou o autor na peça introdutória ser titular da conta
corrente nº 01.002559-9, agência 4771, Banco Real, conta esta na
qual recebe seus vencimentos, bem como de outra, junto ao
réu (Banco Santander), com saldo negativo, proveniente de
utilização do chamado cheque especial. Alegou, entretanto, que
após a fusão havida entre as duas instituições financeiras
supracitadas , sem qualquer autorização, o réu efetuou um
desconto no valor de R$ 955,01 de sua conta corrente originária
do Banco Real.
A instituição financeira ré, por sua vez, após tecer
considerações acerca de sua fusão com o Banco Real, alegou ter
agido em regular exercício do seu direito de crédito.
(...)
Salta aos olhos a ilicitude do agir da recorrente ao efetuar
5
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ARE 691.274 AGR / SP
Não merece processamento o apelo extremo, consoante
também se denota dos fundamentos da decisão que desafiou o
recurso, aos quais me reporto e cuja detida análise conduz à
conclusão pela ausência de ofensa direta e literal a preceito da
Constituição da República.
Conheço do agravo para negar-lhe provimento (art. 544, §
4º, II, “a”, do CPC)”.
Irrepreensível a decisão agravada.
O Colégio Recursal da Comarca de Caraguatatuba do Tribunal de
Justiça de São Paulo concluiu pela manutenção da sentença, registrando:
“Trata-se de recurso inominado interposto em face de
sentença que julgando parcialmente procedente o pedido
autoral, condenou o recorrente a pagar ao recorrido a
importância de R$ 955,01 (novecentos e cinquenta e cinco reais
e um centavo), a título de danos materiais e R$ 3.000,00 (três mil
reais), a título de danos morais, bem como ao cumprimento da
obrigação de não fazer consistente em abster-se de efetuar
quaisquer descontos em sua conta corrente para fins de
abatimento da dívida em aberto com o mesmo.
Sustentou o autor na peça introdutória ser titular da conta
corrente nº 01.002559-9, agência 4771, Banco Real, conta esta na
qual recebe seus vencimentos, bem como de outra, junto ao
réu (Banco Santander), com saldo negativo, proveniente de
utilização do chamado cheque especial. Alegou, entretanto, que
após a fusão havida entre as duas instituições financeiras
supracitadas , sem qualquer autorização, o réu efetuou um
desconto no valor de R$ 955,01 de sua conta corrente originária
do Banco Real.
A instituição financeira ré, por sua vez, após tecer
considerações acerca de sua fusão com o Banco Real, alegou ter
agido em regular exercício do seu direito de crédito.
(...)
Salta aos olhos a ilicitude do agir da recorrente ao efetuar
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11
Voto - MIN. ROSA WEBER
ARE 691.274 AGR / SP
desconto na conta corrente do autor , sem a sua autorização,
ainda que para o abatimento de sua dívida, posto que para tal
fim, existem meios legais colocados à sua disposição.
Desta forma, correta a condenação da recorrente a
reparação dos danos materiais e morais sofridos pelo recorrido
em decorrência de sua conduta.
Os danos morais foram arbitrados em parâmetros
razoáveis” (fls. 89-90).
Constato que as razões do recurso extraordinário do Banco
Santander (fls. 92-120) encontram suporte no contrato de depósito
bancário, bem como na adesão do autor a seus termos. À luz da moldura
fática delineada no acórdão regional, resulta evidenciada a necessidade
de revolvimento do conjunto probatório para eventual alcance de decisão
em sentido diverso do adotado pela Corte de origem, a inviabilizar o
trânsito do recurso extraordinário, considerado o óbice da Súmula
279/STF.
Outrossim, a suposta afronta aos preceitos constitucionais indicados
nas razões recursais dependeria da análise de legislação
infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa,
insuscetível de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário,
considerada a disposição do art. 102, III, “a”, da Lei Maior.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
6
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ARE 691.274 AGR / SP
desconto na conta corrente do autor , sem a sua autorização,
ainda que para o abatimento de sua dívida, posto que para tal
fim, existem meios legais colocados à sua disposição.
Desta forma, correta a condenação da recorrente a
reparação dos danos materiais e morais sofridos pelo recorrido
em decorrência de sua conduta.
Os danos morais foram arbitrados em parâmetros
razoáveis” (fls. 89-90).
Constato que as razões do recurso extraordinário do Banco
Santander (fls. 92-120) encontram suporte no contrato de depósito
bancário, bem como na adesão do autor a seus termos. À luz da moldura
fática delineada no acórdão regional, resulta evidenciada a necessidade
de revolvimento do conjunto probatório para eventual alcance de decisão
em sentido diverso do adotado pela Corte de origem, a inviabilizar o
trânsito do recurso extraordinário, considerado o óbice da Súmula
279/STF.
Outrossim, a suposta afronta aos preceitos constitucionais indicados
nas razões recursais dependeria da análise de legislação
infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa,
insuscetível de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário,
considerada a disposição do art. 102, III, “a”, da Lei Maior.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
6
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.274 SÃO
PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – São servidores da
extinta Caixa, e houve, simplesmente, a preservação do direito.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Isso.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas a situação desses
aproveitados da Caixa é diversa.
Por isso, acompanho Vossa Excelência.
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.274 SÃO
PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – São servidores da
extinta Caixa, e houve, simplesmente, a preservação do direito.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Isso.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas a situação desses
aproveitados da Caixa é diversa.
Por isso, acompanho Vossa Excelência.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.274
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : PAULO CESAR SALAMENE
ADV.(A/S) : RODRIGO FRANCISCO DE TOLEDO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.274
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : PAULO CESAR SALAMENE
ADV.(A/S) : RODRIGO FRANCISCO DE TOLEDO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164327 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
DIREITO CIVIL. DANOS MORAIS. FUSÃO DOS BANCOS REAL E SANTANDER. DESCONTO EFETUADO PELO BANCO SANTANDER EM CONTA CORRENTE ORIGINÁRIA DO BANCO REAL SEM AUTORIZAÇÃO DO AUTOR. NECESSIDADE DE REVOLVIMENTO DO CONJUNTO PROBATÓRIO. SÚMULA 279/STF. EVENTUAL VIOLAÇÃO REFLEXA DE NORMAS CONSTITUCIONAIS NÃO VIABILIZA O MANEJO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
As razões do recurso extraordinário do Banco Santander buscam suporte no contrato de depósito bancário, bem como na suposta adesão do autor a seus termos. À luz da moldura fática delineada no acórdão regional, resulta evidenciada a necessidade de revolvimento do conjunto probatório para eventual alcance de decisão em sentido diverso do adotado pela Corte de origem, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário, considerado o óbice da Súmula 279/STF.
A alegada afronta aos preceitos constitucionais indicados nas razões recursais dependeria da análise de legislação infraconstitucional, o que torna oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível de viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário, considerada a disposição do art. 102, III, “a”, da Lei Maior.
Agravo conhecido e não provido. | sjur220997 | Número de páginas: 11.
Análise: 14/12/2012, MJC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 691274 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 691274 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A
ADV.(A/S) : OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : PAULO CESAR SALAMENE
ADV.(A/S) : RODRIGO FRANCISCO DE TOLEDO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691 . 274",
"SÚMULA 279 / STF",
"Súmula 279 / STF",
"ARE 691 . 274 AGR / SP",
"ARE 691 . 274 AGR",
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"-",
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"-",
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".",
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"/",
"SP",
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"781",
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"DF",
"ARE 691 . 274 AGR / SP",
"STF",
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"AI",
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"436 . 911 /",
"SE",
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"SP",
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"153",
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"781",
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"DF",
"ARE 691 . 274 AGR / SP",
"Súmula 279 / STF",
"AI 677 . 505 - AgR / SP",
"AI 764 . 366 - AgR / SP",
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"Súmula 279 / STF",
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"Súmula 279 / STF",
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"Súmula 279 / STF",
"ARE 691 . 274 AGR / SP",
"Súmula 279 / STF",
"RECURSO"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , V , X e XXXVI , da Carta Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , V , X e XXXVI , da Carta Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , II , V , X , XXXV , XXXVI e LIV , da Lei Maior",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , II , V , X , XXXV , XXXVI e LIV , da Lei Maior",
"Código de",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei Maior",
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"art . [UNK] , XXII , XXIII , XXIV , LIV e LV , da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"arts",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei Maior",
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"art . [UNK] , XXII , XXIII , XXIV , LIV e LV , da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"arts",
"MP n°",
"C",
".",
"F",
"C",
".",
"F",
"DECRETO",
"-",
"LEI 413 / 69",
"LEI 4 . 728 / 65",
"ART . [UNK] , II , XXII , XXXV E XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"C",
".",
"C",
".",
"DECRETO",
"-",
"LEI 413 / 69",
"LEI 4 . 728 / 65",
"ART . [UNK] , II , XXII , XXXV E XXXVI , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , V e X , da Lei Maior",
"art . [UNK] , V e X , da Constituição",
"ART . [UNK] , V E X , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , V e X , da Lei Maior",
"art . [UNK] , V e X , da Constituição",
"ART . [UNK] , V E X , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"art . 544 , § [UNK] , II , “ a ” , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"art . 544 , § [UNK] , II , “ a ” , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , “ a ” , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"BANCO SANTANDER",
"BANCO",
"Banco Santander",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"Banco Santander S / A",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Forense",
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"[UNK] Turma",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"[UNK] Turma",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
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"/",
"SP",
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"Banco Real",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Colégio Recursal da Comarca de Caraguatatuba",
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"Banco Real",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Banco Santander",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"Caixa",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA",
"Caixa",
"Caixa",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"BANCO SANTANDER ( BRASIL ) S / A",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES",
"PAIXÃO",
"PAULO CESAR SALAMENE",
"RODRIGO FRANCISCO DE TOLEDO",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"PAULO CESAR SALAMENE",
"RODRIGO FRANCISCO DE TOLEDO",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"PAULO CESAR SALAMENE",
"RODRIGO FRANCISCO DE TOLEDO",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Barbosa Moreira",
"Rosa Weber",
"Barbosa Moreira",
"ROSA WEBER",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"ROSA WEBER",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Ilmar Galvão",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Ilmar Galvão",
"ROSA WEBER",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"ROSA WEBER ARE",
"ROSA WEBER ARE",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO",
"PAULO CESAR SALAMENE",
"RODRIGO FRANCISCO DE TOLEDO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"OSMAR MENDES PAIXÃO CÔRTES",
"PAULO CESAR SALAMENE",
"RODRIGO FRANCISCO DE TOLEDO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
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"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
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"2012",
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"08",
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"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"30",
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".",
"12",
".",
"2011",
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".",
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".",
"2011",
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"2012",
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"/",
"08",
"/",
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"/",
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"/",
"2012",
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"/",
"08",
"/",
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".",
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".",
"2005",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
".",
"8",
".",
"2005",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"6",
".",
"2005",
"20",
".",
"9",
".",
"2002",
"02",
".",
"02",
".",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"6",
".",
"2005",
"20",
".",
"9",
".",
"2002",
"02",
".",
"02",
".",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"02",
".",
"2011",
"23",
".",
"4",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"02",
".",
"2011",
"23",
".",
"4",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 662.885 SERGIPE
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DE SERGIPE
ADV.(A/S)
:PGE-SE - ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRA
AGDO.(A/S)
:MARIA LÚCIA SANTOS
ADV.(A/S)
:DANIEL
GUSTAVO
MENEGUZ
MORENO
E
OUTRO(A/S)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL –
DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação
concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se
enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de
outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação
jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do
recorrente.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3195258.
Supremo Tribunal Federal
DJe 18/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 662.885 SERGIPE
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DE SERGIPE
ADV.(A/S)
:PGE-SE - ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRA
AGDO.(A/S)
:MARIA LÚCIA SANTOS
ADV.(A/S)
:DANIEL
GUSTAVO
MENEGUZ
MORENO
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folha 229, neguei provimento ao agravo, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
-
INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO
DO AGRAVO.
1. O Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe reformou em
parte o entendimento constante na sentença, ante fundamentos
assim sintetizados (folha 133):
APELAÇÃO CÍVEL - ADMINISTRATIVO -
PRELIMINARES REJEITADAS - NÃO VIOLAÇÃO DA
COISA JULGADA - LEI COMPLEMENTAR 61/2001 -
RESPEITO AO DIREITO DO SERVIDOR QUANTO À
IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS - JUROS DE
MORA DE 0,5% - MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2180-
35/2001, ART. 1º-F DA LEI Nº 9494/97 - TERMO A QUO
DE INCIDÊNCIA E CORREÇÃO MONETÁRIA
-RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO - DECISÃO
UNÂNIME.
2. Nas razões do extraordinário, interposto com alegada
base na alínea “a” do permissivo constitucional, articula-se com
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 662.885 SERGIPE
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DE SERGIPE
ADV.(A/S)
:PGE-SE - ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRA
AGDO.(A/S)
:MARIA LÚCIA SANTOS
ADV.(A/S)
:DANIEL
GUSTAVO
MENEGUZ
MORENO
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folha 229, neguei provimento ao agravo, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
-
INVIABILIDADE - DESPROVIMENTO
DO AGRAVO.
1. O Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe reformou em
parte o entendimento constante na sentença, ante fundamentos
assim sintetizados (folha 133):
APELAÇÃO CÍVEL - ADMINISTRATIVO -
PRELIMINARES REJEITADAS - NÃO VIOLAÇÃO DA
COISA JULGADA - LEI COMPLEMENTAR 61/2001 -
RESPEITO AO DIREITO DO SERVIDOR QUANTO À
IRREDUTIBILIDADE DE VENCIMENTOS - JUROS DE
MORA DE 0,5% - MEDIDA PROVISÓRIA Nº 2180-
35/2001, ART. 1º-F DA LEI Nº 9494/97 - TERMO A QUO
DE INCIDÊNCIA E CORREÇÃO MONETÁRIA
-RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO - DECISÃO
UNÂNIME.
2. Nas razões do extraordinário, interposto com alegada
base na alínea “a” do permissivo constitucional, articula-se com
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Relatório
AI 662.885 AGR / SE
ofensa ao inciso IX do artigo 93 da Constituição Federal,
pleiteando-se a declaração de nulidade do acórdão recorrido, a
fim de que a Corte de origem “manifestando-se expressamente
acerca da efetiva redução nos vencimentos da requerente”
(folha 166).
3. Sob o ângulo da falta de fundamentação, verifica-se a
não-interposição de embargos declaratórios, ficando afastada a
possibilidade de concluir-se pela ofensa ao artigo 93, inciso IX,
da Constituição Federal.
4. Conheço do agravo e o desprovejo.
5. Publiquem.
O Estado de Sergipe, na minuta de folha 232 a 234, insiste em ver
processado o extraordinário articulando com a existência de violação ao
artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal. Sustenta que “para se
concluir pela negativa de prestação jurisdicional, não é imprescindível
que a parte prejudicada oponha embargos de declaração” (folha 233).
Afirma a nulidade do acórdão recorrido, ante a falta de fundamentação.
A parte agravada, instada a se manifestar, não apresentou
contraminuta (certidão de folha 238).
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 662.885 AGR / SE
ofensa ao inciso IX do artigo 93 da Constituição Federal,
pleiteando-se a declaração de nulidade do acórdão recorrido, a
fim de que a Corte de origem “manifestando-se expressamente
acerca da efetiva redução nos vencimentos da requerente”
(folha 166).
3. Sob o ângulo da falta de fundamentação, verifica-se a
não-interposição de embargos declaratórios, ficando afastada a
possibilidade de concluir-se pela ofensa ao artigo 93, inciso IX,
da Constituição Federal.
4. Conheço do agravo e o desprovejo.
5. Publiquem.
O Estado de Sergipe, na minuta de folha 232 a 234, insiste em ver
processado o extraordinário articulando com a existência de violação ao
artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal. Sustenta que “para se
concluir pela negativa de prestação jurisdicional, não é imprescindível
que a parte prejudicada oponha embargos de declaração” (folha 233).
Afirma a nulidade do acórdão recorrido, ante a falta de fundamentação.
A parte agravada, instada a se manifestar, não apresentou
contraminuta (certidão de folha 238).
É o relatório.
2
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 662.885 SERGIPE
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) - Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador do Estado, foi
protocolada no prazo legal. Conheço.
A apreciação de todo e qualquer recurso de natureza extraordinária
dá-se à luz do que decidido pelo Tribunal de origem. É que a conclusão
sobre o atendimento ao pressuposto específico de recorribilidade
pressupõe cotejo, que há de se fazer considerados os parâmetros da
decisão proferida e os dispositivos legais ou constitucionais que
resultaram apontados como inobservados. Deixou o Estado de Sergipe de
colaborar com o Judiciário na defesa dos próprios interesses, ao não
interpor embargos de declaração. Em momento algum, o Tribunal de
origem foi instada a emitir entendimento a respeito do tema, padecendo,
portanto, da falta do indispensável prequestionamento. Acresce que
descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação
jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência
ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
alçar a este tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na
origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do
Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na
espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de
forma consentânea com a ordem jurídica.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 662.885 SERGIPE
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) - Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por Procurador do Estado, foi
protocolada no prazo legal. Conheço.
A apreciação de todo e qualquer recurso de natureza extraordinária
dá-se à luz do que decidido pelo Tribunal de origem. É que a conclusão
sobre o atendimento ao pressuposto específico de recorribilidade
pressupõe cotejo, que há de se fazer considerados os parâmetros da
decisão proferida e os dispositivos legais ou constitucionais que
resultaram apontados como inobservados. Deixou o Estado de Sergipe de
colaborar com o Judiciário na defesa dos próprios interesses, ao não
interpor embargos de declaração. Em momento algum, o Tribunal de
origem foi instada a emitir entendimento a respeito do tema, padecendo,
portanto, da falta do indispensável prequestionamento. Acresce que
descabe confundir a ausência de entrega aperfeiçoada da prestação
jurisdicional com decisão contrária aos interesses defendidos. A violência
ao devido processo legal não pode ser tomada como uma alavanca para
alçar a este tribunal conflito de interesses cuja solução se exaure na
origem. A tentativa acaba por se fazer voltada à transformação do
Supremo em mero revisor dos atos dos demais tribunais do País. Na
espécie, o Colegiado de origem procedeu a julgamento fundamentado de
forma consentânea com a ordem jurídica.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 662.885
PROCED. : SERGIPE
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPE
ADV.(A/S) : PGE-SE - ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRA
AGDO.(A/S) : MARIA LÚCIA SANTOS
ADV.(A/S) : DANIEL GUSTAVO MENEGUZ MORENO E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 662.885
PROCED. : SERGIPE
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPE
ADV.(A/S) : PGE-SE - ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRA
AGDO.(A/S) : MARIA LÚCIA SANTOS
ADV.(A/S) : DANIEL GUSTAVO MENEGUZ MORENO E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076511
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3215917 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-18T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente. | sjur221955 | Número de páginas: 5.
Análise: 04/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 662885 | null | AI-AgR | acordaos | AI 662885 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DE SERGIPE
ADV.(A/S) : PGE-SE - ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRA
AGDO.(A/S) : MARIA LÚCIA SANTOS
ADV.(A/S) : DANIEL GUSTAVO MENEGUZ MORENO E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 662 . 885",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 662 . 885",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 662 . 885",
"AI 662 . 885 AGR /",
"AI 662 . 885 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 662 .",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 662 . 885",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 662 . 885"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI COMPLEMENTAR 61 / 2001",
"MEDIDA PROVISÓRIA [UNK] 2180 - 35 / 2001",
"ART . [UNK] - F DA LEI [UNK] 9494 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI COMPLEMENTAR 61 / 2001",
"MEDIDA PROVISÓRIA [UNK] 2180 - 35 / 2001",
"ART . [UNK] - F DA LEI [UNK] 9494 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso IX do artigo 93 da Constituição Federal",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso IX do artigo 93 da Constituição Federal",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"ESTADO DE SERGIPE",
"Brasília",
"ESTADO DE SERGIPE",
"ESTADO DE SERGIPE",
"Estado de Sergipe",
"Estado de Sergipe",
"ESTADO DE SERGIPE",
"ESTADO DE SERGIPE"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Estado de Sergipe",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Estado de",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRA",
"MARIA LÚCIA SANTOS",
"DANIEL GUSTAVO MENEGUZ MORENO",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRA",
"MARIA LÚCIA SANTOS",
"DANIEL GUSTAVO MENEGUZ MORENO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRA",
"MARIA LÚCIA SANTOS",
"DANIEL GUSTAVO MENEGUZ MORENO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"SE",
"ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRA",
"MARIA LÚCIA SANTOS",
"DANIEL GUSTAVO MENEGUZ MORENO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"ANDRÉ LUÍS SANTOS MEIRA",
"MARIA LÚCIA SANTOS",
"DANIEL GUSTAVO MENEGUZ MORENO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.040 MATO GROSSO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S)
:JORGE DE CASTRO SILVA
IMPTE.(S)
:EVERALDO BATISTA FILGUEIRA JUNIOR
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional.
Artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal. Inadequação da
via eleita ao caso concreto. Precedente da Primeira Turma.
Flexibilização circunscrita às hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso
de poder ou teratologia. Não ocorrência. Alteração do regime prisional
estabelecido e negativa de substituição da pena privativa de liberdade
por restritiva de direitos. Pretensão já atendida por força da decisão do
STJ. Prejudicialidade reconhecida. Ordem parcialmente prejudicada e,
no mais, extinta a impetração, em face da inadequação da via eleita.
1. Impetração manejada em substituição ao recurso ordinário
constitucional prescrito no art. 102, inciso II, alínea a, da Carta da
República, a qual esbarra em decisão da Primeira Turma, que, em sessão
extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento do HC
nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade do
habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinário.
2. Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do
manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso
II, alínea a, da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante
ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.
3. Relativamente ao pedido de substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos e fixação do regime inicial aberto, a
pretensão já foi atendida, por força da decisão do STJ. Prejudicialidade
reconhecida nesse particular.
4. Writ parcialmente prejudicado e, no remanescente, extinto, por
inadequação da via eleita.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085232.
Supremo Tribunal Federal
DJe 16/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 15
Ementa e Acórdão
HC 109.040 / MT
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar parcialmente
prejudicada a ordem de habeas corpus e, na parte remanescente, em a
extinguir, por inadequação da via processual, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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HC 109.040 / MT
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar parcialmente
prejudicada a ordem de habeas corpus e, na parte remanescente, em a
extinguir, por inadequação da via processual, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.040 MATO GROSSO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S)
:JORGE DE CASTRO SILVA
IMPTE.(S)
:EVERALDO BATISTA FILGUEIRA JUNIOR
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, com pedido de
liminar, impetrado pelos advogados Everaldo Batista Filgueira Junior e
Mauro Márcio Dias Cunha em favor de Jorge de Castro Silva, denunciado
e condenado pelo crime de tráfico ilícito de entorpecentes (art. 33, § 4º, da
Lei nº 11.343/06). Apontam os impetrantes como autoridade coatora a
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que concedeu
parcialmente a ordem no HC nº 196.481/MT impetrado àquela Corte,
Relator o Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
Sustentam os impetrantes que o paciente faria jus à aplicação da
causa de diminuição da pena no seu patamar máximo, conforme
estabelecido no art. 33, § 4º da Lei 11.343/06,
“pois, embora [a autoridade coatora] reconheça que a
quantidade de entorpecente apreendida é pequena e que
todas as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP são
favoráveis ao Paciente, opta, equivocadamente, pela redução de
1/3 , em patamar muito aquém do máximo, previsto na Lei
11.343/2006, ou seja, 2/3 (dois terços)” (fl. 5 da inicial destaques
conforme o original).
Defendem que ele preencheria os requisitos necessários para iniciar
o cumprimento da sua pena no regime aberto e que
“[o]corre que fora determinado pelo STJ à (sic)
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.040 MATO GROSSO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S)
:JORGE DE CASTRO SILVA
IMPTE.(S)
:EVERALDO BATISTA FILGUEIRA JUNIOR
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, com pedido de
liminar, impetrado pelos advogados Everaldo Batista Filgueira Junior e
Mauro Márcio Dias Cunha em favor de Jorge de Castro Silva, denunciado
e condenado pelo crime de tráfico ilícito de entorpecentes (art. 33, § 4º, da
Lei nº 11.343/06). Apontam os impetrantes como autoridade coatora a
Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça, que concedeu
parcialmente a ordem no HC nº 196.481/MT impetrado àquela Corte,
Relator o Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
Sustentam os impetrantes que o paciente faria jus à aplicação da
causa de diminuição da pena no seu patamar máximo, conforme
estabelecido no art. 33, § 4º da Lei 11.343/06,
“pois, embora [a autoridade coatora] reconheça que a
quantidade de entorpecente apreendida é pequena e que
todas as circunstâncias judiciais do art. 59 do CP são
favoráveis ao Paciente, opta, equivocadamente, pela redução de
1/3 , em patamar muito aquém do máximo, previsto na Lei
11.343/2006, ou seja, 2/3 (dois terços)” (fl. 5 da inicial destaques
conforme o original).
Defendem que ele preencheria os requisitos necessários para iniciar
o cumprimento da sua pena no regime aberto e que
“[o]corre que fora determinado pelo STJ à (sic)
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Relatório
HC 109.040 / MT
substituição da pena por restritiva de direito, em desacordo,
portanto, com a melhor pretensão do paciente. Desta feita se
irresigna, também, com essa determinação do Superior Tribunal
de Justiça, a fim de que (por fazer jus) lhe seja assegurado o
cumprimento da pena em regime aberto” (fl. 8 da inicial
destaques conforme o original).
Requerem o deferimento da liminar para
“ser determinado (...) initio litis, o cumprimento da pena
no regime aberto (art. 33 CP) por entender que se fazem
presentes o fumus boni iuris (elementos da impetração que
indicam a existência do constrangimento ilegal) e o periculum
in mora (a probabilidade iminente de dano irreparável), bem
como para que seja aplicada a CAUSA DE DIMINUIÇÃO da
pena prevista no art. 33, § 4º , da Lei 11.343/2006, em seu GRAU
MÁXIMO (2/3) DOIS TERÇOS , e, por conseguinte,
aplicando-se o regime para o cumprimento da pena privativa
de liberdade no ABERTO”.
No mérito, pedem a confirmação dos efeitos da liminar (fls. 11 da
inicial grifos no original).
Em 24/6/11, indeferi o pedido de liminar e, estando a impetração
devidamente instruída com cópia do inteiro teor do acórdão impugnado,
dispensei as informações da autoridade coatora. Determinei, contudo,
que se oficiasse ao Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de
Rondonópolis/MT para que prestasse informações atualizadas acerca da
situação processual e prisional do paciente, dados que foram
devidamente acostados ao autos (anexo de instrução nº 8).
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da ilustre
Subprocuradora-Geral da República Dra. Cláudia Sampaio Marques,
opinou pelo conhecimento parcial da impetração e, nessa medida, pela
denegação da ordem (anexo de instrução nº 12).
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.040 / MT
substituição da pena por restritiva de direito, em desacordo,
portanto, com a melhor pretensão do paciente. Desta feita se
irresigna, também, com essa determinação do Superior Tribunal
de Justiça, a fim de que (por fazer jus) lhe seja assegurado o
cumprimento da pena em regime aberto” (fl. 8 da inicial
destaques conforme o original).
Requerem o deferimento da liminar para
“ser determinado (...) initio litis, o cumprimento da pena
no regime aberto (art. 33 CP) por entender que se fazem
presentes o fumus boni iuris (elementos da impetração que
indicam a existência do constrangimento ilegal) e o periculum
in mora (a probabilidade iminente de dano irreparável), bem
como para que seja aplicada a CAUSA DE DIMINUIÇÃO da
pena prevista no art. 33, § 4º , da Lei 11.343/2006, em seu GRAU
MÁXIMO (2/3) DOIS TERÇOS , e, por conseguinte,
aplicando-se o regime para o cumprimento da pena privativa
de liberdade no ABERTO”.
No mérito, pedem a confirmação dos efeitos da liminar (fls. 11 da
inicial grifos no original).
Em 24/6/11, indeferi o pedido de liminar e, estando a impetração
devidamente instruída com cópia do inteiro teor do acórdão impugnado,
dispensei as informações da autoridade coatora. Determinei, contudo,
que se oficiasse ao Juízo de Direito da 1ª Vara Criminal da Comarca de
Rondonópolis/MT para que prestasse informações atualizadas acerca da
situação processual e prisional do paciente, dados que foram
devidamente acostados ao autos (anexo de instrução nº 8).
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da ilustre
Subprocuradora-Geral da República Dra. Cláudia Sampaio Marques,
opinou pelo conhecimento parcial da impetração e, nessa medida, pela
denegação da ordem (anexo de instrução nº 12).
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 15
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.040 MATO GROSSO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Como relatado, na hipótese vertente, o presente habeas corpus
volta-se contra decisão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça,
que concedeu parcialmente a ordem no HC nº 196.481/MT impetrado
àquela Corte, Relator o Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
Narram os impetrantes, na inicial, que:
“(...)
Logo, denota-se que laborou em equívoco o v. acórdão do
STJ, ora questionado, ao proceder à redução de apenas 1/3, já
que reconheceu explicitamente que ‘a natureza da droga foi a
única peculiaridade negativa anotada pelo Tribunal Estadual.’
Ademais, não se pode olvidar que essa excelsa Suprema
Corte, inclusive já se manifestou no sentido de que:
‘Habeas Corpus. 2. Tráfico de entorpecentes. 3.
Pedido de aplicação da causa especial de diminuição de
pena (Lei n. 11.343/2006, art. 33, § 4º) em seu patamar
máximo. A quantidade de droga apreendida é
circunstância que deve ser sopesada na primeira fase de
individualização da pena, nos termos do art. 42 da Lei
11.343/2006, sendo impróprio invocá-la por ocasião de
escolha do fator de redução previsto no § 4º do art. 33,
sob pena de bis in idem. 4. Ordem parcialmente deferida
para determinar que se proceda a nova individualização
da pena, bem como que, fixada a individualização da
pena, delibere-se sobre o regime inicial de cumprimento
de pena e a possibilidade de conversão da pena privativa
de liberdade em restritiva de direito, segundo os
requisitos previstos no art. 44 do CP.’ (HC 106313,
Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma,
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085186.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.040 MATO GROSSO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Como relatado, na hipótese vertente, o presente habeas corpus
volta-se contra decisão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça,
que concedeu parcialmente a ordem no HC nº 196.481/MT impetrado
àquela Corte, Relator o Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
Narram os impetrantes, na inicial, que:
“(...)
Logo, denota-se que laborou em equívoco o v. acórdão do
STJ, ora questionado, ao proceder à redução de apenas 1/3, já
que reconheceu explicitamente que ‘a natureza da droga foi a
única peculiaridade negativa anotada pelo Tribunal Estadual.’
Ademais, não se pode olvidar que essa excelsa Suprema
Corte, inclusive já se manifestou no sentido de que:
‘Habeas Corpus. 2. Tráfico de entorpecentes. 3.
Pedido de aplicação da causa especial de diminuição de
pena (Lei n. 11.343/2006, art. 33, § 4º) em seu patamar
máximo. A quantidade de droga apreendida é
circunstância que deve ser sopesada na primeira fase de
individualização da pena, nos termos do art. 42 da Lei
11.343/2006, sendo impróprio invocá-la por ocasião de
escolha do fator de redução previsto no § 4º do art. 33,
sob pena de bis in idem. 4. Ordem parcialmente deferida
para determinar que se proceda a nova individualização
da pena, bem como que, fixada a individualização da
pena, delibere-se sobre o regime inicial de cumprimento
de pena e a possibilidade de conversão da pena privativa
de liberdade em restritiva de direito, segundo os
requisitos previstos no art. 44 do CP.’ (HC 106313,
Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma,
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 15
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.040 / MT
julgado em 15/03/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-
067 DIVULG 07-04-2011 PUBLIC 08-04-2011.
(...)
Ressalta-se, que a pena-base deveria ser aplicada no seu
mínimo legal para a espécie, em razão das circunstâncias
judiciais serem favoráveis ao paciente, além do mais, as penas
exacerbadas são contraproducentes e em desacordo com a sua
finalidade. A pena não pode significar vingança social, mas há
de ser imposta dentro dos parâmetros da razoabilidade, da
proporcionalidade, da necessidade e da justiça, pois sua
finalidade maior é a ressocialização e a inserção do
reeducando ao meio social.
(...)
Cumpre observar doutos e cultos Ministros, eminente
Ministro Relator, que o ora paciente postulou que lhe fosse
concedido o direito de cumprir a sua pena em regime
ABERTO, por entender ser esta a hipótese que mais lhe
beneficiaria.
Ocorre que fora determinado pelo STJ à substituição da
pena por restritiva de direito, em desacordo, portanto, com a
melhor pretensão do paciente. Desta feita se irresigna, também,
com essa determinação do Superior Tribunal de Justiça, a fim de
que (por fazer jus) lhe seja assegurado o cumprimento da pena
em regime aberto.
Dito isso, necessário observar ainda que, embora em tese o
regime aberto seja menos benéfico que a substituição, visto que
deveria, nesse caso, ser cumprida a pena em casa de albergado.
Ocorre que no Município de Rondonópolis/MT, local dos fatos,
onde reside o paciente, não existe “casa do albergado”. Logo,
no caso concreto, insiste na fixação do regime aberto, por ser
mais benéfico ao paciente, por razões óbvias” (fls. 6/9 da inicial
- grifos conforme o original).
Transcrevo a ementa do julgado proferido pelo Superior Tribunal de
Justiça:
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085186.
Supremo Tribunal Federal
HC 109.040 / MT
julgado em 15/03/2011, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-
067 DIVULG 07-04-2011 PUBLIC 08-04-2011.
(...)
Ressalta-se, que a pena-base deveria ser aplicada no seu
mínimo legal para a espécie, em razão das circunstâncias
judiciais serem favoráveis ao paciente, além do mais, as penas
exacerbadas são contraproducentes e em desacordo com a sua
finalidade. A pena não pode significar vingança social, mas há
de ser imposta dentro dos parâmetros da razoabilidade, da
proporcionalidade, da necessidade e da justiça, pois sua
finalidade maior é a ressocialização e a inserção do
reeducando ao meio social.
(...)
Cumpre observar doutos e cultos Ministros, eminente
Ministro Relator, que o ora paciente postulou que lhe fosse
concedido o direito de cumprir a sua pena em regime
ABERTO, por entender ser esta a hipótese que mais lhe
beneficiaria.
Ocorre que fora determinado pelo STJ à substituição da
pena por restritiva de direito, em desacordo, portanto, com a
melhor pretensão do paciente. Desta feita se irresigna, também,
com essa determinação do Superior Tribunal de Justiça, a fim de
que (por fazer jus) lhe seja assegurado o cumprimento da pena
em regime aberto.
Dito isso, necessário observar ainda que, embora em tese o
regime aberto seja menos benéfico que a substituição, visto que
deveria, nesse caso, ser cumprida a pena em casa de albergado.
Ocorre que no Município de Rondonópolis/MT, local dos fatos,
onde reside o paciente, não existe “casa do albergado”. Logo,
no caso concreto, insiste na fixação do regime aberto, por ser
mais benéfico ao paciente, por razões óbvias” (fls. 6/9 da inicial
- grifos conforme o original).
Transcrevo a ementa do julgado proferido pelo Superior Tribunal de
Justiça:
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085186.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 15
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.040 / MT
“HABEAS CORPUS. NARCOTRAFICÂNCIA (ART. 33, §
4o., DA LEI 11.343/06). APREENSÃO DE 23 GRAMAS DE
COCAÍNA. PENA-BASE: 5 ANOS E 2 MESES DE RECLUSÃO.
REDUÇÃO DE 1/6. PENA FINAL: 4 ANOS, 3 MESES E 20 DIAS
DE RECLUSÃO. REGIME INICIAL FECHADO. AUMENTO
DA PENA-BASE COM BASE NA NATUREZA DA DROGA
(COCAÍNA). ADMISSIBILIDADE. ART. 42 DA LEI 11.343/06.
CAUSA DE DIMINUIÇÃO DA PENA APLICADA EM SEU
GRAU MÍNIMO EM RAZÃO DA NATUREZA DA DROGA.
AUSÊNCIA DE BIS IN IDEM. PRECEDENTES DA 5A.
TURMA. INOBSERVÂNCIA, CONTUDO, DO CRITÉRIO DA
PROPORCIONALIDADE. PEQUENA QUANTIDADE DA
DROGA. PRIMARIEDADE RECONHECIDA. DIMINUIÇÃO
EM 1/3 QUE SE MOSTRA MAIS ADEQUADA.
POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE REGIME DIVERSO DO
FECHADO APENAS NOS CASOS EM QUE FOR POSSÍVEL A
SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR
RESTRITIVAS DE DIREITOS. SUBSTITUIÇÃO ADMISSÍVEL,
EM TESE, SEGUNDO DECISÃO DO STF. RESSALVA DO
PONTO DE VISTA DO RELATOR. PENA CONCRETIZADA: 3
ANOS, 5 MESES E 10 DIAS DE RECLUSÃO. PARECER DO
MPF PELA CONCESSÃO PARCIAL DO WRIT. ORDEM
PARCIALMENTE CONCEDIDA PARA ADEQUAR O
APENAMENTO DO PACIENTE, DETERMINANDO QUE O
JUIZ DA VEC ANALISE A POSSIBILIDADE DE CONVERSÃO
DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM RESTRITIVAS DE
DIREITOS, AFASTANDO-SE A APLICAÇÃO DA NORMA
PROIBITIVA DA REFERIDA SUBSTITUIÇÃO, BEM COMO
DEFINA O NOVO REGIME PRISIONAL, COM A RESSALVA
DO PONTO DE VISTA DO RELATOR.
1. A natureza da droga constitui motivação suficiente para
fixar a pena-base acima do mínimo legal, nos termos do art. 42
da Lei 11.343/06, que assim dispõe: o Juiz, na fixação das penas,
considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do
Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do
3
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085186.
Supremo Tribunal Federal
HC 109.040 / MT
“HABEAS CORPUS. NARCOTRAFICÂNCIA (ART. 33, §
4o., DA LEI 11.343/06). APREENSÃO DE 23 GRAMAS DE
COCAÍNA. PENA-BASE: 5 ANOS E 2 MESES DE RECLUSÃO.
REDUÇÃO DE 1/6. PENA FINAL: 4 ANOS, 3 MESES E 20 DIAS
DE RECLUSÃO. REGIME INICIAL FECHADO. AUMENTO
DA PENA-BASE COM BASE NA NATUREZA DA DROGA
(COCAÍNA). ADMISSIBILIDADE. ART. 42 DA LEI 11.343/06.
CAUSA DE DIMINUIÇÃO DA PENA APLICADA EM SEU
GRAU MÍNIMO EM RAZÃO DA NATUREZA DA DROGA.
AUSÊNCIA DE BIS IN IDEM. PRECEDENTES DA 5A.
TURMA. INOBSERVÂNCIA, CONTUDO, DO CRITÉRIO DA
PROPORCIONALIDADE. PEQUENA QUANTIDADE DA
DROGA. PRIMARIEDADE RECONHECIDA. DIMINUIÇÃO
EM 1/3 QUE SE MOSTRA MAIS ADEQUADA.
POSSIBILIDADE DE FIXAÇÃO DE REGIME DIVERSO DO
FECHADO APENAS NOS CASOS EM QUE FOR POSSÍVEL A
SUBSTITUIÇÃO DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE POR
RESTRITIVAS DE DIREITOS. SUBSTITUIÇÃO ADMISSÍVEL,
EM TESE, SEGUNDO DECISÃO DO STF. RESSALVA DO
PONTO DE VISTA DO RELATOR. PENA CONCRETIZADA: 3
ANOS, 5 MESES E 10 DIAS DE RECLUSÃO. PARECER DO
MPF PELA CONCESSÃO PARCIAL DO WRIT. ORDEM
PARCIALMENTE CONCEDIDA PARA ADEQUAR O
APENAMENTO DO PACIENTE, DETERMINANDO QUE O
JUIZ DA VEC ANALISE A POSSIBILIDADE DE CONVERSÃO
DA PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE EM RESTRITIVAS DE
DIREITOS, AFASTANDO-SE A APLICAÇÃO DA NORMA
PROIBITIVA DA REFERIDA SUBSTITUIÇÃO, BEM COMO
DEFINA O NOVO REGIME PRISIONAL, COM A RESSALVA
DO PONTO DE VISTA DO RELATOR.
1. A natureza da droga constitui motivação suficiente para
fixar a pena-base acima do mínimo legal, nos termos do art. 42
da Lei 11.343/06, que assim dispõe: o Juiz, na fixação das penas,
considerará, com preponderância sobre o previsto no art. 59 do
Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 15
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.040 / MT
produto, a personalidade e a conduta social do agente.
2. Na aplicação da causa de diminuição de pena (art. 33, §
4º. da Lei 11.343/06), o julgador deve orientar-se pelas
circunstâncias do art. 59 do CPB, com preponderância dos
elementos do art. 42 da Lei 11.343/06: natureza e a quantidade
da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social
do agente; dessa forma, não configura bis in idem a utilização
da natureza da droga como fundamento para aumentar a pena-
base e para reduzir a pena. Precedentes.
3. No caso dos autos, tendo em vista a pequena
quantidade da droga apreendida (23,4 gramas) e considerando
que todas as demais circunstâncias judiciais foram consideradas
favoráveis, constata-se a ausência de proporcionalidade na
diminuição operada em apenas 1/6; assim, ao meu sentir, mais
adequada, no caso, a redução em 1/3, já que a natureza da
droga foi a única peculiaridade negativa anotada pelo Tribunal
Estadual; dest'arte, mantendo-se a pena-base em 5 anos e 2
meses, com a redução de 1/3, a reprimenda total resta
concretizada em 3 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão.
4. Não parece razoável que o condenado por tráfico de
entorpecentes, seja ele de pequeno, médio ou grande porte, seja
beneficiado com essa substituição, porque, em todas as suas
modalidades, trata-se de delito de extrema gravidade e
causador de inúmeros males para a sociedade, desde a
desestruturação familiar até o incentivo a diversos outros tipos
de crimes gravíssimos, que, não raro, têm origem próxima ou
remota no comércio ilegal de drogas, sem falar do problema de
saúde pública em que já se transformou.
5. Todavia, a maioria dos integrantes da 5a. Turma decidiu
acompanhar o entendimento sufragado pelo colendo STF, razão
pela qual, considerando a missão constitucional desta Corte de
uniformização da jurisprudência pátria, ressalvo o meu ponto
de vista.
6. Para compatibilizar a admissão, pelo STF, da conversão
da pena privativa de liberdade em restritivas de direitos para
condenados por tráfico de drogas cometido na vigência da Lei
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.040 / MT
produto, a personalidade e a conduta social do agente.
2. Na aplicação da causa de diminuição de pena (art. 33, §
4º. da Lei 11.343/06), o julgador deve orientar-se pelas
circunstâncias do art. 59 do CPB, com preponderância dos
elementos do art. 42 da Lei 11.343/06: natureza e a quantidade
da substância ou do produto, a personalidade e a conduta social
do agente; dessa forma, não configura bis in idem a utilização
da natureza da droga como fundamento para aumentar a pena-
base e para reduzir a pena. Precedentes.
3. No caso dos autos, tendo em vista a pequena
quantidade da droga apreendida (23,4 gramas) e considerando
que todas as demais circunstâncias judiciais foram consideradas
favoráveis, constata-se a ausência de proporcionalidade na
diminuição operada em apenas 1/6; assim, ao meu sentir, mais
adequada, no caso, a redução em 1/3, já que a natureza da
droga foi a única peculiaridade negativa anotada pelo Tribunal
Estadual; dest'arte, mantendo-se a pena-base em 5 anos e 2
meses, com a redução de 1/3, a reprimenda total resta
concretizada em 3 anos, 5 meses e 10 dias de reclusão.
4. Não parece razoável que o condenado por tráfico de
entorpecentes, seja ele de pequeno, médio ou grande porte, seja
beneficiado com essa substituição, porque, em todas as suas
modalidades, trata-se de delito de extrema gravidade e
causador de inúmeros males para a sociedade, desde a
desestruturação familiar até o incentivo a diversos outros tipos
de crimes gravíssimos, que, não raro, têm origem próxima ou
remota no comércio ilegal de drogas, sem falar do problema de
saúde pública em que já se transformou.
5. Todavia, a maioria dos integrantes da 5a. Turma decidiu
acompanhar o entendimento sufragado pelo colendo STF, razão
pela qual, considerando a missão constitucional desta Corte de
uniformização da jurisprudência pátria, ressalvo o meu ponto
de vista.
6. Para compatibilizar a admissão, pelo STF, da conversão
da pena privativa de liberdade em restritivas de direitos para
condenados por tráfico de drogas cometido na vigência da Lei
4
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HC 109.040 / MT
11.343/06, este STJ tem decidido pela possibilidade de fixação
de outro regime de cumprimento da pena além do fechado,
mesmo no caso de narcotraficância praticada sob a égide da Lei
11.464/07, mas apenas quando se verificar a possibilidade
daquela substituição.
7. Parecer do MPF pela parcial concessão da ordem.
8. Concede-se parcialmente a ordem para adequar o
apenamento do paciente, determinando que o Juiz da VEC
analise a possibilidade de conversão da pena privativa de
liberdade em restritivas de direitos, afastando-se a aplicação da
norma proibitiva da referida substituição, bem como defina o
novo regime prisional, com a ressalva do ponto de vista do
relator” (www.stj.jus.br).
Essa é a razão pela qual se insurgem os impetrantes neste writ.
De início, destaco que há óbice jurídico-processual ao conhecimento
do presente habeas corpus no que concerne aos HC nº 151.473/RJ e
193.070/RJ, tendo a impetração sido manejada em substituição ao recurso
ordinário constitucional prescrito no art. 102, inciso II, alínea a, da Carta
da República, o que esbarra em decisão da Primeira Turma, que, em
sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento
do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a
inadmissibilidade do habeas corpus que tenha por objetivo substituir o
recurso ordinário.
Segundo aquele dispositivo constitucional, compete a este Supremo
Tribunal julgar, em recurso ordinário, “o habeas-corpus, o mandado de
segurança, o habeas-data e o mandado de injunção decididos em única
instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão”.
Conforme expressamente consignado pelo eminente relator naquela
assentada,
“o habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além
de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII
do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão
legal, enfraquece este último documento, tornando-o
desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea a, e 105,
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11.343/06, este STJ tem decidido pela possibilidade de fixação
de outro regime de cumprimento da pena além do fechado,
mesmo no caso de narcotraficância praticada sob a égide da Lei
11.464/07, mas apenas quando se verificar a possibilidade
daquela substituição.
7. Parecer do MPF pela parcial concessão da ordem.
8. Concede-se parcialmente a ordem para adequar o
apenamento do paciente, determinando que o Juiz da VEC
analise a possibilidade de conversão da pena privativa de
liberdade em restritivas de direitos, afastando-se a aplicação da
norma proibitiva da referida substituição, bem como defina o
novo regime prisional, com a ressalva do ponto de vista do
relator” (www.stj.jus.br).
Essa é a razão pela qual se insurgem os impetrantes neste writ.
De início, destaco que há óbice jurídico-processual ao conhecimento
do presente habeas corpus no que concerne aos HC nº 151.473/RJ e
193.070/RJ, tendo a impetração sido manejada em substituição ao recurso
ordinário constitucional prescrito no art. 102, inciso II, alínea a, da Carta
da República, o que esbarra em decisão da Primeira Turma, que, em
sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento
do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a
inadmissibilidade do habeas corpus que tenha por objetivo substituir o
recurso ordinário.
Segundo aquele dispositivo constitucional, compete a este Supremo
Tribunal julgar, em recurso ordinário, “o habeas-corpus, o mandado de
segurança, o habeas-data e o mandado de injunção decididos em única
instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão”.
Conforme expressamente consignado pelo eminente relator naquela
assentada,
“o habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além
de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII
do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão
legal, enfraquece este último documento, tornando-o
desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea a, e 105,
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HC 109.040 / MT
inciso II, alínea a, tem-se a previsão do recurso ordinário
constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo,
contra decisão proferida por Tribunal Superior indeferindo
ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça contra ato de
Tribunal Regional Federal e de Tribunal de Justiça” (HC nº
108.715/RJ).
Ressalvo meu entendimento pessoal, já consignado em sentido
contrário naquele julgamento, pelo cabimento do habeas corpus
substitutivo em casos como este. Contudo, adoto o entendimento do
colegiado e o aplico à espécie.
Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do
manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso
II, alínea a, da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante
ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.
Não vislumbro, contudo, neste caso, essa possibilidade.
Apenas para registro, destaco que, na decisão proferida pela Quinta
Turma do Superior Tribunal de Justiça, não se vislumbra nenhuma
ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia que justifique a
concessão da ordem. Com efeito, o julgado proferido por aquela Corte
encontra-se suficientemente motivado, restando, assim, justificado o
convencimento formado.
No que tange à fixação do percentual de redução da pena, a decisão
questionada, além de estar suficientemente fundamentada, está em
perfeita consonância com a jurisprudência desta Corte Suprema, no
sentido de que, havendo a indicação de circunstâncias judiciais
desfavoráveis pelas instâncias ordinárias, não é o habeas corpus a via
adequada para ponderar, em concreto, a suficiência delas para a
majoração da pena-base (HC nº 92.956/SP, Primeira Turma, Relatora a
Ministra Cármen Lúcia, DJ de 25/4/08). Penso que o mesmo deva ocorrer
na hipótese de pretendida mitigação.
Perfilhando esse entendimento, destaco os seguintes precedentes:
“Habeas corpus. Direito Penal e Processual Penal. Decisão
6
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inciso II, alínea a, tem-se a previsão do recurso ordinário
constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo,
contra decisão proferida por Tribunal Superior indeferindo
ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça contra ato de
Tribunal Regional Federal e de Tribunal de Justiça” (HC nº
108.715/RJ).
Ressalvo meu entendimento pessoal, já consignado em sentido
contrário naquele julgamento, pelo cabimento do habeas corpus
substitutivo em casos como este. Contudo, adoto o entendimento do
colegiado e o aplico à espécie.
Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do
manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso
II, alínea a, da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante
ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.
Não vislumbro, contudo, neste caso, essa possibilidade.
Apenas para registro, destaco que, na decisão proferida pela Quinta
Turma do Superior Tribunal de Justiça, não se vislumbra nenhuma
ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia que justifique a
concessão da ordem. Com efeito, o julgado proferido por aquela Corte
encontra-se suficientemente motivado, restando, assim, justificado o
convencimento formado.
No que tange à fixação do percentual de redução da pena, a decisão
questionada, além de estar suficientemente fundamentada, está em
perfeita consonância com a jurisprudência desta Corte Suprema, no
sentido de que, havendo a indicação de circunstâncias judiciais
desfavoráveis pelas instâncias ordinárias, não é o habeas corpus a via
adequada para ponderar, em concreto, a suficiência delas para a
majoração da pena-base (HC nº 92.956/SP, Primeira Turma, Relatora a
Ministra Cármen Lúcia, DJ de 25/4/08). Penso que o mesmo deva ocorrer
na hipótese de pretendida mitigação.
Perfilhando esse entendimento, destaco os seguintes precedentes:
“Habeas corpus. Direito Penal e Processual Penal. Decisão
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.040 / MT
indeferitória de liminar do Superior Tribunal de Justiça.
Incidência da Súmula nº 691 do Supremo Tribunal Federal.
Superação. Possibilidade. Flagrante ilegalidade. Tráfico de
entorpecentes privilegiado. Possibilidade de substituição da
pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
Precedentes. Pretensão à redução da pena no patamar máximo
legalmente admissível. Dosimetria. O reexame da dosimetria
implicaria a análise de prova, vedada na via processual eleita.
Precedentes. Ordem concedida. 1. Relativamente ao crime de
tráfico de entorpecentes privilegiado (art. 33, § 4º, da Lei nº
11.343/06), foi recentemente afastada pelo Plenário desta
Suprema Corte, no HC nº 97.256/RS (rel. Min. Ayres Britto, DJe
de 16/12/10), a vedação contida no art. 44 da Lei de Tóxicos,
com declaração incidental de inconstitucionalidade da
proibição de substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos. 2. O habeas corpus não é a via adequada
para a análise de pedido de mitigação da pena quando sua
fixação tiver apoio nas circunstâncias constantes do § 4º do art.
33 e do art. 42, ambos da Lei nº 11.343/06. 3. A dosimetria levada
a efeito na instância ordinária não apenas atendeu aos
requisitos legais, como também respeitou o princípio da
individualização da pena. O Tribunal a quo analisou as
circunstâncias previstas no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06 e
estabeleceu a mitigação da pena aplicada à paciente
fundamentando-se nas circunstâncias indicadas no art. 42 do
mesmo diploma legal. 4. Ordem concedida para que o Juízo
responsável pela execução da pena analise os requisitos
necessários à substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos” (HC nº 107.904/SC, Primeira Turma, de
minha relatoria, DJe de 7/10/11);
“RECURSO ORDINÁRIO EM
HABEAS CORPUS.
CONTROVÉRSIA REFERENTE À APLICAÇÃO DA CAUSA
DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO ART. 33, § 4º, DA LEI
11.343/06. DEDICAÇÃO ÀS ATIVIDADES CRIMINOSAS.
DECISÃO QUE INDEFERE O BENEFÍCIO AO RECORRENTE
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.040 / MT
indeferitória de liminar do Superior Tribunal de Justiça.
Incidência da Súmula nº 691 do Supremo Tribunal Federal.
Superação. Possibilidade. Flagrante ilegalidade. Tráfico de
entorpecentes privilegiado. Possibilidade de substituição da
pena privativa de liberdade por restritiva de direitos.
Precedentes. Pretensão à redução da pena no patamar máximo
legalmente admissível. Dosimetria. O reexame da dosimetria
implicaria a análise de prova, vedada na via processual eleita.
Precedentes. Ordem concedida. 1. Relativamente ao crime de
tráfico de entorpecentes privilegiado (art. 33, § 4º, da Lei nº
11.343/06), foi recentemente afastada pelo Plenário desta
Suprema Corte, no HC nº 97.256/RS (rel. Min. Ayres Britto, DJe
de 16/12/10), a vedação contida no art. 44 da Lei de Tóxicos,
com declaração incidental de inconstitucionalidade da
proibição de substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos. 2. O habeas corpus não é a via adequada
para a análise de pedido de mitigação da pena quando sua
fixação tiver apoio nas circunstâncias constantes do § 4º do art.
33 e do art. 42, ambos da Lei nº 11.343/06. 3. A dosimetria levada
a efeito na instância ordinária não apenas atendeu aos
requisitos legais, como também respeitou o princípio da
individualização da pena. O Tribunal a quo analisou as
circunstâncias previstas no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06 e
estabeleceu a mitigação da pena aplicada à paciente
fundamentando-se nas circunstâncias indicadas no art. 42 do
mesmo diploma legal. 4. Ordem concedida para que o Juízo
responsável pela execução da pena analise os requisitos
necessários à substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos” (HC nº 107.904/SC, Primeira Turma, de
minha relatoria, DJe de 7/10/11);
“RECURSO ORDINÁRIO EM
HABEAS CORPUS.
CONTROVÉRSIA REFERENTE À APLICAÇÃO DA CAUSA
DE DIMINUIÇÃO PREVISTA NO ART. 33, § 4º, DA LEI
11.343/06. DEDICAÇÃO ÀS ATIVIDADES CRIMINOSAS.
DECISÃO QUE INDEFERE O BENEFÍCIO AO RECORRENTE
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.040 / MT
COM BASE NA QUANTIDADE DA DROGA E NA FORMA DE
ACONDICIONAMENTO: POSSIBILIDADE. RECURSO NÃO
PROVIDO. 1. O entendimento deste Supremo Tribunal é de não
ser possível aplicar a causa de diminuição prevista no art. 33, §
4º, da Lei 11.343/06 à pena-base relativa à condenação por crime
cometido na vigência da Lei 6.368/76, sob pena de se estar
criando uma nova lei que conteria o mais benéfico de cada qual
das leis. Precedentes. 2. Na espécie, os fatos que ensejaram a
não-aplicação da causa de diminuição prevista na nova Lei de
Tóxicos (quantidade da droga e forma de acondicionamento)
são hígidos e suficientes para atestar a dedicação do Recorrente
às atividades criminosas. 3. A conduta social do agente, o
concurso eventual de pessoas, a receptação, os apetrechos
relacionados ao tráfico, a quantidade de droga e as situações de
maus antecedentes exemplificam situações caracterizadoras de
atividades criminosas. 4. O habeas corpus não é prestante para
revisar os elementos de prova invocados pelas instâncias de
mérito a refutar a aplicação da causa de diminuição da pena
prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006. 5. Recurso
Ordinário em Habeas Corpus ao qual se nega provimento.”
(RHC nº 94.806/PR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
16/4/10);
“Habeas corpus: descabimento: alegações de inexistência
das qualificadoras acertadas nas instâncias de mérito e de
excessiva majoração da pena, dada a incorreta valoração de
circunstâncias judiciais, que, como deduzidas, não prescindem
do reexame de fatos e provas” (HC nº 87.684/AM, Primeira
Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/8/06).
Do mesmo modo, a via eleita não deve ser utilizada para alterar a
pena fixada, especialmente porque isso exigiria o reexame de fatos e
provas, providência incabível nesta sede.
No caso concreto, considerou-se, ainda, o fato de ter sido apreendido
estupefaciente com alto poder destrutivo, ponderando-se, inegavelmente,
sobre as graves consequências do crime para a sociedade e sobre sua
8
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.040 / MT
COM BASE NA QUANTIDADE DA DROGA E NA FORMA DE
ACONDICIONAMENTO: POSSIBILIDADE. RECURSO NÃO
PROVIDO. 1. O entendimento deste Supremo Tribunal é de não
ser possível aplicar a causa de diminuição prevista no art. 33, §
4º, da Lei 11.343/06 à pena-base relativa à condenação por crime
cometido na vigência da Lei 6.368/76, sob pena de se estar
criando uma nova lei que conteria o mais benéfico de cada qual
das leis. Precedentes. 2. Na espécie, os fatos que ensejaram a
não-aplicação da causa de diminuição prevista na nova Lei de
Tóxicos (quantidade da droga e forma de acondicionamento)
são hígidos e suficientes para atestar a dedicação do Recorrente
às atividades criminosas. 3. A conduta social do agente, o
concurso eventual de pessoas, a receptação, os apetrechos
relacionados ao tráfico, a quantidade de droga e as situações de
maus antecedentes exemplificam situações caracterizadoras de
atividades criminosas. 4. O habeas corpus não é prestante para
revisar os elementos de prova invocados pelas instâncias de
mérito a refutar a aplicação da causa de diminuição da pena
prevista no art. 33, § 4º, da Lei n. 11.343/2006. 5. Recurso
Ordinário em Habeas Corpus ao qual se nega provimento.”
(RHC nº 94.806/PR, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
16/4/10);
“Habeas corpus: descabimento: alegações de inexistência
das qualificadoras acertadas nas instâncias de mérito e de
excessiva majoração da pena, dada a incorreta valoração de
circunstâncias judiciais, que, como deduzidas, não prescindem
do reexame de fatos e provas” (HC nº 87.684/AM, Primeira
Turma, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 25/8/06).
Do mesmo modo, a via eleita não deve ser utilizada para alterar a
pena fixada, especialmente porque isso exigiria o reexame de fatos e
provas, providência incabível nesta sede.
No caso concreto, considerou-se, ainda, o fato de ter sido apreendido
estupefaciente com alto poder destrutivo, ponderando-se, inegavelmente,
sobre as graves consequências do crime para a sociedade e sobre sua
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.040 / MT
natureza, conforme preconiza o art. 42 da Lei nº 11.343/06.
A Lei nº 11.343/06 assim dispõe:
“Art. 33. (...)
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste
artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois
terços, vedada a conversão em penas restritivas de
direitos, desde que o agente seja primário, de bons
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas
nem integre organização criminosa.”
Embora as instâncias antecedentes tenham reconhecido as condições
favoráveis do paciente, destacando a sua primariedade e os seus bons
antecedentes, bem como o fato de ele não se dedicar a atividades
criminosas, optaram por fixar a redução no grau intermediário previsto
em lei, ou seja, em 1/3 (um terço).
Verifica-se que a decisão foi fundamentada, não padecendo de
ilegalidade.
Ao contrário do que alegado na inicial, o juiz não está obrigado a
aplicar o máximo da redução prevista quando presentes os requisitos
para a concessão de tal benefício, tendo plena liberdade para aplicar a
redução no patamar que entender necessário e suficiente para reprovar e
prevenir o crime, segundo as peculiaridades de cada caso concreto. Do
contrário, seria inócua a previsão legal de um patamar mínimo e um
máximo.
Como se vê, a dosimetria levada a efeito, referendada pelo STJ, não
apenas atendeu aos requisitos legais, como também respeitou o princípio
da individualização da pena e as especificidades próprias da legislação
especial para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de
drogas.
No remanescente, conforme se infere da decisão emanada daquela
Corte de Justiça, foi determinada a apreciação pelo Juízo da Execuções
sobre a pretendida substituição da pena privativa de liberdade e
adequação do regime prisional, o que veio a ser deferido, inclusive com a
9
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.040 / MT
natureza, conforme preconiza o art. 42 da Lei nº 11.343/06.
A Lei nº 11.343/06 assim dispõe:
“Art. 33. (...)
§ 4º Nos delitos definidos no caput e no § 1º deste
artigo, as penas poderão ser reduzidas de um sexto a dois
terços, vedada a conversão em penas restritivas de
direitos, desde que o agente seja primário, de bons
antecedentes, não se dedique às atividades criminosas
nem integre organização criminosa.”
Embora as instâncias antecedentes tenham reconhecido as condições
favoráveis do paciente, destacando a sua primariedade e os seus bons
antecedentes, bem como o fato de ele não se dedicar a atividades
criminosas, optaram por fixar a redução no grau intermediário previsto
em lei, ou seja, em 1/3 (um terço).
Verifica-se que a decisão foi fundamentada, não padecendo de
ilegalidade.
Ao contrário do que alegado na inicial, o juiz não está obrigado a
aplicar o máximo da redução prevista quando presentes os requisitos
para a concessão de tal benefício, tendo plena liberdade para aplicar a
redução no patamar que entender necessário e suficiente para reprovar e
prevenir o crime, segundo as peculiaridades de cada caso concreto. Do
contrário, seria inócua a previsão legal de um patamar mínimo e um
máximo.
Como se vê, a dosimetria levada a efeito, referendada pelo STJ, não
apenas atendeu aos requisitos legais, como também respeitou o princípio
da individualização da pena e as especificidades próprias da legislação
especial para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de
drogas.
No remanescente, conforme se infere da decisão emanada daquela
Corte de Justiça, foi determinada a apreciação pelo Juízo da Execuções
sobre a pretendida substituição da pena privativa de liberdade e
adequação do regime prisional, o que veio a ser deferido, inclusive com a
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 15
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.040 / MT
colocação do réu em liberdade (anexo de instrução 8), estando
prejudicada a impetração nesse particular.
Ante o exposto, declaro parcialmente prejudicada a ordem, e, no
remanescente, declaro extinta a impetração, em face da inadequação da
via eleita.
É como voto.
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colocação do réu em liberdade (anexo de instrução 8), estando
prejudicada a impetração nesse particular.
Ante o exposto, declaro parcialmente prejudicada a ordem, e, no
remanescente, declaro extinta a impetração, em face da inadequação da
via eleita.
É como voto.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.040
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : JORGE DE CASTRO SILVA
IMPTE.(S) : EVERALDO BATISTA FILGUEIRA JUNIOR
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou parcialmente prejudicada a ordem de
habeas corpus
e, na parte remanescente, extinguiu-a por
inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator.
Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076435
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.040
PROCED. : MATO GROSSO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : JORGE DE CASTRO SILVA
IMPTE.(S) : EVERALDO BATISTA FILGUEIRA JUNIOR
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou parcialmente prejudicada a ordem de
habeas corpus
e, na parte remanescente, extinguiu-a por
inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator.
Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076435
Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 15
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3093202 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-16T00:00:00 | A Turma julgou parcialmente prejudicada a ordem de habeas corpus e, na parte remanescente, extinguiu-a por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA
Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional. Artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal. Inadequação da via eleita ao caso concreto. Precedente da Primeira Turma. Flexibilização circunscrita às hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia. Não ocorrência. Alteração do regime prisional estabelecido e negativa de substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos. Pretensão já atendida por força da decisão do STJ. Prejudicialidade reconhecida. Ordem parcialmente prejudicada e, no mais, extinta a impetração, em face da inadequação da via eleita.
1. Impetração manejada em substituição ao recurso ordinário constitucional prescrito no art. 102, inciso II, alínea a, da Carta da República, a qual esbarra em decisão da Primeira Turma, que, em sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade do habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinário.
2. Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso II, alínea a, da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.
3. Relativamente ao pedido de substituição da pena privativa de liberdade por restritiva de direitos e fixação do regime inicial aberto, a pretensão já foi atendida, por força da decisão do STJ. Prejudicialidade reconhecida nesse particular.
4. Writ parcialmente prejudicado e, no remanescente, extinto, por inadequação da via eleita. | sjur218826 | - Acórdão(s) citado(s):
(HABEAS CORPUS, SUBSTITUIÇÃO, RECURSO ORDINÁRIO)
STF: HC 109956 (1ªT).
(HABEAS CORPUS, APRECIAÇÃO, DOSIMETRIA DA PENA)
STF: HC 92956 (1ªT), HC 107904 (1ª), RHC 94806 (1ª), HC 87684 (1ª).
- Decisão monocrática citada:
(HABEAS CORPUS, SUBSTITUIÇÃO, RECURSO ORDINÁRIO)
STF: HC 108715 (1ªT)
- Veja HC 196481 STJ.
Número de páginas: 15.
Análise: 07/12/2012, IMC. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 109040 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00033 PAR-00004 ART-00042 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS"
] | HC | acordaos | HC 109040 | [
""
] | PACTE.(S) : JORGE DE CASTRO SILVA
IMPTE.(S) : EVERALDO BATISTA FILGUEIRA JUNIOR
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 109 . 040",
"HC [UNK] 109 . 956 / PR",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC 109 . 040",
"HABEAS CORPUS 109 . 040",
"HC [UNK] 196 . 481 / MT",
"HABEAS CORPUS 109 . 040",
"HC [UNK] 196 . 481 / MT",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC 109 . 040 / MT",
"HABEAS CORPUS 109 . 040",
"HC [UNK] 196 . 481 / MT",
"HC 106313",
"HABEAS CORPUS 109 . 040",
"HC [UNK] 196 . 481 / MT",
"HC 106313",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC 109 . 040 / MT 11",
".",
"343 / 06",
"HC [UNK] 151 . 473 / RJ",
"193",
".",
"070",
"/",
"RJ",
"HC [UNK] 109 . 956 / PR",
"HC 109 . 040 / MT 11 . 343 / 06",
"HC [UNK] 151 . 473 / RJ",
"193",
".",
"070",
"/",
"RJ",
"HC [UNK] 109 . 956 / PR",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC [UNK] 108 . 715 / RJ",
"HC [UNK] 92 . 956 / SP",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC [UNK] 108 . 715 / RJ",
"HC [UNK] 92 . 956 / SP",
"HC 109 . 040 / MT",
"Súmula [UNK] 691 do Supremo Tribunal Federal",
"HC [UNK] 97 . 256 / RS",
"HC [UNK] 107 . 904 / SC",
"HC 109 . 040 / MT",
"Súmula [UNK] 691 do Supremo Tribunal Federal",
"HC [UNK] 97 . 256 / RS",
"HC [UNK] 107 . 904 / SC",
"HC 109 . 040 / MT",
"RHC [UNK] 94 . 806 / PR",
"HC [UNK] 87 . 684 / AM",
"HC 109 . 040 / MT",
"RHC [UNK] 94 . 806 / PR",
"HC [UNK] 87 . 684 / AM",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC 109 . 040 / MT",
"HC 109 . 040 / MT",
"HABEAS CORPUS 109 . 040",
"HABEAS CORPUS 109 . 040"
],
"LEGISLACAO": [
"Artigo 102 , inciso II , alínea a , da Constituição Federal",
"art . 102 , inciso II , alínea a , da Carta da República",
"art . 102 , inciso II , alínea a , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"art . 33 , § [UNK] da Lei 11 . 343 / 06",
"art . 59 do CP",
"Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"art . 33 , § [UNK] da Lei 11 . 343 / 06",
"Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 11 . 343 / 2006 , art . 33 , § [UNK]",
"art . 42 da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 44 do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 11 . 343 / 2006",
"art . 42 da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 44 do CP .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 33 , § 4o . , DA LEI 11 . 343 / 06",
"ART . 42 DA LEI 11 . 343 / 06",
"art . 42 da Lei 11 . 343 / 06",
"art . 59 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 33 , § 4o . , DA LEI 11 . 343 / 06",
"ART . 42 DA LEI 11 . 343 / 06",
"art . 42 da Lei 11 . 343 / 06",
"art . 59 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] . da Lei 11 . 343 / 06",
"art . 59 do CPB",
"art . 42 da Lei 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] . da Lei 11 . 343 / 06",
"art . 59 do CPB",
"art . 42 da Lei 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 11 . 464 / 07",
"art . 102 , inciso II , alínea a , da Carta da República",
"inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 11 . 464 / 07",
"art . 102 , inciso II , alínea a , da Carta da República",
"inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inciso II , alínea a , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , inciso II , alínea a , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"art . 44 da Lei de Tóxicos",
"§ [UNK] do art . 33 e do art . 42 , ambos da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"ART . 33 , § [UNK] , DA LEI 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"art . 44 da Lei de Tóxicos",
"§ [UNK] do art . 33 e do art . 42 , ambos da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"§ [UNK] do art . 33 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"ART . 33 , § [UNK] , DA LEI 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei 11 . 343 / 06",
"Lei 6 . 368 / 76",
"Lei de Tóxicos",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei n . 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei 11 . 343 / 06",
"Lei 6 . 368 / 76",
"art . 33 , § [UNK] , da Lei n . 11 . 343 / 2006",
"MP",
"art . 42 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 42 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MATO GROSSO",
"Brasília",
"Brasília",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
"MT",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO",
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"Município de Rondonópolis / MT",
"MATO GROSSO",
"MATO GROSSO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
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"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"PRIMEIRA TURMA",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Rondonópolis",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Ministério Público Federal",
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"-",
"Brasil",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"Suprema Corte",
"Segunda Turma",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"STJ",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"5A . TURMA",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"5A . TURMA",
"STF",
"MPF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"5a . Turma",
"STF",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"5a . Turma",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
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"-",
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"Brasil",
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"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"STJ",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"-",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"JORGE DE CASTRO SILVA",
"EVERALDO BATISTA FILGUEIRA JUNIOR",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"JORGE DE CASTRO SILVA",
"EVERALDO BATISTA FILGUEIRA JUNIOR",
"DIAS TOFFOLI",
"Everaldo Batista Filgueira Junior",
"Mauro Márcio Dias Cunha",
"Jorge de Castro Silva",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"DIAS TOFFOLI",
"JORGE DE CASTRO SILVA",
"EVERALDO BATISTA FILGUEIRA JUNIOR",
"DIAS TOFFOLI",
"Everaldo Batista Filgueira Junior",
"Mauro Márcio Dias Cunha",
"Jorge de Castro Silva",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Cláudia Sampaio Marques",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"GILMAR MENDES",
"DIAS TOFFOLI",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"GILMAR MENDES",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
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"Ayres Britto",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Sepúlveda Pertence",
"Cármen Lúcia",
"Sepúlveda Pertence",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"JORGE DE CASTRO SILVA",
"EVERALDO BATISTA FILGUEIRA JUNIOR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"DIAS TOFFOLI",
"JORGE DE CASTRO SILVA",
"EVERALDO BATISTA FILGUEIRA JUNIOR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
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"/",
"2012",
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"/",
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"/",
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"/",
"2001",
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"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
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"2001",
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"/",
"2012",
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"/",
"2012",
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"/",
"2001",
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"/",
"2001",
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"/",
"6",
"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"08",
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"25",
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"4",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"12",
"/",
"10",
"7",
"/",
"10",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"12",
"/",
"10",
"7",
"/",
"10",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
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"4",
"/",
"10",
"25",
"/",
"8",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
"/",
"4",
"/",
"10",
"25",
"/",
"8",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
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"08",
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"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.775 RIO
GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:NILVA OLIVEIRA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:DAISSON PORTANOVA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
COM
AGRAVO.
PREVIDENCIÁRIO.
APOSENTADORIA ESPECIAL. MAGISTÉRIO. 1. Constitucionalidade do
Fator Previdenciário. 2. Forma de cálculo do benefício: ofensa
constitucional indireta. 3. Inovação dos argumentos e do pedido em
embargos de declaração. Ausência de prequestionamento da matéria
constitucional suscitada. Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal. 4.
Agravo regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085040.
Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.775 RIO
GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:NILVA OLIVEIRA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:DAISSON PORTANOVA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 27 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos
autos do recurso extraordinário interposto por Nilva Oliveira de Oliveira
contra julgado da Turma Suplementar dos Juizados Especiais da Seção
Judiciária do Rio Grande do Sul, que manteve sentença que julgara
improcedente pedido de revisão da renda mensal inicial de
aposentadoria especial de professor (afastamento do fator
previdenciário).
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão
agravada de que a controvérsia demandaria o exame de legislação
infraconstitucional, pois a matéria é de natureza constitucional.
Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o
acolhimento da pretensão da Agravante.
7. No julgamento da Medida Cautelar na Ação Direta de
Inconstitucionalidade 2.111, Relator o Ministro Sydney Sanches, este
Supremo Tribunal assim se manifestou sobre a alegação de
inconstitucionalidade do fator previdenciário:
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.775 RIO
GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:NILVA OLIVEIRA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S)
:DAISSON PORTANOVA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 27 de setembro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos
autos do recurso extraordinário interposto por Nilva Oliveira de Oliveira
contra julgado da Turma Suplementar dos Juizados Especiais da Seção
Judiciária do Rio Grande do Sul, que manteve sentença que julgara
improcedente pedido de revisão da renda mensal inicial de
aposentadoria especial de professor (afastamento do fator
previdenciário).
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Inicialmente, cumpre afastar o fundamento da decisão
agravada de que a controvérsia demandaria o exame de legislação
infraconstitucional, pois a matéria é de natureza constitucional.
Todavia, a superação desse óbice não é suficiente para o
acolhimento da pretensão da Agravante.
7. No julgamento da Medida Cautelar na Ação Direta de
Inconstitucionalidade 2.111, Relator o Ministro Sydney Sanches, este
Supremo Tribunal assim se manifestou sobre a alegação de
inconstitucionalidade do fator previdenciário:
Supremo Tribunal Federal
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Relatório
ARE 712.775 AGR / RS
(…)
Nesse sentido:
(…) (ARE 648.195 -AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Segunda Turma, DJe 14.2.2012).
(…) (RE 635.811-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma,
Dje 28.3.2012).
O acórdão recorrido não divergiu da jurisprudência deste
Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às
alegações da Agravante.
(…)
8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 5.10.2012, interpõe Nilva
Oliveira de Oliveira, em 9.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Afirma a Agravante que “este é o debate constitucional; está é a
pretensão objetiva no caso concreto e sob o enfoque constitucional: direito
adquirido à aposentadoria especial de professor”.
Sustenta que “não se trata de discutir, no plano constitucional, se há ou
não incidência do fator previdenciário, mas, sim, a busca de eficácia declaratória
para dizer se a aposentadoria de professor, constitucionalizada pela EC 18/81,
ratificada na CF/88 e EC 20/98, é ou não é aposentadoria especial devida pela
penosidade”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085041.
Supremo Tribunal Federal
ARE 712.775 AGR / RS
(…)
Nesse sentido:
(…) (ARE 648.195 -AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Segunda Turma, DJe 14.2.2012).
(…) (RE 635.811-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma,
Dje 28.3.2012).
O acórdão recorrido não divergiu da jurisprudência deste
Supremo Tribunal, razão pela qual nada há a prover quanto às
alegações da Agravante.
(…)
8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 5.10.2012, interpõe Nilva
Oliveira de Oliveira, em 9.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Afirma a Agravante que “este é o debate constitucional; está é a
pretensão objetiva no caso concreto e sob o enfoque constitucional: direito
adquirido à aposentadoria especial de professor”.
Sustenta que “não se trata de discutir, no plano constitucional, se há ou
não incidência do fator previdenciário, mas, sim, a busca de eficácia declaratória
para dizer se a aposentadoria de professor, constitucionalizada pela EC 18/81,
ratificada na CF/88 e EC 20/98, é ou não é aposentadoria especial devida pela
penosidade”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
ARE 712.775 AGR / RS
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085041.
Supremo Tribunal Federal
ARE 712.775 AGR / RS
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.775 RIO
GRANDE DO SUL
VO T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Na espécie vertente, a Turma recursal de origem decidiu:
“Trata-se de ação na qual a parte autora postula a revisão da
renda mensal inicial do seu benefício de aposentadoria especial de
professor para que o valor do benefício seja apurado sem a incidência
do fator previdenciário.
(…)
Assim, não há dúvidas de que a aposentadoria de professor é
uma espécie de aposentadoria por tempo de contribuição, por expressa
disposição legal.
Nesse sentido, o art. 29 da Lei 8.213/91, na redação dada pela
Lei 9.876/99, constante da Seção III do Capítulo II da lei de benefícios
(ao qual o art. 56 da Lei 8.213/91 faz remissão), assim dispõe: (…).
A aposentadoria por tempo de contribuição tem previsão no art.
18, I, “c”, da Lei 8.213/91. Desse modo, a utilização do fator
previdenciário para a apuração do salário-de-benefício e, por
consequência, da RMI do benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição de professor decorre de expressa disposição legal, não
havendo nenhuma justificativa para que assim não seja, não
merecendo reparos a sentença proferida.
(…)
Por fim, cumpre registrar que o Supremo Tribunal Federal, ao
apreciar pedido formulado nas ADI nºs 2.110 e 2.111, sinalizou no
sentido da constitucionalidade do fator previdenciário, registrando que
não resta configurada, em princípio, a alegada violação ao art. 201, §
7º, da CF, porquanto, a contar da edição da EC n. 20/98, os critérios
Supremo Tribunal Federal
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30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.775 RIO
GRANDE DO SUL
VO T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Na espécie vertente, a Turma recursal de origem decidiu:
“Trata-se de ação na qual a parte autora postula a revisão da
renda mensal inicial do seu benefício de aposentadoria especial de
professor para que o valor do benefício seja apurado sem a incidência
do fator previdenciário.
(…)
Assim, não há dúvidas de que a aposentadoria de professor é
uma espécie de aposentadoria por tempo de contribuição, por expressa
disposição legal.
Nesse sentido, o art. 29 da Lei 8.213/91, na redação dada pela
Lei 9.876/99, constante da Seção III do Capítulo II da lei de benefícios
(ao qual o art. 56 da Lei 8.213/91 faz remissão), assim dispõe: (…).
A aposentadoria por tempo de contribuição tem previsão no art.
18, I, “c”, da Lei 8.213/91. Desse modo, a utilização do fator
previdenciário para a apuração do salário-de-benefício e, por
consequência, da RMI do benefício de aposentadoria por tempo de
contribuição de professor decorre de expressa disposição legal, não
havendo nenhuma justificativa para que assim não seja, não
merecendo reparos a sentença proferida.
(…)
Por fim, cumpre registrar que o Supremo Tribunal Federal, ao
apreciar pedido formulado nas ADI nºs 2.110 e 2.111, sinalizou no
sentido da constitucionalidade do fator previdenciário, registrando que
não resta configurada, em princípio, a alegada violação ao art. 201, §
7º, da CF, porquanto, a contar da edição da EC n. 20/98, os critérios
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 712.775 AGR / RS
para o cálculo dos benefícios foram delegados ao legislador ordinário,
ficando afastada, igualmente, em primeira linha de análise, qualquer
afronta ao inciso XXXVI do art. 5º da CF pelo art. 3º da Lei 9.876/99,
dado ao caráter transitório deste último preceito (TRF4, AC
2009.72.00.008762-0, Sexta Turma, Relator Celso Kipper, D.E.
17/12/2009)” (grifos nossos).
Ao julgar os embargos de declaração, a Turma Recursal afastou a
inovação da matéria pretendida pela ora Agravante sob o seguinte
fundamento:
“Trata-se de embargos de declaração opostos pela parte autora
contra o voto condutor do acórdão sob a alegação de existência de
omissão.
(…)
Assim, não é de se admitir embargos de declaração que tenham
por finalidade apenas entabular nova discussão, desafiando o
entendimento desfavorável esposado pelo Julgador ou Turma
expressamente no acórdão. Quanto a isso, é preciso observar que, se a
análise levada a efeito pelo Colegiado lhe parece falha, ou se a
conclusão dela obtida parecer inadequada, tal resistência não pode
ocasionar alteração da Decisão, pois o Órgão Julgador já esgotou seu
ofício jurisdicional no feito” (grifos nossos).
3. Como afirmado na decisão agravada, a Turma Recursal de origem
não divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal quanto ao
tema em debate (constitucionalidade do fator previdenciário e
necessidade de exame de normas infraconstitucionais para a forma de
cálculo).
Nesse sentido: ADI 2.111-MC, Rel. Min. Sydney Sanches, Plenário,
DJ 5.12.2003; ARE 688.663-AgR-Segundo, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe 8.10.2012; ARE 689.879-AgR, Rel.
Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 26.9.2012.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 712.775 AGR / RS
para o cálculo dos benefícios foram delegados ao legislador ordinário,
ficando afastada, igualmente, em primeira linha de análise, qualquer
afronta ao inciso XXXVI do art. 5º da CF pelo art. 3º da Lei 9.876/99,
dado ao caráter transitório deste último preceito (TRF4, AC
2009.72.00.008762-0, Sexta Turma, Relator Celso Kipper, D.E.
17/12/2009)” (grifos nossos).
Ao julgar os embargos de declaração, a Turma Recursal afastou a
inovação da matéria pretendida pela ora Agravante sob o seguinte
fundamento:
“Trata-se de embargos de declaração opostos pela parte autora
contra o voto condutor do acórdão sob a alegação de existência de
omissão.
(…)
Assim, não é de se admitir embargos de declaração que tenham
por finalidade apenas entabular nova discussão, desafiando o
entendimento desfavorável esposado pelo Julgador ou Turma
expressamente no acórdão. Quanto a isso, é preciso observar que, se a
análise levada a efeito pelo Colegiado lhe parece falha, ou se a
conclusão dela obtida parecer inadequada, tal resistência não pode
ocasionar alteração da Decisão, pois o Órgão Julgador já esgotou seu
ofício jurisdicional no feito” (grifos nossos).
3. Como afirmado na decisão agravada, a Turma Recursal de origem
não divergiu da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal quanto ao
tema em debate (constitucionalidade do fator previdenciário e
necessidade de exame de normas infraconstitucionais para a forma de
cálculo).
Nesse sentido: ADI 2.111-MC, Rel. Min. Sydney Sanches, Plenário,
DJ 5.12.2003; ARE 688.663-AgR-Segundo, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, Segunda Turma, DJe 8.10.2012; ARE 689.879-AgR, Rel.
Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 26.9.2012.
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 712.775 AGR / RS
4. Ademais, a Agravante inova sua argumentação e traz
questionamento novo sobre “direito adquirido à aposentadoria especial de
professor” em embargos de declaração em apelação. O tema não foi sequer
suscitado na petição inicial, tampouco debatido nas instâncias originárias.
Falta, portanto, o necessário requisito do prequestionamento da matéria
constitucional suscitada. Incide na espécie a Súmula n. 282 do Supremo
Tribunal.
Confira-se o seguinte julgado:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA
CONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 282 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO. O cumprimento do requisito do
prequestionamento dá-se quando oportunamente suscitada a matéria
constitucional, o que ocorre em momento processual adequado, nos
termos da legislação vigente. A inovação da matéria em embargos de
declaração é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de
prequestionamento. Precedentes” (ARE 693.333-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2012).
5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 712.775 AGR / RS
4. Ademais, a Agravante inova sua argumentação e traz
questionamento novo sobre “direito adquirido à aposentadoria especial de
professor” em embargos de declaração em apelação. O tema não foi sequer
suscitado na petição inicial, tampouco debatido nas instâncias originárias.
Falta, portanto, o necessário requisito do prequestionamento da matéria
constitucional suscitada. Incide na espécie a Súmula n. 282 do Supremo
Tribunal.
Confira-se o seguinte julgado:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA
CONSTITUCIONAL. SÚMULA N. 282 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO. O cumprimento do requisito do
prequestionamento dá-se quando oportunamente suscitada a matéria
constitucional, o que ocorre em momento processual adequado, nos
termos da legislação vigente. A inovação da matéria em embargos de
declaração é juridicamente inaceitável para os fins de comprovação de
prequestionamento. Precedentes” (ARE 693.333-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2012).
5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.775
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : NILVA OLIVEIRA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : DAISSON PORTANOVA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099393
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.775
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : NILVA OLIVEIRA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : DAISSON PORTANOVA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099393
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3108267 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA ESPECIAL. MAGISTÉRIO. 1. Constitucionalidade do Fator Previdenciário. 2. Forma de cálculo do benefício: ofensa constitucional indireta. 3. Inovação dos argumentos e do pedido em embargos de declaração. Ausência de prequestionamento da matéria constitucional suscitada. Súmula n. 282 do Supremo Tribunal Federal. 4. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur219162 | - Acórdão(s) citado(s)
(FATOR PREVIDENCIÁRIO, CONSTITUCIONALIDADE)
STF: ADI 2111 MC, ARE 688663 AgR-Segundo (2ªT), ARE 689879 AgR (1ªT);
(PREQUESTIONAMENTO, AUSÊNCIA)
STF: ARE 693333 AgR (1ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 30/11/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 712775 | [
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 712775 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : NILVA OLIVEIRA DE OLIVEIRA
ADV.(A/S) : DAISSON PORTANOVA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
ADV.(A/S) : ISABEL CRISTINA TRAPP FERREIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712 . 775",
"Súmula n . 282 do Supremo Tribunal Federal",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712 . 775",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade 2 . 111",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712 . 775",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade 2 . 111",
"ARE 712 . 775 AGR / RS",
"ARE 648 . 195 - AgR",
"RE 635 . 811 - AgR",
"ARE 712 . 775 AGR / RS",
"ARE 648 . 195 - AgR",
"RE 635 . 811 - AgR",
"ARE 712 . 775 AGR / RS",
"ARE 712 . 775 AGR",
"RECURSO",
"ADI [UNK] 2 . 110",
"2",
".",
"111",
"ADI [UNK] 2 . 110",
".",
"111",
"ARE 712 . 775 AGR / RS",
"AC 2009 . 72 . 00 . 008762 - 0",
"ADI 2 . 111 - MC",
"ARE 688 . 663 - AgR - Segundo",
"ARE 689 . 879 - AgR",
"ARE 712 . 775 AGR / RS",
"AC 2009 . 72 . 00 . 008762 - 0",
"ADI 2 . 111 - MC",
"ARE 688 . 663 - AgR - Segundo",
"ARE 689 . 879 - AgR",
"ARE 712 . 775 AGR / RS",
"Súmula n . 282 do Supremo Tribunal",
"SÚMULA N . 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"ARE 693 . 333 - AgR",
"ARE 712 . 775 AGR / RS",
"Súmula n . 282 do Supremo Tribunal",
"SÚMULA N . 282 DO SUPREMO",
"ARE 693 . 333 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"EC 18 / 81",
"CF",
"/",
"88",
"EC 20 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"EC 18 / 81",
"CF",
"/",
"88",
"EC 20 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 29 da Lei 8 . 213 / 91",
"Lei 9 . 876 / 99",
"art . 56 da Lei 8 . 213 / 91",
"art . 18 , I , “ c ” , da Lei 8 . 213 / 91",
"art . 201 , § [UNK] , da CF",
"EC n . 20 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 29 da Lei 8 . 213 / 91",
"Lei 9 . 876 / 99",
"art . 56 da Lei 8 . 213 / 91",
"art . 18 , I , “ c ” , da Lei 8 . 213 / 91",
"art . 201 , § [UNK] , da CF",
"EC n . 20 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso XXXVI do art . [UNK] da CF",
"art . [UNK] da Lei 9 . 876 / 99",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso XXXVI do art . [UNK] da CF",
"art . [UNK] da Lei 9 . 876 / 99",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Turma Suplementar dos Juizados Especiais da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Turma Suplementar dos Juizados Especiais da Seção Judiciária do Rio Grande do Sul",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TRF4",
"Sexta Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TRF4",
"Sexta Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"NILVA OLIVEIRA DE OLIVEIRA",
"DAISSON PORTANOVA",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"NILVA OLIVEIRA DE OLIVEIRA",
"DAISSON PORTANOVA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Nilva Oliveira de Oliveira",
"Sydney Sanches",
"CÁRMEN LÚCIA",
"NILVA OLIVEIRA DE OLIVEIRA",
"DAISSON PORTANOVA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Nilva Oliveira de Oliveira",
"Sydney Sanches",
"Ricardo Lewandowski",
"Nilva Oliveira de Oliveira",
"Ricardo Lewandowski",
"Nilva Oliveira de Oliveira",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Celso Kipper",
"Sydney Sanches",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"Celso Kipper",
"Sydney Sanches",
"Ricardo Lewandowski",
"Dias Toffoli",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"NILVA OLIVEIRA DE OLIVEIRA",
"DAISSON PORTANOVA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"NILVA OLIVEIRA DE OLIVEIRA",
"DAISSON PORTANOVA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"27 de setembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"27 de setembro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"2",
".",
"2012",
"28",
".",
"3",
".",
"2012",
"5",
".",
"10",
".",
"2012",
"9",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"2",
".",
"2012",
"28",
".",
"3",
".",
"2012",
"5",
".",
"10",
".",
"2012",
"9",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"5",
".",
"12",
".",
"2003",
"8",
".",
"10",
".",
"2012",
"26",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"17",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"5",
".",
"12",
".",
"2003",
"8",
".",
"10",
".",
"2012",
"26",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
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".",
"10",
".",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.847 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE SANTOS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS
AGDO.(A/S)
:ARNALDO ANDRADE
ADV.(A/S)
:CARLOS RENATO G. DOMINGOS E OUTRO(A/S)
EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
DEFICIÊNCIA DE TRASLADO. FALTA DE PEÇAS NECESSÁRIAS A
DEMONSTRAR O NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO.
Não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos que lastrearam
a decisão agravada, mormente no que se refere à falta de peças aptas a
demonstrar o necessário prequestionamento, a inviabilizar o trânsito do
recurso extraordinário.
Agravo conhecido e não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 11/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.847 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE SANTOS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS
AGDO.(A/S)
:ARNALDO ANDRADE
ADV.(A/S)
:CARLOS RENATO G. DOMINGOS E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fls. 52-5), mediante a qual
negado seguimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja
agravo regimental o Município de Santos (fls. 68-73).
O agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
que prequestionados os dispositivos constitucionais indicados no apelo
extremo mediante a oposição de embargos aclaratórios. Sustenta que não
cabe falar em ausência de peça, pois sequer existe necessidade de traslado
para a interposição de agravo contra denegação de recurso, defendendo
que, mesmo se houvesse tal exigência, não se coadunaria com a
objetividade do direito. Alega excesso de formalismo e ofensa ao art. 5º,
XXXV, da Carta Maior. Acena com os princípios da razoabilidade,
proporcionalidade, eficiência, celeridade, economia e boa-fé processual.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3170290.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.847 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE SANTOS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS
AGDO.(A/S)
:ARNALDO ANDRADE
ADV.(A/S)
:CARLOS RENATO G. DOMINGOS E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
Contra decisão por mim proferida (fls. 52-5), mediante a qual
negado seguimento a seu agravo em recurso extraordinário, maneja
agravo regimental o Município de Santos (fls. 68-73).
O agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao argumento de
que prequestionados os dispositivos constitucionais indicados no apelo
extremo mediante a oposição de embargos aclaratórios. Sustenta que não
cabe falar em ausência de peça, pois sequer existe necessidade de traslado
para a interposição de agravo contra denegação de recurso, defendendo
que, mesmo se houvesse tal exigência, não se coadunaria com a
objetividade do direito. Alega excesso de formalismo e ofensa ao art. 5º,
XXXV, da Carta Maior. Acena com os princípios da razoabilidade,
proporcionalidade, eficiência, celeridade, economia e boa-fé processual.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12
Voto - MIN. ROSA WEBER
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.847 SÃO PAULO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (fls. 43-4), maneja
agravo de instrumento o Município de Santos. O óbice oposto
na origem ao seguimento do extraordinário foi a insuficiência
dos argumentos para reformar o acórdão recorrido, a
inexistência de contrariedade a preceitos constitucionais e a
necessidade de análise de norma infraconstitucional. Na
minuta, o agravante limita-se a repisar a tese de mérito
desenvolvida nas razões do recurso extraordinário. Nas razões
do extraordinário, alega ofensa aos artigos 2º, 5º, II, 37 e 40, § 10,
da Lei Maior. Sustenta, que o autor não teria direito à averbação
pretendida, não comprovado, mediante certidão emitida pelo
INSS, o tempo de serviço efetivamente trabalhado. Assevera
que “ao Poder Judiciário é vedado impor obrigação não prevista em
lei, sob pena de extrapolar os limites jurisdicionais” (fl. 38). aponta
violação dos princípios da separação de poderes e da
legalidade.
Apresenta preliminar formal e fundamentada de
repercussão geral, na forma do art. 543-A, § 2°, do CPC (fl. 32).
Sem contraminuta.
Substituição do Relator à fl. 50 (art. 38 do RISTF).
É o relatório.
Decido.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.847 SÃO PAULO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência do
Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (fls. 43-4), maneja
agravo de instrumento o Município de Santos. O óbice oposto
na origem ao seguimento do extraordinário foi a insuficiência
dos argumentos para reformar o acórdão recorrido, a
inexistência de contrariedade a preceitos constitucionais e a
necessidade de análise de norma infraconstitucional. Na
minuta, o agravante limita-se a repisar a tese de mérito
desenvolvida nas razões do recurso extraordinário. Nas razões
do extraordinário, alega ofensa aos artigos 2º, 5º, II, 37 e 40, § 10,
da Lei Maior. Sustenta, que o autor não teria direito à averbação
pretendida, não comprovado, mediante certidão emitida pelo
INSS, o tempo de serviço efetivamente trabalhado. Assevera
que “ao Poder Judiciário é vedado impor obrigação não prevista em
lei, sob pena de extrapolar os limites jurisdicionais” (fl. 38). aponta
violação dos princípios da separação de poderes e da
legalidade.
Apresenta preliminar formal e fundamentada de
repercussão geral, na forma do art. 543-A, § 2°, do CPC (fl. 32).
Sem contraminuta.
Substituição do Relator à fl. 50 (art. 38 do RISTF).
É o relatório.
Decido.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 746.847 AGR / SP
Preenchidos os pressupostos genéricos do agravo de
instrumento, passo ao exame dos específicos.
Reproduzo o teor da decisão denegatória de seguimento
do recurso extraordinário, exarada na origem:
“ao que se infere, os argumentos expendidos não são
suficientes para infirmar a conclusão do v. Aresto combatido
que contém fundamentação adequada para lhe dar respaldo.
Tampouco restou evidenciado qualquer maltrato a normas
constitucionais, não sendo atendida qualquer das hipóteses das
alíneas ‘a’, ‘b’, ‘c’ e ‘d’ do permissivo constitucional.
A propósito, de qualquer modo, a análise demandaria o
exame de matéria infraconstitucional, quando é sabido que a
ofensa à Constituição Federal deve ser direta e frontal, e não
por via reflexa”.
O tribunal de origem manteve a sentença pela qual
reconhecido o direito do autor à averbação do tempo de
serviço, para fins de aposentadoria, e condenado o Município
de Santos a contabilizar o tempo de serviço comprovado em
carteira profissional. Eis o teor do acórdão (fls. 17-8):
“A contagem recíproca do tempo de contribuição na
administração pública e na atividade privada, rural e urbana,
para fins de aposentadoria, é prevista no § 9° do art. art. 201 do
Constituição Federal de 1988, dispositivo acrescentado pela
Emenda Constitucional n. 20/98, verbis:
‘Art. 201. (...)
§ 9° - Para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem
recíproca do tempo de contribuição na administração pública e
na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os
diversos regimes de previdência social se compensarão
financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.’
A Lei Municipal n° 4.314/80 assegura ao servidor público
do Município o direito pleiteado pelo autor:
Artigo 1° - É assegurada ao servidor público do município
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
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Preenchidos os pressupostos genéricos do agravo de
instrumento, passo ao exame dos específicos.
Reproduzo o teor da decisão denegatória de seguimento
do recurso extraordinário, exarada na origem:
“ao que se infere, os argumentos expendidos não são
suficientes para infirmar a conclusão do v. Aresto combatido
que contém fundamentação adequada para lhe dar respaldo.
Tampouco restou evidenciado qualquer maltrato a normas
constitucionais, não sendo atendida qualquer das hipóteses das
alíneas ‘a’, ‘b’, ‘c’ e ‘d’ do permissivo constitucional.
A propósito, de qualquer modo, a análise demandaria o
exame de matéria infraconstitucional, quando é sabido que a
ofensa à Constituição Federal deve ser direta e frontal, e não
por via reflexa”.
O tribunal de origem manteve a sentença pela qual
reconhecido o direito do autor à averbação do tempo de
serviço, para fins de aposentadoria, e condenado o Município
de Santos a contabilizar o tempo de serviço comprovado em
carteira profissional. Eis o teor do acórdão (fls. 17-8):
“A contagem recíproca do tempo de contribuição na
administração pública e na atividade privada, rural e urbana,
para fins de aposentadoria, é prevista no § 9° do art. art. 201 do
Constituição Federal de 1988, dispositivo acrescentado pela
Emenda Constitucional n. 20/98, verbis:
‘Art. 201. (...)
§ 9° - Para efeito de aposentadoria, assegurada a contagem
recíproca do tempo de contribuição na administração pública e
na atividade privada, rural e urbana, hipótese em que os
diversos regimes de previdência social se compensarão
financeiramente, segundo critérios estabelecidos em lei.’
A Lei Municipal n° 4.314/80 assegura ao servidor público
do Município o direito pleiteado pelo autor:
Artigo 1° - É assegurada ao servidor público do município
2
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a contagem do tempo de serviço prestado em atividade
privada, antes de seu ingresso no serviço público municipal,
para fins de aposentadoria.
Parágrafo único - O tempo de serviço de que trata este
artigo será contado num máximo de 5 (cinco) anos.
Artigo 3° - A comprovação do tempo de serviço far-se-á
através de certidão fornecida pelo Órgão da Previdência Social
ou de Carteira Profissional devidamente anotada, ou de
documento oficial que comprove o exercício de profissão
regulamentada.
A documentação apresentada pelo autor mostra-se
suficiente para a comprovação do tempo de serviço conforme a
norma descrita.
À Administração Municipal compete apenas contabilizar o
tempo comprovado na Carteira Profissional nos moldes
descritos na sentença”.
Nada colhe o agravo.
Na esteira jurisprudência cristalizada do Supremo
Tribunal Federal, para a adequada formação do instrumento, é
imprescindível a juntada, ao traslado, das peças obrigatórias,
assim como daquelas indispensáveis à solução da controvérsia.
Na hipótese, falta ao traslado cópia das razões do recurso
de apelação, o que impede a verificação do atendimento do
requisito do prequestionamento. Aplicação da Súmula 288/STF:
“Nega-se provimento a agravo para subida de recurso
extraordinário, quando faltar no traslado o despacho agravado,
a decisão recorrida, a petição de recurso extraordinário ou
qualquer peça essencial à compreensão da controvérsia”.
Precedentes da Suprema Corte na matéria: AI 770.191-AgR-
segundo/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 29.3.2012; AI
706.091-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe
23.02.2012; e AI 834.295-AgR/MG, Rel. Min. Cezar Peluso,
Tribunal Pleno, DJe 14.9.2011.
Ademais, a matéria constitucional versada nos arts. 2º, 5º,
II, e 40, § 10, da Carta Federal não foi analisada pelas instâncias
ordinárias, tampouco mencionada nos embargos de declaração
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a contagem do tempo de serviço prestado em atividade
privada, antes de seu ingresso no serviço público municipal,
para fins de aposentadoria.
Parágrafo único - O tempo de serviço de que trata este
artigo será contado num máximo de 5 (cinco) anos.
Artigo 3° - A comprovação do tempo de serviço far-se-á
através de certidão fornecida pelo Órgão da Previdência Social
ou de Carteira Profissional devidamente anotada, ou de
documento oficial que comprove o exercício de profissão
regulamentada.
A documentação apresentada pelo autor mostra-se
suficiente para a comprovação do tempo de serviço conforme a
norma descrita.
À Administração Municipal compete apenas contabilizar o
tempo comprovado na Carteira Profissional nos moldes
descritos na sentença”.
Nada colhe o agravo.
Na esteira jurisprudência cristalizada do Supremo
Tribunal Federal, para a adequada formação do instrumento, é
imprescindível a juntada, ao traslado, das peças obrigatórias,
assim como daquelas indispensáveis à solução da controvérsia.
Na hipótese, falta ao traslado cópia das razões do recurso
de apelação, o que impede a verificação do atendimento do
requisito do prequestionamento. Aplicação da Súmula 288/STF:
“Nega-se provimento a agravo para subida de recurso
extraordinário, quando faltar no traslado o despacho agravado,
a decisão recorrida, a petição de recurso extraordinário ou
qualquer peça essencial à compreensão da controvérsia”.
Precedentes da Suprema Corte na matéria: AI 770.191-AgR-
segundo/SP, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 29.3.2012; AI
706.091-AgR/GO, Rel. Min. Joaquim Barbosa, 2ª Turma, DJe
23.02.2012; e AI 834.295-AgR/MG, Rel. Min. Cezar Peluso,
Tribunal Pleno, DJe 14.9.2011.
Ademais, a matéria constitucional versada nos arts. 2º, 5º,
II, e 40, § 10, da Carta Federal não foi analisada pelas instâncias
ordinárias, tampouco mencionada nos embargos de declaração
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opostos para satisfazer o requisito do prequestionamento.
Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido
nas Súmulas 282 e 356/STF: “é inadmissível o recurso
extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a
questão suscitada” e “o ponto omisso da decisão, sobre o qual
não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto
de recurso extraordinário, por faltar o requisito do
prequestionamento”. Nesse sentido, o AI 743.256-AgR/SP, Rel.
Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 08.3.2012 e o AI 827.894-
AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe
07.11.2011, cuja ementa transcrevo:
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento
CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não
resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela
parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate
e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo
sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo
indispensável a que se diga do enquadramento do recurso
extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno
veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o
entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo
recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente
infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do
artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o
ônus decorrente da litigância de má-fé".
Ressalte-se que, consoante entendimento desta Corte, o
prequestionamento explícito da questão constitucional é
requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário.
Nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art.
557, caput)”.
Irrepreensível a decisão agravada.
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opostos para satisfazer o requisito do prequestionamento.
Aplicável, na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido
nas Súmulas 282 e 356/STF: “é inadmissível o recurso
extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a
questão suscitada” e “o ponto omisso da decisão, sobre o qual
não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto
de recurso extraordinário, por faltar o requisito do
prequestionamento”. Nesse sentido, o AI 743.256-AgR/SP, Rel.
Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 08.3.2012 e o AI 827.894-
AgR/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, 1ª Turma, unânime, DJe
07.11.2011, cuja ementa transcrevo:
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO prequestionamento
CONFIGURAÇÃO RAZÃO DE SER. O prequestionamento não
resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela
parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate
e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo
sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo
indispensável a que se diga do enquadramento do recurso
extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno
veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o
entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo
recorrente. AGRAVO ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL MULTA. Se o agravo é manifestamente
infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do
artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o
ônus decorrente da litigância de má-fé".
Ressalte-se que, consoante entendimento desta Corte, o
prequestionamento explícito da questão constitucional é
requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário.
Nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art.
557, caput)”.
Irrepreensível a decisão agravada.
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De início, sublinho que se trata de agravo de instrumento, a exigir a
formação com as peças necessárias ao enfrentamento da lide nesta Casa.
Por outro lado, a demonstração do necessário prequestionamento,
enquanto pressuposto do recurso extraordinário, é ônus da parte
recorrente.
Diferentemente do que alega o agravante, nas razões dos aclaratórios
(fl. 23), apenas há referência ao princípio da legalidade insculpido no art.
37 da Constituição da República. Contudo, considerada a ausência de
cópia da apelação manejada pelo ente público, não há falar em
prequestionamento ficto, porquanto inviável verificar a respectiva
provocação desde o recurso principal.
Nesse contexto, não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos
que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à falta de
peças aptas a demonstrar o necessário prequestionamento, a atrair a
diretriz da Súmula 288/STF, verbis:
“NEGA-SE PROVIMENTO A AGRAVO PARA SUBIDA
DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO FALTAR NO
TRASLADO O DESPACHO AGRAVADO, A DECISÃO
RECORRIDA, A PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO
OU QUALQUER PEÇA ESSENCIAL À COMPREENSÃO DA
CONTROVÉRSIA” (destaquei).
Nessa linha, os seguintes precedentes:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.
AUSÊNCIA
DE
DEMONSTRAÇÃO
DO
PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL.
INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 288 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º,
INC. LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausência de demonstração
do prequestionamento: não há nos autos a cópia da apelação,
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De início, sublinho que se trata de agravo de instrumento, a exigir a
formação com as peças necessárias ao enfrentamento da lide nesta Casa.
Por outro lado, a demonstração do necessário prequestionamento,
enquanto pressuposto do recurso extraordinário, é ônus da parte
recorrente.
Diferentemente do que alega o agravante, nas razões dos aclaratórios
(fl. 23), apenas há referência ao princípio da legalidade insculpido no art.
37 da Constituição da República. Contudo, considerada a ausência de
cópia da apelação manejada pelo ente público, não há falar em
prequestionamento ficto, porquanto inviável verificar a respectiva
provocação desde o recurso principal.
Nesse contexto, não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos
que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à falta de
peças aptas a demonstrar o necessário prequestionamento, a atrair a
diretriz da Súmula 288/STF, verbis:
“NEGA-SE PROVIMENTO A AGRAVO PARA SUBIDA
DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO FALTAR NO
TRASLADO O DESPACHO AGRAVADO, A DECISÃO
RECORRIDA, A PETIÇÃO DE RECURSO EXTRAORDINÁRIO
OU QUALQUER PEÇA ESSENCIAL À COMPREENSÃO DA
CONTROVÉRSIA” (destaquei).
Nessa linha, os seguintes precedentes:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO.
AUSÊNCIA
DE
DEMONSTRAÇÃO
DO
PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL.
INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 282 E 288 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO ART. 5º,
INC. LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO. 1. Ausência de demonstração
do prequestionamento: não há nos autos a cópia da apelação,
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peça imprescindível para a verificação de que a matéria
constitucional teria sido suscitada antes da oposição dos
embargos de declaração. Incidência das Súmulas 282 e 288 do
Supremo Tribunal Federal. 2. Alegação de ofensa aos princípios
do contraditório e da ampla defesa. Ofensa constitucional
indireta (AI 693986 AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira
Turma, DJe 15.5.2009).
AGRAVO REGIMENTAL. Para se chegar a conclusão
diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, seria
necessário reexaminar os fatos da causa, sendo incabível para
isso o recurso extraordinário. A parte agravante não juntou
cópia da apelação interposta, peça essencial para se
compreender a controvérsia e para se aferir o oportuno
prequestionamento. Alegação de violação direta e frontal dos
arts. 5º, XXII e XXIV e 20, VII, da Constituição federal.
Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional
para a verificação de contrariedade ao Texto Maior. Agravo
regimental a que se nega provimento (AI 495652 AgR/SP, Rel.
Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 09.9.2005).
DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO DE INSTRUMENTO: AUSÊNCIA DE PEÇAS
ESSENCIAIS À COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA
(SÚMULA 288 DO S.T.F.). RECURSO EXTRAORDINÁRIO:
PRESSUPOSTOS
DE
ADMISSIBILIDADE.
PREQUESTIONAMENTO. AGRAVO. 1. Não tendo trazido
para os autos cópias da sentença e da apelação, não conseguiu a
recorrente demonstrar a omissão do acórdão que a julgou e que
devesse ser suprida mediante Embargos Declaratórios, naquela
instância, para efeito de oportuno prequestionamento, na
conformidade das Súmulas 282 e 356. 2. E o aresto não se
apoiou em qualquer norma constitucional, que pudesse ser
reinterpretada por esta Corte, em R.E. (art. 102, III, da C.F.). 3.
Agravo improvido. (AI 381460 AgR/CE, Rel. Min. Sydney
Sanches, Primeira Turma, DJ 13.9.2002).
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peça imprescindível para a verificação de que a matéria
constitucional teria sido suscitada antes da oposição dos
embargos de declaração. Incidência das Súmulas 282 e 288 do
Supremo Tribunal Federal. 2. Alegação de ofensa aos princípios
do contraditório e da ampla defesa. Ofensa constitucional
indireta (AI 693986 AgR/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira
Turma, DJe 15.5.2009).
AGRAVO REGIMENTAL. Para se chegar a conclusão
diversa daquela a que chegou o acórdão recorrido, seria
necessário reexaminar os fatos da causa, sendo incabível para
isso o recurso extraordinário. A parte agravante não juntou
cópia da apelação interposta, peça essencial para se
compreender a controvérsia e para se aferir o oportuno
prequestionamento. Alegação de violação direta e frontal dos
arts. 5º, XXII e XXIV e 20, VII, da Constituição federal.
Necessidade de exame prévio de norma infraconstitucional
para a verificação de contrariedade ao Texto Maior. Agravo
regimental a que se nega provimento (AI 495652 AgR/SP, Rel.
Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 09.9.2005).
DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL CIVIL.
AGRAVO DE INSTRUMENTO: AUSÊNCIA DE PEÇAS
ESSENCIAIS À COMPREENSÃO DA CONTROVÉRSIA
(SÚMULA 288 DO S.T.F.). RECURSO EXTRAORDINÁRIO:
PRESSUPOSTOS
DE
ADMISSIBILIDADE.
PREQUESTIONAMENTO. AGRAVO. 1. Não tendo trazido
para os autos cópias da sentença e da apelação, não conseguiu a
recorrente demonstrar a omissão do acórdão que a julgou e que
devesse ser suprida mediante Embargos Declaratórios, naquela
instância, para efeito de oportuno prequestionamento, na
conformidade das Súmulas 282 e 356. 2. E o aresto não se
apoiou em qualquer norma constitucional, que pudesse ser
reinterpretada por esta Corte, em R.E. (art. 102, III, da C.F.). 3.
Agravo improvido. (AI 381460 AgR/CE, Rel. Min. Sydney
Sanches, Primeira Turma, DJ 13.9.2002).
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AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
FORMAÇÃO
DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE CÓPIA DA PROCURAÇÃO
OUTORGADA AOS ADVOGADOS DA PARTE AGRAVADA.
PEÇA ESSENCIAL, NOS TERMOS DO § 1º DO ART. 544 DO
CPC. AUSÊNCIA DE CÓPIA DA SENTENÇA DE 1º GRAU.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288 DO STF. 1. Como sabido,
incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas
e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja
deficiência responde. 2. Agravo desprovido (AI 748389 AgR/SP,
Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJe 29.10.2009).
Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Ausência
de peça obrigatória à formação do instrumento (art. 544, § 1º,
CPC). Cópia da sentença. Peça indispensável, no presente caso,
para compreensão da controvérsia. Precedentes. 3. Agravo
regimental que se nega provimento (AI 678679 AgR/RN, Rel.
Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 19.12.2008).
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PEÇA DE TRASLADO OBRIGATÓRIO.
AUSÊNCIA. SÚMULA N. 288 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. 1. Ausência da cópia da sentença adotada pelo
acórdão recorrido como razão de decidir, peça de traslado
obrigatório à formação do agravo de instrumento. Súmula n.
288 do STF. 2. Ônus exclusivo da parte agravante de fiscalizar a
correta formação do instrumento, sendo tardia a tentativa de
regularizá-lo quando os autos já se encontrarem no Tribunal ad
quem. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 590997
AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 08.9.2006).
Cumpre frisar que é reiterada a orientação desta Corte no sentido de
que é encargo da parte recorrente fiscalizar a inteireza do traslado. Nesse
sentido, AI 330.970-AgR, rel. Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ
de 10.08.2001; e AI 481.531-AgR, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma,
unânime, DJ de 22.10.2004.
7
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AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
FORMAÇÃO
DEFICIENTE. AUSÊNCIA DE CÓPIA DA PROCURAÇÃO
OUTORGADA AOS ADVOGADOS DA PARTE AGRAVADA.
PEÇA ESSENCIAL, NOS TERMOS DO § 1º DO ART. 544 DO
CPC. AUSÊNCIA DE CÓPIA DA SENTENÇA DE 1º GRAU.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 288 DO STF. 1. Como sabido,
incumbe à parte agravante indicar as peças a serem trasladadas
e também fiscalizar a correta formação do instrumento, por cuja
deficiência responde. 2. Agravo desprovido (AI 748389 AgR/SP,
Rel. Min. Carlos Britto, Primeira Turma, DJe 29.10.2009).
Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Ausência
de peça obrigatória à formação do instrumento (art. 544, § 1º,
CPC). Cópia da sentença. Peça indispensável, no presente caso,
para compreensão da controvérsia. Precedentes. 3. Agravo
regimental que se nega provimento (AI 678679 AgR/RN, Rel.
Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno, DJe 19.12.2008).
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PEÇA DE TRASLADO OBRIGATÓRIO.
AUSÊNCIA. SÚMULA N. 288 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. 1. Ausência da cópia da sentença adotada pelo
acórdão recorrido como razão de decidir, peça de traslado
obrigatório à formação do agravo de instrumento. Súmula n.
288 do STF. 2. Ônus exclusivo da parte agravante de fiscalizar a
correta formação do instrumento, sendo tardia a tentativa de
regularizá-lo quando os autos já se encontrarem no Tribunal ad
quem. Agravo regimental a que se nega provimento (AI 590997
AgR/RJ, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJ 08.9.2006).
Cumpre frisar que é reiterada a orientação desta Corte no sentido de
que é encargo da parte recorrente fiscalizar a inteireza do traslado. Nesse
sentido, AI 330.970-AgR, rel. Min. Moreira Alves, 1ª Turma, unânime, DJ
de 10.08.2001; e AI 481.531-AgR, rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma,
unânime, DJ de 22.10.2004.
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Destaco, ainda, a seguinte decisão monocrática:
“In casu, a cópia da contestação afigura-se peça de
apresentação obrigatória, eis que essencial para compreensão
do deslinde da controvérsia, pois suas razões constaram como
parte integrante das contra-razões ao recurso extraordinário (cf.
AI nº 625.373, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira
Turma, DJ de 16.10.2007; AI nº 295.670-AgR, Rel. Min. SYDNEY
SANCHES, Primeira Turma, DJ de 5.10.2001). E, como tal, basta
para configurar a deficiência do traslado.
É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou
ser ônus da parte agravante promover a total, integral e
oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso
(súmula 288; AI nº 214.562-AgR, Rel. Min. MOREIRA ALVES,
DJ de 11.9.98; AI nº 204.057-AgR, Rel. Min. SYDNEY
SANCHES, DJ de 1º.10.99; AI nº 436.010-AgR, Rel. Min.
CARLOS VELLOSO, DJ de 19.9.2003; AI nº 436.371-ED, Rel.
Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.9.2003; AI nº 454.352-AgR,
Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.2.2004; AI nº431.665-AgR,
Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.4.2004; e AI nº
481.544-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 7.5.2004)” (AI
709675 AgR/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 09.4.2010).
Demonstrada, portanto, a deficiência no traslado - a inviabilizar,
nesta Casa, o pretendido reexame da controvérsia-, mantenho a negativa
de seguimento ao apelo do Município.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
8
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3170291.
Supremo Tribunal Federal
AI 746.847 AGR / SP
Destaco, ainda, a seguinte decisão monocrática:
“In casu, a cópia da contestação afigura-se peça de
apresentação obrigatória, eis que essencial para compreensão
do deslinde da controvérsia, pois suas razões constaram como
parte integrante das contra-razões ao recurso extraordinário (cf.
AI nº 625.373, Rel. Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Primeira
Turma, DJ de 16.10.2007; AI nº 295.670-AgR, Rel. Min. SYDNEY
SANCHES, Primeira Turma, DJ de 5.10.2001). E, como tal, basta
para configurar a deficiência do traslado.
É velha e aturada a jurisprudência da Corte, que assentou
ser ônus da parte agravante promover a total, integral e
oportuna formação do instrumento, para cognição do recurso
(súmula 288; AI nº 214.562-AgR, Rel. Min. MOREIRA ALVES,
DJ de 11.9.98; AI nº 204.057-AgR, Rel. Min. SYDNEY
SANCHES, DJ de 1º.10.99; AI nº 436.010-AgR, Rel. Min.
CARLOS VELLOSO, DJ de 19.9.2003; AI nº 436.371-ED, Rel.
Min. CELSO DE MELLO, DJ de 26.9.2003; AI nº 454.352-AgR,
Rel. Min. CARLOS BRITTO, DJ de 13.2.2004; AI nº431.665-AgR,
Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, DJ de 30.4.2004; e AI nº
481.544-AgR, Rel. Min. CELSO DE MELLO, DJ de 7.5.2004)” (AI
709675 AgR/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, DJe 09.4.2010).
Demonstrada, portanto, a deficiência no traslado - a inviabilizar,
nesta Casa, o pretendido reexame da controvérsia-, mantenho a negativa
de seguimento ao apelo do Município.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
8
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.847 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – São servidores da
extinta Caixa, e houve, simplesmente, a preservação do direito.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Isso.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas a situação desses
aproveitados da Caixa é diversa.
Por isso, acompanho Vossa Excelência.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3140062.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.847 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – São servidores da
extinta Caixa, e houve, simplesmente, a preservação do direito.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Isso.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas a situação desses
aproveitados da Caixa é diversa.
Por isso, acompanho Vossa Excelência.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3140062.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.847
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS
AGDO.(A/S) : ARNALDO ANDRADE
ADV.(A/S) : CARLOS RENATO G. DOMINGOS E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076665
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 746.847
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS
AGDO.(A/S) : ARNALDO ANDRADE
ADV.(A/S) : CARLOS RENATO G. DOMINGOS E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076665
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3176605 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-11T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEFICIÊNCIA DE TRASLADO. FALTA DE PEÇAS NECESSÁRIAS A DEMONSTRAR O NECESSÁRIO PREQUESTIONAMENTO.
Não cuidou o agravante de infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à falta de peças aptas a demonstrar o necessário prequestionamento, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.
Agravo conhecido e não provido. | sjur221332 | - Acórdão(s) citado(s):
(SÚMULA 288)
STF: AI 693986 AgR (1ªT), AI 495652 AgR (2ªT), AI 381460
AgR (1ªT), AI 748389 AgR (1ªT), AI 678679 AgR (TP), AI
590997 AgR (2ªT);
(TRASLADO, DEFICIÊNCIA)
STF: AI 330970 AgR (1ªT), AI 481531 AgR (2ªT).
- Decisõa(ões) monocrática(s) citada(s)
(TRASLADO, DEFICIÊNCIA)
STF: AI 709675 AgR.
Número de páginas: 12.
Análise: 19/12/2012, MJC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 746847 | [
"LEG-FED SUMSTF-000288 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 746847 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE SANTOS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE SANTOS
ADV.(A/S) : CARLOS RENATO G. DOMINGOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ARNALDO ANDRADE | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 746 . 847",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 746 . 847",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 746",
"AI 746 . 847",
"AI 746 . 847",
"AI 746 . 847",
"Súmula 288 / STF",
"AI 770 . 191 - AgR - segundo / SP",
"AI 706 . 091 - AgR / GO",
"AI 834 . 295 - AgR / MG",
"AI 746 . 847 AGR / SP",
"Súmula 288 / STF",
"AI 770 . 191 - AgR - segundo / SP",
"AI 706 . 091 - AgR / GO",
"AI 834 . 295 - AgR / MG",
"AI 746 . 847 AGR / SP",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"AI 743 . 256 - AgR / SP",
"AI 827 . 894 - AgR / RJ",
"AI 746 . 847 AGR / SP",
"Súmulas 282 e 356 / STF",
"AI 743 . 256 - AgR / SP",
"AI 827 . 894 - AgR / RJ",
"AI 746 . 847 AGR / SP",
"Súmula 288 / STF",
"SÚMULAS 282",
"AI 746 . 847",
"Súmula 288 / STF",
"SÚMULAS 282",
"AI 746 . 847 AGR",
"Súmulas 282 e 288 do Supremo Tribunal Federal",
"AI 693986 AgR / DF",
"AI 495652 AgR / SP",
"SÚMULA 288 DO S . T . F .",
"AI 381460 AgR / CE",
"AI 746 . 847 AGR / SP",
"Súmulas 282 e 288 do Supremo Tribunal Federal",
"AI 693986 AgR / DF",
"AI 495652 AgR",
"SÚMULA 288 DO S . T . F .",
"AI 381460 AgR / CE",
"AI 746 . 847",
"SÚMULA 288 DO STF",
"AI 748389 AgR / SP",
"AI 678679 AgR / RN",
"SÚMULA N . 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Súmula n . 288 do STF",
"AI 590997 AgR / RJ",
"AI 330 . 970 - AgR",
"AI 481 . 531 - AgR",
"AI 746 . 847",
"SÚMULA 288 DO STF",
"AI 748389 AgR / SP",
"AI 678679 AgR / RN",
"SÚMULA N . 288 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Súmula n . 288 do STF",
"AI 590997 AgR / RJ",
"AI 330 . 970 - AgR",
"AI 481 . 531 - AgR",
"AI 746 . 847 AGR",
"AI [UNK] 625 . 373",
"AI [UNK] 295 . 670 - AgR",
"AI [UNK] 214 . 562 - AgR",
"AI [UNK] 204 . 057 - AgR",
"AI [UNK] 436 . 010 - AgR",
"AI [UNK] 436 . 371 - ED",
"AI [UNK] 454 . 352 - AgR",
"AI [UNK] . 665 - AgR",
"AI [UNK] 481 . 544 - AgR",
"AI 709675 AgR / RS",
"AI 746 . 847",
"AI [UNK] 625 . 373",
"AI [UNK] 295 . 670 - AgR",
"AI [UNK] 214 . 562 - AgR",
"AI [UNK] 204 . 057 - AgR",
"AI [UNK] 436 . 010 - AgR",
"AI [UNK] 436 . 371 - ED",
"AI [UNK] 454 . 352 - AgR",
"AI [UNK] . 665 - AgR",
"AI [UNK] 481 . 544 - AgR",
"AI 709675 AgR / RS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 746 . 847",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 746 . 847",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 746 . 847",
"AGRAVO"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , da Carta Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , da Carta Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , [UNK] , II , 37 e 40 , § 10 , da Lei Maior",
"art . 543 - A , § 2° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , [UNK] , II , 37 e 40 , § 10 , da Lei Maior",
"art . 543 - A , § 2° , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"§ 9° do art . art . 201 do Constituição Federal de 1988",
"Emenda Constitucional n . 20 / 98",
"Lei Municipal n° 4 . 314 / 80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"§ 9° do art . art . 201 do Constituição Federal de 1988",
"Emenda Constitucional n . 20 / 98",
"Lei Municipal n° 4 . 314 / 80",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , [UNK] , II , e 40 , § 10 , da Carta Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , [UNK] , II , e 40 , § 10 , da Carta Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"CPC , art . 557 , caput )",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"CPC , art . 557 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 da Constituição da República",
"ART . [UNK] , INC . LV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 da Constituição da República",
"ART . [UNK] , INC . LV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , XXII e XXIV e 20 , VII , da Constituição federal",
"Texto",
"art . 102 , III , da C . F .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , XXII e XXIV e 20 , VII , da Constituição federal",
"Texto Maior",
"art . 102 , III , da C . F .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] DO ART . 544 DO CPC",
"art . 544 , § [UNK] , CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] DO ART . 544 DO CPC",
"art . 544 , § [UNK] , CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE SANTOS",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE SANTOS",
"Município de Santos",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE SANTOS",
"MUNICÍPIO DE SANTOS",
"Município de Santos",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE SANTOS",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE SANTOS",
"MUNICÍPIO DE SANTOS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO DE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Município de",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Presidência do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Município de Santos",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"SP",
"Município de",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Município de",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Órgão da Previdência Social",
"Supremo Tribunal Federal",
"Suprema Corte",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura",
"Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"Primeira Turma",
"Tribunal Pleno",
"Segunda Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
"Tribunal Pleno",
"Segunda Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Caixa",
"Caixa",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Caixa",
"Caixa",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"ARNALDO ANDRADE",
"CARLOS RENATO G . DOMINGOS",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"ARNALDO ANDRADE",
"CARLOS RENATO G . DOMINGOS",
"ROSA WEBER",
"ARNALDO ANDRADE",
"CARLOS RENATO G . DOMINGOS",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"Dias Toffoli",
"Joaquim Barbosa",
"Cezar Peluso",
"Dias Toffoli",
"Joaquim Barbosa",
"Cezar Peluso",
"ROSA WEBER",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Sydney Sanches",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Sydney Sanches",
"ROSA WEBER",
"Carlos Britto",
"Gilmar Mendes",
"Eros Grau",
"Moreira Alves",
"Ellen Gracie",
"Carlos Britto",
"Gilmar Mendes",
"Eros Grau",
"Moreira Alves",
"Ellen Gracie",
"ROSA WEBER",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MOREIRA ALVES",
"SYDNEY SANCHES",
"CARLOS VELLOSO",
"CELSO DE MELLO",
"CARLOS BRITTO",
"JOAQUIM BARBOSA",
"CELSO DE MELLO",
"Cezar Peluso",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"SYDNEY SANCHES",
"MOREIRA ALVES",
"SYDNEY SANCHES",
"CARLOS VELLOSO",
"CELSO DE MELLO",
"CARLOS BRITTO",
"JOAQUIM BARBOSA",
"CELSO DE MELLO",
"Cezar Peluso",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"ARNALDO ANDRADE",
"CARLOS RENATO G . DOMINGOS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"ARNALDO ANDRADE",
"CARLOS RENATO G . DOMINGOS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
".",
"3",
".",
"2012",
"23",
".",
"02",
".",
"2012",
"14",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
".",
"3",
".",
"2012",
"23",
".",
"02",
".",
"2012",
"14",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
".",
"3",
".",
"2012",
"07",
".",
"11",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
".",
"3",
".",
"2012",
"07",
".",
"11",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"5",
".",
"2009",
"09",
".",
"9",
".",
"2005",
"13",
".",
"9",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"5",
".",
"2009",
"09",
".",
"9",
".",
"2005",
"13",
".",
"9",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
".",
"10",
".",
"2009",
"19",
".",
"12",
".",
"2008",
"08",
".",
"9",
".",
"2006",
"10",
".",
"08",
".",
"2001",
"22",
".",
"10",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
".",
"10",
".",
"2009",
"19",
".",
"12",
".",
"2008",
"08",
".",
"9",
".",
"2006",
"10",
".",
"08",
".",
"2001",
"22",
".",
"10",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"10",
".",
"2007",
"5",
".",
"10",
".",
"2001",
"11",
".",
"9",
".",
"98",
"[UNK]",
".",
"10",
".",
"99",
"19",
".",
"9",
".",
"2003",
"26",
".",
"9",
".",
"2003",
"13",
".",
"2",
".",
"2004",
"30",
".",
"4",
".",
"2004",
"7",
".",
"5",
".",
"2004",
"09",
".",
"4",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"10",
".",
"2007",
"5",
".",
"10",
".",
"2001",
"11",
".",
"9",
".",
"98",
"[UNK]",
".",
"10",
".",
"99",
"19",
".",
"9",
".",
"2003",
"26",
".",
"9",
".",
"2003",
"13",
".",
"2",
".",
"2004",
"30",
".",
"4",
".",
"2004",
"7",
".",
"5",
".",
"2004",
"09",
".",
"4",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709.400 RIO GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:JOSE MEDEIROS DE LIMA
ADV.(A/S)
:ANDRÉ EGER
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR DO EXTINTO
DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM - DNER.
ENQUADRAMENTO EM PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS.
NECESSIDADE
DA
ANÁLISE
DE
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora.
Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085139.
Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709.400 RIO GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:JOSE MEDEIROS DE LIMA
ADV.(A/S)
:ANDRÉ EGER
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Em 18 de setembro de 2012, neguei seguimento ao recurso
extraordinário interposto pela União contra julgado do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, o qual decidira que os servidores inativos teriam
direito às diferenças remuneratórias decorrentes do reenquadramento
previsto na Lei n. 11.171/2005.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.
4. No voto condutor do acórdão recorrido, o Ministro Relator
asseverou:
(…).
5. Para se concluir de modo diverso do acórdão recorrido, seria
imprescindível analisar a legislação infraconstitucional aplicada à
espécie (Leis n. 11.171/2005 e 10.233/2001), o que é vedado em
recurso extraordinário. Nesse sentido:
(...) (RE 611.047-AgR/CE, de minha relatoria, Primeira Turma,
DJ 18.3.2011).
E ainda: RE 680.863/DF, de minha relatoria, DJ 15.5.2012; RE
611.047/CE, de minha relatoria, DJ 7.12.2010; RE 600.463/CE, Rel.
Min. Marco Aurélio, DJ 13.5.2010; RE 602.198/CE, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, DJ 22.9.2009; RE 549.931/PE, Rel. Min.
Marco Aurélio, DJ 17.12.2007.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709.400 RIO GRANDE DO SUL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:JOSE MEDEIROS DE LIMA
ADV.(A/S)
:ANDRÉ EGER
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Em 18 de setembro de 2012, neguei seguimento ao recurso
extraordinário interposto pela União contra julgado do Tribunal Regional
Federal da 4ª Região, o qual decidira que os servidores inativos teriam
direito às diferenças remuneratórias decorrentes do reenquadramento
previsto na Lei n. 11.171/2005.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.
4. No voto condutor do acórdão recorrido, o Ministro Relator
asseverou:
(…).
5. Para se concluir de modo diverso do acórdão recorrido, seria
imprescindível analisar a legislação infraconstitucional aplicada à
espécie (Leis n. 11.171/2005 e 10.233/2001), o que é vedado em
recurso extraordinário. Nesse sentido:
(...) (RE 611.047-AgR/CE, de minha relatoria, Primeira Turma,
DJ 18.3.2011).
E ainda: RE 680.863/DF, de minha relatoria, DJ 15.5.2012; RE
611.047/CE, de minha relatoria, DJ 7.12.2010; RE 600.463/CE, Rel.
Min. Marco Aurélio, DJ 13.5.2010; RE 602.198/CE, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, DJ 22.9.2009; RE 549.931/PE, Rel. Min.
Marco Aurélio, DJ 17.12.2007.
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085140.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
RE 709.400 AGR / RS
Nada há a prover quanto às alegações da Recorrente.
6. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário
(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Intimada dessa decisão em 1º.10.2012, interpõe a União, em
11.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Afirma a Agravante que “o Supremo Tribunal entendeu que é
revestido de repercussão geral constitucional o tema relativo a reajuste de
remuneração e proventos de servidores públicos, quando estendido a título de
isonomia pelo Poder Judiciário. Observe-se que esta é exatamente a matéria
tratada nestes autos, nos quais o Tribunal a quo entendeu por dar o mesmo
tratamento conferido aos servidores do DNIT à parte autora, inativos do extinto
DNER, por meio de equiparação nas carreiras e no plano especial instituído pela
Lei n. 11.171/05”.
Alega que “a matéria tratada é apenas de direito, especialmente
relacionada ao princípio da isonomia, não havendo qualquer necessidade de
reexame de fatos e provas dos autos para compreender a lide”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 709.400 AGR / RS
Nada há a prover quanto às alegações da Recorrente.
6. Pelo exposto, nego seguimento a este recurso extraordinário
(art. 557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Intimada dessa decisão em 1º.10.2012, interpõe a União, em
11.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Afirma a Agravante que “o Supremo Tribunal entendeu que é
revestido de repercussão geral constitucional o tema relativo a reajuste de
remuneração e proventos de servidores públicos, quando estendido a título de
isonomia pelo Poder Judiciário. Observe-se que esta é exatamente a matéria
tratada nestes autos, nos quais o Tribunal a quo entendeu por dar o mesmo
tratamento conferido aos servidores do DNIT à parte autora, inativos do extinto
DNER, por meio de equiparação nas carreiras e no plano especial instituído pela
Lei n. 11.171/05”.
Alega que “a matéria tratada é apenas de direito, especialmente
relacionada ao princípio da isonomia, não havendo qualquer necessidade de
reexame de fatos e provas dos autos para compreender a lide”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709.400 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Inicialmente, cumpre anotar a matéria discutida nos presentes
autos não tem identidade com a tratada no Recurso Extraordinário n.
592.317, Relator o Ministro Gilmar Mendes, cuja repercussão geral foi
reconhecida.
Na espécie vertente, discute-se a possibilidade de o servidor público
do extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER ter
direito à equiparação de sua aposentadoria à remuneração dos servidores
em atividade no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
- DNIT, em razão do plano especial de cargos criado pela Lei n.
11.171/2005; e naquele recurso, a possibilidade de o Poder Judiciário
equiparar a remuneração de servidores públicos com base no princípio da
isonomia.
3. O reexame da controvérsia sobre a equiparação de seus proventos
à remuneração dos servidores em atividade no Departamento Nacional
de InfraEstrutura de Transportes - DNIT demandaria a análise da Lei n.
11.171/2005, o que não viabiliza o processamento do recurso
extraordinário. A contrariedade à Constituição da República, se tivesse
ocorrido, seria indireta.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO.
ENQUADRAMENTO DE SERVIDOR PÚBLICO. DIFERENÇAS
Supremo Tribunal Federal
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30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709.400 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Inicialmente, cumpre anotar a matéria discutida nos presentes
autos não tem identidade com a tratada no Recurso Extraordinário n.
592.317, Relator o Ministro Gilmar Mendes, cuja repercussão geral foi
reconhecida.
Na espécie vertente, discute-se a possibilidade de o servidor público
do extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - DNER ter
direito à equiparação de sua aposentadoria à remuneração dos servidores
em atividade no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes
- DNIT, em razão do plano especial de cargos criado pela Lei n.
11.171/2005; e naquele recurso, a possibilidade de o Poder Judiciário
equiparar a remuneração de servidores públicos com base no princípio da
isonomia.
3. O reexame da controvérsia sobre a equiparação de seus proventos
à remuneração dos servidores em atividade no Departamento Nacional
de InfraEstrutura de Transportes - DNIT demandaria a análise da Lei n.
11.171/2005, o que não viabiliza o processamento do recurso
extraordinário. A contrariedade à Constituição da República, se tivesse
ocorrido, seria indireta.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO.
ENQUADRAMENTO DE SERVIDOR PÚBLICO. DIFERENÇAS
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 709.400 AGR / RS
REMUNERATÓRIAS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 696.957-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2012).
“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Direito Administrativo. Enquadramento em plano de cargos e
salários. Matéria de índole infraconstitucional. Precedentes. 3. A
agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a decisão
agravada. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE
704.002-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe
2.10.2012).
4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085141.
Supremo Tribunal Federal
RE 709.400 AGR / RS
REMUNERATÓRIAS. IMPOSSIBILIDADE DA ANÁLISE DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (RE 696.957-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 19.9.2012).
“Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Direito Administrativo. Enquadramento em plano de cargos e
salários. Matéria de índole infraconstitucional. Precedentes. 3. A
agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a decisão
agravada. 4. Agravo regimental a que se nega provimento” (ARE
704.002-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJe
2.10.2012).
4. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709.400
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : JOSE MEDEIROS DE LIMA
ADV.(A/S) : ANDRÉ EGER
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099371
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709.400
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : JOSE MEDEIROS DE LIMA
ADV.(A/S) : ANDRÉ EGER
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099371
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3108103 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. SERVIDOR DO EXTINTO DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM - DNER. ENQUADRAMENTO EM PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS. NECESSIDADE DA ANÁLISE DE LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur219153 | - Acórdão(s) citado(s)
(OFENSA REFLEXA)
STF: RE 696957 AgR (1ªT), ARE 704002 AgR (2ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 30/11/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 709400 | [
"LEG-FED LEI-011171 ANO-2005\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | RE-AgR | acordaos | RE 709400 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : JOSE MEDEIROS DE LIMA
ADV.(A/S) : ANDRÉ EGER | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709 . 400",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709 . 400",
"RE 611 . 047 - AgR / CE",
"RE 680 . 863 / DF",
"RE 611 . 047 / CE",
"RE 600 . 463 / CE",
"RE 602 . 198 / CE",
"RE 549 . 931 / PE",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709 . 400",
"RE 611 . 047 - AgR / CE",
"RE 680 . 863 / DF",
"RE 611 . 047 / CE",
"RE 600 . 463 / CE",
"RE 602 . 198 / CE",
"RE 549 . 931 / PE",
"RE 709 . 400 AGR / RS",
"RE 709 . 400 AGR / RS",
"RECURSO",
"Recurso Extraordinário n . 592 . 317",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709 . 400",
"Recurso Extraordinário n . 592 . 317",
"RE 709 . 400 AGR",
"RE 696 . 957 - AgR",
"ARE 704 . 002 - AgR",
"RE 709 . 400 AGR / RS",
"RE 696 . 957 - AgR",
"ARE 704 . 002 - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 709 . 400"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 11 . 171 / 2005",
"Leis n . 11 . 171 / 2005",
"10",
".",
"233",
"/",
"2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 11 . 171 / 2005",
"Leis n . 11 . 171 / 2005",
"10",
".",
"233",
"/",
"2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Lei n . 11 . 171 / 05",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Lei n . 11 . 171 / 05",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 11 . 171 / 2005",
"Lei n . 11 . 171 / 2005",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 11 . 171 / 2005",
"Lei n . 11 . 171 / 2005",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"EXTINTO",
"DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM",
"DNER",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"União",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"União",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Supremo Tribunal",
"DNIT",
"DNER",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Supremo Tribunal",
"DNIT",
"DNER",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Departamento Nacional de Estradas de Rodagem",
"DNER",
"Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes",
"DNIT",
"Departamento Nacional de InfraEstrutura de Transportes",
"DNIT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Departamento Nacional de Estradas de Rodagem",
"DNER",
"Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes",
"DNIT",
"Departamento Nacional de InfraEstrutura de Transportes",
"DNIT",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOSE MEDEIROS DE LIMA",
"ANDRÉ EGER",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOSE MEDEIROS DE LIMA",
"ANDRÉ EGER",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOSE MEDEIROS DE LIMA",
"ANDRÉ EGER",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOSE MEDEIROS DE LIMA",
"ANDRÉ EGER",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"JOSE MEDEIROS DE LIMA",
"ANDRÉ EGER",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"18 de setembro de 2012",
"18",
".",
"3",
".",
"2011",
"15",
".",
"5",
".",
"2012",
"7",
".",
"12",
".",
"2010",
"13",
".",
"5",
".",
"2010",
"22",
".",
"9",
".",
"2009",
"17",
".",
"12",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"18 de setembro de 2012",
"18",
".",
"3",
"15",
".",
"5",
".",
"2012",
"7",
".",
"12",
".",
"2010",
"13",
".",
"5",
".",
"2010",
"22",
".",
"9",
".",
"2009",
"17",
".",
"12",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"10",
".",
"2012",
"11",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"10",
".",
"2012",
"11",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"9",
".",
"2012",
"2",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"9",
".",
"2012",
"2",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568.951 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ADILAR GILDO ZAMPIVA
ADV.(A/S)
:RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA
AGDO.(A/S)
:ALDA ROSA DA ROCHA
ADV.(A/S)
:PÉRICLES LUIZ MEDEIROS PRADE
INTDO.(A/S)
:ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE SANTA
CATARINA
INTDO.(A/S)
:PEDRO DIMAS TADEU TORRETTI E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ANA FLORA WINCKLER
INTDO.(A/S)
:ACHILES CESAR CASARIN BARROSO SILVA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ELIANA PACHECO MONTEIRO
Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Direito
Administrativo. 3. Servidor público. 4. Auditor-fiscal da Receita estadual.
Ingresso na carreira. 5. O STF, ao julgar a ADI 2.335, reconheceu a
constitucionalidade da LC 89/2000 apenas sob o enfoque da possibilidade
do aproveitamento dos ocupantes dos cargos extintos nos recém-criados,
não adentrando a seara referente ao nível em que os já aprovados no
concurso, antes da extinção do cargo, ingressariam na carreira. Discussão
de índole infraconstitucional (interpretação da legislação ordinária). 6.
Debate acerca dos limites da coisa julgada. Ofensa reflexa à Constituição
Federal. Precedentes. 7. Ausência de argumentos capazes de infirmar a
decisão agravada. 8. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3073578.
Supremo Tribunal Federal
DJe 22/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Ementa e Acórdão
RE 568.951 AGR / SC
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 568.951 AGR / SC
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568.951 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ADILAR GILDO ZAMPIVA
ADV.(A/S)
:RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA
AGDO.(A/S)
:ALDA ROSA DA ROCHA
ADV.(A/S)
:PÉRICLES LUIZ MEDEIROS PRADE
INTDO.(A/S)
:ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE SANTA
CATARINA
INTDO.(A/S)
:PEDRO DIMAS TADEU TORRETTI E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ANA FLORA WINCKLER
INTDO.(A/S)
:ACHILES CESAR CASARIN BARROSO SILVA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ELIANA PACHECO MONTEIRO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão de fls. 816-820, que negou
seguimento ao recurso extraordinário nos seguintes termos:
“No caso, os recorridos foram aprovados no concurso para
o cargo de Fiscal de Tributos do Estado de Santa Catarina.
Contudo, antes das respectivas nomeações, foi editada a LC
189/2000, que extinguiu o cargo em comento e determinou
expressamente o aproveitamento dos concursados no novo
cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual, nível I.
Tendo em vista que os já ocupantes do cargo extinto
teriam sido aproveitados para o cargo de Auditor Fiscal da
Receita Estadual, no nível IV da carreira, os recorrido
impetraram mandado de segurança buscando garantir suas
nomeações também para o mesmo nível.
Extrai-se dos autos que a referida ação mandamental (MS
2000.007215-0) foi julgada procedente e já transitou em julgado,
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3073579.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568.951 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:ADILAR GILDO ZAMPIVA
ADV.(A/S)
:RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA
AGDO.(A/S)
:ALDA ROSA DA ROCHA
ADV.(A/S)
:PÉRICLES LUIZ MEDEIROS PRADE
INTDO.(A/S)
:ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE SANTA
CATARINA
INTDO.(A/S)
:PEDRO DIMAS TADEU TORRETTI E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ANA FLORA WINCKLER
INTDO.(A/S)
:ACHILES CESAR CASARIN BARROSO SILVA E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ELIANA PACHECO MONTEIRO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão de fls. 816-820, que negou
seguimento ao recurso extraordinário nos seguintes termos:
“No caso, os recorridos foram aprovados no concurso para
o cargo de Fiscal de Tributos do Estado de Santa Catarina.
Contudo, antes das respectivas nomeações, foi editada a LC
189/2000, que extinguiu o cargo em comento e determinou
expressamente o aproveitamento dos concursados no novo
cargo de Auditor Fiscal da Receita Estadual, nível I.
Tendo em vista que os já ocupantes do cargo extinto
teriam sido aproveitados para o cargo de Auditor Fiscal da
Receita Estadual, no nível IV da carreira, os recorrido
impetraram mandado de segurança buscando garantir suas
nomeações também para o mesmo nível.
Extrai-se dos autos que a referida ação mandamental (MS
2000.007215-0) foi julgada procedente e já transitou em julgado,
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3073579.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
RE 568.951 AGR / SC
garantindo o direito dos impetrantes, ora recorridos, à
nomeação para o novo cargo, no nível IV da carreira.
Registre-se que a constitucionalidade da LC 189/00 foi
questionada perante esta Corte, sob o ângulo da possibilidade
do aproveitamento dos ocupantes dos cargos extintos nos
recém-criados, no julgamento da ADI 2.335, Rel. Min. Maurício
Corrêa, para a qual fui designado redator para o acórdão,
Tribunal Pleno, DJe 19.12.2003, oportunidade em que o
Supremo Tribunal Federal consignou que o referido diploma
legal não padecia de inconstitucionalidade. Confira-se a
ementa:
“Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Lei
Complementar nº 189, de 17 de janeiro de 2000, do Estado
de Santa Catarina, que extinguiu os cargos e as carreiras
de Fiscal de Tributos Estaduais, Fiscal de Mercadorias em
Trânsito, Exator e Escrivão de Exatoria, e criou, em
substituição, a de Auditor Fiscal da Receita Estadual. 3.
Aproveitamento dos ocupantes dos cargos extintos nos
recém criados. 4. Ausência de violação ao princípio
constitucional da exigência de concurso público, haja vista
a similitude das atribuições desempenhadas pelos
ocupantes dos cargos extintos. 5. Precedentes: ADI 1591,
Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ de 16.6.2000; ADI 2713, Rel.
Min. Ellen Gracie, DJ de 7.3.2003. 6. Ação julgada
improcedente”.
Verifica-se que, em virtude da decisão do Supremo
Tribunal que rejeitou a inconstitucionalidade da LC 189/2000, a
Administração editou a Portaria 1.705/2004, rebaixando os
recorridos para o nível I da carreira, tendo em vista o disposto
no art. 2º, § 2º, c/c art. 3º da referida lei complementar.
Em face desse ato, foi impetrado a presente ação
mandamental, perante o Tribunal de Justiça de Santa Catarina,
o qual, nos termos do entendimento resumido na ementa já
citada, concedeu a segurança, consignando o seguinte:
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3073579.
Supremo Tribunal Federal
RE 568.951 AGR / SC
garantindo o direito dos impetrantes, ora recorridos, à
nomeação para o novo cargo, no nível IV da carreira.
Registre-se que a constitucionalidade da LC 189/00 foi
questionada perante esta Corte, sob o ângulo da possibilidade
do aproveitamento dos ocupantes dos cargos extintos nos
recém-criados, no julgamento da ADI 2.335, Rel. Min. Maurício
Corrêa, para a qual fui designado redator para o acórdão,
Tribunal Pleno, DJe 19.12.2003, oportunidade em que o
Supremo Tribunal Federal consignou que o referido diploma
legal não padecia de inconstitucionalidade. Confira-se a
ementa:
“Ação Direta de Inconstitucionalidade. 2. Lei
Complementar nº 189, de 17 de janeiro de 2000, do Estado
de Santa Catarina, que extinguiu os cargos e as carreiras
de Fiscal de Tributos Estaduais, Fiscal de Mercadorias em
Trânsito, Exator e Escrivão de Exatoria, e criou, em
substituição, a de Auditor Fiscal da Receita Estadual. 3.
Aproveitamento dos ocupantes dos cargos extintos nos
recém criados. 4. Ausência de violação ao princípio
constitucional da exigência de concurso público, haja vista
a similitude das atribuições desempenhadas pelos
ocupantes dos cargos extintos. 5. Precedentes: ADI 1591,
Rel. Min. Octavio Gallotti, DJ de 16.6.2000; ADI 2713, Rel.
Min. Ellen Gracie, DJ de 7.3.2003. 6. Ação julgada
improcedente”.
Verifica-se que, em virtude da decisão do Supremo
Tribunal que rejeitou a inconstitucionalidade da LC 189/2000, a
Administração editou a Portaria 1.705/2004, rebaixando os
recorridos para o nível I da carreira, tendo em vista o disposto
no art. 2º, § 2º, c/c art. 3º da referida lei complementar.
Em face desse ato, foi impetrado a presente ação
mandamental, perante o Tribunal de Justiça de Santa Catarina,
o qual, nos termos do entendimento resumido na ementa já
citada, concedeu a segurança, consignando o seguinte:
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3073579.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Relatório
RE 568.951 AGR / SC
‘Diante do princípio da segurança jurídica, somente
através de meio processual adequado, v. g., ação
rescisória, poder-se-ia, em tese, rediscutir a matéria. O que
não se admite, porém, é que a autoridade da coisa julgada
pura e simplesmente desconstituída por mero ato
administrativo que, não bastasse, sequer observou o
princípio do contraditório e da ampla defesa’. (fl. 664)
Inconformados com a referida decisão, os recorrentes
interpuseram este recurso extraordinário, aduzindo afronta ao
princípio da coisa julgada, ao argumento de que a decisão
proferida em sede de controle concentrado de
constitucionalidade pelo STF deve prevalecer sobre o que
restou decidido, e transitado em julgado, em data anterior à sua
prolação.
Sustentam que, ao se declarar a constitucionalidade da LC
189/2000,
reconheceu-se,
por
consequência,
a
constitucionalidade de seu art. 2º, que estabelece que o ingresso
na carreira de Auditor Fiscal Estadual se dará no nível I, e não
no nível IV, como ocorreu com o recorridos.
Decido.
Não assiste razão aos recorrentes.
Registre-se que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a
constitucionalidade da LC 189/2000 apenas sob o enfoque da
possibilidade do aproveitamento dos ocupantes dos cargos
extintos nos recém-criados, não discutindo acerca do nível em
que os candidatos já aprovados no concurso, antes da extinção
do cargo, ingressaria na carreira.
Assim, não verifico afronta à coisa julgada a dar ensejo ao
prosseguimento do recurso extraordinário.
Ainda que assim não fosse, esta Corte já firmou
entendimento no sentido de que a discussão acerca dos limites
da coisa julgada demanda análise da legislação
infraconstitucional, providência vedada no âmbito do recurso
extraordinário. ”.
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3073579.
Supremo Tribunal Federal
RE 568.951 AGR / SC
‘Diante do princípio da segurança jurídica, somente
através de meio processual adequado, v. g., ação
rescisória, poder-se-ia, em tese, rediscutir a matéria. O que
não se admite, porém, é que a autoridade da coisa julgada
pura e simplesmente desconstituída por mero ato
administrativo que, não bastasse, sequer observou o
princípio do contraditório e da ampla defesa’. (fl. 664)
Inconformados com a referida decisão, os recorrentes
interpuseram este recurso extraordinário, aduzindo afronta ao
princípio da coisa julgada, ao argumento de que a decisão
proferida em sede de controle concentrado de
constitucionalidade pelo STF deve prevalecer sobre o que
restou decidido, e transitado em julgado, em data anterior à sua
prolação.
Sustentam que, ao se declarar a constitucionalidade da LC
189/2000,
reconheceu-se,
por
consequência,
a
constitucionalidade de seu art. 2º, que estabelece que o ingresso
na carreira de Auditor Fiscal Estadual se dará no nível I, e não
no nível IV, como ocorreu com o recorridos.
Decido.
Não assiste razão aos recorrentes.
Registre-se que o Supremo Tribunal Federal reconheceu a
constitucionalidade da LC 189/2000 apenas sob o enfoque da
possibilidade do aproveitamento dos ocupantes dos cargos
extintos nos recém-criados, não discutindo acerca do nível em
que os candidatos já aprovados no concurso, antes da extinção
do cargo, ingressaria na carreira.
Assim, não verifico afronta à coisa julgada a dar ensejo ao
prosseguimento do recurso extraordinário.
Ainda que assim não fosse, esta Corte já firmou
entendimento no sentido de que a discussão acerca dos limites
da coisa julgada demanda análise da legislação
infraconstitucional, providência vedada no âmbito do recurso
extraordinário. ”.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 10
Relatório
RE 568.951 AGR / SC
No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que o STF, ao julgar
improcedente a ADI 2.335-7, validou por completo a LC 189/2000,
incluindo o art. 3º e o parágrafo 2º do art. 2º, que determinam que o
ingresso na carreira dar-se-á no nível inicial I.
Aduz ainda que a decisão desta Corte, em controle concentrado de
constitucionalidade, por possuir eficácia erga omnes e, via de regra, efeitos
ex tunc, deve sobrepor-se ao decidido pelo TJSC no MS 2000.007215-0, o
qual teria assegurado, aos então recorridos, ingresso no nível IV da
carreira.
É o relatório.
4
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Supremo Tribunal Federal
RE 568.951 AGR / SC
No agravo regimental, sustenta-se, em síntese, que o STF, ao julgar
improcedente a ADI 2.335-7, validou por completo a LC 189/2000,
incluindo o art. 3º e o parágrafo 2º do art. 2º, que determinam que o
ingresso na carreira dar-se-á no nível inicial I.
Aduz ainda que a decisão desta Corte, em controle concentrado de
constitucionalidade, por possuir eficácia erga omnes e, via de regra, efeitos
ex tunc, deve sobrepor-se ao decidido pelo TJSC no MS 2000.007215-0, o
qual teria assegurado, aos então recorridos, ingresso no nível IV da
carreira.
É o relatório.
4
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568.951 SANTA CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal.
O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a
decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em
conformidade com a jurisprudência pacífica desta Corte.
Como já demonstrado pela decisão ora agravada, o Supremo
Tribunal Federal, ao julgar a ADI 2.335, da qual fui redator do acórdão,
reconheceu a constitucionalidade da LC 189/2000 apenas sob o enfoque
da possibilidade do aproveitamento dos ocupantes dos cargos extintos
nos recém-criados.
Dessa forma, esta Corte não adentrou a seara referente ao nível em
que os já aprovados no concurso, antes da extinção do cargo,
ingressariam na carreira, o que parece dizer respeito à própria
interpretação da legislção infraconstitucional, cujo reexame não é
pertinente nesta via extraordinária
Nesse sentido, não há que se falar de afronta à coisa julgada, haja
vista que a decisão do TJSC no MS 2000.007215-0 não está em confronto
com o decidido pelo STF no julgamento da ADI 2.335.
Ainda que assim não fosse, esta Corte já firmou entendimento no
sentido de que a discussão acerca dos limites da coisa julgada demanda
prévia análise da legislação infraconstitucional, motivo pelo qual não se
configura ofensa direta à Constituição Federal, a dar ensejo ao
prosseguimento do recurso.
Nesse sentido, confiram-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO E
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EQUIPARAÇÃO ENTRE
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568.951 SANTA CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal.
O agravante não trouxe argumentos suficientes para infirmar a
decisão, visando apenas à rediscussão da matéria já decidida em
conformidade com a jurisprudência pacífica desta Corte.
Como já demonstrado pela decisão ora agravada, o Supremo
Tribunal Federal, ao julgar a ADI 2.335, da qual fui redator do acórdão,
reconheceu a constitucionalidade da LC 189/2000 apenas sob o enfoque
da possibilidade do aproveitamento dos ocupantes dos cargos extintos
nos recém-criados.
Dessa forma, esta Corte não adentrou a seara referente ao nível em
que os já aprovados no concurso, antes da extinção do cargo,
ingressariam na carreira, o que parece dizer respeito à própria
interpretação da legislção infraconstitucional, cujo reexame não é
pertinente nesta via extraordinária
Nesse sentido, não há que se falar de afronta à coisa julgada, haja
vista que a decisão do TJSC no MS 2000.007215-0 não está em confronto
com o decidido pelo STF no julgamento da ADI 2.335.
Ainda que assim não fosse, esta Corte já firmou entendimento no
sentido de que a discussão acerca dos limites da coisa julgada demanda
prévia análise da legislação infraconstitucional, motivo pelo qual não se
configura ofensa direta à Constituição Federal, a dar ensejo ao
prosseguimento do recurso.
Nesse sentido, confiram-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO E
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. EQUIPARAÇÃO ENTRE
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
RE 568.951 AGR / SC
DELEGADOS DE POLÍCIA E PROCURADORES DO ESTADO.
TERMO INICIAL DAS PARCELAS DEVIDAS. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. O requisito do
prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a
apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre
a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo os
óbices das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. A
violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente
da necessidade de análise de malferimento de dispositivo
infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário.
Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de
21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de
08/09/10. 3. Os princípios da legalidade, do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das
decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada,
quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio
de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou
reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a
abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-
AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010, e AI
756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de
22/10/2010. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou: “AGRAVO
DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO. EQUIPARAÇÃO
SALARIAL ENTRE DELEGADOS DE POLÍCIA E
PROCURADORES DO ESTADO. TERMO INICIAL DAS
PARCELAS DEVIDAS. MATÉRIA EXAUSTIVAMENTE
DEBATIDA E EXPRESSAMENTE DEFINIDA NA DECISÃO
EXEQUENDA. IMPOSSIBILIDADE DE REAPRECIAÇÃO EM
SEDE DE EXECUÇÃO. PREQUESTIONAMENTO REJEITADO.
PRELIMINAR CONTRA-RECURSAL REJEITADA. AGRAVO
DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.” 5. Agravo regimental a
que se nega provimento”.(ARE-AgR 671.985, Rel. Min. LUIZ
FUX, Primeira Turma, DJe 24.10.2012)
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 568.951 AGR / SC
DELEGADOS DE POLÍCIA E PROCURADORES DO ESTADO.
TERMO INICIAL DAS PARCELAS DEVIDAS. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULAS 282 E 356 DO STF.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. 1. O requisito do
prequestionamento é indispensável, por isso que inviável a
apreciação, em sede de recurso extraordinário, de matéria sobre
a qual não se pronunciou o Tribunal de origem, incidindo os
óbices das Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal. 2. A
violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente
da necessidade de análise de malferimento de dispositivo
infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário.
Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos Britto, Dje de
21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de
08/09/10. 3. Os princípios da legalidade, do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das
decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada,
quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio
de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou
reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a
abertura da instância extraordinária. Precedentes: AI 804.854-
AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen Lúcia, DJe de 24/11/2010, e AI
756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie, DJe de
22/10/2010. 4. In casu, o acórdão recorrido assentou: “AGRAVO
DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO. EQUIPARAÇÃO
SALARIAL ENTRE DELEGADOS DE POLÍCIA E
PROCURADORES DO ESTADO. TERMO INICIAL DAS
PARCELAS DEVIDAS. MATÉRIA EXAUSTIVAMENTE
DEBATIDA E EXPRESSAMENTE DEFINIDA NA DECISÃO
EXEQUENDA. IMPOSSIBILIDADE DE REAPRECIAÇÃO EM
SEDE DE EXECUÇÃO. PREQUESTIONAMENTO REJEITADO.
PRELIMINAR CONTRA-RECURSAL REJEITADA. AGRAVO
DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.” 5. Agravo regimental a
que se nega provimento”.(ARE-AgR 671.985, Rel. Min. LUIZ
FUX, Primeira Turma, DJe 24.10.2012)
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2.
2
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
RE 568.951 AGR / SC
Liquidação. Valor da execução. Atualização. 3. Limites da coisa
julgada. Matéria infraconstitucional. Ofensa indireta.
Precedentes. 4. Ausência de argumentos suficientes para
infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega
provimento”. (AI-AgR 828.475, de minha relatoria, Segunda
Turma, DJe 3.10.2012)
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 568.951 AGR / SC
Liquidação. Valor da execução. Atualização. 3. Limites da coisa
julgada. Matéria infraconstitucional. Ofensa indireta.
Precedentes. 4. Ausência de argumentos suficientes para
infirmar a decisão recorrida. 5. Agravo regimental a que se nega
provimento”. (AI-AgR 828.475, de minha relatoria, Segunda
Turma, DJe 3.10.2012)
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568.951
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : ADILAR GILDO ZAMPIVA
ADV.(A/S) : RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA
AGDO.(A/S) : ALDA ROSA DA ROCHA
ADV.(A/S) : PÉRICLES LUIZ MEDEIROS PRADE
INTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
INTDO.(A/S) : PEDRO DIMAS TADEU TORRETTI E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANA FLORA WINCKLER
INTDO.(A/S) : ACHILES CESAR CASARIN BARROSO SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ELIANA PACHECO MONTEIRO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568.951
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : ADILAR GILDO ZAMPIVA
ADV.(A/S) : RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA
AGDO.(A/S) : ALDA ROSA DA ROCHA
ADV.(A/S) : PÉRICLES LUIZ MEDEIROS PRADE
INTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
INTDO.(A/S) : PEDRO DIMAS TADEU TORRETTI E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANA FLORA WINCKLER
INTDO.(A/S) : ACHILES CESAR CASARIN BARROSO SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ELIANA PACHECO MONTEIRO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3116395 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-22T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Direito Administrativo. 3. Servidor público. 4. Auditor-fiscal da Receita estadual. Ingresso na carreira. 5. O STF, ao julgar a ADI 2.335, reconheceu a constitucionalidade da LC 89/2000 apenas sob o enfoque da possibilidade do aproveitamento dos ocupantes dos cargos extintos nos recém-criados, não adentrando a seara referente ao nível em que os já aprovados no concurso, antes da extinção do cargo, ingressariam na carreira. Discussão de índole infraconstitucional (interpretação da legislação ordinária). 6. Debate acerca dos limites da coisa julgada. Ofensa reflexa à Constituição Federal. Precedentes. 7. Ausência de argumentos capazes de infirmar a decisão agravada. 8. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur219494 | - Acórdãos citados:
(SERVIDOR PÚBLICO, OCUPANTE, CARGOS EXTINTOS, APROVEITAMENTO)
STF: ADI 2335 (TP);
(OFENSA REFLEXA)
STF: ARE 671985 AgR (1ªT), AI 828475 AgR (2ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 29/11/2012, MAC. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 568951 | [
"LEG-EST LCP-000089 ANO-2000\r\n LEI COMPLEMENTAR, SC"
] | RE-AgR | acordaos | RE 568951 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ADILAR GILDO ZAMPIVA
ADV.(A/S) : RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA
AGDO.(A/S) : ALDA ROSA DA ROCHA
ADV.(A/S) : PÉRICLES LUIZ MEDEIROS PRADE
INTDO.(A/S) : ESTADO DE SANTA CATARINA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR GERAL DO ESTADO DE SANTA CATARINA
INTDO.(A/S) : PEDRO DIMAS TADEU TORRETTI E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANA FLORA WINCKLER
INTDO.(A/S) : ACHILES CESAR CASARIN BARROSO SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ELIANA PACHECO MONTEIRO
INTDO.(A/S) : AIRTON JUVENAL DE ANDRADE
INTDO.(A/S) : ABALBERTO LIBÓRIO BARROS FILHO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568 . 951",
"ADI 2 . 335",
"RE 568 . 951",
"RE 568 . 951 AGR / SC",
"MS 2000 . 007215 - 0",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568 . 951",
"MS 2000 . 007215 - 0",
"RE 568 . 951 AGR / SC",
"ADI 2 . 335",
"ADI 1591",
"ADI 2713",
"RE 568 . 951 AGR / SC",
"ADI 2 . 335",
"ADI 1591",
"ADI 2713",
"RE 568 . 951 AGR / SC",
"RE 568 . 951 AGR / SC",
"RE 568 . 951 AGR / SC",
"ADI 2 . 335 - 7",
"MS 2000 . 007215 - 0",
"RE 568 . 951 AGR / SC",
"ADI 2 . 335 - 7",
"MS 2000 . 007215 - 0",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568 . 951",
"MS 2000 . 007215 - 0",
"ADI 2 . 335",
"ADI 2 . 335",
"MS 2000 . 007215 - 0",
"ADI 2 . 335",
"RE 568 . 951 AGR",
"SÚMULAS 282",
"Súmulas 282 e 356 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 596 . 682",
"AI 808 . 361",
"AI 804 . 854 - AgR",
"AI 756 . 336 - AgR",
"ARE",
"-",
"AgR 671 . 985",
"RE 568 . 951",
"SÚMULAS 282",
"Súmulas 282",
"RE 596 . 682",
"AI 808 . 361",
"AI 804 . 854 - AgR",
"AI 756 . 336 - AgR",
"ARE",
"-",
"AgR 671 . 985",
"RE 568 . 951 AGR / SC",
"AI",
"-",
"AgR 828 . 475",
"RE 568 . 951 AGR",
"AI",
"-",
"AgR 828 . 475",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 568 . 951"
],
"LEGISLACAO": [
"LC 89 / 2000",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 189 / 2000",
"MP n° 2 . 200 -",
"LC 189 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 189 / 00",
"Lei Complementar [UNK] 189",
"LC 189 / 2000",
"Portaria 1 . 705 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 189 / 00",
"Lei Complementar [UNK] 189",
"LC 189 / 2000",
"Portaria 1 . 705 / 2004",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 189 / 2000",
"LC 189 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 189 / 2000",
"LC 189 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 189 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 189 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 189 / 2000",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC 189 / 2000",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"Brasília",
"Brasília",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"Estado de Santa Catarina",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"Estado de Santa Catarina",
"Estado de Santa Catarina",
"Estado de Santa Catarina",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Receita estadual",
"STF",
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"Segunda Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Receita Estadual",
"Receita Estadual",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Receita Estadual",
"Receita Estadual",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Receita Estadual",
"Supremo Tribunal",
"Tribunal de Justiça de Santa Catarina",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Receita Estadual",
"Supremo Tribunal",
"Tribunal de Justiça de Santa Catarina",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"TJSC",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"TJSC",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"TJSC",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"TJSC",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SC",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SC",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"GILDO ZAMPIVA",
"RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA",
"ALDA ROSA DA ROCHA",
"PÉRICLES LUIZ MEDEIROS",
"PEDRO DIMAS TADEU TORRETTI",
"ANA FLORA WINCKLER",
"ACHILES CESAR CASARIN BARROSO SILVA",
"ELIANA PACHECO MONTEIRO",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ADILAR GILDO ZAMPIVA",
"RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA",
"ALDA ROSA DA ROCHA",
"PÉRICLES LUIZ MEDEIROS",
"PEDRO DIMAS TADEU TORRETTI",
"ANA FLORA WINCKLER",
"ACHILES CESAR CASARIN BARROSO SILVA",
"ELIANA PACHECO MONTEIRO",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ADILAR GILDO ZAMPIVA",
"RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA",
"ALDA ROSA DA ROCHA",
"PÉRICLES LUIZ MEDEIROS",
"PEDRO DIMAS TADEU TORRETTI",
"ANA FLORA WINCKLER",
"ACHILES CESAR CASARIN BARROSO SILVA",
"ELIANA PACHECO MONTEIRO",
"GILMAR MENDES",
"Maurício Corrêa",
"Octavio Gallotti",
"Ellen Gracie",
"Maurício Corrêa",
"Octavio Gallotti",
"Ellen Gracie",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Carlos Britto",
"Marco Aurélio",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"LUIZ FUX",
"Carlos Britto",
"Marco Aurélio",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"LUIZ FUX",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILDO ZAMPIVA",
"RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA",
"ALDA ROSA DA ROCHA",
"PÉRICLES LUIZ MEDEIROS",
"PEDRO DIMAS TADEU TORRETTI",
"ANA FLORA WINCKLER",
"ACHILES CESAR CASARIN BARROSO SILVA",
"ELIANA PACHECO MONTEIRO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"GILMAR MENDES",
"GILDO ZAMPIVA",
"RICARDO AUGUSTO FERRO HALLA",
"ALDA ROSA DA ROCHA",
"PÉRICLES LUIZ MEDEIROS",
"PEDRO DIMAS TADEU TORRETTI",
"ANA FLORA WINCKLER",
"ACHILES CESAR CASARIN BARROSO SILVA",
"ELIANA PACHECO MONTEIRO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"12",
".",
"2003",
"17 de janeiro de 2000",
"16",
".",
"6",
".",
"2000",
"7",
".",
"3",
".",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
".",
"12",
".",
"2003",
"17 de janeiro de 2000",
"16",
".",
"6",
".",
"2000",
"7",
".",
"3",
".",
"2003",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"10",
"/",
"10",
"08",
"/",
"09",
"/",
"10",
"24",
"/",
"11",
"/",
"2010",
"22",
"/",
"10",
"/",
"2010",
"24",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"10",
"/",
"10",
"08",
"/",
"09",
"/",
"10",
"24",
"/",
"11",
"/",
"2010",
"22",
"/",
"10",
"/",
"2010",
"24",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646.966 PERNAMBUCO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE
AÇÚCAR DE PERNAMBUCO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:PHELIPPE DI CAVALCANTI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. LIMITAÇÃO TEMPORAL DO
PROGRAMA DE EQUALIZAÇÃO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO DE
CANA-DE-AÇUCAR DA REGIÃO NORDESTE. LEI N. 10.453/2002. Não
há obrigatoriedade de repasse aos produtores do nordeste dos recursos
obtidos com a arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio
Econômico – Cide combustíveis. Agravo regimental ao qual se nega
provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora.
Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085115.
Supremo Tribunal Federal
DJe 22/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646.966 PERNAMBUCO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE
AÇÚCAR DE PERNAMBUCO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:PHELIPPE DI CAVALCANTI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Em 1º de agosto de 2011, neguei seguimento ao recurso
extraordinário interposto pela Associação dos Fornecedores de Cana de
Açúcar de Pernambuco e outro contra julgado do Tribunal Regional
Federal da 5ª Região, o qual decidira que não há obrigatoriedade de
“repasse aos produtores do nordeste dos recursos obtidos com a arrecadação da
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico-Cide/combustíveis” (fl.
533).
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.
O Desembargador Federal Relator observou que:
(...) (fl. 534).
O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência
deste Supremo Tribunal, que assentou a desnecessidade de vinculação
da receita, resultante da arrecadação da Contribuição de Intervenção
no Domínio Econômico CIDE, ao benefício proporcionado.
Nesse sentido:
(...) (RE 564.901-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJe 21.2.2011).
Nada há a prover quanto às alegações da Recorrente”.
4. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085116.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646.966 PERNAMBUCO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE
AÇÚCAR DE PERNAMBUCO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:PHELIPPE DI CAVALCANTI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Em 1º de agosto de 2011, neguei seguimento ao recurso
extraordinário interposto pela Associação dos Fornecedores de Cana de
Açúcar de Pernambuco e outro contra julgado do Tribunal Regional
Federal da 5ª Região, o qual decidira que não há obrigatoriedade de
“repasse aos produtores do nordeste dos recursos obtidos com a arrecadação da
Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico-Cide/combustíveis” (fl.
533).
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“3. Razão jurídica não assiste à Recorrente.
O Desembargador Federal Relator observou que:
(...) (fl. 534).
O acórdão recorrido está em harmonia com a jurisprudência
deste Supremo Tribunal, que assentou a desnecessidade de vinculação
da receita, resultante da arrecadação da Contribuição de Intervenção
no Domínio Econômico CIDE, ao benefício proporcionado.
Nesse sentido:
(...) (RE 564.901-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJe 21.2.2011).
Nada há a prover quanto às alegações da Recorrente”.
4. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
RE 646.966 AGR / PE
557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 632-634).
2. Publicada essa decisão no DJe de 4.8.2011 (fl. 635), interpõem
Associação dos Fornecedores de Cana-de-Açúcar de Pernambuco e outro,
em 9.8.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 639-652 e 656-666).
3. Afirmam os Agravantes que “não se discute, tão somente, a
necessidade ou desnecessidade de vinculação da receita proveniente das
contribuições, mas abrange matéria mais ampla e complexa, concernente à
inconstitucionalidade do art. 7º, §§ 2º e 3º, da Lei n. 10.453/02, em face do art.
177, § 4º, II, ‘a’, e do art. 3º, IV, ambos da Constituição Federal” (fl. 663).
Requerem a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085116.
Supremo Tribunal Federal
RE 646.966 AGR / PE
557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 632-634).
2. Publicada essa decisão no DJe de 4.8.2011 (fl. 635), interpõem
Associação dos Fornecedores de Cana-de-Açúcar de Pernambuco e outro,
em 9.8.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls. 639-652 e 656-666).
3. Afirmam os Agravantes que “não se discute, tão somente, a
necessidade ou desnecessidade de vinculação da receita proveniente das
contribuições, mas abrange matéria mais ampla e complexa, concernente à
inconstitucionalidade do art. 7º, §§ 2º e 3º, da Lei n. 10.453/02, em face do art.
177, § 4º, II, ‘a’, e do art. 3º, IV, ambos da Constituição Federal” (fl. 663).
Requerem a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646.966 PERNAMBUCO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.
2. Os Agravantes insurgem contra a limitação temporal prevista no
art. 7º, §§ 2º e 3º, da Lei n. 10.453/2002, ao argumento de que o art. 177, §
4º, inc. II, alínea a, da Constituição da República “impõe o repasse
incondicional de parcela da verba arrecadada para o pagamento de subsídios a
preços e transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e
derivados de petróleo” (fl. 664).
3. Sobre o tema, o Tribunal de origem assentou:
“O meritum causae, por sua vez, é mais simples do que o que
parece, e ambienta o ponto do debate em que o ente público tem plenas
razões.
A política de equalização dos preços da cana-de-açúcar, para
compensar os produtores da região nordeste, é apenas uma das
medidas previstas na Lei n. 10.453/2002, cabendo ao Poder Executivo
a escolha da forma e da intensidade das medidas de intervenção no
domínio econômico a serem aplicadas; demais disso, a referida lei é
constitucional, mormente quanto estabelece termo para a equalização
que (também) estabelecia, justo pela discricionariedade própria que
outorga ao Executivo para determinar a política do setor de
combustíveis.
Inexiste, assim, obrigação de repasse dos recursos da
Contribuição de Intervenção no domínio econômico
CIDE/COMBUSTÍVEIS (para a equalização dos custos da cana-de-
açúcar) diretamente em favor dos produtores.
Penso que, à falta de uma legislação estabelecendo a sistemática
para compensação dos produtores de cana destinada à produção de
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646.966 PERNAMBUCO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.
2. Os Agravantes insurgem contra a limitação temporal prevista no
art. 7º, §§ 2º e 3º, da Lei n. 10.453/2002, ao argumento de que o art. 177, §
4º, inc. II, alínea a, da Constituição da República “impõe o repasse
incondicional de parcela da verba arrecadada para o pagamento de subsídios a
preços e transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e
derivados de petróleo” (fl. 664).
3. Sobre o tema, o Tribunal de origem assentou:
“O meritum causae, por sua vez, é mais simples do que o que
parece, e ambienta o ponto do debate em que o ente público tem plenas
razões.
A política de equalização dos preços da cana-de-açúcar, para
compensar os produtores da região nordeste, é apenas uma das
medidas previstas na Lei n. 10.453/2002, cabendo ao Poder Executivo
a escolha da forma e da intensidade das medidas de intervenção no
domínio econômico a serem aplicadas; demais disso, a referida lei é
constitucional, mormente quanto estabelece termo para a equalização
que (também) estabelecia, justo pela discricionariedade própria que
outorga ao Executivo para determinar a política do setor de
combustíveis.
Inexiste, assim, obrigação de repasse dos recursos da
Contribuição de Intervenção no domínio econômico
CIDE/COMBUSTÍVEIS (para a equalização dos custos da cana-de-
açúcar) diretamente em favor dos produtores.
Penso que, à falta de uma legislação estabelecendo a sistemática
para compensação dos produtores de cana destinada à produção de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 646.966 AGR / PE
álcool combustível, não cabe ao Poder Judiciário estabelecer as
políticas públicas de intervenção no domínio econômico, máxime
porque a atuação, se mantida, representaria funda agressão ao
primado constitucional da separação dos poderes” (fl. 534).
A Constituição da República estabelece que os recursos arrecadados
com a instituição da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e
seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverão
ser destinados a três instrumentos de incentivo: a) pagamento de
subsídios a preços e transportes de combustíveis; b) financiamento de
projetos ambientais; e c) financiamento de programas de infraestrutura de
transportes.
Como afirmado pelo Tribunal de origem, o programa de equalização
de custos de produção de cana-de-açúcar para a Região Nordeste
constitui apenas uma das maneiras de o Estado implementar as medidas
de intervenção no domínio econômico, não havendo que se falar em
obrigatoriedade de repasse dos recursos da Contribuição de Intervenção
no Domínio Econômico aos produtores de cana-de-açucar daquela região.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DE
INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO – CIDE. LEI
10.168/2000. DESNECESSIDADE DE LEI COMPLEMENTAR E
DE VINCULAÇÃO DIRETA ENTRE O CONTRIBUINTE E A
APLICAÇÃO DOS RECURSOS ARRECADADOS. EXTENSÃO
DE BENEFÍCIO FISCAL A CONTRIBUINTES NÃO
COMTEMPLADOS PELA LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA. PODER JUDICIÁRIO. ATUAÇÃO
COMO LEGISLADOR POSITIVO. IMPOSSIBILIDADE.
AGRAVO IMPROVIDO. I – As contribuições de intervenção no
domínio econômico podem ser criadas por lei ordinária e não exigem
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 646.966 AGR / PE
álcool combustível, não cabe ao Poder Judiciário estabelecer as
políticas públicas de intervenção no domínio econômico, máxime
porque a atuação, se mantida, representaria funda agressão ao
primado constitucional da separação dos poderes” (fl. 534).
A Constituição da República estabelece que os recursos arrecadados
com a instituição da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e
seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverão
ser destinados a três instrumentos de incentivo: a) pagamento de
subsídios a preços e transportes de combustíveis; b) financiamento de
projetos ambientais; e c) financiamento de programas de infraestrutura de
transportes.
Como afirmado pelo Tribunal de origem, o programa de equalização
de custos de produção de cana-de-açúcar para a Região Nordeste
constitui apenas uma das maneiras de o Estado implementar as medidas
de intervenção no domínio econômico, não havendo que se falar em
obrigatoriedade de repasse dos recursos da Contribuição de Intervenção
no Domínio Econômico aos produtores de cana-de-açucar daquela região.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DE
INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO – CIDE. LEI
10.168/2000. DESNECESSIDADE DE LEI COMPLEMENTAR E
DE VINCULAÇÃO DIRETA ENTRE O CONTRIBUINTE E A
APLICAÇÃO DOS RECURSOS ARRECADADOS. EXTENSÃO
DE BENEFÍCIO FISCAL A CONTRIBUINTES NÃO
COMTEMPLADOS PELA LEGISLAÇÃO DE REGÊNCIA.
PRINCÍPIO DA ISONOMIA. PODER JUDICIÁRIO. ATUAÇÃO
COMO LEGISLADOR POSITIVO. IMPOSSIBILIDADE.
AGRAVO IMPROVIDO. I – As contribuições de intervenção no
domínio econômico podem ser criadas por lei ordinária e não exigem
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 646.966 AGR / PE
vinculação direta entre o contribuinte e a aplicação dos recursos
arrecadados. Precedentes. II – Ante a impossibilidade de atuação do
Poder Judiciário como legislador positivo, não cabe a ele, com base no
princípio da isonomia, estender benefício fiscal a contribuintes não
abrangidos pela legislação pertinente. III – Agravo regimental
improvido” (RE 449.233-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Primeira Turma, DJe 10.3.2011 – grifos nossos).
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Lei no 10.168,
de 2000. Contribuição social de intervenção no domínio econômico.
Inexigência de lei complementar e de vinculação direta entre o
contribuinte e o benefício. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se
nega provimento” (RE 451.915-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes,
Segunda Turma, Dj 1º.12.2006).
4. Os argumentos dos Agravantes, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085117.
Supremo Tribunal Federal
RE 646.966 AGR / PE
vinculação direta entre o contribuinte e a aplicação dos recursos
arrecadados. Precedentes. II – Ante a impossibilidade de atuação do
Poder Judiciário como legislador positivo, não cabe a ele, com base no
princípio da isonomia, estender benefício fiscal a contribuintes não
abrangidos pela legislação pertinente. III – Agravo regimental
improvido” (RE 449.233-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Primeira Turma, DJe 10.3.2011 – grifos nossos).
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Lei no 10.168,
de 2000. Contribuição social de intervenção no domínio econômico.
Inexigência de lei complementar e de vinculação direta entre o
contribuinte e o benefício. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se
nega provimento” (RE 451.915-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes,
Segunda Turma, Dj 1º.12.2006).
4. Os argumentos dos Agravantes, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646.966
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE AÇÚCAR DE
PERNAMBUCO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : PHELIPPE DI CAVALCANTI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646.966
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE AÇÚCAR DE
PERNAMBUCO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : PHELIPPE DI CAVALCANTI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099184
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3116412 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-22T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. LIMITAÇÃO TEMPORAL DO PROGRAMA DE EQUALIZAÇÃO DE CUSTOS DE PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇUCAR DA REGIÃO NORDESTE. LEI N. 10.453/2002. Não há obrigatoriedade de repasse aos produtores do nordeste dos recursos obtidos com a arrecadação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – Cide combustíveis. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur219509 | - Acórdãos citados:
(CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO - CIDE, CANA-DE-AÇÚCAR)
STF: RE 449233 AgR (1ªT), RE 451915 AgR (2ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 28/11/2012, MAC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 646966 | [
"LEG-FED LEI-010453 ANO-2002\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | RE-AgR | acordaos | RE 646966 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE AÇÚCAR DE PERNAMBUCO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : PHELIPPE DI CAVALCANTI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGTE.(S) : SINDICATO DOS CULTIVADORES DE CANA DE PERNAMBUCO
ADV.(A/S) : TIAGO CARNEIRO LIMA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646 . 966",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646 . 966",
"RE 564 . 901 - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 646 . 966",
"RE 564 . 901 - AgR",
"RE 646 . 966 AGR / PE",
"RE 646 . 966 AGR",
"RE 646 . 966",
"RE 646 . 966",
"RE 646 . 966 AGR / PE",
"RE 449 . 233 - AgR",
"RE 451 . 915 - AgR",
"RE 646 . 966 AGR / PE",
"RE 449 . 233 - AgR",
"RE 451 . 915 - AgR",
"RECURSO"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI N . 10 . 453 / 2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , § § [UNK] e [UNK] , da Lei n . 10 . 453 / 02",
"art . 177 , § [UNK] , II , ‘ a ’ , e do art . [UNK] , IV , ambos da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"/",
"PE",
"557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , § § [UNK] e [UNK] , da Lei n . 10 . 453 / 02",
"art . 177 , § [UNK] , II , ‘ a ’ , e do art . [UNK] , IV , ambos da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § § [UNK] e [UNK] , da Lei n . 10 . 453 / 2002",
"[UNK] , inc . II , alínea a , da Constituição da República",
"Lei n . 10 . 453 / 2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § § [UNK] e [UNK] , da Lei n . 10 . 453 / 2002",
"art . 177 , § [UNK] , inc . II , alínea a , da Constituição da República",
"Lei n . 10 . 453 / 2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"LEI 10 . 168 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"LEI 10 . 168 / 2000",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei no 10 . 168",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei no 10 . 168",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PERNAMBUCO",
"REGIÃO NORDESTE",
"nordeste",
"Brasília",
"PERNAMBUCO",
"nordeste",
"PERNAMBUCO",
"nordeste",
"PERNAMBUCO",
"região nordeste",
"PERNAMBUCO",
"região nordeste",
"Região Nordeste",
"Região Nordeste",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE AÇÚCAR DE PERNAMBUCO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Associação dos Fornecedores de Cana de Açúcar de Pernambuco",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE AÇÚCAR DE PERNAMBUCO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"Associação dos Fornecedores de Cana de Açúcar de Pernambuco",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Associação dos Fornecedores de Cana - de - Açúcar de Pernambuco",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Associação dos Fornecedores de Cana - de - Açúcar de Pernambuco",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"PE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"ASSOCIAÇÃO DOS FORNECEDORES DE CANA DE AÇÚCAR DE PERNAMBUCO",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"PHELIPPE DI CAVALCANTI",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"PHELIPPE DI CAVALCANTI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"PHELIPPE DI CAVALCANTI",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"PHELIPPE DI CAVALCANTI",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"PHELIPPE DI CAVALCANTI",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"[UNK] de agosto de 2011",
"21",
".",
"2",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"[UNK] de agosto de 2011",
"21",
".",
"2",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4",
".",
"8",
".",
"2011",
"9",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4",
".",
"8",
".",
"2011",
"9",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
".",
"3",
".",
"2011",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
".",
"3",
".",
"2011",
"2000",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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".",
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".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.552 SANTA
CATARINA
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:TRANSPORTES MARVEL LTDA
ADV.(A/S)
:PEDRO
AIRTON
SOARES
DE
CAMARGO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SILVIO RICARDO DA SILVA
ADV.(A/S)
:RAFAELA DE MELLO MACHADO E OUTRO(A/S)
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Negativa de prestação jurisdicional. Art. 5º, incisos XXXV e LV, da CF.
Ofensa reflexa. Horas extras. Cláusulas contratuais. Fatos e provas.
Reexame. Impossibilidade. Precedentes.
1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante
decisão suficientemente fundamentada.
2. A afronta aos princípios do contraditório, da ampla defesa e da
inafastabilidade da prestação jurisdicional, quando depende, para ser
reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais,
configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República.
3. Inadmissível em recurso extraordinário o reexame dos fatos e das
provas da causa e a interpretação de cláusulas contratuais. Incidência das
Súmulas nºs 279 e 454/STF.
4. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
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Supremo Tribunal Federal
DJe 10/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 18
Ementa e Acórdão
ARE 711.552 AGR / SC
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 711.552 AGR / SC
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 18
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.552 SANTA
CATARINA
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:TRANSPORTES MARVEL LTDA
ADV.(A/S)
:PEDRO
AIRTON
SOARES
DE
CAMARGO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SILVIO RICARDO DA SILVA
ADV.(A/S)
:RAFAELA DE MELLO MACHADO E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Transportes Marvel Ltda. interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que se conheceu de agravo para negar seguimento ao
recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Oitava
Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:
‘AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
RECURSO DE REVISTA. MOTORISTA DE CAMINHÃO.
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO.COMISSÃO.
HORA EXTRA. INTERVALOS. Confirmada a ordem de
obstaculização do Agravo de Instrumento, na medida em
que não demonstrada a satisfação dos requisitos de
admissibilidade insculpidos no artigo 896 da CLT. Agravo
não provido’.
Opostos embargos de declaração, foram acolhidos para
prestar esclarecimentos.
No recurso extraordinário, sustenta-se violação dos
artigos 5º, incisos XXXV, LV e LXXVIII, 7º, incisos VI e XXVI, e
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113367.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.552 SANTA
CATARINA
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:TRANSPORTES MARVEL LTDA
ADV.(A/S)
:PEDRO
AIRTON
SOARES
DE
CAMARGO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SILVIO RICARDO DA SILVA
ADV.(A/S)
:RAFAELA DE MELLO MACHADO E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Transportes Marvel Ltda. interpõe tempestivo agravo regimental
contra decisão em que se conheceu de agravo para negar seguimento ao
recurso extraordinário, com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Oitava
Turma do Tribunal Superior do Trabalho, assim ementado:
‘AGRAVO. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
RECURSO DE REVISTA. MOTORISTA DE CAMINHÃO.
CONTROLE DA JORNADA DE TRABALHO.COMISSÃO.
HORA EXTRA. INTERVALOS. Confirmada a ordem de
obstaculização do Agravo de Instrumento, na medida em
que não demonstrada a satisfação dos requisitos de
admissibilidade insculpidos no artigo 896 da CLT. Agravo
não provido’.
Opostos embargos de declaração, foram acolhidos para
prestar esclarecimentos.
No recurso extraordinário, sustenta-se violação dos
artigos 5º, incisos XXXV, LV e LXXVIII, 7º, incisos VI e XXVI, e
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 18
Relatório
ARE 711.552 AGR / SC
93, inciso IX, da Constituição Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, haja vista que não
houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de
motivação no acórdão recorrido. A jurisdição foi prestada, no
caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante
contrária à pretensão da parte recorrente, tendo o Tribunal de
origem justificado suas razões de decidir.
Anote-se que o referido artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-
se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que
fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de
seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº
181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen
Gracie, DJ de 18/5/01).
Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal
Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios
constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e
da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de
normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 711.552 AGR / SC
93, inciso IX, da Constituição Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade
do recurso por outra razão’.
Não merece prosperar a irresignação, haja vista que não
houve negativa de prestação jurisdicional ou inexistência de
motivação no acórdão recorrido. A jurisdição foi prestada, no
caso, mediante decisão suficientemente motivada, não obstante
contrária à pretensão da parte recorrente, tendo o Tribunal de
origem justificado suas razões de decidir.
Anote-se que o referido artigo 93, inciso IX, da
Constituição Federal não exige que o órgão judicante manifeste-
se sobre todos os argumentos de defesa apresentados, mas que
fundamente as razões que entendeu suficientes à formação de
seu convencimento (RE nº 463.139/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº
181.039/SP-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Ellen
Gracie, DJ de 18/5/01).
Por outro lado, a jurisprudência deste Supremo Tribunal
Federal é firme no sentido de que afronta aos princípios
constitucionais da legalidade, do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e
da prestação jurisdicional, se dependente de reexame prévio de
normas infraconstitucionais, seria indireta ou reflexa. Nesse
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Relatório
ARE 711.552 AGR / SC
sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS
CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise
da legislação infraconstitucional e do reexame de provas
na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes
de reexame de normas infraconstitucionais, podem
configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da
República’ (AI nº 594.887/SP-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).
Ademais, o Tribunal de origem, reiterando os
fundamentos do acórdão do Tribunal Regional, consignou que:
‘Demonstrado
que,
mesmo
trabalhando
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 711.552 AGR / SC
sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DESPESAS
CONDOMINIAIS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO. 1. Impossibilidade da análise
da legislação infraconstitucional e do reexame de provas
na via do recurso extraordinário. 2. A jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido de que as
alegações de afronta aos princípios do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, se dependentes
de reexame de normas infraconstitucionais, podem
configurar apenas ofensa reflexa à Constituição da
República’ (AI nº 594.887/SP-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 30/11/07).
‘AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALEGAÇÃO DE
OFENSA AO POSTULADO DA MOTIVAÇÃO DOS ATOS
DECISÓRIOS - INOCORRÊNCIA - AUSÊNCIA DE
OFENSA DIRETA À CONSTITUIÇÃO - RECURSO
IMPROVIDO. O Supremo Tribunal Federal deixou
assentado que, em regra, as alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição, circunstância
essa que impede a utilização do recurso extraordinário.
Precedentes’ (AI nº 360.265/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 20/9/02).
Ademais, o Tribunal de origem, reiterando os
fundamentos do acórdão do Tribunal Regional, consignou que:
‘Demonstrado
que,
mesmo
trabalhando
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Relatório
ARE 711.552 AGR / SC
externamente, havia o controle de jornada através de
rastreamento e controle de cargas, faz jus o trabalhador ao
pagamento das horas trabalhadas além dos limites
máximos estabelecidos, na legislação trabalhista.
(...) Incontroverso que o autor realizava atividades
exclusivamente externas, em viagens de longa distância.
No entanto, o simples fato de realizar viagens não
lhe retira, a princípio, o direito de receber horas extras.
Isto acontece porque ficou demonstrado nos autos
que o reclamante sempre trabalhou com caminhões com
tacógrafos que eram entregues à reclamada ao final de
cada jornada (preposto reclamada - AT 2539-2008 fls.
600/601). O qual informou ainda que a empresa, mediante
equipamento instalado no caminhão, enviava cerca de três
mensagens ao dia; ser tecnicamente possível o bloqueio do
caminhão: que durante as descargas, aduanas, etc, o
motorista tinha liberdade de locomoção, não devendo,
entretanto, abandonar por completo o caminhão: que o
monitoramento por satélite empregado, e que havia no
caminhão, é feito por empregados da ré durante 24 horas
por dia: que os caminhões não rodam entre a meia noite e
04 horas da manhã: que o motorista, no momento do
pernoite, avisa o sistema para que o caminhão seja
bloqueado, pedindo o desbloqueio para seguir viagem:
que as rotas são predeterminadas: que os abastecimentos
são realizados em postos de apoio: existir uma sirene no
caminhão que alerta o motorista no caso de não respostas
ou horário limite de pernoite.
Tais afirmações são, em linhas gerais, as mesmas
realizadas também pelo representante da empresa na AT
2552-2008 - fls. 609/610.
Esse mesmo representante, em ambas as ações
também afirma que, apesar de não haver horário
determinado para a saída, havia previsão de chegada ao
cliente e que, além disso, havia um sistema de premiação
com vários itens aos motoristas, sendo que dentre esses
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externamente, havia o controle de jornada através de
rastreamento e controle de cargas, faz jus o trabalhador ao
pagamento das horas trabalhadas além dos limites
máximos estabelecidos, na legislação trabalhista.
(...) Incontroverso que o autor realizava atividades
exclusivamente externas, em viagens de longa distância.
No entanto, o simples fato de realizar viagens não
lhe retira, a princípio, o direito de receber horas extras.
Isto acontece porque ficou demonstrado nos autos
que o reclamante sempre trabalhou com caminhões com
tacógrafos que eram entregues à reclamada ao final de
cada jornada (preposto reclamada - AT 2539-2008 fls.
600/601). O qual informou ainda que a empresa, mediante
equipamento instalado no caminhão, enviava cerca de três
mensagens ao dia; ser tecnicamente possível o bloqueio do
caminhão: que durante as descargas, aduanas, etc, o
motorista tinha liberdade de locomoção, não devendo,
entretanto, abandonar por completo o caminhão: que o
monitoramento por satélite empregado, e que havia no
caminhão, é feito por empregados da ré durante 24 horas
por dia: que os caminhões não rodam entre a meia noite e
04 horas da manhã: que o motorista, no momento do
pernoite, avisa o sistema para que o caminhão seja
bloqueado, pedindo o desbloqueio para seguir viagem:
que as rotas são predeterminadas: que os abastecimentos
são realizados em postos de apoio: existir uma sirene no
caminhão que alerta o motorista no caso de não respostas
ou horário limite de pernoite.
Tais afirmações são, em linhas gerais, as mesmas
realizadas também pelo representante da empresa na AT
2552-2008 - fls. 609/610.
Esse mesmo representante, em ambas as ações
também afirma que, apesar de não haver horário
determinado para a saída, havia previsão de chegada ao
cliente e que, além disso, havia um sistema de premiação
com vários itens aos motoristas, sendo que dentre esses
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 18
Relatório
ARE 711.552 AGR / SC
itens está a pontualidade quanto as previsões de chegada.
Assim, apenas com informações colhidas por
representantes da empresa, através de prova emprestada,
carreada aos autos por determinação do próprio juiz
instrutor da causa e sem qualquer impugnação por parte
da reclamada (fl. 596), não é possível ser sustentada a tese
de defesa e acolhida pelo primeiro grau, já que patente a
vigilância ostensiva em relação ao caminhão dirigido pelo
autor e, por consequência, ao horário laborado por ele,
ante o monitoramento 24 horas por dia sofrido.
(...) Posto isso, tenho que, no presente caso, apesar de
o autor trabalhar em viagens, de forma externa, controle
de jornada havia de maneira minuciosa.
Se isso não bastasse, as próprias testemunhas da
reclamada nas ações já mencionadas, bem como os
representantes da empresa, afirmam que a jornada de
trabalho era de 8 a 10 horas diárias, podendo também
haver trabalho em sábados domingos e feriados.
Assim, com base na prova testemunhal emprestada e
pelas declarações do autor apontadas na inicial, e ante a
não apresentação de controle de jornada pela reclamada,
fixo a jornada do autor das 7h às 23h, com 1h 10min de
intervalo’.
Verifica-se desse modo que, para superar o entendimento
firmado no acórdão recorrido, seria necessário o reexame do
contrato de trabalho estabelecido entre as partes e do conjunto
fático-probatório carreado aos autos, o que é incabível na via
extraordinária. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454 desta
Corte. Nesse sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ACORDO COLETIVO.
VIOLAÇÃO AO ARTIGO 623 DA CLT. NORMA
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE CLÁUSULAS
DE CONTRATO. IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO
5
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itens está a pontualidade quanto as previsões de chegada.
Assim, apenas com informações colhidas por
representantes da empresa, através de prova emprestada,
carreada aos autos por determinação do próprio juiz
instrutor da causa e sem qualquer impugnação por parte
da reclamada (fl. 596), não é possível ser sustentada a tese
de defesa e acolhida pelo primeiro grau, já que patente a
vigilância ostensiva em relação ao caminhão dirigido pelo
autor e, por consequência, ao horário laborado por ele,
ante o monitoramento 24 horas por dia sofrido.
(...) Posto isso, tenho que, no presente caso, apesar de
o autor trabalhar em viagens, de forma externa, controle
de jornada havia de maneira minuciosa.
Se isso não bastasse, as próprias testemunhas da
reclamada nas ações já mencionadas, bem como os
representantes da empresa, afirmam que a jornada de
trabalho era de 8 a 10 horas diárias, podendo também
haver trabalho em sábados domingos e feriados.
Assim, com base na prova testemunhal emprestada e
pelas declarações do autor apontadas na inicial, e ante a
não apresentação de controle de jornada pela reclamada,
fixo a jornada do autor das 7h às 23h, com 1h 10min de
intervalo’.
Verifica-se desse modo que, para superar o entendimento
firmado no acórdão recorrido, seria necessário o reexame do
contrato de trabalho estabelecido entre as partes e do conjunto
fático-probatório carreado aos autos, o que é incabível na via
extraordinária. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454 desta
Corte. Nesse sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ACORDO COLETIVO.
VIOLAÇÃO AO ARTIGO 623 DA CLT. NORMA
INFRACONSTITUCIONAL. REEXAME DE CLÁUSULAS
DE CONTRATO. IMPOSSIBILIDADE DE APRECIAÇÃO
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Relatório
ARE 711.552 AGR / SC
NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A violação
constitucional dependente da análise de malferimento de
dispositivo infraconstitucional encerra ofensa reflexa e
oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário.
Precedentes: RE 596.682 Rel. Min. Carlos Britto, Dje de
21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de
08/09/10. 2. A convenção coletiva do trabalho e o
cumprimento de suas cláusulas investe a Corte na
sindicalidade de questões inviáveis à sua cognição.
Precedentes: AI n. 750.752, Rel. a Min. Cármen Lúcia, DJe
de 27.5.09, e AI 657.925-AgR, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, Primeira Turma, DJe de 14.9.07. 3. Agravo
regimental desprovido’ (AI nº 808.502/MA-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJ de 28/3/11).
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO
DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. INTERVALO
INTRAJORNADA.
HORAS
EXTRAS.
FÉRIAS.
CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE
REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO’ (AI nº 750.547/MG-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 29/10/09).
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.”
Insiste o agravante que foram violados os arts. 5º, incisos XXXV, LV e
LXXVIII; 7º, incisos VI e XXVI; e 93, inciso IX, da Constituição Federal.
Aduz, in verbis, que,
“(...) tendo a Agravante demonstrado a repercussão geral
das questões constitucionais discutidas no presente caso,
6
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Supremo Tribunal Federal
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NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. A violação
constitucional dependente da análise de malferimento de
dispositivo infraconstitucional encerra ofensa reflexa e
oblíqua, tornando inadmissível o recurso extraordinário.
Precedentes: RE 596.682 Rel. Min. Carlos Britto, Dje de
21/10/10, e o AI 808.361, Rel. Min. Marco Aurélio, Dje de
08/09/10. 2. A convenção coletiva do trabalho e o
cumprimento de suas cláusulas investe a Corte na
sindicalidade de questões inviáveis à sua cognição.
Precedentes: AI n. 750.752, Rel. a Min. Cármen Lúcia, DJe
de 27.5.09, e AI 657.925-AgR, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, Primeira Turma, DJe de 14.9.07. 3. Agravo
regimental desprovido’ (AI nº 808.502/MA-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Luiz Fux, DJ de 28/3/11).
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO
DE INSTRUMENTO. TRABALHISTA. INTERVALO
INTRAJORNADA.
HORAS
EXTRAS.
FÉRIAS.
CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE
REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO’ (AI nº 750.547/MG-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 29/10/09).
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.”
Insiste o agravante que foram violados os arts. 5º, incisos XXXV, LV e
LXXVIII; 7º, incisos VI e XXVI; e 93, inciso IX, da Constituição Federal.
Aduz, in verbis, que,
“(...) tendo a Agravante demonstrado a repercussão geral
das questões constitucionais discutidas no presente caso,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 18
Relatório
ARE 711.552 AGR / SC
principalmente quanto a violação ao artigo 5º, inciso LXXVIII,
nos termos do artigo 102, § 3º do STF, somente caberá ao
Plenário do STF (por 2/3 de seus membros) deixar de conhecer
do recurso extraordinário por falta de repercussão geral.
(…) a violação e a interpretação equivocada de
dispositivos Constitucionais acabaram gerando uma ação
trabalhista de valor extremamente vultoso e indevido, pois, hoje
a ação está sendo liquidada em aproximadamente R$
1.000.000,00 (um milhão de reais).
(…) em toda a decisão observa-se que houve menção
apenas a tese ventilada pela Agravante de violação do artigo 93,
inciso IX, da Constituição Federal.
(…) o tema inserido no Recurso Extraordinário e no
Agravo não se coaduna inteiramente com o citado na decisão
guerreada, pois, como visto a questão principiológica atinente
ao princípio da razoável duração do processo não foi objeto de
exame pelo Relator, de modo que se mostra imperioso a análise
aprofundada da matéria pelo Plenário ou pela Turma,
conforme artigo 317 do Regimento Interno do STF.
(…) a matéria em discussão – não aplicação de horas
extras aos motoristas (exceção do artigo 62, I, da CLT) e
diferenças de salário encontra-se no âmbito da livre negociação
coletiva, sem evidências de prejuízo ao trabalhador, razão pela
qual a sua proibição e não aplicabilidade viola diretamente e
literalmente o art. 7º, XXVI da CF/88, sendo certo que essa
análise prescinde da interpretação da legislação
infraconstitucional”.
É o relatório.
7
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principalmente quanto a violação ao artigo 5º, inciso LXXVIII,
nos termos do artigo 102, § 3º do STF, somente caberá ao
Plenário do STF (por 2/3 de seus membros) deixar de conhecer
do recurso extraordinário por falta de repercussão geral.
(…) a violação e a interpretação equivocada de
dispositivos Constitucionais acabaram gerando uma ação
trabalhista de valor extremamente vultoso e indevido, pois, hoje
a ação está sendo liquidada em aproximadamente R$
1.000.000,00 (um milhão de reais).
(…) em toda a decisão observa-se que houve menção
apenas a tese ventilada pela Agravante de violação do artigo 93,
inciso IX, da Constituição Federal.
(…) o tema inserido no Recurso Extraordinário e no
Agravo não se coaduna inteiramente com o citado na decisão
guerreada, pois, como visto a questão principiológica atinente
ao princípio da razoável duração do processo não foi objeto de
exame pelo Relator, de modo que se mostra imperioso a análise
aprofundada da matéria pelo Plenário ou pela Turma,
conforme artigo 317 do Regimento Interno do STF.
(…) a matéria em discussão – não aplicação de horas
extras aos motoristas (exceção do artigo 62, I, da CLT) e
diferenças de salário encontra-se no âmbito da livre negociação
coletiva, sem evidências de prejuízo ao trabalhador, razão pela
qual a sua proibição e não aplicabilidade viola diretamente e
literalmente o art. 7º, XXVI da CF/88, sendo certo que essa
análise prescinde da interpretação da legislação
infraconstitucional”.
É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.552 SANTA
CATARINA
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Inicialmente, quanto à alegação de obrigatoriedade do julgamento
do recurso extraordinário no Plenário desta Corte, para a análise da
existência de possível repercussão geral dos temas suscitados no recurso
extraordinário, é certo que, conforme consignado na decisão agravada, o
referido procedimento somente ocorrerá “quando não for o caso de
inadmissibilidade do recurso por outra razão”.
Ademais, o art. 557, caput, do Código de Processo Civil permite ao
Relator negar “seguimento ao recurso manifestamente inadmissível,
improcedente, prejudicado ou em confronto com a súmula ou com
jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal
Federal, ou de Tribunal Superior”. Também o art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal faculta ao Relator “negar
seguimento a pedido ou recurso manifestamente intempestivo, incabível
ou improcedente e, ainda, quando contrariar a jurisprudência
predominante no Tribunal”.
Ressalte-se, especificamente no tocante à alegada violação do art. 93,
inciso IX, da Constituição Federal, que esta Corte reconheceu a
repercussão geral do tema, no exame do AI nº 791.292/PE-QO-RG, e
reafirmou a jurisprudência já assentada, a qual foi adotada na decisão ora
agravada.
Desse modo, reafirmo que não houve negativa de prestação
jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão recorrido, uma vez
que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente
motivada, não obstante contrária à pretensão dos recorrentes, tendo o
Tribunal de origem explicitado suas razões de decidir.
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.552 SANTA
CATARINA
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Inicialmente, quanto à alegação de obrigatoriedade do julgamento
do recurso extraordinário no Plenário desta Corte, para a análise da
existência de possível repercussão geral dos temas suscitados no recurso
extraordinário, é certo que, conforme consignado na decisão agravada, o
referido procedimento somente ocorrerá “quando não for o caso de
inadmissibilidade do recurso por outra razão”.
Ademais, o art. 557, caput, do Código de Processo Civil permite ao
Relator negar “seguimento ao recurso manifestamente inadmissível,
improcedente, prejudicado ou em confronto com a súmula ou com
jurisprudência dominante do respectivo tribunal, do Supremo Tribunal
Federal, ou de Tribunal Superior”. Também o art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal faculta ao Relator “negar
seguimento a pedido ou recurso manifestamente intempestivo, incabível
ou improcedente e, ainda, quando contrariar a jurisprudência
predominante no Tribunal”.
Ressalte-se, especificamente no tocante à alegada violação do art. 93,
inciso IX, da Constituição Federal, que esta Corte reconheceu a
repercussão geral do tema, no exame do AI nº 791.292/PE-QO-RG, e
reafirmou a jurisprudência já assentada, a qual foi adotada na decisão ora
agravada.
Desse modo, reafirmo que não houve negativa de prestação
jurisdicional ou inexistência de motivação no acórdão recorrido, uma vez
que a jurisdição foi prestada, no caso, mediante decisão suficientemente
motivada, não obstante contrária à pretensão dos recorrentes, tendo o
Tribunal de origem explicitado suas razões de decidir.
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ARE 711.552 AGR / SC
O referido art. 93, inciso IX, da Constituição Federal não determina
que o órgão judicante se manifeste sobre todos os argumentos de defesa
apresentados, mas, sim, que ele explicite as razões que entendeu
suficientes à formação de seu convencimento. Sobre o tema, anotem-se os
seguintes precedentes:
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVIDO PROCESSO LEGAL,
AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. OFENSA REFLEXA
AO TEXTO CONSTITUCIONAL. ART. 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO.
DECISÃO
SUFICIENTEMENTE
FUNDAMENTADA. ANÁLISE DE FATOS E PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO
IMPROVIDO. I - A alegada violação aos postulados
constitucionais do devido processo legal, ampla defesa e
contraditório, em regra, configura ofensa reflexa ao texto
constitucional. II - A exigência do art. 93, IX, da Constituição,
não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada,
bastando que o julgador informe, de forma clara e concisa, as
razões de seu convencimento, tal como ocorreu no caso em tela.
III - Necessidade do reexame do contexto fático probatório que
envolve a matéria, o que é inadmissível em recurso
extraordinário. Incidência da Súmula 279 do STF. IV - Agravo
regimental improvido” (AI nº 653.010/DF-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de
29/8/08).
“AGRAVO REGIMENTAL. OFENSA AO ART. 93, IX, DA
CF/88. INEXISTÊNCIA. Acórdão recorrido que se encontra
devidamente fundamentado, ainda que com sua
fundamentação não concorde o ora agravante. O órgão
judicante não é obrigado a se manifestar sobre todas as teses
apresentadas pela defesa, bastando que aponte
fundamentadamente as razões de seu convencimento. Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE nº 463.139/RJ-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de
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O referido art. 93, inciso IX, da Constituição Federal não determina
que o órgão judicante se manifeste sobre todos os argumentos de defesa
apresentados, mas, sim, que ele explicite as razões que entendeu
suficientes à formação de seu convencimento. Sobre o tema, anotem-se os
seguintes precedentes:
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVIDO PROCESSO LEGAL,
AMPLA DEFESA E CONTRADITÓRIO. OFENSA REFLEXA
AO TEXTO CONSTITUCIONAL. ART. 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO.
DECISÃO
SUFICIENTEMENTE
FUNDAMENTADA. ANÁLISE DE FATOS E PROVAS.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279 DO STF. AGRAVO
IMPROVIDO. I - A alegada violação aos postulados
constitucionais do devido processo legal, ampla defesa e
contraditório, em regra, configura ofensa reflexa ao texto
constitucional. II - A exigência do art. 93, IX, da Constituição,
não impõe seja a decisão exaustivamente fundamentada,
bastando que o julgador informe, de forma clara e concisa, as
razões de seu convencimento, tal como ocorreu no caso em tela.
III - Necessidade do reexame do contexto fático probatório que
envolve a matéria, o que é inadmissível em recurso
extraordinário. Incidência da Súmula 279 do STF. IV - Agravo
regimental improvido” (AI nº 653.010/DF-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de
29/8/08).
“AGRAVO REGIMENTAL. OFENSA AO ART. 93, IX, DA
CF/88. INEXISTÊNCIA. Acórdão recorrido que se encontra
devidamente fundamentado, ainda que com sua
fundamentação não concorde o ora agravante. O órgão
judicante não é obrigado a se manifestar sobre todas as teses
apresentadas pela defesa, bastando que aponte
fundamentadamente as razões de seu convencimento. Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE nº 463.139/RJ-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJ de
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3/2/06).
No tocante ao art. 5º, incisos XXXV e LV, da Constituição Federal, a
jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta
aos princípios da ampla defesa, do contraditório e da inafastabilidade da
prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal,
da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa
indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o
reexame da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA E
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. PRESCRIÇÃO. 1. Alegada
contrariedade aos princípios constitucionais da legalidade, do
contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, do ato
jurídico perfeito e da inafastabilidade da prestação
jurisdicional. Necessidade de análise de normas
infraconstitucionais: ofensa constitucional indireta. Precedentes.
2. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE nº
681.643/AL-AgR, Primeira Turma, Relatora a ministra Cármen
Lúcia, DJe de 26/6/12).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL.
SERVIDOR PÚBLICO. REAJUSTES DA LEI N. 10.395/95.
REITERAÇÃO DA MESMA PRETENSÃO. COISA JULGADA.
ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTS. 5º, XXXV, LIV E LV, 37,
39, § 1º, 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. DECISÃO
QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. 1.
A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente
da necessidade de análise de malferimento de dispositivo
infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário.
Precedentes. 2. Os princípios da legalidade, do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das
decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada,
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3/2/06).
No tocante ao art. 5º, incisos XXXV e LV, da Constituição Federal, a
jurisprudência desta Corte está consolidada no sentido de que a afronta
aos princípios da ampla defesa, do contraditório e da inafastabilidade da
prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal,
da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa
indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o
reexame da matéria em recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA E
PROCESSUAL CIVIL. EXECUÇÃO. PRESCRIÇÃO. 1. Alegada
contrariedade aos princípios constitucionais da legalidade, do
contraditório, da ampla defesa, do devido processo legal, do ato
jurídico perfeito e da inafastabilidade da prestação
jurisdicional. Necessidade de análise de normas
infraconstitucionais: ofensa constitucional indireta. Precedentes.
2. Agravo regimental ao qual se nega provimento” (ARE nº
681.643/AL-AgR, Primeira Turma, Relatora a ministra Cármen
Lúcia, DJe de 26/6/12).
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL.
SERVIDOR PÚBLICO. REAJUSTES DA LEI N. 10.395/95.
REITERAÇÃO DA MESMA PRETENSÃO. COISA JULGADA.
ALEGAÇÃO DE AFRONTA AOS ARTS. 5º, XXXV, LIV E LV, 37,
39, § 1º, 93, IX, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. DECISÃO
QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. 1.
A violação reflexa e oblíqua da Constituição Federal decorrente
da necessidade de análise de malferimento de dispositivo
infraconstitucional torna inadmissível o recurso extraordinário.
Precedentes. 2. Os princípios da legalidade, do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, da motivação das
decisões judiciais, bem como os limites da coisa julgada,
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quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio
de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou
reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a
abertura da instância extraordinária. Precedentes. 3. In casu, o
acórdão recorrido assentou: ‘Apelação cível. Servidor público.
Política de vencimentos do Estado. Reajustes da Lei 10.395/95.
Litispendência. Coisa julgada. Pedido já decidido em demanda
anterior. A reiteração da mesma pretensão caracteriza coisa
julgada. Apelo desprovido’ 4. Agravo Regimental a que se nega
provimento” (AI nº 762.867/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o
Ministro Luiz Fux, DJe de 1/10/12).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. MILITAR TEMPORÁRIO. FORÇAS
ARMADAS. CONCLUSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO.
LICENCIAMENTO. LEI 6.880/1980. DECRETO 880/1993.
INTERPRETAÇÃO
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME
DO
CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO
E
A
INTERPRETAÇÃO
DE
CLÁUSULAS
EDITALÍCIAS.
SÚMULAS 279 E 454 DO STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. REPREAPRECIAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS.
OFENSA INDIRETA. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART.
5º, XXXV e LV, DA CF. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO
ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. ACÓRDÃO
RECORRIDO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO
IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário
quando sua análise implica rever a interpretação de normas
infraconstitucionais que fundamentam a decisão a quo. A
afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. II -
Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto
fático-probatório constante dos autos e de cláusulas editalícias.
Incidência das Súmulas 279 e 454 do STF. III - O Tribunal
entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade
ao princípio da legalidade quando a verificação da ofensa
4
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Supremo Tribunal Federal
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quando a verificação de sua ofensa dependa do reexame prévio
de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou
reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a
abertura da instância extraordinária. Precedentes. 3. In casu, o
acórdão recorrido assentou: ‘Apelação cível. Servidor público.
Política de vencimentos do Estado. Reajustes da Lei 10.395/95.
Litispendência. Coisa julgada. Pedido já decidido em demanda
anterior. A reiteração da mesma pretensão caracteriza coisa
julgada. Apelo desprovido’ 4. Agravo Regimental a que se nega
provimento” (AI nº 762.867/RS-AgR, Primeira Turma, Relator o
Ministro Luiz Fux, DJe de 1/10/12).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. MILITAR TEMPORÁRIO. FORÇAS
ARMADAS. CONCLUSÃO DE TEMPO DE SERVIÇO.
LICENCIAMENTO. LEI 6.880/1980. DECRETO 880/1993.
INTERPRETAÇÃO
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. REEXAME
DO
CONJUNTO
FÁTICO-PROBATÓRIO
E
A
INTERPRETAÇÃO
DE
CLÁUSULAS
EDITALÍCIAS.
SÚMULAS 279 E 454 DO STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE. REPREAPRECIAÇÃO DE
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS INFRACONSTITUCIONAIS.
OFENSA INDIRETA. ALEGADA CONTRARIEDADE AO ART.
5º, XXXV e LV, DA CF. OFENSA REFLEXA. VIOLAÇÃO AO
ART. 93, IX, DA CF. INOCORRÊNCIA. ACÓRDÃO
RECORRIDO DEVIDAMENTE FUNDAMENTADO. AGRAVO
IMPROVIDO. I - É inadmissível o recurso extraordinário
quando sua análise implica rever a interpretação de normas
infraconstitucionais que fundamentam a decisão a quo. A
afronta à Constituição, se ocorrente, seria apenas indireta. II -
Inviável em recurso extraordinário o reexame do conjunto
fático-probatório constante dos autos e de cláusulas editalícias.
Incidência das Súmulas 279 e 454 do STF. III - O Tribunal
entende não ser cabível a interposição de RE por contrariedade
ao princípio da legalidade quando a verificação da ofensa
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ARE 711.552 AGR / SC
envolva a reapreciação de interpretação dada a normas
infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).
Precedentes. IV - A orientação desta Corte, por meio da
remansosa jurisprudência, é a de que, em regra, a alegada
violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, quando
dependente de exame de legislação infraconstitucional,
configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o
que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário.
Precedentes. V - Não há negativa de prestação jurisdicional,
tampouco contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando
o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado.
Precedentes. VI - Agravo regimental improvido” (RE
661.393/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 18/9/12).
De resto, colhe-se do acórdão recorrido:
“(...) o TRT decidiu com suporte nas provas, o que atrai a
incidência da Súmula nº. 126 do TST.
Quanto à comissão, a adoção do percentual mais elevado
que o estipulado na CCT deu-se porque, em determinadas
situações, o pagamento da comissão de 9% levou à ilação de ter
sido pactuado esse percentual entre as partes.
Em relação às horas extras, melhor sorte não lhe socorre,
pois ficou comprovado o controle da jornada por equipamento
para envio de mensagens, monitoramento pela empresa nas 24
horas diárias, bloqueio do caminhão para pernoite, rotas e
abastecimentos predeterminados, sirene para alertar o
motorista da necessidade de comunicação.
Ressalte-se, ainda, não caracterizado dissenso
jurisprudencial, pois o paradigma não adotou tese sobre os
vários tipos de controle citados pelo Colegiado Regional.
No tocante aos intervalos, o TRT decidiu em perfeita
sintonia com a OJ nº 355 da SBDI-1 do TST.
No mais, não se vislumbra a alegada violação dos
dispositivos de lei e da Constituição Federal invocados,
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envolva a reapreciação de interpretação dada a normas
infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula 636 do STF).
Precedentes. IV - A orientação desta Corte, por meio da
remansosa jurisprudência, é a de que, em regra, a alegada
violação ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição, quando
dependente de exame de legislação infraconstitucional,
configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o
que inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário.
Precedentes. V - Não há negativa de prestação jurisdicional,
tampouco contrariedade ao art. 93, IX, da Constituição, quando
o acórdão recorrido encontra-se suficientemente fundamentado.
Precedentes. VI - Agravo regimental improvido” (RE
661.393/DF-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 18/9/12).
De resto, colhe-se do acórdão recorrido:
“(...) o TRT decidiu com suporte nas provas, o que atrai a
incidência da Súmula nº. 126 do TST.
Quanto à comissão, a adoção do percentual mais elevado
que o estipulado na CCT deu-se porque, em determinadas
situações, o pagamento da comissão de 9% levou à ilação de ter
sido pactuado esse percentual entre as partes.
Em relação às horas extras, melhor sorte não lhe socorre,
pois ficou comprovado o controle da jornada por equipamento
para envio de mensagens, monitoramento pela empresa nas 24
horas diárias, bloqueio do caminhão para pernoite, rotas e
abastecimentos predeterminados, sirene para alertar o
motorista da necessidade de comunicação.
Ressalte-se, ainda, não caracterizado dissenso
jurisprudencial, pois o paradigma não adotou tese sobre os
vários tipos de controle citados pelo Colegiado Regional.
No tocante aos intervalos, o TRT decidiu em perfeita
sintonia com a OJ nº 355 da SBDI-1 do TST.
No mais, não se vislumbra a alegada violação dos
dispositivos de lei e da Constituição Federal invocados,
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contrariedade a entendimento jurisprudencial do TST, nem a
divergência jurisprudencial apontada, consoante o §§ 4º e 5º do
art. 896 da CLT e a Súmula nº 333 do TST.
Cumpre ressaltar que a legislação processual civil autoriza
a negativa de seguimento a recurso manifestamente
inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com
Súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo
tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior
(art. 557 do CPC c/c o 896, § 5º, da CLT).
Ao se negar seguimento a recurso manifestamente
improcedente, prestigia-se a celeridade e a duração razoável do
processo, princípios assegurados pelo art. 5º, LXXVIII, da
Constituição da República.
Por fim, imprópria a alegação de ‘incompetência dos
Tribunais Regionais para negar seguimento ao Recurso de
Revista, com base em análise de mérito da decisão agravada’,
na medida em que cabe ao juízo primeiro de admissibilidade a
análise dos requisitos do recurso – inclusive os intrínsecos. Tal
exercício tem previsão no art. 896, § 1º, da CLT e não vincula ou
prejudica o novo exame, na Instância Superior, em sede de
Agravo de Instrumento, nos termos da OJ 282/SBDI-1 do TST.
Confirmada a ordem de obstaculização do Agravo de
Instrumento, nego provimento ao Agravo.”
Desse modo, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu a lide com
fundamento na legislação infraconstitucional pertinente, nas cláusulas da
Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e nas do contrato firmado
entre as partes, bem como com base nos fatos e nas provas da causa. É
certo que o reexame, por esta Corte, dos referidos fundamentos, encontra
óbice nas Súmulas nºs 636, 454 e 279/STF. Nesse sentido, colaciono o
seguinte julgado:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
TRABALHISTA.
INTERVALO
INTRAJORNADA.
HORAS
EXTRAS.
FÉRIAS.
CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
6
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contrariedade a entendimento jurisprudencial do TST, nem a
divergência jurisprudencial apontada, consoante o §§ 4º e 5º do
art. 896 da CLT e a Súmula nº 333 do TST.
Cumpre ressaltar que a legislação processual civil autoriza
a negativa de seguimento a recurso manifestamente
inadmissível, improcedente, prejudicado ou em confronto com
Súmula ou com jurisprudência dominante do respectivo
tribunal, do Supremo Tribunal Federal ou de Tribunal Superior
(art. 557 do CPC c/c o 896, § 5º, da CLT).
Ao se negar seguimento a recurso manifestamente
improcedente, prestigia-se a celeridade e a duração razoável do
processo, princípios assegurados pelo art. 5º, LXXVIII, da
Constituição da República.
Por fim, imprópria a alegação de ‘incompetência dos
Tribunais Regionais para negar seguimento ao Recurso de
Revista, com base em análise de mérito da decisão agravada’,
na medida em que cabe ao juízo primeiro de admissibilidade a
análise dos requisitos do recurso – inclusive os intrínsecos. Tal
exercício tem previsão no art. 896, § 1º, da CLT e não vincula ou
prejudica o novo exame, na Instância Superior, em sede de
Agravo de Instrumento, nos termos da OJ 282/SBDI-1 do TST.
Confirmada a ordem de obstaculização do Agravo de
Instrumento, nego provimento ao Agravo.”
Desse modo, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu a lide com
fundamento na legislação infraconstitucional pertinente, nas cláusulas da
Convenção Coletiva de Trabalho da categoria e nas do contrato firmado
entre as partes, bem como com base nos fatos e nas provas da causa. É
certo que o reexame, por esta Corte, dos referidos fundamentos, encontra
óbice nas Súmulas nºs 636, 454 e 279/STF. Nesse sentido, colaciono o
seguinte julgado:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
TRABALHISTA.
INTERVALO
INTRAJORNADA.
HORAS
EXTRAS.
FÉRIAS.
CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
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CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE
REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.
INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO
TRIBUNAL
FEDERAL.
PRECEDENTES.
AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº
750.547/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen
Lúcia, DJe de 29/10/09).
Nego provimento ao agravo regimental.
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CONSTITUCIONAL INDIRETA. IMPOSSIBILIDADE DE
REEXAME DE PROVAS E DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS.
INCIDÊNCIA DAS SÚMULAS 279 E 454 DO SUPREMO
TRIBUNAL
FEDERAL.
PRECEDENTES.
AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI nº
750.547/MG-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen
Lúcia, DJe de 29/10/09).
Nego provimento ao agravo regimental.
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Revisão de Apartes
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.552 SANTA
CATARINA
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, tive
pequena dúvida, mas a elucidei. Esses casos em que se discute o vale-
refeição, versa-se quanto a ex-empregados da Caixa Econômica Estadual,
e, no tocante a eles preservaram-se os direitos existentes à época. Não é
aquela questão que está no Pleno com empate de quatro a quatro da
atualização relativa a servidores do Estado?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Não.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Estou acompanhando,
tendo em conta essa distinção. Vossa Excelência inclusive, no enunciado,
a aponta.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Inclusive, nestes casos, eu cito aqui a decisão tomada no Plenário
virtual.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque o outro caso é
de servidores propriamente ditos, e se tem o congelamento.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Então, nestes casos todos, Vossa Excelência me acompanha.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.552 SANTA
CATARINA
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, tive
pequena dúvida, mas a elucidei. Esses casos em que se discute o vale-
refeição, versa-se quanto a ex-empregados da Caixa Econômica Estadual,
e, no tocante a eles preservaram-se os direitos existentes à época. Não é
aquela questão que está no Pleno com empate de quatro a quatro da
atualização relativa a servidores do Estado?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Não.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Estou acompanhando,
tendo em conta essa distinção. Vossa Excelência inclusive, no enunciado,
a aponta.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Inclusive, nestes casos, eu cito aqui a decisão tomada no Plenário
virtual.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque o outro caso é
de servidores propriamente ditos, e se tem o congelamento.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Então, nestes casos todos, Vossa Excelência me acompanha.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.552
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : TRANSPORTES MARVEL LTDA
ADV.(A/S) : PEDRO AIRTON SOARES DE CAMARGO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SILVIO RICARDO DA SILVA
ADV.(A/S) : RAFAELA DE MELLO MACHADO E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.552
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : TRANSPORTES MARVEL LTDA
ADV.(A/S) : PEDRO AIRTON SOARES DE CAMARGO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SILVIO RICARDO DA SILVA
ADV.(A/S) : RAFAELA DE MELLO MACHADO E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076654
Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 18
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3172848 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-10T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Negativa de prestação jurisdicional. Art. 5º, incisos XXXV e LV, da CF. Ofensa reflexa. Horas extras. Cláusulas contratuais. Fatos e provas. Reexame. Impossibilidade. Precedentes.
1. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente fundamentada.
2. A afronta aos princípios do contraditório, da ampla defesa e da inafastabilidade da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República.
3. Inadmissível em recurso extraordinário o reexame dos fatos e das provas da causa e a interpretação de cláusulas contratuais. Incidência das Súmulas nºs 279 e 454/STF.
4. Agravo regimental não provido. | sjur221200 | - Acórdãos citados:
(REPERCUSSÃO GERAL)
STF: AI 791292 QO-RG(TP);
(DECISÃO FUNDAMENTADA)
STF: AI 653010 AgR(1ªT), AI 750547 AgR(1ªT), AI 762867 AgR(1ªT),
ARE 681643 AgR(1ªT), RE 463139 AgR(2ªT), RE 661393 AgR(2ªT).
Número de páginas: 18.
Análise: 14/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 711552 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00035 INC-00055 ART-00093\r\n INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00021 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000454\r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636\r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 711552 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : PEDRO AIRTON SOARES DE CAMARGO E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : TRANSPORTES MARVEL LTDA
AGDO.(A/S) : SILVIO RICARDO DA SILVA
ADV.(A/S) : RAFAELA DE MELLO MACHADO E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711 . 552",
"Súmulas [UNK] 279 e 454 / STF",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 181 . 039 / SP - AgR",
"ARE 711 . 552 AGR",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 181 . 039 / SP - AgR",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"AI [UNK] 594 . 887 / SP - AgR",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"AI [UNK] 594 . 887 / SP - AgR",
"AI [UNK] 360 . 265 / RJ - AgR",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"RE 596 . 682",
"AI 808 . 361",
"AI n . 750 . 752",
"AI 657 . 925 - AgR",
"AI [UNK] 808 . 502 / MA - AgR",
"SÚMULAS 279",
"AI [UNK] 750 . 547 / MG - AgR",
"RE 596 . 682",
"AI 808 . 361",
"AI n . 750 . 752",
"AI 657 . 925 - AgR",
"AI [UNK] 808 . 502 / MA - AgR",
"SÚMULAS 279",
"AI [UNK] 750 . 547 / MG - AgR",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"AI [UNK] 791 . 292 / PE - QO - RG",
"RECURSO",
"AI [UNK] 791 . 292 / PE - QO -",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"SÚMULA 279 DO STF",
"AI [UNK] 653 . 010 / DF - AgR",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"SÚMULA 279 DO STF",
"Súmula 279 do STF",
"AI [UNK] 653 . 010 / DF - AgR",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"ARE [UNK] 681 . 643 / AL - AgR",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"ARE [UNK] 681 . 643 / AL - AgR",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"AI [UNK] 762 . 867 / RS - AgR",
"SÚMULAS 279 E 454 DO STF",
"Súmulas 279 e 454 do STF",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"AI [UNK] 762 . 867 / RS - AgR",
"SÚMULAS 279",
"Súmulas 279 e 454 do STF",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"Súmula 636 do STF",
"RE 661 . 393 / DF - AgR",
"Súmula [UNK] . 126 do TST",
"OJ [UNK] 355 da SBDI - 1 do TST",
"Súmula 636 do STF",
"RE 661 . 393 / DF - AgR",
"Súmula [UNK] . 126 do TST",
"OJ [UNK] 355 da SBDI - 1 do TST",
"ARE 711 . 552 AGR",
"Súmula [UNK] 333 do TST",
"OJ 282 / SBDI - 1 do TST",
"Súmulas [UNK] 636",
"ARE 711 . 552 AGR",
"Súmula [UNK] 333 do TST",
"OJ 282 / SBDI - 1 do TST",
"Súmulas [UNK] 636 , 454 e 279 / STF",
"ARE 711 . 552 AGR",
"SÚMULAS 279",
"AI [UNK] 750 . 547 / MG",
"ARE 711 . 552 AGR / SC",
"SÚMULAS 279",
"AI [UNK] 750 . 547 / MG - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"Art . [UNK] , incisos XXXV e LV , da CF",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 896 da CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 896 da CLT",
"artigos",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 623 DA CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 623 DA CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts",
"93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"[UNK] , incisos VI e XXVI ; e",
"93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso LXXVIII",
"artigo 102 , § [UNK] do STF",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"artigo 317 do Regimento Interno do STF",
"artigo 62 , I , da CLT",
"art . [UNK] , XXVI da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso LXXVIII ,",
"artigo 102 , § [UNK] do STF",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"artigo 317 do Regimento Interno do STF",
"artigo 62 , I , da CLT",
"art . [UNK] , XXVI da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"ART . 93 , IX , DA CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"ART . 93 , IX , DA CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , incisos XXXV e LV , da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"LEI N . 10 . 395 / 95",
"ARTS . [UNK] , XXXV , LIV E LV , 37 , 39 , § [UNK] , 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , incisos XXXV e LV , da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"LEI N . 10 . 395 / 95",
"ARTS . [UNK] , XXXV , LIV E LV , 37 , 39 , § [UNK] , 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Constituição Federal",
"MP",
"Constituição Federal",
"Lei 10 . 395 / 95",
"LEI 6 . 880 / 1980",
"DECRETO 880 / 1993",
"ART . [UNK] , XXXV e LV , DA CF",
"ART . 93 , IX , DA CF",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Lei 10 . 395 / 95",
"LEI 6 . 880 / 1980",
"DECRETO 880 / 1993",
"ART . [UNK] , XXXV e LV , DA CF",
"ART . 93 , IX , DA CF",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Constituição",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Constituição",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"CCT",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§",
"§ [UNK] e [UNK] do art . 896 da CLT",
"art . 557 do CPC",
"896 , § [UNK] , da CLT",
"art . [UNK] , LXXVIII , da Constituição da República",
"art . 896 , § [UNK] , da CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§",
"§ [UNK] e [UNK] do art . 896 da CLT",
"art . 557 do CPC",
"896 , § [UNK] , da CLT",
"art . [UNK] , LXXVIII , da Constituição da República",
"art . 896 , § [UNK] , da CLT",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SANTA CATARINA",
"Brasília",
"Brasília",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"TRANSPORTES MARVEL LTDA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Transportes Marvel Ltda .",
"Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"TRANSPORTES MARVEL LTDA",
"Transportes Marvel Ltda .",
"Oitava Turma do Tribunal Superior do Trabalho",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
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"-",
"Brasil",
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"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
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"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
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"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
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"Plenário",
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"-",
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"Plenário do STF",
"Plenário",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Superior ”",
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"-",
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"PRIMEIRA TURMA",
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"-",
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"-",
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"-",
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"TRT",
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"Brasil",
"/",
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"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"TRANSPORTES MARVEL LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"PEDRO AIRTON SOARES DE CAMARGO",
"SILVIO RICARDO DA SILVA",
"RAFAELA DE MELLO MACHADO",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"TRANSPORTES",
"PEDRO AIRTON SOARES DE CAMARGO",
"SILVIO RICARDO DA SILVA",
"RAFAELA DE MELLO MACHADO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"PEDRO AIRTON SOARES DE CAMARGO",
"SILVIO RICARDO DA SILVA",
"RAFAELA DE MELLO MACHADO",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Sepúlveda Pertence",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Carlos Britto",
"Marco Aurélio",
"Cármen Lúcia",
"Sepúlveda Pertence",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"Carlos Britto",
"Marco Aurélio",
"Cármen Lúcia",
"Sepúlveda Pertence",
"Luiz Fux",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"Luiz Fux",
"Luiz Fux",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"PEDRO AIRTON SOARES DE CAMARGO",
"SILVIO RICARDO DA SILVA",
"RAFAELA DE MELLO MACHADO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"PEDRO AIRTON SOARES DE CAMARGO",
"SILVIO RICARDO DA SILVA",
"RAFAELA DE MELLO MACHADO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"3",
"/",
"2",
"/",
"06",
"18",
"/",
"5",
"/",
"01",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"3",
"/",
"2",
"/",
"06",
"18",
"/",
"5",
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"01",
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"08",
"/",
"2001",
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"/",
"11",
"/",
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"/",
"9",
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"24",
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"2001",
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"/",
"07",
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"/",
"9",
"/",
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"08",
"/",
"2001",
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"/",
"2001",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"10",
"/",
"10",
"08",
"/",
"09",
"/",
"10",
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".",
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".",
"09",
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".",
"9",
".",
"07",
"28",
"/",
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"/",
"11",
"29",
"/",
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"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"10",
"/",
"10",
"08",
"/",
"09",
"/",
"10",
"27",
".",
"5",
".",
"09",
"14",
".",
"9",
".",
"07",
"28",
"/",
"3",
"/",
"11",
"29",
"/",
"10",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"8",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"8",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
"2",
"/",
"06",
"26",
"/",
"6",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"3",
"/",
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"/",
"06",
"26",
"/",
"6",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
"/",
"10",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1",
"/",
"10",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"9",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"9",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"10",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"10",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 102.310 ALAGOAS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:CARLOS FERNANDO BARBOSA DE ARAÚJO
IMPTE.(S)
:WELTON ROBERTO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – PREJUÍZO. Uma vez alcançada a providência
pleiteada na impetração, dá-se o prejuízo.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar prejudicada a
ordem de habeas corpus, nos termos do voto do relator e por unanimidade,
em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata
do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120968.
Supremo Tribunal Federal
DJe 26/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 102.310 ALAGOAS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:CARLOS FERNANDO BARBOSA DE ARAÚJO
IMPTE.(S)
:WELTON ROBERTO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça concedeu
parcialmente a ordem, determinando o retorno do processo ao
Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas para o devido
processamento e julgamento, em razão de o paciente ser
membro do Ministério Público daquele Estado, detendo,
portanto, foro especial por prerrogativa de função.
Tendo sido alcançado o objeto desta impetração – a
declaração de incompetência do Juízo da 10ª Vara Criminal da
Capital, Estado de Alagoas, para processar e julgar o paciente –,
Vossa Excelência proferiu o seguinte despacho (folha 224):
HABEAS CORPUS
– AUTUAÇÃO –
ÓRGÃO COATOR.
HABEAS CORPUS
– OBJETO –
INTERESSE DO IMPETRANTE –
ELUCIDAÇÃO.
1. Em 4 de outubro de 2011, o Superior Tribunal de
Justiça deferiu parcialmente a ordem no Habeas Corpus nº
156.822.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120969.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 102.310 ALAGOAS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:CARLOS FERNANDO BARBOSA DE ARAÚJO
IMPTE.(S)
:WELTON ROBERTO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
A Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça concedeu
parcialmente a ordem, determinando o retorno do processo ao
Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas para o devido
processamento e julgamento, em razão de o paciente ser
membro do Ministério Público daquele Estado, detendo,
portanto, foro especial por prerrogativa de função.
Tendo sido alcançado o objeto desta impetração – a
declaração de incompetência do Juízo da 10ª Vara Criminal da
Capital, Estado de Alagoas, para processar e julgar o paciente –,
Vossa Excelência proferiu o seguinte despacho (folha 224):
HABEAS CORPUS
– AUTUAÇÃO –
ÓRGÃO COATOR.
HABEAS CORPUS
– OBJETO –
INTERESSE DO IMPETRANTE –
ELUCIDAÇÃO.
1. Em 4 de outubro de 2011, o Superior Tribunal de
Justiça deferiu parcialmente a ordem no Habeas Corpus nº
156.822.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120969.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Relatório
HC 102.310 / AL
2. Retifiquem a autuação para constar como órgão
coator o mencionado Tribunal. Solicitem a remessa do
acórdão proferido no julgamento da citada impetração.
3. Aos impetrantes, para dizerem do interesse, ou
não, na sequência deste processo, antecipando-se, se for o
caso, na juntada do acórdão formalizado pelo Superior
Tribunal de Justiça.
4. Publiquem.
Brasília – residência –, 8 de novembro de 2011.
A Secretaria Judiciária procedeu à retificação da autuação
(folha 225) e certificou, à folha 232, que os impetrantes, embora
devidamente intimados, quedaram silentes.
Lancei visto no processo em 13 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 23 seguinte, isso objetivando a ciência
dos impetrantes.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120969.
Supremo Tribunal Federal
HC 102.310 / AL
2. Retifiquem a autuação para constar como órgão
coator o mencionado Tribunal. Solicitem a remessa do
acórdão proferido no julgamento da citada impetração.
3. Aos impetrantes, para dizerem do interesse, ou
não, na sequência deste processo, antecipando-se, se for o
caso, na juntada do acórdão formalizado pelo Superior
Tribunal de Justiça.
4. Publiquem.
Brasília – residência –, 8 de novembro de 2011.
A Secretaria Judiciária procedeu à retificação da autuação
(folha 225) e certificou, à folha 232, que os impetrantes, embora
devidamente intimados, quedaram silentes.
Lancei visto no processo em 13 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 23 seguinte, isso objetivando a ciência
dos impetrantes.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120969.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 102.310 ALAGOAS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Está
prejudicada a impetração porquanto alcançado, no âmbito do Superior
Tribunal de Justiça, o pleito alusivo à incompetência do Juízo da 10ª Vara
Criminal da Capital, Estado de Alagoas, para processar e julgar o paciente
no que, integrante do Ministério Público estadual, goza da prerrogativa
de foro – de ser julgado pelo Tribunal de Justiça.
Declaro o prejuízo deste habeas ante a perda de objeto.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120970.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 102.310 ALAGOAS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Está
prejudicada a impetração porquanto alcançado, no âmbito do Superior
Tribunal de Justiça, o pleito alusivo à incompetência do Juízo da 10ª Vara
Criminal da Capital, Estado de Alagoas, para processar e julgar o paciente
no que, integrante do Ministério Público estadual, goza da prerrogativa
de foro – de ser julgado pelo Tribunal de Justiça.
Declaro o prejuízo deste habeas ante a perda de objeto.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120970.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 102.310
PROCED. : ALAGOAS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : CARLOS FERNANDO BARBOSA DE ARAÚJO
IMPTE.(S) : WELTON ROBERTO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus,
nos termos do voto do Relator. Unânime. Falou o Dr. Bruno Barros,
pelo Paciente. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª
Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076418
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 102.310
PROCED. : ALAGOAS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : CARLOS FERNANDO BARBOSA DE ARAÚJO
IMPTE.(S) : WELTON ROBERTO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus,
nos termos do voto do Relator. Unânime. Falou o Dr. Bruno Barros,
pelo Paciente. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª
Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076418
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3122045 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-26T00:00:00 | A Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Falou o Dr. Bruno Barros, pelo Paciente. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – PREJUÍZO. Uma vez alcançada a providência pleiteada na impetração, dá-se o prejuízo. | sjur219775 | Número de páginas: 5.
Análise: 30/11/2012, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 102310 | null | HC | acordaos | HC 102310 | [
""
] | PACTE.(S) : CARLOS FERNANDO BARBOSA DE ARAÚJO
IMPTE.(S) : WELTON ROBERTO E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
IMPTE.(S) : BRUNO VASCONCELOS BARROS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 102 . 310",
"HABEAS CORPUS 102 . 310",
"Habeas Corpus [UNK] 156 . 822",
"HABEAS CORPUS 102 . 310",
"Habeas Corpus [UNK] 156 . 822",
"HC 102 . 310 / AL",
"HC 102 . 310 / AL",
"HABEAS CORPUS 102 . 310",
"HABEAS CORPUS 102 . 310",
"HABEAS CORPUS 102 . 310",
"HABEAS CORPUS 102 . 310"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"ALAGOAS",
"Brasília",
"ALAGOAS",
"Estado de Alagoas",
"ALAGOAS",
"Estado de Alagoas",
"Brasília",
"Brasília",
"ALAGOAS",
"Estado de Alagoas",
"ALAGOAS",
"Estado de Alagoas",
"ALAGOAS",
"ALAGOAS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas",
"Ministério Público",
"[UNK] Vara Criminal da Capital",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Quinta",
"Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado de Alagoas",
"Ministério Público",
"[UNK] Vara Criminal da Capital",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"Ministério Público estadual",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Vara Criminal da Capital",
"Ministério Público estadual",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"CARLOS FERNANDO BARBOSA DE ARAÚJO",
"WELTON ROBERTO",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"CARLOS FERNANDO BARBOSA DE ARAÚJO",
"WELTON ROBERTO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"CARLOS FERNANDO BARBOSA DE ARAÚJO",
"WELTON ROBERTO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"CARLOS FERNANDO BARBOSA DE ARAÚJO",
"WELTON ROBERTO",
"Bruno Barros",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"CARLOS FERNANDO BARBOSA DE ARAÚJO",
"WELTON ROBERTO",
"Bruno Barros",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"4 de outubro de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"4 de outubro de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8 de novembro de 2011",
"13 de outubro de 2012",
"23",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8 de novembro de 2011",
"13 de outubro de 2012",
"23",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 779.444 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:A. S. S.
ADV.(A/S)
:ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
PARANÁ
EMENTA
Embargos de declaração no agravo regimental no agravo de
instrumento. Matéria criminal. Questões afastadas nos julgamentos
anteriores. Não há omissão ou contradição. Precedentes.
Reconhecimento da inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei nº
8.072/90, com a redação dada pela Lei nº 11.464/07. Habeas corpus de
ofício. Precedente.
1. No julgamento do agravo regimental, as questões postas pela
parte embargante foram enfrentadas adequadamente. Inexiste, portanto,
quaisquer dos vícios do art. 337 do RISTF.
2. Embargos de declaração rejeitados.
3. O Plenário deste Supremo Tribunal Federal, sob a óptica do
princípio constitucional da individualização da pena, previsto no art. 5º,
inciso XLVI, da Carta da República, ao julgar o HC nº 111.840/ES, de
minha relatoria, declarou incidenter tantum a inconstitucionalidade do §
1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, com a redação dada pela Lei nº 11.464/07, o
qual impõe que as penas pelos crimes descritos na cabeça do artigo serão
cumpridas inicialmente em regime fechado.
4. Ordem de habeas corpus concedida de ofício para determinar ao
juízo competente que, de forma fundamentada, afastado o óbice do art.
2º, § 1º, da Lei nº 8.072/90, declarado inconstitucional pelo Plenário desta
Corte, faça nova análise do regime inicial de cumprimento de pena a ser
imposto ao embargante.
ACÓRDÃO
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088213.
Supremo Tribunal Federal
DJe 19/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
AI 779.444 AGR-ED / PR
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos
de declaração, mas conceder, de ofício, a ordem de habeas corpus, nos
termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088213.
Supremo Tribunal Federal
AI 779.444 AGR-ED / PR
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em rejeitar os embargos
de declaração, mas conceder, de ofício, a ordem de habeas corpus, nos
termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 779.444 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:A. S. S.
ADV.(A/S)
:ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
PARANÁ
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
A.S.S. opõe tempestivos embargos de declaração (fls. 483 a 491)
contra acórdão de fls. 472 a 479, assim ementado:
“Agravo regimental no agravo de instrumento. Matéria
Criminal. Prequestionamento. Precedentes.
1. Não se admite o recurso extraordinário quando os
dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão
devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282
e 356/STF.
2. Agravo regimental não provido.”
Sustenta o embargante que
“existe julgado do pleno desse Supremo Tribunal Federal
que afirma que em recursos constitucionais de matéria criminal
não se faz necessário o prequestionamento (...) em face da
possibilidade de concessão de habeas corpus de ofício” (fl. 485).
Alega, ainda, que
“a matéria posta no extraordinário viabiliza a concessão
de ordem de habeas corpus de ofício, na medida em que versa
sobre a inconstitucionalidade da lei de crimes hediondos no
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 779.444 PARANÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:A. S. S.
ADV.(A/S)
:ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
PARANÁ
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
A.S.S. opõe tempestivos embargos de declaração (fls. 483 a 491)
contra acórdão de fls. 472 a 479, assim ementado:
“Agravo regimental no agravo de instrumento. Matéria
Criminal. Prequestionamento. Precedentes.
1. Não se admite o recurso extraordinário quando os
dispositivos constitucionais que nele se alega violados não estão
devidamente prequestionados. Incidência das Súmulas nºs 282
e 356/STF.
2. Agravo regimental não provido.”
Sustenta o embargante que
“existe julgado do pleno desse Supremo Tribunal Federal
que afirma que em recursos constitucionais de matéria criminal
não se faz necessário o prequestionamento (...) em face da
possibilidade de concessão de habeas corpus de ofício” (fl. 485).
Alega, ainda, que
“a matéria posta no extraordinário viabiliza a concessão
de ordem de habeas corpus de ofício, na medida em que versa
sobre a inconstitucionalidade da lei de crimes hediondos no
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
AI 779.444 AGR-ED / PR
ponto em que estabelece como regime inicial para cumprimento
de pena o regime fechado, subtraindo do magistrado
sentenciante a possibilidade de individualizar o regime
prisional” (fl. 486).
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 779.444 AGR-ED / PR
ponto em que estabelece como regime inicial para cumprimento
de pena o regime fechado, subtraindo do magistrado
sentenciante a possibilidade de individualizar o regime
prisional” (fl. 486).
É o relatório.
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 779.444 PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
A irresignação não merece ser acolhida.
Não está presente nenhuma hipótese autorizadora da oposição do
recurso declaratório, sendo certo que todas as questões foram
devidamente apreciadas.
O julgado embargado não incorreu em omissão, tendo o órgão
julgador decidido, fundamentadamente, todos os pontos colocados em
debate, nos limites necessários ao deslinde do feito. Ademais, a
contradição que autoriza opor o recurso declaratório deve ser interna à
decisão, verificada entre os fundamentos do julgado e a sua conclusão, o
que não ocorreu no caso em tela. Da mesma forma, a decisão não é
obscura, pois a ela não faltam clareza nem certeza quanto ao que foi
decidido. O embargante pretende, efetivamente, um rejulgamento da
causa, fim a que não se prestam os embargos declaratórios.
Todas as questões trazidas nos presentes declaratórios já foram
objeto dos recursos anteriormente interpostos pela parte, sendo certo,
também, que as referidas alegações foram afastadas por esta Turma no
julgamento do acórdão ora embargado. Assim, incabível o reexame da
matéria. Sobre o tema, destaco precedentes:
“EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO
REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA
CRIMINAL. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS RELACIONADOS
NO ART. 535 DO CPC. INVIABILIDADE DOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO.
HABEAS CORPUS
DE OFÍCIO.
DESCABIMENTO. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. 1.
Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão
questionado. O que afasta a presença de qualquer dos
pressupostos de embargabilidade, a teor do art. 535 do CPC. 2.
O acórdão confirmatório da condenação transitou em julgado,
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 779.444 PARANÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
A irresignação não merece ser acolhida.
Não está presente nenhuma hipótese autorizadora da oposição do
recurso declaratório, sendo certo que todas as questões foram
devidamente apreciadas.
O julgado embargado não incorreu em omissão, tendo o órgão
julgador decidido, fundamentadamente, todos os pontos colocados em
debate, nos limites necessários ao deslinde do feito. Ademais, a
contradição que autoriza opor o recurso declaratório deve ser interna à
decisão, verificada entre os fundamentos do julgado e a sua conclusão, o
que não ocorreu no caso em tela. Da mesma forma, a decisão não é
obscura, pois a ela não faltam clareza nem certeza quanto ao que foi
decidido. O embargante pretende, efetivamente, um rejulgamento da
causa, fim a que não se prestam os embargos declaratórios.
Todas as questões trazidas nos presentes declaratórios já foram
objeto dos recursos anteriormente interpostos pela parte, sendo certo,
também, que as referidas alegações foram afastadas por esta Turma no
julgamento do acórdão ora embargado. Assim, incabível o reexame da
matéria. Sobre o tema, destaco precedentes:
“EMBARGOS DECLARATÓRIOS EM AGRAVO
REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. MATÉRIA
CRIMINAL. INEXISTÊNCIA DOS VÍCIOS RELACIONADOS
NO ART. 535 DO CPC. INVIABILIDADE DOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO.
HABEAS CORPUS
DE OFÍCIO.
DESCABIMENTO. PRESCRIÇÃO. NÃO OCORRÊNCIA. 1.
Não há obscuridade, contradição ou omissão no acórdão
questionado. O que afasta a presença de qualquer dos
pressupostos de embargabilidade, a teor do art. 535 do CPC. 2.
O acórdão confirmatório da condenação transitou em julgado,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 779.444 AGR-ED / PR
ante a intempestividade do agravo de instrumento. Nessa
contextura, a prescrição da pretensão punitiva não se
consumou, nos termos do inciso V do art. 109 c/c o § 1º do art.
110 do Código Penal 3. Embargos rejeitados” (AI nº 682.518/RJ–
AgR–ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe
de 18/12/09);
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
CRIMINAL. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO.
INEXISTÊNCIA. 1. Não se encontram configuradas no acórdão
embargado a obscuridade, a contradição ou a omissão que
autorizariam a integração do julgado com fundamento nos
incisos I e II do artigo 535 do Código de Processo Civil. 2. Não
constam nos autos elementos para a concessão do habeas
corpus de ofício pleiteado. Embargos de declaração rejeitados”
(AI nº 745.957/DF–AgR–ED, Segunda Turma, Relator o Ministro
Eros Grau, DJe de 6/11/09).
Contudo, tenho que o caso é de concessão de habeas corpus de
ofício.
Isso porque, no caso, o regime inicial fechado foi imposto ao
embargante, em sua condenação, tão somente com base na vedação legal
contida no § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, com a redação dada pela Lei
nº 11.464/07. No entanto, sob a óptica do princípio constitucional da
individualização da pena, previsto no art. 5º, inciso XLVI, da Carta da
República, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão
extraordinária realizada em 27/7/12, ao julgar o HC nº 111.840/ES, de
minha relatoria, declarou incidenter tantum a sua inconstitucionalidade.
Embora pendente de publicação, colho do Informativo nº 672 desta
Suprema Corte o teor dessa decisão, na parte que interessa:
“É inconstitucional o § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90 (‘Art. 2º
Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 779.444 AGR-ED / PR
ante a intempestividade do agravo de instrumento. Nessa
contextura, a prescrição da pretensão punitiva não se
consumou, nos termos do inciso V do art. 109 c/c o § 1º do art.
110 do Código Penal 3. Embargos rejeitados” (AI nº 682.518/RJ–
AgR–ED, Primeira Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe
de 18/12/09);
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO.
CRIMINAL. OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO OU OMISSÃO.
INEXISTÊNCIA. 1. Não se encontram configuradas no acórdão
embargado a obscuridade, a contradição ou a omissão que
autorizariam a integração do julgado com fundamento nos
incisos I e II do artigo 535 do Código de Processo Civil. 2. Não
constam nos autos elementos para a concessão do habeas
corpus de ofício pleiteado. Embargos de declaração rejeitados”
(AI nº 745.957/DF–AgR–ED, Segunda Turma, Relator o Ministro
Eros Grau, DJe de 6/11/09).
Contudo, tenho que o caso é de concessão de habeas corpus de
ofício.
Isso porque, no caso, o regime inicial fechado foi imposto ao
embargante, em sua condenação, tão somente com base na vedação legal
contida no § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, com a redação dada pela Lei
nº 11.464/07. No entanto, sob a óptica do princípio constitucional da
individualização da pena, previsto no art. 5º, inciso XLVI, da Carta da
República, o Plenário deste Supremo Tribunal Federal, em sessão
extraordinária realizada em 27/7/12, ao julgar o HC nº 111.840/ES, de
minha relatoria, declarou incidenter tantum a sua inconstitucionalidade.
Embora pendente de publicação, colho do Informativo nº 672 desta
Suprema Corte o teor dessa decisão, na parte que interessa:
“É inconstitucional o § 1º do art. 2º da Lei 8.072/90 (‘Art. 2º
Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 779.444 AGR-ED / PR
... § 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida
inicialmente em regime fechado’). Com base nesse
entendimento, o Plenário, por maioria, deferiu habeas corpus
com a finalidade de alterar para semiaberto o regime inicial de
pena do paciente, o qual fora condenado por tráfico de drogas
com reprimenda inferior a 8 anos de reclusão e regime
inicialmente fechado, por força da Lei 11.464/2007, que
instituíra a obrigatoriedade de imposição desse regime a crimes
hediondos e assemelhados — v. Informativo 670. Destacou-se
que a fixação do regime inicial fechado se dera exclusivamente
com fundamento na lei em vigor. Observou-se que não se
teriam constatado requisitos subjetivos desfavoráveis ao
paciente, considerado tecnicamente primário. Ressaltou-se que,
assim como no caso da vedação legal à substituição de pena
privativa de liberdade por restritiva de direitos em condenação
pelo delito de tráfico — já declarada inconstitucional pelo STF
—, a definição de regime deveria sempre ser analisada
independentemente da natureza da infração. Ademais, seria
imperioso aferir os critérios, de forma concreta, por se tratar de
direito subjetivo garantido constitucionalmente ao indivíduo.
Consignou-se que a Constituição contemplaria as restrições a
serem impostas aos incursos em dispositivos da Lei 8.072/90, e
dentre elas não se encontraria a obrigatoriedade de imposição
de regime extremo para início de cumprimento de pena.
Salientou-se que o art. 5º, XLIII, da CF, afastaria somente a
fiança, a graça e a anistia, para, no inciso XLVI, assegurar, de
forma abrangente, a individualização da pena (...)”
(www.stf.jus.br).
Diante desse quadro, rejeito os embargos de declaração. Entretanto,
concedo ordem de habeas corpus de ofício, para determinar ao juízo
competente que, de forma fundamentada, afastado o óbice do art. 2º, § 1º,
da Lei nº 8.072/90, declarado inconstitucional pelo Plenário desta Corte,
faça nova análise do regime inicial de cumprimento de pena a ser
imposto ao embargante.
É como voto.
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 779.444 AGR-ED / PR
... § 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida
inicialmente em regime fechado’). Com base nesse
entendimento, o Plenário, por maioria, deferiu habeas corpus
com a finalidade de alterar para semiaberto o regime inicial de
pena do paciente, o qual fora condenado por tráfico de drogas
com reprimenda inferior a 8 anos de reclusão e regime
inicialmente fechado, por força da Lei 11.464/2007, que
instituíra a obrigatoriedade de imposição desse regime a crimes
hediondos e assemelhados — v. Informativo 670. Destacou-se
que a fixação do regime inicial fechado se dera exclusivamente
com fundamento na lei em vigor. Observou-se que não se
teriam constatado requisitos subjetivos desfavoráveis ao
paciente, considerado tecnicamente primário. Ressaltou-se que,
assim como no caso da vedação legal à substituição de pena
privativa de liberdade por restritiva de direitos em condenação
pelo delito de tráfico — já declarada inconstitucional pelo STF
—, a definição de regime deveria sempre ser analisada
independentemente da natureza da infração. Ademais, seria
imperioso aferir os critérios, de forma concreta, por se tratar de
direito subjetivo garantido constitucionalmente ao indivíduo.
Consignou-se que a Constituição contemplaria as restrições a
serem impostas aos incursos em dispositivos da Lei 8.072/90, e
dentre elas não se encontraria a obrigatoriedade de imposição
de regime extremo para início de cumprimento de pena.
Salientou-se que o art. 5º, XLIII, da CF, afastaria somente a
fiança, a graça e a anistia, para, no inciso XLVI, assegurar, de
forma abrangente, a individualização da pena (...)”
(www.stf.jus.br).
Diante desse quadro, rejeito os embargos de declaração. Entretanto,
concedo ordem de habeas corpus de ofício, para determinar ao juízo
competente que, de forma fundamentada, afastado o óbice do art. 2º, § 1º,
da Lei nº 8.072/90, declarado inconstitucional pelo Plenário desta Corte,
faça nova análise do regime inicial de cumprimento de pena a ser
imposto ao embargante.
É como voto.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 779.444
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : A. S. S.
ADV.(A/S) : ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, mas
concedeu, de ofício, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto
do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli.
1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 779.444
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : A. S. S.
ADV.(A/S) : ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, mas
concedeu, de ofício, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto
do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli.
1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076678
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3099619 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-19T00:00:00 | A Turma rejeitou os embargos de declaração, mas concedeu, de ofício, a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | EMB.DECL. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Embargos de declaração no agravo regimental no agravo de instrumento. Matéria criminal. Questões afastadas nos julgamentos anteriores. Não há omissão ou contradição. Precedentes. Reconhecimento da inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, com a redação dada pela Lei nº 11.464/07. Habeas corpus de ofício. Precedente.
1. No julgamento do agravo regimental, as questões postas pela parte embargante foram enfrentadas adequadamente. Inexiste, portanto, quaisquer dos vícios do art. 337 do RISTF.
2. Embargos de declaração rejeitados.
3. O Plenário deste Supremo Tribunal Federal, sob a óptica do princípio constitucional da individualização da pena, previsto no art. 5º, inciso XLVI, da Carta da República, ao julgar o HC nº 111.840/ES, de minha relatoria, declarou incidenter tantum a inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90, com a redação dada pela Lei nº 11.464/07, o qual impõe que as penas pelos crimes descritos na cabeça do artigo serão cumpridas inicialmente em regime fechado.
4. Ordem de habeas corpus concedida de ofício para determinar ao juízo competente que, de forma fundamentada, afastado o óbice do art. 2º, § 1º, da Lei nº 8.072/90, declarado inconstitucional pelo Plenário desta Corte, faça nova análise do regime inicial de cumprimento de pena a ser imposto ao embargante. | sjur218970 | - Acórdãos citados:
(REGIME FECHADO, INCONSTITUCIONALIDADE, INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA)
STF: HC 111840(TP);
(EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, AUSÊNCIA, OMISSÃO)
STF: AI 682518 AgR-ED(1ªT), AI 745957 AgR-ED(2ªT).
- Veja Informativo 672 do STF.
Número de páginas: 8.
Análise: 22/11/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 779444 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00046 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008072 ANO-1990\r\n ART-00002 PAR-00001 REDAÇÃO DADA PELA LEI-11464/2007 \r\n LCH-1990 LEI DE CRIMES HEDIONDOS\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-011464 ANO-2007\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00337 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL"
] | AI-AgR-ED | acordaos | AI 779444 AgR-ED | [
""
] | EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
EMBTE.(S) : A. S. S.
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ
ADV.(A/S) : ALESSANDRO SILVERIO E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 779 . 444",
"HC [UNK] 111 . 840 / ES",
"AI 779 . 444 AGR",
"AI 779 . 444 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 779 . 444",
"Súmulas [UNK] 282",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 779 . 444",
"Súmulas [UNK] 282",
"AI 779 . 444 AGR",
"AI 779 . 444 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 779 . 444",
"AI 779 . 444 AGR",
"AI [UNK] 682 . 518 / RJ",
"AI [UNK] 745 . 957 / DF",
"HC [UNK] 111 . 840 / ES",
"AI 779 . 444 AGR",
"AI [UNK] 682 . 518 / RJ – AgR",
"AI [UNK] 745 . 957 / DF – AgR – ED",
"HC [UNK] 111 . 840 / ES",
"AI 779 . 444",
"AI 779 . 444 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 779 . 444",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 779 . 444"
],
"LEGISLACAO": [
"§ [UNK] do art . [UNK] da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"Lei [UNK] 11 . 464 / 07",
"art . 337 do RISTF",
"art . [UNK] , inciso XLVI , da Carta da República",
"§ [UNK] do art . [UNK] da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"Lei [UNK] 11 . 464 / 07",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 535 DO CPC",
"art . 535 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 535 DO CPC",
"art . 535 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso V do art . 109 c / c o § [UNK] do art . 110 do Código Penal",
"incisos I e II do artigo 535 do Código de Processo Civil",
"[UNK] do art . [UNK] da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"Lei [UNK] 11 . 464 / 07",
"art . [UNK] , inciso XLVI , da Carta da República",
"§ [UNK] do art . [UNK] da Lei 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso V do art . 109 c / c o § [UNK] do art . 110 do Código Penal",
"incisos I e II do artigo 535 do Código de Processo Civil",
"§ [UNK] do art . [UNK] da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"Lei [UNK] 11 . 464 / 07",
"art . [UNK] , inciso XLVI , da Carta da República",
"§ [UNK] do art . [UNK] da Lei 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 11 . 464 / 2007",
"Constituição",
"Lei 8 . 072 / 90",
"art . [UNK] , XLIII , da CF",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 11 . 464 / 2007",
"Constituição",
"Lei 8 . 072 / 90",
"art . [UNK] , XLIII , da CF",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ",
"PARANÁ",
"ESTADO DO PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ",
"Plenário deste Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Plenário deste Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Plenário deste Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"STF",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"STF",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ALESSANDRO SILVERIO",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ALESSANDRO SILVERIO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ALESSANDRO SILVERIO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ayres Britto",
"Eros Grau",
"Ayres Britto",
"Eros Grau",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ALESSANDRO SILVERIO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"ALESSANDRO SILVERIO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"12",
"/",
"09",
"6",
"/",
"11",
"/",
"09",
"27",
"/",
"7",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"12",
"/",
"09",
"6",
"/",
"11",
"/",
"09",
"27",
"/",
"7",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.061 RIO GRANDE DO
NORTE
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE NATAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL
AGDO.(A/S)
:CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S)
:ESTANISLAU
LUCIANO
DE
OLIVEIRA
E
OUTRO(A/S)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DEFEITO DE FORMA –
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI – AUSÊNCIA DE JUNTADA DO
INTEIRO TEOR DO ACÓRDÃO RELATIVO À ARGUIÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE
–
PREQUESTIONAMENTO.
A
jurisprudência do Supremo firmou-se no sentido de que a ausência de
juntada do inteiro teor do acórdão relativo à arguição de
inconstitucionalidade constitui óbice à sequência do extraordinário.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO –
CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta
da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo
Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem
como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do
recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas
razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao
preceito evocado pelo recorrente.
AGRAVO REGIMENTAL – RECURSO EXTRAORDINÁRIO –
BALIZAS. Aprecia-se o recurso extraordinário a partir das premissas
fixadas no acórdão proferido, sendo defeso inovar sobre a matéria em
agravo regimental.
A C Ó R D Ã O
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3195377.
Supremo Tribunal Federal
DJe 18/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
RE 597.061 AGR / RN
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3195377.
Supremo Tribunal Federal
RE 597.061 AGR / RN
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.061 RIO GRANDE DO
NORTE
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE NATAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL
AGDO.(A/S)
:CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S)
:ESTANISLAU
LUCIANO
DE
OLIVEIRA
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folha 116, neguei seguimento ao extraordinário, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
-
DEFEITO
DE
FORMA
-
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI -
AUSÊNCIA
DE
JUNTADA
DO
ACÓRDÃO RELATIVO AO MANDADO
DE SEGURANÇA – FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO.
1. Apesar de atendidos os pressupostos gerais de
recorribilidade, este extraordinário não está a merecer
seqüência. O que assentado pela 4ª Turma do Tribunal Regional
Federal da 5ª Região, ou seja, a inconstitucionalidade da Lei nº
5.054/98 do Município de Natal, repousa em acórdão relativo ao
Mandado de Segurança nº 98.0008832-6. Não houve, no entanto,
a juntada do inteiro teor do ato judicial que serviu de base à
decisão. Não como aferir se o que sustentado nas razões do
extraordinário foi enfrentado pelo Tribunal de origem no
julgamento do mandado de segurança. Padece o recurso da
ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3195378.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.061 RIO GRANDE DO
NORTE
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE NATAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL
AGDO.(A/S)
:CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S)
:ESTANISLAU
LUCIANO
DE
OLIVEIRA
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folha 116, neguei seguimento ao extraordinário, consignando:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
-
DEFEITO
DE
FORMA
-
INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI -
AUSÊNCIA
DE
JUNTADA
DO
ACÓRDÃO RELATIVO AO MANDADO
DE SEGURANÇA – FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO.
1. Apesar de atendidos os pressupostos gerais de
recorribilidade, este extraordinário não está a merecer
seqüência. O que assentado pela 4ª Turma do Tribunal Regional
Federal da 5ª Região, ou seja, a inconstitucionalidade da Lei nº
5.054/98 do Município de Natal, repousa em acórdão relativo ao
Mandado de Segurança nº 98.0008832-6. Não houve, no entanto,
a juntada do inteiro teor do ato judicial que serviu de base à
decisão. Não como aferir se o que sustentado nas razões do
extraordinário foi enfrentado pelo Tribunal de origem no
julgamento do mandado de segurança. Padece o recurso da
ausência de prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3195378.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
RE 597.061 AGR / RN
282 e 356 da Súmula desta Corte.
2. Diante de tal quadro, nego seguimento a este
extraordinário.
3. Publiquem.
O Município de Natal, na minuta de folha 143 a 158, sustenta a
constitucionalidade da Lei Municipal nº 5.054/98 e cita decisões
proferidas pelo Supremo favoravelmente à tese municipal. Articula com
ofensa aos artigos 30, inciso I, e 97 da Constituição Federal e ao Verbete
Vinculante nº 10 ante a declaração de inconstitucionalidade da referida lei
por órgão fracionário do Tribunal de origem. Apresenta cópia da
integralidade do acórdão proferido na Apelação em Mandado de
Segurança nº 68.504/RN.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 170 a 172,
apontando o acerto do ato atacado.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 597.061 AGR / RN
282 e 356 da Súmula desta Corte.
2. Diante de tal quadro, nego seguimento a este
extraordinário.
3. Publiquem.
O Município de Natal, na minuta de folha 143 a 158, sustenta a
constitucionalidade da Lei Municipal nº 5.054/98 e cita decisões
proferidas pelo Supremo favoravelmente à tese municipal. Articula com
ofensa aos artigos 30, inciso I, e 97 da Constituição Federal e ao Verbete
Vinculante nº 10 ante a declaração de inconstitucionalidade da referida lei
por órgão fracionário do Tribunal de origem. Apresenta cópia da
integralidade do acórdão proferido na Apelação em Mandado de
Segurança nº 68.504/RN.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folha 170 a 172,
apontando o acerto do ato atacado.
É o relatório.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3195378.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.061 RIO GRANDE DO
NORTE
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por Procuradora Municipal, foi
protocolada no prazo legal. Conheço.
A articulação do agravante não prospera. Conforme consignado na
decisão alvejada, não tendo ocorrido a juntada do inteiro teor do ato
judicial que serviu de base à decisão, não há como aferir se o que
sustentado nas razões do extraordinário foi enfrentado pelo Tribunal de
origem no julgamento do mandado de segurança. Padece o recurso da
ausência de prequestionamento.
O instituto do prequestionamento significa o debate e a decisão
prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o acórdão
impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
decidiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO –CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3195379.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.061 RIO GRANDE DO
NORTE
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por Procuradora Municipal, foi
protocolada no prazo legal. Conheço.
A articulação do agravante não prospera. Conforme consignado na
decisão alvejada, não tendo ocorrido a juntada do inteiro teor do ato
judicial que serviu de base à decisão, não há como aferir se o que
sustentado nas razões do extraordinário foi enfrentado pelo Tribunal de
origem no julgamento do mandado de segurança. Padece o recurso da
ausência de prequestionamento.
O instituto do prequestionamento significa o debate e a decisão
prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o acórdão
impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
decidiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO –CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 597.061 AGR / RN
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Acresce que a alegada violação aos artigos 30, inciso I e 97 do
Diploma Maior, além de não ter sido debatida no acórdão de origem, nem
sequer foi veiculada nas razões do extraordinário. Há precedentes de
ambas as Turmas no sentido de ser inadmissível a inovação de
argumentos quando do agravo regimental.
Nego provimento ao agravo.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 597.061 AGR / RN
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Acresce que a alegada violação aos artigos 30, inciso I e 97 do
Diploma Maior, além de não ter sido debatida no acórdão de origem, nem
sequer foi veiculada nas razões do extraordinário. Há precedentes de
ambas as Turmas no sentido de ser inadmissível a inovação de
argumentos quando do agravo regimental.
Nego provimento ao agravo.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.061
PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NATAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL
AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : ESTANISLAU LUCIANO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076482
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597.061
PROCED. : RIO GRANDE DO NORTE
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NATAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL
AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : ESTANISLAU LUCIANO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076482
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3215847 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-18T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DEFEITO DE FORMA – INCONSTITUCIONALIDADE DE LEI – AUSÊNCIA DE JUNTADA DO INTEIRO TEOR DO ACÓRDÃO RELATIVO À ARGUIÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE – PREQUESTIONAMENTO. A jurisprudência do Supremo firmou-se no sentido de que a ausência de juntada do inteiro teor do acórdão relativo à arguição de inconstitucionalidade constitui óbice à sequência do extraordinário.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente.
AGRAVO REGIMENTAL – RECURSO EXTRAORDINÁRIO – BALIZAS. Aprecia-se o recurso extraordinário a partir das premissas fixadas no acórdão proferido, sendo defeso inovar sobre a matéria em agravo regimental. | sjur221943 | - Acórdão citado:
(NECESSIDADE, PREQUESTIONAMENTO)
STF: AI 541696 AgR(1ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 04/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 597061 | null | RE-AgR | acordaos | RE 597061 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE NATAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE NATAL
AGDO.(A/S) : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL - CEF
ADV.(A/S) : ESTANISLAU LUCIANO DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MARÍLIA REGUEIRA DIAS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597 . 061",
"RE 597 . 061 AGR / RN",
"RE 597 . 061 AGR /",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597 . 061",
"Mandado de Segurança [UNK] 98 . 0008832 - 6",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597 . 061",
"Mandado de Segurança [UNK] 98 . 0008832 - 6",
"RE 597 . 061 AGR / RN",
"Apelação em Mandado de Segurança [UNK] 68 . 504 / RN",
"RE 597 . 061 AGR / RN",
"Verbete Vinculante [UNK] 10",
"Apelação em Mandado de Segurança [UNK] 68 . 504 / RN",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597 . 061",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597 . 061",
"[UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"RE 597 . 061 AGR / RN",
"RE 597 . 061 AGR /",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 597 . 061"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 5 . 054 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 5 . 054 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Municipal [UNK] 5 . 054 / 98",
"artigos 30 , inciso I , e 97 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Municipal [UNK] 5 . 054 / 98",
"artigos 30 , inciso I , e 97 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 30 , inciso I e 97 do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos 30 , inciso I e 97 do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO NORTE",
"MUNICÍPIO DE NATAL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO NORTE",
"MUNICÍPIO",
"Município de Natal",
"RIO GRANDE DO NORTE",
"MUNICÍPIO DE NATAL",
"Município de Natal",
"Município de Natal",
"Município de Natal",
"RIO GRANDE DO NORTE",
"RIO GRANDE DO NORTE",
"RIO GRANDE DO NORTE",
"MUNICÍPIO DE NATAL",
"NATAL",
"RIO GRANDE DO NORTE",
"MUNICÍPIO DE NATAL",
"MUNICÍPIO DE NATAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"[UNK] Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"[UNK] Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"-",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"CAIXA ECONÔMICA FEDERAL",
"CEF",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"ESTANISLAU LUCIANO DE OLIVEIRA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ESTANISLAU LUCIANO DE OLIVEIRA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ESTANISLAU LUCIANO DE OLIVEIRA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ESTANISLAU LUCIANO DE OLIVEIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"ESTANISLAU LUCIANO DE OLIVEIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24 de fevereiro de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24 de fevereiro de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.265 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S)
:COMPANHIA
DE ELETRICIDADE
DO RIO
DE
JANEIRO - CERJ
ADV.(A/S)
:GERSON STOCCO DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
EMBARGOS DECLARATÓRIOS – OMISSÃO. Uma vez constatada
omissão na formalização do acórdão resultante de agravo regimental,
impõe-se a acolhida dos declaratórios.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS – OMISSÃO – EFICÁCIA
MODIFICATIVA. Se o enfrentamento da omissão gerar óptica diversa da
assentada no dispositivo da decisão, cabe implementá-la, dando-se, no
caso concreto, sequência ao recurso extraordinário.
AGRAVO REGIMENTAL – MULTA – AFASTAMENTO. Uma vez
fulminado o acórdão decorrente da apreciação do agravo regimental,
oportunidade na qual imposta multa, incumbe afastá-la, viabilizando-se o
levantamento do valor respectivo.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – TRIBUTO – FORMA DE
CÁLCULO – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – INOBSERVÂNCIA –
AUDIÇÃO DA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA. Envolvido,
no recurso extraordinário, o princípio da legalidade tributária, no que,
mediante decreto, veio a ser disciplinada forma de recolhimento de
tributo diferente da prevista em lei complementar – artigo 26 da Lei
Complementar nº 87/96 –, cumpre aparelhar o processo para o crivo
respectivo.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3092494.
Supremo Tribunal Federal
DJe 22/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
RE 632.265 AGR-ED / RJ
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em acolher os embargos de
declaração no agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos
do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro
Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas
notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3092494.
Supremo Tribunal Federal
RE 632.265 AGR-ED / RJ
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em acolher os embargos de
declaração no agravo regimental no recurso extraordinário, nos termos
do voto do relator e por unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro
Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das respectivas
notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.265 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S)
:COMPANHIA
DE ELETRICIDADE
DO RIO
DE
JANEIRO - CERJ
ADV.(A/S)
:GERSON STOCCO DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A Primeira Turma
negou acolhida a pedido formulado em agravo, ante fundamentos assim
resumidos (folha 415):
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio a alcançar-se exame
de controvérsia equacionada sob o ângulo estritamente legal.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente
infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do
artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o
ônus decorrente da litigância de má-fé.
A embargante, na peça de folha 418 a 424, sustenta existir omissão
no julgado e pleiteia a atribuição de efeito modificativo. Insiste em
defender a natureza constitucional da matéria. Segundo argumenta, o
Decreto nº 31.632/2002 teria implicado verdadeira modificação no regime
de apuração do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, a
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3092495.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.265 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S)
:COMPANHIA
DE ELETRICIDADE
DO RIO
DE
JANEIRO - CERJ
ADV.(A/S)
:GERSON STOCCO DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE
JANEIRO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A Primeira Turma
negou acolhida a pedido formulado em agravo, ante fundamentos assim
resumidos (folha 415):
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio a alcançar-se exame
de controvérsia equacionada sob o ângulo estritamente legal.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente
infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do
artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o
ônus decorrente da litigância de má-fé.
A embargante, na peça de folha 418 a 424, sustenta existir omissão
no julgado e pleiteia a atribuição de efeito modificativo. Insiste em
defender a natureza constitucional da matéria. Segundo argumenta, o
Decreto nº 31.632/2002 teria implicado verdadeira modificação no regime
de apuração do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, a
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3092495.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
RE 632.265 AGR-ED / RJ
pretexto de simplesmente alterar o prazo de recolhimento. Ressalta que,
consoante dispõe o artigo 26, inciso III, da Lei Complementar nº 87/96, a
sistemática de apuração do imposto seria matéria submetida à reserva de
lei formal. Evoca os postulados constitucionais da separação de poderes,
da legalidade e da legalidade tributária. Entende não ser manifestamente
infundado o agravo e postula o cancelamento ou a redução da multa
imposta, considerando o valor da causa, a gravidade da falta cometida e a
vedação ao enriquecimento ilícito.
O Estado do Rio de Janeiro, nas contrarrazões de folha 439 a 443,
defende a ausência de vícios no acórdão.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3092495.
Supremo Tribunal Federal
RE 632.265 AGR-ED / RJ
pretexto de simplesmente alterar o prazo de recolhimento. Ressalta que,
consoante dispõe o artigo 26, inciso III, da Lei Complementar nº 87/96, a
sistemática de apuração do imposto seria matéria submetida à reserva de
lei formal. Evoca os postulados constitucionais da separação de poderes,
da legalidade e da legalidade tributária. Entende não ser manifestamente
infundado o agravo e postula o cancelamento ou a redução da multa
imposta, considerando o valor da causa, a gravidade da falta cometida e a
vedação ao enriquecimento ilícito.
O Estado do Rio de Janeiro, nas contrarrazões de folha 439 a 443,
defende a ausência de vícios no acórdão.
É o relatório.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.265 RIO DE
JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição destes embargos, atendeu-se aos pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituída (folhas 40, 41 e 425), foi protocolada no prazo
legal. Conheço.
Procede a articulação da embargante. Não houve o enfrentamento
da matéria alusiva ao fato de o poder regulamentador ter inovado na
forma de recolhimento do tributo. No voto condutor do julgamento,
consignei simplesmente a circunstância de estar envolvida matéria
estritamente legal.
Reexaminando a espécie, constato que, no acórdão formalizado pelo
Tribunal de origem, atinente ao julgamento da Apelação Cível nº 315/04,
apontou-se que a Lei estadual nº 2.657/96 remeteu ao Executivo a fixação
não só do prazo alusivo ao recolhimento do tributo, como também do
modo de fazê-lo. Afirmou-se, mais, ter vindo à balha decreto a versar,
conforme transcrito no acórdão, que o “imposto relativo às operações
realizadas a cada mês será pago nos dias 10, 20 e no último dia útil do
próprio mês em curso, sendo cada um desses pagamentos de valor igual a
1/3 do montante apurado no período anterior”.
Essa última cláusula está a suscitar a problemática explorada pela
recorrente, nas razões do extraordinário, quanto ao princípio da
legalidade estrita, a necessária normatização da espécie mediante lei,
consoante disposto na Constituição Federal – artigo 150, inciso I –, bem
como ao da isonomia tributária – artigo 150, inciso II, da Carta de 1988.
Em síntese, a matéria enseja o crivo do Supremo, presente, até mesmo, o
fato de o artigo 26 da Lei Complementar nº 87/96 prever que, em
substituição ao regime de apuração nela mencionado, lei estadual – e não
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.265 RIO DE
JANEIRO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição destes embargos, atendeu-se aos pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituída (folhas 40, 41 e 425), foi protocolada no prazo
legal. Conheço.
Procede a articulação da embargante. Não houve o enfrentamento
da matéria alusiva ao fato de o poder regulamentador ter inovado na
forma de recolhimento do tributo. No voto condutor do julgamento,
consignei simplesmente a circunstância de estar envolvida matéria
estritamente legal.
Reexaminando a espécie, constato que, no acórdão formalizado pelo
Tribunal de origem, atinente ao julgamento da Apelação Cível nº 315/04,
apontou-se que a Lei estadual nº 2.657/96 remeteu ao Executivo a fixação
não só do prazo alusivo ao recolhimento do tributo, como também do
modo de fazê-lo. Afirmou-se, mais, ter vindo à balha decreto a versar,
conforme transcrito no acórdão, que o “imposto relativo às operações
realizadas a cada mês será pago nos dias 10, 20 e no último dia útil do
próprio mês em curso, sendo cada um desses pagamentos de valor igual a
1/3 do montante apurado no período anterior”.
Essa última cláusula está a suscitar a problemática explorada pela
recorrente, nas razões do extraordinário, quanto ao princípio da
legalidade estrita, a necessária normatização da espécie mediante lei,
consoante disposto na Constituição Federal – artigo 150, inciso I –, bem
como ao da isonomia tributária – artigo 150, inciso II, da Carta de 1988.
Em síntese, a matéria enseja o crivo do Supremo, presente, até mesmo, o
fato de o artigo 26 da Lei Complementar nº 87/96 prever que, em
substituição ao regime de apuração nela mencionado, lei estadual – e não
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 632.265 AGR-ED / RJ
decreto – poderá estabelecer de maneira diversa.
Enfrentando agora esse aspecto, não abordado, repito, quando da
apreciação do agravo regimental – e aqui me penitencio pelo voto
condutor do julgamento –, provejo os declaratórios, considerada ainda a
circunstância de o extraordinário ter sido admitido na origem. Faço-o
para que este tenha sequência, ouvindo-se a Procuradoria Geral da
República, e seja submetido ao crivo do Plenário. Como consequência,
afasto a multa, que foi imposta com base no artigo 557 do Código de
Processo Civil, viabilizando o levantamento pela embargante.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 632.265 AGR-ED / RJ
decreto – poderá estabelecer de maneira diversa.
Enfrentando agora esse aspecto, não abordado, repito, quando da
apreciação do agravo regimental – e aqui me penitencio pelo voto
condutor do julgamento –, provejo os declaratórios, considerada ainda a
circunstância de o extraordinário ter sido admitido na origem. Faço-o
para que este tenha sequência, ouvindo-se a Procuradoria Geral da
República, e seja submetido ao crivo do Plenário. Como consequência,
afasto a multa, que foi imposta com base no artigo 557 do Código de
Processo Civil, viabilizando o levantamento pela embargante.
2
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.265
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO RIO DE JANEIRO - CERJ
ADV.(A/S) : GERSON STOCCO DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Decisão: A Turma acolheu os embargos de declaração, nos termos
do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632.265
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
EMBTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO RIO DE JANEIRO - CERJ
ADV.(A/S) : GERSON STOCCO DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Decisão: A Turma acolheu os embargos de declaração, nos termos
do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3116205 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-22T00:00:00 | A Turma acolheu os embargos de declaração, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMBARGOS DECLARATÓRIOS – OMISSÃO. Uma vez constatada omissão na formalização do acórdão resultante de agravo regimental, impõe-se a acolhida dos declaratórios.
EMBARGOS DECLARATÓRIOS – OMISSÃO – EFICÁCIA MODIFICATIVA. Se o enfrentamento da omissão gerar óptica diversa da assentada no dispositivo da decisão, cabe implementá-la, dando-se, no caso concreto, sequência ao recurso extraordinário.
AGRAVO REGIMENTAL – MULTA – AFASTAMENTO. Uma vez fulminado o acórdão decorrente da apreciação do agravo regimental, oportunidade na qual imposta multa, incumbe afastá-la, viabilizando-se o levantamento do valor respectivo.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – TRIBUTO – FORMA DE CÁLCULO – PRINCÍPIO DA LEGALIDADE – INOBSERVÂNCIA – AUDIÇÃO DA PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA. Envolvido, no recurso extraordinário, o princípio da legalidade tributária, no que, mediante decreto, veio a ser disciplinada forma de recolhimento de tributo diferente da prevista em lei complementar – artigo 26 da Lei Complementar nº 87/96 –, cumpre aparelhar o processo para o crivo respectivo. | sjur219504 | Número de páginas: 7.
Análise: 30/11/2012, MAC. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 632265 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00150 INC-00001 INC-00002 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LCP-000087 ANO-1996\r\n ART-00026 \r\n LEI COMPLEMENTAR\r\n\r\n",
"LEG-EST LEI-002657 ANO-1996\r\n LEI ORDINÁRIA, RJ"
] | RE-AgR-ED | acordaos | RE 632265 AgR-ED | [
""
] | EMBDO.(A/S) : ESTADO DO RIO DE JANEIRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
ADV.(A/S) : GERSON STOCCO DE SIQUEIRA E OUTRO(A/S)
EMBTE.(S) : COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO RIO DE JANEIRO - CERJ | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632 . 265",
"RE 632 . 265",
"RE 632 . 265 AGR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632 . 265",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632 . 265",
"RE 632 . 265 AGR - ED / RJ",
"RE 632 . 265 AGR -",
"ED / RJ",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632 . 265",
"Apelação Cível [UNK] 315 / 04",
"RECURSO",
"Apelação Cível [UNK] 315 / 04",
"RE 632 . 265",
"RE 632 . 265 AGR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632 . 265",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 632 . 265"
],
"LEGISLACAO": [
"26 da Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"Decreto [UNK] 31 . 632 / 2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"Decreto [UNK] 31 . 632 / 2002",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 26 , inciso III , da Lei Complementar [UNK]",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 26 , inciso III , da Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual [UNK] 2 . 657 / 96",
"Constituição Federal",
"artigo 150 , inciso II , da Carta de 1988",
"artigo 26 da Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual [UNK] 2 . 657 / 96",
"Constituição Federal",
"artigo 150 , inciso I",
"artigo 150 , inciso II , da Carta de 1988",
"artigo 26 da Lei Complementar [UNK] 87 / 96",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"Estado do Rio de Janeiro",
"Estado do Rio de Janeiro",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO",
"ESTADO DO RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO RIO DE JANEIRO",
"CERJ",
"PROCURADORIA GERAL DA REPÚBLICA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO RIO DE JANEIRO",
"CERJ",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO RIO DE JANEIRO",
"CERJ",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria Geral da República",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"ED",
"Procuradoria Geral da República",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA",
"CERJ",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"COMPANHIA DE ELETRICIDADE DO RIO DE JANEIRO",
"CERJ",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"GERSON STOCCO DE SIQUEIRA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"GERSON STOCCO DE SIQUEIRA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"GERSON STOCCO DE SIQUEIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.356
PARANÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S)
:PARANÁ ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA
ADV.(A/S)
:INGO HOFMANN JUNIOR E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:NAIR DA SILVA ALVES
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO
MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL.
CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. ART. 5º, LV, DA CF. OFENSA
REFLEXA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO.
I - Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em
regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria
relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa
alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por
configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes.
II - A controvérsia relativa à ilegitimidade passiva ad causam situa-se
no âmbito da legislação processual ordinária. Precedentes.
III - Agravo regimental improvido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, converter os
embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negaram
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Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
ARE 691.356 ED / PR
provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor
Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 691.356 ED / PR
provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor
Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.356
PARANÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S)
:PARANÁ ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA
ADV.(A/S)
:INGO HOFMANN JUNIOR E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:NAIR DA SILVA ALVES
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
embargos de declaração opostos contra decisão que negou seguimento a
agravo. Eis o teor da decisão embargada:
“Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a
recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue
transcrita:
'RECURSO
INOMINADO.
RECLAMATÓRIA.
PLANO DE SAÚDE. FINANCIAMENTO PRIVADO DE
ASSISTÊNCIA À SAÚDE A OBSERVAR O CARÁTER
PÚBLICO DOS INTERESSES ENVOLVIDOS, JA
CONSAGRADOS PELA ORDEM CONSTITUCIONAL.
INCIDÊNCIA
DAS
NORMAS
PROTETIVAS
CONSUMERISTAS, AS QUAIS DETERMINAM A
NULIDADE DE CLÁUSULAS ABUSIVAS E EM
FLAGRANTE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO
CONSUMIDOR.
REAJUSTE
UNILATERAL
DE
MENSALIDADE. ABUSIVIDADE CONFIGURADA.
AUSÊNCIA DE OBSERVÂNCIA SEQUER AO DEVER
BÁSICO DE INFORMAÇÃO AO CONSUMIDOR.
PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL CONFERIDA AO
CONSUMIDOR QUE, NESTE CASO, SE SOBREPÕE AO
PRINCÍPIO CONTRAPOSTO DA LIBERDADE DE
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.356
PARANÁ
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S)
:PARANÁ ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA
ADV.(A/S)
:INGO HOFMANN JUNIOR E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:NAIR DA SILVA ALVES
ADV.(A/S)
:SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
embargos de declaração opostos contra decisão que negou seguimento a
agravo. Eis o teor da decisão embargada:
“Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a
recurso extraordinário interposto de acórdão, cuja ementa segue
transcrita:
'RECURSO
INOMINADO.
RECLAMATÓRIA.
PLANO DE SAÚDE. FINANCIAMENTO PRIVADO DE
ASSISTÊNCIA À SAÚDE A OBSERVAR O CARÁTER
PÚBLICO DOS INTERESSES ENVOLVIDOS, JA
CONSAGRADOS PELA ORDEM CONSTITUCIONAL.
INCIDÊNCIA
DAS
NORMAS
PROTETIVAS
CONSUMERISTAS, AS QUAIS DETERMINAM A
NULIDADE DE CLÁUSULAS ABUSIVAS E EM
FLAGRANTE AFRONTA AOS PRINCÍPIOS BÁSICOS DO
CONSUMIDOR.
REAJUSTE
UNILATERAL
DE
MENSALIDADE. ABUSIVIDADE CONFIGURADA.
AUSÊNCIA DE OBSERVÂNCIA SEQUER AO DEVER
BÁSICO DE INFORMAÇÃO AO CONSUMIDOR.
PROTEÇÃO CONSTITUCIONAL CONFERIDA AO
CONSUMIDOR QUE, NESTE CASO, SE SOBREPÕE AO
PRINCÍPIO CONTRAPOSTO DA LIBERDADE DE
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
ARE 691.356 ED / PR
INICIATIVA, A MERECER TUTELA AINDA MAIS
REFORÇADA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO'
(fl. 132).
No RE fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
violação ao art. 5º, LV, da mesma Carta.
O agravo não merece acolhida. Isso porque, esta Corte firmou
orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de
recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos
princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e
do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de
exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar
situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Nesse sentido,
transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:
'AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ALEGAÇÃO DE
CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV, LIV E LV, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO.
A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no
sentido de que as alegações de contrariedade aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla
defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional,
quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional,
configuram ofensa constitucional indireta' (AI 777.240-
AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma).
'1.
RECURSO.
Agravo
de
instrumento.
Inadmissibilidade. Certidão de não apresentação de contra-
razões de recurso extraordinário. Comprovação de Inexistência.
Recurso conhecido. Demonstrada a existência de peça
obrigatória ao agravo de instrumento, deve ser apreciado o
recurso.
2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Alegação de ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição
Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não
2
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ARE 691.356 ED / PR
INICIATIVA, A MERECER TUTELA AINDA MAIS
REFORÇADA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO'
(fl. 132).
No RE fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
violação ao art. 5º, LV, da mesma Carta.
O agravo não merece acolhida. Isso porque, esta Corte firmou
orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de
recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos
princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e
do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de
exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar
situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Nesse sentido,
transcrevo ementas de julgados de ambas as Turmas desta Corte:
'AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. TRABALHISTA. ALEGAÇÃO DE
CONTRARIEDADE AO ART. 5º, INC. XXXV, LIV E LV, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL
INDIRETA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO.
A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no
sentido de que as alegações de contrariedade aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da ampla
defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional,
quando dependentes de exame de legislação infraconstitucional,
configuram ofensa constitucional indireta' (AI 777.240-
AgR/RS, Rel. Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma).
'1.
RECURSO.
Agravo
de
instrumento.
Inadmissibilidade. Certidão de não apresentação de contra-
razões de recurso extraordinário. Comprovação de Inexistência.
Recurso conhecido. Demonstrada a existência de peça
obrigatória ao agravo de instrumento, deve ser apreciado o
recurso.
2. RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Alegação de ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Constituição
Federal. Ofensa constitucional indireta. Agravo regimental não
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Relatório
ARE 691.356 ED / PR
provido. As alegações de desrespeito aos postulados da
legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos
decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de
normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações
de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição' (AI
610.626-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma).
Isso posto, nego seguimento ao recurso” (fls. 174-176).
A embargante sustenta, em suma, que
“In casu, mesmo tendo sido negado provimento ao recurso
manejado pela Embargante, Vossas Excelências deixaram de se
manifestar a respeito da ilegitimidade passiva, bem como a ausência de
provimento recursal face à divergência jurisprudencial viola o artigo
5º da Carta Magna arguidas pelo Embargante” (fl. 188).
É o relatório.
3
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ARE 691.356 ED / PR
provido. As alegações de desrespeito aos postulados da
legalidade, do devido processo legal, da motivação dos atos
decisórios, do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, se dependentes de reexame prévio de
normas inferiores, podem configurar, quando muito, situações
de ofensa meramente reflexa ao texto da Constituição' (AI
610.626-AgR/RJ, Rel. Min. Cezar Peluso, Segunda Turma).
Isso posto, nego seguimento ao recurso” (fls. 174-176).
A embargante sustenta, em suma, que
“In casu, mesmo tendo sido negado provimento ao recurso
manejado pela Embargante, Vossas Excelências deixaram de se
manifestar a respeito da ilegitimidade passiva, bem como a ausência de
provimento recursal face à divergência jurisprudencial viola o artigo
5º da Carta Magna arguidas pelo Embargante” (fl. 188).
É o relatório.
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.356
PARANÁ
V O T O
O SENHOR
MINISTRO
RICARDO
LEWANDOWSKI
(RELATOR):
Preliminarmente, recebo os embargos de declaração como agravo
regimental, uma vez que opostos de decisão monocrática.
Bem reexaminada a questão, verifico que a decisão ora atacada não
merece reforma, visto que a recorrente não aduz argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Conforme assentado na decisão agravada, a jurisprudência desta
Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos
princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório,
quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais,
configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que impede
o cabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito as seguintes
decisões: AI 778.923-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 596.568-
AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres
Britto; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489-
AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar
Mendes; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 508.047-AgR/RJ,
Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau.
Ressalte-se, ademais, que a própria agravante, nas razões do recurso
extraordinário, na parte em que alega a ilegitimidade ad causam,
reconhece a necessidade da análise de norma infraconstitucional, ao
sustentar que “nos termos do artigo 3º do Código de Processo Civil, 'Para
propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade'.” (fl. 137).
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SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.356
PARANÁ
V O T O
O SENHOR
MINISTRO
RICARDO
LEWANDOWSKI
(RELATOR):
Preliminarmente, recebo os embargos de declaração como agravo
regimental, uma vez que opostos de decisão monocrática.
Bem reexaminada a questão, verifico que a decisão ora atacada não
merece reforma, visto que a recorrente não aduz argumentos capazes de
afastar as razões nela expendidas.
Conforme assentado na decisão agravada, a jurisprudência desta
Corte firmou-se no sentido de que, em regra, a alegação de ofensa aos
princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório,
quando dependente de exame prévio de normas infraconstitucionais,
configura situação de ofensa reflexa ao texto constitucional, o que impede
o cabimento do recurso extraordinário. Nesse sentido, cito as seguintes
decisões: AI 778.923-AgR/RJ, Rel. Min. Cármen Lúcia; AI 596.568-
AgR/GO, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 806.313-AgR/RN, Rel. Min. Ayres
Britto; AI 727.420-AgR/DF, Rel. Min. Joaquim Barbosa; AI 795.489-
AgR/SP, Rel. Min. Celso de Mello; AI 755.879-AgR/SP, Rel. Min. Gilmar
Mendes; AI 756.336-AgR/MG, Rel. Min. Ellen Gracie; AI 508.047-AgR/RJ,
Rel. Min. Cezar Peluso; AI 723.935-AgR/GO, Rel. Min. Eros Grau.
Ressalte-se, ademais, que a própria agravante, nas razões do recurso
extraordinário, na parte em que alega a ilegitimidade ad causam,
reconhece a necessidade da análise de norma infraconstitucional, ao
sustentar que “nos termos do artigo 3º do Código de Processo Civil, 'Para
propor ou contestar ação é necessário ter interesse e legitimidade'.” (fl. 137).
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 691.356 ED / PR
Por fim, apenas a título de reforço argumentativo, destaco que esta
Corte possui orientação no sentido de que a controvérsia relativa à
ilegitimidade passiva ad causam situa-se no âmbito da legislação
processual ordinária. Nesse sentido: AI 257.275-AgR/SP, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence; RE 387.729-AgR/PR, Rel. Min. Ellen Gracie; AI
467.709-AgR/SP, Rel. Min. Nelson Jobim; AI 256.817-AgR/SP, Rel. Min.
Ilmar Galvão; RE 630.590/DF e RE 502.729/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia;
RE 533.005/RS, Rel. Min. Menezes Direito.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
2
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ARE 691.356 ED / PR
Por fim, apenas a título de reforço argumentativo, destaco que esta
Corte possui orientação no sentido de que a controvérsia relativa à
ilegitimidade passiva ad causam situa-se no âmbito da legislação
processual ordinária. Nesse sentido: AI 257.275-AgR/SP, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence; RE 387.729-AgR/PR, Rel. Min. Ellen Gracie; AI
467.709-AgR/SP, Rel. Min. Nelson Jobim; AI 256.817-AgR/SP, Rel. Min.
Ilmar Galvão; RE 630.590/DF e RE 502.729/RR, Rel. Min. Cármen Lúcia;
RE 533.005/RS, Rel. Min. Menezes Direito.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
2
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.356
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S) : PARANÁ ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA
ADV.(A/S) : INGO HOFMANN JUNIOR E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : NAIR DA SILVA ALVES
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de
declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos
termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro
Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691.356
PROCED. : PARANÁ
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S) : PARANÁ ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA
ADV.(A/S) : INGO HOFMANN JUNIOR E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : NAIR DA SILVA ALVES
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de
declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos
termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro
Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3107908 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. CONSUMIDOR. PLANO DE SAÚDE. ART. 5º, LV, DA CF. OFENSA REFLEXA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. CONTROVÉRSIA INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO IMPROVIDO.
I - Esta Corte firmou orientação no sentido de ser inadmissível, em regra, a interposição de recurso extraordinário para discutir matéria relacionada à ofensa aos princípios constitucionais do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório, quando a verificação dessa alegação depender de exame prévio de legislação infraconstitucional, por configurar situação de ofensa reflexa ao texto constitucional. Precedentes.
II - A controvérsia relativa à ilegitimidade passiva ad causam situa-se no âmbito da legislação processual ordinária. Precedentes.
III - Agravo regimental improvido. | sjur219100 | - Acórdãos citados:
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 508047 AgR(2ªT), AI 596568 AgR(1ªT), AI 723935 AgR(2ªT),
AI 727420 AgR(2ªT), AI 755879 AgR(2ªT), AI 756336 AgR(2ªT),
AI 778923 AgR(1ªT), AI 795489 AgR(2ªT), AI 806313 AgR(2ªT);
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL)
STF: AI 256817 AgR(1ªT), AI 257275 AgR(1ªT), AI 467709 AgR(2ªT),
RE 502729(1ªT), RE 387729 AgR(2ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
STF: RE 533005, RE 630590.
Número de páginas: 8.
Análise: 27/11/2012, LLD. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 691356 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00055 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL"
] | ARE-ED | acordaos | ARE 691356 ED | [
""
] | EMBTE.(S) : PARANÁ ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA
ADV.(A/S) : INGO HOFMANN JUNIOR E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : NAIR DA SILVA ALVES
ADV.(A/S) : SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
ADV.(A/S) : INGO HOFMANN JUNIOR | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 691 . 356",
"ARE 691 . 356 ED / PR",
"ARE 691 . 356 ED / PR",
"ARE 691 . 356 ED / PR",
"AI 777 . 240 - AgR / RS",
"ARE 691 . 356 ED",
"RECURSO",
"AI 777 . 240 - AgR / RS",
"ARE 691 . 356 ED / PR",
"AI 610 . 626 - AgR / RJ",
"ARE 691 . 356 ED / PR",
"AI 610 . 626 - AgR / RJ",
"AI 778 . 923 - AgR / RJ",
"AI 596 . 568 - AgR / GO",
"AI 806 . 313 - AgR / RN",
"AI 727 . 420 - AgR / DF",
"AI 795 . 489 - AgR / SP",
"AI 755 . 879 - AgR / SP",
"AI 756 . 336 - AgR / MG",
"AI 508 . 047 - AgR / RJ",
"AI 723 . 935 - AgR / GO",
"AI 778 . 923 - AgR / RJ",
"AI 596 . 568 - AgR / GO",
"AI 806 . 313 - AgR / RN",
"AI 727 . 420 - AgR / DF",
"AI 795 . 489 - AgR / SP",
"AI 755 . 879 - AgR / SP",
"AI 756 . 336 - AgR / MG",
"AI 508 . 047 - AgR / RJ",
"AI 723 . 935 - AgR / GO",
"ARE 691 . 356",
"AI 257 . 275 - AgR / SP",
"RE 387 . 729 - AgR / PR",
"AI 467 . 709 - AgR / SP",
"AI 256 . 817 - AgR / SP",
"RE 630 . 590 / DF",
"RE 502 . 729 / RR",
"RE 533 . 005 / RS",
"ARE 691 . 356 ED / PR",
"AI 257 . 275 - AgR / SP",
"RE 387 . 729 - AgR / PR",
"AI 467 . 709 - AgR / SP",
"AI 256 . 817 - AgR / SP",
"RE 630 . 590 / DF",
"RE 502 . 729 / RR",
"RE 533 . 005 / RS"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . [UNK] , LV , DA CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"ART . [UNK] , INC . XXXV , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"art . [UNK] , LV",
"ART . [UNK] , INC . XXXV , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"artigo [UNK] da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"artigo [UNK] da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n°",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
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"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ",
"PARANÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"PARANÁ",
"ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
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"-",
"Brasil",
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"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"PARANÁ ASSISTÊNCIA MÉDICA LTDA",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"INGO HOFMANN JUNIOR",
"NAIR DA SILVA ALVES",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"INGO HOFMANN JUNIOR",
"NAIR DA SILVA ALVES",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"INGO HOFMANN JUNIOR",
"NAIR DA SILVA ALVES",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
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"Cezar Peluso",
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"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
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"Gilmar Mendes",
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"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Sepúlveda Pertence",
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"Nelson Jobim",
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"Cármen Lúcia",
"Menezes Direito",
"Sepúlveda Pertence",
"Ellen Gracie",
"Nelson Jobim",
"Ilmar Galvão",
"Cármen Lúcia",
"Menezes Direito",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"INGO HOFMANN JUNIOR",
"NAIR DA SILVA ALVES",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
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"RICARDO LEWANDOWSKI",
"INGO HOFMANN JUNIOR",
"NAIR DA SILVA ALVES",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
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"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
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"10",
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"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
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"08",
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"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"30",
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"10",
"/",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
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"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426.335 PARANÁ
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ
ADV.(A/S)
:GILSON JOSÉ DOS SANTOS
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO.
REGIME PREVIDENCIÁRIO PRÓPRIO DE SERVIDOR PÚBLICO
MUNICIPAL. PERÍODO ANTERIOR AO REGIME EMINENTEMENTE
CONTRIBUTIVO DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20/1998.
EXCLUSÃO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL,
INDEPENDENTEMENTE DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora.
Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085087.
Supremo Tribunal Federal
DJe 23/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426.335 PARANÁ
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ
ADV.(A/S)
:GILSON JOSÉ DOS SANTOS
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora):
1. Em 17 de junho de 2012, dei provimento ao recurso extraordinário
interposto pelo Município de Paranavaí/PR contra julgado do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região, o qual manteve sentença que rejeitara
embargos à execução fiscal, para prosseguir a cobrança das contribuições
previdenciárias dos servidores municipais no período de janeiro de 1991
a setembro de 1996. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“3. Razão jurídica assiste ao Recorrente.
4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou-se
no sentido de que o regime previdenciário do servidor público (federal,
estadual e municipal) tornou-se eminentemente contributivo a partir
da Emenda Constitucional 20/98, que erigiu o equilíbrio financeiro e
atuarial à condição de princípio básico do sistema.
Na espécie vertente, trata-se de execução de contribuições
previdenciárias relativas ao período de janeiro de 1991 a setembro de
1996, antes, portanto, da instituição do regime previdenciário de cuja
natureza se poderia deduzir a obrigatoriedade de contribuição dos
servidores segurados.
Além disso, tal como ressaltado pelo Recorrente, o parágrafo
único do art. 149 da Constituição (redação originária) previa uma
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085088.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426.335 PARANÁ
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ
ADV.(A/S)
:GILSON JOSÉ DOS SANTOS
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora):
1. Em 17 de junho de 2012, dei provimento ao recurso extraordinário
interposto pelo Município de Paranavaí/PR contra julgado do Tribunal
Regional Federal da 4ª Região, o qual manteve sentença que rejeitara
embargos à execução fiscal, para prosseguir a cobrança das contribuições
previdenciárias dos servidores municipais no período de janeiro de 1991
a setembro de 1996. A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“3. Razão jurídica assiste ao Recorrente.
4. A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal consolidou-se
no sentido de que o regime previdenciário do servidor público (federal,
estadual e municipal) tornou-se eminentemente contributivo a partir
da Emenda Constitucional 20/98, que erigiu o equilíbrio financeiro e
atuarial à condição de princípio básico do sistema.
Na espécie vertente, trata-se de execução de contribuições
previdenciárias relativas ao período de janeiro de 1991 a setembro de
1996, antes, portanto, da instituição do regime previdenciário de cuja
natureza se poderia deduzir a obrigatoriedade de contribuição dos
servidores segurados.
Além disso, tal como ressaltado pelo Recorrente, o parágrafo
único do art. 149 da Constituição (redação originária) previa uma
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12
Relatório
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
faculdade de instituição de contribuição previdenciária dos servidores,
e não uma imposição aos entes federados.
Assim, não procede a assertiva do Tribunal de origem de que o
sistema previdenciário próprio capaz de afastar a aplicabilidade do
regime geral dependeria da existência de contribuição dos segurados.
Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:
(…) (ADI 3.105, Redator para o acórdão o Ministro Cezar
Peluso, Tribunal Pleno, DJ 18.2.2005).
(…) (ADI 2.010-MC, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno,
DJ 12.4.2002).
(…) (RE 590.714, Rel. Min. Eros Grau, decisão monocrática,
DJe 26.8.2009).
5. Dessa orientação jurisprudencial divergiu o julgado
recorrido.
6. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art.
557, 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal). Ficam invertidos os ônus da
sucumbência fixados na origem” (fls. 994-1002).
2. Intimada dessa decisão em 13.8.2010 (fl. 1022), interpõe a União,
em 25.8.2010, agravo regimental (fls. 1024-1038).
3. A União afirma que “o caso em questão discute a necessidade, ou não,
da previsão de fonte de custeio do regime previdenciário instituído pelo município
para seus servidores, de forma que estes sejam desvinculados do Regime Geral de
Previdência Social e, consequentemente, o município desobrigue-se do
recolhimento das contribuições sociais a cargo do INSS” (fl. 1026).
Sustenta que “a mera previsão legal de benefícios previdenciários, como fez
o Município de Paranavaí, é insuficiente para caracterizar o regime próprio de
previdência, com a consequente exclusão do servidor municipal do regime geral
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085088.
Supremo Tribunal Federal
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
faculdade de instituição de contribuição previdenciária dos servidores,
e não uma imposição aos entes federados.
Assim, não procede a assertiva do Tribunal de origem de que o
sistema previdenciário próprio capaz de afastar a aplicabilidade do
regime geral dependeria da existência de contribuição dos segurados.
Confiram-se, a propósito, os seguintes julgados:
(…) (ADI 3.105, Redator para o acórdão o Ministro Cezar
Peluso, Tribunal Pleno, DJ 18.2.2005).
(…) (ADI 2.010-MC, Rel. Min. Celso de Mello, Tribunal Pleno,
DJ 12.4.2002).
(…) (RE 590.714, Rel. Min. Eros Grau, decisão monocrática,
DJe 26.8.2009).
5. Dessa orientação jurisprudencial divergiu o julgado
recorrido.
6. Pelo exposto, dou provimento ao recurso extraordinário (art.
557, 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal). Ficam invertidos os ônus da
sucumbência fixados na origem” (fls. 994-1002).
2. Intimada dessa decisão em 13.8.2010 (fl. 1022), interpõe a União,
em 25.8.2010, agravo regimental (fls. 1024-1038).
3. A União afirma que “o caso em questão discute a necessidade, ou não,
da previsão de fonte de custeio do regime previdenciário instituído pelo município
para seus servidores, de forma que estes sejam desvinculados do Regime Geral de
Previdência Social e, consequentemente, o município desobrigue-se do
recolhimento das contribuições sociais a cargo do INSS” (fl. 1026).
Sustenta que “a mera previsão legal de benefícios previdenciários, como fez
o Município de Paranavaí, é insuficiente para caracterizar o regime próprio de
previdência, com a consequente exclusão do servidor municipal do regime geral
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085088.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Relatório
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
de previdência” (fl. 1029).
Alega que, “apesar de o regime previdenciário ter passado a ser
eminentemente contributivo com a edição da EC 20/98, desde a EC n. 3/93, com
a alteração da redação do § 6º do art. 40, há previsão de contribuição do servidor
para o custeio de regime previdenciário” (fl. 1032).
Assevera que, “ainda que se atribua caráter facultativo à previsão
estabelecida no art. 149, § 1º, tal faculdade não é capaz de afastar a exigência
prevista no § 5º do art. 195 da Constituição Federal” (fl. 1033).
Pontua, ao final, que “o acórdão recorrido deixou expressamente
assentada a inexistência de um plano de custeio dos benefícios previdenciários
instituídos pelo Município de Paranavaí” (fl. 1037).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
de previdência” (fl. 1029).
Alega que, “apesar de o regime previdenciário ter passado a ser
eminentemente contributivo com a edição da EC 20/98, desde a EC n. 3/93, com
a alteração da redação do § 6º do art. 40, há previsão de contribuição do servidor
para o custeio de regime previdenciário” (fl. 1032).
Assevera que, “ainda que se atribua caráter facultativo à previsão
estabelecida no art. 149, § 1º, tal faculdade não é capaz de afastar a exigência
prevista no § 5º do art. 195 da Constituição Federal” (fl. 1033).
Pontua, ao final, que “o acórdão recorrido deixou expressamente
assentada a inexistência de um plano de custeio dos benefícios previdenciários
instituídos pelo Município de Paranavaí” (fl. 1037).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426.335 PARANÁ
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à União.
2. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região assentou:
“Os embargos à execução se originam de execução fiscal
ajuizada para a cobrança de contribuições previdenciárias dos
servidores do Município de Paranavaí no período de janeiro 1991 a
setembro 1996.
(…)
A controvérsia diz respeito com a necessidade ou não da
existência de fontes de custeio do regime de previdência instituído pelo
município para seus servidores, para que os mesmos se desvinculem
do Regime Geral da Previdência e o município se desobrigue do
recolhimento das contribuições sociais para a seguridade social, a
cargo do INSS.
(…)
A possibilidade da existência de regime previdenciário municipal
próprio encontra-se amparada pelo art. 149 da CF/88, que dispõe que
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício
destes, de sistema de previdência e assistência social.
Posteriormente, por ocasião da edição da Lei n. 8.212/1991, que
dispôs acerca das formas de custeio dos benefícios previdenciários,
restou estabelecido que o servidor civil ou militar da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das
respectivas autarquias e fundações, é excluído do Regime Geral da
Previdência Social e consubstanciado nesta lei, desde que esteja sujeito
a sistema próprio de previdência.
Assim sendo, inexiste óbice legal à criação de regime
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085089.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426.335 PARANÁ
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à União.
2. O Tribunal Regional Federal da 4ª Região assentou:
“Os embargos à execução se originam de execução fiscal
ajuizada para a cobrança de contribuições previdenciárias dos
servidores do Município de Paranavaí no período de janeiro 1991 a
setembro 1996.
(…)
A controvérsia diz respeito com a necessidade ou não da
existência de fontes de custeio do regime de previdência instituído pelo
município para seus servidores, para que os mesmos se desvinculem
do Regime Geral da Previdência e o município se desobrigue do
recolhimento das contribuições sociais para a seguridade social, a
cargo do INSS.
(…)
A possibilidade da existência de regime previdenciário municipal
próprio encontra-se amparada pelo art. 149 da CF/88, que dispõe que
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir
contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício
destes, de sistema de previdência e assistência social.
Posteriormente, por ocasião da edição da Lei n. 8.212/1991, que
dispôs acerca das formas de custeio dos benefícios previdenciários,
restou estabelecido que o servidor civil ou militar da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, bem como o das
respectivas autarquias e fundações, é excluído do Regime Geral da
Previdência Social e consubstanciado nesta lei, desde que esteja sujeito
a sistema próprio de previdência.
Assim sendo, inexiste óbice legal à criação de regime
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 12
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
previdenciário próprio pelo município. O embargante alega que a
existência de referido regime prescinde de previsão de formas de
custeio dos benefícios, razão pela qual, uma vez instituído por
legislação municipal o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos
do Município, estaria desobrigado do recolhimento das contribuições
sociais do INSS.
Contudo, ocorre que a Constituição Federal, ao autorizar os
Estados, e Municípios a criarem e organizarem sistemas de
previdência e assistência social, vinculou a existência de regime
próprio à instituição de contribuições para o seu financiamento. É o
que se depreende da análise sistemática dos dispositivos
constitucionais.
(…)
Dessarte, merece ser mantida a sentença a quo, que
adequadamente entendeu que a mera previsão legal e o pagamento de
benefícios previdenciários é insuficiente para caracterizar o regime
próprio de previdência, com a consequente exclusão do servidor
público do regime geral de previdência social.
Improcedem também os argumentos do município embargante
no sentido de que a exigência de fonte de custeio só veio a ocorrer com
a aprovação da Emenda Constitucional 20/98, eis que tal previsão já
se encontrava no texto original da CF/88.
(…)
Por fim, uma vez esclarecido que o município embargante não
preenche os requisitos para a instituição de regime previdenciário
próprio, não há que se cogitar de ilegitimidade do INSS para a
cobrança das contribuições ora executadas, porquanto os servidores
municipais jamais perderam o vínculo com o regime geral de
previdência” (fls. 924-927, grifos nossos).
3. Como posto na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal
assentou que o regime previdenciário do servidor público (federal,
estadual e municipal) tornou-se eminentemente contributivo a partir da
Emenda Constitucional 20/1998, que erigiu o equilíbrio financeiro e
atuarial à condição de princípio básico do sistema.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085089.
Supremo Tribunal Federal
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
previdenciário próprio pelo município. O embargante alega que a
existência de referido regime prescinde de previsão de formas de
custeio dos benefícios, razão pela qual, uma vez instituído por
legislação municipal o Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos
do Município, estaria desobrigado do recolhimento das contribuições
sociais do INSS.
Contudo, ocorre que a Constituição Federal, ao autorizar os
Estados, e Municípios a criarem e organizarem sistemas de
previdência e assistência social, vinculou a existência de regime
próprio à instituição de contribuições para o seu financiamento. É o
que se depreende da análise sistemática dos dispositivos
constitucionais.
(…)
Dessarte, merece ser mantida a sentença a quo, que
adequadamente entendeu que a mera previsão legal e o pagamento de
benefícios previdenciários é insuficiente para caracterizar o regime
próprio de previdência, com a consequente exclusão do servidor
público do regime geral de previdência social.
Improcedem também os argumentos do município embargante
no sentido de que a exigência de fonte de custeio só veio a ocorrer com
a aprovação da Emenda Constitucional 20/98, eis que tal previsão já
se encontrava no texto original da CF/88.
(…)
Por fim, uma vez esclarecido que o município embargante não
preenche os requisitos para a instituição de regime previdenciário
próprio, não há que se cogitar de ilegitimidade do INSS para a
cobrança das contribuições ora executadas, porquanto os servidores
municipais jamais perderam o vínculo com o regime geral de
previdência” (fls. 924-927, grifos nossos).
3. Como posto na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal
assentou que o regime previdenciário do servidor público (federal,
estadual e municipal) tornou-se eminentemente contributivo a partir da
Emenda Constitucional 20/1998, que erigiu o equilíbrio financeiro e
atuarial à condição de princípio básico do sistema.
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
Na espécie, trata-se de execução de contribuições previdenciárias
relativas ao período de janeiro de 1991 a setembro de 1996, antes,
portanto, da instituição do regime previdenciário de cuja natureza se
poderia deduzir a obrigatoriedade de contribuição dos servidores
segurados.
Além disso, como ressaltado pelo Município Agravado, a redação
originária do § 1º do art. 149 da Constituição previa uma faculdade de
instituição de contribuição previdenciária dos servidores, sem menção do
caráter contributivo:
“Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em
benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social”.
Desse modo, não procede a assertiva do Tribunal de origem de que o
sistema previdenciário próprio capaz de afastar a aplicabilidade do
regime geral dependeria da existência de contribuição dos segurados.
Nesse sentido:
“Os termos originais da Constituição de 1988 desenhavam um
sistema previdencial de teor solidário e distributivo, no qual a
comprovação de ‘tempo de serviço’, sem limite de idade, era uma das
condições do direito ao benefício, sem nenhuma referência à questão de
proporcionalidade, ou de equilíbrio atuarial, entre o volume de
recursos e o valor das contribuições desembolsadas pelo servidor na
ativa e o dos proventos da aposentadoria. Seu cunho solidário e
distributivo vinha sobretudo de os trabalhadores em atividade
subsidiarem, em certa medida, os benefícios dos inativos.
O sistema padeceu substancial alteração com a Emenda
Constitucional nº 20/98, que lhe introduziu feitio contributivo,
baseado, já não no ‘tempo de serviço’, mas no tempo de contribuição,
‘observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial’
3
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RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
Na espécie, trata-se de execução de contribuições previdenciárias
relativas ao período de janeiro de 1991 a setembro de 1996, antes,
portanto, da instituição do regime previdenciário de cuja natureza se
poderia deduzir a obrigatoriedade de contribuição dos servidores
segurados.
Além disso, como ressaltado pelo Município Agravado, a redação
originária do § 1º do art. 149 da Constituição previa uma faculdade de
instituição de contribuição previdenciária dos servidores, sem menção do
caráter contributivo:
“Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão
instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em
benefício destes, de sistemas de previdência e assistência social”.
Desse modo, não procede a assertiva do Tribunal de origem de que o
sistema previdenciário próprio capaz de afastar a aplicabilidade do
regime geral dependeria da existência de contribuição dos segurados.
Nesse sentido:
“Os termos originais da Constituição de 1988 desenhavam um
sistema previdencial de teor solidário e distributivo, no qual a
comprovação de ‘tempo de serviço’, sem limite de idade, era uma das
condições do direito ao benefício, sem nenhuma referência à questão de
proporcionalidade, ou de equilíbrio atuarial, entre o volume de
recursos e o valor das contribuições desembolsadas pelo servidor na
ativa e o dos proventos da aposentadoria. Seu cunho solidário e
distributivo vinha sobretudo de os trabalhadores em atividade
subsidiarem, em certa medida, os benefícios dos inativos.
O sistema padeceu substancial alteração com a Emenda
Constitucional nº 20/98, que lhe introduziu feitio contributivo,
baseado, já não no ‘tempo de serviço’, mas no tempo de contribuição,
‘observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial’
3
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
(art. 40, in fine, da Constituição da República, com a redação da EC
20/98).
(…)
Quanto à ‘ausência de causa suficiente’ para exigibilidade da
contribuição aos inativos, por terem estes atingido a condição
representada pela aposentadoria, assumiu também, como premissa
fundamental da resposta, a natureza do regime inovado pela EC n.
20/98, ou seja, seu caráter contributivo.
(...)
E a Emenda Constitucional nº 41/2003 instaurou regime
previdencial nitidamente solidário e contributivo, mediante a previsão
explícita de tributação dos inativos, ’observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial’.
(...)
Essa mesma tendência, observada já à época das Emenda nº 3/93
e nº 20/98, é que esteve à raiz das transformações do regime
eminentemente solidário, em vigor antes da EC nº 3/93, para outro
que, como regime contributivo e solidário, adotava a contribuição dos
servidores ativos (art. 40, § 6º, acrescido pela EC nº 3/93), e, depois,
para regime predominantemente contributivo, o da EC nº 20/98.
(...)
Os servidores públicos em atividade financiavam os inativos e,
até à EC nº 3/93, os servidores ativos não contribuíam, apesar de se
aposentarem com vencimentos integrais, implementadas certas
condições. A EC nº 20/98 estabeleceu regime contributivo e, com
coerência, obrigou à observância do equilíbrio financeiro e atuarial,
enquanto princípios mantidos pela EC nº 41/2003.
(…)
Os elementos sistêmicos figurados no ‘tempo de contribuição’,
no ‘equilíbrio financeiro e atuarial’ e na ‘regra de contrapartida’ não
podem interpretar-se de forma isolada, senão em congruência com os
princípios enunciados no art. 194, parágrafo único, da Constituição”
(ADI 3.105, Redator para o acórdão o Ministro Cezar Peluso,
Plenário, DJ 18.2.2005, grifos nossos).
4
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RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
(art. 40, in fine, da Constituição da República, com a redação da EC
20/98).
(…)
Quanto à ‘ausência de causa suficiente’ para exigibilidade da
contribuição aos inativos, por terem estes atingido a condição
representada pela aposentadoria, assumiu também, como premissa
fundamental da resposta, a natureza do regime inovado pela EC n.
20/98, ou seja, seu caráter contributivo.
(...)
E a Emenda Constitucional nº 41/2003 instaurou regime
previdencial nitidamente solidário e contributivo, mediante a previsão
explícita de tributação dos inativos, ’observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial’.
(...)
Essa mesma tendência, observada já à época das Emenda nº 3/93
e nº 20/98, é que esteve à raiz das transformações do regime
eminentemente solidário, em vigor antes da EC nº 3/93, para outro
que, como regime contributivo e solidário, adotava a contribuição dos
servidores ativos (art. 40, § 6º, acrescido pela EC nº 3/93), e, depois,
para regime predominantemente contributivo, o da EC nº 20/98.
(...)
Os servidores públicos em atividade financiavam os inativos e,
até à EC nº 3/93, os servidores ativos não contribuíam, apesar de se
aposentarem com vencimentos integrais, implementadas certas
condições. A EC nº 20/98 estabeleceu regime contributivo e, com
coerência, obrigou à observância do equilíbrio financeiro e atuarial,
enquanto princípios mantidos pela EC nº 41/2003.
(…)
Os elementos sistêmicos figurados no ‘tempo de contribuição’,
no ‘equilíbrio financeiro e atuarial’ e na ‘regra de contrapartida’ não
podem interpretar-se de forma isolada, senão em congruência com os
princípios enunciados no art. 194, parágrafo único, da Constituição”
(ADI 3.105, Redator para o acórdão o Ministro Cezar Peluso,
Plenário, DJ 18.2.2005, grifos nossos).
4
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
E:
“O regime de previdência de caráter contributivo, a que se refere
o art. 40, caput, da Constituição, na redação dada pela EC nº 20/98,
foi instituído, unicamente, em relação ‘aos servidores titulares de
cargos efetivos’ (...).
O REGIME CONTRIBUTIVO É, POR ESSÊNCIA, UM
REGIME DE CARÁTER EMINENTEMENTE RETRIBUTIVO. A
QUESTÃO DO EQUILÍBRIO ATUARIAL (CF, ART. 195, § 5º).
CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL SOBRE PENSÕES
E PROVENTOS: AUSÊNCIA DE CAUSA SUFICIENTE. - Sem
causa suficiente, não se justifica a instituição (ou a majoração) da
contribuição de seguridade social, pois, no regime de previdência de
caráter contributivo, deve haver, necessariamente, correlação entre
custo e benefício. A existência de estrita vinculação causal entre
contribuição e benefício põe em evidência a correção da fórmula
segundo a qual não pode haver contribuição sem benefício, nem
benefício sem contribuição. Doutrina. Precedente do STF” (ADI
2.010-MC, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJ 12.4.2002
Em caso idêntico, no qual litigam também o Município de
Paranavaí/PR e o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, o Recurso
Extraordinário n. 597.529, Relator o Ministro Dias Toffoli, decisão
monocrática, DJe 13.4.2011, trânsito em julgado em 11.5.2011.
4. Ressalte-se, ao final, que não merece prosperar o argumento que a
União reitera no agravo regimental com relação à necessidade de
observância do disposto no art. 195, § 5º, da Constituição da República
(regra de contrapartida), pois este Supremo Tribunal assentou a sua
inexigibilidade quando o benefício foi criado diretamente pela
Constituição da República.
Confiram-se os seguintes julgados:
“CONSTITUCIONAL - PREVIDENCIÁRIO - VALOR
5
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
E:
“O regime de previdência de caráter contributivo, a que se refere
o art. 40, caput, da Constituição, na redação dada pela EC nº 20/98,
foi instituído, unicamente, em relação ‘aos servidores titulares de
cargos efetivos’ (...).
O REGIME CONTRIBUTIVO É, POR ESSÊNCIA, UM
REGIME DE CARÁTER EMINENTEMENTE RETRIBUTIVO. A
QUESTÃO DO EQUILÍBRIO ATUARIAL (CF, ART. 195, § 5º).
CONTRIBUIÇÃO DE SEGURIDADE SOCIAL SOBRE PENSÕES
E PROVENTOS: AUSÊNCIA DE CAUSA SUFICIENTE. - Sem
causa suficiente, não se justifica a instituição (ou a majoração) da
contribuição de seguridade social, pois, no regime de previdência de
caráter contributivo, deve haver, necessariamente, correlação entre
custo e benefício. A existência de estrita vinculação causal entre
contribuição e benefício põe em evidência a correção da fórmula
segundo a qual não pode haver contribuição sem benefício, nem
benefício sem contribuição. Doutrina. Precedente do STF” (ADI
2.010-MC, Rel. Min. Celso de Mello, Plenário, DJ 12.4.2002
Em caso idêntico, no qual litigam também o Município de
Paranavaí/PR e o Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, o Recurso
Extraordinário n. 597.529, Relator o Ministro Dias Toffoli, decisão
monocrática, DJe 13.4.2011, trânsito em julgado em 11.5.2011.
4. Ressalte-se, ao final, que não merece prosperar o argumento que a
União reitera no agravo regimental com relação à necessidade de
observância do disposto no art. 195, § 5º, da Constituição da República
(regra de contrapartida), pois este Supremo Tribunal assentou a sua
inexigibilidade quando o benefício foi criado diretamente pela
Constituição da República.
Confiram-se os seguintes julgados:
“CONSTITUCIONAL - PREVIDENCIÁRIO - VALOR
5
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
MINIMO DO BENEFICIO - FONTE DE CUSTEIO - CF, ART.
195, PAR. 5. - APLICABILIDADE IMEDIATA DA NORMA
INSCRITA NO ART. 201, PARAGRAFOS 5. E 6., DA CARTA
POLITICA - PRECEDENTES (PLENÁRIO E TURMAS DO STF)
- AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. (...) A exigência inscrita
no art. 195, par. 5., da Carta Politica traduz comando que tem, por
destinatário exclusivo, o próprio legislador ordinário, no que se refere
a criação, majoração ou extensão de outros benefícios ou serviços da
seguridade social” (RE 151.106-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
Primeira Turma, DJ 26.11.1993, grifos nossos).
“I. Recurso extraordinário: descabimento. (…) II. Pensão por
morte de servidora pública estadual, ocorrida antes da EC 20/98:
cônjuge varão: exigência de requisito de invalidez que afronta o
princípio da isonomia. 1. Considerada a redação do artigo 40 da
Constituição Federal antes da EC 20/98, em vigor na data do
falecimento da servidora, que não faz remissão ao regime geral da
previdência social, impossível a invocação tanto do texto do artigo
195, § 5º - exigência de fonte de custeio para a instituição de benefício
-, quanto o do art. 201, V - inclusão automática do cônjuge, seja
homem ou mulher, como beneficiário de pensão por morte. (...) 5.
Agravo regimental provido, para conhecer do recurso extraordinário e
negar-lhe provimento” (RE 385.397-AgR, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, Plenário, DJ 6.9.2007, grifos nossos).
5. Ademais, aposentando-se o servidor municipal no regime próprio,
não competirá à Agravante o seu custeio. Ainda que assim não fosse, se o
servidor migrar para o regime geral, somente o tempo de contribuição ao
regime próprio será contado para a aposentadoria a ser custeada pelo
INSS (nos termos da norma originária do art. 202, § 2º, e do art. 201, § 9º,
da Constituição), caso em que os dois regimes serão compensados
financeiramente, sendo plenamente atendida a regra de custeio (art. 195,
§ 5º).
6
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
MINIMO DO BENEFICIO - FONTE DE CUSTEIO - CF, ART.
195, PAR. 5. - APLICABILIDADE IMEDIATA DA NORMA
INSCRITA NO ART. 201, PARAGRAFOS 5. E 6., DA CARTA
POLITICA - PRECEDENTES (PLENÁRIO E TURMAS DO STF)
- AGRAVO REGIMENTAL IMPROVIDO. (...) A exigência inscrita
no art. 195, par. 5., da Carta Politica traduz comando que tem, por
destinatário exclusivo, o próprio legislador ordinário, no que se refere
a criação, majoração ou extensão de outros benefícios ou serviços da
seguridade social” (RE 151.106-AgR, Rel. Min. Celso de Mello,
Primeira Turma, DJ 26.11.1993, grifos nossos).
“I. Recurso extraordinário: descabimento. (…) II. Pensão por
morte de servidora pública estadual, ocorrida antes da EC 20/98:
cônjuge varão: exigência de requisito de invalidez que afronta o
princípio da isonomia. 1. Considerada a redação do artigo 40 da
Constituição Federal antes da EC 20/98, em vigor na data do
falecimento da servidora, que não faz remissão ao regime geral da
previdência social, impossível a invocação tanto do texto do artigo
195, § 5º - exigência de fonte de custeio para a instituição de benefício
-, quanto o do art. 201, V - inclusão automática do cônjuge, seja
homem ou mulher, como beneficiário de pensão por morte. (...) 5.
Agravo regimental provido, para conhecer do recurso extraordinário e
negar-lhe provimento” (RE 385.397-AgR, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, Plenário, DJ 6.9.2007, grifos nossos).
5. Ademais, aposentando-se o servidor municipal no regime próprio,
não competirá à Agravante o seu custeio. Ainda que assim não fosse, se o
servidor migrar para o regime geral, somente o tempo de contribuição ao
regime próprio será contado para a aposentadoria a ser custeada pelo
INSS (nos termos da norma originária do art. 202, § 2º, e do art. 201, § 9º,
da Constituição), caso em que os dois regimes serão compensados
financeiramente, sendo plenamente atendida a regra de custeio (art. 195,
§ 5º).
6
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
6. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
7
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RE 426.335 AGR-SEGUNDO / PR
6. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
7
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426.335
PROCED. : PARANÁ
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ
ADV.(A/S) : GILSON JOSÉ DOS SANTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099158
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426.335
PROCED. : PARANÁ
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ
ADV.(A/S) : GILSON JOSÉ DOS SANTOS
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3120837 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-23T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL E PREVIDENCIÁRIO. REGIME PREVIDENCIÁRIO PRÓPRIO DE SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL. PERÍODO ANTERIOR AO REGIME EMINENTEMENTE CONTRIBUTIVO DA EMENDA CONSTITUCIONAL N. 20/1998. EXCLUSÃO DO REGIME GERAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL, INDEPENDENTEMENTE DE CONTRIBUIÇÃO DOS SEGURADOS. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur219656 | - Acórdãos citados:
(CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA)
STF: ADI 3105 (TP), ADI 2010 MC (TP);
(CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA, FONTE DE CUSTEIO)
STF: RE 151106 AgR (1ªT), RE 385397 AgR (TP).
- Decisão monocrática citada:
(CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA)
STF: RE 597529.
Número de páginas: 12.
Análise: 28/11/2012, TBC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 426335 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00149 PAR-00001 ART-00195 PAR-00005\r\n ART-00201 PAR-00009 ART-00202 PAR-00002\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED EMC-000020 ANO-1998\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL"
] | RE-AgR-segundo | acordaos | RE 426335 AgR-segundo | [
""
] | AGDO.(A/S) : MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ
ADV.(A/S) : GILSON JOSÉ DOS SANTOS
AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426 . 335",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426 . 335",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426 . 335",
"RE 426 . 335 AGR - SEGUNDO / PR",
"ADI 3 . 105",
"ADI 2 . 010 - MC",
"RE 590 . 714",
"ADI 3 . 105",
"ADI 2 . 010 - MC",
"RE 590 . 714",
"RE 426 . 335 AGR - SEGUNDO / PR",
"RE 426 . 335 AGR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426 .",
"RE 426 . 335 AGR",
"RE 426 . 335",
"RE 426 . 335",
"RE 426 . 335 AGR",
"RE 426 . 335",
"ADI 3 . 105",
"RE 426 . 335 AGR - SEGUNDO / PR",
"ADI 3 . 105",
"RE 426 . 335",
"ADI 2 . 010 - MC",
"Recurso Extraordinário n . 597 . 529",
"RE 426 . 335 AGR",
"ADI 2 . 010 - MC",
"Recurso Extraordinário n . 597 . 529",
"RE 426 . 335 AGR",
"RE 151 . 106 - AgR",
"RE 385 . 397 - AgR",
"RE 426 . 335",
"RE 151 . 106 - AgR",
"RE 385 . 397 - AgR",
"RE 426 . 335",
"RE 426 . 335 AGR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 426 . 335"
],
"LEGISLACAO": [
"EMENDA CONSTITUCIONAL N . 20 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional 20 / 98",
"parágrafo único do art . 149 da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional 20 / 98",
"parágrafo único do art . 149 da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , [UNK] - A , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , [UNK] - A , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 20 / 98",
"EC n . 3 / 93",
"§ [UNK] do art . 195 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 20 / 98",
"EC n . 3 / 93",
"§ [UNK]",
"§ [UNK] do art . 195 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 149 da CF / 88",
"Lei n . 8 . 212 / 1991",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 149 da CF / 88",
"Lei n . 8 . 212 / 1991",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Emenda Constitucional 20 / 98",
"CF",
"/",
"88",
"Emenda Constitucional 20 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Emenda Constitucional 20 / 98",
"CF",
"/",
"88",
"Emenda Constitucional 20 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 149 da Constituição",
"Constituição de 1988",
"Emenda Constitucional [UNK] 20 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§",
"Constituição de 1988",
"Emenda Constitucional [UNK] 20 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 ,",
"EC 20 / 98",
"EC n . 20 / 98",
"Emenda Constitucional [UNK] 41 / 2003",
"Emenda [UNK] 3 / 93",
"[UNK] 20 / 98",
"EC [UNK] 3 / 93",
"EC [UNK] 3 / 93",
"EC [UNK] 20 / 98",
"EC [UNK] 3 / 93",
"EC [UNK] 20 / 98",
"EC [UNK] 41 / 2003",
"art . 194 , parágrafo único , da Constituição ”",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , in fine , da Constituição da República",
"EC 20 / 98",
"EC n . 20 / 98",
"Emenda Constitucional [UNK] 41 / 2003",
"Emenda [UNK] 3 / 93",
"[UNK] 20 / 98",
"EC [UNK] 3 / 93",
"EC [UNK] 3 / 93",
"EC [UNK] 20 / 98",
"EC [UNK] 3 / 93",
"EC [UNK] 20 / 98",
"EC [UNK] 41 / 2003",
"art . 194 , parágrafo único , da Constituição ”",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , caput , da Constituição",
"EC [UNK] 20 / 98",
"CF , ART . 195 , § [UNK]",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição da República",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , caput , da Constituição",
"EC [UNK] 20 / 98",
"CF , ART . 195 , § [UNK]",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição da República",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , ART . 195 , PAR . 5 .",
"art . 195 , par . 5 . , da Carta Politica",
"EC 20 / 98",
"artigo 40 da Constituição Federal",
"EC 20 / 98",
"art . 202 , § [UNK] , e do art . 201 , § [UNK] , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"EC 20 / 98",
"artigo 40 da Constituição Federal",
"EC 20 / 98",
"art . 202 , § [UNK] , e do art . 201 , § [UNK] , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARANÁ",
"Brasília",
"PARANÁ",
"Município de Paranavaí / PR",
"PARANÁ",
"MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ",
"Município de Paranavaí / PR",
"Município de Paranavaí",
"Município de Paranavaí",
"Município de Paranavaí",
"Município de Paranavaí",
"PARANÁ",
"Município de Paranavaí",
"Distrito",
"PARANÁ",
"Município de Paranavaí",
"Município de Paranavaí / PR",
"Município de Paranavaí / PR",
"PARANÁ",
"MUNICÍPIO DE PARANAVAÍ",
"PARANÁ",
"MUNICÍPIO",
"PARANAVAÍ"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SEGUNDO",
"INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"MUNICÍPIO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"MUNICÍPIO",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"União",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal Pleno",
"União",
"União",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"-",
"SEGUNDO",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SEGUNDO",
"União",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"INSS",
"União",
"Distrito Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SEGUNDO",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"INSS",
"Distrito Federal",
"União",
"Distrito Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"INSS",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"INSS",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Distrito Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Distrito Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDO",
"/",
"STF",
"Plenário",
"Instituto Nacional do Seguro Social",
"INSS",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"STF",
"Plenário",
"Instituto Nacional do Seguro Social",
"INSS",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STF",
"Primeira Turma",
"Plenário",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Primeira Turma",
"Plenário",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILSON JOSÉ DOS SANTOS",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILSON JOSÉ DOS SANTOS",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILSON JOSÉ DOS SANTOS",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Cezar Peluso",
"Celso de Mello",
"Eros Grau",
"Cezar Peluso",
"Celso de Mello",
"Eros Grau",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Cezar Peluso",
"Cezar Peluso",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILSON JOSÉ DOS SANTOS",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"GILSON JOSÉ DOS SANTOS",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"17 de junho de 2012",
"janeiro de 1991",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"17 de junho de 2012",
"janeiro de 1991 a setembro de 1996",
"janeiro de 1991",
"setembro de 1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"2",
".",
"2005",
"12",
".",
"4",
".",
"2002",
"26",
".",
"8",
".",
"2009",
"13",
".",
"8",
".",
"2010",
"25",
".",
"8",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"2",
".",
"2005",
"12",
".",
"4",
".",
"2002",
"26",
".",
"8",
".",
"2009",
"13",
".",
"8",
".",
"2010",
"25",
".",
"8",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"janeiro 1991",
"setembro 1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"janeiro",
"1991",
"setembro",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"janeiro de 1991",
"setembro de 1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"janeiro de 1991",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"2",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"2",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"4",
".",
"2002",
"13",
".",
"4",
".",
"2011",
"11",
".",
"5",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
".",
"4",
".",
"2002",
"13",
".",
"4",
".",
"2011",
"11",
".",
"5",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"11",
".",
"1993",
"6",
".",
"9",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"11",
".",
"1993",
"6",
".",
"9",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.945 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:SARAH MARTINS CHAVES
IMPTE.(S)
:FELIPE FONTES DOS REIS COSTA PIRES DE
CAMPOS
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR –
IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da
Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de
habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso
ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas
corpus.
PRISÃO PREVENTIVA – FUNDAMENTOS – INSUBSISTÊNCIA.
Surgem insubsistentes os fundamentos da preventiva quando calcados na
possibilidade de a acusada, por uso de documento falso e falsidade
ideológica, deixar o país, mostrando-se despiciendo estar respondendo,
ante prática delituosa, a outro processo.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da via processual, mas em concedê-la de
ofício, confirmando a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto
do relator, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120988.
Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.945 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:SARAH MARTINS CHAVES
IMPTE.(S)
:FELIPE FONTES DOS REIS COSTA PIRES DE
CAMPOS
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Na decisão mediante a qual deferida a liminar, a espécie
ficou assim resumida:
PRISÃO
PREVENTIVA
–
FUNDAMENTOS – INSUBSISTÊNCIA –
LIMINAR DEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
A paciente foi presa em flagrante, no dia 11 de
fevereiro de 2011, por supostamente ter infringido o
disposto no artigo 304 do Código Penal (uso de
documento falso). Na denúncia, acabou sendo-lhe
também imputada a prática de falsidade ideológica
(Código Penal, artigo 299).
O pedido de liberdade provisória veio a ser
indeferido e a prisão, convertida em preventiva no
dia 17 de fevereiro de 2011.
Contra o indeferimento da liberdade
provisória, a defesa impetrou habeas corpus no
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120989.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.945 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:SARAH MARTINS CHAVES
IMPTE.(S)
:FELIPE FONTES DOS REIS COSTA PIRES DE
CAMPOS
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Na decisão mediante a qual deferida a liminar, a espécie
ficou assim resumida:
PRISÃO
PREVENTIVA
–
FUNDAMENTOS – INSUBSISTÊNCIA –
LIMINAR DEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
A paciente foi presa em flagrante, no dia 11 de
fevereiro de 2011, por supostamente ter infringido o
disposto no artigo 304 do Código Penal (uso de
documento falso). Na denúncia, acabou sendo-lhe
também imputada a prática de falsidade ideológica
(Código Penal, artigo 299).
O pedido de liberdade provisória veio a ser
indeferido e a prisão, convertida em preventiva no
dia 17 de fevereiro de 2011.
Contra o indeferimento da liberdade
provisória, a defesa impetrou habeas corpus no
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120989.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
HC 107.945 / SP
Tribunal Regional Federal da 3ª Região, alegando
estarem ausentes os requisitos indispensáveis à
imposição da custódia. O Juiz do Tribunal Regional
deixou de implementar a providência acauteladora
por entender hígido o ato mediante o qual
determinada a prisão. Anotou ter a paciente
pretendido furtar-se à aplicação da lei penal, pois,
utilizando-se de documento falso e com o objetivo de
ocultar a existência de antecedentes criminais,
embarcaria para a Argentina. No mérito, a ordem foi
indeferida.
Na idêntica medida formalizada no Superior
Tribunal de Justiça – de nº 201.415/SP –, o Ministro
Og Fernandes não acolheu o pedido de concessão de
liminar, pois não vislumbrou ilegalidade no ato.
Neste processo, o impetrante busca infirmar
esse pronunciamento. Sustenta ser carente de
fundamentação o ato que implicou a prisão
preventiva, porque baseado tão somente na
possibilidade de a paciente fugir à aplicação da lei
penal. Aponta cuidar-se de situação a autorizar a
relativização do óbice revelado no Verbete nº 691 da
Súmula do Supremo.
Quanto ao tema de fundo, afirma não ser
possível falar-se em uso de documento falso, pois a
certidão de nascimento utilizada pela paciente,
extraída no Cartório de Registro Civil em Manaus,
permanece válida e, no tocante aos demais
documentos apresentados, não havia qualquer
anotação relacionada à perda de validade. Ressalta
ser infundada a suspeita do magistrado quanto à
viagem à Argentina, pois, segundo noticia, a paciente
é funcionária da MSC Cruzeiros e somente pretendia
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120989.
Supremo Tribunal Federal
HC 107.945 / SP
Tribunal Regional Federal da 3ª Região, alegando
estarem ausentes os requisitos indispensáveis à
imposição da custódia. O Juiz do Tribunal Regional
deixou de implementar a providência acauteladora
por entender hígido o ato mediante o qual
determinada a prisão. Anotou ter a paciente
pretendido furtar-se à aplicação da lei penal, pois,
utilizando-se de documento falso e com o objetivo de
ocultar a existência de antecedentes criminais,
embarcaria para a Argentina. No mérito, a ordem foi
indeferida.
Na idêntica medida formalizada no Superior
Tribunal de Justiça – de nº 201.415/SP –, o Ministro
Og Fernandes não acolheu o pedido de concessão de
liminar, pois não vislumbrou ilegalidade no ato.
Neste processo, o impetrante busca infirmar
esse pronunciamento. Sustenta ser carente de
fundamentação o ato que implicou a prisão
preventiva, porque baseado tão somente na
possibilidade de a paciente fugir à aplicação da lei
penal. Aponta cuidar-se de situação a autorizar a
relativização do óbice revelado no Verbete nº 691 da
Súmula do Supremo.
Quanto ao tema de fundo, afirma não ser
possível falar-se em uso de documento falso, pois a
certidão de nascimento utilizada pela paciente,
extraída no Cartório de Registro Civil em Manaus,
permanece válida e, no tocante aos demais
documentos apresentados, não havia qualquer
anotação relacionada à perda de validade. Ressalta
ser infundada a suspeita do magistrado quanto à
viagem à Argentina, pois, segundo noticia, a paciente
é funcionária da MSC Cruzeiros e somente pretendia
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
HC 107.945 / SP
descansar por alguns dias naquela localidade.
Pede a concessão de liminar, determinando-se a
expedição de alvará de soltura e assegurando-se à
paciente o direito de responder a ação penal em
liberdade. No mérito, pleiteia a confirmação da
providência, tendo em conta o princípio da não
culpabilidade e a vedação à manutenção da custódia
sem a ocorrência de trânsito em julgado de eventual
sentença a ser proferida na Ação Penal nº 0001136-
48.2011.403.6104, em curso no Juízo da 3ª Vara
Federal em Santos, Estado de São Paulo.
Ante a ausência de cópia do ato atacado na
impetração, Vossa Excelência determinou a
realização de diligência. Antecipando-se, o
impetrante procedeu à juntada da referida peça.
O Superior Tribunal de Justiça, em 21 de junho
de 2011, por meio do Ofício nº 59/GMOF, esclareceu
que, em 24 de maio passado, a Sexta Turma declarou
prejudicado o pedido formulado no Habeas Corpus nº
201.945/SP, dada a superveniência do julgamento do
habeas originário pelo Tribunal Regional Federal da 3ª
Região, tendo sido indeferida a ordem.
[…]
A Procuradoria Geral da República, no parecer, sustenta
estar presente na espécie excepcionalidade suficiente para
afastar a aplicação do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo e
conhecer da impetração. Afirma que o Juízo fundamentou a
prisão preventiva da paciente em circunstâncias relacionadas a
outra ação penal a que responde pela suposta prática de
homicídio. Opina pelo deferimento da ordem.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 107.945 / SP
descansar por alguns dias naquela localidade.
Pede a concessão de liminar, determinando-se a
expedição de alvará de soltura e assegurando-se à
paciente o direito de responder a ação penal em
liberdade. No mérito, pleiteia a confirmação da
providência, tendo em conta o princípio da não
culpabilidade e a vedação à manutenção da custódia
sem a ocorrência de trânsito em julgado de eventual
sentença a ser proferida na Ação Penal nº 0001136-
48.2011.403.6104, em curso no Juízo da 3ª Vara
Federal em Santos, Estado de São Paulo.
Ante a ausência de cópia do ato atacado na
impetração, Vossa Excelência determinou a
realização de diligência. Antecipando-se, o
impetrante procedeu à juntada da referida peça.
O Superior Tribunal de Justiça, em 21 de junho
de 2011, por meio do Ofício nº 59/GMOF, esclareceu
que, em 24 de maio passado, a Sexta Turma declarou
prejudicado o pedido formulado no Habeas Corpus nº
201.945/SP, dada a superveniência do julgamento do
habeas originário pelo Tribunal Regional Federal da 3ª
Região, tendo sido indeferida a ordem.
[…]
A Procuradoria Geral da República, no parecer, sustenta
estar presente na espécie excepcionalidade suficiente para
afastar a aplicação do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo e
conhecer da impetração. Afirma que o Juízo fundamentou a
prisão preventiva da paciente em circunstâncias relacionadas a
outra ação penal a que responde pela suposta prática de
homicídio. Opina pelo deferimento da ordem.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Relatório
HC 107.945 / SP
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, nesta
data, revelou que o Habeas Corpus nº 201.415/SP, distribuído ao
Ministro Og Fernandes, foi julgado prejudicado pela Sexta
Turma em 24 de maio de 2011, porque o mérito do habeas
originário fora apreciado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª
Região.
Lancei visto no processo em 16 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 30 seguinte, isso objetivando a ciência do
impetrante.
É o relatório.
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 107.945 / SP
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, nesta
data, revelou que o Habeas Corpus nº 201.415/SP, distribuído ao
Ministro Og Fernandes, foi julgado prejudicado pela Sexta
Turma em 24 de maio de 2011, porque o mérito do habeas
originário fora apreciado pelo Tribunal Regional Federal da 3ª
Região.
Lancei visto no processo em 16 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 30 seguinte, isso objetivando a ciência do
impetrante.
É o relatório.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.945 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas
ganha contornos de substitutivo do recurso ordinário
constitucional. Valho-me do que tenho lançado sobre a matéria:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.945 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas
ganha contornos de substitutivo do recurso ordinário
constitucional. Valho-me do que tenho lançado sobre a matéria:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 107.945 / SP
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
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Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 107.945 / SP
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
A situação, no entanto, é de molde a chegar-se à concessão da ordem
de ofício. Faço-o tomando de empréstimo o que tive a oportunidade de
consignar ao deferir, em 1º julho de 2011, a medida acauteladora:
2. Nota-se haver sido implementada a prisão preventiva
da paciente ante suposição de que tentaria sair do país e viajar
para a Argentina, tendo em conta o fato atinente à denúncia –
apresentação de documento falso à Polícia Federal. Apontou-se,
então, a necessidade de preservar campo à aplicação da lei
penal, sinalizando-se que a paciente tentaria esquivar-se da
execução de eventual sentença condenatória. Aludiu-se ao que
seria a prática no mesmo sentido em outro processo-crime.
O que assentado pelo Juízo não encontra ressonância no
artigo 312 do Código de Processo Penal. A possibilidade de o
acusado deixar o distrito da culpa, e até o território nacional, é
latente. Nem por isso, tem-se esse contexto como a ensejar a
inversão da ordem natural – apurar para, depois, prender. A
problemática concernente a processo diverso não possui a
repercussão vislumbrada. Incumbe perquirir se o ato de
constrição impugnado guarda harmonia, ou não, com a ordem
jurídica. De início, na espécie, isso não ocorre.
Acrescento que, consoante o disposto no artigo 366 do Código de
Processo Penal, nem mesmo quando o acusado é citado por edital e deixa
de constituir advogado, há a prisão automática.
Torno definitiva a liminar deferida, que ficou restrita ao afastamento
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HC 107.945 / SP
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
A situação, no entanto, é de molde a chegar-se à concessão da ordem
de ofício. Faço-o tomando de empréstimo o que tive a oportunidade de
consignar ao deferir, em 1º julho de 2011, a medida acauteladora:
2. Nota-se haver sido implementada a prisão preventiva
da paciente ante suposição de que tentaria sair do país e viajar
para a Argentina, tendo em conta o fato atinente à denúncia –
apresentação de documento falso à Polícia Federal. Apontou-se,
então, a necessidade de preservar campo à aplicação da lei
penal, sinalizando-se que a paciente tentaria esquivar-se da
execução de eventual sentença condenatória. Aludiu-se ao que
seria a prática no mesmo sentido em outro processo-crime.
O que assentado pelo Juízo não encontra ressonância no
artigo 312 do Código de Processo Penal. A possibilidade de o
acusado deixar o distrito da culpa, e até o território nacional, é
latente. Nem por isso, tem-se esse contexto como a ensejar a
inversão da ordem natural – apurar para, depois, prender. A
problemática concernente a processo diverso não possui a
repercussão vislumbrada. Incumbe perquirir se o ato de
constrição impugnado guarda harmonia, ou não, com a ordem
jurídica. De início, na espécie, isso não ocorre.
Acrescento que, consoante o disposto no artigo 366 do Código de
Processo Penal, nem mesmo quando o acusado é citado por edital e deixa
de constituir advogado, há a prisão automática.
Torno definitiva a liminar deferida, que ficou restrita ao afastamento
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 107.945 / SP
da custódia preventiva determinada pela 3ª Vara Federal de Santos no
Processo nº 0001136-48.2011.403.6104. A paciente continua advertida de
que deve permanecer no Brasil, mais especificamente no distrito da culpa,
atendendo aos chamamentos judiciais.
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HC 107.945 / SP
da custódia preventiva determinada pela 3ª Vara Federal de Santos no
Processo nº 0001136-48.2011.403.6104. A paciente continua advertida de
que deve permanecer no Brasil, mais especificamente no distrito da culpa,
atendendo aos chamamentos judiciais.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 107.945
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : SARAH MARTINS CHAVES
IMPTE.(S) : FELIPE FONTES DOS REIS COSTA PIRES DE CAMPOS
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, tornando
definitiva a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto do
Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª
Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076431
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 107.945
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : SARAH MARTINS CHAVES
IMPTE.(S) : FELIPE FONTES DOS REIS COSTA PIRES DE CAMPOS
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, tornando
definitiva a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto do
Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª
Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076431
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129323 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, tornando definitiva a liminar anteriormente deferida, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus.
PRISÃO PREVENTIVA – FUNDAMENTOS – INSUBSISTÊNCIA. Surgem insubsistentes os fundamentos da preventiva quando calcados na possibilidade de a acusada, por uso de documento falso e falsidade ideológica, deixar o país, mostrando-se despiciendo estar respondendo, ante prática delituosa, a outro processo. | sjur219915 | Número de páginas: 10.
Análise: 30/11/2012, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 107945 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00366 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 107945 | [
""
] | IMPTE.(S) : FELIPE FONTES DOS REIS COSTA PIRES DE CAMPOS
PACTE.(S) : SARAH MARTINS CHAVES
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 201.415 NO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 107 . 945",
"HABEAS CORPUS 107 . 945 SÃO",
"HABEAS CORPUS 107 . 945",
"HC 107 . 945 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HC 107 . 945 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HC 107 . 945 / SP",
"Ação Penal [UNK] 0001136 - 48 . 2011 . 403 . 6104",
"Habeas Corpus [UNK] 201 . 945 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HC 107 . 945 / SP",
"Ação Penal [UNK] 0001136 - 48 . 2011 . 403 . 6104",
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"HC 107 . 945 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 201 . 415 / SP",
"HC 107 . 945 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 201 . 415 / SP",
"HABEAS CORPUS 107 . 945",
"HABEAS CORPUS 107 . 945",
"HC 107 . 945 / SP",
"HC 107 . 945 / SP",
"HC 107 . 945 / SP",
"HC 107 . 945 / SP",
"HC 107 . 945 / SP",
"Processo [UNK] 0001136 - 48 . 2011 . 403 . 6104",
"HC 107 . 945 / SP",
"Processo [UNK] 0001136 - 48 . 2011 . 403 . 6104",
"HABEAS CORPUS 107 . 945",
"HABEAS CORPUS 107 . 945"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 304 do Código Penal",
"Código Penal , artigo 299",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 304 do Código Penal",
"Código Penal , artigo 299",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"artigo 366 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"artigo 366 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"Argentina",
"Manaus",
"Argentina",
"Argentina",
"Manaus",
"Argentina",
"Estado de São Paulo",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"Argentina",
"Brasil",
"Brasil",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Superior Tribunal de Justiça",
"MSC Cruzeiros",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Superior Tribunal de Justiça",
"MSC Cruzeiros",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara Federal em Santos",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Sexta Turma",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara Federal em Santos",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Sexta Turma",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Sexta Turma",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Sexta Turma",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Polícia Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Argentina",
"Polícia Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara Federal de Santos",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara Federal de Santos",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"SARAH MARTINS CHAVES",
"FELIPE FONTES DOS REIS COSTA PIRES DE CAMPOS",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"SARAH MARTINS",
"FELIPE FONTES DOS REIS COSTA PIRES DE CAMPOS",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"SARAH MARTINS CHAVES",
"FELIPE FONTES DOS REIS COSTA PIRES DE CAMPOS",
"MARCO AURÉLIO",
"Og Fernandes",
"Og Fernandes",
"Og Fernandes",
"Og Fernandes",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"SARAH MARTINS CHAVES",
"FELIPE FONTES DOS REIS COSTA PIRES DE CAMPOS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"SARAH MARTINS CHAVES",
"FELIPE FONTES DOS REIS COSTA PIRES DE CAMPOS",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"11 de fevereiro de 2011",
"17 de fevereiro de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"11 de fevereiro de 2011",
"17 de fevereiro de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21 de junho de 2011",
"24 de maio passado",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21 de junho de 2011",
"24 de maio passado",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24 de maio de 2011",
"16 de outubro de 2012",
"30",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24 de maio de 2011",
"16 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK] julho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK] julho de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 111.211 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S)
:ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA
RECTE.(S)
:JOSÉ DONIZETE DO COUTO
RECTE.(S)
:FÁBIO ROBERTO DA SILVA MEIRA
ADV.(A/S)
:DENILSON
MARCONDES
VENÂNCIO
E
OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S)
:TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
EMENTA: PENAL ELEITORAL. RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS
CORPUS. CORRUPÇÃO
ATIVA – ART. 299 DO CÓDIGO ELEITORAL
(OFERECIMENTO DE VANTAGEM PECUNIÁRIA EM TROCA DE VOTO).
DENÚNCIA OFERECIDA APENAS CONTRA OS CORRUPTORES. VIOLAÇÃO DOS
PRINCÍPIOS DA OBRIGATORIEDADE E DA INDIVISIBILIDADE DA AÇÃO
PENAL. INOCORRÊNCIA.
1. O princípio da indivisibilidade da ação, expressamente previsto
no art. 48 do Código de Processo Penal, prevendo a impossibilidade de
fracionamento da ação penal, é restrito à ação penal privada. Precedente:
RTJ 737/719.
2. In casu, o Ministério Público Eleitoral ofereceu denúncia pela
prática do crime de corrupção ativa, tipificado no art. 299 do Código
Eleitoral, apenas contra os recorrentes, em face do oferecimento de
vantagem pecuniária para a obtenção de votos, omitindo os corrompidos,
que prestaram depoimentos como testemunhas de acusação.
3. O crime tipificado no art. 299 é formal e, por isso, consuma-se com
o oferecimento da vantagem indevida, cujo recebimento constitui mero
exaurimento do delito, vale dizer, ainda que não fosse possível incriminar
o eleitor que se recusou a receber tal vantagem, a responsabilidade penal
do corruptor resta configurada.
4. A alegada inidoneidade dos depoimentos dos corrompidos não
tem a virtude de infirmar a condenação, porquanto não foram tais
depoimentos os únicos elementos formadores da convicção do Juiz, que
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095487.
Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
RHC 111.211 / MG
deu relevância à oitiva de informante e aos depoimentos das testemunhas
arroladas pela defesa, que não lograram construir um álibi capaz de
afastar a responsabilidade penal dos recorrentes.
5. A responsabilidade pelo não oferecimento da denúncia em relação
aos corrompidos, a evidenciar violação do princípio da obrigatoriedade
da ação penal, recai sobre o órgão do Ministério Público, à luz do art. 28
do CPP, sem reflexo na situação processual dos denunciados, sobretudo
em se tratando de delito formal cuja consumação prescinde da conduta
típica da parte corrompida.
6. A não instauração da persecução penal em relação a determinados
agentes não é, a toda evidência, garantia da impunidade de outros.
7. Recurso Ordinário em Habeas Corpus ao qual se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095487.
Supremo Tribunal Federal
RHC 111.211 / MG
deu relevância à oitiva de informante e aos depoimentos das testemunhas
arroladas pela defesa, que não lograram construir um álibi capaz de
afastar a responsabilidade penal dos recorrentes.
5. A responsabilidade pelo não oferecimento da denúncia em relação
aos corrompidos, a evidenciar violação do princípio da obrigatoriedade
da ação penal, recai sobre o órgão do Ministério Público, à luz do art. 28
do CPP, sem reflexo na situação processual dos denunciados, sobretudo
em se tratando de delito formal cuja consumação prescinde da conduta
típica da parte corrompida.
6. A não instauração da persecução penal em relação a determinados
agentes não é, a toda evidência, garantia da impunidade de outros.
7. Recurso Ordinário em Habeas Corpus ao qual se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 111.211 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S)
:ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA
RECTE.(S)
:JOSÉ DONIZETE DO COUTO
RECTE.(S)
:FÁBIO ROBERTO DA SILVA MEIRA
ADV.(A/S)
:DENILSON
MARCONDES
VENÂNCIO
E
OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S)
:TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se recurso
ordinário interposto de acórdão do Tribunal Superior Eleitoral cuja
ementa possui o seguinte teor:
“AÇÃO PENAL PÚBLICA. DIVISIBILIDADE. O titular
da ação penal pública – o Ministério Público – pode deixar de
acionar certos envolvidos, como ocorre no tipo corrupção do
artigo 299 do Código Eleitoral quanto ao eleitor, geralmente
de baixa escolaridade e menos afortunado, que teria recebido
benefício para votar em determinado candidato.
PROVA TESTEMUNHAL – VIABILIDADE. A regra
segundo a qual o corréu não pode figurar, no processo em que
o é, como testemunha há de ser tomada de forma estrita, não
cabendo partir para ficção jurídica, no que, envolvido na
prática criminosa – compra de votos, artigo 299 do Código
Eleitoral -, não veio a ser denunciado.”
Os recorrentes foram condenados, em 29 de julho de 2010, à pena de
1 (um) ano e 6 (seis) meses de reclusão, convertida em prestação de
serviços à comunidade, pela prática do crime de corrupção ativa eleitoral
descrito no art. 299 do Código Eleitoral (fl. 442).
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3095488.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 111.211 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S)
:ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA
RECTE.(S)
:JOSÉ DONIZETE DO COUTO
RECTE.(S)
:FÁBIO ROBERTO DA SILVA MEIRA
ADV.(A/S)
:DENILSON
MARCONDES
VENÂNCIO
E
OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S)
:TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se recurso
ordinário interposto de acórdão do Tribunal Superior Eleitoral cuja
ementa possui o seguinte teor:
“AÇÃO PENAL PÚBLICA. DIVISIBILIDADE. O titular
da ação penal pública – o Ministério Público – pode deixar de
acionar certos envolvidos, como ocorre no tipo corrupção do
artigo 299 do Código Eleitoral quanto ao eleitor, geralmente
de baixa escolaridade e menos afortunado, que teria recebido
benefício para votar em determinado candidato.
PROVA TESTEMUNHAL – VIABILIDADE. A regra
segundo a qual o corréu não pode figurar, no processo em que
o é, como testemunha há de ser tomada de forma estrita, não
cabendo partir para ficção jurídica, no que, envolvido na
prática criminosa – compra de votos, artigo 299 do Código
Eleitoral -, não veio a ser denunciado.”
Os recorrentes foram condenados, em 29 de julho de 2010, à pena de
1 (um) ano e 6 (seis) meses de reclusão, convertida em prestação de
serviços à comunidade, pela prática do crime de corrupção ativa eleitoral
descrito no art. 299 do Código Eleitoral (fl. 442).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
RHC 111.211 / MG
A Sentença restou confirmada em pelo Tribunal Regional Eleitoral de
Minas, ostentando o acórdão ementa de seguinte teor (fl. 317):
Recurso Criminal. Art. 299 do Código Eleitoral. Eleições
2008. Condenação. Preliminares de afronta ao devido processo
legal e de indivisibilidade da ação penal – rejeitadas –
Preliminar de nulidade da sentença. Impedimento da
magistrada (arguido pelos recorrentes) – não reconhecido, por
maioria, nos termos do voto da Juíza Luciana Nepomuceno,
vencido o Relator.
Preliminar de nulidade da sentença – Obrigatoriedade da
ação penal (arguida de ofício) – Rejeitada, por maioria, nos
temos do voto da Juíza Luciana Nepomuceno, vencido o
Relator.
Mérito. Provas constantes do feito que demonstram os
elementos do tipo, inclusive o especial fim de agir: dar dinheiro
para obter voto. Ilicitude e Culpabilidade verificadas.
Precedente do TSE. Condenação com base em um único
testemunho. Manutenção da condenação.
Recurso a que se nega provimento.”
Foram opostos embargos declaratórios, os quais foram rejeitados, e
recurso especial, que não foi admitido na origem.
Daí a impetração de habeas corpus no TSE e, ante a denegação da
ordem, a interposição do presente recurso ordinário, com fundamento no
art. 102, inc. II, da Constituição Federal.
Os impetrantes alegam, em síntese, que o Ministério Público
Eleitoral violou os princípios da indivisibilidade e obrigatoriedade da
ação penal ao denunciar os corruptores e omitir-se quanto aos
corrompidos, sendo certo que os recorrentes foram condenados “... com
base única e exclusivamente nos depoimentos dos eleitores ‘corrompidos’, que
deveriam ter sido denunciados como incursos também no art. 299, do CE” (fl.
521).
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RHC 111.211 / MG
A Sentença restou confirmada em pelo Tribunal Regional Eleitoral de
Minas, ostentando o acórdão ementa de seguinte teor (fl. 317):
Recurso Criminal. Art. 299 do Código Eleitoral. Eleições
2008. Condenação. Preliminares de afronta ao devido processo
legal e de indivisibilidade da ação penal – rejeitadas –
Preliminar de nulidade da sentença. Impedimento da
magistrada (arguido pelos recorrentes) – não reconhecido, por
maioria, nos termos do voto da Juíza Luciana Nepomuceno,
vencido o Relator.
Preliminar de nulidade da sentença – Obrigatoriedade da
ação penal (arguida de ofício) – Rejeitada, por maioria, nos
temos do voto da Juíza Luciana Nepomuceno, vencido o
Relator.
Mérito. Provas constantes do feito que demonstram os
elementos do tipo, inclusive o especial fim de agir: dar dinheiro
para obter voto. Ilicitude e Culpabilidade verificadas.
Precedente do TSE. Condenação com base em um único
testemunho. Manutenção da condenação.
Recurso a que se nega provimento.”
Foram opostos embargos declaratórios, os quais foram rejeitados, e
recurso especial, que não foi admitido na origem.
Daí a impetração de habeas corpus no TSE e, ante a denegação da
ordem, a interposição do presente recurso ordinário, com fundamento no
art. 102, inc. II, da Constituição Federal.
Os impetrantes alegam, em síntese, que o Ministério Público
Eleitoral violou os princípios da indivisibilidade e obrigatoriedade da
ação penal ao denunciar os corruptores e omitir-se quanto aos
corrompidos, sendo certo que os recorrentes foram condenados “... com
base única e exclusivamente nos depoimentos dos eleitores ‘corrompidos’, que
deveriam ter sido denunciados como incursos também no art. 299, do CE” (fl.
521).
2
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Relatório
RHC 111.211 / MG
Sustenta que o “v. acórdão recorrido, ao afastar a condição de corréus dos
supostos corrompidos e aceitar seus depoimentos como prova testemunhal, para
manter a condenação contrariou jurisprudência do Egrégio Supremo Tribunal
Federal, que em caso idêntico decidiu: ‘o fato de não terem sido denunciados
nestes autos não retira dos envolvidos a condição de corréus. Daí a
impossibilidade de conferir-lhes a condição de testemunhas no feito”
(AP 470 QO3, Rel. Min. Joaquim Barbosa, publ. 30/04/2009).
Requerem o provimento do recurso, “reformando-se o v. acórdão
recorrido, concedendo-se a ordem de habeas corpus, determinando-se a nulidade
do decreto condenatório porque sustentado nos depoimentos de corréus, como
testemunhas, por ser de direito e de Justiça”.
Sem contrarrazões.
O Ministério Público Federal manifestou-se no sentido do
desprovimento do recurso, verbis:
“RECURSO ORDINÁRIO EM
HABEAS CORPUS.
CORRUPÇÃO
ELEITORAL
ATIVA.
SENTENÇA
CONDENATÓRIA CONFIRMADA EM SEDE RECURSAL.
ALEGAÇÃO DE NULIDADES. DENÚNCIA RESTRITA AOS
CORRUPTORES.
AFRONTA AO
PRINCÍPIO
DA
INDIVISIBILIDADE DA AÇÃO PENAL PÚBLICA. AUSÊNCIA
DE PLAUSIBILIDADE DA TESE DE QUE A CONDENAÇÃO
BASEOU-SE APENAS NOS DEPOIMENTOS DOS ELEITORES
QUE SUPOSTAMENTE VENDERAM SEUS VOTOS.
NULIDADE NÃO CONFIGURADA. EXISTÊNCIA DE
OUTRAS PROVAS PARA A CONDENAÇÃO.
- Parecer pelo desprovimento do recurso.”
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RHC 111.211 / MG
Sustenta que o “v. acórdão recorrido, ao afastar a condição de corréus dos
supostos corrompidos e aceitar seus depoimentos como prova testemunhal, para
manter a condenação contrariou jurisprudência do Egrégio Supremo Tribunal
Federal, que em caso idêntico decidiu: ‘o fato de não terem sido denunciados
nestes autos não retira dos envolvidos a condição de corréus. Daí a
impossibilidade de conferir-lhes a condição de testemunhas no feito”
(AP 470 QO3, Rel. Min. Joaquim Barbosa, publ. 30/04/2009).
Requerem o provimento do recurso, “reformando-se o v. acórdão
recorrido, concedendo-se a ordem de habeas corpus, determinando-se a nulidade
do decreto condenatório porque sustentado nos depoimentos de corréus, como
testemunhas, por ser de direito e de Justiça”.
Sem contrarrazões.
O Ministério Público Federal manifestou-se no sentido do
desprovimento do recurso, verbis:
“RECURSO ORDINÁRIO EM
HABEAS CORPUS.
CORRUPÇÃO
ELEITORAL
ATIVA.
SENTENÇA
CONDENATÓRIA CONFIRMADA EM SEDE RECURSAL.
ALEGAÇÃO DE NULIDADES. DENÚNCIA RESTRITA AOS
CORRUPTORES.
AFRONTA AO
PRINCÍPIO
DA
INDIVISIBILIDADE DA AÇÃO PENAL PÚBLICA. AUSÊNCIA
DE PLAUSIBILIDADE DA TESE DE QUE A CONDENAÇÃO
BASEOU-SE APENAS NOS DEPOIMENTOS DOS ELEITORES
QUE SUPOSTAMENTE VENDERAM SEUS VOTOS.
NULIDADE NÃO CONFIGURADA. EXISTÊNCIA DE
OUTRAS PROVAS PARA A CONDENAÇÃO.
- Parecer pelo desprovimento do recurso.”
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Voto - MIN. LUIZ FUX
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 111.211 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Conheço do recurso,
porquanto preenchidos os requisitos de admissibilidade.
O princípio da indivisibilidade da ação, expressamente previsto no
art. 48 do Código de Processo Penal1, é restrito à ação penal privada,
consoante observado por Damásio Evangelista de Jesus, in Código de
Processo Penal anotado - 25ª ed. - São Paulo : Saraiva, 2012, ps. 88/89,
litteris:
“Ação penal pública e o princípio da indivisibilidade.
Nela também vige o princípio da indivisibilidade da ação
penal, que deve ser velado pelo Ministério Público (RTJ 79/399,
entendimento anterior do STF). Sobre o tema, entretanto,
decidiu o STF que a disposição o STF que a disposição só é
aplicável à ação penal privada (RTJ 737/719)...” [grifei]
Ressai nítida, do texto transcrito, a evolução da jurisprudência desta
Corte no de que o princípio da indivisibilidade da ação penal, entendido
como vedação ao fracionamento da persecução penal, à ação penal
privada penal, e não à ação penal pública, cujo controle é expressamente
previsto no art. 28 do Código de Processo Penal2.
1
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de
todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
2
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia,
requerer o arquivamento do inquérito ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no
caso de considerar improcedente as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças
de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do
Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 111.211 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Conheço do recurso,
porquanto preenchidos os requisitos de admissibilidade.
O princípio da indivisibilidade da ação, expressamente previsto no
art. 48 do Código de Processo Penal1, é restrito à ação penal privada,
consoante observado por Damásio Evangelista de Jesus, in Código de
Processo Penal anotado - 25ª ed. - São Paulo : Saraiva, 2012, ps. 88/89,
litteris:
“Ação penal pública e o princípio da indivisibilidade.
Nela também vige o princípio da indivisibilidade da ação
penal, que deve ser velado pelo Ministério Público (RTJ 79/399,
entendimento anterior do STF). Sobre o tema, entretanto,
decidiu o STF que a disposição o STF que a disposição só é
aplicável à ação penal privada (RTJ 737/719)...” [grifei]
Ressai nítida, do texto transcrito, a evolução da jurisprudência desta
Corte no de que o princípio da indivisibilidade da ação penal, entendido
como vedação ao fracionamento da persecução penal, à ação penal
privada penal, e não à ação penal pública, cujo controle é expressamente
previsto no art. 28 do Código de Processo Penal2.
1
Art. 48. A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de
todos, e o Ministério Público velará pela sua indivisibilidade.
2
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia,
requerer o arquivamento do inquérito ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no
caso de considerar improcedente as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças
de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do
Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11
Voto - MIN. LUIZ FUX
RHC 111.211 / MG
Cf., nesse sentido, o RHC 95.141/RJ, Rel. Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, j. em 6/10/09, cuja ementa possui o seguinte teor:
“RECURSO ORDINÁRIO EM
HABEAS CORPUS.
PROCESSUAL PENAL. COMETIMENTO DE DOIS CRIMES
DE ROUBO SEQUENCIAIS. CONEXÃO RECONHECIDA
RELATIVAMENTE AOS RESPECTIVOS INQUÉRITOS
POLICIAIS PELO MP. DENÚNCIA OFERECIDA APENAS
QUANTO A UM DELES. ALEGAÇÃO DE ARQUIVAMENTO
IMPLÍCITO QUANTO AO OUTRO. INOCORRÊNCIA.
PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE. INEXISTÊNCIA.
AÇÃO
PENAL
PÚBLICA.
PRINCÍPIO
DA
INDISPONIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. I –
Praticados dois roubos em sequência e oferecida a denúncia
apenas quanto a um deles, nada impede que o MP ajuíze nova
ação penal quanto ao delito remanescente. II – Incidência do
postulado da indisponibilidade da ação penal pública decorre
do elevado valor dos bens jurídicos que ela tutela. III – Inexiste
dispositivo legal que preveja o arquivamento implícito do
inquérito policial, devendo o pedido ser formulado
expressamente, a teor do disposto no art. 28 do Código de
Processo Penal. IV – Inaplicabilidade do princípio da
indivisibilidade à ação penal pública. Precedentes. V – Recurso
desprovido.”
A propósito, a sentença condenatória enfrentou o tema à luz da
jurisprudência desta Corte:
“A questão relativa à aplicação do princípio da
indivisibilidade da ação penal pública está superada há muitos
anos, desde 1979, quando o Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do RHC nº 57.223-5, Rel. Min. CORDEIRO
GUERRA, decidiu que ‘O art. 48 do CPP diz respeito às queixas em
crime de ação privada, e não aos crimes de ação penal, onde o MP,
então estará o juiz obrigado a atender.
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RHC 111.211 / MG
Cf., nesse sentido, o RHC 95.141/RJ, Rel. Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, j. em 6/10/09, cuja ementa possui o seguinte teor:
“RECURSO ORDINÁRIO EM
HABEAS CORPUS.
PROCESSUAL PENAL. COMETIMENTO DE DOIS CRIMES
DE ROUBO SEQUENCIAIS. CONEXÃO RECONHECIDA
RELATIVAMENTE AOS RESPECTIVOS INQUÉRITOS
POLICIAIS PELO MP. DENÚNCIA OFERECIDA APENAS
QUANTO A UM DELES. ALEGAÇÃO DE ARQUIVAMENTO
IMPLÍCITO QUANTO AO OUTRO. INOCORRÊNCIA.
PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE. INEXISTÊNCIA.
AÇÃO
PENAL
PÚBLICA.
PRINCÍPIO
DA
INDISPONIBILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. I –
Praticados dois roubos em sequência e oferecida a denúncia
apenas quanto a um deles, nada impede que o MP ajuíze nova
ação penal quanto ao delito remanescente. II – Incidência do
postulado da indisponibilidade da ação penal pública decorre
do elevado valor dos bens jurídicos que ela tutela. III – Inexiste
dispositivo legal que preveja o arquivamento implícito do
inquérito policial, devendo o pedido ser formulado
expressamente, a teor do disposto no art. 28 do Código de
Processo Penal. IV – Inaplicabilidade do princípio da
indivisibilidade à ação penal pública. Precedentes. V – Recurso
desprovido.”
A propósito, a sentença condenatória enfrentou o tema à luz da
jurisprudência desta Corte:
“A questão relativa à aplicação do princípio da
indivisibilidade da ação penal pública está superada há muitos
anos, desde 1979, quando o Supremo Tribunal Federal, no
julgamento do RHC nº 57.223-5, Rel. Min. CORDEIRO
GUERRA, decidiu que ‘O art. 48 do CPP diz respeito às queixas em
crime de ação privada, e não aos crimes de ação penal, onde o MP,
então estará o juiz obrigado a atender.
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RHC 111.211 / MG
dominus littis, só está sujeito ao controle previsto no art. 28 do CPP’.
Desde então esse entendimento se consolidou no Supremo Tribunal
Federal até os dias atuais.”
In casu, o crime de corrupção ativa eleitoral, tipificado no art. 299 do
Código Eleitoral, é afeto à ação penal pública, por isso é legítimo ao
Ministério Público denunciar apenas os envolvidos contra os quais há um
mínimo de lastro probatório, reservando para outra oportunidade a
persecução contra os demais envolvidos.
Quanto à alegada inidoneidade dos depoimentos dos corrompidos,
os elementos dos autos revelam que eles não foram os únicos elementos
formadores da convicção do Juiz, que deu relevância à oitiva, como
informante, de Vagner José Andrade Moreira, e aos depoimentos das
testemunhas arroladas pela defesa, que não lograram construir um álibi
capaz de afastar a responsabilidade penal dos réus, consoante gizado no
parecer da lavra do Subprocurador Geral da República MARIO JOSÉ
GIZI, verbis:
“Diferentemente do que afirmam os recorrentes, a
condenação não se baseou apenas nas declarações dos eleitores,
mas também na oitiva de Vagner José Andrade Moreira, ouvido
na qualidade de informante, e nos depoimentos das próprias
testemunhas arroladas pela defesa, que, segundo a magistrada
sentenciante, tentaram construir um álibi que pudesse afastar a
responsabilidade penal dos réus (fl. 250/254).
Por outro lado, as evidências que deram suporte à
condenação – enfatize-se: colhidas sob o crivo do devido
processo legal, do contraditório e da ampla defesa -, não foram
refutadas por qualquer versão plausível apresentada pelos
acusados, que se limitaram a alegar a existência de um ‘conluio,
entre as testemunhas arroladas pela acusação, por possuírem
envolvimento político com a agremiação adversária, tese que
restou desprovida de comprovação (fl. 246).
Frente as circunstâncias supra, afigura-se despropositada
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dominus littis, só está sujeito ao controle previsto no art. 28 do CPP’.
Desde então esse entendimento se consolidou no Supremo Tribunal
Federal até os dias atuais.”
In casu, o crime de corrupção ativa eleitoral, tipificado no art. 299 do
Código Eleitoral, é afeto à ação penal pública, por isso é legítimo ao
Ministério Público denunciar apenas os envolvidos contra os quais há um
mínimo de lastro probatório, reservando para outra oportunidade a
persecução contra os demais envolvidos.
Quanto à alegada inidoneidade dos depoimentos dos corrompidos,
os elementos dos autos revelam que eles não foram os únicos elementos
formadores da convicção do Juiz, que deu relevância à oitiva, como
informante, de Vagner José Andrade Moreira, e aos depoimentos das
testemunhas arroladas pela defesa, que não lograram construir um álibi
capaz de afastar a responsabilidade penal dos réus, consoante gizado no
parecer da lavra do Subprocurador Geral da República MARIO JOSÉ
GIZI, verbis:
“Diferentemente do que afirmam os recorrentes, a
condenação não se baseou apenas nas declarações dos eleitores,
mas também na oitiva de Vagner José Andrade Moreira, ouvido
na qualidade de informante, e nos depoimentos das próprias
testemunhas arroladas pela defesa, que, segundo a magistrada
sentenciante, tentaram construir um álibi que pudesse afastar a
responsabilidade penal dos réus (fl. 250/254).
Por outro lado, as evidências que deram suporte à
condenação – enfatize-se: colhidas sob o crivo do devido
processo legal, do contraditório e da ampla defesa -, não foram
refutadas por qualquer versão plausível apresentada pelos
acusados, que se limitaram a alegar a existência de um ‘conluio,
entre as testemunhas arroladas pela acusação, por possuírem
envolvimento político com a agremiação adversária, tese que
restou desprovida de comprovação (fl. 246).
Frente as circunstâncias supra, afigura-se despropositada
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RHC 111.211 / MG
a tentativa de macular o julgamento proferido pelo Juízo
eleitoral e confirmado em sede recursal, inexistindo
constrangimento ilegal a ser sanado pela presente via.”
O crime tipificado no art. 299 é formal e, por isso, consuma-se com o
oferecimento da vantagem indevida, cujo recebimento constitui mero
exaurimento do delito, vale dizer, ainda que não fosse possível incriminar
o eleitor que se recusou a receber a vantagem, a responsabilidade penal
do corruptor já estaria configurada.
Sendo formal o crime de corrupção ativa eleitoral, exsurge a
possibilidade de o agente recusar o recebimento da vantagem indevida e,
consectariamente, de se eximir da responsabilidade penal, impondo-se,
por esse viés, repudiar, por indigno, o desmedido apego dos recorrentes à
circunstância de que o Ministério Público violou o princípio da
obrigatoriedade da ação penal, ao não denunciar os supostos
corrompidos, para também eximirem-se da responsabilidade penal.
A solução da quaestio deve ser buscada à luz do art. 28 do CPP, verbis:
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de
apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito ou de
quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar
improcedente as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças
de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia,
designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou
insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz
obrigado a atender.
A responsabilidade pelo não oferecimento da denúncia em relação
aos supostos corrompidos, a evidenciar violação do princípio da
obrigatoriedade, recai apenas sobre o órgão do Ministério Público, sem
reflexo na situação processual dos denunciados, sobretudo em se
tratando de delito formal cuja consumação prescinde da responsabilidade
4
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a tentativa de macular o julgamento proferido pelo Juízo
eleitoral e confirmado em sede recursal, inexistindo
constrangimento ilegal a ser sanado pela presente via.”
O crime tipificado no art. 299 é formal e, por isso, consuma-se com o
oferecimento da vantagem indevida, cujo recebimento constitui mero
exaurimento do delito, vale dizer, ainda que não fosse possível incriminar
o eleitor que se recusou a receber a vantagem, a responsabilidade penal
do corruptor já estaria configurada.
Sendo formal o crime de corrupção ativa eleitoral, exsurge a
possibilidade de o agente recusar o recebimento da vantagem indevida e,
consectariamente, de se eximir da responsabilidade penal, impondo-se,
por esse viés, repudiar, por indigno, o desmedido apego dos recorrentes à
circunstância de que o Ministério Público violou o princípio da
obrigatoriedade da ação penal, ao não denunciar os supostos
corrompidos, para também eximirem-se da responsabilidade penal.
A solução da quaestio deve ser buscada à luz do art. 28 do CPP, verbis:
Art. 28. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de
apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito ou de
quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar
improcedente as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças
de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia,
designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou
insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz
obrigado a atender.
A responsabilidade pelo não oferecimento da denúncia em relação
aos supostos corrompidos, a evidenciar violação do princípio da
obrigatoriedade, recai apenas sobre o órgão do Ministério Público, sem
reflexo na situação processual dos denunciados, sobretudo em se
tratando de delito formal cuja consumação prescinde da responsabilidade
4
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RHC 111.211 / MG
penal da parte corrompida.
A não instauração da persecução penal em relação a determinados
agentes não é, a toda evidência, garantia da impunidade de outros.
Voto no sentido do desprovimento do recurso.
5
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RHC 111.211 / MG
penal da parte corrompida.
A não instauração da persecução penal em relação a determinados
agentes não é, a toda evidência, garantia da impunidade de outros.
Voto no sentido do desprovimento do recurso.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 111.211
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S) : ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA
RECTE.(S) : JOSÉ DONIZETE DO COUTO
RECTE.(S) : FÁBIO ROBERTO DA SILVA MEIRA
ADV.(A/S) : DENILSON MARCONDES VENÂNCIO E OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em
habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência
do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076440
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 111.211
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
RECTE.(S) : ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA
RECTE.(S) : JOSÉ DONIZETE DO COUTO
RECTE.(S) : FÁBIO ROBERTO DA SILVA MEIRA
ADV.(A/S) : DENILSON MARCONDES VENÂNCIO E OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
Decisão: A Turma negou provimento ao recurso ordinário em
habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência
do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076440
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3108487 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma negou provimento ao recurso ordinário em habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS | Ementa: Penal eleitoral. Recurso Ordinário em Habeas Corpus. Corrupção ativa – art. 299 do Código Eleitoral (oferecimento de vantagem pecuniária em troca de voto). Denúncia oferecida apenas contra os corruptores. Violação dos princípios da obrigatoriedade e da indivisibilidade da ação penal. Inocorrência.
1. O princípio da indivisibilidade da ação, expressamente previsto no art. 48 do Código de Processo Penal, prevendo a impossibilidade de fracionamento da ação penal, é restrito à ação penal privada. Precedente: RTJ 737/719.
2. In casu, o Ministério Público Eleitoral ofereceu denúncia pela prática do crime de corrupção ativa, tipificado no art. 299 do Código Eleitoral, apenas contra os recorrentes, em face do oferecimento de vantagem pecuniária para a obtenção de votos, omitindo os corrompidos, que prestaram depoimentos como testemunhas de acusação.
3. O crime tipificado no art. 299 é formal e, por isso, consuma-se com o oferecimento da vantagem indevida, cujo recebimento constitui mero exaurimento do delito, vale dizer, ainda que não fosse possível incriminar o eleitor que se recusou a receber tal vantagem, a responsabilidade penal do corruptor resta configurada.
4. A alegada inidoneidade dos depoimentos dos corrompidos não tem a virtude de infirmar a condenação, porquanto não foram tais depoimentos os únicos elementos formadores da convicção do Juiz, que deu relevância à oitiva de informante e aos depoimentos das testemunhas arroladas pela defesa, que não lograram construir um álibi capaz de afastar a responsabilidade penal dos recorrentes.
5. A responsabilidade pelo não oferecimento da denúncia em relação aos corrompidos, a evidenciar violação do princípio da obrigatoriedade da ação penal, recai sobre o órgão do Ministério Público, à luz do art. 28 do CPP, sem reflexo na situação processual dos denunciados, sobretudo em se tratando de delito formal cuja consumação prescinde da conduta típica da parte corrompida.
6. A não instauração da persecução penal em relação a determinados agentes não é, a toda evidência, garantia da impunidade de outros.
7. Recurso Ordinário em Habeas Corpus ao qual se nega provimento. | sjur219068 | - Acórdão citado:
(PRINCÍPIO DA INDIVISIBILIDADE)
STF: RHC 95141 (1ªT); RTJ 737/719.
Número de páginas: 11.
Análise: 30/11/2012, MAC. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 111211 | [
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00028 ART-00048 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-004737 ANO-1965\r\n ART-00299 \r\n CEL-1965 CÓDIGO ELEITORAL"
] | RHC | acordaos | RHC 111211 | [
""
] | RECTE.(S) : ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA
RECTE.(S) : JOSÉ DONIZETE DO COUTO
RECTE.(S) : FÁBIO ROBERTO DA SILVA MEIRA
ADV.(A/S) : DENILSON MARCONDES VENÂNCIO E OUTRO(A/S)
RECDO.(A/S) : TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RTJ 737 / 719",
"RHC 111 . 211 / MG",
"RHC 111 . 211 / MG",
"RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 111 . 211",
"RHC 111 . 211 / MG",
"RHC 111 . 211 / MG",
"RHC 111 . 211 / MG",
"AP 470 QO3",
"RHC 111 . 211 / MG",
"AP 470 QO3",
"HABEAS CORPUS 111 . 211",
"RTJ 79 / 399",
"RTJ 737 / 719",
"RTJ 79 / 399",
"RTJ 737 / 719",
"RHC 111 . 211 / MG",
"RHC 95 . 141 / RJ",
"RHC [UNK] 57 . 223 - 5",
"RHC 111 . 211 / MG",
"RHC 95 . 141 / RJ",
"RHC [UNK] 57 . 223 - 5",
"RHC 111 . 211 / MG",
"RHC 111 . 211 / MG",
"RHC 111 . 211 / MG",
"RHC 111 . 211 / MG",
"RECURSO",
"RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS 111 . 211"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 299 DO CÓDIGO ELEITORAL",
"art . 48 do Código de Processo Penal",
"art . 299 do Código Eleitoral",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 28 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 28 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 299 do Código Eleitoral",
"artigo 299 do Código Eleitoral",
"art . 299 do Código Eleitoral",
"artigo 299 do Código Eleitoral",
"artigo 299 do Código Eleitoral",
"art . 299 do Código Eleitoral",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . 299 do Código Eleitoral",
"art . 102 , inc . II , da Constituição Federal",
"art . 299 , do CE",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . 299 do Código Eleitoral",
"art . 102 , inc . II , da Constituição Federal",
"art . 299 , do CE ”",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 48 do Código de Processo Penal1",
"Código de Processo Penal anotado",
"art . 28 do Código de Processo Penal2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 48 do Código de Processo Penal1",
"Código",
"art . 28 do Código de Processo Penal2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 28 do Código de Processo Penal",
"art . 48 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 28 do Código de Processo Penal",
"art . 48 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 28 do CPP",
"art . 299 do Código Eleitoral",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 28 do CPP ’",
"art . 299 do Código Eleitoral",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 28 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 28 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"Brasília",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"São Paulo",
"MINAS GERAIS",
"São Paulo",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL",
"UNIÃO",
"Ministério Público Eleitoral",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL",
"UNIÃO",
"Tribunal Superior Eleitoral",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL",
"UNIÃO",
"Tribunal Superior Eleitoral",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Regional Eleitoral de Minas",
"TSE",
"TSE",
"Ministério Público Eleitoral",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Regional Eleitoral de Minas",
"TSE",
"TSE",
"Ministério Público Eleitoral",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Saraiva",
"Ministério Público",
"STF",
"STF",
"STF",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Saraiva",
"Ministério Público",
"STF",
"STF",
"STF",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"MP",
"MP",
"Supremo Tribunal Federal",
"MP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"MP",
"MP",
"Supremo Tribunal Federal",
"MP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA",
"JOSÉ DONIZETE DO COUTO",
"FÁBIO ROBERTO DA SILVA MEIRA",
"DENILSON MARCONDES VENÂNCIO",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA",
"JOSÉ DONIZETE DO COUTO",
"FÁBIO ROBERTO DA SILVA MEIRA",
"DENILSON MARCONDES VENÂNCIO",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA",
"JOSÉ DONIZETE DO COUTO",
"FÁBIO ROBERTO DA SILVA MEIRA",
"DENILSON MARCONDES VENÂNCIO",
"LUIZ FUX",
"Luciana Nepomuceno",
"Luciana Nepomuceno",
"Luciana Nepomuceno",
"Luciana Nepomuceno",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"Damásio Evangelista de Jesus",
"LUIZ FUX",
"Damásio Evangelista de Jesus",
"LUIZ FUX",
"CORDEIRO GUERRA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"CORDEIRO GUERRA",
"LUIZ FUX",
"Vagner José Andrade Moreira",
"MARIO JOSÉ GIZI",
"Vagner José Andrade Moreira",
"Vagner José Andrade Moreira",
"MARIO JOSÉ GIZI",
"Vagner José Andrade Moreira",
"LUIZ FUX RHC",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA",
"JOSÉ DONIZETE DO COUTO",
"FÁBIO ROBERTO DA SILVA MEIRA",
"DENILSON MARCONDES VENÂNCIO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"LUIZ FUX",
"ANTÔNIO CARLOS DE SOUZA",
"JOSÉ DONIZETE DO COUTO",
"FÁBIO ROBERTO DA SILVA MEIRA",
"DENILSON MARCONDES VENÂNCIO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"29 de julho de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"29 de julho de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"04",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"04",
"/",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"10",
"/",
"09",
"1979",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"10",
"/",
"09",
"1979",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.385 GOIÁS
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:LUZIANO RODRIGUES BORGES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JULIO MARIA REIS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:BANCO DO BRASIL S/A (SUCESSORA DO BANCO
NOSSA CAIXA S/A)
ADV.(A/S)
:TAISE MACHADO MELO
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
CONCESSÃO DE EFEITOS SUSPENSIVOS AOS EMBARGOS À
EXECUÇÃO. 1. Inexistência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da
Constituição da República. 2. Alegada afronta ao art. 5º, inc. XXXVI, LIV e
LV, da Constituição. Análise de norma infraconstitucional. Ofensa
constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085060.
Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.385 GOIÁS
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:LUZIANO RODRIGUES BORGES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JULIO MARIA REIS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:BANCO DO BRASIL S/A (SUCESSORA DO BANCO
NOSSA CAIXA S/A)
ADV.(A/S)
:TAISE MACHADO MELO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 5 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Luziano Rodrigues Borges e
outros contra julgado do Tribunal de Justiça de Goiás, o qual manteve
decisão monocrática que recebera embargos à execução sem efeito
suspensivo, com base no art. 739 do Código de Processo Civil.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“4. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.
5. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art.
93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora
em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido
apresentou suficiente fundamentação.
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal, ‘o que a
Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão seja fundamentada;
não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato
ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente
assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está
satisfeita a exigência constitucional’ (RE 140.370, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).
6. Este Supremo Tribunal assentou que a alegação de
contrariedade ao art. 5º, inc. XXXVI, LIV e LV, da Constituição da
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.385 GOIÁS
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:LUZIANO RODRIGUES BORGES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JULIO MARIA REIS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:BANCO DO BRASIL S/A (SUCESSORA DO BANCO
NOSSA CAIXA S/A)
ADV.(A/S)
:TAISE MACHADO MELO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 5 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Luziano Rodrigues Borges e
outros contra julgado do Tribunal de Justiça de Goiás, o qual manteve
decisão monocrática que recebera embargos à execução sem efeito
suspensivo, com base no art. 739 do Código de Processo Civil.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“4. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.
5. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art.
93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora
em sentido contrário à pretensão da Agravante, o acórdão recorrido
apresentou suficiente fundamentação.
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal, ‘o que a
Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão seja fundamentada;
não, que a fundamentação seja correta, na solução das questões de fato
ou de direito da lide: declinadas no julgado as premissas, corretamente
assentadas ou não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está
satisfeita a exigência constitucional’ (RE 140.370, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, RTJ 150/269).
6. Este Supremo Tribunal assentou que a alegação de
contrariedade ao art. 5º, inc. XXXVI, LIV e LV, da Constituição da
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
ARE 714.385 AGR / GO
República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional
(Código de Processo Civil e Lei n. 11.382/2006), não viabiliza o
recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria
indireta. Nesse sentido:
(…)
Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes.
8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 10.10.2012, interpõem Luziano
Rodrigues Borges e outros, em 7.5.2012, tempestivamente, agravo
regimental.
3. Alegam os Agravantes que “juntaram farta documentação
comprovando que a decisão monocrática não merece prosperar, vez que se faz
imprescindível a atribuição de efeito suspensivo aos embargos à execução”.
Sustentam que “é nulo o acórdão que julgou o agravo de instrumento, por
ausência de fundamentação do mesmo, o que ainda motivou a interposição do
recurso, haja vista a falta de motivação do juiz singular ao não proferir o efeito
suspensivo aos embargos à execução, sendo nulas ambas as decisões”.
Alegam que “há de ser mantido o efeito suspensivo dos embargos à
execução segundo os parâmetros da lei processual vigente antes da Lei n. 11.382,
de 06 de dezembro de 2006, tratando-se de ato jurídico perfeito, cujo efeito
suspensivo conferido pela pretérita redação do art. 739, § 1º, do CPC”.
Requerem a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
ARE 714.385 AGR / GO
República, se dependente do exame da legislação infraconstitucional
(Código de Processo Civil e Lei n. 11.382/2006), não viabiliza o
recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional seria
indireta. Nesse sentido:
(…)
Nada há, pois, a prover quanto às alegações dos Agravantes.
8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 10.10.2012, interpõem Luziano
Rodrigues Borges e outros, em 7.5.2012, tempestivamente, agravo
regimental.
3. Alegam os Agravantes que “juntaram farta documentação
comprovando que a decisão monocrática não merece prosperar, vez que se faz
imprescindível a atribuição de efeito suspensivo aos embargos à execução”.
Sustentam que “é nulo o acórdão que julgou o agravo de instrumento, por
ausência de fundamentação do mesmo, o que ainda motivou a interposição do
recurso, haja vista a falta de motivação do juiz singular ao não proferir o efeito
suspensivo aos embargos à execução, sendo nulas ambas as decisões”.
Alegam que “há de ser mantido o efeito suspensivo dos embargos à
execução segundo os parâmetros da lei processual vigente antes da Lei n. 11.382,
de 06 de dezembro de 2006, tratando-se de ato jurídico perfeito, cujo efeito
suspensivo conferido pela pretérita redação do art. 739, § 1º, do CPC”.
Requerem a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.385 GOIÁS
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.
2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu:
“Ressalte-se que os princípios constitucionais que garantem o
livre acesso ao Poder Judiciário, o contraditório e a ampla defesa, não
são absolutos e hão de ser exercidos, pelos jurisdicionados, por meio
das normas processuais que regem a matéria, não se constituindo
negativa de prestação jurisdicional e cerceamento de defesa a
inadmissão de recursos quando observados os procedimentos
estatuídos nas normas instrumentais (...).
Quanto à alegação de que a forma de processamentos dos
embargos à execução deve se dar nos termos do Código de Processo
Civil antes da alteração da Lei n. 11.382/2006, tal não merece
prosperar tendo em vista que o s referidos embargos foram opostos
após o advento da mencionada lei, não vingando, pois, a pretensão do
embargante nesse sentido, face ao que dispõe o art. 1211 do CPC”.
3. Inicialmente, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por
falta de fundamentação. O Tribunal de origem apreciou as questões
suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões
objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi
concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a
conclusão contrária aos interesses dos Agravantes. Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPROCEDÊNCIA.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.385 GOIÁS
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste aos Agravantes.
2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu:
“Ressalte-se que os princípios constitucionais que garantem o
livre acesso ao Poder Judiciário, o contraditório e a ampla defesa, não
são absolutos e hão de ser exercidos, pelos jurisdicionados, por meio
das normas processuais que regem a matéria, não se constituindo
negativa de prestação jurisdicional e cerceamento de defesa a
inadmissão de recursos quando observados os procedimentos
estatuídos nas normas instrumentais (...).
Quanto à alegação de que a forma de processamentos dos
embargos à execução deve se dar nos termos do Código de Processo
Civil antes da alteração da Lei n. 11.382/2006, tal não merece
prosperar tendo em vista que o s referidos embargos foram opostos
após o advento da mencionada lei, não vingando, pois, a pretensão do
embargante nesse sentido, face ao que dispõe o art. 1211 do CPC”.
3. Inicialmente, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por
falta de fundamentação. O Tribunal de origem apreciou as questões
suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões
objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi
concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a
conclusão contrária aos interesses dos Agravantes. Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPROCEDÊNCIA.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 714.385 AGR / GO
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE 645.521-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 26.10.2011).
4. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal
assentou que a alegação de afronta aos princípios da legalidade, do
devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame
de legislação infraconstitucional, na espécie vertente, dos arts. 1211 do
Código de Processo Civil e a Lei n. 11.382/2006, configura ofensa
constitucional indireta. Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
EXCESSO
DE
EXECUÇÃO.
1.
AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO
DOS
DISPOSITIVOS
CONSTITUCIONAIS. SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. 2. ALEGADA CONTRARIEDADE AOS
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA LEGALIDADE, DO
CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO
PROCESSO LEGAL. NECESSIDADE DE ANÁLISE DE
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL:
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 684.188-AgR, de minha
relatoria, Segunda Turma, DJe 4.10.2012).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Ofensa reflexa.
Reexame de provas. Impossibilidade. 1. A jurisdição foi prestada pelo
Tribunal de origem mediante decisão suficientemente motivada. 2. A
afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional,
quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas
infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à
Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso
2
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ARE 714.385 AGR / GO
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE 645.521-AgR, de minha relatoria,
Primeira Turma, DJe 26.10.2011).
4. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal
assentou que a alegação de afronta aos princípios da legalidade, do
devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame
de legislação infraconstitucional, na espécie vertente, dos arts. 1211 do
Código de Processo Civil e a Lei n. 11.382/2006, configura ofensa
constitucional indireta. Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
EXCESSO
DE
EXECUÇÃO.
1.
AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO
DOS
DISPOSITIVOS
CONSTITUCIONAIS. SÚMULAS N. 282 E 356 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. 2. ALEGADA CONTRARIEDADE AOS
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS DA LEGALIDADE, DO
CONTRADITÓRIO, DA AMPLA DEFESA E DO DEVIDO
PROCESSO LEGAL. NECESSIDADE DE ANÁLISE DE
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL:
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. 3. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 684.188-AgR, de minha
relatoria, Segunda Turma, DJe 4.10.2012).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Ofensa reflexa.
Reexame de provas. Impossibilidade. 1. A jurisdição foi prestada pelo
Tribunal de origem mediante decisão suficientemente motivada. 2. A
afronta aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional,
quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de normas
infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à
Constituição da República. 3. Inadmissível, em recurso
2
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 714.385 AGR / GO
extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e das
provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4.
Agravo regimental não provido” (ARE 683.758-AgR, Rel. Min. Dias
Toffoli, Primeira Turma, DJe 21.9.2012).
5. Os argumentos dos Agravantes, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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ARE 714.385 AGR / GO
extraordinário, o reexame da legislação infraconstitucional e das
provas dos autos. Incidência das Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4.
Agravo regimental não provido” (ARE 683.758-AgR, Rel. Min. Dias
Toffoli, Primeira Turma, DJe 21.9.2012).
5. Os argumentos dos Agravantes, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.385
PROCED. : GOIÁS
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : LUZIANO RODRIGUES BORGES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JULIO MARIA REIS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A (SUCESSORA DO BANCO NOSSA CAIXA
S/A)
ADV.(A/S) : TAISE MACHADO MELO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.385
PROCED. : GOIÁS
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : LUZIANO RODRIGUES BORGES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JULIO MARIA REIS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A (SUCESSORA DO BANCO NOSSA CAIXA
S/A)
ADV.(A/S) : TAISE MACHADO MELO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3108288 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. CONCESSÃO DE EFEITOS SUSPENSIVOS AOS EMBARGOS À EXECUÇÃO. 1. Inexistência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República. 2. Alegada afronta ao art. 5º, inc. XXXVI, LIV e LV, da Constituição. Análise de norma infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur219167 | - Acórdão(s) citado(s)
(FUNDAMENTAÇÃO, AUSÊNCIA)
STF: ARE 645521 AgR (1ªT);
(OFENSA REFLEXA)
STF: ARE 684188 AgR (2ªT), ARE 683758 AgR (1ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 30/11/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 714385 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00036 INC-00054 INC-00055\r\n ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-01211 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-011382 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 714385 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : AUZA BORGES DA SILVA
AGTE.(S) : LUZIANO RODRIGUES BORGES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JULIO MARIA REIS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : BANCO DO BRASIL S/A (SUCESSORA DO BANCO NOSSA CAIXA S/A)
ADV.(A/S) : TAISE MACHADO MELO
AGTE.(S) : AUZA BORGES DA SILVA
ADV.(A/S) : VICTOR MAGNUS GOMES | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714 . 385",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714 . 385",
"RE 140 . 370",
"RTJ 150 / 269",
"RE 140 . 370",
"RTJ 150 / 269",
"ARE 714 . 385 AGR / GO",
"ARE 714 . 385",
"ARE 645 . 521 - AgR",
"SÚMULAS N . 282",
"ARE 684 . 188 - AgR",
"ARE 714 . 385 AGR / GO",
"ARE 645 . 521 - AgR",
"SÚMULAS N . 282",
"ARE 684 . 188 - AgR",
"ARE 714 . 385 AGR / GO",
"Súmulas [UNK] 636",
"ARE 683 . 758 - AgR",
"ARE 714 . 385 AGR / GO",
"Súmulas [UNK] 636",
"ARE 683 . 758 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 93 , inc . IX , da Constituição da República",
"art . [UNK] , inc . XXXVI , LIV e LV , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 739 do Código de Processo Civil",
"art . 93 , inc . IX , da Constituição da República",
"Constituição",
"art . [UNK] , inc . XXXVI , LIV e LV , da Constituição da",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 739 do Código de Processo Civil",
"art . 93 , inc . IX , da Constituição da República",
"Constituição",
"art . [UNK] , inc . XXXVI , LIV e LV , da Constituição da",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 382 / 2006",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Lei n . 11 . 382",
"art . 739 , § [UNK] , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
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"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
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"art . 739 , § [UNK] , do CPC",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"GOIÁS",
"Brasília",
"GOIÁS",
"GOIÁS",
"GOIÁS",
"GOIÁS",
"GOIÁS",
"GOIÁS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"BANCO DO BRASIL S / A",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"SEGUNDA TURMA",
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"Tribunal de Justiça de Goiás",
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"Supremo",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
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"Segunda Turma",
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"-",
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"Primeira Turma",
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"Primeira Turma",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
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"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUZIANO RODRIGUES BORGES",
"JULIO MARIA REIS",
"TAISE MACHADO MELO",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUZIANO RODRIGUES BORGES",
"JULIO MARIA REIS",
"TAISE MACHADO MELO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Luziano Rodrigues Borges",
"Sepúlveda Pertence",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUZIANO RODRIGUES BORGES",
"JULIO MARIA REIS",
"TAISE MACHADO MELO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Luziano Rodrigues Borges",
"Sepúlveda Pertence",
"Luziano Rodrigues Borges",
"Luziano Rodrigues Borges",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUZIANO RODRIGUES BORGES",
"JULIO MARIA REIS",
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"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"LUZIANO RODRIGUES BORGES",
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"Ricardo Lewandowski",
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"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
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"/",
"2012",
"30",
"/",
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"/",
"2012",
"5 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"5 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
".",
"10",
".",
"2012",
"7",
".",
"5",
".",
"2012",
"06 de dezembro de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
".",
"10",
".",
"2012",
"7",
".",
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".",
"2012",
"06 de dezembro de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"10",
".",
"2011",
"4",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
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".",
"2011",
"4",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"08",
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".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.141 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL
PETROS
ADV.(A/S)
:RENATO LOBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CARLOS MIGUEL DE ARAUJO
ADV.(A/S)
:JOÃO ANTONIO FACCIOLI
INTDO.(A/S)
:PETROLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
ADV.(A/S)
:ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS E OUTRO(A/S)
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. PRESCRIÇÃO
PARCIAL OU TOTAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL:
AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 697.514. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.141 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL
PETROS
ADV.(A/S)
:RENATO LOBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CARLOS MIGUEL DE ARAUJO
ADV.(A/S)
:JOÃO ANTONIO FACCIOLI
INTDO.(A/S)
:PETROLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
ADV.(A/S)
:ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 5 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Fundação Petrobrás de
Seguridade Social - Petros contra julgado do Tribunal Superior do
Trabalho, o qual decidira que “a pretensão a diferenças de complementação de
aposentadoria sujeita-se à prescrição parcial e quinquenal, salvo se o pretenso
direito decorrer de verbas não recebidas no curso da relação de emprego e já
alcançadas pela prescrição, à época da propositura da ação”, conforme a Súmula
n. 327 daquele Tribunal.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. No julgamento do Agravo em Recurso Extraordinário n.
697.514, Relator o Ministro Gilmar Mendes, este Supremo Tribunal
Federal assentou a inexistência de repercussão geral da questão
discutida neste processo:
‘Trabalhista. 2. Prescrição aplicável, se total ou
parcial. Controvérsia que se situa no âmbito da legislação
infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral’ (DJe
Supremo Tribunal Federal
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SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.141 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL
PETROS
ADV.(A/S)
:RENATO LOBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:CARLOS MIGUEL DE ARAUJO
ADV.(A/S)
:JOÃO ANTONIO FACCIOLI
INTDO.(A/S)
:PETROLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
ADV.(A/S)
:ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 5 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Fundação Petrobrás de
Seguridade Social - Petros contra julgado do Tribunal Superior do
Trabalho, o qual decidira que “a pretensão a diferenças de complementação de
aposentadoria sujeita-se à prescrição parcial e quinquenal, salvo se o pretenso
direito decorrer de verbas não recebidas no curso da relação de emprego e já
alcançadas pela prescrição, à época da propositura da ação”, conforme a Súmula
n. 327 daquele Tribunal.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste à Agravante.
6. No julgamento do Agravo em Recurso Extraordinário n.
697.514, Relator o Ministro Gilmar Mendes, este Supremo Tribunal
Federal assentou a inexistência de repercussão geral da questão
discutida neste processo:
‘Trabalhista. 2. Prescrição aplicável, se total ou
parcial. Controvérsia que se situa no âmbito da legislação
infraconstitucional. Inexistência de repercussão geral’ (DJe
Supremo Tribunal Federal
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Relatório
ARE 712.141 AGR / SP
14.9.2012).
Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos
extraordinários e agravos que suscitarem a mesma questão
constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos
relatores, conforme o art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal.
Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.
7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.
544, § 4º, inc. II, alínea b, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º,
do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 17.10.2012, interpõe a Fundação
Petrobrás de Seguridade Social – Petros,, em 17.10.2012, tempestivamente,
agravo regimental.
3. Alega a Agravante que, “no caso dos autos, o tema também está sendo
abordado sob outro enfoque constitucional (violação ao art. 5º, caput, da CF), ou
seja, violação ao princípio da segurança jurídica, e não apenas por ofensa aos
arts. 5º, XXXVI, e 7º, XXIX, da CF, não sendo, portanto, matéria idêntica à
abordada nos autos do ARE n. 697.541 (…). Ou seja, o ponto fundamental é o
exame da ofensa ao princípio da segurança jurídica e não a discussão acerca da
prescrição”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 712.141 AGR / SP
14.9.2012).
Declarada a ausência de repercussão geral, os recursos
extraordinários e agravos que suscitarem a mesma questão
constitucional podem ter o seu seguimento negado pelos respectivos
relatores, conforme o art. 327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo
Tribunal Federal.
Nada há, pois, a prover quanto às alegações da Agravante.
7. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.
544, § 4º, inc. II, alínea b, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º,
do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 17.10.2012, interpõe a Fundação
Petrobrás de Seguridade Social – Petros,, em 17.10.2012, tempestivamente,
agravo regimental.
3. Alega a Agravante que, “no caso dos autos, o tema também está sendo
abordado sob outro enfoque constitucional (violação ao art. 5º, caput, da CF), ou
seja, violação ao princípio da segurança jurídica, e não apenas por ofensa aos
arts. 5º, XXXVI, e 7º, XXIX, da CF, não sendo, portanto, matéria idêntica à
abordada nos autos do ARE n. 697.541 (…). Ou seja, o ponto fundamental é o
exame da ofensa ao princípio da segurança jurídica e não a discussão acerca da
prescrição”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.141 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Na espécie vertente, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu:
“RECURSO DE REVISTA. (...) 2. COMPLEMENTAÇÃO
DE APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO PARCIAL. “A pretensão a
diferenças de complementação de aposentadoria sujeita-se à prescrição
parcial e quinquenal, salvo se o pretenso direito decorrer de verbas não
recebidas no curso da relação de emprego e já alcançadas pela
prescrição, à época da propositura da ação” (Súmula 327/TST).
Recurso de revista conhecido e provido”.
3. Como posto na decisão agravada, no julgamento do Agravo em
Recurso Extraordinário n. 697.514, Relator o Ministro Gilmar Mendes,
este Supremo Tribunal Federal assentou a inexistência de repercussão
geral da questão discutida neste processo:
“Trabalhista. 2. Prescrição aplicável, se total ou parcial.
Controvérsia que se situa no âmbito da legislação infraconstitucional.
Inexistência de repercussão geral” (Plenário, DJe 14.9.2012).
4. Ressalte-se que a eventual existência de diferença na
argumentação jurídica não é suficiente para obstar a devolução dos autos
à origem, pois o instituto da repercussão geral tem por objeto consolidar
o exame da matéria num único julgamento, considerando todas as
premissas relacionadas ao tema.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.141 SÃO
PAULO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste à Agravante.
2. Na espécie vertente, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu:
“RECURSO DE REVISTA. (...) 2. COMPLEMENTAÇÃO
DE APOSENTADORIA. PRESCRIÇÃO PARCIAL. “A pretensão a
diferenças de complementação de aposentadoria sujeita-se à prescrição
parcial e quinquenal, salvo se o pretenso direito decorrer de verbas não
recebidas no curso da relação de emprego e já alcançadas pela
prescrição, à época da propositura da ação” (Súmula 327/TST).
Recurso de revista conhecido e provido”.
3. Como posto na decisão agravada, no julgamento do Agravo em
Recurso Extraordinário n. 697.514, Relator o Ministro Gilmar Mendes,
este Supremo Tribunal Federal assentou a inexistência de repercussão
geral da questão discutida neste processo:
“Trabalhista. 2. Prescrição aplicável, se total ou parcial.
Controvérsia que se situa no âmbito da legislação infraconstitucional.
Inexistência de repercussão geral” (Plenário, DJe 14.9.2012).
4. Ressalte-se que a eventual existência de diferença na
argumentação jurídica não é suficiente para obstar a devolução dos autos
à origem, pois o instituto da repercussão geral tem por objeto consolidar
o exame da matéria num único julgamento, considerando todas as
premissas relacionadas ao tema.
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 712.141 AGR / SP
Impedir a adoção do procedimento previsto no art. 543-B do Código
de Processo Civil apenas porque existiria uma diferença argumentativa
inviabilizaria o alcance dos objetivos que inspiraram a criação do instituto
da repercussão geral.
5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 712.141 AGR / SP
Impedir a adoção do procedimento previsto no art. 543-B do Código
de Processo Civil apenas porque existiria uma diferença argumentativa
inviabilizaria o alcance dos objetivos que inspiraram a criação do instituto
da repercussão geral.
5. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.141
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL PETROS
ADV.(A/S) : RENATO LOBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CARLOS MIGUEL DE ARAUJO
ADV.(A/S) : JOÃO ANTONIO FACCIOLI
INTDO.(A/S) : PETROLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
ADV.(A/S) : ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712.141
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL PETROS
ADV.(A/S) : RENATO LOBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CARLOS MIGUEL DE ARAUJO
ADV.(A/S) : JOÃO ANTONIO FACCIOLI
INTDO.(A/S) : PETROLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
ADV.(A/S) : ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3108258 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. PRESCRIÇÃO PARCIAL OU TOTAL. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL: AGRAVO EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO N. 697.514. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur219158 | - Acórdão(s) citado(s)
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL, DIREITO TRABALHO, PRESCRIÇÃO PARCIAL OU TOTAL)
STF: ARE 697514 RG.
Número de páginas: 6.
Análise: 30/11/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 712141 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543B \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 712141 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL PETROS
ADV.(A/S) : RENATO LOBO GUIMARÃES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : CARLOS MIGUEL DE ARAUJO
ADV.(A/S) : JOÃO ANTONIO FACCIOLI
INTDO.(A/S) : PETROLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS
ADV.(A/S) : ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANDRÉ CRISTIANO IKIJIRI
ADV.(A/S) : RENATO ANDRADE DE SOUZA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 712 . 141",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO N . 697 . 514",
"Súmula n . 327 daquele Tribunal",
"Agravo em Recurso Extraordinário n . 697 . 514",
"Súmula n . 327 daquele Tribunal",
"Agravo em Recurso Extraordinário n . 697 . 514",
"ARE 712 . 141 AGR / SP",
"ARE n . 697 . 541",
"ARE 712 . 141 AGR / SP",
"ARE n . 697 . 541",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"Súmula 327 / TST",
"Recurso Extraordinário n . 697 . 514",
"Súmula 327 / TST",
"Recurso Extraordinário n . 697 . 514",
"ARE 712 . 141 AGR /",
"ARE 712 . 141 AGR / SP"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art .",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea b , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do",
"art . [UNK] , caput , da CF",
"arts . [UNK] , XXXVI , e [UNK] , XXIX , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 327 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea b , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , caput , da CF",
"arts . [UNK] , XXXVI , e [UNK] , XXIX , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 543 - B do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 543 - B do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"PETROLEO BRASILEIRO S . A .",
"PETROBRAS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"PETROLEO BRASILEIRO S . A .",
"PETROBRAS",
"Fundação Petrobrás de Seguridade Social",
"Petros",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"PETROLEO BRASILEIRO S . A .",
"PETROBRAS",
"Fundação Petrobrás de Seguridade Social",
"Petros",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
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"Brasil",
"Fundação Petrobrás de Seguridade Social",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Fundação Petrobrás de Seguridade Social",
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"-",
"Brasil",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL PETROS",
"PETROLEO BRASILEIRO S . A .",
"PETROBRAS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"FUNDAÇÃO PETROBRÁS DE SEGURIDADE SOCIAL",
"PETROS",
"PETROLEO BRASILEIRO S . A .",
"PETROBRAS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LÚCIA",
"RENATO LOBO GUIMARÃES",
"CARLOS MIGUEL DE ARAUJO",
"JOÃO ANTONIO FACCIOLI",
"ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RENATO LOBO GUIMARÃES",
"CARLOS MIGUEL DE ARAUJO",
"JOÃO ANTONIO FACCIOLI",
"ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RENATO LOBO GUIMARÃES",
"CARLOS MIGUEL DE ARAUJO",
"JOÃO ANTONIO FACCIOLI",
"ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RENATO LOBO GUIMARÃES",
"CARLOS MIGUEL DE ARAUJO",
"JOÃO ANTONIO FACCIOLI",
"ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"RENATO LOBO GUIMARÃES",
"CARLOS MIGUEL DE ARAUJO",
"JOÃO ANTONIO FACCIOLI",
"ELLEN CRISTIANE JORGE MARTINS",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"5 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"5 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"9",
".",
"2012",
"17",
".",
"10",
".",
"2012",
"17",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
".",
"9",
".",
"2012",
"17",
".",
"10",
".",
"2012",
"17",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"14",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"14",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
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"10",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.654 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS
LTDA
ADV.(A/S)
:RICARDO MARIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
EMENTA
DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE O LUCRO LÍQUIDO.
SOCIEDADE POR QUOTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA.
CONTRATO SOCIAL. LUCRO. DISPONIBILIDADE. LEI 7.713/1988,
ART. 35. IMPOSSIBILIDADE DE REAPRECIAÇÃO DE PROVAS E
CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS STF 279 E 454.
As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os
fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se
refere à indispensabilidade do reexame de fatos e cláusulas contratuais, a
inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.
Agravo regimental conhecido e não provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
negar provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058503.
Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 20
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.654 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS
LTDA
ADV.(A/S)
:RICARDO MARIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra decisão por
mim proferida (fls. 423-35), mediante a qual foi negado provimento a seu
agravo em recurso extraordinário, maneja agravo regimental Rodobens
Administradora de Consórcios Ltda. (fls. 438-45).
A parte agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao
argumento de que o acórdão recorrido se encontra em desacordo com a
jurisprudência firmada nesta Suprema Corte. Afirma não haver
necessidade de revisão das cláusulas contratuais e nem de reexame de
provas, mas apenas de sua devida valoração a partir das premissas
contidas no acórdão recorrido. Reitera, ainda, as alegações de mérito
deduzidas no recurso extraordinário, no sentido de que “o acórdão
recorrido foi na contramão da interpretação do artigo 35, da Lei n. 7713, dada
pelo E. Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento plenário do
Recurso Extraordinário n. 172.058/SC, quando foi definido que, em se tratando
de sócio-quotista de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, como é o
caso da Agravante, ter-se-á por indevida a retenção do ILL sobre os lucros
apurados no encerramento do período-base, quando a distribuição dos lucros não
for imediata” (fl. 441). Repisa a alegação de negativa de prestação
jurisdicional.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058504.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.654 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS
LTDA
ADV.(A/S)
:RICARDO MARIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra decisão por
mim proferida (fls. 423-35), mediante a qual foi negado provimento a seu
agravo em recurso extraordinário, maneja agravo regimental Rodobens
Administradora de Consórcios Ltda. (fls. 438-45).
A parte agravante insurge-se contra a decisão agravada, ao
argumento de que o acórdão recorrido se encontra em desacordo com a
jurisprudência firmada nesta Suprema Corte. Afirma não haver
necessidade de revisão das cláusulas contratuais e nem de reexame de
provas, mas apenas de sua devida valoração a partir das premissas
contidas no acórdão recorrido. Reitera, ainda, as alegações de mérito
deduzidas no recurso extraordinário, no sentido de que “o acórdão
recorrido foi na contramão da interpretação do artigo 35, da Lei n. 7713, dada
pelo E. Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento plenário do
Recurso Extraordinário n. 172.058/SC, quando foi definido que, em se tratando
de sócio-quotista de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, como é o
caso da Agravante, ter-se-á por indevida a retenção do ILL sobre os lucros
apurados no encerramento do período-base, quando a distribuição dos lucros não
for imediata” (fl. 441). Repisa a alegação de negativa de prestação
jurisdicional.
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. ROSA WEBER
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.654 SÃO PAULO
V O T O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência do
Tribunal Regional Federal da 3ª Região, maneja agravo de
instrumento Rodobens Administradora de Consórcios LTDA. O
óbice oposto na origem ao seguimento do extraordinário foi o
de ausência de prequestionamento da matéria constitucional,
bem como a inexistência de ofensa direta à Lei Maior,
necessário o reexame de cláusulas de contrato social (fls. 410-2).
Na minuta, sustenta o agravante que o recurso reúne todos os
requisitos para sua admissão, prequestionada a matéria
constitucional e desnecessária a análise do contrato social.
Insurge-se contra o óbice das Súmulas 279 e 454/STF. Requer a
nulidade do julgamento proferido nos embargos de declaração
por negativa de prestação jurisdicional e cerceamento de defesa.
O Tribunal a quo, pelo acórdão das fls. 255-61,
complementado às fls. 294-7, julgou improcedente o pedido de
afastar a aplicação do art. 35 da Lei nº 7.713/88, que determinou
a retenção do imposto de renda na fonte, calculado sobre o
lucro líquido apurado no encerramento do período-base do
IRPJ. No recurso extraordinário (fls. 331-45), interposto com
base no art. 102, III, a, da Lei Maior, a recorrente alega ofensa
aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, 93, IX, 146, III, a, e 153, III, da
Constituição Federal. Sustenta ter direito de reaver as quantias
indevidamente pagas a título de ILL, quer porque o seu contrato social
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.654 SÃO PAULO
V O T O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“Vistos etc.
Contra o juízo negativo de admissibilidade do recurso
extraordinário que interpôs, exarado pela Presidência do
Tribunal Regional Federal da 3ª Região, maneja agravo de
instrumento Rodobens Administradora de Consórcios LTDA. O
óbice oposto na origem ao seguimento do extraordinário foi o
de ausência de prequestionamento da matéria constitucional,
bem como a inexistência de ofensa direta à Lei Maior,
necessário o reexame de cláusulas de contrato social (fls. 410-2).
Na minuta, sustenta o agravante que o recurso reúne todos os
requisitos para sua admissão, prequestionada a matéria
constitucional e desnecessária a análise do contrato social.
Insurge-se contra o óbice das Súmulas 279 e 454/STF. Requer a
nulidade do julgamento proferido nos embargos de declaração
por negativa de prestação jurisdicional e cerceamento de defesa.
O Tribunal a quo, pelo acórdão das fls. 255-61,
complementado às fls. 294-7, julgou improcedente o pedido de
afastar a aplicação do art. 35 da Lei nº 7.713/88, que determinou
a retenção do imposto de renda na fonte, calculado sobre o
lucro líquido apurado no encerramento do período-base do
IRPJ. No recurso extraordinário (fls. 331-45), interposto com
base no art. 102, III, a, da Lei Maior, a recorrente alega ofensa
aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, 93, IX, 146, III, a, e 153, III, da
Constituição Federal. Sustenta ter direito de reaver as quantias
indevidamente pagas a título de ILL, quer porque o seu contrato social
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 20
Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 737.654 AGR / SP
não prevê a imediata disponibilidade dos lucros, impondo, antes,
deliberação social acerca da destinação destes, quer porque o
ordenamento jurídico tem disciplina diversa daquela contida na r.
sentença (fl. 333).
Contraminuta (fls. 417-8).
Substituição do Relator à fl. 421 (art. 38 do RISTF).
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Reproduzo o teor da decisão denegatória de seguimento
do recurso extraordinário, exarada na origem:
“9. Com efeito, as questões suscitadas pela parte
recorrente, consubstanciadas na alegada contrariedade ao
texto constitucional, não foram ventiladas no julgado
impugnado.
10. Incidência do óbice da Súmula 282 do colendo
Supremo Tribunal Federal, in verbis: ‘É INADMISSÍVEL O
RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO NÃO
VENTILADA, NA DECISÃO RECORRIDA, A QUESTÃO
FEDERAL SUSCITADA’.
11. De outro lado, ainda que assim não o fosse, no
caso em tela, resulta que no julgamento do R.E. n° 172.058,
Rel. Marco Aurélio, DJ 13.10.95, o Plenário do Supremo
Tribunal Federal por unanimidade de votos, conheceu do
recurso extraordinário para, ‘decidindo a questão
prejudicial da validade do artigo 35 da Lei n° 7.713/88,
declarar a inconstitucionalidade da alusão a ‘o acionista’, a
constitucionalidade das expressões ‘o titular de empresa
individual’ e ‘o sócio cotista’, salvo, no tocante a esta
última, quando, segundo ,o contrato social, não dependa
do assentimento de cada sócio a destinação do lucro
líquido a outra finalidade que não a de distribuição. No
mérito, deliberou dar provimento parcial ao recurso para
devolver o caso ao Tribunal ‘a quo’, a fim de que o decida,
conforme
o
julgamento
de
prejudicial
de
inconstitucionalidade e os atos relevantes do caso
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 737.654 AGR / SP
não prevê a imediata disponibilidade dos lucros, impondo, antes,
deliberação social acerca da destinação destes, quer porque o
ordenamento jurídico tem disciplina diversa daquela contida na r.
sentença (fl. 333).
Contraminuta (fls. 417-8).
Substituição do Relator à fl. 421 (art. 38 do RISTF).
É o relatório.
Decido.
Preenchidos os pressupostos extrínsecos.
Reproduzo o teor da decisão denegatória de seguimento
do recurso extraordinário, exarada na origem:
“9. Com efeito, as questões suscitadas pela parte
recorrente, consubstanciadas na alegada contrariedade ao
texto constitucional, não foram ventiladas no julgado
impugnado.
10. Incidência do óbice da Súmula 282 do colendo
Supremo Tribunal Federal, in verbis: ‘É INADMISSÍVEL O
RECURSO EXTRAORDINÁRIO, QUANDO NÃO
VENTILADA, NA DECISÃO RECORRIDA, A QUESTÃO
FEDERAL SUSCITADA’.
11. De outro lado, ainda que assim não o fosse, no
caso em tela, resulta que no julgamento do R.E. n° 172.058,
Rel. Marco Aurélio, DJ 13.10.95, o Plenário do Supremo
Tribunal Federal por unanimidade de votos, conheceu do
recurso extraordinário para, ‘decidindo a questão
prejudicial da validade do artigo 35 da Lei n° 7.713/88,
declarar a inconstitucionalidade da alusão a ‘o acionista’, a
constitucionalidade das expressões ‘o titular de empresa
individual’ e ‘o sócio cotista’, salvo, no tocante a esta
última, quando, segundo ,o contrato social, não dependa
do assentimento de cada sócio a destinação do lucro
líquido a outra finalidade que não a de distribuição. No
mérito, deliberou dar provimento parcial ao recurso para
devolver o caso ao Tribunal ‘a quo’, a fim de que o decida,
conforme
o
julgamento
de
prejudicial
de
inconstitucionalidade e os atos relevantes do caso
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 20
Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 737.654 AGR / SP
concreto’.
12. Com relação ao acionista de sociedades
anônimas, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a
norma do art. 35, da Lei 7.713/88, é inconstitucional, tendo
em vista que, em tais sociedades, a distribuição dos lucros
depende principalmente da manifestação da assembléia
geral, não decorrendo sua disponibilidade jurídica, pelo
acionista, da simples apuração do lucro líquido.
13. Portanto, além da
declaração
de
inconstitucionalidade do art. 35 da Lei 7.713/88, fixou-se o
entendimento de que ‘caberia aos Juízes e Tribunais, das
instâncias ordinárias, quando se tratar de sociedades por
quotas de responsabilidade limitada, a verificação, em
cada caso, sobre se o contrato social prevê a
disponibilidade imediata, pelo sócio-quotista, do lucro
líquido apurado na data do encerramento do período-
base, pois só em tal hipótese será possível conciliar-se,
quanto a essa espécie de sócio, o disposto no art. 146,111,
'a', da Constituição Federal, no artigo 43 do Código
Tributário Nacional e no art. 35 da lei n° 7.712, de
22.12.1988". (RE 177.301, Sydney Sanches, la T, DJ
25.10.1996).
14. Desse modo, procedendo o v. acórdão recorrido
ao exame das clausulas do contrato social, não cabe o
reexame da matéria pelo Excelso Pretório ante o
enunciado das Súmulas 279 e 454, in verbis: ‘IMPOSTO DE
RENDA. RETENÇÃO NA FONTE. SÓCIO COTISTA.
ART. 35 DA LEI 7.713/88. PRECEDENTE: RE 172.058. Ante
o enunciado da Súmula STF n° 279, não compete a esta
Corte reavaliar as provas dos autos, para desconstituir as
conclusões da instância de origem acerca de
disponibilidade econômica do lucro de uma empresa, para
fins de aplicação do art. 35 da Lei 7.713/88. Agravo
regimental improvido’.
(...)
15. Ante o exposto, NÃO ADMITO o presente
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 737.654 AGR / SP
concreto’.
12. Com relação ao acionista de sociedades
anônimas, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a
norma do art. 35, da Lei 7.713/88, é inconstitucional, tendo
em vista que, em tais sociedades, a distribuição dos lucros
depende principalmente da manifestação da assembléia
geral, não decorrendo sua disponibilidade jurídica, pelo
acionista, da simples apuração do lucro líquido.
13. Portanto, além da
declaração
de
inconstitucionalidade do art. 35 da Lei 7.713/88, fixou-se o
entendimento de que ‘caberia aos Juízes e Tribunais, das
instâncias ordinárias, quando se tratar de sociedades por
quotas de responsabilidade limitada, a verificação, em
cada caso, sobre se o contrato social prevê a
disponibilidade imediata, pelo sócio-quotista, do lucro
líquido apurado na data do encerramento do período-
base, pois só em tal hipótese será possível conciliar-se,
quanto a essa espécie de sócio, o disposto no art. 146,111,
'a', da Constituição Federal, no artigo 43 do Código
Tributário Nacional e no art. 35 da lei n° 7.712, de
22.12.1988". (RE 177.301, Sydney Sanches, la T, DJ
25.10.1996).
14. Desse modo, procedendo o v. acórdão recorrido
ao exame das clausulas do contrato social, não cabe o
reexame da matéria pelo Excelso Pretório ante o
enunciado das Súmulas 279 e 454, in verbis: ‘IMPOSTO DE
RENDA. RETENÇÃO NA FONTE. SÓCIO COTISTA.
ART. 35 DA LEI 7.713/88. PRECEDENTE: RE 172.058. Ante
o enunciado da Súmula STF n° 279, não compete a esta
Corte reavaliar as provas dos autos, para desconstituir as
conclusões da instância de origem acerca de
disponibilidade econômica do lucro de uma empresa, para
fins de aplicação do art. 35 da Lei 7.713/88. Agravo
regimental improvido’.
(...)
15. Ante o exposto, NÃO ADMITO o presente
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 20
Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 737.654 AGR / SP
recuso”(fls. 410-2).
Por seu turno, ao adequado enfrentamento da
controvérsia, transcrevo as razões de decidir adotadas pela
Corte de origem, quando do exame da apelação veiculada pelo
ora agravante:
“Trata-se de apelação em ação declaratória com o
objetivo de afastar o disposto no art. 35 da Lei nº 7.713/88,
que determinou a retenção do imposto de renda na fonte
sobre o lucro líquido apurado pelas pessoas jurídicas por
conta do encerramento do período-base, e a conseqüente
autorização para compensar o aludido indébito com
parcelas vincendas do IRPJ.
Destaca-se, na jurisprudência, o julgamento
proferido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no
RE nº 172.058, da relatoria do eminente Min. Marco
Aurélio e cuja decisão foi publicada no DJ de 13/10/95:
‘...
IMPOSTO DE RENDA – RETENÇÃO NA
FONTE – SÓCIO COTISTA. A norma insculpida no
artigo 35 da Lei nº 7.713/88 mostra-se harmônica com
a Constituição Federal quando o contrato social
prevê a disponibilidade econômica ou jurídica
imediata, pelos sócios, do lucro líquido apurado, na
data do encerramento do período-base.
Nesse caso, o citado artigo exsurge como
explicitação do fato gerador estabelecido no artigo 43
do Código Tributário Nacional, não cabendo dizer da
disciplina, de tal elemento do tributo, via legislação
ordinária. Interpretação da norma conforme o Texto
Maior.
IMPOSTO DE RENDA – RETENÇÃO NA
FONTE – ACIONISTA. O artigo 35 da Lei nº 7.713/88
é inconstitucional ao revelar como fato gerador do
imposto de renda na modalidade ‘desconto na fonte’,
relativamente aos acionistas, a simples apuração,
pela sociedade e na data do encerramento do
4
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 737.654 AGR / SP
recuso”(fls. 410-2).
Por seu turno, ao adequado enfrentamento da
controvérsia, transcrevo as razões de decidir adotadas pela
Corte de origem, quando do exame da apelação veiculada pelo
ora agravante:
“Trata-se de apelação em ação declaratória com o
objetivo de afastar o disposto no art. 35 da Lei nº 7.713/88,
que determinou a retenção do imposto de renda na fonte
sobre o lucro líquido apurado pelas pessoas jurídicas por
conta do encerramento do período-base, e a conseqüente
autorização para compensar o aludido indébito com
parcelas vincendas do IRPJ.
Destaca-se, na jurisprudência, o julgamento
proferido pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal no
RE nº 172.058, da relatoria do eminente Min. Marco
Aurélio e cuja decisão foi publicada no DJ de 13/10/95:
‘...
IMPOSTO DE RENDA – RETENÇÃO NA
FONTE – SÓCIO COTISTA. A norma insculpida no
artigo 35 da Lei nº 7.713/88 mostra-se harmônica com
a Constituição Federal quando o contrato social
prevê a disponibilidade econômica ou jurídica
imediata, pelos sócios, do lucro líquido apurado, na
data do encerramento do período-base.
Nesse caso, o citado artigo exsurge como
explicitação do fato gerador estabelecido no artigo 43
do Código Tributário Nacional, não cabendo dizer da
disciplina, de tal elemento do tributo, via legislação
ordinária. Interpretação da norma conforme o Texto
Maior.
IMPOSTO DE RENDA – RETENÇÃO NA
FONTE – ACIONISTA. O artigo 35 da Lei nº 7.713/88
é inconstitucional ao revelar como fato gerador do
imposto de renda na modalidade ‘desconto na fonte’,
relativamente aos acionistas, a simples apuração,
pela sociedade e na data do encerramento do
4
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 20
Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 737.654 AGR / SP
período-base, do lucro líquido, já que o fenômeno
não implica qualquer das espécies de
disponibilidade versadas no artigo 43 do Código
Tributário Nacional, isto diante da Lei nº 6.404/76.
IMPOSTO DE RENDA – RETENÇÃO NA
FONTE – TITULAR DE EMPRESA INDIVIDUAL. O
artigo 35 da Lei nº 7.713/88 encerra explicitação do
fato gerador, alusivo ao imposto de renda fixado no
artigo 43 do Código Tributário Nacional, mostrando-
se harmônico, no particular, com a Constituição
Federal. Apurado o lucro líquido da empresa, a
destinação fica ao sabor de manifestação de vontade
única, ou seja, do titular, fato a demonstrar a
disponibilidade jurídica.
Situação fática a conduzir à pertinência do
princípio da despersonalização.
...’
Do voto do eminente Ministro Marco Aurélio,
destaco o seguinte entendimento:
‘A conclusão a que se chega é que, na verdade, o
artigo 35 da Lei nº 7.713/88, ao desprezar a aquisição
da disponibilidade econômica ou jurídica como fato
gerador do imposto sobre a renda, acabou por trazer
à balha fato gerador diverso, ou seja, o
consubstanciado na simples apuração do lucro
líquido na data do encerramento do período-base.
Ao fazê-lo, mostrou-se distanciado da regra que
impõe, como veículo próprio à constituição quer de
fato gerador, quer de base de cálculo dos tributos
previstos na Carta Federal, a lei complementar.
Dir-se-á que, na espécie, a contribuinte é uma
sociedade por cotas de responsabilidade limitada.
Essa circunstância não altera o julgamento deste
recurso extraordinário. É que o vetusto e lacunoso
Decreto nº 3.708/19, ao regular a constituição de
sociedade por cotas de responsabilidade limitada,
5
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AI 737.654 AGR / SP
período-base, do lucro líquido, já que o fenômeno
não implica qualquer das espécies de
disponibilidade versadas no artigo 43 do Código
Tributário Nacional, isto diante da Lei nº 6.404/76.
IMPOSTO DE RENDA – RETENÇÃO NA
FONTE – TITULAR DE EMPRESA INDIVIDUAL. O
artigo 35 da Lei nº 7.713/88 encerra explicitação do
fato gerador, alusivo ao imposto de renda fixado no
artigo 43 do Código Tributário Nacional, mostrando-
se harmônico, no particular, com a Constituição
Federal. Apurado o lucro líquido da empresa, a
destinação fica ao sabor de manifestação de vontade
única, ou seja, do titular, fato a demonstrar a
disponibilidade jurídica.
Situação fática a conduzir à pertinência do
princípio da despersonalização.
...’
Do voto do eminente Ministro Marco Aurélio,
destaco o seguinte entendimento:
‘A conclusão a que se chega é que, na verdade, o
artigo 35 da Lei nº 7.713/88, ao desprezar a aquisição
da disponibilidade econômica ou jurídica como fato
gerador do imposto sobre a renda, acabou por trazer
à balha fato gerador diverso, ou seja, o
consubstanciado na simples apuração do lucro
líquido na data do encerramento do período-base.
Ao fazê-lo, mostrou-se distanciado da regra que
impõe, como veículo próprio à constituição quer de
fato gerador, quer de base de cálculo dos tributos
previstos na Carta Federal, a lei complementar.
Dir-se-á que, na espécie, a contribuinte é uma
sociedade por cotas de responsabilidade limitada.
Essa circunstância não altera o julgamento deste
recurso extraordinário. É que o vetusto e lacunoso
Decreto nº 3.708/19, ao regular a constituição de
sociedade por cotas de responsabilidade limitada,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 20
Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 737.654 AGR / SP
remete às normas das sociedades por ações: ‘serão
observadas quanto às sociedades por cotas de
responsabilidade limitada, no que não for regulado
no estatuto social e na parte aplicável, as disposições
da lei das sociedades anônimas’.
Relativamente às sociedades por quotas,
cumpre sempre perquirir, à luz do contrato social, a
disciplina do lucro líquido. Prevista a imediata
disponibilidade econômica ou mesmo jurídica ou,
ainda, definição diversa a exigir a manifestação de
vontade de todos os sócios, tem-se o fato gerador
fixado no artigo 43 do Código Tributário Nacional.
No caso, não se abre campo propício à aplicação da
Lei das Sociedades Anônimas, porque sempre
subsidiária, a depender do silêncio do contrato social
e da compatibilização ante as regras mínimas
constantes do Decreto 3.708/19.
Quanto ao titular de empresa individual, com a
apuração do lucro líquido, exsurge a
disponibilidade. É que a destinação depende
somente dele, titular, confundindo-se as vontades. O
quadro sugere a despersonalização.
Diante das premissas supra, concluo:
a - o artigo 35 da Lei nº 7.713/88 conflita com a
Carta Política, mais precisamente com o artigo 146,
III, a, no que diz respeito às sociedades anônimas e,
por isso, tenho como inconstitucional a expressão ‘o
acionista’ nele contida;
b - o artigo 35 da Lei nº 7.713/88 é harmônico
com a Carta, ao disciplinar o desconto do imposto de
renda na fonte em relação ao titular de empresa
individual, uma vez que o fato gerador está
compreendido na disposição do artigo 43 do Código
Tributário Nacional, recepcionado como lei
complementar;
c - o artigo 35 da Lei nº 7.713/88 guarda sintonia
6
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remete às normas das sociedades por ações: ‘serão
observadas quanto às sociedades por cotas de
responsabilidade limitada, no que não for regulado
no estatuto social e na parte aplicável, as disposições
da lei das sociedades anônimas’.
Relativamente às sociedades por quotas,
cumpre sempre perquirir, à luz do contrato social, a
disciplina do lucro líquido. Prevista a imediata
disponibilidade econômica ou mesmo jurídica ou,
ainda, definição diversa a exigir a manifestação de
vontade de todos os sócios, tem-se o fato gerador
fixado no artigo 43 do Código Tributário Nacional.
No caso, não se abre campo propício à aplicação da
Lei das Sociedades Anônimas, porque sempre
subsidiária, a depender do silêncio do contrato social
e da compatibilização ante as regras mínimas
constantes do Decreto 3.708/19.
Quanto ao titular de empresa individual, com a
apuração do lucro líquido, exsurge a
disponibilidade. É que a destinação depende
somente dele, titular, confundindo-se as vontades. O
quadro sugere a despersonalização.
Diante das premissas supra, concluo:
a - o artigo 35 da Lei nº 7.713/88 conflita com a
Carta Política, mais precisamente com o artigo 146,
III, a, no que diz respeito às sociedades anônimas e,
por isso, tenho como inconstitucional a expressão ‘o
acionista’ nele contida;
b - o artigo 35 da Lei nº 7.713/88 é harmônico
com a Carta, ao disciplinar o desconto do imposto de
renda na fonte em relação ao titular de empresa
individual, uma vez que o fato gerador está
compreendido na disposição do artigo 43 do Código
Tributário Nacional, recepcionado como lei
complementar;
c - o artigo 35 da Lei nº 7.713/88 guarda sintonia
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 20
Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 737.654 AGR / SP
com a Lei Básica Federal, na parte em que
disciplinada a situação do sócio cotista, quando o
contrato social encerra, por si só, a disponibilidade
imediata, quer econômica, quer jurídica, do lucro
líquido apurado. Caso a caso, cabe perquirir o
alcance respectivo.’
Assim, no julgamento parcialmente transcrito, o
Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu pela
validade do artigo 35 da lei nº 7.713/88 e declarou, ao
mesmo tempo, a inconstitucionalidade da alusão a ‘o
acionista’, a constitucionalidade das expressões ‘o
titular de empresa individual’ e ‘o sócio cotista’,
salvo quando, no contrato social relativo a este
último, a destinação do lucro líquido seja diversa da
distribuição e não dependa do assentimento de cada
sócio.
Entendo, portanto, desnecessária a discussão
acerca dos argumentos trazidos pelas partes, uma
vez que o entendimento supracitado vem sendo
sistematicamente reiterado nos julgamentos
proferidos pela Excelsa Corte – RE’s nºs: 177.301;
195.031; 198.135; 201.032; 202.404; 204.886; 213.094.
No caso em tela, se o contrato social da autora,
colacionado às fls. 150/156, prevê a divisão dos
lucros apurados no encerramento do exercício, à
evidência, já está configurada a disponibilidade
jurídica da renda para os sócios. De outra sorte,
ainda que o contrato social da apelante possibilite a
utilização dos lucros para o aumento do capital
social, tal deliberação estaria a depender do
consentimento de todos os sócios, tendo em vista a
inexistência de cláusula específica em sentido
diverso, donde também resta configurada a
disponibilidade dos sócios sobre os aludidos lucros.
Legítimas, portanto, as disposições do artigo 35 da
Lei nº 7.713/88.
7
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com a Lei Básica Federal, na parte em que
disciplinada a situação do sócio cotista, quando o
contrato social encerra, por si só, a disponibilidade
imediata, quer econômica, quer jurídica, do lucro
líquido apurado. Caso a caso, cabe perquirir o
alcance respectivo.’
Assim, no julgamento parcialmente transcrito, o
Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu pela
validade do artigo 35 da lei nº 7.713/88 e declarou, ao
mesmo tempo, a inconstitucionalidade da alusão a ‘o
acionista’, a constitucionalidade das expressões ‘o
titular de empresa individual’ e ‘o sócio cotista’,
salvo quando, no contrato social relativo a este
último, a destinação do lucro líquido seja diversa da
distribuição e não dependa do assentimento de cada
sócio.
Entendo, portanto, desnecessária a discussão
acerca dos argumentos trazidos pelas partes, uma
vez que o entendimento supracitado vem sendo
sistematicamente reiterado nos julgamentos
proferidos pela Excelsa Corte – RE’s nºs: 177.301;
195.031; 198.135; 201.032; 202.404; 204.886; 213.094.
No caso em tela, se o contrato social da autora,
colacionado às fls. 150/156, prevê a divisão dos
lucros apurados no encerramento do exercício, à
evidência, já está configurada a disponibilidade
jurídica da renda para os sócios. De outra sorte,
ainda que o contrato social da apelante possibilite a
utilização dos lucros para o aumento do capital
social, tal deliberação estaria a depender do
consentimento de todos os sócios, tendo em vista a
inexistência de cláusula específica em sentido
diverso, donde também resta configurada a
disponibilidade dos sócios sobre os aludidos lucros.
Legítimas, portanto, as disposições do artigo 35 da
Lei nº 7.713/88.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 20
Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 737.654 AGR / SP
Demais disso, se a controvérsia envolve tão-
somente a possibilidade de retenção do ILL por conta
dos resultados apurados no encerramento do
exercício, a postergação do acerto financeiro não é
fator determinante para impedir a incidência em
comento, pois a tributação sobre a renda reclama
unicamente a presença do acréscimo patrimonial
experimentado pelo contribuinte, quer pela
disponibilidade jurídica (virtual) quer pela
econômica (efetiva), sendo suficiente que o aludido
acréscimo passe a integrar o seu patrimônio jurídico,
ainda que efetivamente não tenha percebido os
referidos recursos financeiros.
Legitimada a incidência em comento, resta
prejudicado o exame das demais questões suscitadas
no recurso” (fls. 257-60).
Ao exame dos declaratórios, assim se manifestou a Corte
de origem:
O v. acórdão deixa consignado que se o contrato
social da autora prevê a divisão dos lucros apurados no
encerramento do exercício, à evidência, já está configurada
a disponibilidade jurídica da renda para os sócios, sendo
irrelevante que tenha ocorrido a efetiva distribuição desse
lucro ou mesmo a sua capitalização, pois, em ambas as
situações, tal destinação estaria a depender do
consentimento de todos os sócios, o que, por si, é
suficiente para caracterizar a aludida disponibilidade
jurídica dos sócios sobre tais valores.
Vale salientar que todas as matérias legais e
constitucionais necessárias ao enfrentamento da
controvérsia foram devidamente abordadas no julgado,
assim, ainda que para o efeito de prequestionar, não há
justificativa plausível para a oposição dos presentes
embargos.
Na realidade, o suposto vício se resume tão-somente
na divergência entre a argumentação contida no julgado e
8
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Demais disso, se a controvérsia envolve tão-
somente a possibilidade de retenção do ILL por conta
dos resultados apurados no encerramento do
exercício, a postergação do acerto financeiro não é
fator determinante para impedir a incidência em
comento, pois a tributação sobre a renda reclama
unicamente a presença do acréscimo patrimonial
experimentado pelo contribuinte, quer pela
disponibilidade jurídica (virtual) quer pela
econômica (efetiva), sendo suficiente que o aludido
acréscimo passe a integrar o seu patrimônio jurídico,
ainda que efetivamente não tenha percebido os
referidos recursos financeiros.
Legitimada a incidência em comento, resta
prejudicado o exame das demais questões suscitadas
no recurso” (fls. 257-60).
Ao exame dos declaratórios, assim se manifestou a Corte
de origem:
O v. acórdão deixa consignado que se o contrato
social da autora prevê a divisão dos lucros apurados no
encerramento do exercício, à evidência, já está configurada
a disponibilidade jurídica da renda para os sócios, sendo
irrelevante que tenha ocorrido a efetiva distribuição desse
lucro ou mesmo a sua capitalização, pois, em ambas as
situações, tal destinação estaria a depender do
consentimento de todos os sócios, o que, por si, é
suficiente para caracterizar a aludida disponibilidade
jurídica dos sócios sobre tais valores.
Vale salientar que todas as matérias legais e
constitucionais necessárias ao enfrentamento da
controvérsia foram devidamente abordadas no julgado,
assim, ainda que para o efeito de prequestionar, não há
justificativa plausível para a oposição dos presentes
embargos.
Na realidade, o suposto vício se resume tão-somente
na divergência entre a argumentação contida no julgado e
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 20
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AI 737.654 AGR / SP
a desenvolvida pela embargante, configurando o caráter
infringente do recurso. Portanto, se o objetivo é a
modificação do julgado, deve a embargante buscá-lo pela
via apropriada.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração”.
(fl. 296)
Nada colhe o agravo.
Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na
origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o
vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional
arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de
correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde
com vício ao primado da fundamentação, notadamente
consabido a disparidade entre o resultado do julgamento e a
expectativa da parte não sugestiona lesão a norma do texto
republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:
“Fundamentação do acórdão recorrido.
Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da
CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões
suficientes, embora contrárias à tese da recorrente”
(AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ
05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator
Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09).
“Omissão. Inexistência. O magistrado não está
obrigado a responder todos os fundamentos
alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98.
Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com
respaldo em fundamentos adequados, inexistindo
omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou
entendimento no sentido de que o magistrado não
está vinculado pelo dever de responder todo s os
fundamentos alegados pela parte recorrente.
Precedentes. Esta Corte afastou a suposta
inconstitucionalidade das alterações introduzidas
pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da
contribuição para o PIS mediante a edição de medida
9
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a desenvolvida pela embargante, configurando o caráter
infringente do recurso. Portanto, se o objetivo é a
modificação do julgado, deve a embargante buscá-lo pela
via apropriada.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração”.
(fl. 296)
Nada colhe o agravo.
Da leitura dos fundamentos do acórdão prolatado na
origem, constato explicitados os motivos de decidir, a afastar o
vício da nulidade por negativa de prestação jurisdicional
arguido. Destaco que, no âmbito técnico-processual, o grau de
correção do juízo de valor emitido na origem não se confunde
com vício ao primado da fundamentação, notadamente
consabido a disparidade entre o resultado do julgamento e a
expectativa da parte não sugestiona lesão a norma do texto
republicano. Precedentes desta Suprema Corte na matéria:
“Fundamentação do acórdão recorrido.
Existência. Não há falar em ofensa ao art. 93, IX, da
CF, quando o acórdão impugnado tenha dado razões
suficientes, embora contrárias à tese da recorrente”
(AI 426.981-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, DJ
05.11.04; no mesmo sentido: AI 611.406-AgR, Relator
Ministro Carlos Britto, DJE 20.02.09).
“Omissão. Inexistência. O magistrado não está
obrigado a responder todos os fundamentos
alegados pelo recorrente. PIS. Lei n. 9.715/98.
Constitucionalidade. A controvérsia foi decidida com
respaldo em fundamentos adequados, inexistindo
omissão a ser suprida. Este Tribunal fixou
entendimento no sentido de que o magistrado não
está vinculado pelo dever de responder todo s os
fundamentos alegados pela parte recorrente.
Precedentes. Esta Corte afastou a suposta
inconstitucionalidade das alterações introduzidas
pela Lei n. 9.715/98, admitindo a majoração da
contribuição para o PIS mediante a edição de medida
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provisória. Precedentes” (RE 511.581-AgR, Relator
Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08).
“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é
que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a
fundamentação seja correta, na solução das questões
de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado
as premissas, corretamente assentadas ou não, mas
coerentes com o dispositivo do acórdão, está
satisfeita a exigência constitucional” (AI 402.819-
AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ
05.9.03).
O exame de eventual ofensa aos incisos XXXV, LIV e LV,
do art. 5º da Constituição da República os quais consagram os
princípios da prestação jurisdicional, do devido processo legal,
do contraditório e da ampla defesa demanda, em primeiro
plano, a interpretação das normas infraconstitucionais
aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria
indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, ‘a’, da Lei
Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio
Supremo Tribunal Federal, verbis:
"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV
e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes
de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa
constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279.
Agravo regimental não provido. É pacífica a
jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar,
em recurso extraordinário, alegação de ofensa que,
irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até,
inobservância de normas infraconstitucionais, seria
apenas indireta à Constituição da República, e, muito
menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-
495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma,
DJ 05.8.2005).
"EMENTA:
Recurso
extraordinário:
descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal
10
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provisória. Precedentes” (RE 511.581-AgR, Relator
Ministro Eros Grau, DJE 15.8.08).
“O que a Constituição exige, no art. 93, IX, é
que a decisão judicial seja fundamentada; não, que a
fundamentação seja correta, na solução das questões
de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado
as premissas, corretamente assentadas ou não, mas
coerentes com o dispositivo do acórdão, está
satisfeita a exigência constitucional” (AI 402.819-
AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, DJ
05.9.03).
O exame de eventual ofensa aos incisos XXXV, LIV e LV,
do art. 5º da Constituição da República os quais consagram os
princípios da prestação jurisdicional, do devido processo legal,
do contraditório e da ampla defesa demanda, em primeiro
plano, a interpretação das normas infraconstitucionais
aplicáveis à espécie, de tal modo que, se afronta ocorresse, seria
indireta, o que não atende à exigência do art. 102, III, ‘a’, da Lei
Maior, nos termos da remansosa jurisprudência deste egrégio
Supremo Tribunal Federal, verbis:
"RECURSO. Extraordinário. Inadmissibilidade.
Alegação de ofensa ao art. 5º, XXII, XXIII, XXIV, LIV
e LV, da Constituição Federal. Violações dependentes
de reexame prévio de normas inferiores. Ofensa
constitucional indireta. Matéria fática. Súmula 279.
Agravo regimental não provido. É pacífica a
jurisprudência desta Corte, no sentido de não tolerar,
em recurso extraordinário, alegação de ofensa que,
irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até,
inobservância de normas infraconstitucionais, seria
apenas indireta à Constituição da República, e, muito
menos, de reexame de provas" (STF-AI-AgR-
495.880/SP, Relator Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma,
DJ 05.8.2005).
"EMENTA:
Recurso
extraordinário:
descabimento: acórdão recorrido, do Tribunal
10
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Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de
legislação infraconstitucional: alegada violação ao
texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou
indireta; ausência de negativa de prestação
jurisdicional ou de defesa aos princípios
compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93,
IX, da Constituição Federal" (STF-AI-AgR-
436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª
Turma, DJ 17.6.2005).
"EMENTA: CONSTITUCIONAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À
C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao
Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a
vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal
operação,
interpreta
razoavelmente
ou
desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da
legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional.
II. - Decisão contrária ao interesse da parte não
configura negativa de prestação jurisdicional (C.F.,
art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto,
da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se
no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de
ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e
LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta,
reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas
processuais. E a ofensa a preceito constitucional que
autoriza a admissão do recurso extraordinário é a
ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-
RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso,
2ª Turma, DJ 20.9.2002).
Nesse mesmo sentido: ARE 648.961-AgR/SP, Rel. Min.
Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 1º.12.2011; ARE 652.638-AgR/GO,
Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 1º.12.2011; ARE 642.062-
AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 19.8.2011; ARE
657.378-AgR/SP, Rel. Min. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª
Turma, DJe 16.11.2011.
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AI 737.654 AGR / SP
Superior do Trabalho, que decidiu a questão à luz de
legislação infraconstitucional: alegada violação ao
texto constitucional que, se ocorresse, seria reflexa ou
indireta; ausência de negativa de prestação
jurisdicional ou de defesa aos princípios
compreendidos nos arts. 5º, II, XXXV, LIV e LV e 93,
IX, da Constituição Federal" (STF-AI-AgR-
436.911/SE, Relator Ministro Sepúlveda Pertence, 1ª
Turma, DJ 17.6.2005).
"EMENTA: CONSTITUCIONAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE OFENSA À
C.F., art. 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV. I. - Ao
Judiciário cabe, no conflito de interesses, fazer valer a
vontade concreta da lei, interpretando-a. Se, em tal
operação,
interpreta
razoavelmente
ou
desarrazoadamente a lei, a questão fica no campo da
legalidade, inocorrendo o contencioso constitucional.
II. - Decisão contrária ao interesse da parte não
configura negativa de prestação jurisdicional (C.F.,
art. 5º, XXXV). III. - A verificação, no caso concreto,
da existência, ou não, do direito adquirido, situa-se
no campo infraconstitucional. IV. - Alegação de
ofensa ao devido processo legal: C.F., art. 5º, LIV e
LV: se ofensa tivesse havido, seria ela indireta,
reflexa, dado que a ofensa direta seria a normas
processuais. E a ofensa a preceito constitucional que
autoriza a admissão do recurso extraordinário é a
ofensa direta, frontal. V. - Agravo não provido" (STF-
RE-AgR-154.158/SP, Relator Ministro Carlos Velloso,
2ª Turma, DJ 20.9.2002).
Nesse mesmo sentido: ARE 648.961-AgR/SP, Rel. Min.
Dias Toffoli, 1ª Turma, DJe 1º.12.2011; ARE 652.638-AgR/GO,
Rel. Min. Luiz Fux, 1ª Turma, DJe 1º.12.2011; ARE 642.062-
AgR/RJ, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJe 19.8.2011; ARE
657.378-AgR/SP, Rel. Min. Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 2ª
Turma, DJe 16.11.2011.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 737.654 AGR / SP
Quanto à alegada violação dos arts. 146, III, a, e 153, III, da
CF/88, constato a harmonia entre o acórdão recorrido e a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que, no
julgamento do RE 172.058/SC, Rel. Min. Marco Aurélio,
Plenário, DJ 13.10.95, decidiu pela constitucionalidade do art. 35
da Lei 7.713/88, salvo quando o contrato social preveja,
independentemente do assentimento de cada sócio, a
destinação do lucro líquido a outra finalidade que não a de
distribuição entre os sócios. Veja-se a ementa na parte que
interessa:
‘IMPOSTO DE RENDA RETENÇÃO NA FONTE
SÓCIO COTISTA. A norma insculpida no artigo 35 da Lei
nº 7.713/88 mostra-se harmônica com a Constituição
Federal quando o contrato social prevê a disponibilidade
econômica ou jurídica imediata, pelos sócios, do lucro
líquido apurado, na data do encerramento do período-
base. Nesse caso, o citado artigo exsurge como
explicitação do fato gerador estabelecido no artigo 43 do
Código Tributário Nacional, não cabendo dizer da
disciplina, de tal elemento do tributo, via legislação
ordinária. Interpretação da norma conforme o Texto
Maior’.
Para melhor ilustrar a questão, transcrevo trechos do voto
condutor desse acórdão:
‘Relativamente às sociedades por quotas, cumpre
sempre perquirir, à luz do contrato social, a disciplina do
lucro líquido. Prevista a imediata disponibilidade
econômica ou mesmo jurídica ou, ainda, definição diversa
a exigir a manifestação de vontade de todos os sócios, tem-
se o fato gerador fixado no artigo 43 do Código Tributário
Nacional.
(...)
c) o artigo 35 da Lei nº 7.713/88 guarda sintonia com
a Lei Básica Federal, na parte em que disciplinada a
situação do sócio cotista, quando o contrato social encerra,
por si só, a disponibilidade imediata, quer econômica,
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Quanto à alegada violação dos arts. 146, III, a, e 153, III, da
CF/88, constato a harmonia entre o acórdão recorrido e a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que, no
julgamento do RE 172.058/SC, Rel. Min. Marco Aurélio,
Plenário, DJ 13.10.95, decidiu pela constitucionalidade do art. 35
da Lei 7.713/88, salvo quando o contrato social preveja,
independentemente do assentimento de cada sócio, a
destinação do lucro líquido a outra finalidade que não a de
distribuição entre os sócios. Veja-se a ementa na parte que
interessa:
‘IMPOSTO DE RENDA RETENÇÃO NA FONTE
SÓCIO COTISTA. A norma insculpida no artigo 35 da Lei
nº 7.713/88 mostra-se harmônica com a Constituição
Federal quando o contrato social prevê a disponibilidade
econômica ou jurídica imediata, pelos sócios, do lucro
líquido apurado, na data do encerramento do período-
base. Nesse caso, o citado artigo exsurge como
explicitação do fato gerador estabelecido no artigo 43 do
Código Tributário Nacional, não cabendo dizer da
disciplina, de tal elemento do tributo, via legislação
ordinária. Interpretação da norma conforme o Texto
Maior’.
Para melhor ilustrar a questão, transcrevo trechos do voto
condutor desse acórdão:
‘Relativamente às sociedades por quotas, cumpre
sempre perquirir, à luz do contrato social, a disciplina do
lucro líquido. Prevista a imediata disponibilidade
econômica ou mesmo jurídica ou, ainda, definição diversa
a exigir a manifestação de vontade de todos os sócios, tem-
se o fato gerador fixado no artigo 43 do Código Tributário
Nacional.
(...)
c) o artigo 35 da Lei nº 7.713/88 guarda sintonia com
a Lei Básica Federal, na parte em que disciplinada a
situação do sócio cotista, quando o contrato social encerra,
por si só, a disponibilidade imediata, quer econômica,
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Voto - MIN. ROSA WEBER
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quer jurídica, do lucro líquido apurado. Caso a caso, cabe
perquirir o alcance respectivo’.
A Corte de origem concluiu pela aplicação do artigo 35 da
Lei 7.713/88 em virtude da previsão contratual da divisão dos
lucros apurados no encerramento do exercício. Veja-se:
‘No caso em tela, se o contrato social da autora,
colacionado às fls. 150/156, prevê a divisão dos lucros
apurados no encerramento do exercício, à evidência, já
está configurada a disponibilidade jurídica da renda para
os sócios. De outra sorte, ainda que o contrato social da
apelante possibilite a utilização dos lucros para o aumento
do capital social, tal deliberação estaria a depender do
consentimento de todos os sócios, tendo em vista a
inexistência de cláusula específica em sentido diverso,
donde também resta configurada a disponibilidade dos
sócios sobre os aludidos lucros. Legítimas, portanto, as
disposições do artigo 35 da Lei nº 7.713/88’ (fl. 259).
Rever essa posição, para verificar a destinação do lucro
líquido e determinar o afastamento do art. 35 da Lei 7.713/88,
implicaria o reexame de cláusulas contratuais, o que torna
oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de
viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Aplicável,
na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido na Súmula
STF/454: ‘Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá
lugar a recurso extraordinário’. Nesse sentido: AI 807.699-AgR/SP,
rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 18.3.2011; e RE 591.518-
AgR/CE, Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJe 24.10.2008, este último
assim ementado:
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE
RENDA. LUCRO LÍQUIDO. ARTIGO 35 DA LEI N.
7.713/88.
1. Constitucionalidade das expressões ‘o titular
de empresa individual’ e ‘o sócio cotista’, exceto, no
tocante a esta última, quando, segundo o contrato
social, a destinação do lucro líquido a outra
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quer jurídica, do lucro líquido apurado. Caso a caso, cabe
perquirir o alcance respectivo’.
A Corte de origem concluiu pela aplicação do artigo 35 da
Lei 7.713/88 em virtude da previsão contratual da divisão dos
lucros apurados no encerramento do exercício. Veja-se:
‘No caso em tela, se o contrato social da autora,
colacionado às fls. 150/156, prevê a divisão dos lucros
apurados no encerramento do exercício, à evidência, já
está configurada a disponibilidade jurídica da renda para
os sócios. De outra sorte, ainda que o contrato social da
apelante possibilite a utilização dos lucros para o aumento
do capital social, tal deliberação estaria a depender do
consentimento de todos os sócios, tendo em vista a
inexistência de cláusula específica em sentido diverso,
donde também resta configurada a disponibilidade dos
sócios sobre os aludidos lucros. Legítimas, portanto, as
disposições do artigo 35 da Lei nº 7.713/88’ (fl. 259).
Rever essa posição, para verificar a destinação do lucro
líquido e determinar o afastamento do art. 35 da Lei 7.713/88,
implicaria o reexame de cláusulas contratuais, o que torna
oblíqua e reflexa eventual ofensa, insuscetível, portanto, de
viabilizar o conhecimento do recurso extraordinário. Aplicável,
na hipótese, o entendimento jurisprudencial vertido na Súmula
STF/454: ‘Simples interpretação de cláusulas contratuais não dá
lugar a recurso extraordinário’. Nesse sentido: AI 807.699-AgR/SP,
rel. Min. Cármen Lúcia, 1ª Turma, DJe 18.3.2011; e RE 591.518-
AgR/CE, Min. Eros Grau, 2ª Turma, DJe 24.10.2008, este último
assim ementado:
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSTO DE
RENDA. LUCRO LÍQUIDO. ARTIGO 35 DA LEI N.
7.713/88.
1. Constitucionalidade das expressões ‘o titular
de empresa individual’ e ‘o sócio cotista’, exceto, no
tocante a esta última, quando, segundo o contrato
social, a destinação do lucro líquido a outra
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finalidade que não a de distribuição não dependa do
assentimento de cada sócio. Precedentes.
2. Entendimento diverso do adotado pelo
acórdão recorrido quanto à ocorrência ou não de
efetiva distribuição do lucro líquido aos sócios da
empresa implicaria, necessariamente, o reexame dos
fatos e provas e das cláusulas contratuais que o
orientaram. Óbice das Súmulas nº s. 279 e 454 do
STF. Precedentes.
Agravo regimental a que se nega provimento”.
Nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art.
557, caput). ” (Fls. 423-35)
Irrepreensível a decisão agravada.
Todas as alegações da agravante restaram analisadas e devidamente
fundamentadas na ausência de negativa de prestação jurisdicional e na
inviabilidade do reexame de cláusulas contratuais e da legislação
infraconstitucional em sede extraordinária.
Para elucidar esse fato, transcrevo trecho do acórdão que, ao julgar
os embargos de declaração na apelação cível, assinalou o enfrentamento
de todas as questões necessárias à solução da controvérsia, nestes termos:
“O v. acórdão deixa consignado que se o contrato social da
autora prevê a divisão dos lucros apurados no encerramento do
exercício, à evidência, já está configurada a disponibilidade
jurídica da renda para os sócios, sendo irrelevante que tenha
ocorrido a efetiva distribuição desse lucro ou mesmo a sua
capitalização, pois, em ambas as situações, tal destinação estaria
a depender do consentimento de todos os sócios, o que, por si, é
suficiente para caracterizar a aludida disponibilidade jurídica
dos sócios sobre tais valores.
Vale salientar que todas as matérias legais e
constitucionais necessárias ao enfrentamento da controvérsia
foram devidamente abordadas no julgado, assim, ainda que
para o efeito de prequestionar, não há justificativa plausível
para a oposição dos presentes embargos.
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finalidade que não a de distribuição não dependa do
assentimento de cada sócio. Precedentes.
2. Entendimento diverso do adotado pelo
acórdão recorrido quanto à ocorrência ou não de
efetiva distribuição do lucro líquido aos sócios da
empresa implicaria, necessariamente, o reexame dos
fatos e provas e das cláusulas contratuais que o
orientaram. Óbice das Súmulas nº s. 279 e 454 do
STF. Precedentes.
Agravo regimental a que se nega provimento”.
Nego seguimento ao agravo de instrumento (CPC, art.
557, caput). ” (Fls. 423-35)
Irrepreensível a decisão agravada.
Todas as alegações da agravante restaram analisadas e devidamente
fundamentadas na ausência de negativa de prestação jurisdicional e na
inviabilidade do reexame de cláusulas contratuais e da legislação
infraconstitucional em sede extraordinária.
Para elucidar esse fato, transcrevo trecho do acórdão que, ao julgar
os embargos de declaração na apelação cível, assinalou o enfrentamento
de todas as questões necessárias à solução da controvérsia, nestes termos:
“O v. acórdão deixa consignado que se o contrato social da
autora prevê a divisão dos lucros apurados no encerramento do
exercício, à evidência, já está configurada a disponibilidade
jurídica da renda para os sócios, sendo irrelevante que tenha
ocorrido a efetiva distribuição desse lucro ou mesmo a sua
capitalização, pois, em ambas as situações, tal destinação estaria
a depender do consentimento de todos os sócios, o que, por si, é
suficiente para caracterizar a aludida disponibilidade jurídica
dos sócios sobre tais valores.
Vale salientar que todas as matérias legais e
constitucionais necessárias ao enfrentamento da controvérsia
foram devidamente abordadas no julgado, assim, ainda que
para o efeito de prequestionar, não há justificativa plausível
para a oposição dos presentes embargos.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
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Na realidade, o suposto vício se resume tão-somente na
divergência entre a argumentação contida no julgado e a
desenvolvida pela embargante, configurando o caráter
infringente do recurso. Portanto, se o objetivo é a modificação
do julgado, deve a embargante buscá-lo pela via apropriada.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração” (fl.
296).
Ressalto que o Tribunal a quo, com base nas cláusulas do contrato
social da empresa e na legislação infraconstitucional, concluiu pela
legitimidade da aplicação do art. 35 da Lei 7.713/1988 ao caso concreto,
com base em precedentes desta Suprema Corte. E verificar a efetiva
disponibilidade, no regramento societário da empresa recorrente, sobre o
lucro líquido ao término do período-base não prescinde do revolvimento
das cláusulas contratuais.
A propósito, destaco do voto condutor do acórdão recorrido (fl. 632):
“o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu pela
validade do artigo 35 da lei nº 7.713/88 e declarou, ao mesmo
tempo, a inconstitucionalidade da alusão a ‘o acionista’, a
constitucionalidade das expressões ‘o titular de empresa
individual’ e ‘o sócio cotista’, salvo quando, no contrato social
relativo a este último, a destinação do lucro líquido seja diversa
da distribuição e não dependa do assentimento de cada sócio.
Entendo, portanto, desnecessária a discussão acerca dos
argumentos trazidos pelas partes, uma vez que o entendimento
supracitado vem sendo sistematicamente reiterado nos
julgamentos proferidos pela Excelsa Corte – REs nºs: 177.301;
195.031; 198.135; 201.032; 202.404; 204.886; 213.094.
No caso em tela, se o contrato social da autora,
colacionado às fls. 150/156, prevê a divisão dos lucros apurados
no encerramento do exercício, à evidência, já está configurada a
disponibilidade jurídica da renda para os sócios. De outra sorte,
ainda que o contrato social da apelante possibilite a utilização
dos lucros para o aumento do capital social, tal deliberação
estaria a depender do consentimento de todos os sócios, tendo
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AI 737.654 AGR / SP
Na realidade, o suposto vício se resume tão-somente na
divergência entre a argumentação contida no julgado e a
desenvolvida pela embargante, configurando o caráter
infringente do recurso. Portanto, se o objetivo é a modificação
do julgado, deve a embargante buscá-lo pela via apropriada.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração” (fl.
296).
Ressalto que o Tribunal a quo, com base nas cláusulas do contrato
social da empresa e na legislação infraconstitucional, concluiu pela
legitimidade da aplicação do art. 35 da Lei 7.713/1988 ao caso concreto,
com base em precedentes desta Suprema Corte. E verificar a efetiva
disponibilidade, no regramento societário da empresa recorrente, sobre o
lucro líquido ao término do período-base não prescinde do revolvimento
das cláusulas contratuais.
A propósito, destaco do voto condutor do acórdão recorrido (fl. 632):
“o Plenário do Supremo Tribunal Federal decidiu pela
validade do artigo 35 da lei nº 7.713/88 e declarou, ao mesmo
tempo, a inconstitucionalidade da alusão a ‘o acionista’, a
constitucionalidade das expressões ‘o titular de empresa
individual’ e ‘o sócio cotista’, salvo quando, no contrato social
relativo a este último, a destinação do lucro líquido seja diversa
da distribuição e não dependa do assentimento de cada sócio.
Entendo, portanto, desnecessária a discussão acerca dos
argumentos trazidos pelas partes, uma vez que o entendimento
supracitado vem sendo sistematicamente reiterado nos
julgamentos proferidos pela Excelsa Corte – REs nºs: 177.301;
195.031; 198.135; 201.032; 202.404; 204.886; 213.094.
No caso em tela, se o contrato social da autora,
colacionado às fls. 150/156, prevê a divisão dos lucros apurados
no encerramento do exercício, à evidência, já está configurada a
disponibilidade jurídica da renda para os sócios. De outra sorte,
ainda que o contrato social da apelante possibilite a utilização
dos lucros para o aumento do capital social, tal deliberação
estaria a depender do consentimento de todos os sócios, tendo
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Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 737.654 AGR / SP
em vista a inexistência de cláusula específica em sentido
diverso, donde também resta configurada a disponibilidade dos
sócios sobre os aludidos lucros. Legítimas, portanto, as
disposições do artigo 35 da Lei nº 7.713/88.
Demais disso, se a controvérsia envolve tão-somente a
possibilidade de retenção do ILL por conta dos resultados
apurados no encerramento do exercício, a postergação do
acerto financeiro não é fator determinante para impedir a
incidência em comento, pois a tributação sobre a renda reclama
unicamente a presença do acréscimo patrimonial
experimentado pelo contribuinte, quer pela disponibilidade
jurídica (virtual) quer pela econômica (efetiva), sendo suficiente
que o aludido acréscimo passe a integrar o seu patrimônio
jurídico, ainda que efetivamente não tenha percebido os
referidos recursos financeiros” (fls. 257-60).
Nesse contexto, as razões do agravo regimental não são aptas a
infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente
no que se refere ao caráter infraconstitucional e probatório do debate, a
inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
16
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em vista a inexistência de cláusula específica em sentido
diverso, donde também resta configurada a disponibilidade dos
sócios sobre os aludidos lucros. Legítimas, portanto, as
disposições do artigo 35 da Lei nº 7.713/88.
Demais disso, se a controvérsia envolve tão-somente a
possibilidade de retenção do ILL por conta dos resultados
apurados no encerramento do exercício, a postergação do
acerto financeiro não é fator determinante para impedir a
incidência em comento, pois a tributação sobre a renda reclama
unicamente a presença do acréscimo patrimonial
experimentado pelo contribuinte, quer pela disponibilidade
jurídica (virtual) quer pela econômica (efetiva), sendo suficiente
que o aludido acréscimo passe a integrar o seu patrimônio
jurídico, ainda que efetivamente não tenha percebido os
referidos recursos financeiros” (fls. 257-60).
Nesse contexto, as razões do agravo regimental não são aptas a
infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente
no que se refere ao caráter infraconstitucional e probatório do debate, a
inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.
16
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.654 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – São servidores da
extinta Caixa, e houve, simplesmente, a preservação do direito.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Isso.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas a situação desses
aproveitados da Caixa é diversa.
Por isso, acompanho Vossa Excelência.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.654 SÃO PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – São servidores da
extinta Caixa, e houve, simplesmente, a preservação do direito.
A SENHORA MINISTRA ROSA WEBER - Isso.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Mas a situação desses
aproveitados da Caixa é diversa.
Por isso, acompanho Vossa Excelência.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 20
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.654
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA
ADV.(A/S) : RICARDO MARIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 737.654
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA
ADV.(A/S) : RICARDO MARIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 20 de 20
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164250 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE O LUCRO LÍQUIDO. SOCIEDADE POR QUOTAS DE RESPONSABILIDADE LIMITADA. CONTRATO SOCIAL. LUCRO. DISPONIBILIDADE. LEI 7.713/1988, ART. 35. IMPOSSIBILIDADE DE REAPRECIAÇÃO DE PROVAS E CLÁUSULAS CONTRATUAIS. SÚMULAS STF 279 E 454.
As razões do agravo regimental não são aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão agravada, mormente no que se refere à indispensabilidade do reexame de fatos e cláusulas contratuais, a inviabilizar o trânsito do recurso extraordinário.
Agravo regimental conhecido e não provido. | sjur220918 | Número de páginas: 20.
Análise: 19/12/2012, MJC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 737654 | [
"LEG-FED LEI-007713 ANO-1988\r\n ART-00035 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000454 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 737654 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : RICARDO MARIZ DE OLIVEIRA E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA
ADV.(A/S) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 654",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 654",
"Recurso Extraordinário n . 172 . 058 / SC",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 654",
"Recurso Extraordinário n . 172 . 058 / SC",
"Súmulas 279",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 654",
"Súmulas 279 e 454 / STF",
"Súmula 282 do colendo Supremo Tribunal Federal",
"R",
".",
"E",
". n° 172 . 058",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"Súmula 282 do colendo Supremo Tribunal Federal",
"R",
".",
"E",
". n° 172 . 058",
"AI 737 . 654",
"RE 177 . 301",
"RE 172 . 058",
"Súmula STF n° 279",
"AI 737 . 654 AGR",
"RE 177 . 301",
"RE 172 . 058",
"Súmula STF n° 279",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"RE [UNK] 172 . 058",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"RE [UNK] 172 . 058",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"RE",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"RE",
"’",
"s [UNK] : 177 . 301",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"AI 426 . 981 - AgR",
"AI 611 . 406 - AgR",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"AI 426 . 981 - AgR",
"AI 611 . 406 - AgR",
"AI 737 . 654",
"RE 511 . 581 - AgR",
"AI 402 . 819 - AgR",
"STF",
"-",
"AI -",
"AgR -",
"495 . 880 / SP",
"AI 737 . 654 AGR",
"RE 511 . 581 - AgR",
"AI 402 . 819 - AgR",
"RECURSO",
"STF",
"-",
"AI",
"-",
"AgR",
"-",
"495",
".",
"880",
"/",
"SP",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"STF",
"-",
"AI",
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"AgR",
"-",
"436",
".",
"911",
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"SE",
"STF",
"-",
"RE",
"-",
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"-",
"154 . 158 / SP",
"ARE 648 . 961 - AgR / SP",
"ARE 652 . 638 - AgR / GO",
"ARE 642 . 062 - AgR / RJ",
"ARE 657 . 378 - AgR / SP",
"AI 737 . 654 AGR / SP Superior do Trabalho",
"STF",
"-",
"AI",
"-",
"AgR",
"-",
"436",
".",
"911",
"/",
"SE",
"STF",
"-",
"RE",
"-",
"AgR",
"-",
"154",
".",
"158",
"/",
"SP",
"ARE 648 . 961 - AgR / SP",
"ARE 652 . 638 - AgR / GO",
"ARE 642 . 062",
"-",
"AgR",
"/",
"RJ",
"ARE 657 . 378 - AgR / SP",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"RE 172 . 058 / SC",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"RE 172 . 058 / SC",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
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"AI 807 . 699 - AgR / SP",
"RE 591 . 518 - AgR / CE",
"AI 737 . 654",
"Súmula STF / 454",
"AI 807 . 699 - AgR / SP",
"RE 591 . 518 - AgR / CE",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"Súmulas [UNK] s . 279 e 454 do STF",
"AI 737 . 654 AGR",
"Súmulas [UNK] s . 279 e 454 do STF",
"AI 737",
"REs [UNK] : 177 . 301",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"REs [UNK] : 177 . 301",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"AI 737 . 654 AGR / SP",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 654",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 654",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 737 . 654"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI 7 . 713 / 1988 , ART . 35",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 35 , da Lei n . 7713",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 35 , da Lei n . 7713",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Maior",
"art . 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"art . 102 , III , a , da Lei Maior",
"arts . [UNK] , XXXV , LIV e LV , 93 , IX , 146 , III , a , e 153 , III , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Maior",
"art . 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"art . 102 , III , a , da Lei Maior",
"arts . [UNK] , XXXV , LIV e LV , 93 , IX , 146 , III , a , e 153 , III , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 38 do RISTF",
"artigo 35 da Lei n° 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art .",
"artigo 35 da Lei n° 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 , da Lei 7 . 713 / 88",
"art . 35 da Lei 7 . 713 / 88",
"art . 146 , 111 , ' a ' , da Constituição Federal",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"art . 35 da lei n° 7 . 712",
"ART . 35 DA LEI 7 . 713 / 88",
"art . 35 da Lei 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 , da Lei 7 . 713 / 88",
"art . 35 da Lei 7 . 713 / 88",
"art . 146 , 111 , ' a ' , da Constituição Federal",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"art . 35 da lei n° 7 . 712",
"ART . 35 DA LEI 7 . 713 / 88",
"art . 35 da Lei 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Constituição Federal",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"Texto Maior",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Constituição Federal",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"Texto Maior",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"Lei [UNK] 6 . 404 / 76",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"Constituição Federal",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Carta Federal",
"Decreto [UNK] 3 . 708 / 19",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"Lei [UNK] 6 . 404 / 76",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"Constituição Federal",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Carta Federal",
"Decreto [UNK] 3 . 708 / 19",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"Lei das Sociedades Anônimas",
"Decreto 3 . 708 / 19",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Carta Política",
"artigo",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"Lei das Sociedades Anônimas",
"Decreto 3 . 708 / 19",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Carta Política",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Básica Federal",
"artigo 35 da lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Básica Federal",
"artigo 35 da lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da CF",
"Lei n . 9 . 715 / 98",
"Lei n . 9 . 715 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da CF",
"Lei n . 9 . 715 / 98",
"Lei n",
".",
"9",
".",
"715",
"/",
"98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"incisos XXXV , LIV e LV , do art . [UNK] da Constituição da República",
"art . 102 , III , ‘ a ’ , da Lei Maior",
"art . [UNK] , XXII , XXIII , XXIV , LIV e LV , da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"incisos XXXV , LIV e LV , do art . [UNK] da Constituição da República",
"art . 102 , III , ‘ a ’ , da Lei Maior",
"art . [UNK] , XXII , XXIII , XXIV , LIV e LV , da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , II , XXXV , LIV e LV e 93 , IX , da Constituição Federal",
"C",
".",
"F . , art . [UNK] , II , XXXV",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , II , XXXV , LIV e LV e 93 , IX , da Constituição Federal",
"C",
".",
"F",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 146 , III , a , e 153 , III , da CF / 88",
"art . 35 da Lei",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Constituição Federal",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"Texto Maior",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Lei Básica Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . 146 , III , a , e 153 , III , da CF / 88",
"art . 35 da Lei 7 . 713 / 88",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Constituição Federal",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"Texto Maior",
"artigo 43 do Código Tributário Nacional",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"Lei Básica Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 35 da Lei 7 . 713 / 88",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"art . 35 da Lei 7 . 713 / 88",
"ARTIGO 35 DA LEI N . 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 35 da Lei 7 . 713 / 88",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"art . 35 da Lei 7 . 713 / 88",
"ARTIGO 35 DA LEI N . 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 557 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 557 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 da Lei 7 . 713 / 1988",
"artigo 35 da lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 35 da Lei 7 . 713 / 1988",
"artigo 35 da lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 35 da Lei [UNK] 7 . 713 / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA",
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"FAZENDA",
"Rodobens Administradora de Consórcios Ltda .",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"RODOBENS ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIOS LTDA",
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"Rodobens Administradora de Consórcios Ltda .",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Rodobens Administradora de Consórcios LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Presidência do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Rodobens Administradora de Consórcios LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"SP",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Excelso",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de",
"Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Tribunal 10",
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"Brasil",
"Superior do Trabalho",
"[UNK] Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"[UNK] Turma",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"/",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura",
"de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Caixa",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Caixa",
"Caixa",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"-",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"RICARDO MARIZ DE OLIVEIRA",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"RICARDO MARIZ DE OLIVEIRA",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"RICARDO MARIZ DE OLIVEIRA",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"Sydney Sanches",
"la",
"Sydney Sanches",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"Cezar Peluso",
"Carlos Britto",
"Cezar Peluso",
"Carlos Britto",
"ROSA WEBER",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"Sepúlveda Pertence",
"Cezar Peluso",
"ROSA WEBER",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"MARCO AURÉLIO",
"ROSA WEBER",
"RICARDO MARIZ DE OLIVEIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"RICARDO MARIZ DE OLIVEIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
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"2012",
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"30",
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"2012",
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"2012",
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"08",
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"30",
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"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
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".",
"10",
".",
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"13",
".",
"10",
".",
"95",
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"2001",
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".",
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".",
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".",
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"/",
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"/",
"2001",
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"08",
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"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
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"08",
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"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"05",
".",
"11",
".",
"04",
"20",
".",
"02",
".",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
".",
"11",
".",
"04",
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".",
"02",
".",
"09",
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"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"8",
".",
"08",
"05",
".",
"9",
".",
"03",
"05",
".",
"8",
".",
"2005",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
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"8",
".",
"08",
"05",
".",
"9",
".",
"03",
"05",
".",
"8",
".",
"2005",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"17",
".",
"6",
".",
"2005",
"20",
".",
"9",
".",
"2002",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2011",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2011",
"19",
".",
"8",
".",
"2011",
"16",
".",
"11",
".",
"2011",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
"17",
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"6",
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"2005",
"20",
".",
"9",
".",
"2002",
"[UNK]",
".",
"12",
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"2011",
"[UNK]",
".",
"12",
".",
"2011",
"19",
".",
"8",
".",
"2011",
"16",
".",
"11",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"10",
".",
"95",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"10",
".",
"95",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"3",
".",
"2011",
"24",
".",
"10",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"3",
".",
"2011",
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"2008",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.551 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MÁRCIA PUCCI VIEIRA
ADV.(A/S)
:PAULO ROBERTO CACENOTE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
Magistério. Aposentadoria. Tempo de serviço especial. Conversão em
tempo de serviço comum. Impossibilidade. Precedentes.
1. É firme o entendimento desta Corte no sentido de que, para efeito
de aposentadoria, não é possível a conversão do tempo de magistério em
tempo de exercício comum.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por maioria de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085222.
Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.551 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MÁRCIA PUCCI VIEIRA
ADV.(A/S)
:PAULO ROBERTO CACENOTE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Márcia Pucci Vieira interpõe tempestivo agravo regimental contra
decisão em que se conheceu de agravo interposto pelo INSS para dar
provimento ao recurso extraordinário (fls. 268 a 271), com a seguinte
fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Turma
Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos Juizados
Especiais Federais, assim ementado:
‘Previdenciário. Emissão de certidão de tempo de
contribuição. Conversão de tempo especial em comum.
Atividade de magistério. Conversão limitada ao advento
da Lei 9.032/95. Incidente conhecido e parcialmente
provido’ (fl. 222).
Opostos embargos de declaração (fls. 225 a 231), foram
providos para suprir omissão (fls. 234/235), restando o
respectivo acórdão assim ementado:
‘Embargos de declaração para fins de
prequestionamento. Professor. Atividade especial.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085219.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.551 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:MÁRCIA PUCCI VIEIRA
ADV.(A/S)
:PAULO ROBERTO CACENOTE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Márcia Pucci Vieira interpõe tempestivo agravo regimental contra
decisão em que se conheceu de agravo interposto pelo INSS para dar
provimento ao recurso extraordinário (fls. 268 a 271), com a seguinte
fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Turma
Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos Juizados
Especiais Federais, assim ementado:
‘Previdenciário. Emissão de certidão de tempo de
contribuição. Conversão de tempo especial em comum.
Atividade de magistério. Conversão limitada ao advento
da Lei 9.032/95. Incidente conhecido e parcialmente
provido’ (fl. 222).
Opostos embargos de declaração (fls. 225 a 231), foram
providos para suprir omissão (fls. 234/235), restando o
respectivo acórdão assim ementado:
‘Embargos de declaração para fins de
prequestionamento. Professor. Atividade especial.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085219.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
ARE 703.551 AGR / RS
Exercício de função de magistério entre a EC 18/81 e a Lei
9.032/95’ (fl. 234).
No recurso extraordinário (fls. 238 a 250), sustenta-se
violação dos artigos 165, inciso XX, da Constituição Federal de
1967, na redação da Emenda Constitucional nº 18/81, 40, § 5º, e
201, § 8º, da Constituição Federal de 1988.
Decido.
A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que
acrescentou o § 3º ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a
exigência da demonstração da existência de repercussão geral
das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário.
A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que
introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo
Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda
Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais
necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda
Regimental nº 21/07, que, quando não for o caso de
inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão,
haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão
geral na matéria objeto do recurso.
Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação,
quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de
Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro
Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos
extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir
de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07,
deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da
repercussão geral das questões constitucionais discutidas no
apelo.
No caso em tela, o recurso extraordinário possui a referida
preliminar e o apelo foi interposto contra acórdão publicado em
27/10/07 (fl. 52), quando já era plenamente exigível a
demonstração da repercussão geral.
Os artigos 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil e 323, §
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085219.
Supremo Tribunal Federal
ARE 703.551 AGR / RS
Exercício de função de magistério entre a EC 18/81 e a Lei
9.032/95’ (fl. 234).
No recurso extraordinário (fls. 238 a 250), sustenta-se
violação dos artigos 165, inciso XX, da Constituição Federal de
1967, na redação da Emenda Constitucional nº 18/81, 40, § 5º, e
201, § 8º, da Constituição Federal de 1988.
Decido.
A Emenda Constitucional nº 45, de 30/12/04, que
acrescentou o § 3º ao artigo 102 da Constituição Federal, criou a
exigência da demonstração da existência de repercussão geral
das questões constitucionais trazidas no recurso extraordinário.
A matéria foi regulamentada pela Lei nº 11.418/06, que
introduziu os artigos 543-A e 543-B ao Código de Processo
Civil, e o Supremo Tribunal Federal, através da Emenda
Regimental nº 21/07, dispôs sobre as normas regimentais
necessárias à sua execução. Prevê o artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, na redação da Emenda
Regimental nº 21/07, que, quando não for o caso de
inadmissibilidade do recurso extraordinário por outra razão,
haverá o procedimento para avaliar a existência de repercussão
geral na matéria objeto do recurso.
Esta Corte, com fundamento na mencionada legislação,
quando do julgamento da Questão de Ordem no Agravo de
Instrumento nº 664.567/RS, Tribunal Pleno, Relator o Ministro
Sepúlveda Pertence, firmou o entendimento de que os recursos
extraordinários interpostos contra acórdãos publicados a partir
de 3/5/07, data da publicação da Emenda Regimental nº 21/07,
deverão demonstrar, em preliminar do recurso, a existência da
repercussão geral das questões constitucionais discutidas no
apelo.
No caso em tela, o recurso extraordinário possui a referida
preliminar e o apelo foi interposto contra acórdão publicado em
27/10/07 (fl. 52), quando já era plenamente exigível a
demonstração da repercussão geral.
Os artigos 543-A, § 3º, do Código de Processo Civil e 323, §
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 11
Relatório
ARE 703.551 AGR / RS
1º, in fine, do RISTF, na redação da Emenda Regimental nº
21/07, prevêem que haverá repercussão geral sempre que o
recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência
dominante desta Corte, o que, efetivamente, ocorre no caso dos
autos.
Merece prosperar a irresignação, haja vista que esta Corte
firmou o entendimento no sentido de que a aposentadoria
especial de professor pressupõe o efetivo exercício dessa função
pelo tempo mínimo fixado na Constituição da República.
Assim, para efeito de aposentadoria, não é possível a conversão
do tempo de magistério em tempo de exercício comum. Nesse
sentido:
‘AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.
CONTAGEM PROPORCIONAL DO TEMPO DE
SERVIÇO PRESTADO POR PROFESSORES PARA
EFEITO DE CONTAGEM DE TEMPO PARA
APOSENTADORIA COMUM. IMPUGNAÇÃO, PELO
GOVERNADOR DO ESTADO, DO PAR. 4. DO ART. 38
DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, QUE ASSIM DISPÕE:
'NA CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO PARA A
APOSENTADORIA DO SERVIDOR AOS TRINTA E
CINCO ANOS DE SERVIÇO E DA SERVIDORA AOS
TRINTA, O PERIODO DE EXERCÍCIO DE ATIVIDADES
QUE ASSEGUREM DIREITO A APOSENTADORIA
ESPECIAL SERÁ ACRESCIDO DE UM SEXTO E DE UM
QUINTO, RESPECTIVAMENTE'. AÇÃO JULGADA
PROCEDENTE. 1. O art. 40, III, 'b', da Constituição
Federal, assegura o direito a aposentadoria especial, de
forma que o tempo de efetivo exercício em funções de
magistério e contado com o acréscimo de 1/6 (um sexto) e
o da professora com o de 1/5 (um quinto), em relação ao
tempo de serviço exigido para a aposentadoria comum (35
anos para o homem e 30 anos para a mulher: alínea 'a' do
mesmo inciso e artigo). 2. A expressão ‘efetivo exercício
em funções de magistério’ (CF, art. 40, III, ‘b’) contem a
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085219.
Supremo Tribunal Federal
ARE 703.551 AGR / RS
1º, in fine, do RISTF, na redação da Emenda Regimental nº
21/07, prevêem que haverá repercussão geral sempre que o
recurso impugnar decisão contrária a súmula ou jurisprudência
dominante desta Corte, o que, efetivamente, ocorre no caso dos
autos.
Merece prosperar a irresignação, haja vista que esta Corte
firmou o entendimento no sentido de que a aposentadoria
especial de professor pressupõe o efetivo exercício dessa função
pelo tempo mínimo fixado na Constituição da República.
Assim, para efeito de aposentadoria, não é possível a conversão
do tempo de magistério em tempo de exercício comum. Nesse
sentido:
‘AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.
CONTAGEM PROPORCIONAL DO TEMPO DE
SERVIÇO PRESTADO POR PROFESSORES PARA
EFEITO DE CONTAGEM DE TEMPO PARA
APOSENTADORIA COMUM. IMPUGNAÇÃO, PELO
GOVERNADOR DO ESTADO, DO PAR. 4. DO ART. 38
DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL, QUE ASSIM DISPÕE:
'NA CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO PARA A
APOSENTADORIA DO SERVIDOR AOS TRINTA E
CINCO ANOS DE SERVIÇO E DA SERVIDORA AOS
TRINTA, O PERIODO DE EXERCÍCIO DE ATIVIDADES
QUE ASSEGUREM DIREITO A APOSENTADORIA
ESPECIAL SERÁ ACRESCIDO DE UM SEXTO E DE UM
QUINTO, RESPECTIVAMENTE'. AÇÃO JULGADA
PROCEDENTE. 1. O art. 40, III, 'b', da Constituição
Federal, assegura o direito a aposentadoria especial, de
forma que o tempo de efetivo exercício em funções de
magistério e contado com o acréscimo de 1/6 (um sexto) e
o da professora com o de 1/5 (um quinto), em relação ao
tempo de serviço exigido para a aposentadoria comum (35
anos para o homem e 30 anos para a mulher: alínea 'a' do
mesmo inciso e artigo). 2. A expressão ‘efetivo exercício
em funções de magistério’ (CF, art. 40, III, ‘b’) contem a
3
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085219.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 11
Relatório
ARE 703.551 AGR / RS
exigência de que o direito a aposentadoria especial dos
professores só se aperfeiçoa quando cumprido totalmente
este especial requisito temporal no exercício das
especificas funções de magistério, excluída qualquer
outra. 3. Não e permitido ao constituinte estadual fundir
normas que regem a contagem do tempo de serviço para
as aposentadorias normal e especial, contando
proporcionalmente o tempo de serviço exercido em
funções diversas. 4. Ação direta conhecida e julgada
procedente, para declarar a inconstitucionalidade do par.
4. do art. 38 da Constituição do Estado do Rio Grande do
Sul, eis que a norma do art. 40 da Constituição Federal e
de observância obrigatória por todos os níveis de Poder’
(ADI nº 178, Relator o Ministro Maurício Corrêa, Tribunal
Pleno, DJ de 26/4/96).
Esse entendimento tem sido aplicado por ambas as
Turmas deste Tribunal, conforme os seguintes precedentes:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONTAGEM
PROPORCIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO EXERCIDO
NO MAGISTÉRIO PARA FINS DE APOSENTADORIA
COMUM. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I – Consoante a jurisprudência do STF, é
vedada a contagem proporcional de tempo de serviço no
magistério para fins de aposentadoria comum. II – Agravo
regimental improvido’ (RE nº 486.155/MG-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
1º/2/2011).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
CONSTITUCIONAL
E
PREVIDENCIÁRIO. MAGISTÉRIO. IMPOSSIBILIDADE
DA CONVERSÃO DO TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL
EM TEMPO DE SERVIÇO COMUM. PRECEDENTE.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 703.551 AGR / RS
exigência de que o direito a aposentadoria especial dos
professores só se aperfeiçoa quando cumprido totalmente
este especial requisito temporal no exercício das
especificas funções de magistério, excluída qualquer
outra. 3. Não e permitido ao constituinte estadual fundir
normas que regem a contagem do tempo de serviço para
as aposentadorias normal e especial, contando
proporcionalmente o tempo de serviço exercido em
funções diversas. 4. Ação direta conhecida e julgada
procedente, para declarar a inconstitucionalidade do par.
4. do art. 38 da Constituição do Estado do Rio Grande do
Sul, eis que a norma do art. 40 da Constituição Federal e
de observância obrigatória por todos os níveis de Poder’
(ADI nº 178, Relator o Ministro Maurício Corrêa, Tribunal
Pleno, DJ de 26/4/96).
Esse entendimento tem sido aplicado por ambas as
Turmas deste Tribunal, conforme os seguintes precedentes:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. ADMINISTRATIVO. CONTAGEM
PROPORCIONAL DE TEMPO DE SERVIÇO EXERCIDO
NO MAGISTÉRIO PARA FINS DE APOSENTADORIA
COMUM. IMPOSSIBILIDADE. AGRAVO REGIMENTAL
IMPROVIDO. I – Consoante a jurisprudência do STF, é
vedada a contagem proporcional de tempo de serviço no
magistério para fins de aposentadoria comum. II – Agravo
regimental improvido’ (RE nº 486.155/MG-AgR, Primeira
Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe de
1º/2/2011).
‘AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
CONSTITUCIONAL
E
PREVIDENCIÁRIO. MAGISTÉRIO. IMPOSSIBILIDADE
DA CONVERSÃO DO TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL
EM TEMPO DE SERVIÇO COMUM. PRECEDENTE.
4
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Relatório
ARE 703.551 AGR / RS
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO’ (RE nº 602.873/SC-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármem Lúcia, DJe de 1º/2/2011).
No mesmo sentido, ainda, as seguintes decisões
monocráticas: AI nº 809.450/PR, de minha relatoria, DJe de
18/4/12; RE nº 690.584/RS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia,
DJe de 23/8/12; RE nº 688.779/RS, Relator o Ministro Luiz Fux,
DJe de 13/8/12; RE nº 603.841/SP, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJe de 14/12/10.
Assim, o acórdão recorrido está em desarmonia com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, devendo,
destarte, ser reformado.
Ante o exposto, conheço do agravo e dou provimento ao
recurso extraordinário para julgar improcedente a demanda.
Sem custas, tampouco honorários advocatícios, nos termos do
artigo 1º da Lei nº 10.259/01, combinado com o artigo 55 da Lei
nº 9.099/95.”
Aduz a agravante, in verbis, que:
“(...) a postulação originária dos autos é de concessão de
aposentadoria comum, não de aposentadoria especial de
professor, (...)
Se é verdadeiro é que o professor para fazer jus a
aposentação nesta condição deverá provar exclusivamente
tempo de magistério, não menos verdade é que ele professor
não está obrigado a aposentar-se exclusivamente na condição
de professor, podendo fazer opção pelas demais modalidades
de aposentadorias do regime geral de previdência, que é o caso
destes autos.
Considerando que a agravante postula aposentadoria
comum inexiste vedação legal para que ela some ao seu tempo
de serviço os efeitos da conversão decorrente da atividade
penosa exercida como professora” (fl. 276).
5
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ARE 703.551 AGR / RS
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO’ (RE nº 602.873/SC-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármem Lúcia, DJe de 1º/2/2011).
No mesmo sentido, ainda, as seguintes decisões
monocráticas: AI nº 809.450/PR, de minha relatoria, DJe de
18/4/12; RE nº 690.584/RS, Relatora a Ministra Cármen Lúcia,
DJe de 23/8/12; RE nº 688.779/RS, Relator o Ministro Luiz Fux,
DJe de 13/8/12; RE nº 603.841/SP, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJe de 14/12/10.
Assim, o acórdão recorrido está em desarmonia com a
jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, devendo,
destarte, ser reformado.
Ante o exposto, conheço do agravo e dou provimento ao
recurso extraordinário para julgar improcedente a demanda.
Sem custas, tampouco honorários advocatícios, nos termos do
artigo 1º da Lei nº 10.259/01, combinado com o artigo 55 da Lei
nº 9.099/95.”
Aduz a agravante, in verbis, que:
“(...) a postulação originária dos autos é de concessão de
aposentadoria comum, não de aposentadoria especial de
professor, (...)
Se é verdadeiro é que o professor para fazer jus a
aposentação nesta condição deverá provar exclusivamente
tempo de magistério, não menos verdade é que ele professor
não está obrigado a aposentar-se exclusivamente na condição
de professor, podendo fazer opção pelas demais modalidades
de aposentadorias do regime geral de previdência, que é o caso
destes autos.
Considerando que a agravante postula aposentadoria
comum inexiste vedação legal para que ela some ao seu tempo
de serviço os efeitos da conversão decorrente da atividade
penosa exercida como professora” (fl. 276).
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Relatório
ARE 703.551 AGR / RS
É o relatório.
6
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É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.551 RIO
GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, esta Corte firmou o
entendimento de que a aposentadoria especial de professor pressupõe o
efetivo exercício dessa função pelo tempo mínimo fixado na Constituição
da República. Assim, para efeito de aposentadoria, não é possível a
conversão do tempo de magistério em tempo de exercício comum. Nesse
sentido:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM
AGRAVO
REGIMENTAL.
CONSTITUCIONAL
E
PREVIDENCIÁRIO. MAGISTÉRIO. IMPOSSIBILIDADE DA
CONVERSÃO DO TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM
TEMPO DE SERVIÇO COMUM. PRECEDENTE. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº
655.682/SE-ED, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen
Lúcia, DJe de 9/4/12).
“AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA COMUM.
REGIME PRÓPRIO. APROVEITAMENTO DE TEMPO DE
SERVIÇO PRESTADO NO MAGISTÉRIO, MEDIANTE FATOR
DE CONVERSÃO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. É
pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que não é
possível ‘fundir normas que regem a contagem do tempo de
serviço para as aposentadorias normal e especial, contando
proporcionalmente o tempo de serviço exercido em funções
diversas’, pois ‘a aposentadoria especial é a exceção, e, como tal,
sua interpretação só pode ser restritiva’ (ADI 178, rel. min.
Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, DJ 26.04.1996). Agravo
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.551 RIO
GRANDE DO SUL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, esta Corte firmou o
entendimento de que a aposentadoria especial de professor pressupõe o
efetivo exercício dessa função pelo tempo mínimo fixado na Constituição
da República. Assim, para efeito de aposentadoria, não é possível a
conversão do tempo de magistério em tempo de exercício comum. Nesse
sentido:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM
AGRAVO
REGIMENTAL.
CONSTITUCIONAL
E
PREVIDENCIÁRIO. MAGISTÉRIO. IMPOSSIBILIDADE DA
CONVERSÃO DO TEMPO DE SERVIÇO ESPECIAL EM
TEMPO DE SERVIÇO COMUM. PRECEDENTE. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE nº
655.682/SE-ED, Primeira Turma, Relatora a Ministra Cármen
Lúcia, DJe de 9/4/12).
“AGRAVO REGIMENTAL. APOSENTADORIA COMUM.
REGIME PRÓPRIO. APROVEITAMENTO DE TEMPO DE
SERVIÇO PRESTADO NO MAGISTÉRIO, MEDIANTE FATOR
DE CONVERSÃO. IMPOSSIBILIDADE. PRECEDENTES. É
pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que não é
possível ‘fundir normas que regem a contagem do tempo de
serviço para as aposentadorias normal e especial, contando
proporcionalmente o tempo de serviço exercido em funções
diversas’, pois ‘a aposentadoria especial é a exceção, e, como tal,
sua interpretação só pode ser restritiva’ (ADI 178, rel. min.
Maurício Corrêa, Tribunal Pleno, DJ 26.04.1996). Agravo
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 703.551 AGR / RS
regimental a que se nega provimento” (RE nº 288.640/PR-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de
1º/2/12).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 703.551 AGR / RS
regimental a que se nega provimento” (RE nº 288.640/PR-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de
1º/2/12).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.551 RIO
GRANDE DO SUL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, peço vênia
para prover o agravo que está na sétima matéria da lista.
Por que provejo? É aquele problema da mesclagem de tempo
especial e normal para a aposentadoria. Pelo artigo 57 da Lei nº 8.213/91,
cabe a tomada do tempo de trabalho que enseja a aposentadoria em
espaço mais curto. Por isso, deve vir ao julgamento da Turma.
Provejo o regimental.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.551 RIO
GRANDE DO SUL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, peço vênia
para prover o agravo que está na sétima matéria da lista.
Por que provejo? É aquele problema da mesclagem de tempo
especial e normal para a aposentadoria. Pelo artigo 57 da Lei nº 8.213/91,
cabe a tomada do tempo de trabalho que enseja a aposentadoria em
espaço mais curto. Por isso, deve vir ao julgamento da Turma.
Provejo o regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.551
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : MÁRCIA PUCCI VIEIRA
ADV.(A/S) : PAULO ROBERTO CACENOTE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor
Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703.551
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : MÁRCIA PUCCI VIEIRA
ADV.(A/S) : PAULO ROBERTO CACENOTE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor
Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3163963 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator, vencido o Senhor Ministro Marco Aurélio. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Magistério. Aposentadoria. Tempo de serviço especial. Conversão em tempo de serviço comum. Impossibilidade. Precedentes.
1. É firme o entendimento desta Corte no sentido de que, para efeito de aposentadoria, não é possível a conversão do tempo de magistério em tempo de exercício comum.
2. Agravo regimental não provido. | sjur220887 | - Acórdãos citados:
(TEMPO DE MAGISTÉRIO)
STF: ARE 655682 ED(1ªT), RE 288640 AgR(2ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 14/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 703551 | null | ARE-AgR | acordaos | ARE 703551 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
ADV.(A/S) : PAULO ROBERTO CACENOTE E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : MÁRCIA PUCCI VIEIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 703 . 551",
"ARE 703 . 551 AGR",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"ARE 703 . 551 AGR / RS",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"ARE 703 . 551 AGR / RS",
"ARE 703 . 551 AGR / RS",
"ARE 703 . 551 AGR / RS",
"ADI [UNK] 178",
"RE [UNK] 486 . 155 / MG - AgR",
"ARE 703 . 551 AGR / RS",
"ADI [UNK] 178",
"RE [UNK] 486 . 155 / MG - AgR",
"ARE 703 . 551 AGR / RS",
"RE [UNK] 602 . 873 / SC - AgR",
"AI [UNK] 809 . 450 / PR",
"RE [UNK] 690 . 584 / RS",
"RE [UNK] 688 . 779 / RS",
"RE [UNK] 603 . 841 / SP",
"ARE 703 . 551 AGR /",
"RE [UNK] 602 . 873 / SC - AgR",
"AI [UNK] 809 . 450 / PR",
"RE [UNK] 690 . 584 / RS",
"RE [UNK] 688 . 779 / RS",
"RE [UNK] 603 . 841 / SP",
"ARE 703 . 551 AGR / RS",
"ARE 703 . 551 AGR / RS",
"ARE [UNK] 655 . 682 / SE - ED",
"ADI 178",
"ARE [UNK] 655 . 682 / SE - ED",
"ADI 178",
"ARE 703 . 551",
"RE [UNK] 288 . 640 / PR - AgR",
"ARE 703 . 551",
"RE [UNK] 288 . 640 / PR - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 9 . 032 / 95",
"MP",
"Lei 9 . 032 / 95",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 18 / 81",
"Lei 9 . 032 / 95",
"artigos 165 , inciso XX , da Constituição Federal de 1967",
"Emenda Constitucional [UNK] 18 / 81",
"40 , § [UNK] , e 201 , § [UNK] , da Constituição Federal de 1988",
"Emenda Constitucional [UNK] 45",
"§ [UNK] ao",
"artigo 102 da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 11 . 418 / 06",
"artigos 543 - A e 543 - B ao",
"Código de Processo Civil",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"artigos 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 18 / 81",
"Lei 9 . 032 / 95",
"artigos 165 , inciso XX , da Constituição Federal de 1967",
"Emenda Constitucional [UNK] 18 / 81",
"40 , § [UNK] , e 201 , § [UNK] , da Constituição Federal de 1988",
"Emenda Constitucional [UNK] 45",
"§ [UNK] ao",
"artigo 102 da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 11 . 418 / 06",
"artigos 543 - A e 543 - B",
"Código de Processo Civil",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"artigos 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"323 , §",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Constituição da República",
"ART . 38 DA CONSTITUIÇÃO",
"art . 40 , III , ' b ' , da Constituição Federal",
"CF , art . 40 , III , ‘ b ’",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"Constituição da República",
"ART . 38 DA CONSTITUIÇÃO ESTADUAL",
"art . 40 , III , ' b ' , da Constituição Federal",
"CF , art . 40 , III , ‘ b ’",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"par . 4 . do art . 38 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul",
"art . 40 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 38 da Constituição do Estado do Rio Grande do Sul",
"art . 40 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] da Lei [UNK] 10 . 259 / 01",
"artigo 55 da Lei [UNK] 9 . 099 / 95",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] da Lei [UNK] 10 . 259 / 01",
"artigo 55 da Lei [UNK] 9 . 099 / 95",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 57 da Lei [UNK] 8 . 213 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 57 da Lei [UNK] 8 . 213 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"INSS",
"Turma Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"INSS",
"Turma Nacional de Uniformização da Jurisprudência dos Juizados Especiais Federais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"RS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"MAGISTÉRIO",
"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"STF",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"MÁRCIA PUCCI VIEIRA",
"PAULO ROBERTO CACENOTE",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MÁRCIA PUCCI VIEIRA",
"PAULO ROBERTO CACENOTE",
"DIAS TOFFOLI",
"Márcia Pucci Vieira",
"DIAS TOFFOLI",
"MÁRCIA PUCCI VIEIRA",
"PAULO ROBERTO CACENOTE",
"DIAS TOFFOLI",
"Márcia Pucci Vieira",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Maurício Corrêa",
"Ricardo Lewandowski",
"Maurício Corrêa",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármem Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Luiz Fux",
"Joaquim Barbosa",
"Cármem Lúcia",
"Cármen Lúcia",
"Luiz Fux",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Maurício Corrêa",
"DIAS TOFFOLI",
"Cármen Lúcia",
"Maurício Corrêa",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MÁRCIA PUCCI VIEIRA",
"PAULO ROBERTO CACENOTE",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"MÁRCIA PUCCI VIEIRA",
"PAULO ROBERTO CACENOTE",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"12",
"/",
"04",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"27",
"/",
"10",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"12",
"/",
"04",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"27",
"/",
"10",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
"/",
"4",
"/",
"96",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
"/",
"4",
"/",
"96",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"2011",
"18",
"/",
"4",
"/",
"12",
"23",
"/",
"8",
"/",
"12",
"13",
"/",
"8",
"/",
"12",
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"/",
"12",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"2011",
"18",
"/",
"4",
"/",
"12",
"23",
"/",
"8",
"/",
"12",
"13",
"/",
"8",
"/",
"12",
"14",
"/",
"12",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"9",
"/",
"4",
"/",
"12",
"26",
".",
"04",
".",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"9",
"/",
"4",
"/",
"12",
"26",
".",
"04",
".",
"1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677.454 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
EMBDO.(A/S)
:JOÃO PAULO KROTH
ADV.(A/S)
:VALDIR BONIATTI
E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EXISTÊNCIA DE
CONTRADIÇÃO NO ACÓRDÃO EMBARGADO – CONSTATAÇÃO DE
MERO ERRO MATERIAL, PASSÍVEL DE CORREÇÃO, NOS TERMOS
DO ART. 463, I, DO CPC – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
RECEBIDOS, EM PARTE, SEM EFEITO MODIFICATIVO, MANTIDO,
NO MAIS, O ACÓRDÃO EM QUESTÃO.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamentos
e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em receber, em
parte, os embargos de declaração, sem efeito modificativo, mantido, no
mais, o acórdão, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
CELSO DE MELLO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093687.
Supremo Tribunal Federal
DJe 22/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677.454 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
EMBDO.(A/S)
:JOÃO PAULO KROTH
ADV.(A/S)
:VALDIR BONIATTI
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de embargos de declaração opostos a decisão que, emanada desta
colenda Turma, restou consubstanciada em acórdão assim ementado
(fls. 132):
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE SE
AJUSTA
À JURISPRUDÊNCIA
PREVALECENTE
NO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL –
CONSEQUENTE
INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA –
SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE
À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO.”
Sustenta o embargante, na presente sede recursal, em síntese, o que
se segue (fls. 135):
“Como bem se verifica, enquanto de uma parte o acórdão aduz
que ‘não assiste razão à parte recorrente’, linhas adiante refere-se a
uma ‘decisão que torna acolhível a pretensão recursal da parte ora
recorrente’, afigurando-se notável a contradição lógica entre os
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093688.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677.454 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
EMBDO.(A/S)
:JOÃO PAULO KROTH
ADV.(A/S)
:VALDIR BONIATTI
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de embargos de declaração opostos a decisão que, emanada desta
colenda Turma, restou consubstanciada em acórdão assim ementado
(fls. 132):
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO – DECISÃO QUE SE
AJUSTA
À JURISPRUDÊNCIA
PREVALECENTE
NO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL –
CONSEQUENTE
INVIABILIDADE DO RECURSO QUE A IMPUGNA –
SUBSISTÊNCIA DOS FUNDAMENTOS QUE DÃO SUPORTE
À DECISÃO RECORRIDA – RECURSO DE AGRAVO
IMPROVIDO.”
Sustenta o embargante, na presente sede recursal, em síntese, o que
se segue (fls. 135):
“Como bem se verifica, enquanto de uma parte o acórdão aduz
que ‘não assiste razão à parte recorrente’, linhas adiante refere-se a
uma ‘decisão que torna acolhível a pretensão recursal da parte ora
recorrente’, afigurando-se notável a contradição lógica entre os
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093688.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
RE 677.454 AGR-ED / RS
findamentos decisórios.
A par da contradição apontada, também parece
verificar-se omissão do julgamento colegiado que assevera já ter sido a
controvérsia dirimida no julgamento do RE 223.037/SE.”
Submeto, pois, estes embargos de declaração ao exame desta
colenda Turma.
É o relatório.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093688.
Supremo Tribunal Federal
RE 677.454 AGR-ED / RS
findamentos decisórios.
A par da contradição apontada, também parece
verificar-se omissão do julgamento colegiado que assevera já ter sido a
controvérsia dirimida no julgamento do RE 223.037/SE.”
Submeto, pois, estes embargos de declaração ao exame desta
colenda Turma.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093688.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677.454 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de embargos de declaração que se revestem de caráter infringente, pois,
neles, a parte ora recorrente objetiva o reexame de pretensão
anteriormente apreciada por esta colenda Turma, quando do julgamento
do RE 677.454-AgR/RS.
É certo que o Supremo Tribunal Federal tem advertido, em tema de
embargos de declaração, que estes não se revelam cabíveis, quando
opostos com o objetivo de infringir o julgado.
Como
se
sabe, os embargos de declaração
destinam-se,
precipuamente, a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir
omissões que eventualmente se registrem no acórdão proferido pelo
Tribunal. Essa modalidade recursal só permite o reexame do acórdão
embargado, quando utilizada com o específico objetivo de viabilizar um
pronunciamento jurisdicional
de caráter integrativo-retificador,
vocacionado a afastar as situações de obscuridade, omissão ou
contradição, e a complementar e esclarecer o conteúdo da decisão
proferida.
Cumpre enfatizar, desse modo, que não se revelam cabíveis os
embargos de declaração, quando a parte recorrente – a pretexto de
esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou
contradição – vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e
de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa (RTJ 191/694-695,
Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093689.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677.454 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO CELSO DE MELLO – (Relator): Trata-se
de embargos de declaração que se revestem de caráter infringente, pois,
neles, a parte ora recorrente objetiva o reexame de pretensão
anteriormente apreciada por esta colenda Turma, quando do julgamento
do RE 677.454-AgR/RS.
É certo que o Supremo Tribunal Federal tem advertido, em tema de
embargos de declaração, que estes não se revelam cabíveis, quando
opostos com o objetivo de infringir o julgado.
Como
se
sabe, os embargos de declaração
destinam-se,
precipuamente, a desfazer obscuridades, a afastar contradições e a suprir
omissões que eventualmente se registrem no acórdão proferido pelo
Tribunal. Essa modalidade recursal só permite o reexame do acórdão
embargado, quando utilizada com o específico objetivo de viabilizar um
pronunciamento jurisdicional
de caráter integrativo-retificador,
vocacionado a afastar as situações de obscuridade, omissão ou
contradição, e a complementar e esclarecer o conteúdo da decisão
proferida.
Cumpre enfatizar, desse modo, que não se revelam cabíveis os
embargos de declaração, quando a parte recorrente – a pretexto de
esclarecer uma inexistente situação de obscuridade, omissão ou
contradição – vem a utilizá-los com o objetivo de infringir o julgado e
de, assim, viabilizar um indevido reexame da causa (RTJ 191/694-695,
Rel. Min. CELSO DE MELLO, v.g.).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093689.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RE 677.454 AGR-ED / RS
É por tal razão que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
ao versar os aspectos ora mencionados, assim se tem pronunciado:
“Embargos declaratórios.
Inexistência
de omissão,
contradição, obscuridade ou dúvida, no acórdão embargado
(art. 337 do RISTF).
Embargos rejeitados.
O que pretenderam os embargantes foi sustentar o desacerto do
julgado e obter sua desconstituição. A isso não se prestam, porém,
os embargos declaratórios.”
(RTJ 134/1296, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei)
“- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem
ressaltado que os embargos de declaração não se revelam cabíveis,
quando, utilizados com a finalidade de sustentar a incorreção do
acórdão, objetivam, na realidade, a própria desconstituição do ato
decisório proferido pelo Tribunal. Precedentes: RTJ 114/885 –
RTJ 116/1106 – RTJ 118/714 – RTJ 134/1296.”
(AI 153.147-AgR-ED/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
“- O recurso de embargos de declaração não tem cabimento,
quando, a pretexto de esclarecer uma inocorrente situação de
obscuridade, contradição ou omissão do acórdão, vem a ser utilizado
com o objetivo de infringir o julgado.”
(RE 177.599-ED/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
“Embargos declaratórios só se destinam a possibilitar a
eliminação de obscuridade (...), contradição ou omissão do
acórdão embargado (art. 337 do RISTF), não o reconhecimento de
erro de julgamento.
E como, no caso, é esse reconhecimento que neles se reclama,
com a consequente reforma do acórdão, ficam eles rejeitados.”
(RTJ 134/836, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei)
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093689.
Supremo Tribunal Federal
RE 677.454 AGR-ED / RS
É por tal razão que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,
ao versar os aspectos ora mencionados, assim se tem pronunciado:
“Embargos declaratórios.
Inexistência
de omissão,
contradição, obscuridade ou dúvida, no acórdão embargado
(art. 337 do RISTF).
Embargos rejeitados.
O que pretenderam os embargantes foi sustentar o desacerto do
julgado e obter sua desconstituição. A isso não se prestam, porém,
os embargos declaratórios.”
(RTJ 134/1296, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei)
“- A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem
ressaltado que os embargos de declaração não se revelam cabíveis,
quando, utilizados com a finalidade de sustentar a incorreção do
acórdão, objetivam, na realidade, a própria desconstituição do ato
decisório proferido pelo Tribunal. Precedentes: RTJ 114/885 –
RTJ 116/1106 – RTJ 118/714 – RTJ 134/1296.”
(AI 153.147-AgR-ED/RS, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
“- O recurso de embargos de declaração não tem cabimento,
quando, a pretexto de esclarecer uma inocorrente situação de
obscuridade, contradição ou omissão do acórdão, vem a ser utilizado
com o objetivo de infringir o julgado.”
(RE 177.599-ED/DF, Rel. Min. CELSO DE MELLO)
“Embargos declaratórios só se destinam a possibilitar a
eliminação de obscuridade (...), contradição ou omissão do
acórdão embargado (art. 337 do RISTF), não o reconhecimento de
erro de julgamento.
E como, no caso, é esse reconhecimento que neles se reclama,
com a consequente reforma do acórdão, ficam eles rejeitados.”
(RTJ 134/836, Rel. Min. SYDNEY SANCHES – grifei)
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3093689.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RE 677.454 AGR-ED / RS
Ocorre, no entanto, que, no caso ora em exame, houve contradição
no acórdão embargado, o que torna parcialmente acolhível a postulação
recursal ora em análise.
Com efeito, esta colenda Segunda Turma, ao apreciar o recurso de
agravo interposto pelo Estado do Rio Grande do Sul a fls. 104/117,
negou-lhe provimento. Consignei, entretanto, por equívoco, no voto
que proferi no julgamento de mencionado recurso, que se revelava
"acolhível a pretensão recursal” deduzida pela parte então recorrente
(fls. 130).
Constato, desse modo, a existência, no acórdão ora embargado, de
erro material, passível de correção, nos termos do art. 463, I, do CPC.
A possibilidade de tal correção, além de encontrar suporte na
legislação processual civil (art. 463, I), tem o beneplácito da própria
jurisprudência desta Suprema Corte (RTJ 64/389 – RE 161.174-QO/SP, Rel.
Min. ILMAR GALVÃO – RE 183.376-QO/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO –
RE 199.466-QO/PR, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, v.g.).
Sendo assim, e corrigindo o erro material ora constatado, recebo,
em parte, os presentes embargos de declaração, sem efeito modificativo,
para determinar a substituição, no parágrafo terceiro do voto de
fls. 129/130, da expressão “torna acolhível a pretensão recursal da parte ora
recorrente” (fls. 130) por “torna inacolhível a pretensão recursal da parte ora
recorrente”, em ordem a que o mencionado parágrafo passe a ter o
seguinte conteúdo:
“Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem
sendo observado em sucessivos julgamentos proferidos no âmbito
do Supremo Tribunal Federal (AI 203.769/GO, Rel. Min.
SEPÚLVEDA PERTENCE – AI 826.676-AgR/MG, Rel. Min.
GILMAR MENDES – RE 374.899/MG, Rel. Min. ELLEN
GRACIE – RE 591.104/MG, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.),
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 677.454 AGR-ED / RS
Ocorre, no entanto, que, no caso ora em exame, houve contradição
no acórdão embargado, o que torna parcialmente acolhível a postulação
recursal ora em análise.
Com efeito, esta colenda Segunda Turma, ao apreciar o recurso de
agravo interposto pelo Estado do Rio Grande do Sul a fls. 104/117,
negou-lhe provimento. Consignei, entretanto, por equívoco, no voto
que proferi no julgamento de mencionado recurso, que se revelava
"acolhível a pretensão recursal” deduzida pela parte então recorrente
(fls. 130).
Constato, desse modo, a existência, no acórdão ora embargado, de
erro material, passível de correção, nos termos do art. 463, I, do CPC.
A possibilidade de tal correção, além de encontrar suporte na
legislação processual civil (art. 463, I), tem o beneplácito da própria
jurisprudência desta Suprema Corte (RTJ 64/389 – RE 161.174-QO/SP, Rel.
Min. ILMAR GALVÃO – RE 183.376-QO/DF, Rel. Min. MARCO AURÉLIO –
RE 199.466-QO/PR, Rel. Min. MARCO AURÉLIO, v.g.).
Sendo assim, e corrigindo o erro material ora constatado, recebo,
em parte, os presentes embargos de declaração, sem efeito modificativo,
para determinar a substituição, no parágrafo terceiro do voto de
fls. 129/130, da expressão “torna acolhível a pretensão recursal da parte ora
recorrente” (fls. 130) por “torna inacolhível a pretensão recursal da parte ora
recorrente”, em ordem a que o mencionado parágrafo passe a ter o
seguinte conteúdo:
“Cumpre ressaltar, por necessário, que esse entendimento vem
sendo observado em sucessivos julgamentos proferidos no âmbito
do Supremo Tribunal Federal (AI 203.769/GO, Rel. Min.
SEPÚLVEDA PERTENCE – AI 826.676-AgR/MG, Rel. Min.
GILMAR MENDES – RE 374.899/MG, Rel. Min. ELLEN
GRACIE – RE 591.104/MG, Rel. Min. EROS GRAU, v.g.),
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8
Voto - MIN. CELSO DE MELLO
RE 677.454 AGR-ED / RS
valendo referir, dentre eles, aquele que, proferido pela colenda
Primeira Turma desta Corte, apreciou controvérsia idêntica à ora
versada nesta causa, em decisão que torna inacolhível a pretensão
recursal da parte ora recorrente:
‘Agravo regimental no recurso extraordinário.
Administrativo. Tribunal de Contas do Estado. Imputação de
multa a autoridade municipal. Execução de título executivo
extrajudicial. Impossibilidade. Ausência de legitimidade.
Precedentes.
1. O Tribunal Pleno desta Corte, no julgamento do
RE nº 223.037/SE, Relator o Ministro Maurício Corrêa,
assentou que somente o ente da Administração Pública
prejudicado possui legitimidade para executar títulos executivos
extrajudiciais cujos débitos hajam sido imputados por Cortes de
Contas no desempenho de seu mister constitucional.
2. Agravo regimental não provido.’
(RE 525.663-AgR/AC, Rel. Min. DIAS TOFFOLI)”
Desse modo, e embora recebidos, em parte, os presentes embargos
de declaração, com a explicitação que venho de referir, fica mantido, no
mais, o acórdão ora embargado.
É o meu voto.
4
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Supremo Tribunal Federal
RE 677.454 AGR-ED / RS
valendo referir, dentre eles, aquele que, proferido pela colenda
Primeira Turma desta Corte, apreciou controvérsia idêntica à ora
versada nesta causa, em decisão que torna inacolhível a pretensão
recursal da parte ora recorrente:
‘Agravo regimental no recurso extraordinário.
Administrativo. Tribunal de Contas do Estado. Imputação de
multa a autoridade municipal. Execução de título executivo
extrajudicial. Impossibilidade. Ausência de legitimidade.
Precedentes.
1. O Tribunal Pleno desta Corte, no julgamento do
RE nº 223.037/SE, Relator o Ministro Maurício Corrêa,
assentou que somente o ente da Administração Pública
prejudicado possui legitimidade para executar títulos executivos
extrajudiciais cujos débitos hajam sido imputados por Cortes de
Contas no desempenho de seu mister constitucional.
2. Agravo regimental não provido.’
(RE 525.663-AgR/AC, Rel. Min. DIAS TOFFOLI)”
Desse modo, e embora recebidos, em parte, os presentes embargos
de declaração, com a explicitação que venho de referir, fica mantido, no
mais, o acórdão ora embargado.
É o meu voto.
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677.454
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
EMBDO.(A/S) : JOÃO PAULO KROTH
ADV.(A/S) : VALDIR BONIATTI
Decisão: A Turma, por unanimidade, recebeu, em parte, os
embargos de declaração, sem efeito modificativo, mantido, no mais,
o acórdão, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677.454
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. CELSO DE MELLO
EMBTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
EMBDO.(A/S) : JOÃO PAULO KROTH
ADV.(A/S) : VALDIR BONIATTI
Decisão: A Turma, por unanimidade, recebeu, em parte, os
embargos de declaração, sem efeito modificativo, mantido, no mais,
o acórdão, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3116407 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-22T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, recebeu, em parte, os embargos de declaração, sem efeito modificativo, mantido, no mais, o acórdão, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | E M E N T A: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO – EXISTÊNCIA DE CONTRADIÇÃO NO ACÓRDÃO EMBARGADO – CONSTATAÇÃO DE MERO ERRO MATERIAL, PASSÍVEL DE CORREÇÃO, NOS TERMOS DO ART. 463, I, DO CPC – EMBARGOS DE DECLARAÇÃO RECEBIDOS, EM PARTE, SEM EFEITO MODIFICATIVO, MANTIDO, NO MAIS, O ACÓRDÃO EM QUESTÃO. | sjur219512 | - Acórdãos citados:
(EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, EFEITOS INFRINGENTES)
RE 677454 AgR (2ª T), AI 153147 AgR-ED (2ª T), RE 177599 ED (2ª T), RE 183376 QO (TP), RE 199466 QO (TP), RE 525663 AgR (1ª T); RTJ 191/694, RTJ 134/1296, RTJ 134/836, RTJ 64/389.
Número de páginas: 8.
Análise: 10/01/2013, AMS. | CELSO DE MELLO | Segunda Turma | 677454 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00463 INC-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | RE-AgR-ED | acordaos | RE 677454 AgR-ED | [
""
] | EMBTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ADV.(A/S) : VALDIR BONIATTI
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
EMBDO.(A/S) : JOÃO PAULO KROTH | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677 . 454",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677 . 454",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677 . 454",
"RE 677 . 454 AGR - ED / RS",
"RE 223 . 037 / SE .",
"RE 677 . 454 AGR - ED / RS",
"RE 223 . 037 / SE .",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677 . 454",
"RE 677 . 454 - AgR / RS",
"RTJ 191 / 694 - 695",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677 . 454",
"RE 677 . 454 - AgR / RS",
"RTJ 191 / 694 - 695",
"RE 677 . 454 AGR -",
"ED / RS",
"RTJ 134 / 1296",
"RTJ 114 / 885",
"AI 153 . 147 - AgR - ED / RS",
"RE 177 . 599 - ED / DF",
"RTJ 134 / 836",
"RE 677 . 454",
"RTJ 134 / 1296",
"RTJ 114 / 885",
"RTJ 116 / 1106",
"RTJ",
"AI 153 . 147 - AgR - ED / RS",
"RE 177 . 599 - ED / DF",
"RTJ 134 / 836",
"RE 677 . 454 AGR - ED / RS",
"RTJ 64 / 389",
"RE 161 . 174 - QO / SP",
"RE 183 . 376 - QO / DF",
"RE 199 . 466 - QO / PR",
"AI 203 . 769 / GO",
"AI 826 . 676 - AgR / MG",
"RE 374 . 899 / MG",
"RE 591 . 104 / MG",
"RE 677 . 454 AGR - ED / RS",
"RTJ 64 / 389",
"RE 161 . 174 - QO / SP",
"RE 183 . 376 - QO / DF",
"RE 199 . 466 - QO / PR",
"AI 203 . 769 / GO",
"AI 826 . 676 - AgR / MG",
"RE 374 . 899 / MG",
"RE 591 . 104 / MG",
"RE 677 . 454 AGR - ED / RS",
"RE [UNK] 223 . 037 / SE",
"RE 525 . 663 - AgR / AC",
"RE 677 . 454 AGR",
"-",
"ED",
"RE [UNK] 223 . 037 / SE",
"RE 525 . 663 - AgR / AC",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677 . 454",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 677 . 454"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . 463 , I , DO CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 337 do RISTF",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 463 , I , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 463 , I , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Suprema Corte",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Tribunal de Contas do Estado",
"Tribunal Pleno desta",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Primeira Turma",
"Tribunal de Contas do Estado",
"Tribunal Pleno desta",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CELSO DE MELLO",
"JOÃO PAULO KROTH",
"VALDIR BONIATTI",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"JOÃO PAULO KROTH",
"VALDIR BONIATTI",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"JOÃO PAULO KROTH",
"VALDIR BONIATTI",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"CELSO DE MELLO",
"SYDNEY SANCHES",
"CELSO DE MELLO",
"ILMAR GALVÃO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"SEPÚLVEDA PERTENCE",
"GILMAR MENDES",
"ELLEN GRACIE",
"EROS GRAU",
"ILMAR GALVÃO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"SEPÚLVEDA PERTENCE",
"GILMAR MENDES",
"ELLEN GRACIE",
"EROS GRAU",
"CELSO DE MELLO",
"Maurício Corrêa",
"DIAS TOFFOLI",
"Maurício Corrêa",
"DIAS TOFFOLI",
"CELSO DE MELLO",
"JOÃO PAULO KROTH",
"VALDIR BONIATTI",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CELSO DE MELLO",
"JOÃO PAULO KROTH",
"VALDIR BONIATTI",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 370.877 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:GILBERTO EIFLER MORAES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:AGOP KASSARDJIAN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:EDMUNDO LEVISKY E OUTRO(A/S)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREQUESTIONAMENTO -
CONFIGURAÇÃO - RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta
da circunstância de a matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo
Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem
como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do
recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas
razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao
preceito evocado pelo recorrente.
CONFLITO DE LEIS NO TEMPO - CADERNETA DE POUPANÇA -
JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA - PERÍODO EM CURSO - LEI
NOVA. A intangibilidade do ato jurídico perfeito não se harmoniza com a
incidência da lei nova quando, em curso o período de apuração de juros e
correção monetária, não tem o correntista a disponibilidade, sem
prejuízo, do valor depositado. Preservação de norma inserta no inciso
XXXVI do artigo 5º da Constituição Federal, no que afastada a aplicação
da lei nova.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 18/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
RE 370.877 AGR / SP
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 370.877 AGR / SP
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 370.877 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:GILBERTO EIFLER MORAES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:AGOP KASSARDJIAN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:EDMUNDO LEVISKY E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na espécie, neguei
seguimento ao extraordinário, que versava sobre a incidência de correção
monetária aos depósitos de caderneta de poupança em curso quando da
vigência da Medida Provisória nº 32/89, convertida na Lei nº 7.730/89,
ante os seguintes fundamentos (folha 707):
CADERNETA DE
POUPANÇA
-
PERÍODO EM CURSO - JUROS E
CORREÇÃO MONETÁRIA –MEDIDA
PROVISÓRIA Nº 32/89 E LEI Nº 7.730/89 -
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
-
NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
1. Determino, inicialmente, a correção da autuação, uma
vez que apenas o recurso extraordinário interposto pelo Banco
do Brasil teve o processamento deferido, ante o provimento
dado ao agravo em apenso. O recurso protocolado por Agop
Kassardjian e outros não foi admitido (folhas 600 e 601), não se
seguindo a apresentação de agravo (certidão de folha 608).
2. Quanto ao alegado enquadramento da hipótese vertente
na alínea “a” do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal,
ao contrário do que asseverado, a decisão da Corte de origem
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 370.877 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:GILBERTO EIFLER MORAES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:AGOP KASSARDJIAN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:EDMUNDO LEVISKY E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na espécie, neguei
seguimento ao extraordinário, que versava sobre a incidência de correção
monetária aos depósitos de caderneta de poupança em curso quando da
vigência da Medida Provisória nº 32/89, convertida na Lei nº 7.730/89,
ante os seguintes fundamentos (folha 707):
CADERNETA DE
POUPANÇA
-
PERÍODO EM CURSO - JUROS E
CORREÇÃO MONETÁRIA –MEDIDA
PROVISÓRIA Nº 32/89 E LEI Nº 7.730/89 -
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
-
NEGATIVA DE SEGUIMENTO.
1. Determino, inicialmente, a correção da autuação, uma
vez que apenas o recurso extraordinário interposto pelo Banco
do Brasil teve o processamento deferido, ante o provimento
dado ao agravo em apenso. O recurso protocolado por Agop
Kassardjian e outros não foi admitido (folhas 600 e 601), não se
seguindo a apresentação de agravo (certidão de folha 608).
2. Quanto ao alegado enquadramento da hipótese vertente
na alínea “a” do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal,
ao contrário do que asseverado, a decisão da Corte de origem
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Relatório
RE 370.877 AGR / SP
implicou observância ao princípio da intangibilidade do ato
jurídico perfeito e acabado. Descabe confundir aplicação
imediata da lei com a retroativa. Entender-se as cadernetas de
poupança existentes alcançadas pelo novo diploma e, repita-se,
considerado o período em curso, seria endossar a
retroatividade. A conclusão da Corte de origem mostra-se
harmônica com a intangibilidade prevista no inciso XXXVI do
rol das garantias constitucionais. Registro ainda, a ausência de
análise da matéria sob o ângulo do artigo 37, § 6º, da Carta
Maior.
3. Por tais razões, nego seguimento a este extraordinário.
4. Publique-se.
O Banco do Brasil S.A. na minuta de folha 712 a 716 alega que a
matéria merece ser revista, uma vez que a aplicação imediata da Lei nº
7.730/89 não ofendeu ato jurídico perfeito ou o direito adquirido dos
poupadores, e discorre sobre os institutos. Evoca o disposto nos artigos
5º, inciso II e XXXVI, e 37, § 6º, da Carta da República.
Os agravados não apresentaram contraminuta (certidão de folha
719).
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 370.877 AGR / SP
implicou observância ao princípio da intangibilidade do ato
jurídico perfeito e acabado. Descabe confundir aplicação
imediata da lei com a retroativa. Entender-se as cadernetas de
poupança existentes alcançadas pelo novo diploma e, repita-se,
considerado o período em curso, seria endossar a
retroatividade. A conclusão da Corte de origem mostra-se
harmônica com a intangibilidade prevista no inciso XXXVI do
rol das garantias constitucionais. Registro ainda, a ausência de
análise da matéria sob o ângulo do artigo 37, § 6º, da Carta
Maior.
3. Por tais razões, nego seguimento a este extraordinário.
4. Publique-se.
O Banco do Brasil S.A. na minuta de folha 712 a 716 alega que a
matéria merece ser revista, uma vez que a aplicação imediata da Lei nº
7.730/89 não ofendeu ato jurídico perfeito ou o direito adquirido dos
poupadores, e discorre sobre os institutos. Evoca o disposto nos artigos
5º, inciso II e XXXVI, e 37, § 6º, da Carta da República.
Os agravados não apresentaram contraminuta (certidão de folha
719).
É o relatório.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 370.877 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente
credenciado (folha 700, anverso e verso), foi protocolada dentro do prazo
legal. Conheço.
O tema versado neste processo já foi objeto de inúmeros
pronunciamentos de ambas as Turmas deste Tribunal. Em curso período
de apuração de juros e correção monetária, isso considerado contrato de
poupança, descabe admitir a incidência de lei nova, surpreendendo o
correntista que passaria a ter a opção, não aceitando a redução dos
rendimentos, de retirar o valor depositado, com prejuízo, em face dos
dias transcorridos.
A par deste aspecto, o Colegiado de origem não examinou o artigo
37, § 6º, da Constituição Federal, padecendo o recurso da ausência do
prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade do Verbete
nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
concluiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 370.877 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogado regularmente
credenciado (folha 700, anverso e verso), foi protocolada dentro do prazo
legal. Conheço.
O tema versado neste processo já foi objeto de inúmeros
pronunciamentos de ambas as Turmas deste Tribunal. Em curso período
de apuração de juros e correção monetária, isso considerado contrato de
poupança, descabe admitir a incidência de lei nova, surpreendendo o
correntista que passaria a ter a opção, não aceitando a redução dos
rendimentos, de retirar o valor depositado, com prejuízo, em face dos
dias transcorridos.
A par deste aspecto, o Colegiado de origem não examinou o artigo
37, § 6º, da Constituição Federal, padecendo o recurso da ausência do
prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade do Verbete
nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
concluiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 370.877 AGR / SP
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Por tais razões, reitero o que tive oportunidade de consignar no ato
impugnado, e que consta do relatório supra. Nego provimento a este
regimental.
É como voto.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 370.877 AGR / SP
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Por tais razões, reitero o que tive oportunidade de consignar no ato
impugnado, e que consta do relatório supra. Nego provimento a este
regimental.
É como voto.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 370.877
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : GILBERTO EIFLER MORAES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : AGOP KASSARDJIAN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : EDMUNDO LEVISKY E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 370.877
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : GILBERTO EIFLER MORAES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : AGOP KASSARDJIAN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : EDMUNDO LEVISKY E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3215872 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-18T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO - PREQUESTIONAMENTO - CONFIGURAÇÃO - RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente.
CONFLITO DE LEIS NO TEMPO - CADERNETA DE POUPANÇA - JUROS E CORREÇÃO MONETÁRIA - PERÍODO EM CURSO - LEI NOVA. A intangibilidade do ato jurídico perfeito não se harmoniza com a incidência da lei nova quando, em curso o período de apuração de juros e correção monetária, não tem o correntista a disponibilidade, sem prejuízo, do valor depositado. Preservação de norma inserta no inciso XXXVI do artigo 5º da Constituição Federal, no que afastada a aplicação da lei nova. | sjur221936 | - Acórdão citado:
(PREQUESTIONAMENTO, NECESSIDADE)
STF: AI 541696 AgR(1ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 04/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 370877 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00036 ART-00037 PAR-00006\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 370877 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : GILBERTO EIFLER MORAES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : AGOP KASSARDJIAN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : EDMUNDO LEVISKY E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 370 . 877",
"RE 370 . 877 AGR / SP",
"RE 370 . 877 AGR / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 370 . 877",
"RE 370 . 877 AGR / SP",
"RE 370 . 877 AGR / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 370 .",
"Verbete [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 370 . 877",
"Verbete [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"RE 370 . 877 AGR / SP",
"RE 370 . 877 AGR / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 370 . 877"
],
"LEGISLACAO": [
"inciso XXXVI do artigo [UNK] da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Medida Provisória [UNK] 32 / 89",
"Lei [UNK] 7 . 730 / 89",
"MEDIDA PROVISÓRIA [UNK] 32 / 89",
"LEI [UNK] 7 . 730 / 89",
"alínea “ a ” do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Medida Provisória [UNK] 32 / 89",
"Lei [UNK] 7 . 730 / 89",
"MEDIDA PROVISÓRIA [UNK] 32 / 89",
"LEI [UNK] 7 . 730 / 89",
"alínea “ a ” do inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , § [UNK] , da Carta Maior",
"Lei [UNK] 7 . 730 / 89",
"artigos [UNK] , inciso II e XXXVI , e 37 , § [UNK] , da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , § [UNK] , da Carta Maior",
"Lei [UNK] 7 . 730 / 89",
"artigos [UNK] , inciso II e XXXVI , e 37 , § [UNK] , da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 37 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
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"BANCO DO BRASIL S / A",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"PRIMEIRA TURMA",
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"-",
"Brasil"
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"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"GILBERTO EIFLER MORAES",
"AGOP KASSARDJIAN",
"EDMUNDO LEVISKY",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"GILBERTO",
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"EDMUNDO LEVISKY",
"MARCO AURÉLIO",
"Agop Kassardjian",
"MARCO AURÉLIO",
"GILBERTO EIFLER MORAES",
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"EDMUNDO LEVISKY",
"MARCO AURÉLIO",
"Agop Kassardjian",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"GILBERTO EIFLER MORAES",
"AGOP KASSARDJIAN",
"EDMUNDO LEVISKY",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"EDMUNDO LEVISKY",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
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"/",
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"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24 de fevereiro de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.689 DISTRITO
FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:GERARDO RODRIGUES DE SOUZA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JULIANA ANDRADE
ADV.(A/S)
:ÉDEN LINO DE CASTRO
EMENTA
Segundo agravo regimental no recurso extraordinário. Decisão
que, apesar de acolher a pretensão recursal da agravante, manteve a
distribuição do ônus da sucumbência tal como arbitrada na origem.
Possibilidade.
1. O pleito deduzido pelos agravados foi acolhido, mas com ordem
de compensação com posteriores reajustes salariais por eles obtidos.
2. Assim, a apuração do real montante da condenação proferida nos
autos dependerá de futura liquidação, não se podendo, desde logo,
afirmar que tal compensação teria praticamente anulado o direito de
crédito dantes reconhecido.
3. Está, portanto, adequada a verba honorária fixada em 5% sobre o
valor da condenação, pois tal verba será efetivamente mínima, se se
constatar, na fase de liquidação, a referida anulação do crédito.
4. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3121465.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
RE 506.689 AGR-SEGUNDO / DF
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 506.689 AGR-SEGUNDO / DF
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.689 DISTRITO
FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:GERARDO RODRIGUES DE SOUZA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JULIANA ANDRADE
ADV.(A/S)
:ÉDEN LINO DE CASTRO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
União interpõe tempestivo agravo regimental contra a decisão em
que, reconsiderando anterior decisão proferida nos autos, se acolheu o
apelo extremo, com a seguinte fundamentação:
“Decisão:
Vistos.
União interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 168 a
172) contra a decisão de fls. 162/163, pela qual o eminente
Ministro Sepúlveda Pertence, negou provimento ao recurso
extraordinário, com a seguinte fundamentação:
RE, a, e b, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da
1ª Região, assim ementado f. 82:
‘CONSTITUCIONAL
E
ADMINISTRATIVO.
REAJUSTE E 28,86% (VINTE E OITO VÍRGULA
OITENTA E SEIS POR CENTO) CONCEDIDO AOS
MILITARES. LEIS 8.622/93 E 8.627/93. EXTENSÃO AOS
SERVIDORES CIVIS. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART.
37 E INCISOS. CUSTAS. INDEVIDAS. AGRAVO RETIDO
NÃO CONHECIDO. COMPENSAÇÃO. RESSALVA DO
RELATOR.
1. O reajuste de 28,86% (vinte e oito vírgula oitenta e
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.689 DISTRITO
FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:GERARDO RODRIGUES DE SOUZA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JULIANA ANDRADE
ADV.(A/S)
:ÉDEN LINO DE CASTRO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
União interpõe tempestivo agravo regimental contra a decisão em
que, reconsiderando anterior decisão proferida nos autos, se acolheu o
apelo extremo, com a seguinte fundamentação:
“Decisão:
Vistos.
União interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 168 a
172) contra a decisão de fls. 162/163, pela qual o eminente
Ministro Sepúlveda Pertence, negou provimento ao recurso
extraordinário, com a seguinte fundamentação:
RE, a, e b, contra acórdão do Tribunal Regional Federal da
1ª Região, assim ementado f. 82:
‘CONSTITUCIONAL
E
ADMINISTRATIVO.
REAJUSTE E 28,86% (VINTE E OITO VÍRGULA
OITENTA E SEIS POR CENTO) CONCEDIDO AOS
MILITARES. LEIS 8.622/93 E 8.627/93. EXTENSÃO AOS
SERVIDORES CIVIS. CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART.
37 E INCISOS. CUSTAS. INDEVIDAS. AGRAVO RETIDO
NÃO CONHECIDO. COMPENSAÇÃO. RESSALVA DO
RELATOR.
1. O reajuste de 28,86% (vinte e oito vírgula oitenta e
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Relatório
RE 506.689 AGR-SEGUNDO / DF
seis por cento) concedido aos militares pelas Leis 8.622/93
e 8.627/93 ofende o princípio inscrito no art. 37, X, da
Constituição Federal, cuidando, sem duvida, de revisão
geral da remuneração dos servidores públicos.
2. Condenação em custas imprópria ante isenção
recíproca.
3. Indevida compensação desse reajuste de 28,86%,
ressalvando o ponto de vista favorável do relator.
4. Agravo retido não conhecido.
5. Apelo improvido. Remessa, tida por interposta,
parcialmente provida quanto à custas.’
Alega o RE, em suma, violação aos artigos 5º, II, e 37, X, da
Constituição Federal.
É inviável o RE.
A jurisprudência do STF reconhece como devido apenas o
índice de 28,86%, nos termos da Súmula 672 (O reajuste de
28,86%, concedido aos servidores militares pelas Leis 8.622/1993
e 8.627/1993, estende-se aos servidores civis do Poder
Executivo, observadas as eventuais compensações decorrentes
dos reajustes diferenciados concedidos pelos mesmos diplomas
legais).
A concessão de índice maior pressupõe o reexame da
legislação infraconstitucional pertinente ao caso. Esse foi o
entendimento deste Tribunal no julgamento do RE 432.362 AgR,
07.06.2005, 1ª T, Carlos Britto, assim ementado:
‘SERVIDORES MILITARES. LEIS NºS 8.622/93 E
8.627/93. REVISÃO GERAL DE VENCIMENTOS, DA
ORDEM DE 28,86%, NA FORMA DO INCISO X DO ART.
37 DA LEI DAS LEIS (REDAÇÃO ANTERIOR À EC
19/98). DIREITO AO REAJUSTE DE 31,87%.
INEXISTÊNCIA.
INTERPRETAÇÃO
DA
JURISPRUDÊNCIA
DO
SUPREMO
TRIBUNAL
FEDERAL. 1. O Plenário, ao julgar o RMS 22.307 E O RMS
22.307-ED, decidiu, por maioria, que as Leis nº 8.622/93 e
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 506.689 AGR-SEGUNDO / DF
seis por cento) concedido aos militares pelas Leis 8.622/93
e 8.627/93 ofende o princípio inscrito no art. 37, X, da
Constituição Federal, cuidando, sem duvida, de revisão
geral da remuneração dos servidores públicos.
2. Condenação em custas imprópria ante isenção
recíproca.
3. Indevida compensação desse reajuste de 28,86%,
ressalvando o ponto de vista favorável do relator.
4. Agravo retido não conhecido.
5. Apelo improvido. Remessa, tida por interposta,
parcialmente provida quanto à custas.’
Alega o RE, em suma, violação aos artigos 5º, II, e 37, X, da
Constituição Federal.
É inviável o RE.
A jurisprudência do STF reconhece como devido apenas o
índice de 28,86%, nos termos da Súmula 672 (O reajuste de
28,86%, concedido aos servidores militares pelas Leis 8.622/1993
e 8.627/1993, estende-se aos servidores civis do Poder
Executivo, observadas as eventuais compensações decorrentes
dos reajustes diferenciados concedidos pelos mesmos diplomas
legais).
A concessão de índice maior pressupõe o reexame da
legislação infraconstitucional pertinente ao caso. Esse foi o
entendimento deste Tribunal no julgamento do RE 432.362 AgR,
07.06.2005, 1ª T, Carlos Britto, assim ementado:
‘SERVIDORES MILITARES. LEIS NºS 8.622/93 E
8.627/93. REVISÃO GERAL DE VENCIMENTOS, DA
ORDEM DE 28,86%, NA FORMA DO INCISO X DO ART.
37 DA LEI DAS LEIS (REDAÇÃO ANTERIOR À EC
19/98). DIREITO AO REAJUSTE DE 31,87%.
INEXISTÊNCIA.
INTERPRETAÇÃO
DA
JURISPRUDÊNCIA
DO
SUPREMO
TRIBUNAL
FEDERAL. 1. O Plenário, ao julgar o RMS 22.307 E O RMS
22.307-ED, decidiu, por maioria, que as Leis nº 8.622/93 e
2
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Relatório
RE 506.689 AGR-SEGUNDO / DF
8.627/93 concederam uma revisão geral aos servidores
públicos da ordem de 28,86% (nem mais, nem menos), nos
termos do inciso X do art. 37 da Carta de Outubro
(redação anterior à EC 19/98). 2. A eventual concessão de
índice maior esbarra na necessidade de reexaminar a dita
legislação infraconstitucional, procedimento a um só
tempo inócuo -- porque o Pleno já se manifestou a respeito
-- e vedado em sede de recurso extraordinário. Daí a
natureza meramente reflexa ou indireta da alegada
violação ao Magno Texto. 3. Precedente: RE 419.075, 1a
Turma, Relator Ministro
Marco Aurélio. Agravo
regimental desprovido.’
Na linha do precedente, nego seguimento ao recurso
extraordinário (art. 557, caput, do C.Pr.Civil).
Alega a agravante que esta Corte, por ocasião do
julgamento do RMS nº 22.307-7, firmou orientação no ‘sentido de
ser indispensável, no caso, a compensação, considerando, ainda, que
ela se refere à questão de direito material posto em juízo, merecendo
ser apreciada no meritum causae’ (fl. 170).
Decido.
Esta Suprema Corte, no julgamento do RMS nº 22.307/DF,
fixou o entendimento de que as Leis nºs 8.622/93 e 8.627/93,
conjugadas, operaram a revisão geral da remuneração dos
servidores públicos federais, não podendo haver distinção de
índices entre servidores civis e militares, razão pela qual foi
concedida a ordem para garantir a revisão de vencimentos com
base no percentual de 28,86%. O leading case possui a seguinte
ementa:
‘RECURSO ORDINÁRIO - PRAZO - MANDADO
DE SEGURANÇA - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. O
silêncio da legislação sobre o prazo referente ao recurso
ordinário contra decisões denegatórias de segurança, ou a
estas equivalentes, como é o caso da que tenha implicado
a extinção do processo sem julgamento do mérito -
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 506.689 AGR-SEGUNDO / DF
8.627/93 concederam uma revisão geral aos servidores
públicos da ordem de 28,86% (nem mais, nem menos), nos
termos do inciso X do art. 37 da Carta de Outubro
(redação anterior à EC 19/98). 2. A eventual concessão de
índice maior esbarra na necessidade de reexaminar a dita
legislação infraconstitucional, procedimento a um só
tempo inócuo -- porque o Pleno já se manifestou a respeito
-- e vedado em sede de recurso extraordinário. Daí a
natureza meramente reflexa ou indireta da alegada
violação ao Magno Texto. 3. Precedente: RE 419.075, 1a
Turma, Relator Ministro
Marco Aurélio. Agravo
regimental desprovido.’
Na linha do precedente, nego seguimento ao recurso
extraordinário (art. 557, caput, do C.Pr.Civil).
Alega a agravante que esta Corte, por ocasião do
julgamento do RMS nº 22.307-7, firmou orientação no ‘sentido de
ser indispensável, no caso, a compensação, considerando, ainda, que
ela se refere à questão de direito material posto em juízo, merecendo
ser apreciada no meritum causae’ (fl. 170).
Decido.
Esta Suprema Corte, no julgamento do RMS nº 22.307/DF,
fixou o entendimento de que as Leis nºs 8.622/93 e 8.627/93,
conjugadas, operaram a revisão geral da remuneração dos
servidores públicos federais, não podendo haver distinção de
índices entre servidores civis e militares, razão pela qual foi
concedida a ordem para garantir a revisão de vencimentos com
base no percentual de 28,86%. O leading case possui a seguinte
ementa:
‘RECURSO ORDINÁRIO - PRAZO - MANDADO
DE SEGURANÇA - SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. O
silêncio da legislação sobre o prazo referente ao recurso
ordinário contra decisões denegatórias de segurança, ou a
estas equivalentes, como é o caso da que tenha implicado
a extinção do processo sem julgamento do mérito -
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 11
Relatório
RE 506.689 AGR-SEGUNDO / DF
mandado de segurança nº 21.112-1/PR (AGRG), relatado
pelo Ministro Celso de Mello, perante o Plenário, cujo
acórdão foi publicado no Diário da Justiça de 29 de junho
de 1990, à página 6.220 - é conducente à aplicação
analógica do artigo 33 da Lei nº 8.038/90. A oportunidade
do citado recurso submete-se à dilação de quinze dias.
REVISÃO DE VENCIMENTOS - ISONOMIA. 'a
revisão geral de remuneração dos servidores públicos,
sem distinção de índices entre servidores públicos civis e
militares, far-se-á sempre na mesma data' - inciso X -
sendo irredutíveis, sob o ângulo não simplesmente da
forma (valor nominal), mas real (poder aquisitivo) os
vencimentos dos servidores públicos civis e militares -
inciso XV, ambos do artigo 37 da Constituição Federal’
(RMS nº 22.307/DF, Relator o Ministro Marco Aurélio,
Tribunal Pleno, DJ de 13/6/97).
Contudo, nesse mesmo processo, esta Corte, ao apreciar
recurso de embargos de declaração, acolheu-os, para assentar a
necessidade de se fazer a compensação do reajuste deferido,
com os aumentos recebidos por algumas categorias. Esse
entendimento foi consolidado na Súmula nº 672:
‘O reajuste de 28,86%, concedido aos servidores
militares pelas leis 8622/1993 e 8672/1993, estende-se aos
servidores civis do Poder Executivo, observadas as
eventuais compensações decorrentes dos reajustes
diferenciados pelos mesmos diplomas legais.’
No mesmo sentido, ainda: RE nº 393.679/RJ, Relatora a
Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 16/12/05; RE nº
436.427/RS-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda
Turma, DJ 24/2/06; RE nº 510.281/SC, Relator o Ministro
Menezes Direito, DJe de 11/6/08; AI nº 599.512/SP, Relatora a
Ministra Cármen Lúcia, DJe de 22/6/11.
Ante o exposto, reconsidero a decisão agravada para dar
4
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Supremo Tribunal Federal
RE 506.689 AGR-SEGUNDO / DF
mandado de segurança nº 21.112-1/PR (AGRG), relatado
pelo Ministro Celso de Mello, perante o Plenário, cujo
acórdão foi publicado no Diário da Justiça de 29 de junho
de 1990, à página 6.220 - é conducente à aplicação
analógica do artigo 33 da Lei nº 8.038/90. A oportunidade
do citado recurso submete-se à dilação de quinze dias.
REVISÃO DE VENCIMENTOS - ISONOMIA. 'a
revisão geral de remuneração dos servidores públicos,
sem distinção de índices entre servidores públicos civis e
militares, far-se-á sempre na mesma data' - inciso X -
sendo irredutíveis, sob o ângulo não simplesmente da
forma (valor nominal), mas real (poder aquisitivo) os
vencimentos dos servidores públicos civis e militares -
inciso XV, ambos do artigo 37 da Constituição Federal’
(RMS nº 22.307/DF, Relator o Ministro Marco Aurélio,
Tribunal Pleno, DJ de 13/6/97).
Contudo, nesse mesmo processo, esta Corte, ao apreciar
recurso de embargos de declaração, acolheu-os, para assentar a
necessidade de se fazer a compensação do reajuste deferido,
com os aumentos recebidos por algumas categorias. Esse
entendimento foi consolidado na Súmula nº 672:
‘O reajuste de 28,86%, concedido aos servidores
militares pelas leis 8622/1993 e 8672/1993, estende-se aos
servidores civis do Poder Executivo, observadas as
eventuais compensações decorrentes dos reajustes
diferenciados pelos mesmos diplomas legais.’
No mesmo sentido, ainda: RE nº 393.679/RJ, Relatora a
Ministra Ellen Gracie, Segunda Turma, DJ de 16/12/05; RE nº
436.427/RS-AgR, Relator o Ministro Gilmar Mendes, Segunda
Turma, DJ 24/2/06; RE nº 510.281/SC, Relator o Ministro
Menezes Direito, DJe de 11/6/08; AI nº 599.512/SP, Relatora a
Ministra Cármen Lúcia, DJe de 22/6/11.
Ante o exposto, reconsidero a decisão agravada para dar
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11
Relatório
RE 506.689 AGR-SEGUNDO / DF
provimento ao recurso extraordinário no sentido de possibilitar
à recorrente a proceder às eventuais compensações decorrentes
dos reajustes diferenciados ocasionados pelos acréscimos do
reposicionamento previsto nas Leis nºs 8.622/93 e 8.627/93.
Tendo os agravados decaído de pequena parte de sua
pretensão, mantenho o ônus da sucumbência tal como
determinado na origem.
Publique-se.
Brasília, 17 de agosto de 2012” (fls. 174 a 177).
Asseverou a agravante que a compensação permitida pela decisão
atacada implicou, na prática, a anulação do direito de crédito dos
agravados e, assim, o ônus da sucumbência deveria ter sido
proporcionalmente distribuído entre as partes.
É o relatório.
5
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Supremo Tribunal Federal
RE 506.689 AGR-SEGUNDO / DF
provimento ao recurso extraordinário no sentido de possibilitar
à recorrente a proceder às eventuais compensações decorrentes
dos reajustes diferenciados ocasionados pelos acréscimos do
reposicionamento previsto nas Leis nºs 8.622/93 e 8.627/93.
Tendo os agravados decaído de pequena parte de sua
pretensão, mantenho o ônus da sucumbência tal como
determinado na origem.
Publique-se.
Brasília, 17 de agosto de 2012” (fls. 174 a 177).
Asseverou a agravante que a compensação permitida pela decisão
atacada implicou, na prática, a anulação do direito de crédito dos
agravados e, assim, o ônus da sucumbência deveria ter sido
proporcionalmente distribuído entre as partes.
É o relatório.
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.689 DISTRITO
FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não merece prosperar a irresignação.
A presente ação foi acolhida na origem e, posteriormente, esta Corte
reconheceu, à agravante, a possibilidade de “proceder às eventuais
compensações decorrentes dos reajustes diferenciados ocasionados pelos
acréscimos do reposicionamento previsto nas Leis nºs 8.622/93 e 8.627/93” (fl.
177).
Vê-se, portanto, que se fez alusão a eventuais compensações, sendo
certo que o montante final da condenação, em virtude disso, apenas
poderá ser apurado ao final do processo, em fase de liquidação do
julgado.
Bem por isso, manteve-se a fixação do ônus da sucumbência tal
como arbitrado na origem, pois o direito perseguido pelos agravados com
o ajuizamento da ação acabou por ser reconhecido, com ordem, porém,
de processar-se eventual compensação, se cabível.
Diga-se, ainda, que, como a condenação na verba honorária foi
fixada em percentual a incidir sobre o valor da condenação, tem-se que
essa será efetivamente pequena, se, afinal, reconhecer-se, tal como
asseverado pela agravante, que “a compensação praticamente anula o direito
de crédito dos ora agravados” (fl. 184).
Inviável, destarte, reconhecer-se, desde logo, que o direito
reconhecido aos agravados seria insignificante, a ponto de alterar a
distribuição do ônus da sucumbência efetuada na origem
Assim, e a rigor, quanto menor for o valor da condenação afinal
apurada, menor será a verba honorária devida pela agravante, o que –
repita-se – apenas em fase de liquidação do julgado poderá ser
devidamente dimensionado.
Adequada, portanto, mostra-se a distribuição do ônus da
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3121463.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.689 DISTRITO
FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Não merece prosperar a irresignação.
A presente ação foi acolhida na origem e, posteriormente, esta Corte
reconheceu, à agravante, a possibilidade de “proceder às eventuais
compensações decorrentes dos reajustes diferenciados ocasionados pelos
acréscimos do reposicionamento previsto nas Leis nºs 8.622/93 e 8.627/93” (fl.
177).
Vê-se, portanto, que se fez alusão a eventuais compensações, sendo
certo que o montante final da condenação, em virtude disso, apenas
poderá ser apurado ao final do processo, em fase de liquidação do
julgado.
Bem por isso, manteve-se a fixação do ônus da sucumbência tal
como arbitrado na origem, pois o direito perseguido pelos agravados com
o ajuizamento da ação acabou por ser reconhecido, com ordem, porém,
de processar-se eventual compensação, se cabível.
Diga-se, ainda, que, como a condenação na verba honorária foi
fixada em percentual a incidir sobre o valor da condenação, tem-se que
essa será efetivamente pequena, se, afinal, reconhecer-se, tal como
asseverado pela agravante, que “a compensação praticamente anula o direito
de crédito dos ora agravados” (fl. 184).
Inviável, destarte, reconhecer-se, desde logo, que o direito
reconhecido aos agravados seria insignificante, a ponto de alterar a
distribuição do ônus da sucumbência efetuada na origem
Assim, e a rigor, quanto menor for o valor da condenação afinal
apurada, menor será a verba honorária devida pela agravante, o que –
repita-se – apenas em fase de liquidação do julgado poderá ser
devidamente dimensionado.
Adequada, portanto, mostra-se a distribuição do ônus da
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 506.689 AGR-SEGUNDO / DF
sucumbência arbitrada nos autos, a não merecer reparos.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 506.689 AGR-SEGUNDO / DF
sucumbência arbitrada nos autos, a não merecer reparos.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
2
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Revisão de Apartes
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.689 DISTRITO
FEDERAL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, tive
pequena dúvida, mas a elucidei. Esses casos em que se discute o vale-
refeição, versa-se quanto a ex-empregados da Caixa Econômica Estadual,
e, no tocante a eles preservaram-se os direitos existentes à época. Não é
aquela questão que está no Pleno com empate de quatro a quatro da
atualização relativa a servidores do Estado?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Não.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Estou acompanhando,
tendo em conta essa distinção. Vossa Excelência inclusive, no enunciado,
a aponta.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Inclusive, nestes casos, eu cito aqui a decisão tomada no Plenário
virtual.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque o outro caso é
de servidores propriamente ditos, e se tem o congelamento.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Então, nestes casos todos, Vossa Excelência me acompanha.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.689 DISTRITO
FEDERAL
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, tive
pequena dúvida, mas a elucidei. Esses casos em que se discute o vale-
refeição, versa-se quanto a ex-empregados da Caixa Econômica Estadual,
e, no tocante a eles preservaram-se os direitos existentes à época. Não é
aquela questão que está no Pleno com empate de quatro a quatro da
atualização relativa a servidores do Estado?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Não.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Estou acompanhando,
tendo em conta essa distinção. Vossa Excelência inclusive, no enunciado,
a aponta.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Inclusive, nestes casos, eu cito aqui a decisão tomada no Plenário
virtual.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque o outro caso é
de servidores propriamente ditos, e se tem o congelamento.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Então, nestes casos todos, Vossa Excelência me acompanha.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.689
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : GERARDO RODRIGUES DE SOUZA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JULIANA ANDRADE
ADV.(A/S) : ÉDEN LINO DE CASTRO
Decisão: A Turma negou provimento ao segundo agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506.689
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : GERARDO RODRIGUES DE SOUZA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JULIANA ANDRADE
ADV.(A/S) : ÉDEN LINO DE CASTRO
Decisão: A Turma negou provimento ao segundo agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076470
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3160876 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | SEGUNDO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
Segundo agravo regimental no recurso extraordinário. Decisão que, apesar de acolher a pretensão recursal da agravante, manteve a distribuição do ônus da sucumbência tal como arbitrada na origem. Possibilidade.
1. O pleito deduzido pelos agravados foi acolhido, mas com ordem de compensação com posteriores reajustes salariais por eles obtidos.
2. Assim, a apuração do real montante da condenação proferida nos autos dependerá de futura liquidação, não se podendo, desde logo, afirmar que tal compensação teria praticamente anulado o direito de crédito dantes reconhecido.
3. Está, portanto, adequada a verba honorária fixada em 5% sobre o valor da condenação, pois tal verba será efetivamente mínima, se se constatar, na fase de liquidação, a referida anulação do crédito.
4. Agravo regimental não provido. | sjur220635 | Número de páginas: 11.
Análise: 12/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 506689 | null | RE-AgR-segundo | acordaos | RE 506689 AgR-segundo | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
ADV.(A/S) : ÉDEN LINO DE CASTRO
AGDO.(A/S) : GERARDO RODRIGUES DE SOUZA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JULIANA ANDRADE | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506 . 689",
"RE 506 . 689 AGR - SEGUNDO / DF",
"RE 506 . 689",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 506 . 689",
"RE 506 . 689 AGR - SEGUNDO / DF",
"RE 432 . 362 AgR",
"RMS 22 . 307",
"RMS 22 . 307 - ED",
"RE 506 . 689",
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"RE 506 . 689 AGR - SEGUNDO / DF 8 . 627 / 93",
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"RE [UNK] 393 . 679 / RJ",
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"RE [UNK] 510 . 281 / SC",
"AI [UNK] 599 . 512 / SP",
"RE 506 . 689 AGR - SEGUNDO / DF",
"RE 506 . 689 AGR - SEGUNDO / DF",
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"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"LEIS 8 . 622 / 93",
"8",
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"627",
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"93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEIS 8 . 622 / 93",
"8",
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"art . 37 , X , da Constituição Federal",
"artigos [UNK] , II , e 37 , X , da Constituição Federal",
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"8",
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"627",
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"1993",
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"8",
".",
"627",
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"93",
"INCISO X DO ART . 37 DA LEI DAS LEIS",
"EC 19 / 98",
"Leis [UNK] 8 . 622 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis 8 . 622 / 93",
"8",
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"627",
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"93",
"art . 37 , X , da Constituição Federal",
"artigos [UNK] , II , e 37 , X , da Constituição Federal",
"Leis 8 . 622 / 1993",
"8",
".",
"627",
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"1993",
"LEIS [UNK] 8 . 622 / 93",
"8",
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"627",
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"INCISO X DO ART . 37 DA LEI DAS LEIS",
"EC 19 / 98",
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"inciso X do art . 37 da Carta de Outubro",
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"627",
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"inciso X do art . 37 da Carta de Outubro",
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"627",
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"artigo 33 da Lei [UNK] 8 . 038 / 90",
"inciso XV , ambos do artigo 37 da Constituição Federal",
"leis 8622 / 1993",
"8672",
"/",
"1993",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 33 da Lei [UNK] 8 . 038 / 90",
"inciso XV , ambos do artigo 37 da Constituição Federal",
"leis 8622 / 1993",
"8672",
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"1993",
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"627",
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"93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"8",
".",
"627",
"/",
"93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis [UNK] 8 . 622 / 93",
"8",
".",
"627",
"/",
"93",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
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"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
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"ORGANIZACAO": [
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Segunda Turma",
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"Caixa Econômica Estadual",
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"Plenário",
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"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
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"-",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
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"-",
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],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"GERARDO RODRIGUES DE SOUZA",
"JULIANA ANDRADE",
"ÉDEN LINO DE CASTRO",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"GERARDO RODRIGUES DE SOUZA",
"JULIANA ANDRADE",
"ÉDEN LINO DE CASTRO",
"DIAS",
"TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"DIAS TOFFOLI",
"GERARDO RODRIGUES DE SOUZA",
"JULIANA ANDRADE",
"ÉDEN LINO DE CASTRO",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Britto",
"Carlos Britto",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
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"Menezes Direito",
"Cármen Lúcia",
"Celso de Mello",
"Marco Aurélio",
"Ellen Gracie",
"Gilmar Mendes",
"Menezes Direito",
"Cármen Lúcia",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
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"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"GERARDO RODRIGUES DE SOUZA",
"JULIANA ANDRADE",
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"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
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"DIAS TOFFOLI",
"GERARDO RODRIGUES DE SOUZA",
"JULIANA ANDRADE",
"ÉDEN LINO DE CASTRO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
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"TEMPO": [
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"30 de outubro de 2012",
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".",
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".",
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".",
"06",
".",
"2005",
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"08",
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"/",
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"6",
"/",
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"6",
"/",
"11",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"29 de junho de 1990",
"13",
"/",
"6",
"/",
"97",
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"06",
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"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"2001",
"30",
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"24",
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"08",
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"2001",
"30",
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"10",
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"2012",
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"08",
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"2001",
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"10",
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"10",
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"24",
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"08",
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"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.849 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CARMELITA TOSCAN SALVADOR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:RUI FERNANDO HÜBNER E OUTRO(A/S)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação
da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207011.
Supremo Tribunal Federal
DJe 19/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.849 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CARMELITA TOSCAN SALVADOR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:RUI FERNANDO HÜBNER E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 324 e 325,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LEGAIS
–
INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO
DE AGRAVO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última
análise, o reexame dos elementos probatórios para, com
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.849 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIÃO
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S)
:CARMELITA TOSCAN SALVADOR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:RUI FERNANDO HÜBNER E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 324 e 325,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE
NORMAS
LEGAIS
–
INVIABILIDADE – DESPROVIMENTO
DE AGRAVO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência – a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Tribunal de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última
análise, o reexame dos elementos probatórios para, com
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Relatório
AI 854.849 AGR / RS
fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do
recurso.
Acresce que o acórdão impugnado mediante o
extraordinário revela interpretação de normas estritamente
legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de
articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se
submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do
artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à
sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que
deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência
do Tribunal.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
A União, na minuta de folha 332 a 337, insiste no processamento do
extraordinário. Alude à natureza constitucional da matéria e à
desnecessidade de reexame do conjunto fático-probatório. Assevera estar
configurada a ofensa ao princípio da legalidade expresso nos artigos 5º e
37 da Carta da República. Sustenta que foram afastados atos normativos
secundários formalizados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
A parte agravada, instada a manifestar-se, não apresentou
contraminuta (certidão de folha 344).
É o relatório.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3207012.
Supremo Tribunal Federal
AI 854.849 AGR / RS
fundamento em quadro diverso, assentar a viabilidade do
recurso.
Acresce que o acórdão impugnado mediante o
extraordinário revela interpretação de normas estritamente
legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de
articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se
submeter a análise matéria que não se enquadra no inciso III do
artigo 102 da Constituição Federal. Este agravo somente serve à
sobrecarga da máquina judiciária, ocupando espaço que
deveria ser utilizado na apreciação de processo da competência
do Tribunal.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
A União, na minuta de folha 332 a 337, insiste no processamento do
extraordinário. Alude à natureza constitucional da matéria e à
desnecessidade de reexame do conjunto fático-probatório. Assevera estar
configurada a ofensa ao princípio da legalidade expresso nos artigos 5º e
37 da Carta da República. Sustenta que foram afastados atos normativos
secundários formalizados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
A parte agravada, instada a manifestar-se, não apresentou
contraminuta (certidão de folha 344).
É o relatório.
2
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.849 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste
agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça,
subscrita, entre outros, pelo Advogado-Geral da União, foi protocolada
no prazo legal. Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional do tema,
atentem para o que decidido pelo Tribunal de origem (folha 208-verso):
[...]
O cerne da discussão que reclama a providência judicial,
deve-se ao fato de as Leis n.º 9.421/96 e n.º 10.475/02 terem
supostamente silenciado quanto à retribuição pecuniária devida
aos escrivães eleitorais. Por conta de tal omissão, identificada
pelo Tribunal Superior Eleitoral, foi editada a Resolução n.º
19.784/97 e a Portaria n.º 158/02, consideradas supridas,
portanto, as insuficiências de regulamentação quanto às
funções exercidas pelos escrivães eleitorais, vez que foi fixada a
remuneração, no primeiro caso, referenciada somente no Valor
Básico da FC-3 e, no segundo, mantendo-se aquela que vinha
sendo praticada anteriormente à última reestruturação, ao
arrepio da Lei n.º 10.475/02.
O que se pergunta, no caso, é se pode o administrador
público, por regulamento - resolução, portaria ou outro ato de
igual abrangência - limitar ou elastecer as disposições da lei.
A resposta, sem dúvida, é negativa.
[...]
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.849 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste
agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça,
subscrita, entre outros, pelo Advogado-Geral da União, foi protocolada
no prazo legal. Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional do tema,
atentem para o que decidido pelo Tribunal de origem (folha 208-verso):
[...]
O cerne da discussão que reclama a providência judicial,
deve-se ao fato de as Leis n.º 9.421/96 e n.º 10.475/02 terem
supostamente silenciado quanto à retribuição pecuniária devida
aos escrivães eleitorais. Por conta de tal omissão, identificada
pelo Tribunal Superior Eleitoral, foi editada a Resolução n.º
19.784/97 e a Portaria n.º 158/02, consideradas supridas,
portanto, as insuficiências de regulamentação quanto às
funções exercidas pelos escrivães eleitorais, vez que foi fixada a
remuneração, no primeiro caso, referenciada somente no Valor
Básico da FC-3 e, no segundo, mantendo-se aquela que vinha
sendo praticada anteriormente à última reestruturação, ao
arrepio da Lei n.º 10.475/02.
O que se pergunta, no caso, é se pode o administrador
público, por regulamento - resolução, portaria ou outro ato de
igual abrangência - limitar ou elastecer as disposições da lei.
A resposta, sem dúvida, é negativa.
[...]
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 854.849 AGR / RS
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação de
regência.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício dos
agravados.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 854.849 AGR / RS
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação de
regência.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício dos
agravados.
2
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.849
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : CARMELITA TOSCAN SALVADOR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RUI FERNANDO HÜBNER E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076696
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 854.849
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : UNIÃO
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : CARMELITA TOSCAN SALVADOR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RUI FERNANDO HÜBNER E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076696
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3216406 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-19T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. | sjur222214 | Número de páginas: 6.
Análise: 16/01/2013, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 854849 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-000942 ANO-1996\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-010475 ANO-2002\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 854849 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGTE.(S) : UNIÃO
AGDO.(A/S) : CARMELITA TOSCAN SALVADOR E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RUI FERNANDO HÜBNER E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 854 . 849",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 854 . 849",
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"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigos [UNK] e 37 da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigos [UNK] e 37 da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis n . [UNK] 9 . 421 / 96",
"n",
".",
"[UNK] 10 . 475 / 02",
"Resolução n . [UNK] 19 . 784 / 97",
"Portaria n . [UNK] 158 / 02",
"Lei n . [UNK] 10 . 475 / 02",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Leis n . [UNK] 9 . 421 / 96",
"n",
".",
"[UNK] 10 . 475 / 02",
"Resolução n . [UNK] 19 . 784 / 97",
"Portaria n . [UNK] 158 /",
"Lei n . [UNK] 10 . 475 / 02",
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"Carta da República",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
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"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
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"UNIÃO",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"UNIÃO",
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"UNIÃO",
"UNIÃO",
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"RUI FERNANDO HÜBNER",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"CARMELITA TOSCAN SALVADOR",
"RUI FERNANDO HÜBNER",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"CARMELITA TOSCAN SALVADOR",
"RUI FERNANDO HÜBNER",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"CARMELITA TOSCAN SALVADOR",
"RUI FERNANDO HÜBNER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"CARMELITA TOSCAN SALVADOR",
"RUI FERNANDO HÜBNER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 383.472 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:FEDERAÇÃO
DOS
EMPREGADOS
EM
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DOS ESTADOS
DE MINAS GERAIS, GOIÁS, TOCANTINS
E
DISTRITO FEDERAL E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ TÔRRES DAS NEVES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SINDICATO DOS BANCOS DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S)
:FLÁVIO SILVA BORGES
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 3ª
REGIÃO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL –
DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação
concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se
enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de
outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação
jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do
recorrente.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário , nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147449.
Supremo Tribunal Federal
DJe 11/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Ementa e Acórdão
RE 383.472 AGR / MG
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 383.472 AGR / MG
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 383.472 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:FEDERAÇÃO
DOS
EMPREGADOS
EM
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DOS ESTADOS
DE MINAS GERAIS, GOIÁS, TOCANTINS
E
DISTRITO FEDERAL E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ TÔRRES DAS NEVES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SINDICATO DOS BANCOS DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S)
:FLÁVIO SILVA BORGES
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 3ª
REGIÃO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O ministro Maurício
Corrêa, a quem sucedi na relatoria deste processo, proferiu a decisão de
folha 920, do seguinte teor:
Discute-se nestes autos a legitimidade da contribuição
confederativa exigida de filiados e de não-filiados à entidade
sindical.
2. A jurisprudência deste Tribunal a respeito da matéria é
no sentido de que à contribuição confederativa estão sujeitos
somente os filiados à entidade de representação profissional
(RE 193174, Octávio Gallotti, DJ de 09.06.2000); é legítima a
contribuição assistencial estipulada em convenção coletiva
(CLT, artigos 462 e 545), mas o seu desconto em folha de
pagamento tem como pressuposto a autorização ou a não-
oposição do trabalhador (RE 220120/SP, Sepúlveda Pertence, DJ
de 22.05.98) e que a contribuição sindical, dada a sua natureza
tributária, é compulsória para os filiados e não-filiados ao
sindicato da categoria profissional a que pertençam (RE
198092/SP, Carlos Velloso, DJ de 11.10.96).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147450.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 383.472 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:FEDERAÇÃO
DOS
EMPREGADOS
EM
ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DOS ESTADOS
DE MINAS GERAIS, GOIÁS, TOCANTINS
E
DISTRITO FEDERAL E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ TÔRRES DAS NEVES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SINDICATO DOS BANCOS DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S)
:FLÁVIO SILVA BORGES
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 3ª
REGIÃO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – O ministro Maurício
Corrêa, a quem sucedi na relatoria deste processo, proferiu a decisão de
folha 920, do seguinte teor:
Discute-se nestes autos a legitimidade da contribuição
confederativa exigida de filiados e de não-filiados à entidade
sindical.
2. A jurisprudência deste Tribunal a respeito da matéria é
no sentido de que à contribuição confederativa estão sujeitos
somente os filiados à entidade de representação profissional
(RE 193174, Octávio Gallotti, DJ de 09.06.2000); é legítima a
contribuição assistencial estipulada em convenção coletiva
(CLT, artigos 462 e 545), mas o seu desconto em folha de
pagamento tem como pressuposto a autorização ou a não-
oposição do trabalhador (RE 220120/SP, Sepúlveda Pertence, DJ
de 22.05.98) e que a contribuição sindical, dada a sua natureza
tributária, é compulsória para os filiados e não-filiados ao
sindicato da categoria profissional a que pertençam (RE
198092/SP, Carlos Velloso, DJ de 11.10.96).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
RE 383.472 AGR / MG
Ante o exposto, com base no artigo 21, § 1º, do RISTF,
nego seguimento ao recurso extraordinário.
Intime-se.
As entidades sindicais, na minuta de folha 923 a 927, pretendem de
início, a nulidade do acórdão formalizado pelo Tribunal Superior do
Trabalho, por negativa de prestação jurisdicional. Apontam a
ilegitimidade do Ministério Público para o ajuizamento de ação
anulatória de cláusula convenção coletiva. No mérito, ressaltam estar em
jogo, não contribuição confederativa, mas desconto assistencial.
Sustentam a natureza constitucional do tema. Defendem a incidência do
desconto sobre toda a categoria profissional. Evocam os artigos 5º, incisos
XXXV e LV, 8º, incisos IV e V, 93, inciso IX, e 127 da Carta da República.
A parte agravada, instada a manifestar-se, não apresentou
contraminuta (certidão de folha 931).
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147450.
Supremo Tribunal Federal
RE 383.472 AGR / MG
Ante o exposto, com base no artigo 21, § 1º, do RISTF,
nego seguimento ao recurso extraordinário.
Intime-se.
As entidades sindicais, na minuta de folha 923 a 927, pretendem de
início, a nulidade do acórdão formalizado pelo Tribunal Superior do
Trabalho, por negativa de prestação jurisdicional. Apontam a
ilegitimidade do Ministério Público para o ajuizamento de ação
anulatória de cláusula convenção coletiva. No mérito, ressaltam estar em
jogo, não contribuição confederativa, mas desconto assistencial.
Sustentam a natureza constitucional do tema. Defendem a incidência do
desconto sobre toda a categoria profissional. Evocam os artigos 5º, incisos
XXXV e LV, 8º, incisos IV e V, 93, inciso IX, e 127 da Carta da República.
A parte agravada, instada a manifestar-se, não apresentou
contraminuta (certidão de folha 931).
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 383.472 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituído (folha 114 a 128), foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal Superior do
Trabalho, assentando a ilegalidade da previsão, glosou a cobrança do
desconto assistencial no tocante aos empregados não associados a
sindicatos.
O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e
não considerada a Carta da República. A conclusão adotada pelo
Colegiado de origem fez-se alicerçada em interpretação conferida à
legislação de regência.
Acresce que o Supremo, no Agravo de Instrumento nº 752.633/SP,
concluiu pela inexistência de repercussão geral do tema concernente à
exigibilidade de contribuição assistencial, prevista em norma coletiva,
relativamente a trabalhadores não sindicalizados, tendo em vista a
natureza infraconstitucional da matéria.
A questão alusiva à legitimidade do Ministério Público do Trabalho
também envolve o exame de norma infraconstitucional, a Lei
Complementar nº 75/83, denominada Lei Orgânica do Ministério Público
da União.
No mais, anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses
da parte. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho na
origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 383.472 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituído (folha 114 a 128), foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal Superior do
Trabalho, assentando a ilegalidade da previsão, glosou a cobrança do
desconto assistencial no tocante aos empregados não associados a
sindicatos.
O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e
não considerada a Carta da República. A conclusão adotada pelo
Colegiado de origem fez-se alicerçada em interpretação conferida à
legislação de regência.
Acresce que o Supremo, no Agravo de Instrumento nº 752.633/SP,
concluiu pela inexistência de repercussão geral do tema concernente à
exigibilidade de contribuição assistencial, prevista em norma coletiva,
relativamente a trabalhadores não sindicalizados, tendo em vista a
natureza infraconstitucional da matéria.
A questão alusiva à legitimidade do Ministério Público do Trabalho
também envolve o exame de norma infraconstitucional, a Lei
Complementar nº 75/83, denominada Lei Orgânica do Ministério Público
da União.
No mais, anoto não equivaler à negativa de prestação jurisdicional o
julgamento fundamentado da controvérsia, mas contrário aos interesses
da parte. Está-se diante de conflito de interesses que tem desfecho na
origem, não ensejando campo ao acesso ao Supremo.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3147451.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 383.472
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : FEDERAÇÃO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS
DOS ESTADOS DE MINAS GERAIS, GOIÁS, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ TÔRRES DAS NEVES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS BANCOS DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : FLÁVIO SILVA BORGES
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076454
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 383.472
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : FEDERAÇÃO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS
DOS ESTADOS DE MINAS GERAIS, GOIÁS, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL E
OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ TÔRRES DAS NEVES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS BANCOS DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : FLÁVIO SILVA BORGES
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076454
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3176615 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-11T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PRESTAÇÃO JURISDICIONAL – DEVIDO PROCESSO LEGAL. Se, de um lado, é possível ter-se situação concreta em que transgredido o devido processo legal a ponto de se enquadrar o recurso extraordinário no permissivo que lhe é próprio, de outro, descabe confundir a ausência de aperfeiçoamento da prestação jurisdicional com a entrega de forma contrária aos interesses do recorrente. | sjur221299 | - Acórdão (s) citado (s):
(EXIGIBILIDADE, CONTRIBUIÇÃO ASSSISTENCIAL, PREVISÃO, NORMA COLETIVA, EMPREGADO NÃO SINDICALIZADO, REPERCUSSÃO GERAL, AUSÊNCIA)
STF: AI 752633 RG (TP).
Número de páginas: 6.
Análise: 19/12/2012, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 383472 | [
"LEG-FED LCP-000075 ANO-1983\r\n LEI COMPLEMENTAR"
] | RE-AgR | acordaos | RE 383472 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : FEDERAÇÃO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DOS ESTADOS DE MINAS GERAIS, GOIÁS, TOCANTINS E DISTRITO FEDERAL E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ TÔRRES DAS NEVES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS BANCOS DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : FLÁVIO SILVA BORGES
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA 3ª REGIÃO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 383 . 472",
"RE 383 . 472 AGR / MG",
"RE 383 . 472 AGR / MG",
"RE 193174",
"RE 220120 / SP",
"RE 198092 / SP",
"RE 193174",
"RE 220120 / SP",
"RE 198092 / SP",
"RE 383 . 472 AGR / MG",
"RE 383 . 472 AGR / MG",
"Agravo de Instrumento [UNK] 752 . 633 / SP",
"RECURSO",
"Agravo de Instrumento [UNK] 752 . 633 / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 383 . 472",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 383 . 472"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CLT , artigos 462 e 545",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CLT , artigos 462 e 545",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF",
"artigos [UNK] , incisos XXXV e LV , [UNK] , incisos IV e V , 93 , inciso IX , e 127 da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF",
"artigos [UNK] , incisos XXXV e LV , [UNK] , incisos IV e V , 93 , inciso IX , e 127 da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"Lei Complementar [UNK] 75 / 83",
"Lei Orgânica do Ministério Público da União",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"Lei Complementar [UNK] 75 / 83",
"Lei Orgânica do",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"ESTADOS DE MINAS GERAIS",
"GOIÁS",
"TOCANTINS",
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"ESTADOS DE MINAS GERAIS",
"GOIÁS",
"TOCANTINS",
"DISTRITO FEDERAL",
"MINAS GERAIS",
"GOIÁS",
"TOCANTINS",
"DISTRITO FEDERAL",
"MINAS GERAIS",
"GOIÁS",
"TOCANTINS",
"DISTRITO FEDERAL",
"MINAS GERAIS",
"GOIÁS",
"TOCANTINS",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"FEDERAÇÃO DOS",
"SINDICATO DOS BANCOS DE MINAS GERAIS",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA [UNK] REGIÃO",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS BANCOS DE MINAS GERAIS",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA",
"[UNK] REGIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"FEDERAÇÃO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS BANCÁRIOS DOS ESTADOS DE",
"SINDICATO DOS BANCOS DE MINAS GERAIS",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA [UNK] REGIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo",
"Ministério Público do Trabalho",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo",
"Ministério Público do Trabalho",
"Ministério Público da União",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SINDICATO DOS BANCOS DE MINAS GERAIS",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA [UNK] REGIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"FEDERAÇÃO",
"SINDICATO DOS BANCOS DE MINAS GERAIS",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO DA [UNK] REGIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"JOSÉ TÔRRES DAS NEVES",
"FLÁVIO SILVA BORGES",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"JOSÉ TÔRRES DAS NEVES",
"FLÁVIO SILVA BORGES",
"MARCO AURÉLIO",
"Maurício Corrêa",
"Octávio Gallotti",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"MARCO AURÉLIO",
"JOSÉ TÔRRES DAS NEVES",
"FLÁVIO SILVA BORGES",
"MARCO AURÉLIO",
"Maurício Corrêa",
"Octávio Gallotti",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FEDERAÇÃO",
"JOSÉ TÔRRES DAS NEVES",
"FLÁVIO SILVA BORGES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"JOSÉ TÔRRES DAS NEVES",
"FLÁVIO SILVA BORGES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"09",
".",
"06",
".",
"2000",
"22",
".",
"05",
".",
"98",
"11",
".",
"10",
".",
"96",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"09",
".",
"06",
".",
"2000",
"22",
".",
"05",
".",
"98",
"11",
".",
"10",
".",
"96",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"30",
".",
"10",
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"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.729 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S)
:PELAGRA THEREZA CAYE
ADV.(A/S)
:MARCELO MULLER DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação
da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3168438.
Supremo Tribunal Federal
DJe 13/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.729 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S)
:PELAGRA THEREZA CAYE
ADV.(A/S)
:MARCELO MULLER DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 168 e 169,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS
– FALTA DE PREQUESTIONAMENTO –
INVIABILIDADE.
1. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul
negou acolhida a pedido formulado em apelação, ante
fundamentos assim resumidos (folha 100):
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. AÇÃO
ORDINÁRIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL
(ART. 157, I DA CF). FÉRIAS NÃO-GOZADAS. NÃO-
INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA.
A verba recebida a título de férias não-gozadas tem
natureza indenizatória, não constituindo, pois, fato
gerador do imposto de renda. Precedentes do STJ.
APELO IMPROVIDO.
O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3168439.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.729 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S)
:PELAGRA THEREZA CAYE
ADV.(A/S)
:MARCELO MULLER DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 168 e 169,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS
– FALTA DE PREQUESTIONAMENTO –
INVIABILIDADE.
1. O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul
negou acolhida a pedido formulado em apelação, ante
fundamentos assim resumidos (folha 100):
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. AÇÃO
ORDINÁRIA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL
(ART. 157, I DA CF). FÉRIAS NÃO-GOZADAS. NÃO-
INCIDÊNCIA DO IMPOSTO DE RENDA.
A verba recebida a título de férias não-gozadas tem
natureza indenizatória, não constituindo, pois, fato
gerador do imposto de renda. Precedentes do STJ.
APELO IMPROVIDO.
O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o
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Relatório
AI 749.729 AGR / RS
acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à
Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso
que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição
Federal.
Acresce que, no caso dos autos, o que sustentado nas
razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão
julgador. Assim, padece o recurso da ausência de
prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da
Súmula desta Corte. Este agravo somente serve à sobrecarga da
máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo
utilizado no exame de outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
O Estado do Rio Grande do Sul, na minuta de folha 171 a 173, insiste
no processamento do extraordinário. Articula com a ofensa ao artigo 157,
inciso I, da Carta da República. Ressalta o prequestionamento da matéria
constitucional. Discorre sobre o mérito, sustentando a própria
ilegitimidade passiva e a incompetência da Justiça Estadual para julgar o
pedido de restituição dos valores retidos na fonte, considerado o imposto
de renda.
A parte agravada, instada a manifestar-se, não apresentou
contraminuta (certidão de folha 177).
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3168439.
Supremo Tribunal Federal
AI 749.729 AGR / RS
acesso ao Supremo. À mercê de articulação sobre a violência à
Carta da República, pretende-se guindar a esta Corte recurso
que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição
Federal.
Acresce que, no caso dos autos, o que sustentado nas
razões do extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão
julgador. Assim, padece o recurso da ausência de
prequestionamento, esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da
Súmula desta Corte. Este agravo somente serve à sobrecarga da
máquina judiciária, ocupando espaço que deveria estar sendo
utilizado no exame de outro processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
O Estado do Rio Grande do Sul, na minuta de folha 171 a 173, insiste
no processamento do extraordinário. Articula com a ofensa ao artigo 157,
inciso I, da Carta da República. Ressalta o prequestionamento da matéria
constitucional. Discorre sobre o mérito, sustentando a própria
ilegitimidade passiva e a incompetência da Justiça Estadual para julgar o
pedido de restituição dos valores retidos na fonte, considerado o imposto
de renda.
A parte agravada, instada a manifestar-se, não apresentou
contraminuta (certidão de folha 177).
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.729 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por procurador do Estado, foi
protocolada no prazo legal. Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do
Estado do Rio Grande do Sul assentou a natureza indenizatória da
quantia percebida a título de férias não gozadas, pelo que consignou estar
a aludida verba fora do âmbito de incidência do imposto de renda. Tendo
em conta a retenção na fonte por parte do Estado, apontou a competência
da Justiça Estadual para o julgamento da ação de repetição do indébito.
O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e
não considerada a Carta da República. A conclusão adotada pelo
Colegiado de origem fez-se alicerçada em interpretação conferida à
legislação de regência.
No mais, o Supremo, no Recurso Extraordinário nº 684.169/RS, da
relatoria do ministro Luiz Fux, reafirmou o entendimento jurisprudencial
e concluiu pela competência estadual para o julgamento de ação em que
se discute a restituição de valores arrecadados a título de imposto de
renda retido na fonte, incidente sobre os rendimentos pagos aos
servidores estaduais e repassados ao estado-membro, ante a ausência de
interesse da União.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3168440.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.729 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por procurador do Estado, foi
protocolada no prazo legal. Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça do
Estado do Rio Grande do Sul assentou a natureza indenizatória da
quantia percebida a título de férias não gozadas, pelo que consignou estar
a aludida verba fora do âmbito de incidência do imposto de renda. Tendo
em conta a retenção na fonte por parte do Estado, apontou a competência
da Justiça Estadual para o julgamento da ação de repetição do indébito.
O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e
não considerada a Carta da República. A conclusão adotada pelo
Colegiado de origem fez-se alicerçada em interpretação conferida à
legislação de regência.
No mais, o Supremo, no Recurso Extraordinário nº 684.169/RS, da
relatoria do ministro Luiz Fux, reafirmou o entendimento jurisprudencial
e concluiu pela competência estadual para o julgamento de ação em que
se discute a restituição de valores arrecadados a título de imposto de
renda retido na fonte, incidente sobre os rendimentos pagos aos
servidores estaduais e repassados ao estado-membro, ante a ausência de
interesse da União.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 749.729 AGR / RS
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da
agravada.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 749.729 AGR / RS
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da
agravada.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.729
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S) : PELAGRA THEREZA CAYE
ADV.(A/S) : MARCELO MULLER DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076669
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 749.729
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
AGDO.(A/S) : PELAGRA THEREZA CAYE
ADV.(A/S) : MARCELO MULLER DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076669
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3188377 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-13T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. | sjur221595 | - Acórdãos citados:
(COMPETÊNCIA, JUSTIÇA ESTADUAL, AÇÃO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO)
STF: RE 684169 AgR(2ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 07/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 749729 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | AI-AgR | acordaos | AI 749729 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
ADV.(A/S) : MARCELO MULLER DE ALMEIDA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : PELAGRA THEREZA CAYE | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 749 . 729",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 749 . 729",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 749 . 729",
"AI 749 . 729 AGR / RS",
"Recurso Extraordinário [UNK] 684 . 169 / RS",
"Recurso Extraordinário [UNK] 684 . 169 / RS",
"AI 749 . 729 AGR / RS",
"AI 749 . 729 AGR / RS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 749 . 729",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 749 ."
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 157 , I DA CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 /",
"ART . 157 , I DA CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 157 , inciso I , da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"artigo 157 , inciso I , da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"Estado do Rio Grande do Sul",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"STJ",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"Supremo",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul",
"Supremo",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"THEREZA CAYE",
"MARCELO MULLER DE ALMEIDA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"THEREZA CAYE",
"MARCELO MULLER DE ALMEIDA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"THEREZA CAYE",
"MARCELO MULLER DE ALMEIDA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"Luiz Fux",
"MARCO AURÉLIO",
"Luiz Fux",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"THEREZA CAYE",
"MARCELO MULLER DE ALMEIDA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCELO MULLER DE ALMEIDA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.863 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S)
:GELCI MARIA RANZAN HEDLUND
ADV.(A/S)
:RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO
MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL.
REVISÃO DA RENDA MENSAL DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO.
ADOÇÃO DOS MESMOS ÍNDICES APLICADOS PARA O REAJUSTE
DO TETO DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO. PORTARIA 5.188/1999.
DECRETO 5.061/2004. EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/1998 E
41/2003. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. QUESTÃO
INFRACONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE PRECEDENTE FIRMADO
PELO PLENÁRIO DO STF. POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO
IMEDIATO. AGRAVO IMPROVIDO.
I – Os Ministros desta Corte, no ARE 685.029-RG/RS, Rel. Min. Cezar
Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da
controvérsia acerca da possibilidade de adoção, para fins de revisão da
renda mensal de benefício previdenciário, dos mesmos índices aplicados
para o reajuste do teto do salário-de-contribuição, relativamente aos
meses de junho de 1999 (Portaria 5.188/1999) e maio de 2004 (Decreto
5.061/2004), conforme disposto nas Emendas Constitucionais 20/1998 e
41/2003, por entenderem que a discussão tem natureza
infraconstitucional, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria
idêntica.
II – A existência de precedente firmado pelo Plenário desta Corte
autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre o mesmo
tema, independentemente da publicação ou do trânsito em julgado do
leading case. Precedentes.
III – Agravo regimental improvido.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3065927.
Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Ementa e Acórdão
ARE 707.863 ED / RS
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, converter os
embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negaram
provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor
Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 707.863 ED / RS
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, converter os
embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negaram
provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor
Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
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Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.863 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S)
:GELCI MARIA RANZAN HEDLUND
ADV.(A/S)
:RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
embargos de declaração opostos contra decisão que negou seguimento ao
agravo. Eis o teor da decisão impugnada:
“Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a
recurso extraordinário em que se discute a revisão da renda mensal do
benefício previdenciário pela aplicação dos mesmos índices de reajuste
aplicados aos tetos do salário-contribuição pelas Emendas
Constitucionais 20/1998 e 41/2003.
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
violação aos arts. 84, IV, e 87, II, da mesma Carta. Sustentou-se,
ainda, ofensa ao art. 14 da EC 20/1998, bem como ao art. 5º da EC
41/2003.
O agravo não merece acolhida. Os Ministros desta Corte, no
ARE 685.029-RG/PR, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela
inexistência de repercussão geral do tema versado nos presentes autos,
por se tratar de matéria infraconstitucional. Essa decisão vale para
todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os
arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC,
introduzido pela Lei 11.418/2006.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”.
Supremo Tribunal Federal
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30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.863 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S)
:GELCI MARIA RANZAN HEDLUND
ADV.(A/S)
:RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
embargos de declaração opostos contra decisão que negou seguimento ao
agravo. Eis o teor da decisão impugnada:
“Trata-se de agravo contra decisão que negou seguimento a
recurso extraordinário em que se discute a revisão da renda mensal do
benefício previdenciário pela aplicação dos mesmos índices de reajuste
aplicados aos tetos do salário-contribuição pelas Emendas
Constitucionais 20/1998 e 41/2003.
No RE, fundado no art. 102, III, a, da Constituição, alegou-se
violação aos arts. 84, IV, e 87, II, da mesma Carta. Sustentou-se,
ainda, ofensa ao art. 14 da EC 20/1998, bem como ao art. 5º da EC
41/2003.
O agravo não merece acolhida. Os Ministros desta Corte, no
ARE 685.029-RG/PR, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela
inexistência de repercussão geral do tema versado nos presentes autos,
por se tratar de matéria infraconstitucional. Essa decisão vale para
todos os recursos sobre matéria idêntica, consoante determinam os
arts. 326 e 327, § 1º, do RISTF, e o art. 543-A, § 5º, do CPC,
introduzido pela Lei 11.418/2006.
Isso posto, nego seguimento ao recurso (CPC, art. 557, caput)”.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Relatório
ARE 707.863 ED / RS
A embargante sustenta, em suma, que “a decisão embargada é obscura
uma vez que utiliza em sua fundamentação decisão que sequer foi disponibilizada
nos órgãos de publicação oficial”.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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ARE 707.863 ED / RS
A embargante sustenta, em suma, que “a decisão embargada é obscura
uma vez que utiliza em sua fundamentação decisão que sequer foi disponibilizada
nos órgãos de publicação oficial”.
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.863 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR
MINISTRO
RICARDO
LEWANDOWSKI
(RELATOR):
Preliminarmente, recebo os embargos de declaração como agravo
regimental, uma vez que opostos de decisão monocrática.
Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada
não merece reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos
capazes de afastar as razões nela expendidas.
Como destacado na decisão recorrida, o recurso é inadmissível,
tendo em vista que os Ministros desta Corte, no ARE 685.029-RG/RS, Rel.
Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão
geral da controvérsia acerca da possibilidade de adoção, para fins de
revisão da renda mensal de benefício previdenciário, dos mesmos índices
aplicados para o reajuste do teto do salário-de-contribuição,
relativamente aos meses de junho de 1999 (Portaria 5.188/1999) e maio de
2004 (Decreto 5.061/2004), conforme disposto nas Emendas
Constitucionais 20/1998 e 41/2003, por não se tratar de matéria
constitucional.
Ressalte-se, também, que, declarada a ausência de repercussão geral,
os recursos extraordinários e agravos que suscitarem a mesma questão
poderão ter o seu seguimento negado pelos relatores, nos termos do art.
327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
Por fim, registro que este Tribunal possui entendimento no sentido
de que a existência de precedente firmado pelo Plenário desta Corte
autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre o mesmo
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.863 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR
MINISTRO
RICARDO
LEWANDOWSKI
(RELATOR):
Preliminarmente, recebo os embargos de declaração como agravo
regimental, uma vez que opostos de decisão monocrática.
Bem reexaminada a questão, verifica-se que a decisão ora atacada
não merece reforma, visto que a recorrente não aduz novos argumentos
capazes de afastar as razões nela expendidas.
Como destacado na decisão recorrida, o recurso é inadmissível,
tendo em vista que os Ministros desta Corte, no ARE 685.029-RG/RS, Rel.
Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão
geral da controvérsia acerca da possibilidade de adoção, para fins de
revisão da renda mensal de benefício previdenciário, dos mesmos índices
aplicados para o reajuste do teto do salário-de-contribuição,
relativamente aos meses de junho de 1999 (Portaria 5.188/1999) e maio de
2004 (Decreto 5.061/2004), conforme disposto nas Emendas
Constitucionais 20/1998 e 41/2003, por não se tratar de matéria
constitucional.
Ressalte-se, também, que, declarada a ausência de repercussão geral,
os recursos extraordinários e agravos que suscitarem a mesma questão
poderão ter o seu seguimento negado pelos relatores, nos termos do art.
327, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal.
Por fim, registro que este Tribunal possui entendimento no sentido
de que a existência de precedente firmado pelo Plenário desta Corte
autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre o mesmo
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
ARE 707.863 ED / RS
tema, independentemente da publicação ou do trânsito em julgado do
leading case. Nesse sentido, transcrevo ementas dos seguintes julgados:
“Agravo regimental no agravo de instrumento. Contribuição
para o INCRA. Lei nº 8.212/91. Ausência de repercussão geral do
tema. Legislação infraconstitucional. Julgamento imediato
independente do trânsito em julgado do paradigma. Precedentes.
1. Ausência de repercussão geral do tema relativo à exigência de
contribuição de 0,2% destinada ao INCRA, a partir da vigência da Lei
nº 8.212/91.
2. A existência de precedente firmado pelo Tribunal Pleno desta
Corte autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre a
mesma matéria, independentemente da publicação ou do trânsito em
julgado do paradigma.
3. Agravo regimental não provido” (AI 709.043-AgR/PR, Rel.
Min. Dias Toffoli, Primeira Turma).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO E
PROCESSUAL CIVIL. 1. FORMA DE CÁLCULO DO
ADICIONAL DENOMINADO SEXTA-PARTE. QUESTÃO SEM
REPERCUSSÃO GERAL. 2. APLICAÇÃO IMEDIATA DE
PRECEDENTE DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL,
INDEPENDENTEMENTE DE SUA PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO
DA JUSTIÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE 650.574-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia,
Primeira Turma).
Com essa mesma orientação, menciono os seguintes precedentes,
entre outros: RE 584.292-AgR/MG, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 775.916-AgR-
AgR/AL, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 725.692-ED/RJ, Rel. Min. Ellen
Gracie; RE 504.626-AgR/SC, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 504.835-AgR-
ED/SP, de minha relatoria.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 707.863 ED / RS
tema, independentemente da publicação ou do trânsito em julgado do
leading case. Nesse sentido, transcrevo ementas dos seguintes julgados:
“Agravo regimental no agravo de instrumento. Contribuição
para o INCRA. Lei nº 8.212/91. Ausência de repercussão geral do
tema. Legislação infraconstitucional. Julgamento imediato
independente do trânsito em julgado do paradigma. Precedentes.
1. Ausência de repercussão geral do tema relativo à exigência de
contribuição de 0,2% destinada ao INCRA, a partir da vigência da Lei
nº 8.212/91.
2. A existência de precedente firmado pelo Tribunal Pleno desta
Corte autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre a
mesma matéria, independentemente da publicação ou do trânsito em
julgado do paradigma.
3. Agravo regimental não provido” (AI 709.043-AgR/PR, Rel.
Min. Dias Toffoli, Primeira Turma).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. ADMINISTRATIVO E
PROCESSUAL CIVIL. 1. FORMA DE CÁLCULO DO
ADICIONAL DENOMINADO SEXTA-PARTE. QUESTÃO SEM
REPERCUSSÃO GERAL. 2. APLICAÇÃO IMEDIATA DE
PRECEDENTE DO PLENÁRIO DO SUPREMO TRIBUNAL,
INDEPENDENTEMENTE DE SUA PUBLICAÇÃO NO DIÁRIO
DA JUSTIÇA. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO” (ARE 650.574-AgR/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia,
Primeira Turma).
Com essa mesma orientação, menciono os seguintes precedentes,
entre outros: RE 584.292-AgR/MG, Rel. Min. Dias Toffoli; AI 775.916-AgR-
AgR/AL, Rel. Min. Cezar Peluso; AI 725.692-ED/RJ, Rel. Min. Ellen
Gracie; RE 504.626-AgR/SC, Rel. Min. Cármen Lúcia; RE 504.835-AgR-
ED/SP, de minha relatoria.
Isso posto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3065929.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.863
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S) : GELCI MARIA RANZAN HEDLUND
ADV.(A/S) : RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de
declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos
termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro
Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 707.863
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
EMBTE.(S) : GELCI MARIA RANZAN HEDLUND
ADV.(A/S) : RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de
declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos
termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro
Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099313
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3107812 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, converteu os embargos de declaração em agravo regimental, ao qual negou provimento, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO OPOSTOS DE DECISÃO MONOCRÁTICA. CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. REVISÃO DA RENDA MENSAL DE BENEFÍCIO PREVIDENCIÁRIO. ADOÇÃO DOS MESMOS ÍNDICES APLICADOS PARA O REAJUSTE DO TETO DO SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO. PORTARIA 5.188/1999. DECRETO 5.061/2004. EMENDAS CONSTITUCIONAIS 20/1998 E 41/2003. AUSÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. QUESTÃO INFRACONSTITUCIONAL. EXISTÊNCIA DE PRECEDENTE FIRMADO PELO PLENÁRIO DO STF. POSSIBILIDADE DE JULGAMENTO IMEDIATO. AGRAVO IMPROVIDO.
I – Os Ministros desta Corte, no ARE 685.029-RG/RS, Rel. Min. Cezar Peluso, manifestaram-se pela inexistência de repercussão geral da controvérsia acerca da possibilidade de adoção, para fins de revisão da renda mensal de benefício previdenciário, dos mesmos índices aplicados para o reajuste do teto do salário-de-contribuição, relativamente aos meses de junho de 1999 (Portaria 5.188/1999) e maio de 2004 (Decreto 5.061/2004), conforme disposto nas Emendas Constitucionais 20/1998 e 41/2003, por entenderem que a discussão tem natureza infraconstitucional, decisão que vale para todos os recursos sobre matéria idêntica.
II – A existência de precedente firmado pelo Plenário desta Corte autoriza o julgamento imediato de causas que versem sobre o mesmo tema, independentemente da publicação ou do trânsito em julgado do leading case. Precedentes.
III – Agravo regimental improvido. | sjur219116 | - Acórdãos citados:
(REPERCUSSÃO GERAL, INEXISTÊNCIA, ÍNDICE, REAJUSTE, BENEFICIO)
STF: ARE 685029 RG(TP);
STF: AI 709043 AgR(1ªT) - Caso Líder, AI 775916 AgR-AgR(2ªT),
ARE 650574 AgR(1ªT), RE 504626 AgR(1ªT), RE 584292 AgR(1ªT),
RE 504835 AgR-ED(1ªT).
- Decisão monocrática citada:
STF: AI 725692 ED.
Número de páginas: 7.
Análise: 27/11/2012, LLD. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 707863 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED EMC-000020 ANO-1998\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n",
"LEG-FED EMC-000041 ANO-2003\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEC-005061 ANO-2004\r\n DECRETO\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00327 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED PRT-005188 ANO-1999\r\n PORTARIA DO MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - MPS"
] | ARE-ED | acordaos | ARE 707863 ED | [
""
] | EMBTE.(S) : GELCI MARIA RANZAN HEDLUND
ADV.(A/S) : RONALDO GOIS ALMEIDA E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
ADV.(A/S) : SELMA NUNES ESTEVES | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"ARE 685 . 029 - RG / RS",
"ARE 707 . 863 ED",
"ARE 707 . 863 ED / RS",
"ARE 685 . 029 - RG / PR",
"ARE 685 . 029 - RG / PR",
"ARE 707 . 863 ED / RS",
"ARE 707 . 863 ED / RS",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM",
"ARE 685 . 029 - RG / RS",
"ARE 685 . 029 - RG / RS",
"AI 709 . 043 - AgR / PR",
"ARE 650 . 574 - AgR / SP",
"RE 584 . 292 - AgR / MG",
"AI 775 . 916 - AgR - AgR / AL",
"AI 725 . 692 - ED / RJ",
"RE 504 . 626 - AgR / SC",
"RE 504 . 835 - AgR - ED / SP",
"ARE 707 . 863 ED / RS",
"AI 709 . 043 - AgR / PR",
"ARE 650 . 574 - AgR / SP",
"RE 584 . 292 - AgR / MG",
"AI 775 . 916 - AgR - AgR / AL",
"AI 725 . 692 - ED / RJ",
"RE 504 . 626 - AgR / SC",
"RE 504 . 835 - AgR - ED / SP"
],
"LEGISLACAO": [
"PORTARIA 5 . 188 / 1999",
"DECRETO 5 . 061 / 2004",
"EMENDAS",
"41",
"Portaria 5 . 188 / 1999",
"Decreto 5 . 061 / 2004",
"Emendas Constitucionais 20 / 1998",
"41",
"/",
"2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emendas Constitucionais 20 / 1998",
"41",
"/",
"2003",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"arts . 84 , IV , e 87 , II ,",
"art . 14 da EC 20 / 1998",
"art . [UNK] da EC 41 / 2003",
"arts . 326 e 327 , § [UNK] , do RISTF",
"art . 543 - A , § [UNK] , do CPC",
"Lei 11 . 418 / 2006",
"CPC , art . 557 , caput )",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emendas Constitucionais 20 / 1998",
"41",
"/",
"2003",
"art . 102 , III , a , da Constituição",
"art . 14 da EC 20 / 1998",
"art . [UNK] da EC 41 / 2003",
"arts . 326 e 327 , § [UNK] , do RISTF",
"art . 543 - A , § [UNK] , do CPC",
"Lei 11 . 418 / 2006",
"CPC , art . 557 , caput",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Portaria 5 . 188 / 1999",
"Decreto 5 . 061 / 2004",
"Emendas Constitucionais 20 / 1998",
"41",
"/",
"2003",
"art . 327 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Portaria 5 . 188 / 1999",
"Decreto 5 . 061 / 2004",
"Emendas Constitucionais 20 / 1998",
"41",
"/",
"2003",
"art . 327 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 8 . 212 / 91",
"Lei [UNK] 8 . 212 / 91",
"MP n° 2 . 200 -",
"8",
".",
"212",
"/",
"91",
"Lei [UNK] 8 . 212 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"PLENÁRIO",
"STF",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"INCRA",
"INCRA",
"Primeira Turma",
"SUPREMO TRIBUNAL",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"INCRA",
"Tribunal",
"Primeira Turma",
"PLENÁRIO",
"SUPREMO TRIBUNAL",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"GELCI MARIA RANZAN HEDLUND",
"RONALDO GOIS ALMEIDA",
"Cezar Peluso",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"GELCI MARIA RANZAN HEDLUND",
"RONALDO GOIS ALMEIDA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cezar Peluso",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"GELCI MARIA RANZAN HEDLUND",
"RONALDO GOIS ALMEIDA",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cezar Peluso",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cezar Peluso",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Cezar Peluso",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Cezar Peluso",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Dias Toffoli",
"Cezar Peluso",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"GELCI MARIA RANZAN HEDLUND",
"RONALDO GOIS ALMEIDA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"GELCI MARIA RANZAN HEDLUND",
"RONALDO GOIS ALMEIDA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"junho de 1999",
"maio de 2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"junho de 1999",
"maio de 2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"junho de 1999",
"maio de 2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 105.578 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:SÉRGIO LUIZ DE OLIVEIRA CUNHA
IMPTE.(S)
:SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR –
IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da
Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de
habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso
ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas
corpus.
HABEAS CORPUS
– EXCESSO DE PRAZO DA PRISÃO
PROVISÓRIA – CONCESSÃO DE ORDEM DE OFÍCIO. Constatando o
órgão julgador ilegalidade a alcançar o direito de ir e vir do paciente,
impõe-se a concessão de ordem de ofício.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da via processual, mas em concedê-la de
ofício, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão
presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do
julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120976.
Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3128914
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 105.578 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:SÉRGIO LUIZ DE OLIVEIRA CUNHA
IMPTE.(S)
:SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Na decisão que implicou o deferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
JÚRI – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA
DE PRONÚNCIA – ARTIGO 589 DO
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL –
FORMALIDADE
–
PRISÃO
EM
FLAGRANTE – EXCESSO DE PRAZO –
LIMINAR DEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
O paciente foi preso em flagrante delito no dia
26 de março de 2007 e denunciado, como incurso no
artigo 121, § 2º, incisos II e III, combinado com o § 4º,
última parte, do Código Penal (homicídio qualificado
contra menor de 14 anos), perante o Juízo da 2ª Vara
Criminal, Júri, Execuções Criminais, Corregedoria
Permanente dos Presídios e Polícia Judiciária da
Comarca de Praia Grande, Estado de São Paulo. Com
o recebimento da denúncia, teve início a Ação Penal
nº 477.01.2007.004616-7 (Controle nº 652/2007).
Concluída a instrução processual, veio a ser
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120977.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 105.578 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:SÉRGIO LUIZ DE OLIVEIRA CUNHA
IMPTE.(S)
:SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRA
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Na decisão que implicou o deferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
JÚRI – MANUTENÇÃO DA SENTENÇA
DE PRONÚNCIA – ARTIGO 589 DO
CÓDIGO DE PROCESSO PENAL –
FORMALIDADE
–
PRISÃO
EM
FLAGRANTE – EXCESSO DE PRAZO –
LIMINAR DEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
O paciente foi preso em flagrante delito no dia
26 de março de 2007 e denunciado, como incurso no
artigo 121, § 2º, incisos II e III, combinado com o § 4º,
última parte, do Código Penal (homicídio qualificado
contra menor de 14 anos), perante o Juízo da 2ª Vara
Criminal, Júri, Execuções Criminais, Corregedoria
Permanente dos Presídios e Polícia Judiciária da
Comarca de Praia Grande, Estado de São Paulo. Com
o recebimento da denúncia, teve início a Ação Penal
nº 477.01.2007.004616-7 (Controle nº 652/2007).
Concluída a instrução processual, veio a ser
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120977.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
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Relatório
HC 105.578 / SP
pronunciado. Apresentadas as razões e as
contrarrazões do recurso a seguir interposto, houve a
remessa do processo ao Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo. Verificado que o Juiz Criminal exercera
o juízo de retratação, o processo retornou à origem.
O Juiz Carlo Mazza Britto Melfi, que não foi o autor
da sentença de pronúncia, nele assim se manifestou:
Vistos.
Nos termos do art. 589 do CPP, mantenho a
decisão de pronúncia por seus próprios
fundamentos.
Tendo cumprido a exigência prevista na lei
processual penal, o Tribunal de Justiça conheceu do
recurso em sentido estrito e lhe negou provimento. A
decisão transitou em julgado e o processo-crime
voltou à primeira instância. Aguarda-se a designação
de data para o julgamento pelo Conselho de
Sentença.
A defesa do paciente, por entender deficiente
de fundamentação a decisão relacionada ao juízo de
retratação - fase anterior à remessa do recurso em
sentido estrito à segunda instância -, formalizou
habeas corpus – de nº 177.855 – no Superior Tribunal
de Justiça. Alegou a nulidade do processo e o
cerceamento do direito de defesa. O Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, relator, não
vislumbrou, de plano, a existência de ilegalidade
capaz de autorizar o deferimento da medida
acauteladora requerida.
Neste processo, o impetrante insurge-se contra
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120977.
Supremo Tribunal Federal
HC 105.578 / SP
pronunciado. Apresentadas as razões e as
contrarrazões do recurso a seguir interposto, houve a
remessa do processo ao Tribunal de Justiça do Estado
de São Paulo. Verificado que o Juiz Criminal exercera
o juízo de retratação, o processo retornou à origem.
O Juiz Carlo Mazza Britto Melfi, que não foi o autor
da sentença de pronúncia, nele assim se manifestou:
Vistos.
Nos termos do art. 589 do CPP, mantenho a
decisão de pronúncia por seus próprios
fundamentos.
Tendo cumprido a exigência prevista na lei
processual penal, o Tribunal de Justiça conheceu do
recurso em sentido estrito e lhe negou provimento. A
decisão transitou em julgado e o processo-crime
voltou à primeira instância. Aguarda-se a designação
de data para o julgamento pelo Conselho de
Sentença.
A defesa do paciente, por entender deficiente
de fundamentação a decisão relacionada ao juízo de
retratação - fase anterior à remessa do recurso em
sentido estrito à segunda instância -, formalizou
habeas corpus – de nº 177.855 – no Superior Tribunal
de Justiça. Alegou a nulidade do processo e o
cerceamento do direito de defesa. O Ministro
Napoleão Nunes Maia Filho, relator, não
vislumbrou, de plano, a existência de ilegalidade
capaz de autorizar o deferimento da medida
acauteladora requerida.
Neste processo, o impetrante insurge-se contra
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3120977.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3128914
Relatório
HC 105.578 / SP
esse pronunciamento. Reitera a tese de nulidade do
ato que antecedeu o encaminhamento do recurso em
sentido estrito ao Tribunal de Justiça, por mostrar-se
deficiente de fundamentação e, consequentemente,
haver implicado o cerceamento do direito de defesa.
Anota que o Tribunal estadual, ao negar provimento
ao recurso, teria corroborado a prática do ato
apontado como nulo, deixando de observar, segundo
razões expendidas, o disposto no artigo 589 do
Código de Processo Penal e no artigo 93, inciso IX, da
Carta da República, consoante o qual todos os
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos e fundamentadas todas as decisões, sob
pena de nulidade. Menciona precedentes, entre eles,
o Habeas Corpus nº 72.640, da relatoria de Vossa
Excelência.
Pede a concessão de liminar, para suspender-se
a tramitação do aludido processo-crime bem como
expedir-se alvará de soltura em favor do paciente,
assegurando-lhe o direito de ficar solto enquanto
aguarda o julgamento do habeas, tendo em vista o
excesso de prazo alusivo à preventiva. No mérito,
pleiteia a confirmação da providência e, de ofício, a
anulação do processo-crime, desde a decisão de
reconsideração e de remessa do recurso em sentido
estrito ao Tribunal de Justiça, inclusive. Como
consequência necessária do provimento nesse
sentido, requer seja determinado também o
desentranhamento dos documentos juntados ao
processo. Por fim, busca ver relaxada a prisão
cautelar, para que o paciente permaneça em
liberdade provisória até trânsito em julgado da
decisão que vier a ser proferida no processo criminal.
2. No tocante à manutenção da sentença de
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 105.578 / SP
esse pronunciamento. Reitera a tese de nulidade do
ato que antecedeu o encaminhamento do recurso em
sentido estrito ao Tribunal de Justiça, por mostrar-se
deficiente de fundamentação e, consequentemente,
haver implicado o cerceamento do direito de defesa.
Anota que o Tribunal estadual, ao negar provimento
ao recurso, teria corroborado a prática do ato
apontado como nulo, deixando de observar, segundo
razões expendidas, o disposto no artigo 589 do
Código de Processo Penal e no artigo 93, inciso IX, da
Carta da República, consoante o qual todos os
julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão
públicos e fundamentadas todas as decisões, sob
pena de nulidade. Menciona precedentes, entre eles,
o Habeas Corpus nº 72.640, da relatoria de Vossa
Excelência.
Pede a concessão de liminar, para suspender-se
a tramitação do aludido processo-crime bem como
expedir-se alvará de soltura em favor do paciente,
assegurando-lhe o direito de ficar solto enquanto
aguarda o julgamento do habeas, tendo em vista o
excesso de prazo alusivo à preventiva. No mérito,
pleiteia a confirmação da providência e, de ofício, a
anulação do processo-crime, desde a decisão de
reconsideração e de remessa do recurso em sentido
estrito ao Tribunal de Justiça, inclusive. Como
consequência necessária do provimento nesse
sentido, requer seja determinado também o
desentranhamento dos documentos juntados ao
processo. Por fim, busca ver relaxada a prisão
cautelar, para que o paciente permaneça em
liberdade provisória até trânsito em julgado da
decisão que vier a ser proferida no processo criminal.
2. No tocante à manutenção da sentença de
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Relatório
HC 105.578 / SP
pronúncia, deve-se conferir ao artigo 589 do Código de
Processo Penal alcance consentâneo com a organicidade
do Direito. Reportando-se o Juízo ao que lançado
anteriormente, reiterando os fundamentos da decisão
proferida, não há como se consignar não examinada a
possibilidade de retratação. Sob esse ângulo, improcede o
inconformismo revelado neste habeas corpus.
Surge, no entanto, a problemática do excesso de
prazo. Na inicial do habeas impetrado no Superior Tribunal
de Justiça, já se apontara a data do flagrante, 26 de março
de 2007. Então, incumbia ao relator atentar para a
circunstância de a prisão provisória – porquanto
inexistente culpa formada – do paciente contar com mais
de três anos.
3. Defiro a liminar. Expeçam o alvará de soltura com
as cautelas próprias, vale dizer, caso o paciente não esteja
sob a custódia do Estado por motivo diverso do retratado
no Processo nº 652/07 do Juízo da 2ª Vara Criminal da
Comarca de Praia Grande/São Paulo, considerado o
flagrante verificado em 26 de março de 2007.
4. A tramitação deste habeas corpus não prejudica o
formalizado no Superior Tribunal de Justiça – nº
177.855/SP. Enviem cópia desta decisão ao relator,
Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
5. Colham o parecer da Procuradoria Geral da
República.
6. Publiquem.
Brasília – residência –, 11 de dezembro de 2010, às
16h.
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 105.578 / SP
pronúncia, deve-se conferir ao artigo 589 do Código de
Processo Penal alcance consentâneo com a organicidade
do Direito. Reportando-se o Juízo ao que lançado
anteriormente, reiterando os fundamentos da decisão
proferida, não há como se consignar não examinada a
possibilidade de retratação. Sob esse ângulo, improcede o
inconformismo revelado neste habeas corpus.
Surge, no entanto, a problemática do excesso de
prazo. Na inicial do habeas impetrado no Superior Tribunal
de Justiça, já se apontara a data do flagrante, 26 de março
de 2007. Então, incumbia ao relator atentar para a
circunstância de a prisão provisória – porquanto
inexistente culpa formada – do paciente contar com mais
de três anos.
3. Defiro a liminar. Expeçam o alvará de soltura com
as cautelas próprias, vale dizer, caso o paciente não esteja
sob a custódia do Estado por motivo diverso do retratado
no Processo nº 652/07 do Juízo da 2ª Vara Criminal da
Comarca de Praia Grande/São Paulo, considerado o
flagrante verificado em 26 de março de 2007.
4. A tramitação deste habeas corpus não prejudica o
formalizado no Superior Tribunal de Justiça – nº
177.855/SP. Enviem cópia desta decisão ao relator,
Ministro Napoleão Nunes Maia Filho.
5. Colham o parecer da Procuradoria Geral da
República.
6. Publiquem.
Brasília – residência –, 11 de dezembro de 2010, às
16h.
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Relatório
HC 105.578 / SP
A Procuradoria Geral da República, no parecer, sustenta a
impossibilidade de conhecimento, neste habeas, da problemática
relativa ao processamento do recurso em sentido estrito
interposto pelo paciente, sob pena de supressão de instância e
inobservância do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo.
Diz do excesso de prazo de custódia considerada a data da
prisão em flagrante – 26 de março de 2007 – e a inexistência de
previsão para o julgamento pelo tribunal do júri. Citando
precedentes jurisprudenciais, opina pela concessão da ordem.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, nesta
data, revelou que o Habeas Corpus nº 177.855/SP, distribuído ao
Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, teve a ordem indeferida,
com acórdão publicado em 1º de agosto de 2011.
Lancei visto no processo em 13 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 23 seguinte, isso objetivando a ciência da
impetrante.
É o relatório.
5
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Supremo Tribunal Federal
HC 105.578 / SP
A Procuradoria Geral da República, no parecer, sustenta a
impossibilidade de conhecimento, neste habeas, da problemática
relativa ao processamento do recurso em sentido estrito
interposto pelo paciente, sob pena de supressão de instância e
inobservância do Verbete nº 691 da Súmula do Supremo.
Diz do excesso de prazo de custódia considerada a data da
prisão em flagrante – 26 de março de 2007 – e a inexistência de
previsão para o julgamento pelo tribunal do júri. Citando
precedentes jurisprudenciais, opina pela concessão da ordem.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça, nesta
data, revelou que o Habeas Corpus nº 177.855/SP, distribuído ao
Ministro Napoleão Nunes Maia Filho, teve a ordem indeferida,
com acórdão publicado em 1º de agosto de 2011.
Lancei visto no processo em 13 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 23 seguinte, isso objetivando a ciência da
impetrante.
É o relatório.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 105.578 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas surge como substitutivo do recurso ordinário constitucional. Valho-
me do que tenho consignado para concluir pela inadequação:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 105.578 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas surge como substitutivo do recurso ordinário constitucional. Valho-
me do que tenho consignado para concluir pela inadequação:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 105.578 / SP
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 105.578 / SP
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 105.578 / SP
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, o caso sugere, ante flagrante ilegalidade, a concessão da
ordem de ofício. Quando deferi a medida acauteladora, determinando a
expedição do alvará de soltura, o paciente já estava preso, sem culpa
formada, há mais de três anos.
Concedo a ordem de ofício, para tornar definitiva a providência
implementada mediante a liminar.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 105.578 / SP
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, o caso sugere, ante flagrante ilegalidade, a concessão da
ordem de ofício. Quando deferi a medida acauteladora, determinando a
expedição do alvará de soltura, o paciente já estava preso, sem culpa
formada, há mais de três anos.
Concedo a ordem de ofício, para tornar definitiva a providência
implementada mediante a liminar.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 105.578
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : SÉRGIO LUIZ DE OLIVEIRA CUNHA
IMPTE.(S) : SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRA
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076425
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 105.578
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : SÉRGIO LUIZ DE OLIVEIRA CUNHA
IMPTE.(S) : SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRA
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076425
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3128914 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus.
HABEAS CORPUS – EXCESSO DE PRAZO DA PRISÃO PROVISÓRIA – CONCESSÃO DE ORDEM DE OFÍCIO. Constatando o órgão julgador ilegalidade a alcançar o direito de ir e vir do paciente, impõe-se a concessão de ordem de ofício. | sjur219911 | Número de páginas: 10.
Análise: 30/11/2012, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 105578 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL"
] | HC | acordaos | HC 105578 | [
""
] | PACTE.(S) : SÉRGIO LUIZ DE OLIVEIRA CUNHA
IMPTE.(S) : SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRA
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HC Nº 177855 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 105 . 578",
"HABEAS CORPUS 105 . 578",
"Ação Penal [UNK] 477 . 01 . 2007 . 004616 - 7",
"Controle [UNK] 652 / 2007",
"HABEAS CORPUS 105 . 578 SÃO",
"Ação Penal [UNK] 477 . 01 . 2007 . 004616 - 7",
"Controle [UNK] 652 / 2007",
"HC 105 . 578 / SP",
"HC 105 . 578 / SP",
"HC 105 . 578 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 72 . 640",
"HC 105 . 578 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 72 . 640",
"HC 105 . 578 / SP",
"[UNK] 177 . 855 / SP",
"HC 105 . 578 / SP",
"HC 105 . 578 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"Habeas Corpus [UNK] 177 . 855 / SP",
"HC 105 . 578 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"HABEAS CORPUS 105 . 578",
"HABEAS CORPUS 105 . 578",
"HC 105 . 578 / SP",
"HC 105 . 578 / SP",
"HC 105 . 578 / SP",
"HC 105 . 578 / SP",
"HABEAS CORPUS 105 . 578",
"HABEAS CORPUS 105 . 578"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 589 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL",
"artigo 121 , § [UNK] , incisos II e III ,",
"§ [UNK] , última parte , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 589 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL",
"artigo 121 , § [UNK] , incisos II e III , combinado",
"§ [UNK] , última parte , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 589 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 589 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 589 do Código de Processo Penal",
"artigo 93 , inciso IX , da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 589 do Código de Processo Penal",
"artigo 93 , inciso IX , da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 589 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 589 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"de São Paulo",
"Praia Grande",
"Estado de São Paulo",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara Criminal , Júri , Execuções Criminais",
"Corregedoria Permanente dos Presídios",
"Polícia Judiciária da Comarca de Praia Grande",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara Criminal , Júri , Execuções Criminais",
"Corregedoria Permanente dos Presídios e",
"Polícia Judiciária da Comarca",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Tribunal de Justiça",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Praia Grande / São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Praia Grande / São Paulo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"[UNK] 177 . 855 / SP",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria Geral da República",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria Geral da República",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"SÉRGIO LUIZ DE OLIVEIRA CUNHA",
"SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"SÉRGIO LUIZ DE OLIVEIRA CUNHA",
"SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"SÉRGIO LUIZ DE OLIVEIRA CUNHA",
"SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRA",
"MARCO AURÉLIO",
"Carlo Mazza Britto Melfi",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"Carlo Mazza Britto Melfi",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"SÉRGIO LUIZ DE OLIVEIRA CUNHA",
"SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"SÉRGIO LUIZ DE OLIVEIRA CUNHA",
"SELMA ENI MONTEFORTE PEREIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"26 de março de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"26 de março de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26 de março de 2007",
"26 de março de 2007",
"11 de dezembro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26 de março de 2007",
"26 de março de 2007",
"11 de dezembro de 2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26 de março de 2007",
"[UNK] de agosto de 2011",
"13 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26 de março de 2007",
"[UNK] de agosto de 2011",
"13 de outubro de 2012",
"23 seguinte",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.234 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:DIRCEU MACHADO PRATES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E AÇÃO
SOCIAL - FGTAS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – JUROS DA MORA –
CONDENAÇÕES CONTRA A FAZENDA PÚBLICA – ARTIGO 1º-F DA
LEI Nº 9.494/97 – CONSTITUCIONALIDADE. O Supremo, no
julgamento do Recurso Extraordinário nº 453.740-1/RJ, assentou a
compatibilidade entre artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, incluído mediante a
Medida Provisória nº 2.180-35/2001, e a Carta da República.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134061.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.234 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:DIRCEU MACHADO PRATES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E AÇÃO
SOCIAL - FGTAS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folha 186, neguei provimento ao agravo, consignando:
JUROS DA MORA – ARTIGO 1º-F DA LEI
Nº 9.494/97 – LIMITAÇÃO A 6% AO ANO
– CONDENAÇÃO JUDICIAL DO
ESTADO – VERBAS REMUNERATÓRIAS
–
CONSTITUCIONALIDADE
DO
PRECEITO – PRECEDENTE DO
PLENÁRIO
–
RESSALVA
DE
ENTENDIMENTO PESSOAL - AGRAVO
DESPROVIDO.
1. No julgamento do Recurso Extraordinário nº 453.740–
1/RJ, realizado em 28 de fevereiro de 2007, o Plenário concluiu,
por maioria de votos, pela harmonia, com a Carta da República,
do artigo 1º–F da Lei nº 9.494/97, no que limita os juros da mora
em 6% ao ano nas condenações impostas à Fazenda Pública
para pagamento de verbas remuneratórias devidas a servidores
e empregados públicos federais.
2. Ante o precedente, ressalvo o entendimento pessoal,
conheço deste agravo e o desprovejo.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134062.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.234 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:DIRCEU MACHADO PRATES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E AÇÃO
SOCIAL - FGTAS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
ESTADO
DO
RIO
GRANDE DO SUL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Por meio da decisão
de folha 186, neguei provimento ao agravo, consignando:
JUROS DA MORA – ARTIGO 1º-F DA LEI
Nº 9.494/97 – LIMITAÇÃO A 6% AO ANO
– CONDENAÇÃO JUDICIAL DO
ESTADO – VERBAS REMUNERATÓRIAS
–
CONSTITUCIONALIDADE
DO
PRECEITO – PRECEDENTE DO
PLENÁRIO
–
RESSALVA
DE
ENTENDIMENTO PESSOAL - AGRAVO
DESPROVIDO.
1. No julgamento do Recurso Extraordinário nº 453.740–
1/RJ, realizado em 28 de fevereiro de 2007, o Plenário concluiu,
por maioria de votos, pela harmonia, com a Carta da República,
do artigo 1º–F da Lei nº 9.494/97, no que limita os juros da mora
em 6% ao ano nas condenações impostas à Fazenda Pública
para pagamento de verbas remuneratórias devidas a servidores
e empregados públicos federais.
2. Ante o precedente, ressalvo o entendimento pessoal,
conheço deste agravo e o desprovejo.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134062.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 5
Relatório
AI 747.234 AGR / RS
3. Publiquem.
Os agravantes, na minuta de folha 189 a 195, sustentam a
inaplicabilidade da Medida Provisória nº 2.180-35/2001 ao presente caso,
por se tratar de ação iniciada antes da edição do referido diploma.
Alegam que a aplicação imediata aos processos que se encontravam em
trâmite viola o artigo 5º, incisos XXXV, da Constituição Federal.
A parte agravada, apresentou a contraminuta de folha 204 a 206,
apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134062.
Supremo Tribunal Federal
AI 747.234 AGR / RS
3. Publiquem.
Os agravantes, na minuta de folha 189 a 195, sustentam a
inaplicabilidade da Medida Provisória nº 2.180-35/2001 ao presente caso,
por se tratar de ação iniciada antes da edição do referido diploma.
Alegam que a aplicação imediata aos processos que se encontravam em
trâmite viola o artigo 5º, incisos XXXV, da Constituição Federal.
A parte agravada, apresentou a contraminuta de folha 204 a 206,
apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134062.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 5
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.234 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) - Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogada regularmente
credenciada, (folhas 17, 83, 84 e 101), foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
Conforme consignado na decisão agravada, no julgamento do
Recurso Extraordinário nº 453.740-1/RJ, realizado em 28 de fevereiro de
2007, o Plenário concluiu, por maioria de votos, pela harmonia, com a
Carta da República, do artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, no que limita os
juros da mora em 6% ao ano nas condenações impostas à Fazenda Pública
para pagamento de verbas remuneratórias devidas a servidores e
empregados públicos federais.
De resto, o Tribunal, no julgamento do Agravo de Instrumento nº
842.063/RS, reconheceu a existência de repercussão geral da questão
constitucional suscitada e, no mérito reafirmou a jurisprudência
dominante sobre a matéria – é compatível com a Constituição a
aplicabilidade imediata do artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a alteração
pela Medida Provisória nº 2.180-35/2001, ainda que em relação às ações
ajuizadas antes de sua entrada em vigor.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134063.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.234 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) - Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por advogada regularmente
credenciada, (folhas 17, 83, 84 e 101), foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
Conforme consignado na decisão agravada, no julgamento do
Recurso Extraordinário nº 453.740-1/RJ, realizado em 28 de fevereiro de
2007, o Plenário concluiu, por maioria de votos, pela harmonia, com a
Carta da República, do artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, no que limita os
juros da mora em 6% ao ano nas condenações impostas à Fazenda Pública
para pagamento de verbas remuneratórias devidas a servidores e
empregados públicos federais.
De resto, o Tribunal, no julgamento do Agravo de Instrumento nº
842.063/RS, reconheceu a existência de repercussão geral da questão
constitucional suscitada e, no mérito reafirmou a jurisprudência
dominante sobre a matéria – é compatível com a Constituição a
aplicabilidade imediata do artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, com a alteração
pela Medida Provisória nº 2.180-35/2001, ainda que em relação às ações
ajuizadas antes de sua entrada em vigor.
Ante o quadro, desprovejo o regimental.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134063.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 5
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.234
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : DIRCEU MACHADO PRATES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E AÇÃO SOCIAL - FGTAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076666
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 747.234
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : DIRCEU MACHADO PRATES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E AÇÃO SOCIAL - FGTAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076666
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 5
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161070 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – JUROS DA MORA – CONDENAÇÕES CONTRA A FAZENDA PÚBLICA – ARTIGO 1º-F DA LEI Nº 9.494/97 – CONSTITUCIONALIDADE. O Supremo, no julgamento do Recurso Extraordinário nº 453.740-1/RJ, assentou a compatibilidade entre artigo 1º-F da Lei nº 9.494/97, incluído mediante a Medida Provisória nº 2.180-35/2001, e a Carta da República. | sjur220706 | - Acórdão (s) citado (s):
(PERCENTUAL, JUROS DE MORA, CONDENAÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA, CONSTITUCIONALIDADE)
STF: RE 453740 (TP);
(PERCENTUAL, JUROS DE MORA, CONDENAÇÃO CONTRA A FAZENDA PÚBLICA, REPERCUSSÃO GERAL, EXISTÊNCIA)
STF: AI 842063 RG (TP).
Número de páginas: 5.
Análise: 19/12/2012, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 747234 | [
"LEG-FED LEI-009494 ANO-1997\r\n ART-0001F INCLUÍDO PELA MPR-2180/2001 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED MPR-002180 ANO-2001\r\n REEDIÇÃO Nº 35 \r\n MEDIDA PROVISÓRIA"
] | AI-AgR | acordaos | AI 747234 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : DIRCEU MACHADO PRATES E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANDRÉA BUENO MAGNANI E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E AÇÃO SOCIAL - FGTAS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 747 . 234",
"Recurso Extraordinário [UNK] 453 . 740 - 1 / RJ",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 747 . 234",
"Recurso Extraordinário [UNK] 453 . 740 – 1 / RJ",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 747 . 234",
"Recurso Extraordinário [UNK] 453 . 740 – 1 / RJ",
"AI 747 . 234",
"AI 747 . 234",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 747 . 234",
"Recurso Extraordinário [UNK] 453 . 740 - 1 / RJ",
"Agravo de Instrumento [UNK] 842 . 063 / RS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 747 . 234",
"Recurso Extraordinário [UNK] 453 . 740 - 1 / RJ",
"Agravo de Instrumento [UNK] 842 . 063 / RS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 747 . 234",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 747 . 234"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO [UNK] - F DA LEI [UNK] 9 . 494 / 97",
"artigo [UNK] - F da Lei [UNK] 9 . 494 / 97",
"Medida Provisória [UNK] 2 . 180 - 35 / 2001",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] - F DA LEI [UNK] 9 . 494 / 97",
"Carta da República",
"artigo [UNK] – F da Lei [UNK] 9 . 494 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] - F DA LEI [UNK] 9 . 494 / 97",
"Carta da República",
"artigo [UNK] – F da Lei [UNK] 9 . 494 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Medida Provisória [UNK] 2 . 180 - 35 / 2001",
"artigo [UNK] , incisos XXXV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Medida Provisória [UNK] 2 . 180 - 35 / 2001",
"artigo [UNK] , incisos XXXV , da",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"artigo [UNK] - F da Lei [UNK] 9 . 494 / 97",
"Constituição",
"artigo [UNK] - F da Lei [UNK] 9 . 494 / 97",
"Medida Provisória [UNK] 2 . 180 - 35 / 2001",
"MP n°",
"Carta da República",
"artigo [UNK] - F da Lei [UNK] 9 . 494 / 97",
"Constituição",
"artigo [UNK] - F da Lei [UNK] 9 . 494 / 97",
"Medida Provisória [UNK] 2 . 180 - 35 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO",
"Supremo",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E AÇÃO SOCIAL",
"FGTAS",
"Plenário",
"Fazenda Pública",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E AÇÃO",
"FGTAS",
"Plenário",
"Fazenda Pública",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário",
"Fazenda",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário",
"Fazenda Pública",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E AÇÃO SOCIAL",
"FGTAS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"FUNDAÇÃO GAÚCHA DO TRABALHO E AÇÃO SOCIAL",
"FGTAS",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"DIRCEU MACHADO PRATES",
"ANDRÉA BUENO MAGNANI",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIRCEU MACHADO PRATES",
"ANDRÉA BUENO MAGNANI",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIRCEU MACHADO PRATES",
"ANDRÉA BUENO MAGNANI",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIRCEU MACHADO PRATES",
"ANDRÉA BUENO MAGNANI",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"DIRCEU MACHADO PRATES",
"ANDRÉA BUENO MAGNANI",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"28 de fevereiro de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"28 de fevereiro de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"28 de fevereiro de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"28 de fevereiro de 2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419.410 PERNAMBUCO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:IMOBILIÁRIA HENRIQUE V LTDA
ADV.(A/S)
:JOSÉ
HENRIQUE
WANDERLEY
FILHO
E
OUTRO(A/S)
EMENTA
DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. COFINS E PIS.
AMPLIAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO PELA LEI 9.718/1998.
INCONSTITUCIONALIDADE. INCIDÊNCIA SOBRE VENDAS E
LOCAÇÕES IMOBILIÁRIAS. AUMENTO DE ALÍQUOTA. MATÉRIAS
PRECLUSAS. OFENSA REFLEXA. INVIABILIDADE DE REEXAME EM
SEDE EXTRAORDINÁRIA. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULA 282/STF.
“É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na
decisão recorrida, a questão federal suscitada” (Súmula 282/STF).
Inviável apreciar, no recurso extraordinário, matérias preclusas,
resolvidas pela sentença em desfavor da recorrente, que se absteve de
interpor recurso de apelação.
A inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/1998,
reconhecida por esta Corte no julgamento do RE 357.950, impede que a
COFINS e o PIS incidam sobre as receitas financeiras da autora, mas não
obsta, por si só, a incidência sobre a receita decorrente da alienação de
imóveis, questão que, de acordo com a jurisprudência deste Sodalício,
apenas poderia acarretar ofensa reflexa à Lei Maior – hipótese que não se
subsume ao art. 102, III, “a”, da Carta Política para o manejo de recurso
extraordinário.
Agravo regimental da União a que se dá parcial provimento para
reformar em parte a decisão recorrida, mantendo-a no que diz com o
afastamento da incidência das contribuições sobre as receitas financeiras.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 13/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 17
Ementa e Acórdão
RE 419.410 AGR / PE
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
conhecer do agravo regimental e dar-lhe parcial provimento, julgando
prejudicado os embargos de declaração opostos, nos termos do voto da
relatora. Impedido o Senhor Ministro Luiz Fux.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 419.410 AGR / PE
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
conhecer do agravo regimental e dar-lhe parcial provimento, julgando
prejudicado os embargos de declaração opostos, nos termos do voto da
relatora. Impedido o Senhor Ministro Luiz Fux.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 17
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419.410 PERNAMBUCO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:IMOBILIÁRIA HENRIQUE V LTDA
ADV.(A/S)
:JOSÉ
HENRIQUE
WANDERLEY
FILHO
E
OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
Contra decisão proferida pelo eminente Ministro Gilmar Mendes (fl.
192), que deu provimento ao recurso extraordinário interposto por
Imobiliária Henrique V Ltda. em face de acórdão proferido pelo TRF da
5ª Região, a União maneja agravo regimental (fls. 204-6).
A agravante alega, em síntese, que a decisão agravada apreciou
matéria diversa (ampliação da base de cálculo da COFINS) daquela de
que tratam os autos (incidência da COFINS sobre a venda de imóveis).
Imobiliária Henrique V Ltda. já opusera embargos de declaração
contra a decisão fustigada (fls. 198-9), sendo que, à fl. 211, apresentou
contraminuta ao agravo regimental da União.
O Subprocurador-Geral da República Paulo da Rocha Campos
opinou pelo não conhecimento dos embargos declaratórios e pelo
provimento do agravo regimental (fls. 215-8).
Acordão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região publicado em
27.3.2002 (fl. 111).
Acórdão do Superior Tribunal de Justiça, de relatoria do eminente
Ministro Luiz Fux, com trânsito em julgado em 27.02.2004 (fl. 189).
Substituição da Relatora à fl. 221 (art. 38 do RISTF).
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419.410 PERNAMBUCO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:IMOBILIÁRIA HENRIQUE V LTDA
ADV.(A/S)
:JOSÉ
HENRIQUE
WANDERLEY
FILHO
E
OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
Contra decisão proferida pelo eminente Ministro Gilmar Mendes (fl.
192), que deu provimento ao recurso extraordinário interposto por
Imobiliária Henrique V Ltda. em face de acórdão proferido pelo TRF da
5ª Região, a União maneja agravo regimental (fls. 204-6).
A agravante alega, em síntese, que a decisão agravada apreciou
matéria diversa (ampliação da base de cálculo da COFINS) daquela de
que tratam os autos (incidência da COFINS sobre a venda de imóveis).
Imobiliária Henrique V Ltda. já opusera embargos de declaração
contra a decisão fustigada (fls. 198-9), sendo que, à fl. 211, apresentou
contraminuta ao agravo regimental da União.
O Subprocurador-Geral da República Paulo da Rocha Campos
opinou pelo não conhecimento dos embargos declaratórios e pelo
provimento do agravo regimental (fls. 215-8).
Acordão do Tribunal Regional Federal da 5ª Região publicado em
27.3.2002 (fl. 111).
Acórdão do Superior Tribunal de Justiça, de relatoria do eminente
Ministro Luiz Fux, com trânsito em julgado em 27.02.2004 (fl. 189).
Substituição da Relatora à fl. 221 (art. 38 do RISTF).
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058636.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 17
Voto - MIN. ROSA WEBER
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419.410 PERNAMBUCO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto
com fundamento no art. 102, III, `a´, da Constituição Federal,
contra acórdão no qual ficou assentada a constitucionalidade do
§ 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718, de 1998, em face do disposto no
artigo 195, I, da Carta Magna, com a redação anterior à Emenda
Constitucional nº 20, de 16 de dezembro de 1998.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento
do RE 357.950, Rel. Marco Aurélio, sessão de 09 de novembro
de 2005, decidiu em sentido contrário.
Assim, conheço e dou provimento ao recurso (art. 557, §
1º-A, do CPC), para afastar a aplicação do § 1º do artigo 3º da
Lei nº 9.718, de 1998. Sem honorários (Súmula nº 512/STF)”.
O recurso extraordinário de Imobiliária Henrique V Ltda. (fls. 133-
49) foi manejado contra o acórdão exarado pelo TRF da 5ª Região, que
deu provimento à apelação da União e à remessa oficial nos termos do
voto condutor (fl. 108), cuja transcrição, ainda que em parte, se faz
oportuna:
“A matéria versada nos autos diz respeito à incidência ou
não da contribuição para financiamento da seguridade social —
COFINS — e da contribuição para o programa de integração
social — PIS - sobre as receitas provenientes da venda de
imóveis, além da questão relativa às alterações introduzidas na
sistemática das referidas exações pela Lei n° 9.718/98.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058637.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419.410 PERNAMBUCO
VOTO
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Preenchidos os
pressupostos genéricos, conheço do agravo regimental e passo ao exame
do mérito.
Transcrevo o teor da decisão que desafiou o agravo:
“DECISÃO: Trata-se de recurso extraordinário interposto
com fundamento no art. 102, III, `a´, da Constituição Federal,
contra acórdão no qual ficou assentada a constitucionalidade do
§ 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718, de 1998, em face do disposto no
artigo 195, I, da Carta Magna, com a redação anterior à Emenda
Constitucional nº 20, de 16 de dezembro de 1998.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento
do RE 357.950, Rel. Marco Aurélio, sessão de 09 de novembro
de 2005, decidiu em sentido contrário.
Assim, conheço e dou provimento ao recurso (art. 557, §
1º-A, do CPC), para afastar a aplicação do § 1º do artigo 3º da
Lei nº 9.718, de 1998. Sem honorários (Súmula nº 512/STF)”.
O recurso extraordinário de Imobiliária Henrique V Ltda. (fls. 133-
49) foi manejado contra o acórdão exarado pelo TRF da 5ª Região, que
deu provimento à apelação da União e à remessa oficial nos termos do
voto condutor (fl. 108), cuja transcrição, ainda que em parte, se faz
oportuna:
“A matéria versada nos autos diz respeito à incidência ou
não da contribuição para financiamento da seguridade social —
COFINS — e da contribuição para o programa de integração
social — PIS - sobre as receitas provenientes da venda de
imóveis, além da questão relativa às alterações introduzidas na
sistemática das referidas exações pela Lei n° 9.718/98.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058637.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 17
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 419.410 AGR / PE
Examino, primeiramente, a questão relativa à
constitucionalidade
incidenter tantum
das alterações
introduzidas na sistemática das questionadas exações pela Lei
nº 9.718/98.
Evoluindo de ponto de vista contrário, pelo qual
anteriormente entendia a inconstitucionalidade das
modificações introduzidas pela Lei n° 9.718/98, passo a
defender a constitucionalidade questionada, pelas razões que
passo a aduzir.
A matéria quando não está reservada, realmente, à Lei
Complementar, nada obsta que possa ser tratada via lei
ordinária. É o caso, por exemplo, da alíquota de tributos, como
se deduz dos termos do artigo 146, inciso III, alínea "a", da
Constituição da República Federativa do Brasil, que trata ainda
da exigência de lei complementar, no que tange à disciplina de
bases de cálculo de tributos, apenas com relação aos impostos
discriminados na própria Constituição, o que não é o caso dos
autos.
No que tange à base de cálculo, enfatizo ainda que os
termos da Lei n° 9.718, de 27 de novembro de 1998, artigo 3° e
parágrafo
primeiro,
também
não
padece
de
inconstitucionalidade.
Dispõe a mencionada Lei:
`Art. 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior
corresponde à receita bruta da pessoa jurídica.
§ 1º Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas
auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de
atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada
para as receitas´.
Ocorre que tais alterações, introduzidas pela Lei n°
9.718/1998, somente passaram a produzir efeitos após o advento
da Emenda Constitucional n° 20, de 15 de dezembro de 1998,
nos termos do artigo 17 da referida Lei, verbis:
`Art. 17. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
produzindo efeitos:
I — em relação aos arts. 2° a 8°, para os fatos geradores
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 419.410 AGR / PE
Examino, primeiramente, a questão relativa à
constitucionalidade
incidenter tantum
das alterações
introduzidas na sistemática das questionadas exações pela Lei
nº 9.718/98.
Evoluindo de ponto de vista contrário, pelo qual
anteriormente entendia a inconstitucionalidade das
modificações introduzidas pela Lei n° 9.718/98, passo a
defender a constitucionalidade questionada, pelas razões que
passo a aduzir.
A matéria quando não está reservada, realmente, à Lei
Complementar, nada obsta que possa ser tratada via lei
ordinária. É o caso, por exemplo, da alíquota de tributos, como
se deduz dos termos do artigo 146, inciso III, alínea "a", da
Constituição da República Federativa do Brasil, que trata ainda
da exigência de lei complementar, no que tange à disciplina de
bases de cálculo de tributos, apenas com relação aos impostos
discriminados na própria Constituição, o que não é o caso dos
autos.
No que tange à base de cálculo, enfatizo ainda que os
termos da Lei n° 9.718, de 27 de novembro de 1998, artigo 3° e
parágrafo
primeiro,
também
não
padece
de
inconstitucionalidade.
Dispõe a mencionada Lei:
`Art. 3º O faturamento a que se refere o artigo anterior
corresponde à receita bruta da pessoa jurídica.
§ 1º Entende-se por receita bruta a totalidade das receitas
auferidas pela pessoa jurídica, sendo irrelevantes o tipo de
atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada
para as receitas´.
Ocorre que tais alterações, introduzidas pela Lei n°
9.718/1998, somente passaram a produzir efeitos após o advento
da Emenda Constitucional n° 20, de 15 de dezembro de 1998,
nos termos do artigo 17 da referida Lei, verbis:
`Art. 17. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação,
produzindo efeitos:
I — em relação aos arts. 2° a 8°, para os fatos geradores
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 419.410 AGR / PE
ocorridos a partir de 1° de fevereiro de 1999´.
Assim, a EC n° 20/1998 recepciona a mencionada Lei
exatamente por ela ser compatível com a nova ordem jurídica.
Ademais, os conceitos de faturamento e receita bruta são
equivalentes do ponto de vista fiscal.
Na esteira deste entendimento ressalto Voto da lavra do
Exmo. Ministro MOREIRA ALVES, na Ação Declaratória de
Constitucionalidade n° 1-1 — DF, cujo excerto colho, conforme
segue:
`Note-se que a Lei Complementar n. 70/91, ao considerar o
faturamento como a `receita bruta das vendas de mercadorias, de
mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza´ nada mais
fez que lhe dar a conceituação de faturamento para efeitos
fiscais, como bem assinalou o eminente Ministro ILMAR
GALVÃO, no voto que proferiu no RE 150.764, ao acentuar que
o conceito de receita bruta das vendas de mercadorias e de
mercadorias e serviços `coincide com o de faturamento, que, para
efeitos fiscais, foi sempre entendido como o produto de todas as
vendas, e não apenas das vendas acompanhadas de fatura, formalidade
exigida tão-somente nas vendas mercantis a prazo (art. 1° da Lei
187/36)´. (Voto do Min. MOREIRA ALVES, em 1 de dezembro
de 1993, na ADC n° 1-1-DF).
Neste sentido, perfeitamente compreensível também que
as receitas oriundas das vendas de imóveis estejam abrangidas
no conceito de faturamento ou receita bruta.
Por outro lado, não se justifica excluir cogitadas receitas
do conceito de faturamento, nem a pretexto de que os bens
imóveis não seriam mercadorias ou serviços. Isto porque, a
Constituição Federal não se refere a mercadorias e serviços
quando trata das contribuições sociais que devem financiar a
seguridade social (artigo 195 e incisos), além de que a exclusão
equivaleria a se conceder isenção sem a correspondente lei
específica, o que contrariaria o disposto no parágrafo 6° do
artigo 150 da Constituição Federal.
Destarte, não é a natureza móvel ou imóvel do bem, mas o
fato de ser ele objeto de comércio, que o caracteriza, a rigor,
3
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RE 419.410 AGR / PE
ocorridos a partir de 1° de fevereiro de 1999´.
Assim, a EC n° 20/1998 recepciona a mencionada Lei
exatamente por ela ser compatível com a nova ordem jurídica.
Ademais, os conceitos de faturamento e receita bruta são
equivalentes do ponto de vista fiscal.
Na esteira deste entendimento ressalto Voto da lavra do
Exmo. Ministro MOREIRA ALVES, na Ação Declaratória de
Constitucionalidade n° 1-1 — DF, cujo excerto colho, conforme
segue:
`Note-se que a Lei Complementar n. 70/91, ao considerar o
faturamento como a `receita bruta das vendas de mercadorias, de
mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza´ nada mais
fez que lhe dar a conceituação de faturamento para efeitos
fiscais, como bem assinalou o eminente Ministro ILMAR
GALVÃO, no voto que proferiu no RE 150.764, ao acentuar que
o conceito de receita bruta das vendas de mercadorias e de
mercadorias e serviços `coincide com o de faturamento, que, para
efeitos fiscais, foi sempre entendido como o produto de todas as
vendas, e não apenas das vendas acompanhadas de fatura, formalidade
exigida tão-somente nas vendas mercantis a prazo (art. 1° da Lei
187/36)´. (Voto do Min. MOREIRA ALVES, em 1 de dezembro
de 1993, na ADC n° 1-1-DF).
Neste sentido, perfeitamente compreensível também que
as receitas oriundas das vendas de imóveis estejam abrangidas
no conceito de faturamento ou receita bruta.
Por outro lado, não se justifica excluir cogitadas receitas
do conceito de faturamento, nem a pretexto de que os bens
imóveis não seriam mercadorias ou serviços. Isto porque, a
Constituição Federal não se refere a mercadorias e serviços
quando trata das contribuições sociais que devem financiar a
seguridade social (artigo 195 e incisos), além de que a exclusão
equivaleria a se conceder isenção sem a correspondente lei
específica, o que contrariaria o disposto no parágrafo 6° do
artigo 150 da Constituição Federal.
Destarte, não é a natureza móvel ou imóvel do bem, mas o
fato de ser ele objeto de comércio, que o caracteriza, a rigor,
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 419.410 AGR / PE
como mercadoria. Qualquer bem, objeto de mercado é
mercadoria.
Mercadoria é assim qualquer coisa que se venda, ou
compre, por ato comercial que, de sua vez, caracteriza-se
objetiva ou subjetivamente, no primeiro caso, pela especulação
e, no segundo, por ter por agente um comerciante.
In casu, é óbvio que se faz presente a especulação.
A propósito, é interessante transcrever excerto doutrinário
da lavra do festejado comercialista FRAN MARTINS, quando
observa:
`Mesmo no que se refere aos atos praticados pelos
comerciantes no exercício de sua profissão, a tradição conserva
fora do âmbito do direito comercial os atos relativos aos imóveis
e à indústria agrícola. Os primeiros estão afastados do campo de
direito comercial porque, tendo este como uma das suas
características a circulação dos bens, tal não acontece com os
imóveis, por sua natureza, inamovíveis. Na verdade, em
essência, o argumento não tem solidez, pois, para que os bens
passem de propriedade, não é necessário que sejam
removidos materialmente; nas Bolsas de Mercadorias faz-se a
circulação dos bens apenas pela mudança de propriedade dos
títulos representativos dos mesmos, e essas operações são
reputadas comerciais. Ademais, os imóveis podem ser e são
objeto de especulação´. (Itálicos do autor. Os negritos não estão
na obra) (MARTINS, FRAN - Curso de direito comercial:
empresa comercial, empresário individual, microempresas,
sociedades comerciais, fundo de comércio. ed. ver, e atual. Rio
de Janeiro, Forense, 1999, p. 62).
Não bastasse, ressalto que a atividade de construção é
considerada mercantil ex vi lege (Lei n° 4.068, de 09.06.1962).
Por derradeiro, há vários arestos do SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA no sentido de admitir a legalidade da
COFINS sobre as receitas advindas da comercialização de
imóveis:
`TRIBUTÁRIO — COF1NS — VENDA DE IMÓVEIS:
INCIDÊNCIA.
4
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RE 419.410 AGR / PE
como mercadoria. Qualquer bem, objeto de mercado é
mercadoria.
Mercadoria é assim qualquer coisa que se venda, ou
compre, por ato comercial que, de sua vez, caracteriza-se
objetiva ou subjetivamente, no primeiro caso, pela especulação
e, no segundo, por ter por agente um comerciante.
In casu, é óbvio que se faz presente a especulação.
A propósito, é interessante transcrever excerto doutrinário
da lavra do festejado comercialista FRAN MARTINS, quando
observa:
`Mesmo no que se refere aos atos praticados pelos
comerciantes no exercício de sua profissão, a tradição conserva
fora do âmbito do direito comercial os atos relativos aos imóveis
e à indústria agrícola. Os primeiros estão afastados do campo de
direito comercial porque, tendo este como uma das suas
características a circulação dos bens, tal não acontece com os
imóveis, por sua natureza, inamovíveis. Na verdade, em
essência, o argumento não tem solidez, pois, para que os bens
passem de propriedade, não é necessário que sejam
removidos materialmente; nas Bolsas de Mercadorias faz-se a
circulação dos bens apenas pela mudança de propriedade dos
títulos representativos dos mesmos, e essas operações são
reputadas comerciais. Ademais, os imóveis podem ser e são
objeto de especulação´. (Itálicos do autor. Os negritos não estão
na obra) (MARTINS, FRAN - Curso de direito comercial:
empresa comercial, empresário individual, microempresas,
sociedades comerciais, fundo de comércio. ed. ver, e atual. Rio
de Janeiro, Forense, 1999, p. 62).
Não bastasse, ressalto que a atividade de construção é
considerada mercantil ex vi lege (Lei n° 4.068, de 09.06.1962).
Por derradeiro, há vários arestos do SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA no sentido de admitir a legalidade da
COFINS sobre as receitas advindas da comercialização de
imóveis:
`TRIBUTÁRIO — COF1NS — VENDA DE IMÓVEIS:
INCIDÊNCIA.
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 419.410 AGR / PE
1. O fato gerador da COF1NS é o faturamento mensal da
empresa, assim considerada a receita bruta de venda de
mercadorias e de serviços (LC n. 70/91).
2. A empresa que comercializa imóveis é equiparada a
empresa comercial, e, como tal, tem faturamento com base nos
imóveis vendidos, como resultado econômico da atividade
empresarial exercida.
3. A noção de mercadoria do Código Comercial não é um
instituto, e sim um conceito que não poder servir de
fundamento para a não-incidência de um segmento empresarial
que exerce o comércio.
4. Embargos de divergência conhecidos e recebidos´.
(Ementa de Ac., por maioria, da Primeira Seção do STJ, aos
18/06/2001,110 ERESP 157035/SC, Rel. p/Acórdão: Min. ELIANA
CALMON, pub. no DJU 10/09/2001, p. 270).
`Tributário. COFINS. Construtora e Comercialização de
Imóveis. Legalidade da Incidência. Leis Complementares nos
56/87 (itens 32, 34 e 50) e 70/91 (arts. 2° e 6°) CTN, art. 111. Lei
n° 4.591/64. Decreto-Lei n° 2.397/87 (art. 1°).
1. As empresas edificadoras de imóveis, bens aptos à
comercialização, realizam negócios jurídicos de natureza
mercantil, celebrados com clientes compradores. Observada a
relação jurídica entre o fisco e contribuinte criada pela lei,
caracterizada atividade empresarial com intuito de lucro,
divisados atos mercantis, é legal a incidência da COF1NS nas
negociações empresariais e nos serviços prestados, negócios
jurídicos tributáveis.
2. Precedentes jurisprudenciais.
3. Recurso sem provimento.´ (Ementa de Ac., da Primeira
Turma do STJ, aos 12/09/2000, no RESP 228067/RS, Rel.
p/Acórdão: Min. MILTON LUIZ PEREIRA, pub. no DJU
03/09/2001, p. 148).
`TRIBUTÁRIO. COFINS. L.C. N° 70/91. IMÓVEIS.
INCIDÊNCIA.
1. A COFINS incide sobre o faturamento de empresas que,
habitualmente, negociam com imóveis, em face de:
5
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RE 419.410 AGR / PE
1. O fato gerador da COF1NS é o faturamento mensal da
empresa, assim considerada a receita bruta de venda de
mercadorias e de serviços (LC n. 70/91).
2. A empresa que comercializa imóveis é equiparada a
empresa comercial, e, como tal, tem faturamento com base nos
imóveis vendidos, como resultado econômico da atividade
empresarial exercida.
3. A noção de mercadoria do Código Comercial não é um
instituto, e sim um conceito que não poder servir de
fundamento para a não-incidência de um segmento empresarial
que exerce o comércio.
4. Embargos de divergência conhecidos e recebidos´.
(Ementa de Ac., por maioria, da Primeira Seção do STJ, aos
18/06/2001,110 ERESP 157035/SC, Rel. p/Acórdão: Min. ELIANA
CALMON, pub. no DJU 10/09/2001, p. 270).
`Tributário. COFINS. Construtora e Comercialização de
Imóveis. Legalidade da Incidência. Leis Complementares nos
56/87 (itens 32, 34 e 50) e 70/91 (arts. 2° e 6°) CTN, art. 111. Lei
n° 4.591/64. Decreto-Lei n° 2.397/87 (art. 1°).
1. As empresas edificadoras de imóveis, bens aptos à
comercialização, realizam negócios jurídicos de natureza
mercantil, celebrados com clientes compradores. Observada a
relação jurídica entre o fisco e contribuinte criada pela lei,
caracterizada atividade empresarial com intuito de lucro,
divisados atos mercantis, é legal a incidência da COF1NS nas
negociações empresariais e nos serviços prestados, negócios
jurídicos tributáveis.
2. Precedentes jurisprudenciais.
3. Recurso sem provimento.´ (Ementa de Ac., da Primeira
Turma do STJ, aos 12/09/2000, no RESP 228067/RS, Rel.
p/Acórdão: Min. MILTON LUIZ PEREIRA, pub. no DJU
03/09/2001, p. 148).
`TRIBUTÁRIO. COFINS. L.C. N° 70/91. IMÓVEIS.
INCIDÊNCIA.
1. A COFINS incide sobre o faturamento de empresas que,
habitualmente, negociam com imóveis, em face de:
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RE 419.410 AGR / PE
a) - o imóvel ser um bem suscetível de transação
comercial, pelo que se insere no conceito de mercadoria;
b) - as empresas construtoras de imóveis efetuam negócios
jurídicos com tais bens, de modo habitual, constituindo de
mercadorias que são oferecidas aos clientes compradores;
c) - a Lei n° 4.068, de 09.06.62, determina que as empresas
de construção de imóveis possuem natureza comercial, sendo-
lhes facultada a emissão de duplicatas;
d) - a Lei n° 4.591, de 16.12.64, define como comerciais as
atividades negociais praticadas pelo `incorporador, pessoa
física ou jurídica, proprietário ou não, promotor ou não da
construção, que aliene total ou parcialmente imóvel ainda em
construção, e do vendedor, proprietário o não, que
habitualmente aliene o prédio, decorrente de obra já concluída,
ou terreno fora do regime condominial, sendo que o que
caracteriza esses atos como mercantis, em ambos os casos, e o
que diferencia dos atos de natureza simplesmente civil, é a
atividade empresarial com o intuito de lucro´ (Oswaldo Othon
de Pontes Saraiva Filho, ob. já citada).
e) - o art. 195, I, da CF, não restringe o conceito de
faturamento, para excluir do seu âmbito o decorrente da
comercialização de imóveis;
f) - faturamento é o produto resultante da soma de todas
as vendas efetuadas pela empresa, quer com bens móveis, quer
com bens imóveis;
g) - o art. 2°, da LC n° 70/91, prevê, de modo bem claro,
que a COFINS tem como base de cálculo não só a receita bruta
das vendas de mercadorias objeto das negociações das
empresas, mas, também, dos serviços prestados de qualquer
natureza;
h) - mesmo que o imóvel não seja considerado mercadoria,
no contexto assinalado, a sua venda ou locação pela empresa
seria a prestação de um serviço de qualquer natureza, portanto,
um negócio jurídico sujeito à COFINS.
2. Recurso improvido.´ (Ementa de Ac., por maioria, da
Primeira Turma do STJ, aos 15/06/1999, no RESP 210335/PR,
6
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a) - o imóvel ser um bem suscetível de transação
comercial, pelo que se insere no conceito de mercadoria;
b) - as empresas construtoras de imóveis efetuam negócios
jurídicos com tais bens, de modo habitual, constituindo de
mercadorias que são oferecidas aos clientes compradores;
c) - a Lei n° 4.068, de 09.06.62, determina que as empresas
de construção de imóveis possuem natureza comercial, sendo-
lhes facultada a emissão de duplicatas;
d) - a Lei n° 4.591, de 16.12.64, define como comerciais as
atividades negociais praticadas pelo `incorporador, pessoa
física ou jurídica, proprietário ou não, promotor ou não da
construção, que aliene total ou parcialmente imóvel ainda em
construção, e do vendedor, proprietário o não, que
habitualmente aliene o prédio, decorrente de obra já concluída,
ou terreno fora do regime condominial, sendo que o que
caracteriza esses atos como mercantis, em ambos os casos, e o
que diferencia dos atos de natureza simplesmente civil, é a
atividade empresarial com o intuito de lucro´ (Oswaldo Othon
de Pontes Saraiva Filho, ob. já citada).
e) - o art. 195, I, da CF, não restringe o conceito de
faturamento, para excluir do seu âmbito o decorrente da
comercialização de imóveis;
f) - faturamento é o produto resultante da soma de todas
as vendas efetuadas pela empresa, quer com bens móveis, quer
com bens imóveis;
g) - o art. 2°, da LC n° 70/91, prevê, de modo bem claro,
que a COFINS tem como base de cálculo não só a receita bruta
das vendas de mercadorias objeto das negociações das
empresas, mas, também, dos serviços prestados de qualquer
natureza;
h) - mesmo que o imóvel não seja considerado mercadoria,
no contexto assinalado, a sua venda ou locação pela empresa
seria a prestação de um serviço de qualquer natureza, portanto,
um negócio jurídico sujeito à COFINS.
2. Recurso improvido.´ (Ementa de Ac., por maioria, da
Primeira Turma do STJ, aos 15/06/1999, no RESP 210335/PR,
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 419.410 AGR / PE
Rel.: Min. JOSÉ DELGADO, pub. no DJU 06/09/1999, p. 58).
`COFINS — INCIDÊNCIA — VENDA DE IMÓVEIS.
As atividades de construir e alienar, comprar, alugar e
vender imóveis e intermediar negócios imobiliários, estão
sujeitas a COFINS, posto caracterizarem compra e venda de
mercadorias, em sentido amplo, como o empregou o legislador.
Recurso provido´. (Ementa de Ac., por maioria, da
Primeira Turma do STJ, aos 29/04/1999, no RESP 203698/CE,
Rel.: MM. GARCIA VIEIRA, pub. no DJU 18/10/1999, p. 213).
No tocante à contribuição para o programa de integração
social — PIS, também, são inúmeros os precedentes
jurisprudenciais:
"Processual Civil. Negócios Imobiliários. Incidência do
PIS. Recurso Especial Inadmitido. Agravo Interno (art. 545,
CPC).
1. Alçado que a motivação básica da decisão verberada
encontra apoio nos iterativos precedentes afervorando a
incidência do PIS na comercialização de imóveis (LC 7/70, art.
3°, caput, e § 2°), o inconformismo não encontra ressonância.
2. Agravo sem provimento.´ (Ementa de Ac., un., da
Primeira Turma do STJ, aos 03/08/2000, no AGA 209925/RN,
Rel.: MM. MILTON LUIZ PEREIRA, pub. no DJU 16/10/2000, p.
0287).
`TRIBUTÁRIO. PIS. IMÓVEIS. INCIDÊNCIA.
1. A contribuição denominada de PIS incide sobre o valor
dos imóveis comercializados por empresas que têm por objetivo
essa atividade comercial.
2. Interpretação do art. 3º, letra `b´, da LC n° 7/70, c/c a LC
n° 56/87 e com a Lei n° 4561/64.
3. Recurso provido.´ (Ementa de Ac., un., da Primeira
Turma do STJ, aos 15/08/2000, no RESP 230759/PE, Rel.: Min.
JOSÉ DELGADO, pub. DJU 18/09/2000, p. 0102).
Ante todas estas considerações, dou provimento à
apelação e à remessa oficial´ (fls. 101-8).
Nas razões do recurso extraordinário, a recorrente sustenta a
7
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RE 419.410 AGR / PE
Rel.: Min. JOSÉ DELGADO, pub. no DJU 06/09/1999, p. 58).
`COFINS — INCIDÊNCIA — VENDA DE IMÓVEIS.
As atividades de construir e alienar, comprar, alugar e
vender imóveis e intermediar negócios imobiliários, estão
sujeitas a COFINS, posto caracterizarem compra e venda de
mercadorias, em sentido amplo, como o empregou o legislador.
Recurso provido´. (Ementa de Ac., por maioria, da
Primeira Turma do STJ, aos 29/04/1999, no RESP 203698/CE,
Rel.: MM. GARCIA VIEIRA, pub. no DJU 18/10/1999, p. 213).
No tocante à contribuição para o programa de integração
social — PIS, também, são inúmeros os precedentes
jurisprudenciais:
"Processual Civil. Negócios Imobiliários. Incidência do
PIS. Recurso Especial Inadmitido. Agravo Interno (art. 545,
CPC).
1. Alçado que a motivação básica da decisão verberada
encontra apoio nos iterativos precedentes afervorando a
incidência do PIS na comercialização de imóveis (LC 7/70, art.
3°, caput, e § 2°), o inconformismo não encontra ressonância.
2. Agravo sem provimento.´ (Ementa de Ac., un., da
Primeira Turma do STJ, aos 03/08/2000, no AGA 209925/RN,
Rel.: MM. MILTON LUIZ PEREIRA, pub. no DJU 16/10/2000, p.
0287).
`TRIBUTÁRIO. PIS. IMÓVEIS. INCIDÊNCIA.
1. A contribuição denominada de PIS incide sobre o valor
dos imóveis comercializados por empresas que têm por objetivo
essa atividade comercial.
2. Interpretação do art. 3º, letra `b´, da LC n° 7/70, c/c a LC
n° 56/87 e com a Lei n° 4561/64.
3. Recurso provido.´ (Ementa de Ac., un., da Primeira
Turma do STJ, aos 15/08/2000, no RESP 230759/PE, Rel.: Min.
JOSÉ DELGADO, pub. DJU 18/09/2000, p. 0102).
Ante todas estas considerações, dou provimento à
apelação e à remessa oficial´ (fls. 101-8).
Nas razões do recurso extraordinário, a recorrente sustenta a
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 419.410 AGR / PE
violação do art. 195, I, da Carta Maior, na redação vigente à época da
edição da Lei 9.718/98. Ressalta que o art. 195, I, da Constituição Federal
autoriza a instituição, por lei ordinária, de contribuição sobre o
faturamento, o que não englobaria todas as receitas da pessoa jurídica.
Defende haver diferença entre faturamento e receita bruta. Argumenta
que as vendas e locações não entram na base de cálculo da COFINS e do
PIS. Destacando que efetua venda de imóveis e que está sujeita à
legislação civil, argumenta não ostentar a condição necessária para a
incidência da COFINS e do PIS, pois “não emite faturas de suas
operações, expressão decorrente de faturamento, por sua vez definido no
art. 2º da LC nº 70/91 como a `receita bruta das vendas de mercadorias, de
mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza´” (fl. 136).
Asseverando que “o art. 191 do Código Comercial, que trata da compra e
venda mercantil, exclui as operações com imóveis de seu âmbito de
incidência”, sustenta não incidir COFINS e PIS sobre a compra e venda de
imóveis, pois a venda imobiliária jamais poderia resultar em faturamento,
ante a ausência de mercadoria ou serviço. Aduz que, nos termos do art.
110 do CTN, a lei tributária não pode alterar os conceitos de faturamento
e de mercadoria definidos pela legislação comercial. Alega a
inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/1998, pois estaria a
ampliar a base de cálculo da COFINS, estabelecendo que a expressão
faturamento “deveria ser entendida como a receita bruta da pessoa
jurídica, a qual se traduz como a totalidade das receitas auferidas pela
pessoa jurídica, sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida ou
classificação contábil adotada para as receitas” (fls. 136-40). Entende que a
Constituição autorizava a instituição de contribuição sobre o faturamento
e não sobre todas as receitas da pessoa jurídica. Reputa inviável ter-se por
convalidado o aludido dispositivo legal pela EC 20/98. Postula o
reconhecimento do direito de não recolher a COFINS e o PIS, ante a
impossibilidade de incidência sobre as receitas oriundas das vendas de
bens imóveis e de aplicações financeiras. Sucessivamente, requer o
reconhecimento do direito de recolher a COFINS à alíquota de 2%, com
base no seu faturamento à luz da LC 70/91, excluindo-se as receitas
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RE 419.410 AGR / PE
violação do art. 195, I, da Carta Maior, na redação vigente à época da
edição da Lei 9.718/98. Ressalta que o art. 195, I, da Constituição Federal
autoriza a instituição, por lei ordinária, de contribuição sobre o
faturamento, o que não englobaria todas as receitas da pessoa jurídica.
Defende haver diferença entre faturamento e receita bruta. Argumenta
que as vendas e locações não entram na base de cálculo da COFINS e do
PIS. Destacando que efetua venda de imóveis e que está sujeita à
legislação civil, argumenta não ostentar a condição necessária para a
incidência da COFINS e do PIS, pois “não emite faturas de suas
operações, expressão decorrente de faturamento, por sua vez definido no
art. 2º da LC nº 70/91 como a `receita bruta das vendas de mercadorias, de
mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza´” (fl. 136).
Asseverando que “o art. 191 do Código Comercial, que trata da compra e
venda mercantil, exclui as operações com imóveis de seu âmbito de
incidência”, sustenta não incidir COFINS e PIS sobre a compra e venda de
imóveis, pois a venda imobiliária jamais poderia resultar em faturamento,
ante a ausência de mercadoria ou serviço. Aduz que, nos termos do art.
110 do CTN, a lei tributária não pode alterar os conceitos de faturamento
e de mercadoria definidos pela legislação comercial. Alega a
inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/1998, pois estaria a
ampliar a base de cálculo da COFINS, estabelecendo que a expressão
faturamento “deveria ser entendida como a receita bruta da pessoa
jurídica, a qual se traduz como a totalidade das receitas auferidas pela
pessoa jurídica, sendo irrelevante o tipo de atividade por ela exercida ou
classificação contábil adotada para as receitas” (fls. 136-40). Entende que a
Constituição autorizava a instituição de contribuição sobre o faturamento
e não sobre todas as receitas da pessoa jurídica. Reputa inviável ter-se por
convalidado o aludido dispositivo legal pela EC 20/98. Postula o
reconhecimento do direito de não recolher a COFINS e o PIS, ante a
impossibilidade de incidência sobre as receitas oriundas das vendas de
bens imóveis e de aplicações financeiras. Sucessivamente, requer o
reconhecimento do direito de recolher a COFINS à alíquota de 2%, com
base no seu faturamento à luz da LC 70/91, excluindo-se as receitas
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 419.410 AGR / PE
decorrentes de locações e vendas de imóveis.
O recurso extraordinário não merece conhecimento.
De início, constato que a pretensão da recorrente de reconhecimento
do direito de não recolher, em absoluto, COFINS e PIS não foi objeto de
exame pela Corte de origem, encontrando óbice na Súmula 282 do STF: “é
inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão
recorrida, a questão federal suscitada”.
Sublinho que a autora sequer manejou recurso de apelação contra a
sentença do Juízo de primeira instância, cujo dispositivo resultou exarado
nos seguintes termos:
“POSTO ISSO, julgo parcialmente procedente o pedido
desta ação mandamental e concedo em parte a segurança,
declarando incidenter tantum, e para todos os fins de direito, a
inconstitucionalidade do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, e
determinando, como de fato determino, que as contribuições
para o PIS e a COFINS sejam cobradas, respectivamente, na
forma das Leis Complementares nºs 07/70 e 70/91, sendo a
CONFIS cobrada de acordo com o artigo 8º da Lei 9.718/98, ou
seja, à alíquota de 3% (três por cento), sem a incidência de
ambas contribuições sobre a locação e venda de imóveis a partir
da vigência da referida Lei” (fl. 60).
Outrossim, verifico que não houve prequestionamento da questão
relativa à incidência da COFINS e do PIS sobre as receitas decorrentes de
locações de imóveis perante a Corte Regional – que se limitou, no
julgamento e provimento da apelação da União, ao exame da inclusão das
receitas advindas das vendas de imóveis na base de cálculo de tais
contribuições sociais –, peculiaridade que também foi percebida pelo
Superior Tribunal de Justiça no julgamento dos aclaratórios opostos
contra o acórdão do recurso especial, verbis:
“O Tribunal a quo não analisou as questões relativas à
incidência do PIS e COFINS sobre a locação de imóveis e
aplicações financeiras, bem o pedido de recolhimento da
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RE 419.410 AGR / PE
decorrentes de locações e vendas de imóveis.
O recurso extraordinário não merece conhecimento.
De início, constato que a pretensão da recorrente de reconhecimento
do direito de não recolher, em absoluto, COFINS e PIS não foi objeto de
exame pela Corte de origem, encontrando óbice na Súmula 282 do STF: “é
inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão
recorrida, a questão federal suscitada”.
Sublinho que a autora sequer manejou recurso de apelação contra a
sentença do Juízo de primeira instância, cujo dispositivo resultou exarado
nos seguintes termos:
“POSTO ISSO, julgo parcialmente procedente o pedido
desta ação mandamental e concedo em parte a segurança,
declarando incidenter tantum, e para todos os fins de direito, a
inconstitucionalidade do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, e
determinando, como de fato determino, que as contribuições
para o PIS e a COFINS sejam cobradas, respectivamente, na
forma das Leis Complementares nºs 07/70 e 70/91, sendo a
CONFIS cobrada de acordo com o artigo 8º da Lei 9.718/98, ou
seja, à alíquota de 3% (três por cento), sem a incidência de
ambas contribuições sobre a locação e venda de imóveis a partir
da vigência da referida Lei” (fl. 60).
Outrossim, verifico que não houve prequestionamento da questão
relativa à incidência da COFINS e do PIS sobre as receitas decorrentes de
locações de imóveis perante a Corte Regional – que se limitou, no
julgamento e provimento da apelação da União, ao exame da inclusão das
receitas advindas das vendas de imóveis na base de cálculo de tais
contribuições sociais –, peculiaridade que também foi percebida pelo
Superior Tribunal de Justiça no julgamento dos aclaratórios opostos
contra o acórdão do recurso especial, verbis:
“O Tribunal a quo não analisou as questões relativas à
incidência do PIS e COFINS sobre a locação de imóveis e
aplicações financeiras, bem o pedido de recolhimento da
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Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 419.410 AGR / PE
COFINS à alíquota de 2%, com base no faturamento, consoante
se observa do voto condutor do acórdão hostilizado(fls. 92/108).
Ademais, não foram opostos embargos de declaração,
perante o Tribunal a quo, com o intuito de provocar o exame e
juízo explícito acerca de referidas questões”.
É verdade que o acórdão do TRF da 5ª Região rechaçou o pleito das
autoras, pronunciando a constitucionalidade da Lei 9.718/1998. Porém,
nada justifica a omissão nas razões do recurso extraordinário quanto ao
significado específico do conceito constitucional de faturamento e da
abrangência, por este, da receita advinda da locação de imóveis, no
regime jurídico pretérito à Lei 9.718/1998, levando à aplicação da Súmula
284 desta Corte.
Frente à omissão da impetrante e do acórdão de origem, resta
evidente a impossibilidade de esta Suprema Corte deliberar sobre a
inédita questão, que, registro, não foi aduzida sequer na peça exordial,
onde a autora expôs ser a sua única atividade “a construção e a venda de
um edifício residencial” (fl. 2).
Quanto à inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/1998, o
Plenário deste Supremo Tribunal já reconheceu o vício, em julgado assim
ementado:
“CONSTITUCIONALIDADE
SUPERVENIENTE
-
ARTIGO 3º, § 1º, DA LEI Nº 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE
1998 - EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15 DE
DEZEMBRO DE 1998. O sistema jurídico brasileiro não
contempla a figura da constitucionalidade superveniente.
TRIBUTÁRIO - INSTITUTOS - EXPRESSÕES E VOCÁBULOS -
SENTIDO. A norma pedagógica do artigo 110 do Código
Tributário Nacional ressalta a impossibilidade de a lei tributária
alterar a definição, o conteúdo e o alcance de consagrados
institutos, conceitos e formas de direito privado utilizados
expressa ou implicitamente. Sobrepõe-se ao aspecto formal o
princípio da realidade, considerados os elementos tributários.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PIS - RECEITA BRUTA - NOÇÃO -
10
Supremo Tribunal Federal
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RE 419.410 AGR / PE
COFINS à alíquota de 2%, com base no faturamento, consoante
se observa do voto condutor do acórdão hostilizado(fls. 92/108).
Ademais, não foram opostos embargos de declaração,
perante o Tribunal a quo, com o intuito de provocar o exame e
juízo explícito acerca de referidas questões”.
É verdade que o acórdão do TRF da 5ª Região rechaçou o pleito das
autoras, pronunciando a constitucionalidade da Lei 9.718/1998. Porém,
nada justifica a omissão nas razões do recurso extraordinário quanto ao
significado específico do conceito constitucional de faturamento e da
abrangência, por este, da receita advinda da locação de imóveis, no
regime jurídico pretérito à Lei 9.718/1998, levando à aplicação da Súmula
284 desta Corte.
Frente à omissão da impetrante e do acórdão de origem, resta
evidente a impossibilidade de esta Suprema Corte deliberar sobre a
inédita questão, que, registro, não foi aduzida sequer na peça exordial,
onde a autora expôs ser a sua única atividade “a construção e a venda de
um edifício residencial” (fl. 2).
Quanto à inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/1998, o
Plenário deste Supremo Tribunal já reconheceu o vício, em julgado assim
ementado:
“CONSTITUCIONALIDADE
SUPERVENIENTE
-
ARTIGO 3º, § 1º, DA LEI Nº 9.718, DE 27 DE NOVEMBRO DE
1998 - EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 20, DE 15 DE
DEZEMBRO DE 1998. O sistema jurídico brasileiro não
contempla a figura da constitucionalidade superveniente.
TRIBUTÁRIO - INSTITUTOS - EXPRESSÕES E VOCÁBULOS -
SENTIDO. A norma pedagógica do artigo 110 do Código
Tributário Nacional ressalta a impossibilidade de a lei tributária
alterar a definição, o conteúdo e o alcance de consagrados
institutos, conceitos e formas de direito privado utilizados
expressa ou implicitamente. Sobrepõe-se ao aspecto formal o
princípio da realidade, considerados os elementos tributários.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL - PIS - RECEITA BRUTA - NOÇÃO -
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 17
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 419.410 AGR / PE
INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ARTIGO 3º DA LEI
Nº 9.718/98. A jurisprudência do Supremo, ante a redação do
artigo 195 da Carta Federal anterior à Emenda Constitucional nº
20/98, consolidou-se no sentido de tomar as expressões receita
bruta e faturamento como sinônimas, jungindo-as à venda de
mercadorias, de serviços ou de mercadorias e serviços. É
inconstitucional o § 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, no que
ampliou o conceito de receita bruta para envolver a totalidade
das receitas auferidas por pessoas jurídicas, independentemente
da atividade por elas desenvolvida e da classificação contábil
adotada.” (RE 357.950, Redator Min. Marco Aurélio, DJ
15.8.2006).
A inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/1998 impede que
a COFINS e o PIS incidam sobre as receitas advindas de aplicações
financeiras, mas não obsta, por si só, a incidência sobre a receita
decorrente da alienação de imóveis.
No que diz respeito à incidência das multicitadas contribuições
sobre a receita obtida pela venda de imóveis, por inadequação ao conceito
de faturamento, esta Corte entende tratar-se de questão dependente do
exame de legislação infraconstitucional, que apenas poderia acarretar
ofensa reflexa à Lei Maior – hipótese que não se subsume ao art. 102, III,
“a”, da Carta Política para o manejo de recurso extraordinário.
Anoto precedentes:
“AGRAVO REGIMENTAL. COFINS. INCIDÊNCIA
SOBRE A VENDA DE BENS IMÓVEIS. CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA
OU
INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. Para se verificar a existência de
violação dos dispositivos constitucionais invocados no recurso
extraordinário, seria necessário o reexame da legislação
infraconstitucional, o que é inviável em recurso extraordinário.
Inexistência de ofensa direta à Constituição Federal. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AI 259950 AgR/PR, Rel.
Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 01.7.2009).
11
Supremo Tribunal Federal
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RE 419.410 AGR / PE
INCONSTITUCIONALIDADE DO § 1º DO ARTIGO 3º DA LEI
Nº 9.718/98. A jurisprudência do Supremo, ante a redação do
artigo 195 da Carta Federal anterior à Emenda Constitucional nº
20/98, consolidou-se no sentido de tomar as expressões receita
bruta e faturamento como sinônimas, jungindo-as à venda de
mercadorias, de serviços ou de mercadorias e serviços. É
inconstitucional o § 1º do artigo 3º da Lei nº 9.718/98, no que
ampliou o conceito de receita bruta para envolver a totalidade
das receitas auferidas por pessoas jurídicas, independentemente
da atividade por elas desenvolvida e da classificação contábil
adotada.” (RE 357.950, Redator Min. Marco Aurélio, DJ
15.8.2006).
A inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/1998 impede que
a COFINS e o PIS incidam sobre as receitas advindas de aplicações
financeiras, mas não obsta, por si só, a incidência sobre a receita
decorrente da alienação de imóveis.
No que diz respeito à incidência das multicitadas contribuições
sobre a receita obtida pela venda de imóveis, por inadequação ao conceito
de faturamento, esta Corte entende tratar-se de questão dependente do
exame de legislação infraconstitucional, que apenas poderia acarretar
ofensa reflexa à Lei Maior – hipótese que não se subsume ao art. 102, III,
“a”, da Carta Política para o manejo de recurso extraordinário.
Anoto precedentes:
“AGRAVO REGIMENTAL. COFINS. INCIDÊNCIA
SOBRE A VENDA DE BENS IMÓVEIS. CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA
OU
INDIRETA À CONSTITUIÇÃO. Para se verificar a existência de
violação dos dispositivos constitucionais invocados no recurso
extraordinário, seria necessário o reexame da legislação
infraconstitucional, o que é inviável em recurso extraordinário.
Inexistência de ofensa direta à Constituição Federal. Agravo
regimental a que se nega provimento” (AI 259950 AgR/PR, Rel.
Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJe 01.7.2009).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 17
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 419.410 AGR / PE
“RECURSO.
Extraordinário.
Inadmissibilidade.
Contribuição Social. COFINS. Venda de imóveis. Incidência.
Ofensa indireta à Constituição. Agravo regimental não provido.
É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não
tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que,
irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de
inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas
indireta à Constituição da República.” (AI 244262 AgR/PR, Rel.
Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 16.5.2008).
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. COFINS.
VENDA DE IMÓVEIS. INCIDÊNCIA. OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 2. Conforme já colocado no
acórdão embargado, a controvérsia referente a incidência da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social sobre
a venda de bens imóveis caracteriza, quando muito, ofensa
indireta à Constituição do Brasil. Precedentes. 3. A pretensão da
embargante é submeter à nova análise os fundamentos de seu
recurso, com alteração do conteúdo do acórdão embargado. 4.
Os embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo
535 do Código de Processo Civil e não para rediscutir os
fundamentos do acórdão embargado. Rejeito os embargos de
declaração. Multa de 1% sobre o valor corrigido da causa”. (RE
454152 AgR-ED-ED/CE, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma,
DJe 09.5.2008).
“TRIBUTÁRIO. COFINS. INCIDÊNCIA SOBRE A VENDA
DE
BENS
IMÓVEIS.
CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL.
PRECEDENTES.
AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO”. (AI 551896 AgR/MG, Rel. Min.
Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJ 09.02.2007).
“AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
12
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RE 419.410 AGR / PE
“RECURSO.
Extraordinário.
Inadmissibilidade.
Contribuição Social. COFINS. Venda de imóveis. Incidência.
Ofensa indireta à Constituição. Agravo regimental não provido.
É pacífica a jurisprudência desta Corte, no sentido de não
tolerar, em recurso extraordinário, alegação de ofensa que,
irradiando-se de má interpretação, aplicação, ou, até, de
inobservância de normas infraconstitucionais, seria apenas
indireta à Constituição da República.” (AI 244262 AgR/PR, Rel.
Min. Cezar Peluso, Segunda Turma, DJe 16.5.2008).
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NOS EMBARGOS DE
DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. COFINS.
VENDA DE IMÓVEIS. INCIDÊNCIA. OFENSA INDIRETA À
CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 2. Conforme já colocado no
acórdão embargado, a controvérsia referente a incidência da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social sobre
a venda de bens imóveis caracteriza, quando muito, ofensa
indireta à Constituição do Brasil. Precedentes. 3. A pretensão da
embargante é submeter à nova análise os fundamentos de seu
recurso, com alteração do conteúdo do acórdão embargado. 4.
Os embargos de declaração prestam-se às hipóteses do artigo
535 do Código de Processo Civil e não para rediscutir os
fundamentos do acórdão embargado. Rejeito os embargos de
declaração. Multa de 1% sobre o valor corrigido da causa”. (RE
454152 AgR-ED-ED/CE, Rel. Min. Eros Grau, Segunda Turma,
DJe 09.5.2008).
“TRIBUTÁRIO. COFINS. INCIDÊNCIA SOBRE A VENDA
DE
BENS
IMÓVEIS.
CONTROVÉRSIA
INFRACONSTITUCIONAL.
PRECEDENTES.
AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO”. (AI 551896 AgR/MG, Rel. Min.
Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJ 09.02.2007).
“AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 17
Voto - MIN. ROSA WEBER
RE 419.410 AGR / PE
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DA
COFINS SOBRE OPERAÇÕES DE VENDA DE IMÓVEIS.
QUESTÃO DECIDIDA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM COM
LASTRO NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL
PERTINENTE. Caso em que a ofensa à Carta de Outubro, se
existente, dar-se-ia de modo reflexo ou indireto, o que não
autoriza a abertura da via extraordinária. No mesmo sentido:
AI 217.869-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, e AI 453.238-
AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence. Agravo regimental a
que se nega provimento”. (RE 477108 AgR / PE, Rel. Min. Carlos
Britto, Primeira Turma, DJ 27.10.2006).
Quanto à pretendida incidência da COFINS com alíquota de 2%,
pleito arvorado na vencida tese da inconstitucionalidade da majoração da
alíquota pela Lei 9.718/1998, constato que o pedido foi rechaçado pela
sentença, a qual não foi impugnada pela parte autora, transitando em
julgado nesse ponto.
Agravo regimental da União a que se dá parcial provimento para
reformar em parte a decisão agravada, no que diz com o conhecimento
do recurso extraordinário quanto à majoração da alíquota da COFINS e à
incidência das contribuições sobre as receitas advindas da venda e da
locação de imóveis. Resta, portanto, conhecido em parte e, nessa parte,
provido o recurso extraordinário interposto pela parte autora, a fim de
afastar a incidência da COFINS e do PIS sobre as receitas financeiras.
Por consequência, julgo prejudicados os embargos de declaração
opostos pela autora.
É como voto.
13
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058637.
Supremo Tribunal Federal
RE 419.410 AGR / PE
EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. INCIDÊNCIA DA
COFINS SOBRE OPERAÇÕES DE VENDA DE IMÓVEIS.
QUESTÃO DECIDIDA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM COM
LASTRO NA LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL
PERTINENTE. Caso em que a ofensa à Carta de Outubro, se
existente, dar-se-ia de modo reflexo ou indireto, o que não
autoriza a abertura da via extraordinária. No mesmo sentido:
AI 217.869-AgR, Relator Ministro Cezar Peluso, e AI 453.238-
AgR, Relator Ministro Sepúlveda Pertence. Agravo regimental a
que se nega provimento”. (RE 477108 AgR / PE, Rel. Min. Carlos
Britto, Primeira Turma, DJ 27.10.2006).
Quanto à pretendida incidência da COFINS com alíquota de 2%,
pleito arvorado na vencida tese da inconstitucionalidade da majoração da
alíquota pela Lei 9.718/1998, constato que o pedido foi rechaçado pela
sentença, a qual não foi impugnada pela parte autora, transitando em
julgado nesse ponto.
Agravo regimental da União a que se dá parcial provimento para
reformar em parte a decisão agravada, no que diz com o conhecimento
do recurso extraordinário quanto à majoração da alíquota da COFINS e à
incidência das contribuições sobre as receitas advindas da venda e da
locação de imóveis. Resta, portanto, conhecido em parte e, nessa parte,
provido o recurso extraordinário interposto pela parte autora, a fim de
afastar a incidência da COFINS e do PIS sobre as receitas financeiras.
Por consequência, julgo prejudicados os embargos de declaração
opostos pela autora.
É como voto.
13
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 17
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419.410
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : IMOBILIÁRIA HENRIQUE V LTDA
ADV.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE WANDERLEY FILHO E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma conheceu do agravo regimental e deu-lhe
parcial provimento, julgando prejudicado os embargos de declaração
opostos, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Impedido o
Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076459
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419.410
PROCED. : PERNAMBUCO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : IMOBILIÁRIA HENRIQUE V LTDA
ADV.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE WANDERLEY FILHO E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma conheceu do agravo regimental e deu-lhe
parcial provimento, julgando prejudicado os embargos de declaração
opostos, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Impedido o
Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias
Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076459
Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 17
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3081349 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-13T00:00:00 | A Turma conheceu do agravo regimental e deu-lhe parcial provimento, julgando prejudicado os embargos de declaração opostos, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Impedido o Senhor Ministro Luiz Fux. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
DIREITO TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. COFINS E PIS. AMPLIAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO PELA LEI 9.718/1998. INCONSTITUCIONALIDADE. INCIDÊNCIA SOBRE VENDAS E LOCAÇÕES IMOBILIÁRIAS. AUMENTO DE ALÍQUOTA. MATÉRIAS PRECLUSAS. OFENSA REFLEXA. INVIABILIDADE DE REEXAME EM SEDE EXTRAORDINÁRIA. FALTA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282/STF.
“É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” (Súmula 282/STF).
Inviável apreciar, no recurso extraordinário, matérias preclusas, resolvidas pela sentença em desfavor da recorrente, que se absteve de interpor recurso de apelação.
A inconstitucionalidade do art. 3º, § 1º, da Lei 9.718/1998, reconhecida por esta Corte no julgamento do RE 357.950, impede que a COFINS e o PIS incidam sobre as receitas financeiras da autora, mas não obsta, por si só, a incidência sobre a receita decorrente da alienação de imóveis, questão que, de acordo com a jurisprudência deste Sodalício, apenas poderia acarretar ofensa reflexa à Lei Maior – hipótese que não se subsume ao art. 102, III, “a”, da Carta Política para o manejo de recurso extraordinário.
Agravo regimental da União a que se dá parcial provimento para reformar em parte a decisão recorrida, mantendo-a no que diz com o afastamento da incidência das contribuições sobre as receitas financeiras. | sjur218570 | - Acórdãos citados:
(INCONSTITUCIONALIDADE, VÍCIO)
STF: RE 357950 (TP);
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 259950 AgR (2ªT), AI 244262 AgR (2ªT), RE 45152
AgR-ED-ED (2ªT), AI 551896 AgR (1ªT),RE 477108 AgR (1ªT).
Número de páginas: 17.
Análise: 26/11/2012, MAC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 419410 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-009718 ANO-1998\r\n ART-00003 PAR-00001 \r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000284 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 419410 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : IMOBILIÁRIA HENRIQUE V LTDA
ADV.(A/S) : JOSÉ HENRIQUE WANDERLEY FILHO E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : ANTÔNIO CARLOS BASTOS MONTEIRO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419 . 410",
"SÚMULA 282 / STF .",
"Súmula 282 / STF",
"RE 357 . 950",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 419 . 410",
"Súmula [UNK] 512 / STF",
"RE 357 . 950",
"Súmula [UNK] 512 / STF",
"RE 419 . 410 AGR",
"RE 419 . 410 AGR",
"RE 419 . 410",
"Declaratória de Constitucionalidade n° 1 - 1 — DF",
"RE 150 . 764",
"ADC n° 1 - 1 - DF",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"Ação Declaratória de Constitucionalidade n° 1 - 1 — DF",
"RE 150 . 764",
"ADC n° 1 - 1 - DF",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"RESP 228067 / RS",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"RESP 228067 / RS",
"RE 419 . 410 AGR",
"RESP 210335 / PR",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"RESP 210335 / PR",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"RESP 203698 / CE",
"RESP 230759 / PE",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"RESP 203698 / CE",
"AGA 209925 / RN",
"RESP 230759 / PE",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"RE 419 . 410 AGR",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"Súmula 282 do STF",
"RE 419 . 410 AGR",
"Súmula 282 do STF",
"RE 419 . 410",
"Súmula 284 desta Corte",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"RE 419 . 410 AGR",
"RE 357 . 950",
"AI 259950 AgR / PR",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"RE 357 . 950",
"AI 259950 AgR / PR",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"AI 244262 AgR / PR",
"RE 454152 AgR - ED - ED / CE",
"AI 551896 AgR / MG",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"AI 244262 AgR / PR",
"RE 454152 AgR - ED - ED / CE",
"AI 551896 AgR / MG",
"RE 419 . 410 AGR / PE",
"AI 217 . 869 - AgR",
"AI 453 . 238 - AgR",
"RE 477108 AgR / PE",
"RE 419 . 410 AGR",
"AI 217 . 869 - AgR",
"AI 453 . 238 - AgR",
"RE 477108 AgR / PE"
],
"LEGISLACAO": [
"LEI 9 . 718 / 1998",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 9 . 718 / 1998",
"Lei Maior",
"art . 102 , III , “ a ” , da Carta Política",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , ` [UNK] , da Constituição Federal",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei [UNK] 9 . 718",
"artigo 195 , I , da Carta Magna",
"Emenda Constitucional [UNK] 20",
"art . 557 , § [UNK] - A , do CPC",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei [UNK] 9 . 718",
"Lei n° 9 . 718 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , ` [UNK] , da Constituição Federal",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei [UNK] 9 . 718",
"artigo 195 , I , da Carta Magna",
"art . 557 , § [UNK] - A , do CPC",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei [UNK] 9 . 718",
"Lei n° 9 . 718 /",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 9 . 718 / 98",
"Lei n° 9 . 718 / 98",
"artigo 146 , inciso III , alínea \" a \" , da Constituição da República Federativa do Brasil",
"Constituição",
"Lei n° 9 . 718",
"Lei n° 9 . 718 / 1998",
"Emenda Constitucional n° 20",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 9 . 718 / 98",
"Lei n° 9 . 718 / 98",
"artigo 146 , inciso III , alínea \" a \" , da Constituição da República Federativa do Brasil",
"Constituição",
"Lei n° 9 . 718",
"Lei n° 9 . 718 / 1998",
"Emenda Constitucional n° 20",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC n° 20 / 1998",
"Lei Complementar n . 70 / 91",
"art . 1° da Lei 187 / 36",
"Constituição Federal",
"parágrafo 6° do artigo 150 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC n°",
"20",
"/",
"1998",
"Lei Complementar n . 70 / 91",
"art . 1° da Lei 187 / 36",
"Constituição Federal",
"parágrafo 6° do artigo 150 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n° 4 . 068",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n° 4 . 068",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC n . 70 / 91",
"Leis Complementares nos 56 / 87",
"70",
"/",
"91",
"CTN , art",
"Lei n° 4 . 591 / 64",
"Decreto",
"-",
"Lei n° 2 . 397 / 87",
"L",
".",
"C . N° 70 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC n . 70 / 91",
"Código Comercial",
"Leis Complementares nos 56 / 87",
"70",
"/",
"91",
"CTN , art . 111 .",
"Lei n° 4 . 591 / 64",
"Decreto",
"-",
"Lei n° 2 . 397 / 87",
"L",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n° 4 . 068",
"Lei n° 4 . 591",
"art . 195 , I , da CF",
"art . 2° , da LC n° 70 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n° 4 . 068",
"Lei n° 4 . 591",
"art . 195 , I , da CF",
"art . 2° , da LC n° 70 / 91",
"MP n° 2",
"art . 545 , CPC",
"LC 7 / 70 , art",
"art . [UNK] , letra ` [UNK] , da LC n° 7 / 70",
"LC n° 56 / 87",
"Lei n° 4561 / 64",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 545 , CPC",
"LC 7 / 70 , art . 3° , caput , e § 2°",
"art . [UNK] , letra ` [UNK] , da LC n° 7 / 70",
"LC n° 56 / 87",
"Lei n° 4561 / 64",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 195 , I , da Carta Maior",
"Lei 9 . 718 / 98",
"art . 195 , I , da Constituição Federal",
"art . [UNK] da LC [UNK] 70 / 91",
"art . 191 do Código Comercial",
"art . 110 do CTN",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 9 . 718 / 1998",
"Constituição",
"EC 20 / 98",
"LC 70 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 195 , I , da Carta Maior",
"Lei 9 . 718 / 98",
"art . 195 , I , da Constituição Federal",
"art . [UNK] da LC [UNK] 70 / 91",
"art . 191 do Código Comercial",
"art . 110 do CTN",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 9 . 718 / 1998",
"Constituição",
"EC 20 / 98",
"LC 70 / 91",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] da Lei [UNK] 9 . 718",
"/",
"98",
"Leis Complementares [UNK] 07 / 70",
"70",
"/",
"91",
"artigo [UNK] da Lei 9 . 718 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] da Lei [UNK] 9 . 718 / 98",
"Leis Complementares [UNK] 07 / 70",
"70",
"/",
"91",
"artigo [UNK] da Lei 9 . 718 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 9 . 718 / 1998",
"Lei 9 . 718 / 1998",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 9 . 718 / 1998",
"ARTIGO [UNK] , § [UNK] , DA LEI [UNK] 9 . 718",
"EMENDA CONSTITUCIONAL [UNK] 20",
"artigo 110 do Código Tributário Nacional",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 9 . 718 / 1998",
"Lei 9 . 718 / 1998",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 9 . 718 / 1998",
"ARTIGO [UNK] , § [UNK] , DA LEI [UNK] 9 . 718",
"EMENDA",
"artigo 110 do Código Tributário Nacional",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] DO ARTIGO [UNK] DA LEI [UNK] 9 . 718 / 98",
"artigo 195 da Carta Federal",
"Emenda Constitucional [UNK] 20 / 98",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei [UNK] 9 . 718 / 98",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 9 . 718 / 1998",
"Lei Maior",
"art . 102 , III , “ a ” , da Carta Política",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] DO ARTIGO [UNK] DA LEI [UNK] 9 . 718 / 98",
"artigo",
"195 da Carta Federal",
"Emenda Constitucional [UNK] 20 / 98",
"§ [UNK] do artigo [UNK] da Lei [UNK] 9 . 718 / 98",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Lei 9 . 718 / 1998",
"Lei Maior",
"art . 102 , III , “ a ” , da Carta Política",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Constituição da",
"CONSTITUIÇÃO DO BRASIL",
"Constituição do Brasil",
"artigo 535 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Constituição da República",
"CONSTITUIÇÃO",
"Constituição do Brasil",
"artigo 535 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta de Outubro",
"Lei 9 . 718 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEGISLAÇÃO",
"Carta de Outubro",
"Lei 9 . 718 / 1998",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PERNAMBUCO",
"Brasília",
"Brasília",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO",
"Rio de Janeiro",
"Rio de Janeiro",
"PERNAMBUCO",
"PERNAMBUCO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"IMOBILIÁRIA HENRIQUE V LTDA",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"IMOBILIÁRIA HENRIQUE V LTDA",
"Imobiliária Henrique V Ltda .",
"TRF da [UNK] Região",
"União",
"Imobiliária Henrique V Ltda .",
"União",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"IMOBILIÁRIA HENRIQUE V LTDA",
"Imobiliária Henrique V Ltda .",
"TRF da [UNK] Região",
"União",
"Imobiliária Henrique V Ltda .",
"União",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Imobiliária Henrique V Ltda .",
"TRF da [UNK] Região",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Imobiliária Henrique V Ltda .",
"TRF da [UNK] Região",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Forense",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Forense",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Seção do STJ",
"Primeira Turma do STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Seção do STJ",
"Primeira Turma do STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"PE",
"Primeira Turma do",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma do",
"STJ",
"Primeira Turma do STJ",
"Primeira Turma do STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"STJ",
"Primeira Turma do STJ",
"Primeira Turma do STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"União",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"TRF da [UNK] Região",
"Suprema Corte",
"Plenário",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TRF da [UNK] Região",
"Suprema",
"Plenário deste Supremo Tribunal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"IMOBILIÁRIA HENRIQUE V LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"FAZENDA NACIONAL",
"IMOBILIÁRIA HENRIQUE V LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"JOSÉ HENRIQUE WANDERLEY FILHO",
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"Rosa Weber",
"Dias Toffoli",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"JOSÉ HENRIQUE WANDERLEY FILHO",
"Gilmar Mendes",
"Paulo da Rocha Campos",
"Luiz Fux",
"ROSA WEBER",
"JOSÉ HENRIQUE WANDERLEY FILHO",
"Gilmar Mendes",
"Paulo da Rocha Campos",
"Luiz Fux",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"Rosa Weber",
"Marco Aurélio",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"MOREIRA ALVES",
"ILMAR GALVÃO",
"MOREIRA ALVES",
"MOREIRA ALVES",
"ILMAR GALVÃO",
"MOREIRA ALVES",
"ROSA WEBER",
"FRAN MARTINS",
"MARTINS , FRAN",
"FRAN MARTINS",
"MARTINS , FRAN",
"ROSA WEBER",
"ELIANA CALMON",
"MILTON LUIZ PEREIRA",
"ELIANA CALMON",
"MILTON LUIZ PEREIRA",
"ROSA WEBER",
"Oswaldo Othon de Pontes Saraiva Filho",
"Oswaldo Othon de Pontes Saraiva Filho",
"ROSA WEBER",
"JOSÉ DELGADO",
"GARCIA VIEIRA",
"MILTON LUIZ PEREIRA",
"JOSÉ DELGADO",
"JOSÉ DELGADO",
"GARCIA VIEIRA",
"MILTON LUIZ PEREIRA",
"JOSÉ DELGADO",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"Marco Aurélio",
"Joaquim Barbosa",
"Marco Aurélio",
"Joaquim Barbosa",
"ROSA WEBER",
"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"Cármen Lúcia",
"ROSA WEBER",
"Cezar Peluso",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Britto",
"Cezar Peluso",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Britto",
"ROSA WEBER",
"JOSÉ HENRIQUE WANDERLEY FILHO",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"JOSÉ HENRIQUE WANDERLEY FILHO",
"Luiz Fux",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
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"2012",
"24",
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"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
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"/",
"2001",
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"/",
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"27",
".",
"3",
".",
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".",
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".",
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"/",
"2001",
"30",
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"2012",
"27",
".",
"3",
".",
"2002",
"27",
".",
"02",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"1998",
"16 de dezembro de 1998",
"09 de novembro de 2005",
"1998",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"1998",
"16 de dezembro de 1998",
"09 de novembro de 2005",
"1998",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27 de novembro de 1998",
"15 de dezembro de 1998",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27 de novembro de 1998",
"15 de dezembro de 1998",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1° de fevereiro de [UNK]",
"1 de dezembro de 1993",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1° de fevereiro de [UNK]",
"1 de dezembro de 1993",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1999",
"09",
".",
"06",
".",
"1962",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1999",
"09",
".",
"06",
".",
"1962",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"06",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"09",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"09",
"/",
"2000",
"03",
"/",
"09",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"06",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"09",
"/",
"2001",
"12",
"/",
"09",
"/",
"2000",
"03",
"/",
"09",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"09",
".",
"06",
".",
"62",
"16",
".",
"12",
".",
"64",
"15",
"/",
"06",
"/",
"1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"09",
".",
"06",
".",
"62",
"16",
".",
"12",
".",
"64",
"15",
"/",
"06",
"/",
"1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"09",
"/",
"1999",
"29",
"/",
"04",
"/",
"1999",
"18",
"/",
"10",
"/",
"1999",
"03",
"/",
"08",
"/",
"2000",
"16",
"/",
"10",
"/",
"2000",
"15",
"/",
"08",
"/",
"2000",
"18",
"/",
"09",
"/",
"2000",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"09",
"/",
"1999",
"29",
"/",
"04",
"/",
"1999",
"18",
"/",
"10",
"/",
"1999",
"03",
"/",
"08",
"/",
"2000",
"16",
"/",
"10",
"/",
"2000",
"15",
"/",
"08",
"/",
"2000",
"18",
"/",
"09",
"/",
"2000",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27 DE NOVEMBRO DE 1998",
"15 DE DEZEMBRO DE 1998",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27 DE NOVEMBRO DE 1998",
"15 DE DEZEMBRO DE 1998",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"8",
".",
"2006",
"01",
".",
"7",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"8",
".",
"2006",
"01",
".",
"7",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"5",
".",
"2008",
"09",
".",
"5",
".",
"2008",
"09",
".",
"02",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"16",
".",
"5",
".",
"2008",
"09",
".",
"5",
".",
"2008",
"09",
".",
"02",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"10",
".",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
".",
"10",
".",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.422 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:MARIA APARECIDA OLBI TRINDADE
IMPTE.(S)
:JOSÉ LUIZ GUGELMIN
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº
15596 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
DIREITO PENAL. CRIME DE DESOBEDIÊNCIA. EXTINÇÃO DA
PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO. AUSÊNCIA DE RISCO À
LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO. INADMISSIBILIDADE DO HABEAS
CORPUS.
1. O habeas corpus tem uma rica história, constituindo uma garantia
fundamental. Repetindo Pontes de Miranda, "onde não há remédio do
rito do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da
liberdade física" (História e prática do Habeas Corpus. 3. ed. Campinas:
Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161). Ainda assim é uma garantia da
liberdade de locomoção contra violência ou coação, ou seja, contra uma
prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de
constrangimento físico ou moral à liberdade física.
2. Declarada a extinção da punibilidade pela prescrição, não mais
persiste restrição ou ameaça à liberdade de locomoção.
3. A alteração da causa de extinção do inquérito ou da ação penal
não pode ser perseguida por habeas corpus, ação constitucional restrita à
proteção da liberdade de locomoção.
4. Habeas corpus extinto sem resolução de mérito.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058609.
Supremo Tribunal Federal
DJe 13/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
HC 103.422 / SP
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via
processual, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058609.
Supremo Tribunal Federal
HC 103.422 / SP
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
julgar extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via
processual, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058609.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.422 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:MARIA APARECIDA OLBI TRINDADE
IMPTE.(S)
:JOSÉ LUIZ GUGELMIN
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº
15596 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas corpus
impetrado por José Luiz Gugelmin em favor de Maria Aparecida Olbi
Trindade contra decisão monocrática do Ministro Og Fernandes que
negou a extensão em favor da paciente do decidido no RHC 15.596/SP.
Breve histórico é oportuno.
Foi instaurado inquérito policial para apurar suposto crime do art.
330 do Código Penal que teria sido praticado pelos diretores da empresa
Ítalo Lanfredi S/A - Indústrias Mecânicas.
Em síntese, os dirigentes daquela empresa teriam descumprido
decisão judicial de constrição de faturamento da empresa.
Por meio de habeas corpus, buscou Fábio Luís Landredi, um dos
dirigentes, o trancamento do inquérito.
No Superior Tribunal de Justiça, logrou seu intento no julgamento,
em 16.12.2004, do RHC 15.596/SP pela Sexta Turma, acórdão assim
ementado:
"RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.
DIREITO
PROCESSUAL
PENAL.
DESOBEDIÊNCIA.
TRANCAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL. NORMA
EXTRAPENAL. CUMULAÇÃO EXPRESSA DE SANÇÕES.
1. Esta Corte Federal Superior firmou já entendimento no
sentido que não há falar em crime de desobediência quando a lei
extrapenal não trouxer previsão expressa acerca da possibilidade de
sua cumulação com outras sanções de natureza civil ou
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.422 SÃO PAULO
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S)
:MARIA APARECIDA OLBI TRINDADE
IMPTE.(S)
:JOSÉ LUIZ GUGELMIN
COATOR(A/S)(ES)
:RELATOR DO RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº
15596 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): Trata-se de habeas corpus
impetrado por José Luiz Gugelmin em favor de Maria Aparecida Olbi
Trindade contra decisão monocrática do Ministro Og Fernandes que
negou a extensão em favor da paciente do decidido no RHC 15.596/SP.
Breve histórico é oportuno.
Foi instaurado inquérito policial para apurar suposto crime do art.
330 do Código Penal que teria sido praticado pelos diretores da empresa
Ítalo Lanfredi S/A - Indústrias Mecânicas.
Em síntese, os dirigentes daquela empresa teriam descumprido
decisão judicial de constrição de faturamento da empresa.
Por meio de habeas corpus, buscou Fábio Luís Landredi, um dos
dirigentes, o trancamento do inquérito.
No Superior Tribunal de Justiça, logrou seu intento no julgamento,
em 16.12.2004, do RHC 15.596/SP pela Sexta Turma, acórdão assim
ementado:
"RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.
DIREITO
PROCESSUAL
PENAL.
DESOBEDIÊNCIA.
TRANCAMENTO DE INQUÉRITO POLICIAL. NORMA
EXTRAPENAL. CUMULAÇÃO EXPRESSA DE SANÇÕES.
1. Esta Corte Federal Superior firmou já entendimento no
sentido que não há falar em crime de desobediência quando a lei
extrapenal não trouxer previsão expressa acerca da possibilidade de
sua cumulação com outras sanções de natureza civil ou
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Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058610.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
HC 103.422 / SP
administrativa.
2. Recurso provido."
Os defensores da paciente Maria Aparecida apresentaram, em
15.12.2009, petição, após o julgado, solicitando a extensão da ordem em
seu favor.
O Ministro Relator Og Fernandes denegou a extensão sob o
fundamento de que teria recebido informação superveniente de que o
Juízo de primeiro grau teria julgado extinta a punibilidade do crime de
desobediência, por força da prescrição da pretensão punitiva, esvaziando
o objeto da petição de extensão.
Insurge-se o Impetrante contra esta decisão, alegando que o
inquérito deu origem a ação penal, sendo, posteriormente, declarada a
extinção da punibilidade pela prescrição. Argumenta que o inquérito e a
ação penal em relação à paciente devem ser arquivados por atipicidade e
não pela prescrição. Pretende ordem para "determinar a exclusão da
paciente na condição de indiciada perante o Instituto de Identificação,
como medida salutar de Justiça".
Não houve requerimento de liminar.
Foram prestadas as informações.
O Ministério Público Federal exarou parecer pelo não-conhecimento
do habeas corpus (fls. 48-52).
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 103.422 / SP
administrativa.
2. Recurso provido."
Os defensores da paciente Maria Aparecida apresentaram, em
15.12.2009, petição, após o julgado, solicitando a extensão da ordem em
seu favor.
O Ministro Relator Og Fernandes denegou a extensão sob o
fundamento de que teria recebido informação superveniente de que o
Juízo de primeiro grau teria julgado extinta a punibilidade do crime de
desobediência, por força da prescrição da pretensão punitiva, esvaziando
o objeto da petição de extensão.
Insurge-se o Impetrante contra esta decisão, alegando que o
inquérito deu origem a ação penal, sendo, posteriormente, declarada a
extinção da punibilidade pela prescrição. Argumenta que o inquérito e a
ação penal em relação à paciente devem ser arquivados por atipicidade e
não pela prescrição. Pretende ordem para "determinar a exclusão da
paciente na condição de indiciada perante o Instituto de Identificação,
como medida salutar de Justiça".
Não houve requerimento de liminar.
Foram prestadas as informações.
O Ministério Público Federal exarou parecer pelo não-conhecimento
do habeas corpus (fls. 48-52).
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058610.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. ROSA WEBER
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.422 SÃO PAULO
VOTO
A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): Em síntese, pretende o
Impetrante a alteração dos registros relativos ao inquérito policial
266/2003 e à ação penal decorrente, para que sejam arquivados por
atipicidade e não pela prescrição da pretensão punitiva.
Há óbices ao julgamento de mérito do habeas corpus .
Não juntou o Impetrante cópias do inquérito ou da ação penal para
verificação precisa da correlação entre eles e o objeto do RHC 15.596/SP.
De todo modo, com a declaração da extinção da punibilidade pela
prescrição da pretensão punitiva, não há mais risco à liberdade de
locomoção da paciente, não sendo, por este motivo, cabível o habeas
corpus, instrumento destinado à garantia da liberdade de locomoção.
O habeas corpus tem uma rica história, constituindo uma garantia
fundamental. Repetindo Pontes de Miranda, " onde não há remédio do rito
do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da liberdade física" (
História e prática do Habeas Corpus . 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol.
I, p. 160-161).
Ainda assim é uma garantia da liberdade de locomoção contra
violência ou coação, ou seja, contra uma prisão, uma ameaça de prisão ou
pelo menos alguma espécie de constrangimento físico ou moral à
liberdade física.
Não mais vigora entre nós a "Doutrina brasileira do habeas corpus",
quando o writ, durante a vigência da primeira Constituição republicana e
na ausência de outras ações constitucionais, foi utilizado para a
salvaguarda de outras liberdades que não a de locomoção, podendo ser
citado como exemplo o Habeas Corpus 3.536, por meio do qual foi
concedida, em 05.06.1914, ordem pelo Supremo Tribunal Federal para
garantir o direito do então Senador Rui Barbosa a publicar os seus
discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe
convier. Apesar da memorável construção, a maior criação
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 103.422 SÃO PAULO
VOTO
A Sra. Ministra Rosa Weber (Relatora): Em síntese, pretende o
Impetrante a alteração dos registros relativos ao inquérito policial
266/2003 e à ação penal decorrente, para que sejam arquivados por
atipicidade e não pela prescrição da pretensão punitiva.
Há óbices ao julgamento de mérito do habeas corpus .
Não juntou o Impetrante cópias do inquérito ou da ação penal para
verificação precisa da correlação entre eles e o objeto do RHC 15.596/SP.
De todo modo, com a declaração da extinção da punibilidade pela
prescrição da pretensão punitiva, não há mais risco à liberdade de
locomoção da paciente, não sendo, por este motivo, cabível o habeas
corpus, instrumento destinado à garantia da liberdade de locomoção.
O habeas corpus tem uma rica história, constituindo uma garantia
fundamental. Repetindo Pontes de Miranda, " onde não há remédio do rito
do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da liberdade física" (
História e prática do Habeas Corpus . 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol.
I, p. 160-161).
Ainda assim é uma garantia da liberdade de locomoção contra
violência ou coação, ou seja, contra uma prisão, uma ameaça de prisão ou
pelo menos alguma espécie de constrangimento físico ou moral à
liberdade física.
Não mais vigora entre nós a "Doutrina brasileira do habeas corpus",
quando o writ, durante a vigência da primeira Constituição republicana e
na ausência de outras ações constitucionais, foi utilizado para a
salvaguarda de outras liberdades que não a de locomoção, podendo ser
citado como exemplo o Habeas Corpus 3.536, por meio do qual foi
concedida, em 05.06.1914, ordem pelo Supremo Tribunal Federal para
garantir o direito do então Senador Rui Barbosa a publicar os seus
discursos proferidos no Senado, pela imprensa, onde, como e quando lhe
convier. Apesar da memorável construção, a maior criação
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 103.422 / SP
jurisprudencial brasileira, nos dizeres da historiadora Leda Boechat
Rodrigues (História do Supremo Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina
brasileira do habeas corpus . 2. Ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira,
1991, vol. 3, p. 17), findou-se ela em 1926, com a reforma constitucional
promovida pelo Presidente Artur Bernardes, que, com a alteração do art.
72 da Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus para a
tutela da liberdade de locomoção.
Não estando em jogo a liberdade de locomoção, não se admite o
habeas corpus, como ilustram, embora em circunstâncias diferenciadas, as
Súmulas 693, 694 e 695 desta Suprema Corte:
"Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de
multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena
pecuniária seja a única cominada."
"Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão
de militar ou de perda de patente ou de função pública."
"Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de
liberdade."
Ainda que assim não fosse, não há maior diferença, na perspectiva
das consequências jurídicas, entre a decisão de trancamento do inquérito
por atipicidade e a declaração de extinção da punibilidade pela prescrição
da pretensão punitiva. A extinção da ação penal pela prescrição da
pretensão punitiva não repercute por qualquer forma na esfera penal em
desfavor da paciente e, na esfera cível, também não se depreende
igualmente qualquer reflexo jurídico negativo. Pelo contexto do caso, o
trancamento ou a absolvição pela atipicidade não implicariam ganhos
jurídicos adicionais para a paciente.
Do ponto de vista moral, há diferença, mas a alteração da causa de
extinção da ação penal não pode ser perseguida por habeas corpus, ação
constitucional restrita à proteção da liberdade de locomoção.
Ante o exposto, voto pela extinção da presente ação sem resolução
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 103.422 / SP
jurisprudencial brasileira, nos dizeres da historiadora Leda Boechat
Rodrigues (História do Supremo Tribunal Federal: 1910-1926: doutrina
brasileira do habeas corpus . 2. Ed. Rio de Janeiro: Civilização brasileira,
1991, vol. 3, p. 17), findou-se ela em 1926, com a reforma constitucional
promovida pelo Presidente Artur Bernardes, que, com a alteração do art.
72 da Constituição de 1891, limitou o emprego do habeas corpus para a
tutela da liberdade de locomoção.
Não estando em jogo a liberdade de locomoção, não se admite o
habeas corpus, como ilustram, embora em circunstâncias diferenciadas, as
Súmulas 693, 694 e 695 desta Suprema Corte:
"Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória a pena de
multa, ou relativo a processo em curso por infração penal a que a pena
pecuniária seja a única cominada."
"Não cabe habeas corpus contra a imposição da pena de exclusão
de militar ou de perda de patente ou de função pública."
"Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de
liberdade."
Ainda que assim não fosse, não há maior diferença, na perspectiva
das consequências jurídicas, entre a decisão de trancamento do inquérito
por atipicidade e a declaração de extinção da punibilidade pela prescrição
da pretensão punitiva. A extinção da ação penal pela prescrição da
pretensão punitiva não repercute por qualquer forma na esfera penal em
desfavor da paciente e, na esfera cível, também não se depreende
igualmente qualquer reflexo jurídico negativo. Pelo contexto do caso, o
trancamento ou a absolvição pela atipicidade não implicariam ganhos
jurídicos adicionais para a paciente.
Do ponto de vista moral, há diferença, mas a alteração da causa de
extinção da ação penal não pode ser perseguida por habeas corpus, ação
constitucional restrita à proteção da liberdade de locomoção.
Ante o exposto, voto pela extinção da presente ação sem resolução
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8
Voto - MIN. ROSA WEBER
HC 103.422 / SP
de mérito.
3
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 103.422 / SP
de mérito.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 103.422
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S) : MARIA APARECIDA OLBI TRINDADE
IMPTE.(S) : JOSÉ LUIZ GUGELMIN
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 15596 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora.
Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076420
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 103.422
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
PACTE.(S) : MARIA APARECIDA OLBI TRINDADE
IMPTE.(S) : JOSÉ LUIZ GUGELMIN
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 15596 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora.
Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076420
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3081648 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-13T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA
DIREITO PENAL. CRIME DE DESOBEDIÊNCIA. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO. AUSÊNCIA DE RISCO À LIBERDADE DE LOCOMOÇÃO. INADMISSIBILIDADE DO HABEAS CORPUS.
1. O habeas corpus tem uma rica história, constituindo uma garantia fundamental. Repetindo Pontes de Miranda, "onde não há remédio do rito do habeas corpus, não há, não pode haver garantia segura da liberdade física" (História e prática do Habeas Corpus. 3. ed. Campinas: Bookseller, 2007, vol. I, p. 160-161). Ainda assim é uma garantia da liberdade de locomoção contra violência ou coação, ou seja, contra uma prisão, uma ameaça de prisão ou pelo menos alguma espécie de constrangimento físico ou moral à liberdade física.
2. Declarada a extinção da punibilidade pela prescrição, não mais persiste restrição ou ameaça à liberdade de locomoção.
3. A alteração da causa de extinção do inquérito ou da ação penal não pode ser perseguida por habeas corpus, ação constitucional restrita à proteção da liberdade de locomoção.
4. Habeas corpus extinto sem resolução de mérito. | sjur218565 | - Acórdão(s) citado(s):
(LIBERDADE DE IMPRENSA, PUBLICAÇÃO, PRONUNCIAMENTOS, SENADO FEDERAL)
STF: HC 3536.
Número de páginas: 8.
Análise: 27/11/2012, MMR.
Revisão: 29/11/2012, IMC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 103422 | [
"LEG-FED CF ANO-1891\r\n ART-00072 REDAÇÃO DADA PELA EMC 3/1926 \r\n CF-1891 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n",
"LEG-FED EMC-000003 ANO-1926\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000693 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000694 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000695 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | HC | acordaos | HC 103422 | [
""
] | PACTE.(S) : MARIA APARECIDA OLBI TRINDADE
IMPTE.(S) : JOSÉ LUIZ GUGELMIN
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO RECURSO EM HABEAS CORPUS Nº 15596 DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 103 . 422",
"RECURSO EM HABEAS CORPUS [UNK] 15596",
"HC 103 . 422 / SP",
"HC 103 . 422 / SP",
"HABEAS CORPUS 103 . 422",
"RHC 15 . 596 / SP",
"RHC 15 . 596 / SP",
"HABEAS CORPUS 103 . 422",
"RECURSO EM HABEAS CORPUS [UNK] 15596 DO",
"RHC 15 . 596 / SP",
"RHC 15 . 596 / SP",
"HC 103 . 422 / SP",
"HC 103 . 422 / SP",
"HABEAS CORPUS 103 . 422",
"RHC 15 . 596 / SP",
"Habeas Corpus 3 . 536",
"HABEAS CORPUS 103 . 422 SÃO",
"RHC 15 . 596 / SP",
"Habeas Corpus 3 . 536",
"HC 103 . 422 / SP",
"Súmulas",
"HC 103 . 422 / SP",
"Súmulas 693",
"HC 103 . 422 / SP",
"HC 103 . 422 / SP",
"HABEAS CORPUS 103 . 422",
"RECURSO",
"RECURSO EM HABEAS CORPUS [UNK] 15596 DO"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 330 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 330 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"/",
"2001",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição republicana",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição republicana",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 72 da Constituição de 1891",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 72 da Constituição de 1891",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Campinas",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"Campinas",
"Campinas",
"Rio de Janeiro",
"Rio de Janeiro",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Bookseller",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Ítalo Lanfredi S / A - Indústrias Mecânicas",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Sexta Turma",
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"Instituto de Identificação",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Instituto de Identificação",
"Ministério Público Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Bookseller",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Bookseller",
"Supremo Tribunal Federal",
"Senado",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Civilização brasileira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Civilização brasileira",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"MARIA APARECIDA OLBI",
"JOSÉ LUIZ GUGELMIN",
"Pontes de Miranda",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"MARIA APARECIDA OLBI",
"JOSÉ LUIZ GUGELMIN",
"Rosa Weber",
"José Luiz Gugelmin",
"Maria Aparecida Olbi Trindade",
"Og Fernandes",
"Fábio Luís Landredi",
"ROSA WEBER",
"MARIA APARECIDA OLBI",
"JOSÉ LUIZ GUGELMIN",
"Rosa Weber",
"José Luiz Gugelmin",
"Maria Aparecida Olbi Trindade",
"Og Fernandes",
"Fábio Luís Landredi",
"Maria",
"Aparecida",
"Og Fernandes",
"Maria",
"Aparecida",
"Og Fernandes",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"Pontes de Miranda",
"Rui Barbosa",
"Rosa Weber",
"Pontes de Miranda",
"Rui Barbosa",
"ROSA WEBER",
"Leda Boechat Rodrigues",
"Artur Bernardes",
"Leda Boechat Rodrigues",
"Artur Bernardes",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"MARIA APARECIDA OLBI",
"JOSÉ LUIZ GUGELMIN",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"MARIA APARECIDA OLBI",
"JOSÉ LUIZ GUGELMIN",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"16",
".",
"12",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"16",
".",
"12",
".",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"15",
".",
"12",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"15",
".",
"12",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"2007",
"05",
".",
"06",
".",
"1914",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"2007",
"05",
".",
"06",
".",
"1914",
"24",
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"1926",
"24",
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"1991",
"1926",
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"/",
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"/",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
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".",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.758 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ASSOCIACÃO NACIONAL DOS PROCURADORES
DA REPÚBLICA
AGTE.(S)
:LUIZ FERNANDO AUGUSTO
ADV.(A/S)
:ARISTIDES
JUNQUEIRA
ALVARENGA
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Contribuição
previdenciária. Anterioridade nonagesimal. MP nº 560/94. Sucessivas
reedições. Constitucionalidade. Precedentes.
1. Esta Corte consolidou entendimento pela constitucionalidade da
Medida Provisória nº 560/94 e suas sucessivas reedições, observando-se o
prazo nonagesimal previsto no art. 195, § 6º, da Constituição Federal.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113532.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 13
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.758 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ASSOCIACÃO NACIONAL DOS PROCURADORES
DA REPÚBLICA
AGTE.(S)
:LUIZ FERNANDO AUGUSTO
ADV.(A/S)
:ARISTIDES
JUNQUEIRA
ALVARENGA
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Associação Nacional dos Procuradores da República interpõe
tempestivo agravo regimental contra a decisão mediante a qual dei
parcial provimento ao recurso extraordinário, com a seguinte
fundamentação:
“Vistos.
A União (Fazenda Nacional) interpõe recurso
extraordinário, com fundamento na alínea a do permissivo
constitucional, contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal
Regional Federal da 3ª Região, assim ementado:
‘DIREITO
ADMINISTRATIVO
SENTENÇA
RECONHECENDO EM FAVOR DE PROCURADORES
DA REPÚBLICA DIREITO A COMPENSAÇÃO DOS
VALORES PAGOS A MAIS DE 6% DE CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL (PSS), ATÉ ANTES DA LEI N° 9.630/98, OBJETO
DE CONVERSÃO DA MP 1.646/47 DE 24.3.98 DECISÃO
MANTIDA, À EXCEÇÃO DO CAPÍTULO REFERENTE
AOS JUROS DE MORA, QUE ENTENDEU CABÍVEIS EM
1% EM SEDE DE COMPENSAÇÃO APELO DA UNIÃO
CONHECIDO EM PARTE E NA PARTE CONHECIDA
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.758 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ASSOCIACÃO NACIONAL DOS PROCURADORES
DA REPÚBLICA
AGTE.(S)
:LUIZ FERNANDO AUGUSTO
ADV.(A/S)
:ARISTIDES
JUNQUEIRA
ALVARENGA
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Associação Nacional dos Procuradores da República interpõe
tempestivo agravo regimental contra a decisão mediante a qual dei
parcial provimento ao recurso extraordinário, com a seguinte
fundamentação:
“Vistos.
A União (Fazenda Nacional) interpõe recurso
extraordinário, com fundamento na alínea a do permissivo
constitucional, contra acórdão da Primeira Turma do Tribunal
Regional Federal da 3ª Região, assim ementado:
‘DIREITO
ADMINISTRATIVO
SENTENÇA
RECONHECENDO EM FAVOR DE PROCURADORES
DA REPÚBLICA DIREITO A COMPENSAÇÃO DOS
VALORES PAGOS A MAIS DE 6% DE CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL (PSS), ATÉ ANTES DA LEI N° 9.630/98, OBJETO
DE CONVERSÃO DA MP 1.646/47 DE 24.3.98 DECISÃO
MANTIDA, À EXCEÇÃO DO CAPÍTULO REFERENTE
AOS JUROS DE MORA, QUE ENTENDEU CABÍVEIS EM
1% EM SEDE DE COMPENSAÇÃO APELO DA UNIÃO
CONHECIDO EM PARTE E NA PARTE CONHECIDA
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 13
Relatório
RE 599.758 AGR / SP
IMPROVIDO REMESSA OFICIAL PARCIALMENTE
PROVIDA.
1. Não se conhece do apelo da União na parte em que
se irresigna com a compensação de parcelas de
contribuição social do servidor público pagas
indevidamente a ser feita com imposto de renda pessoa
física. Essa matéria não constou da sentença apelada, de
modo que o recurso da ré cai no vazio.
2. O Supremo Tribunal Federal, quando da análise
do artigo 1º da Medida Provisória nº 628, reedição da 560,
na ADIN 1135-9, julgou no sentido de "declarar a
inconstitucionalidade, no art. 1 º da Medida Provisória nº
628, de 23.09.94, e suas sucessivas reedições até a Medida
Provisória nº 1482/34, de 14.03.97, da frase ‘com vigência a
partir de 1º de julho de 1994’, e nas Medidas Provisórias
nºs 1482-35, 1482-36 e 1482-37, todas de 1997, sem redução
de texto, a implícita absorção da mesma regra de vigência
declarada inconstitucional nas anteriores’. No período
remanesceu a obrigação do servidor público em contribuir
para a sua Seguridade Social mediante a alíquota de 6%,
face os termos dos artigos 231 e 249 da Lei 8.112/90, e
Decreto nº 83.081/79, com a redação dada pelo Decreto nº
90817/85.
3 Correta a compensação dos valores pagos acima de
6% com parcelas da própria contribuição social vincenda.
4. Com relação ao suposto descabimento de
atualização desse quantum pelo Provimento n° 24 da
COGE, o apelo da União sequer mencionou porque essa
norma não seria adequada (fls. 137), ainda mais que a
mesma tem regramentos para o caso de compensação de
tributos, sendo óbvio que apenas se aplicarão os
regramentos cabíveis em relação ao tempo em que houve
o pagamento a maior. A aplicação de taxa SELIC que,
aliás, a r. sentença ordenou fosse exclusivo, a partir de 1°
de janeiro de 1996 está conforme a regra do artigo 39, § 4o
da Lei nº 9.250/95. Ainda, a União está isenta de adiantar
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 599.758 AGR / SP
IMPROVIDO REMESSA OFICIAL PARCIALMENTE
PROVIDA.
1. Não se conhece do apelo da União na parte em que
se irresigna com a compensação de parcelas de
contribuição social do servidor público pagas
indevidamente a ser feita com imposto de renda pessoa
física. Essa matéria não constou da sentença apelada, de
modo que o recurso da ré cai no vazio.
2. O Supremo Tribunal Federal, quando da análise
do artigo 1º da Medida Provisória nº 628, reedição da 560,
na ADIN 1135-9, julgou no sentido de "declarar a
inconstitucionalidade, no art. 1 º da Medida Provisória nº
628, de 23.09.94, e suas sucessivas reedições até a Medida
Provisória nº 1482/34, de 14.03.97, da frase ‘com vigência a
partir de 1º de julho de 1994’, e nas Medidas Provisórias
nºs 1482-35, 1482-36 e 1482-37, todas de 1997, sem redução
de texto, a implícita absorção da mesma regra de vigência
declarada inconstitucional nas anteriores’. No período
remanesceu a obrigação do servidor público em contribuir
para a sua Seguridade Social mediante a alíquota de 6%,
face os termos dos artigos 231 e 249 da Lei 8.112/90, e
Decreto nº 83.081/79, com a redação dada pelo Decreto nº
90817/85.
3 Correta a compensação dos valores pagos acima de
6% com parcelas da própria contribuição social vincenda.
4. Com relação ao suposto descabimento de
atualização desse quantum pelo Provimento n° 24 da
COGE, o apelo da União sequer mencionou porque essa
norma não seria adequada (fls. 137), ainda mais que a
mesma tem regramentos para o caso de compensação de
tributos, sendo óbvio que apenas se aplicarão os
regramentos cabíveis em relação ao tempo em que houve
o pagamento a maior. A aplicação de taxa SELIC que,
aliás, a r. sentença ordenou fosse exclusivo, a partir de 1°
de janeiro de 1996 está conforme a regra do artigo 39, § 4o
da Lei nº 9.250/95. Ainda, a União está isenta de adiantar
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 13
Relatório
RE 599.758 AGR / SP
custas, mas não de reembolsar as que foram despendidas
pelo ex adverso, pois não fosse assim haveria indevido
locupletamento do sucumbente.
5. Cancela-se a imposição de juros de mora, pois não
existe mora na compensação de tributo porquanto o
exercício deste direito, mesmo quando alguém se socorre
do Judiciário para vê-lo garantido, depende de iniciativa
do contribuinte; não há mora do Poder Público na
compensação de tributo, que é atividade que o
contribuinte deve desempenhar.
6. Apelo da União conhecido em parte e nessa parte
improvido. Remessa oficial parcialmente provida’ (fls.
175/176).
Opostos embargos de declaração (fls. 189 a 201), estes
foram rejeitados (fls. 204 a 210).
A recorrente aponta violação dos artigos 5º, inciso LV; 37,
caput; 40, § 6º, e 62 da Constituição Federal, sustentando, em
síntese que a redação original do art. 40, § 6º da Constituição
Federal previu expressamente a imposição da contribuição
previdenciária aos servidores, na forma da lei. Argumenta que
referido dispositivo ‘Não se referiu a lei complementar prevista no
art. 154, I. Assim, não há que se falar em inconstitucionalidade das
sucessivas Medidas Provisórias que tão somente modificaram a
disciplina da contribuição devida pelos servidores públicos, ativos e
inativos’ (fls. 257/258).
Sustenta, ademais, que as medidas provisórias, dentre elas
a de nº 1.482/97 apenas visaram assegurar a continuidade da
cobrança da contribuição para o Plano de Seguridade do
Servidor Público Civil dos poderes da União, das autarquias e
das fundações públicas, cujas alíquotas foram fixadas pela Lei
nº 8.688, de 21 de junho de 1993, para viger temporariamente
até 30 de junho de 1994.
Por fim, aduz que o tribunal de origem, ao fixar o critérios
de correção monetária, nos termos do Provimento 24/97 TRF-3ª
Região, ofendeu o Princípio da legalidade.
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 599.758 AGR / SP
custas, mas não de reembolsar as que foram despendidas
pelo ex adverso, pois não fosse assim haveria indevido
locupletamento do sucumbente.
5. Cancela-se a imposição de juros de mora, pois não
existe mora na compensação de tributo porquanto o
exercício deste direito, mesmo quando alguém se socorre
do Judiciário para vê-lo garantido, depende de iniciativa
do contribuinte; não há mora do Poder Público na
compensação de tributo, que é atividade que o
contribuinte deve desempenhar.
6. Apelo da União conhecido em parte e nessa parte
improvido. Remessa oficial parcialmente provida’ (fls.
175/176).
Opostos embargos de declaração (fls. 189 a 201), estes
foram rejeitados (fls. 204 a 210).
A recorrente aponta violação dos artigos 5º, inciso LV; 37,
caput; 40, § 6º, e 62 da Constituição Federal, sustentando, em
síntese que a redação original do art. 40, § 6º da Constituição
Federal previu expressamente a imposição da contribuição
previdenciária aos servidores, na forma da lei. Argumenta que
referido dispositivo ‘Não se referiu a lei complementar prevista no
art. 154, I. Assim, não há que se falar em inconstitucionalidade das
sucessivas Medidas Provisórias que tão somente modificaram a
disciplina da contribuição devida pelos servidores públicos, ativos e
inativos’ (fls. 257/258).
Sustenta, ademais, que as medidas provisórias, dentre elas
a de nº 1.482/97 apenas visaram assegurar a continuidade da
cobrança da contribuição para o Plano de Seguridade do
Servidor Público Civil dos poderes da União, das autarquias e
das fundações públicas, cujas alíquotas foram fixadas pela Lei
nº 8.688, de 21 de junho de 1993, para viger temporariamente
até 30 de junho de 1994.
Por fim, aduz que o tribunal de origem, ao fixar o critérios
de correção monetária, nos termos do Provimento 24/97 TRF-3ª
Região, ofendeu o Princípio da legalidade.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 13
Relatório
RE 599.758 AGR / SP
O recurso merece prosperar em parte.
Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de
declaração foi publicado em 30/8/06, conforme expresso na
certidão de folha 211, não sendo exigível a demonstração da
existência de repercussão geral das questões constitucionais
trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07.
Não conheço do recurso, quanto à alegada afronta ao
princípio da legalidade, porquanto a questão relativa aos
critérios de correção monetária adotados pelo v. acórdão se
insere no âmbito infraconstitucional.
No mérito, a matéria relativa a contribuição previdenciária
devida pelos servidores públicos civis da União restou
pacificada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da
Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.135, Relator para o
acórdão o eminente Ministro Sepúlveda Pertence, conforme
ementa que segue:
‘Previdência Social: contribuição social do servidor
público: restabelecimento do sistema de alíquotas
progressivas pela MProv. 560, de 26.7.94, e suas sucessivas
reedições, com vigência retroativa a 1.7.94 quando cessara
à da L. 8.688/93, que inicialmente havia instituído:
violação, no ponto, pela MProv. 560/94 e suas reedições,
da regra de anterioridade mitigada do art. 195, §6º, da
Constituição; conseqüente inconstitucionalidade da
mencionada regra de vigência que, dada a solução de
continuidade ocorrida, independe da existência ou não de
majoração das alíquotas em relação àquelas fixadas na lei
cuja vigência já se exaurira.’
No referido julgado constou do voto do Ministro Relator:
‘A L. 8.688/93, ao instituir alíquotas progressivas para
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Supremo Tribunal Federal
RE 599.758 AGR / SP
O recurso merece prosperar em parte.
Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de
declaração foi publicado em 30/8/06, conforme expresso na
certidão de folha 211, não sendo exigível a demonstração da
existência de repercussão geral das questões constitucionais
trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07.
Não conheço do recurso, quanto à alegada afronta ao
princípio da legalidade, porquanto a questão relativa aos
critérios de correção monetária adotados pelo v. acórdão se
insere no âmbito infraconstitucional.
No mérito, a matéria relativa a contribuição previdenciária
devida pelos servidores públicos civis da União restou
pacificada pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento da
Ação Direta de Inconstitucionalidade 1.135, Relator para o
acórdão o eminente Ministro Sepúlveda Pertence, conforme
ementa que segue:
‘Previdência Social: contribuição social do servidor
público: restabelecimento do sistema de alíquotas
progressivas pela MProv. 560, de 26.7.94, e suas sucessivas
reedições, com vigência retroativa a 1.7.94 quando cessara
à da L. 8.688/93, que inicialmente havia instituído:
violação, no ponto, pela MProv. 560/94 e suas reedições,
da regra de anterioridade mitigada do art. 195, §6º, da
Constituição; conseqüente inconstitucionalidade da
mencionada regra de vigência que, dada a solução de
continuidade ocorrida, independe da existência ou não de
majoração das alíquotas em relação àquelas fixadas na lei
cuja vigência já se exaurira.’
No referido julgado constou do voto do Ministro Relator:
‘A L. 8.688/93, ao instituir alíquotas progressivas para
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 13
Relatório
RE 599.758 AGR / SP
a contribuição do servidor público para o Plano de
Seguridade Social, estabeleceu, no § 1º do art. 2º, que as
referidas alíquotas seriam aplicadas até 30 de junho de
1994.
Essa lei, é claro, revogou a legislação anterior sobre a
matéria.
Desse modo, cessada a sua vigência em 30 de junho
de 1994, à falta de alíquotas, a própria contribuição social
dos servidores públicos se tornou inoperante; um sino
sem badalo.
Reviveu-a a primeira das medidas provisórias da
série a MPr. 560, de 26.7.94, ao estabelecer nova tabela
progressiva de alíquotas, que valeu pela própria
reinstituição do tributo, o que torna induvidosa a
submissão de sua exigibilidade à regra da anterioridade
mitigada do art. 195, § 6º, da Constituição:
‘§ 6º - As contribuições sociais de que trata este
artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que as
houver instituído ou modificado (...)’
Não obstante, dispôs o edito, no art. 1º, que a contribuição
do servidor público passaria a ser calculada mediante aplicação
das alíquotas estabelecidas na tabela a seguir, com vigência a
partir de 1º de julho de 1994.
Essa cláusula temporal que, em 26 de julho, data da
primeira medida provisória da cadeia, visou a cobrir o lapso
corrido desde 30 de junho, termo final da vigência da tabela
legal anterior, se me afigura de patente inconstitucionalidade
pelo desrespeito ao referido § 6º do art. 195 da Constituição.
Dessa forma, sedimentou-se em sede de controle
concentrado que a Medida Provisória 560, de 27 de julho de
1994 reviveu constitucionalmente a contribuição social dos
servidores públicos cuja cobrança - antes fundada na Lei nº
5
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Supremo Tribunal Federal
RE 599.758 AGR / SP
a contribuição do servidor público para o Plano de
Seguridade Social, estabeleceu, no § 1º do art. 2º, que as
referidas alíquotas seriam aplicadas até 30 de junho de
1994.
Essa lei, é claro, revogou a legislação anterior sobre a
matéria.
Desse modo, cessada a sua vigência em 30 de junho
de 1994, à falta de alíquotas, a própria contribuição social
dos servidores públicos se tornou inoperante; um sino
sem badalo.
Reviveu-a a primeira das medidas provisórias da
série a MPr. 560, de 26.7.94, ao estabelecer nova tabela
progressiva de alíquotas, que valeu pela própria
reinstituição do tributo, o que torna induvidosa a
submissão de sua exigibilidade à regra da anterioridade
mitigada do art. 195, § 6º, da Constituição:
‘§ 6º - As contribuições sociais de que trata este
artigo só poderão ser exigidas após decorridos
noventa dias da data da publicação da lei que as
houver instituído ou modificado (...)’
Não obstante, dispôs o edito, no art. 1º, que a contribuição
do servidor público passaria a ser calculada mediante aplicação
das alíquotas estabelecidas na tabela a seguir, com vigência a
partir de 1º de julho de 1994.
Essa cláusula temporal que, em 26 de julho, data da
primeira medida provisória da cadeia, visou a cobrir o lapso
corrido desde 30 de junho, termo final da vigência da tabela
legal anterior, se me afigura de patente inconstitucionalidade
pelo desrespeito ao referido § 6º do art. 195 da Constituição.
Dessa forma, sedimentou-se em sede de controle
concentrado que a Medida Provisória 560, de 27 de julho de
1994 reviveu constitucionalmente a contribuição social dos
servidores públicos cuja cobrança - antes fundada na Lei nº
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 13
Relatório
RE 599.758 AGR / SP
8.688/93 - havia expirado em 30 de junho de 1994, devendo,
portanto, ser observada a regra da anterioridade mitigada do
artigo 195, § 6º, da Constituição.
Por outro lado, o Plenário deste Tribunal, ao julgar o RE
232.896, acentuou que ‘não perde eficácia a medida provisória, com
força de lei, não apreciada pelo Congresso Nacional, mas reeditada,
por meio de nova medida provisória, dentro de seu prazo de validade
de trinta dias’.
O termo a ser considerado é a reedição como dispunha
expressamente a redação original do parágrafo único do art. 62
da Constituição, como bem observou o Ministro Sepúlveda
Pertence ao julgar o agravo de instrumento nº 321.629/MG, DJ
de 6/10/06, conforme ementa que segue:
‘I. Juiz classista: não tem direito à aposentadoria por
tempo de serviço o juiz classista que não preencheu os
requisitos antes da revogação da L. 6.903/81 pela MPr
1.523/96, posteriormente convertida na L. 9.528/97.
Precedente: ADI 1878, Ilmar Galvão, DJ 07.11.2003.
II. Recurso extraordinário: descabimento: questão
relativa à eficácia da MPv 1.523/96 não examinada pelo
acórdão recorrido, nem objeto dos embargos de
declaração opostos: incidência das Súmulas 282 e 356.
III. Medida Provisória 1.523/96: eficácia: termo
inicial.
1. É da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
que não perde a eficácia a medida provisória que, no
sistema anterior à EC 32/2001, fosse reeditada no prazo de
trinta dias (v.g. ADIns 1.516-MC, Sydney, RTJ 170/814;
295-MC, 22.06.1990, Marco Aurélio; 1.533-MC, 09.12.1996,
Gallotti; e 1.610-MC, 28.05.1997, Sydney).
2. Desse modo, o termo a ser considerado é o da
reedição ou da conversão do edito em lei, como dispunha
expressamente a redação original do parágrafo único do
art. 62 da Constituição e não o da publicação.’
6
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Supremo Tribunal Federal
RE 599.758 AGR / SP
8.688/93 - havia expirado em 30 de junho de 1994, devendo,
portanto, ser observada a regra da anterioridade mitigada do
artigo 195, § 6º, da Constituição.
Por outro lado, o Plenário deste Tribunal, ao julgar o RE
232.896, acentuou que ‘não perde eficácia a medida provisória, com
força de lei, não apreciada pelo Congresso Nacional, mas reeditada,
por meio de nova medida provisória, dentro de seu prazo de validade
de trinta dias’.
O termo a ser considerado é a reedição como dispunha
expressamente a redação original do parágrafo único do art. 62
da Constituição, como bem observou o Ministro Sepúlveda
Pertence ao julgar o agravo de instrumento nº 321.629/MG, DJ
de 6/10/06, conforme ementa que segue:
‘I. Juiz classista: não tem direito à aposentadoria por
tempo de serviço o juiz classista que não preencheu os
requisitos antes da revogação da L. 6.903/81 pela MPr
1.523/96, posteriormente convertida na L. 9.528/97.
Precedente: ADI 1878, Ilmar Galvão, DJ 07.11.2003.
II. Recurso extraordinário: descabimento: questão
relativa à eficácia da MPv 1.523/96 não examinada pelo
acórdão recorrido, nem objeto dos embargos de
declaração opostos: incidência das Súmulas 282 e 356.
III. Medida Provisória 1.523/96: eficácia: termo
inicial.
1. É da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
que não perde a eficácia a medida provisória que, no
sistema anterior à EC 32/2001, fosse reeditada no prazo de
trinta dias (v.g. ADIns 1.516-MC, Sydney, RTJ 170/814;
295-MC, 22.06.1990, Marco Aurélio; 1.533-MC, 09.12.1996,
Gallotti; e 1.610-MC, 28.05.1997, Sydney).
2. Desse modo, o termo a ser considerado é o da
reedição ou da conversão do edito em lei, como dispunha
expressamente a redação original do parágrafo único do
art. 62 da Constituição e não o da publicação.’
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 13
Relatório
RE 599.758 AGR / SP
Consideram válidas as sucessivas reedições da Medida
Provisória nº 560/94, até a sua conversão na Lei nº 9.630, de
23/04/1998, os seguintes julgados:
‘CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. SERVIDOR PÚBLICO.
MP 560 E REEDIÇÕES. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O
Plenário desta Corte, ao julgar o mérito da ADI 1.135 (DJ
de 05/12/1997), declarou a constitucionalidade da cobrança
da contribuição social do servidor público em alíquotas
progressivas, ressalvando o respeito ao princípio da
anterioridade nonagesimal. Esta decisão vincula os demais
pronunciamentos da Casa em casos semelhantes. 2. A
cognição do Tribunal em sede de ação direta de
inconstitucionalidade é ampla. O Plenário não fica adstrito
aos fundamentos e dispositivos constitucionais trazidos na
petição inicial, realizando o cotejo da norma impugnada
com todo o texto constitucional. 3. Não há falar, portanto,
em argumentos não analisados pelo Plenário desta Corte,
que, no citado julgamento, esgotou a questão. 4. Agravo
regimental improvido’ (RE nº 284.409/RS-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 6/8/04).
‘CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL.
PLANO
DE
SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR PÚBLICO.
ALÍQUOTAS. LEI Nº 8.688/93 E MEDIDA PROVISÓRIA
Nº 560/94 E SUCESSIVAS REEDIÇÕES. ART. 195, § 6º, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. As medidas provisórias têm
sua eficácia limitada a trinta dias, caso não sejam nesse
prazo convertidas em lei (CF, art. 62, parágrafo único). Daí
que necessitam elas de reedição se não forem apreciadas
pelo Congresso Nacional. Não tem procedência o alegado
no recurso extraordinário quanto ao prazo de noventa dias
do § 6º do art. 195 da Constituição, o qual não foi
observado na instituição da contribuição pela Medida
Provisória 560, de 26.07.94. Precedente do Supremo
Tribunal Federal: Ação Direta de Inconstitucionalidade
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Supremo Tribunal Federal
RE 599.758 AGR / SP
Consideram válidas as sucessivas reedições da Medida
Provisória nº 560/94, até a sua conversão na Lei nº 9.630, de
23/04/1998, os seguintes julgados:
‘CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. SERVIDOR PÚBLICO.
MP 560 E REEDIÇÕES. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O
Plenário desta Corte, ao julgar o mérito da ADI 1.135 (DJ
de 05/12/1997), declarou a constitucionalidade da cobrança
da contribuição social do servidor público em alíquotas
progressivas, ressalvando o respeito ao princípio da
anterioridade nonagesimal. Esta decisão vincula os demais
pronunciamentos da Casa em casos semelhantes. 2. A
cognição do Tribunal em sede de ação direta de
inconstitucionalidade é ampla. O Plenário não fica adstrito
aos fundamentos e dispositivos constitucionais trazidos na
petição inicial, realizando o cotejo da norma impugnada
com todo o texto constitucional. 3. Não há falar, portanto,
em argumentos não analisados pelo Plenário desta Corte,
que, no citado julgamento, esgotou a questão. 4. Agravo
regimental improvido’ (RE nº 284.409/RS-AgR, Segunda
Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de 6/8/04).
‘CONTRIBUIÇÃO
SOCIAL.
PLANO
DE
SEGURIDADE SOCIAL DO SERVIDOR PÚBLICO.
ALÍQUOTAS. LEI Nº 8.688/93 E MEDIDA PROVISÓRIA
Nº 560/94 E SUCESSIVAS REEDIÇÕES. ART. 195, § 6º, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. As medidas provisórias têm
sua eficácia limitada a trinta dias, caso não sejam nesse
prazo convertidas em lei (CF, art. 62, parágrafo único). Daí
que necessitam elas de reedição se não forem apreciadas
pelo Congresso Nacional. Não tem procedência o alegado
no recurso extraordinário quanto ao prazo de noventa dias
do § 6º do art. 195 da Constituição, o qual não foi
observado na instituição da contribuição pela Medida
Provisória 560, de 26.07.94. Precedente do Supremo
Tribunal Federal: Ação Direta de Inconstitucionalidade
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 13
Relatório
RE 599.758 AGR / SP
1.135, Relator para o acórdão o eminente Ministro
Sepúlveda Pertence, DJU de 05.12.97’ (RE 252.935,
GALVÃO, DJ 11.02.00).
Anote-se, também, as seguintes decisões monocráticas: RE
276.619/PE, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 18/10/2000;
RE nº 367.836/PB, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de
15/05/03; RE 508.478/DF, Relator o Ministro Celso de Mello, Dje
de 5/08/10.
Dessas orientações divergiu o acórdão recorrido.
Observo, no entanto, que a parte ora recorrente busca
solução em termos mais abrangentes do que aqueles fixados
por esta Corte nos precedentes referidos.
Sendo assim, pelas razões expostas, conheço em parte do
recurso e, nessa parte, dou-lhe parcial provimento (CPC, art.
557, § 1º - A), para determinar, quanto à exigibilidade da
contribuição em causa, a observância do prazo de 90 (noventa)
dias, contados da edição da Medida Provisória nº 560/94.
Custas e honorários advocatícios fixados em 10% sobre o
valor da causa pela recorrida, tendo em vista a decadência
mínima da ora recorrente, conforme artigo 21, parágrafo único
do Código de Processo Civil.
Publique-se.”
Sustenta a agravante que a Medida Provisória nº 1.482-40/97 é
inconstitucional, pois foi reeditada fora do prazo de 30 dias
constitucionalmente previsto.
Aduz, in verbis, que
“a questão fundamental deste processo é que uma das
sucessivas reedições da Medida Provisória nº 560,
especificadamente a de nº 1.482-41, foi publicada fora do prazo
de trinta dias previsto no parágrafo único do art. 62 da
Constituição Federal.”
É o relatório.
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Supremo Tribunal Federal
RE 599.758 AGR / SP
1.135, Relator para o acórdão o eminente Ministro
Sepúlveda Pertence, DJU de 05.12.97’ (RE 252.935,
GALVÃO, DJ 11.02.00).
Anote-se, também, as seguintes decisões monocráticas: RE
276.619/PE, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de 18/10/2000;
RE nº 367.836/PB, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de
15/05/03; RE 508.478/DF, Relator o Ministro Celso de Mello, Dje
de 5/08/10.
Dessas orientações divergiu o acórdão recorrido.
Observo, no entanto, que a parte ora recorrente busca
solução em termos mais abrangentes do que aqueles fixados
por esta Corte nos precedentes referidos.
Sendo assim, pelas razões expostas, conheço em parte do
recurso e, nessa parte, dou-lhe parcial provimento (CPC, art.
557, § 1º - A), para determinar, quanto à exigibilidade da
contribuição em causa, a observância do prazo de 90 (noventa)
dias, contados da edição da Medida Provisória nº 560/94.
Custas e honorários advocatícios fixados em 10% sobre o
valor da causa pela recorrida, tendo em vista a decadência
mínima da ora recorrente, conforme artigo 21, parágrafo único
do Código de Processo Civil.
Publique-se.”
Sustenta a agravante que a Medida Provisória nº 1.482-40/97 é
inconstitucional, pois foi reeditada fora do prazo de 30 dias
constitucionalmente previsto.
Aduz, in verbis, que
“a questão fundamental deste processo é que uma das
sucessivas reedições da Medida Provisória nº 560,
especificadamente a de nº 1.482-41, foi publicada fora do prazo
de trinta dias previsto no parágrafo único do art. 62 da
Constituição Federal.”
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 13
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.758 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da referida
ADI nº 1.135, Redator para o acórdão o Ministro Sepúlveda Pertence (DJ
de 5/12/97), firmou entendimento pela constitucionalidade da Medida
Provisória nº 560/94 e suas sucessivas reedições, observando-se o prazo
nonagesimal previsto no art. 195, § 6º, da Constituição Federal. Observe-
se a ementa do julgado:
“Previdência Social: contribuição social do servidor
público: restabelecimento do sistema de alíquotas progressivas
pela mprov. 560, de 26.7.94, e suas sucessivas reedições, com
vigência retroativa a 1/7/94 quando cessara à da L. 8.688/93, que
inicialmente havia instituído: violação, no ponto, pela mprov.
560/94 e suas reedições, da regra de anterioridade mitigada do
art. 195, § 6º, da Constituição; conseqüente
inconstitucionalidade da mencionada regra de vigência que,
dada a solução de continuidade ocorrida, independe da
existência ou não de majoração das alíquotas em relação
àquelas fixadas na lei cuja vigência já se exaurira.”
Nessa mesma direção aponta a orientação da jurisprudência desta
Corte, firmada desde então. Confira-se:
“CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. SERVIDOR PÚBLICO. MP
560 E REEDIÇÕES. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Plenário
desta Corte, ao julgar o mérito da ADI 1.135 (DJ de 05/12/1997),
declarou a constitucionalidade da cobrança da contribuição
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.758 SÃO PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
orientação jurisprudencial deste Supremo Tribunal Federal.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal, no julgamento da referida
ADI nº 1.135, Redator para o acórdão o Ministro Sepúlveda Pertence (DJ
de 5/12/97), firmou entendimento pela constitucionalidade da Medida
Provisória nº 560/94 e suas sucessivas reedições, observando-se o prazo
nonagesimal previsto no art. 195, § 6º, da Constituição Federal. Observe-
se a ementa do julgado:
“Previdência Social: contribuição social do servidor
público: restabelecimento do sistema de alíquotas progressivas
pela mprov. 560, de 26.7.94, e suas sucessivas reedições, com
vigência retroativa a 1/7/94 quando cessara à da L. 8.688/93, que
inicialmente havia instituído: violação, no ponto, pela mprov.
560/94 e suas reedições, da regra de anterioridade mitigada do
art. 195, § 6º, da Constituição; conseqüente
inconstitucionalidade da mencionada regra de vigência que,
dada a solução de continuidade ocorrida, independe da
existência ou não de majoração das alíquotas em relação
àquelas fixadas na lei cuja vigência já se exaurira.”
Nessa mesma direção aponta a orientação da jurisprudência desta
Corte, firmada desde então. Confira-se:
“CONTRIBUIÇÃO SOCIAL. SERVIDOR PÚBLICO. MP
560 E REEDIÇÕES. CONSTITUCIONALIDADE. 1. O Plenário
desta Corte, ao julgar o mérito da ADI 1.135 (DJ de 05/12/1997),
declarou a constitucionalidade da cobrança da contribuição
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 13
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 599.758 AGR / SP
social do servidor público em alíquotas progressivas,
ressalvando o respeito ao princípio da anterioridade
nonagesimal. Esta decisão vincula os demais pronunciamentos
da Casa em casos semelhantes. 2. A cognição do Tribunal em
sede de ação direta de inconstitucionalidade é ampla. O
Plenário não fica adstrito aos fundamentos e dispositivos
constitucionais trazidos na petição inicial, realizando o cotejo
da norma impugnada com todo o texto constitucional. 3. Não
há falar, portanto, em argumentos não analisados pelo
Plenário desta Corte, que, no citado julgamento, esgotou a
questão. 4. Agravo regimental improvido” (RE nº 284.409/RS-
AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de
6/8/04 – grifos meus).
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. MEDIDA PROVISÓRIA 560/1994 E
SUCESSIVAS REEDIÇÕES. CONSTITUCIONALIDADE.
APLICABILIDADE AOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
DISTRITO FEDERAL. A decisão agravada está em perfeita
consonância com o entendimento firmado por este Tribunal
quanto à constitucionalidade da Medida Provisória 560/1994 e
sucessivas reedições desde que observada a regra da
anterioridade mitigada do § 6º do art. 195 da Constituição
Federal. Aplicabilidade aos servidores do Distrito Federal,
conforme reiteradas decisões de ambas as Turmas desta Corte.
Embargos de declaração rejeitados” (RE nº 292.792/DF-ED,
Primeira Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de
1º/2/08 – grifos meus).
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MP 560/94.
CONSTITUCIONALIDADE. APLICAÇÃO AOS SERVIDORES
DO DISTRITO FEDERAL. 1. A Medida Provisória 560/94 é
constitucional e é aplicada aos servidores do Distrito Federal,
obedecido o prazo nonagesimal do art. 195, § 6º, da
Constituição Federal. Precedentes. 2. Agravo regimental
improvido” (RE nº 348.868/DF-AgR, Segunda Turma, Relatora a
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 599.758 AGR / SP
social do servidor público em alíquotas progressivas,
ressalvando o respeito ao princípio da anterioridade
nonagesimal. Esta decisão vincula os demais pronunciamentos
da Casa em casos semelhantes. 2. A cognição do Tribunal em
sede de ação direta de inconstitucionalidade é ampla. O
Plenário não fica adstrito aos fundamentos e dispositivos
constitucionais trazidos na petição inicial, realizando o cotejo
da norma impugnada com todo o texto constitucional. 3. Não
há falar, portanto, em argumentos não analisados pelo
Plenário desta Corte, que, no citado julgamento, esgotou a
questão. 4. Agravo regimental improvido” (RE nº 284.409/RS-
AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ de
6/8/04 – grifos meus).
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA. MEDIDA PROVISÓRIA 560/1994 E
SUCESSIVAS REEDIÇÕES. CONSTITUCIONALIDADE.
APLICABILIDADE AOS SERVIDORES PÚBLICOS DO
DISTRITO FEDERAL. A decisão agravada está em perfeita
consonância com o entendimento firmado por este Tribunal
quanto à constitucionalidade da Medida Provisória 560/1994 e
sucessivas reedições desde que observada a regra da
anterioridade mitigada do § 6º do art. 195 da Constituição
Federal. Aplicabilidade aos servidores do Distrito Federal,
conforme reiteradas decisões de ambas as Turmas desta Corte.
Embargos de declaração rejeitados” (RE nº 292.792/DF-ED,
Primeira Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de
1º/2/08 – grifos meus).
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. MP 560/94.
CONSTITUCIONALIDADE. APLICAÇÃO AOS SERVIDORES
DO DISTRITO FEDERAL. 1. A Medida Provisória 560/94 é
constitucional e é aplicada aos servidores do Distrito Federal,
obedecido o prazo nonagesimal do art. 195, § 6º, da
Constituição Federal. Precedentes. 2. Agravo regimental
improvido” (RE nº 348.868/DF-AgR, Segunda Turma, Relatora a
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 13
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 599.758 AGR / SP
Ministra Ellen Gracie, DJe de 7/8/09).
Anotem-se, também, de igual teor, as seguintes decisões
monocráticas: RE nº 276.619/PE, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de
18/10/2000; RE nº 367.836/PB, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de
15/5/03; RE nº 508.478/DF, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de
5/8/10; RE nº 436.793/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 5/2/10;
e RE nº 548.840/DF, de minha relatoria, DJe de 25/8/10.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 599.758 AGR / SP
Ministra Ellen Gracie, DJe de 7/8/09).
Anotem-se, também, de igual teor, as seguintes decisões
monocráticas: RE nº 276.619/PE, Relator o Ministro Marco Aurélio, DJ de
18/10/2000; RE nº 367.836/PB, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de
15/5/03; RE nº 508.478/DF, Relator o Ministro Celso de Mello, DJe de
5/8/10; RE nº 436.793/DF, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 5/2/10;
e RE nº 548.840/DF, de minha relatoria, DJe de 25/8/10.
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 13
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.758
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ASSOCIACÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DA REPÚBLICA
AGTE.(S) : LUIZ FERNANDO AUGUSTO
ADV.(A/S) : ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.758
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ASSOCIACÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DA REPÚBLICA
AGTE.(S) : LUIZ FERNANDO AUGUSTO
ADV.(A/S) : ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 13
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3160910 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Contribuição previdenciária. Anterioridade nonagesimal. MP nº 560/94. Sucessivas reedições. Constitucionalidade. Precedentes.
1. Esta Corte consolidou entendimento pela constitucionalidade da Medida Provisória nº 560/94 e suas sucessivas reedições, observando-se o prazo nonagesimal previsto no art. 195, § 6º, da Constituição Federal.
2. Agravo regimental não provido. | sjur220641 | - Acórdãos citados:
(CONSTITUCIONALIDADE)
STF: ADI 1135, RE 284409 AgR(2ªT), RE 292792 ED(1ªT),
RE 348868 AgR(2ªT).
- Decisões monocráticas citadas:
STF: RE 276619, RE 367836, RE 508478,
RE 436793, RE 548840.
Número de páginas: 13.
Análise: 13/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 599758 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00195 PAR-00006 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED MPR-000560 ANO-1994\r\n MEDIDA PROVISÓRIA"
] | RE-AgR | acordaos | RE 599758 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
ADV.(A/S) : HOMAR CAIS E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : ASSOCIACÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DA REPÚBLICA
AGTE.(S) : LUIZ FERNANDO AUGUSTO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599 . 758",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599 . 758",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599 . 758",
"RE 599 . 758 AGR / SP",
"ADIN 1135 - 9",
"RE 599 . 758 AGR / SP",
"ADIN 1135 - 9",
"RE 599 . 758 AGR",
"RE 599 . 758",
"RE 599 . 758 AGR / SP",
"Questão",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade 1 . 135",
"RE 599 . 758 AGR / SP",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"Ação Direta de Inconstitucionalidade 1 . 135",
"RE 599 . 758 AGR / SP",
"RE 599 . 758 AGR / SP",
"RE 599 . 758 AGR / SP 8 . 688 / 93",
"RE 232 . 896",
"agravo de instrumento [UNK] 321 . 629 / MG",
"ADI 1878",
"ADIns 1 . 516 - MC",
"RE 599 . 758 AGR",
"/",
"SP 8 . 688 / 93",
"RE 232 . 896",
"agravo de instrumento [UNK] 321 . 629 / MG",
"ADI 1878",
"ADIns 1 . 516 - MC",
"RE 599 . 758 AGR / SP",
"ADI 1 . 135",
"RE [UNK] 284 . 409 / RS - AgR",
"RE 599 . 758 AGR / SP",
"ADI 1 . 135",
"RE [UNK] 284 . 409 / RS - AgR",
"RE 599 . 758 AGR / SP 1 . 135",
"RE 252 . 935",
"RE 276 . 619 / PE",
"RE [UNK] 367 . 836 / PB",
"RE 508 . 478 / DF",
"RE 599 . 758 AGR / SP 1 . 135",
"RE 252 . 935",
"RE 276 . 619 / PE",
"RE [UNK] 367 . 836 / PB",
"RE 508 . 478 / DF",
"ADI [UNK] 1 . 135",
"ADI 1 . 135",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599 . 758",
"ADI [UNK] 1 . 135",
"ADI 1 . 135",
"RE 599 . 758 AGR / SP",
"RE [UNK] 284 . 409 / RS - AgR",
"RE [UNK] 292 . 792 / DF - ED",
"RE [UNK] 348 . 868 / DF - AgR",
"RE 599 . 758 AGR / SP",
"RE [UNK] 284 . 409 / RS - AgR",
"RE [UNK] 292 . 792 / DF - ED",
"RE [UNK] 348 . 868 / DF - AgR",
"RE 599 . 758 AGR",
"RE [UNK] 276 . 619 / PE",
"RE [UNK] 367 . 836 / PB",
"RE [UNK] 508 . 478 / DF",
"RE [UNK] 436 . 793 / DF",
"RE [UNK] 548 . 840 / DF",
"RE 599 . 758 AGR / SP",
"RE [UNK] 276 . 619 / PE",
"RE [UNK] 367 . 836 / PB",
"RE [UNK] 508 . 478 / DF",
"RE [UNK] 436 . 793 / DF",
"RE [UNK] 548 . 840 / DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599 . 758",
"RECURSO"
],
"LEGISLACAO": [
"MP [UNK] 560 / 94",
"Medida Provisória [UNK] 560 / 94",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI N° 9 . 630 / 98",
"MP 1 . 646 / 47",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI N° 9 . 630 / 98",
"MP 1 . 646 / 47",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] da",
"Medida Provisória [UNK] 628",
"art",
"Medida Provisória [UNK] 1482 / 34",
"Medidas Provisórias [UNK] 1482 - 35",
"artigos 231 e 249 da Lei 8 . 112 / 90",
"Decreto [UNK] 83 . 081 / 79",
"Decreto [UNK] 90817 / 85",
"artigo 39 , § 4o da Lei [UNK] 9 .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] da Medida Provisória [UNK] 628",
"art . 1 [UNK] da Medida Provisória [UNK] 628",
"Medida Provisória [UNK] 1482 / 34",
"Medidas Provisórias [UNK] 1482 - 35",
"1482",
"-",
"36",
"1482",
"-",
"37",
"artigos 231 e 249 da Lei 8 . 112 / 90",
"Decreto [UNK] 83 . 081 / 79",
"Decreto [UNK] 90817 / 85",
"artigo 39 , § 4o da Lei [UNK] 9 . 250 / 95",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , inciso LV ; 37 , caput ; 40 , § [UNK] , e 62 da Constituição Federal",
"art . 40 , § [UNK] da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 8 . 688",
"Provimento 24 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , inciso LV ; 37 , caput ; 40 , § [UNK] , e 62 da Constituição Federal",
"art . 40 , § [UNK] da Constituição Federal",
"Lei [UNK] 8 . 688",
"Provimento",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MProv",
". 560",
"L",
". 8 . 688 / 93",
"MProv",
". 560 / 94",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição",
"L",
". 8 . 688 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MProv . 560",
"L",
". 8 . 688 / 93",
"MProv . 560 / 94",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição",
"L",
". 8 . 688 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MPr . 560",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição",
"§ [UNK] do art . 195 da Constituição",
"Medida Provisória 560",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MPr",
". 560",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição",
"§ [UNK] do art . 195 da Constituição",
"Medida Provisória 560",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 195 , § [UNK] , da Constituição",
"L",
". 6 . 903 / 81",
"MPr 1 . 523 / 96",
"L",
". 9 . 528 / 97",
"MPv 1 . 523 / 96",
"Medida Provisória 1 . 523 / 96",
"EC 32 / 2001",
"art . 62 da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 195 , § [UNK] , da Constituição",
"art . 62 da Constituição",
"L",
". 6 . 903 / 81",
"MPr 1 . 523 / 96",
"L",
". 9 . 528 / 97",
"MPv 1 . 523 / 96",
"Medida Provisória 1 . 523 / 96",
"EC 32 / 2001",
"parágrafo único do art . 62 da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Medida Provisória [UNK] 560 / 94",
"Lei [UNK] 9 . 630",
"MP 560",
"LEI [UNK] 8 . 688 / 93",
"MEDIDA PROVISÓRIA [UNK] 560 / 94",
"ART . 195 , § [UNK] , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"CF , art . 62 , parágrafo único",
"§ [UNK] do art . 195 da Constituição",
"Medida Provisória 560",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Medida Provisória [UNK] 560 / 94",
"Lei [UNK] 9 . 630",
"MP 560",
"LEI [UNK] 8 . 688 / 93",
"MEDIDA PROVISÓRIA [UNK] 560 / 94",
"ART . 195 , § [UNK] , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"CF , art . 62 , parágrafo único",
"§ [UNK] do art . 195 da Constituição",
"Medida Provisória 560",
"MP n° 2 . 200",
"CPC , art . 557 , § [UNK] - A",
"Medida Provisória [UNK] 560 / 94",
"artigo 21 , parágrafo único do Código de Processo Civil",
"Medida Provisória [UNK] 1 . 482 - 40 / 97",
"Medida Provisória [UNK] 560",
"parágrafo único do",
"art . 62 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CPC , art . 557 , § [UNK] - A",
"Medida Provisória [UNK] 560 / 94",
"artigo 21 , parágrafo único do Código de Processo Civil",
"Medida Provisória [UNK] 1 . 482 - 40 / 97",
"Medida Provisória [UNK] 560",
"parágrafo único do art . 62 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Medida Provisória [UNK] 560 / 94",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"L",
". 8 . 688 / 93",
"mprov",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição",
"MP 560",
"MP n°",
"Medida Provisória [UNK] 560 / 94",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"mprov",
"L",
". 8 . 688 / 93",
"mprov",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição",
"MP 560",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MEDIDA PROVISÓRIA 560 / 1994",
"Medida Provisória 560 / 1994",
"§ [UNK] do art . 195 da Constituição Federal",
"MP 560 / 94",
"Medida Provisória 560 / 94",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MEDIDA PROVISÓRIA 560 / 1994",
"Medida Provisória 560 / 1994",
"§ [UNK] do art . 195 da Constituição Federal",
"MP 560 / 94",
"Medida Provisória 560 / 94",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"Sydney",
"Sydney",
"Sydney",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"DISTRITO FEDERAL",
"Distrito Federal",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"ASSOCIACÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DA REPÚBLICA",
"UNIÃO",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"ASSOCIACÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DA REPÚBLICA",
"UNIÃO",
"FAZENDA",
"Associação Nacional dos Procuradores da República",
"União",
"Fazenda Nacional",
"Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"PSS",
"UNIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"ASSOCIACÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DA REPÚBLICA",
"UNIÃO",
"Associação Nacional dos Procuradores da República",
"União",
"Fazenda Nacional",
"Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"UNIÃO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"União",
"União",
"TRF",
"-",
"[UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"União",
"União",
"TRF",
"-",
"[UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"União",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Congresso Nacional",
"Supremo Tribunal Federal",
"Gallotti",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Congresso Nacional",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário desta Corte",
"Plenário",
"Plenário",
"Segunda Turma",
"Congresso Nacional",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário desta",
"Plenário",
"Plenário",
"Segunda Turma",
"Congresso Nacional",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário do Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Plenário",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Plenário",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"ASSOCIACÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DA REPÚBLICA",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"ASSOCIACÃO NACIONAL DOS PROCURADORES DA REPÚBLICA",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FERNANDO AUGUSTO",
"ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FERNANDO AUGUSTO",
"ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FERNANDO AUGUSTO",
"ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Ilmar Galvão",
"Marco Aurélio",
"Sepúlveda Pertence",
"Ilmar Galvão",
"Marco Aurélio",
"Gallotti",
"Sydney",
"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"Sepúlveda Pertence",
"Marco Aurélio",
"Moreira Alves",
"Celso de Mello",
"Sepúlveda Pertence",
"GALVÃO",
"Marco Aurélio",
"Moreira Alves",
"Celso de Mello",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"Marco Aurélio",
"Moreira Alves",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"Marco Aurélio",
"Moreira Alves",
"Celso de Mello",
"Ellen Gracie",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FERNANDO AUGUSTO",
"ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"LUIZ FERNANDO AUGUSTO",
"ARISTIDES JUNQUEIRA ALVARENGA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
".",
"3",
".",
"98",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
".",
"3",
".",
"98",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"23",
".",
"09",
".",
"94",
"14",
".",
"03",
".",
"97",
"[UNK] de julho de 1994",
"1997",
"1° de janeiro de 1996",
"250",
"/",
"95",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"09",
".",
"94",
"14",
".",
"03",
".",
"97",
"[UNK] de julho de 1994",
"1997",
"1° de janeiro de 1996",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21 de junho de 1993",
"30 de junho de 1994",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21 de junho de 1993",
"30 de junho de 1994",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"8",
"/",
"06",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"26",
".",
"7",
".",
"94",
"1",
".",
"7",
".",
"94",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"8",
"/",
"06",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"26",
".",
"7",
".",
"94",
"1",
".",
"7",
".",
"94",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de junho de 1994",
"30 de junho de 1994",
"26",
".",
"7",
".",
"94",
"[UNK] de julho de 1994",
"26 de julho",
"30 de junho",
"27 de julho de 1994",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de junho de 1994",
"30 de junho de 1994",
"26",
".",
"7",
".",
"94",
"[UNK] de julho de 1994",
"26 de julho",
"30 de junho",
"27 de julho de 1994",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de junho de 1994",
"6",
"/",
"10",
"/",
"06",
"07",
".",
"11",
".",
"2003",
"22",
".",
"06",
".",
"1990",
"09",
".",
"12",
".",
"1996",
"28",
".",
"05",
".",
"1997",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de junho de 1994",
"6",
"/",
"10",
"/",
"06",
"07",
".",
"11",
".",
"2003",
"22",
".",
"06",
".",
"1990",
"09",
".",
"12",
".",
"1996",
"28",
".",
"05",
".",
"1997",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
"/",
"04",
"/",
"1998",
"05",
"/",
"12",
"/",
"1997",
"6",
"/",
"8",
"/",
"04",
"26",
".",
"07",
".",
"94",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
"/",
"04",
"/",
"1998",
"05",
"/",
"12",
"/",
"1997",
"6",
"/",
"8",
"/",
"04",
"26",
".",
"07",
".",
"94",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
".",
"12",
".",
"97",
"11",
".",
"02",
".",
"00",
"18",
"/",
"10",
"/",
"2000",
"15",
"/",
"05",
"/",
"03",
"5",
"/",
"08",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
".",
"12",
".",
"97",
"11",
".",
"02",
".",
"00",
"18",
"/",
"10",
"/",
"2000",
"15",
"/",
"05",
"/",
"03",
"5",
"/",
"08",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"5",
"/",
"12",
"/",
"97",
"26",
".",
"7",
".",
"94",
"1",
"/",
"7",
"/",
"94",
"05",
"/",
"12",
"/",
"1997",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"5",
"/",
"12",
"/",
"97",
"26",
".",
"7",
".",
"94",
"1",
"/",
"7",
"/",
"94",
"05",
"/",
"12",
"/",
"1997",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"8",
"/",
"04",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"8",
"/",
"04",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"8",
"/",
"09",
"18",
"/",
"10",
"/",
"2000",
"15",
"/",
"5",
"/",
"03",
"5",
"/",
"8",
"/",
"10",
"5",
"/",
"2",
"/",
"10",
"25",
"/",
"8",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"7",
"/",
"8",
"/",
"09",
"18",
"/",
"10",
"/",
"2000",
"15",
"/",
"5",
"/",
"03",
"5",
"/",
"8",
"/",
"10",
"5",
"/",
"2",
"/",
"10",
"25",
"/",
"8",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.672 GOIÁS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:GERSON BULHOES FERREIRA
ADV.(A/S)
:ADILSON RAMOS JUNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
GOIÁS
EMENTA:
PROCESSUAL CIVIL. SEGUNDO AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. PROCURADOR DE CONTAS JUNTO AO TRIBUNAL DE
CONTAS DE GOIÁS. APOSENTADORIA. REVERSÃO AO SERVIÇO
PÚBLICO COMO CONSELHEIRO DA CORTE DE CONTAS
GOIANA. DECISÃO RECORRIDA QUE SE ANCOROU EM TRÊS
FUNDAMENTOS, SENDO UM DELES A APLICAÇÃO DA SÚMULA
279/STF. FUNDAMENTO INATACADO NA VIA DO AGRAVO
REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS
FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. APLICAÇÃO DA
SÚMULA 287 DO STF.
1. O princípio da dialeticidade recursal impõe ao recorrente o ônus
de evidenciar os motivos de fato e de direito suficientes à reforma da
decisão objurgada, trazendo à baila novas argumentações capazes de
infirmar todos os fundamentos do decisum que se pretende modificar, sob
pena de vê-lo mantido por seus próprios fundamentos.
2. O agravo é inadmissível quando a sua fundamentação não
impugna especificamente a decisão agravada. Nega-se provimento ao
agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso
extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia. (Súmula
287/STF). Precedentes desta Corte: AI 841690 AgR, Relator: Min. Ricardo
Lewandowski, DJe- 01/08/2011; RE 550505 AgR, Relator: Min. Gilmar
Mendes, DJe- 24/02/2011; AI 786044 AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe-
25/06/2010.
3. Segundo agravo regimental desprovido.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 19
Ementa e Acórdão
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
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AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.672 GOIÁS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:GERSON BULHOES FERREIRA
ADV.(A/S)
:ADILSON RAMOS JUNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
GOIÁS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto por GERSON BULHÕES FERREIRA, contra
decisão de minha lavra assim ementada:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
NOVEL REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.322/2010 AO ART.
544 DO CPC. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PROCURADOR DE
CONTAS JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DE GOIÁS.
APOSENTADORIA. REVERSÃO AO SERVIÇO PÚBLICO
COMO CONSELHEIRO DA CORTE DE CONTAS GOIANA.
LEI ESTADUAL Nº 13.855/2001, EDITADA COM O FIM
EXCLUSIVO DA REVERSÃO. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA.
DECLARAÇÃO
DE
INCONSTITUCIONALIDADE
INCIDENTER TANTUM
, PELO JUIZ DE PRIMEIRA
INSTÂNCIA, EM FACE DE VIOLAÇÃO A CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE
VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LV, DA CF/88, ANTE O
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. DESCABIMENTO.
ELEMENTOS DE CONVICÇÃO QUE SERVIRAM DE
FUNDAMENTO
PARA
O
JUÍZO
DECIDIR
ANTECIPADAMENTE A
QUAESTIO
. REEXAME.
IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. ACP
PROCESSADA E JULGADA PERANTE O JUÍZO DE
Supremo Tribunal Federal
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.672 GOIÁS
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:GERSON BULHOES FERREIRA
ADV.(A/S)
:ADILSON RAMOS JUNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
GOIÁS
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto por GERSON BULHÕES FERREIRA, contra
decisão de minha lavra assim ementada:
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO.
NOVEL REDAÇÃO DADA PELA LEI Nº 12.322/2010 AO ART.
544 DO CPC. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PROCURADOR DE
CONTAS JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DE GOIÁS.
APOSENTADORIA. REVERSÃO AO SERVIÇO PÚBLICO
COMO CONSELHEIRO DA CORTE DE CONTAS GOIANA.
LEI ESTADUAL Nº 13.855/2001, EDITADA COM O FIM
EXCLUSIVO DA REVERSÃO. ANTECIPAÇÃO DA TUTELA.
DECLARAÇÃO
DE
INCONSTITUCIONALIDADE
INCIDENTER TANTUM
, PELO JUIZ DE PRIMEIRA
INSTÂNCIA, EM FACE DE VIOLAÇÃO A CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO: ALEGAÇÃO DE
VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LV, DA CF/88, ANTE O
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. DESCABIMENTO.
ELEMENTOS DE CONVICÇÃO QUE SERVIRAM DE
FUNDAMENTO
PARA
O
JUÍZO
DECIDIR
ANTECIPADAMENTE A
QUAESTIO
. REEXAME.
IMPOSSIBILIDADE. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 279/STF. ACP
PROCESSADA E JULGADA PERANTE O JUÍZO DE
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 19
Relatório
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
PRIMEIRO GRAU. MEMBRO DO TCGO. ARGUIÇÃO DE
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STJ. ART. 105, I, DA CF/88.
INAPLICABILIDADE. AUSÊNCIA DE PRÁTICA DE CRIME
COMUM AUTORIZADOR DA PRERROGATIVA. QUESTÃO
ADSTRITA A INVALIDAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
DE REVERSÃO. POSSIBILIDADE DE DECLARAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL NA AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DA
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA, VISTO QUE À ÉPOCA
DA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO O REFERIDO INSTITUTO
NÃO ERA CONDIÇÃO DE ADMISSIBILIDADE DO APELO
EXCEPCIONAL.
1. A dimensão
política do
controle de
inconstitucionalidade atribuída com exclusividade a este
Egrégio Supremo Tribunal Federal infirma que o mesmo se
proceda no âmbito da ação civil pública, salvo em caráter
incidenter tantum .
2. In casu , a arguição de inconstitucionalidade da Lei nº
13.855/2001, editada com a finalidade exclusiva de reverter para
a atividade o aposentado Gérson Bulhões Ferreira ao cargo de
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, como
fundamento ao pedido de anulação do Decreto que viabilizou o
ato administrativo da reversão, aforado em sede de ação civil
pública , não implica em via oblíqua do controle concentrado de
constitucionalidade,
máxime
porque a declaração de
inconstitucionalidade ocorreu incidenter tantum , e nesse caso, a
suposta ofensa à Constituição Federal tem natureza de
prejudicial, sobre o qual não repousa o manto da coisa julgada.
3. Consoante dispõe o art. 105, I, alínea 'a', da Constituição
Federal, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e
julgar, originariamente, nos crimes comuns e nos de
responsabilidade , os membros dos Tribunais de Contas dos
Estados e do Distrito Federal, de sorte que a pretensão de
invalidar ato administrativo de reversão de servidor público
estadual à atividade, sem concurso público, não se perquirindo,
em momento algum, acerca da conduta de tal servidor no
2
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AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
PRIMEIRO GRAU. MEMBRO DO TCGO. ARGUIÇÃO DE
COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO STJ. ART. 105, I, DA CF/88.
INAPLICABILIDADE. AUSÊNCIA DE PRÁTICA DE CRIME
COMUM AUTORIZADOR DA PRERROGATIVA. QUESTÃO
ADSTRITA A INVALIDAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
DE REVERSÃO. POSSIBILIDADE DE DECLARAÇÃO DE
INCONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL NA AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. PRECEDENTES. AUSÊNCIA DE INDICAÇÃO DA
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA, VISTO QUE À ÉPOCA
DA INTERPOSIÇÃO DO RECURSO O REFERIDO INSTITUTO
NÃO ERA CONDIÇÃO DE ADMISSIBILIDADE DO APELO
EXCEPCIONAL.
1. A dimensão
política do
controle de
inconstitucionalidade atribuída com exclusividade a este
Egrégio Supremo Tribunal Federal infirma que o mesmo se
proceda no âmbito da ação civil pública, salvo em caráter
incidenter tantum .
2. In casu , a arguição de inconstitucionalidade da Lei nº
13.855/2001, editada com a finalidade exclusiva de reverter para
a atividade o aposentado Gérson Bulhões Ferreira ao cargo de
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, como
fundamento ao pedido de anulação do Decreto que viabilizou o
ato administrativo da reversão, aforado em sede de ação civil
pública , não implica em via oblíqua do controle concentrado de
constitucionalidade,
máxime
porque a declaração de
inconstitucionalidade ocorreu incidenter tantum , e nesse caso, a
suposta ofensa à Constituição Federal tem natureza de
prejudicial, sobre o qual não repousa o manto da coisa julgada.
3. Consoante dispõe o art. 105, I, alínea 'a', da Constituição
Federal, compete ao Superior Tribunal de Justiça processar e
julgar, originariamente, nos crimes comuns e nos de
responsabilidade , os membros dos Tribunais de Contas dos
Estados e do Distrito Federal, de sorte que a pretensão de
invalidar ato administrativo de reversão de servidor público
estadual à atividade, sem concurso público, não se perquirindo,
em momento algum, acerca da conduta de tal servidor no
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 19
Relatório
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
desempenho da função não malfere o referido dispositivo
constitucional.
4. O Recurso Extraordinário não é servil ao exame de
questões que demandam o revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, em face do óbice erigido pela Súmula
279/STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
5. Na hipótese sub examine, o Tribunal a quo entendeu ser
desnecessária a realização de provas adicionais para o
julgamento do pleito do Ministério Público. Infirmar referida
premissa implicaria sindicar matéria fática, já que se teria de
adentrar no exame dos elementos de convicção que serviram de
fundamento para o juízo monocrático decidir antecipadamente
a lide, o que é interditado a esta Corte conforme a súmula
279/STF retrotranscrita.
6. O acórdão recorrido assentou:
APELAÇÃO.
DESERÇÃO. ART. 18 DA LEI Nº 7.347/85. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. ART. 25, IV, "B", DA LEI Nº 8.625/93. CONTROLE
DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE. POSSIBILIDADE.
ART. 469, III, DO CPC. REVERSÃO. PROVIMENTO DERIVADO
DE CARGO PÚBLICO. ART. 37, CAPUT, E INCISO II, DA CF.
ILEGALIDADE. MINISTÉRIO PÚBLICO. VEDAÇÃO QUANTO
AO
RECEBIMENTO
DE
VERBA
HONORÁRIA
SUCUMBENCIAL. 1. O art. 18 da Lei nº 7.347/85 aplica-se somente
ao autor da ação, como forma de facilitação da defesa do interesse
público por ele defendido em juízo. 2. A ação civil pública,
notadamente quando interposta com base no art. 25, IV, "b", da Lei nº
8.625/93, por conter pedido desconstitutivo de ato da Administração
Pública, é instrumento processual apto à declaração incidental de
inconstitucionalidade de lei, emergindo esta como causa de pedir e
questão prejudicial quanto ao pedido, neste caso expresso na
invalidação do ato administrativo, com vistas ao resguardo da
legalidade e da moralidade administrativas, não sendo alcançada pela
coisa julgada, conforme previsão do art. 469, III, do CPC. 3. Decreto
que, baseado em lei inconstitucional, reverte servidor aposentado à
atividade, em verdadeiro provimento derivado de cargo público efetivo,
3
Supremo Tribunal Federal
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AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
desempenho da função não malfere o referido dispositivo
constitucional.
4. O Recurso Extraordinário não é servil ao exame de
questões que demandam o revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, em face do óbice erigido pela Súmula
279/STF: Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
5. Na hipótese sub examine, o Tribunal a quo entendeu ser
desnecessária a realização de provas adicionais para o
julgamento do pleito do Ministério Público. Infirmar referida
premissa implicaria sindicar matéria fática, já que se teria de
adentrar no exame dos elementos de convicção que serviram de
fundamento para o juízo monocrático decidir antecipadamente
a lide, o que é interditado a esta Corte conforme a súmula
279/STF retrotranscrita.
6. O acórdão recorrido assentou:
APELAÇÃO.
DESERÇÃO. ART. 18 DA LEI Nº 7.347/85. AÇÃO CIVIL
PÚBLICA. ART. 25, IV, "B", DA LEI Nº 8.625/93. CONTROLE
DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE. POSSIBILIDADE.
ART. 469, III, DO CPC. REVERSÃO. PROVIMENTO DERIVADO
DE CARGO PÚBLICO. ART. 37, CAPUT, E INCISO II, DA CF.
ILEGALIDADE. MINISTÉRIO PÚBLICO. VEDAÇÃO QUANTO
AO
RECEBIMENTO
DE
VERBA
HONORÁRIA
SUCUMBENCIAL. 1. O art. 18 da Lei nº 7.347/85 aplica-se somente
ao autor da ação, como forma de facilitação da defesa do interesse
público por ele defendido em juízo. 2. A ação civil pública,
notadamente quando interposta com base no art. 25, IV, "b", da Lei nº
8.625/93, por conter pedido desconstitutivo de ato da Administração
Pública, é instrumento processual apto à declaração incidental de
inconstitucionalidade de lei, emergindo esta como causa de pedir e
questão prejudicial quanto ao pedido, neste caso expresso na
invalidação do ato administrativo, com vistas ao resguardo da
legalidade e da moralidade administrativas, não sendo alcançada pela
coisa julgada, conforme previsão do art. 469, III, do CPC. 3. Decreto
que, baseado em lei inconstitucional, reverte servidor aposentado à
atividade, em verdadeiro provimento derivado de cargo público efetivo,
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 19
Relatório
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
afrontando os princípios da legalidade, concurso pública, da
moralidade, da impessoalidade e da finalidade, prescritos no art. 37,
caput, e inciso II, da Constituição Federal, é passível de anulação,
retroagindo seus efeitos à sua origem e invalidando suas
consequências pretéritas, presentes e futuras, resguardando-se, apenas
em privilégio à segurança jurídica, a validade dos autos que
porventura tenha praticado em relação a terceiros enquanto investido,
ilegalmente, no cargo. 4. Ao Ministério Público, de acordo com o
inciso II, § 5º, do art. 128 da Constituição Federal, é vedado o
recebimento de honorário, ainda que a título de sucumbência.
Primeira apelação não conhecida. Segunda apelação conhecida e
parcialmente provida. Duplo grau, de ofício, conhecido e parcialmente
provido. (fl. 341).
7. Agravo de Instrumento a que se nega seguimento.
O agravante ratifica os argumentos expendidos anteriormente,
reiterando que é membro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, e
por isso, a competência para apreciar e julgar a ação é do Superior
Tribunal de Justiça, nos termos do art. 105, I, da CF/88 e que a ação civil
pública não é a via adequada para a declaração de inconstitucionalidade
de lei.
Ao final deste agravo regimental, requer a reconsideração da decisão
hostilizada, ou, em caso negativo, que seja submetido o presente agravo à
apreciação da Primeira Turma deste Supremo Tribunal Federal, para que
seja conhecido e provido o seu recurso extraordinário.
É o relatório.
4
Supremo Tribunal Federal
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AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
afrontando os princípios da legalidade, concurso pública, da
moralidade, da impessoalidade e da finalidade, prescritos no art. 37,
caput, e inciso II, da Constituição Federal, é passível de anulação,
retroagindo seus efeitos à sua origem e invalidando suas
consequências pretéritas, presentes e futuras, resguardando-se, apenas
em privilégio à segurança jurídica, a validade dos autos que
porventura tenha praticado em relação a terceiros enquanto investido,
ilegalmente, no cargo. 4. Ao Ministério Público, de acordo com o
inciso II, § 5º, do art. 128 da Constituição Federal, é vedado o
recebimento de honorário, ainda que a título de sucumbência.
Primeira apelação não conhecida. Segunda apelação conhecida e
parcialmente provida. Duplo grau, de ofício, conhecido e parcialmente
provido. (fl. 341).
7. Agravo de Instrumento a que se nega seguimento.
O agravante ratifica os argumentos expendidos anteriormente,
reiterando que é membro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, e
por isso, a competência para apreciar e julgar a ação é do Superior
Tribunal de Justiça, nos termos do art. 105, I, da CF/88 e que a ação civil
pública não é a via adequada para a declaração de inconstitucionalidade
de lei.
Ao final deste agravo regimental, requer a reconsideração da decisão
hostilizada, ou, em caso negativo, que seja submetido o presente agravo à
apreciação da Primeira Turma deste Supremo Tribunal Federal, para que
seja conhecido e provido o seu recurso extraordinário.
É o relatório.
4
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 19
Voto - MIN. LUIZ FUX
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.672 GOIÁS
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Prima facie, não assiste
razão ao agravante.
A decisão agravada negou seguimento ao agravo de instrumento
firmada nos seguintes fundamentos, verbis:
Trata-se de agravo nos próprios autos interposto por
GERSON BULHÕES FERREIRA, com fulcro no art. 544 do
Código de Processo Civil, contra a r. decisão de fls. 264/265, que
não admitiu seu recurso extraordinário, sob os seguintes
fundamentos ( i ) aplicação das súmulas 279 e 282/STF, e ( ii ) a
apreciação do recurso demandaria análise de matéria
infraconstitucional, não ficando, assim, caracterizada a ofensa
direta e frontal à Constituição Federal.
Noticiam os autos que o MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DE GOIÁS, por meio de sua promotoria de justiça
ajuizou ação civil pública com pedido de antecipação dos
efeitos da tutela para o fim de impedir que GERSON BULHÕES
FERREIRA retornasse à atividade, conforme permitiu a Lei
Estadual nº 13.855/2001.
Segundo o parquet , a mencionada lei foi editada com o fim
exclusivo de reverter para a atividade o ora recorrente, servidor
aposentado, que ocupava o cargo de procurador de contas no
Tribunal de Contas do Estado de Goiás, sem estender o mesmo
efeito para outras pessoas, tanto que a Emenda Parlamentar
nesse sentido foi rejeitada pela Casa respectiva.
Descreveu o autor, na inicial, parte da motivação
apresentada pelo Governador do Estado, quando remeteu o
projeto de lei à Assembleia Legislativa, dizendo que a reversão
do servidor era a única forma encontrada para resolver o
Supremo Tribunal Federal
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135554.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.672 GOIÁS
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Prima facie, não assiste
razão ao agravante.
A decisão agravada negou seguimento ao agravo de instrumento
firmada nos seguintes fundamentos, verbis:
Trata-se de agravo nos próprios autos interposto por
GERSON BULHÕES FERREIRA, com fulcro no art. 544 do
Código de Processo Civil, contra a r. decisão de fls. 264/265, que
não admitiu seu recurso extraordinário, sob os seguintes
fundamentos ( i ) aplicação das súmulas 279 e 282/STF, e ( ii ) a
apreciação do recurso demandaria análise de matéria
infraconstitucional, não ficando, assim, caracterizada a ofensa
direta e frontal à Constituição Federal.
Noticiam os autos que o MINISTÉRIO PÚBLICO DO
ESTADO DE GOIÁS, por meio de sua promotoria de justiça
ajuizou ação civil pública com pedido de antecipação dos
efeitos da tutela para o fim de impedir que GERSON BULHÕES
FERREIRA retornasse à atividade, conforme permitiu a Lei
Estadual nº 13.855/2001.
Segundo o parquet , a mencionada lei foi editada com o fim
exclusivo de reverter para a atividade o ora recorrente, servidor
aposentado, que ocupava o cargo de procurador de contas no
Tribunal de Contas do Estado de Goiás, sem estender o mesmo
efeito para outras pessoas, tanto que a Emenda Parlamentar
nesse sentido foi rejeitada pela Casa respectiva.
Descreveu o autor, na inicial, parte da motivação
apresentada pelo Governador do Estado, quando remeteu o
projeto de lei à Assembleia Legislativa, dizendo que a reversão
do servidor era a única forma encontrada para resolver o
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problema da falta de membro do Ministério Público junto ao
Tribunal de Contas.
Aprovada a lei em 19/07/01, com validade até 31 de
dezembro do mesmo ano, seguiu-se a elaboração do Decreto de
reversão no dia 07/08 e sua publicação oficial no dia 10/08/01,
sendo o único caso de que se tem notícia no Estado.
Acrescentou o Ministério Público que para viabilizar a
reversão do servidor aposentado, o Tribunal criou, por meio da
Resolução nº 744, um quarto do cargo de procurador de contas,
o que só poderia ser feito por meio de lei alterando a sua Lei
Orgânica.
Entende o autor que a lei autorizadora da reversão e o
decreto que a efetivou violam os princípios constitucionais da
isonomia, da impessoalidade, da moralidade, da
proporcionalidade e da razoabilidade, além de suplantar o
instituto do concurso público, sendo por isso, inconstitucionais
e passíveis de controle por meio de ação civil pública,
especialmente porque a inconstitucionalidade seria a simples
causa de pedir e não o pedido em si mesmo.
Por sua vez, o servidor, ora recorrente, foi revertido ao
serviço público e contestou a inicial, arguindo,
preliminarmente, a incompetência absoluta do Juízo,
sustentando que o feito deveria ser examinado pelo Órgão
Especial do Tribunal de Justiça, mesmo porque o Ministério
Público seria parte ilegítima para manejar ação civil pública
com vista a obter a declaração de inconstitucionalidade. Ainda
em preliminar, sustentou que a ação perdeu o objeto,
porquanto, quando proposta, a lei que se pretendeu anular já
havia perdido os seus efeitos.
Sobreveio sentença julgando procedente o pedido, para
declarar, incidentalmente, a inconstitucionalidade da Lei
Estadual nº 13.855/2001, por violação aos princípios da
impessoalidade e moralidade administrativa, constantes do art. 37, da
Constituição Federal, assim como pela violação ao art. 130, da mesma
Constituição, na medida em que instituiu forma própria de
investidura no cargo de procurador de contas, quando a única possível
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problema da falta de membro do Ministério Público junto ao
Tribunal de Contas.
Aprovada a lei em 19/07/01, com validade até 31 de
dezembro do mesmo ano, seguiu-se a elaboração do Decreto de
reversão no dia 07/08 e sua publicação oficial no dia 10/08/01,
sendo o único caso de que se tem notícia no Estado.
Acrescentou o Ministério Público que para viabilizar a
reversão do servidor aposentado, o Tribunal criou, por meio da
Resolução nº 744, um quarto do cargo de procurador de contas,
o que só poderia ser feito por meio de lei alterando a sua Lei
Orgânica.
Entende o autor que a lei autorizadora da reversão e o
decreto que a efetivou violam os princípios constitucionais da
isonomia, da impessoalidade, da moralidade, da
proporcionalidade e da razoabilidade, além de suplantar o
instituto do concurso público, sendo por isso, inconstitucionais
e passíveis de controle por meio de ação civil pública,
especialmente porque a inconstitucionalidade seria a simples
causa de pedir e não o pedido em si mesmo.
Por sua vez, o servidor, ora recorrente, foi revertido ao
serviço público e contestou a inicial, arguindo,
preliminarmente, a incompetência absoluta do Juízo,
sustentando que o feito deveria ser examinado pelo Órgão
Especial do Tribunal de Justiça, mesmo porque o Ministério
Público seria parte ilegítima para manejar ação civil pública
com vista a obter a declaração de inconstitucionalidade. Ainda
em preliminar, sustentou que a ação perdeu o objeto,
porquanto, quando proposta, a lei que se pretendeu anular já
havia perdido os seus efeitos.
Sobreveio sentença julgando procedente o pedido, para
declarar, incidentalmente, a inconstitucionalidade da Lei
Estadual nº 13.855/2001, por violação aos princípios da
impessoalidade e moralidade administrativa, constantes do art. 37, da
Constituição Federal, assim como pela violação ao art. 130, da mesma
Constituição, na medida em que instituiu forma própria de
investidura no cargo de procurador de contas, quando a única possível
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seria através de aprovação em concurso público, da mesma forma
instituída para o Ministério Público comum.
(fl. 59).
Conseguintemente, o Juízo Singular anulou
o Decreto
Governamental sem número, publicado no Diário Oficial do dia
10/08/01, que reverteu à atividade o servidor aposentado, GERSON
BULHÕES FERREIRA, devendo cessar, de imediato, o exercício de
suas funções, ressalvando-se apenas, em homenagem ao princípio da
segurança jurídica, a validade dos seus atos até então praticados,
assim como dos valores que tenha recebido. .
Conforme informado à fl. 115, o Em. Desembargador
Presidente do TJGO conferiu efeito suspensivo à sentença
apelada , em acatamento a pedido formulado em procedimento
específico pelo Estado de Goiás.
Em sede de apelação, o Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, à unanimidade, não conheceu do recurso interposto pelo
ora recorrente, ao argumento de que o mesmo encontrava-se
deserto, tendo proferido acórdão assim ementado, in verbis :
APELAÇÃO. DESERÇÃO. ART. 18 DA LEI Nº 7.347/85.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ART. 25, IV, "B", DA LEI Nº 8.625/93.
CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE.
POSSIBILIDADE. ART. 469, III, DO CPC. REVERSÃO.
PROVIMENTO DERIVADO DE CARGO PÚBLICO. ART. 37,
CAPUT, E INCISO II, DA CF. ILEGALIDADE. MINISTÉRIO
PÚBLICO. VEDAÇÃO QUANTO AO RECEBIMENTO DE
VERBA HONORÁRIA SUCUMBENCIAL. 1. O art. 18 da Lei nº
7.347/85 aplica-se somente ao autor da ação, como forma de
facilitação da defesa do interesse público por ele defendido em
juízo. 2. A ação civil pública, notadamente quando interposta
com base no art. 25, IV, "b", da Lei nº 8.625/93, por conter pedido
desconstitutivo de ato da Administração Pública, é instrumento
processual
apto
à
declaração
incidental
de
inconstitucionalidade de lei, emergindo esta como causa de
pedir e questão prejudicial quanto ao pedido, neste caso
expresso na invalidação do ato administrativo, com vistas ao
resguardo da legalidade e da moralidade administrativas, não
sendo alcançada pela coisa julgada, conforme previsão do art.
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seria através de aprovação em concurso público, da mesma forma
instituída para o Ministério Público comum.
(fl. 59).
Conseguintemente, o Juízo Singular anulou
o Decreto
Governamental sem número, publicado no Diário Oficial do dia
10/08/01, que reverteu à atividade o servidor aposentado, GERSON
BULHÕES FERREIRA, devendo cessar, de imediato, o exercício de
suas funções, ressalvando-se apenas, em homenagem ao princípio da
segurança jurídica, a validade dos seus atos até então praticados,
assim como dos valores que tenha recebido. .
Conforme informado à fl. 115, o Em. Desembargador
Presidente do TJGO conferiu efeito suspensivo à sentença
apelada , em acatamento a pedido formulado em procedimento
específico pelo Estado de Goiás.
Em sede de apelação, o Tribunal de Justiça do Estado de
Goiás, à unanimidade, não conheceu do recurso interposto pelo
ora recorrente, ao argumento de que o mesmo encontrava-se
deserto, tendo proferido acórdão assim ementado, in verbis :
APELAÇÃO. DESERÇÃO. ART. 18 DA LEI Nº 7.347/85.
AÇÃO CIVIL PÚBLICA. ART. 25, IV, "B", DA LEI Nº 8.625/93.
CONTROLE DIFUSO DE CONSTITUCIONALIDADE.
POSSIBILIDADE. ART. 469, III, DO CPC. REVERSÃO.
PROVIMENTO DERIVADO DE CARGO PÚBLICO. ART. 37,
CAPUT, E INCISO II, DA CF. ILEGALIDADE. MINISTÉRIO
PÚBLICO. VEDAÇÃO QUANTO AO RECEBIMENTO DE
VERBA HONORÁRIA SUCUMBENCIAL. 1. O art. 18 da Lei nº
7.347/85 aplica-se somente ao autor da ação, como forma de
facilitação da defesa do interesse público por ele defendido em
juízo. 2. A ação civil pública, notadamente quando interposta
com base no art. 25, IV, "b", da Lei nº 8.625/93, por conter pedido
desconstitutivo de ato da Administração Pública, é instrumento
processual
apto
à
declaração
incidental
de
inconstitucionalidade de lei, emergindo esta como causa de
pedir e questão prejudicial quanto ao pedido, neste caso
expresso na invalidação do ato administrativo, com vistas ao
resguardo da legalidade e da moralidade administrativas, não
sendo alcançada pela coisa julgada, conforme previsão do art.
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469, III, do CPC. 3. Decreto que, baseado em lei
inconstitucional, reverte servidor aposentado à atividade, em
verdadeiro provimento derivado de cargo público efetivo,
afrontando os princípios da legalidade, concurso pública, da
moralidade, da impessoalidade e da finalidade, prescritos no
art. 37, caput, e inciso II, da Constituição Federal, é passível de
anulação, retroagindo seus efeitos à sua origem e invalidando
suas consequências pretéritas, presentes e futuras,
resguardando-se, apenas em privilégio à segurança jurídica, a
validade dos autos que porventura tenha praticado em relação
a terceiros enquanto investido, ilegalmente, no cargo. 4. Ao
Ministério Público, de acordo com o inciso II, § 5º, do art. 128 da
Constituição Federal, é vedado o recebimento de honorário,
ainda que a título de sucumbência. Primeira apelação não
conhecida. Segunda apelação conhecida e parcialmente
provida. Duplo grau, de ofício, conhecido e parcialmente
provido. (fl. 341).
Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados.
Nas razões do apelo extremo o recorrente aponta violação
aos arts. 5º, LV, e 105, I, e 102, da Constituição Federal. Aduz,
em suma, que ( i ) o julgamento antecipado da lide, sem oportunizar
ao recorrente a produção dos meios de provas requeridas
oportunamente, violou o sagrado princípio da ampla defesa, previsto
no artigo 5º, LV, da Constituição Federal ; ( ii ) certamente sem
qualquer oposição, o Poder Judiciário goiano é incompetente para
apreciar e julgar a ação civil que foi proposta contra o ora Recorrente,
por ser membro vitalício do Tribunal de Contas do Estado de Goiás. Se
a indicação da ação foi feita de forma errada - propositalmente ou não,
não interessa. O certo é que o seu ponto crucial é a prática de ato
administrativo que afronta o art. 37, da Constituição Federal e que,
portanto, deve ser apreciada na Corte Superior. Pensar de outra forma
é ferir o devido processo legal. ; e ( iii ) a ação civil pública não
pode ser usada como sucedâneo da ação direta de
inconstitucionalidade (fls. 231, 245 e 256).
Contrarrazões às fls. 260/263.
Brevemente relatados. DECIDO.
4
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469, III, do CPC. 3. Decreto que, baseado em lei
inconstitucional, reverte servidor aposentado à atividade, em
verdadeiro provimento derivado de cargo público efetivo,
afrontando os princípios da legalidade, concurso pública, da
moralidade, da impessoalidade e da finalidade, prescritos no
art. 37, caput, e inciso II, da Constituição Federal, é passível de
anulação, retroagindo seus efeitos à sua origem e invalidando
suas consequências pretéritas, presentes e futuras,
resguardando-se, apenas em privilégio à segurança jurídica, a
validade dos autos que porventura tenha praticado em relação
a terceiros enquanto investido, ilegalmente, no cargo. 4. Ao
Ministério Público, de acordo com o inciso II, § 5º, do art. 128 da
Constituição Federal, é vedado o recebimento de honorário,
ainda que a título de sucumbência. Primeira apelação não
conhecida. Segunda apelação conhecida e parcialmente
provida. Duplo grau, de ofício, conhecido e parcialmente
provido. (fl. 341).
Opostos embargos de declaração, restaram rejeitados.
Nas razões do apelo extremo o recorrente aponta violação
aos arts. 5º, LV, e 105, I, e 102, da Constituição Federal. Aduz,
em suma, que ( i ) o julgamento antecipado da lide, sem oportunizar
ao recorrente a produção dos meios de provas requeridas
oportunamente, violou o sagrado princípio da ampla defesa, previsto
no artigo 5º, LV, da Constituição Federal ; ( ii ) certamente sem
qualquer oposição, o Poder Judiciário goiano é incompetente para
apreciar e julgar a ação civil que foi proposta contra o ora Recorrente,
por ser membro vitalício do Tribunal de Contas do Estado de Goiás. Se
a indicação da ação foi feita de forma errada - propositalmente ou não,
não interessa. O certo é que o seu ponto crucial é a prática de ato
administrativo que afronta o art. 37, da Constituição Federal e que,
portanto, deve ser apreciada na Corte Superior. Pensar de outra forma
é ferir o devido processo legal. ; e ( iii ) a ação civil pública não
pode ser usada como sucedâneo da ação direta de
inconstitucionalidade (fls. 231, 245 e 256).
Contrarrazões às fls. 260/263.
Brevemente relatados. DECIDO.
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Prima facie, não houve demonstração, em preliminar do
recurso, da existência da repercussão geral, nos termos do art.
543-A do CPC, uma vez que na data da interposição do apelo
extremo o referido instituto não era pré-requisito de
admissibilidade do recurso extraordinário.
Quanto ao mérito, melhor sorte não socorre ao recorrente.
É cediço que o magistrado não está obrigado a rebater, um
a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os
fundamentos utilizados sejam suficientes para embasar a
decisão. Entrementes, o caso em apreço encontra-se revestido
de peculiaridades, o que impõe a análise de cada fundamento
expendido nas razões do recurso extraordinário.
O primeiro argumento exarado no apelo excepcional
consigna que o julgamento antecipado da lide, sem oportunizar ao
recorrente a produção dos meios de provas requeridas oportunamente,
violou o sagrado princípio da ampla defesa, previsto no artigo 5º, LV,
da Constituição Federal..
Com efeito, o cerceamento de defesa não resta
configurado quando desnecessária a produção da prova
pretendida pela parte, já que existentes nos autos elementos
suficientes à formação da convicção do magistrado, impondo-se
o julgamento antecipado da lide em que se controverte apenas
sobre matéria de direito, em obediência aos princípios da
economia e da celeridade processuais.
Na hipótese sub examine , o Tribunal a quo entendeu ser
desnecessária a realização de provas adicionais para o
julgamento do pleito do Ministério Público, de sorte que
infirmar referida premissa implicaria sindicar matéria fático-
probatória, já que se teria de adentrar no exame dos elementos
de convicção que serviram de fundamento para o juízo
monocrático decidir antecipadamente a lide, o que é interditado
a esta Corte conforme a súmula 279/STF, verbis : Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário . Nesse sentido:
Agravo regimental no agravo de instrumento. 2.
Consumidor. Infração ao artigo 31 do Código de Defesa do
Consumidor. Aplicação de multa. 3. Decisão judicial que,
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Prima facie, não houve demonstração, em preliminar do
recurso, da existência da repercussão geral, nos termos do art.
543-A do CPC, uma vez que na data da interposição do apelo
extremo o referido instituto não era pré-requisito de
admissibilidade do recurso extraordinário.
Quanto ao mérito, melhor sorte não socorre ao recorrente.
É cediço que o magistrado não está obrigado a rebater, um
a um, os argumentos trazidos pela parte, desde que os
fundamentos utilizados sejam suficientes para embasar a
decisão. Entrementes, o caso em apreço encontra-se revestido
de peculiaridades, o que impõe a análise de cada fundamento
expendido nas razões do recurso extraordinário.
O primeiro argumento exarado no apelo excepcional
consigna que o julgamento antecipado da lide, sem oportunizar ao
recorrente a produção dos meios de provas requeridas oportunamente,
violou o sagrado princípio da ampla defesa, previsto no artigo 5º, LV,
da Constituição Federal..
Com efeito, o cerceamento de defesa não resta
configurado quando desnecessária a produção da prova
pretendida pela parte, já que existentes nos autos elementos
suficientes à formação da convicção do magistrado, impondo-se
o julgamento antecipado da lide em que se controverte apenas
sobre matéria de direito, em obediência aos princípios da
economia e da celeridade processuais.
Na hipótese sub examine , o Tribunal a quo entendeu ser
desnecessária a realização de provas adicionais para o
julgamento do pleito do Ministério Público, de sorte que
infirmar referida premissa implicaria sindicar matéria fático-
probatória, já que se teria de adentrar no exame dos elementos
de convicção que serviram de fundamento para o juízo
monocrático decidir antecipadamente a lide, o que é interditado
a esta Corte conforme a súmula 279/STF, verbis : Para simples
reexame de prova não cabe recurso extraordinário . Nesse sentido:
Agravo regimental no agravo de instrumento. 2.
Consumidor. Infração ao artigo 31 do Código de Defesa do
Consumidor. Aplicação de multa. 3. Decisão judicial que,
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motivada pela existência de outras provas e elementos de
convicção constantes dos autos, considera desnecessária a
realização de determinada diligência probatória e julga
antecipadamente a lide, não ofende à cláusula constitucional
da plenitude de defesa. 4. Incidência da Súmula 279. 5. Agravo
regimental a que se nega provimento. (AI 786534 AgR,
Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado
em 24/05/2011, DJe-108 DIVULG 06-06-2011 PUBLIC 07-06-2011
EMENT VOL-02538-03 PP-00415)
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPROCEDÊNCIA DA
PRELIMINAR DE APLICABILIDADE DO ART. 543, § 1º, DO
CPC. EQUÍVOCO NA INDICAÇÃO DO RESP. ALEGAÇÃO
DE OFENSA AO ARTIGO 5º, LIV E LV, DA CF/88. OFENSA
REFLEXA.
INDEFERIMENTO
DE
PROVAS
E
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. REVOLVIMENTO
DE FATOS E DE PROVAS. SÚMULA STF 279 . 1. Omissis. 2.
A análise de eventual ofensa à Constituição Federal (art. 5º,
LIV e LV, da CF), por ter o Tribunal a quo confirmado a
sentença que indeferiu a produção de provas e concluiu pelo
julgamento antecipado da lide, envolveria, no caso, o reexame
de fatos e de provas (Súmula STF 279), bem como a análise de
legislação infraconstitucional. 3 A decisão que reputa
desnecessária determinada diligência probatória, desde que
apoiada em outras provas, não ofende a Constituição Federal.
Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AI 687909 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda
Turma, julgado em 02/08/2011, DJe-159 DIVULG 18-08-2011
PUBLIC 19-08-2011 EMENT VOL-02569-03 PP-00501)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL . JULGAMENTO
ANTECIPADO DA LIDE. NECESSIDADE DE PRODUÇÃO
DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME
DE
PROVAS
(SÚMULA
N.
279).
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO
6
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motivada pela existência de outras provas e elementos de
convicção constantes dos autos, considera desnecessária a
realização de determinada diligência probatória e julga
antecipadamente a lide, não ofende à cláusula constitucional
da plenitude de defesa. 4. Incidência da Súmula 279. 5. Agravo
regimental a que se nega provimento. (AI 786534 AgR,
Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma, julgado
em 24/05/2011, DJe-108 DIVULG 06-06-2011 PUBLIC 07-06-2011
EMENT VOL-02538-03 PP-00415)
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. IMPROCEDÊNCIA DA
PRELIMINAR DE APLICABILIDADE DO ART. 543, § 1º, DO
CPC. EQUÍVOCO NA INDICAÇÃO DO RESP. ALEGAÇÃO
DE OFENSA AO ARTIGO 5º, LIV E LV, DA CF/88. OFENSA
REFLEXA.
INDEFERIMENTO
DE
PROVAS
E
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. REVOLVIMENTO
DE FATOS E DE PROVAS. SÚMULA STF 279 . 1. Omissis. 2.
A análise de eventual ofensa à Constituição Federal (art. 5º,
LIV e LV, da CF), por ter o Tribunal a quo confirmado a
sentença que indeferiu a produção de provas e concluiu pelo
julgamento antecipado da lide, envolveria, no caso, o reexame
de fatos e de provas (Súmula STF 279), bem como a análise de
legislação infraconstitucional. 3 A decisão que reputa
desnecessária determinada diligência probatória, desde que
apoiada em outras provas, não ofende a Constituição Federal.
Precedentes. 4. Agravo regimental a que se nega provimento.
(AI 687909 AgR, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Segunda
Turma, julgado em 02/08/2011, DJe-159 DIVULG 18-08-2011
PUBLIC 19-08-2011 EMENT VOL-02569-03 PP-00501)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL . JULGAMENTO
ANTECIPADO DA LIDE. NECESSIDADE DE PRODUÇÃO
DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE DA
LEGISLAÇÃO INFRACONSTITUCIONAL E DO REEXAME
DE
PROVAS
(SÚMULA
N.
279).
OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. PRECEDENTES. AGRAVO
6
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AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (AI
719354 AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira
Turma, julgado em 09/11/2010, DJe-230 DIVULG 29-11-2010
PUBLIC 30-11-2010 EMENT VOL-02441-02 PP-00441)
O segundo fundamento de que se valeu o recorrente, no
sentido de que o Poder Judiciário goiano é incompetente para
apreciar e julgar a ação civil que foi proposta contra o ora Recorrente,
por ser membro vitalício do Tribunal de Contas do Estado de Goiás
também não merece prosperar.
É que, conforme dispõe o art. 105, I, alínea 'a', da
Constituição Federal, compete ao Superior Tribunal de Justiça
processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns e nos de
responsabilidade , os membros dos Tribunais de Contas dos
Estados e do Distrito Federal, de sorte que a pretensão de
invalidar ato administrativo de reversão de servidor público
estadual à atividade, sem concurso público, não se perquirindo,
em momento algum, acerca da conduta de tal servidor no
desempenho da função não malfere o referido dispositivo
constitucional .
Analisando tal premissa constitucional, o Ilustre Professor
Uadi Lammêgo Bulos, in Constituição Federal Anotada, 10ª ed.
rev., atual. e reformulada até a Emenda Constitucional n.
70/2012, São Paulo: Saraiva, 2012, giza que O Superior Tribunal
de Justiça poderá ser acionado diretamente, nas ações que forem
analisadas por ele em única instância. Daí a sua competência
originária para processar e julgar os casos em que altas autoridades da
República praticarem atos atentatórios às liberdades públicas. pg.
1.130.
Ad exemplum , cita-se excerto do julgado proferido na ADI
nº 4.190 MC-REF, relator: Min. Celso De Mello, Tribunal Pleno,
DJe- 11-06-2010, cujos fundamentos corroboram à tese acima
lastreada, confira-se:
PRERROGATIVA DE FORO DOS CONSELHEIROS DO
TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL, PERANTE O
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, NAS INFRAÇÕES
PENAIS
COMUNS
E
NOS
CRIMES
DE
7
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3135554.
Supremo Tribunal Federal
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. (AI
719354 AgR, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira
Turma, julgado em 09/11/2010, DJe-230 DIVULG 29-11-2010
PUBLIC 30-11-2010 EMENT VOL-02441-02 PP-00441)
O segundo fundamento de que se valeu o recorrente, no
sentido de que o Poder Judiciário goiano é incompetente para
apreciar e julgar a ação civil que foi proposta contra o ora Recorrente,
por ser membro vitalício do Tribunal de Contas do Estado de Goiás
também não merece prosperar.
É que, conforme dispõe o art. 105, I, alínea 'a', da
Constituição Federal, compete ao Superior Tribunal de Justiça
processar e julgar, originariamente, nos crimes comuns e nos de
responsabilidade , os membros dos Tribunais de Contas dos
Estados e do Distrito Federal, de sorte que a pretensão de
invalidar ato administrativo de reversão de servidor público
estadual à atividade, sem concurso público, não se perquirindo,
em momento algum, acerca da conduta de tal servidor no
desempenho da função não malfere o referido dispositivo
constitucional .
Analisando tal premissa constitucional, o Ilustre Professor
Uadi Lammêgo Bulos, in Constituição Federal Anotada, 10ª ed.
rev., atual. e reformulada até a Emenda Constitucional n.
70/2012, São Paulo: Saraiva, 2012, giza que O Superior Tribunal
de Justiça poderá ser acionado diretamente, nas ações que forem
analisadas por ele em única instância. Daí a sua competência
originária para processar e julgar os casos em que altas autoridades da
República praticarem atos atentatórios às liberdades públicas. pg.
1.130.
Ad exemplum , cita-se excerto do julgado proferido na ADI
nº 4.190 MC-REF, relator: Min. Celso De Mello, Tribunal Pleno,
DJe- 11-06-2010, cujos fundamentos corroboram à tese acima
lastreada, confira-se:
PRERROGATIVA DE FORO DOS CONSELHEIROS DO
TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL, PERANTE O
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, NAS INFRAÇÕES
PENAIS
COMUNS
E
NOS
CRIMES
DE
7
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 13 de 19
Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
RESPONSABILIDADE (CF, ART. 105, I, "a") . - Compete,
originariamente, ao Superior Tribunal de Justiça, processar e
julgar os membros dos Tribunais de Contas estaduais nos
crimes de responsabilidade e nos ilícitos penais comuns,
assim definidos em legislação emanada da União Federal. -
Mostra-se incompatível com a Constituição da República - e
com a regra de competência inscrita em seu art. 105, I, "a" - o
deslocamento, para a esfera de atribuições da Assembléia
Legislativa local, ainda que mediante emenda à Constituição do
Estado, do processo e julgamento dos Conselheiros do Tribunal
de Contas estadual nas infrações político-administrativas. [...]
(ADI 4190 MC-REF, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO,
Tribunal Pleno, julgado em 10/03/2010, DJe-105 DIVULG 10-06-
2010 PUBLIC 11-06-2010 EMENT VOL-02405-02 PP-00313 RTJ
VOL-00213- PP-00436 RT v. 100, n. 911, 2011, p. 379-404)
Por fim, o terceiro e último argumento em que se baseia o
recorrente na tentativa de abrir a via extraordinária, no sentido
de que a ação civil pública não pode ser usada como sucedâneo
da ação direta de inconstitucionalidade, também não merece
guarida.
Sobreleva enfatizar que a dimensão política do controle de
inconstitucionalidade atribuída com exclusividade a este
Egrégio Supremo Tribunal Federal infirma que o mesmo se
proceda no âmbito da ação civil pública, salvo em caráter
incidenter tantum .
In casu , a arguição de inconstitucionalidade da Lei nº
13.855/2001, editada com a finalidade exclusiva de reverter para
a atividade o aposentado Gérson Bulhões Ferreira ao cargo de
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, como
fundamento ao pedido de anulação do Decreto que viabilizou o
ato administrativo da reversão, aforado em sede de ação civil
pública, não implica em via oblíqua do controle concentrado de
constitucionalidade,
máxime
porque a declaração de
inconstitucionalidade ocorreu incidenter tantum , e nesse caso, a
suposta ofensa à Constituição Federal tem natureza de
prejudicial, sobre o qual não repousa o manto da coisa julgada.
8
Supremo Tribunal Federal
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AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
RESPONSABILIDADE (CF, ART. 105, I, "a") . - Compete,
originariamente, ao Superior Tribunal de Justiça, processar e
julgar os membros dos Tribunais de Contas estaduais nos
crimes de responsabilidade e nos ilícitos penais comuns,
assim definidos em legislação emanada da União Federal. -
Mostra-se incompatível com a Constituição da República - e
com a regra de competência inscrita em seu art. 105, I, "a" - o
deslocamento, para a esfera de atribuições da Assembléia
Legislativa local, ainda que mediante emenda à Constituição do
Estado, do processo e julgamento dos Conselheiros do Tribunal
de Contas estadual nas infrações político-administrativas. [...]
(ADI 4190 MC-REF, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO,
Tribunal Pleno, julgado em 10/03/2010, DJe-105 DIVULG 10-06-
2010 PUBLIC 11-06-2010 EMENT VOL-02405-02 PP-00313 RTJ
VOL-00213- PP-00436 RT v. 100, n. 911, 2011, p. 379-404)
Por fim, o terceiro e último argumento em que se baseia o
recorrente na tentativa de abrir a via extraordinária, no sentido
de que a ação civil pública não pode ser usada como sucedâneo
da ação direta de inconstitucionalidade, também não merece
guarida.
Sobreleva enfatizar que a dimensão política do controle de
inconstitucionalidade atribuída com exclusividade a este
Egrégio Supremo Tribunal Federal infirma que o mesmo se
proceda no âmbito da ação civil pública, salvo em caráter
incidenter tantum .
In casu , a arguição de inconstitucionalidade da Lei nº
13.855/2001, editada com a finalidade exclusiva de reverter para
a atividade o aposentado Gérson Bulhões Ferreira ao cargo de
Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Goiás, como
fundamento ao pedido de anulação do Decreto que viabilizou o
ato administrativo da reversão, aforado em sede de ação civil
pública, não implica em via oblíqua do controle concentrado de
constitucionalidade,
máxime
porque a declaração de
inconstitucionalidade ocorreu incidenter tantum , e nesse caso, a
suposta ofensa à Constituição Federal tem natureza de
prejudicial, sobre o qual não repousa o manto da coisa julgada.
8
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 19
Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
Esse é o entendimento sufragado por este Pretório Excelso,
conforme se verifica, verbis :
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PEDIDO
INCIDENTAL
DE
INCONSTITUCIONALIDADE.
POSSIBILIDADE. ACÓRDÃO RECORRIDO CALÇADO EM
PREMISSA AFASTADA PELA JURISPRUDÊNCIA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MATÉRIA DEVIDAMENTE
PREQUESTIONADA. 1. Omissis. 2. É pacífico nesta Casa de
Justiça a possibilidade de reconhecimento de
inconstitucionalidade como pedido incidental em ação civil
pública. Precedentes: AI 557.291-AgR, da minha relatoria; e RE
645.508-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia. 3. Agravo
regimental desprovido. (RE 372571 AgR, Relator(a): Min.
AYRES BRITTO, Segunda Turma, julgado em 27/03/2012,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-081 DIVULG 25-04-2012
PUBLIC 26-04-2012)
Ementas: 1. Contrato bancário. Juros. Capitalização em
período inferior a um ano. Inadmissibilidade. Art. 5º da MP
2.087-29/2001, editada como MP 2.140-34. Inconstitucionalidade
reconhecida
incidentalmente.
Controle
difuso
de
constitucionalidade, exercido em ação civil pública. Não
usurpação de competência do Supremo. Reclamação julgada
improcedente. Agravo improvido. Inteligência do art. 102, inc. I,
a, da CF. Não usurpa competência do Supremo Tribunal
Federal, decisão que, em ação civil pública de natureza
condenatória,
declara
incidentalmente
a
inconstitucionalidade de norma jurídica. 2. RECURSO. Agravo
regimental. Reclamação. Inconsistente. Inexistência de razões
novas. Rejeição. É de rejeitar agravo regimental que não
apresenta razões novas capazes de ditar reforma da decisão
agravada. (Rcl 1897 AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO
(PRESIDENTE), Tribunal Pleno, julgado em 18/08/2010, DJe-020
DIVULG 31-01-2011 PUBLIC 01-02-2011 EMENT VOL-02454-01
PP-00039 LEXSTF v. 33, n. 386, 2011, p. 143-150)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
9
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
Esse é o entendimento sufragado por este Pretório Excelso,
conforme se verifica, verbis :
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PEDIDO
INCIDENTAL
DE
INCONSTITUCIONALIDADE.
POSSIBILIDADE. ACÓRDÃO RECORRIDO CALÇADO EM
PREMISSA AFASTADA PELA JURISPRUDÊNCIA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. MATÉRIA DEVIDAMENTE
PREQUESTIONADA. 1. Omissis. 2. É pacífico nesta Casa de
Justiça a possibilidade de reconhecimento de
inconstitucionalidade como pedido incidental em ação civil
pública. Precedentes: AI 557.291-AgR, da minha relatoria; e RE
645.508-AgR, da relatoria da ministra Cármen Lúcia. 3. Agravo
regimental desprovido. (RE 372571 AgR, Relator(a): Min.
AYRES BRITTO, Segunda Turma, julgado em 27/03/2012,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-081 DIVULG 25-04-2012
PUBLIC 26-04-2012)
Ementas: 1. Contrato bancário. Juros. Capitalização em
período inferior a um ano. Inadmissibilidade. Art. 5º da MP
2.087-29/2001, editada como MP 2.140-34. Inconstitucionalidade
reconhecida
incidentalmente.
Controle
difuso
de
constitucionalidade, exercido em ação civil pública. Não
usurpação de competência do Supremo. Reclamação julgada
improcedente. Agravo improvido. Inteligência do art. 102, inc. I,
a, da CF. Não usurpa competência do Supremo Tribunal
Federal, decisão que, em ação civil pública de natureza
condenatória,
declara
incidentalmente
a
inconstitucionalidade de norma jurídica. 2. RECURSO. Agravo
regimental. Reclamação. Inconsistente. Inexistência de razões
novas. Rejeição. É de rejeitar agravo regimental que não
apresenta razões novas capazes de ditar reforma da decisão
agravada. (Rcl 1897 AgR, Relator(a): Min. CEZAR PELUSO
(PRESIDENTE), Tribunal Pleno, julgado em 18/08/2010, DJe-020
DIVULG 31-01-2011 PUBLIC 01-02-2011 EMENT VOL-02454-01
PP-00039 LEXSTF v. 33, n. 386, 2011, p. 143-150)
EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
9
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 15 de 19
Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. DECLARAÇÃO
DE INCONSTITUCIONALIDADE INCIDENTER TANTUM
NA
AÇÃO
CIVIL
PÚBLICA:
POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO. (RE 645508 AgR, Relator(a): Min.
CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, julgado em 22/11/2011,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-235 DIVULG 12-12-2011
PUBLIC 13-12-2011)
AÇÃO CIVIL PÚBLICA - CONTROLE DIFUSO VERSUS
CONTROLE
CONCENTRADO
DE
CONSTITUCIONALIDADE. Proclamou o Supremo Tribunal
Federal não ocorrer usurpação da própria competência
quando a inicial da ação civil pública encerra pedido de
declaração de inconstitucionalidade de ato normativo abstrato
e autônomo, seguindo-se o relativo à providência buscada
jurisdicionalmente - Reclamação nº 2.460-1/RJ. Ressalva de
entendimento.
RECLAMAÇÃO
-
NEGATIVA
DE
SEGUIMENTO. A contrariedade do pleito formulado a
precedente do Plenário revela quadro ensejador da negativa de
seguimento à reclamação. (Rcl 2687, Relator(a): Min. MARCO
AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 23/09/2004, DJ 18-02-
2005 PP-00006 EMENT VOL-02180-01 PP-00117 LEXSTF v. 27,
n. 315, 2005, p. 149-153)
Deveras o fato de haver, na ação civil pública, como causa
petendi , a alegação incidenter tantum da inconstitucionalidade
da Lei nº 13.855/2001, não inibe uma ação declaratória de
inconstitucionalidade ou de constitucionalidade junto ao órgão
próprio, o que comprova que a questão da
inconstitucionalidade na ação civil pública continua sendo
prevista no art. 469, III, do CPC, sobre o qual, não faz coisa
julgada.
Destarte, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do
apelo extremo, conforme a fundamentação retrotranscrita.
Ex positis,
NEGO SEGUIMENTO
ao agravo de
instrumento, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.
10
Supremo Tribunal Federal
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AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
EXTRAORDINÁRIO. CONSTITUCIONAL. DECLARAÇÃO
DE INCONSTITUCIONALIDADE INCIDENTER TANTUM
NA
AÇÃO
CIVIL
PÚBLICA:
POSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO. (RE 645508 AgR, Relator(a): Min.
CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, julgado em 22/11/2011,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-235 DIVULG 12-12-2011
PUBLIC 13-12-2011)
AÇÃO CIVIL PÚBLICA - CONTROLE DIFUSO VERSUS
CONTROLE
CONCENTRADO
DE
CONSTITUCIONALIDADE. Proclamou o Supremo Tribunal
Federal não ocorrer usurpação da própria competência
quando a inicial da ação civil pública encerra pedido de
declaração de inconstitucionalidade de ato normativo abstrato
e autônomo, seguindo-se o relativo à providência buscada
jurisdicionalmente - Reclamação nº 2.460-1/RJ. Ressalva de
entendimento.
RECLAMAÇÃO
-
NEGATIVA
DE
SEGUIMENTO. A contrariedade do pleito formulado a
precedente do Plenário revela quadro ensejador da negativa de
seguimento à reclamação. (Rcl 2687, Relator(a): Min. MARCO
AURÉLIO, Tribunal Pleno, julgado em 23/09/2004, DJ 18-02-
2005 PP-00006 EMENT VOL-02180-01 PP-00117 LEXSTF v. 27,
n. 315, 2005, p. 149-153)
Deveras o fato de haver, na ação civil pública, como causa
petendi , a alegação incidenter tantum da inconstitucionalidade
da Lei nº 13.855/2001, não inibe uma ação declaratória de
inconstitucionalidade ou de constitucionalidade junto ao órgão
próprio, o que comprova que a questão da
inconstitucionalidade na ação civil pública continua sendo
prevista no art. 469, III, do CPC, sobre o qual, não faz coisa
julgada.
Destarte, ressoa inequívoca a vocação para o insucesso do
apelo extremo, conforme a fundamentação retrotranscrita.
Ex positis,
NEGO SEGUIMENTO
ao agravo de
instrumento, com fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.
10
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 16 de 19
Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
Com efeito, verifica-se que o fundamento referente à aplicação da
súmula 279/STF não foi impugnado nas razões do presente agravo
regimental. É que, ao que se infere, o recorrente se limitou a repisar os
mesmos fundamentos expendidos em seu recurso extraordinário,
posteriormente reproduzidos no agravo de instrumento.
Ao assim proceder, deixou de refutar especificamente um dos
fundamentos da decisão agravada que é suficiente para mantê-la
incólume, atraindo a inarredável incidência da Súmula 287/STF, que
ostenta o seguinte teor, verbis: “Nega-se provimento ao agravo, quando a
deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir
a exata compreensão da controvérsia.”.
Como de sabença, o agravo interposto contra decisão denegatória do
processamento de recurso extraordinário, que não impugna
especificamente todos os seus fundamentos, não merece prosperar por
tratar-se de petição recursal inepta, já que ausente um dos requisitos
extrínsecos de admissibilidade dos recursos que é sua regularidade
formal, tese esta já pacificada no âmbito deste Pretório Excelso.
Confiram-se, à guisa de exemplo, os seguintes precedentes, in verbis:
Ementa: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL
EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVER DE IMPUGNAR
TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.
INOBSERVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287.
TEMPESTIVIDADE DO AGRAVO. NÃO COMPROVADA.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO IMPROVIDO . I A agravante não observou o
dever de atacar todos os fundamentos da decisão agravada, o que torna
o recurso inviável. Incidência da Súmula 287 do STF. Precedentes. II
Omissis. (AI 841690 AgR, Relator(a): Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 21/06/2011, DJe-146
DIVULG 29-07-2011 PUBLIC 01-08-2011 EMENT VOL-02556-10
11
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
Com efeito, verifica-se que o fundamento referente à aplicação da
súmula 279/STF não foi impugnado nas razões do presente agravo
regimental. É que, ao que se infere, o recorrente se limitou a repisar os
mesmos fundamentos expendidos em seu recurso extraordinário,
posteriormente reproduzidos no agravo de instrumento.
Ao assim proceder, deixou de refutar especificamente um dos
fundamentos da decisão agravada que é suficiente para mantê-la
incólume, atraindo a inarredável incidência da Súmula 287/STF, que
ostenta o seguinte teor, verbis: “Nega-se provimento ao agravo, quando a
deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir
a exata compreensão da controvérsia.”.
Como de sabença, o agravo interposto contra decisão denegatória do
processamento de recurso extraordinário, que não impugna
especificamente todos os seus fundamentos, não merece prosperar por
tratar-se de petição recursal inepta, já que ausente um dos requisitos
extrínsecos de admissibilidade dos recursos que é sua regularidade
formal, tese esta já pacificada no âmbito deste Pretório Excelso.
Confiram-se, à guisa de exemplo, os seguintes precedentes, in verbis:
Ementa: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL
EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. DEVER DE IMPUGNAR
TODOS OS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA.
INOBSERVÂNCIA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 287.
TEMPESTIVIDADE DO AGRAVO. NÃO COMPROVADA.
INCIDÊNCIA DA SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. AGRAVO IMPROVIDO . I A agravante não observou o
dever de atacar todos os fundamentos da decisão agravada, o que torna
o recurso inviável. Incidência da Súmula 287 do STF. Precedentes. II
Omissis. (AI 841690 AgR, Relator(a): Min. RICARDO
LEWANDOWSKI, Primeira Turma, julgado em 21/06/2011, DJe-146
DIVULG 29-07-2011 PUBLIC 01-08-2011 EMENT VOL-02556-10
11
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 17 de 19
Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
PP-01927)
" Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso
que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação da
Súmula 287. 3. Prescrição. Matéria infraconstitucional. Súmula
280. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 550505
AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma,
julgado em 08/02/2011, DJe-037 DIVULG 23-02-2011 PUBLIC
24-02-2011 EMENT VOL-02470-02 PP-00304)
Nesse sentido é expressa a redação atual do art. 544, § 4º, I, parte
final, do Código de Processo Civil, segundo o qual no Supremo Tribunal
Federal e no Superior Tribunal de Justiça, o julgamento do agravo obedecerá ao
disposto no respectivo regimento interno, podendo o relator: I - não conhecer do
agravo manifestamente inadmissível ou que não tenha atacado especificamente os
fundamentos da decisão agravada (grifo acrescentado).
Deveras, o princípio da dialeticidade recursal impõe ao recorrente o
ônus de evidenciar os motivos de fato e de direito suficientes à reforma
da decisão objurgada, trazendo à baila novas argumentações capazes de
infirmar todos os fundamentos do decisum que se pretende modificar, sob
pena de vê-lo mantido por seus próprios fundamentos.
Desta feita, resta evidenciado que o agravante não trouxe qualquer
argumento capaz de infirmar a decisão monocrática que pretende ver
reformada, sequer impugnou todos os fundamentos nela contidos, razão
pela qual se aplica o teor da súmula 287/STF, verbis: “Nega-se provimento
ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso
extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia.”.
Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao segundo agravo regimental.
É como voto.
12
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
AI 631.672 AGR-SEGUNDO / GO
PP-01927)
" Agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Recurso
que não ataca o fundamento da decisão agravada. Aplicação da
Súmula 287. 3. Prescrição. Matéria infraconstitucional. Súmula
280. 4. Agravo regimental a que se nega provimento. (RE 550505
AgR, Relator(a): Min. GILMAR MENDES, Segunda Turma,
julgado em 08/02/2011, DJe-037 DIVULG 23-02-2011 PUBLIC
24-02-2011 EMENT VOL-02470-02 PP-00304)
Nesse sentido é expressa a redação atual do art. 544, § 4º, I, parte
final, do Código de Processo Civil, segundo o qual no Supremo Tribunal
Federal e no Superior Tribunal de Justiça, o julgamento do agravo obedecerá ao
disposto no respectivo regimento interno, podendo o relator: I - não conhecer do
agravo manifestamente inadmissível ou que não tenha atacado especificamente os
fundamentos da decisão agravada (grifo acrescentado).
Deveras, o princípio da dialeticidade recursal impõe ao recorrente o
ônus de evidenciar os motivos de fato e de direito suficientes à reforma
da decisão objurgada, trazendo à baila novas argumentações capazes de
infirmar todos os fundamentos do decisum que se pretende modificar, sob
pena de vê-lo mantido por seus próprios fundamentos.
Desta feita, resta evidenciado que o agravante não trouxe qualquer
argumento capaz de infirmar a decisão monocrática que pretende ver
reformada, sequer impugnou todos os fundamentos nela contidos, razão
pela qual se aplica o teor da súmula 287/STF, verbis: “Nega-se provimento
ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso
extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia.”.
Ex positis, NEGO PROVIMENTO ao segundo agravo regimental.
É como voto.
12
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 18 de 19
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.672
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : GERSON BULHOES FERREIRA
ADV.(A/S) : ADILSON RAMOS JUNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Decisão:
A Turma negou provimento
ao
segundo agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076494
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 631.672
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : GERSON BULHOES FERREIRA
ADV.(A/S) : ADILSON RAMOS JUNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS
Decisão:
A Turma negou provimento
ao
segundo agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076494
Inteiro Teor do Acórdão - Página 19 de 19
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161034 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao segundo agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | SEGUNDO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | Ementa: PROCESSUAL CIVIL. SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. PROCURADOR DE CONTAS JUNTO AO TRIBUNAL DE CONTAS DE GOIÁS. APOSENTADORIA. REVERSÃO AO SERVIÇO PÚBLICO COMO CONSELHEIRO DA CORTE DE CONTAS GOIANA. DECISÃO RECORRIDA QUE SE ANCOROU EM TRÊS FUNDAMENTOS, SENDO UM DELES A APLICAÇÃO DA SÚMULA 279/STF. FUNDAMENTO INATACADO NA VIA DO AGRAVO REGIMENTAL. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO ESPECÍFICA DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. APLICAÇÃO DA SÚMULA 287 DO STF.
1. O princípio da dialeticidade recursal impõe ao recorrente o ônus de evidenciar os motivos de fato e de direito suficientes à reforma da decisão objurgada, trazendo à baila novas argumentações capazes de infirmar todos os fundamentos do decisum que se pretende modificar, sob pena de vê-lo mantido por seus próprios fundamentos.
2. O agravo é inadmissível quando a sua fundamentação não impugna especificamente a decisão agravada. Nega-se provimento ao agravo, quando a deficiência na sua fundamentação, ou na do recurso extraordinário, não permitir a exata compreensão da controvérsia. (Súmula 287/STF). Precedentes desta Corte: AI 841690 AgR, Relator: Min. Ricardo Lewandowski, DJe- 01/08/2011; RE 550505 AgR, Relator: Min. Gilmar Mendes, DJe- 24/02/2011; AI 786044 AgR, Relator: Min. Ellen Gracie, DJe- 25/06/2010.
3. Segundo agravo regimental desprovido. | sjur220645 | - Acórdão (s) citado (s):
(SÚMULA 287)
STF: AI 841690 AgR (1ªT), RE 550505 AgR (2ªT), AI 786044 AgR (2ªT).
Número de páginas: 19.
Análise: 18/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 631672 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00544 PAR-00004 INC-00001 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000287 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR-segundo | acordaos | AI 631672 AgR-segundo | [
""
] | ADV.(A/S) : ADILSON RAMOS JUNIOR E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS
AGTE.(S) : GERSON BULHOES FERREIRA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE GOIÁS | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 631 . 672",
"SÚMULA 279 / STF",
"SÚMULA 287 DO STF",
"Súmula 287 / STF",
"AI 841690 AgR",
"RE 550505 AgR",
"AI 786044 AgR",
"AI 631 . 672",
"AI 631 . 672",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 631 . 672",
"SÚMULA 279 / STF",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 631 . 672",
"SÚMULA 279 / STF",
"AI 631 . 672 AGR",
"AI 631 . 672 AGR - SEGUNDO / GO",
"Súmula 279 / STF",
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"AI 631 . 672",
"Súmula 279 / STF",
"súmula 279 / STF",
"AI 631 . 672 AGR",
"AI 631 . 672 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 631 . 672",
"súmulas 279 e 282 / STF",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 631 . 672",
"súmulas 279 e 282 / STF",
"AI 631 . 672 AGR -",
"SEGUNDO",
"AI 631 . 672",
"AI 631 . 672 AGR",
"AI 631 . 672 AGR",
"AI 631 . 672 AGR -",
"SEGUNDO",
"GO",
"AI 631 . 672 AGR - SEGUNDO / GO 469 , III",
"AI 631 . 672",
"súmula 279 / STF",
"AI 631 . 672 AGR",
"súmula 279 / STF",
"AI 631 . 672",
"AI 786534 AgR",
"SÚMULA STF 279",
"Súmula STF 279",
"AI 687909 AgR",
"AI 631 . 672 AGR",
"AI 786534 AgR",
"SÚMULA STF 279",
"Súmula STF 279",
"AI 687909 AgR",
"AI 631 . 672 AGR",
"AI 719354 AgR",
"ADI [UNK] 4 . 190 MC - REF",
"AI 631 . 672",
"AI 719354 AgR",
"ADI [UNK] 4 . 190 MC - REF",
"AI 631 . 672",
"ADI 4190 MC - REF",
"AI 631",
"ADI 4190 MC - REF",
"AI 631 . 672",
"AI 557 . 291 - AgR",
"RE 645 . 508 - AgR",
"RE 372571 AgR",
"Rcl 1897 AgR",
"AI 631 . 672",
"AI 557 . 291 - AgR",
"RE 645 . 508 - AgR",
"RE 372571 AgR",
"Rcl 1897 AgR",
"AI 631 . 672",
"RE 645508 AgR",
"Reclamação [UNK] 2 . 460 - 1 / RJ",
"Rcl 2687",
"AI 631 . 672",
"RE 645508 AgR",
"Reclamação [UNK] 2 . 460 - 1 / RJ",
"Rcl 2687",
"AI 631 . 672 AGR",
"súmula 279 / STF",
"Súmula 287 / STF",
"SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Súmula 287 do STF",
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"AI 631 . 672",
"súmula 279 / STF",
"Súmula 287 / STF",
"SÚMULA 699 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Súmula 287 do STF",
"AI 841690 AgR",
"AI 631 . 672",
"RE 550505 AgR",
"súmula 287 / STF",
"AI 631 . 672",
"RE 550505 AgR",
"súmula 287 / STF",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 631 . 672",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 631 ."
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI [UNK] 12 . 322 / 2010",
"ART . 544 DO CPC",
"LEI ESTADUAL [UNK] 13 . 855 / 2001",
"CONSTITUIÇÃO",
"ART . [UNK] , LV , DA CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI [UNK] 12 . 322 / 2010",
"ART . 544 DO CPC",
"LEI ESTADUAL [UNK] 13 . 855 / 2001",
"ART . [UNK] , LV , DA CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 105 , I , DA CF / 88",
"Lei [UNK] 13 . 855 / 2001",
"Constituição Federal",
"art . 105 , I , alínea ' a ' , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 105 , I , DA CF / 88",
"Lei [UNK] 13 . 855 / 2001",
"Constituição Federal",
"art . 105 , I , alínea ' a ' , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 18 DA LEI [UNK] 7 . 347 / 85",
"ART . 25 , IV , \" B \" , DA LEI [UNK] 8 . 625 / 93",
"ART . 37 , CAPUT , E INCISO II , DA CF",
"art . 18 da Lei [UNK] 7 . 347 / 85",
"art . 25 , IV , \" b \" , da Lei [UNK] 8 . 625 / 93",
"art . 469 , III , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 18 DA LEI [UNK] 7 . 347 / 85",
"ART . 25 , IV , \" B \" , DA LEI [UNK] 8 . 625 / 93",
"ART . 469 , III , DO CPC",
"ART . 37 , CAPUT , E INCISO II , DA CF",
"art . 18 da Lei [UNK] 7 . 347 / 85",
"art . 25 , IV , \" b \" , da Lei [UNK] 8 . 625 / 93",
"art . 469 , III , do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , caput , e inciso II , da Constituição Federal",
"inciso II , § [UNK] , do art . 128 da Constituição Federal",
"art . 105 , I , da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , caput , e inciso II , da Constituição Federal",
"inciso II , § [UNK] , do art . 128 da Constituição Federal",
"art . 105 , I , da CF / 88",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 do Código de Processo Civil",
"Constituição Federal",
"Lei Estadual [UNK] 13 . 855 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 do Código de Processo Civil",
"Constituição Federal",
"Lei Estadual [UNK] 13 . 855 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual [UNK] 13 . 855 / 2001",
"art . 37 , da Constituição Federal",
"art",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Estadual [UNK] 13 . 855 / 2001",
"art . 37 , da Constituição Federal",
"art . 130 , da mesma",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 18 DA LEI [UNK] 7 . 347 / 85",
"ART . 25 , IV , \" B \" , DA LEI [UNK] 8 . 625 / 93",
"ART . 469 , III , DO CPC",
"ART . 37 , CAPUT , E INCISO II , DA CF",
"art . 18 da Lei [UNK] 7 . 347 / 85",
"art . 25 , IV , \" b \" , da Lei [UNK] 8 . 625 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 18 DA LEI [UNK] 7 . 347 / 85",
"ART . 25 , IV , \" B \" , DA LEI [UNK] 8 . 625 / 93",
"ART . 469 , III , DO CPC",
"ART . 37 , CAPUT , E INCISO II , DA CF",
"art . 18 da Lei [UNK] 7 . 347 / 85",
"art . 25 , IV , \" b \" , da Lei [UNK] 8 . 625 / 93",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"469 , III , do CPC",
"art . 37 , caput , e inciso II , da Constituição Federal",
"inciso II , § [UNK] , do art . 128 da Constituição Federal",
"arts . [UNK] , LV , e 105 , I , e 102 , da Constituição Federal",
"artigo [UNK] , LV , da Constituição Federal",
"art . 37 , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 37 , caput , e inciso II , da Constituição Federal",
"inciso II , § [UNK] , do art . 128 da Constituição Federal",
"arts . [UNK] , LV , e 105 , I , e 102 , da Constituição Federal",
"artigo [UNK] , LV , da Constituição Federal",
"art . 37 , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 543 - A do CPC",
"artigo [UNK] , LV , da",
"Constituição Federal",
"artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 543 - A do CPC",
"artigo [UNK] , LV , da Constituição Federal",
"artigo 31 do Código de Defesa do Consumidor",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 543 , § [UNK] , DO CPC",
"ARTIGO [UNK] , LIV E LV , DA CF / 88",
"Constituição Federal",
"art . [UNK] , LIV e LV , da CF",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 543 , § [UNK] , DO CPC",
"ARTIGO",
"E",
"LV , DA CF / 88",
"Constituição Federal",
"art . [UNK] , LIV e LV , da CF",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 105 , I , alínea ' a ' , da Constituição Federal",
"Constituição",
"Emenda Constitucional n . 70 / 2012",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 105 , I , alínea ' a ' , da Constituição Federal",
"Constituição",
"Emenda Constitucional n . 70 / 2012",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , ART . 105 , I , \" a \"",
"Constituição da República",
"Constituição do Estado",
"Lei [UNK] 13 . 855 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , ART . 105 , I , \" a \"",
"Constituição da República",
"Constituição do Estado",
"Lei [UNK] 13 . 855 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . [UNK] da MP 2 . 087 - 29 / 2001",
"MP 2 . 140 - 34",
"art . 102 , inc . I , a , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Art . [UNK] da MP 2 . 087 -",
"MP 2 . 140 - 34",
"art . 102 , inc . I , a , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 13 . 855 / 2001",
"art . 469 , III , do CPC",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF . 10",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 13 . 855 / 2001",
"art . 469 , III , do CPC",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"art . 544 , § [UNK] , I , parte final , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , I , parte final , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"Brasília",
"Brasília",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"Distrito Federal",
"GOIÁS",
"GOIÁS",
"Estado de Goiás",
"Estado de Goiás",
"São Paulo",
"São Paulo",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS",
"GOIÁS",
"ESTADO DE GOIÁS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS",
"TRIBUNAL DE CONTAS DE GOIÁS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"-",
"SEGUNDO",
"/",
"GO",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS",
"TRIBUNAL DE CONTAS DE GOIÁS",
"CORTE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS",
"TRIBUNAL DE CONTAS DE GOIÁS",
"CORTE DE CONTAS GOIANA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"Tribunal de Contas do Estado de Goiás",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"TCGO",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Contas do Estado de Goiás",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDO",
"Ministério Público",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Ministério Público",
"Tribunal de Contas do Estado de Goiás",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Tribunal de Contas do Estado de Goiás",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS",
"Tribunal de Contas do Estado de Goiás",
"Assembleia Legislativa",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SEGUNDO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS",
"Tribunal de Contas do Estado de Goiás",
"Assembleia Legislativa",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Ministério Público",
"Tribunal de Contas",
"Ministério Público",
"Órgão Especial do Tribunal de Justiça",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"-",
"SEGUNDO",
"/",
"GO",
"Tribunal de Contas",
"Ministério Público",
"Órgão Especial do Tribunal de Justiça",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público comum",
"TJGO",
"Tribunal de Justiça do Estado de Goiás",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"TJGO",
"Tribunal de Justiça do Estado de Goiás",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Ministério Público",
"Tribunal de Contas do Estado de Goiás",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"-",
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"/",
"GO",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
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"-",
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"/",
"GO",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDO",
"/",
"GO",
"Primeira Turma",
"Tribunal de Contas do Estado de Goiás",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Saraiva",
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"TRIBUNAL DE CONTAS ESTADUAL",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
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"Superior Tribunal de Justiça",
"Distrito Federal",
"Saraiva",
"Superior Tribunal de Justiça",
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"TRIBUNAL DE CONTAS",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"AGR",
"SEGUNDO",
"/",
"GO",
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"União",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Contas do Estado de Goiás",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"União",
"Assembléia Legislativa",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Contas do Estado de Goiás",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Segunda Turma",
"Supremo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDO",
"/",
"GO",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
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"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"GERSON BULHOES FERREIRA",
"ADILSON RAMOS JUNIOR",
"LUIZ FUX",
"GERSON BULHÕES FERREIRA",
"LUIZ FUX",
"GERSON BULHOES FERREIRA",
"ADILSON RAMOS JUNIOR",
"LUIZ FUX",
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"Gérson Bulhões Ferreira",
"Gérson Bulhões Ferreira",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"GERSON BULHÕES FERREIRA",
"GERSON BULHÕES FERREIRA",
"LUIZ FUX",
"GERSON BULHÕES FERREIRA",
"GERSON BULHÕES FERREIRA",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"GERSON BULHÕES FERREIRA",
"GERSON BULHÕES FERREIRA",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"GILMAR MENDES",
"ELLEN GRACIE",
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"ELLEN GRACIE",
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"CÁRMEN LÚCIA",
"Uadi Lammêgo Bulos",
"Celso De Mello",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Uadi Lammêgo Bulos",
"Celso De Mello",
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"Gérson Bulhões Ferreira",
"CELSO DE MELLO",
"Gérson Bulhões Ferreira",
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"CEZAR PELUSO",
"Cármen Lúcia",
"AYRES BRITTO",
"CEZAR PELUSO",
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"MARCO AURÉLIO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"MARCO AURÉLIO",
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"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
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"GILMAR MENDES",
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"GERSON BULHOES FERREIRA",
"ADILSON RAMOS JUNIOR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
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"TEMPO": [
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"/",
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"08",
"/",
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"08",
"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
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"2011",
"06",
"-",
"06",
"-",
"2011",
"07",
"-",
"06",
"-",
"2011",
"02",
"/",
"08",
"/",
"2011",
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"-",
"08",
"-",
"2011",
"19",
"-",
"08",
"-",
"2011",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"05",
"/",
"2011",
"06",
"-",
"06",
"-",
"2011",
"07",
"-",
"06",
"-",
"2011",
"02",
"/",
"08",
"/",
"2011",
"18",
"-",
"08",
"-",
"2011",
"19",
"-",
"08",
"-",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"09",
"/",
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"/",
"2010",
"29",
"-",
"11",
"-",
"2010",
"30",
"-",
"11",
"-",
"2010",
"2012",
"11",
"-",
"06",
"-",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"09",
"/",
"11",
"/",
"2010",
"29",
"-",
"11",
"-",
"2010",
"30",
"-",
"11",
"-",
"2010",
"2012",
"11",
"-",
"06",
"-",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"2010",
"10",
"-",
"06",
"-",
"2010",
"11",
"-",
"06",
"-",
"2010",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"03",
"/",
"2010",
"10",
"-",
"06",
"-",
"2010",
"11",
"-",
"06",
"-",
"2010",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"03",
"/",
"2012",
"25",
"-",
"04",
"-",
"2012",
"26",
"-",
"04",
"-",
"2012",
"18",
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"08",
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"2010",
"31",
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"01",
"-",
"2011",
"01",
"-",
"02",
"-",
"2011",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"03",
"/",
"2012",
"25",
"-",
"04",
"-",
"2012",
"26",
"-",
"04",
"-",
"2012",
"18",
"/",
"08",
"/",
"2010",
"31",
"-",
"01",
"-",
"2011",
"01",
"-",
"02",
"-",
"2011",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
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"/",
"2011",
"12",
"-",
"12",
"-",
"2011",
"13",
"-",
"12",
"-",
"2011",
"23",
"/",
"09",
"/",
"2004",
"18",
"-",
"02",
"-",
"2005",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"11",
"/",
"2011",
"12",
"-",
"12",
"-",
"2011",
"13",
"-",
"12",
"-",
"2011",
"23",
"/",
"09",
"/",
"2004",
"18",
"-",
"02",
"-",
"2005",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"21",
"/",
"06",
"/",
"2011",
"29",
"-",
"07",
"-",
"2011",
"01",
"-",
"08",
"-",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"06",
"/",
"2011",
"29",
"-",
"07",
"-",
"2011",
"01",
"-",
"08",
"-",
"2011",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
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"/",
"2011",
"23",
"-",
"02",
"-",
"2011",
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"-",
"02",
"-",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"08",
"/",
"02",
"/",
"2011",
"23",
"-",
"02",
"-",
"2011",
"24",
"-",
"02",
"-",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.368 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:EDUARDO DE OLIVEIRA SILVA CARNEIRO
ADV.(A/S)
:JOSÉ DENIS LANTYER MARQUES
AGDO.(A/S)
:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
Agravo regimental em agravo nos próprios autos do recurso
extraordinário. 2. Recorrente condenado por violação ao art. 197, inciso I,
do Código Penal. 3. A interpretação do que seja crime contra organização
do trabalho, para o fim constitucional de determinar a competência, não
se junge à capitulação do Código Penal. Precedente do RE 398.041-6,
Tribunal Pleno, DJe 19.12.2008. 4. No presente caso, em que houve
retenção momentânea, mediante violência, de um único empregado,
impedido de adentrar a empresa onde laborava, verifica-se ofensa à
liberdade individual e não à organização do trabalho como um todo. 5. O
núcleo da controvérsia não é o exercício da liberdade sindical (art. 8º,
inciso III, da CF), mas o direito de um trabalhador, individualmente
considerado, exercer seu ofício. 6. Ausência de violação ao art. 109, VI, da
CF. Mantida a competência da Justiça estadual. 7. Recurso extraordinário
que, a pretexto de objetivar a aplicação do in dubio pro reo, pretende, na
realidade, o revolvimento fático-probatório, que é defeso nesta via
recursal. Incidência do óbice da Súmula 279. 8. A concessão de sursis, em
detrimento da substituição da pena privativa de liberdade por multa, foi
motivada à saciedade. Mero inconformismo do agravante com os
fundamentos apresentados. 9. Questão que demanda análise exclusiva de
dispositivo infraconstitucional (art. 44 do CP) não deve ser enfrentada em
sede de recurso extraordinário. 10. Agravo regimental a que se nega
provimento.
A C Ó R D Ã O
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066896.
Supremo Tribunal Federal
DJe 22/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
Ementa e Acórdão
ARE 706.368 AGR / SP
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066896.
Supremo Tribunal Federal
ARE 706.368 AGR / SP
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066896.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 11
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.368 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:EDUARDO DE OLIVEIRA SILVA CARNEIRO
ADV.(A/S)
:JOSÉ DENIS LANTYER MARQUES
AGDO.(A/S)
:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental contra decisão de minha relatoria pela qual neguei
provimento a agravo nos próprios autos contra inadmissibilidade de
recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Colégio Recursal
da 46ª Circunscrição Judiciária de São José dos Campos/SP, o qual
manteve integralmente sentença que condenou o ora agravante a cumprir
pena de 1 (um) mês de detenção, em regime aberto e ao pagamento de 10
(dez) dias-multa, no unitário de 1/30 do salário mínimo, pela prática do
delito tipificado no art. 197, inciso I, do Código Penal, suspendendo-se a
pena pelo prazo de 2 (dois) anos, nos termos do art. 77 do CP.
Para melhor compreensão da controvérsia, esclareço que as
instâncias ordinárias condenaram o ora recorrente pelo crime de
constranger um empregado da General Motors, mediante violência
(consistente na aplicação de golpe conhecido vulgarmente como
“gravata”) a não exercer arte, profissão ou indústria, obrigando-o a
permanecer no pátio da empresa, onde empregados e sindicalistas se
reuniam para realização de assembleia.
Opostos embargos declaratórios, estes foram rejeitados, ao
fundamento de ausência de omissão, contradição ou obscuridade (fls.
346).
No recurso extraordinário, interposto com fulcro na alínea a do
permissivo constitucional, alegou-se que o acórdão recorrido, ao
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066897.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.368 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:EDUARDO DE OLIVEIRA SILVA CARNEIRO
ADV.(A/S)
:JOSÉ DENIS LANTYER MARQUES
AGDO.(A/S)
:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental contra decisão de minha relatoria pela qual neguei
provimento a agravo nos próprios autos contra inadmissibilidade de
recurso extraordinário interposto em face de acórdão do Colégio Recursal
da 46ª Circunscrição Judiciária de São José dos Campos/SP, o qual
manteve integralmente sentença que condenou o ora agravante a cumprir
pena de 1 (um) mês de detenção, em regime aberto e ao pagamento de 10
(dez) dias-multa, no unitário de 1/30 do salário mínimo, pela prática do
delito tipificado no art. 197, inciso I, do Código Penal, suspendendo-se a
pena pelo prazo de 2 (dois) anos, nos termos do art. 77 do CP.
Para melhor compreensão da controvérsia, esclareço que as
instâncias ordinárias condenaram o ora recorrente pelo crime de
constranger um empregado da General Motors, mediante violência
(consistente na aplicação de golpe conhecido vulgarmente como
“gravata”) a não exercer arte, profissão ou indústria, obrigando-o a
permanecer no pátio da empresa, onde empregados e sindicalistas se
reuniam para realização de assembleia.
Opostos embargos declaratórios, estes foram rejeitados, ao
fundamento de ausência de omissão, contradição ou obscuridade (fls.
346).
No recurso extraordinário, interposto com fulcro na alínea a do
permissivo constitucional, alegou-se que o acórdão recorrido, ao
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Relatório
ARE 706.368 AGR / SP
reconhecer a competência da Justiça estadual para julgar o feito, violou o
princípio do juiz natural, previsto (5º, LIII, da CF), bem como o art. 109,
VI, da Constituição Federal, segundo o qual, os crimes contra a
organização do trabalho são de competência da Justiça Federal.
Aduziu-se que, nos termos da narrativa da denúncia, o crime teria
ocorrido durante uma assembleia realizada pelos trabalhadores
metalúrgicos, razão pela qual, no entender do recorrente, “não se trata de
um caso individual, e, sim, coletivo, visto que é interligado ao direito de exercício
da liberdade sindical, prevista em nossa Carta Magna no bojo do artigo 8º, inciso
III, da Constituição Federal.” (fls. 360).
Sustentou-se, ainda, violação ao princípio da presunção de inocência
(art. 5º, inciso XXXIV, da CF) porque, segundo o agravante, não há, no
caso concreto, plena certeza de autoria. Em suma, alegou-se que o
recorrente foi condenado com base em meras presunções e conjecturas.
Alegou-se, também, no recurso extraordinário que, na espécie, a
aplicação do sursis, em detrimento da substituição da pena privativa de
liberdade por multa, foi prejudicial ao ora recorrente, violando o
princípio da individualização da pena (art. 5º, XLVI, da CF) e a
obrigatoriedade de motivação das decisões judiciais (art. 93, IX, da CF).
Alegou-se que a aplicação da pena menos gravosa ao réu não é uma
discricionariedade, mas sim um poder-dever do magistrado.
Assim, pleiteou-se, no apelo extremo, a cassação do acórdão
recorrido, bem como de todas as decisões proferidas pela Justiça estadual
a partir do recebimento da denúncia.
Às fls. 376-377, o Tribunal a quo não admitiu o recurso
extraordinário, ao fundamento de ausência de prequestionamento das
matérias constitucionais.
Contra referida decisão de inadmissibilidade, foi interposto agravo
nos próprios autos (fls. 382-396), que refutou o fundamento da decisão
recorrida e repisou a tese exposta no extraordinário.
Sobreveio, então, decisão de minha relatoria, objeto do presente
agravo regimental, pela qual neguei provimento ao agravo nos próprios
autos, ao fundamento de que, no caso concreto, houve transgressão a
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Supremo Tribunal Federal
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reconhecer a competência da Justiça estadual para julgar o feito, violou o
princípio do juiz natural, previsto (5º, LIII, da CF), bem como o art. 109,
VI, da Constituição Federal, segundo o qual, os crimes contra a
organização do trabalho são de competência da Justiça Federal.
Aduziu-se que, nos termos da narrativa da denúncia, o crime teria
ocorrido durante uma assembleia realizada pelos trabalhadores
metalúrgicos, razão pela qual, no entender do recorrente, “não se trata de
um caso individual, e, sim, coletivo, visto que é interligado ao direito de exercício
da liberdade sindical, prevista em nossa Carta Magna no bojo do artigo 8º, inciso
III, da Constituição Federal.” (fls. 360).
Sustentou-se, ainda, violação ao princípio da presunção de inocência
(art. 5º, inciso XXXIV, da CF) porque, segundo o agravante, não há, no
caso concreto, plena certeza de autoria. Em suma, alegou-se que o
recorrente foi condenado com base em meras presunções e conjecturas.
Alegou-se, também, no recurso extraordinário que, na espécie, a
aplicação do sursis, em detrimento da substituição da pena privativa de
liberdade por multa, foi prejudicial ao ora recorrente, violando o
princípio da individualização da pena (art. 5º, XLVI, da CF) e a
obrigatoriedade de motivação das decisões judiciais (art. 93, IX, da CF).
Alegou-se que a aplicação da pena menos gravosa ao réu não é uma
discricionariedade, mas sim um poder-dever do magistrado.
Assim, pleiteou-se, no apelo extremo, a cassação do acórdão
recorrido, bem como de todas as decisões proferidas pela Justiça estadual
a partir do recebimento da denúncia.
Às fls. 376-377, o Tribunal a quo não admitiu o recurso
extraordinário, ao fundamento de ausência de prequestionamento das
matérias constitucionais.
Contra referida decisão de inadmissibilidade, foi interposto agravo
nos próprios autos (fls. 382-396), que refutou o fundamento da decisão
recorrida e repisou a tese exposta no extraordinário.
Sobreveio, então, decisão de minha relatoria, objeto do presente
agravo regimental, pela qual neguei provimento ao agravo nos próprios
autos, ao fundamento de que, no caso concreto, houve transgressão a
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Relatório
ARE 706.368 AGR / SP
direitos e interesses individualmente considerados. Fundamentei, ainda,
que a tese de insuficiência de provas para condenação demanda o
revolvimento probatório, defeso em sede extraordinária. No que diz
respeito à concessão do sursis em detrimento da substituição da pena
privativa de liberdade por multa, ponderei que a questão foi motivada à
saciedade pelo Juízo a quo, demandando, exclusivamente, o exame do art.
44 do Código Penal.
No presente agravo regimental, replica-se a tese exposta no agravo
contra a inadmissibilidade do recurso extraordinário e insurge-se contra
os fundamentos da decisão recorrida.
É o relatório.
3
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ARE 706.368 AGR / SP
direitos e interesses individualmente considerados. Fundamentei, ainda,
que a tese de insuficiência de provas para condenação demanda o
revolvimento probatório, defeso em sede extraordinária. No que diz
respeito à concessão do sursis em detrimento da substituição da pena
privativa de liberdade por multa, ponderei que a questão foi motivada à
saciedade pelo Juízo a quo, demandando, exclusivamente, o exame do art.
44 do Código Penal.
No presente agravo regimental, replica-se a tese exposta no agravo
contra a inadmissibilidade do recurso extraordinário e insurge-se contra
os fundamentos da decisão recorrida.
É o relatório.
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.368 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): O Colégio
Recursal rejeitou alegação de incompetência da Justiça estadual, ao
fundamento de que, no caso, ocorreu crime contra a liberdade individual
do trabalhador, ao passo que a competência da Justiça Federal cinge-se a
crimes que afetam a organização do trabalho. É o que se extrai do
seguinte trecho do acórdão recorrido (fl. 318):
“Por segundo, mais uma vez, acredita a Defesa ser a
Justiça Estadual absolutamente incompetente para processar e
julgar a demanda.
Engana-se novamente.
Isso porque, como amplamente sabido, inclusive com
orientação jurisprudencial a respeito, a competência para julgar
crimes contra a liberdade do trabalhador, direito individual seu,
indelével, é da Justiça Estadual. À Federação incumbe o
processamento de delitos contra a ordem sistêmica ou
institucional do trabalho”.
Com efeito, os fundamentos do acórdão recorrido estão em
consonância com o entendimento fixado pelo Pleno no julgamento do RE
398.041-6, de relatoria do Min. Joaquim Barbosa (DJe 19.12.2008).
Naquela oportunidade, ponderou-se que a topografia do delito de
“atentado contra a liberdade de trabalho” no Título IV do Código Penal,
denominado “Dos Crimes contra a Organização do Trabalho”, não tem o
condão de fixar a competência da Justiça Federal.
O relator do RE 398.041-6, Min. Joaquim Barbosa, assim asseverou
(fl. 2022):
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.368 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): O Colégio
Recursal rejeitou alegação de incompetência da Justiça estadual, ao
fundamento de que, no caso, ocorreu crime contra a liberdade individual
do trabalhador, ao passo que a competência da Justiça Federal cinge-se a
crimes que afetam a organização do trabalho. É o que se extrai do
seguinte trecho do acórdão recorrido (fl. 318):
“Por segundo, mais uma vez, acredita a Defesa ser a
Justiça Estadual absolutamente incompetente para processar e
julgar a demanda.
Engana-se novamente.
Isso porque, como amplamente sabido, inclusive com
orientação jurisprudencial a respeito, a competência para julgar
crimes contra a liberdade do trabalhador, direito individual seu,
indelével, é da Justiça Estadual. À Federação incumbe o
processamento de delitos contra a ordem sistêmica ou
institucional do trabalho”.
Com efeito, os fundamentos do acórdão recorrido estão em
consonância com o entendimento fixado pelo Pleno no julgamento do RE
398.041-6, de relatoria do Min. Joaquim Barbosa (DJe 19.12.2008).
Naquela oportunidade, ponderou-se que a topografia do delito de
“atentado contra a liberdade de trabalho” no Título IV do Código Penal,
denominado “Dos Crimes contra a Organização do Trabalho”, não tem o
condão de fixar a competência da Justiça Federal.
O relator do RE 398.041-6, Min. Joaquim Barbosa, assim asseverou
(fl. 2022):
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11
Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 706.368 AGR / SP
“A Constituição, no art. 109, VI, determina que são da
competência da Justiça Federal ‘os crimes contra a organização
do trabalho’, sem explicitar que delitos se incluem nessa
categoria. Embora no Código Penal brasileiro haja um capítulo
destinado a tais crimes, o entendimento doutrinário e
jurisprudencial dominante é no sentido de que não há
correspondência taxativa entre os delitos capitulados no
referido Código e aqueles indicados na Constituição, cabendo
ao intérprete verificar em quais casos se está diante de um
‘crime contra a organização do trabalho’.”
Nesse julgamento, com perspicácia, o Ministro Sepúlveda Pertence
resumiu a celeuma na provocante questão: “Se mudar o Código Penal muda
a competência da Justiça Federal?” (fl. 2038).
Com efeito, o art. 109, VI, da Constituição Federal estabelece a
competência da Justiça Federal para julgar os crimes contra a organização
do trabalho. Contudo, a Lei Maior não se interpreta a partir do Código
Penal e o nomen iuris de um capítulo do Diploma Penal não tem o condão
de definir a natureza jurídica de um delito, tampouco sua objetividade
jurídica.
Assim, no RE 398.041-6, reforçou-se a ideia de que, na interpretação
do que seja crime contra a organização do trabalho, para o fim
constitucional de determinar a competência, não estamos jungidos à
capitulação do Código Penal (fl. 2033 e fl. 2039).
Em referido precedente, frisei que é possível encontrar crimes
definidos no Título IV do Código Penal que não correspondem à norma
constitucional do art. 109, VI, também sendo certo que outros crimes
definidos na legislação podem configurar, dependendo do caso, crime
contra a organização do trabalho (fl. 2063).
A solução, portanto, está em definir qual o bem jurídico afetado. Em
outras palavras, na análise do caso concreto há de se perquirir se, na
hipótese, há ofensa a interesse de ordem geral na manutenção dos
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ARE 706.368 AGR / SP
“A Constituição, no art. 109, VI, determina que são da
competência da Justiça Federal ‘os crimes contra a organização
do trabalho’, sem explicitar que delitos se incluem nessa
categoria. Embora no Código Penal brasileiro haja um capítulo
destinado a tais crimes, o entendimento doutrinário e
jurisprudencial dominante é no sentido de que não há
correspondência taxativa entre os delitos capitulados no
referido Código e aqueles indicados na Constituição, cabendo
ao intérprete verificar em quais casos se está diante de um
‘crime contra a organização do trabalho’.”
Nesse julgamento, com perspicácia, o Ministro Sepúlveda Pertence
resumiu a celeuma na provocante questão: “Se mudar o Código Penal muda
a competência da Justiça Federal?” (fl. 2038).
Com efeito, o art. 109, VI, da Constituição Federal estabelece a
competência da Justiça Federal para julgar os crimes contra a organização
do trabalho. Contudo, a Lei Maior não se interpreta a partir do Código
Penal e o nomen iuris de um capítulo do Diploma Penal não tem o condão
de definir a natureza jurídica de um delito, tampouco sua objetividade
jurídica.
Assim, no RE 398.041-6, reforçou-se a ideia de que, na interpretação
do que seja crime contra a organização do trabalho, para o fim
constitucional de determinar a competência, não estamos jungidos à
capitulação do Código Penal (fl. 2033 e fl. 2039).
Em referido precedente, frisei que é possível encontrar crimes
definidos no Título IV do Código Penal que não correspondem à norma
constitucional do art. 109, VI, também sendo certo que outros crimes
definidos na legislação podem configurar, dependendo do caso, crime
contra a organização do trabalho (fl. 2063).
A solução, portanto, está em definir qual o bem jurídico afetado. Em
outras palavras, na análise do caso concreto há de se perquirir se, na
hipótese, há ofensa a interesse de ordem geral na manutenção dos
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 706.368 AGR / SP
princípios básicos sobre os quais se estrutura o trabalho em todo o país.
No presente caso, em que houve retenção momentânea, mediante
violência, de um único empregado, impedido de adentrar a empresa
onde laborava, verifica-se ofensa à liberdade individual e não à
organização do trabalho como um todo. Não há, portanto, transgressão
de normas e instituições voltadas à tutela coletiva dos trabalhadores, mas
apenas a direitos e interesses individualmente considerados.
Assim, o fato de o evento delituoso ter ocorrido no pátio da empresa
onde se iniciava manifestação sindical não desloca a competência do feito
para a Justiça Federal, tampouco o torna “interligado ao direito de exercício
da liberdade sindical”, porque o núcleo da controvérsia não é o exercício do
direito previsto no artigo 8º, inciso III, da Constituição Federal, mas sim o
direito individual de um único trabalhador que foi impedido, mediante
violência, de exercer seu ofício.
No que diz respeito à alegação de cerceamento de defesa por
insuficiência de provas, da leitura dos autos, extrai-se que o ora
recorrente, a pretexto de objetivar a aplicação do in dubio pro reo,
pretende, na realidade, o revolvimento fático-probatório, que é defeso em
sede extraordinária.
Anoto que o Tribunal a quo, com base no acervo probatório, concluiu
pela existência da materialidade delitiva e pela autoria do ora recorrente.
Portanto, tese desenvolvida no recurso extraordinário demanda
reanálise da instrução probatória; entretanto, o recurso extraordinário –
que tem como escopo obstar a violação ao texto constitucional – não se
presta à revisão de fatos e provas já analisados pelas instâncias
ordinárias.
A propósito, entre inúmeros precedentes, cito os seguintes: AI-AgR
780123, rel Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 1º.10.2010; AI-AgR
780810, rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJe 17.9.2010; AI-AgR
761897, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 30.4.2010 e AI-AgR
51274, rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 16.2.2007.
Incide, portanto, a Súmula 279, segundo a qual não cabe recurso
extraordinário para simples reexame de prova.
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Supremo Tribunal Federal
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princípios básicos sobre os quais se estrutura o trabalho em todo o país.
No presente caso, em que houve retenção momentânea, mediante
violência, de um único empregado, impedido de adentrar a empresa
onde laborava, verifica-se ofensa à liberdade individual e não à
organização do trabalho como um todo. Não há, portanto, transgressão
de normas e instituições voltadas à tutela coletiva dos trabalhadores, mas
apenas a direitos e interesses individualmente considerados.
Assim, o fato de o evento delituoso ter ocorrido no pátio da empresa
onde se iniciava manifestação sindical não desloca a competência do feito
para a Justiça Federal, tampouco o torna “interligado ao direito de exercício
da liberdade sindical”, porque o núcleo da controvérsia não é o exercício do
direito previsto no artigo 8º, inciso III, da Constituição Federal, mas sim o
direito individual de um único trabalhador que foi impedido, mediante
violência, de exercer seu ofício.
No que diz respeito à alegação de cerceamento de defesa por
insuficiência de provas, da leitura dos autos, extrai-se que o ora
recorrente, a pretexto de objetivar a aplicação do in dubio pro reo,
pretende, na realidade, o revolvimento fático-probatório, que é defeso em
sede extraordinária.
Anoto que o Tribunal a quo, com base no acervo probatório, concluiu
pela existência da materialidade delitiva e pela autoria do ora recorrente.
Portanto, tese desenvolvida no recurso extraordinário demanda
reanálise da instrução probatória; entretanto, o recurso extraordinário –
que tem como escopo obstar a violação ao texto constitucional – não se
presta à revisão de fatos e provas já analisados pelas instâncias
ordinárias.
A propósito, entre inúmeros precedentes, cito os seguintes: AI-AgR
780123, rel Min. Cármen Lúcia, Primeira Turma, DJe 1º.10.2010; AI-AgR
780810, rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma, DJe 17.9.2010; AI-AgR
761897, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 30.4.2010 e AI-AgR
51274, rel. Min. Joaquim Barbosa, Segunda Turma, DJ 16.2.2007.
Incide, portanto, a Súmula 279, segundo a qual não cabe recurso
extraordinário para simples reexame de prova.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 11
Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 706.368 AGR / SP
No que diz respeito ao óbice da substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direito, a sentença foi devidamente motivada.
A propósito, confira-se o seguinte trecho referente à fixação da pena (fl.
245):
“Cuida-se de crime que abarca violência e grave ameaça à
pessoa, razão pela qual, consoante dispõe o inciso I do artigo 44
do Código Penal, não cabe a substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos.”
Assim, o acórdão recorrido enfrentou corretamente a questão, ao
considerar que (fl. 324):
“(...) o critério dosimétrico da apenação e regime imposto,
com substituição negada e sursis concedido, analisando a
decisão por outro enfoque, estão devidamente fundamentados
e justificados, não merecendo reparos.”
Como se vê, a concessão de sursis em detrimento da substituição da
pena privativa de liberdade por multa foi motivada à saciedade. Assim,
não se identifica violação frontal ao artigo 93, IX, da Constituição da
República, mas inconformismo do ora agravante com os fundamentos
apresentados.
A propósito, menciono o julgamento do AI-AgR 831476, rel. Min.
Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 8.5.2012, assim ementado:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
DIREITO
PROCESSUAL
PENAL.
INTERPRETAÇÃO DA LEI FEDERAL. OFENSA REFLEXA À
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INVIABILIDADE DE RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ACÓRDÃO
FUNDAMENTADO,
PORÉM CONTRÁRIO AOS INTERESSES DO RECORRENTE.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 706.368 AGR / SP
No que diz respeito ao óbice da substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direito, a sentença foi devidamente motivada.
A propósito, confira-se o seguinte trecho referente à fixação da pena (fl.
245):
“Cuida-se de crime que abarca violência e grave ameaça à
pessoa, razão pela qual, consoante dispõe o inciso I do artigo 44
do Código Penal, não cabe a substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos.”
Assim, o acórdão recorrido enfrentou corretamente a questão, ao
considerar que (fl. 324):
“(...) o critério dosimétrico da apenação e regime imposto,
com substituição negada e sursis concedido, analisando a
decisão por outro enfoque, estão devidamente fundamentados
e justificados, não merecendo reparos.”
Como se vê, a concessão de sursis em detrimento da substituição da
pena privativa de liberdade por multa foi motivada à saciedade. Assim,
não se identifica violação frontal ao artigo 93, IX, da Constituição da
República, mas inconformismo do ora agravante com os fundamentos
apresentados.
A propósito, menciono o julgamento do AI-AgR 831476, rel. Min.
Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 8.5.2012, assim ementado:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO.
DIREITO
PROCESSUAL
PENAL.
INTERPRETAÇÃO DA LEI FEDERAL. OFENSA REFLEXA À
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INVIABILIDADE DE RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ACÓRDÃO
FUNDAMENTADO,
PORÉM CONTRÁRIO AOS INTERESSES DO RECORRENTE.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 11
Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 706.368 AGR / SP
Processo no qual resta evidenciado que a matéria ventilada no
extraordinário é exclusivamente infraconstitucional e que
inconstitucionalidade, se houvesse, seria reflexa. Não cabe o
extraordinário para discutir interpretação da legislação
infraconstitucional. É inviável, em recurso extraordinário, o
exame de ofensa reflexa à Constituição Federal e a análise de
legislação infraconstitucional. Precedentes. Decisão contrária
aos interesses da parte, mas fundamentada, não configura
violação ao artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal.
Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. “
Ademais, a análise do cabimento de substituição da pena privativa
de liberdade por restritiva de direitos demanda, exclusivamente, o exame
do art. 44 do Código Penal. Portanto, a questão limita-se à interpretação
de dispositivos infraconstitucionais, razão pela qual o tema não deve ser
enfrentado em sede extraordinária.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
5
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Supremo Tribunal Federal
ARE 706.368 AGR / SP
Processo no qual resta evidenciado que a matéria ventilada no
extraordinário é exclusivamente infraconstitucional e que
inconstitucionalidade, se houvesse, seria reflexa. Não cabe o
extraordinário para discutir interpretação da legislação
infraconstitucional. É inviável, em recurso extraordinário, o
exame de ofensa reflexa à Constituição Federal e a análise de
legislação infraconstitucional. Precedentes. Decisão contrária
aos interesses da parte, mas fundamentada, não configura
violação ao artigo 93, inciso IX, da Constituição Federal.
Precedentes. Agravo regimental a que se nega provimento. “
Ademais, a análise do cabimento de substituição da pena privativa
de liberdade por restritiva de direitos demanda, exclusivamente, o exame
do art. 44 do Código Penal. Portanto, a questão limita-se à interpretação
de dispositivos infraconstitucionais, razão pela qual o tema não deve ser
enfrentado em sede extraordinária.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 11
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.368
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : EDUARDO DE OLIVEIRA SILVA CARNEIRO
ADV.(A/S) : JOSÉ DENIS LANTYER MARQUES
AGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099296
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706.368
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : EDUARDO DE OLIVEIRA SILVA CARNEIRO
ADV.(A/S) : JOSÉ DENIS LANTYER MARQUES
AGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099296
Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 11
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3116468 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-22T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Agravo regimental em agravo nos próprios autos do recurso extraordinário. 2. Recorrente condenado por violação ao art. 197, inciso I, do Código Penal. 3. A interpretação do que seja crime contra organização do trabalho, para o fim constitucional de determinar a competência, não se junge à capitulação do Código Penal. Precedente do RE 398.041-6, Tribunal Pleno, DJe 19.12.2008. 4. No presente caso, em que houve retenção momentânea, mediante violência, de um único empregado, impedido de adentrar a empresa onde laborava, verifica-se ofensa à liberdade individual e não à organização do trabalho como um todo. 5. O núcleo da controvérsia não é o exercício da liberdade sindical (art. 8º, inciso III, da CF), mas o direito de um trabalhador, individualmente considerado, exercer seu ofício. 6. Ausência de violação ao art. 109, VI, da CF. Mantida a competência da Justiça estadual. 7. Recurso extraordinário que, a pretexto de objetivar a aplicação do in dubio pro reo, pretende, na realidade, o revolvimento fático-probatório, que é defeso nesta via recursal. Incidência do óbice da Súmula 279. 8. A concessão de sursis, em detrimento da substituição da pena privativa de liberdade por multa, foi motivada à saciedade. Mero inconformismo do agravante com os fundamentos apresentados. 9. Questão que demanda análise exclusiva de dispositivo infraconstitucional (art. 44 do CP) não deve ser enfrentada em sede de recurso extraordinário. 10. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur219550 | - Acórdãos citados:
(COMPETÊNCIA)
STF: RE 398041 (TP);
(SÚMULA 279)
STF: AI 780123 AgR (1ªT), AI 780810 AgR (1ªT), AI 761897
AgR (2ªT), AI 51274 AgR (2ªT);
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 831476 AgR (1ªT).
Número de páginas: 11.
Análise: 29/11/2012, MAC. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 706368 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00008 INC-00003 ART-00093 INC-00009\r\n ART-00109 INC-00006 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00044 ART-00197 INC-00001 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 706368 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : EDUARDO DE OLIVEIRA SILVA CARNEIRO
ADV.(A/S) : JOSÉ DENIS LANTYER MARQUES
ADV.(A/S) : CESAR EDUARDO FERREIRA MARTA
AGDO.(A/S) : MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706 . 368",
"RE 398 . 041 - 6",
"ARE 706 . 368 AGR / SP",
"ARE 706 . 368",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 706 . 368",
"ARE 706 . 368 AGR / SP",
"ARE 706 . 368 AGR",
"ARE 706 . 368 AGR / SP",
"ARE 706 . 368 AGR /",
"RECURSO",
"RE 398 . 041 - 6",
"RE 398 . 041 - 6",
"RE 398 . 041 - 6",
"RE 398 . 041 - 6",
"ARE 706 . 368",
"RE 398 . 041 - 6",
"ARE 706 . 368",
"RE 398 . 041 - 6",
"ARE 706 . 368 AGR",
"AI",
"-",
"AgR 780123",
"AI",
"-",
"AgR 780810",
"AI",
"-",
"AgR 761897",
"AI",
"-",
"AgR 51274",
"ARE 706 . 368 AGR / SP",
"AI",
"-",
"AgR 780123",
"AI",
"-",
"AgR 780810",
"AI",
"-",
"AgR 761897",
"AI",
"-",
"AgR 51274",
"AI",
"-",
"AgR 831476",
"ARE 706 . 368 AGR / SP",
"AI",
"-",
"AgR 831476",
"ARE 706 . 368 AGR / SP",
"ARE 706 . 368 AGR /"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 197 , inciso I , do Código Penal",
"Código",
"Penal",
"art . [UNK] , inciso III , da CF",
"art . 109 , VI , da CF",
"art . 44 do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 197 , inciso I , do Código Penal",
"art . 77 do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"197 , inciso I , do Código Penal",
"art . 77 do CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"[UNK] , LIII , da CF",
"art . 109 , VI , da Constituição Federal",
"Carta Magna",
"artigo [UNK] , inciso III , da Constituição Federal",
"art . [UNK] , inciso XXXIV , da CF",
"art . [UNK] , XLVI , da CF",
"art . 93 , IX , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"[UNK] , LIII , da CF",
"art . 109 , VI , da Constituição Federal",
"Carta Magna",
"artigo [UNK] , inciso III , da Constituição Federal .",
"art . [UNK] , inciso XXXIV , da CF",
"art . [UNK] , XLVI , da CF",
"art . 93 , IX , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 -",
"Título IV do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Título IV do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Código Penal brasileiro",
"Constituição",
"Código Penal",
"art . 109 , VI , da Constituição Federal",
"Lei Maior",
"Código Penal",
"Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Código Penal brasileiro",
"Constituição",
"Código Penal",
"art . 109 , VI , da Constituição Federal",
"Lei Maior",
"Código Penal",
"Código",
"Penal",
"Título IV do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso III , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , inciso III , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso I do artigo 44 do Código Penal",
"artigo 93 , IX , da Constituição da República",
"LEI FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso I do artigo 44 do Código Penal",
"artigo 93 , IX , da Constituição da República",
"LEI FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"art . 44 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição Federal",
"art . 44 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"Colégio Recursal da [UNK] Circunscrição Judiciária de São José dos Campos / SP",
"General Motors",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"Colégio Recursal da [UNK] Circunscrição Judiciária de São José dos Campos / SP",
"General Motors",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Colégio Recursal",
"Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DE SAO PAULO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"EDUARDO DE OLIVEIRA SILVA CARNEIRO",
"JOSÉ DENIS LANTYER MARQUES",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"EDUARDO DE OLIVEIRA SILVA CARNEIRO",
"JOSÉ DENIS LANTYER MARQUES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"EDUARDO DE OLIVEIRA SILVA CARNEIRO",
"JOSÉ DENIS LANTYER MARQUES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"GILMAR MENDES",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"GILMAR MENDES",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"GILMAR MENDES",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Ellen Gracie",
"Joaquim Barbosa",
"GILMAR MENDES",
"Rosa Weber",
"Rosa Weber",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"EDUARDO DE OLIVEIRA SILVA CARNEIRO",
"JOSÉ DENIS LANTYER MARQUES",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"EDUARDO DE OLIVEIRA SILVA CARNEIRO",
"JOSÉ DENIS LANTYER MARQUES",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"19",
".",
"12",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"19",
".",
"12",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"19",
".",
"12",
".",
"2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"10",
".",
"2010",
"17",
".",
"9",
".",
"2010",
"30",
".",
"4",
".",
"2010",
"16",
".",
"2",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"10",
".",
"2010",
"17",
".",
"9",
".",
"2010",
"30",
".",
"4",
".",
"2010",
"16",
".",
"2",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
".",
"5",
".",
"2012",
"“",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.358 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:EMPREITEIRA
DE TERRAPLANAGEM ADILSON
LTDA
ADV.(A/S)
:NEILA APARECIDA BARCELOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:LINDEMAR MOHR
ADV.(A/S)
:LINDEMAR MOHR
EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMISSIBILIDADE DO APELO
EXTREMO. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL.
AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. AUSÊNCIA DE
QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, §
3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PREQUESTIONAMENTO.
INOCORRÊNCIA. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REEXAME DE FATOS
E PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS
PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E DO CONTRADITÓRIO.
OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de
admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o
reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema
encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social
ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-
A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06,
verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para
apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de
repercussão geral).
2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser
necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral
nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n.
797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 17
Ementa e Acórdão
RE 710.358 AGR / SC
de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA
FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL
INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO
POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste
Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no
recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente
demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam
configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso
extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso
interposto”.
3. In casu, nas razões do recurso extraordinário, a ora agravante
limitou-se a afirmar que “a discussão recai sobre o provimento dado pelo
Juízo a quo (Segunda Turma de Recursos de Blumenau/SC), no que tange
à fixação de honorários advocatícios, sem observar, por conseguinte, os
princípios basilares da Justiça, tais como o devido processo legal, o
princípio do contraditório e da ampla defesa. Dessa forma, facilmente se
infere que a matéria em voga trata-se de uma questão de interesse geral
diante do impacto causado na esfera social” (fl. 146).
4. Ainda que assim não fosse, a repercussão geral pressupõe recurso
admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais
de admissibilidade (art. 323 do RISTF).
5. Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo quando
a violação for constitucional, mas necessária a análise de fatos e provas,
não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
6. O prequestionamento explícito da questão constitucional é
requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo
que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de
declaração.
7. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: “É
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 710.358 AGR / SC
de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA
FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL
INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO
POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste
Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no
recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente
demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam
configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou
jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso
extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso
interposto”.
3. In casu, nas razões do recurso extraordinário, a ora agravante
limitou-se a afirmar que “a discussão recai sobre o provimento dado pelo
Juízo a quo (Segunda Turma de Recursos de Blumenau/SC), no que tange
à fixação de honorários advocatícios, sem observar, por conseguinte, os
princípios basilares da Justiça, tais como o devido processo legal, o
princípio do contraditório e da ampla defesa. Dessa forma, facilmente se
infere que a matéria em voga trata-se de uma questão de interesse geral
diante do impacto causado na esfera social” (fl. 146).
4. Ainda que assim não fosse, a repercussão geral pressupõe recurso
admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais
de admissibilidade (art. 323 do RISTF).
5. Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo quando
a violação for constitucional, mas necessária a análise de fatos e provas,
não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das
questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
6. O prequestionamento explícito da questão constitucional é
requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo
que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de
declaração.
7. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: “É
2
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Ementa e Acórdão
RE 710.358 AGR / SC
inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão
recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão,
sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser
objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do
prequestionamento.”
8. Entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido
implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória, o
que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do
Supremo Tribunal Federal, verbis: para simples reexame de prova não cabe
recurso extraordinário.
9. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da
ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da
coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a verificação
da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas
infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição
Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária.
(Precedentes: AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia,
DJe de 18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma, Relatora a Ministra Ellen
Gracie, DJe de 25.10.10).
10. In casu, o acórdão originalmente recorrido assentou: “RECURSO
INOMINADO – AÇÃO DE COBRANÇA DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS – MANDATO AD JUDICIA SUBSTABELECIDO A
ADVOGADO DA CONFIANÇA DO CLIENTE, JÁ NA FASE DE
EXECUÇÃO, APÓS A PENHORA DE BENS – ALEGAÇÃO DE
PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS, BEM COMO DE RENÚNCIA A
ELES, NENHUMA DELAS COMPROVADAS – NÃO COMPROVADO,
IGUALMENTE, O VALOR DOS HONORÁRIOS, CUJA CONTRATAÇÃO
NÃO FOI NEGADA PELO CONSTITUINTE – DEFINIÇÃO DO
MONTANTE POR ARBITRAMENTO DO JUÍZO A QUO, CONTRA O
QUAL NÃO SE INSURGIRAM AS PARTES – MONTANTE BEM
DOSADO, EM ACORDO COM A TABELA EDITADA PELO CONSELHO
SECIONAL DA OAB – JUROS DE MORA A CONTAR DO
ARBITRAMENTO – RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
3
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inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão
recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão,
sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser
objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do
prequestionamento.”
8. Entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido
implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória, o
que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do
Supremo Tribunal Federal, verbis: para simples reexame de prova não cabe
recurso extraordinário.
9. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da
ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da
coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a verificação
da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas
infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição
Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária.
(Precedentes: AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia,
DJe de 18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma, Relatora a Ministra Ellen
Gracie, DJe de 25.10.10).
10. In casu, o acórdão originalmente recorrido assentou: “RECURSO
INOMINADO – AÇÃO DE COBRANÇA DE HONORÁRIOS
ADVOCATÍCIOS – MANDATO AD JUDICIA SUBSTABELECIDO A
ADVOGADO DA CONFIANÇA DO CLIENTE, JÁ NA FASE DE
EXECUÇÃO, APÓS A PENHORA DE BENS – ALEGAÇÃO DE
PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS, BEM COMO DE RENÚNCIA A
ELES, NENHUMA DELAS COMPROVADAS – NÃO COMPROVADO,
IGUALMENTE, O VALOR DOS HONORÁRIOS, CUJA CONTRATAÇÃO
NÃO FOI NEGADA PELO CONSTITUINTE – DEFINIÇÃO DO
MONTANTE POR ARBITRAMENTO DO JUÍZO A QUO, CONTRA O
QUAL NÃO SE INSURGIRAM AS PARTES – MONTANTE BEM
DOSADO, EM ACORDO COM A TABELA EDITADA PELO CONSELHO
SECIONAL DA OAB – JUROS DE MORA A CONTAR DO
ARBITRAMENTO – RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE
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Ementa e Acórdão
RE 710.358 AGR / SC
PROVIDO.”
11. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
4
Supremo Tribunal Federal
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RE 710.358 AGR / SC
PROVIDO.”
11. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.358 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:EMPREITEIRA
DE TERRAPLANAGEM ADILSON
LTDA
ADV.(A/S)
:NEILA APARECIDA BARCELOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:LINDEMAR MOHR
ADV.(A/S)
:LINDEMAR MOHR
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto pela EMPREITEIRA DE TERRAPLANAGEM
ADILSON LTDA. em face de decisão de minha lavra, assim ementada
(fls. 189/199):
“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
ADMISSIBILIDADE.
PRELIMINAR
FORMAL
DE
REPERCUSSÃO
GERAL.
AUSÊNCIA
DE
FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. AUSÊNCIA
DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C.
ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
PREQUESTIONAMENTO. INOCORRÊNCIA. SÚMULAS 282 E
356 DO STF. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279
DO STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DO
DEVIDO PROCESSO LEGAL E DO CONTRADITÓRIO.
OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.
1. A repercussão geral como novel requisito constitucional
de admissibilidade do recurso extraordinário demanda
que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a
indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.358 SANTA CATARINA
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S)
:EMPREITEIRA
DE TERRAPLANAGEM ADILSON
LTDA
ADV.(A/S)
:NEILA APARECIDA BARCELOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:LINDEMAR MOHR
ADV.(A/S)
:LINDEMAR MOHR
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de agravo
regimental interposto pela EMPREITEIRA DE TERRAPLANAGEM
ADILSON LTDA. em face de decisão de minha lavra, assim ementada
(fls. 189/199):
“PROCESSUAL CIVIL. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
ADMISSIBILIDADE.
PRELIMINAR
FORMAL
DE
REPERCUSSÃO
GERAL.
AUSÊNCIA
DE
FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE
PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. AUSÊNCIA
DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C.
ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
PREQUESTIONAMENTO. INOCORRÊNCIA. SÚMULAS 282 E
356 DO STF. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279
DO STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DO
DEVIDO PROCESSO LEGAL E DO CONTRADITÓRIO.
OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO A QUE SE NEGA SEGUIMENTO.
1. A repercussão geral como novel requisito constitucional
de admissibilidade do recurso extraordinário demanda
que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a
indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de
vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
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Relatório
RE 710.358 AGR / SC
interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de
Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O
recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para
apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência
de repercussão geral).
2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no
sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a
existência de repercussão geral nos termos previstos em lei,
conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de
28.02.11:
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO
DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À
PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO
GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA
NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a
orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples
alegação de que a matéria em debate no recurso
extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte
recorrente demonstrar de forma expressa e clara as
circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do
ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das
questões constitucionais invocadas no recurso
extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza
o recurso interposto’.
3. In casu, a recorrente limitou-se a afirmar que ‘a
discussão recai sobre o provimento dado pelo Juízo a quo
(Segunda Turma de Recursos de Blumenau/SC), no que tange à
fixação de honorários advocatícios, sem observar, por
conseguinte, os princípios basilares da Justiça, tais como o
devido processo legal, o princípio do contraditório e da ampla
defesa. Dessa forma, facilmente se infere que a matéria em voga
trata-se de uma questão de interesse geral diante do impacto
causado na esfera social’ (fl. 146).
2
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interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de
Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O
recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para
apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência
de repercussão geral).
2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no
sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a
existência de repercussão geral nos termos previstos em lei,
conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de
28.02.11:
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO
DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À
PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO
GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA
NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a
orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples
alegação de que a matéria em debate no recurso
extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte
recorrente demonstrar de forma expressa e clara as
circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do
ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das
questões constitucionais invocadas no recurso
extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza
o recurso interposto’.
3. In casu, a recorrente limitou-se a afirmar que ‘a
discussão recai sobre o provimento dado pelo Juízo a quo
(Segunda Turma de Recursos de Blumenau/SC), no que tange à
fixação de honorários advocatícios, sem observar, por
conseguinte, os princípios basilares da Justiça, tais como o
devido processo legal, o princípio do contraditório e da ampla
defesa. Dessa forma, facilmente se infere que a matéria em voga
trata-se de uma questão de interesse geral diante do impacto
causado na esfera social’ (fl. 146).
2
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Relatório
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4. Ainda que assim não fosse, a repercussão geral
pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos
constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do
RISTF).
5. Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou
mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a
análise de fatos e provas, não há como se pretender seja
reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
6. O prequestionamento explícito da questão
constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso
extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão
recorrido reclama embargos de declaração.
7. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente,
verbis: ‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando não
ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada’ e ‘O
ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos
embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso
extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.’
8. Entendimento diverso do adotado pelo acórdão
recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria
fático-probatória, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do
Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal,
verbis: para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
9. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal,
o da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação
dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões
judiciais quando a verificação da violação dos mesmos depende
de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam
ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si
só, não desafia a instância extraordinária. (Precedentes: AI n.
804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma, Relatora a Ministra
Ellen Gracie, DJe de 25.10.10).
10. In casu, o acórdão recorrido assentou:
3
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4. Ainda que assim não fosse, a repercussão geral
pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos
constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do
RISTF).
5. Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou
mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a
análise de fatos e provas, não há como se pretender seja
reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
6. O prequestionamento explícito da questão
constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso
extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão
recorrido reclama embargos de declaração.
7. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente,
verbis: ‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando não
ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada’ e ‘O
ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos
embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso
extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.’
8. Entendimento diverso do adotado pelo acórdão
recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria
fático-probatória, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do
Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal,
verbis: para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
9. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal,
o da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação
dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões
judiciais quando a verificação da violação dos mesmos depende
de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam
ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si
só, não desafia a instância extraordinária. (Precedentes: AI n.
804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de
18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma, Relatora a Ministra
Ellen Gracie, DJe de 25.10.10).
10. In casu, o acórdão recorrido assentou:
3
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Relatório
RE 710.358 AGR / SC
‘RECURSO INOMINADO – AÇÃO DE COBRANÇA
DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – MANDATO AD
JUDICIA SUBSTABELECIDO A ADVOGADO DA
CONFIANÇA DO CLIENTE, JÁ NA FASE DE
EXECUÇÃO, APÓS A PENHORA DE BENS –
ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS,
BEM COMO DE RENÚNCIA A ELES, NENHUMA
DELAS COMPROVADAS – NÃO COMPROVADO,
IGUALMENTE, O VALOR DOS HONORÁRIOS, CUJA
CONTRATAÇÃO NÃO FOI NEGADA PELO
CONSTITUINTE – DEFINIÇÃO DO MONTANTE POR
ARBITRAMENTO DO JUÍZO A QUO, CONTRA O QUAL
NÃO SE INSURGIRAM AS PARTES – MONTANTE BEM
DOSADO, EM ACORDO COM A TABELA EDITADA
PELO CONSELHO SECIONAL DA OAB – JUROS DE
MORA A CONTAR DO ARBITRAMENTO – RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.’
11. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.”
Nas razões recursais, a agravante afirma que, ao contrário do que
restou assentado na decisão agravada, o recurso denegado preenche os
requisitos de admissibilidade imprescindíveis para o seu conhecimento
por esta Corte.
Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o
consequente conhecimento e provimento do recurso extraordinário.
É o relatório.
4
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 710.358 AGR / SC
‘RECURSO INOMINADO – AÇÃO DE COBRANÇA
DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – MANDATO AD
JUDICIA SUBSTABELECIDO A ADVOGADO DA
CONFIANÇA DO CLIENTE, JÁ NA FASE DE
EXECUÇÃO, APÓS A PENHORA DE BENS –
ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS,
BEM COMO DE RENÚNCIA A ELES, NENHUMA
DELAS COMPROVADAS – NÃO COMPROVADO,
IGUALMENTE, O VALOR DOS HONORÁRIOS, CUJA
CONTRATAÇÃO NÃO FOI NEGADA PELO
CONSTITUINTE – DEFINIÇÃO DO MONTANTE POR
ARBITRAMENTO DO JUÍZO A QUO, CONTRA O QUAL
NÃO SE INSURGIRAM AS PARTES – MONTANTE BEM
DOSADO, EM ACORDO COM A TABELA EDITADA
PELO CONSELHO SECIONAL DA OAB – JUROS DE
MORA A CONTAR DO ARBITRAMENTO – RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.’
11. Recurso extraordinário a que se nega seguimento.”
Nas razões recursais, a agravante afirma que, ao contrário do que
restou assentado na decisão agravada, o recurso denegado preenche os
requisitos de admissibilidade imprescindíveis para o seu conhecimento
por esta Corte.
Ao final, requer a reconsideração da decisão hostilizada, com o
consequente conhecimento e provimento do recurso extraordinário.
É o relatório.
4
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Voto - MIN. LUIZ FUX
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.358 SANTA CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão à
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
“Cuida-se de recurso extraordinário interposto pela
EMPREITEIRA DE TERRAPLANAGEM ADILSON LTDA., com
fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição
Federal de 1988, contra acórdão proferido pela Turma de
Recursos do Estado de Santa Catarina, assim ementado (fl. 138):
‘RECURSO INOMINADO – AÇÃO DE COBRANÇA
DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – MANDATO AD
JUDICIA SUBSTABELECIDO A ADVOGADO DA
CONFIANÇA DO CLIENTE, JÁ NA FASE DE
EXECUÇÃO, APÓS A PENHORA DE BENS –
ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS,
BEM COMO DE RENÚNCIA A ELES, NENHUMA
DELAS COMPROVADAS – NÃO COMPROVADO,
IGUALMENTE, O VALOR DOS HONORÁRIOS, CUJA
CONTRATAÇÃO NÃO FOI NEGADA PELO
CONSTITUINTE – DEFINIÇÃO DO MONTANTE POR
ARBITRAMENTO DO JUÍZO A QUO, CONTRA O QUAL
NÃO SE INSURGIRAM AS PARTES – MONTANTE BEM
DOSADO, EM ACORDO COM A TABELA EDITADA
PELO CONSELHO SECIONAL DA OAB – JUROS DE
MORA A CONTAR DO ARBITRAMENTO – RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.’
Noticiam os autos que o ora recorrido ajuizou ação de
cobrança de honorários advocatícios em face da recorrente,
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.358 SANTA CATARINA
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão à
agravante.
Em suma, os fundamentos da decisão agravada restaram assim
consignados:
“Cuida-se de recurso extraordinário interposto pela
EMPREITEIRA DE TERRAPLANAGEM ADILSON LTDA., com
fundamento no artigo 102, inciso III, alínea a, da Constituição
Federal de 1988, contra acórdão proferido pela Turma de
Recursos do Estado de Santa Catarina, assim ementado (fl. 138):
‘RECURSO INOMINADO – AÇÃO DE COBRANÇA
DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – MANDATO AD
JUDICIA SUBSTABELECIDO A ADVOGADO DA
CONFIANÇA DO CLIENTE, JÁ NA FASE DE
EXECUÇÃO, APÓS A PENHORA DE BENS –
ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS,
BEM COMO DE RENÚNCIA A ELES, NENHUMA
DELAS COMPROVADAS – NÃO COMPROVADO,
IGUALMENTE, O VALOR DOS HONORÁRIOS, CUJA
CONTRATAÇÃO NÃO FOI NEGADA PELO
CONSTITUINTE – DEFINIÇÃO DO MONTANTE POR
ARBITRAMENTO DO JUÍZO A QUO, CONTRA O QUAL
NÃO SE INSURGIRAM AS PARTES – MONTANTE BEM
DOSADO, EM ACORDO COM A TABELA EDITADA
PELO CONSELHO SECIONAL DA OAB – JUROS DE
MORA A CONTAR DO ARBITRAMENTO – RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.’
Noticiam os autos que o ora recorrido ajuizou ação de
cobrança de honorários advocatícios em face da recorrente,
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 710.358 AGR / SC
alegando ter sido por ela contratado ‘para patrocinar ação de
cobrança, sendo constituído por mandato judicial,
posteriormente substabelecido, sem reserva de poderes,
contudo, ficando avençado verbalmente que os honorários,
mesmo após o término do mandato, seriam pagos na ordem de
25% sobre o valor da execução da demanda ajuizada’ (fl.119).
O magistrado singular julgou a ação parcialmente
procedente, condenando a recorrente a pagar ao recorrido
honorários advocatícios pelo serviço prestado no percentual de
20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação.
Irresignada, a recorrente interpôs recurso inominado,
parcialmente provido, ‘apenas para que, sobre o montante
condenatório, os juros de mora sejam contados a partir do
arbitramento, vale dizer, a partir da publicação da sentença do
juízo a quo’ (fls. 141/142).
Contra essa decisão, interpôs este recurso extraordinário,
alegando violação do artigo 5º, incisos LIV e LV, da CF/88.
Sustenta, em síntese, que ‘a sentença condenou o recorrente de
forma totalmente diversa do pedido inicial, merecendo ser
anulada em razão da desconformidade com o pedido
formulado na exordial’ (fl. 151).
Destaca ainda que ‘em se tratando de ação de
arbitramento de honorários, com fundamento no artigo 22, § 2º,
da Lei nº 8.906/94, deveria ter sido nomeado perito para
proceder ao arbitramento do valor dos serviços prestados ao
recorrido, levando em consideração a natureza e a
complexidade dos mesmos’ (fl. 151).
Ressalta, por fim, que ‘no que tange à produção de provas,
o Recorrido não trouxe nenhum elemento que comprovasse ter
honorários a receber. Do contrário, a Recorrente comprovou
que pagou os honorários quando do início da demanda e que
após o substabelecimento sem reservas nada mais era devido ao
recorrido.’ (fl. 152).
É o relatório. DECIDO.
A repercussão geral como novel requisito constitucional
de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o
2
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alegando ter sido por ela contratado ‘para patrocinar ação de
cobrança, sendo constituído por mandato judicial,
posteriormente substabelecido, sem reserva de poderes,
contudo, ficando avençado verbalmente que os honorários,
mesmo após o término do mandato, seriam pagos na ordem de
25% sobre o valor da execução da demanda ajuizada’ (fl.119).
O magistrado singular julgou a ação parcialmente
procedente, condenando a recorrente a pagar ao recorrido
honorários advocatícios pelo serviço prestado no percentual de
20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação.
Irresignada, a recorrente interpôs recurso inominado,
parcialmente provido, ‘apenas para que, sobre o montante
condenatório, os juros de mora sejam contados a partir do
arbitramento, vale dizer, a partir da publicação da sentença do
juízo a quo’ (fls. 141/142).
Contra essa decisão, interpôs este recurso extraordinário,
alegando violação do artigo 5º, incisos LIV e LV, da CF/88.
Sustenta, em síntese, que ‘a sentença condenou o recorrente de
forma totalmente diversa do pedido inicial, merecendo ser
anulada em razão da desconformidade com o pedido
formulado na exordial’ (fl. 151).
Destaca ainda que ‘em se tratando de ação de
arbitramento de honorários, com fundamento no artigo 22, § 2º,
da Lei nº 8.906/94, deveria ter sido nomeado perito para
proceder ao arbitramento do valor dos serviços prestados ao
recorrido, levando em consideração a natureza e a
complexidade dos mesmos’ (fl. 151).
Ressalta, por fim, que ‘no que tange à produção de provas,
o Recorrido não trouxe nenhum elemento que comprovasse ter
honorários a receber. Do contrário, a Recorrente comprovou
que pagou os honorários quando do início da demanda e que
após o substabelecimento sem reservas nada mais era devido ao
recorrido.’ (fl. 152).
É o relatório. DECIDO.
A repercussão geral como novel requisito constitucional
de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o
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RE 710.358 AGR / SC
reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação
extrema encarta questões relevantes do ponto de vista
econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de
Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O
recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para
apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência
de repercussão geral).
A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido
de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de
repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme
assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11:
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO
DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À
PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO
GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA
NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a
orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples
alegação de que a matéria em debate no recurso
extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte
recorrente demonstrar de forma expressa e clara as
circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do
ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das
questões constitucionais invocadas no recurso
extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza
o recurso interposto’.
In casu, a recorrente limitou-se a afirmar que ‘a discussão
recai sobre o provimento dado pelo Juízo a quo (Segunda
Turma de Recursos de Blumenau/SC), no que tange à fixação de
honorários advocatícios, sem observar, por conseguinte, os
princípios basilares da Justiça, tais como o devido processo
legal, o princípio do contraditório e da ampla defesa. Dessa
forma, facilmente se infere que a matéria em voga trata-se de
3
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reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação
extrema encarta questões relevantes do ponto de vista
econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os
interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de
Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O
recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para
apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência
de repercussão geral).
A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido
de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de
repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme
assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11:
‘EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO
DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À
PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO
GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA
NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO
RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a
orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples
alegação de que a matéria em debate no recurso
extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte
recorrente demonstrar de forma expressa e clara as
circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do
ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das
questões constitucionais invocadas no recurso
extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza
o recurso interposto’.
In casu, a recorrente limitou-se a afirmar que ‘a discussão
recai sobre o provimento dado pelo Juízo a quo (Segunda
Turma de Recursos de Blumenau/SC), no que tange à fixação de
honorários advocatícios, sem observar, por conseguinte, os
princípios basilares da Justiça, tais como o devido processo
legal, o princípio do contraditório e da ampla defesa. Dessa
forma, facilmente se infere que a matéria em voga trata-se de
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 710.358 AGR / SC
uma questão de interesse geral diante do impacto causado na
esfera social’ (fl. 146).
Ainda que assim não fosse, a repercussão geral pressupõe
recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos
constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do
RISTF). Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou
mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a
análise de fatos e provas, não há como se pretender seja
reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
Verifica-se, na espécie, que o artigo da Constituição
Federal que a recorrente considera violado (artigo 5º, incisos
LIV e LV, da CF/88) não foi debatido no acórdão recorrido.
Além disso, não foram opostos embargos de declaração para
sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o necessário
prequestionamento da questão constitucional, que deve ser
explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso
extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356
do STF, verbis: ‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando
não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.’
e ‘O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos
embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso
extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.’
A respeito da aplicação das referidas súmulas assim
discorre Roberto Rosas:
‘A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia:
'quando se questionar sobre a validade de leis ou
aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra
ela'.
De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no
art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal
disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se
haja questionado’.
Essas Constituições eram mais explícitas a respeito
do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às
questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em
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uma questão de interesse geral diante do impacto causado na
esfera social’ (fl. 146).
Ainda que assim não fosse, a repercussão geral pressupõe
recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos
constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do
RISTF). Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou
mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a
análise de fatos e provas, não há como se pretender seja
reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais
discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
Verifica-se, na espécie, que o artigo da Constituição
Federal que a recorrente considera violado (artigo 5º, incisos
LIV e LV, da CF/88) não foi debatido no acórdão recorrido.
Além disso, não foram opostos embargos de declaração para
sanar eventual omissão, faltando, ao caso, o necessário
prequestionamento da questão constitucional, que deve ser
explícito, o que inviabiliza a pretensão de exame do recurso
extraordinário. Incide, portanto, o óbice das Súmulas 282 e 356
do STF, verbis: ‘É inadmissível o recurso extraordinário, quando
não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada.’
e ‘O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos
embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso
extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.’
A respeito da aplicação das referidas súmulas assim
discorre Roberto Rosas:
‘A Constituição de 1891, no art. 59, III, a, dizia:
'quando se questionar sobre a validade de leis ou
aplicação de tratados e leis federais, e a decisão for contra
ela'.
De forma idêntica dispôs a Constituição de 1934, no
art. 76, III, a: ‘quando a decisão for contra literal
disposição de tratado ou lei federal, sobre cuja aplicação se
haja questionado’.
Essas Constituições eram mais explícitas a respeito
do âmbito do recurso extraordinário. Limita-se este às
questões apreciadas na decisão recorrida. Se foi omissa em
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 710.358 AGR / SC
relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos
declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa
questão não apreciada na decisão recorrida (RTJ 56/70; v.
Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz
Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores,
1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito
Público, p. 236).’
E:
‘Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou
juízes prolatores da decisão que espanquem dúvidas,
supram omissões ou eliminem contradições. Se esse
possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se
alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o
prequestionamento da matéria.
A parte não considerou a existência de omissão, por
isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo,
por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário
sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).
O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da
desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os
embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE
176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).’ (ROSAS,
Roberto, in Direito Sumular, Malheiros).
Ainda nesse sentido:
‘Recurso
extraordinário:
prequestionamento
explícito: exigibilidade. O requisito do prequestionamento
assenta no fato de não ser aplicável à fase de
conhecimento do recurso extraordinário o princípio jura
novit curia: instrumento de revisão in jure das decisões
proferidas em única ou última instância, o RE não investe
o Supremo de competência para vasculhar o acórdão
recorrido, à procura de uma norma que poderia ser
pertinente ao caso, mas da qual não se cogitou. Daí a
necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a
quo sobre a questão suscitada no recurso extraordinário:
Sendo
o
prequestionamento,
por
definição,
5
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RE 710.358 AGR / SC
relação a determinado ponto, a parte deve opor embargos
declaratórios. Caso não o faça, não poderá invocar essa
questão não apreciada na decisão recorrida (RTJ 56/70; v.
Súmula 356 do STF e Súmula 211 do STJ; Nelson Luiz
Pinto, Manual dos Recursos Cíveis, Malheiros Editores,
1999, p. 234; Carlos Mário Velloso, Temas de Direito
Público, p. 236).’
E:
‘Os embargos declaratórios visam a pedir ao juiz ou
juízes prolatores da decisão que espanquem dúvidas,
supram omissões ou eliminem contradições. Se esse
possível ponto omisso não foi aventado, nada há que se
alegar posteriormente no recurso extraordinário. Falta o
prequestionamento da matéria.
A parte não considerou a existência de omissão, por
isso não opôs os embargos declaratórios no devido tempo,
por não existir matéria a discutir no recurso extraordinário
sobre essa questão (RE 77.128, RTJ 79/162; v. Súmula 282).
O STF interpretou o teor da Súmula no sentido da
desnecessidade de nova provocação, se a parte opôs os
embargos, e o tribunal se recusou a suprir a omissão (RE
176.626, RTJ 168/305; v. Súmula 211 do STJ).’ (ROSAS,
Roberto, in Direito Sumular, Malheiros).
Ainda nesse sentido:
‘Recurso
extraordinário:
prequestionamento
explícito: exigibilidade. O requisito do prequestionamento
assenta no fato de não ser aplicável à fase de
conhecimento do recurso extraordinário o princípio jura
novit curia: instrumento de revisão in jure das decisões
proferidas em única ou última instância, o RE não investe
o Supremo de competência para vasculhar o acórdão
recorrido, à procura de uma norma que poderia ser
pertinente ao caso, mas da qual não se cogitou. Daí a
necessidade de pronunciamento explícito do Tribunal a
quo sobre a questão suscitada no recurso extraordinário:
Sendo
o
prequestionamento,
por
definição,
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RE 710.358 AGR / SC
necessariamente explícito, o chamado prequestionamento
implícito não é mais do que uma simples e inconcebível
contradição em termos’. (AI 253.566-AgR, rel. Min.
Sepúlveda Pertence, DJ 03/03/00).
Ademais, o Tribunal a quo pronunciou-se quanto à questão
sub examine à luz do contexto fático-probatório engendrado
nos autos. Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo
acórdão recorrido necessário seria o reexame de fatos e provas,
o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da
Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que interdita a
esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria
fática.
Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o
comentário do ilustre professor Roberto Rosas, in Direito
Sumular, 12ª edição, Editora Malheiros, verbis:
‘Chiovenda nos dá os limites da distinção entre
questão de fato e questão de direito. A questão de fato
consiste em verificar se existem as circunstâncias com base
nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar
existentes determinados fatos concretos. A questão de
direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que
o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições
de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).
Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos
dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a
matéria de fato quando a decisão assenta no processo de
livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min.
Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso
extraordinário quando o acórdão recorrido deu
determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se
pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração,
quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE
58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ
46/821). No processo penal, a verificação entre a
qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para
a apenação importa matéria de fato, insuscetível de
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RE 710.358 AGR / SC
necessariamente explícito, o chamado prequestionamento
implícito não é mais do que uma simples e inconcebível
contradição em termos’. (AI 253.566-AgR, rel. Min.
Sepúlveda Pertence, DJ 03/03/00).
Ademais, o Tribunal a quo pronunciou-se quanto à questão
sub examine à luz do contexto fático-probatório engendrado
nos autos. Para se chegar à conclusão contrária à adotada pelo
acórdão recorrido necessário seria o reexame de fatos e provas,
o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da
Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que interdita a
esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria
fática.
Relativamente ao verbete sumular, traz-se a lume o
comentário do ilustre professor Roberto Rosas, in Direito
Sumular, 12ª edição, Editora Malheiros, verbis:
‘Chiovenda nos dá os limites da distinção entre
questão de fato e questão de direito. A questão de fato
consiste em verificar se existem as circunstâncias com base
nas quais deve o juiz, de acordo com a lei, considerar
existentes determinados fatos concretos. A questão de
direito consiste na focalização, primeiro, se a norma, a que
o autor se refere, existe, como norma abstrata (Instituições
de Direito Processual, 2a ed., v. I/175).
Não é estranha a qualificação jurídica dos fatos
dados como provados (RT 275/884 e 226/583). Já se refere a
matéria de fato quando a decisão assenta no processo de
livre convencimento do julgador (RE 64.051, Rel. Min.
Djaci Falcão, RTJ 47/276); não cabe o recurso
extraordinário quando o acórdão recorrido deu
determinada qualificação jurídica a fatos delituosos e se
pretende atribuir aos mesmos fatos outra configuração,
quando essa pretensão exige reexame de provas (ERE
58.714, Relator para o acórdão o Min. Amaral Santos, RTJ
46/821). No processo penal, a verificação entre a
qualificação de motivo fútil ou estado de embriaguez para
a apenação importa matéria de fato, insuscetível de
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RE 710.358 AGR / SC
reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min.
Eloy da Rocha, RTJ 46/666).
A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame
de prova não cabe recurso extraordinário. Não se
vislumbraria a existência da questão federal motivadora
do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais
conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos
fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não
alegados pelas partes. Não se confunda com o critério
legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana
de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a
ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do
Poder Judiciário, 1943, p. 383).’
Acrescente-se ainda que a jurisprudência desta Corte é
uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos
princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais,
bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do
reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa
indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não
desafia a instância extraordinária. Nesse sentido as seguintes
decisões:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR.
CONTRATO
DE
ADESÃO.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO
DA
MATÉRIA
CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 282
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A
jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido
de que as alegações de afronta aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da
ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação
infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional
indireta.’(AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen
7
Supremo Tribunal Federal
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RE 710.358 AGR / SC
reexame no recurso extraordinário (RE 63.226, Rel. Min.
Eloy da Rocha, RTJ 46/666).
A Súmula 279 é peremptória: Para simples reexame
de prova não cabe recurso extraordinário. Não se
vislumbraria a existência da questão federal motivadora
do recurso extraordinário. O juiz dá a valoração mais
conveniente aos elementos probatórios, atendendo aos
fatos e circunstâncias constantes dos autos, ainda que não
alegados pelas partes. Não se confunda com o critério
legal da valorização da prova (RTJ 37/480, 56/65) (Pestana
de Aguiar, Comentários ao Código de Processo Civil, 2a
ed., v. VI/40, Ed. RT; Castro Nunes, Teoria e Prática do
Poder Judiciário, 1943, p. 383).’
Acrescente-se ainda que a jurisprudência desta Corte é
uníssona no sentido de que a verificação de ofensa aos
princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa e do contraditório, da motivação das decisões judiciais,
bem como aos limites da coisa julgada, quando dependente do
reexame prévio de normas infraconstitucionais, revela ofensa
indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não
desafia a instância extraordinária. Nesse sentido as seguintes
decisões:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. DIREITO DO CONSUMIDOR.
CONTRATO
DE
ADESÃO.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO
DA
MATÉRIA
CONSTITUCIONAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA N. 282
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. A
jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido
de que as alegações de afronta aos princípios da
legalidade, do devido processo legal, do contraditório, da
ampla defesa, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação
infraconstitucional, configurariam ofensa constitucional
indireta.’(AI 804.854-AgR, 1ª Turma, Rel. Min. Cármen
7
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Voto - MIN. LUIZ FUX
RE 710.358 AGR / SC
Lúcia, DJe de 24/11/2010)
‘CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO
ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO
CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO
CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA
STF 279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o
Tribunal a quo, seria necessário o reexame do conjunto
fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede
recursal (Súmula STF 279). 2. A ofensa aos postulados
constitucionais da legalidade, da ampla defesa, do
contraditório, do devido processo legal, da coisa julgada e
da prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo
entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa
ou indireta. Precedentes. 3. Decisão fundamentada
contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao
artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental improvido.”’
(AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie,
DJe de 22/10/2010)
Ex positis, nego seguimento ao recurso extraordinário com
fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.”
Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões
de agravar, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não
trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada.
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
8
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RE 710.358 AGR / SC
Lúcia, DJe de 24/11/2010)
‘CONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO DE INSTRUMENTO. OFENSA REFLEXA AO
ARTIGO 5º, II, XXXV, XXXVI, LIV e LV, DA CF. DECISÃO
CONTRÁRIA AOS INTERESSES DA PARTE NÃO
CONFIGURA OFENSA AO ART. 93, IX, DA CF. SÚMULA
STF 279. 1. Para divergir da conclusão a que chegou o
Tribunal a quo, seria necessário o reexame do conjunto
fático-probatório dos autos, o que é defeso nesta sede
recursal (Súmula STF 279). 2. A ofensa aos postulados
constitucionais da legalidade, da ampla defesa, do
contraditório, do devido processo legal, da coisa julgada e
da prestação jurisdicional, se existente, seria, segundo
entendimento deste Supremo Tribunal, meramente reflexa
ou indireta. Precedentes. 3. Decisão fundamentada
contrária aos interesses da parte não configura ofensa ao
artigo 93, IX, da CF. 4. Agravo regimental improvido.”’
(AI 756.336-AgR, 2ª Turma, Rel. Min. Ellen Gracie,
DJe de 22/10/2010)
Ex positis, nego seguimento ao recurso extraordinário com
fundamento no artigo 21, § 1º, do RISTF.”
Assim sendo, em que pesem os argumentos expendidos nas razões
de agravar, resta evidenciado das razões recursais que a agravante não
trouxe nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada.
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
8
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.358
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : EMPREITEIRA DE TERRAPLANAGEM ADILSON LTDA
ADV.(A/S) : NEILA APARECIDA BARCELOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : LINDEMAR MOHR
ADV.(A/S) : LINDEMAR MOHR
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710.358
PROCED. : SANTA CATARINA
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
AGTE.(S) : EMPREITEIRA DE TERRAPLANAGEM ADILSON LTDA
ADV.(A/S) : NEILA APARECIDA BARCELOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : LINDEMAR MOHR
ADV.(A/S) : LINDEMAR MOHR
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3160885 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Ementa: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. ADMISSIBILIDADE DO APELO EXTREMO. PRELIMINAR FORMAL DE REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA DE FUNDAMENTAÇÃO. ARTIGO 543-A, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL C.C. ART. 327, § 1º, DO RISTF. AUSÊNCIA DE QUESTÃO CONSTITUCIONAL. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. PREQUESTIONAMENTO. INOCORRÊNCIA. SÚMULAS 282 E 356 DO STF. REEXAME DE FATOS E PROVAS. SÚMULA 279 DO STF. ALEGAÇÃO DE OFENSA AOS PRINCÍPIOS DO DEVIDO PROCESSO LEGAL E DO CONTRADITÓRIO. OFENSA REFLEXA À CONSTITUIÇÃO FEDERAL. AGRAVO REGIMENTAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
1. A repercussão geral como novel requisito constitucional de admissibilidade do recurso extraordinário demanda que o reclamante demonstre, fundamentadamente, que a indignação extrema encarta questões relevantes do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico que ultrapassem os interesses subjetivos da causa (artigo 543-A, § 2º, do Código de Processo Civil, introduzido pela Lei n. 11.418/06, verbis: O recorrente deverá demonstrar, em preliminar do recurso, para apreciação exclusiva do Supremo Tribunal Federal, a existência de repercussão geral).
2. A jurisprudência do Supremo tem-se alinhado no sentido de ser necessário que o recorrente demonstre a existência de repercussão geral nos termos previstos em lei, conforme assentado no julgamento do AI n. 797.515 – AgR, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, Segunda Turma, Dje de 28.02.11: “EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. DEFICIÊNCIA NA FUNDAMENTAÇÃO RELATIVA À PRELIMINAR DE EXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL DA MATÉRIA CONSTITUCIONAL INVOCADA NO RECURSO. INTIMAÇÃO DO ACÓRDÃO RECORRIDO POSTERIOR A 03.05.2007. De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, é insuficiente a simples alegação de que a matéria em debate no recurso extraordinário tem repercussão geral. Cabe à parte recorrente demonstrar de forma expressa e clara as circunstâncias que poderiam configurar a relevância – do ponto de vista econômico, político, social ou jurídico – das questões constitucionais invocadas no recurso extraordinário. A deficiência na fundamentação inviabiliza o recurso interposto”.
3. In casu, nas razões do recurso extraordinário, a ora agravante limitou-se a afirmar que “a discussão recai sobre o provimento dado pelo Juízo a quo (Segunda Turma de Recursos de Blumenau/SC), no que tange à fixação de honorários advocatícios, sem observar, por conseguinte, os princípios basilares da Justiça, tais como o devido processo legal, o princípio do contraditório e da ampla defesa. Dessa forma, facilmente se infere que a matéria em voga trata-se de uma questão de interesse geral diante do impacto causado na esfera social” (fl. 146).
4. Ainda que assim não fosse, a repercussão geral pressupõe recurso admissível sob o crivo dos demais requisitos constitucionais e processuais de admissibilidade (art. 323 do RISTF).
5. Consectariamente, quando a ofensa for reflexa ou mesmo quando a violação for constitucional, mas necessária a análise de fatos e provas, não há como se pretender seja reconhecida a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso (art. 102, III, § 3º, da CF).
6. O prequestionamento explícito da questão constitucional é requisito indispensável à admissão do recurso extraordinário, sendo certo que eventual omissão do acórdão recorrido reclama embargos de declaração.
7. As Súmulas 282 e 356 do STF dispõem respectivamente, verbis: “É inadmissível o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão federal suscitada” e “O ponto omisso da decisão, sobre o qual não foram opostos embargos declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário, por faltar o requisito do prequestionamento.”
8. Entendimento diverso do adotado pelo acórdão recorrido implicaria, necessariamente, o reexame da matéria fático-probatória, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, verbis: para simples reexame de prova não cabe recurso extraordinário.
9. Os princípios da legalidade, o do devido processo legal, o da ampla defesa e do contraditório, bem como a verificação dos limites da coisa julgada e da motivação das decisões judiciais quando a verificação da violação dos mesmos depende de reexame prévio de normas infraconstitucionais, revelam ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal, o que, por si só, não desafia a instância extraordinária. (Precedentes: AI n. 804.854, 1ª Turma, Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJe de 18.08.10 e AI n. 756.336-AgR, 2ª Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de 25.10.10).
10. In casu, o acórdão originalmente recorrido assentou: “RECURSO INOMINADO – AÇÃO DE COBRANÇA DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS – MANDATO AD JUDICIA SUBSTABELECIDO A ADVOGADO DA CONFIANÇA DO CLIENTE, JÁ NA FASE DE EXECUÇÃO, APÓS A PENHORA DE BENS – ALEGAÇÃO DE PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS, BEM COMO DE RENÚNCIA A ELES, NENHUMA DELAS COMPROVADAS – NÃO COMPROVADO, IGUALMENTE, O VALOR DOS HONORÁRIOS, CUJA CONTRATAÇÃO NÃO FOI NEGADA PELO CONSTITUINTE – DEFINIÇÃO DO MONTANTE POR ARBITRAMENTO DO JUÍZO A QUO, CONTRA O QUAL NÃO SE INSURGIRAM AS PARTES – MONTANTE BEM DOSADO, EM ACORDO COM A TABELA EDITADA PELO CONSELHO SECIONAL DA OAB – JUROS DE MORA A CONTAR DO ARBITRAMENTO – RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO.”
11. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur220699 | - Acórdão (s) citado (s):
(NECESSIDADE, DEMONSTRAÇÃO, REPERCUSSÃO GERAL)
STF: AI 797515 AgR (2ªT);
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 756336 AgR (2ªT);
- Decisão (ões) monocrática (s) citada (s):
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 804854 (1ªT).
Número de páginas: 17.
Análise: 18/12/2012, BMB. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 710358 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00003 PAR-00003 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-0543A PAR-00002 INCLUÍDO PELA LEI-11418/2006 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-011418 ANO-2006\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED RGI ANO-1980\r\n ART-00323 ART-00327 PAR-00001 \r\n RISTF-1980 REGIMENTO INTERNO DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 710358 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : EMPREITEIRA DE TERRAPLANAGEM ADILSON LTDA
ADV.(A/S) : NEILA APARECIDA BARCELOS E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : LINDEMAR MOHR
ADV.(A/S) : LINDEMAR MOHR
ADV.(A/S) : JOSÉ DAILTON BARBIERI | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710 . 358",
"SÚMULAS 282",
"SÚMULA 279 DO STF",
"AI n . 797 . 515 – AgR",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"Súmulas 282",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"Súmulas 282",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI n . 804 . 854",
"AI n . 756 . 336 - AgR",
"RE 710 . 358 AGR",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI n . 804 . 854",
"AI n . 756 . 336 - AgR",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710 . 358",
"SÚMULA 279 DO STF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710 . 358",
"SÚMULAS 282",
"SÚMULA 279 DO STF",
"RE 710 . 358 AGR",
"AI n . 797 . 515 – AgR",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"AI n . 797 . 515 – AgR",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"Súmulas 282",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI n . 804 . 854",
"AI n . 756 . 336 - AgR",
"RE 710 . 358 AGR",
"Súmulas 282",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI n . 804 . 854",
"AI n . 756 . 336 - AgR",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710 . 358",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"AI n . 797 . 515 – AgR",
"RE 710 . 358 AGR",
"AI n . 797 . 515 – AgR",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"Súmulas 282 e 356 do STF",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"Súmulas 282",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"RTJ 56 / 70",
"Súmula 356 do STF",
"Súmula 211 do STJ",
"RE 77 . 128",
"RTJ 79 / 162",
"RE 176 . 626",
"Súmula 211 do STJ",
"RTJ 56 / 70",
"Súmula 356 do STF",
"Súmula 211 do STJ",
"RE 77 . 128",
"RE 176 . 626",
"Súmula 211 do STJ",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"AI 253 . 566 - AgR",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RT 275 / 884",
"226",
"/",
"583",
"RE 64 . 051",
"RTJ 47 / 276",
"ERE 58 . 714",
"RTJ",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"AI 253 . 566 - AgR",
"Enunciado da",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"RT 275 / 884",
"226",
"/",
"583",
"RE 64 . 051",
"ERE 58 . 714",
"RE 710 . 358 AGR",
"RE 63 . 226",
"RTJ 46 / 666",
"RTJ 37 / 480",
"SÚMULA N . 282 DO SUPREMO",
"AI 804 . 854 - AgR",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"RE 63 . 226",
"RTJ",
"RTJ 37 / 480",
"SÚMULA N . 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"AI 804 . 854 - AgR",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"Súmula STF 279",
"AI 756 . 336 - AgR",
"RE 710 . 358 AGR / SC",
"Súmula STF 279",
"AI 756 . 336 - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710 . 358",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 710 . 358"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 543 - A , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"ART . 327 , § [UNK] , DO RISTF",
"ART",
"ART . 102 , III , § [UNK] , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 418 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 543 - A , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"ART . 327 , § [UNK] , DO RISTF",
"ART",
"ART . 102 , III , § [UNK] , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"356 DO STF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO 543 - A , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"ART . 327 , § [UNK] , DO RISTF",
"ART . 323 DO RISTF",
"ART . 102 , III , § [UNK] , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 418 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 418 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 102 , inciso III , alínea a , da Constituição Federal de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 102 , inciso III , alínea a , da Constituição Federal de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , incisos LIV e LV , da CF / 88",
"artigo 22 , § [UNK] , da Lei [UNK] 8 . 906 / 94",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , incisos LIV e LV , da CF / 88",
"artigo 22 , § [UNK] , da Lei [UNK] 8 . 906 / 94",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 418 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 543 - A , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"Lei n . 11 . 418 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"artigo [UNK] , incisos LIV e LV , da CF / 88",
"Constituição de 1891",
"Constituição de 1934",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 323 do RISTF",
"art . 102 , III , § [UNK] , da CF",
"Constituição Federal",
"artigo [UNK] , incisos LIV e LV , da CF / 88",
"Constituição de 1891",
"Constituição de 1934",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] , II , XXXV , XXXVI , LIV e LV , DA CF",
"ART . 93 , IX , DA CF",
"artigo 93 , IX , da CF",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] , II , XXXV , XXXVI , LIV e LV , DA CF",
"ART . 93 , IX , DA CF",
"artigo 93 , IX , da CF .",
"artigo 21 , § [UNK] , do RISTF .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SANTA CATARINA",
"Brasília",
"Brasília",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA",
"SANTA CATARINA"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"ADILSON LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma de Recursos de Blumenau / SC",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma de Recursos de Blumenau / SC",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"CONSELHO SECIONAL DA OAB",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"CONSELHO SECIONAL DA OAB",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"ADILSON LTDA .",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"EMPREITEIRA DE TERRAPLANAGEM ADILSON LTDA",
"EMPREITEIRA",
"ADILSON LTDA .",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SC",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma de Recursos de Blumenau / SC",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma de Recursos de Blumenau / SC",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SC",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"CONSELHO SECIONAL DA OAB",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"CONSELHO SECIONAL DA OAB",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"EMPREITEIRA DE TERRAPLANAGEM ADILSON LTDA .",
"Turma de Recursos do Estado de Santa Catarina",
"CONSELHO SECIONAL DA OAB",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"EMPREITEIRA",
"ADILSON LTDA .",
"Turma de Recursos do Estado de Santa Catarina",
"CONSELHO SECIONAL DA OAB",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma de Recursos de Blumenau / SC",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SC",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma de Recursos de Blumenau / SC",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Malheiros Editores",
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"Malheiros",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Editora Malheiros",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"/",
"SC",
"RT",
"Supremo Tribunal",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"EMPREITEIRA DE TERRAPLANAGEM ADILSON LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"LUIZ FUX",
"NEILA APARECIDA BARCELOS",
"LINDEMAR MOHR",
"LINDEMAR MOHR",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"Dias Toffoli",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"ADILSON LTDA",
"NEILA APARECIDA BARCELOS",
"LINDEMAR MOHR",
"LINDEMAR MOHR",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"NEILA APARECIDA BARCELOS",
"LINDEMAR MOHR",
"LINDEMAR MOHR",
"LUIZ FUX",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
"LUIZ FUX",
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"LUIZ FUX",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"LUIZ FUX",
"Roberto Rosas",
"Roberto Rosas",
"LUIZ FUX",
"Nelson Luiz Pinto",
"Carlos Mário Velloso",
"ROSAS , Roberto",
"Nelson Luiz Pinto",
"Carlos Mário Velloso",
"ROSAS , Roberto",
"LUIZ FUX",
"Sepúlveda Pertence",
"Roberto Rosas",
"‘",
"Chiovenda",
"Djaci Falcão",
"Amaral Santos",
"Sepúlveda Pertence",
"Roberto Rosas",
"Chiovenda",
"Djaci Falcão",
"Amaral Santos",
"LUIZ FUX",
"Eloy da Rocha",
"Pestana de Aguiar",
"Castro Nunes",
"Cármen",
"7",
"Eloy da Rocha",
"Pestana de Aguiar",
"Castro Nunes",
"Cármen",
"LUIZ FUX",
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"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"LUIZ FUX",
"ADILSON LTDA",
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"LINDEMAR MOHR",
"LINDEMAR MOHR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
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"NEILA APARECIDA BARCELOS",
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"LINDEMAR MOHR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"28",
".",
"02",
".",
"11",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"02",
".",
"11",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"08",
".",
"10",
"25",
".",
"10",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"08",
".",
"10",
"25",
".",
"10",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
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"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"30",
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"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"02",
".",
"11",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"02",
".",
"11",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"08",
".",
"10",
"25",
".",
"10",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"08",
".",
"10",
"25",
".",
"10",
".",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"02",
".",
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"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
".",
"02",
".",
"11",
"03",
".",
"05",
".",
"2007",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1999",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"03",
"/",
"03",
"/",
"00",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"03",
"/",
"03",
"/",
"00",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1943",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1943",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"11",
"/",
"2010",
"22",
"/",
"10",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"11",
"/",
"2010",
"22",
"/",
"10",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
829.312 MINAS GERAIS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE PASSA QUATRO
ADV.(A/S)
:DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS
GERAIS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
MINAS GERAIS
E M E N T A
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL.
AÇÃO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. JULGAMENTO
ANTECIPADO DA LIDE. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL
NÃO CONFIGURADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
OMISSÃO INOCORRENTE. CARÁTER INFRINGENTE.
Ausente omissão justificadora da oposição de embargos
declaratórios, nos termos do art. 535 do CPC, a evidenciar o caráter
meramente infringente da insurgência.
Embargos de declaração rejeitados.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os
Ministros do Supremo Tribunal Federal, em Primeira Turma, sob a
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em
rejeitar os embargos de declaração, nos termos do voto da relatora.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra Rosa Weber
Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058529.
Supremo Tribunal Federal
DJe 10/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
829.312 MINAS GERAIS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE PASSA QUATRO
ADV.(A/S)
:DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS
GERAIS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
MINAS GERAIS
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra o acórdão das
fls. 218-28, pelo qual esta 1ª Turma negou provimento ao agravo
regimental, opõe embargos de declaração (fls. 244-7) o Município de
Passa Quatro. Com amparo no art. 535 do CPC, reputa omisso o julgado.
Assevera ausente, na decisão embargada, enfrentamento da questão
pertinente à suposta ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Lei Maior, bem
como ao vício de nulidade por negativa de prestação jurisdicional
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058530.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
829.312 MINAS GERAIS
RELATORA
: MIN. ROSA WEBER
AGTE.(S)
:MUNICÍPIO DE PASSA QUATRO
ADV.(A/S)
:DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS
GERAIS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE
MINAS GERAIS
R E L A T Ó R I O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Contra o acórdão das
fls. 218-28, pelo qual esta 1ª Turma negou provimento ao agravo
regimental, opõe embargos de declaração (fls. 244-7) o Município de
Passa Quatro. Com amparo no art. 535 do CPC, reputa omisso o julgado.
Assevera ausente, na decisão embargada, enfrentamento da questão
pertinente à suposta ofensa ao art. 5º, XXXV, LIV e LV, da Lei Maior, bem
como ao vício de nulidade por negativa de prestação jurisdicional
É o relatório.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058530.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Voto - MIN. ROSA WEBER
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
829.312 MINAS GERAIS
V O T O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Satisfeitos os
pressupostos extrínsecos, passo à análise do mérito dos embargos de
declaração.
Não há vícios a sanar.
Da leitura dos fundamentos da decisão embargada, constato não se
ressentir o julgado do vício da omissão que lhe foi imputado,
devidamente explicitadas as razões de decidir e enfrentadas as questões
necessárias e suficientes ao deslinde da controvérsia, consabido não se
encontrar o magistrado, na esteira do entendimento jurisprudencial
pacificado por esta Excelsa Corte, obrigado a responder todos os
argumentos veiculados pelos litigantes. Colho o seguinte precedente:
“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
SERVIDORES DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
GRATIFICAÇÃO COMPLEMENTAR DE VENCIMENTO. § 6º
DO ARTIGO 1º DA LEI ESTADUAL Nº 9.503/94. OMISSÃO
INEXISTENTE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
Não padece de omissão o acórdão proferido de forma clara,
precisa e suficientemente fundamentada, pois é cediço que o
Juiz não está obrigado a responder, um a um, aos argumentos
expendidos pelas partes. Matéria de fundo dirimida em
conformidade com a jurisprudência do Plenário e de ambas as
Turmas do STF. Precedentes: RE 426.059, 422.154-AgR, 426.058-
AgR, 426.060-AgR e 433.236-AgR. Embargos de declaração
rejeitados.” (RE 465739 AgR-ED, Relator(a): Min. CARLOS
BRITTO, Primeira Turma, julgado em 03/10/2006, DJ 24-11-2006
PP-00074 EMENT VOL-02257-07 PP-01351)
De qualquer sorte, e com o escopo de encerrar a controvérsia,
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3058531.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
829.312 MINAS GERAIS
V O T O
A Senhora Ministra Rosa Weber (Relatora): Satisfeitos os
pressupostos extrínsecos, passo à análise do mérito dos embargos de
declaração.
Não há vícios a sanar.
Da leitura dos fundamentos da decisão embargada, constato não se
ressentir o julgado do vício da omissão que lhe foi imputado,
devidamente explicitadas as razões de decidir e enfrentadas as questões
necessárias e suficientes ao deslinde da controvérsia, consabido não se
encontrar o magistrado, na esteira do entendimento jurisprudencial
pacificado por esta Excelsa Corte, obrigado a responder todos os
argumentos veiculados pelos litigantes. Colho o seguinte precedente:
“EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
SERVIDORES DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
GRATIFICAÇÃO COMPLEMENTAR DE VENCIMENTO. § 6º
DO ARTIGO 1º DA LEI ESTADUAL Nº 9.503/94. OMISSÃO
INEXISTENTE. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO REJEITADOS.
Não padece de omissão o acórdão proferido de forma clara,
precisa e suficientemente fundamentada, pois é cediço que o
Juiz não está obrigado a responder, um a um, aos argumentos
expendidos pelas partes. Matéria de fundo dirimida em
conformidade com a jurisprudência do Plenário e de ambas as
Turmas do STF. Precedentes: RE 426.059, 422.154-AgR, 426.058-
AgR, 426.060-AgR e 433.236-AgR. Embargos de declaração
rejeitados.” (RE 465739 AgR-ED, Relator(a): Min. CARLOS
BRITTO, Primeira Turma, julgado em 03/10/2006, DJ 24-11-2006
PP-00074 EMENT VOL-02257-07 PP-01351)
De qualquer sorte, e com o escopo de encerrar a controvérsia,
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 829.312 ED-AGR-ED / MG
reproduzo os fundamentos da decisão embargada, no qual
explicitamente enfrentada a suposta violação do art. 5º, XXXV, LIV e LV,
bem como a alegação do vício de nulidade por negativa de prestação
jurisdicional (fl. 222-5):
“Ao contrário do que alega o agravante, não se se divisa a
apontada negativa de prestação jurisdicional no acórdão
recorrido. O Tribunal de origem solucionou a controvérsia de
forma fundamentada. O fato de a decisão ter sido contrária ao
interesse da parte não configura ofensa aos arts. 5º, XXXV, e 93,
IX, da Constituição Federal.
O Supremo Tribunal Federal entende que o comando
constitucional que determina a fundamentação das decisões
exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu
convencimento, dispensando o exame detalhado de cada
argumento suscitado pelas partes. Nesse sentido, cito o
seguinte precedente:
‘Questão de ordem. Agravo de Instrumento.
Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º
e 4º). Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º
e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal.
Inocorrência. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige
que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda
que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame
pormenorizado de cada uma das alegações ou provas,
nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.
Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão
geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar
provimento ao recurso e autorizar a adoção dos
procedimentos relacionados à repercussão geral.’ (AI
791.292-QO-RG, rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno,
por maioria, DJe 13.8.2010)
Tal como consignado na decisão agravada, a discussão
travada nos autos não alcança status constitucional. O exame da
alegada ofensa ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição Federal,
dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional
2
Supremo Tribunal Federal
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AI 829.312 ED-AGR-ED / MG
reproduzo os fundamentos da decisão embargada, no qual
explicitamente enfrentada a suposta violação do art. 5º, XXXV, LIV e LV,
bem como a alegação do vício de nulidade por negativa de prestação
jurisdicional (fl. 222-5):
“Ao contrário do que alega o agravante, não se se divisa a
apontada negativa de prestação jurisdicional no acórdão
recorrido. O Tribunal de origem solucionou a controvérsia de
forma fundamentada. O fato de a decisão ter sido contrária ao
interesse da parte não configura ofensa aos arts. 5º, XXXV, e 93,
IX, da Constituição Federal.
O Supremo Tribunal Federal entende que o comando
constitucional que determina a fundamentação das decisões
exige que o órgão jurisdicional explicite as razões do seu
convencimento, dispensando o exame detalhado de cada
argumento suscitado pelas partes. Nesse sentido, cito o
seguinte precedente:
‘Questão de ordem. Agravo de Instrumento.
Conversão em recurso extraordinário (CPC, art. 544, §§ 3º
e 4º). Alegação de ofensa aos incisos XXXV e LX do art. 5º
e ao inciso IX do art. 93 da Constituição Federal.
Inocorrência. O art. 93, IX, da Constituição Federal exige
que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda
que sucintamente, sem determinar, contudo, o exame
pormenorizado de cada uma das alegações ou provas,
nem que sejam corretos os fundamentos da decisão.
Questão de ordem acolhida para reconhecer a repercussão
geral, reafirmar a jurisprudência do Tribunal, negar
provimento ao recurso e autorizar a adoção dos
procedimentos relacionados à repercussão geral.’ (AI
791.292-QO-RG, rel. Min. Gilmar Mendes, Tribunal Pleno,
por maioria, DJe 13.8.2010)
Tal como consignado na decisão agravada, a discussão
travada nos autos não alcança status constitucional. O exame da
alegada ofensa ao art. 5º, LIV e LV, da Constituição Federal,
dependeria de prévia análise da legislação infraconstitucional
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. ROSA WEBER
AI 829.312 ED-AGR-ED / MG
aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional
extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal.
Cito o AI 745.285-AgR/PE, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma,
unânime, DJe 1º.02.2012, cujo acórdão está assim ementado:
‘A afronta aos princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa
julgada e da prestação jurisdicional, quando depende,
para ser reconhecida como tal, da análise de normas
infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou
reflexa à Constituição da República.’
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.”
Não configuradas, portanto, quaisquer das hipóteses elencadas no
art. 535 do CPC, evidenciando-se tão-somente o inconformismo da parte
com a decisão que lhe foi desfavorável.
Rejeito, pois, os embargos declaratórios.
É como voto.
3
Supremo Tribunal Federal
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AI 829.312 ED-AGR-ED / MG
aplicada à espécie, o que refoge à competência jurisdicional
extraordinária, prevista no art. 102 da Constituição Federal.
Cito o AI 745.285-AgR/PE, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma,
unânime, DJe 1º.02.2012, cujo acórdão está assim ementado:
‘A afronta aos princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa
julgada e da prestação jurisdicional, quando depende,
para ser reconhecida como tal, da análise de normas
infraconstitucionais, configura apenas ofensa indireta ou
reflexa à Constituição da República.’
Agravo regimental conhecido e não provido.
É como voto.”
Não configuradas, portanto, quaisquer das hipóteses elencadas no
art. 535 do CPC, evidenciando-se tão-somente o inconformismo da parte
com a decisão que lhe foi desfavorável.
Rejeito, pois, os embargos declaratórios.
É como voto.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
829.312
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE PASSA QUATRO
ADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS
GERAIS
Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
829.312
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. ROSA WEBER
EMBTE.(S) : MUNICÍPIO DE PASSA QUATRO
ADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS
GERAIS
Decisão: A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos
termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3172407 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-10T00:00:00 | A Turma rejeitou os embargos de declaração, nos termos do voto da Relatora. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | EMB.DECL. NO AG.REG. NOS EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | E M E N T A
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. NEGATIVA DE PRESTAÇÃO JURISDICIONAL NÃO CONFIGURADA. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OMISSÃO INOCORRENTE. CARÁTER INFRINGENTE.
Ausente omissão justificadora da oposição de embargos declaratórios, nos termos do art. 535 do CPC, a evidenciar o caráter meramente infringente da insurgência.
Embargos de declaração rejeitados. | sjur221215 | Número de páginas: 6.
Análise: 17/12/2012, MJC. | ROSA WEBER | Primeira Turma | 829312 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00535 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | AI-ED-AgR-ED | acordaos | AI 829312 ED-AgR-ED | [
""
] | AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS
AGTE.(S) : MUNICÍPIO DE PASSA QUATRO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : DÉCIO FREIRE E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 312",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 312 MINAS",
"RE 426 . 059",
"RE 465739 AgR - ED",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 312",
"RE 426 . 059",
"422",
".",
"154",
"-",
"AgR",
"426",
".",
"058",
"-",
"AgR",
"426",
".",
"060",
"-",
"AgR",
"433",
".",
"236",
"-",
"AgR",
"RE 465739 AgR - ED",
"AI 791 . 292 - QO - RG",
"AI 829 . 312 ED - AGR - ED / MG",
"AI 791 . 292 - QO - RG",
"AI 745 . 285 - AgR / PE",
"AI 829 . 312 ED",
"AI 745 . 285 - AgR / PE",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 312"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 535 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 do CPC",
"art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 do CPC",
"art . [UNK] , XXXV , LIV e LV , da Lei Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] DO ARTIGO [UNK] DA LEI ESTADUAL [UNK] 9 . 503 / 94",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] DO ARTIGO [UNK] DA LEI ESTADUAL [UNK] 9 . 503 / 94",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , XXXV , e 93 , IX , da Constituição Federal",
"CPC",
"incisos XXXV e LX do art . [UNK] e",
"inciso IX do art . 93 da Constituição Federal",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"art . [UNK] , LIV e LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , XXXV , LIV e LV",
"arts . [UNK] , XXXV , e 93 , IX , da Constituição Federal",
"CPC , art . 544 , § § [UNK] e [UNK]",
"incisos XXXV e LX do art . [UNK]",
"inciso IX do art . 93 da Constituição Federal",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"art . [UNK] , LIV e LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 da Constituição Federal",
"Constituição da República .",
"art . 535 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 102 da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"art . 535 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"PASSA",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Passa Quatro",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Município de Passa Quatro",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"ESTADO DE SANTA CATARINA",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"MINAS",
"ESTADO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário",
"STF",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Plenário",
"STF",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MUNICÍPIO DE",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"ROSA WEBER",
"DÉCIO FREIRE",
"Dias Toffoli",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"DÉCIO FREIRE",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"DÉCIO FREIRE",
"Rosa Weber",
"ROSA WEBER",
"Rosa Weber",
"CARLOS BRITTO",
"Rosa Weber",
"CARLOS BRITTO",
"ROSA WEBER",
"Gilmar Mendes",
"Gilmar Mendes",
"ROSA WEBER",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"ROSA WEBER",
"DÉCIO FREIRE",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"ROSA WEBER",
"DÉCIO FREIRE",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"03",
"/",
"10",
"/",
"2006",
"24",
"-",
"11",
"-",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"03",
"/",
"10",
"/",
"2006",
"24",
"-",
"11",
"-",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"8",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"8",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"02",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 105.413 GOIÁS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:LUIZ CARLOS MEDEIROS
PACTE.(S)
:BENEDITO FERREIRA DE FARIA
IMPTE.(S)
:ALESSANDRO LISBOA PEREIRA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR –
IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da
Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de
habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso
ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas
corpus.
PROCESSO – ILEGALIDADE CONSTATADA – CONCESSÃO DE
ORDEM DE OFÍCIO. Uma vez constatada ilegalidade a alcançar a
liberdade de ir e vir do cidadão, seja em que processo for, incumbe a
órgão julgador implementar a ordem de ofício. Isso ocorre quando, sem a
culpa selada, parte-se para a execução temporã da pena.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar extinta a ordem
de habeas corpus por inadequação da via processual, mas em concedê-la de
ofício, nos termos do voto do relator e por unanimidade, em sessão
presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do
julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
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Supremo Tribunal Federal
DJe 14/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 105.413 GOIÁS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:LUIZ CARLOS MEDEIROS
PACTE.(S)
:BENEDITO FERREIRA DE FARIA
IMPTE.(S)
:ALESSANDRO LISBOA PEREIRA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A título de relatório,
valho-me das informações prestadas pelo Gabinete:
Na decisão que implicou o deferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
PRISÃO EM FLAGRANTE – CUSTÓDIA
– EXCESSO DE PRAZO – HABEAS
CORPUS – CONCESSÃO DE ORDEM –
SENTENÇA – SUPERVENIÊNCIA –
RECURSO – RECOLHIMENTO DOS
RÉUS – HABEAS CORPUS – LIMINAR
DEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
Os pacientes foram presos em flagrante delito
no dia 7 de outubro de 2009, em virtude de suposta
prática do crime de tráfico de drogas (Lei nº
11.343/2006, artigo 33), uma vez que possuíam em
depósito dez porções de cocaína.
O Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de
Aparecida de Goiânia/GO recebeu a denúncia
oferecida pelo Ministério Público estadual e os
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 105.413 GOIÁS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:LUIZ CARLOS MEDEIROS
PACTE.(S)
:BENEDITO FERREIRA DE FARIA
IMPTE.(S)
:ALESSANDRO LISBOA PEREIRA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – A título de relatório,
valho-me das informações prestadas pelo Gabinete:
Na decisão que implicou o deferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
PRISÃO EM FLAGRANTE – CUSTÓDIA
– EXCESSO DE PRAZO – HABEAS
CORPUS – CONCESSÃO DE ORDEM –
SENTENÇA – SUPERVENIÊNCIA –
RECURSO – RECOLHIMENTO DOS
RÉUS – HABEAS CORPUS – LIMINAR
DEFERIDA.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
Os pacientes foram presos em flagrante delito
no dia 7 de outubro de 2009, em virtude de suposta
prática do crime de tráfico de drogas (Lei nº
11.343/2006, artigo 33), uma vez que possuíam em
depósito dez porções de cocaína.
O Juízo da 1ª Vara Criminal da Comarca de
Aparecida de Goiânia/GO recebeu a denúncia
oferecida pelo Ministério Público estadual e os
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
HC 105.413 / GO
pacientes permaneceram presos por quase toda a
instrução criminal, sendo postos em liberdade por
força de decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás no Habeas Corpus nº 200.900.571.025,
em que se acolheu a tese de excesso de prazo de
prisão sem a formação de culpa e se determinou o
relaxamento do flagrante.
Na decisão condenatória, constou cláusula
relacionada à necessidade de os ora pacientes, caso
manifestassem o desejo de apelar, recolherem-se à
prisão. Interposta apelação, a defesa formalizou
habeas corpus no Tribunal de Justiça estadual,
sustentando a ausência de fundamentação da
sentença no referido ponto, pois não teria ficado
demonstrada a presença dos requisitos do artigo 312
do Código de Processo Penal para a imposição da
custódia processual. O pleito de concessão de liminar
e, no mérito, a ordem foram indeferidos, sendo
realçada a previsão da Lei nº 11.343/2006 de não se
permitir apelar sem recolher-se à prisão nos casos
dos crimes versados nos artigos 33, § 1º, e 34 a 37,
salvo se o réu for primário e tiver bons antecedentes,
assim reconhecido na sentença condenatória.
Anotou-se que, na espécie, a proibição da liberdade
provisória teria observado o comando legal, havendo
constado expressamente que os pacientes “já
sofreram condenações e, portanto, reincidentes”.
Contra esse julgado foi impetrado habeas corpus
– de nº 154.034-GO – no Superior Tribunal de Justiça,
no qual a defesa reiterou as teses mencionadas. O
Ministro Jorge Mussi, relator, não acolheu o pedido
de concessão de liminar. A Quinta Turma do
Superior Tribunal indeferiu a ordem, porque, ao
proferir a decisão, o Juízo Criminal teria atentado
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 105.413 / GO
pacientes permaneceram presos por quase toda a
instrução criminal, sendo postos em liberdade por
força de decisão proferida pelo Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás no Habeas Corpus nº 200.900.571.025,
em que se acolheu a tese de excesso de prazo de
prisão sem a formação de culpa e se determinou o
relaxamento do flagrante.
Na decisão condenatória, constou cláusula
relacionada à necessidade de os ora pacientes, caso
manifestassem o desejo de apelar, recolherem-se à
prisão. Interposta apelação, a defesa formalizou
habeas corpus no Tribunal de Justiça estadual,
sustentando a ausência de fundamentação da
sentença no referido ponto, pois não teria ficado
demonstrada a presença dos requisitos do artigo 312
do Código de Processo Penal para a imposição da
custódia processual. O pleito de concessão de liminar
e, no mérito, a ordem foram indeferidos, sendo
realçada a previsão da Lei nº 11.343/2006 de não se
permitir apelar sem recolher-se à prisão nos casos
dos crimes versados nos artigos 33, § 1º, e 34 a 37,
salvo se o réu for primário e tiver bons antecedentes,
assim reconhecido na sentença condenatória.
Anotou-se que, na espécie, a proibição da liberdade
provisória teria observado o comando legal, havendo
constado expressamente que os pacientes “já
sofreram condenações e, portanto, reincidentes”.
Contra esse julgado foi impetrado habeas corpus
– de nº 154.034-GO – no Superior Tribunal de Justiça,
no qual a defesa reiterou as teses mencionadas. O
Ministro Jorge Mussi, relator, não acolheu o pedido
de concessão de liminar. A Quinta Turma do
Superior Tribunal indeferiu a ordem, porque, ao
proferir a decisão, o Juízo Criminal teria atentado
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Relatório
HC 105.413 / GO
para o disposto no artigo 312 do Código de Processo
Penal e no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006, este último
a obstar o direito de apelar em liberdade aos
sentenciados que não sejam primários e não
possuam bons antecedentes.
Neste processo, os impetrantes buscam infirmar
o referido acórdão. Discorrem sobre os fatos
imputados aos pacientes e sustentam a ilegalidade
da prisão, ante a inexistência de fatos novos ou
cometimento de qualquer outro delito que viessem a
justificá-la. Asseveram cuidar-se de pacientes que
exercem trabalho lícito, têm famílias constituídas e
residências fixas. Afirmam ser carente de
fundamentação a sentença na parte que implicou a
imposição da prisão processual como condição para
recorrer, fazendo-o em face da gravidade abstrata do
crime e com base em situações genéricas, inidôneas e
hipotéticas.
Pedem a concessão de medida acauteladora, no
sentido de determinar a expedição de salvo-conduto
em favor dos pacientes, assegurando-lhes o direito
de responder à ação penal em liberdade até o trânsito
em julgado da decisão final. No mérito, pleiteiam a
confirmação da providência, cassando-se, em
definitivo, a ordem de prisão cautelar.
Nas informações do Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, esclareceu-se que a Segunda
Câmara Criminal deu parcial provimento ao recurso
de apelação interposto pelos pacientes, tão somente
para reduzir a pena-base. Noticiou-se que foi
protocolado recurso especial, cujo processamento foi
indeferido, dando ensejo à formalização de agravo
de instrumento, o qual está pendente de apreciação
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 105.413 / GO
para o disposto no artigo 312 do Código de Processo
Penal e no artigo 33 da Lei nº 11.343/2006, este último
a obstar o direito de apelar em liberdade aos
sentenciados que não sejam primários e não
possuam bons antecedentes.
Neste processo, os impetrantes buscam infirmar
o referido acórdão. Discorrem sobre os fatos
imputados aos pacientes e sustentam a ilegalidade
da prisão, ante a inexistência de fatos novos ou
cometimento de qualquer outro delito que viessem a
justificá-la. Asseveram cuidar-se de pacientes que
exercem trabalho lícito, têm famílias constituídas e
residências fixas. Afirmam ser carente de
fundamentação a sentença na parte que implicou a
imposição da prisão processual como condição para
recorrer, fazendo-o em face da gravidade abstrata do
crime e com base em situações genéricas, inidôneas e
hipotéticas.
Pedem a concessão de medida acauteladora, no
sentido de determinar a expedição de salvo-conduto
em favor dos pacientes, assegurando-lhes o direito
de responder à ação penal em liberdade até o trânsito
em julgado da decisão final. No mérito, pleiteiam a
confirmação da providência, cassando-se, em
definitivo, a ordem de prisão cautelar.
Nas informações do Tribunal de Justiça do
Estado de Goiás, esclareceu-se que a Segunda
Câmara Criminal deu parcial provimento ao recurso
de apelação interposto pelos pacientes, tão somente
para reduzir a pena-base. Noticiou-se que foi
protocolado recurso especial, cujo processamento foi
indeferido, dando ensejo à formalização de agravo
de instrumento, o qual está pendente de apreciação
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Relatório
HC 105.413 / GO
no Superior Tribunal de Justiça.
2. Eis um caso emblemático a revelar verdadeira
execução de pena sem que a culpa esteja formada. Os ora
pacientes foram presos em flagrante delito. A projeção da
custódia no tempo levou o Tribunal de Justiça do Estado
de Goiás a conceder ordem. Ficou reconhecido, então, o
excesso de prazo relativamente à constrição.
O Juízo, apesar desse aspecto, ao sentenciar, assim
decidiu: “... Em caso de recurso, deverão se recolher à CPP,
porque o tráfico, crime hediondo, é insuscetível de
liberdade provisória e porque traz grande intranquilidade
social. Além disso, já sofreram condenações e, portanto,
reincidentes”.
O que consignado em sentença surge, repito, como
verdadeira execução da pena. Nem se diga que o artigo 59
da Lei nº 11.343/2006 inviabiliza a apelação quando o réu,
não sendo primário e de bons antecedentes, deixa de
recolher-se à prisão. Esse artigo encerra, em última
análise, execução precoce do título condenatório, porque
não formada a culpa. O preceito segue sorte similar à do
artigo 594 do Código de Processo Penal, que o Supremo,
no julgamento do Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº
83.810/RJ – relatado pelo Ministro Joaquim Barbosa, Pleno,
acórdão publicado no Diário da Justiça eletrônico de 23 de
outubro de 2009 –, assentou não ter sido recepcionado
pela Carta de 1988.
3. Ante o contexto, defiro a liminar pleiteada.
Expeçam salvos-conduto em favor dos pacientes
considerada a prisão determinada pelo Juízo da 1ª Vara
Criminal da Comarca de Aparecida de Goiânia na
sentença proferida no Processo nº 200.804.392.000.
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 105.413 / GO
no Superior Tribunal de Justiça.
2. Eis um caso emblemático a revelar verdadeira
execução de pena sem que a culpa esteja formada. Os ora
pacientes foram presos em flagrante delito. A projeção da
custódia no tempo levou o Tribunal de Justiça do Estado
de Goiás a conceder ordem. Ficou reconhecido, então, o
excesso de prazo relativamente à constrição.
O Juízo, apesar desse aspecto, ao sentenciar, assim
decidiu: “... Em caso de recurso, deverão se recolher à CPP,
porque o tráfico, crime hediondo, é insuscetível de
liberdade provisória e porque traz grande intranquilidade
social. Além disso, já sofreram condenações e, portanto,
reincidentes”.
O que consignado em sentença surge, repito, como
verdadeira execução da pena. Nem se diga que o artigo 59
da Lei nº 11.343/2006 inviabiliza a apelação quando o réu,
não sendo primário e de bons antecedentes, deixa de
recolher-se à prisão. Esse artigo encerra, em última
análise, execução precoce do título condenatório, porque
não formada a culpa. O preceito segue sorte similar à do
artigo 594 do Código de Processo Penal, que o Supremo,
no julgamento do Recurso Ordinário em Habeas Corpus nº
83.810/RJ – relatado pelo Ministro Joaquim Barbosa, Pleno,
acórdão publicado no Diário da Justiça eletrônico de 23 de
outubro de 2009 –, assentou não ter sido recepcionado
pela Carta de 1988.
3. Ante o contexto, defiro a liminar pleiteada.
Expeçam salvos-conduto em favor dos pacientes
considerada a prisão determinada pelo Juízo da 1ª Vara
Criminal da Comarca de Aparecida de Goiânia na
sentença proferida no Processo nº 200.804.392.000.
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Relatório
HC 105.413 / GO
4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da
República.
5. Publiquem.
Brasília – residência –, 29 de abril de 2011, às 20h10.
A Procuradoria Geral da República, no parecer, aponta o
óbice revelado pelo artigo 44 da Lei nº 11.343/06 para a
concessão da liberdade provisória aos acusados do crime de
tráfico de drogas. Sustenta a prevalência da norma especial em
face da Lei nº 8.072/90, com a redação dada pela Lei nº
11.464/07. Aduz mostrar-se desnecessária a fundamentação
concreta relativa aos requisitos exigidos para a prisão
preventiva em face do entendimento do Supremo segundo o
qual o comando presente no artigo 5º, inciso XLIII, da
Constituição Federal, por si só, seria suficiente para afastar a
possibilidade de liberdade provisória em casos como o da
espécie. Afirma que a concessão da ordem pelo tribunal local,
em razão de excesso de prazo, não impediria posterior prisão
preventiva determinada na sentença condenatória. Aduz serem
os pacientes reincidentes, o que justificaria a custódia cautelar,
considerada a garantia da ordem pública. Citando precedentes
jurisprudenciais, opina pelo indeferimento do habeas.
Lancei visto no processo em 13 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 23 seguinte, isso objetivando a ciência
dos impetrantes.
É o relatório.
5
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Supremo Tribunal Federal
HC 105.413 / GO
4. Colham o parecer da Procuradoria Geral da
República.
5. Publiquem.
Brasília – residência –, 29 de abril de 2011, às 20h10.
A Procuradoria Geral da República, no parecer, aponta o
óbice revelado pelo artigo 44 da Lei nº 11.343/06 para a
concessão da liberdade provisória aos acusados do crime de
tráfico de drogas. Sustenta a prevalência da norma especial em
face da Lei nº 8.072/90, com a redação dada pela Lei nº
11.464/07. Aduz mostrar-se desnecessária a fundamentação
concreta relativa aos requisitos exigidos para a prisão
preventiva em face do entendimento do Supremo segundo o
qual o comando presente no artigo 5º, inciso XLIII, da
Constituição Federal, por si só, seria suficiente para afastar a
possibilidade de liberdade provisória em casos como o da
espécie. Afirma que a concessão da ordem pelo tribunal local,
em razão de excesso de prazo, não impediria posterior prisão
preventiva determinada na sentença condenatória. Aduz serem
os pacientes reincidentes, o que justificaria a custódia cautelar,
considerada a garantia da ordem pública. Citando precedentes
jurisprudenciais, opina pelo indeferimento do habeas.
Lancei visto no processo em 13 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 23 seguinte, isso objetivando a ciência
dos impetrantes.
É o relatório.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 105.413 GOIÁS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas
ganha contornos de substitutivo do recurso ordinário
constitucional. Valho-me do que tenho consignado a respeito:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 105.413 GOIÁS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Este
habeas
ganha contornos de substitutivo do recurso ordinário
constitucional. Valho-me do que tenho consignado a respeito:
A Carta Federal encerra como garantia maior essa ação
nobre voltada a preservar a liberdade de ir e vir do cidadão – o
habeas corpus. Vale dizer, sofrendo alguém ou se achando
ameaçado de sofrer violência ou coação à liberdade de
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder, cabe manusear o
instrumental, fazendo-o no tocante à competência originária de
órgão julgador.
Em época na qual não havia a sobrecarga de processos
hoje notada – praticamente inviabilizando, em tempo hábil, a
jurisdição –, passou-se a admitir o denominado habeas
substitutivo do recurso ordinário constitucional previsto contra
decisão judicial a implicar o indeferimento da ordem. Com isso,
atualmente, tanto o Supremo quanto o Superior Tribunal de
Justiça estão às voltas com um grande número de habeas corpus
– este Tribunal recebeu, no primeiro semestre de 2012, 2.181
habeas e 108 recursos ordinários e aquele, 16.372 habeas e 1.475
recursos ordinários. Raras exceções, não se trata de impetrações
passíveis de serem enquadradas como originárias, mas de
medidas intentadas a partir de construção jurisprudencial.
O Direito é orgânico e dinâmico e contém princípios,
expressões e vocábulos com sentido próprio. A definição do
alcance da Carta da República há de fazer-se de forma
integrativa, mas também considerada a regra de hermenêutica e
aplicação do Direito que é a sistemática. O habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, além de não estar abrangido
pela garantia constante do inciso LXVIII do artigo 5º do
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 105.413 / GO
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 105.413 / GO
Diploma Maior, não existindo sequer previsão legal, enfraquece
este último documento, tornando-o desnecessário no que, nos
artigos 102, inciso II, alínea “a”, e 105, inciso II, alínea “a”, tem-
se a previsão do recurso ordinário constitucional a ser
manuseado, em tempo, para o Supremo, contra decisão
proferida por tribunal superior indeferindo ordem, e para o
Superior Tribunal de Justiça, contra ato de tribunal regional
federal e de tribunal de justiça. O Direito é avesso a
sobreposições e impetrar-se novo habeas, embora para
julgamento por tribunal diverso, impugnando pronunciamento
em idêntica medida implica inviabilizar, em detrimento de
outras situações em que requerida, a jurisdição.
Cumpre implementar – visando restabelecer a eficácia
dessa ação maior, a valia da Carta Federal no que prevê não o
habeas substitutivo, mas o recurso ordinário – a correção de
rumos. Consigno que, no tocante a habeas já formalizado sob a
óptica da substituição do recurso constitucional, não ocorrerá
prejuízo para o paciente, ante a possibilidade de vir-se a
conceder, se for o caso, a ordem de ofício.
Saliento, por último, que, há dois anos, cheguei a propor a
edição de verbete de súmula que, no entanto, esbarrou na
ausência de precedentes. Deve-se afastar o misoneísmo, a
aversão a novas ideias, pouco importando a justificativa
plausível destas – no caso, constitucional –, salvando-se, e esta é
a expressão própria, o habeas corpus em sua envergadura maior,
no que solapado por visão contrária ao princípio do terceiro
excluído: uma coisa é ou não é. Entre duas possibilidades
contempladas na Lei Fundamental, de modo exaustivo, não
simplesmente exemplificativo, não há lugar para uma terceira –
na espécie, o inexistente, normativamente, habeas corpus
substitutivo do recurso ordinário, que, ante a prática admitida
até aqui, caiu em desuso, tornando quase letra morta os
preceitos constitucionais que o versam.
É cômodo não interpor o recurso ordinário quando se
pode, a qualquer momento e considerado o estágio do
processo-crime, buscar-se infirmar decisão há muito proferida,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 10
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
HC 105.413 / GO
mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, remeto ao que consignei quando deferi a medida
acauteladora – trecho transcrito no relatório – para conceder a ordem de
ofício, relembrando que o Plenário declarou a inconstitucionalidade do
artigo 44 da Lei nº 11.343/06, que vedava a liberdade provisória em se
tratando de acusado do crime de tráfico de entorpecentes.
De qualquer forma, a fase do flagrante, a prisão dele decorrente, foi
suplantada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás no que, em
habeas, constatou o excesso de prazo da prisão provisória e implementou
ordem de soltura. De ofício, torno definitiva a liminar.
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mediante o denominado habeas corpus substitutivo, alcançando-
se, com isso, a passagem do tempo, a desaguar, por vezes, na
prescrição. A situação não deve continuar, no que já mitigou a
importância do habeas corpus e emperrou a máquina judiciária,
sendo prejudicados os cidadãos em geral, a cidadania. Rara é a
sessão da Turma em que não se examina impetração voltada
contra a demora na apreciação de idêntica medida pelo
Superior Tribunal de Justiça.
No mais, remeto ao que consignei quando deferi a medida
acauteladora – trecho transcrito no relatório – para conceder a ordem de
ofício, relembrando que o Plenário declarou a inconstitucionalidade do
artigo 44 da Lei nº 11.343/06, que vedava a liberdade provisória em se
tratando de acusado do crime de tráfico de entorpecentes.
De qualquer forma, a fase do flagrante, a prisão dele decorrente, foi
suplantada pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás no que, em
habeas, constatou o excesso de prazo da prisão provisória e implementou
ordem de soltura. De ofício, torno definitiva a liminar.
3
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 105.413
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : LUIZ CARLOS MEDEIROS
PACTE.(S) : BENEDITO FERREIRA DE FARIA
IMPTE.(S) : ALESSANDRO LISBOA PEREIRA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076423
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 105.413
PROCED. : GOIÁS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : LUIZ CARLOS MEDEIROS
PACTE.(S) : BENEDITO FERREIRA DE FARIA
IMPTE.(S) : ALESSANDRO LISBOA PEREIRA E OUTRO(A/S)
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076423
Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3195746 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-14T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, mas a concedeu, de ofício, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – JULGAMENTO POR TRIBUNAL SUPERIOR – IMPUGNAÇÃO. A teor do disposto no artigo 102, inciso II, alínea “a”, da Constituição Federal, contra decisão, proferida em processo revelador de habeas corpus, a implicar a não concessão da ordem, cabível é o recurso ordinário. Evolução quanto à admissibilidade do substitutivo do habeas corpus.
PROCESSO – ILEGALIDADE CONSTATADA – CONCESSÃO DE ORDEM DE OFÍCIO. Uma vez constatada ilegalidade a alcançar a liberdade de ir e vir do cidadão, seja em que processo for, incumbe a órgão julgador implementar a ordem de ofício. Isso ocorre quando, sem a culpa selada, parte-se para a execução temporã da pena. | sjur221672 | Número de páginas: 10.
Análise: 07/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 105413 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00044 \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS"
] | HC | acordaos | HC 105413 | [
""
] | IMPTE.(S) : ALESSANDRO LISBOA PEREIRA E OUTRO(A/S)
PACTE.(S) : LUIZ CARLOS MEDEIROS
PACTE.(S) : BENEDITO FERREIRA DE FARIA
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 105 . 413",
"HABEAS CORPUS 105 . 413",
"HABEAS CORPUS 105 . 413 GOIÁS",
"HC 105 . 413 / GO",
"Habeas Corpus [UNK] 200 . 900 . 571 . 025",
"HC 105 . 413 / GO",
"Habeas Corpus [UNK] 200 . 900 . 571 . 025",
"HC 105 . 413 / GO",
"HC 105 . 413 / GO",
"HC 105 . 413 / GO",
"Recurso Ordinário em Habeas Corpus [UNK] 83 . 810 / RJ",
"Processo [UNK] 200 . 804 . 392 . 000 .",
"HC 105 . 413 / GO",
"Recurso Ordinário em Habeas Corpus [UNK] 83 . 810 / RJ",
"Processo [UNK] 200 . 804 . 392 . 000 . 4",
"HC 105 . 413 / GO",
"HC 105 . 413 / GO",
"HABEAS CORPUS 105 . 413 GOIÁS",
"HABEAS CORPUS 105 . 413 GOIÁS",
"HC 105 . 413 / GO",
"HC 105 . 413 / GO",
"HC 105 . 413 / GO",
"HC 105 . 413 / GO",
"HABEAS CORPUS 105 . 413",
"HABEAS CORPUS 105 . 413"
],
"LEGISLACAO": [
"artigo 102 , inciso II , alínea “ a ” , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 2006 , artigo",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 2006 , artigo 33",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"artigo 33 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do Código de Processo Penal",
"artigo 33 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 59 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"artigo 594 do Código de Processo Penal",
"Carta de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 59 da Lei [UNK] 11 . 343 / 2006",
"artigo 594 do Código de Processo Penal",
"Carta de 1988",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"Lei [UNK] 11 . 464 / 07",
"artigo [UNK] , inciso XLIII , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"Lei [UNK] 8 . 072 / 90",
"Lei [UNK] 11 . 464 / 07",
"artigo [UNK] , inciso XLIII , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta Federal",
"Lei Fundamental",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 44 da Lei [UNK] 11 . 343 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"GOIÁS",
"Brasília",
"GOIÁS",
"Brasília – residência",
"Brasília",
"GOIÁS",
"GOIÁS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Aparecida de Goiânia / GO",
"Ministério Público estadual",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Aparecida de Goiânia / GO",
"Ministério Público estadual",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Estado de Goiás",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Quinta Turma do Superior Tribunal",
"Infraestrutura de",
"Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de Goiás",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Quinta Turma do Superior Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Estado de Goiás",
"Segunda Câmara Criminal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado de Goiás",
"Segunda Câmara Criminal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado de Goiás",
"Supremo",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Aparecida de Goiânia",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça do Estado de Goiás",
"Supremo",
"Pleno",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Aparecida de Goiânia",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria Geral da República",
"Procuradoria Geral da República",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Procuradoria Geral da República",
"Procuradoria Geral da República",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Diploma",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Plenário",
"Tribunal de Justiça do Estado de Goiás",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Plenário",
"Tribunal de Justiça do Estado de Goiás",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ CARLOS MEDEIROS",
"BENEDITO FERREIRA DE FARIA",
"ALESSANDRO LISBOA PEREIRA",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ CARLOS MEDEIROS",
"BENEDITO FERREIRA DE FARIA",
"ALESSANDRO LISBOA PEREIRA",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ CARLOS MEDEIROS",
"BENEDITO FERREIRA DE FARIA",
"ALESSANDRO LISBOA PEREIRA",
"MARCO AURÉLIO",
"Jorge Mussi",
"Jorge Mussi",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ CARLOS MEDEIROS",
"BENEDITO FERREIRA DE FARIA",
"ALESSANDRO LISBOA PEREIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"LUIZ CARLOS MEDEIROS",
"BENEDITO FERREIRA DE FARIA",
"ALESSANDRO LISBOA PEREIRA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"14",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"7 de outubro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"7 de outubro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23 de outubro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23 de outubro de 2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29 de abril de 2011",
"13 de outubro de 2012",
"23",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29 de abril de 2011",
"13 de outubro de 2012",
"23",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"primeiro semestre de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.462 PARAÍBA
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIDADE ENGENHARIA LTDA
ADV.(A/S)
:MARCYLIO
DE ALENCAR ARAÚJO FILHO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO –
CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta
da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo
Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem
como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do
recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas
razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao
preceito evocado pelo recorrente.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação
da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
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Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
AI 831.462 AGR / PB
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134099.
Supremo Tribunal Federal
AI 831.462 AGR / PB
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.462 PARAÍBA
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIDADE ENGENHARIA LTDA
ADV.(A/S)
:MARCYLIO
DE ALENCAR ARAÚJO FILHO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – À folha 437, proferi a
seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS
– FALTA DE PREQUESTIONAMENTO –
INVIABILIDADE.
1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o
acesso a este Tribunal. À mercê de articulação sobre a violência
à Carta da República, pretende-se submeter a análise recurso
que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição
Federal.
2. Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim,
padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro
processo.
3. Conheço do agravo e o desprovejo.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.462 PARAÍBA
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIDADE ENGENHARIA LTDA
ADV.(A/S)
:MARCYLIO
DE ALENCAR ARAÚJO FILHO
E
OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – À folha 437, proferi a
seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS
– FALTA DE PREQUESTIONAMENTO –
INVIABILIDADE.
1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o
acesso a este Tribunal. À mercê de articulação sobre a violência
à Carta da República, pretende-se submeter a análise recurso
que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição
Federal.
2. Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim,
padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro
processo.
3. Conheço do agravo e o desprovejo.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
AI 831.462 AGR / PB
4. Publiquem.
A agravante, na minuta de folha 443 a 452, insiste no processamento
do extraordinário. Sustenta ter a matéria natureza constitucional, além de
estar prequestionada, ante a interposição de embargos de declaração.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folhas 462 e 463,
apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 831.462 AGR / PB
4. Publiquem.
A agravante, na minuta de folha 443 a 452, insiste no processamento
do extraordinário. Sustenta ter a matéria natureza constitucional, além de
estar prequestionada, ante a interposição de embargos de declaração.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folhas 462 e 463,
apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.462 PARAÍBA
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituído (folha 46), foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional do tema,
atentem para o que decidido, em síntese, pelo Tribunal Regional Federal
da 5ª Região (folha 291):
MANDADO DE SEGURANÇA. COFINS. LEI Nº 9.718/98.
PRETENSÃO
DE
APROVEITAR
OS
CRÉDITOS
DECORRENTES DO RECOLHIMENTO EFETUADO DE
1º.02.99 A 1º.02.2004, DATA DA ENTRADA EM VIGOR DA LEI
Nº 10.833/02. DECADÊNCIA DO DIREITO À IMPETRAÇÃO.
1. A violação ao direito que a Apelante afirmou ser líquido
e certo, perdurou até fevereiro de 2004.
2. Ação de Segurança impetrada em setembro de 2005,
mais de um ano após a extinção da norma reputada ilegal (Lei
nº 9.718/98).
3. Decadência. O direito de requerer mandado de
segurança extinguir-se-á decorridos cento e vinte dias contados
da ciência, pelo interessado, do ato impugnado -artigo 18, da
Lei nº 1.533/51. Apelação da Fazenda Nacional e Remessa
Necessária providas. Apelação do particular, prejudicada.
O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e
não considerada a Carta da República. A conclusão adotada pelo
Colegiado de origem fez-se alicerçada em interpretação conferida à
legislação de regência.
A par deste aspecto, não foram examinados, na origem, os preceitos
constitucionais mencionados no extraordinário, padecendo o recurso da
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134101.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.462 PARAÍBA
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissional da advocacia
regularmente constituído (folha 46), foi protocolada no prazo legal.
Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional do tema,
atentem para o que decidido, em síntese, pelo Tribunal Regional Federal
da 5ª Região (folha 291):
MANDADO DE SEGURANÇA. COFINS. LEI Nº 9.718/98.
PRETENSÃO
DE
APROVEITAR
OS
CRÉDITOS
DECORRENTES DO RECOLHIMENTO EFETUADO DE
1º.02.99 A 1º.02.2004, DATA DA ENTRADA EM VIGOR DA LEI
Nº 10.833/02. DECADÊNCIA DO DIREITO À IMPETRAÇÃO.
1. A violação ao direito que a Apelante afirmou ser líquido
e certo, perdurou até fevereiro de 2004.
2. Ação de Segurança impetrada em setembro de 2005,
mais de um ano após a extinção da norma reputada ilegal (Lei
nº 9.718/98).
3. Decadência. O direito de requerer mandado de
segurança extinguir-se-á decorridos cento e vinte dias contados
da ciência, pelo interessado, do ato impugnado -artigo 18, da
Lei nº 1.533/51. Apelação da Fazenda Nacional e Remessa
Necessária providas. Apelação do particular, prejudicada.
O deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo estritamente legal e
não considerada a Carta da República. A conclusão adotada pelo
Colegiado de origem fez-se alicerçada em interpretação conferida à
legislação de regência.
A par deste aspecto, não foram examinados, na origem, os preceitos
constitucionais mencionados no extraordinário, padecendo o recurso da
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 831.462 AGR / PB
ausência do prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade
do Verbete nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
decidiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Mesmo protocolizados os embargos declaratórios, nada se disse
sobre a alegada violação aos artigos 5º, cabeça, 59, 69, 150, inciso II e § 7º,
195, inciso I, e 246 do Diploma Maior, sendo que se deixou de arguir
oportunamente, no extraordinário, o vício de procedimento, visando à
entrega da prestação jurisdicional de forma completa.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 831.462 AGR / PB
ausência do prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade
do Verbete nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
decidiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Mesmo protocolizados os embargos declaratórios, nada se disse
sobre a alegada violação aos artigos 5º, cabeça, 59, 69, 150, inciso II e § 7º,
195, inciso I, e 246 do Diploma Maior, sendo que se deixou de arguir
oportunamente, no extraordinário, o vício de procedimento, visando à
entrega da prestação jurisdicional de forma completa.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 831.462 AGR / PB
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da
agravada.
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 831.462 AGR / PB
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da
agravada.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.462
PROCED. : PARAÍBA
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : UNIDADE ENGENHARIA LTDA
ADV.(A/S) : MARCYLIO DE ALENCAR ARAÚJO FILHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 831.462
PROCED. : PARAÍBA
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : UNIDADE ENGENHARIA LTDA
ADV.(A/S) : MARCYLIO DE ALENCAR ARAÚJO FILHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076690
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3169132 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. | sjur221054 | - Acórdão (s) citado (s):
(PREQUESTIONAMENTO, CONFIGURAÇÃO)
STF: AI 541696 AgR (1ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 19/12/2012, BMB. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 831462 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 \"CAPUT\" ART-00059 ART-00069\r\n ART-00150 INC-00002 PAR-00007 ART-00195\r\n INC-00001 ART-00246 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-001533 ANO-1951\r\n ART-00018 \r\n LMS-1951 LEI DO MANDADO DE SEGURANÇA\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-009718 ANO-1998\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-010833 ANO-2002\r\n LEI ORDINÁRIA\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 831462 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIDADE ENGENHARIA LTDA
ADV.(A/S) : MARCYLIO DE ALENCAR ARAÚJO FILHO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 831 . 462",
"AI 831 . 462 AGR",
"AI 831 . 462",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 831 .",
"Verbetes [UNK] 282 e 356 da Súmula do Supremo",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 831 . 462",
"Verbetes [UNK] 282 e 356 da Súmula do Supremo",
"AI 831 . 462 AGR",
"AI 831 . 462",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 831 . 462",
"Verbete [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"AI 831 . 462 AGR",
"Verbete [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Verbete",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"AI 831 . 462",
"AI 831 . 462",
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"AGRAVO DE INSTRUMENTO 831 . 462"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"LEI [UNK] 9 . 718 / 98",
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"Lei [UNK] 9 . 718 / 98",
"artigo 18 , da Lei [UNK] 1 . 533 / 51",
"Carta da República",
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"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , cabeça , 59 , 69 , 150 , inciso II e § [UNK] , 195 , inciso I , e 246 do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , cabeça , 59 , 69 , 150 , inciso II e § [UNK] , 195 , inciso I , e 246 do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2",
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],
"LOCAL": [
"PARAÍBA",
"Brasília",
"Brasília",
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"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
"PARAÍBA",
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"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
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"PESSOA": [
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"MARCO AURÉLIO",
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"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCYLIO DE ALENCAR ARAÚJO FILHO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
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"Rosa Weber",
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"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
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"TEMPO": [
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"/",
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"2012",
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".",
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".",
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".",
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".",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 699.114 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:COLIMA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA
ADV.(A/S)
:ALVARO LUIZ BOHLSEN E OUTRO(A/S)
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação
da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3169582.
Supremo Tribunal Federal
DJe 13/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 699.114 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:COLIMA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA
ADV.(A/S)
:ALVARO LUIZ BOHLSEN E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – À folha 287, proferi a
seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS
– FALTA DE PREQUESTIONAMENTO –
INVIABILIDADE.
1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o
acesso a este Tribunal. À mercê de articulação sobre a violência
à Carta da República, pretende-se submeter a análise recurso
que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição
Federal.
2. Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim,
padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo.
3. Nego seguimento a este extraordinário.
4. Publiquem.
A União, na minuta de folha 289 a 292, insiste na natureza
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3169583.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 699.114 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S)
:COLIMA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA
ADV.(A/S)
:ALVARO LUIZ BOHLSEN E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – À folha 287, proferi a
seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INTERPRETAÇÃO DE NORMAS LEGAIS
– FALTA DE PREQUESTIONAMENTO –
INVIABILIDADE.
1. O acórdão impugnado mediante o extraordinário revela
interpretação de normas estritamente legais, não ensejando o
acesso a este Tribunal. À mercê de articulação sobre a violência
à Carta da República, pretende-se submeter a análise recurso
que não se enquadra no inciso III do artigo 102 da Constituição
Federal.
2. Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim,
padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nos Verbetes nº 282 e 356 da Súmula do Supremo.
3. Nego seguimento a este extraordinário.
4. Publiquem.
A União, na minuta de folha 289 a 292, insiste na natureza
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
RE 699.114 AGR / SP
constitucional da matéria e na configuração do prequestionamento, ao
menos no tocante ao artigo 150, inciso IV, do Diploma Maior.
A parte agravada, apesar de instada, não apresentou contraminuta
(certidão de folha 295).
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 699.114 AGR / SP
constitucional da matéria e na configuração do prequestionamento, ao
menos no tocante ao artigo 150, inciso IV, do Diploma Maior.
A parte agravada, apesar de instada, não apresentou contraminuta
(certidão de folha 295).
É o relatório.
2
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 699.114 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste
agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça,
subscrita por procurador da Fazenda Nacional, foi protocolada no prazo
legal. Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal Regional
Federal da 3ª Região, tendo como baliza o disposto no § 1º do artigo 52 do
Código de Defesa do Consumidor – no sentido de que multas relativas a
inadimplemento devem conter-se ao percentual máximo de 2% –,
assentou o desajuste de multa fixada em 100% do valor devido e a
reduziu ao patamar de 50%.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação de
regência.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 699.114 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Na interposição deste
agravo, observaram-se os pressupostos de recorribilidade. A peça,
subscrita por procurador da Fazenda Nacional, foi protocolada no prazo
legal. Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal Regional
Federal da 3ª Região, tendo como baliza o disposto no § 1º do artigo 52 do
Código de Defesa do Consumidor – no sentido de que multas relativas a
inadimplemento devem conter-se ao percentual máximo de 2% –,
assentou o desajuste de multa fixada em 100% do valor devido e a
reduziu ao patamar de 50%.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação de
regência.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
RE 699.114 AGR / SP
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da
agravada.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3169584.
Supremo Tribunal Federal
RE 699.114 AGR / SP
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da
agravada.
2
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 699.114
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : COLIMA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA
ADV.(A/S) : ALVARO LUIZ BOHLSEN E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076577
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 699.114
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : COLIMA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA
ADV.(A/S) : ALVARO LUIZ BOHLSEN E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076577
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3189018 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-13T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. | sjur221562 | Número de páginas: 6.
Análise: 04/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 699114 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008078 ANO-1990\r\n ART-00052 PAR-00001 \r\n CDC-1990 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 699114 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
AGDO.(A/S) : COLIMA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA
ADV.(A/S) : ALVARO LUIZ BOHLSEN E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 699 . 114",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 699 . 114",
"Verbetes [UNK] 282 e 356 da Súmula do Supremo",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 699 . 114",
"Verbetes [UNK] 282",
"RE 699 . 114 AGR / SP",
"RE 699 . 114 AGR",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula deste Tribunal",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 699 . 114",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula deste Tribunal",
"RE 699 . 114 AGR / SP",
"RE 699 . 114 AGR / SP",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 699 . 114"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 150 , inciso IV , do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 150 , inciso IV , do Diploma Maior",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do artigo 52 do Código de Defesa do Consumidor",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do artigo 52 do Código de Defesa do Consumidor",
"Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"COLIMA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"COLIMA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"COLIMA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA",
"União",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Fazenda Nacional",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Fazenda Nacional",
"Tribunal Regional Federal da [UNK] Região",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"UNIÃO",
"COLIMA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"ALVARO LUIZ BOHLSEN",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ALVARO LUIZ BOHLSEN",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ALVARO LUIZ BOHLSEN",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"COLIMA",
"ALVARO LUIZ BOHLSEN",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"ALVARO LUIZ BOHLSEN",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian",
"Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
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"/",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.291 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:CLEBER PINHEIRO
ADV.
:MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO E
PROCESSUAL CIVIL. 1. CABIMENTO DE RECURSO NOS JUIZADOS
ESPECIAIS FEDERAIS: MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA
CONSTITUCIONAL
INDIRETA.
2.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO: SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL. 3. ART. 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO: OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.291 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:CLEBER PINHEIRO
ADV.
:MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 3 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Cleber Pinheiro contra julgado
da Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção
Judiciária do Rio de Janeiro, a qual não conhecera do recurso do
Agravante, sob o fundamento de que “não cabe recurso de sentença que não
aprecia o mérito em sede de Juizado Especial Federal (art. 5º da Lei
10.259/2001)”.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
7. Os arts. 7º, inc. IV, e 195, § 5º, da Constituição da República
suscitados no recurso extraordinário não foram objeto de debate e
decisão prévios no Tribunal de origem, e embora tenham sido opostos
embargos declaratórios, o Agravante não questionou os artigos
constitucionais. Incide na espécie a Súmula n. 282 do Supremo
Tribunal Federal. Nesse sentido:
(...) (AI 631.961-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
15.5.2009).
8. A questão em debate foi decidida com base na aplicação e na
interpretação da legislação infraconstitucional (Lei n. 10.259/2001).
Assim, a alegada ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria
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SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.291 RIO DE
JANEIRO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:CLEBER PINHEIRO
ADV.
:MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR
AGDO.(A/S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 3 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Cleber Pinheiro contra julgado
da Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção
Judiciária do Rio de Janeiro, a qual não conhecera do recurso do
Agravante, sob o fundamento de que “não cabe recurso de sentença que não
aprecia o mérito em sede de Juizado Especial Federal (art. 5º da Lei
10.259/2001)”.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“6. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
7. Os arts. 7º, inc. IV, e 195, § 5º, da Constituição da República
suscitados no recurso extraordinário não foram objeto de debate e
decisão prévios no Tribunal de origem, e embora tenham sido opostos
embargos declaratórios, o Agravante não questionou os artigos
constitucionais. Incide na espécie a Súmula n. 282 do Supremo
Tribunal Federal. Nesse sentido:
(...) (AI 631.961-ED, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
15.5.2009).
8. A questão em debate foi decidida com base na aplicação e na
interpretação da legislação infraconstitucional (Lei n. 10.259/2001).
Assim, a alegada ofensa constitucional, se tivesse ocorrido, seria
Supremo Tribunal Federal
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Relatório
ARE 714.291 AGR / RJ
indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso
extraordinário. Nesse sentido:
(...) (AI 510.750-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma,
DJe 6.8.2010).
No mesmo sentido a seguinte decisão monocrática transitada em
julgado: AI 842.151, de minha relatoria, DJe 26.4.2011.
9. O Supremo Tribunal Federal assentou, ainda, que as
alegações de contrariedade aos princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação
infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa constitucional
indireta. Nesse sentido:
(…) (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
8.5.2009).
Nada há,pois, a prover quanto às alegações do Agravante.
10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 15.10.2012, interpõe Cleber
Pinheiro, em 22.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega a Agravante que, “ao contrário do afirmado, a própria natureza
da revisão previdenciária pleiteada tem origem em dispositivos constitucionais,
quais sejam os trazidos pelas Emendas Constitucionais nº 20/98 e 41/03, ou seja,
não há como se cogitar em ineditismo dos dispositivos constitucionais suscitados,
tendo em vista que os dispositivos constitucionais são a própria causa de pedir da
presente demanda, ou seja, os dispositivos constitucionais e a revisão demandada
estão umbilicalmente conectados, fazendo com que esta não exista sem aqueles,
sendo absolutamente impossível demandar a presente revisão sem se suscitar
desde a petição inicial os dispositivos das Emendas Constitucionais nº 20/98 e
41/03, que estão sendo debatidos desde então”.
Afirma que os “assuntos versados no recurso extraordinário
correspondem aos temas 76 e 597 da sistemática da repercussão geral, cujos
2
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ARE 714.291 AGR / RJ
indireta, o que não viabiliza o processamento do recurso
extraordinário. Nesse sentido:
(...) (AI 510.750-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, Primeira Turma,
DJe 6.8.2010).
No mesmo sentido a seguinte decisão monocrática transitada em
julgado: AI 842.151, de minha relatoria, DJe 26.4.2011.
9. O Supremo Tribunal Federal assentou, ainda, que as
alegações de contrariedade aos princípios do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação
infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa constitucional
indireta. Nesse sentido:
(…) (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
8.5.2009).
Nada há,pois, a prover quanto às alegações do Agravante.
10. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 15.10.2012, interpõe Cleber
Pinheiro, em 22.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega a Agravante que, “ao contrário do afirmado, a própria natureza
da revisão previdenciária pleiteada tem origem em dispositivos constitucionais,
quais sejam os trazidos pelas Emendas Constitucionais nº 20/98 e 41/03, ou seja,
não há como se cogitar em ineditismo dos dispositivos constitucionais suscitados,
tendo em vista que os dispositivos constitucionais são a própria causa de pedir da
presente demanda, ou seja, os dispositivos constitucionais e a revisão demandada
estão umbilicalmente conectados, fazendo com que esta não exista sem aqueles,
sendo absolutamente impossível demandar a presente revisão sem se suscitar
desde a petição inicial os dispositivos das Emendas Constitucionais nº 20/98 e
41/03, que estão sendo debatidos desde então”.
Afirma que os “assuntos versados no recurso extraordinário
correspondem aos temas 76 e 597 da sistemática da repercussão geral, cujos
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Relatório
ARE 714.291 AGR / RJ
paradigmas são, respectivamente, o AgRg no RE nº 499.091, RE nº 564.354 e
ARE-RG nº 702.780”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
3
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paradigmas são, respectivamente, o AgRg no RE nº 499.091, RE nº 564.354 e
ARE-RG nº 702.780”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.291 RIO DE
JANEIRO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie vertente, o Juízo de origem decidiu:
“PROCESSO CIVIL. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE
MÉRITO. ENUNCIADO 18 TR RJ. NEGATIVA DE JURISDIÇÃO.
INOCORRÊNCIA. RECURSO NÃO CONHECIDO.
Na forma do Enunciado 18 desta TR RJ, não cabe recurso de
sentença que não aprecia o mérito em sede de Juizado Especial Federal
(art. 5º da Lei 10.259/2001), salvo quando o seu não conhecimento
acarretar negativa de jurisdição. Inocorrente a negativa de jurisdição
na hipótese dos autos, tal qual bem observado na sentença a cujas
razões ora se reporta e que ficam fazendo parte integrante deste
julgado. Ante o exposto, não conheço do recurso do autor. Condeno a
recorrente em custas e honorários advocatícios, fixados em R$ 400,00,
exigências suspensas em caso de gratuidade de justiça”.
3. Como posto na decisão agravada, os arts. 5º, inc. XXXV, 7º, inc. IV,
e 195, § 5º, da Constituição da República não foram objeto de debate e
decisão prévios no Tribunal de origem e, embora tenham sido opostos
embargos declaratórios, o Agravante não questionou os artigos
constitucionais. Incide na espécie a Súmula n. 282 do Supremo Tribunal
Federal.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
Supremo Tribunal Federal
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30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.291 RIO DE
JANEIRO
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie vertente, o Juízo de origem decidiu:
“PROCESSO CIVIL. EXTINÇÃO SEM RESOLUÇÃO DE
MÉRITO. ENUNCIADO 18 TR RJ. NEGATIVA DE JURISDIÇÃO.
INOCORRÊNCIA. RECURSO NÃO CONHECIDO.
Na forma do Enunciado 18 desta TR RJ, não cabe recurso de
sentença que não aprecia o mérito em sede de Juizado Especial Federal
(art. 5º da Lei 10.259/2001), salvo quando o seu não conhecimento
acarretar negativa de jurisdição. Inocorrente a negativa de jurisdição
na hipótese dos autos, tal qual bem observado na sentença a cujas
razões ora se reporta e que ficam fazendo parte integrante deste
julgado. Ante o exposto, não conheço do recurso do autor. Condeno a
recorrente em custas e honorários advocatícios, fixados em R$ 400,00,
exigências suspensas em caso de gratuidade de justiça”.
3. Como posto na decisão agravada, os arts. 5º, inc. XXXV, 7º, inc. IV,
e 195, § 5º, da Constituição da República não foram objeto de debate e
decisão prévios no Tribunal de origem e, embora tenham sido opostos
embargos declaratórios, o Agravante não questionou os artigos
constitucionais. Incide na espécie a Súmula n. 282 do Supremo Tribunal
Federal.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 714.291 AGR / RJ
ARTS. 5º, XXXVI, 201, § 3º, E 202 DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO
IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento da questão
constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais,
não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o
recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II - Agravo regimental
improvido” (ARE 676.538-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Segunda Turma, DJe 22.1.2012).
4. Ademais, concluir de forma diversa do que decidido pelo Juízo de
origem quanto ao cabimento de recurso no âmbito do Juizado Especial
Federal demandaria a análise prévia de legislação infraconstitucional (Lei
n. 10.259/2001 e Enunciado n. 18 da Turma Recursal do Rio de Janeiro),
inviável em recurso extraordinário. A ofensa constitucional, se tivesse
ocorrido, seria indireta.
Nesse sentido:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM
AGRAVO
REGIMENTAL.
PROCESSUAL
CIVIL.
ADMISSIBILIDADE DE RECURSO EM TRIBUNAL DIVERSO:
INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 693.434-ED, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 18.9.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RATIFICAÇÃO DE
RECURSO.
EXIGÊNCIA.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO
IMPROVIDO. I – O acórdão recorrido decidiu a causa com base em
normas processuais (9.099/95 e Código de Processo Civil), sendo
pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso
extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou
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ARE 714.291 AGR / RJ
ARTS. 5º, XXXVI, 201, § 3º, E 202 DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO.
SÚMULAS 282 E 356 DO STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO
IMPROVIDO. I - Ausência de prequestionamento da questão
constitucional suscitada. Incidência da Súmula 282 do STF. Ademais,
não opostos embargos declaratórios para suprir a omissão, é inviável o
recurso, nos termos da Súmula 356 do STF. II - Agravo regimental
improvido” (ARE 676.538-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
Segunda Turma, DJe 22.1.2012).
4. Ademais, concluir de forma diversa do que decidido pelo Juízo de
origem quanto ao cabimento de recurso no âmbito do Juizado Especial
Federal demandaria a análise prévia de legislação infraconstitucional (Lei
n. 10.259/2001 e Enunciado n. 18 da Turma Recursal do Rio de Janeiro),
inviável em recurso extraordinário. A ofensa constitucional, se tivesse
ocorrido, seria indireta.
Nesse sentido:
“EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. CONVERSÃO EM
AGRAVO
REGIMENTAL.
PROCESSUAL
CIVIL.
ADMISSIBILIDADE DE RECURSO EM TRIBUNAL DIVERSO:
INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO GERAL. MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 693.434-ED, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 18.9.2012).
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. RATIFICAÇÃO DE
RECURSO.
EXIGÊNCIA.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA REFLEXA. AGRAVO
IMPROVIDO. I – O acórdão recorrido decidiu a causa com base em
normas processuais (9.099/95 e Código de Processo Civil), sendo
pacífico na jurisprudência desta Corte o não cabimento de recurso
extraordinário sob alegação de má interpretação, aplicação ou
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 714.291 AGR / RJ
inobservância dessas normas. II – Agravo regimental improvido” (AI
739.955-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma,
DJe 5.9.2011).
5. Por fim, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de
contrariedade ao art. 5º, inc. XXXV, da Constituição da República, se
dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie
vertente, do Código de Processo Civil e da Lei n. 10.259/2001), não
viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional
seria indireta:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. 1.
INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX,
DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2. PRESSUPOSTOS DE
CABIMENTO DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE
OUTROS TRIBUNAIS: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO
GERAL. 3. ALEGADO DESCUMPRIMENTO DO ART. 5º, INC.
XXXV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 647.524-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 21.8.2012).
6. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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ARE 714.291 AGR / RJ
inobservância dessas normas. II – Agravo regimental improvido” (AI
739.955-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Segunda Turma,
DJe 5.9.2011).
5. Por fim, este Supremo Tribunal assentou que a alegação de
contrariedade ao art. 5º, inc. XXXV, da Constituição da República, se
dependente do exame da legislação infraconstitucional (na espécie
vertente, do Código de Processo Civil e da Lei n. 10.259/2001), não
viabiliza o recurso extraordinário, pois eventual ofensa constitucional
seria indireta:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. TRABALHISTA. 1.
INEXISTÊNCIA DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX,
DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. 2. PRESSUPOSTOS DE
CABIMENTO DE RECURSOS DA COMPETÊNCIA DE
OUTROS TRIBUNAIS: INEXISTÊNCIA DE REPERCUSSÃO
GERAL. 3. ALEGADO DESCUMPRIMENTO DO ART. 5º, INC.
XXXV E LV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. OFENSA
CONSTITUCIONAL INDIRETA. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (ARE 647.524-AgR, de minha
relatoria, Primeira Turma, DJe 21.8.2012).
6. Os argumentos da Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
7. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.291
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : CLEBER PINHEIRO
ADV. : MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714.291
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : CLEBER PINHEIRO
ADV. : MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR
AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3108287 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PREVIDENCIÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. 1. CABIMENTO DE RECURSO NOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS: MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 2. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO: SÚMULA N. 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 3. ART. 5º, XXXV, DA CONSTITUIÇÃO: OFENSA CONSTITUCIONAL INDIRETA. 4. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur219166 | - Acórdão(s) citado(s)
(SÚMULA 282)
STF: ARE 676538 AgR (2ªT);
(OFENSA REFLEXA)
STF: ARE 693434 ED (1ªT), AI 739955 AgR (2ªT), ARE 647524 AgR (1ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 30/11/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 714291 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00035 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-010259 ANO-2001\r\n LJEF-2001 LEI DOS JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS E CRIMINAIS NA JUSTIÇA FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 714291 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
ADV. : MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
AGTE.(S) : CLEBER PINHEIRO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714 . 291",
"SÚMULA N . 282 DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Súmula n . 282 do Supremo Tribunal Federal",
"AI 631 . 961 - ED",
"Súmula n . 282 do Supremo Tribunal Federal",
"AI 631 . 961 - ED",
"ARE 714 . 291 AGR / RJ",
"AI 510 . 750 - AgR",
"AI 842 . 151",
"AI 643 . 746 - AgR",
"ARE 714 . 291",
"AI 510 . 750 - AgR",
"AI 842 . 151",
"AI 643 . 746 - AgR",
"ARE 714 . 291",
"AgRg no RE [UNK] 499 . 091",
"RE [UNK] 564 . 354",
"ARE",
"-",
"RG [UNK] 702 . 780 ”",
"ARE 714 . 291 AGR",
"AgRg no RE [UNK] 499 . 091",
"RE [UNK] 564 . 354",
"ARE",
"-",
"RG [UNK] 702 . 780",
"Súmula n . 282 do Supremo Tribunal Federal",
"Súmula n . 282 do Supremo Tribunal Federal",
"ARE 714 . 291",
"SÚMULAS 282",
"Súmula 282 do STF",
"Súmula 356 do STF",
"ARE 676 . 538 - AgR",
"Enunciado n . 18 da Turma Recursal do Rio de Janeiro",
"ARE 693 . 434 - ED",
"ARE 714 . 291 AGR / RJ",
"SÚMULAS 282 E 356 DO STF",
"Súmula 282 do STF",
"Súmula 356 do STF",
"ARE 676 . 538 - AgR",
"Enunciado n . 18 da Turma Recursal do Rio de Janeiro",
"ARE 693 . 434 - ED",
"ARE 714 . 291 AGR /",
"AI 739 . 955 - AgR",
"ARE 647 . 524 - AgR",
"ARE 714 . 291 AGR / RJ",
"AI 739 . 955 - AgR",
"ARE 647 . 524 - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 714 . 291",
"agravo"
],
"LEGISLACAO": [
"ART . [UNK] , XXXV , DA CONSTITUIÇÃO",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei 10 . 259 / 2001",
"arts . [UNK] , inc . IV , e 195 , § [UNK] , da Constituição da República",
"Lei n . 10 . 259 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei 10 . 259 / 2001",
"arts . [UNK] , inc . IV , e 195 , § [UNK] , da Constituição da República",
"Lei n . 10 . 259 / 2001",
"MP n° 2 . 200 -",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emendas Constitucionais [UNK] 20 / 98",
"41",
"/",
"03",
"Emendas Constitucionais [UNK] 20 / 98",
"41",
"/",
"03",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emendas Constitucionais [UNK] 20 / 98",
"41",
"/",
"03",
"Emendas Constitucionais [UNK] 20 / 98",
"41",
"/",
"03",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei 10 . 259 / 2001",
"arts . [UNK] , inc . XXXV , [UNK] , inc . IV , e 195 , § [UNK] , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Lei 10 . 259 / 2001",
"arts . [UNK] , inc . XXXV , [UNK] , inc . IV , e 195 , § [UNK] , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . [UNK] , XXXVI , 201 , § [UNK] , E 202 DA CONSTITUIÇÃO",
"Lei n . 10 . 259 / 2001",
"9",
".",
"099",
"/",
"95",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . [UNK] , XXXVI , 201 , § [UNK] , E 202 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"Lei n . 10 . 259 / 2001",
"9",
".",
"099",
"/",
"95",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . XXXV , da Constituição da República",
"Código de Processo Civil",
"Lei n . 10 . 259 / 2001",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"ART . [UNK] , INC . XXXV E LV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , inc . XXXV , da Constituição da República",
"Código de Processo Civil",
"Lei n . 10 . 259 / 2001",
"ART . 93 , INC . IX , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"ART . [UNK] , INC . XXXV E LV , DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Rio de Janeiro",
"Juizado Especial Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"Segunda Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária do Rio de Janeiro",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"RJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"RJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Juizado Especial Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TR",
"RJ",
"Juizado Especial Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Juizado Especial Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Juizado Especial Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"CLEBER PINHEIRO",
"MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CLEBER PINHEIRO",
"MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Cleber Pinheiro",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CLEBER PINHEIRO",
"MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Cleber Pinheiro",
"Ayres Britto",
"Cleber Pinheiro",
"Ayres Britto",
"Cleber Pinheiro",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Ricardo Lewandowski",
"Ricardo Lewandowski",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CLEBER PINHEIRO",
"MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CLEBER PINHEIRO",
"MARCOS LUIZ RIGONI JÚNIOR",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"3 de outubro de 2012",
"15",
".",
"5",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"3 de outubro de 2012",
"15",
".",
"5",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"8",
".",
"2010",
"26",
".",
"4",
".",
"2011",
"8",
".",
"5",
".",
"2009",
"15",
".",
"10",
".",
"2012",
"22",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
".",
"8",
".",
"2010",
"26",
".",
"4",
".",
"2011",
"8",
".",
"5",
".",
"2009",
"15",
".",
"10",
".",
"2012",
"22",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"1",
".",
"2012",
"18",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"1",
".",
"2012",
"18",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"9",
".",
"2011",
"21",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
".",
"9",
".",
"2011",
"21",
".",
"8",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.313 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S)
:ERIVALDO JOSÉ DOS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ DE AGUIAR JUNIOR
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Servidor
público. Militar. Gratificação. Incorporação. Reajuste previsto em
norma local. Reexame de legislação estadual. Ofensa reflexa.
Precedentes.
1. O recurso extraordinário não se presta ao reexame de matéria
ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280/STF.
2. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113525.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 10
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.313 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S)
:ERIVALDO JOSÉ DOS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ DE AGUIAR JUNIOR
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Estado de São Paulo interpõe tempestivo agravo regimental contra
decisão em que conheci do agravo para negar seguimento ao recurso
extraordinário (fls. 171 a 174), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Terceira
Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo, assim ementado:
‘Ação ordinária.
Militares aposentados. Verba de representação
incorporada pela LC nº 406/80. Artigo 40, parágrafo 8º da
CF/88.
RECURSO DE APELAÇÃO E REMESSA DE
OFÍCIO IMPROVIDOS’ (fl. 126).
No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo
40, §§ 4º e 8º, da Constituição Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.313 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S)
:ERIVALDO JOSÉ DOS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:JOSÉ DE AGUIAR JUNIOR
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Estado de São Paulo interpõe tempestivo agravo regimental contra
decisão em que conheci do agravo para negar seguimento ao recurso
extraordinário (fls. 171 a 174), com a seguinte fundamentação:
“Vistos.
Trata-se de agravo contra a decisão que não admitiu
recurso extraordinário interposto contra acórdão da Terceira
Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de
São Paulo, assim ementado:
‘Ação ordinária.
Militares aposentados. Verba de representação
incorporada pela LC nº 406/80. Artigo 40, parágrafo 8º da
CF/88.
RECURSO DE APELAÇÃO E REMESSA DE
OFÍCIO IMPROVIDOS’ (fl. 126).
No recurso extraordinário sustenta-se violação do artigo
40, §§ 4º e 8º, da Constituição Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o recurso extraordinário foi
interposto contra acórdão publicado após 3/5/07, quando já era
plenamente exigível a demonstração da repercussão geral da
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 10
Relatório
ARE 662.313 AGR / SP
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do
recurso por outra razão’.
No que se refere ao artigo 40, § 4º, da Constituição
Federal, apontado como violado, carece do necessário
prequestionamento, sendo certo que não foram opostos
embargos de declaração para sanar eventual omissão no
acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356
desta Corte.
A sentença de 1º Grau, mantida in totum pelo acórdão
atacado, destacou expressamente que ‘a verba de representação em
questão foi incorporada aos proventos dos autores na forma estatuída
pela Lei Complementar no. 406/85, sendo certo que o par. 3º, do art.
1º, da referida lei, é de meridiana clareza, ao rezar que ‘o valor da
vantagem incorporada evoluirá de acordo com o da gratificação
correspondente que lhe deu origem’’ (fls. 90/91).
Desse modo, verifica-se que as instâncias de origem
concluíram que o direito dos autores estava garantido pela
mencionada norma local. Assim, a alegada violação dos
dispositivos constitucionais indicados no apelo extremo, seria,
se ocorresse, indireta ou reflexa, o se mostra insuficiente para o
trânsito da pretensão recursal. Incide, na espécie, a Súmula nº
280 da Corte. Nesse sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. REMUNERAÇÃO
DE POLICIAIS MILITARES. IMPOSSIBILIDADE DA
ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL. SÚMULA 280
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113365.
Supremo Tribunal Federal
ARE 662.313 AGR / SP
matéria constitucional objeto do recurso, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Tribunal Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de
6/9/07. Todavia, apesar da petição recursal haver trazido a
preliminar sobre o tema, não é de se proceder ao exame de sua
existência, uma vez que, nos termos do artigo 323 do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, com a redação
introduzida pela Emenda Regimental nº 21/07, primeira parte, o
procedimento acerca da existência da repercussão geral
somente ocorrerá ‘quando não for o caso de inadmissibilidade do
recurso por outra razão’.
No que se refere ao artigo 40, § 4º, da Constituição
Federal, apontado como violado, carece do necessário
prequestionamento, sendo certo que não foram opostos
embargos de declaração para sanar eventual omissão no
acórdão recorrido. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282 e 356
desta Corte.
A sentença de 1º Grau, mantida in totum pelo acórdão
atacado, destacou expressamente que ‘a verba de representação em
questão foi incorporada aos proventos dos autores na forma estatuída
pela Lei Complementar no. 406/85, sendo certo que o par. 3º, do art.
1º, da referida lei, é de meridiana clareza, ao rezar que ‘o valor da
vantagem incorporada evoluirá de acordo com o da gratificação
correspondente que lhe deu origem’’ (fls. 90/91).
Desse modo, verifica-se que as instâncias de origem
concluíram que o direito dos autores estava garantido pela
mencionada norma local. Assim, a alegada violação dos
dispositivos constitucionais indicados no apelo extremo, seria,
se ocorresse, indireta ou reflexa, o se mostra insuficiente para o
trânsito da pretensão recursal. Incide, na espécie, a Súmula nº
280 da Corte. Nesse sentido, anote-se:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ADMINISTRATIVO. REMUNERAÇÃO
DE POLICIAIS MILITARES. IMPOSSIBILIDADE DA
ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO ESTADUAL. SÚMULA 280
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 10
Relatório
ARE 662.313 AGR / SP
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA
CONSTITUCIONAL
INDIRETA.
AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI
nº 674.274/MS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJe de 26/6/09).
‘PROCESSUAL
CIVIL.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 DO STF.
ALEGADA VIOLAÇÃO AOS ARTS. 5º, XXXV, LIV E LV,
DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. NORMA
INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO
STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I -
Inadmissível o recurso extraordinário se a questão
constitucional suscitada não tiver sido apreciada no
acórdão recorrido. II - A alegada violação ao art. 5º, XXXV,
LIV, e LV, da Constituição, em regra, configura situação de
ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que
inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. III -
Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição,
faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais
locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula
280 do STF. IV - Agravo regimental improvido’ (AI nº
704.915/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo Lewandowski, DJe de 27/3/09);
‘DIREITO
ADMINISTRATIVO.
AGRAVO
REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA
CONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA
À
CONSTITUIÇÃO. 1. A questão constitucional suscitada no
recurso extraordinário, não foi apreciada pelo Tribunal 'a
quo'. Falta-lhe, pois, o requisito do prequestionamento.
Incidência das Súmulas STF 282 e 356. 2. Ainda que
superado tal óbice, eventual contrariedade à Constituição
se daria de forma indireta ou reflexa, a depender da
prévia análise da legislação infraconstitucional (Lei
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 662.313 AGR / SP
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. OFENSA
CONSTITUCIONAL
INDIRETA.
AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO’ (AI
nº 674.274/MS-AgR, Primeira Turma, Relatora a Ministra
Cármen Lúcia, DJe de 26/6/09).
‘PROCESSUAL
CIVIL.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 282 DO STF.
ALEGADA VIOLAÇÃO AOS ARTS. 5º, XXXV, LIV E LV,
DA CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. NORMA
INFRACONSTITUCIONAL LOCAL. SÚMULA 280 DO
STF. INCIDÊNCIA. AGRAVO IMPROVIDO. I -
Inadmissível o recurso extraordinário se a questão
constitucional suscitada não tiver sido apreciada no
acórdão recorrido. II - A alegada violação ao art. 5º, XXXV,
LIV, e LV, da Constituição, em regra, configura situação de
ofensa meramente reflexa ao texto constitucional, o que
inviabiliza o conhecimento do recurso extraordinário. III -
Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição,
faz-se necessário analisar normas infraconstitucionais
locais, o que inviabiliza o extraordinário, a teor da Súmula
280 do STF. IV - Agravo regimental improvido’ (AI nº
704.915/MS-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Ricardo Lewandowski, DJe de 27/3/09);
‘DIREITO
ADMINISTRATIVO.
AGRAVO
REGIMENTAL EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO.
AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DA MATÉRIA
CONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA
À
CONSTITUIÇÃO. 1. A questão constitucional suscitada no
recurso extraordinário, não foi apreciada pelo Tribunal 'a
quo'. Falta-lhe, pois, o requisito do prequestionamento.
Incidência das Súmulas STF 282 e 356. 2. Ainda que
superado tal óbice, eventual contrariedade à Constituição
se daria de forma indireta ou reflexa, a depender da
prévia análise da legislação infraconstitucional (Lei
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 10
Relatório
ARE 662.313 AGR / SP
Estadual 2.180/2000), o que também inviabiliza a admissão
do apelo extremo. 3. Agravo regimental improvido’ (RE
559.548/MS-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra
Ellen Gracie, DJe 28/11/08);
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA N.
280. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A controvérsia foi
decidida com fundamento na legislação local, incidência
da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2. Reexame de fatos e
provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n.
279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a
que se nega provimento’ (AI nº 604.228/MS-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 24/11/06).
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.
Publique-se.”
Insiste o agravante que foi violado o art. 40º, § 8º, da Constituição
Federal.
Aduz que o acórdão recorrido “não decidiu a causa apenas à luz da
lei local – também interpretou, diretamente, preceitos da Carta Política,
fundamentando-se, para julgar a causa, na interpretação direta do artigo
40, § 8º da CF” (fl. 178).
É o relatório.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 662.313 AGR / SP
Estadual 2.180/2000), o que também inviabiliza a admissão
do apelo extremo. 3. Agravo regimental improvido’ (RE
559.548/MS-AgR, Segunda Turma, Relatora a Ministra
Ellen Gracie, DJe 28/11/08);
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. LEGISLAÇÃO LOCAL. SÚMULA N.
280. REEXAME DE PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 1. A controvérsia foi
decidida com fundamento na legislação local, incidência
da Súmula n. 280 deste Tribunal. 2. Reexame de fatos e
provas. Inviabilidade do recurso extraordinário. Súmula n.
279 do Supremo Tribunal Federal. Agravo regimental a
que se nega provimento’ (AI nº 604.228/MS-AgR, Segunda
Turma, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 24/11/06).
Ante o exposto, conheço do agravo para negar seguimento
ao recurso extraordinário.
Publique-se.”
Insiste o agravante que foi violado o art. 40º, § 8º, da Constituição
Federal.
Aduz que o acórdão recorrido “não decidiu a causa apenas à luz da
lei local – também interpretou, diretamente, preceitos da Carta Política,
fundamentando-se, para julgar a causa, na interpretação direta do artigo
40, § 8º da CF” (fl. 178).
É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.313 SÃO
PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, é certo que o Tribunal de
origem confirmou a sentença de primeiro grau, que, por sua vez, havia
consignado que a Lei Complementar estadual nº 406/85 previa, além do
direito à incorporação da verba de representação pelos militares inativos,
ora agravados, que a referida vantagem deveria ser reajustada nos moldes
em que o fosse para o pessoal da ativa.
Desse modo, para divergir desse entendimento, seria necessário
analisar a legislação infraconstitucional local, o que é inviável em recurso
extraordinário. Incidência da Súmula nº 280/STF.
Especificamente sobre o tema, anote-se o seguinte julgado de minha
relatoria:
“Agravo regimental no recurso extraordinário.
Gratificação de representação. Incorporação. Servidores
inativos. Lei Complementar nº 406/85. Decreto nº 34.666/92.
Ofensa a direito local. Súmula nº 280/STF. Precedentes. 1. Não
se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de
matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula
nº 280 desta Corte. 2. Agravo regimental não provido” (RE nº
233.842/SP-AgR, Primeira Turma, DJe de 9/11/10).
Em casos análogos ao dos autos, esta Corte assim já se manifestou:
“AGRAVO REGIMENTAL. GRATIFICAÇÃO DE
INCENTIVO
MILITAR,
INSTITUÍDA
PELA
LEI
COMPLEMENTAR 27/1999. EXTENSÃO A SERVIDORES
INATIVOS E PENSIONISTAS. DISCUSSÃO SOBRE A
NATUREZA
DA
VANTAGEM.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 280 DO STF. Agravo
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.313 SÃO
PAULO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme expresso na decisão agravada, é certo que o Tribunal de
origem confirmou a sentença de primeiro grau, que, por sua vez, havia
consignado que a Lei Complementar estadual nº 406/85 previa, além do
direito à incorporação da verba de representação pelos militares inativos,
ora agravados, que a referida vantagem deveria ser reajustada nos moldes
em que o fosse para o pessoal da ativa.
Desse modo, para divergir desse entendimento, seria necessário
analisar a legislação infraconstitucional local, o que é inviável em recurso
extraordinário. Incidência da Súmula nº 280/STF.
Especificamente sobre o tema, anote-se o seguinte julgado de minha
relatoria:
“Agravo regimental no recurso extraordinário.
Gratificação de representação. Incorporação. Servidores
inativos. Lei Complementar nº 406/85. Decreto nº 34.666/92.
Ofensa a direito local. Súmula nº 280/STF. Precedentes. 1. Não
se abre a via do recurso extraordinário para o reexame de
matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula
nº 280 desta Corte. 2. Agravo regimental não provido” (RE nº
233.842/SP-AgR, Primeira Turma, DJe de 9/11/10).
Em casos análogos ao dos autos, esta Corte assim já se manifestou:
“AGRAVO REGIMENTAL. GRATIFICAÇÃO DE
INCENTIVO
MILITAR,
INSTITUÍDA
PELA
LEI
COMPLEMENTAR 27/1999. EXTENSÃO A SERVIDORES
INATIVOS E PENSIONISTAS. DISCUSSÃO SOBRE A
NATUREZA
DA
VANTAGEM.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL. SÚMULA 280 DO STF. Agravo
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 662.313 AGR / SP
regimental a que se nega provimento” (AI nº 713.907/PE-AgR-
segundo, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa,
DJe de 13/8/12).
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. INCORPORAÇÃO DE
GRATIFICAÇÃO A PROVENTOS DE POLICIAL MILITAR.
NECESSIDADE DA ANÁLISE DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO E DE LEGISLAÇÃO LOCAL. QUESTÃO
SUFICIENTEMENTE APRECIADA. PRETENSÃO DE
REFORMA DO JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Os
embargos de declaração não constituem meio processual
cabível para reforma do julgado, não sendo possível atribuir-
lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais. 2. A
discussão referente à incorporação de gratificação a proventos
de policial militar requer o reexame do conjunto fático-
probatório (Súmula STF 279), bem como a análise de legislação
local (Súmula STF 280). Inexistência de omissão a sanar. 3.
Embargos de declaração rejeitados” (AI nº 752.679/MA-AgR-
ED, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de
27/6/11).
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE POLICIAL
MILITAR - GAPM. EXTENSÃO AOS SERVIDORES INATIVOS.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL (LEIS 7.145/97 e
7.990/01). SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I -
Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-
se necessário analisar normas infraconstitucionais locais (Leis
Estaduais 7.145/97 e 7.990/01), o que inviabiliza o
extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Precedentes. II –
Agravo regimental improvido” (AI nº 775.479/BA-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe
de 1º/2/11).
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 662.313 AGR / SP
regimental a que se nega provimento” (AI nº 713.907/PE-AgR-
segundo, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa,
DJe de 13/8/12).
“CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. EMBARGOS
DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. INCORPORAÇÃO DE
GRATIFICAÇÃO A PROVENTOS DE POLICIAL MILITAR.
NECESSIDADE DA ANÁLISE DO CONJUNTO FÁTICO-
PROBATÓRIO E DE LEGISLAÇÃO LOCAL. QUESTÃO
SUFICIENTEMENTE APRECIADA. PRETENSÃO DE
REFORMA DO JULGADO. IMPOSSIBILIDADE. 1. Os
embargos de declaração não constituem meio processual
cabível para reforma do julgado, não sendo possível atribuir-
lhes efeitos infringentes, salvo em situações excepcionais. 2. A
discussão referente à incorporação de gratificação a proventos
de policial militar requer o reexame do conjunto fático-
probatório (Súmula STF 279), bem como a análise de legislação
local (Súmula STF 280). Inexistência de omissão a sanar. 3.
Embargos de declaração rejeitados” (AI nº 752.679/MA-AgR-
ED, Segunda Turma, Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJe de
27/6/11).
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. GRATIFICAÇÃO DE ATIVIDADE POLICIAL
MILITAR - GAPM. EXTENSÃO AOS SERVIDORES INATIVOS.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL LOCAL (LEIS 7.145/97 e
7.990/01). SÚMULA 280 DO STF. AGRAVO IMPROVIDO. I -
Para se chegar ao exame da alegada ofensa à Constituição, faz-
se necessário analisar normas infraconstitucionais locais (Leis
Estaduais 7.145/97 e 7.990/01), o que inviabiliza o
extraordinário, a teor da Súmula 280 do STF. Precedentes. II –
Agravo regimental improvido” (AI nº 775.479/BA-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe
de 1º/2/11).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 10
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 662.313 AGR / SP
Nego provimento ao agravo regimental.
3
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ARE 662.313 AGR / SP
Nego provimento ao agravo regimental.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.313 SÃO
PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, tive
pequena dúvida, mas a elucidei. Esses casos em que se discute o vale-
refeição, versa-se quanto a ex-empregados da Caixa Econômica Estadual,
e, no tocante a eles preservaram-se os direitos existentes à época. Não é
aquela questão que está no Pleno com empate de quatro a quatro da
atualização relativa a servidores do Estado?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Não.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Estou acompanhando,
tendo em conta essa distinção. Vossa Excelência inclusive, no enunciado,
a aponta.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Inclusive, nestes casos, eu cito aqui a decisão tomada no Plenário
virtual.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque o outro caso é
de servidores propriamente ditos, e se tem o congelamento.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Então, nestes casos todos, Vossa Excelência me acompanha.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.313 SÃO
PAULO
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, tive
pequena dúvida, mas a elucidei. Esses casos em que se discute o vale-
refeição, versa-se quanto a ex-empregados da Caixa Econômica Estadual,
e, no tocante a eles preservaram-se os direitos existentes à época. Não é
aquela questão que está no Pleno com empate de quatro a quatro da
atualização relativa a servidores do Estado?
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Não.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Estou acompanhando,
tendo em conta essa distinção. Vossa Excelência inclusive, no enunciado,
a aponta.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Inclusive, nestes casos, eu cito aqui a decisão tomada no Plenário
virtual.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Porque o outro caso é
de servidores propriamente ditos, e se tem o congelamento.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Então, nestes casos todos, Vossa Excelência me acompanha.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 10
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.313
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : ERIVALDO JOSÉ DOS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ DE AGUIAR JUNIOR
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662.313
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
AGDO.(A/S) : ERIVALDO JOSÉ DOS SANTOS E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : JOSÉ DE AGUIAR JUNIOR
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 10
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164581 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Servidor público. Militar. Gratificação. Incorporação. Reajuste previsto em norma local. Reexame de legislação estadual. Ofensa reflexa. Precedentes.
1. O recurso extraordinário não se presta ao reexame de matéria ínsita ao plano normativo local. Incidência da Súmula nº 280/STF.
2. Agravo regimental não provido. | sjur220650 | - Acórdãos citados:
(SÚMULA 280)
STF: AI 713907 AgR-segundo(2ªT), AI 752679 AgR-ED(2ªT),
AI 775479 AgR(1ªT), RE 233842 AgR(1ªT).
Número de páginas: 10.
Análise: 13/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 662313 | [
"LEG-FED SUMSTF-000280\r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-EST LCP-000406 ANO-1985\r\n LEI COMPLEMENTAR, SP"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 662313 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
ADV.(A/S) : JOSÉ DE AGUIAR JUNIOR
AGDO.(A/S) : ERIVALDO JOSÉ DOS SANTOS E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662 . 313",
"Súmula [UNK] 280 / STF",
"AGRAVO 662 . 313",
"ARE 662 . 313 AGR",
"Súmula [UNK] 280 da Corte",
"ARE 662 . 313 AGR",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"ARE 662 . 313 AGR / SP",
"AI [UNK] 674 . 274 / MS - AgR",
"SÚMULA 282 DO STF",
"SÚMULA 280 DO STF",
"Súmula 280 do STF",
"AI [UNK] 704 . 915 / MS - AgR",
"ARE 662 . 313",
"AI [UNK] 674 . 274 / MS - AgR",
"SÚMULA 282 DO STF",
"SÚMULA 280 DO STF",
"Súmula 280 do STF",
"AI [UNK] 704 . 915 / MS - AgR",
"Súmulas STF 282",
"ARE 662 . 313 AGR / SP Estadual 2 . 180 / 2000",
"RE 559 . 548 / MS - AgR",
"SÚMULA N . 280",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI [UNK] 604 . 228 / MS - AgR",
"ARE 662 . 313 AGR / SP Estadual 2 . 180 / 2000",
"RE 559 . 548 / MS - AgR",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI [UNK] 604 . 228 / MS - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 662 . 313",
"Súmula [UNK] 280 / STF",
"Súmula [UNK] 280 / STF",
"RE [UNK] 233 . 842 / SP - AgR",
"SÚMULA 280 DO STF",
"Súmula [UNK] 280 / STF",
"Súmula [UNK] 280 / STF",
"Súmula [UNK] 280 desta Corte",
"RE [UNK] 233 . 842 / SP - AgR",
"SÚMULA 280 DO STF",
"ARE 662 . 313 AGR /",
"AI [UNK] 713 . 907 / PE - AgR - segundo",
"Súmula STF 279",
"Súmula STF 280",
"AI [UNK] 752 . 679 / MA - AgR - ED",
"SÚMULA 280 DO STF",
"Súmula 280 do STF",
"AI [UNK] 775 . 479 / BA - AgR",
"AI [UNK] 713 . 907 / PE - AgR - segundo",
"Súmula STF 279",
"Súmula STF 280",
"AI [UNK] 752 . 679 / MA - AgR - ED",
"SÚMULA 280 DO STF",
"Súmula 280 do STF",
"AI [UNK] 775 . 479 / BA - AgR",
"ARE 662 . 313",
"ARE 662 . 313"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC [UNK] 406 / 80",
"Artigo 40 , parágrafo [UNK] da CF / 88",
"artigo 40 , § § [UNK] e [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LC [UNK] 406 / 80",
"Artigo 40 , parágrafo [UNK] da CF / 88",
"artigo 40 , § § [UNK] e [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"artigo 40 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"Lei Complementar no . 406 / 85",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 323 do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Emenda Regimental [UNK] 21 / 07",
"artigo 40 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"Lei Complementar no . 406 / 85",
"MP n° 2 . 200",
"ARTS . [UNK] , XXXV , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . [UNK] , XXXV , LIV , e LV , da Constituição",
"Constituição",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTS . [UNK] , XXXV , LIV E LV , DA CONSTITUIÇÃO",
"art . [UNK] , XXXV , LIV , e LV , da Constituição",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Constituição Federal",
"Carta Política",
"artigo 40 , § [UNK] da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , da Constituição Federal",
"Carta Política",
"artigo 40 , § [UNK] da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar estadual [UNK] 406 / 85",
"Lei Complementar [UNK] 406 / 85",
"Decreto [UNK] 34 . 666 / 92",
"LEI COMPLEMENTAR 27 / 1999",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar estadual [UNK] 406 / 85",
"Lei Complementar [UNK] 406 / 85",
"Decreto [UNK] 34 . 666 / 92",
"LEI COMPLEMENTAR 27 / 1999",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEIS 7 . 145 / 97",
"7",
".",
"990",
"/",
"01",
"Constituição",
"Leis Estaduais 7 . 145 / 97",
"7",
".",
"990",
"/",
"01",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEIS 7 . 145 / 97",
"7",
".",
"990",
"/",
"01",
"Constituição",
"Leis Estaduais 7 . 145 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Estado de São Paulo",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Terceira Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Terceira Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"’",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Caixa Econômica Estadual",
"Pleno",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Caixa Econômica Estadual",
"Pleno",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ERIVALDO JOSÉ DOS SANTOS",
"JOSÉ DE AGUIAR JUNIOR",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ERIVALDO JOSÉ DOS SANTOS",
"JOSÉ DE AGUIAR JUNIOR",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ERIVALDO JOSÉ DOS SANTOS",
"JOSÉ DE AGUIAR JUNIOR",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Ellen Gracie",
"Eros Grau",
"Ellen Gracie",
"Eros Grau",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ERIVALDO JOSÉ DOS SANTOS",
"JOSÉ DE AGUIAR JUNIOR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"ERIVALDO JOSÉ DOS SANTOS",
"JOSÉ DE AGUIAR JUNIOR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"3",
"/",
"5",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
"/",
"6",
"/",
"09",
"27",
"/",
"3",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
"/",
"6",
"/",
"09",
"27",
"/",
"3",
"/",
"09",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"11",
"/",
"08",
"24",
"/",
"11",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"11",
"/",
"08",
"24",
"/",
"11",
"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"9",
"/",
"11",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"9",
"/",
"11",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"8",
"/",
"12",
"27",
"/",
"6",
"/",
"11",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
"/",
"8",
"27",
"/",
"6",
"/",
"11",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.405 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:LAVANDERIA CONSOLAÇÃO LTDA
ADV.(A/S)
:RAQUEL ELITA ALVES PRETO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO –
CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta
da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo
Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem
como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do
recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de
origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas
razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao
preceito evocado pelo recorrente.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação
da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3168243.
Supremo Tribunal Federal
DJe 13/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Ementa e Acórdão
AI 617.405 AGR / SP
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3168243.
Supremo Tribunal Federal
AI 617.405 AGR / SP
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3168243.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 8
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.405 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:LAVANDERIA CONSOLAÇÃO LTDA
ADV.(A/S)
:RAQUEL ELITA ALVES PRETO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 656 e 657,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
-
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE NORMAS LEGAIS - FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO
–
INVIABILIDADE
–
AGRAVO
DESPROVIDO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última
análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3169488.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.405 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:LAVANDERIA CONSOLAÇÃO LTDA
ADV.(A/S)
:RAQUEL ELITA ALVES PRETO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Às folhas 656 e 657,
proferi a seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
-
MATÉRIA FÁTICA – INTERPRETAÇÃO
DE NORMAS LEGAIS - FALTA DE
PREQUESTIONAMENTO
–
INVIABILIDADE
–
AGRAVO
DESPROVIDO.
1. A recorribilidade extraordinária é distinta daquela
revelada por simples revisão do que decidido, na maioria das
vezes procedida mediante o recurso por excelência - a apelação.
Atua-se em sede excepcional à luz da moldura fática delineada
soberanamente pela Corte de origem, considerando-se as
premissas constantes do acórdão impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o
Verbete nº 279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
As razões do extraordinário partem de pressupostos
fáticos estranhos ao acórdão atacado, buscando-se, em última
análise, conduzir esta Corte ao reexame dos elementos
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3169488.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
AI 617.405 AGR / SP
probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar
a viabilidade do recurso.
A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o
extraordinário revela interpretação de normas estritamente
legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de
articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se
guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III
do artigo 102 da Constituição Federal.
Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim,
padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula do Supremo.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro
processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
A contribuinte, na minuta de folha 660 a 673, insiste no
processamento do extraordinário. Articula com a desnecessidade de
reexame do conjunto fático-probatório. Ressalta cuidar a espécie de
discussão relativa ao regime de apuração do Imposto sobre a Circulação
de Mercadorias e Serviços por estimativa. Salienta ter a matéria natureza
constitucional e estar devidamente prequestionada, ante a interposição de
embargos de declaração.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folhas 680 e 681,
apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3169488.
Supremo Tribunal Federal
AI 617.405 AGR / SP
probatórios para, com fundamento em quadro diverso, assentar
a viabilidade do recurso.
A par desse aspecto, o acórdão impugnado mediante o
extraordinário revela interpretação de normas estritamente
legais, não ensejando campo ao acesso ao Supremo. À mercê de
articulação sobre a violência à Carta da República, pretende-se
guindar a esta Corte matéria que não se enquadra no inciso III
do artigo 102 da Constituição Federal.
Acresce que, no caso, o que sustentado nas razões do
extraordinário não foi enfrentado pelo Órgão julgador. Assim,
padece o recurso da ausência de prequestionamento,
esbarrando nos Verbetes nºs 282 e 356 da Súmula do Supremo.
Este agravo somente serve à sobrecarga da máquina judiciária,
ocupando espaço que deveria ser utilizado no exame de outro
processo.
2. Conheço do agravo e o desprovejo.
3. Publiquem.
A contribuinte, na minuta de folha 660 a 673, insiste no
processamento do extraordinário. Articula com a desnecessidade de
reexame do conjunto fático-probatório. Ressalta cuidar a espécie de
discussão relativa ao regime de apuração do Imposto sobre a Circulação
de Mercadorias e Serviços por estimativa. Salienta ter a matéria natureza
constitucional e estar devidamente prequestionada, ante a interposição de
embargos de declaração.
A parte agravada apresentou a contraminuta de folhas 680 e 681,
apontando o acerto do ato impugnado.
É o relatório.
2
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.405 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissionais da advocacia
regularmente constituídos (folhas 91 e 424), foi protocolada no prazo
legal. Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional da matéria,
atentem para o que decidido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo (folha 413):
ICMS – INCIDÊNCIA FACE AO PERÍODO DE
ESTIMATIVA – REFLEXOS E ENCARGOS.
A contribuinte estava enquadrada no regime de
estimativa, com a alteração do contrato social, passou a não ter
incidência do ICMS, mas não abrange esta à incidência do
tributo anterior, quando ainda era enquadrável no regime de
estimativa. Tributo devido.
Aplicação do artigo 166 CTN, quanto ao encargo.
Ação improcedente.
Recursos providos, prejudicado o da autora.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3169489.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.405 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por profissionais da advocacia
regularmente constituídos (folhas 91 e 424), foi protocolada no prazo
legal. Conheço.
No tocante à ausência de envergadura constitucional da matéria,
atentem para o que decidido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo (folha 413):
ICMS – INCIDÊNCIA FACE AO PERÍODO DE
ESTIMATIVA – REFLEXOS E ENCARGOS.
A contribuinte estava enquadrada no regime de
estimativa, com a alteração do contrato social, passou a não ter
incidência do ICMS, mas não abrange esta à incidência do
tributo anterior, quando ainda era enquadrável no regime de
estimativa. Tributo devido.
Aplicação do artigo 166 CTN, quanto ao encargo.
Ação improcedente.
Recursos providos, prejudicado o da autora.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 617.405 AGR / SP
No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação de
regência.
A par deste aspecto, não foram examinados, na origem, os preceitos
constitucionais mencionados no extraordinário, padecendo o recurso da
ausência do prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade
do Verbete nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
decidiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 617.405 AGR / SP
No mais, o deslinde da controvérsia deu-se sob o ângulo
estritamente legal e não considerada a Carta da República. A conclusão
adotada fez-se alicerçada em interpretação conferida à legislação de
regência.
A par deste aspecto, não foram examinados, na origem, os preceitos
constitucionais mencionados no extraordinário, padecendo o recurso da
ausência do prequestionamento. Atentem não para o apego à literalidade
do Verbete nº 356 da Súmula do Supremo, mas para a razão de ser do
prequestionamento e, mais ainda, para o teor do Verbete nº 282 da
referida Súmula. O instituto do prequestionamento significa o debate e a
decisão prévios do tema jurídico constante das razões apresentadas. Se o
ato impugnado nada contém sobre o que versado no recurso, descabe
assentar o enquadramento deste no permissivo constitucional. Assim
decidiu o Supremo no julgamento do Agravo Regimental no Agravo de
Instrumento nº 541.696-6/DF, de que fui relator, com acórdão publicado
no Diário da Justiça de 24 de fevereiro de 2006, sintetizado na seguinte
ementa:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE
SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a
matéria haver sido argüida pela parte recorrente. A
configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios
pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O
procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se
diga do enquadramento do recurso extraordinário no
permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou
entendimento explícito a respeito do fato jurígeno veiculado
nas razões recursais, inviabilizada fica a conclusão sobre a
violência ao preceito evocado pelo recorrente.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 617.405 AGR / SP
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício do
agravado.
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 617.405 AGR / SP
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho à agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício do
agravado.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.405
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : LAVANDERIA CONSOLAÇÃO LTDA
ADV.(A/S) : RAQUEL ELITA ALVES PRETO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 617.405
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : LAVANDERIA CONSOLAÇÃO LTDA
ADV.(A/S) : RAQUEL ELITA ALVES PRETO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076489
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3188639 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-13T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – PREQUESTIONAMENTO – CONFIGURAÇÃO – RAZÃO DE SER. O prequestionamento não resulta da circunstância de a matéria haver sido arguida pela parte recorrente. A configuração do instituto pressupõe debate e decisão prévios pelo Colegiado, ou seja, emissão de juízo sobre o tema. O procedimento tem como escopo o cotejo indispensável a que se diga do enquadramento do recurso extraordinário no permissivo constitucional. Se o Tribunal de origem não adotou tese explícita a respeito do fato jurígeno veiculado nas razões recursais, inviabilizado fica o entendimento sobre a violência ao preceito evocado pelo recorrente.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. | sjur221548 | - Acórdão citado:
(NECESSIDADE, PREQUESTIONAMENTO)
STF: AI 541696 AgR(1ªT).
Número de páginas: 8.
Análise: 04/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 617405 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000282 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF \r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000356 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 617405 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : LAVANDERIA CONSOLAÇÃO LTDA
ADV.(A/S) : RAQUEL ELITA ALVES PRETO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : ESTADO DE SÃO PAULO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DE SÃO PAULO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 617 . 405",
"AI 617 . 405 AGR",
"AI 617 . 405",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 617 . 405",
"AI 617 . 405 AGR / SP",
"Verbetes [UNK] 282 e 356 da Súmula do Supremo",
"AI 617 . 405 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 617 . 405",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 617 . 405",
"Verbete [UNK] 279 da Súmula deste Tribunal",
"AI 617 . 405 AGR",
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"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
"AI 617 . 405",
"Verbete [UNK] 356 da Súmula do Supremo",
"Agravo Regimental no Agravo de Instrumento [UNK] 541 . 696 - 6 / DF",
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"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Carta da República",
"inciso III do artigo 102 da Constituição Federal",
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"Carta da República",
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"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
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],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
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"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO",
"ESTADO DE SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"LAVANDERIA CONSOLAÇÃO LTDA",
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"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"RAQUEL ELITA ALVES PRETO",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"RAQUEL ELITA ALVES PRETO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"RAQUEL ELITA ALVES PRETO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"RAQUEL ELITA ALVES PRETO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"RAQUEL ELITA ALVES PRETO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
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"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
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"2012",
"30 de outubro de 2012",
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"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
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"30",
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"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"30",
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"10",
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"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"30",
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"2012",
"24",
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"08",
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"2001",
"30",
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"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24 de fevereiro de 2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
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"/",
"08",
"/",
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".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.190 ESPÍRITO SANTO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S)
:MANOEL GONÇALVES DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL
DO ESTADO
DO
ESPÍRITO SANTO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA
Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional.
Artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal. Inadequação da
via eleita ao caso concreto. Precedente da Primeira Turma.
Flexibilização circunscrita às hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso
de poder ou teratologia. Não ocorrência. Writ extinto, em face da
inadequação da via eleita.
1. Impetração manejada em substituição ao recurso ordinário
constitucional prescrito no art. 102, inciso II, alínea a, da Carta da
República, a qual esbarra em decisão da Primeira Turma, que, em sessão
extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento do HC
nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade do
habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinário.
2. Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do
manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso
II, alínea a, da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante
ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.
3. Writ extinto por inadequação da via eleita.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
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Supremo Tribunal Federal
DJe 04/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Ementa e Acórdão
HC 109.190 / ES
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar extinta a ordem
de habeas corpus, por inadequação da via processual, nos termos do voto
do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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HC 109.190 / ES
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em julgar extinta a ordem
de habeas corpus, por inadequação da via processual, nos termos do voto
do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.190 ESPÍRITO SANTO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S)
:MANOEL GONÇALVES DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL
DO ESTADO
DO
ESPÍRITO SANTO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, com pedido de
liminar, impetrado pela Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo
em favor de Manoel Gonçalves da Silva, buscando a nulidade da decisão
que recebeu a denúncia na Ação Penal à qual responde o paciente.
Aponta a impetrante como autoridade coatora a Quinta Turma do
Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº 168.003/ES,
Relator o Ministro Jorge Mussi, o qual foi impetrado àquela Corte com o
mesmo objetivo ora manifesto.
A impetrante sustenta, em síntese, o constrangimento ilegal imposto
ao paciente, pois não teria sido respeitado, pelo juízo processante, “o que
determina o art. 16 da Lei 11.340/06, haja vista que a denúncia foi
recebida, ‘in casu’, sem a prévia audiência de ratificação da
representação” (fl. 12 - grifos conforme o original).
Aduz, ainda, que:
“(...)
No caso do paciente, a suposta vítima manifestou
expressamente o seu perdão e, com isso, o seu óbvio
desinteresse na ação penal, contudo, o fez após o recebimento
da denúncia.
A questão é que não foi designada a audiência do art. 16
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.190 ESPÍRITO SANTO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S)
:MANOEL GONÇALVES DA SILVA
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL
DO ESTADO
DO
ESPÍRITO SANTO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário, com pedido de
liminar, impetrado pela Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo
em favor de Manoel Gonçalves da Silva, buscando a nulidade da decisão
que recebeu a denúncia na Ação Penal à qual responde o paciente.
Aponta a impetrante como autoridade coatora a Quinta Turma do
Superior Tribunal de Justiça, que denegou a ordem no HC nº 168.003/ES,
Relator o Ministro Jorge Mussi, o qual foi impetrado àquela Corte com o
mesmo objetivo ora manifesto.
A impetrante sustenta, em síntese, o constrangimento ilegal imposto
ao paciente, pois não teria sido respeitado, pelo juízo processante, “o que
determina o art. 16 da Lei 11.340/06, haja vista que a denúncia foi
recebida, ‘in casu’, sem a prévia audiência de ratificação da
representação” (fl. 12 - grifos conforme o original).
Aduz, ainda, que:
“(...)
No caso do paciente, a suposta vítima manifestou
expressamente o seu perdão e, com isso, o seu óbvio
desinteresse na ação penal, contudo, o fez após o recebimento
da denúncia.
A questão é que não foi designada a audiência do art. 16
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Relatório
HC 109.190 / ES
da Lei 11.340/06, oportunidade em que seria possível
averiguar a espontaneidade da retratação ou renúncia. A
situação em tela aponta para a importância de tal audiência,
não sendo possível concluir que a sua designação é uma
opção do julgador , motivada tão somente quando houver
algum indicativo de renúncia pela vítima” (fls. 12/13 da inicial -
grifos conforme o original).
Requer o deferimento da liminar para suspender o processo de
execução do paciente e, no mérito, pede a concessão da ordem para que
seja “declarada a nulidade da decisão que recebeu a denúncia na ação
penal nº 035.07.020325-8, que tramitou na 6ª Vara Criminal da Comarca
de Vila Velha/ES, por descumprimento expresso ao art. 16 da Lei Maria
da Penha” (fl. 17 da inicial - grifos conforme o original).
Em 8/8/11, indeferi o pedido de liminar e, por estar a impetração
devidamente instruída com as peças necessárias à perfeita compreensão
da controvérsia, dispensei as informações da autoridade apontada como
coatora.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre
Subprocurador-Geral da República Dr. Mario José Gisi, opinou pela
denegação da ordem (anexo de instrução nº 20).
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.190 / ES
da Lei 11.340/06, oportunidade em que seria possível
averiguar a espontaneidade da retratação ou renúncia. A
situação em tela aponta para a importância de tal audiência,
não sendo possível concluir que a sua designação é uma
opção do julgador , motivada tão somente quando houver
algum indicativo de renúncia pela vítima” (fls. 12/13 da inicial -
grifos conforme o original).
Requer o deferimento da liminar para suspender o processo de
execução do paciente e, no mérito, pede a concessão da ordem para que
seja “declarada a nulidade da decisão que recebeu a denúncia na ação
penal nº 035.07.020325-8, que tramitou na 6ª Vara Criminal da Comarca
de Vila Velha/ES, por descumprimento expresso ao art. 16 da Lei Maria
da Penha” (fl. 17 da inicial - grifos conforme o original).
Em 8/8/11, indeferi o pedido de liminar e, por estar a impetração
devidamente instruída com as peças necessárias à perfeita compreensão
da controvérsia, dispensei as informações da autoridade apontada como
coatora.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre
Subprocurador-Geral da República Dr. Mario José Gisi, opinou pela
denegação da ordem (anexo de instrução nº 20).
É o relatório.
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.190 ESPÍRITO SANTO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Como relatado, na hipótese vertente, o presente habeas corpus
volta-se contra decisão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça,
que denegou a ordem no HC nº 168.003/ES, Relator o Ministro Jorge
Mussi, o qual foi impetrado àquela Corte com o mesmo objetivo ora
manifesto.
Narram a impetrante, na inicial, que
“(...) [o] paciente foi denunciado pelo Ministério Público
do Estado do Espírito Santo pela prática, em tese, do delito
descrito no art. 129, §9º do Código Penal (documento anexo).
A denúncia foi recebida em 07 de janeiro de 2008, sem a
obediência ao disposto no art. 16 da Lei 11.340/06. Para tal
conclusão, basta a leitura da decisão que recebeu a peça
acusatória (documento anexo).
Consta dos autos do processo nº. 035.07.020325-8 (6ª Vara
Criminal da Comarca de Vila Velha/ES) que a suposta vítima,
livre e consciente, expressamente “perdoou o acusado”
(depoimento anexo).
Diante do quadro acima, após sentença condenatória, a
Defensoria Pública interpôs apelação pugnando, entre outros,
pela declaração de nulidade da decisão que recebeu a
denúncia, por desobediência ao art. 16 da Lei Maria da Penha.
Ocorre que a Segunda Câmara Criminal do TJES entendeu
por bem negar provimento ao apelo em acórdão assim
ementado (documento anexo):
‘APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE LESÕES
CORPORAIS LEVES. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. LEI
MARIA DA PENHA. AUDIÊNCIA PARA FINS DE
RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO (ART. 16, DA
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 109.190 ESPÍRITO SANTO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Como relatado, na hipótese vertente, o presente habeas corpus
volta-se contra decisão da Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça,
que denegou a ordem no HC nº 168.003/ES, Relator o Ministro Jorge
Mussi, o qual foi impetrado àquela Corte com o mesmo objetivo ora
manifesto.
Narram a impetrante, na inicial, que
“(...) [o] paciente foi denunciado pelo Ministério Público
do Estado do Espírito Santo pela prática, em tese, do delito
descrito no art. 129, §9º do Código Penal (documento anexo).
A denúncia foi recebida em 07 de janeiro de 2008, sem a
obediência ao disposto no art. 16 da Lei 11.340/06. Para tal
conclusão, basta a leitura da decisão que recebeu a peça
acusatória (documento anexo).
Consta dos autos do processo nº. 035.07.020325-8 (6ª Vara
Criminal da Comarca de Vila Velha/ES) que a suposta vítima,
livre e consciente, expressamente “perdoou o acusado”
(depoimento anexo).
Diante do quadro acima, após sentença condenatória, a
Defensoria Pública interpôs apelação pugnando, entre outros,
pela declaração de nulidade da decisão que recebeu a
denúncia, por desobediência ao art. 16 da Lei Maria da Penha.
Ocorre que a Segunda Câmara Criminal do TJES entendeu
por bem negar provimento ao apelo em acórdão assim
ementado (documento anexo):
‘APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME DE LESÕES
CORPORAIS LEVES. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. LEI
MARIA DA PENHA. AUDIÊNCIA PARA FINS DE
RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO (ART. 16, DA
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.190 / ES
LEI
11340/06).
INEXISTÊNCIA
DE
OBRIGATORIEDADE. RECURSO DESPROVIDO.
I - Esta Câmara firmou entendimento no sentido de
que ao crime de lesão corporal leve praticado no contexto
de violência doméstica ou familiar contra a mulher não se
exige representação da vítima como condição de
procedibilidade, por se tratar de ação penal pública
incondicionada à representação, o que dispensa a
necessidade de representação para o início da ação penal e
da designação de audiência para fins de retratação.
II - No entanto, mesmo que se entendesse tratar a
hipótese de ação penal condicionada, não vejo qualquer
nulidade na marcha processual. A Lei Maria da Penha, em
seu artigo 16, exige que a retratação da representação, nos
crimes de ação penal pública condicionada, seja feita em
audiência, na presença do juiz e com a oitiva do Ministério
Público. Confira-se, a propósito, o texto legal: “Nas ações
penais públicas condicionadas à representação da
ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia
à representação perante o juiz, em audiência
especialmente designada com tal finalidade, antes do
recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público”.
III - Não há, todavia, qualquer obrigatoriedade na
designação da mencionada audiência, que somente
deveria ser implementada caso a vítima manifestasse,
em momento anterior ao recebimento da denúncia,
eventual arrependimento, o que, à toda evidência, não
ocorreu. Pelo contrário, ao ser ouvida na fase inquisitiva
relatou com detalhes as lesões sofridas, manifestando
expressamente o seu desejo de representar o apelante.
IV - Entende-se, assim, que o art. 16 da Lei Maria da
Penha não obriga a realização de audiência para a
ratificação, pela vítima, do desejo de ver processado o
agressor. Ela somente terá lugar se a ofendida manifestar
o desejo de se retratar de representação anterior antes do
oferecimento da denúncia, o que não ocorre no caso em
2
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HC 109.190 / ES
LEI
11340/06).
INEXISTÊNCIA
DE
OBRIGATORIEDADE. RECURSO DESPROVIDO.
I - Esta Câmara firmou entendimento no sentido de
que ao crime de lesão corporal leve praticado no contexto
de violência doméstica ou familiar contra a mulher não se
exige representação da vítima como condição de
procedibilidade, por se tratar de ação penal pública
incondicionada à representação, o que dispensa a
necessidade de representação para o início da ação penal e
da designação de audiência para fins de retratação.
II - No entanto, mesmo que se entendesse tratar a
hipótese de ação penal condicionada, não vejo qualquer
nulidade na marcha processual. A Lei Maria da Penha, em
seu artigo 16, exige que a retratação da representação, nos
crimes de ação penal pública condicionada, seja feita em
audiência, na presença do juiz e com a oitiva do Ministério
Público. Confira-se, a propósito, o texto legal: “Nas ações
penais públicas condicionadas à representação da
ofendida de que trata esta Lei, só será admitida a renúncia
à representação perante o juiz, em audiência
especialmente designada com tal finalidade, antes do
recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público”.
III - Não há, todavia, qualquer obrigatoriedade na
designação da mencionada audiência, que somente
deveria ser implementada caso a vítima manifestasse,
em momento anterior ao recebimento da denúncia,
eventual arrependimento, o que, à toda evidência, não
ocorreu. Pelo contrário, ao ser ouvida na fase inquisitiva
relatou com detalhes as lesões sofridas, manifestando
expressamente o seu desejo de representar o apelante.
IV - Entende-se, assim, que o art. 16 da Lei Maria da
Penha não obriga a realização de audiência para a
ratificação, pela vítima, do desejo de ver processado o
agressor. Ela somente terá lugar se a ofendida manifestar
o desejo de se retratar de representação anterior antes do
oferecimento da denúncia, o que não ocorre no caso em
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.190 / ES
exame.
V - Não há que se falar, ademais, em retratação
tácita da representação pelo fato de a vítima ter perdoado
o apelante quando de seu depoimento em Juízo, na
medida em que, nos termos do artigo 104, do Código
Penal, em se tratando de ação penal condicionada à
representação a retratação só é possível até a data do
oferecimento da denúncia.
VI - Recurso a que se nega provimento.’
Por força de tal resultado, a Defensoria Pública impetrou
habeas corpus perante o Superior Tribunal de Justiça, que por
sua Quinta Turma denegou a ordem” (fls. 2 a 4 da inicial –
grifos conforme o original).
Eis a ementa do acórdão ora questionado:
“HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. LESÃO
CORPORAL. LEI MARIA DA PENHA. AUDIÊNCIA
PREVISTA NO SEU ART. 16. OBRIGATORIEDADE.
INEXISTÊNCIA. REALIZAÇÃO CONDICIONADA À PRÉVIA
MANIFESTAÇÃO DA INTENÇÃO DA VÍTIMA EM SE
RETRATAR ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA.
PERDÃO
EXTEMPORÂNEO.
INEFICÁCIA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.
ORDEM DENEGADA.
1. Nos termos do art. 16 da Lei nº 11.340⁄06, ‘nas ações
penais públicas condicionadas à representação da ofendida de
que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação
perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal
finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o
Ministério Público’.
2. A realização do referido ato, portanto, depende de
prévia manifestação de vontade da ofendida em retratar-se, seja
por meio da autoridade policial ou diretamente no fórum, razão
pela qual somente após tal manifestação é que o Juízo deverá
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.190 / ES
exame.
V - Não há que se falar, ademais, em retratação
tácita da representação pelo fato de a vítima ter perdoado
o apelante quando de seu depoimento em Juízo, na
medida em que, nos termos do artigo 104, do Código
Penal, em se tratando de ação penal condicionada à
representação a retratação só é possível até a data do
oferecimento da denúncia.
VI - Recurso a que se nega provimento.’
Por força de tal resultado, a Defensoria Pública impetrou
habeas corpus perante o Superior Tribunal de Justiça, que por
sua Quinta Turma denegou a ordem” (fls. 2 a 4 da inicial –
grifos conforme o original).
Eis a ementa do acórdão ora questionado:
“HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. LESÃO
CORPORAL. LEI MARIA DA PENHA. AUDIÊNCIA
PREVISTA NO SEU ART. 16. OBRIGATORIEDADE.
INEXISTÊNCIA. REALIZAÇÃO CONDICIONADA À PRÉVIA
MANIFESTAÇÃO DA INTENÇÃO DA VÍTIMA EM SE
RETRATAR ANTES DO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA.
PERDÃO
EXTEMPORÂNEO.
INEFICÁCIA.
CONSTRANGIMENTO ILEGAL NÃO EVIDENCIADO.
ORDEM DENEGADA.
1. Nos termos do art. 16 da Lei nº 11.340⁄06, ‘nas ações
penais públicas condicionadas à representação da ofendida de
que trata esta Lei, só será admitida a renúncia à representação
perante o juiz, em audiência especialmente designada com tal
finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o
Ministério Público’.
2. A realização do referido ato, portanto, depende de
prévia manifestação de vontade da ofendida em retratar-se, seja
por meio da autoridade policial ou diretamente no fórum, razão
pela qual somente após tal manifestação é que o Juízo deverá
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.190 / ES
designar a audiência para sanar as dúvidas acerca do real
desejo da vítima quanto à continuidade da ação penal.
3. Da detida análise dos autos, verifica-se que a denúncia
foi recebida sem ter ocorrido a audiência prevista no art. 16 da
Lei Maria da Penha justamente porque a vítima não havia
manifestado, em nenhum momento, qualquer intenção em se
retratar da representação formulada em desfavor do paciente.
Pelo contrário, observa-se que a ofendida, mediante
comunicação à autoridade policial, declarou a sua vontade de
que o paciente fosse processado - cuja manifestação prescinde
de formalidades -, demonstrando que ela possuía o desejo de
que o agente respondesse penalmente pelo fato.
4. Não fosse isso, ainda que a vítima tenha afirmado em
seu depoimento em juízo, ocorrido em 12-5-2008, que teria
perdoado o acusado, a exordial acusatória já havia sido
recebida em 7-1-2008 pelo Juízo Sentenciante, motivo pelo qual
se vislumbra a extemporaneidade de sua manifestação, não
ensejando, portanto, qualquer eiva a ponto de macular a ação
penal deflagrada contra o paciente.
5.Ordem denegada.”
Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ.
De início, destaco que há óbice jurídico-processual ao conhecimento
do presente habeas corpus no que concerne aos HC nº 151.473/RJ e
193.070/RJ, tendo a impetração sido manejada em substituição ao recurso
ordinário constitucional prescrito no art. 102, inciso II, alínea a, da Carta
da República, o que esbarra em decisão da Primeira Turma, que, em
sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento
do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a
inadmissibilidade do habeas corpus que tenha por objetivo substituir o
recurso ordinário.
Segundo aquele dispositivo constitucional, compete a este Supremo
Tribunal julgar, em recurso ordinário, “o habeas-corpus, o mandado de
segurança, o habeas-data e o mandado de injunção decididos em única
instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão”.
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.190 / ES
designar a audiência para sanar as dúvidas acerca do real
desejo da vítima quanto à continuidade da ação penal.
3. Da detida análise dos autos, verifica-se que a denúncia
foi recebida sem ter ocorrido a audiência prevista no art. 16 da
Lei Maria da Penha justamente porque a vítima não havia
manifestado, em nenhum momento, qualquer intenção em se
retratar da representação formulada em desfavor do paciente.
Pelo contrário, observa-se que a ofendida, mediante
comunicação à autoridade policial, declarou a sua vontade de
que o paciente fosse processado - cuja manifestação prescinde
de formalidades -, demonstrando que ela possuía o desejo de
que o agente respondesse penalmente pelo fato.
4. Não fosse isso, ainda que a vítima tenha afirmado em
seu depoimento em juízo, ocorrido em 12-5-2008, que teria
perdoado o acusado, a exordial acusatória já havia sido
recebida em 7-1-2008 pelo Juízo Sentenciante, motivo pelo qual
se vislumbra a extemporaneidade de sua manifestação, não
ensejando, portanto, qualquer eiva a ponto de macular a ação
penal deflagrada contra o paciente.
5.Ordem denegada.”
Essa é a razão pela qual se insurge a impetrante neste writ.
De início, destaco que há óbice jurídico-processual ao conhecimento
do presente habeas corpus no que concerne aos HC nº 151.473/RJ e
193.070/RJ, tendo a impetração sido manejada em substituição ao recurso
ordinário constitucional prescrito no art. 102, inciso II, alínea a, da Carta
da República, o que esbarra em decisão da Primeira Turma, que, em
sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento
do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a
inadmissibilidade do habeas corpus que tenha por objetivo substituir o
recurso ordinário.
Segundo aquele dispositivo constitucional, compete a este Supremo
Tribunal julgar, em recurso ordinário, “o habeas-corpus, o mandado de
segurança, o habeas-data e o mandado de injunção decididos em única
instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão”.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.190 / ES
Conforme expressamente consignado pelo eminente relator naquela
assentada:
“o habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além
de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII
do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão
legal, enfraquece este último documento, tornando-o
desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea a, e 105,
inciso II, alínea a, tem-se a previsão do recurso ordinário
constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo,
contra decisão proferida por Tribunal Superior indeferindo
ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça contra ato de
Tribunal Regional Federal e de Tribunal de Justiça” (HC nº
108.715/RJ).
Ressalvo meu entendimento pessoal, já consignado em sentido
contrário naquele julgamento, pelo cabimento do habeas corpus
substitutivo em casos como este. Contudo, adoto o entendimento do
colegiado e o aplico à espécie.
Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do
manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso
II, alínea a, da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante
ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.
Não vislumbro, contudo, neste caso, essa possibilidade.
Apenas para registro, destaco que na decisão proferida pela Quinta
Turma do Superior Tribunal de Justiça, não se vislumbra nenhuma
ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia que justifique a
concessão da ordem. Com efeito, o julgado proferido por aquela Corte
encontra-se suficientemente motivado, restando, assim, justificado o
convencimento formado.
No que tange à aventada nulidade em decorrência da ausência de
designação de audiência para fins de colheita de eventual retratação por
parte da ofendida, verifica-se que essa não se faz necessária se a
retratação não for expressa antes do recebimento da denúncia,
exatamente como se deu no caso em exame.
5
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113600.
Supremo Tribunal Federal
HC 109.190 / ES
Conforme expressamente consignado pelo eminente relator naquela
assentada:
“o habeas corpus substitutivo do recurso ordinário, além
de não estar abrangido pela garantia constante do inciso LXVIII
do artigo 5º do Diploma Maior, não existindo sequer previsão
legal, enfraquece este último documento, tornando-o
desnecessário no que, nos artigos 102, inciso II, alínea a, e 105,
inciso II, alínea a, tem-se a previsão do recurso ordinário
constitucional a ser manuseado, em tempo, para o Supremo,
contra decisão proferida por Tribunal Superior indeferindo
ordem, e para o Superior Tribunal de Justiça contra ato de
Tribunal Regional Federal e de Tribunal de Justiça” (HC nº
108.715/RJ).
Ressalvo meu entendimento pessoal, já consignado em sentido
contrário naquele julgamento, pelo cabimento do habeas corpus
substitutivo em casos como este. Contudo, adoto o entendimento do
colegiado e o aplico à espécie.
Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do
manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso
II, alínea a, da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante
ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.
Não vislumbro, contudo, neste caso, essa possibilidade.
Apenas para registro, destaco que na decisão proferida pela Quinta
Turma do Superior Tribunal de Justiça, não se vislumbra nenhuma
ilegalidade flagrante, abuso de poder ou teratologia que justifique a
concessão da ordem. Com efeito, o julgado proferido por aquela Corte
encontra-se suficientemente motivado, restando, assim, justificado o
convencimento formado.
No que tange à aventada nulidade em decorrência da ausência de
designação de audiência para fins de colheita de eventual retratação por
parte da ofendida, verifica-se que essa não se faz necessária se a
retratação não for expressa antes do recebimento da denúncia,
exatamente como se deu no caso em exame.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.190 / ES
Perfilhando esse entendimento, destaco os seguintes precedentes:
“CRIME – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – LEI Nº 11.340/06 –
INADEQUAÇÃO DA LEI Nº 9.099/95. O Pleno, no julgamento
do Habeas Corpus nº 106.212/MS, assentou a harmonia do
disposto no artigo 41 da Lei nº 11.340/06 – afastando a aplicação
da Lei nº 9.099/95 – com a Constituição Federal, uma vez
verificada a prática criminosa doméstica. AÇÃO PÚBLICA
CONDICIONADA – LEI Nº 11.340/06 – REPRESENTAÇÃO –
RECUO. A audiência prevista no artigo 16 da Lei nº 11.340/06,
específica, pressupõe a iniciativa da vítima visando a afastar a
representação” (HC nº 98.880/MS, Primeira Turma, de relatoria
do Min. Marco Aurélio, DJe de 19/10/11);
“HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.
PACIENTE CONDENADO PELA PRÁTICA DO CRIME DE
LESÃO CORPORAL (ART. 129, § 9º, DO CÓDIGO PENAL).
AUDIÊNCIA DE RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO.
DESIGNAÇÃO.
AUSÊNCIA.
OBRIGATORIEDADE.
INEXISTÊNCIA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DEVIDO
PROCESSO
LEGAL.
IMPROCEDÊNCIA.
ORDEM
DENEGADA. I – A mera declaração de que a própria ofendida
teria dado início às agressões não revela o nítido propósito de
desistir do prosseguimento da ação. II - O art. 16 da Lei
11.340/2006 prevê que a audiência designada para a vítima
expressar o seu desejo de renunciar à representação deve ser
realizada em momento anterior ao recebimento da denúncia, o
que não se verificou no caso em análise, uma vez que o suposto
desejo teria sido manifestado somente na audiência de
instrução e julgamento, de modo que não há falar, pois, em
ofensa ao devido processo legal. III – Tal disposição legal não
visa beneficiar o réu, mas tem por escopo formalizar, perante o
magistrado, o ato de retratação, com o objetivo de proteger a
vítima, afastando-a, das ingerências do agressor. IV- Ordem
denegada” (HC nº 109.176/MG, Segunda Turma, da relatoria do
Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 21/11/11).
6
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.190 / ES
Perfilhando esse entendimento, destaco os seguintes precedentes:
“CRIME – VIOLÊNCIA DOMÉSTICA – LEI Nº 11.340/06 –
INADEQUAÇÃO DA LEI Nº 9.099/95. O Pleno, no julgamento
do Habeas Corpus nº 106.212/MS, assentou a harmonia do
disposto no artigo 41 da Lei nº 11.340/06 – afastando a aplicação
da Lei nº 9.099/95 – com a Constituição Federal, uma vez
verificada a prática criminosa doméstica. AÇÃO PÚBLICA
CONDICIONADA – LEI Nº 11.340/06 – REPRESENTAÇÃO –
RECUO. A audiência prevista no artigo 16 da Lei nº 11.340/06,
específica, pressupõe a iniciativa da vítima visando a afastar a
representação” (HC nº 98.880/MS, Primeira Turma, de relatoria
do Min. Marco Aurélio, DJe de 19/10/11);
“HABEAS CORPUS. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.
PACIENTE CONDENADO PELA PRÁTICA DO CRIME DE
LESÃO CORPORAL (ART. 129, § 9º, DO CÓDIGO PENAL).
AUDIÊNCIA DE RETRATAÇÃO DA REPRESENTAÇÃO.
DESIGNAÇÃO.
AUSÊNCIA.
OBRIGATORIEDADE.
INEXISTÊNCIA. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO DEVIDO
PROCESSO
LEGAL.
IMPROCEDÊNCIA.
ORDEM
DENEGADA. I – A mera declaração de que a própria ofendida
teria dado início às agressões não revela o nítido propósito de
desistir do prosseguimento da ação. II - O art. 16 da Lei
11.340/2006 prevê que a audiência designada para a vítima
expressar o seu desejo de renunciar à representação deve ser
realizada em momento anterior ao recebimento da denúncia, o
que não se verificou no caso em análise, uma vez que o suposto
desejo teria sido manifestado somente na audiência de
instrução e julgamento, de modo que não há falar, pois, em
ofensa ao devido processo legal. III – Tal disposição legal não
visa beneficiar o réu, mas tem por escopo formalizar, perante o
magistrado, o ato de retratação, com o objetivo de proteger a
vítima, afastando-a, das ingerências do agressor. IV- Ordem
denegada” (HC nº 109.176/MG, Segunda Turma, da relatoria do
Ministro Ricardo Lewandowski, DJe 21/11/11).
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 10 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
HC 109.190 / ES
Ademais, ressalto que o Plenário desta Corte reconheceu, em decisão
recente na ADI 4.424/DF, da relatoria do Ministro Marco Aurélio, que a
ação penal relativa a lesão corporal resultante de violência doméstica
contra a mulher é pública e incondicionada, pondo pá de cal sobre a
temática ventilada na presente impetração.
Ante o exposto, declaro extinta a impetração, em face da
inadequação da via eleita.
É como voto.
7
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.190 / ES
Ademais, ressalto que o Plenário desta Corte reconheceu, em decisão
recente na ADI 4.424/DF, da relatoria do Ministro Marco Aurélio, que a
ação penal relativa a lesão corporal resultante de violência doméstica
contra a mulher é pública e incondicionada, pondo pá de cal sobre a
temática ventilada na presente impetração.
Ante o exposto, declaro extinta a impetração, em face da
inadequação da via eleita.
É como voto.
7
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.190
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : MANOEL GONÇALVES DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator.
Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.190
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
PACTE.(S) : MANOEL GONÇALVES DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por
inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator.
Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma,
30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3152809 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-04T00:00:00 | A Turma julgou extinta a ordem de habeas corpus por inadequação da via processual, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA
Habeas corpus substitutivo de recurso ordinário constitucional. Artigo 102, inciso II, alínea a, da Constituição Federal. Inadequação da via eleita ao caso concreto. Precedente da Primeira Turma. Flexibilização circunscrita às hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia. Não ocorrência. Writ extinto, em face da inadequação da via eleita.
1. Impetração manejada em substituição ao recurso ordinário constitucional prescrito no art. 102, inciso II, alínea a, da Carta da República, a qual esbarra em decisão da Primeira Turma, que, em sessão extraordinária datada de 7/8/12, assentou, quando do julgamento do HC nº 109.956/PR, Relator o Ministro Marco Aurélio, a inadmissibilidade do habeas corpus que tenha por objetivo substituir o recurso ordinário.
2. Nada impede, entretanto, que esta Suprema Corte, quando do manejo inadequado do habeas corpus como substitutivo (art. 102, inciso II, alínea a, da CF), analise a questão de ofício nas hipóteses de flagrante ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.
3. Writ extinto por inadequação da via eleita. | sjur220504 | - Acórdãos citados:
(HABEAS CORPUS, SUBSTITUIÇÃO, RECURSO EM HABEAS CORPUS)
STF: HC 109956(1ªT), HC 151473(1ªT), HC 193070(1ªT);
(AUDIÊNCIA, DESIGNAÇÃO)
STF: HC 98880(1ªT), HC 109176(2ªT);
(AÇÃO PENAL INCONDICIONADA, RESULTANTE, VIOLÊNCIA DOMÉSTICA)
STF: ADI 4424.
Número de páginas: 12.
Análise: 13/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 109190 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00102 INC-00002 LET-A \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL"
] | HC | acordaos | HC 109190 | [
""
] | REGISTRADO : MINISTRO PRESIDENTE
PACTE.(S) : MANOEL GONÇALVES DA SILVA
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 109 . 190",
"HC [UNK] 109 . 956 / PR",
"HC 109 . 190 / ES",
"HC 109 . 190 / ES",
"HABEAS CORPUS 109 . 190",
"HC [UNK] 168 . 003 / ES",
"HABEAS CORPUS 109 . 190",
"HC [UNK] 168 . 003 / ES",
"HC 109 . 190 / ES da Lei 11 . 340 / 06",
"ação penal [UNK] 035 . 07 . 020325 - 8",
"HC 109 . 190 / ES da Lei 11 . 340 / 06",
"ação penal [UNK] 035 . 07 . 020325 - 8",
"HABEAS CORPUS 109 . 190",
"HC [UNK] 168 . 003 / ES",
"processo [UNK] . 035 . 07 . 020325 - 8",
"HABEAS CORPUS 109 . 190",
"HC [UNK] 168 . 003 / ES",
"processo [UNK] . 035 . 07 . 020325 - 8",
"HC 109 . 190 / ES",
"HC 109 . 190 / ES",
"HC 109 . 190 / ES",
"HC 109",
"HC 109 . 190 / ES",
"HC [UNK] 151 . 473 / RJ",
"193",
".",
"070",
"/",
"RJ",
"HC [UNK] 109 . 956 / PR",
"HC 109 . 190 / ES",
"HC [UNK] 151 . 473 / RJ",
"193",
".",
"070",
"/",
"RJ",
"HC [UNK] 109 . 956 / PR",
"HC 109 . 190 / ES",
"HC [UNK] 108 . 715 / RJ",
"HC 109 . 190 / ES",
"HC [UNK] 108 . 715 / RJ",
"HC 109 . 190 / ES",
"Habeas Corpus [UNK] 106 . 212 / MS",
"HC [UNK] 98 . 880 / MS",
"HC [UNK] 109 . 176 / MG",
"HC 109 .",
"Habeas Corpus [UNK] 106 . 212 / MS",
"HC [UNK] 98 . 880 / MS",
"HC [UNK] 109 . 176 / MG",
"HC 109 . 190 / ES",
"ADI 4 . 424 / DF",
"HC 109 . 190 / ES",
"ADI 4 . 424 / DF",
"HABEAS",
"HABEAS"
],
"LEGISLACAO": [
"Artigo 102 , inciso II , alínea a , da Constituição Federal",
"art . 102 , inciso II , alínea a , da Carta da República",
"art . 102 , inciso II , alínea a , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 16 da Lei 11 . 340 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 16 da Lei 11 . 340 / 06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 16 da Lei Maria da Penha",
"MP n° 2 . 200 -",
"art . 16 da Lei Maria da Penha",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 129 , § [UNK] do Código Penal",
"art . 16 da Lei 11 . 340 / 06",
"art . 16 da Lei Maria da Penha",
"LEI MARIA DA PENHA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
",",
"§ [UNK] do Código Penal",
"art . 16 da Lei 11 . 340 / 06",
"art . 16 da Lei Maria da Penha",
"LEI MARIA DA PENHA",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI 11340 / 06",
"Lei Maria da Penha",
"art . 16 da Lei Maria da Penha",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI 11340 / 06",
"Lei Maria da Penha",
"art . 16 da Lei Maria da Penha",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 104 , do Código Penal",
"LEI MARIA DA PENHA",
"art . 16 da Lei [UNK] 11 . 340⁄06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 104 , do Código Penal",
"LEI MARIA DA PENHA",
"art . 16 da Lei [UNK] 11 . 340⁄06",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 16 da Lei Maria da Penha",
"art . 102 , inciso II , alínea a , da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 16 da Lei Maria da Penha",
"art . 102 , inciso II , alínea a , da Carta da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior",
"art . 102 , inciso II , alínea a , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"inciso LXVIII do artigo [UNK] do Diploma Maior",
"art . 102 , inciso II , alínea a , da CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI [UNK] 11 . 340 / 06",
"LEI [UNK] 9 . 099 / 95",
"artigo 41 da Lei [UNK] 11 . 340 / 06",
"Lei [UNK] 9 . 099 / 95",
"Constituição Federal",
"LEI [UNK] 11 . 340 / 06",
"artigo 16 da Lei [UNK] 11 . 340 / 06",
"ART . 129 , § [UNK] , DO CÓDIGO PENAL",
"art . 16 da Lei 11 . 340 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"LEI [UNK] 11 . 340 / 06",
"LEI [UNK] 9 . 099 / 95",
"artigo 41 da Lei [UNK] 11",
"Lei [UNK] 9 . 099 / 95",
"Constituição Federal",
"LEI [UNK] 11 . 340 / 06",
"artigo 16 da Lei [UNK] 11 . 340 / 06",
"ART . 129 , § [UNK] , DO CÓDIGO PENAL",
"art . 16 da Lei 11 . 340 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"Brasília",
"Brasília",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira",
"Primeira Turma",
"Suprema Corte",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Vila Velha / ES",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Vila Velha / ES",
"Ministério Público Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público do Estado do Espírito Santo",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Vila Velha / ES",
"Defensoria Pública",
"Segunda Câmara Criminal do TJES",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Ministério Público do Estado do Espírito Santo",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Vila Velha / ES",
"Defensoria Pública",
"Segunda Câmara Criminal do TJES",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Ministério Público",
"Ministério Público",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Defensoria Pública",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Quinta Turma",
"Ministério Público ’",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Defensoria Pública",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Quinta Turma",
"Ministério Público ’",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Suprema Corte",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Suprema Corte",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Pleno",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Pleno",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"MANOEL GONÇALVES DA SILVA",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"MANOEL GONÇALVES DA SILVA",
"DIAS TOFFOLI",
"Manoel Gonçalves da Silva",
"Jorge Mussi",
"DIAS TOFFOLI",
"MANOEL GONÇALVES DA SILVA",
"DIAS TOFFOLI",
"Manoel Gonçalves da Silva",
"Jorge Mussi",
"Mario José Gisi",
"Mario José Gisi",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Jorge Mussi",
"DIAS TOFFOLI",
"Jorge Mussi",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"Marco Aurélio",
"Marco Aurélio",
"DIAS TOFFOLI",
"MANOEL GONÇALVES DA SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"MANOEL GONÇALVES DA SILVA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"7",
"/",
"8",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"04",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
"/",
"8",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
"/",
"8",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"07 de janeiro de 2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"07 de janeiro de 2008",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"-",
"5",
"-",
"2008",
"7",
"-",
"1",
"-",
"2008",
"7",
"/",
"8",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"12",
"-",
"5",
"-",
"2008",
"7",
"-",
"1",
"-",
"2008",
"7",
"/",
"8",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"10",
"/",
"11",
"21",
"/",
"11",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"19",
"/",
"10",
"/",
"11",
"21",
"/",
"11",
"/",
"11",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.539 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FRANCISCO CALASANS LACERDA
ADV.(A/S)
:SAMUEL DA SILVA ANTUNES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO
HOTELEIRO E SIMILARES DE CATANDUVA
ADV.(A/S)
:MARCUS
VINICIUS
PEREIRA
DA
SILVA
E
OUTRO(A/S)
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
LEGITIMIDADE AD CAUSAM. CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE
DOCUMENTOS. 1. Inexistência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da
Constituição da República. 2. Matéria infraconstitucional. Ofensa
constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário com agravo, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.539 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FRANCISCO CALASANS LACERDA
ADV.(A/S)
:SAMUEL DA SILVA ANTUNES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO
HOTELEIRO E SIMILARES DE CATANDUVA
ADV.(A/S)
:MARCUS
VINICIUS
PEREIRA
DA
SILVA
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 5 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Francisco Calasans Lacerda
contra julgado do Tribunal Superior do Trabalho, o qual negou
provimento ao agravo de instrumento sob o fundamento de que não
teriam sido preenchidos os requisitos de admissibilidade do recurso de
revista.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art.
93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora
em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido
apresentou suficiente fundamentação.
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ‘o que
a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja
fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das
questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.539 SÃO
PAULO
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:FRANCISCO CALASANS LACERDA
ADV.(A/S)
:SAMUEL DA SILVA ANTUNES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO
HOTELEIRO E SIMILARES DE CATANDUVA
ADV.(A/S)
:MARCUS
VINICIUS
PEREIRA
DA
SILVA
E
OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Em 5 de outubro de 2012, neguei seguimento ao agravo nos autos
do recurso extraordinário interposto por Francisco Calasans Lacerda
contra julgado do Tribunal Superior do Trabalho, o qual negou
provimento ao agravo de instrumento sob o fundamento de que não
teriam sido preenchidos os requisitos de admissibilidade do recurso de
revista.
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“5. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
6. A alegação de nulidade do acórdão por contrariedade ao art.
93, inc. IX, da Constituição da República não pode prosperar. Embora
em sentido contrário à pretensão do Agravante, o acórdão recorrido
apresentou suficiente fundamentação.
Conforme a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, ‘o que
a Constituição exige, no art. 93, IX, é que a decisão judicial seja
fundamentada; não, que a fundamentação seja correta, na solução das
questões de fato ou de direito da lide: declinadas no julgado as
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
ARE 711.539 AGR / SP
premissas, corretamente assentadas ou
não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a
exigência constitucional’ (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,
RTJ 150/269).
7. O Supremo Tribunal assentou, ainda, que as alegações de
contrariedade aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa
e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação
infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa constitucional
indireta. Nesse sentido:
(…) (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
8.5.2009).
Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.
8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 17.10.2012, interpõe Francisco
Calasans Lacerda, em 23.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega o Agravante que, “muito embora o conceito de repercussão geral
seja vago, é possível observar que este E. STF vem admitindo que ela é existente
quando a decisão tiver condão de atingir um número expressivo de pessoas”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 711.539 AGR / SP
premissas, corretamente assentadas ou
não, mas coerentes com o dispositivo do acórdão, está satisfeita a
exigência constitucional’ (RE 140.370, Rel. Min. Sepúlveda Pertence,
RTJ 150/269).
7. O Supremo Tribunal assentou, ainda, que as alegações de
contrariedade aos princípios do devido processo legal, da ampla defesa
e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da prestação
jurisdicional, quando dependentes de exame de legislação
infraconstitucional, podem configurar apenas ofensa constitucional
indireta. Nesse sentido:
(…) (AI 643.746-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
8.5.2009).
Nada há, pois, a prover quanto às alegações do Agravante.
8. Pelo exposto, nego seguimento ao agravo (art. 544, § 4º, inc.
II, alínea a, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)”.
2. Publicada essa decisão no DJe de 17.10.2012, interpõe Francisco
Calasans Lacerda, em 23.10.2012, tempestivamente, agravo regimental.
3. Alega o Agravante que, “muito embora o conceito de repercussão geral
seja vago, é possível observar que este E. STF vem admitindo que ela é existente
quando a decisão tiver condão de atingir um número expressivo de pessoas”.
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.539 SÃO
PAULO
VO T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie vertente, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu:
“No que se refere ao mérito, as alegações expostas na minuta
não logram êxito em demonstrar o desacerto do despacho de
admissibilidade, considerando, sobretudo, os termos da decisão
proferida pelo Regional, pois o autor sequer questiona os fundamentos
dessa decisão, nem ao menos tenta demonstrar a que não há a
necessidade de se revolver o conjunto probatório para se concluir pela
existência, ou não, de violação dos artigos 3º e 844 do CPC, limitando-
se a reiterar argumentos quanto ao cabimento da cautelar de exibição
de documentos”.
3. Inicialmente, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por
falta de fundamentação. O Tribunal de origem apreciou as questões
suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões
objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi
concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a
conclusão contrária aos interesses do Agravante.
Nesse sentido:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.539 SÃO
PAULO
VO T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie vertente, o Tribunal Superior do Trabalho decidiu:
“No que se refere ao mérito, as alegações expostas na minuta
não logram êxito em demonstrar o desacerto do despacho de
admissibilidade, considerando, sobretudo, os termos da decisão
proferida pelo Regional, pois o autor sequer questiona os fundamentos
dessa decisão, nem ao menos tenta demonstrar a que não há a
necessidade de se revolver o conjunto probatório para se concluir pela
existência, ou não, de violação dos artigos 3º e 844 do CPC, limitando-
se a reiterar argumentos quanto ao cabimento da cautelar de exibição
de documentos”.
3. Inicialmente, não prospera a alegação de nulidade do acórdão por
falta de fundamentação. O Tribunal de origem apreciou as questões
suscitadas, fundamentando-as de modo suficiente a demonstrar as razões
objetivas do convencimento do julgador. A prestação jurisdicional foi
concedida nos termos da legislação vigente, apesar de ter sido a
conclusão contrária aos interesses do Agravante.
Nesse sentido:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL.
ALEGAÇÃO DE CONTRARIEDADE AO ART. 93, INC. IX, DA
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 711.539 AGR / SP
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPROCEDÊNCIA.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO (ARE 672.135-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJe 26.10.2011).
4. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal
assentou que a alegação de afronta aos princípios da legalidade, do
devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame
de legislação infraconstitucional, na espécie vertente, do Código de
Processo Civil, configura ofensa constitucional indireta.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. CAUTELAR DE
EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. ALEGADA NECESSIDADE DE
INTIMAÇÃO DA PARTE PARA SE MANIFESTAR SOBRE
EMBARGOS
DECLARATÓRIOS
COM
EFEITOS
INFRINGENTES.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
CONSTITUCIONAL
INDIRETA.
AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI
737.959-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
14.6.2012).
“Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste.
Exibição de documentos. Extratos bancários. Instituição financeira.
Direito do consumidor. Tema infraconstitucional. Precedentes.
Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido.
Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por
objeto dever de as instituições financeiras entregarem os extratos de
conta poupança aos respectivos titulares, quando solicitados, versa
sobre tema infraconstitucional” (ARE 643.085-RG, Relator Ministro
Presidente, DJe 6.9.2011).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
ARE 711.539 AGR / SP
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA: IMPROCEDÊNCIA.
PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA
PROVIMENTO (ARE 672.135-AgR, de minha relatoria, Primeira
Turma, DJe 26.10.2011).
4. Como afirmado na decisão agravada, este Supremo Tribunal
assentou que a alegação de afronta aos princípios da legalidade, do
devido processo legal, do contraditório, da ampla defesa, dos limites da
coisa julgada e da prestação jurisdicional, quando dependente de exame
de legislação infraconstitucional, na espécie vertente, do Código de
Processo Civil, configura ofensa constitucional indireta.
Nesse sentido:
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. CAUTELAR DE
EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. ALEGADA NECESSIDADE DE
INTIMAÇÃO DA PARTE PARA SE MANIFESTAR SOBRE
EMBARGOS
DECLARATÓRIOS
COM
EFEITOS
INFRINGENTES.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
CONSTITUCIONAL
INDIRETA.
AGRAVO
REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO” (AI
737.959-AgR, de minha relatoria, Primeira Turma, DJe
14.6.2012).
“Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade deste.
Exibição de documentos. Extratos bancários. Instituição financeira.
Direito do consumidor. Tema infraconstitucional. Precedentes.
Ausência de repercussão geral. Recurso extraordinário não conhecido.
Não apresenta repercussão geral recurso extraordinário que, tendo por
objeto dever de as instituições financeiras entregarem os extratos de
conta poupança aos respectivos titulares, quando solicitados, versa
sobre tema infraconstitucional” (ARE 643.085-RG, Relator Ministro
Presidente, DJe 6.9.2011).
“Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
ARE 711.539 AGR / SP
Trabalhista. Sindicato. Legitimidade ad causam. Enquadramento
sindical. Empregados de cooperativa de crédito. Legislação
infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas.
Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal Superior do Trabalho
concluiu, com base na CLT, bem como nas Leis nºs 4.594/64 e
5.764/71, e nos fatos e nas provas dos autos, que os empregados de
cooperativa de crédito não se equiparam aos bancários para os fins
legais, razão pela qual o ora agravante, representante dessa categoria,
não seria parte legítima para representar em Juízo os empregados da
agravada. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da
legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos
autos. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. 3. Agravo regimental
não provido” (ARE 669.818-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira
Turma, DJe 23.10.2012).
5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 711.539 AGR / SP
Trabalhista. Sindicato. Legitimidade ad causam. Enquadramento
sindical. Empregados de cooperativa de crédito. Legislação
infraconstitucional. Ofensa reflexa. Reexame de fatos e provas.
Impossibilidade. Precedentes. 1. O Tribunal Superior do Trabalho
concluiu, com base na CLT, bem como nas Leis nºs 4.594/64 e
5.764/71, e nos fatos e nas provas dos autos, que os empregados de
cooperativa de crédito não se equiparam aos bancários para os fins
legais, razão pela qual o ora agravante, representante dessa categoria,
não seria parte legítima para representar em Juízo os empregados da
agravada. 2. Inadmissível, em recurso extraordinário, a análise da
legislação infraconstitucional e o reexame dos fatos e das provas dos
autos. Incidência da Súmula nº 279 desta Corte. 3. Agravo regimental
não provido” (ARE 669.818-AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, Primeira
Turma, DJe 23.10.2012).
5. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
6. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
3
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.539
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : FRANCISCO CALASANS LACERDA
ADV.(A/S) : SAMUEL DA SILVA ANTUNES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO HOTELEIRO E
SIMILARES DE CATANDUVA
ADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099381
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711.539
PROCED. : SÃO PAULO
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : FRANCISCO CALASANS LACERDA
ADV.(A/S) : SAMUEL DA SILVA ANTUNES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO HOTELEIRO E
SIMILARES DE CATANDUVA
ADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099381
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3108249 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO. PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE AD CAUSAM. CAUTELAR DE EXIBIÇÃO DE DOCUMENTOS. 1. Inexistência de contrariedade ao art. 93, inc. IX, da Constituição da República. 2. Matéria infraconstitucional. Ofensa constitucional indireta. 3. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur219156 | - Acórdão(s) citado(s)
(FUNDAMENTAÇÃO, AUSÊNCIA)
STF: ARE 672135 AgR (1ªT);
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 737959 AgR (1ªT), ARE 643085 RG, ARE 669818 AgR (1ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 30/11/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 711539 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 711539 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : FRANCISCO CALASANS LACERDA
ADV.(A/S) : SAMUEL DA SILVA ANTUNES E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO HOTELEIRO E SIMILARES DE CATANDUVA
ADV.(A/S) : MARCUS VINICIUS PEREIRA DA SILVA E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : RAQUEL SOUTO SANTOS
ADV.(A/S) : ETHEL MARCHIORI REMORINI PANTUZO
ADV.(A/S) : WILLIAM DI MASE SZIMKOWSKI | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711 . 539",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 711 . 539",
"ARE 711 . 539 AGR / SP",
"RE 140 . 370",
"AI 643 . 746 - AgR",
"ARE 711 . 539 AGR / SP",
"RE 140 . 370",
"RTJ 150 / 269",
"AI 643 . 746 - AgR",
"ARE 711 . 539",
"ARE 672 . 135 - AgR",
"AI 737 . 959 - AgR",
"ARE 643 . 085 - RG",
"ARE 711 . 539 AGR",
"ARE 672 . 135 - AgR",
"AI 737 . 959 - AgR",
"ARE 643 . 085 - RG",
"ARE 711 . 539 AGR / SP",
"ARE 669 . 818 - AgR",
"ARE 711 . 539 AGR / SP",
"ARE 669 . 818 - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 93 , inc . IX , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , inc . IX , da Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , inc . IX , da Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 .",
"art . 544 , § [UNK] , inc . II , alínea a , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] e 844 do CPC",
"ART . 93 , INC . IX , DA Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] e 844 do CPC",
"ART . 93 , INC . IX , DA Supremo Tribunal Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CLT",
"Leis [UNK] 4 . 594 / 64",
"5",
".",
"764",
"/",
"71",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CLT",
"Leis [UNK] 4 . 594 / 64",
"5",
".",
"764",
"/",
"71",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO HOTELEIRO E SIMILARES DE CATANDUVA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO HOTELEIRO E SIMILARES DE CATANDUVA",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO HOTELEIRO E SIMILARES DE CATANDUVA",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Primeira Turma",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal",
"Primeira Turma",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"AGRAVO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SP",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Superior do Trabalho",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO HOTELEIRO E SIMILARES DE CATANDUVA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SINDICATO DOS EMPREGADOS NO COMERCIO HOTELEIRO E SIMILARES DE CATANDUVA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"FRANCISCO CALASANS LACERDA",
"SAMUEL DA SILVA ANTUNES",
"MARCUS VINICIUS PEREIRA DA SILVA",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"FRANCISCO CALASANS LACERDA",
"SAMUEL DA SILVA ANTUNES",
"MARCUS VINICIUS PEREIRA DA SILVA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Francisco Calasans Lacerda",
"CÁRMEN LÚCIA",
"FRANCISCO CALASANS LACERDA",
"SAMUEL DA SILVA ANTUNES",
"MARCUS VINICIUS PEREIRA DA SILVA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Francisco Calasans Lacerda",
"Sepúlveda Pertence",
"Francisco Calasans Lacerda",
"Sepúlveda Pertence",
"Francisco Calasans Lacerda",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"CÁRMEN LÚCIA",
"FRANCISCO CALASANS LACERDA",
"SAMUEL DA SILVA ANTUNES",
"MARCUS VINICIUS PEREIRA DA SILVA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"CÁRMEN LÚCIA",
"FRANCISCO CALASANS LACERDA",
"SAMUEL DA SILVA ANTUNES",
"MARCUS VINICIUS PEREIRA DA SILVA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"5 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"5 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
".",
"5",
".",
"2009",
"17",
".",
"10",
".",
"2012",
"23",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
".",
"5",
".",
"2009",
"17",
".",
"10",
".",
"2012",
"23",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"10",
".",
"2011",
"14",
".",
"6",
".",
"2012",
"6",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"26",
".",
"10",
".",
"2011",
"14",
".",
"6",
".",
"2012",
"6",
".",
"9",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"23",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2012",
"24",
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"08",
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"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 25.074 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:RICARDO ALEXANDRE DE ALMEIDA SANTOS
ADV.(A/S)
:MARCUS F. H. CALDEIRA
AGDO.(A/S)
:PRESIDENTE DA REPÚBLICA
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S)
:SÉRGIO RICARDO COSTA CARIBE
ADV.(A/S)
:FERNANDO FRANCISCO DA SILVA
Agravo regimental em mandado de segurança. 2. Intempestividade.
Recurso interposto após o trânsito em julgado da decisão . 3. Ausência de
irregularidades na publicação da decisão agravada. 4. Agravo regimental
não conhecido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, não
conhecer do agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
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Supremo Tribunal Federal
DJe 21/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 25.074 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:RICARDO ALEXANDRE DE ALMEIDA SANTOS
ADV.(A/S)
:MARCUS F. H. CALDEIRA
AGDO.(A/S)
:PRESIDENTE DA REPÚBLICA
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S)
:SÉRGIO RICARDO COSTA CARIBE
ADV.(A/S)
:FERNANDO FRANCISCO DA SILVA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão de fls. 153-156, que negou
seguimento ao mandado de segurança, ante manifesta ausência de prova
pré-constituída acerca do preenchimento, pelos impetrantes, dos
requisitos exigidos para as nomeações pretendidas.
A propósito, confira-se trecho da decisão agravada:
“Buscam os impetrantes o reconhecimento do direito à
nomeação para o cargo de Procurador do Ministério Público
junto do Tribunal de Contas da União, objeto do Edital 1/2003,
por entenderem que a nomeação do candidato portador de
deficiência para a segunda vaga prevista no edital extrapola o
limite de 20% previsto no § 2º do art. 5º da Lei 8.112/90.
Além da aprovação no concurso, exige o item 2.4 do edital
o preenchimento de uma série de requisitos para a investidura
no cargo, entre os quais a apresentação do diploma de
graduação em direito, certidões criminais, regularidade com o
serviço militar e prova de estar em dia com as obrigações
eleitorais (fl. 30/31).
Não comprovaram os impetrantes, todavia, o
preenchimento dos requisitos para a investidura no cargo.
Limitaram-se a instruir a inicial, além dos documentos alusivos
à aprovação e classificação no concurso, apenas com prova
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 25.074 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:RICARDO ALEXANDRE DE ALMEIDA SANTOS
ADV.(A/S)
:MARCUS F. H. CALDEIRA
AGDO.(A/S)
:PRESIDENTE DA REPÚBLICA
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S)
:SÉRGIO RICARDO COSTA CARIBE
ADV.(A/S)
:FERNANDO FRANCISCO DA SILVA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão de fls. 153-156, que negou
seguimento ao mandado de segurança, ante manifesta ausência de prova
pré-constituída acerca do preenchimento, pelos impetrantes, dos
requisitos exigidos para as nomeações pretendidas.
A propósito, confira-se trecho da decisão agravada:
“Buscam os impetrantes o reconhecimento do direito à
nomeação para o cargo de Procurador do Ministério Público
junto do Tribunal de Contas da União, objeto do Edital 1/2003,
por entenderem que a nomeação do candidato portador de
deficiência para a segunda vaga prevista no edital extrapola o
limite de 20% previsto no § 2º do art. 5º da Lei 8.112/90.
Além da aprovação no concurso, exige o item 2.4 do edital
o preenchimento de uma série de requisitos para a investidura
no cargo, entre os quais a apresentação do diploma de
graduação em direito, certidões criminais, regularidade com o
serviço militar e prova de estar em dia com as obrigações
eleitorais (fl. 30/31).
Não comprovaram os impetrantes, todavia, o
preenchimento dos requisitos para a investidura no cargo.
Limitaram-se a instruir a inicial, além dos documentos alusivos
à aprovação e classificação no concurso, apenas com prova
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
MS 25.074 AGR / DF
documental destinada a demonstrar a inviabilidade da
nomeação do 2º colocado na classificação geral, porquanto não
atendida por ele a exigência de apresentação de diploma de
graduação em direito. Deixaram de comprovar, contudo, em
relação a eles próprios, o atendimento aos demais requisitos.
Diante da manifesta ausência de prova pré-constituída
acerca do preenchimento, pelos impetrantes, dos requisitos
exigidos para a nomeação, restando esmaecidas, portanto, a
certeza e a liquidez de fatos imprescindíveis à configuração do
direito em que se funda impetração, não há como dar
seguimento ao mandado de segurança impetrado. Cito, nesse
sentido, precedente do Plenário desta Corte no MS 26.522 AgR-
AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Dje 16.10.2009, com a
seguinte ementa:
(...)”.
O agravante aduz, preliminarmente a nulidade da intimação da
decisão agravada, ao argumento de que não constavam da publicação: os
nomes de todos os impetrantes, o número de inscrição na OAB dos
patronos dos impetrantes, a íntegra do nome do advogado
substabelecente e, principalmente, o nome do advogado substabelecido.
No mérito, sustenta, em síntese, que todas as provas necessárias ao
deslinde da controvérsia encontram-se pré-constituídas nos autos.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
MS 25.074 AGR / DF
documental destinada a demonstrar a inviabilidade da
nomeação do 2º colocado na classificação geral, porquanto não
atendida por ele a exigência de apresentação de diploma de
graduação em direito. Deixaram de comprovar, contudo, em
relação a eles próprios, o atendimento aos demais requisitos.
Diante da manifesta ausência de prova pré-constituída
acerca do preenchimento, pelos impetrantes, dos requisitos
exigidos para a nomeação, restando esmaecidas, portanto, a
certeza e a liquidez de fatos imprescindíveis à configuração do
direito em que se funda impetração, não há como dar
seguimento ao mandado de segurança impetrado. Cito, nesse
sentido, precedente do Plenário desta Corte no MS 26.522 AgR-
AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, Dje 16.10.2009, com a
seguinte ementa:
(...)”.
O agravante aduz, preliminarmente a nulidade da intimação da
decisão agravada, ao argumento de que não constavam da publicação: os
nomes de todos os impetrantes, o número de inscrição na OAB dos
patronos dos impetrantes, a íntegra do nome do advogado
substabelecente e, principalmente, o nome do advogado substabelecido.
No mérito, sustenta, em síntese, que todas as provas necessárias ao
deslinde da controvérsia encontram-se pré-constituídas nos autos.
É o relatório.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3067025.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 25.074 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Não assiste
razão aos agravantes, tendo em vista a manifesta intempestividade do
agravo regimental.
Extrai-se dos autos que a decisão ora agravada foi publicada no DJe
em 3.9.2012 (fl. 157) e transitou em julgado em 24.9.2012 (fl. 159).
Contudo, a petição de agravo regimental apenas foi protocolada em
15.10.2012 (fl. 166), motivo pelo qual é patente a intempestividade.
Além disso, ao contrário do alegado pelo agravante, não verifico
qualquer irregularidade na publicação da referida decisão a dar ensejo à
anulação.
A menção ao nome de apenas um dos impetrantes, seguido dos
termos “e outros”, não causa prejuízo à integridade da publicação, haja
vista a possibilidade de identificação dos autos por intermédio de
diversos outros elementos, como o número do processo e o nome do
advogado.
Da mesma forma, imperioso destacar que não é praxe desta
Suprema Corte mencionar o número de inscrição na OAB do patrono no
ato de publicação, o que, a meu ver, também não gera prejuízo às partes.
Ademais, a alegação de que o escritório não teria conseguido
identificar a ação, em virtude da abreviação do nome do advogado
constante da publicação, não lhes socorre. Isso porque o nome do
patrono foi publicado nos exatos termos descritos na procuração
outorgada a ele (fl. 55), bem como nas petições por ele assinadas (fls. 23,
120 e 135).
Nessa esteira, cito o entendimento firmado por esta Corte no sentido
de que, ainda que ocorra erro na grafia do nome do defensor por ocasião
da publicação, havendo outros elementos que possibilitem a identificação
do patrono, não há que se falar de nulidade, in verbis:
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 25.074 DISTRITO FEDERAL
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Não assiste
razão aos agravantes, tendo em vista a manifesta intempestividade do
agravo regimental.
Extrai-se dos autos que a decisão ora agravada foi publicada no DJe
em 3.9.2012 (fl. 157) e transitou em julgado em 24.9.2012 (fl. 159).
Contudo, a petição de agravo regimental apenas foi protocolada em
15.10.2012 (fl. 166), motivo pelo qual é patente a intempestividade.
Além disso, ao contrário do alegado pelo agravante, não verifico
qualquer irregularidade na publicação da referida decisão a dar ensejo à
anulação.
A menção ao nome de apenas um dos impetrantes, seguido dos
termos “e outros”, não causa prejuízo à integridade da publicação, haja
vista a possibilidade de identificação dos autos por intermédio de
diversos outros elementos, como o número do processo e o nome do
advogado.
Da mesma forma, imperioso destacar que não é praxe desta
Suprema Corte mencionar o número de inscrição na OAB do patrono no
ato de publicação, o que, a meu ver, também não gera prejuízo às partes.
Ademais, a alegação de que o escritório não teria conseguido
identificar a ação, em virtude da abreviação do nome do advogado
constante da publicação, não lhes socorre. Isso porque o nome do
patrono foi publicado nos exatos termos descritos na procuração
outorgada a ele (fl. 55), bem como nas petições por ele assinadas (fls. 23,
120 e 135).
Nessa esteira, cito o entendimento firmado por esta Corte no sentido
de que, ainda que ocorra erro na grafia do nome do defensor por ocasião
da publicação, havendo outros elementos que possibilitem a identificação
do patrono, não há que se falar de nulidade, in verbis:
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 7
Voto - MIN. GILMAR MENDES
MS 25.074 AGR / DF
“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.
PROCESSO PENAL. CRIME MILITAR. FALTA OU NULIDADE
DE INTIMAÇÃO DE ACÓRDÃO. INOCORRÊNCIA. ERRO DE
GRAFIA. PREJUÍZO NÃO COMPROVADO. Havendo
publicação na imprensa oficial do acórdão prolatado nos
embargos de declaração, conforme previsto no art. 370, § 1º, do
Código de Processo Penal, não há falar em falta ou nulidade da
intimação. Pequeno erro de grafia do nome do defensor na
publicação não gera nulidade quando presentes outros
elementos que permitem a identificação pelo próprio causídico
como o destinatário do ato. Eventuais falhas de serviços
prestados por outras entidades em averiguar e transmitir as
intimações para os advogados constituídos não são de
responsabilidade da Justiça. Sem a demonstração de que, da
irregularidade, proveio prejuízo, não se reconhece nulidade,
conforme o princípio maior que rege a matéria (art. 563 do
Código de Processo Penal). Recurso ordinário desprovido”.
(RHC 108556, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma,
julgado em 12/06/2012, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-125
DIVULG 26-06-2012 PUBLIC 27-06-2012)
Por fim, também não merece acolhida a alegada nulidade decorrente
da ausência do nome do advogado substabelecido na publicação da
decisão ora agravada, uma vez que, nos termos do substabelecimento de
fl. 135, os poderes foram transmitidos com reservas, motivo pelo qual a
publicação realizada no nome do patrono substabelecente não cerceia o
direito de defesa da parte.
Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes desta Corte:
“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. PUBLICAÇÃO NO
NOME DE APENAS UM DOS PROCURADORES DA PARTE.
SUBSTABELECIMENTO PARA ADVOGADO COM RESERVA
DE PODERES. AUSÊNCIA DE NULIDADE DA INTIMAÇÃO.
CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO CONFIGURADO.
PRECEDENTES. Inocorrência de nulidade pela intimação de
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Supremo Tribunal Federal
MS 25.074 AGR / DF
“RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS.
PROCESSO PENAL. CRIME MILITAR. FALTA OU NULIDADE
DE INTIMAÇÃO DE ACÓRDÃO. INOCORRÊNCIA. ERRO DE
GRAFIA. PREJUÍZO NÃO COMPROVADO. Havendo
publicação na imprensa oficial do acórdão prolatado nos
embargos de declaração, conforme previsto no art. 370, § 1º, do
Código de Processo Penal, não há falar em falta ou nulidade da
intimação. Pequeno erro de grafia do nome do defensor na
publicação não gera nulidade quando presentes outros
elementos que permitem a identificação pelo próprio causídico
como o destinatário do ato. Eventuais falhas de serviços
prestados por outras entidades em averiguar e transmitir as
intimações para os advogados constituídos não são de
responsabilidade da Justiça. Sem a demonstração de que, da
irregularidade, proveio prejuízo, não se reconhece nulidade,
conforme o princípio maior que rege a matéria (art. 563 do
Código de Processo Penal). Recurso ordinário desprovido”.
(RHC 108556, Rel. Min. ROSA WEBER, Primeira Turma,
julgado em 12/06/2012, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-125
DIVULG 26-06-2012 PUBLIC 27-06-2012)
Por fim, também não merece acolhida a alegada nulidade decorrente
da ausência do nome do advogado substabelecido na publicação da
decisão ora agravada, uma vez que, nos termos do substabelecimento de
fl. 135, os poderes foram transmitidos com reservas, motivo pelo qual a
publicação realizada no nome do patrono substabelecente não cerceia o
direito de defesa da parte.
Nesse sentido, confiram-se os seguintes precedentes desta Corte:
“DIREITO PROCESSUAL CIVIL. PUBLICAÇÃO NO
NOME DE APENAS UM DOS PROCURADORES DA PARTE.
SUBSTABELECIMENTO PARA ADVOGADO COM RESERVA
DE PODERES. AUSÊNCIA DE NULIDADE DA INTIMAÇÃO.
CERCEAMENTO DE DEFESA NÃO CONFIGURADO.
PRECEDENTES. Inocorrência de nulidade pela intimação de
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
Voto - MIN. GILMAR MENDES
MS 25.074 AGR / DF
apenas um dos procuradores constituídos, presente
substabelecimento com reservas de poderes, sem pedido de
exclusividade nas intimações. Agravo regimental conhecido e
não provido”. (AI-AgR 777.562, Rel. Min. ROSA WEBER,
Primeira Turma, DJe 3.10.2012).
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
PRELIMINAR.
REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PARTE ASSISTIDA POR
MAIS DE UM ADVOGADO. PUBLICAÇÃO EM NOME DE
UM DELES. EFICÁCIA DO ATO INTIMATÓRIO. AUSÊNCIA
DE NULIDADE. MÉRITO. FUNDO DE COMBATE À
POBREZA. LEGISLAÇÃO ANTERIOR. CONVALIDAÇÃO
PELA EMENDA 42/2003. 1. A intimação a somente um dos
advogados constituídos no processo não gera a nulidade do ato,
exceto no caso de substabelecimento outorgado, sem reserva de
poderes. Precedente: RE 164.577-AgR, da relatoria do ministro
Maurício Corrêa. 2. O art. 4º da Emenda Constitucional 42/2003
convalidou a legislação anterior sobre Fundo Constitucional de
Combate à Pobreza. 3. Agravo regimental não provido”. (ARE-
AgR 648.494, Rel. Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, DJe
4.5.2012).
Relevante frisar que, no caso, não consta dos autos pedido de
exclusividade nas intimações em favor do advogado substabelecido.
Ante o exposto, não conheço do agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
MS 25.074 AGR / DF
apenas um dos procuradores constituídos, presente
substabelecimento com reservas de poderes, sem pedido de
exclusividade nas intimações. Agravo regimental conhecido e
não provido”. (AI-AgR 777.562, Rel. Min. ROSA WEBER,
Primeira Turma, DJe 3.10.2012).
“RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
PRELIMINAR.
REPRESENTAÇÃO PROCESSUAL. PARTE ASSISTIDA POR
MAIS DE UM ADVOGADO. PUBLICAÇÃO EM NOME DE
UM DELES. EFICÁCIA DO ATO INTIMATÓRIO. AUSÊNCIA
DE NULIDADE. MÉRITO. FUNDO DE COMBATE À
POBREZA. LEGISLAÇÃO ANTERIOR. CONVALIDAÇÃO
PELA EMENDA 42/2003. 1. A intimação a somente um dos
advogados constituídos no processo não gera a nulidade do ato,
exceto no caso de substabelecimento outorgado, sem reserva de
poderes. Precedente: RE 164.577-AgR, da relatoria do ministro
Maurício Corrêa. 2. O art. 4º da Emenda Constitucional 42/2003
convalidou a legislação anterior sobre Fundo Constitucional de
Combate à Pobreza. 3. Agravo regimental não provido”. (ARE-
AgR 648.494, Rel. Min. AYRES BRITTO, Segunda Turma, DJe
4.5.2012).
Relevante frisar que, no caso, não consta dos autos pedido de
exclusividade nas intimações em favor do advogado substabelecido.
Ante o exposto, não conheço do agravo regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 25.074
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : RICARDO ALEXANDRE DE ALMEIDA SANTOS
ADV.(A/S) : MARCUS F. H. CALDEIRA
AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S) : SÉRGIO RICARDO COSTA CARIBE
ADV.(A/S) : FERNANDO FRANCISCO DA SILVA
Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu do agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA 25.074
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : RICARDO ALEXANDRE DE ALMEIDA SANTOS
ADV.(A/S) : MARCUS F. H. CALDEIRA
AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
INTDO.(A/S) : SÉRGIO RICARDO COSTA CARIBE
ADV.(A/S) : FERNANDO FRANCISCO DA SILVA
Decisão: A Turma, por unanimidade, não conheceu do agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3108817 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-21T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, não conheceu do agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. EM MANDADO DE SEGURANÇA | Agravo regimental em mandado de segurança. 2. Intempestividade. Recurso interposto após o trânsito em julgado da decisão . 3. Ausência de irregularidades na publicação da decisão agravada. 4. Agravo regimental não conhecido. | sjur219265 | - Acórdão (s) citado (s):
(VALIDADE, PUBLICAÇÕES)
STF: RHC 108556 (1ªT), AI 777562 AgR (1ªT), ARE 648494 AgR (2ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 30/11/2012, BMB. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 25074 | null | MS-AgR | acordaos | MS 25074 AgR | [
""
] | ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
AGDO.(A/S) : PRESIDENTE DA REPÚBLICA
ADV.(A/S) : MARCUS F. H. CALDEIRA
AGTE.(S) : RICARDO ALEXANDRE DE ALMEIDA SANTOS
INTDO.(A/S) : SÉRGIO RICARDO COSTA CARIBE
ADV.(A/S) : FERNANDO FRANCISCO DA SILVA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"MANDADO DE SEGURANÇA 25 . 074",
"MS 25 . 074 AGR / DF",
"MS 26 . 522 AgR - AgR / DF",
"MS 25 . 074 AGR",
"MS 26 . 522 AgR - AgR / DF",
"MS 25 . 074 AGR / DF",
"RHC 108556",
"MS 25 . 074",
"RHC 108556",
"MS 25 . 074 AGR / DF",
"AI",
"-",
"AgR 777 . 562",
"EMENDA 42 / 2003",
"RE 164 . 577 - AgR",
"ARE",
"-",
"AgR 648 . 494",
"MS 25 . 074",
"AI",
"-",
"AgR 777 . 562",
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"RE 164 . 577 - AgR",
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"-",
"AgR 648 . 494"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . [UNK] da Lei 8 . 112 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] do art . [UNK] da Lei 8 . 112 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 370 , § [UNK] , do Código de Processo Penal",
"art . 563 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 370 , § [UNK] , do Código de Processo Penal",
"art . 563 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Emenda Constitucional 42 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da Emenda Constitucional 42 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"REPÚBLICA",
"UNIÃO",
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"Tribunal de Contas da União",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
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"Tribunal de Contas da União",
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"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
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"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"OAB",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Fundo Constitucional de Combate",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Fundo Constitucional de Combate",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
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"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"RICARDO ALEXANDRE DE ALMEIDA SANTOS",
"MARCUS F . H . CALDEIRA",
"SÉRGIO RICARDO COSTA CARIBE",
"FERNANDO FRANCISCO DA SILVA",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"RICARDO ALEXANDRE DE ALMEIDA SANTOS",
"MARCUS F . H . CALDEIRA",
"SÉRGIO RICARDO COSTA CARIBE",
"FERNANDO FRANCISCO DA SILVA",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"RICARDO ALEXANDRE DE ALMEIDA SANTOS",
"MARCUS F . H . CALDEIRA",
"SÉRGIO RICARDO COSTA CARIBE",
"FERNANDO FRANCISCO DA SILVA",
"GILMAR MENDES",
"Celso de Mello",
"Celso de Mello",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ROSA WEBER",
"ROSA WEBER",
"GILMAR MENDES",
"ROSA WEBER",
"Maurício Corrêa",
"AYRES BRITTO",
"ROSA WEBER",
"Maurício Corrêa",
"AYRES BRITTO",
"GILMAR MENDES",
"RICARDO ALEXANDRE DE ALMEIDA SANTOS",
"MARCUS F . H . CALDEIRA",
"SÉRGIO RICARDO COSTA CARIBE",
"FERNANDO FRANCISCO DA SILVA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"RICARDO ALEXANDRE DE ALMEIDA SANTOS",
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"Cármen Lúcia",
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],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
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"30 de outubro de 2012",
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"08",
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"2012",
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"/",
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"/",
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"/",
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".",
"10",
".",
"2009",
"24",
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"/",
"2001",
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".",
"2009",
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"/",
"2012",
"3",
".",
"9",
".",
"2012",
"24",
".",
"9",
".",
"2012",
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".",
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"2012",
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".",
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".",
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"-",
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"-",
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"/",
"2001",
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"06",
"/",
"2012",
"26",
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"06",
"-",
"2012",
"27",
"-",
"06",
"-",
"2012",
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"08",
"/",
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".",
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".",
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"4",
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"2012",
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"08",
"/",
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"3",
".",
"10",
".",
"2012",
"4",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
853.473 CEARÁ
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
EMBTE.(S)
:ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES APOSENTADOS E
PENSIONISTAS DE DOCENTES DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO CEARÁ - ADAUFC
ADV.(A/S)
:RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO
EMBDO.(A/S)
:UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFCE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Embargos de declaração em agravo regimental em agravo de
instrumento. 2. Direito Administrativo. 3. Gratificação de Estímulo à
Docência – GED. Lei 9.678/98. 4. Extensão aos servidores inativos e
pensionistas. Impossibilidade. Ausência de natureza genérica.
Precedentes. 5. Embargos protelatórios. Imposição de multa. 6. Embargos
de declaração rejeitados.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, rejeitar
os embargos de declaração e aplicar multa, nos termos do voto do
Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3122544.
Supremo Tribunal Federal
DJe 27/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
853.473 CEARÁ
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
EMBTE.(S)
:ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES APOSENTADOS E
PENSIONISTAS DE DOCENTES DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO CEARÁ - ADAUFC
ADV.(A/S)
:RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO
EMBDO.(A/S)
:UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFCE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
embargos de declaração opostos contra acórdão desta Segunda Turma
(fls. 155-159) que negou provimento ao agravo regimental em agravo de
instrumento, ementado nos seguintes termos:
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Direito
Administrativo. 3. Gratificação de Estímulo à Docência – GED.
Lei 9.678/98. 4. Extensão aos servidores inativos e pensionistas.
Impossibilidade. Ausência de natureza genérica. Precedentes
do STF. 3. Discussão sobre a alteração da natureza da
gratificação após a edição da Lei 11.087/05. Necessidade de
rever a interpretação conferida pelo acórdão recorrido à
legislação infraconstitucional. Providência vedada no âmbito do
recurso extraordinário. 4. Ausência de argumentos capazes de
infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega
provimento”.
Em síntese, sustenta-se a necessidade de esclarecimento da prestação
jurisdicional e consequente aplicação dos excepcionais efeitos
infringentes ao acórdão embargado, tendo em vista a natureza genérica
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3122545.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
853.473 CEARÁ
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
EMBTE.(S)
:ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES APOSENTADOS E
PENSIONISTAS DE DOCENTES DA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO CEARÁ - ADAUFC
ADV.(A/S)
:RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO
EMBDO.(A/S)
:UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFCE
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL FEDERAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
embargos de declaração opostos contra acórdão desta Segunda Turma
(fls. 155-159) que negou provimento ao agravo regimental em agravo de
instrumento, ementado nos seguintes termos:
“Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Direito
Administrativo. 3. Gratificação de Estímulo à Docência – GED.
Lei 9.678/98. 4. Extensão aos servidores inativos e pensionistas.
Impossibilidade. Ausência de natureza genérica. Precedentes
do STF. 3. Discussão sobre a alteração da natureza da
gratificação após a edição da Lei 11.087/05. Necessidade de
rever a interpretação conferida pelo acórdão recorrido à
legislação infraconstitucional. Providência vedada no âmbito do
recurso extraordinário. 4. Ausência de argumentos capazes de
infirmar a decisão agravada. 5. Agravo regimental a que se nega
provimento”.
Em síntese, sustenta-se a necessidade de esclarecimento da prestação
jurisdicional e consequente aplicação dos excepcionais efeitos
infringentes ao acórdão embargado, tendo em vista a natureza genérica
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 6
Relatório
AI 853.473 AGR-AGR-ED / CE
da Gratificação de Estímulo à Docência – GED.
É o relatório.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 853.473 AGR-AGR-ED / CE
da Gratificação de Estímulo à Docência – GED.
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 6
Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
853.473 CEARÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Os embargos de
declaração são cabíveis para sanar a ocorrência de omissão, contradição
ou obscuridade da decisão embargada (art. 535 do CPC). No presente
caso, não verifico nenhuma dessas hipóteses, razão pela qual manifesto o
intuito protelatório do recurso.
Na realidade, a parte busca apenas a rediscussão da matéria, com o
objetivo de obter os excepcionais efeitos infringentes, uma vez que esta
Corte já firmou entendimento no sentido de que a Gratificação de
Estímulo à Docência não possui caráter genérico, motivo pelo qual não
deve ser estendida a inativos e pensionistas.
Nesses termos, tendo vista o nítido caráter protelatório dos presentes
embargos, é aplicável multa processual ao recurso com caráter abusivo.
Nesse sentido, entre outros, o AI-ED 526.614, rel. Min. Cezar Peluso, DJ
3.2.2006, 1ª Turma, e o AI-AgR-ED 445.399, rel. Min. Sepúlveda Pertence,
DJ 11.3.2005, 1ª Turma, cuja ementa assim dispõe:
“Embargos de declaração: ausência de omissão, contradição ou
obscuridade no acórdão embargado: caráter protelatório: aplicação de
multa de 1% (um por cento) sobre o valor da causa (C. Pr. Civil, art.
538, parágrafo único)”.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração e, constatada a
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO
853.473 CEARÁ
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Os embargos de
declaração são cabíveis para sanar a ocorrência de omissão, contradição
ou obscuridade da decisão embargada (art. 535 do CPC). No presente
caso, não verifico nenhuma dessas hipóteses, razão pela qual manifesto o
intuito protelatório do recurso.
Na realidade, a parte busca apenas a rediscussão da matéria, com o
objetivo de obter os excepcionais efeitos infringentes, uma vez que esta
Corte já firmou entendimento no sentido de que a Gratificação de
Estímulo à Docência não possui caráter genérico, motivo pelo qual não
deve ser estendida a inativos e pensionistas.
Nesses termos, tendo vista o nítido caráter protelatório dos presentes
embargos, é aplicável multa processual ao recurso com caráter abusivo.
Nesse sentido, entre outros, o AI-ED 526.614, rel. Min. Cezar Peluso, DJ
3.2.2006, 1ª Turma, e o AI-AgR-ED 445.399, rel. Min. Sepúlveda Pertence,
DJ 11.3.2005, 1ª Turma, cuja ementa assim dispõe:
“Embargos de declaração: ausência de omissão, contradição ou
obscuridade no acórdão embargado: caráter protelatório: aplicação de
multa de 1% (um por cento) sobre o valor da causa (C. Pr. Civil, art.
538, parágrafo único)”.
Ante o exposto, rejeito os embargos de declaração e, constatada a
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 6
Voto - MIN. GILMAR MENDES
AI 853.473 AGR-AGR-ED / CE
litigância de má-fé da parte embargante, imponho multa de 1% (um por
cento) do valor corrigido da causa, ficando a interposição de qualquer
recurso condicionada ao depósito da respectiva quantia, nos termos do
art. 538, parágrafo único, do Código de Processo Civil.
2
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Supremo Tribunal Federal
AI 853.473 AGR-AGR-ED / CE
litigância de má-fé da parte embargante, imponho multa de 1% (um por
cento) do valor corrigido da causa, ficando a interposição de qualquer
recurso condicionada ao depósito da respectiva quantia, nos termos do
art. 538, parágrafo único, do Código de Processo Civil.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 6
Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.473
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
EMBTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES APOSENTADOS E PENSIONISTAS DE
DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - ADAUFC
ADV.(A/S) : RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO
EMBDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFCE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de
declaração e aplicou multa de 1% sobre o valor corrigido da causa,
nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor
Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3121412
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 853.473
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
EMBTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES APOSENTADOS E PENSIONISTAS DE
DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - ADAUFC
ADV.(A/S) : RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO
EMBDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFCE
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de
declaração e aplicou multa de 1% sobre o valor corrigido da causa,
nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor
Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3121412
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3129876 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-27T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, rejeitou os embargos de declaração e aplicou multa de 1% sobre o valor corrigido da causa, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | EMB.DECL. NO AG.REG. NO AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | Embargos de declaração em agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Direito Administrativo. 3. Gratificação de Estímulo à Docência – GED. Lei 9.678/98. 4. Extensão aos servidores inativos e pensionistas. Impossibilidade. Ausência de natureza genérica. Precedentes. 5. Embargos protelatórios. Imposição de multa. 6. Embargos de declaração rejeitados. | sjur219947 | - Acórdãos citados:
(EMBARGOS PROTELATÓRIOS, MULTA)
STF: AI 526614 ED (1ªT), AI 445399 AgR-ED (1ªT).
Número de páginas: 6.
Análise: 30/11/2012, TBC. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 853473 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00535 ART-00538 PAR-ÚNICO \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-009678 ANO-1998\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | AI-AgR-AgR-ED | acordaos | AI 853473 AgR-AgR-ED | [
""
] | PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL FEDERAL
EMBDO.(A/S) : UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - UFCE
ADV.(A/S) : RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO
EMBTE.(S) : ASSOCIAÇÃO DOS DOCENTES APOSENTADOS E PENSIONISTAS DE DOCENTES DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - ADAUFC | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 473",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 853 . 473",
"AI 853 . 473",
"AI",
"-",
"ED 526 . 614",
"AI",
"-",
"AgR",
"-",
"ED 445 . 399",
"AI",
"-",
"ED 526 . 614",
"AI",
"-",
"AgR",
"-",
"ED 445 . 399",
"AI 853 . 473 AGR",
"AI 853 . 473"
],
"LEGISLACAO": [
"Lei 9 . 678 / 98",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 9 . 678 / 98",
"Lei 11 . 087 / 05",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 9 . 678 / 98",
"Lei 11 . 087 / 05",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 do CPC",
"C",
"Pr",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 535 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 538 , parágrafo único , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"CEARÁ",
"Brasília",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"ASSOCIAÇÃO DOS",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ",
"ADAUFC",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ",
"UFCE",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"ASSOCIAÇÃO",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ",
"ADAUFC",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ",
"UFCE",
"Segunda Turma",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"ASSOCIAÇÃO DOS",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ",
"ADAUFC",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ",
"UFCE",
"Segunda Turma",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"-",
"AGR",
"-",
"ED",
"/",
"CE",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ",
"ADAUFC",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ",
"UFCE",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"ASSOCIAÇÃO DOS",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ",
"UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ",
"UFCE",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Cezar Peluso",
"Sepúlveda Pertence",
"GILMAR MENDES",
"Cezar Peluso",
"Sepúlveda Pertence",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"RODRIGO ANTONIO MAIA BARRETO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"27",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"3",
".",
"2",
".",
"2006",
"11",
".",
"3",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"3",
".",
"2",
".",
"2006",
"11",
".",
"3",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622.420 CEARÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:JOSÉ DJALMA RAMOS CUNHA
ADV.(A/S)
:PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
CEARÁ
EMBDO.(A/S)
:EVELINE ABREU FREITAS
ADV.(A/S)
:PAULO CAMILLO
EMENTA
Embargos de declaração em recurso extraordinário. Matéria
criminal. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental.
Possibilidade. Ofensa reflexa à Constituição Federal. Negativa de
prestação jurisdicional. Não ocorrência. Regimental ao qual se nega
provimento. Crimes de estupro e atentado violento ao pudor. Artigos
213 e 214 do Código Penal. Pedido de reconhecimento da continuidade
delitiva entre os delitos. Possibilidade. Lei nº 12.015/09. Novatio legis
im melius. Retroatividade. Mudança da orientação jurisprudencial da
Corte. Habeas corpus concedido de ofício.
1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental.
2. A afronta aos princípios da ampla defesa e do contraditório, entre
outros, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de
norma infraconstitucional, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à
Constituição Federal e, por isso, não abre passagem ao recurso
extraordinário.
3. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante
decisão suficientemente fundamentada.
4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
5. O advento da Lei nº 12.015/09 alterou de forma substancial a
disciplina dos crimes pelos quais o recorrente foi condenado (arts. 213 e
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Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14
Ementa e Acórdão
RE 622.420 ED / CE
214 do Código Penal). Com efeito, essa alteração fez cessar o óbice ao
reconhecimento da continuidade delitiva entre o estupro e o atentado
violento ao pudor, os quais, no caso concreto, foram cometidos antes da
vigência da lei em questão.
6. Habeas corpus concedido de ofício para determinar ao juízo
competente que examine, como entender de direito, a eventual aplicação
retroativa da Lei nº 12.015/09 ao caso concreto.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de
declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro
Marco Aurélio. Acordam, ademais, os Ministros, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao agravo regimental mas conceder, de
ofício, ordem de habeas corpus para determinar ao Juízo competente que
examine como entender de direito a eventual aplicação retroativa da Lei
nº 12.015/09 ao caso concreto, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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RE 622.420 ED / CE
214 do Código Penal). Com efeito, essa alteração fez cessar o óbice ao
reconhecimento da continuidade delitiva entre o estupro e o atentado
violento ao pudor, os quais, no caso concreto, foram cometidos antes da
vigência da lei em questão.
6. Habeas corpus concedido de ofício para determinar ao juízo
competente que examine, como entender de direito, a eventual aplicação
retroativa da Lei nº 12.015/09 ao caso concreto.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de
declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro
Marco Aurélio. Acordam, ademais, os Ministros, por unanimidade de
votos, em negar provimento ao agravo regimental mas conceder, de
ofício, ordem de habeas corpus para determinar ao Juízo competente que
examine como entender de direito a eventual aplicação retroativa da Lei
nº 12.015/09 ao caso concreto, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
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Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622.420 CEARÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:JOSÉ DJALMA RAMOS CUNHA
ADV.(A/S)
:PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
CEARÁ
EMBDO.(A/S)
:EVELINE ABREU FREITAS
ADV.(A/S)
:PAULO CAMILLO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
José Djalma Ramos Cunha opõe tempestivos embargos de
declaração (fls. 746 a 749 – fax e 752 a 755 – original) contra decisão de fls.
741 a 744 mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário,
com a seguinte fundamentação, na parte que interessa:
“(...)
Contudo, não merece prosperar a irresignação.
É que o tribunal de origem, ao decidir a questão, se ateve
ao exame da legislação infraconstitucional. Portanto, a violação,
se ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja recurso
extraordinário.
Anote-se que e a jurisprudência desta Corte está
consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos
princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas
infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta
ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em
recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622.420 CEARÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S)
:JOSÉ DJALMA RAMOS CUNHA
ADV.(A/S)
:PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO
CEARÁ
EMBDO.(A/S)
:EVELINE ABREU FREITAS
ADV.(A/S)
:PAULO CAMILLO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
José Djalma Ramos Cunha opõe tempestivos embargos de
declaração (fls. 746 a 749 – fax e 752 a 755 – original) contra decisão de fls.
741 a 744 mediante a qual neguei seguimento ao recurso extraordinário,
com a seguinte fundamentação, na parte que interessa:
“(...)
Contudo, não merece prosperar a irresignação.
É que o tribunal de origem, ao decidir a questão, se ateve
ao exame da legislação infraconstitucional. Portanto, a violação,
se ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não enseja recurso
extraordinário.
Anote-se que e a jurisprudência desta Corte está
consolidada no sentido de que as alegações de afronta aos
princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, se dependentes de reexame de normas
infraconstitucionais, podem configurar apenas ofensa indireta
ou reflexa à Constituição Federal, o que não enseja reexame em
recurso extraordinário. Nesse sentido, anote-se:
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14
Relatório
RE 622.420 ED / CE
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. INFRACONSTITUCIONAL. AMPLA
DEFESA. PRODUÇÃO DE PROVAS. REEXAME DE
FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. 1. As alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição. 2. O acórdão
que mantém o indeferimento de diligência probatória tida
por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da
Constituição do Brasil. Precedentes. 3. Reexame da
matéria fático-probatória. Inviabilidade do recurso
extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal
Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI
nº 692.834/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Eros Grau, DJE de 6/2/09);
(...)
Ademais, não há falar em violação do art. 93, inciso IX, da
Constituição da República, pois a jurisdição foi prestada, no
caso em espécie, mediante decisão suficientemente motivada,
não obstante contrária à pretensão do ora recorrente, tendo o
Tribunal a quo, como se observa do acórdão proferido,
justificado suas razões de decidir.
É que o artigo 93, inciso IX, da Constituição, não exige que
o órgão judicante se manifeste sobre todos os argumentos de
defesa apresentados, mas que fundamente as razões que
entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº
463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ 18/5/01).
Como se não bastasse, eventual análise acerca da alegada
violação do princípio constitucional objeto do presente recurso
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 622.420 ED / CE
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. INFRACONSTITUCIONAL. AMPLA
DEFESA. PRODUÇÃO DE PROVAS. REEXAME DE
FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE EM RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. 1. As alegações de desrespeito aos
postulados da legalidade, do devido processo legal, da
motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional
podem configurar, quando muito, situações de ofensa
meramente reflexa ao texto da Constituição. 2. O acórdão
que mantém o indeferimento de diligência probatória tida
por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da
Constituição do Brasil. Precedentes. 3. Reexame da
matéria fático-probatória. Inviabilidade do recurso
extraordinário. Súmula n. 279 do Supremo Tribunal
Federal. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AI
nº 692.834/SP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Eros Grau, DJE de 6/2/09);
(...)
Ademais, não há falar em violação do art. 93, inciso IX, da
Constituição da República, pois a jurisdição foi prestada, no
caso em espécie, mediante decisão suficientemente motivada,
não obstante contrária à pretensão do ora recorrente, tendo o
Tribunal a quo, como se observa do acórdão proferido,
justificado suas razões de decidir.
É que o artigo 93, inciso IX, da Constituição, não exige que
o órgão judicante se manifeste sobre todos os argumentos de
defesa apresentados, mas que fundamente as razões que
entendeu suficientes à formação de seu convencimento (RE nº
463.139/RJ-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJ de 3/2/06; e RE nº 181.039/SP-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Ellen Gracie, DJ 18/5/01).
Como se não bastasse, eventual análise acerca da alegada
violação do princípio constitucional objeto do presente recurso
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14
Relatório
RE 622.420 ED / CE
demandaria o necessário reexame do conjunto fático-
probatório, inviável no âmbito do recurso extraordinário, a teor
do que dispõem a Súmula nº 279 desta Suprema Corte.
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso
extraordinário” (fls. 742/743 – grifos conforme o original).
Em suas razões, alega, em síntese, que a decisão embargada teria
sido omissa ao não observar que
“a situação do embargante sofreu sensível modificação
após o advento da reforma no Código Penal trazida pela Lei nº
12.015/09, notadamente em face dos artigos 213 e 214 do Código
Penal que hoje estão condensados no mesmo dispositivo” (fl.
753).
Argumenta que
“o embargante restou condenado por concurso de crime
de estupro e atentado ao pudor contra a mesma vítima, fato
ocorrido [antes] da mudança no texto legal, o que infere dizer
que após a reforma há de ser admitida a continuidade delitiva
(...)” (fl. 753).
É o relatório.
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 622.420 ED / CE
demandaria o necessário reexame do conjunto fático-
probatório, inviável no âmbito do recurso extraordinário, a teor
do que dispõem a Súmula nº 279 desta Suprema Corte.
Ante o exposto, nego seguimento ao recurso
extraordinário” (fls. 742/743 – grifos conforme o original).
Em suas razões, alega, em síntese, que a decisão embargada teria
sido omissa ao não observar que
“a situação do embargante sofreu sensível modificação
após o advento da reforma no Código Penal trazida pela Lei nº
12.015/09, notadamente em face dos artigos 213 e 214 do Código
Penal que hoje estão condensados no mesmo dispositivo” (fl.
753).
Argumenta que
“o embargante restou condenado por concurso de crime
de estupro e atentado ao pudor contra a mesma vítima, fato
ocorrido [antes] da mudança no texto legal, o que infere dizer
que após a reforma há de ser admitida a continuidade delitiva
(...)” (fl. 753).
É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622.420 CEARÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Converto os embargos de declaração em agravo regimental, na
esteira da jurisprudência desta Corte.
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme restou consignado na decisão ora recorrida, a violação dos
dispositivos constitucionais ora suscitados, se ocorresse, seria indireta ou
reflexa, o que não enseja o seu reexame em recurso extraordinário.
Anote-se que a jurisprudência desta Corte pacificou-se no sentido de
que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal,
da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa
indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o
reexame da matéria em recurso extraordinário.
Nesse sentido, avigorando os precedentes já mencionados na decisão
ora agravada, destaco os seguintes julgados:
“AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO
ARTIGO 5º, XXXIX E LIV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE DISCUTE MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA
OU
INDIRETA.
AGRAVO
REGIMENTAL
IMPROVIDO.
Inviabilidade do recurso extraordinário para discutir questão
infraconstitucional sob a alegação de ofensa do disposto no art.
5º, XXXIX e LIV, da Constituição Federal. Caracterização de
ofensa reflexa ou indireta. Agravo regimental parcialmente
conhecido e, nesta parte, improvido” (AI nº 651.927/SP-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de
30/5/08);
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622.420 CEARÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Converto os embargos de declaração em agravo regimental, na
esteira da jurisprudência desta Corte.
O inconformismo não merece prosperar.
Conforme restou consignado na decisão ora recorrida, a violação dos
dispositivos constitucionais ora suscitados, se ocorresse, seria indireta ou
reflexa, o que não enseja o seu reexame em recurso extraordinário.
Anote-se que a jurisprudência desta Corte pacificou-se no sentido de
que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo legal, da
ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e da
prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal,
da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas ofensa
indireta ou reflexa à Constituição da República, o que não enseja o
reexame da matéria em recurso extraordinário.
Nesse sentido, avigorando os precedentes já mencionados na decisão
ora agravada, destaco os seguintes julgados:
“AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO
ARTIGO 5º, XXXIX E LIV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE DISCUTE MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA
OU
INDIRETA.
AGRAVO
REGIMENTAL
IMPROVIDO.
Inviabilidade do recurso extraordinário para discutir questão
infraconstitucional sob a alegação de ofensa do disposto no art.
5º, XXXIX e LIV, da Constituição Federal. Caracterização de
ofensa reflexa ou indireta. Agravo regimental parcialmente
conhecido e, nesta parte, improvido” (AI nº 651.927/SP-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de
30/5/08);
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 622.420 ED / CE
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1.
O acórdão que mantém o indeferimento de diligência
probatória tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da
Constituição do Brasil. Precedentes. 2. As alegações de
desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo
legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se
dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem
configurar, quando muito, situações de ofensa meramente
reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se
nega provimento” (AI nº 531.906/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 14/11/07).
Aliás, nas palavras do eminente Ministro Cezar Peluso, quando do
julgamento do RE nº 593.729/SP-AgR,
“é natural que, propondo-se a Constituição como
fundamento jurídico último, formal e material, do
ordenamento, toda questão jurídico-normativa apresente
ângulos ou aspectos de algum modo constitucionais, em
coerência com os predicados da unidade e da lógica que
permeiam toda a ordem jurídica. Mas tal fenômeno não
autoriza que, para efeitos de admissibilidade de recurso
extraordinário, sempre se dê relevo ou prevalência à dimensão
constitucional da quaestio iuris, sob pretexto de a aplicação da
norma ordinária encobrir ofensa à Constituição, porque esse
corte epistemológico de natureza absoluta equivaleria à adoção
de um atalho que, de um lado, degradaria o valor referencial da
Carta, barateando-lhe a eficácia, e, de outro, aniquilaria todo o
alcance teórico das normas infraconstitucionais, enquanto
materialização e desdobramento necessário do ordenamento,
destinadas, que são, a dar atualidade, conseqüência e sentido
prático ao conteúdo normativo inscrito nas disposições
constitucionais” (Segunda Turma, DJe de 6/3/09).
2
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RE 622.420 ED / CE
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. CERCEAMENTO DE DEFESA.
MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA INDIRETA. 1.
O acórdão que mantém o indeferimento de diligência
probatória tida por desnecessária não ofende o artigo 5º, LV, da
Constituição do Brasil. Precedentes. 2. As alegações de
desrespeito aos postulados da legalidade, do devido processo
legal, da motivação dos atos decisórios, do contraditório, dos
limites da coisa julgada e da prestação jurisdicional, se
dependentes de reexame prévio de normas inferiores, podem
configurar, quando muito, situações de ofensa meramente
reflexa ao texto da Constituição. Agravo regimental a que se
nega provimento” (AI nº 531.906/RJ-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 14/11/07).
Aliás, nas palavras do eminente Ministro Cezar Peluso, quando do
julgamento do RE nº 593.729/SP-AgR,
“é natural que, propondo-se a Constituição como
fundamento jurídico último, formal e material, do
ordenamento, toda questão jurídico-normativa apresente
ângulos ou aspectos de algum modo constitucionais, em
coerência com os predicados da unidade e da lógica que
permeiam toda a ordem jurídica. Mas tal fenômeno não
autoriza que, para efeitos de admissibilidade de recurso
extraordinário, sempre se dê relevo ou prevalência à dimensão
constitucional da quaestio iuris, sob pretexto de a aplicação da
norma ordinária encobrir ofensa à Constituição, porque esse
corte epistemológico de natureza absoluta equivaleria à adoção
de um atalho que, de um lado, degradaria o valor referencial da
Carta, barateando-lhe a eficácia, e, de outro, aniquilaria todo o
alcance teórico das normas infraconstitucionais, enquanto
materialização e desdobramento necessário do ordenamento,
destinadas, que são, a dar atualidade, conseqüência e sentido
prático ao conteúdo normativo inscrito nas disposições
constitucionais” (Segunda Turma, DJe de 6/3/09).
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 622.420 ED / CE
Continua sua Excelência, in verbis:
“(...)
Tal preponderância só quadra à hipótese de o recurso
alegar e demonstrar que o significado normativo atribuído pela
decisão ao texto da lei subalterna, no ato de aplicá-la ao caso,
guarde possibilidade teórica de afronta a princípio ou regra
constitucional objeto de discussão na causa. E, ainda assim, sem
descurar-se da falácia de conhecido estratagema retórico que,
no recurso, invoca, desnecessariamente, norma constitucional
para justificar pretensão de releitura da norma
infraconstitucional aplicada, quando, na instância ordinária,
não se discutiu ou, o que é mais, nem se delineie eventual
incompatibilidade entre ambas. É coisa que não escapou a velho
precedente da Corte, do qual consta o seguinte:
'[...] observo, com relação [à questão constitucional],
que é incomum que, para se interpretar um texto
infraconstitucional, haja necessidade de, para reforçar a
exegese, se invocarem textos constitucionais, exceto
quando seja preciso conciliar a lei ordinária com a
Constituição por meio da técnica da interpretação
conforme a Carta Magna’ (voto do Min. MOREIRA
ALVES, no RE nº 147.684, Rel. Min. SEPÚLVEDA
PERTENCE, in RTJ 148/2).”
De outra feita, reafirmo que não há falar em afronta ao art. 93, inciso
IX, da Constituição, pois a jurisdição foi prestada, no caso em apreço,
mediante decisões suficientemente fundamentadas, não obstante
contrárias à pretensão da parte recorrente, tendo o juízo de origem, como
se extrai, respectivamente, da sentença e do acórdão proferidos,
explicitado suas razões de decidir.
Anote-se que o referido preceito constitucional não determina que o
órgão judicante se manifeste sobre todos os argumentos de defesa
3
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RE 622.420 ED / CE
Continua sua Excelência, in verbis:
“(...)
Tal preponderância só quadra à hipótese de o recurso
alegar e demonstrar que o significado normativo atribuído pela
decisão ao texto da lei subalterna, no ato de aplicá-la ao caso,
guarde possibilidade teórica de afronta a princípio ou regra
constitucional objeto de discussão na causa. E, ainda assim, sem
descurar-se da falácia de conhecido estratagema retórico que,
no recurso, invoca, desnecessariamente, norma constitucional
para justificar pretensão de releitura da norma
infraconstitucional aplicada, quando, na instância ordinária,
não se discutiu ou, o que é mais, nem se delineie eventual
incompatibilidade entre ambas. É coisa que não escapou a velho
precedente da Corte, do qual consta o seguinte:
'[...] observo, com relação [à questão constitucional],
que é incomum que, para se interpretar um texto
infraconstitucional, haja necessidade de, para reforçar a
exegese, se invocarem textos constitucionais, exceto
quando seja preciso conciliar a lei ordinária com a
Constituição por meio da técnica da interpretação
conforme a Carta Magna’ (voto do Min. MOREIRA
ALVES, no RE nº 147.684, Rel. Min. SEPÚLVEDA
PERTENCE, in RTJ 148/2).”
De outra feita, reafirmo que não há falar em afronta ao art. 93, inciso
IX, da Constituição, pois a jurisdição foi prestada, no caso em apreço,
mediante decisões suficientemente fundamentadas, não obstante
contrárias à pretensão da parte recorrente, tendo o juízo de origem, como
se extrai, respectivamente, da sentença e do acórdão proferidos,
explicitado suas razões de decidir.
Anote-se que o referido preceito constitucional não determina que o
órgão judicante se manifeste sobre todos os argumentos de defesa
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RE 622.420 ED / CE
apresentados pelo então agravante, mas, sim, que fundamente as razões
que entendeu suficientes à formação de seu convencimento.
Na esteira desse entendimento, destaco precedentes:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSO PENAL. MATÉRIA CRIMINAL.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO.
FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ART. 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. Se a questão constitucional
invocada no recurso extraordinário não foi objeto de debate no
acórdão recorrido, fica desatendido o pressuposto recursal do
prequestionamento, imprescindível para o conhecimento do
apelo extremo. 2. Decisão fundamentada, embora contrária aos
interesses da parte, não configura negativa de prestação
jurisdicional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI nº 821.645/SP-AgR, Segunda Turma, Relatora
a Ministra Ellen Gracie, DJe de 20/6/11);
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
REQUISITOS DE
ADMISSIBILIDADE
DO
RECURSO
ESPECIAL.
REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA. ART. 93, IX, DA CF.
DECISÃO
SUFICIENTEMENTE
FUNDAMENTADA.
INEXISTÊNCIA DE NOVOS ARGUMENTOS. AGRAVO
IMPROVIDO. I - É pacífico o entendimento nesta Corte de que
não cabe rever, em recurso extraordinário, decisão do Superior
Tribunal de Justiça que inadmitiu recurso especial. II – Os
ministros dessa Corte, no RE 598.365/MG, recusaram o recurso
extraordinário ante a ausência de repercussão geral sobre os
pressupostos de admissibilidade de recursos de Cortes
diversas, por não se tratar de matéria constitucional. III - A
exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a
decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o
julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu
convencimento. IV - Inexistência de novos argumentos capazes
de afastar as razões expendidas na decisão ora atacada, que
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Supremo Tribunal Federal
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apresentados pelo então agravante, mas, sim, que fundamente as razões
que entendeu suficientes à formação de seu convencimento.
Na esteira desse entendimento, destaco precedentes:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSO PENAL. MATÉRIA CRIMINAL.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO.
FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ART. 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. Se a questão constitucional
invocada no recurso extraordinário não foi objeto de debate no
acórdão recorrido, fica desatendido o pressuposto recursal do
prequestionamento, imprescindível para o conhecimento do
apelo extremo. 2. Decisão fundamentada, embora contrária aos
interesses da parte, não configura negativa de prestação
jurisdicional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI nº 821.645/SP-AgR, Segunda Turma, Relatora
a Ministra Ellen Gracie, DJe de 20/6/11);
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL EM
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
REQUISITOS DE
ADMISSIBILIDADE
DO
RECURSO
ESPECIAL.
REPERCUSSÃO GERAL. AUSÊNCIA. ART. 93, IX, DA CF.
DECISÃO
SUFICIENTEMENTE
FUNDAMENTADA.
INEXISTÊNCIA DE NOVOS ARGUMENTOS. AGRAVO
IMPROVIDO. I - É pacífico o entendimento nesta Corte de que
não cabe rever, em recurso extraordinário, decisão do Superior
Tribunal de Justiça que inadmitiu recurso especial. II – Os
ministros dessa Corte, no RE 598.365/MG, recusaram o recurso
extraordinário ante a ausência de repercussão geral sobre os
pressupostos de admissibilidade de recursos de Cortes
diversas, por não se tratar de matéria constitucional. III - A
exigência do art. 93, IX, da Constituição, não impõe seja a
decisão exaustivamente fundamentada. O que se busca é que o
julgador informe de forma clara e concisa as razões de seu
convencimento. IV - Inexistência de novos argumentos capazes
de afastar as razões expendidas na decisão ora atacada, que
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RE 622.420 ED / CE
deve ser mantida. V - Agravo regimental improvido” (AI nº
797.581/PB-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 1º/2/11 – grifei).
Contudo, tenho que o caso é de concessão de ordem de habeas
corpus de ofício.
Isso porque o advento da Lei nº 12.015/09 alterou de forma
substancial a disciplina dos crimes pelos quais o recorrente foi condenado
(arts. 213 e 214 do Código Penal). Com efeito, essa alteração fez cessar o
óbice ao reconhecimento da continuidade delitiva entre o estupro e o
atentado violento ao pudor, os quais, no caso concreto, foram cometidos
antes da vigência da lei em questão.
Aliás, esta Suprema Corte reúne precedentes nesse sentido. Confira-
se:
“Habeas corpus.
2. Exame criminológico. Lei nº
10.792/2003. Discricionariedade do magistrado competente.
Decisão devidamente fundamentada. Ausência de
constrangimento ilegal. 3. Estupro e atentado violento ao
pudor. Superveniência da Lei n. 12.015/2009. Retroatividade da
lei penal mais benéfica (CF, art. 5º, XL). Continuidade delitiva.
Possibilidade. 4. Ordem concedida de ofício” (HC nº 101.116,
Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de
19/11/10);
“HABEAS CORPUS.
CRIMES DE ESTUPRO E
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. CONCURSO
MATERIAL. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO STF E
DO STJ. ALTERAÇÃO DOS ARTS. 213 E 214 DO CÓDIGO
PENAL, NOS TERMOS DA LEI 12.015/09. PEDIDO DE
IMEDIATA APLICAÇÃO RETROATIVA DE EVENTUAL LEI
PENAL MAIS BENÉFICA. MATÉRIA QUE NÃO FOI
APRECIADA
PELAS
INSTÂNCIAS
JUDICANTES
COMPETENTES. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
SÚMULA 611 DO STF. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO.
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deve ser mantida. V - Agravo regimental improvido” (AI nº
797.581/PB-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, DJe de 1º/2/11 – grifei).
Contudo, tenho que o caso é de concessão de ordem de habeas
corpus de ofício.
Isso porque o advento da Lei nº 12.015/09 alterou de forma
substancial a disciplina dos crimes pelos quais o recorrente foi condenado
(arts. 213 e 214 do Código Penal). Com efeito, essa alteração fez cessar o
óbice ao reconhecimento da continuidade delitiva entre o estupro e o
atentado violento ao pudor, os quais, no caso concreto, foram cometidos
antes da vigência da lei em questão.
Aliás, esta Suprema Corte reúne precedentes nesse sentido. Confira-
se:
“Habeas corpus.
2. Exame criminológico. Lei nº
10.792/2003. Discricionariedade do magistrado competente.
Decisão devidamente fundamentada. Ausência de
constrangimento ilegal. 3. Estupro e atentado violento ao
pudor. Superveniência da Lei n. 12.015/2009. Retroatividade da
lei penal mais benéfica (CF, art. 5º, XL). Continuidade delitiva.
Possibilidade. 4. Ordem concedida de ofício” (HC nº 101.116,
Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJe de
19/11/10);
“HABEAS CORPUS.
CRIMES DE ESTUPRO E
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. CONCURSO
MATERIAL. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO STF E
DO STJ. ALTERAÇÃO DOS ARTS. 213 E 214 DO CÓDIGO
PENAL, NOS TERMOS DA LEI 12.015/09. PEDIDO DE
IMEDIATA APLICAÇÃO RETROATIVA DE EVENTUAL LEI
PENAL MAIS BENÉFICA. MATÉRIA QUE NÃO FOI
APRECIADA
PELAS
INSTÂNCIAS
JUDICANTES
COMPETENTES. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
SÚMULA 611 DO STF. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO.
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RE 622.420 ED / CE
1. A decisão impugnada assentou a ocorrência de concurso
material entre os delitos de estupro e atentado violento ao
pudor, nos termos da reiterada jurisprudência do STF.
2. Na concreta situação dos autos, o tema da aplicação
retroativa de eventuais efeitos benéficos da Lei 12.015/09 não foi
submetido a exame das instâncias judicantes de origem. É dizer:
o pedido veiculado neste habeas corpus não foi apreciado pelo
Superior Tribunal de Justiça nem pelo Tribunal de Justiça de
Justiça do São Paulo. Tribunais que apenas discutiram a
possibilidade, ou não, de continuidade delitiva entre os delitos
de estupro e atentado violento ao pudor, com base na
interpretação conferida à redação originária dos arts. 213 e 214
do Código Penal. Assim, a imediata apreciação da matéria pelo
Supremo Tribunal Federal acarretaria uma indevida supressão
de instâncias. Precedentes.
3. Isso não obstante, nada impede que o Juízo das
Execuções Criminais examine a concreta situação dos autos
para, se for o caso, estender ao paciente eventual efeito benéfico
da Lei 12.015/09, na parte em que foi alterada a redação do art.
213 do Código Penal. Tal como autorizado pela Súmula 611 do
STF.
4. Habeas corpus não conhecido; porém concedida a
ordem de ofício para determinar que o Juízo das Execuções
Criminais examine, como entender de direito, eventual
aplicação retroativa da Lei 12.015/09 ao caso dos autos” (HC nº
102.355, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe
de 28/5/10);
“HABEAS CORPUS.
CRIMES DE ESTUPRO E
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. CONCURSO
MATERIAL. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. ALTERAÇÃO DOS ARTS. 213 E 214
DO CÓDIGO PENAL, NOS TERMOS DA LEI 12.015/2009.
REITERAÇÃO DE PEDIDO JÁ DENEGADO PELA PRIMEIRA
TURMA DO STF. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
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Supremo Tribunal Federal
RE 622.420 ED / CE
1. A decisão impugnada assentou a ocorrência de concurso
material entre os delitos de estupro e atentado violento ao
pudor, nos termos da reiterada jurisprudência do STF.
2. Na concreta situação dos autos, o tema da aplicação
retroativa de eventuais efeitos benéficos da Lei 12.015/09 não foi
submetido a exame das instâncias judicantes de origem. É dizer:
o pedido veiculado neste habeas corpus não foi apreciado pelo
Superior Tribunal de Justiça nem pelo Tribunal de Justiça de
Justiça do São Paulo. Tribunais que apenas discutiram a
possibilidade, ou não, de continuidade delitiva entre os delitos
de estupro e atentado violento ao pudor, com base na
interpretação conferida à redação originária dos arts. 213 e 214
do Código Penal. Assim, a imediata apreciação da matéria pelo
Supremo Tribunal Federal acarretaria uma indevida supressão
de instâncias. Precedentes.
3. Isso não obstante, nada impede que o Juízo das
Execuções Criminais examine a concreta situação dos autos
para, se for o caso, estender ao paciente eventual efeito benéfico
da Lei 12.015/09, na parte em que foi alterada a redação do art.
213 do Código Penal. Tal como autorizado pela Súmula 611 do
STF.
4. Habeas corpus não conhecido; porém concedida a
ordem de ofício para determinar que o Juízo das Execuções
Criminais examine, como entender de direito, eventual
aplicação retroativa da Lei 12.015/09 ao caso dos autos” (HC nº
102.355, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe
de 28/5/10);
“HABEAS CORPUS.
CRIMES DE ESTUPRO E
ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR. CONCURSO
MATERIAL. JURISPRUDÊNCIA CONSOLIDADA DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL E DO SUPERIOR
TRIBUNAL DE JUSTIÇA. ALTERAÇÃO DOS ARTS. 213 E 214
DO CÓDIGO PENAL, NOS TERMOS DA LEI 12.015/2009.
REITERAÇÃO DE PEDIDO JÁ DENEGADO PELA PRIMEIRA
TURMA DO STF. HABEAS CORPUS NÃO CONHECIDO.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 622.420 ED / CE
SÚMULA 611/STF. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO.
1. A decisão impugnada deu pela ocorrência de concurso
material entre os delitos de estupro e atentado violento ao
pudor, nos termos da reiterada jurisprudência do STJ e do STF.
2. Na concreta situação dos autos, o impetrante reitera o
pedido de reconhecimento da continuidade entre os delitos
pelos quais se acha definitivamente condenado. Pedido já
rechaçado pela Primeira Turma deste STF, no julgamento do
HC 93.981, também de minha relatoria.
3. Sucede que, após o julgamento, a Lei 12.015/2009,
editada em 07 de agosto de 2009, alterou substancialmente a
disciplina dos crimes pelos quais o acionante foi condenado
(arts. 213 e 214 do Código Penal). Alteração que fez cessar o
óbice ao reconhecimento da continuidade delitiva entre o
estupro e o atentado violento ao pudor, cometidos antes da
vigência da Lei 12.015/2009. Precedentes.
4. Habeas corpus não conhecido, mas deferido de ofício
para determinar ao Juiz das Execuções Penais que proceda, nos
termos da Súmula 611 deste Supremo Tribunal Federal, à
‘aplicação de lei mais benigna’. Juízo que há de observar, pena
de reformatio in pejus, os limites fixados no Agravo de
Execução nº 70006882997/TJ/RS” (HC nº 99.544, Segunda
Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 1º/2/11).
Diante desse quadro, tendo em vista serem os fundamentos do
agravante insuficientes para modificar a decisão ora agravada, nego
provimento ao regimental. Contudo, concedo ordem de habeas corpus de
ofício para determinar ao juízo competente que examine, como entender
de direito, a eventual aplicação retroativa da Lei nº 12.015/09 ao caso
concreto.
É como voto.
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Supremo Tribunal Federal
RE 622.420 ED / CE
SÚMULA 611/STF. ORDEM CONCEDIDA DE OFÍCIO.
1. A decisão impugnada deu pela ocorrência de concurso
material entre os delitos de estupro e atentado violento ao
pudor, nos termos da reiterada jurisprudência do STJ e do STF.
2. Na concreta situação dos autos, o impetrante reitera o
pedido de reconhecimento da continuidade entre os delitos
pelos quais se acha definitivamente condenado. Pedido já
rechaçado pela Primeira Turma deste STF, no julgamento do
HC 93.981, também de minha relatoria.
3. Sucede que, após o julgamento, a Lei 12.015/2009,
editada em 07 de agosto de 2009, alterou substancialmente a
disciplina dos crimes pelos quais o acionante foi condenado
(arts. 213 e 214 do Código Penal). Alteração que fez cessar o
óbice ao reconhecimento da continuidade delitiva entre o
estupro e o atentado violento ao pudor, cometidos antes da
vigência da Lei 12.015/2009. Precedentes.
4. Habeas corpus não conhecido, mas deferido de ofício
para determinar ao Juiz das Execuções Penais que proceda, nos
termos da Súmula 611 deste Supremo Tribunal Federal, à
‘aplicação de lei mais benigna’. Juízo que há de observar, pena
de reformatio in pejus, os limites fixados no Agravo de
Execução nº 70006882997/TJ/RS” (HC nº 99.544, Segunda
Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de 1º/2/11).
Diante desse quadro, tendo em vista serem os fundamentos do
agravante insuficientes para modificar a decisão ora agravada, nego
provimento ao regimental. Contudo, concedo ordem de habeas corpus de
ofício para determinar ao juízo competente que examine, como entender
de direito, a eventual aplicação retroativa da Lei nº 12.015/09 ao caso
concreto.
É como voto.
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622.420 CEARÁ
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, fico
vencido na conversão e na matéria de fundo. Nunca entendi essa
jurisprudência do Supremo em não reconhecer a continuidade delitiva no
caso de atentado violento ao pudor e estupro.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Já antes da lei.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Exatamente. Concluo
pelo concurso material. Quer dizer, estuprou, mas deu um beijinho,
responde quanto ao beijo pelo atentado e responde pelo crime mais
grave. Nunca entendi essa jurisprudência, mas veio a lei e afastou a
concepção sobre a matéria.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Então, a única glosa é em relação à conversão. No mais, acompanha.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sim, na concessão de
ofício.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622.420 CEARÁ
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Presidente, fico
vencido na conversão e na matéria de fundo. Nunca entendi essa
jurisprudência do Supremo em não reconhecer a continuidade delitiva no
caso de atentado violento ao pudor e estupro.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Já antes da lei.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Exatamente. Concluo
pelo concurso material. Quer dizer, estuprou, mas deu um beijinho,
responde quanto ao beijo pelo atentado e responde pelo crime mais
grave. Nunca entendi essa jurisprudência, mas veio a lei e afastou a
concepção sobre a matéria.
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (PRESIDENTE E
RELATOR):
Então, a única glosa é em relação à conversão. No mais, acompanha.
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Sim, na concessão de
ofício.
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622.420
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : JOSÉ DJALMA RAMOS CUNHA
ADV.(A/S) : PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
EMBDO.(A/S) : EVELINE ABREU FREITAS
ADV.(A/S) : PAULO CAMILLO
Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos
de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor
Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental, mas concedeu, de ofício, a ordem de habeas
corpus para determinar ao Juízo competente que examine como
entender de direito a eventual aplicação retroativa da Lei n.
12.015/2009 ao caso concreto, nos termos do voto do Relator.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076490
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622.420
PROCED. : CEARÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
EMBTE.(S) : JOSÉ DJALMA RAMOS CUNHA
ADV.(A/S) : PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
EMBDO.(A/S) : EVELINE ABREU FREITAS
ADV.(A/S) : PAULO CAMILLO
Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos
de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor
Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental, mas concedeu, de ofício, a ordem de habeas
corpus para determinar ao Juízo competente que examine como
entender de direito a eventual aplicação retroativa da Lei n.
12.015/2009 ao caso concreto, nos termos do voto do Relator.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3163974 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, mas concedeu, de ofício, a ordem de habeas corpus para determinar ao Juízo competente que examine como entender de direito a eventual aplicação retroativa da Lei n. 12.015/2009 ao caso concreto, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | EMB.DECL. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
Embargos de declaração em recurso extraordinário. Matéria criminal. Conversão dos embargos declaratórios em agravo regimental. Possibilidade. Ofensa reflexa à Constituição Federal. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Regimental ao qual se nega provimento. Crimes de estupro e atentado violento ao pudor. Artigos 213 e 214 do Código Penal. Pedido de reconhecimento da continuidade delitiva entre os delitos. Possibilidade. Lei nº 12.015/09. Novatio legis im melius. Retroatividade. Mudança da orientação jurisprudencial da Corte. Habeas corpus concedido de ofício.
1. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental.
2. A afronta aos princípios da ampla defesa e do contraditório, entre outros, quando depende, para ser reconhecida como tal, da análise de norma infraconstitucional, configura apenas ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal e, por isso, não abre passagem ao recurso extraordinário.
3. A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante decisão suficientemente fundamentada.
4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
5. O advento da Lei nº 12.015/09 alterou de forma substancial a disciplina dos crimes pelos quais o recorrente foi condenado (arts. 213 e 214 do Código Penal). Com efeito, essa alteração fez cessar o óbice ao reconhecimento da continuidade delitiva entre o estupro e o atentado violento ao pudor, os quais, no caso concreto, foram cometidos antes da vigência da lei em questão.
6. Habeas corpus concedido de ofício para determinar ao juízo competente que examine, como entender de direito, a eventual aplicação retroativa da Lei nº 12.015/09 ao caso concreto. | sjur220879 | - Acórdãos citados:
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 651927 AgR(2ªT), AI 531906 AgR(2ªT), RE 593729 AgR(2ªT);
(PREQUESTIONAMENTO)
STF: AI 797581 AgR(2ªT), AI 821645 AgR(2ªT);
(CONTINUIDADE DELITIVA)
STF: HC 99544(2ªT), HC 101116(2ªT), HC 102355(2ªT).
Número de páginas: 14.
Análise: 14/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 622420 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00213 ART-00214 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-012015 ANO-2009\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | RE-ED | acordaos | RE 622420 ED | [
""
] | EMBTE.(S) : JOSÉ DJALMA RAMOS CUNHA
ADV.(A/S) : PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ
EMBDO.(A/S) : EVELINE ABREU FREITAS
ADV.(A/S) : PAULO CAMILLO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622 . 420",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622 . 420",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI [UNK] 692 . 834 / SP - AgR",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 181 . 039 / SP - AgR",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"Súmula n . 279 do Supremo Tribunal Federal",
"AI [UNK] 692 . 834 / SP - AgR",
"RE [UNK] 463 . 139 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 181 . 039 / SP - AgR",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"Súmula [UNK] 279 desta Suprema Corte",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"Súmula [UNK] 279 desta Suprema Corte",
"AI [UNK] 651 . 927 / SP - AgR",
"AI [UNK] 651 . 927 / SP - AgR",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"AI [UNK] 531 . 906 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 593 . 729 / SP - AgR",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"AI [UNK] 531 . 906 / RJ - AgR",
"RE [UNK] 593 . 729 / SP - AgR",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"RE [UNK] 147 . 684",
"RTJ 148 / 2",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"RE [UNK] 147 . 684",
"RTJ 148 / 2",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"AI [UNK] 821 . 645 / SP - AgR",
"RE 598 . 365 / MG",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"AI [UNK] 821 . 645 / SP - AgR",
"RE 598 . 365 / MG",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"AI [UNK] 797 . 581 / PB - AgR",
"HC [UNK] 101 . 116",
"SÚMULA 611 DO STF",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"AI [UNK] 797 . 581 / PB - AgR",
"HC [UNK] 101 . 116",
"SÚMULA 611 DO STF",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"Súmula 611 do STF",
"HC [UNK] 102 . 355",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"Súmula 611 do STF",
"HC [UNK] 102 . 355",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"SÚMULA 611 / STF",
"HC 93 . 981",
"Súmula 611 deste Supremo Tribunal Federal",
"HC [UNK] 99 . 544",
"RE 622 . 420 ED / CE",
"SÚMULA 611 / STF",
"HC 93 . 981",
"Súmula 611 deste Supremo Tribunal Federal",
"Agravo de Execução [UNK] 70006882997 / TJ / RS",
"HC [UNK] 99 . 544",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622 . 420",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622 . 420",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622 . 420",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 622 . 420"
],
"LEGISLACAO": [
"Constituição Federal",
"Artigos 213 e 214 do Código Penal",
"Lei [UNK] 12 . 015 / 09",
"Constituição Federal",
"Lei [UNK] 12 . 015 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"214 do Código Penal",
"Lei [UNK] 12 . 015 / 09",
"Lei [UNK] 12 . 015 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"214 do Código Penal",
"Lei [UNK] 12 . 015 / 09",
"Lei [UNK] 12 . 015 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"artigo [UNK] , LV , da Constituição do Brasil",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição da República",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"artigo [UNK] , LV , da Constituição do Brasil",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição da República",
"artigo 93 , inciso IX , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código Penal",
"Lei [UNK] 12 . 015 / 09",
"artigos 213 e 214 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Código Penal",
"Lei [UNK] 12 . 015 / 09",
"artigos 213 e 214 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"ARTIGO [UNK] , XXXIX E LIV , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . [UNK] , XXXIX e LIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"ARTIGO [UNK] , XXXIX E LIV , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . [UNK] , XXXIX e LIV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , LV , da Constituição do Brasil",
"Constituição",
"Constituição",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo [UNK] , LV , da Constituição do Brasil",
"Constituição",
"Constituição",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Carta Magna",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição",
"Carta Magna",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"ART . 93 , IX , DA CF",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"ART . 93 , IX , DA CF",
"art . 93 , IX , da Constituição",
"Lei [UNK] 12 . 015 / 09",
"arts . 213 e 214 do Código Penal",
"Lei [UNK] 10 . 792 / 2003",
"Lei n . 12 . 015 / 2009",
"CF , art . [UNK] , XL",
"214 DO CÓDIGO PENAL",
"LEI 12 . 015 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 12 . 015 / 09",
"arts . 213 e 214 do Código Penal",
"Lei [UNK] 10 . 792 / 2003",
"Lei n . 12 . 015 / 2009",
"CF , art . [UNK] , XL",
"ARTS . 213 E 214 DO CÓDIGO PENAL",
"LEI 12 . 015 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 015 / 09",
"arts . 213 e 214 do Código Penal",
"Lei 12 . 015 / 09",
"art . 213 do Código Penal",
"Lei 12 . 015 / 09",
"ARTS",
"LEI 12 . 015 / 2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 015 / 09",
"arts . 213 e 214 do Código Penal",
"Lei 12 . 015 / 09",
"art . 213 do Código Penal",
"Lei 12 . 015 / 09",
"LEI 12 . 015 / 2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 015 / 2009",
"arts . 213 e 214 do Código Penal",
"Lei 12 . 015 / 2009",
"Lei [UNK] 12 . 015 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei 12 . 015 / 2009",
"arts . 213 e 214 do Código Penal",
"Lei 12 . 015 / 2009",
"Lei [UNK] 12 . 015 / 09",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 12 . 015 / 2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 12 . 015 / 2009",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"Brasília",
"Brasília",
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"CEARÁ",
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ",
"CEARÁ",
"ESTADO DO CEARÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"Segunda Turma",
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"-",
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"Segunda Turma",
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"-",
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"Segunda Turma",
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"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
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"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
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"-",
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"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Tribunal de Justiça de Justiça do São Paulo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"PRIMEIRA TURMA DO STF",
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"-",
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"STJ",
"STF",
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"-",
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"STF",
"Primeira Turma",
"STF",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
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"PRIMEIRA TURMA",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO CEARÁ",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ DJALMA RAMOS CUNHA",
"PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO",
"EVELINE ABREU FREITAS",
"PAULO CAMILLO",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"DIAS TOFFOLI",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ DJALMA RAMOS CUNHA",
"PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO",
"EVELINE ABREU FREITAS",
"PAULO CAMILLO",
"DIAS TOFFOLI",
"José Djalma Ramos Cunha",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ DJALMA RAMOS CUNHA",
"PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO",
"EVELINE ABREU FREITAS",
"PAULO CAMILLO",
"DIAS TOFFOLI",
"José Djalma Ramos Cunha",
"Eros Grau",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Eros Grau",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"Eros Grau",
"Cezar Peluso",
"Eros Grau",
"Cezar Peluso",
"DIAS TOFFOLI",
"MOREIRA ALVES",
"SEPÚLVEDA PERTENCE",
"MOREIRA ALVES",
"SEPÚLVEDA PERTENCE",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"DIAS TOFFOLI",
"Ayres Britto",
"Ayres Britto",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"MARCO AURÉLIO",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ DJALMA RAMOS CUNHA",
"PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO",
"EVELINE ABREU FREITAS",
"PAULO CAMILLO",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"JOSÉ DJALMA RAMOS CUNHA",
"PAULO NAPOLEÃO GONÇALVES QUEZADO",
"EVELINE ABREU FREITAS",
"PAULO CAMILLO",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"/",
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"24",
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"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
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"/",
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"/",
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"08",
"/",
"2001",
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"/",
"2",
"/",
"09",
"3",
"/",
"2",
"/",
"06",
"18",
"/",
"5",
"/",
"01",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
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"/",
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"/",
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"30",
"/",
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"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
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"/",
"2012",
"30",
"/",
"5",
"/",
"08",
"24",
"/",
"08",
"/",
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"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"07",
"6",
"/",
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"/",
"09",
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"/",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
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"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"11",
"24",
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"/",
"2001",
"20",
"/",
"6",
"/",
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"2001",
"[UNK]",
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"/",
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"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
"/",
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"/",
"11",
"19",
"/",
"11",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"5",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"5",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"07 de agosto de 2009",
"[UNK]",
"/",
"2",
"/",
"11",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
"07 de agosto de 2009",
"[UNK]",
"/",
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"/",
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"/",
"08",
"/",
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"30",
"/",
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"/",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.659 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S)
:DIOGO ELOI VIANA DA SILVA
IMPTE.(S)
:WALQUIR ROCHA AVELAR JÚNIOR
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Habeas corpus. 2. Tráfico ilícito de entorpecentes. Pedido de liberdade
provisória. Alegação de excesso de prazo e ausência dos requisitos da
prisão preventiva. 3. Superveniência de sentença condenatória. 4. Perda
de objeto no tocante à demora para encerramento da instrução criminal.
5. Manutenção da custódia cautelar justificada na necessidade de garantir
a ordem pública. 6. Ausência de constrangimento ilegal. Ordem
denegada.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, denegar
a ordem, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
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Supremo Tribunal Federal
DJe 20/11/2012
Supremo Tribunal Federal
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Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.659 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S)
:DIOGO ELOI VIANA DA SILVA
IMPTE.(S)
:WALQUIR ROCHA AVELAR JÚNIOR
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR): Trata-se
de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Walquir Rocha
Avelar Júnior, em favor de Diogo Eloi Viana da Silva, contra acórdão
proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que
denegou a ordem requerida nos autos do HC 187.602/MG.
Na espécie, o paciente foi preso em flagrante pela suposta prática do
delito tipificado no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006, porquanto fora
surpreendido na posse de 1.022,5g (mil e vinte e dois gramas e cinco
centigramas) de cocaína.
Finda a instrução, o Juízo de Direito da 2ª Vara Judicial Cível,
Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de Oliveira/MG
condenou o réu à pena de 9 anos de reclusão e 900 dias-multa, em regime
inicial fechado, tendo-lhe sido negado o direito de recorrer em liberdade.
A defesa, então, impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do
Estado de Minas Gerais, sustentando ausência de fundamentação na
negativa do direito de apelar em liberdade. A Corte estadual denegou a
ordem por entender fundamentada a manutenção da prisão cautelar na
sentença condenatória.
No STJ, a Quinta Turma também denegou a ordem.
No presente writ, a defesa sustenta excesso de prazo da instrução
criminal e ausência de fundamentação no acórdão da 5ª Turma do STJ,
lastreado exclusivamente na vedação do art. 44 da Lei 11.343/2006.
Indeferi a liminar em 1º.6.2012.
A Procuradoria-Geral da República opinou pelo não conhecimento
do habeas corpus e, se conhecido, pela denegação da ordem.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.659 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S)
:DIOGO ELOI VIANA DA SILVA
IMPTE.(S)
:WALQUIR ROCHA AVELAR JÚNIOR
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR): Trata-se
de habeas corpus, com pedido de liminar, impetrado por Walquir Rocha
Avelar Júnior, em favor de Diogo Eloi Viana da Silva, contra acórdão
proferido pela Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que
denegou a ordem requerida nos autos do HC 187.602/MG.
Na espécie, o paciente foi preso em flagrante pela suposta prática do
delito tipificado no art. 33, caput, da Lei 11.343/2006, porquanto fora
surpreendido na posse de 1.022,5g (mil e vinte e dois gramas e cinco
centigramas) de cocaína.
Finda a instrução, o Juízo de Direito da 2ª Vara Judicial Cível,
Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de Oliveira/MG
condenou o réu à pena de 9 anos de reclusão e 900 dias-multa, em regime
inicial fechado, tendo-lhe sido negado o direito de recorrer em liberdade.
A defesa, então, impetrou habeas corpus no Tribunal de Justiça do
Estado de Minas Gerais, sustentando ausência de fundamentação na
negativa do direito de apelar em liberdade. A Corte estadual denegou a
ordem por entender fundamentada a manutenção da prisão cautelar na
sentença condenatória.
No STJ, a Quinta Turma também denegou a ordem.
No presente writ, a defesa sustenta excesso de prazo da instrução
criminal e ausência de fundamentação no acórdão da 5ª Turma do STJ,
lastreado exclusivamente na vedação do art. 44 da Lei 11.343/2006.
Indeferi a liminar em 1º.6.2012.
A Procuradoria-Geral da República opinou pelo não conhecimento
do habeas corpus e, se conhecido, pela denegação da ordem.
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Relatório
HC 113.659 / MG
É o relatório.
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HC 113.659 / MG
É o relatório.
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.659 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR):
Consoante relatado, no presente habeas corpus, a defesa sustenta excesso
de prazo da instrução criminal e ausência de fundamentação da decisão
que negou ao paciente o direito de recorrer em liberdade.
No que concerne ao suposto excesso de prazo para formação da
culpa, verifico que a alegação encontra-se prejudicada, porquanto a
instrução criminal já foi encerrada, tendo sido proferida sentença.
Por outro lado, destaco que o Plenário desta Suprema Corte, em
sessão realizada em 10.5.2012, ao apreciar o Habeas Corpus 104.339/SP,
declarou, incidenter tantum, a inconstitucionalidade da expressão
“liberdade provisória”, constante do art. 44, caput, da Lei 11.343/2006
(acórdão pendente de publicação).
Nesse sentido, forçoso concluir que a segregação cautelar — mesmo
nos crimes atinentes ao tráfico ilícito de entorpecentes — deve ser
analisada tal e qual as prisões decretadas nos casos dos demais delitos
previstos no ordenamento jurídico, o que conduz à necessidade de serem
apreciados os fundamentos da decisão que denegou a liberdade
provisória ao ora paciente, no intuito de verificar se estão presentes os
requisitos do art. 312 do CPP, que rege a matéria.
Atesto que — diversamente do acórdão impugnado, que invocou o
art. 44 da Lei de Drogas para negar ao réu o direito de recorrer em
liberdade — o Juízo da origem, ao manter a segregação cautelar, indicou
elementos aptos a demonstrar a necessidade da prisão, destacando a
natureza do delito, o risco para o meio social, além de considerar que o
acusado permaneceu recolhido por toda a instrução criminal.
A rigor, constato que o simples fato de o crime imputado ser grave
— ou mesmo considerado hediondo —, bem como o fato de ter
respondido ao processo preso, não inviabiliza, de plano, a possibilidade
de apelar em liberdade. Nesse sentido, a remansosa jurisprudência da
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 113.659 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR):
Consoante relatado, no presente habeas corpus, a defesa sustenta excesso
de prazo da instrução criminal e ausência de fundamentação da decisão
que negou ao paciente o direito de recorrer em liberdade.
No que concerne ao suposto excesso de prazo para formação da
culpa, verifico que a alegação encontra-se prejudicada, porquanto a
instrução criminal já foi encerrada, tendo sido proferida sentença.
Por outro lado, destaco que o Plenário desta Suprema Corte, em
sessão realizada em 10.5.2012, ao apreciar o Habeas Corpus 104.339/SP,
declarou, incidenter tantum, a inconstitucionalidade da expressão
“liberdade provisória”, constante do art. 44, caput, da Lei 11.343/2006
(acórdão pendente de publicação).
Nesse sentido, forçoso concluir que a segregação cautelar — mesmo
nos crimes atinentes ao tráfico ilícito de entorpecentes — deve ser
analisada tal e qual as prisões decretadas nos casos dos demais delitos
previstos no ordenamento jurídico, o que conduz à necessidade de serem
apreciados os fundamentos da decisão que denegou a liberdade
provisória ao ora paciente, no intuito de verificar se estão presentes os
requisitos do art. 312 do CPP, que rege a matéria.
Atesto que — diversamente do acórdão impugnado, que invocou o
art. 44 da Lei de Drogas para negar ao réu o direito de recorrer em
liberdade — o Juízo da origem, ao manter a segregação cautelar, indicou
elementos aptos a demonstrar a necessidade da prisão, destacando a
natureza do delito, o risco para o meio social, além de considerar que o
acusado permaneceu recolhido por toda a instrução criminal.
A rigor, constato que o simples fato de o crime imputado ser grave
— ou mesmo considerado hediondo —, bem como o fato de ter
respondido ao processo preso, não inviabiliza, de plano, a possibilidade
de apelar em liberdade. Nesse sentido, a remansosa jurisprudência da
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 113.659 / MG
Corte: HC n. 84.662/BA, rel. Min. Eros Grau, 1ª Turma, unânime, DJ
22.10.2004; HC n. 86.175/SP, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJ
10.11.2006; HC n. 88.448/RJ, de minha relatoria, 2ª Turma, por empate na
votação, DJ 9.3.2007; HC n. 101244/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski,
1ª Turma, unânime, DJe 8.4.2010.
Todavia, afastadas essas premissas, a despeito de a decisão que
indeferiu o direito de o paciente recorrer em liberdade não ser primorosa
em termos de motivação, é certo que, bem ou mal, apresenta dados
concretos hábeis a justificar a preservação da segregação cautelar com
base na ordem pública.
É que, consoante destacado por ocasião da sentença condenatória,
policiais militares, ao abordarem o veículo VW/Gol vermelho, ocupado
pelo paciente e outro corréu, encontraram dois pacotes contendo, no total,
1.022,5g (mil e vinte e dois gramas e cinco centigramas) de cocaína,
escondidos no forro da porta do lado direito, além de uma bucha desta
mesma substância e outra de maconha; na mesma oportunidade
apreenderam a importância de R$ 1.045,00 (mil e quarenta e cinco reais).
Outro dado, para mim elementar, a robustecer ainda mais a
constrição cautelar, é o relato constante do édito condenatório, do policial
militar José Silvério Pereira que, indagado, asseverou que somente em
relação ao acusado Diogo, ora paciente, havia informações de que
traficava drogas e estaria envolvido com traficantes da cidade, bem como
já foram cumpridos alguns mandados de busca e apreensão em sua
residência, objetivando encontrar tóxicos.
Todos esses elementos — rememoro: forma de acondicionamento da
substância entorpecente (ocultada no forro da porta do veículo
automotor), apreensão da importância de R$ 1.045,00 (mil e quarenta e
cinco reais) no ato do flagrante, informações dando conta do
envolvimento do paciente com traficantes da cidade, cumprimento de
mandados de busca e apreensão em sua residência buscando encontrar
tóxicos — levam-me a crer que o envolvimento do paciente não era
meramente ocasional, eventual, fortuito, mas, sim, profissional, o que
demonstra a real necessidade da manutenção da custódia cautelar,
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.659 / MG
Corte: HC n. 84.662/BA, rel. Min. Eros Grau, 1ª Turma, unânime, DJ
22.10.2004; HC n. 86.175/SP, rel. Min. Eros Grau, 2ª Turma, unânime, DJ
10.11.2006; HC n. 88.448/RJ, de minha relatoria, 2ª Turma, por empate na
votação, DJ 9.3.2007; HC n. 101244/MG, rel. Min. Ricardo Lewandowski,
1ª Turma, unânime, DJe 8.4.2010.
Todavia, afastadas essas premissas, a despeito de a decisão que
indeferiu o direito de o paciente recorrer em liberdade não ser primorosa
em termos de motivação, é certo que, bem ou mal, apresenta dados
concretos hábeis a justificar a preservação da segregação cautelar com
base na ordem pública.
É que, consoante destacado por ocasião da sentença condenatória,
policiais militares, ao abordarem o veículo VW/Gol vermelho, ocupado
pelo paciente e outro corréu, encontraram dois pacotes contendo, no total,
1.022,5g (mil e vinte e dois gramas e cinco centigramas) de cocaína,
escondidos no forro da porta do lado direito, além de uma bucha desta
mesma substância e outra de maconha; na mesma oportunidade
apreenderam a importância de R$ 1.045,00 (mil e quarenta e cinco reais).
Outro dado, para mim elementar, a robustecer ainda mais a
constrição cautelar, é o relato constante do édito condenatório, do policial
militar José Silvério Pereira que, indagado, asseverou que somente em
relação ao acusado Diogo, ora paciente, havia informações de que
traficava drogas e estaria envolvido com traficantes da cidade, bem como
já foram cumpridos alguns mandados de busca e apreensão em sua
residência, objetivando encontrar tóxicos.
Todos esses elementos — rememoro: forma de acondicionamento da
substância entorpecente (ocultada no forro da porta do veículo
automotor), apreensão da importância de R$ 1.045,00 (mil e quarenta e
cinco reais) no ato do flagrante, informações dando conta do
envolvimento do paciente com traficantes da cidade, cumprimento de
mandados de busca e apreensão em sua residência buscando encontrar
tóxicos — levam-me a crer que o envolvimento do paciente não era
meramente ocasional, eventual, fortuito, mas, sim, profissional, o que
demonstra a real necessidade da manutenção da custódia cautelar,
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 7
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
HC 113.659 / MG
sobretudo diante do risco concreto de reiteração delitiva.
Não destoam desse entendimento recentes precedentes firmados por
este Supremo Tribunal Federal: “se as circunstâncias concretas da prática do
crime indicam o envolvimento profundo do agente com o tráfico de drogas e, por
conseguinte, a periculosidade e o risco de reiteração delitiva, está justificada a
decretação ou a manutenção da prisão cautelar para resguardar a ordem pública,
desde que igualmente presentes boas provas da materialidade e da autoria” (HC
107.229/PR, rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 8.10.2012); “este
Supremo Tribunal assentou que a periculosidade do agente evidenciada pelo
modus operandi e o risco concreto de reiteração criminosa são motivos idôneos
para a manutenção da custódia cautelar” (HC 110.313/MS, rel. Min. Cármen
Lúcia, Primeira Turma, DJe 13.2.2012).
Nesse diapasão, conforme se depreende dos fundamentos da
decisão, o paciente se viu conduzido ao cárcere por questões
instrumentais devidamente fundamentadas e que são a razão de ser da
impossibilidade de recorrer em liberdade.
Noto que os argumentos esboçados pelo Juízo de primeiro grau
atenderam ao disposto no artigo 312 do CPP, que rege a matéria, e à
interpretação que o Supremo Tribunal Federal dá ao dispositivo. Vale
dizer, do ato decisório transcrito é possível inferir-se razões concretas
para a segregação do paciente.
Nesses termos, meu voto é no sentido de denegar a ordem de habeas
corpus.
É como voto.
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 113.659 / MG
sobretudo diante do risco concreto de reiteração delitiva.
Não destoam desse entendimento recentes precedentes firmados por
este Supremo Tribunal Federal: “se as circunstâncias concretas da prática do
crime indicam o envolvimento profundo do agente com o tráfico de drogas e, por
conseguinte, a periculosidade e o risco de reiteração delitiva, está justificada a
decretação ou a manutenção da prisão cautelar para resguardar a ordem pública,
desde que igualmente presentes boas provas da materialidade e da autoria” (HC
107.229/PR, rel. Min. Rosa Weber, Primeira Turma, DJe 8.10.2012); “este
Supremo Tribunal assentou que a periculosidade do agente evidenciada pelo
modus operandi e o risco concreto de reiteração criminosa são motivos idôneos
para a manutenção da custódia cautelar” (HC 110.313/MS, rel. Min. Cármen
Lúcia, Primeira Turma, DJe 13.2.2012).
Nesse diapasão, conforme se depreende dos fundamentos da
decisão, o paciente se viu conduzido ao cárcere por questões
instrumentais devidamente fundamentadas e que são a razão de ser da
impossibilidade de recorrer em liberdade.
Noto que os argumentos esboçados pelo Juízo de primeiro grau
atenderam ao disposto no artigo 312 do CPP, que rege a matéria, e à
interpretação que o Supremo Tribunal Federal dá ao dispositivo. Vale
dizer, do ato decisório transcrito é possível inferir-se razões concretas
para a segregação do paciente.
Nesses termos, meu voto é no sentido de denegar a ordem de habeas
corpus.
É como voto.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 7
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.659
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : DIOGO ELOI VIANA DA SILVA
IMPTE.(S) : WALQUIR ROCHA AVELAR JÚNIOR
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 113.659
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
PACTE.(S) : DIOGO ELOI VIANA DA SILVA
IMPTE.(S) : WALQUIR ROCHA AVELAR JÚNIOR
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos
do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3107907
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3107907 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-20T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | Habeas corpus. 2. Tráfico ilícito de entorpecentes. Pedido de liberdade provisória. Alegação de excesso de prazo e ausência dos requisitos da prisão preventiva. 3. Superveniência de sentença condenatória. 4. Perda de objeto no tocante à demora para encerramento da instrução criminal. 5. Manutenção da custódia cautelar justificada na necessidade de garantir a ordem pública. 6. Ausência de constrangimento ilegal. Ordem denegada. | sjur219071 | - Acórdão (s) citado (s):
(CRIME HEDIONDO, RECORRER EM LIBERDADE)
STF: HC 84662 (1ªT), HC 86175 (2ªT), HC 88448 (2ªT), HC 101244 (1ªT);
(PRISÃO PREVENTIVA, REITERAÇÃO DELITIVA)
STF: HC 107229 (1ªT);
(MODUS OPERANDI, CARACTERIZAÇÃO PERICULOSIDADE)
STF: HC 110313 (1ªT).
Número de páginas: 7.
Análise: 30/11/2012, BMB. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 113659 | [
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00312 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-011343 ANO-2006\r\n ART-00044 \"CAPUT\" \r\n LTX-2006 LEI DE TÓXICOS"
] | HC | acordaos | HC 113659 | [
""
] | PACTE.(S) : DIOGO ELOI VIANA DA SILVA
IMPTE.(S) : WALQUIR ROCHA AVELAR JÚNIOR
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 113 . 659",
"HABEAS CORPUS 113 . 659",
"HC 187 . 602 / MG",
"HABEAS CORPUS 113 . 659 MINAS",
"HC 187 . 602 / MG",
"HC 113 . 659 / MG",
"HC 113 . 659 / MG",
"HABEAS CORPUS 113 . 659",
"Habeas Corpus 104 . 339 / SP",
"HABEAS CORPUS 113 . 659",
"Habeas Corpus 104 . 339 / SP",
"HC 113 . 659 / MG",
"HC n . 84 . 662 / BA",
"HC n . 86 . 175 / SP",
"HC n . 88 . 448 /",
"HC n . 101244 / MG",
"HC 113 . 659 / MG",
"HC n . 84 . 662 / BA",
"HC n . 86 . 175 / SP",
"HC n . 88 . 448 / RJ",
"HC n . 101244 / MG",
"HC 113 . 659 / MG",
"HC 107 . 229 / PR",
"HC 110 . 313 / MS",
"HC 113 . 659 / MG",
"HC 107 . 229 / PR",
"HC 110 . 313 / MS",
"HABEAS CORPUS 113 . 659",
"HABEAS CORPUS 113 . 659"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , caput , da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 44 da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 33 , caput , da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 44 da Lei 11 . 343 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 , caput , da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 312 do CPP",
"art . 44 da Lei de Drogas",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 44 , caput , da Lei 11 . 343 / 2006",
"art . 312 do CPP",
"art . 44 da Lei de Drogas",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 312 do CPP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"RJ",
"MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"[UNK] Vara Judicial Cível , Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de Oliveira /",
"Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"STJ",
"Quinta Turma",
"[UNK] Turma do STJ",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL",
"Quinta Turma",
"Superior Tribunal de Justiça",
"STJ",
"[UNK] Vara Judicial Cível , Criminal e da Infância e Juventude da Comarca de Oliveira / MG",
"Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais",
"STJ",
"Quinta Turma",
"[UNK] Turma do STJ",
"Procuradoria",
"-",
"Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura",
"de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário desta Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário desta Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"VW",
"/",
"Gol",
"Infraestrutura",
"de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"[UNK] Turma",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"DIOGO ELOI VIANA DA SILVA",
"WALQUIR ROCHA AVELAR JÚNIOR",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"DIOGO ELOI VIANA DA SILVA",
"WALQUIR ROCHA AVELAR JÚNIOR",
"GILMAR MENDES",
"Walquir Rocha Avelar Júnior",
"Diogo Eloi Viana da Silva",
"GILMAR MENDES",
"DIOGO ELOI VIANA DA SILVA",
"WALQUIR ROCHA AVELAR JÚNIOR",
"GILMAR MENDES",
"Walquir Rocha Avelar Júnior",
"Diogo Eloi Viana da Silva",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Eros Grau",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"José Silvério Pereira",
"Diogo",
"Eros Grau",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"José Silvério Pereira",
"Diogo",
"GILMAR MENDES",
"Rosa Weber",
"Cármen Lúcia",
"Rosa Weber",
"Cármen Lúcia",
"GILMAR MENDES",
"DIOGO ELOI VIANA DA SILVA",
"WALQUIR ROCHA AVELAR JÚNIOR",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"DIOGO ELOI VIANA DA SILVA",
"WALQUIR ROCHA AVELAR JÚNIOR",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"20",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"[UNK]",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"[UNK]",
".",
"6",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"10",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"10",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"10",
".",
"2004",
"10",
".",
"11",
".",
"2006",
"9",
".",
"3",
".",
"2007",
"8",
".",
"4",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"10",
".",
"2004",
"10",
".",
"11",
".",
"2006",
"9",
".",
"3",
".",
"2007",
"8",
".",
"4",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
".",
"10",
".",
"2012",
"13",
".",
"2",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"8",
".",
"10",
".",
"2012",
"13",
".",
"2",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.497 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:PEDRO PAULO ASSIS DA SILVA
ADV.(A/S)
:ANDRÉIA MATTOS DE SOUSA
ADV.
:MANOEL LOPES DE SOUSA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S)
:FRANCISCO NETTO
ADV.(A/S)
:WANDERLEY REBELO FILHO
EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Matéria
criminal. Ofensa reflexa. Artigo 59 do Código Penal. Valoração das
circunstâncias judiciais. Matéria infraconstitucional. Ausência de
repercussão geral. Precedentes. Negativa de prestação jurisdicional.
Não ocorrência. Precedentes.
1. Nos termos da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, a
afronta aos princípios da ampla defesa e do contraditório, entre outros,
quando depende, para ser reconhecida como tal, do exame de normas
infraconstitucionais, configura ofensa indireta ou reflexa à Constituição
Federal e, por isso, não abre passagem ao recurso extraordinário.
2. Conforme o entendimento desta Corte, não apresenta repercussão
geral o recurso extraordinário que verse sobre a valoração das
circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal para fins de
fixação da pena-base, por se tratar de matéria infraconstitucional (AI nº
742.460/RJ, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de
25/9/09).
3. A jurisdição foi prestada pela Corte de origem mediante decisões
suficientemente motivadas.
4. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133456.
Supremo Tribunal Federal
DJe 07/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Ementa e Acórdão
ARE 679.497 AGR / RJ
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133456.
Supremo Tribunal Federal
ARE 679.497 AGR / RJ
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 12
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.497 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:PEDRO PAULO ASSIS DA SILVA
ADV.(A/S)
:ANDRÉIA MATTOS DE SOUSA
ADV.
:MANOEL LOPES DE SOUSA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S)
:FRANCISCO NETTO
ADV.(A/S)
:WANDERLEY REBELO FILHO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Pedro Paulo Assis da Silva interpõe tempestivo agravo regimental
(fls. 1195 a 1204) contra decisão mediante a qual conheci do agravo para
negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 1185 a 1190), com a
seguinte fundamentação, na parte que interessa:
“(...)
No caso, o inconformismo não merece ser acolhido.
É que o art. 5º, incisos XXXV e LV, da Constituição Federal,
apontado
como
violado,
carece
do
necessário
prequestionamento, sendo certo que esse ponto não foi objeto
do acórdão recorrido. Incidência da Súmula nº 282 desta Corte.
Anote-se que o fato do ora agravante ter trazido a questão
constitucional no bojo dos embargos de declaração não é
bastante para suprir o requisito do prequestionamento, a teor
da Súmula nº 356/STF. Ocorre que, não obstante a oposição dos
embargos, o recurso de apelação e as contrarrazões da apelação
não suscitaram a referida questão constitucional, hipótese em
que já não se prestam os embargos declaratórios opostos ao
acórdão de segundo grau a suscitá-la pela primeira vez. Nesse
sentido:
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133449.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.497 RIO DE
JANEIRO
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:PEDRO PAULO ASSIS DA SILVA
ADV.(A/S)
:ANDRÉIA MATTOS DE SOUSA
ADV.
:MANOEL LOPES DE SOUSA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S)
:FRANCISCO NETTO
ADV.(A/S)
:WANDERLEY REBELO FILHO
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Pedro Paulo Assis da Silva interpõe tempestivo agravo regimental
(fls. 1195 a 1204) contra decisão mediante a qual conheci do agravo para
negar seguimento ao recurso extraordinário (fls. 1185 a 1190), com a
seguinte fundamentação, na parte que interessa:
“(...)
No caso, o inconformismo não merece ser acolhido.
É que o art. 5º, incisos XXXV e LV, da Constituição Federal,
apontado
como
violado,
carece
do
necessário
prequestionamento, sendo certo que esse ponto não foi objeto
do acórdão recorrido. Incidência da Súmula nº 282 desta Corte.
Anote-se que o fato do ora agravante ter trazido a questão
constitucional no bojo dos embargos de declaração não é
bastante para suprir o requisito do prequestionamento, a teor
da Súmula nº 356/STF. Ocorre que, não obstante a oposição dos
embargos, o recurso de apelação e as contrarrazões da apelação
não suscitaram a referida questão constitucional, hipótese em
que já não se prestam os embargos declaratórios opostos ao
acórdão de segundo grau a suscitá-la pela primeira vez. Nesse
sentido:
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133449.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 12
Relatório
ARE 679.497 AGR / RJ
‘Recurso extraordinário: descabimento: dispositivo
constitucional dado por violado (CF, art. 5º, II) não
analisado pelo acórdão recorrido: incidência das Súmulas
282 e 356. 2. Embargos de declaração, prequestionamento
e Súmula 356. Os embargos declaratórios só suprem a falta
de prequestionamento quando a decisão embargada tenha
sido efetivamente omissa a respeito da questão antes
suscitada. 3. Recurso extraordinário: inadmissibilidade:
alegada violação a dispositivo constitucional que, se
ocorresse, seria reflexa ou indireta, que não enseja exame
no recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis,
da Súmula 636’ (AI nº 596.757/RS-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/11/06);
(...)
Ademais, não há falar em violação do art. 93, inciso IX, da
Constituição da República, pois a jurisdição foi prestada, no
caso em espécie, mediante decisões suficientemente motivadas,
não obstante contrárias à pretensão do ora agravante, tendo as
instâncias antecedentes, como se observa da sentença e do
acórdão proferidos, justificado suas razões de decidir.
Anote-se que o art. 93, inciso IX, da Constituição, não
exige que o órgão judicante se manifeste sobre todos os
argumentos de defesa apresentados, mas que fundamente as
razões que entendeu suficientes à formação de seu
convencimento.
Na esteira desse entendimento, destaco precedentes:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. OFENSA
REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AUSÊNCIA
DE PREQUESTIONAMENTO. FUNDAMENTAÇÃO
LÍCITA
E
CONCRETA.
PRECEDENTES.
DESPROVIMENTO DO AGRAVO. 1. As razões recursais
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3133449.
Supremo Tribunal Federal
ARE 679.497 AGR / RJ
‘Recurso extraordinário: descabimento: dispositivo
constitucional dado por violado (CF, art. 5º, II) não
analisado pelo acórdão recorrido: incidência das Súmulas
282 e 356. 2. Embargos de declaração, prequestionamento
e Súmula 356. Os embargos declaratórios só suprem a falta
de prequestionamento quando a decisão embargada tenha
sido efetivamente omissa a respeito da questão antes
suscitada. 3. Recurso extraordinário: inadmissibilidade:
alegada violação a dispositivo constitucional que, se
ocorresse, seria reflexa ou indireta, que não enseja exame
no recurso extraordinário: incidência, mutatis mutandis,
da Súmula 636’ (AI nº 596.757/RS-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 10/11/06);
(...)
Ademais, não há falar em violação do art. 93, inciso IX, da
Constituição da República, pois a jurisdição foi prestada, no
caso em espécie, mediante decisões suficientemente motivadas,
não obstante contrárias à pretensão do ora agravante, tendo as
instâncias antecedentes, como se observa da sentença e do
acórdão proferidos, justificado suas razões de decidir.
Anote-se que o art. 93, inciso IX, da Constituição, não
exige que o órgão judicante se manifeste sobre todos os
argumentos de defesa apresentados, mas que fundamente as
razões que entendeu suficientes à formação de seu
convencimento.
Na esteira desse entendimento, destaco precedentes:
‘AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. OFENSA
REFLEXA. REEXAME DE FATOS E PROVAS. AUSÊNCIA
DE PREQUESTIONAMENTO. FUNDAMENTAÇÃO
LÍCITA
E
CONCRETA.
PRECEDENTES.
DESPROVIMENTO DO AGRAVO. 1. As razões recursais
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 12
Relatório
ARE 679.497 AGR / RJ
trazem questões cuja análise implica reexame de fatos e
provas, o que é vedado pela Súmula 279 desta Corte. 2. As
alegadas ofensas à Constituição Federal demandam o
exame prévio de legislação infraconstitucional, no caso, o
Código Penal e a Lei 10.684/2003, de modo que eventual
ofensa ao texto constitucional, acaso demonstrada, seria
meramente reflexa. 3. A matéria constitucional suscitada
não foi ventilada no acórdão recorrido, o que torna
inadmissível o recurso extraordinário. Súmula 282/STF. 4.
O acórdão condenatório que contenha fundamentação
lícita e baseada em dados concretos não autoriza que se
declare sua nulidade com base no art. 93, IX, da
Constituição da República. 5. Agravo regimental
desprovido’ (AI nº 649.400/SP-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 29/4/11 -
grifei);
(...)
Com essas considerações, nos termos do art. 38 da Lei nº
8.038/90 e artigo 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso
extraordinário.”
No que se refere à suposta violação do art. 5º, incisos XXXV e LV, da
Constituição Federal, sustenta o agravante que “o tema, agitado que foi nas
razões da apelação, está prequestionado, nos termos alvitrados na Súmula
356/STF” (fl. 1197).
Esclarece, ainda, que
“a violação dos princípios da prestação jurisdicional e do
devido processo legal (contraditório e ampla defesa), de que
cuidam os incisos XXXV e LV do artigo 5º da Carta Política
advém materialmente do não enfrentamento, desde a sentença,
das circunstâncias judiciais referidas no artigo 59 do Código
Penal” (fl. 1197).
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 679.497 AGR / RJ
trazem questões cuja análise implica reexame de fatos e
provas, o que é vedado pela Súmula 279 desta Corte. 2. As
alegadas ofensas à Constituição Federal demandam o
exame prévio de legislação infraconstitucional, no caso, o
Código Penal e a Lei 10.684/2003, de modo que eventual
ofensa ao texto constitucional, acaso demonstrada, seria
meramente reflexa. 3. A matéria constitucional suscitada
não foi ventilada no acórdão recorrido, o que torna
inadmissível o recurso extraordinário. Súmula 282/STF. 4.
O acórdão condenatório que contenha fundamentação
lícita e baseada em dados concretos não autoriza que se
declare sua nulidade com base no art. 93, IX, da
Constituição da República. 5. Agravo regimental
desprovido’ (AI nº 649.400/SP-AgR, Segunda Turma,
Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 29/4/11 -
grifei);
(...)
Com essas considerações, nos termos do art. 38 da Lei nº
8.038/90 e artigo 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal, conheço do agravo para negar seguimento ao recurso
extraordinário.”
No que se refere à suposta violação do art. 5º, incisos XXXV e LV, da
Constituição Federal, sustenta o agravante que “o tema, agitado que foi nas
razões da apelação, está prequestionado, nos termos alvitrados na Súmula
356/STF” (fl. 1197).
Esclarece, ainda, que
“a violação dos princípios da prestação jurisdicional e do
devido processo legal (contraditório e ampla defesa), de que
cuidam os incisos XXXV e LV do artigo 5º da Carta Política
advém materialmente do não enfrentamento, desde a sentença,
das circunstâncias judiciais referidas no artigo 59 do Código
Penal” (fl. 1197).
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Relatório
ARE 679.497 AGR / RJ
De resto, reafirma que “há violação do inciso IX do artigo 93 da Carta,
ante à mera alusão genérica às demais circunstâncias judiciais, na sentença que
exasperou a pena-base” (fl. 1203).
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre
Subprocurador-Geral da República Dr. Mario José Gisi, opinou pelo não
provimento do agravo regimental (fls. 1208 a 1214).
É o relatório.
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 679.497 AGR / RJ
De resto, reafirma que “há violação do inciso IX do artigo 93 da Carta,
ante à mera alusão genérica às demais circunstâncias judiciais, na sentença que
exasperou a pena-base” (fl. 1203).
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra do ilustre
Subprocurador-Geral da República Dr. Mario José Gisi, opinou pelo não
provimento do agravo regimental (fls. 1208 a 1214).
É o relatório.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.497 RIO DE
JANEIRO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Inicialmente, cumpre assentar que, de fato, o ora agravante ventilou,
nas razões da apelação a controvérsia a respeito da suposta afronta ao art.
5º, incisos XXXV e LV, da Carta Magna, e tornou a fazê-lo quando da
oposição dos embargos de declaração. Portanto, foi suficientemente
prequestionada a matéria.
Contudo, tal episódio não tem o condão de afastar a higidez da
decisão ora agravada, isso porque, para divergir do acórdão proferido
pelo Tribunal a quo, seria imprescindível se debruçar sobre a legislação
infraconstitucional.
Portanto, a violação, se ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não
enseja recurso extraordinário.
Ressalte-se que a jurisprudência desta Suprema Corte é assente no
sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e
da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como
tal, da análise de normas infraconstitucionais, não configura ofensa direta
e frontal à Constituição da República.
Nesse sentido, confira-se:
“Agravo regimental. Processual penal. Prequestionamento.
Ofensa reflexa. Reapreciação de fatos e provas. Precedentes da
Corte. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando o
dispositivo constitucional que nele se alega violado não está
devidamente prequestionado. Incidência das Súmulas nºs 282 e
356/STF. 2. Nos termos da jurisprudência deste Supremo
Tribunal Federal, as alegações de afronta aos princípios da
ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram
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30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.497 RIO DE
JANEIRO
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar.
Inicialmente, cumpre assentar que, de fato, o ora agravante ventilou,
nas razões da apelação a controvérsia a respeito da suposta afronta ao art.
5º, incisos XXXV e LV, da Carta Magna, e tornou a fazê-lo quando da
oposição dos embargos de declaração. Portanto, foi suficientemente
prequestionada a matéria.
Contudo, tal episódio não tem o condão de afastar a higidez da
decisão ora agravada, isso porque, para divergir do acórdão proferido
pelo Tribunal a quo, seria imprescindível se debruçar sobre a legislação
infraconstitucional.
Portanto, a violação, se ocorresse, seria indireta ou reflexa, o que não
enseja recurso extraordinário.
Ressalte-se que a jurisprudência desta Suprema Corte é assente no
sentido de que a afronta aos princípios da legalidade, do devido processo
legal, da ampla defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada e
da prestação jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como
tal, da análise de normas infraconstitucionais, não configura ofensa direta
e frontal à Constituição da República.
Nesse sentido, confira-se:
“Agravo regimental. Processual penal. Prequestionamento.
Ofensa reflexa. Reapreciação de fatos e provas. Precedentes da
Corte. 1. Não se admite o recurso extraordinário quando o
dispositivo constitucional que nele se alega violado não está
devidamente prequestionado. Incidência das Súmulas nºs 282 e
356/STF. 2. Nos termos da jurisprudência deste Supremo
Tribunal Federal, as alegações de afronta aos princípios da
ampla defesa e do contraditório, entre outros, configuram
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 679.497 AGR / RJ
ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal e, por isso, não
abrem passagem ao recurso extraordinário. 3. Não é possível,
em sede de recurso extraordinário, reexaminar fatos e provas a
teor do que dispõe a Súmula nº 279/STF. 4. Agravo a que se
nega provimento” (AI nº 603.952/SP-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 27/6/08);
“AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO
ARTIGO 5º, XXXIX E LIV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE DISCUTE MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA
OU
INDIRETA.
AGRAVO
REGIMENTAL
IMPROVIDO.
Inviabilidade do recurso extraordinário para discutir questão
infraconstitucional sob a alegação de ofensa do disposto no art.
5º, XXXIX e LIV, da Constituição Federal. Caracterização de
ofensa reflexa ou indireta. Agravo regimental parcialmente
conhecido e, nesta parte, improvido” (AI nº 651.927/SP-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de
30/5/08);
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL:
OFENSA
INDIRETA
À
CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO. 1. Apesar dos argumentos do
Agravante, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos
princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à
Constituição da República. 2. Agravo Regimental ao qual se
nega provimento” (AI nº 649.191/DF-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 1º/6/07).
Ainda: AI nº 622.527/AP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Eros Grau, DJ de 18/5/07; AI nº 562.809/SP-AgR, Primeira Turma, Relator
o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 18/5/07; e AI nº 563.028/GO-
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ARE 679.497 AGR / RJ
ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal e, por isso, não
abrem passagem ao recurso extraordinário. 3. Não é possível,
em sede de recurso extraordinário, reexaminar fatos e provas a
teor do que dispõe a Súmula nº 279/STF. 4. Agravo a que se
nega provimento” (AI nº 603.952/SP-AgR, Primeira Turma,
Relator o Ministro Menezes Direito, DJ de 27/6/08);
“AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE OFENSA AO
ARTIGO 5º, XXXIX E LIV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
RECURSO EXTRAORDINÁRIO QUE DISCUTE MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA
REFLEXA
OU
INDIRETA.
AGRAVO
REGIMENTAL
IMPROVIDO.
Inviabilidade do recurso extraordinário para discutir questão
infraconstitucional sob a alegação de ofensa do disposto no art.
5º, XXXIX e LIV, da Constituição Federal. Caracterização de
ofensa reflexa ou indireta. Agravo regimental parcialmente
conhecido e, nesta parte, improvido” (AI nº 651.927/SP-AgR,
Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim Barbosa, DJe de
30/5/08);
“PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL:
OFENSA
INDIRETA
À
CONSTITUIÇÃO. PRECEDENTES. AGRAVO AO QUAL SE
NEGA PROVIMENTO. 1. Apesar dos argumentos do
Agravante, a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal
firmou-se no sentido de que as alegações de afronta aos
princípios do devido processo legal, da ampla defesa e do
contraditório, entre outros, configuram ofensa reflexa à
Constituição da República. 2. Agravo Regimental ao qual se
nega provimento” (AI nº 649.191/DF-AgR, Primeira Turma,
Relatora a Ministra Cármen Lúcia, DJ de 1º/6/07).
Ainda: AI nº 622.527/AP-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro
Eros Grau, DJ de 18/5/07; AI nº 562.809/SP-AgR, Primeira Turma, Relator
o Ministro Ricardo Lewandowski, DJ de 18/5/07; e AI nº 563.028/GO-
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 679.497 AGR / RJ
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 11/5/07,
entre outros.
Relevante ressaltar, ainda, que este Supremo Tribunal Federal
concluiu não apresentar repercussão geral recurso extraordinário que
verse sobre a valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do
Código Penal para fins de fixação da pena-base, por se tratar de matéria
infraconstitucional. A propósito, confira-se o teor do julgado:
“RECURSO.
Extraordinário.
Inadmissibilidade.
Circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal.
Fixação da pena-base. Fundamentação. Questão da ofensa aos
princípios constitucionais da individualização da pena e da
fundamentação das decisões judiciais. Inocorrência. Matéria
infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de
instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o
recurso extraordinário que verse sobre a questão da valoração
das circunstâncias judiciais previstas no art. 59, do Código
Penal, na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo
sentenciante, porque se trata de matéria infraconstitucional” (AI
nº 742.460/RJ, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Cezar Peluso,
DJe de 25/9/09).
Na esteira desse entendimento, destaco precedentes:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS DO ART. 59 DO CÓDIGO PENAL.
FUNDAMENTAÇÃO. OFENSA REFLEXA. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. Discussão constitucional levantada
pelo agravante que, para ser analisada, necessita de apreciação
prévia de norma infraconstitucional. Caracterização de ofensa
reflexa ou indireta à Constituição Federal. Precedentes. O
Supremo Tribunal Federal já reconheceu a ausência de
repercussão geral da matéria ora debatida, o que inviabiliza o
recurso extraordinário por falta de requisito para seu regular
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 679.497 AGR / RJ
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Gilmar Mendes, DJ de 11/5/07,
entre outros.
Relevante ressaltar, ainda, que este Supremo Tribunal Federal
concluiu não apresentar repercussão geral recurso extraordinário que
verse sobre a valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do
Código Penal para fins de fixação da pena-base, por se tratar de matéria
infraconstitucional. A propósito, confira-se o teor do julgado:
“RECURSO.
Extraordinário.
Inadmissibilidade.
Circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal.
Fixação da pena-base. Fundamentação. Questão da ofensa aos
princípios constitucionais da individualização da pena e da
fundamentação das decisões judiciais. Inocorrência. Matéria
infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Agravo de
instrumento não conhecido. Não apresenta repercussão geral o
recurso extraordinário que verse sobre a questão da valoração
das circunstâncias judiciais previstas no art. 59, do Código
Penal, na fundamentação da fixação da pena-base pelo juízo
sentenciante, porque se trata de matéria infraconstitucional” (AI
nº 742.460/RJ, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Cezar Peluso,
DJe de 25/9/09).
Na esteira desse entendimento, destaco precedentes:
“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS DO ART. 59 DO CÓDIGO PENAL.
FUNDAMENTAÇÃO. OFENSA REFLEXA. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. Discussão constitucional levantada
pelo agravante que, para ser analisada, necessita de apreciação
prévia de norma infraconstitucional. Caracterização de ofensa
reflexa ou indireta à Constituição Federal. Precedentes. O
Supremo Tribunal Federal já reconheceu a ausência de
repercussão geral da matéria ora debatida, o que inviabiliza o
recurso extraordinário por falta de requisito para seu regular
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 679.497 AGR / RJ
processamento. Agravo regimental a que se nega provimento”
(AI nº 740.235/RJ-AgR-segundo, Segunda Turma, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 27/6/11);
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. VALORAÇÃO DAS
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS CONSTANTES DO ART. 59
DO CÓDIGO PENAL, NA FUNDAMENTAÇÃO DA FIXAÇÃO
DA PENA-BASE PELO JUÍZO SENTENCIANTE. MATÉRIA DE
ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA
REFLEXA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. 1. Caso
em que entendimento diverso do adotado pelo aresto
impugnado demandaria o reexame da legislação ordinária
aplicada à espécie e a análise dos fatos e provas constantes dos
autos. Providências vedadas na instância extraordinária. 2.
Violação às garantias constitucionais do processo, se existente,
ocorreria de modo reflexo ou indireto. 3. O Supremo Tribunal
Federal, ao analisar o RE 742.460, da relatoria do ministro Cezar
Peluso, assentou a ausência de repercussão geral do tema
versado nestes autos, ante o seu caráter eminentemente
infraconstitucional. 4. Incidem as Súmulas 282 e 356 desta nossa
Corte. 5. Agravo regimental desprovido” (AI nº 797.666/SP-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de
8/10/10).
De outra feita, reafirmo que não há falar em afronta ao art. 93, inciso
IX, da Constituição Republicana, pois a jurisdição foi prestada, no caso
sub examine, mediante decisões suficientemente motivadas, não obstante
contrárias à pretensão da parte recorrente, tendo o Juízo de origem, como
se extrai, respectivamente, da sentença e dos acórdãos proferidos,
explicitado suas razões de decidir.
Como se sabe, o art. 93, inciso IX, da Constituição não determina que
o órgão judicante se manifeste sobre todos os argumentos de defesa
apresentados pelo então agravante, mas, sim, que fundamente as razões
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 679.497 AGR / RJ
processamento. Agravo regimental a que se nega provimento”
(AI nº 740.235/RJ-AgR-segundo, Segunda Turma, Relator o
Ministro Joaquim Barbosa, DJe de 27/6/11);
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. MATÉRIA CRIMINAL. VALORAÇÃO DAS
CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS CONSTANTES DO ART. 59
DO CÓDIGO PENAL, NA FUNDAMENTAÇÃO DA FIXAÇÃO
DA PENA-BASE PELO JUÍZO SENTENCIANTE. MATÉRIA DE
ÍNDOLE INFRACONSTITUCIONAL. AUSÊNCIA DE
REPERCUSSÃO GERAL. ALEGAÇÃO DE AFRONTA ÀS
GARANTIAS CONSTITUCIONAIS DO PROCESSO. OFENSA
REFLEXA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. 1. Caso
em que entendimento diverso do adotado pelo aresto
impugnado demandaria o reexame da legislação ordinária
aplicada à espécie e a análise dos fatos e provas constantes dos
autos. Providências vedadas na instância extraordinária. 2.
Violação às garantias constitucionais do processo, se existente,
ocorreria de modo reflexo ou indireto. 3. O Supremo Tribunal
Federal, ao analisar o RE 742.460, da relatoria do ministro Cezar
Peluso, assentou a ausência de repercussão geral do tema
versado nestes autos, ante o seu caráter eminentemente
infraconstitucional. 4. Incidem as Súmulas 282 e 356 desta nossa
Corte. 5. Agravo regimental desprovido” (AI nº 797.666/SP-
AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres Britto, DJe de
8/10/10).
De outra feita, reafirmo que não há falar em afronta ao art. 93, inciso
IX, da Constituição Republicana, pois a jurisdição foi prestada, no caso
sub examine, mediante decisões suficientemente motivadas, não obstante
contrárias à pretensão da parte recorrente, tendo o Juízo de origem, como
se extrai, respectivamente, da sentença e dos acórdãos proferidos,
explicitado suas razões de decidir.
Como se sabe, o art. 93, inciso IX, da Constituição não determina que
o órgão judicante se manifeste sobre todos os argumentos de defesa
apresentados pelo então agravante, mas, sim, que fundamente as razões
4
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
ARE 679.497 AGR / RJ
que entendeu suficientes à formação de seu convencimento.
Nesses termos, anote-se:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSO PENAL. MATÉRIA CRIMINAL.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO.
FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ART. 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. Se a questão constitucional
invocada no recurso extraordinário não foi objeto de debate no
acórdão recorrido, fica desatendido o pressuposto recursal do
prequestionamento, imprescindível para o conhecimento do
apelo extremo. 2. Decisão fundamentada, embora contrária aos
interesses da parte, não configura negativa de prestação
jurisdicional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI nº 821.645/SP-AgR, Segunda Turma, Relatora
a Ministra Ellen Gracie, DJe de 20/6/11).
Diante desse quadro, tendo em vista serem os fundamentos do
agravante insuficientes para modificar a decisão ora agravada, nego
provimento ao regimental.
É como voto.
5
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Supremo Tribunal Federal
ARE 679.497 AGR / RJ
que entendeu suficientes à formação de seu convencimento.
Nesses termos, anote-se:
“AGRAVO REGIMENTAL EM AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROCESSO PENAL. MATÉRIA CRIMINAL.
AUSÊNCIA
DE
PREQUESTIONAMENTO.
FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. ART. 93, IX, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. 1. Se a questão constitucional
invocada no recurso extraordinário não foi objeto de debate no
acórdão recorrido, fica desatendido o pressuposto recursal do
prequestionamento, imprescindível para o conhecimento do
apelo extremo. 2. Decisão fundamentada, embora contrária aos
interesses da parte, não configura negativa de prestação
jurisdicional. Precedentes. 3. Agravo regimental a que se nega
provimento” (AI nº 821.645/SP-AgR, Segunda Turma, Relatora
a Ministra Ellen Gracie, DJe de 20/6/11).
Diante desse quadro, tendo em vista serem os fundamentos do
agravante insuficientes para modificar a decisão ora agravada, nego
provimento ao regimental.
É como voto.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.497
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : PEDRO PAULO ASSIS DA SILVA
ADV.(A/S) : ANDRÉIA MATTOS DE SOUSA
ADV. : MANOEL LOPES DE SOUSA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : FRANCISCO NETTO
ADV.(A/S) : WANDERLEY REBELO FILHO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679.497
PROCED. : RIO DE JANEIRO
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : PEDRO PAULO ASSIS DA SILVA
ADV.(A/S) : ANDRÉIA MATTOS DE SOUSA
ADV. : MANOEL LOPES DE SOUSA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
INTDO.(A/S) : FRANCISCO NETTO
ADV.(A/S) : WANDERLEY REBELO FILHO
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076521
Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3167827 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-07T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Matéria criminal. Ofensa reflexa. Artigo 59 do Código Penal. Valoração das circunstâncias judiciais. Matéria infraconstitucional. Ausência de repercussão geral. Precedentes. Negativa de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Precedentes.
1. Nos termos da jurisprudência deste Supremo Tribunal Federal, a afronta aos princípios da ampla defesa e do contraditório, entre outros, quando depende, para ser reconhecida como tal, do exame de normas infraconstitucionais, configura ofensa indireta ou reflexa à Constituição Federal e, por isso, não abre passagem ao recurso extraordinário.
2. Conforme o entendimento desta Corte, não apresenta repercussão geral o recurso extraordinário que verse sobre a valoração das circunstâncias judiciais previstas no art. 59 do Código Penal para fins de fixação da pena-base, por se tratar de matéria infraconstitucional (AI nº 742.460/RJ, Tribunal Pleno, Relator o Ministro Cezar Peluso, DJe de 25/9/09).
3. A jurisdição foi prestada pela Corte de origem mediante decisões suficientemente motivadas.
4. Agravo regimental não provido. | sjur220992 | - Acórdãos citados:
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL)
STF: AI 742460(TP), AI 562809 AgR(1ªT), AI 563028 AgR(2ªT),
AI 603952 AgR(1ªT), AI 622527 AgR(2ªT), AI 649191 AgR(1ªT),
AI 651927 AgR(2ªT);
(CIRCUNSTÂNCIAS JUDICIAIS)
STF: AI 742460(TP), AI 740235 AgR-segundo(2ªT),
AI 797666 AgR(2ªT);
(DECISÃO FUNDAMENTADA)
AI 821645 AgR(2ªT).
Número de páginas: 12.
Análise: 14/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 679497 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00005 INC-00035 INC-00055 ART-00093\r\n INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00059 \r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 679497 AgR | [
""
] | AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
ADV.(A/S) : ANDRÉIA MATTOS DE SOUSA
AGTE.(S) : PEDRO PAULO ASSIS DA SILVA
ADV. : MANOEL LOPES DE SOUSA
INTDO.(A/S) : FRANCISCO NETTO
ADV.(A/S) : WANDERLEY REBELO FILHO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679 . 497",
"AI [UNK] 742 . 460 / RJ",
"ARE 679 . 497 AGR / RJ",
"ARE 679 . 497",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679 . 497",
"Súmula",
"Súmula [UNK] 356 / STF",
"Súmula [UNK] 356 / STF",
"ARE 679 . 497 AGR / RJ",
"AI [UNK] 596 . 757 / RS - AgR",
"ARE 679 . 497 AGR / RJ",
"AI [UNK] 596 . 757 / RS - AgR",
"ARE 679 . 497 AGR / RJ",
"Súmula 279 desta Corte",
"Súmula 282 / STF",
"AI [UNK] 649 . 400 / SP - AgR",
"Súmula 356 / STF",
"ARE 679 . 497",
"Súmula 282 / STF",
"AI [UNK] 649 . 400 / SP - AgR",
"Súmula 356 / STF",
"ARE 679 . 497 AGR / RJ",
"ARE 679 . 497 AGR",
"Súmulas [UNK] 282",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 679 . 497",
"Súmulas [UNK] 282 e 356 / STF",
"ARE 679 . 497 AGR / RJ",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"AI [UNK] 603 . 952 / SP - AgR",
"AI [UNK] 651 . 927 / SP - AgR",
"AI [UNK] 649 . 191 / DF - AgR",
"AI [UNK] 622 . 527 / AP - AgR",
"AI [UNK] 562 . 809 / SP - AgR",
"AI [UNK] 563",
"ARE 679 . 497 AGR",
"Súmula [UNK] 279 / STF",
"AI [UNK] 603 . 952 / SP - AgR",
"AI [UNK] 651 . 927 / SP - AgR",
"AI [UNK] 649 . 191 / DF - AgR",
"AI [UNK] 622 . 527 / AP - AgR",
"AI [UNK] 562 . 809 / SP - AgR",
"AI [UNK] 563 . 028 / GO - 2",
"ARE 679 . 497 AGR / RJ AgR",
"AI [UNK] 742 . 460 / RJ",
"ARE 679 . 497 AGR / RJ AgR",
"AI [UNK] 742 . 460 / RJ",
"ARE 679 . 497",
"AI [UNK] 740 . 235 / RJ",
"RE 742 . 460",
"AI [UNK] 797 . 666 / SP - AgR",
"ARE 679 . 497 AGR / RJ",
"AI [UNK] 740 . 235 / RJ - AgR - segundo",
"RE 742 . 460",
"AI [UNK] 797 . 666 / SP - AgR",
"ARE 679 . 497 AGR",
"AI [UNK] 821 . 645 / SP - AgR",
"ARE 679 . 497 AGR / RJ",
"AI [UNK] 821 . 645 / SP - AgR",
"AGRAVO 679 . 497"
],
"LEGISLACAO": [
"Artigo 59 do Código Penal",
"Constituição Federal",
"art . 59 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 -",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , incisos XXXV e LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , incisos XXXV e LV , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , art . [UNK] , II",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição da República",
"Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF , art . [UNK] , II",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição da República",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Código Penal",
"Lei 10 . 684 / 2003",
"IX , da Constituição da República",
"art . 38 da Lei [UNK] 8 . 038 / 90",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , incisos XXXV e LV , da Constituição Federal",
"incisos XXXV e LV do artigo [UNK] da Carta Política",
"artigo 59 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"Código Penal",
"Lei 10 . 684 / 2003",
"art . 93 , IX , da Constituição da República",
"art . 38 da Lei [UNK] 8 . 038 / 90",
"artigo 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"art . [UNK] , incisos XXXV e LV , da Constituição Federal",
"incisos XXXV e LV do artigo [UNK] da Carta Política",
"artigo 59 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , incisos XXXV e LV , da Carta Magna",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , incisos XXXV e LV , da Carta Magna",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"ARTIGO [UNK] , XXXIX E LIV , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . [UNK] , XXXIX e LIV , da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"ARTIGO [UNK] , XXXIX E LIV , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"art . [UNK] , XXXIX e LIV , da Constituição Federal",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 59 do Código Penal",
"art . 59 do Código Penal",
"art . 59 , do Código Penal",
"ART . 59 DO CÓDIGO PENAL",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 59 do Código Penal",
"art . 59 do Código Penal",
"art . 59 , do Código Penal",
"ART . 59 DO CÓDIGO PENAL",
"Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 59 DO CÓDIGO PENAL",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição Republicana",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 59 DO CÓDIGO PENAL",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição Republicana",
"art . 93 , inciso IX , da Constituição",
"MP",
"ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 93 , IX , DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO DE JANEIRO",
"Brasília",
"Brasília",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO",
"RIO DE JANEIRO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
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"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"-",
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"-",
"Brasil",
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"Brasil",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"/",
"RJ",
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"-",
"Brasil",
"Ministério Público Federal",
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"-",
"Brasil",
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"/",
"Ministério Público Federal",
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"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Brasil",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
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"Primeira Turma",
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"Brasil",
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"-",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
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"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"/",
"RJ",
"Segunda Turma",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
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"[UNK] Turma",
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"-",
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"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"PEDRO PAULO ASSIS DA SILVA",
"ANDRÉIA MATTOS DE SOUSA",
"MANOEL LOPES DE SOUSA",
"FRANCISCO NETTO",
"WANDERLEY REBELO FILHO",
"Cezar Peluso",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"PEDRO PAULO ASSIS DA SILVA",
"ANDRÉIA MATTOS DE SOUSA",
"MANOEL LOPES DE SOUSA",
"FRANCISCO NETTO",
"WANDERLEY REBELO FILHO",
"DIAS TOFFOLI",
"Pedro Paulo Assis da Silva",
"DIAS TOFFOLI",
"PEDRO PAULO ASSIS DA SILVA",
"ANDRÉIA MATTOS DE SOUSA",
"MANOEL LOPES DE SOUSA",
"FRANCISCO NETTO",
"WANDERLEY REBELO FILHO",
"DIAS TOFFOLI",
"Pedro Paulo Assis da Silva",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Joaquim Barbosa",
"Joaquim Barbosa",
"Mario José Gisi",
"Mario José Gisi",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Menezes Direito",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"Menezes Direito",
"Joaquim Barbosa",
"Cármen Lúcia",
"Eros Grau",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"Gilmar Mendes",
"Cezar Peluso",
"Gilmar Mendes",
"Cezar Peluso",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"Cezar Peluso",
"Ayres Britto",
"Joaquim Barbosa",
"Cezar Peluso",
"Ayres Britto",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"DIAS TOFFOLI",
"PEDRO PAULO ASSIS DA SILVA",
"ANDRÉIA MATTOS DE SOUSA",
"MANOEL LOPES DE SOUSA",
"FRANCISCO NETTO",
"WANDERLEY REBELO FILHO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"PEDRO PAULO ASSIS DA SILVA",
"ANDRÉIA MATTOS DE SOUSA",
"MANOEL LOPES DE SOUSA",
"FRANCISCO NETTO",
"WANDERLEY REBELO FILHO",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
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"09",
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"2001",
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"2012",
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"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
"30",
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"/",
"2012",
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"/",
"2001",
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"/",
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"/",
"06",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"10",
"/",
"11",
"/",
"06",
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"2001",
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"24",
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"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"4",
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"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
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"08",
"/",
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"2001",
"30",
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"2012",
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"/",
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"30",
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"[UNK]",
"/",
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"18",
"/",
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"[UNK]",
"/",
"6",
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"/",
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"/",
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"10",
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"8",
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"/",
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"/",
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"08",
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"20",
"/",
"6",
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"/",
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"/",
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".",
"10",
".",
"2012",
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".",
"10",
".",
"2012",
"24",
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"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 109.635 ESPÍRITO SANTO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S)
:MATUZALÉM BENTO RIBEIRO
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL
DO ESTADO
DO
ESPÍRITO SANTO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA: HABEAS CORPUS. PENAL. PRAZO PRESCRICIONAL
INTERROMPIDO
PELO
RECEBIMENTO
DA
DENÚNCIA.
ADITAMENTO PARA DAR DEFINIÇÃO JURÍDICA DIVERSA DA QUE
FOI RELATADA NA ACUSAÇÃO PRIMITIVA. INTERRUPÇÃO DO
PRAZO PRESCRICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. PRESCRIÇÃO
ANTECIPADA PELA PENA EM PERSPECTIVA. IMPOSSIBILIDADE.
AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. ORDEM DENEGADA.
PRESCRIÇÃO SUPERVENIENTE PELA PENA MÁXIMA COMINADA
AO CRIME IMPUTADO NO ADITAMENTO. WRIT CONCEDIDO DE
OFÍCIO.
I – É entendimento consagrado pela doutrina nacional e pela
jurisprudência desta Corte que o aditamento da denúncia que não relata
fatos novos, mas apenas dá definição jurídica diversa da que foi apontada
na acusação primitiva, não tem o condão de interromper o prazo
prescricional, o que só ocorre nas hipóteses taxativas previstas no art. 117
do Código Penal.
II – A remansosa jurisprudência desta Corte tem repelido, de forma
sistemática, a denominada prescrição antecipada pela pena em
perspectiva, em razão de ausência de previsão em nosso ordenamento
jurídico. Precedentes.
III – A pena máxima cominada ao crime de receptação (art. 180 do
CP) é de 4 anos, e, nos termos do inciso IV do art. 109 do Código Penal,
esse delito prescreve em 8 anos. Considerando que entre o recebimento
da denúncia primitiva e a presente data já se passaram mais de 8 anos,
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
DJe 21/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 11
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Ementa e Acórdão
HC 109.635 / ES
sem a prolação de sentença condenatória, é de ser declarada a prescrição
da pretensão punitiva estatal.
IV – Habeas corpus denegado.
V – Ordem concedida de ofício para declarar a extinção da
punibilidade do paciente, pela ocorrência superveniente da prescrição da
pretensão punitiva.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, denegar a
ordem, mas concedê-la, de ofício, para declarar a extinção da
punibilidade do paciente, pela ocorrência superveniente da prescrição da
pretensão punitiva, conforme o art. 107, IV, do Código Penal, nos termos
do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.635 / ES
sem a prolação de sentença condenatória, é de ser declarada a prescrição
da pretensão punitiva estatal.
IV – Habeas corpus denegado.
V – Ordem concedida de ofício para declarar a extinção da
punibilidade do paciente, pela ocorrência superveniente da prescrição da
pretensão punitiva.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamentos e das notas taquigráficas, por unanimidade, denegar a
ordem, mas concedê-la, de ofício, para declarar a extinção da
punibilidade do paciente, pela ocorrência superveniente da prescrição da
pretensão punitiva, conforme o art. 107, IV, do Código Penal, nos termos
do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
RICARDO LEWANDOWSKI – PRESIDENTE E RELATOR
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Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 109.635 ESPÍRITO SANTO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S)
:MATUZALÉM BENTO RIBEIRO
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL
DO ESTADO
DO
ESPÍRITO SANTO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria
Pública do Estado do Espírito Santo, em favor de MATUZALÉM BENTO
RIBEIRO, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de
Justiça, que denegou a ordem pleiteada no HC 188.471/ES, Rel. Min.
Napoleão Nunes Maia Filho.
A impetrante narra, de início, que o paciente foi denunciado,
originariamente, pela suposta prática do crime de furto duplamente
qualificado, descrito no art. 155, § 4º, I e II, do Código Penal.
Diz que, contudo, durante a instrução processual, o Parquet estadual
aditou a peça acusatória, alterando a imputação para o delito de
receptação, previsto no art. 180 do mesmo diploma legal.
Informa, em seguida, que, com o mencionado aditamento, a
Defensoria Pública estadual alegou a prescrição da pretensão punitiva e
pugnou pela extinção da punibilidade do paciente, mas o juízo
processante indeferiu o pedido.
Relata que, inconformada, a Defensoria capixaba manejou habeas
corpus no Tribunal de Justiça local e, posteriormente, outro writ no
Supremo Tribunal Federal
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30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 109.635 ESPÍRITO SANTO
RELATOR
: MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S)
:MATUZALÉM BENTO RIBEIRO
IMPTE.(S)
:DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
PROC.(A/S)(ES)
:DEFENSOR PÚBLICO-GERAL
DO ESTADO
DO
ESPÍRITO SANTO
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Trata-se de
habeas corpus, com pedido de medida liminar, impetrado pela Defensoria
Pública do Estado do Espírito Santo, em favor de MATUZALÉM BENTO
RIBEIRO, contra acórdão da Quinta Turma do Superior Tribunal de
Justiça, que denegou a ordem pleiteada no HC 188.471/ES, Rel. Min.
Napoleão Nunes Maia Filho.
A impetrante narra, de início, que o paciente foi denunciado,
originariamente, pela suposta prática do crime de furto duplamente
qualificado, descrito no art. 155, § 4º, I e II, do Código Penal.
Diz que, contudo, durante a instrução processual, o Parquet estadual
aditou a peça acusatória, alterando a imputação para o delito de
receptação, previsto no art. 180 do mesmo diploma legal.
Informa, em seguida, que, com o mencionado aditamento, a
Defensoria Pública estadual alegou a prescrição da pretensão punitiva e
pugnou pela extinção da punibilidade do paciente, mas o juízo
processante indeferiu o pedido.
Relata que, inconformada, a Defensoria capixaba manejou habeas
corpus no Tribunal de Justiça local e, posteriormente, outro writ no
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Relatório
HC 109.635 / ES
Superior Tribunal de Justiça, mas a ordem foi denegada em ambas as
impetrações.
É contra a decisão do Superior Tribunal que se insurge a impetrante.
Aduz, inicialmente, que a acusação refere-se a fatos ocorridos em
2/1/2001 e a denúncia foi recebida em 5/2/2004.
Afirma, outrossim, que o paciente foi citado pessoalmente em
20/8/2004 e compareceu ao interrogatório designado para 15/9/2004, mas
esse ato processual não se realizou em virtude da ausência do membro do
MP. Em seguida, com o não comparecimento do paciente à audiência
realizada em 27/4/2005, diz que a magistrada processante, por equívoco,
determinou a citação por edital e remarcou aquele ato processual para
6/12/2005. Posteriormente, ante a nova falta do réu à referida assentada,
determinou a suspensão do processo e do prazo prescricional, nos termos
do art. 366 do Código de Processo Penal.
Alega que, no entanto, deveria ter sido decretada a revelia e o
prosseguimento do processo, conforme previsto no art. 367 daquele
diploma processual, o que não ocorreu.
Prossegue relatando que, em 27/10/2009, depois de colhidas algumas
provas, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo ofertou
aditamento à denúncia, que foi recebida em 8/12/2009.
Considera, desse modo, que o primeiro recebimento da denúncia,
ocorrido em 5/2/2004, não tem nenhum valor jurídico, tampouco deve ser
considerado como marco interruptivo do prazo prescricional, tendo em
vista que se baseou em fatos não comprovados nos autos, tanto que
houve a modificação da imputação originária.
Diante desses acontecimentos, argumenta, em síntese, que, entre a
2
Supremo Tribunal Federal
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HC 109.635 / ES
Superior Tribunal de Justiça, mas a ordem foi denegada em ambas as
impetrações.
É contra a decisão do Superior Tribunal que se insurge a impetrante.
Aduz, inicialmente, que a acusação refere-se a fatos ocorridos em
2/1/2001 e a denúncia foi recebida em 5/2/2004.
Afirma, outrossim, que o paciente foi citado pessoalmente em
20/8/2004 e compareceu ao interrogatório designado para 15/9/2004, mas
esse ato processual não se realizou em virtude da ausência do membro do
MP. Em seguida, com o não comparecimento do paciente à audiência
realizada em 27/4/2005, diz que a magistrada processante, por equívoco,
determinou a citação por edital e remarcou aquele ato processual para
6/12/2005. Posteriormente, ante a nova falta do réu à referida assentada,
determinou a suspensão do processo e do prazo prescricional, nos termos
do art. 366 do Código de Processo Penal.
Alega que, no entanto, deveria ter sido decretada a revelia e o
prosseguimento do processo, conforme previsto no art. 367 daquele
diploma processual, o que não ocorreu.
Prossegue relatando que, em 27/10/2009, depois de colhidas algumas
provas, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo ofertou
aditamento à denúncia, que foi recebida em 8/12/2009.
Considera, desse modo, que o primeiro recebimento da denúncia,
ocorrido em 5/2/2004, não tem nenhum valor jurídico, tampouco deve ser
considerado como marco interruptivo do prazo prescricional, tendo em
vista que se baseou em fatos não comprovados nos autos, tanto que
houve a modificação da imputação originária.
Diante desses acontecimentos, argumenta, em síntese, que, entre a
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Relatório
HC 109.635 / ES
data dos fatos (2/1/2001) e o recebimento da emenda à inicial acusatória
(8/12/2009), já teria se passado mais de oito anos, que é o prazo
prescricional para o delito de receptação.
Entende, assim, que,
“desconsiderando a data de recebimento da denúncia como
marco interruptivo da prescrição – por força do aditamento promovido
anos após –, bem como desconsiderando a errônea suspensão da
prescrição – já que o paciente foi citado pessoalmente –, tem-se que
entre a data do fato e a data do aditamento à denúncia ocorreu a
extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva”.
Sustenta, ainda, alternativamente, a possibilidade de aplicação da
prescrição antecipada ou em perspectiva, tendo em vista que a
reprimenda do paciente, em caso de condenação, não ultrapassará 2 anos
de reclusão, e seu prazo prescricional é de 4 anos.
Requer, ao final, liminarmente, seja declarada a prescrição da
pretensão punitiva, com o trancamento da ação penal movida contra o
paciente.
Em 5/8/2011, indeferi a medida liminar, solicitei informações ao
Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Cachoeiro de Itapemirim/ES e
determinei, na sequência, fosse ouvido o Procurador-Geral da República.
As informações foram prestada por meio do Ofício GJ 28/2011, de
1º/9/2011, recebido nesta Corte em 8/9/2011.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da
Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques,
manifestou-se pela denegação da ordem.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.635 / ES
data dos fatos (2/1/2001) e o recebimento da emenda à inicial acusatória
(8/12/2009), já teria se passado mais de oito anos, que é o prazo
prescricional para o delito de receptação.
Entende, assim, que,
“desconsiderando a data de recebimento da denúncia como
marco interruptivo da prescrição – por força do aditamento promovido
anos após –, bem como desconsiderando a errônea suspensão da
prescrição – já que o paciente foi citado pessoalmente –, tem-se que
entre a data do fato e a data do aditamento à denúncia ocorreu a
extinção da punibilidade pela prescrição da pretensão punitiva”.
Sustenta, ainda, alternativamente, a possibilidade de aplicação da
prescrição antecipada ou em perspectiva, tendo em vista que a
reprimenda do paciente, em caso de condenação, não ultrapassará 2 anos
de reclusão, e seu prazo prescricional é de 4 anos.
Requer, ao final, liminarmente, seja declarada a prescrição da
pretensão punitiva, com o trancamento da ação penal movida contra o
paciente.
Em 5/8/2011, indeferi a medida liminar, solicitei informações ao
Juízo da 3ª Vara Criminal da Comarca de Cachoeiro de Itapemirim/ES e
determinei, na sequência, fosse ouvido o Procurador-Geral da República.
As informações foram prestada por meio do Ofício GJ 28/2011, de
1º/9/2011, recebido nesta Corte em 8/9/2011.
O Ministério Público Federal, em parecer da lavra da
Subprocuradora-Geral da República Cláudia Sampaio Marques,
manifestou-se pela denegação da ordem.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 109.635 ESPÍRITO SANTO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem.
Entendo, contudo, que a ordem deve ser concedida de ofício, em razão da
superveniente ocorrência da prescrição da pretensão punitiva.
O acórdão ora questionado possui a seguinte ementa:
“HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO. ILEGALIDADE NA
APLICAÇÃO DO ART. 366 DO CPP. TESE NÃO APRECIADA
PELO TRIBUNAL A QUO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.
ADITAMENTO À DENÚNCIA. AUSÊNCIA DE DESCRIÇÃO
DE FATOS NOVOS. NÃO OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO DA
PRETENSÃO PUNITIVA. VALIDADE DA INTERRUPÇÃO DO
PRAZO PRESCRICIONAL PELO RECEBIMENTO DA
DENÚNCIA POSTERIORMENTE ADITADA. PARECER DO
MPF PELA DENEGAÇÃO DO
WRIT. ORDEM
PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA EXTENSÃO,
DENEGADA.
1. A tese de ilegalidade da suspensão do processo e do prazo
prescricional (art. 366 do CPP) não foi analisada pelo Tribunal a quo.
Portanto, não há como esta Corte Superior apreciá-las, por ser
incompetente para tanto, conforme dispõe o artigo 105, I, c da
Constituição da República, sob pena de indevida supressão de
instância.
2. O aditamento da denúncia não torna nula a primeira exordial
acusatória apresentada, razão pela qual mantém-se a interrupção do
prazo prescricional decorrente do seu recebimento (art. 117, I do
CPB).
3. Parecer do MPF pela denegação da ordem.
4. Ordem parcialmente conhecida e, nessa extensão, denegada”.
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 109.635 ESPÍRITO SANTO
V O T O
O SENHOR MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI (RELATOR): Bem
examinados os autos, tenho que o caso é de denegação da ordem.
Entendo, contudo, que a ordem deve ser concedida de ofício, em razão da
superveniente ocorrência da prescrição da pretensão punitiva.
O acórdão ora questionado possui a seguinte ementa:
“HABEAS CORPUS. RECEPTAÇÃO. ILEGALIDADE NA
APLICAÇÃO DO ART. 366 DO CPP. TESE NÃO APRECIADA
PELO TRIBUNAL A QUO. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA.
ADITAMENTO À DENÚNCIA. AUSÊNCIA DE DESCRIÇÃO
DE FATOS NOVOS. NÃO OCORRÊNCIA DA PRESCRIÇÃO DA
PRETENSÃO PUNITIVA. VALIDADE DA INTERRUPÇÃO DO
PRAZO PRESCRICIONAL PELO RECEBIMENTO DA
DENÚNCIA POSTERIORMENTE ADITADA. PARECER DO
MPF PELA DENEGAÇÃO DO
WRIT. ORDEM
PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA EXTENSÃO,
DENEGADA.
1. A tese de ilegalidade da suspensão do processo e do prazo
prescricional (art. 366 do CPP) não foi analisada pelo Tribunal a quo.
Portanto, não há como esta Corte Superior apreciá-las, por ser
incompetente para tanto, conforme dispõe o artigo 105, I, c da
Constituição da República, sob pena de indevida supressão de
instância.
2. O aditamento da denúncia não torna nula a primeira exordial
acusatória apresentada, razão pela qual mantém-se a interrupção do
prazo prescricional decorrente do seu recebimento (art. 117, I do
CPB).
3. Parecer do MPF pela denegação da ordem.
4. Ordem parcialmente conhecida e, nessa extensão, denegada”.
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 11
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 109.635 / ES
Conforme relatado, a impetrante alega, em síntese, a ocorrência da
prescrição da pretensão punitiva com base na pena em abstrato cominada
ao delito de receptação simples (1 a 4 anos), considerando que, entre a
data dos fatos (2/1/2001) e o recebimento do aditamento da denúncia
(8/12/2009), transcorreu lapso superior a 8 anos, nos termos do art. 109, IV,
do Código Penal.
Sem razão, contudo.
É entendimento consagrado pela doutrina nacional e pela
jurisprudência desta Corte que o aditamento da denúncia que não
apresenta fatos novos, mas apenas dá definição jurídica diversa da que foi
apontada na acusação primitiva, não tem o condão de interromper o
prazo prescricional, o que só ocorre nas hipóteses taxativas previstas no
art. 117 do Código Penal.
Sendo assim, o recebimento originário da denúncia, ocorrido em
5/2/2004, permanece válido, uma vez que o aditamento não acrescentou
nenhum fato novo que modificasse substancialmente os elementos
contidos nos autos, a ponto de modificar o marco interruptivo, a partir do
qual será computado o prazo prescricional.
Confira-se, a propósito, o seguinte trecho do voto do Ministro
Relator do STJ sobre a questão:
“(...)
4. Não assiste razão ao impetrante. A denúncia não foi
considerada nula, houve apenas uma nova capitulação, sem a
descrição de fato novo. Assim, o seu recebimento é causa interruptiva
da prescrição, nos termos do art. 117, I do CPB.
5. Confira-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:
'Compulsando detidamente os autos, verifiquei que
o aditamento da denúncia, em nenhum momento,
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.635 / ES
Conforme relatado, a impetrante alega, em síntese, a ocorrência da
prescrição da pretensão punitiva com base na pena em abstrato cominada
ao delito de receptação simples (1 a 4 anos), considerando que, entre a
data dos fatos (2/1/2001) e o recebimento do aditamento da denúncia
(8/12/2009), transcorreu lapso superior a 8 anos, nos termos do art. 109, IV,
do Código Penal.
Sem razão, contudo.
É entendimento consagrado pela doutrina nacional e pela
jurisprudência desta Corte que o aditamento da denúncia que não
apresenta fatos novos, mas apenas dá definição jurídica diversa da que foi
apontada na acusação primitiva, não tem o condão de interromper o
prazo prescricional, o que só ocorre nas hipóteses taxativas previstas no
art. 117 do Código Penal.
Sendo assim, o recebimento originário da denúncia, ocorrido em
5/2/2004, permanece válido, uma vez que o aditamento não acrescentou
nenhum fato novo que modificasse substancialmente os elementos
contidos nos autos, a ponto de modificar o marco interruptivo, a partir do
qual será computado o prazo prescricional.
Confira-se, a propósito, o seguinte trecho do voto do Ministro
Relator do STJ sobre a questão:
“(...)
4. Não assiste razão ao impetrante. A denúncia não foi
considerada nula, houve apenas uma nova capitulação, sem a
descrição de fato novo. Assim, o seu recebimento é causa interruptiva
da prescrição, nos termos do art. 117, I do CPB.
5. Confira-se o seguinte trecho do acórdão impugnado:
'Compulsando detidamente os autos, verifiquei que
o aditamento da denúncia, em nenhum momento,
2
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 109.635 / ES
descreveu fato novo, tendo tão somente corrigido a
capitulação legal do crime imputado ao paciente, razão
pela qual não pode ser o ato inicial de recebimento da
denúncia desconsiderado para o cômputo do prazo
prescricional, conforme pretende a defesa do paciente (fls.
118)'” (grifos meus).
O órgão ministerial também destacou esses aspectos, citando,
inclusive, excertos doutrinários sobre o tema e um julgado desta Corte:
“(...)
7. Com efeito, no caso, o aditamento à denúncia constituiu mera
alteração da capitulação jurídica inicialmente conferida aos fatos que
já haviam sido relatados na denúncia original, em nada inovando
(acerca de novos fatos ou nova conduta delitiva), mas simplesmente
corrigindo a adequação típica inicial (furto qualificado), que passou
figurar como a descrita no art. 180, caput, do CP (receptação
simples).
8. Sobre o tema, a renomada doutrina ensina que:
'O aditamento da denúncia só interrompe o prazo
prescricional quando descreve fato novo, observando-se
que a interrupção só se refere a este, não ao crime
anteriormente descrito'
(DAMÁSIO DE JESUS,
in
Comentários do Código Penal, Editora Saraiva, 2ª ed., 2º vol.,
pág. 899); 'Se a denúncia ou a queixa foi aditada para
suprir erro ou omissão, o aditamento não tem o efeito de
interromper a prescrição (…). Se o aditamento se referir a
novo fato delituoso (hipótese bastante discutível), a
interrupção se restringe ao novo fato' (HELENO
FRAGOSO, in Lições de Direito Penal, Editora Forense, 1ª ed.,
1990, Parte Geral, págs. 411/412).
9. Por outro lado, não há como desconsiderar como marco
interruptivo aquele expressamente previsto em lei (art. 117, inciso I,
CP), qual seja, o recebimento da denúncia, ocorrido em 05/02/2004,
para se adotar critério conveniente à tese da Defesa que resulte na
extinção da punibilidade do paciente, mas que não encontra abrigo na
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Supremo Tribunal Federal
HC 109.635 / ES
descreveu fato novo, tendo tão somente corrigido a
capitulação legal do crime imputado ao paciente, razão
pela qual não pode ser o ato inicial de recebimento da
denúncia desconsiderado para o cômputo do prazo
prescricional, conforme pretende a defesa do paciente (fls.
118)'” (grifos meus).
O órgão ministerial também destacou esses aspectos, citando,
inclusive, excertos doutrinários sobre o tema e um julgado desta Corte:
“(...)
7. Com efeito, no caso, o aditamento à denúncia constituiu mera
alteração da capitulação jurídica inicialmente conferida aos fatos que
já haviam sido relatados na denúncia original, em nada inovando
(acerca de novos fatos ou nova conduta delitiva), mas simplesmente
corrigindo a adequação típica inicial (furto qualificado), que passou
figurar como a descrita no art. 180, caput, do CP (receptação
simples).
8. Sobre o tema, a renomada doutrina ensina que:
'O aditamento da denúncia só interrompe o prazo
prescricional quando descreve fato novo, observando-se
que a interrupção só se refere a este, não ao crime
anteriormente descrito'
(DAMÁSIO DE JESUS,
in
Comentários do Código Penal, Editora Saraiva, 2ª ed., 2º vol.,
pág. 899); 'Se a denúncia ou a queixa foi aditada para
suprir erro ou omissão, o aditamento não tem o efeito de
interromper a prescrição (…). Se o aditamento se referir a
novo fato delituoso (hipótese bastante discutível), a
interrupção se restringe ao novo fato' (HELENO
FRAGOSO, in Lições de Direito Penal, Editora Forense, 1ª ed.,
1990, Parte Geral, págs. 411/412).
9. Por outro lado, não há como desconsiderar como marco
interruptivo aquele expressamente previsto em lei (art. 117, inciso I,
CP), qual seja, o recebimento da denúncia, ocorrido em 05/02/2004,
para se adotar critério conveniente à tese da Defesa que resulte na
extinção da punibilidade do paciente, mas que não encontra abrigo na
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 109.635 / ES
legislação vigente (rol taxativo do art. 117 CP). Isto porque não há
qualquer previsão em lei dispondo que o aditamento à denúncia
constitui causa interruptiva da prescrição, conforme aqui se sustenta.
Há precedentes nesse sentido:
'PENAL. PROCESSUAL PENAL.
HABEAS
CORPUS. PRESCRIÇÃO. CP, ART. 109, V.
PREVARICAÇÃO. CP, ART. 319. INTERRUPÇÃO PELO
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. CP, ART. 117, I.
ADITAMENTO À DENÚNCIA. I. - O aditamento à
denúncia não configura causa de interrupção da
prescrição, por ausência de previsão legal. (…)' (HC nº
84.606/SP, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 28/10/2004)”
(grifos no original).
No que concerne ao reconhecimento da prescrição antecipada,
também não tem razão a impetrante.
Com efeito, a remansosa jurisprudência desta Corte tem repelido, de
forma sistemática, a denominada prescrição antecipada pela pena em
perspectiva, em razão de ausência de previsão em nosso ordenamento
jurídico. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras:
RHC 94.757/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; HC 94.729/SP e RHC 88.291/GO,
Rel. Min. Ellen Gracie; HC 90.337/SP e HC 99.614/SC, Rel. Min. Ayres
Britto; HC 88.087/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence.
Todavia, penso que os fatos imputados ao paciente estão prescritos.
Isso porque, em consulta ao sítio eletrônico do Tribunal de Justiça do
Estado do Espírito Santo, verifico que a Ação Penal 011.01.055896-0,
objeto deste habeas corpus, ainda não foi julgada, apesar de os autos
estarem conclusos para sentença desde 13/10/2011.
A pena máxima cominada ao crime de receptação (art. 180 do CP) é
de 4 anos, e, nos termos do inciso IV do art. 109 do Código Penal, esse
delito prescreve em 8 anos. Considerando que a denúncia originária foi
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HC 109.635 / ES
legislação vigente (rol taxativo do art. 117 CP). Isto porque não há
qualquer previsão em lei dispondo que o aditamento à denúncia
constitui causa interruptiva da prescrição, conforme aqui se sustenta.
Há precedentes nesse sentido:
'PENAL. PROCESSUAL PENAL.
HABEAS
CORPUS. PRESCRIÇÃO. CP, ART. 109, V.
PREVARICAÇÃO. CP, ART. 319. INTERRUPÇÃO PELO
RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. CP, ART. 117, I.
ADITAMENTO À DENÚNCIA. I. - O aditamento à
denúncia não configura causa de interrupção da
prescrição, por ausência de previsão legal. (…)' (HC nº
84.606/SP, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 28/10/2004)”
(grifos no original).
No que concerne ao reconhecimento da prescrição antecipada,
também não tem razão a impetrante.
Com efeito, a remansosa jurisprudência desta Corte tem repelido, de
forma sistemática, a denominada prescrição antecipada pela pena em
perspectiva, em razão de ausência de previsão em nosso ordenamento
jurídico. Nesse sentido, menciono as seguintes decisões, entre outras:
RHC 94.757/SP, Rel. Min. Cármen Lúcia; HC 94.729/SP e RHC 88.291/GO,
Rel. Min. Ellen Gracie; HC 90.337/SP e HC 99.614/SC, Rel. Min. Ayres
Britto; HC 88.087/RJ, Rel. Min. Sepúlveda Pertence.
Todavia, penso que os fatos imputados ao paciente estão prescritos.
Isso porque, em consulta ao sítio eletrônico do Tribunal de Justiça do
Estado do Espírito Santo, verifico que a Ação Penal 011.01.055896-0,
objeto deste habeas corpus, ainda não foi julgada, apesar de os autos
estarem conclusos para sentença desde 13/10/2011.
A pena máxima cominada ao crime de receptação (art. 180 do CP) é
de 4 anos, e, nos termos do inciso IV do art. 109 do Código Penal, esse
delito prescreve em 8 anos. Considerando que a denúncia originária foi
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Voto - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
HC 109.635 / ES
recebida em 5/2/2004, e esse fato ninguém contesta, pode-se afirmar que
se passaram mais de 8 anos desde aquela data, sem que tivesse ocorrido
alguma outra causa interruptiva do prazo prescricional, como, por
exemplo, a publicação de sentença condenatória (art. 117, IV, do CP).
Ante o exposto, denego a ordem, mas concedo-a, de ofício, para
declarar a extinção da punibilidade do paciente, pela ocorrência
superveniente da prescrição da pretensão punitiva, conforme o art. 107,
IV, do Código Penal.
5
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HC 109.635 / ES
recebida em 5/2/2004, e esse fato ninguém contesta, pode-se afirmar que
se passaram mais de 8 anos desde aquela data, sem que tivesse ocorrido
alguma outra causa interruptiva do prazo prescricional, como, por
exemplo, a publicação de sentença condenatória (art. 117, IV, do CP).
Ante o exposto, denego a ordem, mas concedo-a, de ofício, para
declarar a extinção da punibilidade do paciente, pela ocorrência
superveniente da prescrição da pretensão punitiva, conforme o art. 107,
IV, do Código Penal.
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.635
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S) : MATUZALÉM BENTO RIBEIRO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, mas
concedeu-a, de ofício, para declarar a extinção da punibilidade do
paciente, pela ocorrência superveniente da prescrição da pretensão
punitiva, conforme o art. 107, IV, do Código Penal, nos termos do
voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 109.635
PROCED. : ESPÍRITO SANTO
RELATOR : MIN. RICARDO LEWANDOWSKI
PACTE.(S) : MATUZALÉM BENTO RIBEIRO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO
SANTO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, mas
concedeu-a, de ofício, para declarar a extinção da punibilidade do
paciente, pela ocorrência superveniente da prescrição da pretensão
punitiva, conforme o art. 107, IV, do Código Penal, nos termos do
voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3112414 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-21T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, denegou a ordem, mas concedeu-a, de ofício, para declarar a extinção da punibilidade do paciente, pela ocorrência superveniente da prescrição da pretensão punitiva, conforme o art. 107, IV, do Código Penal, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | Ementa: HABEAS CORPUS. PENAL. PRAZO PRESCRICIONAL INTERROMPIDO PELO RECEBIMENTO DA DENÚNCIA. ADITAMENTO PARA DAR DEFINIÇÃO JURÍDICA DIVERSA DA QUE FOI RELATADA NA ACUSAÇÃO PRIMITIVA. INTERRUPÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL. NÃO OCORRÊNCIA. PRESCRIÇÃO ANTECIPADA PELA PENA EM PERSPECTIVA. IMPOSSIBILIDADE. AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL. ORDEM DENEGADA. PRESCRIÇÃO SUPERVENIENTE PELA PENA MÁXIMA COMINADA AO CRIME IMPUTADO NO ADITAMENTO. WRIT CONCEDIDO DE OFÍCIO.
I – É entendimento consagrado pela doutrina nacional e pela jurisprudência desta Corte que o aditamento da denúncia que não relata fatos novos, mas apenas dá definição jurídica diversa da que foi apontada na acusação primitiva, não tem o condão de interromper o prazo prescricional, o que só ocorre nas hipóteses taxativas previstas no art. 117 do Código Penal.
II – A remansosa jurisprudência desta Corte tem repelido, de forma sistemática, a denominada prescrição antecipada pela pena em perspectiva, em razão de ausência de previsão em nosso ordenamento jurídico. Precedentes.
III – A pena máxima cominada ao crime de receptação (art. 180 do CP) é de 4 anos, e, nos termos do inciso IV do art. 109 do Código Penal, esse delito prescreve em 8 anos. Considerando que entre o recebimento da denúncia primitiva e a presente data já se passaram mais de 8 anos, sem a prolação de sentença condenatória, é de ser declarada a prescrição da pretensão punitiva estatal.
IV – Habeas corpus denegado.
V – Ordem concedida de ofício para declarar a extinção da punibilidade do paciente, pela ocorrência superveniente da prescrição da pretensão punitiva. | sjur219271 | - Acórdãos citados:
(PRESCRIÇÃO ANTECIPADA, PENA EM PERSPECTIVA)
STF: RHC 94757 (1ªT), HC 94729 (2ªT), RHC 88291 (2ªT), HC
90337 (1ª), HC 99614 (2ªT), HC 88087 (1ªT).
- Veja HC 188471 do STJ.
Número de páginas: 11.
Análise: 07/12/2012, IMC. | RICARDO LEWANDOWSKI | Segunda Turma | 109635 | [
"LEG-FED DEL-002848 ANO-1940\r\n ART-00107 INC-00004 ART-00109 INC-00004 \r\n ART-00117 INC-00004 ART-00180\r\n CP-1940 CÓDIGO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 109635 | [
""
] | PACTE.(S) : MATUZALÉM BENTO RIBEIRO
IMPTE.(S) : DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
PROC.(A/S)(ES) : DEFENSOR PÚBLICO-GERAL DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 109 . 635",
"HC 109 . 635 / ES",
"HC 109 . 635 / ES",
"HABEAS CORPUS 109 . 635",
"HC 188 . 471 / ES",
"HABEAS CORPUS 109 . 635",
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"HC 109 . 635 / ES",
"HC 109 . 635 / ES",
"HC 109 . 635 / ES",
"HC [UNK] 84 . 606 / SP",
"RHC 94 . 757 / SP",
"HC 94 . 729 / SP",
"RHC 88 . 291 / GO",
"HC 90 . 337 / SP",
"HC 99 . 614 / SC",
"HC 88 . 087 / RJ",
"Ação Penal 011 . 01 . 055896 - 0",
"HC 109 . 635 / ES",
"HC [UNK] 84 . 606 / SP",
"RHC 94 . 757 / SP",
"HC 94 . 729 / SP",
"RHC 88 . 291 / GO",
"HC 90 . 337 / SP",
"HC 99 . 614 / SC",
"HC 88 . 087 / RJ",
"Ação Penal 011 . 01 . 055896 - 0",
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"HC 109 . 635 / ES",
"HABEAS CORPUS 109 . 635",
"HABEAS CORPUS 109 . 635"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 117 do Código Penal",
"art . 180 do CP",
"inciso IV do art . 109 do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 107 , IV , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 155 , § [UNK] , I e II , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 155 , § [UNK] , I e II , do Código Penal",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 366 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 366 do Código de Processo Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 366 DO CPP",
"art . 366 do CPP",
"artigo 105 , I , c da Constituição da República",
"art . 117 , I do CPB",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 366 DO CPP",
"art . 366 do CPP",
"artigo 105 , I , c da Constituição da República",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"art . 109 , IV , do Código Penal",
"art . 117 do Código Penal",
"art . 117 , I do CPB .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 180 , caput , do CP",
"art . 117 , inciso I , CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 180 , caput , do CP",
"art . 117 , inciso I , CP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 117 CP",
"CP , ART . 109 , V .",
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"CP , ART . 109 , V .",
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"CP , ART . 117 , I",
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"inciso IV do art . 109 do Código Penal",
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"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"Brasília",
"Brasília",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ES",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"ESPÍRITO SANTO",
"ESTADO DO ESPÍRITO SANTO"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"-",
"estrutura",
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"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Defensoria Pública do Estado do Espírito Santo",
"Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça",
"Parquet",
"Defensoria Pública estadual",
"Defensoria",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"MP",
"Ministério Público do Estado do Espírito Santo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"MP",
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"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Cachoeiro de Itapemirim /",
"Ministério Público Federal",
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"-",
"Brasil",
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"[UNK] Vara Criminal da Comarca de Cachoeiro de Itapemirim / ES",
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"-",
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"SEGUNDA TURMA",
"MPF",
"MPF",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MPF",
"MPF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
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"Infra",
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"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Editora Saraiva",
"Editora Forense",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Editora Saraiva",
"Editora Forense",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MATUZALÉM BENTO RIBEIRO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MATUZALÉM BENTO RIBEIRO",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MATUZALÉM BENTO RIBEIRO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MATUZALÉM BENTO RIBEIRO",
"Napoleão Nunes Maia Filho",
"Cláudia Sampaio Marques",
"Cláudia Sampaio Marques",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"DAMÁSIO DE JESUS",
"HELENO FRAGOSO",
"DAMÁSIO DE JESUS",
"HELENO FRAGOSO",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"Carlos Velloso",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Ayres Britto",
"Sepúlveda Pertence",
"Carlos Velloso",
"Cármen Lúcia",
"Ellen Gracie",
"Ayres Britto",
"Sepúlveda Pertence",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MATUZALÉM BENTO RIBEIRO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"RICARDO LEWANDOWSKI",
"MATUZALÉM BENTO RIBEIRO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2",
"/",
"1",
"/",
"2001",
"5",
"/",
"2",
"/",
"2004",
"20",
"/",
"8",
"/",
"2004",
"15",
"/",
"9",
"/",
"2004",
"27",
"/",
"4",
"/",
"2005",
"6",
"/",
"12",
"/",
"2005",
"27",
"/",
"10",
"/",
"2009",
"8",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"5",
"/",
"2",
"/",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2",
"/",
"1",
"/",
"2001",
"5",
"/",
"2",
"/",
"2004",
"20",
"/",
"8",
"/",
"2004",
"15",
"/",
"9",
"/",
"2004",
"27",
"/",
"4",
"/",
"2005",
"6",
"/",
"12",
"/",
"2005",
"27",
"/",
"10",
"/",
"2009",
"8",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"5",
"/",
"2",
"/",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2",
"/",
"1",
"/",
"2001",
"8",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"5",
"/",
"8",
"/",
"2011",
"[UNK]",
"/",
"9",
"/",
"2011",
"8",
"/",
"9",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2",
"/",
"1",
"/",
"2001",
"8",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"5",
"/",
"8",
"/",
"2011",
"[UNK]",
"/",
"9",
"/",
"2011",
"8",
"/",
"9",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2",
"/",
"1",
"/",
"2001",
"8",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"5",
"/",
"2",
"/",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"2",
"/",
"1",
"/",
"2001",
"8",
"/",
"12",
"/",
"2009",
"5",
"/",
"2",
"/",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1990",
"05",
"/",
"02",
"/",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1990",
"05",
"/",
"02",
"/",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"10",
"/",
"2004",
"13",
"/",
"10",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28",
"/",
"10",
"/",
"2004",
"13",
"/",
"10",
"/",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
"/",
"2",
"/",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
"/",
"2",
"/",
"2004",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.436 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
ADV.(A/S)
:PROCURADORIA-GERAL FEDERAL E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SÓ CAR DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA
ADV.(A/S)
:DALMO
JACOB
DO
AMARAL
JÚNIOR
E
OUTRO(A/S)
EMENTA
Agravo
regimental
no
recurso
extraordinário.
Inconstitucionalidade do art. 4º da LC nº 118/05. Violação da cláusula de
reserva de plenário. Afastamento. Prevalência, no caso, dos princípios
da celeridade e da razoável duração do processo.
1. Em consonância com os princípios constitucionais da celeridade e
da razoável duração do processo, não se justifica o retorno dos autos ao
Tribunal de origem para que esse, ainda com maior delonga, se curve ao
posicionamento já consagrado por este Supremo Tribunal Federal sobre o
tema.
2. Ademais, tal proceder não acarreta prejuízo à recorrente, pois se
vislumbra o julgamento final da demanda, recaindo na mesma conclusão
de feito já julgado por esta Corte.
3. Existência de entendimento pacífico deste Supremo Tribunal
Federal sobre o tema, pois, na sessão de 4 de agosto de 2011, o Plenário,
ao apreciar o mérito do RE nº 566.621, Relatora a Ministra Ellen Gracie,
declarou a inconstitucionalidade do art. 4º da LC nº 118/05.
4. Agravo regimental ao qual se nega provimento.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113530.
Supremo Tribunal Federal
DJe 05/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
RE 535.436 AGR / DF
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113530.
Supremo Tribunal Federal
RE 535.436 AGR / DF
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113530.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.436 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
ADV.(A/S)
:PROCURADORIA-GERAL FEDERAL E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SÓ CAR DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA
ADV.(A/S)
:DALMO
JACOB
DO
AMARAL
JÚNIOR
E
OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão mediante a
qual o eminente Ministro Sepúlveda Pertence negou seguimento ao
recurso extraordinário, com os seguintes fundamentos:
“RE, a, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça,
assim ementado (f. 304):
‘TRIBUTÁRIO.
RECURSO
ESPECIAL.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL INCIDENTE SOBRE A
REMUNERAÇÃO
DE
ADMINISTRADORES
AUTÔNOMOS E AVULSOS. PRESCRIÇÃO.
1. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, no
julgamento dos Embargos de Divergência no Recurso Especial
n. 435.835-SC (relator para o acórdão Ministro José Delgado),
firmou o entendimento de que, na hipótese de tributo sujeito a
lançamento por homologação, o prazo para a propositura da ação
de repetição de indébito é de 10 (dez) anos a contar do fato
gerador, se a homologação for tácita (tese dos ‘cinco mais cinco’),
e, de 5 (cinco anos a contar da homologação, se esta for expressa.
2. Recurso especial provido.’
Alega o RE violação dos artigos 5º, XXXVI; e 97, da
Constituição Federal.
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113426.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.436 DISTRITO FEDERAL
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
ADV.(A/S)
:PROCURADORIA-GERAL FEDERAL E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:SÓ CAR DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA
ADV.(A/S)
:DALMO
JACOB
DO
AMARAL
JÚNIOR
E
OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Trata-se de agravo regimental interposto contra decisão mediante a
qual o eminente Ministro Sepúlveda Pertence negou seguimento ao
recurso extraordinário, com os seguintes fundamentos:
“RE, a, contra acórdão do Superior Tribunal de Justiça,
assim ementado (f. 304):
‘TRIBUTÁRIO.
RECURSO
ESPECIAL.
CONTRIBUIÇÃO SOCIAL INCIDENTE SOBRE A
REMUNERAÇÃO
DE
ADMINISTRADORES
AUTÔNOMOS E AVULSOS. PRESCRIÇÃO.
1. A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, no
julgamento dos Embargos de Divergência no Recurso Especial
n. 435.835-SC (relator para o acórdão Ministro José Delgado),
firmou o entendimento de que, na hipótese de tributo sujeito a
lançamento por homologação, o prazo para a propositura da ação
de repetição de indébito é de 10 (dez) anos a contar do fato
gerador, se a homologação for tácita (tese dos ‘cinco mais cinco’),
e, de 5 (cinco anos a contar da homologação, se esta for expressa.
2. Recurso especial provido.’
Alega o RE violação dos artigos 5º, XXXVI; e 97, da
Constituição Federal.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
RE 535.436 AGR / DF
Decido.
É inviável o RE.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal já decidiu ser
inadmissível o RE contra acórdão do STJ, quando suscita
questão constitucional resolvida na decisão de segundo grau,
v.g. AI 145.589-AgR, 02.09.1993, Pertence, assim ementado:
‘Recurso extraordinário: interposição de decisão do STJ em
recurso especial: inadmissibilidade, se a questão constitucional
de que se ocupou o acórdão recorrido já fora suscitada e resolvida
na decisão de segundo grau e, ademais, constitui fundamento
suficiente da decisão da causa.
1. Do sistema constitucional vigente, que prevê o
cabimento simultâneo do recurso extraordinário e de recurso
especial contra o mesmo acórdão dos tribunais de segundo grau,
decorre que da decisão do STJ, no recurso especial só se admitirá
recurso extraordinário se a questão constitucional objeto do
último for diversa da que já tiver sido resolvida pela instância
ordinária.
2. Não se contesta que, no sistema difuso de controle de
constitucionalidade, o STJ, a exemplo de todos os demais órgãos
jurisdicionais de qualquer instância, tenha o poder de declarar
incidentemente a inconstitucionalidade da lei, mesmo de ofício; o
que não é dado àquela Corte, em recurso especial, é rever a
decisão da mesma questão constitucional do tribunal inferior; se
o faz, de duas uma: ou usurpa a competência do STF, se
interposto paralelamente o extraordinário ou, caso contrário,
ressuscita matéria preclusa.’
Nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557,
caput, do C.Pr.Civil).”
Sustenta o agravante, in verbis, que:
“(...) inexiste matéria constitucional no acórdão do TRF,
tanto que a empresa não interpôs recurso extraordinário. A
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 535.436 AGR / DF
Decido.
É inviável o RE.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal já decidiu ser
inadmissível o RE contra acórdão do STJ, quando suscita
questão constitucional resolvida na decisão de segundo grau,
v.g. AI 145.589-AgR, 02.09.1993, Pertence, assim ementado:
‘Recurso extraordinário: interposição de decisão do STJ em
recurso especial: inadmissibilidade, se a questão constitucional
de que se ocupou o acórdão recorrido já fora suscitada e resolvida
na decisão de segundo grau e, ademais, constitui fundamento
suficiente da decisão da causa.
1. Do sistema constitucional vigente, que prevê o
cabimento simultâneo do recurso extraordinário e de recurso
especial contra o mesmo acórdão dos tribunais de segundo grau,
decorre que da decisão do STJ, no recurso especial só se admitirá
recurso extraordinário se a questão constitucional objeto do
último for diversa da que já tiver sido resolvida pela instância
ordinária.
2. Não se contesta que, no sistema difuso de controle de
constitucionalidade, o STJ, a exemplo de todos os demais órgãos
jurisdicionais de qualquer instância, tenha o poder de declarar
incidentemente a inconstitucionalidade da lei, mesmo de ofício; o
que não é dado àquela Corte, em recurso especial, é rever a
decisão da mesma questão constitucional do tribunal inferior; se
o faz, de duas uma: ou usurpa a competência do STF, se
interposto paralelamente o extraordinário ou, caso contrário,
ressuscita matéria preclusa.’
Nego seguimento ao recurso extraordinário (art. 557,
caput, do C.Pr.Civil).”
Sustenta o agravante, in verbis, que:
“(...) inexiste matéria constitucional no acórdão do TRF,
tanto que a empresa não interpôs recurso extraordinário. A
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Relatório
RE 535.436 AGR / DF
violação à CF surgiu na medida em que foi editada a lei
Complementar 118/2005, no curso do processo, e a legislação de
regência não foi aplicada pelo STJ.”
Alega, ainda, violação do art. 97 da Constituição Federal, que
alberga a cláusula de reserva de plenário, sob o argumento de que o
acórdão do Superior Tribunal de Justiça negou aplicação aos arts. 3º e 4º
da LC nº 118/05, os quais versam o termo inicial do prazo prescricional da
ação de repetição de indébito dos tributos sujeitos ao lançamento por
homologação.
É o relatório.
3
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113426.
Supremo Tribunal Federal
RE 535.436 AGR / DF
violação à CF surgiu na medida em que foi editada a lei
Complementar 118/2005, no curso do processo, e a legislação de
regência não foi aplicada pelo STJ.”
Alega, ainda, violação do art. 97 da Constituição Federal, que
alberga a cláusula de reserva de plenário, sob o argumento de que o
acórdão do Superior Tribunal de Justiça negou aplicação aos arts. 3º e 4º
da LC nº 118/05, os quais versam o termo inicial do prazo prescricional da
ação de repetição de indébito dos tributos sujeitos ao lançamento por
homologação.
É o relatório.
3
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113426.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.436 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Primeiramente, verifico que a questão prescricional não restou
preclusa, haja vista que a suposta violação constitucional surgiu no
julgamento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.
Todavia, a irresignação, ainda que por outros fundamentos,
permanece sem êxito.
Quanto à violação da cláusula de reserva de plenário, em
consonância com os princípios constitucionais da celeridade e da razoável
duração do processo, não se justifica o retorno dos autos ao Tribunal de
origem para que aquela Corte, com maior delonga, se curve ao
posicionamento já consagrado por este Supremo Tribunal Federal acerca
do tema.
Ademais, ao assim proceder, não se verifica prejuízo à recorrente, a
qual já pode vislumbrar o julgamento final da demanda, que, mais cedo
ou mais tarde, recairia na mesma conclusão do quanto julgado por esta
Corte. Nesse sentido, em condições idênticas, cito o RE nº 581.251/SE-
AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski (DJe de 9/9/09), no qual o
eminente relator assim se pronunciou:
“Desta maneira, considerando os princípios da celeridade
processual e da razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII,
da CF), a obediência à cláusula de reserva de plenário pelos
Tribunais (CF, art. 97) não se faz necessária quando houver
orientação consolidada do STF sobre a questão constitucional.
Pelo mesmo motivo, não se justifica o retorno dos autos ao
Tribunal a quo para que este, por meio do pleno ou do órgão
especial, se pronuncie sobre a matéria, considerando a
existência de entendimento já fixado por esta Corte” (grifos
meus).
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113447.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.436 DISTRITO FEDERAL
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Primeiramente, verifico que a questão prescricional não restou
preclusa, haja vista que a suposta violação constitucional surgiu no
julgamento do recurso especial pelo Superior Tribunal de Justiça.
Todavia, a irresignação, ainda que por outros fundamentos,
permanece sem êxito.
Quanto à violação da cláusula de reserva de plenário, em
consonância com os princípios constitucionais da celeridade e da razoável
duração do processo, não se justifica o retorno dos autos ao Tribunal de
origem para que aquela Corte, com maior delonga, se curve ao
posicionamento já consagrado por este Supremo Tribunal Federal acerca
do tema.
Ademais, ao assim proceder, não se verifica prejuízo à recorrente, a
qual já pode vislumbrar o julgamento final da demanda, que, mais cedo
ou mais tarde, recairia na mesma conclusão do quanto julgado por esta
Corte. Nesse sentido, em condições idênticas, cito o RE nº 581.251/SE-
AgR, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski (DJe de 9/9/09), no qual o
eminente relator assim se pronunciou:
“Desta maneira, considerando os princípios da celeridade
processual e da razoável duração do processo (art. 5º, LXXVIII,
da CF), a obediência à cláusula de reserva de plenário pelos
Tribunais (CF, art. 97) não se faz necessária quando houver
orientação consolidada do STF sobre a questão constitucional.
Pelo mesmo motivo, não se justifica o retorno dos autos ao
Tribunal a quo para que este, por meio do pleno ou do órgão
especial, se pronuncie sobre a matéria, considerando a
existência de entendimento já fixado por esta Corte” (grifos
meus).
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3113447.
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 535.436 AGR / DF
Assim, afasto a alegação de ofensa à cláusula de reserva de plenário,
pela existência de entendimento pacífico deste Supremo Tribunal Federal
sobre o tema, visto que, na sessão de 4 de agosto de 2011, o Plenário, ao
apreciar o mérito do RE nº 566.621, Relatora a Ministra Ellen Gracie,
declarou a inconstitucionalidade do art. 4º da LC nº 118/05, conforme
publicado no Informativo nº 634 deste Tribunal. Confira-se:
“É inconstitucional o art. 4º, segunda parte, da Lei
Complementar 118/2005 [Art. 3º Para efeito de interpretação do
inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 -
Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário
ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por
homologação, no momento do pagamento antecipado de que
trata o § 1º do art. 150 da referida Lei. Art. 4º Esta Lei entra em
vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação, observado,
quanto ao art. 3º, o disposto no art. 106, inciso I, da Lei no 5.172,
de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional; CTN:
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer
caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos
interpretados]. Esse o consenso do Plenário que, em conclusão
de julgamento, desproveu, por maioria, recurso extraordinário
interposto de decisão que reputara inconstitucional o citado
preceito v. Informativo 585. Prevaleceu o voto proferido pela
Min. Ellen Gracie, relatora, que, em suma, assentara a ofensa ao
princípio da segurança jurídica nos seus conteúdos de proteção
da confiança e de acesso à Justiça, com suporte implícito e
expresso nos artigos 1º e 5º, XXXV, da CF e considerara válida a
aplicação do novo prazo de 5 anos tão-somente às ações
ajuizadas após o decurso da
vacatio legis
de 120 dias
, ou seja, a
partir de 9.6.2005. Os Ministros Celso de Mello e Luiz Fux, por
sua vez, dissentiram apenas no tocante ao art. 3º da LC 118/2005
e afirmaram que ele seria aplicável aos próprios fatos
(pagamento indevido) ocorridos após o término do período de
vacatio legis. Vencidos os Ministros Marco Aurélio, Dias
Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, que davam
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 535.436 AGR / DF
Assim, afasto a alegação de ofensa à cláusula de reserva de plenário,
pela existência de entendimento pacífico deste Supremo Tribunal Federal
sobre o tema, visto que, na sessão de 4 de agosto de 2011, o Plenário, ao
apreciar o mérito do RE nº 566.621, Relatora a Ministra Ellen Gracie,
declarou a inconstitucionalidade do art. 4º da LC nº 118/05, conforme
publicado no Informativo nº 634 deste Tribunal. Confira-se:
“É inconstitucional o art. 4º, segunda parte, da Lei
Complementar 118/2005 [Art. 3º Para efeito de interpretação do
inciso I do art. 168 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 -
Código Tributário Nacional, a extinção do crédito tributário
ocorre, no caso de tributo sujeito a lançamento por
homologação, no momento do pagamento antecipado de que
trata o § 1º do art. 150 da referida Lei. Art. 4º Esta Lei entra em
vigor 120 (cento e vinte) dias após sua publicação, observado,
quanto ao art. 3º, o disposto no art. 106, inciso I, da Lei no 5.172,
de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional; CTN:
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: I - em qualquer
caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a
aplicação de penalidade à infração dos dispositivos
interpretados]. Esse o consenso do Plenário que, em conclusão
de julgamento, desproveu, por maioria, recurso extraordinário
interposto de decisão que reputara inconstitucional o citado
preceito v. Informativo 585. Prevaleceu o voto proferido pela
Min. Ellen Gracie, relatora, que, em suma, assentara a ofensa ao
princípio da segurança jurídica nos seus conteúdos de proteção
da confiança e de acesso à Justiça, com suporte implícito e
expresso nos artigos 1º e 5º, XXXV, da CF e considerara válida a
aplicação do novo prazo de 5 anos tão-somente às ações
ajuizadas após o decurso da
vacatio legis
de 120 dias
, ou seja, a
partir de 9.6.2005. Os Ministros Celso de Mello e Luiz Fux, por
sua vez, dissentiram apenas no tocante ao art. 3º da LC 118/2005
e afirmaram que ele seria aplicável aos próprios fatos
(pagamento indevido) ocorridos após o término do período de
vacatio legis. Vencidos os Ministros Marco Aurélio, Dias
Toffoli, Cármen Lúcia e Gilmar Mendes, que davam
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
RE 535.436 AGR / DF
provimento ao recurso.”
Diante do exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 535.436 AGR / DF
provimento ao recurso.”
Diante do exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.436
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SÓ CAR DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA
ADV.(A/S) : DALMO JACOB DO AMARAL JÚNIOR E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535.436
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SÓ CAR DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA
ADV.(A/S) : DALMO JACOB DO AMARAL JÚNIOR E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076475
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3161392 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-05T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA
Agravo regimental no recurso extraordinário. Inconstitucionalidade do art. 4º da LC nº 118/05. Violação da cláusula de reserva de plenário. Afastamento. Prevalência, no caso, dos princípios da celeridade e da razoável duração do processo.
1. Em consonância com os princípios constitucionais da celeridade e da razoável duração do processo, não se justifica o retorno dos autos ao Tribunal de origem para que esse, ainda com maior delonga, se curve ao posicionamento já consagrado por este Supremo Tribunal Federal sobre o tema.
2. Ademais, tal proceder não acarreta prejuízo à recorrente, pois se vislumbra o julgamento final da demanda, recaindo na mesma conclusão de feito já julgado por esta Corte.
3. Existência de entendimento pacífico deste Supremo Tribunal Federal sobre o tema, pois, na sessão de 4 de agosto de 2011, o Plenário, ao apreciar o mérito do RE nº 566.621, Relatora a Ministra Ellen Gracie, declarou a inconstitucionalidade do art. 4º da LC nº 118/05.
4. Agravo regimental ao qual se nega provimento. | sjur220636 | - Acórdãos citados:
(INCONSTITUCIONALIDADE)
STF: RE 566621(TP);
Veja informativo 634 do STF;
(AUSÊNCIA, PREJUÍZO)
STF: RE 581251 AgR.
Número de páginas: 9.
Análise: 13/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 535436 | [
"LEG-FED LCP-000118 ANO-2005\r\n ART-00004 \r\n LEI COMPLEMENTAR"
] | RE-AgR | acordaos | RE 535436 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL - INSS
ADV.(A/S) : PROCURADORIA-GERAL FEDERAL E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : SÓ CAR DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA
ADV.(A/S) : DALMO JACOB DO AMARAL JÚNIOR E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535 . 436",
"RE [UNK] 566 . 621",
"RE 535 . 436 AGR",
"RE 535 . 436 AGR",
"Recurso Especial n . 435 . 835 - SC",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535 . 436",
"Recurso Especial n . 435 . 835 - SC",
"RE 535 . 436 AGR",
"AI 145 . 589 - AgR",
"RE 535 . 436 AGR",
"AI 145 . 589 - AgR",
"RE 535 . 436 AGR / DF",
"RE 535 . 436 AGR / DF",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535 . 436",
"RE [UNK] 581 . 251 / SE - AgR",
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"RE [UNK] 581 . 251 / SE - AgR",
"RE 535 . 436 AGR",
"RE [UNK] 566 . 621",
"RE 535 . 436",
"RE [UNK] 566 . 621",
"RE 535 . 436",
"RE 535 . 436",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535 . 436",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 535 . 436"
],
"LEGISLACAO": [
"art . [UNK] da LC [UNK] 118 / 05",
"art . [UNK] da LC [UNK] 118 / 05",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , XXXVI ; e 97 , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"97 , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do C . Pr . Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do C . Pr . Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF",
"lei Complementar 118 / 2005",
"art . 97 da Constituição Federal",
"arts . [UNK] e [UNK] da LC [UNK] 118 / 05",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CF",
"lei Complementar 118 / 2005",
"art . 97 da Constituição Federal",
"arts . [UNK] e [UNK] da LC [UNK] 118 / 05",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , LXXVIII , da CF",
"CF , art . 97",
"art . [UNK] , LXXVIII , da CF",
"CF , art . 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da LC [UNK] 118 / 05",
"art . [UNK] , segunda parte , da Lei Complementar 118 / 2005",
"inciso I do art . 168 da Lei no 5 . 172",
"Código Tributário Nacional",
"art . 106 , inciso I , da Lei no 5 . 172",
"Código Tributário Nacional",
"CTN",
"artigos [UNK] e [UNK] , XXXV , da CF",
"art . [UNK] da LC 118 / 2005",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] da LC [UNK] 118 / 05",
"art . [UNK] , segunda parte , da",
"Lei Complementar 118 / 2005",
"inciso I do art . 168 da Lei",
"Código Tributário Nacional",
"art . 106 , inciso I , da Lei no 5 . 172",
"1966",
"Código Tributário Nacional",
"CTN",
"artigos [UNK] e [UNK] , XXXV , da CF",
"art . [UNK] da LC 118 / 2005",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"SÓ CAR DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
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"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"SÓ CAR DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL",
"INSS",
"SÓ CAR DERIVADOS DE PETRÓLEO LTDA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
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"STJ",
"STJ",
"STJ",
"STJ",
"STF",
"TRF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
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"STJ",
"STJ",
"STJ",
"STJ",
"STF",
"TRF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"STJ",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"STJ",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Supremo Tribunal Federal",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"DF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Plenário",
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"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"DF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"-",
"Brasil",
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"/",
"DF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
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"Brasil"
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"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"DALMO JACOB DO AMARAL JÚNIOR",
"Ellen Gracie",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DALMO JACOB DO AMARAL JÚNIOR",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"José Delgado",
"DIAS TOFFOLI",
"DALMO JACOB DO AMARAL JÚNIOR",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"José Delgado",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"DIAS TOFFOLI",
"Ellen Gracie",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
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"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Dias Toffoli",
"Cármen Lúcia",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"DALMO JACOB DO AMARAL JÚNIOR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"DALMO JACOB DO AMARAL JÚNIOR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"4 de agosto de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"05",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
".",
"09",
".",
"1993",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
".",
"09",
".",
"1993",
"24",
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"08",
"/",
"2001",
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"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
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"/",
"2012",
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"/",
"9",
"/",
"09",
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"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
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"/",
"2012",
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"/",
"9",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4 de agosto de 2011",
"25 de outubro de 1966",
"25 de outubro de 1966",
"9",
".",
"6",
".",
"2005",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"4 de agosto de 2011",
"25 de outubro de 1966",
"25 de outubro de",
"9",
".",
"6",
".",
"2005",
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"/",
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"/",
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"/",
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".",
"2012",
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"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 602.270 PARÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
AGDO.(A/S)
:ALICE ABEN ATHAR ISRAEL
ADV.(A/S)
:EDGAR MOREIRA ALAMAR E OUTRO(A/S)
EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Pensão por morte.
Montante da vantagem. Artigo 40, § 5º, da Constituição Federal.
Precedentes.
1. A jurisprudência desta Corte reconhece a autoaplicabilidade da
norma do art. 40, § 5º, (atual § 7º), da Constituição Federal, determinando
que o valor pago a título de pensão corresponda à integralidade dos
vencimentos ou dos proventos que o servidor falecido percebia.
2. Demanda, ademais, que foi decidida com fundamento em norma
de legislação local, de insuscetível revisão, na via extraordinária, a teor do
disposto na Súmula nº 280 desta Corte.
3. Agravo regimental não provido.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata do julgamento e das
notas taquigráficas, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO DIAS TOFFOLI
Relator
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Supremo Tribunal Federal
DJe 06/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 12
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 602.270 PARÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
AGDO.(A/S)
:ALICE ABEN ATHAR ISRAEL
ADV.(A/S)
:EDGAR MOREIRA ALAMAR E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Estado do Pará interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 153 a
165) contra a decisão mediante a qual neguei provimento ao agravo de
instrumento (fls. 146 a 149), com a seguinte fundamentação:
“DECISÃO
Vistos.
Estado do Pará interpõe agravo de instrumento contra a
decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em
contrariedade aos artigos 5º, incisos II, XXXV e LV, 7º, inciso IV,
25, 37, caput e incisos XIII e XIV, 39, § 1º, 40, § 7º, e 169,
parágrafo único, da Constituição Federal e 17 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão do Tribunal
de Justiça do Estado do Pará, assim ementado:
‘Mandado de segurança. Administrativo. Seguridade
Social. Pensão. Auxiliar de Despachante. Beneficiária. 01.
Preliminares: impossibilidade de dilação probatória,
ilegitimidade passiva do secretário executivo de
administração, impossibilidade jurídica do pedido, com a
inépcia da inicial e carência de ação, incidência da súmula
269 do c. supremo tribunal federal, descabimento da
reposição das diferenças financeiras, princípio da reserva
legal e da legalidade, e impossibilidade de apreciação do
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PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 602.270 PARÁ
RELATOR
: MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S)
:ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
AGDO.(A/S)
:ALICE ABEN ATHAR ISRAEL
ADV.(A/S)
:EDGAR MOREIRA ALAMAR E OUTRO(A/S)
RELATÓRIO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
Estado do Pará interpõe tempestivo agravo regimental (fls. 153 a
165) contra a decisão mediante a qual neguei provimento ao agravo de
instrumento (fls. 146 a 149), com a seguinte fundamentação:
“DECISÃO
Vistos.
Estado do Pará interpõe agravo de instrumento contra a
decisão que não admitiu recurso extraordinário assentado em
contrariedade aos artigos 5º, incisos II, XXXV e LV, 7º, inciso IV,
25, 37, caput e incisos XIII e XIV, 39, § 1º, 40, § 7º, e 169,
parágrafo único, da Constituição Federal e 17 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias.
Insurge-se, no apelo extremo, contra acórdão do Tribunal
de Justiça do Estado do Pará, assim ementado:
‘Mandado de segurança. Administrativo. Seguridade
Social. Pensão. Auxiliar de Despachante. Beneficiária. 01.
Preliminares: impossibilidade de dilação probatória,
ilegitimidade passiva do secretário executivo de
administração, impossibilidade jurídica do pedido, com a
inépcia da inicial e carência de ação, incidência da súmula
269 do c. supremo tribunal federal, descabimento da
reposição das diferenças financeiras, princípio da reserva
legal e da legalidade, e impossibilidade de apreciação do
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Relatório
AI 602.270 AGR / PA
writ pelo judiciário, rejeitadas, por unanimidade. 02. O
beneficiário da pensão concedida pelo Estado do Pará ao
Auxiliar de Despachante, nos termos da Lei nº 409/78 e
suas alterações, tem direito líquido e certo de percebê-la
no valor correspondente ao que fazia jus o pensionista
falecido e conforme os proventos percebidos pelo Agente
Auxiliar de Fiscalização da Secretaria de Estado da
Fazenda, importando em violação a esse direito o ato que
reduz seu valor, porque a regra que o autorizava não foi
recepcionada pela Constituição Federal de 1988. 02.
Mandado de Segurança concedido. Decisão por maioria‘
(fl. 87).
Opostos embargos de declaração (fls. 88 a 91), foram
rejeitados (fls. 92 a 95).
Sustenta o recorrente, em suma, que a pensão recebida
tem caráter assistencial, não se confundindo, em momento algum,
com a pensão por morte oriunda dos sistemas de previdência social (fl.
104), portanto, não se subsume ao comando do artigo 40, § 7º,
da Constituição Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de
declaração foi publicado em 5/5/05, conforme expresso na
certidão de folha 87, não sendo exigível a demonstração da
existência de repercussão geral das questões constitucionais
trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence , DJ de 6/9/07.
Não merece prosperar a irresignação.
No que se refere aos artigos 5º, incisos XXXV e LV, 7º,
inciso IV, 25, 37, incisos XIII e XIV, 39, § 1º, da Constituição
Federal e 17 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, apontados como violados, carecem do necessário
prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos
pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as
quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios
2
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writ pelo judiciário, rejeitadas, por unanimidade. 02. O
beneficiário da pensão concedida pelo Estado do Pará ao
Auxiliar de Despachante, nos termos da Lei nº 409/78 e
suas alterações, tem direito líquido e certo de percebê-la
no valor correspondente ao que fazia jus o pensionista
falecido e conforme os proventos percebidos pelo Agente
Auxiliar de Fiscalização da Secretaria de Estado da
Fazenda, importando em violação a esse direito o ato que
reduz seu valor, porque a regra que o autorizava não foi
recepcionada pela Constituição Federal de 1988. 02.
Mandado de Segurança concedido. Decisão por maioria‘
(fl. 87).
Opostos embargos de declaração (fls. 88 a 91), foram
rejeitados (fls. 92 a 95).
Sustenta o recorrente, em suma, que a pensão recebida
tem caráter assistencial, não se confundindo, em momento algum,
com a pensão por morte oriunda dos sistemas de previdência social (fl.
104), portanto, não se subsume ao comando do artigo 40, § 7º,
da Constituição Federal.
Decido.
Anote-se, inicialmente, que o acórdão dos embargos de
declaração foi publicado em 5/5/05, conforme expresso na
certidão de folha 87, não sendo exigível a demonstração da
existência de repercussão geral das questões constitucionais
trazidas no recurso extraordinário, conforme decidido na
Questão de Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS,
Pleno, Relator o Ministro Sepúlveda Pertence , DJ de 6/9/07.
Não merece prosperar a irresignação.
No que se refere aos artigos 5º, incisos XXXV e LV, 7º,
inciso IV, 25, 37, incisos XIII e XIV, 39, § 1º, da Constituição
Federal e 17 do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias, apontados como violados, carecem do necessário
prequestionamento, sendo certo que os acórdãos proferidos
pelo Tribunal de origem não cuidaram das referidas normas, as
quais, também, não foram objetos dos embargos declaratórios
2
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Relatório
AI 602.270 AGR / PA
opostos pelo recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282
e 356 desta Corte.
Ademais, o acórdão recorrido está em harmonia com a
orientação firmada por esta Corte no sentido de que o artigo 40,
§ 5º, da Constituição Federal, em sua redação original, é norma
de aplicabilidade imediata, o que implica a percepção pelos
pensionistas da totalidade dos vencimentos ou proventos a que
faria jus o servidor se na atividade estivesse. Nesse sentido, os
seguintes precedentes: MI nº 211/DF, Tribunal Pleno, Relator o
Ministro Marco Aurélio , DJ de 18.8.95, AI nº 630.311-AgR/PI,
Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski , DJ
de 30/11/07, e RE nº 567.927/MG, Primeira Turma, Relator o
Ministro Carlos Britto , DJ de 13/3/09, este último assim
ementado:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO.
PENSIONISTA. AUTO-APLICABILIDADE DO § 4º DO
ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (REDAÇÃO
ORIGINÁRIA). 1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o
MI 211, Relator para o acórdão o ministro Marco Aurélio,
firmou o entendimento de que o § 5º do art. 40 da Carta
Magna, cuja redação originária estatuía que o benefício da
pensão por morte corresponderá à totalidade dos
vencimentos ou proventos do servidor falecido, é, sim,
norma auto-aplicável. 2. Precedentes: REs 161.224 e
179.646, da relatoria do Ministro Paulo Brossard; AI
190.673 e RE 210.347, da relatoria do ministro Celso de
Mello; AI 396.406, da relatoria do ministro Carlos Velloso;
RE 367.089, da relatoria do ministro Moreira Alves; RE
291.775, da relatoria da ministra Ellen Gracie; e Rcl 2442-
MC e AI 422.436, da relatoria do ministro Sepúlveda
Pertence. 3. Agravo regimental desprovido’.
Ademais, no tocante à alegação do recorrente sobre a
composição do benefício em questão, o Tribunal de origem
3
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AI 602.270 AGR / PA
opostos pelo recorrente. Incidem na espécie as Súmulas nºs 282
e 356 desta Corte.
Ademais, o acórdão recorrido está em harmonia com a
orientação firmada por esta Corte no sentido de que o artigo 40,
§ 5º, da Constituição Federal, em sua redação original, é norma
de aplicabilidade imediata, o que implica a percepção pelos
pensionistas da totalidade dos vencimentos ou proventos a que
faria jus o servidor se na atividade estivesse. Nesse sentido, os
seguintes precedentes: MI nº 211/DF, Tribunal Pleno, Relator o
Ministro Marco Aurélio , DJ de 18.8.95, AI nº 630.311-AgR/PI,
Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski , DJ
de 30/11/07, e RE nº 567.927/MG, Primeira Turma, Relator o
Ministro Carlos Britto , DJ de 13/3/09, este último assim
ementado:
‘AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
ADMINISTRATIVO.
PENSIONISTA. AUTO-APLICABILIDADE DO § 4º DO
ART. 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL (REDAÇÃO
ORIGINÁRIA). 1. O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o
MI 211, Relator para o acórdão o ministro Marco Aurélio,
firmou o entendimento de que o § 5º do art. 40 da Carta
Magna, cuja redação originária estatuía que o benefício da
pensão por morte corresponderá à totalidade dos
vencimentos ou proventos do servidor falecido, é, sim,
norma auto-aplicável. 2. Precedentes: REs 161.224 e
179.646, da relatoria do Ministro Paulo Brossard; AI
190.673 e RE 210.347, da relatoria do ministro Celso de
Mello; AI 396.406, da relatoria do ministro Carlos Velloso;
RE 367.089, da relatoria do ministro Moreira Alves; RE
291.775, da relatoria da ministra Ellen Gracie; e Rcl 2442-
MC e AI 422.436, da relatoria do ministro Sepúlveda
Pertence. 3. Agravo regimental desprovido’.
Ademais, no tocante à alegação do recorrente sobre a
composição do benefício em questão, o Tribunal de origem
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Relatório
AI 602.270 AGR / PA
concluiu o seguinte:
‘No caso vertente creio ser inaplicável o
entendimento de que tratar-se-ia de pensão especial, de
natureza graciosa, concedida pensionista morto, por mera
liberalidade do Estado, e, por isso, afastado estaria o
direito adquirido. Assim porque a pensão concedida ao
Despachante e Ajudante de Despachante resultou da
condição de servidor público, pelo exercício de função
pública continuada, com evidente vínculo funcional, que,
por conta da reorganização administrativa do Estado, foi
atribuída a outras categorias funcionais. Evidente que o
Estado do Pará quando concedeu a pensão ao
Despachante e ao Auxiliar de Despachante quis,
expressamente, equipara-los ao seu corpo funcional, como
integrantes do seu quadro permanente de pessoal, e, para
afastar quaisquer dúvidas, disse a que categoria funcional
estavam equiparados Fiscal de Tributos Estaduais e
Agente Auxiliar de Fiscalização -, estendendo-lhes os
direitos próprios a essa condição. Ou seja, a equiparação
desses servidores, encarregados dos despachos fiscais, foi
de ordem funcional, elevados que foram à condição de
funcionários integrante do quadro permanente do Estado,
em relação aos que receberam iguais atribuições
funcionais. (...). E, nesse cenário, em consequência,
reconheceu à viúva e filhos, sucessivamente, o direito de
receber a pensão por morte do equiparado (...).
Ainda que o equiparado não tenha contribuído nos
termos da mencionada lei especial, reconheceu em seu
favor,da sua viúva e filhos, o mesmo direito conferido aos
demais segurados e beneficiários das pensões devidas em
face da morte, o que leva a concluir pelo caráter
previdenciário e securitário do benefício reclamado, afora
sua evidente natureza alimentar’ (fl.85).
Com efeito, vê-se que a controvérsia acerca da natureza
4
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Supremo Tribunal Federal
AI 602.270 AGR / PA
concluiu o seguinte:
‘No caso vertente creio ser inaplicável o
entendimento de que tratar-se-ia de pensão especial, de
natureza graciosa, concedida pensionista morto, por mera
liberalidade do Estado, e, por isso, afastado estaria o
direito adquirido. Assim porque a pensão concedida ao
Despachante e Ajudante de Despachante resultou da
condição de servidor público, pelo exercício de função
pública continuada, com evidente vínculo funcional, que,
por conta da reorganização administrativa do Estado, foi
atribuída a outras categorias funcionais. Evidente que o
Estado do Pará quando concedeu a pensão ao
Despachante e ao Auxiliar de Despachante quis,
expressamente, equipara-los ao seu corpo funcional, como
integrantes do seu quadro permanente de pessoal, e, para
afastar quaisquer dúvidas, disse a que categoria funcional
estavam equiparados Fiscal de Tributos Estaduais e
Agente Auxiliar de Fiscalização -, estendendo-lhes os
direitos próprios a essa condição. Ou seja, a equiparação
desses servidores, encarregados dos despachos fiscais, foi
de ordem funcional, elevados que foram à condição de
funcionários integrante do quadro permanente do Estado,
em relação aos que receberam iguais atribuições
funcionais. (...). E, nesse cenário, em consequência,
reconheceu à viúva e filhos, sucessivamente, o direito de
receber a pensão por morte do equiparado (...).
Ainda que o equiparado não tenha contribuído nos
termos da mencionada lei especial, reconheceu em seu
favor,da sua viúva e filhos, o mesmo direito conferido aos
demais segurados e beneficiários das pensões devidas em
face da morte, o que leva a concluir pelo caráter
previdenciário e securitário do benefício reclamado, afora
sua evidente natureza alimentar’ (fl.85).
Com efeito, vê-se que a controvérsia acerca da natureza
4
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Relatório
AI 602.270 AGR / PA
jurídica da pensão percebida por beneficiário de servidor
falecido, nos termos da Lei estadual nº 4.809/78 com as
alterações promovidas pela Lei estadual nº 4.875/79, está restrita
à interpretação da legislação local e ao reexame das provas dos
autos, operações vedadas em sede de recurso extraordinário.
Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte.
Nesse sentido, as seguintes decisões monocráticas: AI nº
684.702/MG, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski , DJ de
5/5/08; AI nº 567.251/MG, Relator o Ministro Joaquim Barbosa ,
DJ de 17/8/06; AI nº 538.789/MG, Relatora a Ministra Ellen
Gracie , DJ de 24/8/05; AI nº 532.752/MG, Relator o Ministro
Cezar Peluso , DJ de 17/3/05; e AI nº 521.176/MG, Relator o
Ministro Carlos Britto , DJ de 30/11/04.
Nego provimento ao agravo.
Publique-se.
Brasília, 14 de março de 2011”.
Insiste o agravante que foram violados os arts. 5º, inciso II; 25; 37,
caput; 40, § 7º; e 169 da Constituição Federal, alegando que se trata de
pensão especial concedida em decorrência do exercício da atividade
privada de despachante estadual, realizada em colaboração com o Poder
Público, cuja disciplina foi objeto de lei específica, a qual deve,
consequentemente, ser respeitada.
É o relatório.
5
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jurídica da pensão percebida por beneficiário de servidor
falecido, nos termos da Lei estadual nº 4.809/78 com as
alterações promovidas pela Lei estadual nº 4.875/79, está restrita
à interpretação da legislação local e ao reexame das provas dos
autos, operações vedadas em sede de recurso extraordinário.
Incidência das Súmulas nºs 279 e 280 desta Corte.
Nesse sentido, as seguintes decisões monocráticas: AI nº
684.702/MG, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski , DJ de
5/5/08; AI nº 567.251/MG, Relator o Ministro Joaquim Barbosa ,
DJ de 17/8/06; AI nº 538.789/MG, Relatora a Ministra Ellen
Gracie , DJ de 24/8/05; AI nº 532.752/MG, Relator o Ministro
Cezar Peluso , DJ de 17/3/05; e AI nº 521.176/MG, Relator o
Ministro Carlos Britto , DJ de 30/11/04.
Nego provimento ao agravo.
Publique-se.
Brasília, 14 de março de 2011”.
Insiste o agravante que foram violados os arts. 5º, inciso II; 25; 37,
caput; 40, § 7º; e 169 da Constituição Federal, alegando que se trata de
pensão especial concedida em decorrência do exercício da atividade
privada de despachante estadual, realizada em colaboração com o Poder
Público, cuja disciplina foi objeto de lei específica, a qual deve,
consequentemente, ser respeitada.
É o relatório.
5
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 602.270 PARÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
pacífica jurisprudência assentada nesta Corte acerca do tema.
Segundo tal entendimento, deve ser autoaplicável a norma do art.
40, § 5º (atual § 7º), da Constituição Federal, a qual determina que o valor
pago a título de pensão corresponda à integralidade dos vencimentos ou
dos proventos que o servidor falecido percebia.
Nesse sentido:
“AGRAVO REGIMENTAL. SERVIDORES MILITARES.
PENSÃO POR MORTE. AUTO-APLICABILIDADE DO
DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL. NATUREZA DAS
PARCELAS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. É
autoaplicável e possui eficácia imediata o dispositivo
constitucional que garante a integralidade da pensão por morte.
A discussão quanto à natureza das parcelas que compõem os
vencimentos ou os proventos é de natureza infraconstitucional.
Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº
339.656/PI-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJe de 7/5/10).
“CONSTITUCIONAL. PENSÃO POR MORTE. AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART.
40, §5º, CF. AUTO-APLICABILIDADE. PENSÃO POR MORTE.
INTEGRALIDADE. IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS
DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA. SÚMULA 287 DO
STF AGRAVO IMPROVIDO. I- O valor pago a título de pensão,
no caso, deve corresponder à integralidade dos vencimentos ou
proventos que o servidor falecido recebia, uma vez que
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 602.270 PARÁ
VOTO
O SENHOR MINISTRO DIAS TOFFOLI (RELATOR):
O inconformismo não merece prosperar, haja vista que as alegações
deduzidas no agravo são insuficientes para infirmar a fundamentação
que ampara a decisão agravada, a qual se encontra em sintonia com a
pacífica jurisprudência assentada nesta Corte acerca do tema.
Segundo tal entendimento, deve ser autoaplicável a norma do art.
40, § 5º (atual § 7º), da Constituição Federal, a qual determina que o valor
pago a título de pensão corresponda à integralidade dos vencimentos ou
dos proventos que o servidor falecido percebia.
Nesse sentido:
“AGRAVO REGIMENTAL. SERVIDORES MILITARES.
PENSÃO POR MORTE. AUTO-APLICABILIDADE DO
DISPOSITIVO CONSTITUCIONAL. NATUREZA DAS
PARCELAS. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL. É
autoaplicável e possui eficácia imediata o dispositivo
constitucional que garante a integralidade da pensão por morte.
A discussão quanto à natureza das parcelas que compõem os
vencimentos ou os proventos é de natureza infraconstitucional.
Agravo regimental a que se nega provimento” (AI nº
339.656/PI-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Joaquim
Barbosa, DJe de 7/5/10).
“CONSTITUCIONAL. PENSÃO POR MORTE. AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. ART.
40, §5º, CF. AUTO-APLICABILIDADE. PENSÃO POR MORTE.
INTEGRALIDADE. IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS
DA DECISÃO AGRAVADA. AUSÊNCIA. SÚMULA 287 DO
STF AGRAVO IMPROVIDO. I- O valor pago a título de pensão,
no caso, deve corresponder à integralidade dos vencimentos ou
proventos que o servidor falecido recebia, uma vez que
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 12
Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 602.270 AGR / PA
autoaplicável o art. 40, § 5º(atual § 7º), da Constituição Federal.
II - Agravo regimental improvido” (AI nº 645.327/SC-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe
de 21/8/09).
“SERVIDOR PÚBLICO. Previdência Social. Benefício.
Pensão por morte. Valor integral. Auto-aplicabilidade do art. 40,
§§ 7º e 8º, da Constituição da República. Jurisprudência
assentada. Agravo regimental improvido. A pensão por morte
de servidor público deve corresponder à totalidade dos
vencimentos ou proventos que percebia ou perceberia, se vivo
estivesse” (SS nº 2.384-AgR/PE, Relator o Ministro Cezar Peluso
(Presidente), Tribunal Pleno, DJe de 2/4/12).
No tocante à discussão sobre a natureza jurídica do montante da
referida pensão, em razão das condições pessoais do falecido servidor,
bem como das funções que exercia, essa foi resolvida com fundamento na
legislação local aplicável, a tornar a matéria insuscetível de revisão na via
extraordinária, a teor do que dispõe a Súmula nº 280 desta Corte.
Nesse sentido, os seguintes precedentes:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
MILITAR
ESTADUAL.
APOSENTADORIA. PROVENTOS. RECEBIMENTO DA
VANTAGEM
DENOMINADA
‘INDENIZAÇÃO
DE
REPRESENTAÇÃO’.
CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
EXCLUSIVAMENTE
À
LUZ
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. 1. Caso em que entendimento
diverso do adotado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará
demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à
espécie. Providência vedada na instância recursal
extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido” (RE nº
452.718/CE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres
Britto, DJe de 12/4/12).
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
2
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Supremo Tribunal Federal
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autoaplicável o art. 40, § 5º(atual § 7º), da Constituição Federal.
II - Agravo regimental improvido” (AI nº 645.327/SC-AgR,
Primeira Turma, Relator o Ministro Ricardo Lewandowski, DJe
de 21/8/09).
“SERVIDOR PÚBLICO. Previdência Social. Benefício.
Pensão por morte. Valor integral. Auto-aplicabilidade do art. 40,
§§ 7º e 8º, da Constituição da República. Jurisprudência
assentada. Agravo regimental improvido. A pensão por morte
de servidor público deve corresponder à totalidade dos
vencimentos ou proventos que percebia ou perceberia, se vivo
estivesse” (SS nº 2.384-AgR/PE, Relator o Ministro Cezar Peluso
(Presidente), Tribunal Pleno, DJe de 2/4/12).
No tocante à discussão sobre a natureza jurídica do montante da
referida pensão, em razão das condições pessoais do falecido servidor,
bem como das funções que exercia, essa foi resolvida com fundamento na
legislação local aplicável, a tornar a matéria insuscetível de revisão na via
extraordinária, a teor do que dispõe a Súmula nº 280 desta Corte.
Nesse sentido, os seguintes precedentes:
“AGRAVO
REGIMENTAL
EM
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
MILITAR
ESTADUAL.
APOSENTADORIA. PROVENTOS. RECEBIMENTO DA
VANTAGEM
DENOMINADA
‘INDENIZAÇÃO
DE
REPRESENTAÇÃO’.
CONTROVÉRSIA
DECIDIDA
EXCLUSIVAMENTE
À
LUZ
DA
LEGISLAÇÃO
INFRACONSTITUCIONAL. 1. Caso em que entendimento
diverso do adotado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Ceará
demandaria o reexame da legislação ordinária aplicada à
espécie. Providência vedada na instância recursal
extraordinária. 2. Agravo regimental desprovido” (RE nº
452.718/CE-AgR, Segunda Turma, Relator o Ministro Ayres
Britto, DJe de 12/4/12).
“PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO
2
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 602.270 AGR / PA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR
ESTADUAL. PENSÃO POR MORTE. EC 20/98 E 41/2003.
ALTERAÇÃO DA GARANTIA DE PARIDADE ENTRE
ATIVOS
E
INATIVOS.
INDENIZAÇÃO
DE
REPRESENTAÇÃO. INCORPORAÇÃO AO SOLDO DOS
POLICIAIS MILITARES. QUESTÃO DECIDIDA PELO
TRIBUNAL A QUO À LUZ DE INTERPRETAÇÃO DE LEI
LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280/STF. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO
DOS
DISPOSITIVOS
CONSTITUCIONAIS SUSCITADOS NO APELO EXTREMO.
APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 282 E 356/STF. REEXAME DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS
AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279/STF. APLICAÇÃO.
DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS.
1. A admissibilidade do Recurso Extraordinário impõe que
o dispositivo constitucional tido por violado tenha sido
ventilado no acórdão recorrido, sob pena de padecer o apelo
extremo da imposição jurisprudencial do prequestionamento,
requisito essencial à admissão do mesmo. 2. Aplicação das
Súmulas 282 e 356/STF, cujos teores encontram-se,
respectivamente, assim redigidos, in verbis: ‘é inadmissível o
recurso extraordinário, quando não ventilada na decisão
recorrida, a questão federal suscitada.’ e ‘O ponto omisso da
decisão, sobre o qual não foram opostos embargos
declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário,
por faltar o requisito do prequestionamento.’ Precedentes. 3. A
exigência do prequestionamento, impende salientar, não é mero
rigorismo formal que pode ser afastado pelo julgador,
porquanto consubstancia a necessidade de obediência aos
limites impostos ao julgamento das questões submetidas a este
Supremo Tribunal Federal, cuja competência fora outorgada
pela Constituição Federal em seu art. 102, no qual não há
previsão de apreciação originária de temas não debatidos nas
instâncias recursais anteriores. 4. A ofensa ao direito local não
3
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Supremo Tribunal Federal
AI 602.270 AGR / PA
AGRAVO DE INSTRUMENTO. POLICIAL MILITAR
ESTADUAL. PENSÃO POR MORTE. EC 20/98 E 41/2003.
ALTERAÇÃO DA GARANTIA DE PARIDADE ENTRE
ATIVOS
E
INATIVOS.
INDENIZAÇÃO
DE
REPRESENTAÇÃO. INCORPORAÇÃO AO SOLDO DOS
POLICIAIS MILITARES. QUESTÃO DECIDIDA PELO
TRIBUNAL A QUO À LUZ DE INTERPRETAÇÃO DE LEI
LOCAL. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 280/STF. AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO
DOS
DISPOSITIVOS
CONSTITUCIONAIS SUSCITADOS NO APELO EXTREMO.
APLICAÇÃO DAS SÚMULAS 282 E 356/STF. REEXAME DO
CONJUNTO FÁTICO-PROBATÓRIO JÁ CARREADO AOS
AUTOS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 279/STF. APLICAÇÃO.
DECISÃO QUE SE MANTÉM POR SEUS PRÓPRIOS
FUNDAMENTOS.
1. A admissibilidade do Recurso Extraordinário impõe que
o dispositivo constitucional tido por violado tenha sido
ventilado no acórdão recorrido, sob pena de padecer o apelo
extremo da imposição jurisprudencial do prequestionamento,
requisito essencial à admissão do mesmo. 2. Aplicação das
Súmulas 282 e 356/STF, cujos teores encontram-se,
respectivamente, assim redigidos, in verbis: ‘é inadmissível o
recurso extraordinário, quando não ventilada na decisão
recorrida, a questão federal suscitada.’ e ‘O ponto omisso da
decisão, sobre o qual não foram opostos embargos
declaratórios, não pode ser objeto de recurso extraordinário,
por faltar o requisito do prequestionamento.’ Precedentes. 3. A
exigência do prequestionamento, impende salientar, não é mero
rigorismo formal que pode ser afastado pelo julgador,
porquanto consubstancia a necessidade de obediência aos
limites impostos ao julgamento das questões submetidas a este
Supremo Tribunal Federal, cuja competência fora outorgada
pela Constituição Federal em seu art. 102, no qual não há
previsão de apreciação originária de temas não debatidos nas
instâncias recursais anteriores. 4. A ofensa ao direito local não
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 602.270 AGR / PA
viabiliza o apelo extremo. 5. Sob esse ângulo, a controvérsia sub
judice acerca da extinção da indenização de representação, com
a sua incorporação ao soldo dos policiais militares do Estado do
Ceará foi decidida pelo Tribunal a quo à luz de interpretação da
lei estadual nº. 11.535/89, revelando-se incabível a insurgência
recursal extraordinária para rediscussão da matéria. (Súmula
280/STF: ‘Por ofensa a direito local não cabe recurso
extraordinário’.) 6. Precedentes: AI 775781 AgR, Relator: Min.
Ricardo Lewandowski, DJe- 02/12/2010; RE 603130 AgR,
Relator: Min. Cármen Lúcia, DJe- 12/03/2010; AI 607497 AgR,
Relator: Min. Sepúlveda Pertence, DJ 09/03/2007; RE 598004
AgR, Relator: Min. Joaquim Barbosa, DJe 12/11/2010 AI 474884
AgR, Relator: Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ
10/03/2006). 7. O Recurso Extraordinário não é servil ao exame
de questões que demandam o revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, em face do óbice erigido pela Súmula
279/STF: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário’. 8. In casu, o Tribunal a quo pronunciou-se
quanto questão sub examine à luz do contexto fático-probatório
engendrado nos autos, consoante se infere do voto condutor do
acórdão objurgado, in verbis: ‘No tocante à necessidade de
alteração da sentença por suposta ausência de comprovação,
pelas recorridas, do recebimento da gratificação de
representação pelos falecidos, temos que, diferentemente do
que sustenta o recorrente, há nos autos efetiva demonstração
neste sentido. Conforme bem informaram as pensionistas na
exordial de fls. 02/04, a gratificação de representação era devida
aos oficiais que tivessem exercido as funções de Comandante
Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, de maneira que
a juntada das certidões de fls. 07, 12, 17, 22, atestando o
exercício, pelos ex-oficiais, do Comando do Corpo de
Bombeiros, comprova o direito dos ex-Oficiais receberem a
parcela em referência.’ (fls. 175/176). 9. Sob esse enfoque ressoa
inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por
força do enunciado sumular n.º 279/STF, que interdita a esta
Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria
4
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Supremo Tribunal Federal
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viabiliza o apelo extremo. 5. Sob esse ângulo, a controvérsia sub
judice acerca da extinção da indenização de representação, com
a sua incorporação ao soldo dos policiais militares do Estado do
Ceará foi decidida pelo Tribunal a quo à luz de interpretação da
lei estadual nº. 11.535/89, revelando-se incabível a insurgência
recursal extraordinária para rediscussão da matéria. (Súmula
280/STF: ‘Por ofensa a direito local não cabe recurso
extraordinário’.) 6. Precedentes: AI 775781 AgR, Relator: Min.
Ricardo Lewandowski, DJe- 02/12/2010; RE 603130 AgR,
Relator: Min. Cármen Lúcia, DJe- 12/03/2010; AI 607497 AgR,
Relator: Min. Sepúlveda Pertence, DJ 09/03/2007; RE 598004
AgR, Relator: Min. Joaquim Barbosa, DJe 12/11/2010 AI 474884
AgR, Relator: Min. Gilmar Mendes, Segunda Turma, DJ
10/03/2006). 7. O Recurso Extraordinário não é servil ao exame
de questões que demandam o revolvimento do contexto fático-
probatório dos autos, em face do óbice erigido pela Súmula
279/STF: ‘Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário’. 8. In casu, o Tribunal a quo pronunciou-se
quanto questão sub examine à luz do contexto fático-probatório
engendrado nos autos, consoante se infere do voto condutor do
acórdão objurgado, in verbis: ‘No tocante à necessidade de
alteração da sentença por suposta ausência de comprovação,
pelas recorridas, do recebimento da gratificação de
representação pelos falecidos, temos que, diferentemente do
que sustenta o recorrente, há nos autos efetiva demonstração
neste sentido. Conforme bem informaram as pensionistas na
exordial de fls. 02/04, a gratificação de representação era devida
aos oficiais que tivessem exercido as funções de Comandante
Geral do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará, de maneira que
a juntada das certidões de fls. 07, 12, 17, 22, atestando o
exercício, pelos ex-oficiais, do Comando do Corpo de
Bombeiros, comprova o direito dos ex-Oficiais receberem a
parcela em referência.’ (fls. 175/176). 9. Sob esse enfoque ressoa
inequívoca a vocação para o insucesso do apelo extremo, por
força do enunciado sumular n.º 279/STF, que interdita a esta
Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar matéria
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Voto - MIN. DIAS TOFFOLI
AI 602.270 AGR / PA
fático-probatória. Precedentes: AI 783269 AgR, Relator: Min.
Joaquim Barbosa, DJe- 02/03/2011; AI 656624 AgR, Relator:
Min. Ellen Gracie, DJe 16/04/2010; AI 619974 AgR, Relator: Min.
Cármen Lúcia, DJe- 24/09/2010; AI 609983 AgR, Relator: Min.
Ayres Britto, DJe- 05/06/2009; RE 158824, Relator: Min. Nelson
Jobim, DJ 27-03-1998. 10. Agravo regimental desprovido” (AI nº
805.891/CE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux,
DJe de 13/9/11).
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio a alcançar-se exame
de controvérsia equacionada sob o ângulo estritamente legal”
(RE nº 389.750/CE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Marco Aurélio, DJe de 31/8/07).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
5
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Supremo Tribunal Federal
AI 602.270 AGR / PA
fático-probatória. Precedentes: AI 783269 AgR, Relator: Min.
Joaquim Barbosa, DJe- 02/03/2011; AI 656624 AgR, Relator:
Min. Ellen Gracie, DJe 16/04/2010; AI 619974 AgR, Relator: Min.
Cármen Lúcia, DJe- 24/09/2010; AI 609983 AgR, Relator: Min.
Ayres Britto, DJe- 05/06/2009; RE 158824, Relator: Min. Nelson
Jobim, DJ 27-03-1998. 10. Agravo regimental desprovido” (AI nº
805.891/CE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro Luiz Fux,
DJe de 13/9/11).
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - MATÉRIA LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio a alcançar-se exame
de controvérsia equacionada sob o ângulo estritamente legal”
(RE nº 389.750/CE-AgR, Primeira Turma, Relator o Ministro
Marco Aurélio, DJe de 31/8/07).
Ante o exposto, voto pelo não provimento do agravo regimental.
5
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 12
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 602.270
PROCED. : PARÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
AGDO.(A/S) : ALICE ABEN ATHAR ISRAEL
ADV.(A/S) : EDGAR MOREIRA ALAMAR E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076484
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 602.270
PROCED. : PARÁ
RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI
AGTE.(S) : ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
AGDO.(A/S) : ALICE ABEN ATHAR ISRAEL
ADV.(A/S) : EDGAR MOREIRA ALAMAR E OUTRO(A/S)
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos
termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro
Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 12 de 12
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3164199 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-06T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | EMENTA
Agravo regimental no agravo de instrumento. Pensão por morte. Montante da vantagem. Artigo 40, § 5º, da Constituição Federal. Precedentes.
1. A jurisprudência desta Corte reconhece a autoaplicabilidade da norma do art. 40, § 5º, (atual § 7º), da Constituição Federal, determinando que o valor pago a título de pensão corresponda à integralidade dos vencimentos ou dos proventos que o servidor falecido percebia.
2. Demanda, ademais, que foi decidida com fundamento em norma de legislação local, de insuscetível revisão, na via extraordinária, a teor do disposto na Súmula nº 280 desta Corte.
3. Agravo regimental não provido. | sjur220878 | - Acórdãos citados:
(MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL)
STF: AI 645327 AgR(1ªT), AI 339656 AgR(2ªT), SS 2384 AgR(TP);
(DIREITO LOCAL)
STF: AI 805891 AgR(1ªT), RE 389750 AgR(1ªT), RE 452718 AgR(2ªT).
Número de páginas: 12.
Análise: 14/12/2012, LLD. | DIAS TOFFOLI | Primeira Turma | 602270 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00040 PAR-00007 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000280 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 602270 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DO PARÁ
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO ESTADO DO PARÁ
AGDO.(A/S) : ALICE ABEN ATHAR ISRAEL
ADV.(A/S) : EDGAR MOREIRA ALAMAR E OUTRO(A/S) | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 602 . 270",
"Súmula [UNK] 280 desta Corte",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 602 . 270",
"súmula 269 do c . supremo",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 602 . 270",
"súmula 269 do c . supremo tribunal federal",
"AI 602 . 270 AGR",
"AI 602 . 270 AGR / PA",
"Agravo de Instrumento [UNK] 664 . 567 / RS",
"AI 602 . 270 AGR / PA",
"MI [UNK] 211 / DF",
"AI [UNK] 630 . 311 - AgR / PI",
"RE [UNK] 567 . 927 / MG",
"REs 161 . 224",
"179",
". 646",
"AI 190 . 673",
"RE 210 . 347",
"AI 396 . 406",
"RE 367 . 089",
"RE 291 . 775",
"Rcl 2442 - MC",
"AI 422 . 436",
"AI 602 . 270 AGR / PA",
"MI [UNK] 211 / DF",
"AI [UNK] 630 . 311 - AgR / PI",
"RE [UNK] 567 . 927 / MG",
"REs 161 . 224",
"AI 190 . 673",
"RE 210 . 347",
"AI 396 . 406",
"RE 367 . 089",
"RE 291 . 775",
"Rcl 2442 - MC",
"AI 422 . 436",
"AI 602 . 270 AGR / PA",
"AI 602 . 270 AGR",
"AI 602 . 270 AGR / PA",
"AI [UNK] 684 . 702 / MG",
"AI [UNK] 567 . 251 / MG",
"AI [UNK] 538 . 789 / MG",
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"AI [UNK] 521 . 176 / MG",
"AI 602 . 270",
"AI [UNK] 684 . 702 / MG",
"AI [UNK] 567 . 251 / MG",
"AI [UNK] 538 . 789 / MG",
"AI [UNK] 532 . 752 / MG",
"AI [UNK] 521 . 176 / MG",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 602 .",
"AI [UNK] 339 . 656 / PI - AgR",
"SÚMULA 287 DO STF",
"AI [UNK] 339 . 656 / PI - AgR",
"SÚMULA 287 DO STF",
"AI 602 . 270 AGR /",
"AI [UNK] 645 . 327 / SC - AgR",
"SS [UNK] 2 . 384 - AgR / PE",
"RE [UNK] 452 . 718 / CE - AgR",
"AI 602 . 270 AGR /",
"AI [UNK] 645 . 327 / SC - AgR",
"SS [UNK] 2 . 384 - AgR / PE",
"Súmula [UNK] 280 desta Corte",
"RE [UNK] 452 . 718 / CE - AgR",
"AI 602 . 270",
"SÚMULA 280 / STF",
"SÚMULAS 282 E 356 / STF",
"SÚMULA 279 / STF",
"Súmulas 282",
"AI 602 . 270 AGR",
"SÚMULA 280 / STF",
"SÚMULAS 282",
"SÚMULA 279 / STF",
"Súmulas 282",
"AI 602 . 270 AGR / PA",
"Súmula 280 / STF",
"AI 775781 AgR",
"RE 603130 AgR",
"AI 607497 AgR",
"RE 598004 AgR",
"AI 474884 AgR",
"Súmula 279 / STF",
"enunciado sumular n . [UNK] 279 / STF",
"AI 602 . 270 AGR / PA",
"Súmula 280 / STF",
"AI 775781 AgR",
"RE 603130 AgR",
"AI 607497 AgR",
"RE 598004 AgR",
"AI 474884 AgR",
"Súmula 279 / STF",
"enunciado sumular n . [UNK] 279 / STF",
"AI 602 . 270 AGR",
"AI 783269 AgR",
"AI 656624 AgR",
"AI 619974 AgR",
"AI 609983 AgR",
"RE 158824",
"AI [UNK] 805 . 891 / CE - AgR",
"RE [UNK] 389 . 750 / CE - AgR",
"AI 602 . 270 AGR / PA",
"AI 783269 AgR",
"AI 656624 AgR",
"AI 619974 AgR",
"AI 609983 AgR",
"RE 158824",
"AI [UNK] 805 . 891 / CE - AgR",
"RE [UNK] 389 . 750 / CE - AgR"
],
"LEGISLACAO": [
"Artigo 40 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"art . 40 , § [UNK] , ( atual § [UNK] ) , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] , incisos II , XXXV e LV , [UNK] , inciso IV , 25 , 37 , caput e incisos XIII e XIV , 39 , § [UNK] , 40 , § [UNK] , e 169 , parágrafo único , da Constituição Federal",
"17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
"MP n° 2 .",
"artigos [UNK] , incisos II , XXXV e LV , [UNK] , inciso IV , 25 , 37 , caput e incisos XIII e XIV , 39 , § [UNK] , 40 , § [UNK] , e 169 , parágrafo único , da Constituição Federal",
"17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 409 / 78",
"Constituição Federal de 1988",
"artigo 40 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei [UNK] 409 / 78",
"Constituição Federal de 1988",
"artigo 40 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"artigos [UNK] , incisos XXXV e LV , [UNK] , inciso IV , 25 , 37 , incisos XIII e XIV , 39 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"17 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 40 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"§ [UNK] DO ART . 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"§ [UNK] do art . 40 da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 40 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"§ [UNK] DO ART . 40 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL",
"§ [UNK] do art . 40 da Carta Magna",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual [UNK] 4 . 809 / 78",
"Lei estadual [UNK] 4 . 875 / 79",
"arts . [UNK] , inciso II ; 25 ; 37 , caput ; 40 , § [UNK] ; e 169 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei estadual [UNK] 4 . 809 / 78",
"Lei estadual [UNK] 4 . 875 / 79",
"arts . [UNK] , inciso II ; 25 ; 37 , caput ; 40 , § [UNK] ; e 169 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , § [UNK] ( atual § [UNK] ) , da Constituição Federal",
"ART . 40 , § [UNK] , CF",
"MP n° 2 . 200",
"art . 40 , § [UNK] ( atual § [UNK] ) , da Constituição Federal",
"ART . 40 , § [UNK] , CF",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , § [UNK] ( atual § [UNK] ) , da Constituição Federal",
"art . 40 , § § [UNK] e [UNK] , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 40 , § [UNK] ( atual § [UNK] ) , da Constituição Federal",
"art . 40 , § § [UNK] e [UNK] , da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 20 / 98",
"41",
"/",
"2003",
"Constituição Federal em seu art . 102",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 20 / 98",
"41",
"/",
"2003",
"Constituição Federal em seu art . 102",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"lei",
"estadual [UNK] . 11 . 535 / 89",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"lei estadual [UNK] . 11 . 535 / 89",
"MP",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"Brasília",
"PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"Estado do Pará",
"Estado do Pará",
"PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"Estado do Pará",
"Estado do Pará",
"Estado do Pará",
"Estado do Pará",
"Estado do Pará",
"Brasília",
"Brasília",
"PARÁ",
"Estado do Ceará",
"Estado do Ceará",
"PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ",
"ESTADO DO PARÁ"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado do Pará",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Estado do Pará",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"PA",
"Secretaria de Estado da Fazenda",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Secretaria de Estado da Fazenda",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Tribunal Pleno",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Tribunal Pleno",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Estado",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"PARÁ",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PA",
"Primeira Turma",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal de Justiça do Estado do Ceará",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Tribunal Pleno",
"Tribunal de Justiça do Estado do Ceará",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"PA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Segunda Turma",
"Corpo de Bombeiros Militar do Ceará",
"Comando do Corpo de Bombeiros",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal",
"Segunda Turma",
"Corpo de Bombeiros Militar do Ceará",
"Comando do Corpo de Bombeiros",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"DIAS TOFFOLI",
"ALICE ABEN ATHAR ISRAEL",
"EDGAR MOREIRA ALAMAR",
"Dias Toffoli",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ALICE ABEN ATHAR ISRAEL",
"EDGAR MOREIRA ALAMAR",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"ALICE ABEN ATHAR ISRAEL",
"EDGAR MOREIRA ALAMAR",
"DIAS TOFFOLI",
"Sepúlveda Pertence",
"Sepúlveda Pertence",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Carlos Britto",
"Marco Aurélio",
"Paulo Brossard",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"Moreira Alves",
"Ellen Gracie",
"Sepúlveda Pertence",
"Marco Aurélio",
"Ricardo Lewandowski",
"Carlos Britto",
"Marco Aurélio",
"Paulo Brossard",
"Celso de Mello",
"Carlos Velloso",
"Moreira Alves",
"Ellen Gracie",
"Sepúlveda Pertence",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Cezar Peluso",
"Carlos Britto",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Cezar Peluso",
"Carlos Britto",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Cezar Peluso",
"Ayres Britto",
"Ricardo Lewandowski",
"Cezar Peluso",
"Ayres Britto",
"DIAS TOFFOLI",
"DIAS TOFFOLI",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Sepúlveda Pertence",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"Ricardo Lewandowski",
"Cármen Lúcia",
"Sepúlveda Pertence",
"Joaquim Barbosa",
"Gilmar Mendes",
"DIAS TOFFOLI",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Nelson Jobim",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"Joaquim Barbosa",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Ayres Britto",
"Nelson Jobim",
"Luiz Fux",
"Marco Aurélio",
"DIAS TOFFOLI",
"ALICE ABEN ATHAR ISRAEL",
"EDGAR MOREIRA ALAMAR",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"DIAS TOFFOLI",
"ALICE ABEN ATHAR ISRAEL",
"EDGAR MOREIRA ALAMAR",
"Dias",
"Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"06",
"/",
"12",
"/",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
"/",
"5",
"/",
"05",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
"/",
"5",
"/",
"05",
"6",
"/",
"9",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"8",
".",
"95",
"30",
"/",
"11",
"/",
"07",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
".",
"8",
".",
"95",
"30",
"/",
"11",
"/",
"07",
"13",
"/",
"3",
"/",
"09",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
"/",
"5",
"/",
"08",
"17",
"/",
"8",
"/",
"06",
"24",
"/",
"8",
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"05",
"17",
"/",
"3",
"/",
"05",
"30",
"/",
"11",
"/",
"04",
"14 de março de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"5",
"/",
"5",
"/",
"08",
"17",
"/",
"8",
"/",
"06",
"24",
"/",
"8",
"/",
"05",
"17",
"/",
"3",
"/",
"05",
"30",
"/",
"11",
"/",
"04",
"14 de março de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
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"/",
"2012",
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"/",
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"/",
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"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"10",
"/",
"2012",
"7",
"/",
"5",
"/",
"10",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
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"/",
"09",
"2",
"/",
"4",
"/",
"12",
"12",
"/",
"4",
"/",
"12",
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"/",
"2001",
"21",
"/",
"8",
"/",
"09",
"2",
"/",
"4",
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"12",
"12",
"/",
"4",
"/",
"12",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
"/",
"12",
"/",
"2010",
"12",
"/",
"03",
"/",
"2010",
"09",
"/",
"03",
"/",
"2007",
"12",
"/",
"11",
"/",
"2010",
"10",
"/",
"03",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
"/",
"12",
"/",
"2010",
"12",
"/",
"03",
"/",
"2010",
"09",
"/",
"03",
"/",
"2007",
"12",
"/",
"11",
"/",
"2010",
"10",
"/",
"03",
"/",
"2006",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
"/",
"03",
"/",
"2011",
"16",
"/",
"04",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"09",
"/",
"2010",
"05",
"/",
"06",
"/",
"2009",
"27",
"-",
"03",
"-",
"1998",
"13",
"/",
"9",
"/",
"11",
"31",
"/",
"8",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"02",
"/",
"03",
"/",
"2011",
"16",
"/",
"04",
"/",
"2010",
"24",
"/",
"09",
"/",
"2010",
"05",
"/",
"06",
"/",
"2009",
"27",
"-",
"03",
"-",
"1998",
"13",
"/",
"9",
"/",
"11",
"31",
"/",
"8",
"/",
"07",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.543 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:LUIZ FERNANDO DOCKHORN TONETTO
ADV.(A/S)
:HÉRCIO COSTA DE SOUZA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Direito eleitoral. 3.
Agravo de instrumento. Deficiência de traslado. 3. Dever da parte de
zelar pela correta formação do instrumento. 4. Lei 12.322/2010.
Inaplicabilidade. 5. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066816.
Supremo Tribunal Federal
DJe 21/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 4
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.543 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:LUIZ FERNANDO DOCKHORN TONETTO
ADV.(A/S)
:HÉRCIO COSTA DE SOUZA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão de fls. 40-41, que negou
provimento ao agravo de instrumento, com fundamento na Súmula 288,
tendo em vista a ausência de traslado de peças essenciais à formação do
instrumento.
O agravante pugna pela reforma da decisão agravada, nos seguintes
termos:
“1) Das Razões do Pedido de Reforma da Decisão
Agravada
1.1 O v. pronunciamento monocrático impugnado decidiu
– acertadamente, consigne-se – , negar seguimento ao agravo,
por – ausência de peças essenciais;
1.2 – O Agravante, pagou pelo traslado das peças,
presumindo-se que a Secretaria do E. TSE sonegou as peças.
1.3 – O Agravo foi interposto na vigência da lei n.
12.322/2010, que autoriza o recurso nos próprios autos, em
razão da qual deveria o Órgão Recorrido ter encaminhado os
autos a este E. STF.
1.4 – Por qualquer das duas razões, anota-se obstáculos
cartorários que não pode prejudicar a parte, como cediço na
jurisprudência”. (fl. 49).
É o relatório.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3066817.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.543 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:LUIZ FERNANDO DOCKHORN TONETTO
ADV.(A/S)
:HÉRCIO COSTA DE SOUZA
AGDO.(A/S)
:MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental interposto contra decisão de fls. 40-41, que negou
provimento ao agravo de instrumento, com fundamento na Súmula 288,
tendo em vista a ausência de traslado de peças essenciais à formação do
instrumento.
O agravante pugna pela reforma da decisão agravada, nos seguintes
termos:
“1) Das Razões do Pedido de Reforma da Decisão
Agravada
1.1 O v. pronunciamento monocrático impugnado decidiu
– acertadamente, consigne-se – , negar seguimento ao agravo,
por – ausência de peças essenciais;
1.2 – O Agravante, pagou pelo traslado das peças,
presumindo-se que a Secretaria do E. TSE sonegou as peças.
1.3 – O Agravo foi interposto na vigência da lei n.
12.322/2010, que autoriza o recurso nos próprios autos, em
razão da qual deveria o Órgão Recorrido ter encaminhado os
autos a este E. STF.
1.4 – Por qualquer das duas razões, anota-se obstáculos
cartorários que não pode prejudicar a parte, como cediço na
jurisprudência”. (fl. 49).
É o relatório.
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.543 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Não assiste
razão ao agravante.
Como já demonstrado pela decisão ora agravada, esta Corte firmou
entendimento no sentido de que é ônus exclusivo do agravante fiscalizar
a correta formação do instrumento.
Nesse sentido, confira-se o seguinte precedente do Plenário do STF:
“RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade.
Peças obrigatórias. Falta. Não conhecimento. Agravo regimental
improvido. Aplicação da súmula 288. É ônus da parte agravante
promover a integral e oportuna formação do instrumento,
sendo vedada posterior complementação”. (AI-AgR 847.016,
Rel. Min. CEZAR PELUSO (Presidente), Tribunal Pleno, DJe
16.4.2012).
Além disso, ao contrário do alegado pelo agravante, não há que se
cogitar da aplicabilidade da Lei n. 12.322/2010 à espécie, uma vez que a
interposição do agravo de instrumento precedeu à entrada em vigor da
referida lei.
A Lei 12.322/2010 foi publicada em 9.9.2010, entrando em vigor em
10.12.2010, ou seja, 90 dias após a sua publicação.
Segundo os autos, o agravo de instrumento foi protocolizado em
30.10.2010.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.543 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Não assiste
razão ao agravante.
Como já demonstrado pela decisão ora agravada, esta Corte firmou
entendimento no sentido de que é ônus exclusivo do agravante fiscalizar
a correta formação do instrumento.
Nesse sentido, confira-se o seguinte precedente do Plenário do STF:
“RECURSO. Agravo de instrumento. Inadmissibilidade.
Peças obrigatórias. Falta. Não conhecimento. Agravo regimental
improvido. Aplicação da súmula 288. É ônus da parte agravante
promover a integral e oportuna formação do instrumento,
sendo vedada posterior complementação”. (AI-AgR 847.016,
Rel. Min. CEZAR PELUSO (Presidente), Tribunal Pleno, DJe
16.4.2012).
Além disso, ao contrário do alegado pelo agravante, não há que se
cogitar da aplicabilidade da Lei n. 12.322/2010 à espécie, uma vez que a
interposição do agravo de instrumento precedeu à entrada em vigor da
referida lei.
A Lei 12.322/2010 foi publicada em 9.9.2010, entrando em vigor em
10.12.2010, ou seja, 90 dias após a sua publicação.
Segundo os autos, o agravo de instrumento foi protocolizado em
30.10.2010.
Ante o exposto, nego provimento ao agravo regimental.
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.543
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : LUIZ FERNANDO DOCKHORN TONETTO
ADV.(A/S) : HÉRCIO COSTA DE SOUZA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 829.543
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : LUIZ FERNANDO DOCKHORN TONETTO
ADV.(A/S) : HÉRCIO COSTA DE SOUZA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 4
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3112494 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-21T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | Agravo regimental em agravo de instrumento. 2. Direito eleitoral. 3. Agravo de instrumento. Deficiência de traslado. 3. Dever da parte de zelar pela correta formação do instrumento. 4. Lei 12.322/2010. Inaplicabilidade. 5. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur219354 | - Acórdão (s) citado (s):
(TRASLADO, DEFICIÊNCIA)
STF: AI 847016 AgR (TP).
Número de páginas: 4.
Análise: 29/11/2012, BMB. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 829543 | [
"LEG-FED LEI-012322 ANO-2010\r\n LEI ORDINÁRIA"
] | AI-AgR | acordaos | AI 829543 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : LUIZ FERNANDO DOCKHORN TONETTO
ADV.(A/S) : HÉRCIO COSTA DE SOUZA
AGDO.(A/S) : MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA REPÚBLICA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 543",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 .",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 543",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 543",
"AI",
"-",
"AgR 847 . 016",
"AI",
"-",
"AgR 847 . 016",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 829 . 543"
],
"LEGISLACAO": [
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"lei n . 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"lei n . 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 12 . 322 / 2010",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei n . 12 . 322 / 2010",
"Lei 12 . 322 / 2010",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"Secretaria do E . TSE",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"Secretaria do E . TSE",
"STF",
"Infraestrutura",
"de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário do STF",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário do STF",
"Tribunal Pleno",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"LUIZ FERNANDO DOCKHORN TONETTO",
"HÉRCIO COSTA DE SOUZA",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"LUIZ FERNANDO DOCKHORN TONETTO",
"HÉRCIO COSTA DE SOUZA",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"LUIZ FERNANDO DOCKHORN TONETTO",
"HÉRCIO COSTA DE SOUZA",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"CEZAR PELUSO",
"GILMAR MENDES",
"CEZAR PELUSO",
"NO",
"AGRAVO",
"GILMAR MENDES",
"LUIZ FERNANDO DOCKHORN TONETTO",
"HÉRCIO COSTA DE SOUZA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"LUIZ FERNANDO DOCKHORN TONETTO",
"HÉRCIO COSTA DE SOUZA",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"16",
".",
"4",
".",
"2012",
"9",
".",
"9",
".",
"2010",
"10",
".",
"12",
".",
"2010",
"30",
".",
"10",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"16",
".",
"4",
".",
"2012",
"9",
".",
"9",
".",
"2010",
"10",
".",
"12",
".",
"2010",
"30",
".",
"10",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443.283 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
EMBTE.(S)
:SUL AMÉRICA SANTA CRUZ PARTICIPAÇÕES S/A
ADV.(A/S)
:ANTONIO
CARLOS
DANTAS
RIBEIRO
E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Embargos de declaração em agravo regimental em recurso
extraordinário. 2. Tributário. PIS. EC n. 17/97. Prorrogação da alíquota.
Princípio da anterioridade nonagesimal. Aplicabilidade. 3. Embargos de
declaração acolhidos em parte. Recurso extraordinário parcialmente
provido.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, acolher,
em parte, os embargos de declaração para dar parcial provimento ao
recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
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Supremo Tribunal Federal
DJe 21/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443.283 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
EMBTE.(S)
:SUL AMÉRICA SANTA CRUZ PARTICIPAÇÕES S/A
ADV.(A/S)
:ANTONIO
CARLOS
DANTAS
RIBEIRO
E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se
de embargos de declaração contra decisão que negou provimento a
agravo regimental, cujo acórdão restou assim ementado:
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Tributário. PIS. EC n. 17/97. Prorrogação de alíquota. Princípio
da anterioridade nonagesimal. Inaplicabilidade. Precedentes. 3.
Agravo regimental a que se nega provimento”.
Nos embargos de declaração, sustenta-se que o acórdão padece de
omissão e obscuridade, requerendo, em síntese, que:
“a) esclareça por que razão o precedente consubstanciado
no RE n.º 587.008 não se aplica ao caso presente, se foi
justamente ele que norteou as decisões proferidas nos Recursos
Extraordinários n.º 527.977/RJ e 645.145/RJ, que versam
rigorosamente sobre a mesma matéria discutida nestes autos;
a.1) esclareça, por amor ao princípio da segurança
jurídica, qual é, efetivamente a jurisprudência dessa Colenda
Suprema Corte a ser observada nos casos que versam sobre a
exigência do PIS previsto no inciso V do artigo 72 do ADCT, na
forma das Emendas Constitucionais n.º 10/96 e 17/97, a que teria
amparado o v. acórdão ora embargado, ou a refletida nas
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088828.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443.283 RIO
GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
EMBTE.(S)
:SUL AMÉRICA SANTA CRUZ PARTICIPAÇÕES S/A
ADV.(A/S)
:ANTONIO
CARLOS
DANTAS
RIBEIRO
E
OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:UNIÃO
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se
de embargos de declaração contra decisão que negou provimento a
agravo regimental, cujo acórdão restou assim ementado:
“Agravo regimental em recurso extraordinário. 2.
Tributário. PIS. EC n. 17/97. Prorrogação de alíquota. Princípio
da anterioridade nonagesimal. Inaplicabilidade. Precedentes. 3.
Agravo regimental a que se nega provimento”.
Nos embargos de declaração, sustenta-se que o acórdão padece de
omissão e obscuridade, requerendo, em síntese, que:
“a) esclareça por que razão o precedente consubstanciado
no RE n.º 587.008 não se aplica ao caso presente, se foi
justamente ele que norteou as decisões proferidas nos Recursos
Extraordinários n.º 527.977/RJ e 645.145/RJ, que versam
rigorosamente sobre a mesma matéria discutida nestes autos;
a.1) esclareça, por amor ao princípio da segurança
jurídica, qual é, efetivamente a jurisprudência dessa Colenda
Suprema Corte a ser observada nos casos que versam sobre a
exigência do PIS previsto no inciso V do artigo 72 do ADCT, na
forma das Emendas Constitucionais n.º 10/96 e 17/97, a que teria
amparado o v. acórdão ora embargado, ou a refletida nas
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 7
Relatório
RE 443.283 AGR-ED / RS
decisões monocráticas exaradas nos Recursos Extraordinários
n.º 527.977/RJ e 645.145/RJ com base no RE n.º 587.008, que
tratam exatamente da mesma matéria enfrentada nesta ação;
b) declare que, no período de julho de 1997 a fevereiro de
1998, em relação ao qual a Emenda Constitucional n. 17/97, por
força no disposto no § 6º do artigo 195 da Constituição Federal,
não pode produzir efeitos, conforme decidido nos Recursos
Extraordinários n.º 527.977/RJ e 645.145/RJ, com base no RE n.º
587.008, o PIS deve ser calculado e recolhido de acordo com os
critérios previstos na Lei Complementar n.º 7/70”. (fl. 264)
Instada a manifestar-se, a União (Fazenda Nacional) defende que a
decisão está clara e não padece de vício de obscuridade ou de omissão, ao
assinalar, em síntese, o seguinte:
“Não há dúvida de que a Corte esteve atenta para as
alegações do contribuinte, postas no agravo regimental e
repetidas nos embargos de declaração. Portanto, sob o pretexto
de obscuridade e de omissão, o embargante revela apenas
inconformismo com os fundamentos do acórdão, o que
configura a impropriedade do manejo dos embargos de
declaração. O entendimento da Corte é claro, a solução dada ao
RE 587.008 não se aplica ao presente caso”. (Fl. 276-277).
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 443.283 AGR-ED / RS
decisões monocráticas exaradas nos Recursos Extraordinários
n.º 527.977/RJ e 645.145/RJ com base no RE n.º 587.008, que
tratam exatamente da mesma matéria enfrentada nesta ação;
b) declare que, no período de julho de 1997 a fevereiro de
1998, em relação ao qual a Emenda Constitucional n. 17/97, por
força no disposto no § 6º do artigo 195 da Constituição Federal,
não pode produzir efeitos, conforme decidido nos Recursos
Extraordinários n.º 527.977/RJ e 645.145/RJ, com base no RE n.º
587.008, o PIS deve ser calculado e recolhido de acordo com os
critérios previstos na Lei Complementar n.º 7/70”. (fl. 264)
Instada a manifestar-se, a União (Fazenda Nacional) defende que a
decisão está clara e não padece de vício de obscuridade ou de omissão, ao
assinalar, em síntese, o seguinte:
“Não há dúvida de que a Corte esteve atenta para as
alegações do contribuinte, postas no agravo regimental e
repetidas nos embargos de declaração. Portanto, sob o pretexto
de obscuridade e de omissão, o embargante revela apenas
inconformismo com os fundamentos do acórdão, o que
configura a impropriedade do manejo dos embargos de
declaração. O entendimento da Corte é claro, a solução dada ao
RE 587.008 não se aplica ao presente caso”. (Fl. 276-277).
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3088828.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 7
Voto - MIN. GILMAR MENDES
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443.283 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR): No
acórdão embargado, a Turma manteve o que decidido monocraticamente
no recurso extraordinário, ao fundamento de que a EC 17/97 tão somente
prorrogou gravame tributário enunciado pela EC 10/96, dispensando,
dessa forma, a observância da regra da anterioridade nonagesimal
preconizada pelo artigo 195, § 6º, da Constituição Federal.
A embargante alega que a decisão, além de ser omissa e
contraditória, está em desacordo com o que foi decidido nos autos do RE-
RG 587.008, rel. Min. Dias Toffoli, pelo qual o Plenário deste Tribunal
concluiu pela aplicação da anterioridade nonagesimal à EC 10/96.
Razão assiste à embargante.
A norma do inciso V do artigo 72 do Ato das Disposições
Transitórias, com a redação dada pela EC n. 10/96, dizia:
“V – a parcela do produto da arrecadação da contribuição
de que trata a Lei Complementar n.º 7, de 7 de setembro de
1970, devida pelas pessoas jurídicas a que se refere o inciso III
deste artigo, a qual será calculada, nos exercícios financeiros de
1994 e 1995, bem assim no período de 1º de janeiro de 1996 a 30
de junho de 1997, mediante a aplicação da alíquota de setenta e
cinco centésimos por cento, sujeita a alteração por lei ordinária,
sobre a receita bruta operacional, como definida na legislação
do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza;”.
Com a nova redação dada pela EC n. 17, de 22.11.1997, passou a
estabelecer:
“V – a parcela do produto da arrecadação da contribuição
de que trata a Lei Complementar n. 7, de 7 de setembro de 1970,
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443.283 RIO
GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES - (RELATOR): No
acórdão embargado, a Turma manteve o que decidido monocraticamente
no recurso extraordinário, ao fundamento de que a EC 17/97 tão somente
prorrogou gravame tributário enunciado pela EC 10/96, dispensando,
dessa forma, a observância da regra da anterioridade nonagesimal
preconizada pelo artigo 195, § 6º, da Constituição Federal.
A embargante alega que a decisão, além de ser omissa e
contraditória, está em desacordo com o que foi decidido nos autos do RE-
RG 587.008, rel. Min. Dias Toffoli, pelo qual o Plenário deste Tribunal
concluiu pela aplicação da anterioridade nonagesimal à EC 10/96.
Razão assiste à embargante.
A norma do inciso V do artigo 72 do Ato das Disposições
Transitórias, com a redação dada pela EC n. 10/96, dizia:
“V – a parcela do produto da arrecadação da contribuição
de que trata a Lei Complementar n.º 7, de 7 de setembro de
1970, devida pelas pessoas jurídicas a que se refere o inciso III
deste artigo, a qual será calculada, nos exercícios financeiros de
1994 e 1995, bem assim no período de 1º de janeiro de 1996 a 30
de junho de 1997, mediante a aplicação da alíquota de setenta e
cinco centésimos por cento, sujeita a alteração por lei ordinária,
sobre a receita bruta operacional, como definida na legislação
do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza;”.
Com a nova redação dada pela EC n. 17, de 22.11.1997, passou a
estabelecer:
“V – a parcela do produto da arrecadação da contribuição
de que trata a Lei Complementar n. 7, de 7 de setembro de 1970,
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
RE 443.283 AGR-ED / RS
devida pelas pessoas jurídicas a que se refere o inciso III deste
artigo, a qual será calculada, nos exercícios financeiros de 1994 e
1995, bem assim no período de 1º de janeiro de 1996 a 30 de
junho de 1997 e de 1º de julho de 1997 a 31 de dezembro de
1999, mediante a aplicação da alíquota de setenta e cinco
centésimos por cento, sujeita a alteração por lei ordinária, sobre
a receita bruta operacional, como definida na legislação do
imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza;”
(grifamos).
Verifico que a controvérsia cinge-se a saber se a aplicação da alíquota
da contribuição para o PIS, prorrogada pela EC 17/97, violou a regra da
anterioridade nonagesimal prevista no artigo 195, § 6º, da Constituição
Federal.
O Plenário desta Corte, no julgamento do RE-RG 587.008, rel. Min.
Dias Toffoli, DJe 16.2.2011, reconheceu a repercussão geral de matéria
análoga e assentou que a EC n. 10/96 não foi mera prorrogação da EC
1/94. No julgamento, ficou decidido que houve majoração de alíquota da
contribuição social sobre o lucro devido pelas pessoas jurídicas de que
trata o art. 22, § 1º da Lei n. 8.212/91, e que a referida majoração somente
seria devida decorridos os noventa dias, contados da publicação da
referida emenda. O acórdão restou assim ementado:
“Recurso extraordinário – Emenda Constitucional n. 10/96
– Art. 72, inciso III, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT) - Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL)
– Alíquota de 30% (trinta por cento) - Pessoas jurídicas referidas
no § 1º do art. 22 da Lei n. 8.212/91 – Alegada violação ao art.
195, § 6º, da Constituição Federal. 1. O poder constituinte
derivado não é ilimitado, visto que se submete ao processo
consignado no art. 60, §§ 2º e 3º, da Constituição Federal, bem
assim aos limites materiais, circunstanciais e temporais dos §§
1º, 4º e 5º do aludido artigo. 2. A anterioridade da norma
tributária, quando essa é gravosa, representa uma das garantias
2
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Supremo Tribunal Federal
RE 443.283 AGR-ED / RS
devida pelas pessoas jurídicas a que se refere o inciso III deste
artigo, a qual será calculada, nos exercícios financeiros de 1994 e
1995, bem assim no período de 1º de janeiro de 1996 a 30 de
junho de 1997 e de 1º de julho de 1997 a 31 de dezembro de
1999, mediante a aplicação da alíquota de setenta e cinco
centésimos por cento, sujeita a alteração por lei ordinária, sobre
a receita bruta operacional, como definida na legislação do
imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza;”
(grifamos).
Verifico que a controvérsia cinge-se a saber se a aplicação da alíquota
da contribuição para o PIS, prorrogada pela EC 17/97, violou a regra da
anterioridade nonagesimal prevista no artigo 195, § 6º, da Constituição
Federal.
O Plenário desta Corte, no julgamento do RE-RG 587.008, rel. Min.
Dias Toffoli, DJe 16.2.2011, reconheceu a repercussão geral de matéria
análoga e assentou que a EC n. 10/96 não foi mera prorrogação da EC
1/94. No julgamento, ficou decidido que houve majoração de alíquota da
contribuição social sobre o lucro devido pelas pessoas jurídicas de que
trata o art. 22, § 1º da Lei n. 8.212/91, e que a referida majoração somente
seria devida decorridos os noventa dias, contados da publicação da
referida emenda. O acórdão restou assim ementado:
“Recurso extraordinário – Emenda Constitucional n. 10/96
– Art. 72, inciso III, do Ato das Disposições Constitucionais
Transitórias (ADCT) - Contribuição Social sobre o Lucro (CSLL)
– Alíquota de 30% (trinta por cento) - Pessoas jurídicas referidas
no § 1º do art. 22 da Lei n. 8.212/91 – Alegada violação ao art.
195, § 6º, da Constituição Federal. 1. O poder constituinte
derivado não é ilimitado, visto que se submete ao processo
consignado no art. 60, §§ 2º e 3º, da Constituição Federal, bem
assim aos limites materiais, circunstanciais e temporais dos §§
1º, 4º e 5º do aludido artigo. 2. A anterioridade da norma
tributária, quando essa é gravosa, representa uma das garantias
2
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
RE 443.283 AGR-ED / RS
fundamentais do contribuinte, traduzindo uma limitação ao
poder impositivo do Estado. 3. A emenda Constitucional n.
10/96, especialmente quanto ao inciso III do art. 72 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias – objeto de
questionamento - é um novo texto que veicula nova norma, e
não mera prorrogação da emenda anterior. 4. Hipótese de
majoração da alíquota da CSSL para pessoas jurídicas referidas
no § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212/91. 5. Necessidade de
observância do princípio da anterioridade nonagesimal contido
no art. 195, § 6º, da Constituição Federal. 6. Recurso
Extraordinário a que se nega provimento”.
No caso em questão, observo que, embora a nova redação da EC n.
17/97 tenha ressalvado em seu artigo 4º que os efeitos da alteração do
inciso V do artigo 72 retroagiriam a 1º.7.1997, o seu texto somente entrou
em vigor em 25.11.1997, ou seja, quase 5 (cinco) meses após o
esgotamento da vigência da EC n. 10/96, o que evidencia solução de
continuidade na exigência do tributo.
Neste ponto, resta evidente que o mesmo raciocínio da decisão
exarada pelo Plenário no precedente citado deverá ser adotado para
determinar a aplicação da anterioridade nonagesimal à prorrogação da
alíquota mantida pela EC n. 17/97.
Ante o exposto, acolho os embargos de declaração e dou parcial
provimento ao recurso extraordinário para declarar indevida a cobrança
da alíquota da contribuição ao PIS perpetrada pelo art. 72, V, do ADCT,
na redação da EC n. 17/97, antes de decorridos noventa dias contados da
publicação da referida emenda, em observância ao artigo 195, § 6º, da
Constituição Federal.
É como voto.
3
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Supremo Tribunal Federal
RE 443.283 AGR-ED / RS
fundamentais do contribuinte, traduzindo uma limitação ao
poder impositivo do Estado. 3. A emenda Constitucional n.
10/96, especialmente quanto ao inciso III do art. 72 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias – objeto de
questionamento - é um novo texto que veicula nova norma, e
não mera prorrogação da emenda anterior. 4. Hipótese de
majoração da alíquota da CSSL para pessoas jurídicas referidas
no § 1º do art. 22 da Lei nº 8.212/91. 5. Necessidade de
observância do princípio da anterioridade nonagesimal contido
no art. 195, § 6º, da Constituição Federal. 6. Recurso
Extraordinário a que se nega provimento”.
No caso em questão, observo que, embora a nova redação da EC n.
17/97 tenha ressalvado em seu artigo 4º que os efeitos da alteração do
inciso V do artigo 72 retroagiriam a 1º.7.1997, o seu texto somente entrou
em vigor em 25.11.1997, ou seja, quase 5 (cinco) meses após o
esgotamento da vigência da EC n. 10/96, o que evidencia solução de
continuidade na exigência do tributo.
Neste ponto, resta evidente que o mesmo raciocínio da decisão
exarada pelo Plenário no precedente citado deverá ser adotado para
determinar a aplicação da anterioridade nonagesimal à prorrogação da
alíquota mantida pela EC n. 17/97.
Ante o exposto, acolho os embargos de declaração e dou parcial
provimento ao recurso extraordinário para declarar indevida a cobrança
da alíquota da contribuição ao PIS perpetrada pelo art. 72, V, do ADCT,
na redação da EC n. 17/97, antes de decorridos noventa dias contados da
publicação da referida emenda, em observância ao artigo 195, § 6º, da
Constituição Federal.
É como voto.
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443.283
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
EMBTE.(S) : SUL AMÉRICA SANTA CRUZ PARTICIPAÇÕES S/A
ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, acolheu, em parte, os
embargos de declaração, para dar parcial provimento ao recurso
extraordinário, nos termos do voto do Relator. Ausente,
licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa.
2ª Turma,
30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099160
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443.283
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
EMBTE.(S) : SUL AMÉRICA SANTA CRUZ PARTICIPAÇÕES S/A
ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
Decisão: A Turma, por unanimidade, acolheu, em parte, os
embargos de declaração, para dar parcial provimento ao recurso
extraordinário, nos termos do voto do Relator. Ausente,
licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa.
2ª Turma,
30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099160
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 7
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3112675 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-21T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, acolheu, em parte, os embargos de declaração, para dar parcial provimento ao recurso extraordinário, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | Embargos de declaração em agravo regimental em recurso extraordinário. 2. Tributário. PIS. EC n. 17/97. Prorrogação da alíquota. Princípio da anterioridade nonagesimal. Aplicabilidade. 3. Embargos de declaração acolhidos em parte. Recurso extraordinário parcialmente provido. | sjur219278 | - Acórdão (s) citado (s):
(CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE LUCRO, ALÍQUOTA, MAJORAÇÃO)
STF: RE 587008 RG (TP).
Número de páginas: 7.
Análise: 30/11/2012, BMB. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 443283 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00195 PAR-00006 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED EMC-000010 ANO-1996\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n",
"LEG-FED EMC-000017 ANO-1997\r\n EMENDA CONSTITUCIONAL\r\n\r\n",
"LEG-FED LEI-008212 ANO-1991\r\n ART-00022 PAR-00001 \r\n LEI ORDINÁRIA"
] | RE-AgR-ED | acordaos | RE 443283 AgR-ED | [
""
] | EMBTE.(S) : SUL AMÉRICA SANTA CRUZ PARTICIPAÇÕES S/A
ADV.(A/S) : ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : UNIÃO
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DA FAZENDA NACIONAL
ADV.(A/S) : LUIS FELIPE KRIEGER MOURA BUENO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443 . 283",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443 . 283",
"RE n . [UNK] 587 . 008",
"Recursos Extraordinários n . [UNK] 527 . 977 / RJ",
"645",
".",
"145",
"/",
"RJ",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443 . 283",
"RE n . [UNK] 587 . 008",
"Recursos Extraordinários n . [UNK] 527 . 977 / RJ",
"645",
".",
"145",
"/",
"RJ",
"RE 443 . 283 AGR - ED / RS",
"Recursos Extraordinários n . [UNK] 527 . 977 / RJ",
"645",
".",
"145",
"/",
"RJ",
"RE n . [UNK] 587 . 008",
"Recursos Extraordinários n . [UNK] 527 . 977 / RJ",
"645",
".",
"145",
"/",
"RJ",
"RE n . [UNK] 587 . 008",
"RE 587 . 008",
"RE 443 . 283 AGR",
"-",
"Recursos Extraordinários n . [UNK] 527 . 977 / RJ",
"645",
".",
"145",
"/",
"RJ",
"RE n . [UNK] 587 . 008",
"Recursos Extraordinários n . [UNK] 527 . 977 / RJ",
"645",
".",
"145",
"/",
"RJ",
"RE n . [UNK] 587 . 008",
"RE 587 . 008",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443 . 283",
"RE",
"-",
"RG 587 . 008",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443 . 283",
"RE",
"-",
"RG 587 . 008",
"RE 443 . 283 AGR - ED / RS",
"RE",
"-",
"RG 587 . 008",
"RE 443 . 283 AGR - ED / RS",
"RE",
"-",
"RG 587 . 008",
"RE 443 . 283 AGR - ED / RS",
"RE 443 . 283 AGR - ED / RS",
"RECURSO",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 443 . 283"
],
"LEGISLACAO": [
"EC n . 17 / 97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"PIS",
".",
"EC n . 17 / 97",
"Emendas Constitucionais n . [UNK] 10 / 96",
"17",
"/",
"97",
"MP n° 2 . 200",
"PIS",
".",
"EC n . 17 / 97",
"inciso V do artigo 72 do ADCT",
"Emendas Constitucionais n . [UNK] 10 / 96",
"17",
"/",
"97",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional n . 17 / 97",
"§ [UNK] do artigo 195 da Constituição Federal",
"Lei Complementar n . [UNK] 7 / 70",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Emenda Constitucional n . 17 / 97",
"§ [UNK] do artigo 195 da Constituição Federal",
"Lei Complementar n . [UNK] 7 / 70",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 17 / 97",
"EC 10 / 96",
"artigo 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"EC 10 / 96",
"inciso",
"EC n . 10 / 96",
"Lei Complementar n . [UNK] 7",
"EC n . 17",
"Lei Complementar n . 7",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 17 / 97",
"EC 10 / 96",
"artigo 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"EC 10 / 96",
"inciso",
"EC n . 10 / 96",
"Lei Complementar n . [UNK] 7",
"EC n . 17",
"Lei Complementar n . 7",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 17 / 97",
"artigo 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"EC n . 10 / 96",
"EC 1 / 94",
"art . 22 , § [UNK] da Lei n . 8 . 212 / 91",
"Emenda Constitucional n . 10 / 96",
"Art . 72 , inciso III , do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
"§ [UNK] do art . 22 da Lei n . 8 . 212 / 91",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"art . 60 , § § [UNK] e [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"EC 17 / 97",
"artigo 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"EC n . 10 / 96",
"EC 1 / 94",
"art . 22 , § [UNK] da Lei n . 8 . 212 / 91",
"Emenda",
"Constitucional n . 10 / 96",
"Art . 72 , inciso III , do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias",
"§ [UNK] do art . 22 da Lei n . 8 . 212 / 91",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"art . 60 , § § [UNK] e [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"emenda Constitucional n . 10 / 96",
"§ [UNK] do art . 22 da Lei",
"[UNK] 8 . 212 / 91",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"EC n . 17 / 97",
"EC n . 10 / 96",
"EC n . 17 / 97",
"art",
"EC n . 17 / 97",
"artigo 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"emenda",
"Constitucional n . 10 / 96",
"§ [UNK] do art . 22 da Lei [UNK] 8 . 212 / 91",
"art . 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"EC n . 17 / 97",
"EC n . 10 / 96",
"EC n . 17 / 97",
"art .",
"EC n . 17 / 97",
"artigo 195 , § [UNK] , da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL",
"RIO GRANDE DO SUL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"SUL AMÉRICA SANTA CRUZ PARTICIPAÇÕES S / A",
"UNIÃO",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUL AMÉRICA SANTA CRUZ PARTICIPAÇÕES S / A",
"UNIÃO",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUL AMÉRICA SANTA CRUZ PARTICIPAÇÕES S / A",
"UNIÃO",
"FAZENDA NACIONAL",
"Suprema Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"União",
"Fazenda Nacional",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"União",
"Fazenda Nacional",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário desta",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário desta Corte",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"SUL AMÉRICA SANTA CRUZ PARTICIPAÇÕES S / A",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"SUL AMÉRICA SANTA CRUZ PARTICIPAÇÕES S / A",
"UNIÃO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Dias Toffoli",
"GILMAR MENDES",
"Dias Toffoli",
"GILMAR MENDES",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"ANTONIO CARLOS DANTAS RIBEIRO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"julho de 1997",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"7 de setembro de 1970",
"1994",
"1995",
"[UNK] de janeiro de 1996",
"30 de junho de 1997",
"22",
".",
"11",
".",
"1997",
"7 de setembro de 1970",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"7 de setembro de 1970",
"1994",
"1995",
"[UNK] de janeiro de 1996",
"30 de junho de 1997",
"22",
".",
"11",
".",
"1997",
"7 de setembro de 1970",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1994",
"1995",
"[UNK] de janeiro de 1996",
"30 de junho de 1997",
"[UNK] de julho de 1997",
"31 de dezembro de 1999",
"16",
".",
"2",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"1994",
"1995",
"[UNK] de janeiro de 1996",
"30 de junho de 1997",
"[UNK] de julho de 1997",
"31 de dezembro de 1999",
"16",
".",
"2",
".",
"2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"7",
".",
"1997",
"25",
".",
"11",
".",
"1997",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"[UNK]",
".",
"7",
".",
"1997",
"25",
".",
"11",
".",
"1997",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
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".",
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".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
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"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.058 MINAS GERAIS
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:PAULO SERGIO JULIANI
IMPTE.(S)
:MICHEL PLATINI JULIANI
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
EMENTA:
HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL E
CONSTITUCIONAL. IMPUTAÇÃO DA PRÁTICA DO CRIME DE
HOMICÍDIO QUALIFICADO. 1. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO
DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL. QUESTÃO NÃO SUBMETIDA AO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 2.
PERICULOSIDADE EVIDENCIADA PELO
MODUS OPERANDI.
AMEAÇA A TESTEMUNHAS. FUGA DO PACIENTE. FUNDAMENTOS
AUTÔNOMOS, SUFICIENTES E IDÔNEOS PARA A PRISÃO DO ORA
PACIENTE. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA PARTE,
DENEGADA.
1. Se não foi submetida à instância antecedente a alegação de excesso
de prazo da prisão do ora Paciente, não cabe ao Supremo Tribunal
Federal dela conhecer originariamente, sob pena de supressão de
instância.
2. Este Supremo Tribunal assentou que a periculosidade do agente
evidenciada pelo modus operandi e a ameaça a testemunhas são motivos
idôneos para a manutenção da custódia cautelar. Precedentes.
3. Necessidade de se resguardar a aplicação da lei penal,
considerada a fuga, que não é desmentida pelos elementos constantes dos
autos.
4. A presença de condições subjetivas favoráveis não obsta a
segregação cautelar, desde que presentes nos autos elementos concretos a
recomendar sua manutenção, como se tem na espécie vertente.
5. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa parte, denegado.
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3171819.
Supremo Tribunal Federal
DJe 12/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 14
Ementa e Acórdão
HC 111.058 / MG
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade, em conhecer em parte do
habeas corpus e, nessa parte, denegar a ordem, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, justificadamente, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3171819.
Supremo Tribunal Federal
HC 111.058 / MG
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, por unanimidade, em conhecer em parte do
habeas corpus e, nessa parte, denegar a ordem, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, justificadamente, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 14
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.058 MINAS GERAIS
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:PAULO SERGIO JULIANI
IMPTE.(S)
:MICHEL PLATINI JULIANI
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Habeas corpus, com pedido liminar, impetrado por MICHEL
PLATINI JULIANI, advogado, em favor de PAULO SERGIO JULIANI,
apontando-se como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior
Tribunal de Justiça, que denegou a ordem pedida no Habeas Corpus n.
100.423.
2. O Impetrante noticia ter sido o Paciente “investigado” pela prática
de delito tipificado no art. 121, § 2º, III e IV, do Código Penal, pelo que se
apresentou espontaneamente, elucidando a autoria e “arguindo em seu
favor a excludente da legítima defesa”, situação confirmada por “testemunhas
ouvidas em sede de inquérito policial”.
Afirma o Impetrante que a despeito do comportamento do Paciente,
a autoridade policial, “somente com o genérico pretexto de que testemunhas
temiam ser ameaçadas”, representou pela decretação da sua prisão
preventiva, “com o vazio argumento de garantia da ordem pública e
conveniência da instrução criminal”, no que foi atendido pela Juíza de
primeiro grau.
Historiou ter impetrado habeas corpus no Tribunal de Justiça de
Minas Gerais, que denegou a ordem.
Impetrou-se habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça e a Quinta
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.058 MINAS GERAIS
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S)
:PAULO SERGIO JULIANI
IMPTE.(S)
:MICHEL PLATINI JULIANI
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Habeas corpus, com pedido liminar, impetrado por MICHEL
PLATINI JULIANI, advogado, em favor de PAULO SERGIO JULIANI,
apontando-se como autoridade coatora a Quinta Turma do Superior
Tribunal de Justiça, que denegou a ordem pedida no Habeas Corpus n.
100.423.
2. O Impetrante noticia ter sido o Paciente “investigado” pela prática
de delito tipificado no art. 121, § 2º, III e IV, do Código Penal, pelo que se
apresentou espontaneamente, elucidando a autoria e “arguindo em seu
favor a excludente da legítima defesa”, situação confirmada por “testemunhas
ouvidas em sede de inquérito policial”.
Afirma o Impetrante que a despeito do comportamento do Paciente,
a autoridade policial, “somente com o genérico pretexto de que testemunhas
temiam ser ameaçadas”, representou pela decretação da sua prisão
preventiva, “com o vazio argumento de garantia da ordem pública e
conveniência da instrução criminal”, no que foi atendido pela Juíza de
primeiro grau.
Historiou ter impetrado habeas corpus no Tribunal de Justiça de
Minas Gerais, que denegou a ordem.
Impetrou-se habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça e a Quinta
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 14
Relatório
HC 111.058 / MG
Turma denegou a ordem ali pedida:
“HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE
QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. MODUS OPERANDI
QUE REVELA A PERICULOSIDADE DO PACIENTE.
GRAVIDADE CONCRETA. AMEAÇA ÀS TESTEMUNHAS.
NECESSIDADE DA PRISÃO CAUTELAR PARA A GARANTIA
DA ORDEM PÚBLICA E A CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO
CRIMINAL.
CONDIÇÕES
PESSOAIS
FAVORÁVEIS.
IRRELEVÂNCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL AUSENTE.
1. Evidenciada a periculosidade do agente, decorrente da forma
como foi cometido o ilícito, com extrema violência física e em concurso
de agentes e com restrição à liberdade da vítima, bem como da
ocorrência de ameaças às testemunhas do crime, mostra-se inviável a
revogação da custódia cautelar, pois presentes motivos concretos a
indicar a imprescindibilidade de sua manutenção.
2. Condições pessoais, mesmo que realmente favoráveis, em
princípio não têm o condão de, por si sós, garantirem a revogação da
preventiva, se há nos autos elementos suficientes a demonstrar a
necessidade da sua continuação.
3. Ordem denegada.”
3. Voltando-se contra esse acórdão, o Impetrante argumenta “não
existir fundamento concreto” para a prisão preventiva.
Alega violar o princípio constitucional da duração razoável do
processo o decreto de prisão preventiva do Paciente, pois, passados mais
de quatro anos daquela decisão, não se ouviram as testemunhas
arroladas.
Assinala reunir o Paciente os predicados que legitimam o seu direito
de aguardar, em liberdade, a tramitação do processo.
Afirma existirem precedentes deste Supremo Tribunal inadmitindo a
possibilidade do Paciente suportar as consequências da “morosidade
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 111.058 / MG
Turma denegou a ordem ali pedida:
“HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO DUPLAMENTE
QUALIFICADO. PRISÃO PREVENTIVA. MODUS OPERANDI
QUE REVELA A PERICULOSIDADE DO PACIENTE.
GRAVIDADE CONCRETA. AMEAÇA ÀS TESTEMUNHAS.
NECESSIDADE DA PRISÃO CAUTELAR PARA A GARANTIA
DA ORDEM PÚBLICA E A CONVENIÊNCIA DA INSTRUÇÃO
CRIMINAL.
CONDIÇÕES
PESSOAIS
FAVORÁVEIS.
IRRELEVÂNCIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL AUSENTE.
1. Evidenciada a periculosidade do agente, decorrente da forma
como foi cometido o ilícito, com extrema violência física e em concurso
de agentes e com restrição à liberdade da vítima, bem como da
ocorrência de ameaças às testemunhas do crime, mostra-se inviável a
revogação da custódia cautelar, pois presentes motivos concretos a
indicar a imprescindibilidade de sua manutenção.
2. Condições pessoais, mesmo que realmente favoráveis, em
princípio não têm o condão de, por si sós, garantirem a revogação da
preventiva, se há nos autos elementos suficientes a demonstrar a
necessidade da sua continuação.
3. Ordem denegada.”
3. Voltando-se contra esse acórdão, o Impetrante argumenta “não
existir fundamento concreto” para a prisão preventiva.
Alega violar o princípio constitucional da duração razoável do
processo o decreto de prisão preventiva do Paciente, pois, passados mais
de quatro anos daquela decisão, não se ouviram as testemunhas
arroladas.
Assinala reunir o Paciente os predicados que legitimam o seu direito
de aguardar, em liberdade, a tramitação do processo.
Afirma existirem precedentes deste Supremo Tribunal inadmitindo a
possibilidade do Paciente suportar as consequências da “morosidade
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 14
Relatório
HC 111.058 / MG
estatal”.
4. Requer liminar, “a fim de que o Paciente permaneça em liberdade até o
julgamento final do presente writ”, e pede a concessão da ordem, para que
seja revogado o “decreto de prisão preventiva”.
5. Em 17.11.2011, indeferi o requerimento de medida liminar,
requisitei informações e determinei que fosse dada vista ao Procurador-
Geral da República.
6. As informações foram prestadas e a Procuradoria-Geral da
República opinou “pelo conhecimento parcial do writ e, no que conhecido, pela
denegação da ordem”.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 111.058 / MG
estatal”.
4. Requer liminar, “a fim de que o Paciente permaneça em liberdade até o
julgamento final do presente writ”, e pede a concessão da ordem, para que
seja revogado o “decreto de prisão preventiva”.
5. Em 17.11.2011, indeferi o requerimento de medida liminar,
requisitei informações e determinei que fosse dada vista ao Procurador-
Geral da República.
6. As informações foram prestadas e a Procuradoria-Geral da
República opinou “pelo conhecimento parcial do writ e, no que conhecido, pela
denegação da ordem”.
É o relatório.
3
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 14
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.058 MINAS GERAIS
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Inicialmente, é de se ressaltar que a impetração não pode ser
conhecida na parte em que se alega excesso de prazo do processo-crime
movido contra o Paciente. Trata-se de questão que, como salientado no
parecer da Procuradoria-Geral da República, “não foi submetida ao Eg. STJ,
razão pela qual não pode ser apreciada por essa Corte Suprema, sob pena de
indevida supressão de instâncias”.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido
da impossibilidade de atuação jurisdicional quando a decisão impugnada
por meio de habeas corpus não tenha cuidado da matéria objeto do pedido
apresentado na nova ação, sob pena de supressão de instância:
“PENAL. PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS.
PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO E FALTA DE
FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO QUE A DECRETA.
SENTENÇA
CONDENATÓRIA
SUPERVENIENTE.
QUADRILHA OU BANDO. ART. 288, § 1º, DO CÓDIGO
PENAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PREJUDICIALIDADE. I
- Não pode o Supremo Tribunal Federal apreciar situação processual
nova diversa da apresentada à autoridade tida por coatora, sob pena de
supressão de instância. II - A sentença condenatória superveniente,
ainda que, alegadamente e em tese, mantenha a inconsistência de
fundamento do decreto de prisão preventiva, é novo título justificador
da prisão. III - Habeas corpus prejudicado” (HC 87.775, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, DJ 13.4.2007 – grifos nossos).
“HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL.
EXTENSÃO DE DECISÃO FAVORÁVEL A CORRÉU. MATÉRIA
NÃO SUBMETIDA A EXAME DO STJ. PROGRESSÃO DE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3171821.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
HABEAS CORPUS 111.058 MINAS GERAIS
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA - (Relatora):
1. Inicialmente, é de se ressaltar que a impetração não pode ser
conhecida na parte em que se alega excesso de prazo do processo-crime
movido contra o Paciente. Trata-se de questão que, como salientado no
parecer da Procuradoria-Geral da República, “não foi submetida ao Eg. STJ,
razão pela qual não pode ser apreciada por essa Corte Suprema, sob pena de
indevida supressão de instâncias”.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal firmou-se no sentido
da impossibilidade de atuação jurisdicional quando a decisão impugnada
por meio de habeas corpus não tenha cuidado da matéria objeto do pedido
apresentado na nova ação, sob pena de supressão de instância:
“PENAL. PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS.
PRISÃO PREVENTIVA. EXCESSO DE PRAZO E FALTA DE
FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO QUE A DECRETA.
SENTENÇA
CONDENATÓRIA
SUPERVENIENTE.
QUADRILHA OU BANDO. ART. 288, § 1º, DO CÓDIGO
PENAL. SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. PREJUDICIALIDADE. I
- Não pode o Supremo Tribunal Federal apreciar situação processual
nova diversa da apresentada à autoridade tida por coatora, sob pena de
supressão de instância. II - A sentença condenatória superveniente,
ainda que, alegadamente e em tese, mantenha a inconsistência de
fundamento do decreto de prisão preventiva, é novo título justificador
da prisão. III - Habeas corpus prejudicado” (HC 87.775, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, DJ 13.4.2007 – grifos nossos).
“HABEAS CORPUS. PENAL E PROCESSUAL PENAL.
EXTENSÃO DE DECISÃO FAVORÁVEL A CORRÉU. MATÉRIA
NÃO SUBMETIDA A EXAME DO STJ. PROGRESSÃO DE
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 14
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.058 / MG
REGIME. HC DEFERIDO PELO STJ PARA AFASTAR O ÓBICE
PREVISTO NO § 1º DO ARTIGO 2º DA LEI N. 8.072/90.
Pretensão de reduzir a pena, por extensão de decisão favorável a co-
réu. Não tendo a matéria sido submetida a exame do Superior
Tribunal de Justiça, o seu conhecimento, nesta Corte, implicaria
supressão de instância. Progressão de regime. Afastamento, pelo STJ,
da norma que a proibia. Habeas Corpus não conhecido” (HC 90.315,
Rel. Min. Eros Grau, DJ 27.4.2007 – grifos nossos).
Ademais, ainda que se pudesse conhecer da impetração nessa parte,
razão de direito não assiste ao Impetrante.
Alega-se ofensa ao princípio constitucional da duração razoável do
processo, pois passados mais de cinco anos do decreto de prisão
preventiva do Paciente, não se ouviram as testemunhas arroladas
No entanto, as informações prestadas pelo Juízo de primeiro grau
noticiam que, “recebida a denúncia em 03 de fevereiro de 2009, até o presente
momento não foi possível a citação pessoal dos acusados, vez que os mesmos se
evadiram do distrito da culpa”.
Dessa forma, conforme bem apontou a Procuradoria-Geral da
República, “o entrave ao andamento do feito é atribuível à conduta do próprio
paciente, e, conforme entendimento dominante nessa Corte Suprema, apenas o
excesso injustificado da instrução criminal, imputável ao aparelho judiciário ou à
acusação, é considerado constrangimento ilegal, capaz de ensejar a liberdade
provisória”.
2. Quanto à alegada inexistência de fundamentos para a manutenção
da prisão do ora Paciente, a impetração deve ser conhecida. No entanto,
nesta parte, razão jurídica não assiste ao Impetrante.
3. O voto condutor do acórdão questionado permite contextualizar
os contornos da demanda e reconhecer a inexistência de plausibilidade
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
HC 111.058 / MG
REGIME. HC DEFERIDO PELO STJ PARA AFASTAR O ÓBICE
PREVISTO NO § 1º DO ARTIGO 2º DA LEI N. 8.072/90.
Pretensão de reduzir a pena, por extensão de decisão favorável a co-
réu. Não tendo a matéria sido submetida a exame do Superior
Tribunal de Justiça, o seu conhecimento, nesta Corte, implicaria
supressão de instância. Progressão de regime. Afastamento, pelo STJ,
da norma que a proibia. Habeas Corpus não conhecido” (HC 90.315,
Rel. Min. Eros Grau, DJ 27.4.2007 – grifos nossos).
Ademais, ainda que se pudesse conhecer da impetração nessa parte,
razão de direito não assiste ao Impetrante.
Alega-se ofensa ao princípio constitucional da duração razoável do
processo, pois passados mais de cinco anos do decreto de prisão
preventiva do Paciente, não se ouviram as testemunhas arroladas
No entanto, as informações prestadas pelo Juízo de primeiro grau
noticiam que, “recebida a denúncia em 03 de fevereiro de 2009, até o presente
momento não foi possível a citação pessoal dos acusados, vez que os mesmos se
evadiram do distrito da culpa”.
Dessa forma, conforme bem apontou a Procuradoria-Geral da
República, “o entrave ao andamento do feito é atribuível à conduta do próprio
paciente, e, conforme entendimento dominante nessa Corte Suprema, apenas o
excesso injustificado da instrução criminal, imputável ao aparelho judiciário ou à
acusação, é considerado constrangimento ilegal, capaz de ensejar a liberdade
provisória”.
2. Quanto à alegada inexistência de fundamentos para a manutenção
da prisão do ora Paciente, a impetração deve ser conhecida. No entanto,
nesta parte, razão jurídica não assiste ao Impetrante.
3. O voto condutor do acórdão questionado permite contextualizar
os contornos da demanda e reconhecer a inexistência de plausibilidade
2
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 14
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.058 / MG
jurídica do pedido:
“Narra a representação pela preventiva, formulada pela
autoridade policial, acostada às fls. 15, que:
‘Diligências em torno dos fatos apuraram que, no dia
datado em 23/09/07, na Rua (três) nº 264, Bairro Pradolândia, o
autor Paulo Sergio Juliani, agrediu a vítima Wilson José de
Andrade, com um soco no rosto, que veio a cair no solo,
momento em que Paulo Sergio agarrou sua cabeça e bateu
contra o chão, Wilson se levantou e sentou numa cadeira, logo
em seguida chegou Ademar, que derrubou Wilson e lhe desferiu
um chute no rosto, que foi pedido para que Ronildo prestasse
socorro para Wilson, haja vista que este estava com um corte na
testa, Wilson entrou caminhando no carro de Ronildo, embora
estivesse sofrendo empurrões, tendo José sentado no banco de
trás, que no caminho para o hospital, Ademar, que vinha em seu
veículo, logo após o trevo da cruzeta, e neste local Wilson foi
retirado do veículo por José, e espancado até a morte por José e
Ademar, devendo ressaltar, que ainda durante o caminho para o
hospital, Ronildo teve que, novamente, parar seu veiculo, para
que Ademar o analisasse, que Wilson chegou morto no hospital,
com traumatismo crânio encefálico’ (fls. 15).
No presente writ, busca o impetrante a revogação da prisão
preventiva do paciente, ao argumento de que estão ausentes de
fundamentação concreta as decisões que o mantiveram encarcerado, na
medida em não haveria provas contundentes de que as testemunhas
estariam sendo intimidadas pelo paciente.
O Juízo singular, entendendo preenchidos os requisitos e
fundamentos para a medida extrema, decretou a custódia preventiva
do paciente, assim justificando:
‘Em sede de prisão preventiva, deve-se aferir acerca da sua
garantia para a ordem pública, conveniência da instrução
criminal e aplicação da lei penal, bem como ser crime apenado
com reclusão e prova da existência da autoria e materialidade do
delito.
No caso em tela, verifico que a custódia dos representados
3
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HC 111.058 / MG
jurídica do pedido:
“Narra a representação pela preventiva, formulada pela
autoridade policial, acostada às fls. 15, que:
‘Diligências em torno dos fatos apuraram que, no dia
datado em 23/09/07, na Rua (três) nº 264, Bairro Pradolândia, o
autor Paulo Sergio Juliani, agrediu a vítima Wilson José de
Andrade, com um soco no rosto, que veio a cair no solo,
momento em que Paulo Sergio agarrou sua cabeça e bateu
contra o chão, Wilson se levantou e sentou numa cadeira, logo
em seguida chegou Ademar, que derrubou Wilson e lhe desferiu
um chute no rosto, que foi pedido para que Ronildo prestasse
socorro para Wilson, haja vista que este estava com um corte na
testa, Wilson entrou caminhando no carro de Ronildo, embora
estivesse sofrendo empurrões, tendo José sentado no banco de
trás, que no caminho para o hospital, Ademar, que vinha em seu
veículo, logo após o trevo da cruzeta, e neste local Wilson foi
retirado do veículo por José, e espancado até a morte por José e
Ademar, devendo ressaltar, que ainda durante o caminho para o
hospital, Ronildo teve que, novamente, parar seu veiculo, para
que Ademar o analisasse, que Wilson chegou morto no hospital,
com traumatismo crânio encefálico’ (fls. 15).
No presente writ, busca o impetrante a revogação da prisão
preventiva do paciente, ao argumento de que estão ausentes de
fundamentação concreta as decisões que o mantiveram encarcerado, na
medida em não haveria provas contundentes de que as testemunhas
estariam sendo intimidadas pelo paciente.
O Juízo singular, entendendo preenchidos os requisitos e
fundamentos para a medida extrema, decretou a custódia preventiva
do paciente, assim justificando:
‘Em sede de prisão preventiva, deve-se aferir acerca da sua
garantia para a ordem pública, conveniência da instrução
criminal e aplicação da lei penal, bem como ser crime apenado
com reclusão e prova da existência da autoria e materialidade do
delito.
No caso em tela, verifico que a custódia dos representados
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.058 / MG
faz-se necessária para conveniência da instrução criminal e
aplicação da lei penal, em face da possível intimidação das
testemunhas, que em tese estariam sendo ameaçadas e coagidas o
que bem disse o Ministério Público, 'poderá interferir no
andamento da instrução processual, fato que por si só
autorizaria o decreto da custódia cautelar', aliado a isso as
acusações imputadas aos representados são de extrema
gravidade, existindo indícios da autoria e materialidade do
delito, além do que se trata de crime apenado com reclusão,
inclusive para garantia da ordem pública’ (fls. 21).
Da leitura do aresto vergastado, infere-se que o órgão colegiado,
por unanimidade de votos, entendendo suficiente a justificativa
esposada no decisum de primeira instância e considerando presentes
motivos relevantes para a manutenção do encarceramento, houve por
bem denegar a ordem, assim manifestando-se:
‘Instada a autoridade judiciária a remeter a cópia das
declarações das testemunhas, indicando, precisamente, o
conteúdo das ameaças, enviou-se o depoimento extrajudicial de
Romildo Rodrigues Fernandes, em que o mesmo confirma não
ter noticiado o verdadeiro fato da denúncia, por temer as pessoas
dos pacientes Ademar e José e, que foi diretamente procurado
por Ademar, orientando-o como deveria externar a versão do
fato (fl. 54).
Neste balizamento, entendo correta a motivação da decisão
preventiva, pois, efetivamente, a intimidação da testemunha
resulta em prejuízo manifesto para a instrução criminal,
circunstância que se atende o pressuposto do decreto preventivo
por conveniência da instrução.
Destarte, ainda que a gravidade do crime, por si só, não
seja razão bastante para atender o pressuposto da garantia da
ordem pública, não vejo como rescindir a prisão cautelar, forte
na necessidade da preservação da instrução criminal.
Diante do exposto, à mingua do alegado constrangimento
ilegal, denego a ordem impetrada’ (fls. 25-26).
Evidente, portanto, da simples leitura dos trechos transcritos, e
ao contrário do que afirmado pelo impetrante, a manutenção da
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faz-se necessária para conveniência da instrução criminal e
aplicação da lei penal, em face da possível intimidação das
testemunhas, que em tese estariam sendo ameaçadas e coagidas o
que bem disse o Ministério Público, 'poderá interferir no
andamento da instrução processual, fato que por si só
autorizaria o decreto da custódia cautelar', aliado a isso as
acusações imputadas aos representados são de extrema
gravidade, existindo indícios da autoria e materialidade do
delito, além do que se trata de crime apenado com reclusão,
inclusive para garantia da ordem pública’ (fls. 21).
Da leitura do aresto vergastado, infere-se que o órgão colegiado,
por unanimidade de votos, entendendo suficiente a justificativa
esposada no decisum de primeira instância e considerando presentes
motivos relevantes para a manutenção do encarceramento, houve por
bem denegar a ordem, assim manifestando-se:
‘Instada a autoridade judiciária a remeter a cópia das
declarações das testemunhas, indicando, precisamente, o
conteúdo das ameaças, enviou-se o depoimento extrajudicial de
Romildo Rodrigues Fernandes, em que o mesmo confirma não
ter noticiado o verdadeiro fato da denúncia, por temer as pessoas
dos pacientes Ademar e José e, que foi diretamente procurado
por Ademar, orientando-o como deveria externar a versão do
fato (fl. 54).
Neste balizamento, entendo correta a motivação da decisão
preventiva, pois, efetivamente, a intimidação da testemunha
resulta em prejuízo manifesto para a instrução criminal,
circunstância que se atende o pressuposto do decreto preventivo
por conveniência da instrução.
Destarte, ainda que a gravidade do crime, por si só, não
seja razão bastante para atender o pressuposto da garantia da
ordem pública, não vejo como rescindir a prisão cautelar, forte
na necessidade da preservação da instrução criminal.
Diante do exposto, à mingua do alegado constrangimento
ilegal, denego a ordem impetrada’ (fls. 25-26).
Evidente, portanto, da simples leitura dos trechos transcritos, e
ao contrário do que afirmado pelo impetrante, a manutenção da
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HC 111.058 / MG
segregação do acusado foi preservada ante a existência de
circunstâncias, bem indicadas nas decisões impugnadas, que apontam
para a gravidade concreta, e não genérica, do crime em tese cometido
pelo paciente, indicativa de sua periculosidade.
Desta forma, não se pode dizer que o Juízo de primeira
instância, bem como o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais,
incidiram em constrangimento ilegal, haja vista que suas decisões
encontram-se baseadas, como dito, na gravidade efetiva do delito em
tese cometido, consubstanciada pelo modus operandi dos agentes
envolvidos, sobretudo pela extrema violência física com que o crime foi
perpetrado, em concurso de agentes, além do registro do
constrangimento acometido pelos co-réus sobre as testemunhas,
fatores que bem evidenciam a fragilidade da continuidade da instrução
criminal sem a segregação antecipada do paciente.
Assim, demonstrada, com base em elementos concretos dos
autos, a presença do periculum libertatis, justificada está a
continuidade da custódia preventiva imposta ao paciente,
especialmente a bem da garantia da ordem pública e da instrução
criminal, como orienta esta Corte Superior (...)”.
Assim, verifica-se que a prisão preventiva, ao contrário do que
afirma o Impetrante, não foi decretada com base em mera remissão ao art.
312 do Código de Processo Penal. Ela se amparou na gravidade concreta
dos fatos, no comportamento dos envolvidos e no fundado temor das
testemunhas de sofrerem represálias.
Este Supremo Tribunal firmou orientação no sentido de que “a
gravidade concreta do crime, o modus operandi da ação delituosa e a
periculosidade do agente respaldam a prisão preventiva para a garantia da ordem
pública” (Habeas Corpus n. 108.794, de minha relatoria, DJ 28.10.2011).
No mesmo sentido, dentre outros, os Habeas Corpus ns. 104.139, Rl.
Min. Luiz Fux, DJ 8.9.2011; 102.275, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 16.9.2011;
104.492, Rel. Min. Ayres Britto, DJ 3.10.2011; e 106.991, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJ 26.4.2011.
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HC 111.058 / MG
segregação do acusado foi preservada ante a existência de
circunstâncias, bem indicadas nas decisões impugnadas, que apontam
para a gravidade concreta, e não genérica, do crime em tese cometido
pelo paciente, indicativa de sua periculosidade.
Desta forma, não se pode dizer que o Juízo de primeira
instância, bem como o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais,
incidiram em constrangimento ilegal, haja vista que suas decisões
encontram-se baseadas, como dito, na gravidade efetiva do delito em
tese cometido, consubstanciada pelo modus operandi dos agentes
envolvidos, sobretudo pela extrema violência física com que o crime foi
perpetrado, em concurso de agentes, além do registro do
constrangimento acometido pelos co-réus sobre as testemunhas,
fatores que bem evidenciam a fragilidade da continuidade da instrução
criminal sem a segregação antecipada do paciente.
Assim, demonstrada, com base em elementos concretos dos
autos, a presença do periculum libertatis, justificada está a
continuidade da custódia preventiva imposta ao paciente,
especialmente a bem da garantia da ordem pública e da instrução
criminal, como orienta esta Corte Superior (...)”.
Assim, verifica-se que a prisão preventiva, ao contrário do que
afirma o Impetrante, não foi decretada com base em mera remissão ao art.
312 do Código de Processo Penal. Ela se amparou na gravidade concreta
dos fatos, no comportamento dos envolvidos e no fundado temor das
testemunhas de sofrerem represálias.
Este Supremo Tribunal firmou orientação no sentido de que “a
gravidade concreta do crime, o modus operandi da ação delituosa e a
periculosidade do agente respaldam a prisão preventiva para a garantia da ordem
pública” (Habeas Corpus n. 108.794, de minha relatoria, DJ 28.10.2011).
No mesmo sentido, dentre outros, os Habeas Corpus ns. 104.139, Rl.
Min. Luiz Fux, DJ 8.9.2011; 102.275, Rel. Min. Marco Aurélio, DJ 16.9.2011;
104.492, Rel. Min. Ayres Britto, DJ 3.10.2011; e 106.991, Rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJ 26.4.2011.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.058 / MG
Ademais, a prisão do Paciente também foi decretada por
conveniência da instrução criminal em razão da ameça a testemunhas,
fundamento também idôneo nos termos da jurisprudência deste Supremo
Tribunal. Nesse sentido:
“PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO
QUALIFICADO (ART. 121, § 2º, INCISOS I E IV, DO CP).
PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTOS DO DECRETO
MANTIDOS NA SENTENÇA DE PRONÚNCIA. AUSÊNCIA DE
ILEGALIDADE.
FUNDAMENTAÇÃO
IDÔNEA.
PRESERVAÇÃO DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. AMEAÇA A
TESTEMUNHAS E A GENITOR DA VÍTIMA. ORDEM
DENEGADA. 1. A sentença de pronúncia resta fundamentada
quando há remissão aos fundamentos do ato que implicou a prisão
preventiva, dada a ausência de alteração do quadro fático-processual
desde a data da decretação da medida, não configurando ilegalidade.
Precedentes: HC 98901/PI, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJ de
4/6/2010; HC 98771, rel. Min. Dias Toffoli, DJ de 22/4/2010; HC
88709/RS, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA Julgamento:
10/04/2007 2ª Turma, DJ de 28/6/07; HC 86019/RS, rel Min. Carlos
Britto, 1ª Turma, DJ de 7/4/2006. 2. A prisão preventiva, nos moldes
do art. 312 do CPP, pode pautar-se na influência dos réus sobre o
ânimo das testemunhas, com ameaças e outras práticas semelhantes.
3. In casu, as interceptações telefônicas apontaram a existência de
constrangimento às testemunhas e ameaças contra a vida do genitor
da vítima levadas a efeito pelo paciente e corréus. 4. Parecer pela
denegação da ordem. 5. Ordem DENEGADA” (HC 101.350, Rel.
Min. Marco Aurélio, Redator para o Acórdão Ministro Luiz Fux,
DJe 1º.8.2011 – grifos nossos).
Nesse sentido: HC 106.211, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 1º.8.2011; HC
106.991, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 17.5.2011; HC 98.231, de
minha relatoria, DJe 14.5.2010; e HC 94.615, Rel. Min. Menezes Direito,
DJe 20.3.2009.
6
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HC 111.058 / MG
Ademais, a prisão do Paciente também foi decretada por
conveniência da instrução criminal em razão da ameça a testemunhas,
fundamento também idôneo nos termos da jurisprudência deste Supremo
Tribunal. Nesse sentido:
“PROCESSO PENAL. HABEAS CORPUS. HOMICÍDIO
QUALIFICADO (ART. 121, § 2º, INCISOS I E IV, DO CP).
PRISÃO PREVENTIVA. FUNDAMENTOS DO DECRETO
MANTIDOS NA SENTENÇA DE PRONÚNCIA. AUSÊNCIA DE
ILEGALIDADE.
FUNDAMENTAÇÃO
IDÔNEA.
PRESERVAÇÃO DA INSTRUÇÃO CRIMINAL. AMEAÇA A
TESTEMUNHAS E A GENITOR DA VÍTIMA. ORDEM
DENEGADA. 1. A sentença de pronúncia resta fundamentada
quando há remissão aos fundamentos do ato que implicou a prisão
preventiva, dada a ausência de alteração do quadro fático-processual
desde a data da decretação da medida, não configurando ilegalidade.
Precedentes: HC 98901/PI, rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJ de
4/6/2010; HC 98771, rel. Min. Dias Toffoli, DJ de 22/4/2010; HC
88709/RS, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA Julgamento:
10/04/2007 2ª Turma, DJ de 28/6/07; HC 86019/RS, rel Min. Carlos
Britto, 1ª Turma, DJ de 7/4/2006. 2. A prisão preventiva, nos moldes
do art. 312 do CPP, pode pautar-se na influência dos réus sobre o
ânimo das testemunhas, com ameaças e outras práticas semelhantes.
3. In casu, as interceptações telefônicas apontaram a existência de
constrangimento às testemunhas e ameaças contra a vida do genitor
da vítima levadas a efeito pelo paciente e corréus. 4. Parecer pela
denegação da ordem. 5. Ordem DENEGADA” (HC 101.350, Rel.
Min. Marco Aurélio, Redator para o Acórdão Ministro Luiz Fux,
DJe 1º.8.2011 – grifos nossos).
Nesse sentido: HC 106.211, Rel. Min. Dias Toffoli, DJe 1º.8.2011; HC
106.991, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, DJe 17.5.2011; HC 98.231, de
minha relatoria, DJe 14.5.2010; e HC 94.615, Rel. Min. Menezes Direito,
DJe 20.3.2009.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 11 de 14
Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.058 / MG
4. Quanto à alegação de que, nos termos da jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, seria legítima a fuga do réu com a intenção de
impugnar a legalidade do decreto prisional, esse entendimento não se
aplica ao caso, pois o que se tem na espécie vertente é que o Paciente já se
evadia para evitar a aplicação da lei penal antes mesmo de ser decretada
a prisão preventiva.
Tem-se, nas informações prestadas pelo Juízo da Vara Criminal da
Infância e da Juventude da Comarca de Frutal/MT, que:
“(...) Em 28 de setembro de 2007, foi decretada a prisão
preventiva dos acusados para a conveniência da instrução e garantia
da aplicação da lei penal, vez que as testemunhas da acusação estavam
sendo ameaçadas e coagidas.
Recebida a denúncia em 03 de fevereiro de 2009, até o presente
momento não foi possível a citação dos acusados, vez que os mesmos se
evadiram do distrito da culpa.
O Ministério Público requereu a tentativa de citação pessoal dos
acusados nos endereços obtidos na Rede Infoseg e os autos encontram-
se aguardando a devolução da precatória expedida para a Comarca de
Santo André/SP, para citação do paciente (...)”.
Ademais, cumpre ressaltar que os fatos que deram ensejo à
propositura da ação penal em desfavor do Paciente ocorreram em
23.9.2007. A prisão preventiva do Paciente foi decretada em 27.9.2007 e
mantida por não terem sido alterados seus fundamentos.
Ora, como os fatos teriam ocorrido há cinco anos e existe um
mandado de prisão para ser cumprido em desfavor do Paciente também
há cinco anos, o Paciente está foragido para evitar a aplicação da lei penal
e, por consequência, afigura-se preenchido esse requisito da prisão
preventiva.
7
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HC 111.058 / MG
4. Quanto à alegação de que, nos termos da jurisprudência do
Supremo Tribunal Federal, seria legítima a fuga do réu com a intenção de
impugnar a legalidade do decreto prisional, esse entendimento não se
aplica ao caso, pois o que se tem na espécie vertente é que o Paciente já se
evadia para evitar a aplicação da lei penal antes mesmo de ser decretada
a prisão preventiva.
Tem-se, nas informações prestadas pelo Juízo da Vara Criminal da
Infância e da Juventude da Comarca de Frutal/MT, que:
“(...) Em 28 de setembro de 2007, foi decretada a prisão
preventiva dos acusados para a conveniência da instrução e garantia
da aplicação da lei penal, vez que as testemunhas da acusação estavam
sendo ameaçadas e coagidas.
Recebida a denúncia em 03 de fevereiro de 2009, até o presente
momento não foi possível a citação dos acusados, vez que os mesmos se
evadiram do distrito da culpa.
O Ministério Público requereu a tentativa de citação pessoal dos
acusados nos endereços obtidos na Rede Infoseg e os autos encontram-
se aguardando a devolução da precatória expedida para a Comarca de
Santo André/SP, para citação do paciente (...)”.
Ademais, cumpre ressaltar que os fatos que deram ensejo à
propositura da ação penal em desfavor do Paciente ocorreram em
23.9.2007. A prisão preventiva do Paciente foi decretada em 27.9.2007 e
mantida por não terem sido alterados seus fundamentos.
Ora, como os fatos teriam ocorrido há cinco anos e existe um
mandado de prisão para ser cumprido em desfavor do Paciente também
há cinco anos, o Paciente está foragido para evitar a aplicação da lei penal
e, por consequência, afigura-se preenchido esse requisito da prisão
preventiva.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
HC 111.058 / MG
Em relação à garantia da aplicação da lei penal, o comportamento do
Paciente de evadir-se é razão suficiente para a manutenção da prisão
preventiva. Nesse sentido: HC 85.335, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ
13.9.2005; HC 85.764, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 20.9.2005; HC 84.202,
Rel. Min. Carlos Britto, DJ 7.12.2004, entre outros.
5. Por último, deve ser acrescentado que as condições pessoais do
Paciente não bastam à liberdade provisória.
A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que a
“presença de condições subjetivas favoráveis ao paciente não obsta a segregação
cautelar, desde que presentes nos autos elementos concretos a recomendar sua
manutenção, como se verifica no caso presente" (Habeas Corpus nº 94.465,
Relator o Ministro Menezes Direito, p. 15.5.2009).
6. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de conhecer
parcialmente a presente ação e, na parte conhecida, denegar a ordem.
8
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Em relação à garantia da aplicação da lei penal, o comportamento do
Paciente de evadir-se é razão suficiente para a manutenção da prisão
preventiva. Nesse sentido: HC 85.335, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJ
13.9.2005; HC 85.764, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ 20.9.2005; HC 84.202,
Rel. Min. Carlos Britto, DJ 7.12.2004, entre outros.
5. Por último, deve ser acrescentado que as condições pessoais do
Paciente não bastam à liberdade provisória.
A jurisprudência do Supremo Tribunal firmou-se no sentido de que a
“presença de condições subjetivas favoráveis ao paciente não obsta a segregação
cautelar, desde que presentes nos autos elementos concretos a recomendar sua
manutenção, como se verifica no caso presente" (Habeas Corpus nº 94.465,
Relator o Ministro Menezes Direito, p. 15.5.2009).
6. Pelo exposto, encaminho a votação no sentido de conhecer
parcialmente a presente ação e, na parte conhecida, denegar a ordem.
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 111.058
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : PAULO SERGIO JULIANI
IMPTE.(S) : MICHEL PLATINI JULIANI
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu em parte do habeas
corpus e, nessa parte, denegou a ordem, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa.
2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099145
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 111.058
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
PACTE.(S) : PAULO SERGIO JULIANI
IMPTE.(S) : MICHEL PLATINI JULIANI
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma, por unanimidade, conheceu em parte do habeas
corpus e, nessa parte, denegou a ordem, nos termos do voto da
Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa.
2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099145
Inteiro Teor do Acórdão - Página 14 de 14
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3183784 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-12T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, conheceu em parte do habeas corpus e, nessa parte, denegou a ordem, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | EMENTA: HABEAS CORPUS. PROCESSO PENAL E CONSTITUCIONAL. IMPUTAÇÃO DA PRÁTICA DO CRIME DE HOMICÍDIO QUALIFICADO. 1. ALEGAÇÃO DE EXCESSO DE PRAZO DA INSTRUÇÃO PROCESSUAL. QUESTÃO NÃO SUBMETIDA AO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA: SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA. 2. PERICULOSIDADE EVIDENCIADA PELO MODUS OPERANDI. AMEAÇA A TESTEMUNHAS. FUGA DO PACIENTE. FUNDAMENTOS AUTÔNOMOS, SUFICIENTES E IDÔNEOS PARA A PRISÃO DO ORA PACIENTE. ORDEM PARCIALMENTE CONHECIDA E, NESSA PARTE, DENEGADA.
1. Se não foi submetida à instância antecedente a alegação de excesso de prazo da prisão do ora Paciente, não cabe ao Supremo Tribunal Federal dela conhecer originariamente, sob pena de supressão de instância.
2. Este Supremo Tribunal assentou que a periculosidade do agente evidenciada pelo modus operandi e a ameaça a testemunhas são motivos idôneos para a manutenção da custódia cautelar. Precedentes.
3. Necessidade de se resguardar a aplicação da lei penal, considerada a fuga, que não é desmentida pelos elementos constantes dos autos.
4. A presença de condições subjetivas favoráveis não obsta a segregação cautelar, desde que presentes nos autos elementos concretos a recomendar sua manutenção, como se tem na espécie vertente.
5. Habeas corpus parcialmente conhecido e, nessa parte, denegado. | sjur221408 | - Acórdãos citados:
(HABEAS CORPUS, SUPRESSÃO DE INSTÂNCIA)
STF: HC 87775(1ªT), HC 90315(2ªT);
(PRISÃO PREVENTIVA, ORDEM PÚBLICA)
STF: HC 102275(2ªT), HC 104139(1ªT), HC 104492(2ªT),
HC 106991(1ªT), HC 108794(1ªT);
(PRISÃO PREVENTIVA, CONVENIÊNCIA, INSTRUÇÃO)
STF: Caso Líder - HC 101350(1ªT), HC 94615(1ªT),
HC 98231(1ªT), HC 106211(1ªT), HC 106991(1ªT).
(PRISÃO PREVENTIVA, FUGA DO PACIENTE)
STF: HC 84202(1ªT), HC 85335(2ªT), HC 85764(2ªT).
(PRISÃO PREVENTIVA, CONDIÇÕES SUBJETIVAS)
STF: HC 94465(1ªT).
Número de páginas: 14.
Análise: 18/12/2012, LLD. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 111058 | [
"LEG-FED DEL-003689 ANO-1941\r\n ART-00312 \r\n CPP-1941 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL"
] | HC | acordaos | HC 111058 | [
""
] | PACTE.(S) : PAULO SERGIO JULIANI
IMPTE.(S) : MICHEL PLATINI JULIANI
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
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"HC 111 . 058 / MG",
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"HC 111 . 058 / MG",
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"HC 90 . 315",
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".",
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"Habeas Corpus n . 108 . 794",
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".",
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".",
"HC 111 . 058 / MG",
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"HC 111 . 058 / MG",
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"HC 88709 / RS",
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],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"art . 121 , § [UNK] , III e IV , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 121 , § [UNK] , III e IV , do Código Penal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"ART . 288 , § [UNK] , DO CÓDIGO PENAL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ART . 288 , § [UNK] , DO CÓDIGO PENAL",
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"§ [UNK] DO ARTIGO [UNK] DA LEI N . 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"§ [UNK] DO ARTIGO [UNK] DA LEI N . 8 . 072 / 90",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
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"art . 312 do Código de Processo Penal",
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"ART . 121 , § [UNK] , INCISOS I E IV , DO CP",
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"ART . 121 , § [UNK] , INCISOS I E IV , DO CP",
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"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
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"ORGANIZACAO": [
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"Supremo Tribunal Federal",
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"[UNK] Turma",
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"Supremo Tribunal",
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"PESSOA": [
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"CÁRMEN LÚCIA",
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"CÁRMEN LÚCIA",
"MICHEL PLATINI JULIANI",
"PAULO SERGIO JULIANI",
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"PAULO SERGIO JULIANI",
"MICHEL PLATINI JULIANI",
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"MICHEL PLATINI JULIANI",
"PAULO SERGIO JULIANI",
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"Romildo Rodrigues Fernandes",
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"2011",
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"4",
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"8",
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"08",
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"2001",
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"9",
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"2007",
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"/",
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".",
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".",
"9",
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".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13",
".",
"9",
".",
"2005",
"20",
".",
"9",
".",
"2005",
"7",
".",
"12",
".",
"2004",
"15",
".",
"5",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 666.096 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S)
:TS-7 PARTICIPAÇÕES LTDA
ADV.(A/S)
:ULISSES PENACHIO
EMENTA:
AGRAVO
REGIMENTAL
NO
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO.
TRIBUTÁRIO.
IMPOSSIBILIDADE
DE
INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS
IMÓVEIS (ITBI) SOBRE CONTRATOS DE PROMESSA. PRECEDENTES.
AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a Presidência do
Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de julgamento e
das notas taquigráficas, à unanimidade, em negar provimento ao agravo
regimental no recurso extraordinário, nos termos do voto da Relatora.
Ausente, licenciado, o Ministro Joaquim Barbosa.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministra CÁRMEN LÚCIA - Relatora
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085123.
Supremo Tribunal Federal
DJe 21/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 666.096 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S)
:TS-7 PARTICIPAÇÕES LTDA
ADV.(A/S)
:ULISSES PENACHIO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Em 8 de maio de 2012, neguei seguimento ao recurso
extraordinário interposto pelo Distrito Federal contra julgado do Tribunal
de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, o qual aplicara a decisão
do seu órgão especial, que declarou a inconstitucionalidade do art. 2º, §
3º, inc. VI, da Lei distrital n. 3.830/2006, que determina a incidência de
Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI sobre o registro do
contrato de promessa de compra e venda de imóvel (fl. 196).
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.
4. O Supremo Tribunal Federal assentou que os contratos de
compromisso de compra e venda não constituem fato gerador para a
incidência do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Nesse
sentido:
(...) (AI 603.309-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda
Turma, DJ 23.2.2007).
5. Ademais, o Recorrente não juntou aos autos cópia do julgado
que declarou a inconstitucionalidade da Lei Distrital n. 3.830/2006.
Incide na espécie a Súmula n. 284 do Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido:
(...) (RE 223.891-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda
Turma, DJ 22.2.2002).
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 666.096 DISTRITO FEDERAL
RELATORA
: MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S)
:DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S)
:TS-7 PARTICIPAÇÕES LTDA
ADV.(A/S)
:ULISSES PENACHIO
R E L A T Ó R I O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Em 8 de maio de 2012, neguei seguimento ao recurso
extraordinário interposto pelo Distrito Federal contra julgado do Tribunal
de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios, o qual aplicara a decisão
do seu órgão especial, que declarou a inconstitucionalidade do art. 2º, §
3º, inc. VI, da Lei distrital n. 3.830/2006, que determina a incidência de
Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis - ITBI sobre o registro do
contrato de promessa de compra e venda de imóvel (fl. 196).
A decisão agravada teve a seguinte fundamentação:
“3. Razão jurídica não assiste ao Recorrente.
4. O Supremo Tribunal Federal assentou que os contratos de
compromisso de compra e venda não constituem fato gerador para a
incidência do Imposto de Transmissão de Bens Imóveis (ITBI). Nesse
sentido:
(...) (AI 603.309-AgR, Rel. Min. Eros Grau, Segunda
Turma, DJ 23.2.2007).
5. Ademais, o Recorrente não juntou aos autos cópia do julgado
que declarou a inconstitucionalidade da Lei Distrital n. 3.830/2006.
Incide na espécie a Súmula n. 284 do Supremo Tribunal Federal.
Nesse sentido:
(...) (RE 223.891-AgR, Rel. Min. Carlos Velloso, Segunda
Turma, DJ 22.2.2002).
Supremo Tribunal Federal
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Relatório
RE 666.096 AGR / DF
Não há, pois, o que prover quanto às alegações da parte
recorrente.
6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.
557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 251-253).
2. Publicada essa decisão no DJe de 22.5.2012 (fl. 254), interpõe o
Distrito Federal, em 31.5.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls.
258-264).
3. Afirma o Agravante que “os precedentes do STF não consideram o fato
de que o direito do promitente comprador de imóvel, no regime do Novo Código
Civil, veio a ser elevado à condição de direito real (art. 1225, inciso VII)” (fl.
259).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
RE 666.096 AGR / DF
Não há, pois, o que prover quanto às alegações da parte
recorrente.
6. Pelo exposto, nego seguimento ao recurso extraordinário (art.
557, caput, do Código de Processo Civil e art. 21, § 1º, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal)” (fls. 251-253).
2. Publicada essa decisão no DJe de 22.5.2012 (fl. 254), interpõe o
Distrito Federal, em 31.5.2012, tempestivamente, agravo regimental (fls.
258-264).
3. Afirma o Agravante que “os precedentes do STF não consideram o fato
de que o direito do promitente comprador de imóvel, no regime do Novo Código
Civil, veio a ser elevado à condição de direito real (art. 1225, inciso VII)” (fl.
259).
Requer a reconsideração da decisão agravada ou o provimento do
presente recurso.
É o relatório.
2
Supremo Tribunal Federal
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 666.096 DISTRITO FEDERAL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu:
“APELAÇÃO CÍVEL. TRIBUTÁRIO. MANDADO DE
SEGURANÇA. ITBI SOBRE REGISTRO DE CONTRATO DE
PROMESSA DE PERMUTA E OUTRAS AVENÇAS.
INCONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL DO ARTIGO 2º,
PARÁGRAFO 3º, INCISO VI, DA LEI DISTRITAL Nº 3.830/2006.
A incidência do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Inter
Vivos) na promessa de permuta e outras avenças e posteriormente,
também, na transmissão do imóvel, após a efetiva alienação do bem,
configura a bitributação do fisco sobre um mesmo fato gerador.
Este Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios,
por seu Conselho Especial, no julgamento da ADI nº
2007.00.2.008203-7, declarou inconstitucional o artigo 2º, parágrafo
3º, inciso VI, da Lei Distrital nº 3.830/2006, que determina a
incidência de ITBI sobre o registro do contrato de promessa de compra
e venda de imóvel, pois o fato gerador do tributo se opera com o efetivo
registro do título translativo da propriedade imóvel no Cartório de
Registro de Imóveis.
Apelação e remessa oficial conhecidas e desprovidas” (fl. 196).
3. Como posto na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal
assentou que os contratos de promessa não constituem fato gerador para
a incidência do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis - ITBI.
Nesse sentido:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - IMPOSTO DE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 666.096 DISTRITO FEDERAL
V O T O
A SENHORA MINISTRA CÁRMEN LÚCIA – (Relatora):
1. Razão jurídica não assiste ao Agravante.
2. Na espécie vertente, o Tribunal de origem decidiu:
“APELAÇÃO CÍVEL. TRIBUTÁRIO. MANDADO DE
SEGURANÇA. ITBI SOBRE REGISTRO DE CONTRATO DE
PROMESSA DE PERMUTA E OUTRAS AVENÇAS.
INCONSTITUCIONALIDADE INCIDENTAL DO ARTIGO 2º,
PARÁGRAFO 3º, INCISO VI, DA LEI DISTRITAL Nº 3.830/2006.
A incidência do ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Inter
Vivos) na promessa de permuta e outras avenças e posteriormente,
também, na transmissão do imóvel, após a efetiva alienação do bem,
configura a bitributação do fisco sobre um mesmo fato gerador.
Este Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios,
por seu Conselho Especial, no julgamento da ADI nº
2007.00.2.008203-7, declarou inconstitucional o artigo 2º, parágrafo
3º, inciso VI, da Lei Distrital nº 3.830/2006, que determina a
incidência de ITBI sobre o registro do contrato de promessa de compra
e venda de imóvel, pois o fato gerador do tributo se opera com o efetivo
registro do título translativo da propriedade imóvel no Cartório de
Registro de Imóveis.
Apelação e remessa oficial conhecidas e desprovidas” (fl. 196).
3. Como posto na decisão agravada, o Supremo Tribunal Federal
assentou que os contratos de promessa não constituem fato gerador para
a incidência do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis - ITBI.
Nesse sentido:
“RECURSO EXTRAORDINÁRIO - IMPOSTO DE
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3085125.
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Voto - MIN. CÁRMEN LÚCIA
RE 666.096 AGR / DF
TRANSMISSÃO INTERVIVOS DE BENS IMÓVEIS - FATO
GERADOR - CESSÃO DE DIREITOS. A cobrança do Imposto de
Transmissão Intervivos de Bens Imóveis está vinculada à existência de
registro do instrumento no cartório competente” (AI 646.443-AgR,
Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 24.9.2009).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
CONTRATO DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA.
NÃO-INCIDÊNCIA DO ITBI. 1. Controvérsia decidida à luz de
normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.
2. A celebração de contrato de compromisso de compra e venda não
gera obrigação ao pagamento do ITBI. Agravo regimental a que se
nega provimento” (AI 603.309-AgR, Rel. Min. Eros Grau,
Segunda Turma, DJ 23.2.2007).
E, ainda, a seguinte decisão monocrática transitada em julgado: AI
854.955, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 7.5.2012.
4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
RE 666.096 AGR / DF
TRANSMISSÃO INTERVIVOS DE BENS IMÓVEIS - FATO
GERADOR - CESSÃO DE DIREITOS. A cobrança do Imposto de
Transmissão Intervivos de Bens Imóveis está vinculada à existência de
registro do instrumento no cartório competente” (AI 646.443-AgR,
Rel. Min. Marco Aurélio, Primeira Turma, DJe 24.9.2009).
“AGRAVO
REGIMENTAL
NO
AGRAVO
DE
INSTRUMENTO.
MATÉRIA
INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA INDIRETA À CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
CONTRATO DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA.
NÃO-INCIDÊNCIA DO ITBI. 1. Controvérsia decidida à luz de
normas infraconstitucionais. Ofensa indireta à Constituição do Brasil.
2. A celebração de contrato de compromisso de compra e venda não
gera obrigação ao pagamento do ITBI. Agravo regimental a que se
nega provimento” (AI 603.309-AgR, Rel. Min. Eros Grau,
Segunda Turma, DJ 23.2.2007).
E, ainda, a seguinte decisão monocrática transitada em julgado: AI
854.955, Rel. Min. Gilmar Mendes, DJe 7.5.2012.
4. Os argumentos do Agravante, insuficientes para modificar a
decisão agravada, demonstram apenas inconformismo e resistência em
pôr termo a processos que se arrastam em detrimento da eficiente
prestação jurisdicional.
5. Pelo exposto, nego provimento ao agravo regimental.
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 666.096
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S) : TS-7 PARTICIPAÇÕES LTDA
ADV.(A/S) : ULISSES PENACHIO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 666.096
PROCED. : DISTRITO FEDERAL
RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA
AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S) : TS-7 PARTICIPAÇÕES LTDA
ADV.(A/S) : ULISSES PENACHIO
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099189
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3112683 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-21T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto da Relatora. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO | EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO. IMPOSSIBILIDADE DE INCIDÊNCIA DO IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO DE BENS IMÓVEIS (ITBI) SOBRE CONTRATOS DE PROMESSA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. | sjur219290 | - Acórdão(s) citado(s)
(ITBI, PROMESSA DE COMPRA E VENDA)
STF: AI 646443 AgR (1ªT), AI 603309 AgR (2ªT);
- Decisão(ões) monocrática(s) citada(s)
(ITBI, PROMESSA DE COMPRA E VENDA)
STF: AI 854955.
Número de páginas: 6.
Análise: 04/12/2012, MJC. | CÁRMEN LÚCIA | Segunda Turma | 666096 | [
"LEG-DIS LEI-003830 ANO-2006\r\n ART-00002 PAR-00003 INC-00006 \r\n LEI ORDINÁRIA, DF"
] | RE-AgR | acordaos | RE 666096 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : DISTRITO FEDERAL
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO DISTRITO FEDERAL
AGDO.(A/S) : TS-7 PARTICIPAÇÕES LTDA
ADV.(A/S) : ULISSES PENACHIO | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 666 . 096",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 666 . 096",
"AI 603 . 309 - AgR",
"Súmula n . 284 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 223 . 891 - AgR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 666 . 096",
"AI 603 . 309 - AgR",
"Súmula n . 284 do Supremo Tribunal Federal",
"RE 223 . 891 - AgR",
"RE 666 . 096 AGR",
"RE 666 . 096 AGR",
"RECURSO",
"ADI [UNK] 2007 . 00 . 2 . 008203 - 7",
"ADI [UNK] 2007 . 00 . 2 . 008203 - 7",
"RE 666 . 096",
"AI 646 . 443 - AgR",
"AI 603 . 309 - AgR",
"AI 854 . 955",
"RE 666 . 096",
"AI 646 . 443 - AgR",
"AI 603 . 309 - AgR",
"AI 854 . 955",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO 666 . 096"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , inc . VI , da Lei distrital n . 3 . 830 / 2006",
"Lei Distrital n . 3 . 830 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , § [UNK] , inc . VI , da Lei distrital n . 3 . 830 / 2006",
"Lei Distrital n . 3 . 830 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Novo Código Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 557 , caput , do Código de Processo Civil",
"art . 21 , § [UNK] , do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal",
"Novo Código Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] , PARÁGRAFO [UNK] , INCISO VI , DA LEI DISTRITAL [UNK] 3 . 830 / 2006",
"artigo [UNK] , parágrafo [UNK] , inciso VI , da Lei Distrital [UNK] 3 . 830 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"ARTIGO [UNK] , PARÁGRAFO [UNK] , INCISO VI , DA LEI DISTRITAL [UNK] 3 . 830 / 2006",
"artigo [UNK] , parágrafo [UNK] , inciso VI , da Lei Distrital [UNK] 3 . 830 / 2006",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CONSTITUIÇÃO",
"Constituição do Brasil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"CONSTITUIÇÃO DO BRASIL",
"Constituição do Brasil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"Brasília",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL",
"DISTRITO FEDERAL"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"TS",
"-",
"7 PARTICIPAÇÕES LTDA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TS",
"-",
"7 PARTICIPAÇÕES LTDA",
"Distrito",
"Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TS",
"-",
"7 PARTICIPAÇÕES LTDA",
"Distrito Federal",
"Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Distrito Federal",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo",
"Tribunal Federal",
"/",
"Distrito Federal",
"STF",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios",
"Conselho",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"AGR",
"/",
"DF",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"TS",
"-",
"7 PARTICIPAÇÕES LTDA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"TS",
"-",
"7 PARTICIPAÇÕES LTDA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"CÁRMEN LÚCIA",
"ULISSES PENACHIO",
"Ricardo Lewandowski",
"Joaquim Barbosa",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ULISSES PENACHIO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Eros Grau",
"Carlos Velloso",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ULISSES PENACHIO",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Eros Grau",
"Carlos Velloso",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"CÁRMEN LÚCIA",
"Marco Aurélio",
"Eros Grau",
"Gilmar Mendes",
"Marco Aurélio",
"Eros Grau",
"Gilmar Mendes",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ULISSES PENACHIO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
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"Paulo da Rocha Campos",
"CÁRMEN LÚCIA",
"ULISSES PENACHIO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"21",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"8 de maio de 2012",
"23",
".",
"2",
".",
"2007",
"22",
".",
"2",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"8 de maio de 2012",
"23",
".",
"2",
".",
"2007",
"22",
".",
"2",
".",
"2002",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"5",
".",
"2012",
"31",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"22",
".",
"5",
".",
"2012",
"31",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"9",
".",
"2009",
"23",
".",
"2",
".",
"2007",
"7",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
".",
"9",
".",
"2009",
"23",
".",
"2",
".",
"2007",
"7",
".",
"5",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 606.686 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL
DO ESTADO
DE MINAS
GERAIS
AGDO.(A/S)
:ANDERSON ALDERICO TELES LOPES
ADV.(A/S)
:FELISBERTO EGG DE RESENDE
RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O
recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova,
também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL –
MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação
da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil,
arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em desprover o agravo
regimental no agravo de instrumento, nos termos do voto do relator e por
unanimidade, em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na
conformidade da ata do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3195206.
Supremo Tribunal Federal
DJe 18/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 606.686 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL
DO ESTADO
DE MINAS
GERAIS
AGDO.(A/S)
:ANDERSON ALDERICO TELES LOPES
ADV.(A/S)
:FELISBERTO EGG DE RESENDE
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – À folha 239, proferi a
seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INADEQUAÇÃO
–
AGRAVO
DESPROVIDO.
1. Na interposição deste agravo, foram atendidos os
pressupostos de recorribilidade que lhe são inerentes. A peça,
subscrita por profissional da advocacia regularmente
credenciado, restou protocolada no prazo assinado em lei e veio
acompanhada dos documentos previstos no artigo 544, § 1º, do
Código de Processo Civil.
2. Na espécie, simplesmente viabilizou-se a feitura da
prova de esforço físico em dia diverso, considerada a debilidade
física apresentada naquele em que o agravado deveria se
submeter. Vê-se, portanto, que não se configurou a ofensa ao
disposto no artigo 37 da Constituição Federal, no que disciplina
o ingresso no serviço público mediante concurso. Em momento
algum, aboliu-se a etapa revelada pelo teste físico, tendo-se
apenas projetado a data designada para tanto.
3. Conheço do agravo e o desprovejo.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3195207.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 606.686 MINAS GERAIS
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S)
:ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S)
:ADVOGADO-GERAL
DO ESTADO
DE MINAS
GERAIS
AGDO.(A/S)
:ANDERSON ALDERICO TELES LOPES
ADV.(A/S)
:FELISBERTO EGG DE RESENDE
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – À folha 239, proferi a
seguinte decisão:
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
–
INADEQUAÇÃO
–
AGRAVO
DESPROVIDO.
1. Na interposição deste agravo, foram atendidos os
pressupostos de recorribilidade que lhe são inerentes. A peça,
subscrita por profissional da advocacia regularmente
credenciado, restou protocolada no prazo assinado em lei e veio
acompanhada dos documentos previstos no artigo 544, § 1º, do
Código de Processo Civil.
2. Na espécie, simplesmente viabilizou-se a feitura da
prova de esforço físico em dia diverso, considerada a debilidade
física apresentada naquele em que o agravado deveria se
submeter. Vê-se, portanto, que não se configurou a ofensa ao
disposto no artigo 37 da Constituição Federal, no que disciplina
o ingresso no serviço público mediante concurso. Em momento
algum, aboliu-se a etapa revelada pelo teste físico, tendo-se
apenas projetado a data designada para tanto.
3. Conheço do agravo e o desprovejo.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
AI 606.686 AGR / MG
4. Publiquem.
O Estado de Minas Gerais, na peça de folha 242 a 250, insiste no
processamento do extraordinário e na configuração de ofensa aos artigos
5º e 37 da Constituição da República. Ressalta que a debilidade física
demonstrada pelo agravado consistiu em fraqueza decorrente do fato de
ter ficado exposto à forte chuva e sem alimentação enquanto aguardava a
realização dos testes.
A parte agravada, apesar de intimada, não apresentou contraminuta
(certidão de folha 253).
É o relatório.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3195207.
Supremo Tribunal Federal
AI 606.686 AGR / MG
4. Publiquem.
O Estado de Minas Gerais, na peça de folha 242 a 250, insiste no
processamento do extraordinário e na configuração de ofensa aos artigos
5º e 37 da Constituição da República. Ressalta que a debilidade física
demonstrada pelo agravado consistiu em fraqueza decorrente do fato de
ter ficado exposto à forte chuva e sem alimentação enquanto aguardava a
realização dos testes.
A parte agravada, apesar de intimada, não apresentou contraminuta
(certidão de folha 253).
É o relatório.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 606.686 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por procuradora do Estado, foi
protocolada no prazo legal. Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça
manteve o entendimento consignado na sentença e assentou a
irrazoabilidade de, em prova de aptidão física, desclassificar-se candidato
a ingresso no Curso Técnico em Segurança Pública da Polícia Militar do
Estado de Minas Gerais, comprovadamente impossibilitado, por motivo
de saúde, de realizar teste de aptidão física no dia em que designado.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
Em síntese, o que decidido na origem está em consonância com o
Diploma Maior, não subsistindo a alegada ofensa aos princípios da
isonomia e da impessoalidade. Em momento algum, aboliu-se a etapa
revelada pelo teste físico, tendo-se apenas projetado a data marcada para
tanto.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3195208.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 606.686 MINAS GERAIS
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Na
interposição deste agravo, observaram-se os pressupostos de
recorribilidade. A peça, subscrita por procuradora do Estado, foi
protocolada no prazo legal. Conheço.
Atentem para o que decidido na origem. O Tribunal de Justiça
manteve o entendimento consignado na sentença e assentou a
irrazoabilidade de, em prova de aptidão física, desclassificar-se candidato
a ingresso no Curso Técnico em Segurança Pública da Polícia Militar do
Estado de Minas Gerais, comprovadamente impossibilitado, por motivo
de saúde, de realizar teste de aptidão física no dia em que designado.
Em sede excepcional, atua-se à luz da moldura fática delineada
soberanamente pelo Colegiado de origem, considerando-se as premissas
constantes do pronunciamento impugnado. A jurisprudência
sedimentada é pacífica a respeito, devendo-se ter presente o Verbete nº
279 da Súmula deste Tribunal:
Para simples reexame de prova não cabe recurso
extraordinário.
Em síntese, o que decidido na origem está em consonância com o
Diploma Maior, não subsistindo a alegada ofensa aos princípios da
isonomia e da impessoalidade. Em momento algum, aboliu-se a etapa
revelada pelo teste físico, tendo-se apenas projetado a data marcada para
tanto.
Este recurso ganha contornos protelatórios. Valho-me de trecho do
artigo “O Judiciário e a Litigância de Má-fé”, por mim outrora publicado:
Observa-se, portanto, a existência de instrumental hábil a
inibir-se manobras processuais procrastinatórias. Atento à
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
AI 606.686 AGR / MG
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da
parte agravada.
2
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3195208.
Supremo Tribunal Federal
AI 606.686 AGR / MG
sinalização de derrocada do Judiciário, sufocado por número de
processos estranho à ordem natural das coisas, o Legislador
normatizou. Agora, em verdadeira resistência democrática ao
que vem acontecendo, compete ao Estado-juiz atuar com
desassombro, sob pena de tornar-se o responsável pela falência
do Judiciário. Cumpre-lhe, sem extravasamento, sem
menosprezo ao dever de preservar o direito de defesa das
partes, examinar, caso a caso, os recursos enquadráveis como
meramente protelatórios, restabelecendo a boa ordem
processual. Assim procedendo, honrará a responsabilidade
decorrente do ofício, alfim, a própria toga.
Ante o quadro, desprovejo o regimental. Imponho ao agravante, nos
termos do artigo 557, § 2º, do Código de Processo Civil, a multa de 5%
sobre o valor da causa devidamente corrigido, a reverter em benefício da
parte agravada.
2
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 606.686
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
AGDO.(A/S) : ANDERSON ALDERICO TELES LOPES
ADV.(A/S) : FELISBERTO EGG DE RESENDE
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076487
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 606.686
PROCED. : MINAS GERAIS
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
AGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
AGDO.(A/S) : ANDERSON ALDERICO TELES LOPES
ADV.(A/S) : FELISBERTO EGG DE RESENDE
Decisão: A Turma negou provimento ao agravo regimental, com
imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076487
Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 6
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3215524 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-18T00:00:00 | A Turma negou provimento ao agravo regimental, com imposição de multa, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | RECURSO EXTRAORDINÁRIO – MATÉRIA FÁTICA E LEGAL. O recurso extraordinário não é meio próprio ao revolvimento da prova, também não servindo à interpretação de normas estritamente legais.
AGRAVO – ARTIGO 557, § 2º, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – MULTA. Se o agravo é manifestamente infundado, impõe-se a aplicação da multa prevista no § 2º do artigo 557 do Código de Processo Civil, arcando a parte com o ônus decorrente da litigância de má-fé. | sjur221946 | Número de páginas: 6.
Análise: 04/01/2013, LLD. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 606686 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00557 PAR-00002 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF"
] | AI-AgR | acordaos | AI 606686 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : ESTADO DE MINAS GERAIS
ADV.(A/S) : ADVOGADO-GERAL DO ESTADO DE MINAS GERAIS
AGDO.(A/S) : ANDERSON ALDERICO TELES LOPES
ADV.(A/S) : FELISBERTO EGG DE RESENDE | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 606 . 686",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 606 . 686",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 606 . 686",
"AI 606 . 686 AGR",
"AI 606 . 686 AGR",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 606 . 686",
"AI 606 . 686",
"AI 606 . 686 AGR /",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 606 . 686",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 606 . 686"
],
"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 557 , § [UNK] , DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"§ [UNK] do artigo 557 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"artigo 37 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 544 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"artigo 37 da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] e 37 da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigos [UNK] e 37 da Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Diploma",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 557 , § [UNK] , do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Brasília",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"Estado de Minas Gerais",
"Estado de Minas Gerais",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS",
"ESTADO DE MINAS GERAIS"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça",
"Polícia Militar do Estado de Minas Gerais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Tribunal de Justiça",
"Polícia Militar do Estado de Minas Gerais",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"MG",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"ANDERSON ALDERICO TELES LOPES",
"FELISBERTO EGG DE RESENDE",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ANDERSON ALDERICO TELES LOPES",
"FELISBERTO EGG DE RESENDE",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ANDERSON ALDERICO TELES LOPES",
"FELISBERTO EGG DE RESENDE",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"ANDERSON ALDERICO TELES LOPES",
"FELISBERTO EGG DE RESENDE",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"ANDERSON ALDERICO TELES LOPES",
"FELISBERTO EGG DE RESENDE",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
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"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"18",
"/",
"12",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
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"2012",
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"08",
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"2001",
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".",
"10",
".",
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".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.558 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FRANCISCO FREIRE
IMPTE.(S)
:LUIS HENRIQUE BARBANTE FRANZE
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
HABEAS CORPUS – PERDA DE OBJETO – PREJUÍZO. Uma vez
decorrido o período alusivo ao cerceio à liberdade de ir e vir, fica
prejudicado o habeas corpus. Isso ocorre quando, no tocante à prisão
relativa a alimentos, já foi implementado o prazo de trinta dias assinado
para o fenômeno.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em julgar prejudicada a
ordem de habeas corpus, nos termos do voto do relator e por unanimidade,
em sessão presidida pelo Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata
do julgamento e das respectivas notas taquigráficas.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
MINISTRO MARCO AURÉLIO – RELATOR
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134216.
Supremo Tribunal Federal
DJe 29/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 8
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.558 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FRANCISCO FREIRE
IMPTE.(S)
:LUIS HENRIQUE BARBANTE FRANZE
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
PRISÃO CIVIL – DIVERSIDADE DE
TÍTULOS – PENDÊNCIA DE HABEAS
CORPUS NO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA – LIMINAR INDEFERIDA –
AUDIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
Vossa Excelência formalizou o seguinte
despacho:
HABEAS CORPUS
–
OBJETO –
PERSISTÊNCIA – ELUCIDAÇÃO.
1. Em jogo faz-se prisão civil
implementada em 24 de fevereiro de 2011 e
delimitada no tempo pelo prazo de trinta dias.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134217.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.558 SÃO PAULO
RELATOR
: MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S)
:FRANCISCO FREIRE
IMPTE.(S)
:LUIS HENRIQUE BARBANTE FRANZE
COATOR(A/S)(ES)
:SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO – Adoto, a título de
relatório, as informações prestadas pelo Gabinete:
Na decisão que implicou o indeferimento da liminar, a
espécie ficou assim resumida:
PRISÃO CIVIL – DIVERSIDADE DE
TÍTULOS – PENDÊNCIA DE HABEAS
CORPUS NO SUPERIOR TRIBUNAL DE
JUSTIÇA – LIMINAR INDEFERIDA –
AUDIÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO.
1. A Assessoria prestou as seguintes informações:
Vossa Excelência formalizou o seguinte
despacho:
HABEAS CORPUS
–
OBJETO –
PERSISTÊNCIA – ELUCIDAÇÃO.
1. Em jogo faz-se prisão civil
implementada em 24 de fevereiro de 2011 e
delimitada no tempo pelo prazo de trinta dias.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Relatório
HC 107.558 / SP
2. Solicitem informações ao Superior
Tribunal de Justiça sobre o estágio do Habeas
Corpus nº 198.146.
3. Diga o impetrante sobre a persistência
do interesse no julgamento deste habeas, tendo
em conta o transcurso do lapso temporal
estabelecido na decisão que resultou na prisão
civil bem como a supreveniência de novo título
judicial, que implicou a conversão em prisão
domiciliar.
4. Publiquem.
Brasília, 31 de março de 2011.
O impetrante, por meio de petição eletrônica,
afirma que a prática de ato ilegal, consistente na
determinação de prisão civil, está prestes a ocorrer
outra vez, pois o paciente teria sido citado para
efetuar pagamento de verba alimentar, constando do
mandado a cláusula “sob pena de prisão”. A
determinação veio à balha em ação de execução de
alimentos provisionais formalizada em 14 de abril de
2011 – data posterior à impetração.
Requer a concessão de liminar, ante a
possibilidade concreta de ser implementada a prisão.
Não há pedido relacionado ao provimento de mérito.
2. Considerada a dinâmica e a organicidade do
Direito, diga o impetrante sobre o descompasso
aventado, ou seja, o fato de haver impugnação a ato
que se mostrou posterior, até mesmo, à impetração.
3. Publiquem.
2
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Supremo Tribunal Federal
HC 107.558 / SP
2. Solicitem informações ao Superior
Tribunal de Justiça sobre o estágio do Habeas
Corpus nº 198.146.
3. Diga o impetrante sobre a persistência
do interesse no julgamento deste habeas, tendo
em conta o transcurso do lapso temporal
estabelecido na decisão que resultou na prisão
civil bem como a supreveniência de novo título
judicial, que implicou a conversão em prisão
domiciliar.
4. Publiquem.
Brasília, 31 de março de 2011.
O impetrante, por meio de petição eletrônica,
afirma que a prática de ato ilegal, consistente na
determinação de prisão civil, está prestes a ocorrer
outra vez, pois o paciente teria sido citado para
efetuar pagamento de verba alimentar, constando do
mandado a cláusula “sob pena de prisão”. A
determinação veio à balha em ação de execução de
alimentos provisionais formalizada em 14 de abril de
2011 – data posterior à impetração.
Requer a concessão de liminar, ante a
possibilidade concreta de ser implementada a prisão.
Não há pedido relacionado ao provimento de mérito.
2. Considerada a dinâmica e a organicidade do
Direito, diga o impetrante sobre o descompasso
aventado, ou seja, o fato de haver impugnação a ato
que se mostrou posterior, até mesmo, à impetração.
3. Publiquem.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 8
Relatório
HC 107.558 / SP
Brasília – residência –, 28 de julho de 2011, às
15h.
Os impetrantes, por meio de petição remetida
eletronicamente, argumentam que, de fato, a nova ordem
de custódia derivou de nova ação de execução. No
entanto, o título executivo seria o mesmo, o que decidido
por sentença no processo de divórcio. Segundo afirmam, a
única diferença é a circunstância de a nova ordem de
prisão estar relacionada a parcela vencida durante a
pendência do habeas corpus. Ressaltam que os alimentos
estabelecidos na sentença de divórcio são prestações de
trato sucessivo. Desse modo, afirmam persistir o interesse
no julgamento desta impetração, não podendo o paciente
ser prejudicado pela demora natural do processo.
Pedem a apreciação do pedido formulado na inicial,
com a concessão da ordem em favor do paciente.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal, nesta data,
revelou estar pendente de exame o Habeas Corpus nº
198.146.
2. Verifica-se a sucessividade de títulos no sentido do
implemento da prisão civil. Essa circunstância é suficiente,
por si só, ao indeferimento da liminar.
3. Colham o parecer da Procuradoria Geral da
República.
4. Publiquem.
Brasília – residência –, 12 de agosto de 2011, às 9h30.
A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma que
3
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Supremo Tribunal Federal
HC 107.558 / SP
Brasília – residência –, 28 de julho de 2011, às
15h.
Os impetrantes, por meio de petição remetida
eletronicamente, argumentam que, de fato, a nova ordem
de custódia derivou de nova ação de execução. No
entanto, o título executivo seria o mesmo, o que decidido
por sentença no processo de divórcio. Segundo afirmam, a
única diferença é a circunstância de a nova ordem de
prisão estar relacionada a parcela vencida durante a
pendência do habeas corpus. Ressaltam que os alimentos
estabelecidos na sentença de divórcio são prestações de
trato sucessivo. Desse modo, afirmam persistir o interesse
no julgamento desta impetração, não podendo o paciente
ser prejudicado pela demora natural do processo.
Pedem a apreciação do pedido formulado na inicial,
com a concessão da ordem em favor do paciente.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal, nesta data,
revelou estar pendente de exame o Habeas Corpus nº
198.146.
2. Verifica-se a sucessividade de títulos no sentido do
implemento da prisão civil. Essa circunstância é suficiente,
por si só, ao indeferimento da liminar.
3. Colham o parecer da Procuradoria Geral da
República.
4. Publiquem.
Brasília – residência –, 12 de agosto de 2011, às 9h30.
A Procuradoria Geral da República, no parecer, afirma que
3
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 8
Relatório
HC 107.558 / SP
o conhecimento do habeas encontra óbice no Verbete nº 691 da
Súmula do Supremo, considerada a inexistência de decisão
definitiva do Superior Tribunal de Justiça no Habeas Corpus nº
198.146/SP e a circunstância de o ato atacado mediante esta
impetração estar sendo impugnado por meio de agravo
regimental pendente de julgamento naquele Tribunal.
No mérito, sustenta ser autorizada pela Constituição
Federal a prisão civil do devedor de alimentos, que consistiria
em meio coercitivo legítimo para compelir o responsável pela
dívida ao cumprimento da obrigação, caso ocorra
inadimplemento voluntário e inescusável. Diz da
impossibilidade de indagar-se, na via do habeas corpus, sobre a
natureza da dívida do paciente, se alimentar ou indenizatória.
Aponta que o período de prisão imposto foi integralmente
cumprido, tendo sido determinada a conversão da custódia em
prisão domiciliar e o prosseguimento da execução pelo rito
previsto no artigo 732 do Código de Processo Civil (execução
por quantia certa), não havendo risco à liberdade de locomoção
do paciente. Opina pelo não conhecimento e, no mérito, pelo
indeferimento da ordem.
Contra a decisão mediante a qual indeferida a liminar, o
paciente interpôs agravo regimental no qual alega a existência
de apenas um título a fundamentar as sucessivas ordens de
prisão – a sentença proferida na ação de divórcio, que
determinou a partilha do patrimônio do casal e estabeleceu os
alimentos devidos. Sustenta constituírem os alimentos
prestações de trato sucessivo e ressalta a possibilidade de
examinar-se, no habeas pendente de julgamento, eventuais
prisões decorrentes de parcelas vencidas e não adimplidas no
curso processual, sem cogitar-se de supressão de instância ou
perda de interesse. Assevera estar sendo executado por meio de
rito processual inadequado, pois apenas da execução de
alimentos poderia advir ordem de prisão, enquanto, na espécie,
a custódia teria sido determinada em razão da sentença atinente
4
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Supremo Tribunal Federal
HC 107.558 / SP
o conhecimento do habeas encontra óbice no Verbete nº 691 da
Súmula do Supremo, considerada a inexistência de decisão
definitiva do Superior Tribunal de Justiça no Habeas Corpus nº
198.146/SP e a circunstância de o ato atacado mediante esta
impetração estar sendo impugnado por meio de agravo
regimental pendente de julgamento naquele Tribunal.
No mérito, sustenta ser autorizada pela Constituição
Federal a prisão civil do devedor de alimentos, que consistiria
em meio coercitivo legítimo para compelir o responsável pela
dívida ao cumprimento da obrigação, caso ocorra
inadimplemento voluntário e inescusável. Diz da
impossibilidade de indagar-se, na via do habeas corpus, sobre a
natureza da dívida do paciente, se alimentar ou indenizatória.
Aponta que o período de prisão imposto foi integralmente
cumprido, tendo sido determinada a conversão da custódia em
prisão domiciliar e o prosseguimento da execução pelo rito
previsto no artigo 732 do Código de Processo Civil (execução
por quantia certa), não havendo risco à liberdade de locomoção
do paciente. Opina pelo não conhecimento e, no mérito, pelo
indeferimento da ordem.
Contra a decisão mediante a qual indeferida a liminar, o
paciente interpôs agravo regimental no qual alega a existência
de apenas um título a fundamentar as sucessivas ordens de
prisão – a sentença proferida na ação de divórcio, que
determinou a partilha do patrimônio do casal e estabeleceu os
alimentos devidos. Sustenta constituírem os alimentos
prestações de trato sucessivo e ressalta a possibilidade de
examinar-se, no habeas pendente de julgamento, eventuais
prisões decorrentes de parcelas vencidas e não adimplidas no
curso processual, sem cogitar-se de supressão de instância ou
perda de interesse. Assevera estar sendo executado por meio de
rito processual inadequado, pois apenas da execução de
alimentos poderia advir ordem de prisão, enquanto, na espécie,
a custódia teria sido determinada em razão da sentença atinente
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 8
Relatório
HC 107.558 / SP
à partilha dos bens. Pede o provimento do recurso e o
deferimento da ordem.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça revelou a
superveniência do julgamento do Agravo Regimental no
Agravo Regimental no Habeas Corpus nº 198.146/SP, quando a
Quarta Turma manteve a prejudicialidade assentada
monocraticamente pelo relator.
Lancei visto no processo em 13 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 23 seguinte, isso objetivando a ciência do
impetrante.
É o relatório.
5
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134217.
Supremo Tribunal Federal
HC 107.558 / SP
à partilha dos bens. Pede o provimento do recurso e o
deferimento da ordem.
Consulta ao sítio do Superior Tribunal de Justiça revelou a
superveniência do julgamento do Agravo Regimental no
Agravo Regimental no Habeas Corpus nº 198.146/SP, quando a
Quarta Turma manteve a prejudicialidade assentada
monocraticamente pelo relator.
Lancei visto no processo em 13 de outubro de 2012, liberando-o para
ser julgado na Turma a partir de 23 seguinte, isso objetivando a ciência do
impetrante.
É o relatório.
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 8
Voto - MIN. MARCO AURÉLIO
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.558 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Está
prejudicada a impetração no que a ordem de prisão se fez ao mundo
jurídico por trinta dias, já tendo sido suplantado esse período. Descabe,
na espécie, evocar execução de alimentos posterior para, a partir de outra
ordem, tomar-se de empréstimo este habeas corpus. Declaro o prejuízo do
pedido formalizado.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134218.
Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
HABEAS CORPUS 107.558 SÃO PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO MARCO AURÉLIO (RELATOR) – Está
prejudicada a impetração no que a ordem de prisão se fez ao mundo
jurídico por trinta dias, já tendo sido suplantado esse período. Descabe,
na espécie, evocar execução de alimentos posterior para, a partir de outra
ordem, tomar-se de empréstimo este habeas corpus. Declaro o prejuízo do
pedido formalizado.
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3134218.
Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 8
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 107.558
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : FRANCISCO FREIRE
IMPTE.(S) : LUIS HENRIQUE BARBANTE FRANZE
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus,
nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076429
Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
HABEAS CORPUS 107.558
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. MARCO AURÉLIO
PACTE.(S) : FRANCISCO FREIRE
IMPTE.(S) : LUIS HENRIQUE BARBANTE FRANZE
COATOR(A/S)(ES) : SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
Decisão: A Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus,
nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor
Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3076429
Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 8
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3139877 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-29T00:00:00 | A Turma julgou prejudicada a ordem de habeas corpus, nos termos do voto do Relator. Unânime. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | HABEAS CORPUS | HABEAS CORPUS – PERDA DE OBJETO – PREJUÍZO. Uma vez decorrido o período alusivo ao cerceio à liberdade de ir e vir, fica prejudicado o habeas corpus. Isso ocorre quando, no tocante à prisão relativa a alimentos, já foi implementado o prazo de trinta dias assinado para o fenômeno. | sjur220081 | Número de páginas: 8.
Análise: 06/12/2012, MJC. | MARCO AURÉLIO | Primeira Turma | 107558 | null | HC | acordaos | HC 107558 | [
""
] | PACTE.(S) : FRANCISCO FREIRE
IMPTE.(S) : LUIS HENRIQUE BARBANTE FRANZE
COATOR(A/S)(ES) : RELATOR DO HABEAS CORPUS Nº 198146 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"HABEAS CORPUS 107 . 558",
"HABEAS CORPUS 107 . 558",
"HABEAS CORPUS 107 . 558 SÃO",
"HC 107 . 558 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 198 . 146 .",
"HC 107 . 558 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 198 . 146 .",
"HC 107 . 558 / SP",
"HC 107 . 558 / SP",
"Habeas Corpus [UNK] 198 . 146 .",
"HC 107 . 558 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"Habeas Corpus [UNK] 198 . 146 / SP",
"HC 107 . 558 / SP",
"Verbete [UNK] 691 da Súmula do Supremo",
"Habeas Corpus [UNK] 198 . 146 / SP",
"HC 107 . 558 / SP",
"Agravo Regimental no Habeas Corpus [UNK] 198 . 146 / SP",
"HC 107 . 558 / SP",
"Agravo Regimental no Habeas Corpus [UNK] 198 . 146 / SP",
"HABEAS CORPUS 107 . 558",
"HABEAS CORPUS 107 . 558",
"HABEAS CORPUS 107 . 558",
"HABEAS CORPUS 107 . 558"
],
"LEGISLACAO": [
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"artigo 732 do Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição Federal",
"artigo 732 do",
"Código de Processo Civil",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"Brasília",
"Brasília",
"Brasília",
"Brasília",
"Brasília",
"Brasília – residência",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO"
],
"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"Primeira Turma",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"MINISTÉRIO PÚBLICO",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Procuradoria Geral da República",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal",
"Procuradoria Geral da República",
"Procuradoria Geral da República",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Quarta Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Superior Tribunal de Justiça",
"Quarta Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"PRIMEIRA TURMA",
"SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA",
"[UNK] Turma",
"Primeira",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO FREIRE",
"LUIS HENRIQUE BARBANTE FRANZE",
"Dias Toffoli",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO FREIRE",
"LUIS HENRIQUE BARBANTE FRANZE",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO FREIRE",
"LUIS HENRIQUE BARBANTE FRANZE",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO FREIRE",
"LUIS HENRIQUE BARBANTE FRANZE",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza",
"MARCO AURÉLIO",
"FRANCISCO FREIRE",
"LUIS HENRIQUE BARBANTE FRANZE",
"Dias Toffoli",
"Dias Toffoli",
"Marco Aurélio",
"Luiz Fux",
"Rosa Weber",
"Edson Oliveira de Almeida",
"Carmen Lilian Oliveira de Souza"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"29",
"/",
"11",
"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24 de fevereiro de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24 de fevereiro de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31 de março de 2011",
"14 de abril de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31 de março de 2011",
"14 de abril de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de julho de 2011",
"12 de agosto de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"28 de julho de 2011",
"12 de agosto de 2011",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de outubro de 2012",
"23",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"13 de outubro de 2012",
"23",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.963 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:VALNEI DAL BEM E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:MARIA ANELISE DHEIN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:MARIANA MARTINS E OUTRO(A/S)
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONVERTIDOS EM
AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSO CIVIL. LIMITAÇÃO DOS
JUROS REMUNERATÓRIOS EM 12% AO ANO. RECURSO
ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. PREJUÍZO DO AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO. ARTIGO
512 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
1. Os embargos de declaração opostos objetivando reforma da
decisão do relator, com caráter infringente, deve ser convertidos em
agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da
fungibilidade . Precedentes: Pet 4.837-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno,
DJ de 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, DJ de
7.4.2011; AI 547.827-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJ de 9.3.2011;
RE nº 546.525-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 5.4.2011).
2. In casu, o Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso
especial, atendendo integralmente a pretensão recursal do ora agravante,
o que acarreta a prejudicialidade do recurso extraordinário. Precedentes:
RE nº 527.546-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, Dje de
19.12.2008; RE nº 593.845-AgR, Rel. Min. Eros Grau. 2ª Turma, Dje de
27.3.2009.
3. Agravo regimental a que se nega provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os Ministros da
Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, sob a Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli, na conformidade da ata de julgamento e das
notas taquigráficas, por maioria de votos, em converter os embargos de
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documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/ sob o número 3173346.
Supremo Tribunal Federal
DJe 12/12/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Ementa e Acórdão
AI 789.963 ED / RS
declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro
Marco Aurélio, e, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
Documento assinado digitalmente
2
Supremo Tribunal Federal
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
AI 789.963 ED / RS
declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro
Marco Aurélio, e, por unanimidade de votos, em negar provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
LUIZ FUX – Relator
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 2 de 9
Relatório
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.963 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:VALNEI DAL BEM E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:MARIA ANELISE DHEIN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:MARIANA MARTINS E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de
declaração opostos contra decisão monocrática que prolatei (fls. 352/354),
assim ementada, verbis
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CIVIL E PROCESSUAL
CIVIL. REVISÃO DE CONTRATO BANCÁRIO. RECURSO
ESPECIAL PROVIDO. AGRAVO PREJUDICIADO .
Inconformado com a decisão supra, o agravante interpõe o recurso
de fls. 357/359 alegando em síntese que foram utilizados dois
fundamentos autônomos para limitação dos juros, um constitucional e
outro infraconstitucional, afirmando que.
“Quanto ao argumento constitucional, entendeu o acórdão
a quo que a não limitação dos juros não pode ser aplicada, pois
como decurso do prazo de prorrogação do art. 25 do ADCT,
estaria vedada a delegação legislativa para disciplina dos
encargos financeiros praticados pelas instituições financeiras
por força dos art. 48, XIII e 61 da Constituição.
Ocorre que ao julgar o Recurso Especial, o STJ apenas
afirmou “que o fato de as taxas de juros excederam o limite de
12% ao ano, por si só, não implica abusividade; impõe-se sua
redução, tão somente, quando comprovado que discrepantes
em relação à taxa de mercado, após vencida a obrigação”.
Ora, é certo que o Tribunal infraconstitucional tratou
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.963 RIO GRANDE DO SUL
RELATOR
: MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S)
:BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S)
:VALNEI DAL BEM E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S)
:MARIA ANELISE DHEIN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S)
:MARIANA MARTINS E OUTRO(A/S)
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Trata-se de embargos de
declaração opostos contra decisão monocrática que prolatei (fls. 352/354),
assim ementada, verbis
AGRAVO DE INSTRUMENTO. CIVIL E PROCESSUAL
CIVIL. REVISÃO DE CONTRATO BANCÁRIO. RECURSO
ESPECIAL PROVIDO. AGRAVO PREJUDICIADO .
Inconformado com a decisão supra, o agravante interpõe o recurso
de fls. 357/359 alegando em síntese que foram utilizados dois
fundamentos autônomos para limitação dos juros, um constitucional e
outro infraconstitucional, afirmando que.
“Quanto ao argumento constitucional, entendeu o acórdão
a quo que a não limitação dos juros não pode ser aplicada, pois
como decurso do prazo de prorrogação do art. 25 do ADCT,
estaria vedada a delegação legislativa para disciplina dos
encargos financeiros praticados pelas instituições financeiras
por força dos art. 48, XIII e 61 da Constituição.
Ocorre que ao julgar o Recurso Especial, o STJ apenas
afirmou “que o fato de as taxas de juros excederam o limite de
12% ao ano, por si só, não implica abusividade; impõe-se sua
redução, tão somente, quando comprovado que discrepantes
em relação à taxa de mercado, após vencida a obrigação”.
Ora, é certo que o Tribunal infraconstitucional tratou
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 3 de 9
Relatório
AI 789.963 ED / RS
apenas da ofensa às normas infraconstitucionais, reformando a
decisão no tocante aos fundamentos dessa natureza,
remanescendo, contudo, os fundamentos da decisão contidos
no acórdão e que tem natureza constitucional, cuja reforma é de
competência exclusiva do STF.
Em vista do exposto, a decisão restou obscura ao concluir
que o recurso estaria prejudicado com o trânsito em julgado da
decisão que reformou o acórdão, proferida pelo STJ, vez que
remanesce a necessidade de reforma do acórdão a quo quanto às
ofensas constitucionais.
Além da contradição acima, a decisão ainda é omissa
quanto a essa alegada ofensa constitucional, contida no acórdão
do Tribunal Estadual e que concluiu que os juros também
devem ser limitados a 12% ao ano em virtude a aplicação do
art. 48 e 61 da Constituição”.
Requer o acolhimento e provimento dos presentes embargos de
declaração.
É o relatório.
2
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AI 789.963 ED / RS
apenas da ofensa às normas infraconstitucionais, reformando a
decisão no tocante aos fundamentos dessa natureza,
remanescendo, contudo, os fundamentos da decisão contidos
no acórdão e que tem natureza constitucional, cuja reforma é de
competência exclusiva do STF.
Em vista do exposto, a decisão restou obscura ao concluir
que o recurso estaria prejudicado com o trânsito em julgado da
decisão que reformou o acórdão, proferida pelo STJ, vez que
remanesce a necessidade de reforma do acórdão a quo quanto às
ofensas constitucionais.
Além da contradição acima, a decisão ainda é omissa
quanto a essa alegada ofensa constitucional, contida no acórdão
do Tribunal Estadual e que concluiu que os juros também
devem ser limitados a 12% ao ano em virtude a aplicação do
art. 48 e 61 da Constituição”.
Requer o acolhimento e provimento dos presentes embargos de
declaração.
É o relatório.
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 4 de 9
Voto - MIN. LUIZ FUX
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.963 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Prima facie, o Supremo Tribunal Federal tem conhecido dos
embargos de declaração opostos objetivando reforma da decisão do
relator, com caráter infringente, como agravo regimental, que é o recurso
cabível, por força do princípio da fungibilidade. Nesse sentido, colaciono
os seguintes julgados, in verbis:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA PETIÇÃO.
CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. O CONTROLE
ABSTRATO DE LEI OU DE ATO NORMATIVO DO PODER
PÚBLICO NÃO PODE SER O OBJETO PRINCIPAL DA AÇÃO
ORIGINÁRIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
(Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno,
DJ 14.3.2011)
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA RECLAMAÇÃO.
CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE
DESCUMPRIMENTO DO QUE DECIDIDO NAS AÇÕES
DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 1.717/DF,
3.026/DF E 2.135-MC/DF. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO.
1. Inexistência de identidade material entre as decisões
reclamadas e os julgados tidos como paradigma.
2. Impossibilidade de utilização da reclamação como
sucedâneo de recurso.
(Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal
Pleno, DJ 7.4.2011)
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
30/10/2012
PRIMEIRA TURMA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.963 RIO GRANDE DO SUL
V O T O
O SENHOR MINISTRO LUIZ FUX (RELATOR): Não assiste razão ao
agravante.
Prima facie, o Supremo Tribunal Federal tem conhecido dos
embargos de declaração opostos objetivando reforma da decisão do
relator, com caráter infringente, como agravo regimental, que é o recurso
cabível, por força do princípio da fungibilidade. Nesse sentido, colaciono
os seguintes julgados, in verbis:
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA PETIÇÃO.
CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. O CONTROLE
ABSTRATO DE LEI OU DE ATO NORMATIVO DO PODER
PÚBLICO NÃO PODE SER O OBJETO PRINCIPAL DA AÇÃO
ORIGINÁRIA. PRECEDENTES. AGRAVO REGIMENTAL AO
QUAL SE NEGA PROVIMENTO.
(Pet 4.837-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno,
DJ 14.3.2011)
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NA RECLAMAÇÃO.
CONVERSÃO EM AGRAVO REGIMENTAL. ALEGAÇÃO DE
DESCUMPRIMENTO DO QUE DECIDIDO NAS AÇÕES
DIRETAS DE INCONSTITUCIONALIDADE N. 1.717/DF,
3.026/DF E 2.135-MC/DF. AGRAVO REGIMENTAL AO QUAL
SE NEGA PROVIMENTO.
1. Inexistência de identidade material entre as decisões
reclamadas e os julgados tidos como paradigma.
2. Impossibilidade de utilização da reclamação como
sucedâneo de recurso.
(Rcl 11.022-ED, rel. Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal
Pleno, DJ 7.4.2011)
Supremo Tribunal Federal
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 5 de 9
Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 789.963 ED / RS
Embargos de declaração em agravo de instrumento.
Conversão em agravo regimental, conforme pacífica orientação
da Corte. Proventos de aposentadoria. Recálculo efetuado, com
supressão de gratificação incorporada. Legalidade.
1. A decisão ora atacada reflete a pacífica jurisprudência
desta Corte a respeito do tema, que reconhece a possibilidade
de a administração pública rever atos eivados de vícios que os
tornem ilegais.
2. Princípio da segurança jurídica que não se reveste de
caráter absoluto, devendo ceder passo em face de ilegalidades,
notadamente no âmbito da administração pública.
3. Embargos de declaração recebidos como agravo
regimental, ao qual é negado provimento.
(AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ
9.3.2011)
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
PREJUDICADO. SUBSTITUIÇÃO DO ACÓRDÃO DO TRF
PELO DO STJ.
1. Embargos de declaração recebidos como agravo
regimental, consoante iterativa jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal.
2. O acórdão do Superior Tribunal de Justiça substituiu o
acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal, nos termos
do art. 512 do CPC.
3. O recurso extraordinário, interposto do acórdão do TRF,
no caso, está prejudicado pela perda superveniente de seu
objeto, em decorrência do provimento do recurso especial da
ora agravante.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
(RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ
5.4.2011)
2
Supremo Tribunal Federal
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Supremo Tribunal Federal
AI 789.963 ED / RS
Embargos de declaração em agravo de instrumento.
Conversão em agravo regimental, conforme pacífica orientação
da Corte. Proventos de aposentadoria. Recálculo efetuado, com
supressão de gratificação incorporada. Legalidade.
1. A decisão ora atacada reflete a pacífica jurisprudência
desta Corte a respeito do tema, que reconhece a possibilidade
de a administração pública rever atos eivados de vícios que os
tornem ilegais.
2. Princípio da segurança jurídica que não se reveste de
caráter absoluto, devendo ceder passo em face de ilegalidades,
notadamente no âmbito da administração pública.
3. Embargos de declaração recebidos como agravo
regimental, ao qual é negado provimento.
(AI 547.827-ED, rel. Min. DIAS TOFFOLI, 1ª Turma, DJ
9.3.2011)
PROCESSO CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. CONVERSÃO EM AGRAVO
REGIMENTAL.
RECURSO
EXTRAORDINÁRIO
PREJUDICADO. SUBSTITUIÇÃO DO ACÓRDÃO DO TRF
PELO DO STJ.
1. Embargos de declaração recebidos como agravo
regimental, consoante iterativa jurisprudência do Supremo
Tribunal Federal.
2. O acórdão do Superior Tribunal de Justiça substituiu o
acórdão proferido pelo Tribunal Regional Federal, nos termos
do art. 512 do CPC.
3. O recurso extraordinário, interposto do acórdão do TRF,
no caso, está prejudicado pela perda superveniente de seu
objeto, em decorrência do provimento do recurso especial da
ora agravante.
4. Agravo regimental a que se nega provimento.
(RE 546.525-ED, rel. Min. ELLEN GRACIE, 2ª Turma, DJ
5.4.2011)
2
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 6 de 9
Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 789.963 ED / RS
Destarte, conheço dos embargos de declaração como agravo
regimental e passo a apreciá-lo.
Como assentado na decisão agravada, o Superior Tribunal de Justiça
deu provimento ao Recurso Especial interposto simultaneamente ao
recurso extraordinário não admitido, para afastar a limitação dos juros
remuneratórios.
Essa decisão substituiu o acórdão recorrido, desconstituindo-o,
conforme o artigo 512 do Código de Processo Civil.
Uma vez atendida a pretensão recursal pretendida pelo ora
recorrente no julgamento do RESP Nº 971.408-AgR, Relator o Ministro
Paulo de Tarso Sanseverino, Dje de 01.12.2010, pelo Superior Tribunal de
Justiça, deve ser evidenciado o prejuízo do recurso com o mesmo objeto.
No mesmo sentido:
EMENTA: CONSTITUCIONAL. LIMITAÇÃO DE JUROS
(ART. 192, § 3º, DA CF, REDAÇÃO ANTERIOR À EC 40/2003).
RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO. I – O provimento do
recurso especial interposto pela instituição financeira para
afastar a limitação dos juros remuneratórios prejudica o recurso
extraordinário por ela interposto com o mesmo propósito . II –
Agravo Regimental improvido”.
(RE nº 527546-AgR, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, Primeira Turma, Dje de 19.12.2008).
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO
ESPECIAL. LIMITAÇÃO DOS JUROS. PREJUDICIALIDADE
DO EXTRAORDINÁRIO POR PERDA DO OBJETO. O recurso
especial foi parcialmente provido para afastar a limitação da
taxa de juros remuneratórios. Prejudicado o recurso
3
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AI 789.963 ED / RS
Destarte, conheço dos embargos de declaração como agravo
regimental e passo a apreciá-lo.
Como assentado na decisão agravada, o Superior Tribunal de Justiça
deu provimento ao Recurso Especial interposto simultaneamente ao
recurso extraordinário não admitido, para afastar a limitação dos juros
remuneratórios.
Essa decisão substituiu o acórdão recorrido, desconstituindo-o,
conforme o artigo 512 do Código de Processo Civil.
Uma vez atendida a pretensão recursal pretendida pelo ora
recorrente no julgamento do RESP Nº 971.408-AgR, Relator o Ministro
Paulo de Tarso Sanseverino, Dje de 01.12.2010, pelo Superior Tribunal de
Justiça, deve ser evidenciado o prejuízo do recurso com o mesmo objeto.
No mesmo sentido:
EMENTA: CONSTITUCIONAL. LIMITAÇÃO DE JUROS
(ART. 192, § 3º, DA CF, REDAÇÃO ANTERIOR À EC 40/2003).
RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO
EXTRAORDINÁRIO PREJUDICADO. I – O provimento do
recurso especial interposto pela instituição financeira para
afastar a limitação dos juros remuneratórios prejudica o recurso
extraordinário por ela interposto com o mesmo propósito . II –
Agravo Regimental improvido”.
(RE nº 527546-AgR, Relator o Ministro Ricardo
Lewandowski, Primeira Turma, Dje de 19.12.2008).
“EMENTA: AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO
ESPECIAL. LIMITAÇÃO DOS JUROS. PREJUDICIALIDADE
DO EXTRAORDINÁRIO POR PERDA DO OBJETO. O recurso
especial foi parcialmente provido para afastar a limitação da
taxa de juros remuneratórios. Prejudicado o recurso
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 7 de 9
Voto - MIN. LUIZ FUX
AI 789.963 ED / RS
extraordinário em que se discutia matéria idêntica. Agravo
regimental a que se nega provimento”
(RE nº 593.845-AgR, Relator o Ministro Eros Grau,
Segunda Turma, Dje de 27.03.2009).
Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar,
resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe
nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada.
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
4
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AI 789.963 ED / RS
extraordinário em que se discutia matéria idêntica. Agravo
regimental a que se nega provimento”
(RE nº 593.845-AgR, Relator o Ministro Eros Grau,
Segunda Turma, Dje de 27.03.2009).
Em que pesem os argumentos expendidos nas razões de agravar,
resta evidenciado das razões recursais que o agravante não trouxe
nenhum argumento capaz de infirmar a decisão hostilizada.
Ex positis, nego provimento ao agravo regimental.
É como voto.
4
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 8 de 9
Decisão de Julgamento
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.963
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : VALNEI DAL BEM E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : MARIA ANELISE DHEIN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MARIANA MARTINS E OUTRO(A/S)
Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos
de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor
Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
PRIMEIRA TURMA
EXTRATO DE ATA
EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 789.963
PROCED. : RIO GRANDE DO SUL
RELATOR : MIN. LUIZ FUX
EMBTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/A
ADV.(A/S) : VALNEI DAL BEM E OUTRO(A/S)
EMBDO.(A/S) : MARIA ANELISE DHEIN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MARIANA MARTINS E OUTRO(A/S)
Decisão: Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos
de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor
Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao
agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do
Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. Presentes à
Sessão os Senhores Ministros Marco Aurélio, Luiz Fux e Rosa Weber.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Edson Oliveira de
Almeida.
Carmen Lilian Oliveira de Souza
Secretária da Primeira Turma
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3184458 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-12-12T00:00:00 | Por maioria de votos, a Turma converteu os embargos de declaração em agravo regimental, vencido, nessa parte, o Senhor Ministro Marco Aurélio. Por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Presidência do Senhor Ministro Dias Toffoli. 1ª Turma, 30.10.2012. | EMB.DECL. NO AGRAVO DE INSTRUMENTO | Ementa: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONVERTIDOS EM AGRAVO REGIMENTAL. PROCESSO CIVIL. LIMITAÇÃO DOS JUROS REMUNERATÓRIOS EM 12% AO ANO. RECURSO ESPECIAL PARCIALMENTE PROVIDO. PREJUÍZO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PERDA SUPERVENIENTE DE OBJETO. ARTIGO 512 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL.
1. Os embargos de declaração opostos objetivando reforma da decisão do relator, com caráter infringente, deve ser convertidos em agravo regimental, que é o recurso cabível, por força do princípio da fungibilidade . Precedentes: Pet 4.837-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, DJ de 14.3.2011; Rcl 11.022-ED, Rel. Min. Cármen Lúcia, Pleno, DJ de 7.4.2011; AI 547.827-ED, Rel. Min. Dias Toffoli, 1ª Turma, DJ de 9.3.2011; RE nº 546.525-ED, Rel. Min. Ellen Gracie, 2ª Turma, DJ de 5.4.2011).
2. In casu, o Superior Tribunal de Justiça deu provimento ao recurso especial, atendendo integralmente a pretensão recursal do ora agravante, o que acarreta a prejudicialidade do recurso extraordinário. Precedentes: RE nº 527.546-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, 1ª Turma, Dje de 19.12.2008; RE nº 593.845-AgR, Rel. Min. Eros Grau. 2ª Turma, Dje de 27.3.2009.
3. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur221449 | - Acórdãos citados:
(EMBARGOS DE DECLARAÇÃO, CARÁTER INFRINGENTE, CONVERSÃO, AGRAVO REGIMENTAL)
STF: AI 547827 ED(1ªT), Pet 4837 ED(TP), Rcl 11022 ED(TP),
RE 546525 ED(2ªT);
(RECURSO EXTRAORDINÁRIO,PREJUDICIALIDADE)
STF: RE 527546 AgR(1ªT), RE 593845 AgR(2ªT).
Número de páginas: 9.
Análise: 18/12/2012, LLD. | LUIZ FUX | Primeira Turma | 789963 | [
"LEG-FED LEI-005869 ANO-1973\r\n ART-00512 \r\n CPC-1973 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL"
] | AI-ED | acordaos | AI 789963 ED | [
""
] | ADV.(A/S) : VALNEI DAL BEM E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : MARIA ANELISE DHEIN E OUTRO(A/S)
ADV.(A/S) : MARIANA MARTINS E OUTRO(A/S)
AGTE.(S) : BANCO DO BRASIL S/A | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"Pet 4 . 837 - ED",
"Rcl 11 . 022 - ED",
"AI 547 . 827 - ED",
"RE [UNK] 546 . 525 - ED",
"RE [UNK] 527 . 546 - AgR",
"RE [UNK] 593 . 845 - AgR",
"AI 789 . 963 ED / RS",
"AI 789 . 963 ED / RS",
"AGRAVO DE INSTRUMENTO 789 .",
"AI 789 . 963 ED / RS",
"AI 789 . 963 ED / RS",
"Pet 4 . 837 - ED",
"Rcl 11 . 022 - ED",
"Pet 4 . 837 - ED",
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"AI 789 . 963 ED / RS",
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"AI 789 . 963 ED / RS",
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"RE 546 . 525 - ED",
"AI 789 . 963 ED / RS",
"RESP [UNK] 971 . 408 - AgR",
"RE [UNK] 527546 - AgR",
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"RESP [UNK] 971 . 408 - AgR",
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"LEGISLACAO": [
"ARTIGO 512 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 48 , XIII e 61 da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 48 , XIII e 61 da Constituição",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 48 e 61 da Constituição ”",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 48 e 61 da Constituição ”",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 512 do CPC",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 512 do CPC .",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 512 do Código de Processo Civil",
"ART . 192 , § [UNK] , DA CF",
"EC 40 / 2003",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"artigo 512 do Código de Processo Civil",
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"LOCAL": [
"RIO GRANDE DO SUL",
"Brasília",
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"ORGANIZACAO": [
"PRIMEIRA TURMA",
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"Brasil",
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"Tribunal Pleno",
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"[UNK] Turma",
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"PESSOA": [
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"Marco Aurélio",
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"CÁRMEN LÚCIA",
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"CÁRMEN LÚCIA",
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"ELLEN GRACIE",
"DIAS TOFFOLI",
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"Paulo de Tarso Sanseverino",
"Ricardo Lewandowski",
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"Eros Grau",
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"Dias Toffoli",
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"Dias Toffoli",
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"TEMPO": [
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".",
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"2012",
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"/",
"2001",
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"/",
"2012",
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"08",
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"24",
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"08",
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"2001",
"24",
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"2011",
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"2001"
]
} |
Ementa e Acórdão
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.919 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:VIVIANE CRISTINA ASTÉRIO NUNES
ADV.(A/S)
:APARECIDO INÁCIO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE DIADEMA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
DIADEMA
Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2.
Violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal. AI-QO-RG 791.292. 3.
Indeferimento de prova pericial pelas instâncias ordinárias. Cerceamento
do direito de defesa. ARE-RG 639.228. 4. Violação ao princípio da
legalidade. Lei Complementar estadual 207/2007. Enunciado 636. 5.
Preenchimento dos requisitos necessários à evolução funcional. Ausência.
Conjunto fático-probatório dos autos. Necessidade de reexame dos fatos e
provas analisados. Verbete 279. 6. Agravo regimental a que se nega
provimento.
A C Ó R D Ã O
Vistos, relatados e discutidos estes autos, acordam os ministros do
Supremo Tribunal Federal, em Segunda Turma, sob a presidência do
Senhor Ministro Ricardo Lewandowski, na conformidade da ata de
julgamento e das notas taquigráficas, por unanimidade de votos, negar
provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator.
Brasília, 30 de outubro de 2012.
Ministro GILMAR MENDES
Relator
Documento assinado digitalmente
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
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Supremo Tribunal Federal
DJe 21/11/2012
Supremo Tribunal Federal
Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 9
Relatório
30/10/2012
SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.919 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:VIVIANE CRISTINA ASTÉRIO NUNES
ADV.(A/S)
:APARECIDO INÁCIO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE DIADEMA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
DIADEMA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental em recurso extraordinário com agravo contra decisão
monocrática de fls. 276/281, de minha relatoria, que negou seguimento ao
recurso interposto, tendo por base o julgado no AI-QO-RG 791.292, no
ARE-RG 639.228 e os Enunciados 636 e 279 da Súmula desta Corte.
No agravo regimental, sustenta-se que:
a) “(...) o ora Agravado não conseguiu demonstrar nos autos as
restrições médicas que acometeriam a Agravante. Apesar disso,
contraditoriamente, a Câmara julgadora entendeu pela manutenção
do posicionamento administrativo” (fl. 288).
b) “(...) o cerceamento de defesa a que foi submetida a
Agravante, eis que apesar do deslinde do feito depender de prova
pericial que comprovasse as supostas restrições médicas da Agravante,
tal prova foi indeferida.” (fl. 288)
c) “(...) a violação aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, e 93, IX, todos
da Constituição Federal, houve e foi frontal, através da postura dos
julgadores, que negaram-se a prestação jurisdicional adequada”. (fl.
288)
d) “(...) não se pode dizer que se busca a revisão de matéria de
fato, no presente caso. Ora, não houve produção de prova pericial. O
que se busca é justamente isso: seja deferida a produção de prova
pericial” (fl. 289).
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SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.919 SÃO
PAULO
RELATOR
: MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S)
:VIVIANE CRISTINA ASTÉRIO NUNES
ADV.(A/S)
:APARECIDO INÁCIO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S)
:PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE DIADEMA
PROC.(A/S)(ES)
:PROCURADOR-GERAL
DO
MUNICÍPIO
DE
DIADEMA
R E L A T Ó R I O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): Trata-se de
agravo regimental em recurso extraordinário com agravo contra decisão
monocrática de fls. 276/281, de minha relatoria, que negou seguimento ao
recurso interposto, tendo por base o julgado no AI-QO-RG 791.292, no
ARE-RG 639.228 e os Enunciados 636 e 279 da Súmula desta Corte.
No agravo regimental, sustenta-se que:
a) “(...) o ora Agravado não conseguiu demonstrar nos autos as
restrições médicas que acometeriam a Agravante. Apesar disso,
contraditoriamente, a Câmara julgadora entendeu pela manutenção
do posicionamento administrativo” (fl. 288).
b) “(...) o cerceamento de defesa a que foi submetida a
Agravante, eis que apesar do deslinde do feito depender de prova
pericial que comprovasse as supostas restrições médicas da Agravante,
tal prova foi indeferida.” (fl. 288)
c) “(...) a violação aos arts. 5º, XXXV, LIV e LV, e 93, IX, todos
da Constituição Federal, houve e foi frontal, através da postura dos
julgadores, que negaram-se a prestação jurisdicional adequada”. (fl.
288)
d) “(...) não se pode dizer que se busca a revisão de matéria de
fato, no presente caso. Ora, não houve produção de prova pericial. O
que se busca é justamente isso: seja deferida a produção de prova
pericial” (fl. 289).
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Relatório
ARE 698.919 AGR / SP
É o relatório.
2
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É o relatório.
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
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SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.919 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal.
Ademais, ressalto que a agravante não trouxe argumentos
suficientes para infirmar a decisão, mas visa, apenas, à rediscussão da
matéria já decidida em conformidade com a jurisprudência pacífica desta
Corte.
Conforme consignado na decisão agravada, no que se refere à
alegação de negativa de prestação jurisdicional (art. 93, IX, da
Constituição Federal), esta Corte já apreciou a matéria por meio da
sistemática da repercussão geral no julgamento do AI-QO-RG 791.292 de
minha relatoria, DJe 13.8.2010, oportunidade em que se reconheceu a
existência de repercussão geral do tema e reafirmou-se a jurisprudência
do STF no sentido de que os referidos artigos exigem que o acórdão ou
decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem estabelecer,
todavia, exame pormenorizado de cada uma das alegações.
Verifico, no caso, que a prestação jurisdicional foi concedida nos
termos da legislação vigente, tendo o Tribunal de origem apreciado as
questões suscitadas de forma suficiente para demonstração das razões
objetivas de convencimento, apesar de ter sido a conclusão contrária aos
interesses da ora agravante.
Ademais, quanto à alegada violação aos princípios do devido
processo legal e do contraditório, ressalto que esta Corte firmou
jurisprudência no sentido de que referidas alegações constituem ofensa
meramente reflexa ao texto constitucional quando a controvérsia cingir-se
à interpretação ou aplicação de normas infraconstitucionais (na espécie, a
Lei Complementar estadual 207/2007),
o que inviabiliza o
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SEGUNDA TURMA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.919 SÃO
PAULO
V O T O
O SENHOR MINISTRO GILMAR MENDES (RELATOR): No agravo
regimental, não ficou demonstrado o desacerto da decisão agravada.
Verifico que as alegações da parte são impertinentes e decorrem de
mero inconformismo com a decisão adotada por este Tribunal.
Ademais, ressalto que a agravante não trouxe argumentos
suficientes para infirmar a decisão, mas visa, apenas, à rediscussão da
matéria já decidida em conformidade com a jurisprudência pacífica desta
Corte.
Conforme consignado na decisão agravada, no que se refere à
alegação de negativa de prestação jurisdicional (art. 93, IX, da
Constituição Federal), esta Corte já apreciou a matéria por meio da
sistemática da repercussão geral no julgamento do AI-QO-RG 791.292 de
minha relatoria, DJe 13.8.2010, oportunidade em que se reconheceu a
existência de repercussão geral do tema e reafirmou-se a jurisprudência
do STF no sentido de que os referidos artigos exigem que o acórdão ou
decisão sejam fundamentados, ainda que sucintamente, sem estabelecer,
todavia, exame pormenorizado de cada uma das alegações.
Verifico, no caso, que a prestação jurisdicional foi concedida nos
termos da legislação vigente, tendo o Tribunal de origem apreciado as
questões suscitadas de forma suficiente para demonstração das razões
objetivas de convencimento, apesar de ter sido a conclusão contrária aos
interesses da ora agravante.
Ademais, quanto à alegada violação aos princípios do devido
processo legal e do contraditório, ressalto que esta Corte firmou
jurisprudência no sentido de que referidas alegações constituem ofensa
meramente reflexa ao texto constitucional quando a controvérsia cingir-se
à interpretação ou aplicação de normas infraconstitucionais (na espécie, a
Lei Complementar estadual 207/2007),
o que inviabiliza o
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 698.919 AGR / SP
prosseguimento do recurso extraordinário.
Nesse sentido, cito a propósito, os seguintes precedentes: AI-AgR
819.729, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 11.4.2011;
RE-AgR 356.209, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.3.2011;
AI-AgR 833.277, rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 30.5.2011,
e o AI-AgR 622.814, rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 8.3.2012,
estes últimos com acórdãos assim ementados, respectivamente:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO ALEGADA VIOLAÇÃO
A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO
OFENSA
INDIRETA
À
CONSTITUIÇÃO CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE
INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
AGRAVO IMPROVIDO. - A ausência de efetiva apreciação do
litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o
acórdão impugnado, não autoriza ante a falta de
prequestionamento explícito da controvérsia jurídica a
utilização do recurso extraordinário. - A situação de ofensa
meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente,
não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal
extraordinária”.
“Agravo regimental no agravo de instrumento. Negativa
de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido
processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa
reflexa. Impossibilidade de reexame de legislação
infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Precedentes. 1.
A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante
decisão suficientemente fundamentada. 2. A afronta aos
princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada, do ato
jurídico perfeito, do direito adquirido, e da prestação
jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal,
da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas
ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. O
recurso extraordinário não se presta ao reexame de legislação
2
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Supremo Tribunal Federal
ARE 698.919 AGR / SP
prosseguimento do recurso extraordinário.
Nesse sentido, cito a propósito, os seguintes precedentes: AI-AgR
819.729, rel. Min. Ricardo Lewandowski, Primeira Turma, DJe 11.4.2011;
RE-AgR 356.209, rel. Min. Ellen Gracie, Segunda Turma, DJe 25.3.2011;
AI-AgR 833.277, rel. Min. Celso de Mello, Segunda Turma, DJe 30.5.2011,
e o AI-AgR 622.814, rel. Min. Dias Toffoli, Primeira Turma, DJe 8.3.2012,
estes últimos com acórdãos assim ementados, respectivamente:
“AGRAVO DE INSTRUMENTO ALEGADA VIOLAÇÃO
A PRECEITOS CONSTITUCIONAIS AUSÊNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO
OFENSA
INDIRETA
À
CONSTITUIÇÃO CONTENCIOSO DE MERA LEGALIDADE
INVIABILIDADE DO RECURSO EXTRAORDINÁRIO
AGRAVO IMPROVIDO. - A ausência de efetiva apreciação do
litígio constitucional, por parte do Tribunal de que emanou o
acórdão impugnado, não autoriza ante a falta de
prequestionamento explícito da controvérsia jurídica a
utilização do recurso extraordinário. - A situação de ofensa
meramente reflexa ao texto constitucional, quando ocorrente,
não basta, só por si, para viabilizar o acesso à via recursal
extraordinária”.
“Agravo regimental no agravo de instrumento. Negativa
de prestação jurisdicional. Não ocorrência. Princípios do devido
processo legal, do contraditório e da ampla defesa. Ofensa
reflexa. Impossibilidade de reexame de legislação
infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Precedentes. 1.
A jurisdição foi prestada pelo Tribunal de origem mediante
decisão suficientemente fundamentada. 2. A afronta aos
princípios da legalidade, do devido processo legal, da ampla
defesa e do contraditório, dos limites da coisa julgada, do ato
jurídico perfeito, do direito adquirido, e da prestação
jurisdicional, quando depende, para ser reconhecida como tal,
da análise de normas infraconstitucionais, configura apenas
ofensa indireta ou reflexa à Constituição da República. 3. O
recurso extraordinário não se presta ao reexame de legislação
2
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 698.919 AGR / SP
infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Incidência das
Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido”.
Ainda, conforme consta da decisão agravada, no que diz respeito ao
alegado cerceamento de defesa resultante do indeferimento de prova
pericial, anoto que a questão jurídica abordada também foi submetida ao
Plenário Virtual desta Corte para apreciação por meio da sistemática da
repercussão geral (ARE-RG 639.228, rel. Min. Presidente, DJe 31.8.2011).
Eis a ementa do citado precedente:
“Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade
deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento.
Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional.
Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso
extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral
recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade
de observância dos princípios do contraditório e da ampla
defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de
provas em processo judicial, versa sobre tema
infraconstitucional”.
Além disso, ressalto que esta Corte entende não ser cabível a
interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da
legalidade, quando a verificação da ofensa envolver reapreciação de
interpretação dada a normas infraconstitucionais – no caso, da Lei
Complementar estadual 207/2007 – pelo Tribunal a quo (Verbete 636).
Nesse sentido, cito, entre outros o AI 813.287, Segunda Turma, rel.
Min. Ellen Gracie, DJe 11.10.2010; AI-AgR 681.515, Primeira Turma, rel.
Min. Cármen Lúcia, DJe 20.6.2008 e o AI 744.113, rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJe 26.6.2009, cuja ementa dispõe:
“PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LIV, DA
CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. NECESSIDADE DE
EXAME DE MATÉRIA DE FATO E DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. SÚMULAS 279 E 454 DO STF. INCIDÊNCIA.
3
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Supremo Tribunal Federal
ARE 698.919 AGR / SP
infraconstitucional e de fatos e provas dos autos. Incidência das
Súmulas nºs 636 e 279/STF. 4. Agravo regimental não provido”.
Ainda, conforme consta da decisão agravada, no que diz respeito ao
alegado cerceamento de defesa resultante do indeferimento de prova
pericial, anoto que a questão jurídica abordada também foi submetida ao
Plenário Virtual desta Corte para apreciação por meio da sistemática da
repercussão geral (ARE-RG 639.228, rel. Min. Presidente, DJe 31.8.2011).
Eis a ementa do citado precedente:
“Agravo convertido em Extraordinário. Inadmissibilidade
deste. Produção de provas. Processo judicial. Indeferimento.
Contraditório e ampla defesa. Tema infraconstitucional.
Precedentes. Ausência de repercussão geral. Recurso
extraordinário não conhecido. Não apresenta repercussão geral
recurso extraordinário que, tendo por objeto a obrigatoriedade
de observância dos princípios do contraditório e da ampla
defesa, nos casos de indeferimento de pedido de produção de
provas em processo judicial, versa sobre tema
infraconstitucional”.
Além disso, ressalto que esta Corte entende não ser cabível a
interposição de recurso extraordinário por contrariedade ao princípio da
legalidade, quando a verificação da ofensa envolver reapreciação de
interpretação dada a normas infraconstitucionais – no caso, da Lei
Complementar estadual 207/2007 – pelo Tribunal a quo (Verbete 636).
Nesse sentido, cito, entre outros o AI 813.287, Segunda Turma, rel.
Min. Ellen Gracie, DJe 11.10.2010; AI-AgR 681.515, Primeira Turma, rel.
Min. Cármen Lúcia, DJe 20.6.2008 e o AI 744.113, rel. Min. Ricardo
Lewandowski, DJe 26.6.2009, cuja ementa dispõe:
“PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO AO ART. 5º, LIV, DA
CONSTITUIÇÃO. OFENSA REFLEXA. NECESSIDADE DE
EXAME DE MATÉRIA DE FATO E DE CLÁUSULAS
CONTRATUAIS. SÚMULAS 279 E 454 DO STF. INCIDÊNCIA.
3
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 698.919 AGR / SP
RECURSO PROTELATÓRIO. MULTA. AGRAVO IMPROVIDO.
I - O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por
contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a
verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação
dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula
636 do STF). II - A alegada violação ao art. 5º, LIV, da
Constituição, pode configurar, quando muito, situação de
ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise
de legislação processual ordinária. III - A análise do RE
demanda o exame de matéria de fato, além da interpretação de
cláusulas contratuais, o que inviabiliza o RE, a teor das Súmulas
279 e 454 do STF. IV - Recurso protelatório. Aplicação de multa.
V - Agravo regimental improvido”.
Por fim, consoante anotado na decisão impugnada, constata-se que o
Tribunal de origem, com base no conjunto fático-probatório dos autos,
concluiu que a agravante não cumpria os requisitos necessários à
evolução funcional, tendo em vista a verificação de restrições médicas
severas.
Eis a fundamentação do acórdão recorrido:
“Conforme bem assinalou o Magistrado a quo, com lastro
na documentação acostada aos autos, por ocasião da inscrição
no certame a autora apresentação restrições médicas severas.
Aliás, as restrições perduraram por período superior a 180 dias,
de modo que o ato administrativo que impediu a posse foi
legal, fundamentado no disposto nos parágrafos supra
transcritos do art. 2º da LC n. 250/07”. (fl. 174).
Dessa forma, para adoção de entendimento diverso, faz-se
imprescindível a revisão dos fatos e provas analisados, o que não é
possível no âmbito deste apelo extremo, a teor do Enunciado n. 279,
segundo o qual não cabe recurso extraordinário para simples reexame de
prova.
Deve-se anotar que a reapreciação de questões probatórias é
4
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Supremo Tribunal Federal
ARE 698.919 AGR / SP
RECURSO PROTELATÓRIO. MULTA. AGRAVO IMPROVIDO.
I - O Tribunal entende não ser cabível a interposição de RE por
contrariedade ao art. 5º, II, da Constituição Federal, quando a
verificação da ofensa envolva a reapreciação de interpretação
dada a normas infraconstitucionais pelo Tribunal a quo (Súmula
636 do STF). II - A alegada violação ao art. 5º, LIV, da
Constituição, pode configurar, quando muito, situação de
ofensa reflexa ao texto constitucional, por demandar a análise
de legislação processual ordinária. III - A análise do RE
demanda o exame de matéria de fato, além da interpretação de
cláusulas contratuais, o que inviabiliza o RE, a teor das Súmulas
279 e 454 do STF. IV - Recurso protelatório. Aplicação de multa.
V - Agravo regimental improvido”.
Por fim, consoante anotado na decisão impugnada, constata-se que o
Tribunal de origem, com base no conjunto fático-probatório dos autos,
concluiu que a agravante não cumpria os requisitos necessários à
evolução funcional, tendo em vista a verificação de restrições médicas
severas.
Eis a fundamentação do acórdão recorrido:
“Conforme bem assinalou o Magistrado a quo, com lastro
na documentação acostada aos autos, por ocasião da inscrição
no certame a autora apresentação restrições médicas severas.
Aliás, as restrições perduraram por período superior a 180 dias,
de modo que o ato administrativo que impediu a posse foi
legal, fundamentado no disposto nos parágrafos supra
transcritos do art. 2º da LC n. 250/07”. (fl. 174).
Dessa forma, para adoção de entendimento diverso, faz-se
imprescindível a revisão dos fatos e provas analisados, o que não é
possível no âmbito deste apelo extremo, a teor do Enunciado n. 279,
segundo o qual não cabe recurso extraordinário para simples reexame de
prova.
Deve-se anotar que a reapreciação de questões probatórias é
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Voto - MIN. GILMAR MENDES
ARE 698.919 AGR / SP
diferente da valoração de provas. Enquanto aquela apresenta-se como
inaceitável em sede extraordinária, a valoração de provas há de ser aceita.
Não há, pois, o que prover quanto às alegações recursais.
Ante o exposto, mantenho o que decidido anteriormente, por seus
próprios fundamentos, para negar provimento a este agravo regimental.
É como voto.
5
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Supremo Tribunal Federal
ARE 698.919 AGR / SP
diferente da valoração de provas. Enquanto aquela apresenta-se como
inaceitável em sede extraordinária, a valoração de provas há de ser aceita.
Não há, pois, o que prover quanto às alegações recursais.
Ante o exposto, mantenho o que decidido anteriormente, por seus
próprios fundamentos, para negar provimento a este agravo regimental.
É como voto.
5
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Decisão de Julgamento
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.919
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : VIVIANE CRISTINA ASTÉRIO NUNES
ADV.(A/S) : APARECIDO INÁCIO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE DIADEMA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE DIADEMA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099277
Supremo Tribunal Federal
SEGUNDA TURMA
EXTRATO DE ATA
AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698.919
PROCED. : SÃO PAULO
RELATOR : MIN. GILMAR MENDES
AGTE.(S) : VIVIANE CRISTINA ASTÉRIO NUNES
ADV.(A/S) : APARECIDO INÁCIO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE DIADEMA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE DIADEMA
Decisão: A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo
regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o
Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012.
Presidência do Senhor Ministro Ricardo Lewandowski. Presentes
à sessão os Senhores Ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes e
Cármen Lúcia. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim
Barbosa.
Subprocurador-Geral da República, Dr. Paulo da Rocha Campos.
p/ Fabiane Duarte
Secretária
Documento assinado digitalmente conforme MP n° 2.200-2/2001 de 24/08/2001, que institui a Infra-estrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. O
documento pode ser acessado no endereço eletrônico http://www.stf.jus.br/portal/autenticacao/autenticarDocumento.asp sob o número 3099277
Inteiro Teor do Acórdão - Página 9 de 9
| https://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=3112499 | 2012-10-30T00:00:00 | 2012-11-21T00:00:00 | A Turma, por unanimidade, negou provimento ao agravo regimental, nos termos do voto do Relator. Ausente, licenciado, o Senhor Ministro Joaquim Barbosa. 2ª Turma, 30.10.2012. | AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO | Agravo regimental em recurso extraordinário com agravo. 2. Violação ao art. 93, IX, da Constituição Federal. AI-QO-RG 791.292. 3. Indeferimento de prova pericial pelas instâncias ordinárias. Cerceamento do direito de defesa. ARE-RG 639.228. 4. Violação ao princípio da legalidade. Lei Complementar estadual 207/2007. Enunciado 636. 5. Preenchimento dos requisitos necessários à evolução funcional. Ausência. Conjunto fático-probatório dos autos. Necessidade de reexame dos fatos e provas analisados. Verbete 279. 6. Agravo regimental a que se nega provimento. | sjur219304 | - Acórdão (s) citados (s):
(ACÓRDÃO, FUNDAMENTAÇÃO SUSCINTA, SUFICIÊNCIA)
STF: AI 791292 QO-RG (TP);
(OFENSA REFLEXA)
STF: AI 819729 AgR (1ªT); RE 356209 AgR (2ªT); AI 833277
AgR (2ªT); AI 622814 AgR (1ªT);
(PERÍCIA, INDEFERIMENTO, MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL)
ARE 639228 RG (TP);
(NORMA INFRACONSTITUCIONAL, INTERPRETAÇÃO, REAPRECIAÇÃO,
LEGALIDADE)
AI 813287 (2ªT); AI 681515 AgR (1ªT); AI 744113 AgR (1ªT);
Número de páginas: 9.
Análise: 30/11/2012, BMB. | GILMAR MENDES | Segunda Turma | 698919 | [
"LEG-FED CF ANO-1988\r\n ART-00093 INC-00009 \r\n CF-1988 CONSTITUIÇÃO FEDERAL\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000279 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-FED SUMSTF-000636 \r\n SÚMULA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL - STF\r\n\r\n",
"LEG-EST LCP-000207 ANO-2007\r\n LEI COMPLEMENTAR, SP"
] | ARE-AgR | acordaos | ARE 698919 AgR | [
""
] | AGTE.(S) : VIVIANE CRISTINA ASTÉRIO NUNES
ADV.(A/S) : FRANCYS MENDES PIVA
ADV.(A/S) : APARECIDO INÁCIO E OUTRO(A/S)
AGDO.(A/S) : PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE DIADEMA
PROC.(A/S)(ES) : PROCURADOR-GERAL DO MUNICÍPIO DE DIADEMA
ADV.(A/S) : MOACIR APARECIDO MATHEUS PEREIRA | [
""
] | {
"JURISPRUDENCIA": [
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698 . 919",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698 . 919",
"AI",
"-",
"QO",
"-",
"RG 791 . 292",
"ARE",
"-",
"RG 639 . 228",
"AI",
"-",
"QO",
"-",
"RG 791 . 292",
"ARE",
"-",
"RG 639 . 228",
"ARE 698 . 919 AGR",
"ARE 698 . 919 AGR",
"RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 698 . 919",
"AI",
"-",
"QO",
"-",
"RG 791 . 292",
"AGRAVO 698 . 919",
"AI",
"-",
"QO",
"-",
"RG 791 . 292",
"ARE 698 . 919 AGR",
"AI",
"-",
"AgR 819 . 729",
"RE",
"-",
"AgR 356 . 209",
"AI",
"-",
"AgR 833 . 277",
"AI",
"-",
"AgR 622 . 814",
"ARE 698 . 919",
"AI",
"-",
"AgR 819 . 729",
"RE",
"-",
"AgR 356 . 209",
"AI",
"-",
"AgR 833 . 277",
"AI",
"-",
"AgR 622 . 814",
"ARE 698 . 919 AGR",
"Súmulas [UNK] 636",
"ARE",
"-",
"RG 639 . 228",
"AI 813 . 287",
"AI",
"-",
"AgR 681 . 515",
"AI 744 . 113",
"SÚMULAS 279",
"ARE 698 . 919 AGR / SP",
"Súmulas [UNK] 636 e 279 / STF",
"ARE",
"-",
"RG 639 . 228",
"AI 813 . 287",
"AI",
"-",
"AgR 681 . 515",
"AI 744 . 113",
"SÚMULAS 279",
"ARE 698 . 919",
"Súmula 636 do STF",
"Súmulas 279 e 454 do STF",
"ARE 698 . 919",
"Súmula 636 do STF",
"Súmulas 279 e 454 do STF",
"ARE 698 . 919 AGR / SP",
"ARE 698 . 919 AGR / SP"
],
"LEGISLACAO": [
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"Lei Complementar estadual 207 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"arts . [UNK] , XXXV , LIV e LV , e 93 , IX , todos da Constituição Federal",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"Lei Complementar estadual 207",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . 93 , IX , da Constituição Federal",
"Lei Complementar estadual 207 / 2007",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Constituição da República",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar estadual 207 / 2007",
"ART . [UNK] , LIV , DA CONSTITUIÇÃO",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"Lei Complementar estadual 207 / 2007",
"ART . [UNK] , LIV , DA CONSTITUIÇÃO",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , II , da Constituição Federal",
"art . [UNK] , LIV , da Constituição",
"art . [UNK] da LC n . 250",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"art . [UNK] , II , da Constituição Federal",
"art . [UNK] , LIV , da Constituição",
"art . [UNK] da LC n . 250 / 07",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001",
"MP n° 2 . 200 - 2 / 2001"
],
"LOCAL": [
"SÃO PAULO",
"DIADEMA",
"Brasília",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE DIADEMA",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE DIADEMA",
"MUNICÍPIO DE DIADEMA",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"SÃO PAULO",
"MUNICÍPIO DE DIADEMA",
"MUNICÍPIO DE DIADEMA",
"SÃO PAULO",
"DIADEMA"
],
"ORGANIZACAO": [
"SEGUNDA TURMA",
"PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE DIADEMA",
"Supremo Tribunal Federal",
"Segunda Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"PREFEITURA",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"Câmara julgadora",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"/",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"STF",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Primeira Turma",
"Segunda Turma",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"/",
"SP",
"Plenário Virtual desta",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Plenário Virtual",
"Segunda Turma",
"Primeira Turma",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"AGR",
"/",
"SP",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"SEGUNDA TURMA",
"PREFEITURA",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"estrutura",
"ICP",
"-",
"Brasil",
"Supremo Tribunal Federal",
"SEGUNDA TURMA",
"PREFEITURA DO MUNICÍPIO",
"[UNK] Turma",
"Infra",
"-",
"estrutura de Chaves Públicas Brasileira",
"ICP",
"-",
"Brasil"
],
"PESSOA": [
"GILMAR MENDES",
"VIVIANE CRISTINA ASTÉRIO NUNES",
"APARECIDO",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"VIVIANE CRISTINA",
"ASTÉRIO NUNES",
"APARECIDO INÁCIO",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"VIVIANE CRISTINA ASTÉRIO NUNES",
"APARECIDO INÁCIO",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"Ricardo Lewandowski",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"Ricardo Lewandowski",
"Ellen Gracie",
"Celso de Mello",
"Dias Toffoli",
"GILMAR MENDES",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"Ellen Gracie",
"Cármen Lúcia",
"Ricardo Lewandowski",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"GILMAR MENDES",
"VIVIANE CRISTINA ASTÉRIO NUNES",
"APARECIDO INÁCIO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte",
"GILMAR MENDES",
"VIVIANE CRISTINA ASTÉRIO NUNES",
"APARECIDO INÁCIO",
"Joaquim Barbosa",
"Ricardo Lewandowski",
"Celso de Mello",
"Gilmar Mendes",
"Cármen Lúcia",
"Joaquim Barbosa",
"Paulo da Rocha Campos",
"Fabiane Duarte"
],
"TEMPO": [
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"30 de outubro de 2012",
"24",
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"08",
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"/",
"2012",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"13",
".",
"8",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
"/",
"10",
"/",
"2012",
"13",
".",
"8",
".",
"2010",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"4",
".",
"2011",
"25",
".",
"3",
".",
"2011",
"30",
".",
"5",
".",
"2011",
"8",
".",
"3",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"11",
".",
"4",
".",
"2011",
"25",
".",
"3",
".",
"2011",
"30",
".",
"5",
".",
"2011",
"8",
".",
"3",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"8",
".",
"2011",
"11",
".",
"10",
".",
"2010",
"20",
".",
"6",
".",
"2008",
"26",
".",
"6",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"31",
".",
"8",
".",
"2011",
"11",
".",
"10",
".",
"2010",
"20",
".",
"6",
".",
"2008",
"26",
".",
"6",
".",
"2009",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001",
"30",
".",
"10",
".",
"2012",
"24",
"/",
"08",
"/",
"2001"
]
} |